Instituto de Cincia Poltica TEORIA POLTICA MODERNA 1 Semestre de 2012 Turma C Segundas e quartas, de 10h as 11h50 Professora: Paola

a Novaes Ramos Discente: Bruno Lima Teixeira Matrcula: 11/0009541 Controle (3): CALVINO, Joo; LUTERO; Martinho: Sobre a autoridade secular, Parte II. Martins Fontes, So Paulo, 1995.

Antes de tudo, importante diferenciar os dois tipos de governo presentes na obra de Lutero, quais sejam o governo de Deus, que sobre a alma, e o governo secular, que sobre o corpo. sobre esse modelo que incide a obra Sobre a autoridade secular, a qual recai sobre at onde se estende a autoridade secular. necessrio delimitar os limites desta autoridade, mas no se pode estender de mais nem estreitar muito esse alcance, pois incorreria ou em punio excessiva ou em punio insuficiente. Ainda assim, o autor defende que tolervel errar nesse ltimo caso, pois sempre melhor um patife conservar a vida do que um homem justo ser morto (p.38). Torna-se clara a diferena a fim de que governantes no tentem compelir crena nisto ou naquilo por meio de eis e ordens (p.42), pois esta funo cabe somente a Deus. Ainda, o uso da fora tanto no mbito do corpo, quanto da alma condenvel, salvo se comprovada a culpa com base na lei. Acrescenta-se a isso o fato de a populao, segundo o autor, no tolerar por muito mais tempo o uso da violncia como soluo e imposio de tudo. O autor deixa claro que no pode, nem deve haver superiores entre os cristos (p.55). Ao afirmar isso, deixa-se claro que os papas e bispos no esto acima dos cristos; esto a servio do Reino, e, pois isso, no podem dar ordens, pois a palavra dos homens no est acima da palavra de Deus. uma clara crtica ao Vaticano. Destarte, o que sintetiza a obra est na seguinte frase: Ningum pode dar ordens onde no tem autoridade. Assim, tirania o resultado da intromisso do governante em assuntos que lhe so alheios.