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Fernando Pessoa e a Mensagem

Anlise do poema A ltima Nau

Um Pouco de Histria
1888 - Nasce em Lisboa; 1895 - Parte para a frica do Sul; 1905 - Volta a Portugal mas s se dedica plenamente escrita em 1912; 1915 - Em conjunto com Mrio S-Carneiro e Jos de Almada Negreiros lana a revista Orpheu

1935 - Morre na sua cidade natal com apenas uma obra portuguesa
publicada, Mensagem

Obra, Mensagem
Publicada a 1 de Dezembro de 1934, conta com: Um conjunto de 44 poemas (Escritos entre 21 de Julho de 1913 e 16 de Maro de 1934)

Braso (Nascimento)

Mar Portugus (Realizao)

O Encoberto (Morte)

A ltima Nau
1

Levando a bordo El-Rei D. Sebastio, E erguendo, como um nome, alto o pendo Do Imprio, Foi-se a ltima nau, ao sol aziago Erma, e entre choros de nsia e de pressago 2 Mistrio. No voltou mais. A que ilha indescoberta Aportou? Voltar da sorte incerta Que teve? Deus guarda o corpo e a forma do futuro, Mas Sua luz projecta-o, sonho escuro E breve.

Ah, quanto mais ao povo a alma falta, Mais a minha alma atlntica se exalta E entorna, E em mim, num mar que no tem tempo ou espao. Vejo entre a cerrao teu vulto bao Que torna.
4

No sei a hora, mas sei que h a hora, Demore-a Deus, chame-lhe a alma embora Mistrio. Surges ao sol em mim, e a nvoa finda: A mesma, e trazes o pendo ainda Do Imprio.

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