Palcios de Pena um filme com extraordinria fotografia e capacidade de misturar o moderno com o tradicional e antigo num s minuto.

. O elenco vastssimo e essencial todas as personagens tm uma importncia tramada para que a construo deste argumento possa deixar de ser tanto uma banda desenhada e passe a ser mais um filme. Faltava talvez um chauffeur sada da discoteca. Na verdade mesmo isso transparece. Que a histria uma daquelas bandas desenhadas modernaas, cheias de pontos negros, e momentos mais escuros e obscuros do que msticos como se esperaria dos cenrios na Regaleira e outros palcios e castelos por essa terra fora. O filme envolve-se dessa tentativa de msticismo a quase cada cena. Como se pretendesse criar um novo cdigo fantstico. Mas voltando tcnica que o espectador pode ver facilmente entendemos que a a luz foi apagada. Melhor dizendo, leva-nos para um clima britnico, acinzentado, humido, pouco solarengo... ser que o que os realizadores pensam de Sintra? H imagens, planos, em que o que moderno no se enquadra com o que no o era nos momentos anteriores. Por um lado caracteriza um certo decr dos dias que correm. Por outro uma necessidade de fuga a um dcor maior, envolvente. Ah! E a carga sexual. O peso da homosexualidade e o choque que esta assume quando exposta e exibida. Por assim dizer, os meninos cavaleiro, os moos mouros e alguma cumplicidade dos padres inquisidores que fazem parte do sonho da av, em contraste com a realidade sacana das netas, dos seus amores e desamores e das suas amigas. Enfim, estados diferentes: uns assumidos e irreais, outras primitivas e dissimuladas. A av no conclu o teste s meninas e morre. E as netas tem que escolher quem ficar com o imprio da famlia. Um patrimnio que se d'pena.

INFLU

NCIA

Francisco G. Santos
no IndieLisboa 2012