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Universidade Federal de Pernambuco Filosofia e Psicanlise

Maria Eugnia F. S. do Santos

Freud e a Filosofia

Recife 2012

Maria Eugnia F. S. dos Santos

Freud e a filosofia

Fichamento apresentado disciplina Filosofia e Psicanlise do curo de Filosofia da UFPE, para obteno da nota parcial.

Recife 2012

BIRMAN, Joel - Freud e a Filosofia (Coleo PSICANLISE PASSO-A-PASSO). Rio de Janeiro: Zahar, 2003. Direo: Marco Antonio Coutinho Jorge.

[...] a filosofia do sujeito foi questionada pela psicanlise de maneira precisa, na medida em que para ela o sujeito estaria sempre inscrito no campo da conscincia e se enunciava no registro do eu, enquanto a psicanlise formulou o descentramento do sujeito em ambos os registros citados. (pag.8) Interlocuo com a filosofia

[...] (Freud) manifestava em geral uma certa ojeriza ao discurso filosfico. (pag.9) [...] Freud ops a psicanlise filosofia, dizendo que [...] a psicanlise se voltaria para a pesquisa de objetos circunscritos, enquanto a filosofia pretendera captar sempre a totalidade do ser e do real. (pag.9) [...] em Totem e Tabu, publicado em 1913, ele construiu uma comparao entre diferentes formaes culturais e diversas formaes sintomticas. [...] formulou que existiria um estilo de ser similar entre a exibio sedutora presente na histeria e a obra de arte, assim como entre as cavilaes culposas presentes nas obsesses e nos sistemas religiosos, da mesma maneira que a ordenao lgica perfeita, mas fundada numa base falsa presente nos delrios paranoicos, seria prxima da forma filosfica de discursividade. (pag.10) [...] em 1915, no ensaio O inconsciente. Procurando diferenar agora entre a neurose e a psicose, afirmou que na primeira existiria uma articulao precisa entre representaocoisa e representao-palavra, enquanto na segunda a subjetividade deslizaria sempre no vazio da representao-palavra. Portanto, Freud acabou por concluir, de maneira surpreendente, alis, que a esquizofrenia funcionaria como a filosofia. Tanto nesta como naquela o discurso se teceria apenas em torno de palavras, sem se preocupar nunca com o registro das coisas. [...] O que uma forma de dizer, enfim, que o discurso filosfico no passaria de um delrio sistematizado, de caractersticas paranides. (pag.11)

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