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A CIDADE (DES) ORDENADA E O COTIDIANO Amlia Luisa Damiani Departamento de Geografia, Universidade de So Paulo BRASIL A reflexo sobre o cotidiano

nos rementera uma sorte de mdia social e por conseqncia deteco do infracotidiano- em funo disso, a crtica da vida cotidiana estaria comprometida num pas como o Brasil, onde h milhes de desempregados, sem-teto, a baixo nvel de sobrevivncia aceitvel, protanto, populao que no tem seu cotidiano assegurado? Este um caso limite. Mesmo alm desse limite, em condies de moradia e trabalho relativamente estveis, aqui quanto determinadas camadas sociais, se configuraria essa crtica, ou realidade brasileira descaracterizaria a importncia do cotidiano como construo universal de um pensamento crtico a respeito do sculo XX? Henri Lefebvre argumentava que um projeto urbanstico se traduzia num programa de vida a atualidade da produo de grandes conjuntos habitacionais no Brasil, este foco de anlise: a paisagem rida e fria dos grandes conjuntos, nos quais a ditadura militar no Brasil tanto investu. No entanto, h limites: o da instaurao no cotidiano, o do cotidiano assegurado, o da crtica apenas insinuada. Em pases como o Brasil, a crtica da vida cotidiana se localiza num patamar de superao ainda em esboo.

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