Elementos da Meditao primeira e Meditao segunda in DESCARTES, Meditaes (coleo os pensadores) - Em busca da afirmao da estrutura racional da subjetividade humana.

. I - Meditao primeira: Das coisas que se podem colocar em dvida 1.Jogar todas as opinies fora, comeando tudo novamente. 2.S crer no que certo, indubitvel, claro e distinto. H j algum tempo me apercebi de que, desde meus primeiros anos, recebera grande quantidade de falsas opinies como verdadeiras e que o que depois fundei sobre princpios to mal assegurados s podia ser muito duvidoso e incerto. Agora, pois, que meu esprito est livre de todos os cuidados, e que me proporcionei um repouso assegurado numa aprazvel solido, aplicar-me-ei seriamente e com liberdade a destruir em geral todas as minhas antigas opinies. 3.Adota a dvida hiperblica como mtodo e resolve tomar por falso todo o duvidoso ceticismo metodolgico. 4.O caminho: engano dos sentidos, composio pela imaginao, sonho, loucura, deus enganador e gnio maligno. "Irei supor, ento, no a existncia de uma divindade (...) um gnio maligno, que ao mesmo tempo sumamente potente e enganoso, empregue toda seu talento para lograr a mim. Vou acreditar que o cu, o ar, a terra, as cores, as figuras, os sons e todas as demais coisas externas so nada mais do que iluses de sonhos, que esta criatura emprega para me iludir.") II - Meditao segunda: "Da natureza do esprito humano e de que ele mais fcil de conhecer do que o corpo" 1. 2. 3. 4. Como conheo o corpo? Como conheo o esprito? A matria conhecida pelos sentidos... O que eu sou? Matria? 5. At aqui s sei que duvido, duvido se sou ou no s matria, portanto penso. Mas, eu se algum me enganar? Ou eu estiver enganado sobre o que penso? 6. Ainda sim, penso. 7. Penso, logo, existo. Pensamento a substncia da subjetividade, o que permanece aps todo o exame e ser o ponto de apoio para a contruo do conhecimento.