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Capitulo 8 Conceitos basicos de ligagao quimica -mo ligagio iénica refere-se as forgas eletrostaticas que existem entre cargas de sinais contrarios. Os fons devem ser formados a partir de os pela transferéncia de um ou mais elétrons de um étomo para outro. bstancias idnicas geralmente sao resultantes da interacao de metais do ‘esquerdo da tabela periédica com nao-metais do lado direito (excluin- ‘95 gases nobres, do grupo 8A). As ligagoes idnicas serio abordadas na 282. 2 ligagio covalente resulta do compartilhamento de elétrons entre [atomos. Os exemplos mais familiares de ligacao covalente sao vistos nas Ges entre elementos ndo-metdlicos. Dedicaremos a maior parte deste tulo e do proximo descrevendo e entendendo as ligacdes covalentes. As ligacbes metélicas sao encontradas em metais como cobre, ferro e alu- o. Nesses metais cada atomo esta ligado a varios étomos vizinhos. Os elé- ligantes estio relativamente livres para mover-se pela estrutura mensional do metal. As ligagdes metalicas dao origem a tais propriedades cas como altas condutividades elétricas e brilho. Examinaremos essas li no Capitulo 23. bolos de Lewis “Os elétrons envolvidos em ligagdes quimicas sao os elétrons de valéncin, os lizaclos no nivel incompleto mais externo de um atomo, = (Secio 6.5) O sico americano G. N. Lewis (1875-1946) sugeriu uma maneira simples de ‘0s elétrons de valéncia dos dtomos e seguir 9 rastro deles durante a o da ligacio, usando o que hoje conhecemos como simbolos de pontos rons ou simplesmente simbolos de Lewis. O simbolo de Lewis para um ento consiste do simbolo quimico do elemento mais um ponto para cada de valencia. O enxofte, por exemplo, tem a configuracdo eletrénica Os pontos sao colocados nos quatro lados do simbolo atémico: acima, 0 € dos lados esquerdo e direito. Cada lado pode acomodiar até dois elé- Todos os lados clo simbolo sao equivalentes; a colocacio de dois elétrons m lado ¢ um elétron do outro é arbitréria. As configuraces eletronicas e os simbolos de Lewis para os elementos sesentativos do segundo e terceiro periodos da tabela petiddica esto mos- na Tabela 8.1. Observe que o ntimero de elétrons de valéncia de qual- er elemento é 0 mesmo do mimero do grupo do elemento na tabela siédica. Por exemplo, os simbolos quimicos para 0 oxigénio e o enxofre, bros do grupo 6A, mostram seis pontos cada um. egra do octeto xiao de magnésio Diswmatode — Oxidade pote) gue) Emote » Magnésio © Figura 8.1 Exemplos de sbstancias nas quais as igacbes (2) idnica, (b) covalente € (©) metalica sao encontradas. 05 atomos freqiientemente ganham, perdem ou compartilham seus elétrons para atingir o ntimero de elétrons ‘nobre mais proximo deles na tabela periddica. Os gases nobres tém distribuigoes eletrOnicas muito estaveis, o evidenciado por suas altas energias de ionizacdo, baixas afinidades por elétrons adicionais e deficiencia geral -reatividade quimica. == (Seca0 7) Como todos os gases nobres (exceto o He), tém oito elétrons de valencia, e tos atomos sofrendo reacdes também terminam com oito elétrons de valencia. Essa observacao levou a uma nor- ‘ida como regra do octeto: os dlomos tendem a ganthar, perder ox compartillar elétrons até que eles estejam circu por oto elétrons de valencia. Umocteto de elétrons constitui-se de subniveis s e p completos em um dto- Em termos de simbolos de Lewis, um octeto pode ser definido como qua- ‘pares de elétrons de valéncia distribuidos ao redor do étomo, como na 1racao para o [Ne] na Tabela 8.1. Existem muitas excecdes a regra do oc- ‘mas ela fornece uma estrutura ttil para introduzir muitos conceitos im- tes de ligacao. ATIVIDADE Regra do octeto letsBnica u (eps! Be [He2s* 8 [He}2e2p! : @ [He)2s"2)7 N [Hepas'2y* ° [He)2s"2p* F [Hepas'2p Ne [He)2s“2p" : 8.2 Ligacao iénica ‘Quimica a ciéncia central Configuracio FILME Formago do cloreto de sédio MODELO 3D CCloreto de dio Figura 8.2 Reaclo entre s6dio metilico e gés cloro para formar Cloreto de s6dio. (a) Um recipiente de gas cloro (@ esquerda) e um recipiente de sécio metalico (& direta).(b) A formagio do NaCl comeca quando 0 sédio & adicionado ao cloro. (¢) A reagao alguns minutos mais tarde. Essa reasio € fortemente exotérmica, liberando tanto calor quanto luz. Ocloreto de sédio é composto de fons Na” e CI’, arranjados em uma rede tridimensional regular, como mostra- dona Figura 83. A formagao de Na" a partir deNa e de Cla partir de Cl, indica que o étomo de sédio perdeu um elétron eum tomo de cloro ganhou um. A transferéncia de elétrons para formar ions de cargas opostas ocorre quando 0s éto- ‘mos envolvidos diferem enormemente em suas atracdes por elétrons. O NaCl é um composto iénico comum por- Quando o sédio metélico, Na(s), € colocado em contato com o gas cloro Cl,(g), ocorre uma reagio violenta (Figura 8.2). O produto dessa reacao muito violenta é 0 cloreto de sédio, NaCl). Nas) + }CL@)—+ NaCl) AH} =~410,9 kJ (81 Capitulo 8 Conceitas bisicos de ligagio quimica consiste em um metal de baixa energia de ionizacdo e um nao-metal com alia afinidade por elétrons. <= (Secbes 7-4 7.5) Usando os simbolos de pon- tos de elétrons de Lewis (e um atomo de cloro em vez da molécula Cl,), pode- ‘mos representar essa reagdo como a seguir: Na- + ;Cl: —+Nat +E@)q~ [32] A seta indica a transferéncia de um elétron do atomo de Na para um 4tomo de C1. Cada ion tem um octeto de elétrons, 0 octeto no Na’ sendo os elétrons (25 2p" que estao abaixo do tinico elétron de valéncia 3s do étomo de Na. Colo- amos os colchetes ao redor do fon cloro para enfatizar que os oito elétronses- Figura 8.3_A estrutura cristalina ‘80 localizados exclusivamente no {on CT. ionclonet He stein tks fons de Na* é envolto por seis fons Energlas envolvidas na formagao da ligacao iénica Cr, e cada fon Cr € envolto por sels fons Na’ Como visto na Figura 8.2, a reagao do sédio com o cloro é muito exotérmica, Na realidade, a Equacao 8.1 é a reagao de formagio de NaCl(s) a partir de seus ‘elementos, portanto aquela variacao de entalpia para a reacao 60 AH para NaC(s). No Apéndice C vemos que 0 calor de formacao de outras substncias iénicas também é bastante negativo. Que fatores fazem com que a reacio ‘de formacao de compostos iGnicos seja tao exotérmica? Na Equacdo 8.2, representamos a formacao de NaCl pela transferéncia de elétrons de Na para Cl. Eniretanto, Jembre-se de nossa abordagem sobre energias de ionizagao: a perda de elétrons por um étomo € sempre um pro- ‘cesso endotérmico. ==> (Seci07.4) Remover um elétron de Na(g) para formar Na’ (g) requer 496 kJ/mol. De manei- a coniréria, quando um nao-metal ganha um elétron, 0 proceso é geralmente exotérmico, como visto pelas afinidades eletronicas negativas dos elementos. «= (Seco 7.5) A adigao de um elétron a Cl(g) libera 349 kJ/mol. ‘Sea transferéncia de um elétron de um atomo para outro fosse o tnica fatorna formacio de uma ligacio iénica, ‘© processo total raramente seria exotérmico. Por exemplo, a remogao de um elétron de Na(g) ea adicao a Clig) é ‘um processo endotérmico que requer 496 - 349 = 147 kJ/mol, Entretanto, isso prope que os dtomos de s6dio e loro estao infinitamente distantes um do outro. A principal razao para os compostos idnicos serem estiveis é a atracio entre os fons de cargas opostas. Essa “atracdo mantém os fons unidos,liberando energia e fazenclo com que eles formem um arranjo ou rede comoamos- ‘rada para NaCIna Figura 8.3. Uma medida da quantidade de energia necess- ia para a estabilizacto que se obtém quando fons de cargas opostas $40 ATIVIDADE agrupados em um s6lido idnico é dada pela energia de rede. A energia de rede hel dec Couleorhe. -eenergia requerida para separar completamente um mol de unt compasto sélida idnico ‘en fons gasoses. Para se ter uma idéia do processo para NaCl, imagine que a es~ ‘srutura mostrada na Figura 8.3 expande-se de tal forma que as distancias entre os fons aumente até que fiquem “completamente separados. Esse processo requer 788 kJ/mol, que & 0 valor dla energia de rede. NaCl(s) —+ Na’(g) +CV(g) AH = + 788 KJ/mol [83] O processo oposto, portanto, a aproximacio do Na(g)" e do Ci(g) para formar NaC6), ¢ altamente exotérmico 788 kJ/mol). ‘A Tabela 8.2 relaciona as energias de rede de NaCl e de outros compostos idnicos. Todas tém valores muito po- sitivos, indicando que os fons esto fortemente atrafdos uns pelos outros nesses sélidos. A energia liberada pela _atracio entre os fons de cargas contrérias mais do que compensa a natureza endotérmica das energias de ioniza~ ‘dio, tornando a formagao de compostos idnicos um proceso exotérmico. As fortes atragdes também fazem com ‘que a maioria dos materiais iGnicos seja dura e quebradica, com altos pontos de fusto. (ONaCl funde-sea 801 °C.) (O valor da energia de rede de um sélido depende das cargas dos fons, de seus tamanhos ¢ de seus arranjos no sélido. Vimos no Capitulo 5 (Seco 5.1) que a energia potencial da interacio entre duas particulas carregadas € dada por:

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