BELO HORIZONTE / 2012
Disciplina: Matemática Autor: Alexandre Lopes Rogério Lacerda
ESTRUTU RA FORMAL DO NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÃ NCIA
REITOR
LUÍS CARLOS DE SOUZA VIEIRA
PRÓ-REITOR ACADÊMICO
SUDÁRIO PAPA FILHO
COORDENAÇÃO GERAL
AÉCIO ANTÔNIO DE OLIVEIRA
COORDENAÇÃO TECNOLÓGICA
EDUARDO JOSÉ ALVES DIAS
COORDE NAÇÃO DE CURSOS GERENCIAIS E ADMINISTRA ÇÃO
HELBERT JOSÉ DE GOES
COO RDENAÇÃO DE CURSOS LICENCIATURA/ LETRAS
LAILA MARIA HAMDAN ALVIM
COORD ENAÇÃO DE CURSOS LICENCIATURA/PEDAGOG IA
LENISE MARIA RIBEIRO ORTEGA
INSTRUCIONAL DESIGNER
DÉBORA CRISTINA CORDEIRO CAMPOS LEAL INGRETT CAMPOS LOPO PATRICIA MARIA COMBAT BARBOSA
EQUIPE DE WEB DESIGNER
CARLOS ROBERTO DOS SANTOS JÚNIOR DA NIEL EUSTÁQUIO DA SILVA MELO RODRIGUES ERNANE GONÇALVES QUEIROZ GABRIELA SANTOS DA PENHA
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
FERNANDA MACEDO DE SOUZA ZOLIO
AUXILIAR PEDAGÓGICO
RIANE RAPHAELLA GONÇALVES GERVASIO MARINA RODRIGUES RAMOS
REVISORA ORTOGRÁFICA
MAR IA DE LOURDES SOARES MONTEIRO RAMALHO
SECRETARIA
LUANA DOS SANTOS ROSSI MARIA LUIZA AYRES
MONITORIA
ELZA MARIA GOMES
AUXILIAR ADMINISTRATIVO
THAYMON VASCONCELOS SOARES MARIANA TAVARES DIAS RIOGA
AUXILIAR DE TUTORIA
MIRIA NERES PEREIRA NATHALIA CUNHA POLESE RENATA DA COSTA CARDOSO
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Núcleo de Educação a Distância | N ewton Paiva
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Disciplina: Matemática Autor: Alexandre Lopes Rogério Lacerda
Legenda
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Nosso Tema |
Síntese |
Referên cias Bibliográficas |
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Saiba mais |
Reflexão |
Materi al complementar |
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Dica |
||
Atividade |
Importante |
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Disciplina: Matemática Autor: Alexandre Lopes Rogério Lacerda
Unidade 1: Introdução à Matemática |
8 |
|||
Unidade |
2: |
Conceitos Bá sicos |
.............................. |
21 |
Unidade |
3: |
Funções |
.............................. |
39 |
Unidade 4: Limites e Deri vadas |
59 |
|||
78 |
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Disciplina: Matemática Autor: Alexandre Lopes Rogério Lacerda
Prezado aluno,
Seja bem vindo à disciplina de Matemática. Com o constante desenvolvime nto da economia e das tecnologias, e em face de u m estado de maior globalização, percebemos q ue o mercado, cada vez mais, exige um profissional c om maiores habilidades. Habilidade de trabalha r em equipe, habilidade de resolver problema e ha bilidade de se comunicar, entre diversas ou tras. Para solução de problemas, principalmente d aqueles que envolvem a matemática, é fund amental o exercício da
criatividade, do raciocínio lóg ico, da habilidade de cálculo, da capacidade de de matrizes e gráficos. Per ante dessa necessidade, desenvolvemos este
abstração e confecção material no intuito de
contribuir para o aprimorame nto desses requisitos. Veja o que estudaremos n as unidades.
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Disciplina: Matemática Autor: Alexandre Lopes Rogério Lacerda
Na ciência, em diversos
momentos históricos, vários foram os gra ndes pensadores que
desenvolveram conceitos, teo rias e contribuíram para o desenvolvimento hum ano. Em um comentário curioso, Albert Einstein com para a ciência de Aristóteles e Galileu. Arist óteles acreditava que o ciência era fundamentada no s fatos universais e visíveis, Galileu foi um dos p rimeiros a observar que há muito além do que os olho s veem.
“Ao contrário da ciência aristotélica, a ciência moderna d esconfia sistematicamente das evidências de nossa experiência imediata. Tais evid ências, que estão na base
do c onceito vulgar, são ilusórias. Como bem salienta Eins tein no prefácio ao Diálogo sobr e os Grandes Sistemas do Mundo, Galileu esforç a-se denodadamente por
dem onstrar que a hipótese dos movimentos de rotação e
refu tada pelo fato de não observarmos quaisquer
translação da terra não é efeitos mecânicos destes
mov imentos, ou seja, pelo fato da terra nos parecer parad a.” (Machado 1987. p.12)
Fonte: Disponível em http://ww w.ggalilei.kit.net/fotos.htm. Acesso em 23 /11/2011.
Aristóteles foi um f ilósofo grego (384 –
322ac). Seus |
escritos abrangem |
|||
diversos assuntos, |
como |
a física, |
a |
|
metafísica, as lei s |
da poesia |
e |
do |
drama, a música, a
lógica, a retórica, o
governo, a ética, a biologia e a zoologia.
Aristóteles é vis to como um fundadores da filos ofia ocidental.
dos
Físico, matemático e astr ônomo italiano, Galileu Galilei (1.564-1.642) desco briu a lei dos corpos e enunciou o Princípio da Iné rcia. Foi por pouco que Galileu não seguiu a carr eira artística. Seu pai desejava que ele fosse mé dico e para atender os desejos de seu pai, dese mbarcou no Porto de Pisa. Porém se revelou u m péssimo aluno, e só pensava em fazer "exper iências de física" (na época, a Física era consid erada uma ciência de sonhadores).
Fonte: Disponível e m http://3.bp.blogspot. com/_QP- GecxpDTo/STQUT6 uJjbI/AAAAAAAAAFU/
14s5GLOSgu4/s320 /aristoteles2.jpg . Acesso em 23/11/20 11.
"exper
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23/11/20
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Disciplina: Matemática Autor: Alexandre Lopes Rogério Lacerda
Aristóteles, predecessor de
Galileu, era o único descobridor respeitado d a sua época e quando
descobria algo sobre a Física , ninguém o contestava, até surgir Galileu, com s uas descobertas.
Outro estudioso importante p ara a Matemática foi Albert Einstein, um teórico e
físico, alemão radicado
nos Estados Unidos. Foi elei to, em 2009, o físico mais memorável de todos os tempos. É conhecido
por desenvolver a teoria da r elatividade. Recebeu o Nobel de Física de 1921
pela correta explicação
do efeito fotoelétrico. O seu tr abalho teórico possibilitou o desenvolvimento da energia atômica.
Fonte: Disponível em http://www.brogui.com/2009/0 1/17/fotos-
de-albert-einstein-que-pouca- gente-
conhece/. Acesso em 23/11/2 011.
Fonte: Disponível em http://raposasasul.blogspot.com/20 11/05/einst
ein-e-os-meus-alunos.html. Acesso em
23/11/2011.
PENSAMENTOS DE EINSTEIN |
||||
"Se a Teoria da Re |
latividade se mostrar correta, os alem ães me chamarão de |
|||
alemão, os suíços dir |
ão que sou suíço e a França me rotulará |
de grande cientista; se |
||
estiver errada, os fra os alemães me acusa |
nceses dirão que sou suíço, os suíços me c hamarão de alemão e rão de judeu." |
|||
“A mente que se abre |
a uma nova idéia jamais voltará ao seu t amanho original.” |
|||
“Lembre-se de que as |
pessoas podem tirar tudo de você, menos o |
seu conhecimento. É o |
||
seu bem mais precios |
o. Explore; viaje; descubra. Conheça.” |
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Disciplina: Matemática Autor: Alexandre Lopes Rogério Lacerda
O estudo da matemática é f undamental para o indivíduo e para sociedade.
Para o indivíduo porque
abre novas perspectivas e
oportunidades para sua vida pessoal e profissi onal, para a sociedade
porque permite a oportunidad e de descobrir novas tecnologias e modelos qu e podem mudar a forma
de vida das pessoas.
Ao longo desta unidade, t eremos a oportunidade de conhecer a orige m da matemática, sua linguagem e aplicações.
1.1 Origem
da Matemática
Por volta do ano 4.000 a.C. , apareceram as primeiras ferramentas e arma s de bronze. Pequenas
aldeias cresciam, surgia as sim a necessidade de produzir alimentos em
pessoas começaram a se
dedicar a uma única atividade, surgiram as
maior quantidade. As profissões: agricultores,
artesãos, comerciantes, sac erdotes, administradores. Com esse desenvolv imento surgiu a escrita. Era o fim da Pré-História e o começo da História.
Muitas descobertas dessa é poca surgiram no Egito. O projeto e construção
das pirâmides exigiam
desenhos, símbolos e form as de resolver problemas. Já não era mais p ossível efetuar cálculos
rápidos utilizando pedras, nó s ou riscos. Foi partindo dessa necessidade ime diata que estudiosos do Antigo Egito passaram a repr esentar a quantidade de objetos de uma coleçã o através de desenhos –
os símbolos. A criação dos Matemática.
símbolos foi um passo muito importante para
o desenvolvimento da
Na Pré-História, a única form a de saber o número de presas abatidas era ju ntar três aves com seis
coelhos para obter um total d e nove presas. Hoje usamos os símbolos. 3 + 6
= 9. Muitas vezes não
sabemos nem que objetos e stamos somando. Mas isso não importa: a ope ração pode ser feita da
mesma maneira. Entretanto números?
como eram os símbolos que os egípcios criar am para representar os
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Disciplina: Matemática Autor: Alexandre Lopes Rogério Lacerda
Conta ndo com os egípcios Fonte: Disponível em http://e ducar.sc.usp.br/licenciatura/2003/hm/page03.htm. Acesso e m 22/11/ 2011
“Há mais ou menos 3 .600 anos, o faraó do Egito tinha um súdito cham ado Aahmesu, cujo nome significa “Filho da Lua”. Aahmesu ocupava na sociedade egípcia uma posiçã o muito mais humilde que a do faraó: provavelment e era um escriba. Hoje Aahmesu é mais conhecido d o que muitos faraós e reis do Antigo Egito. Entre o s cientistas, ele é chamado de Ahmes. Foi ele quem e screveu o Papiro Ahmes.
O papiro Ahmes é um a ntigo manual de matemática. Contém 80 problemas, todos resolvidos. A maioria
envolvendo assuntos
do dia-a-dia, como o preço do pão, a armazenag em de grãos de trigo, a
alimentação do gad o. Observando e estudando como eram efe tuados os cálculos no Papiro Ahmes, não foi d ifícil aos cientistas compreender o sistema de numer ação egípcio. Além disso, a decifração dos hieróglif os – inscrições sagradas das tumbas e monumentos do Egito – no século XVIII
também foi muito útil . O sistema de numeração egípcio baseava-se
em sete números-chave:
1 10 100 1.000 10.00 0 100.000 1.000.000 Os egípcios usavam símbolo s para representar esses números. Um traço vert ical representava uma unidade: Um osso de calcanh ar invertido representava o
número 10: Um laço va lia 100 unidades: Uma flor de lótus valia 1.000: Um
dedo dobrado valia 10.000:
Com um girino os
egípcios representavam
100.000
unidades:
Uma
figura ajoelhada, talvez
representando um deus , valia 1.000.000.
Todos os outros núme ros eram escritos combinando os números-chave. N a escrita dos números que
usamos atualmente, a
ordem dos algarismos é muito importante. Se tomar mos um número, como por
exemplo 256 e trocar mos os algarismos de lugar vamos obter outros
números completamente
diferentes: 265 526 56 2 625 652. Ao escrever os números, os egípcios nã o se preocupavam com a ordem dos símbolos. O bserve, no desenho, que, apesar de a ordem dos sím bolos não ser a mesma, os três garotos do Antigo E gito estão escrevendo o mesmo número: 45.”
Fonte: Disponível em http: //educar.sc.usp.br/licenciatura/2003/hm/page03.htm. Acesso em 22/11/2011
Assim, os egípcios dominar am os números inteiros. Faltava a fração. As m argens do rio Nilo eram extremamente importantes p ara esta sociedade. Uma vez por ano, na époc a das cheias, as águas
subiam e quando baixavam,
produziam terras férteis para o cultivo. A gra nde questão era: como
am
m
ara
époc
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Disciplina: Matemática Autor: Alexandre Lopes Rogério Lacerda
repartir estas terras para u ma determinada elite de agricultores? Esses e spaços delimitados por
cercas de pedra sempre eram
derrubados com a subida do Nilo.
Sesóstris determinou a me dição desses terrenos com uma corda de de terminado tamanho. As
pessoas encarregadas de m edir esticavam a corda e verificavam quantas v ezes aquela unidade de
medida estava contida nos vezes nos lados do terreno. fracionário.
lados do terreno. Entretanto, dificilmente cabia
um número inteiro de
Por essa razão, os egípcios criaram um novo tip o de número: o número
Descobr indo a fração
Fonte: D isponível em http://edu car.sc.usp.br/licenciatura/2003/hm/page03.htm. Acesso em 22/11/20 11
Como o símbolo das opera ções (+ ou -) ainda não haviam sido inventad os, todas as operações envolviam uma grande quant idade de números de entendimento bem complic ado. Somente por volta
do século III a.C. começou a se formar um novo sistema de numeração bem
existentes. Esse foi o sistema
de numeração romano.
mais prático que os já
De todas as civilizações da
Antiguidade, a dos romanos foi a mais importa nte.
Os romanos foram
muito espertos: em vez de i nventar outros símbolos, os romanos usaram a s letras de seu alfabeto
para representar os números . As sete letras que os Romanos utilizavam com o numerais são:
I |
1 |
V |
5 |
X |
10 |
L |
50 |
C |
100 |
D |
500 |
M |
1000 |
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Disciplina: Matemática Autor: Alexandre Lopes Rogério Lacerda
Como eles combinaram esse s símbolos para formar o seu sistema de numera ção? Repetindo cada símbolo duas ou três vezes o número fica duas ou três vezes maior. Mas aten ção! Não pode repetir mais de três vezes. E mais: o s símbolos V, L e D não se repetem. Veja só alg uns exemplos: II é 2, XXX é 30, CCC é 300, MM é 2000.
Tem mais ...
As letras I, X ou C colocam-s e à esquerda de outras de maior valor para repre sentar a diferença entre elas, obedecendo às seguint es regras:
I só se coloca à esquerda de V ou de X;
|
L ou de C; |
|
D ou de M. |
Se um símbolo for colocado à direita de outro símbolo de menor valor, este ú ltimo símbolo soma o seu valor ao valor do outro, a ssim: VI (5+1=6) ou CX (100+10=110).
Se um símbolo for colocado à
esquerda de outro símbolo de menor valor, este
símbolo diminui o seu
valor ao valor do outro, veja s ó: IV (5-1=4) ou CM (1000-100=900).
Fo nte: Disponível em htt p://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81baco. Ac esso em 22/11/2011
O método normal de cálculo
na Roma antiga, assim como na Grécia anti ga, era mover bolas de
contagem numa tábua própri a para o efeito. As bolas de contagem originais
denominavam-se calculi.
Mais tarde, e na Europa m edieval, os jetons começaram a ser manufatur ados. Linhas marcadas
indicavam unidades, meias d ezenas, dezenas, etc., como na numeração rom ana.
O sistema de numeração de cimal foi desenvolvido na Índia. O sistema foi
desenvolvido utilizando
apenas nove sinais. A gra nde contribuição dada pelos hindus para for mar o seu sistema de
numeração foi a invenção do zero. Hoje, estes símbolos são chamados de a lgarismos indo-arábicos.
Os hindus descobriram e os
árabes divulgaram.
árabes
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Disciplina: Matemática Autor: Alexandre Lopes Rogério Lacerda
Com o sistema de numeraçã o hindu ficou fácil escrever qualquer número, p or maior que ele fosse. Esses números foram cham ados de números naturais. Os números natura is simplificaram muito o trabalho com números fracio nários. Não havia mais necessidade de escreve r um número fracionário
por meio de uma adição de
dois fracionários, como faziam os matemátic os egípcios. O número
fracionário passou a ser es crito como uma razão de dois números natura is. A palavra razão em
matemática significa divisão.
Portanto, os números inteiros e os números
fracionários podem ser
expressos como uma razão d e dois números naturais. Por isso, são chamado s de números racionais.
A descoberta de números rac ionais foi um grande passo para o desenvolvime nto da Matemática.
1.2 A Linguagem da Matemática
A matemática moderna utili za símbolos e operações para manipulação
de números de várias
maneiras. As operações bás icas matemáticas, como sabemos, são a adição que utiliza o "sinal mais
+", a subtração com o "sinal o símbolo “x”.
menos -", a divisão que utiliza os símbolos “ / ou ÷ ” e a multiplicação com
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Disciplina: Matemática Autor: Alexandre Lopes Rogério Lacerda
Outros símbolos de matem ática são utilizados para identificar igualdades
e desigualdades. Esta
simbologia é geralmente utili zada na resolução de equações. O "sinal de igu al" = é o símbolo usado
entre as duas quantidades eq uivalentes. As desigualdades utilizam os sinais:
maior “ > “ ; menor “ <”;
menor ou igual “ ≤ “; maior ou igual “ ≥ “ e Diferente “ π ” ,
Segue uma tabela com o res umo das principais simbologias:
Símbolo |
Nome |
Lê-se como |
Categoria |
||||||||
Adição |
mais |
Aritmética |
|||||||||
+ |
4 + 6 = 10 significa |
que se se somar 4 a 6, a soma, ou resultado, é 10. |
|||||||||
Exemplo: 43 + 65 = 108; 2 + 7 = 9 |
|||||||||||
Subtração |
menos |
Aritmética |
|||||||||
9 - 4 = 5 significa q ue se subtrair 4 de 9, o resultado será 5. O sinal - é único porque |
|||||||||||
- |
também denota qu e um número é negativo. Por exemplo, 5 + (-3) = somar cinco a men os três, o resultado será dois. |
2 significa que se se |
|||||||||
Exemplo: 87 - 36 = |
51 |
||||||||||
Implicação mater ial |
implica; se |
então |
Lógica proposicional |
||||||||
⇒⇒⇒⇒ |
A ⇒ B significa: se |
A for verdadeiro então B é também verdadeiro; se A for falso então |
|||||||||
nada é dito sobre B. |
|||||||||||
→ |
→ pode ter o mes mo significado de ⇒, ou pode ter o significado qu e mencionamos mais abaixo sobre as fu nções. |
||||||||||
|
⇒ x² = 4 é v erdadeiro, mas x² = 4 |
⇒ |
x = 2 é em geral falso |
(visto que x pode ser |
|||||||
−2). |
|||||||||||
⇔⇔⇔⇔ |
Equivalência mat erial |
se e só se; se. |
Lógica proposicional |
||||||||
A ⇔ B significa: A é verdadeiro se B for verdadeiro e A é falso se B é falso. |
|||||||||||
↔ |
|
⇔ |
x + 3 = y |
||||||||
Conjunção lógica |
e |
Lógica proposicional |
|||||||||
∧∧∧∧ |
a proposição A ∧ falsa. B é verdadeira se A e B foram ambos verdadeiro s; caso contrário, é |
||||||||||
Exemplo: n < 4 |
∧ |
n > 2 |
⇔ |
n = 3 quando n é um número natural |
|||||||
Disjunção lógica |
ou |
Lógica proposicional |
|||||||||
∨∨∨∨ |
a proposição A ∨ B é verdadeira se A ou B (ou ambos) forem verd adeiros; se ambos |
||||||||||
forem falsos, a pro posição é falsa. |
|||||||||||
Exemplo: n ≥ 4 |
∨ |
n ≤ 2 |
⇔ n ≠ 3 quando n é um número natural |
||||||||
∀∀∀∀ |
Quantificação un iversal |
para todos; para qualquer; para cada. |
Lógica predicativa |
||||||||
∀ x: P(x) significa: |
P(x) é verdadeiro para todos os x |
significa:
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{1
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Disciplina: Matemática Autor: Alexandre Lopes Rogério Lacerda
Exemplo: {|a| : a ∈ Z} = N |
|||||||
Números int eiros |
Z |
Números |
|||||
Z |
Z significa: |
,−3,−2,−1,0,1,2,3, |
} |
||||
Exemplo: {a : |
|a| ∈ N} = Z |
||||||
Números ra cionais |
Q |
Números |
|||||
Q |
Q significa: { p/q : p,q ∈ Z, q ≠ 0} |
||||||
3.14 ∈ Q; π ∉ Q |
|||||||
Números re ais |
R |
Números |
|||||
R |
R significa: {l im n→∞ a n : ∀ n ∈ N: a n ∈ Q, o limite existe} |
||||||
π ∈ R; √(−1) ∉ R |
|||||||
Números co mplexos |
C |
Números |
|||||
C |
C significa: { a + bi : a,b ∈ R} |
||||||
i = √(−1) ∈ C |
|||||||
Comparação |
é menor que, é maior que |
Ordenações |
|||||
< |
parciais |
||||||
x < y significa : x é menor que y; x > y significa: x é maior que y |
|||||||
> |
Exemplo: x < y |
⇔ |
y > x |
||||
Comparação |
é menor ou igual a, é maior ou igu al a |
Ordenações |
|||||
≤ |
parciais |
||||||
≥ |
x ≤ y significa : x é menor que ou igual a y; x ≥ y significa: x é |
maior que ou igual a y. |
|||||
Exemplo: x ≥ 1 |
⇒ |
x² ≥ x |
|||||
√ |
Raiz quadra da |
a raiz quadrada principal de; raiz quadrada |
Números reais |
||||
√x significa: |
o número positivo, cujo quadrado é x |
||||||
Exemplo: √(x ²) = |x| |
|||||||
Geometria |
|||||||
PI |
PI |
euclidiana |
|||||
π |
π significa: a razão entre a circunferência de um círculo e o s eu diâmetro |
||||||
Exemplo: A = |
πr² é a área de um círculo de raio r |
||||||
Análise |
|||||||
! |
Fatorial |
fatorial |
combinatória |
||||
n! é o produt o 1×2× ... |
×n |
||||||
Exemplo: 4! = 24 |
|||||||
| |
| |
Valor absolu to |
valor absoluto de; módulo de |
Números |
|||
|x| significa: a |
distância no eixo dos reais (ou no plano comple xo) entre x e zero |
a
comple
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Exemplo: |''a'' + ''bi''| = √(a² + b²) |
|||||||||
Norma |
No rma de comprimento de |
Análise funcional |
|||||||
|| || |
||x|| é a norma do el emento x de um espaço vectorial |
||||||||
Exemplo: ||''x''+''y''|| ≤ ||''x''|| + ||''y''|| |
|||||||||
Soma |
so ma em |
de |
até |
de |
Aritmética |
||||
∑ |
∑ k=1 n a k significa: a 1 + a 2 + |
+ a n |
|||||||
Exemplo: ∑ k=1 4 k² = 1² + 2² + 3² + 4² = 1 + 4 + 9 + 16 = 30 |
|||||||||
Integração |
Int egral de |
até |
de |
em função de |
Cálculo |
||||
∫ |
∫ a b f(x) dx significa: a área entre o eixo dos x e o gráfico da função f e ntre x = a e x = b |
||||||||
∫ 0 b x² dx = b³/3; ∫x² d x = x³/3 |
|||||||||
Derivada |
de rivada de f; primitiva de f |
Cálculo |
|||||||
f ' |
f '(x) é a derivada da função f no ponto x, i.e. o declive da tangente n esse ponto |
||||||||
Exemplo: Se f(x) = x ², então f '(x) = 2x |
|||||||||
Gradiente |
De l, nabla, gradiente de |
Cálculo |
|||||||
∇ |
∇f (x 1 , …, x n ) é o ve ctor das derivadas parciais (df / dx 1 , …, df / dx n ) |
||||||||
Exemplo: Se f (x,y,z ) = 3xy + z² então ∇f = (3y, 3x, 2z) |
|||||||||
Quadro 1 |
|||||||||
Fonte: |
Disponível |
em http://pt.wi kipedia.org/wiki/Anexo:Tabela_de_s%C3%ADmbolos_mate m%C3%A1ticos. Acesso |
em |
||||||
23/11/2011. |
ncia/matematica/origem
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16 | P á g i n a
Disciplina: Matemática Autor: Alexandre Lopes Rogério Lacerda
No quadro 2, apresentamos a
você alguns exemplos de aplicações da matem ática.
Quadro 2 Fonte: Disponível em http://alde ciralmeida7.blogspot.com/. Acesso em 23/11/2011.
ciralmeida7.blogspot.com/
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17 | P á g i n a
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Disciplina: Matemática Autor: Alexandre Lopes Rogério Lacerda
Aplicações da Matemática
F enômeno |
Explica ção matemática |
|||
Como é que um avião se mantém no ar sem alg o a suportá-lo? |
![]() |
Equaçõe s descobertas por Daniel B ernoulli no século XVIII. |
||
O que faz com que uma |
maçã |
|||
caia de uma árvore na te rra? |
Equações do movimento e da |
|||
mecânic a descobertas por |
||||
O que mantém a Terra a girar em torno do Sol? ![]() |
Newto n no século XVII. |
|||
Como é que as imagens e sons de um jogo de futebol apare cem numa TV em qualquer parte d o mundo? |
![]() |
Atrav és da radiação eletromag nética descrita pelas equações de Maxwell, século XIX. |
||
![]() |
Foram |
estudados por |
||
Sons musicai s |
Aristóteles. |
|||
![]() |
2000 anos antes de enviarmos uma na ve espacial para o |
|||
A Terra é circul ar |
espaço que nos fornece fotog rafias da Terra, Eratóstene s usou a Matemática para pro var que a Terra é circula r. Calculou o seu diâmetro e a sua curvatura com |
|||
99% |
de exatidão. |
ewton
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18 | P á g i n a
Disciplina: Matemática Autor: Alexandre Lopes Rogério Lacerda
![]() |
Previsão com base na teoria |
||
Quem vai ganhar nas |
eleições? |
das p robabilidades e |
|
estatística. |
|||
![]() |
|||
Amanhã vai cho ver? |
![]() |
Previsão c om base no cálculo. |
Fonte: Disponível em http://alde ciralmeida7.blogspot.com/2009/12/o-papel-da-matematica-e m-nossas- vidas.html#comment-form. Aces so em 23/11/2011.
ewton
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19 | P á g i n a
Disciplina: Matemática Autor: Alexandre Lopes Rogério Lacerda
Nesta unidade, abord amos os seguintes tópicos:
ewton
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20 | P á g i n a
Disciplina: Matemática Autor: Alexandre Lopes Rogério Lacerda
Nesta unidade, iremos apren der a representar e utilizar a relação entre conj untos. Este é o primeiro
passo para compreendermo s o conceito de função. A função é a base do
estudo da matemática.
Todas as equações matemát icas são representadas por símbolos e funções , portanto, compreender
o significado de função é o o bjetivo desta unidade.
1.2 Conju ntos
Iniciaremos os estudos com c onjuntos que são a base para o entendimento d e funções. Preste bastante atenção!
Conjunto é uma lista, coleç ão ou classe de objetos, dados, números ou
qualquer outro item. Os
conjuntos são indicados por l etras maiúsculas do alfabeto e seus elementos p or letras minúsculas. No
exemplo, o conjunto “A” conté m os números 1; 3 e 6.
A
Podemos representar os con juntos com expressões. No exemplo, temos a letra do conjunto e seus
elementos escritos entre cha ves e separados por vírgula ou ponto-e-vírgula, a ssim:
Vejamos algumas considera ções sobre conjuntos.
ções
ewton
21 | P á g i n a
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Disciplina: Matemática
Autor: Alexandre Lopes
Rogério Lacerda
1.1.1 Considerações sobre notações de co njuntos
Os conjuntos têm suas carac terísticas próprias. Vamos conhecer alguns iten s sobre as notações de
conjuntos.
pertencem a B.
A = {0,2,4,6,8} e B= {0,2}
então A – B = {4,6,8}
ewton
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22 | P á g i n a
Disciplina: Matemática
Autor: Alexandre Lopes
Rogério Lacerda
∑
Chamamos conjuntos co mplementares aos elementos que pertencem a
B e não pertencem a A.
Dados A e B, A
B, de u m mesmo universo U, chama-se conjunto compl
ementar de A em
relação a B, e indica-se
A
C B o conjunto formado pela diferença B- A.
Vamos ao novo tópico q ue discorrerá sobre números e conjuntos.
1.3 Os N úmeros e Seus Conjuntos
Relembrando algumas definiç ões dos conjuntos de números já apresentadas
na Unidade 1, temos:
CONJUNTO DOS NÚMEROS NAT URAIS – N
N = {0, 1, 2, 3, 4, 5,
...
}
CONJUNTO DOS NÚMEROS INTE IROS – Z
Z = { ...
,
-3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, 4,
...
}
CONJUNTO DOS NÚMEROS RAC IONAIS – Q
Q = {x / x =
a
b
, com a, b
Z e b π 0}
Todo número racional
pode ser representado na forma decimal:
7
4
=
1,75
;
3
5
= 0,6
ou
representação periódica
1
3
= 0,333...
47
90
= 0,5222...
CONJUNTO DOS NÚMEROS IRRA CIONAIS – I
Os números cuja representa
ção decimal é não exata e não periódica são
denominados números
irracionais. Todas as raízes n
ão exatas são exemplos de números irracionais.
2 = 1,4142135 ...
ewton
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23 | P á g i n a
Disciplina: Matemática
Autor: Alexandre Lopes
Rogério Lacerda
![]()
3
|
= 1,7320508 ... |
||
= 3,1415926535 |
. |
||
e |
= 2,71828 |
... (n.º de Euler) |
CONJUNTOS DOS NÚMEROS RE AIS
A união dos números Racion ais com os Números Irracionais constitui o con junto de números reais,
portanto:
R = Q U I = { x / x é racional ou x é irracional}
Os números reais são:
∑ |
os números n aturais; |
∑ |
os números i nteiros; |
∑ |
os números r acionais; |
∑ |
os números i rracionais. |
Podemos representar os nú meros Reais (R) em uma reta que chamamos R eta Real: Cada número
Real tem |
um ponto na reta associado |
a |
ele |
e cada ponto |
da |
reta tem |
um número Real que o |
|||||||
representa. |
||||||||||||||
-5 |
-4 |
-3 |
-2 |
-1 |
0 |
+1 |
+2 |
+3 |
+4 |
+5 |
Representação dos conjuntos de números
1.4 Interv alos
Os subconjuntos de RRRR repres entam intervalos em uma reta.
Intervalos limitados
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24 | P á g i n a
Disciplina: Matemática
Autor: Alexandre Lopes
Rogério Lacerda
Os subconjuntos sejam a, b RRRR, com a < b. Um intervalo limitado em RRRR é
um subconjunto definido
de uma das seguintes formas :
de nominado intervalo fechado de extremidades a e
b.
de nominado intervalo aberto de extremidades a e b.
de nominado intervalo fechado em a e aberto em b .
de nominado intervalo aberto em a e fechado em b .
Intervalos ilimitados
Os subconjuntos sejam a
RRRR. Um intervalo ilimitado em RRRR é um subconju nto definido de uma das
seguintes formas: |
||||
[a ; + • |
[ = { x |
R: x ≥ a } |
d enominado intervalo fechado. |
|
a |
R
]a ; + • [ = { x |
R: x > a } |
d enominado intervalo aberto. |
|||||
a |
|||||||
![]() R |
|||||||
] |
• ; a] = { x |
R: x ≤ a } |
d enominado intervalo fechado. |
||||
a |
|||||||
![]() R |
|||||||
] |
• ; a[ = { x |
R: x < a } |
d enominado intervalo aberto. |
||||
a |
R
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25 | P á g i n a
Disciplina: Matemática
Autor: Alexandre Lopes
Rogério Lacerda
Vamos conhecer o Sistema C artesiano Ortogonal.
1.5 Siste ma Cartesiano Ortogonal
O sistema Cartesiano Orto gonal é formado por um
plano que
é dete rminado por
dois eixos
perpendiculares entre si e co m a mesma origem 0. O eixo na posição horizo ntal é denominado
0x.
O
eixo
na
posição
vertical
é
denominado
O plano formado por estas duas reta s
é denominado plano
cartesiano ortogonal e deno tado por µµµµ.
y p
µµµµ
Da do um ponto P qualquer em µµµµ
∑ P 1 é a projeção ortogonal de P sobre 0x; ∑ P 2 é a projeção ortogonal de P sobre 0y; ∑ x p é a coordenada de P 1 em 0x; ∑ y p é a coordenada de P 2 em 0y;
∑ A
origem do sistema é o ponto O(0,0).
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26 | P á g i n a
Disciplina: Matemática
Autor: Alexandre Lopes
Rogério Lacerda
1.4.1 Representação Gráfica
Qualquer que seja P
µµµµ, ex iste um único par de valores reais x p e y p , deno minado par ordenado e
indicado por (x p ;
y p ).
O Sistema Cartesiano pode s er dividido em quatro quadrantes.
x p
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Disciplina: Matemática
Autor: Alexandre Lopes
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Exercício |
||
Em uma bacia de extr |
ação petrolífera foram identificados 4 pontos d |
e potencial de |
perfuração. A localizaçã |
o desses pontos corresponde a: A(6;2), B(8;3), |
C(5;1) e D(3;1). |
Cada unidade corresp |
onde a 100 km de distância do ponto de ref |
erência P(0;0). |
Represente esses pont |
os no sistema cartesiano. Veja a resolução no gr |
áfico. |
Y
X
Resolução
Y
X
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Exercícios |
|||
1) Vamos formar o conj |
unto dos pares ordenados. Sejam os conjuntos |
A= {0; 1; 2} e B= {2; 4}. |
|
Então A x B = {(0; 2 |
), (0; 4), (1; 2), (1; 4), (2; 2), (2; 4)} |
||
2) Vamos formar o conj |
unto dos pares ordenados. Sejam os conjuntos |
A= {2 ; 4} e B= {1; 3; 5}. |
|
Então A x B = {(2; 1 |
), (2; 3), (2; 5), (4; 1), (4; 3), (4; 5)} |
||
Então B x A = {(1; 2 |
), (1; 4), (3; 2), (3; 4), (5; 2), (5; 4)} |
||
Então A x A = A 2 = |
{(2; 2), (2; 4), (4; 2), (4; 4)} |
||
Então A x ∆ |
= ∆ |
Depois de conhecer o plano c artesiano, você vai aprender sobre o Produto Ca rtesiano.
1.6 Prod uto Cartesiano
O Produto Cartesiano é um p roduto de dois conjuntos não vazios A e B (nota ção A x B), é o conjunto
formado pelos pares ordena dos nos quais o primeiro elemento pertence a A
e o segundo elemento
pertence a B. O par ordenado
é representado pela notação (a; b) onde “a” é o elemento da abscissa e
“b” é o elemento representan do a ordenada. Então:
Se (a ; b) = (c ; d) €€€€
a = c ; b = d
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29 | P á g i n a
Disciplina: Matemática
Autor: Alexandre Lopes
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O Produto Cartesiano de dois
conjuntos não vazios A e B (notação A x B) é o conjunto formado pelos
pares ordenados, nos quais o
primeiro elemento pertence a A e o segundo ele mento pertence a B.
1.5.1 Representação
Para representar o produto c artesiano de dois conjuntos A = {0, 1, 2} e B = {2, 4}, usamos o diagrama
de flechas ou o diagrama car tesiano
O produto cartesiano A x B = {(0; 2), (0;4), (1; 2), (1; 4), (2; 2), (2; 4)}
![]() |
Representação por meio de Flechas |
![]()
0
1
2
![]()
2
4
|
|
A B |
|
![]() |
Representação no plano cartesiano |
Cada |
ordenado par |
A |
x |
B |
é |
||
representado |
por |
um |
ponto |
no |
|||
plano cartesiano. |
Veja, no próximo tópico, a de finição de relação.
ewton
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Autor: Alexandre Lopes
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1.7 Defin ição de Relação
Quando montamos o produto de dois conjuntos A x B, encontramos todas as possibilidades de pares
de pontos. Em alguns casos,
podemos definir uma relação entre os conjunto s ou seus elementos. A
relação define uma restrição
aos pares de pontos e as relações podem se r as mais variadas, por
exemplo:
∑ |
x > y |
∑ |
y é divisor de y |
∑ |
x + y > 4 |
Exercício 1: Sejam os |
conjuntos A = {2; 3; 5} e B = {1; 4; 6} sendo: |
||||
R é o subc |
onjunto onde x > y e x |
A |
e y |
B. |
|
Temos R = {(2; 1), (3; 1 |
), (5; 1), (5; 4)} que é subconjunto de R. Uma po |
ssível notação é: |
|||
R = {(x : y) A x B |
x > y} |
||||
Exercício 2: Sejam os |
conjuntos A = {0; 1; 2}, B = {2; 4} sendo: |
||||
R é o subc |
onjunto de A x B onde y é o dobro de x; y = 2x. |
||||
R = {(x, y) A x B | y = 2x} = {(1; 2), (2; 4)} |
Você vai conhecer mais sobr e matemática.
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1.8 Domí nio, Conjunto Imagem e Representaçã o Gráfica.
Vamos entender essas defini ções: Dados dos conjuntos A e B.
Podemos imaginar o conjun to A formado por três canetas (preta; azul; ve rmelha) e o conjunto B
formado por dois lápis (verde ; azul). Podemos definir uma relação R entre o s conjuntos no qual R =
mesma cor.
∑ |
Domínio de R (notação D (R)) é o conjunto de elementos do primeiro conju nto que |
∑ |
pertencem a R. |
No exemplo, a c aneta azul. |
|
∑ |
Imagem de R (notação I m(R)) é o conjunto de elementos do segundo co njunto que pertencem a |
R.
No exemplo, o lá pis azul.
Veja agora a representação c om números.
Dados os conjuntos A = {0; 1 ; 2}, B = {2; 4} sendo R o subconjunto de A x B
onde y é o dobro de x; y
= 2x.
R = {(x, y)
A x B | y = 2x} = {(1; 2), (2; 4)}
Podemos representar grafica mente esta relação R nas seguintes formas:
Representação por meio de Flechas. {(1; 2), (2; 4)}
ewton
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32 | P á g i n a
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Autor: Alexandre Lopes
1.9 Fu nção - Conceito
Na matemática, como em
outras ciências, muitas vezes queremos estab elecer uma relação ou
correspondência entre dois
conjuntos.
A
observação
mostra
que
há
certos fenômenos que
apresentam regularidade, ist o é, comportamento idêntico. Neste caso, pode mos representá-los por
uma função.
Exemplos práticos de função:
∑ |
Um carro em aceleração constante cria uma função entre as variáveis tem po(t) e velocidade (v). |
|
∑ |
Quando uma torneira que |
despeja uma determinada quantidade de água por minuto, o volume de |
água despejada depende rá do tempo que a torneira ficar aberta: |
||
∑ |
A temperatura de um forn o em relação à quantidade de tempo que o mes mo está ligado. |
|
∑ |
A tarifa do táxi é uma fun ção do número de quilômetros rodados. |
|
∑ |
O custo em relação à qua ntidade de mão de obra. |
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Conceito: Uma relação |
f, de um conjunto A num conjunto B, é uma funç |
ão de A |
|||||||
em B se, e somente se, |
f associa a todo elemento de A com um único el |
emento de |
|||||||
B. |
![]()
f
|
||||||||
A |
B |
||||||||
Indica-se que |
é uma f |
unção de A em B |
pela notação: f : A |
B |
ou x |
y = f(x) |
|||
f : A |
B |
(l |
ê-se: função f de A em B) |
||||||
Exemplo: Sejam do |
is conjuntos A = {1, 2, 3} e B = {2, 3, 4, 5} e sej |
a a relação |
|||||||
dada por |
R = {(x, y) A x B | y = x + 1}, teremos então |
R = {(1,2), |
|||||||
(2,3), (3,4) |
}. |
ewton
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1 |
- Exercício: Representar o produto cartesiano de dois conjuntos A = {-3; -1, 2} e B = {-2, 3} usando |
|
o diagrama de flechas ou o di agrama cartesiano. |
||
Resolução: |
||
O produto cartesiano A x B = {(-3 ; -2), (-3 ; 3), (-1; -2), (-1; 3), (2; -2), (2; 3)} |
||
![]() |
Representação por meio de Flechas |
|
![]()
-3
-2
-1
3
2
|
||
A B |
||
![]() |
Representação no plano cartesiano |
|
![]()
y
(-1; 3)
3
(-3; 3)
( 2; 3)
2
1
-3
-2
-1
0
1
2
x
-1
(-3; -2)
( -1, -2)
-2
( 2; -2)
|
||
2 |
- Exercício: Dados os conj untos A = {-2; 3; 5}, B = {-1; 1; 4; 6} sendo |
|
R o subconjunto de A x B onde x é divisor de y. |
R = {(x, y)
A x B | x é divisor de y} = {(-2; 4), (-2; 6), (3; 6)}
{(x,
ewton
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D = {-2, 3}
Im = {4, 6}
Representação por meio de Flechas {(-2; 4), (-2; 6), (3; 6)}
D (R)
ewton
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1. Conjuntos: lista, coleç ão ou classe de objetos, dados, números ou
qualquer outro item.
No exemplo A seguir o conjunto “A” contém os
números 1,5 e 8.
A
2. Os Números e Seus C onjuntos
CONJUNTO DOS NÚMEROS NAT |
URAIS – |
N = {0, 1, 2, 3, 4, 5, |
} |
||
CONJUNTO DOS NÚMEROS INTE |
IROS – |
Z = { ... |
-3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, 4, ... , |
} |
a |
|||||
CONJUNTO DOS NÚMEROS RAC |
IONAIS – (não inteiros) |
Q = {x / x = |
b |
, com a , b |
Z e b π 0} |
CONJUNTO DOS NÚMEROS IRRA
CIONAIS – (decimal é não exata e não periódica)
CONJUNTOS DOS NÚMEROS RE AIS
Representação dos conjuntos de números
3. Sistema Cartesiano Ortogonal - Representação Gráfica
∑ P é o ponto de coordena das a e b ∑ O número a é chamado abscissa de P ∑ O número b é chamado ordenada de P ∑ µ é o Plano Ortogonal
A origem do sistema é o p onto O(0,0).
ewton
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37 | P á g i n a
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Autor: Alexandre Lopes
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4. Produto Cartesiano:
Produto de dois conjuntos não vazios A e B (not ação A x B) é o conjunto
formado pelos pares
ordenados nos quais o primeiro elemento per tence a A e o segundo
elemento pertence a B.
5. Domínio, Conjunto Im agem: O Domínio de R (notação D(R) ) é o co njunto de elementos do
primeiro conjunto qu e pertencem a R. A Imagem de R (notação I m(R) ) é o conjunto de
elementos do segund o conjunto que pertencem a R.
6. Função – Conceito: R epresentação de um único valor em função de o utro.
.
ewton
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38 | P á g i n a
Disciplina: Matemática
Autor: Alexandre Lopes
Rogério Lacerda
Nesta unidade, daremos con tinuidade ao estudo de funções. Vamos utilizar a
linguagem matemática,
as relações entre variáveis e o sistema cartesiano para representação gráfic a estudados na unidade
anterior para apresentar três tipos de funções comumente utilizadas em área s gerenciais: as funções
de primeiro e segundo grau s e a função exponencial. Iniciaremos com o
conceito de domínio e
imagem de funções e finaliza remos com aplicações de funções envolvendo receita, custo e lucro de
empresas. O objetivo desta
unidade é transformar a teoria e prática mat emática em ferramenta
aplicativa em situações espe cíficas da área gerencial.
1.1 D omínio e imagem de funções
Imagine que você trabalha
no comércio recebendo um
valor
fixo mens al
e
mais
um
adicional
(digamos de 10%) sobre o va lor de cada unidade do produto vendido. Veja a f unção:
f (x) = 545 + 0,1x
∑ |
f (x) represe nta o valor total recebido |
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