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As aparncias enganam: Marx e as iluses do capital Parte 3 Uma das preocupaes dos economistas burgueses, dizia Marx, era

representar a produo diferentemente da circulao. Enquanto a primeira seria determinada por leis naturais gerais e imutveis, a segunda seria determinada pela contingncia social. Na circulao permitir-se-iam toda srie de arbitrariedades. Essa era tambm a principal crtica de Marx aos economistas. A circulao aparecendo como uma esfera independente, autnoma, que existia ao lado da produo. E no como diferente momento de uma mesma unidade: o capital. Na circulao, todos os homens aparecem livres, trocando seus produtos pelo equivalente universal chamado dinheiro. Nesse reino todos os homens so iguais. A troca est no seu sangue. E o valor das coisas surge misteriosamente da natureza. Da, a magia do dinheiro, diz Marx: ouro e prata j saem das entranhas da terra como encarnao de todo trabalho humano. E no reino da produo permanece o enigma do fetiche mercadoria.

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