SOBRE O ESTUDO
Apesar do grande volume e da relevância dos dados coletados, o estudo exaustivo “Avaliação dos
padrões trabalhistas e ambientais e custos para as indústrias de açúcar de cana”, elaborado pela
Peter Buzzanell & Associates, Inc apresenta graves problemas em suas conclusões.
Conclusões estas que, muitas vezes, chegam a contradizer as informações enunciadas no corpo de
trabalho a respeito dos aspectos ambientais e trabalhistas da atividade sucroalcooleira do Brasil.
Ao tentar justificar a maior competitividade do setor sucroalcooleiro do Brasil tomando por base o
não atendimento de padrões de qualidade ambiental e trabalhista (conforme os adotados pelo
mesmo setor nos EUA), o estudo confunde dados gerais sobre a situação ambiental, social e
trabalhista brasileira com os padrões específicos e praticados pelo setor canavieiro no País. Sérios
problemas estruturais também prejudicam as conclusões enunciadas no trabalho. Entre esses,
destacam-se pelo menos dois:
1) Em termos de câmbio, hoje cada dólar – US$ 1,00 – vale cerca de R$ 2,95 (as taxas de câmbio
no Brasil são flutuantes), ou seja, R$ 2,95 compram (em São Paulo, maior Estado canavieiro do
Brasil): 17 passagens de transportes coletivo; 15 pães típicos de consumo no Brasil , 0,65 quilo de
feijão, 1,4 litro de leite, 0,49 quilo de carne e 1,5 litro de gasolina.
O salário mínimo – mensal – estabelecido por lei e em vigor no Brasil é de R$ 240,00 (US$ 83,62
equivalentes).
O relatório cita, nas conclusões finais, o piso de remuneração do setor. No entanto, todas as
remunerações efetivas praticadas tanto no período de produção (maio/novembro), quanto no
período de entressafra (dezembro/abril) são muito superiores ao piso.
Uma pesquisa junto a 50 unidades produtoras do Estado de São Paulo apresenta as seguintes
remunerações médias:
Salário médio Benefícios
mensal mensais
R$ US$ R$ US$
Trabalhadores
rurais
Cultivo/
Colheita 574,00 200,00 262,00 91,30
Trabalhadores
no processa-
mento de
açúcar e
álcool 898,00 312,89 382,00 133,00
Motoristas/
Tratoristas 825,00 287,50 287,00 100,00
É fato reconhecido e anunciado pelo próprio governo federal que o Brasil convive com seríssimos
problemas sociais (má distribuição de renda, pouca oferta de vagas, baixa remuneração e, apesar
das proibições legais, um índice elevado de trabalho infantil). Entretanto, tais problemas – típicos do
subdesenvolvimento – não são realidade para os setores formais e organizados da economia
brasileira (como é o caso da nossa agro-indústria canavieira).
Assim como seria impossível para a indústria automobilística (Ford, GM, Volkswagen, Toyota,
Renault etc.) usar o trabalho infantil ou a remuneração de sua mão-de-obra em níveis inferiores aos
preceitos legais, também seria impossível para uma atividade com a expressão econômica da
indústria sucroalcooleira nacional (3 milhões de hectares cultivados só no Estado de São Paulo, 15
milhões de toneladas de açúcar/ano, 8,8 bilhões de litros de álcool/ano; que movimenta R$ 15
bilhões ao ano e com arrecadação anual de R$ 3 bilhões) fazer o mesmo.
Além disso, conforme mencionado no próprio estudo, o Brasil se sobressai pelo poder e organização
de seus movimentos de trabalhadores (o atual presidente da República é um dos principais líderes
sindicalistas brasileiros) e também é um membro atuante das organizações internacionais de
trabalho, bem como signatário de todas as normas internacionais de proteção ao trabalho em vigor
atualmente.
Consequentemente, é ingenuidade dizer que, a despeito dessa realidade, os trabalhadores
brasileiros da indústria de cana não são protegidos por leis, medidas de segurança e saúde,
remuneração e benefícios, como também é o caso da Flórida.
Também é ingênuo afirmar que a pressão trabalhista e o poder de barganha das negociações
sindicais na Flórida são mais intensos (e fator de aumento dos custos de produção).
Só no Estado de São Paulo, a indústria da cana-de-açúcar emprega 400 mil trabalhadores, que são
organizados em uma vasta gama de sindicatos.
Tal realidade, combinada com a dimensão da atividade sucroalcooleira no Brasil, é suficiente para
demonstrar quão simplistas são as questões levantadas nesse relatório.
Em relação aos aspectos ambientais, a análise também está prejudicada por generalizações
superficiais e sem base.
2) No que tange à legislação e às normas brasileiras de controle ambiental, o estudo afirma que as
mesmas sofrem de falta de inspeção, apesar de sua modernidade. Mesmo que tal declaração seja
questionável, é válida para os Estados Unidos, Europa e todos os países – independentemente de
serem desenvolvidos, ou não.
Embora tenha nesses valores uma referência básica, em grande parte dos padrões de contaminação
(da água ao ar) as normas brasileiras são, em muitos casos, mais restritivas que as encontradas na
legislação norte-americana (ver apêndice das normas em vigor no Brasil, para níveis máximos de
poluição do ar e da água).
Especialmente no que diz respeito aos padrões de qualidade da água (que o relatório afirma serem
rigorosos na Flórida e um fator de encarecimento da produção açucareira local), as tabelas
indicativas dos níveis máximos aceitos no Brasil (apresentadas no próprio corpo do trabalho em
questão) revelam igual – ou maior – rigor para cada substância poluidora. O mesmo se aplica aos
padrões de qualidade do ar.
Os padrões brasileiros de qualidade do ar (monitorados no Estado de São Paulo por uma rede – fixa
e móvel), são bastante severos e refletem diretamente uma notável peculiaridade brasileira: a de
possuir uma matriz energética das mais limpas, com uso mínimo de combustíveis fósseis (carvão,
óleo combustível etc.), fato este que obviamente se reflete nos padrões brasileiros de qualidade do
ar. Além do uso intenso do álcool combustível, mais de 90% da energia elétrica brasileira provém
de fontes hídricas.
Vale enfatizar que, como signatário do Protocolo de Kyoto e maior produtor e usuário de
combustíveis renováveis do mundo (etanol anidro, adicionado em níveis de 25% em toda gasolina
comercializada; e etanol hidratado, que move de 2,3 milhões de automóveis abastecidos
exclusivamente por esse combustível), o Brasil tem sido objeto de vários estudos já consolidados no
IPCC da ONU, que destacam as vantagens comparativas da agro-indústria da cana do País, em
termos de qualidade ambiental (no que diz respeito às emissões resultantes na produção e no
consumo dos seus produtos), tanto pelo seu efeito redutor da poluição atmosférica primária, como
pela diminuição do efeito estufa e das mudanças climáticas globais.
No corpo do estudo realizado pela Peter Buzzanell & Associates, Inc, é dado especial destaque à
questão da queima da cana e à legislação específica que rege esse assunto no Estado de São Paulo.
Como se sabe, as áreas cujo terreno de cultivo apresenta inclinação superior a 12 graus (que
perfazem cerca de 40% das áreas de cultivo da cana só no Estado de São Paulo) impedem que a
colheita seja mecanizada e, nesse caso, prevalece a colheita manual e a prática do uso da queima
como método de despalha da planta para o corte.
Embora a queima como despalha da cana seja um método de manejo típico desse cultivo em todo
o mundo (inclusive como controle de pragas e manejo fitossanitário), vale à pena esclarecer a
situação específica de São Paulo e da legislação que regula essa questão.
Planta-se cana em larga escala no Estado de São Paulo desde a segunda metade do século XVIII e,
conforme estudos da Associação Brasileira dos Engenheiros Agrônomos, essa atividade agrícola
apresenta o mais baixo índice de erosão do solo em todo hemisfério americano, mantendo um dos
melhores índices de conservação do solo de toda agricultura mundial.
A questão da queima da cana e a legislação estadual que estabelece o abandono gradual dessa
prática se refere mais às peculiaridades populacionais do Estado, do que a efeitos ambientais (e
poluentes atmosféricos) nocivos resultantes dessa prática.
Só para que se tenha uma idéia do que significou o adensamento populacional e o processo de
urbanização no Brasil, cabe esclarecer que, até 1950, mais de 70% da população vivia dispersa no
meio rural. Em 1990, mais de 90% da mesma se concentrava em cidades que se desenvolveram
também nas áreas antes apenas rurais.
Ainda no que diz a respeito aos aspectos ambientais, as conclusões do relatório insinuam que, no
que se refere às normas de licenciamento para instalação e operação de empreendimentos no Brasil
(e mais especificamente em São Paulo), haveria no País uma maior flexibilização (e, portanto, custo
menores) do que a verificada nos EUA e Flórida.
O relatório menciona que as normas para o licenciamento (de instalação e funcionamento) existem
só a partir do início dos anos 90 e, mesmo assim, apenas para novas plantas a serem instaladas. O
fato é que as indústrias existem desde a década de 70, na esteira do Proálcool, o que torna a
afirmação do estudo completamente equivocada.
Além de licenciadas, todas as unidades industriais e agrícolas do Estado de São Paulo são
constantemente monitoradas pelos órgãos ambientais do Governo – cabe destacar que, só em
São Paulo, a Cetesb possui 34 unidades de acompanhamento espalhadas por todas as regiões.
Além disso, a legislação ambiental define que, periodicamente, todas as licenças de operação de
empreendimentos (de qualquer tipo ou porte) sejam renovadas, atendendo aos novos padrões
ambientais (o que, conforme o exigido pelas boas práticas ambientais, são atualizados
constantemente).
Assim como nas considerações feitas sobre os aspectos trabalhistas, o relatório e, principalmente,
suas conclusões, levianamente misturam informações e interpretações discutíveis (por exemplo, as
de que “o monitoramento ambiental das unidades produtoras canavieiras é menos rigoroso”) com
considerações que não se confirmam nem mesmo com os dados coletados para a elaboração do
estudo (e para verificação disso basta observar com atenção as tabelas comparativas de padrões
para qualidade do ar e água apresentadas no corpo do trabalho).
A cana-de-açúcar em São Paulo é a atividade agrícola que apresenta um dos mais baixos índices de
contaminação do solo e das águas em todo o mundo, pois conta com o menor índice de uso de
agrotóxico (fertilizantes e defensivos químicos) das Américas.
a) Investimento em pesquisa e tecnologia (da ordem de US$ 40 milhões/ano realizados pelo setor
produtivo), produzindo espécies mais adaptadas às características dos diversos tipos de solo e
controle biológicos de pragas.
Além disso, é importante destacar que no Brasil todas as unidades industriais são energeticamente
autônomas (e muitas delas co-geradoras de eletricidade, vendendo a energia excedente para a
rede distribuidora). O bagaço é a fonte de energia que supre as necessidades da produção e
proporciona um balanço energético especialmente positivo e competitivo para a produção de cana
no Brasil.
Na tentativa de confirmar a tese de que os custo trabalhistas e ambientais (por terem seu padrões
mínimos de qualidade desrespeitados) favorecem o produto brasileiro, o trabalho desenvolvido pela
Peter Buzzanell & Associates, Inc comete erros grosseiros, ao misturar indicadores nacionais,
interpretações pessoais e, efetivamente, pouca informação substancial a respeito dos diferenciais
que caracterizam a atividade canavieira no Brasil e em São Paulo.
O trabalho ignora a tradição secular no cultivo da cana, ignora também pesados investimentos que
foram feitos no aprimoramento desta atividade, a compatibilidade da cana com as características
ecológicas das áreas de produção, ignora a escala de produção no Brasil (e seus evidentes ganhos
resultantes) e, principalmente, ignora a contribuição que a cana e seus derivados oferecem à
economia e ao sistema de arrecadação de impostos do País, bem como às necessidades nacionais
de desenvolvimento e geração de empregos.
No que se diz respeito à geração de empregos, vale destacar o quadro abaixo (auto-explicativo)
que mostra os custos (em investimento) para geração de um posto de trabalho no Brasil por ramo
de atividade e sua relação comparativa com a agroindústria da cana.
CUSTO MÉDIO
POR POSTO DE TRABALHO PERMANENTE
NO BRASIL
Finalmente, uma questão da maior importância e ignorada pelo estudo diz respeito às
características de funcionamento do mercado brasileiro e a política de imposto que regem essa
produção.
Toda a cadeia produtiva sucroalcooleira e seus produtos (em especial açúcar e álcool) no Brasil
são completamente regidos pela lei de mercado. Não existem políticas de preços mínimos, estoques
reguladores, linhas oficiais de financiamento e/ou qualquer tipo de instrumento de política de
interferência neste mercado.
Considerando a carga tributária em vigor no Brasil (entre taxas federais, estaduais e municipais), os
produtos do setor sucroalcooleiro no Brasil (açúcar e etanol) são encarecidos em 30%, considerando
os impostos que pagam.
A esse respeito como ilustração, torna-se emblemático mencionarmos um exemplo (hipotético) dos
efeitos resultantes de uma ampliação da produção brasileira na área sucroalcooleira.
Exemplos:
. Resultados sociais (criação de empregos) = 20.000 empregos diretos e 60.000 empregos indiretos
. Resultados econômicos:
Volume de recursos adicionais na cadeia produtiva = US$ 150 milhões/ano.
Volume adicional de impostos arrecadados (federais, estaduais e municipais) = US$ 84 milhões /
ano(*)
(*) Considerando a grade de impostos arrecadados hoje, no Brasil, pela atividade sucroalcooleira
(ICMS, PIS, COFINS, etc. – calculados a base de 30%).
ANEXOS:
ANEXO 1 –
Padrões de Qualidade do Ar
- Avaliar a qualidade do ar à luz de limites estabelecidos para proteger a saúde e o bem-estar das
pessoas;
Para atingir esses objetivos, torna-se necessária a fixação de padrões de qualidade do ar.
Através da Portaria Normativa n.º 348 de 14/03/90, o IBAMA estabeleceu os padrões nacionais de
qualidade do ar e os respectivos métodos de referência, ampliando o número de parâmetros
anteriormente regulamentados através da Portaria GM 0231 de 27/04/76.
O objetivo do estabelecimento de padrões secundários é criar uma base para uma política de
prevenção da degradação da qualidade do ar. Devem ser aplicados às áreas de preservação (por
exemplo: parques nacionais, áreas de proteção ambiental, estâncias turísticas etc). Não se aplicam,
pelo menos a curto prazo, às áreas de desenvolvimento, onde devem ser aplicados os padrões
primários. Como prevê a própria Resolução CONAMA n.º 03/90, a aplicação diferenciada de padrões
primários e secundários requer que o território nacional seja dividido em classes I, II e III conforme
o uso pretendido. A mesma resolução prevê ainda que, enquanto não for estabelecida a
classificação das áreas, os padrões aplicáveis serão os primários.
OLUEN
TE TEMPO DE
A mesma resolução estabelece ainda os critérios para episódios agudos de poluição do ar. Esses
critérios são apresentados na tabela 16. Ressalte-se que a declaração dos estados de Atenção,
Alerta e Emergência requer, além dos níveis de concentração atingidos, a previsão de condições
meteorológicas desfavoráveis à dispersão dos poluentes.
Índice de Qualidade do Ar
Para efeito de divulgação, é utilizado o índice mais elevado, isto é, a qualidade do ar de uma
estação é determinada pelo pior caso.
Depois de calculado o valor do índice, o ar recebe uma qualificação, feita conforme a tabela 17.
Também nessa tabela estão apresentados os critérios de definição das faixas, os números que
definem as mudanças de faixa para cada poluente (pontos de inflexão nas funções segmentadas),
assim como uma descrição geral de efeitos sobre a saúde e precauções recomendadas.
Redes de Amostragem
A CETESB vem operando uma rede automática de monitoramento da qualidade do ar desde 1981 na
RMSP. Possui também uma rede manual que mede os teores de dióxido de enxofre e fumaça na
RMSP (desde 1973) e interior (desde 1986), e outra que mede as partículas totais em suspensão
desde 1983 na RMSP e Cubatão. Possui, ainda, uma rede de amostradores passivos que mede os
teores mensais de dióxido de enxofre em várias cidades do interior, operando desde 1995. As
medições de SO2 no interior (rede manual), a partir de 2000, passaram a ser avaliadas pela rede de
amostradores passivos.
Rede Automática
A atual rede mede os seguintes parâmetros: partículas inaláveis, dióxido de enxofre, óxidos de
nitrogênio, ozônio, monóxido de carbono, hidrocarbonetos totais não metano, metano, direção do
vento, velocidade do vento, umidade relativa, temperatura, pressão atmosférica e radiação solar
(global e ultravioleta), conforme distribuição mostrada na tabela 20. Os endereços das estações
podem ser encontrados na tabela B do anexo 2.
Na tabela 18, são apresentados os métodos utilizados para determinação dos diversos poluentes
amostrados pela rede automática.
18
27
25
24
55
42
51
44
Figura 7 – Localização das Estações da Rede Automática
Redes Manuais
• A rede manual da RMSP e Cubatão é composta por 8 estações de amostragem, que medem
dióxido de enxofre e 9 estações que medem fumaça; 11 estações que medem partículas totais em
suspensão e 4 estações que medem partículas inaláveis finas (MP2,5), sendo todas as coletas
efetuadas por 24 horas a cada seis dias. As localizações das estações são apresentadas nas tabelas
C e D do anexo 2.
• A rede operada no interior e litoral do Estado é composta por 19 estações que medem a fumaça
nos seguintes municípios: Campinas, Paulínia, Americana, Limeira, Piracicaba, Jundiaí, Taubaté, São
José dos Campos, Sorocaba, Votorantim, Itu, Salto, Ribeirão Preto, Franca, Araraquara, São Carlos
e Santos. Os endereços podem ser encontrados na tabela E do anexo 2.
• A rede de amostradores passivos está instalada no interior do Estado desde 1995. É composta por
27 estações de amostragem que medem mensalmente os teores de dióxido de enxofre, além das 19
estações amostradoras de fumaça. A partir de 1999 foi instalada, dentro do Projeto Entre Serras e
Águas, uma rede composta por mais 6 estações. Esses amostradores foram desenvolvidos pelo
Setor de Amostragem e Análise do Ar da CETESB. A localização das estações é apresentada na
tabela F do anexo 2. Os métodos de medição utilizados nas redes manuais estão apresentados na
tabela 19.
PA RÂMETRO MÉTODO
ÂMETROS
Outras Redes
Sempre que há necessidade, a CETESB instala redes manuais de amostradores, seja para estudos
de poluentes não-regulamentados, ou para esclarecer alguns aspectos de poluição do ar na região.
Para tanto, são utilizados nestas redes diversos dispositivos para a coleta dos poluentes.
Representatividade de Dados
Rede Automática
Rede Manual
Média diária: pelo menos 22 horas de amostragem
Média mensal: 2/3 das médias diárias válidas no mês
Média anual: 1/2 das médias diárias válidas para os quadrimestres janeiro-abril, maio-agosto e
setembro-dezembro
ANEXO 2
Metodologia Analítica
Nessa linha, a CETESB utiliza, desde 1975, o Índice de Qualidade das Águas – IQA, com vistas a
servir de informação básica de qualidade de água para o público em geral, bem como para o
gerenciamento ambiental das 22 UGRHIs – Unidades de Gerenciamento dos Recursos Hídricos em
que se divide o Estado de São Paulo.
As principais vantagens do índice são a facilidade de comunicação com o público não técnico, o
status maior do que os parâmetros individuais e o fato de representar uma média de diversas
variáveis em um único número, combinando unidades de medidas diferentes em um única unidade.
No entanto, sua principal desvantagem consiste na perda de informação das variáveis individuais e
da interação entre as mesmas. O índice, apesar de fornecer uma avaliação integrada, jamais
substituirá uma avaliação detalhada da qualidade das águas de uma determinada bacia hidrográfica.
É importante também salientar que este índice foi desenvolvido para avaliar a qualidade das águas,
tendo como determinante principal a sua utilização para o abastecimento público, considerando
aspectos relativos ao tratamento dessas águas.
A crescente urbanização e industrialização de algumas regiões do Estado de São Paulo tem como
conseqüência um maior comprometimento da qualidade das águas dos rios e reservatórios, devido,
principalmente, à maior complexidade de poluentes que estão sendo lançados no meio ambiente e à
deficiência do sistema de coleta e tratamento dos esgotos gerados pela população.
Tanto na Legislação Estadual (Decreto Estadual N.o 8468/76) quanto na Federal (Resolução
CONAMA N.o 20/86), está estabelecido que os usos preponderantes do recurso hídrico são, dentre
outros:
Sendo assim, a qualidade da água, obtida através do IQA, apresenta algumas limitações, entre elas
a de considerar apenas a sua utilização para o abastecimento público. Além disso, mesmo
considerando-se esse fim específico, o índice não contempla outros parâmetros, tais como: metais
pesados, compostos orgânicos com potencial mutagênico, substâncias que afetam as propriedades
organolépticas da água e o potencial de formação de trihalometanos das águas de um manancial.
Visando superar estas limitações, foi aprovada, em 13 de agosto de 1998, a Resolução SMA/65, que
criou o Índice de Qualidade de Águas Brutas para Fins de Abastecimento Público (IAP) e o Índice de
Preservação da Vida Aquática (IVA). Em função dessa Resolução, criou-se um Grupo de Trabalho
multi-institucional que contou com a participação de técnicos da CETESB (indicados através do
Ofício 0652/98/P de 25/8/98), da SMA, da SABESP e da USP, para a revisão dos índices de
qualidade da água.
Os dois novos índices propostos, IAP e IVA foram validados por meio de sua aplicação aos dados da
Rede de Monitoramento de 1999, e discutidos o mais amplamente possível dentro do Sistema
Ambiental, bem como com organizações governamentais e não-governamentais e universidades.
Essa publicação complementar, em outubro de 2001, foi encaminhada a especialistas para avaliação
técnica, objetivando a validação e incorporação de novas contribuições. No decorrer desses anos,
estes índices também foram divulgados em revistas científicas, apresentados e discutidos em
diversos encontros técnicos.
O IAP, comparado com o IQA, é um índice mais fidedigno da qualidade da água bruta a ser captada,
a qual, após tratamento, será distribuída para a população. Do mesmo modo, o IVA foi considerado
um indicador mais adequado da qualidade da água, visando a proteção da vida aquática, por
incorporar, com ponderação mais significativa, parâmetros mais representativos, especialmente a
toxicidade e a eutrofização. Observou-se, ainda, que ambos os índices poderão ser aprimorados
com o tempo, com a supressão ou inclusão de parâmetros de interesse.
O Índice de Qualidade das Águas, de que trata o artigo 4º da Resolução SMA-65, deve refletir a
qualidade das águas para seus múltiplos usos, de forma que o Grupo de Trabalho incluiu o índice de
Balneabilidade, por avaliar as condições da água para fins de recreação de contato primário.
Nos pontos dos Monitoramentos Regionais das Bacias do Piracicaba I e II, do Paraná e da Baixada
Santista são avaliados pacotes reduzidos de parâmetros de qualidade, em função das características
regionais, tornando-se assim inviável o cálculo dos novos índices para estes pontos.
O IAP será o produto da ponderação dos resultados atuais do IQA (Índice de Qualidade de Águas) e
do ISTO (Índice de Substâncias Tóxicas e Organolépticas), que é composto pelo grupo de
substâncias que afetam a qualidade organoléptica da água, bem como de substâncias tóxicas,
incluindo metais, além de resultados do teste de Ames (Genotoxicidade) e do Potencial de Formação
de Trihalometanos (THMPF). Assim, o índice será composto por três grupos principais de
parâmetros:
IQA – grupo de parâmetros básicos (temperatura da água, pH, oxigênio dissolvido, demanda
bioquímica de oxigênio, coliformes termotolerantes, nitrogênio total, fósforo total, resíduo total e
turbidez);
b) Grupo de parâmetros que afetam a qualidade organoléptica (fenóis, ferro, manganês, alumínio,
cobre e zinco).
A partir de um estudo realizado em 1970 pela "National Sanitation Foundation" dos Estados Unidos,
a CETESB adaptou e desenvolveu o IQA – Índice de Qualidade das Águas, que incorpora 9
parâmetros considerados relevantes para a avaliação da qualidade das águas, tendo como
determinante principal a utilização das mesmas para abastecimento público.
A criação do IQA baseou-se numa pesquisa de opinião junto a especialistas em qualidade de águas,
que indicaram os parâmetros a serem avaliados, o peso relativo dos mesmos e a condição com que
se apresenta cada parâmetro, segundo uma escala de valores "rating". Dos 35 parâmetros
indicadores de qualidade de água inicialmente propostos, somente 9 foram selecionados. Para
esses, a critério de cada profissional, foram estabelecidas curvas de variação da qualidade das
águas de acordo com o estado ou a condição de cada parâmetro. Estas curvas de variação,
sintetizadas em um conjunto de curvas médias para cada parâmetro, bem como seu peso relativo
correspondente, são apresentados na Figura 4.
O IQA é calculado pelo produtório ponderado das qualidades de água correspondentes aos
parâmetros:
temperatura da amostra, pH, oxigênio dissolvido, demanda bioquímica de oxigênio (5 dias, 20ºC),
coliformes termotolerantes, nitrogênio total, fósforo total, resíduo total e turbidez.
onde:
IQA : Índice de Qualidade das Águas, um número entre 0 e 100;
qi : qualidade do i-ésimo parâmetro, um número entre 0 e 100, obtido da respectiva "curva média
de variação de qualidade", em função de sua concentração ou medida e
wi : peso correspondente ao i-ésimo parâmetro, um número entre 0 e 1, atribuído em função da
sua importância para a conformação global de qualidade, sendo que:
em que:
n : número de parâmetros que entram no cálculo do IQA.
No caso de não se dispor do valor de algum dos 9 parâmetros, o cálculo do IQA é inviabilizado.
A partir do cálculo efetuado, pode-se determinar a qualidade das águas brutas que, indicada pelo
IQA numa escala de 0 a 100.
As faixas de variação de qualidade (qi), que são atribuídas aos valores medidos para o potencial de
formação de trihalometanos, para os metais e para os fenóis que compõem o ISTO, refletem as
seguintes condições de qualidade da água bruta destinada ao abastecimento público:
qi = 1 ; se Valor Medido £ LI
senão,
0,5 £ qi < 1: águas adequadas para tratamento convencional. Atendem aos padrões de qualidade
da classe 3 da Resolução CONAMA 20/86 em relação aos parâmetros determinados.
qi < 0,5: águas que não devem ser submetidas apenas a tratamento convencional. Não atendem
aos padrões de qualidade da classe 3 da Resolução CONAMA 20/86 em relação aos parâmetros
avaliados.
Desta forma, o limite inferior para cada um desses parâmetros foi considerado como sendo os
padrões de potabilidade estabelecidos na Portaria 1469 do Ministério da Saúde. Como nesta
documentação não se prioriza padrão de potabilidade para o níquel, foi adotado o padrão de
consumo humano estabelecido pela OMS.
Segundo resultados verificados na literatura (DRINKING WATER AND HEALTH, 1977), pode-se
verificar que as taxas de remoção destes metais, obtidas na etapa de coagulação química, são de
30% para o níquel e o zinco, 75% para o cobre e 90% para o alumínio, o que representa uma
remoção significativa para os níveis normalmente verificados na água bruta.
Na Tabela 6, a seguir, são apresentados os limites inferiores e superiores adotados para os
parâmetros metais pesados e fenóis.
Para se determinar o valor numérico referente ao teste de Ames (qTA), na forma normatizada,
utiliza-se uma curva de qualidade diferenciada dos demais parâmetros, segundo a formulação
apresentada no quadro abaixo:
No caso do potencial de formação de THMs, foi estabelecida uma equação de regressão linear entre
as variáveis potencial de formação de THMs, na água bruta, e trihalometanos, na água tratada. O
potencial de formação de THMs é avaliado no monitoramento rotineiro da CETESB, enquanto que as
medidas de trihalometanos foram obtidas da SABESP. A equação de regressão foi obtida a partir dos
valores médios (1997 a 2002) destas duas variáveis, considerando os mananciais do Guarapiranga,
Rio Grande, Cantareira, Baixo Cotia, Alto Cotia e Alto Tietê. A seguir é apresentada a equação de
regressão, bem com o coeficiente de regressão.
A ponderação do grupo de substâncias tóxicas (ST) é obtida através da multiplicação dos dois
valores mínimos mais críticos do grupo de parâmetros que indicam a presença dessas substâncias
na água:
ST = Mín-1 (qTA; qTHMFP; qCd; qCr; qPb; qNi; qHg) x Mín-2 (qTA; qTHMFP; qCd; qCr; qPb;
qNi; qHg)
A ponderação do grupo de substâncias organolépticas (SO) é obtida através da média aritmética das
qualidades padronizadas dos parâmetros pertencentes a este grupo:
Cálculo do ISTO
O ISTO é resultado do produto dos grupos de substâncias tóxicas e as que alteram a qualidade
organoléptica da água, como descrito abaixo:
ISTO = ST x SO
Cálculo do IAP
O IAP deverá ser calculado a partir do produto entre o antigo IQA e o ISTO, segundo a seguinte
expressão:
IAP = IQA x ISTO
O IAP completo será designado como sendo aquele que inclui no grupo de Substâncias Tóxicas (ST)
do ISTO, o Teste de Ames e o Potencial de Formação de THM, e será aplicado para todos os pontos
da Rede de Monitoramento que são utilizados para abastecimento público. Nos demais pontos, o IAP
será calculado excluindo-se tais parâmetros.
Parte dos parâmetros do ISTO apresentam freqüência semestral, uma vez que os dados históricos
dos mesmos retratam concentrações baixas nas águas. Sendo assim, nos meses onde não existem
resultados para esses parâmetros, o ISTO será calculado desconsiderando tais ausências.
O IVA (ZAGATTO et al., 1999) tem o objetivo de avaliar a qualidade das águas para fins de proteção
da fauna e flora em geral, diferenciado, portanto, de um índice para avaliação da água para o
consumo humano e recreação de contato primário. O IVA leva em consideração a presença e
concentração de contaminantes químicos tóxicos, seu efeito sobre os organismos aquáticos
(toxicidade) e dois dos parâmetros considerados essenciais para a biota (pH e oxigênio dissolvido),
parâmetros esses agrupados no IPMCA – Índice de Parâmetros Mínimos para a Preservação da Vida
Aquática, bem como o IET – Índice do Estado Trófico de Carlson modificado por Toledo.
Desta forma, o IVA fornece informações não só sobre a qualidade da água em termos
ecotoxicológicos, como também sobre o seu grau de trofia.
Neste grupo foram incluídos os parâmetros que são atualmente avaliados pela Rede de
Monitoramento de Qualidade das Águas Interiores do Estado de São Paulo, e que identificam o nível
de contaminação por substâncias potencialmente danosas às comunidades aquáticas. Poderão ser
incluídos novos parâmetros que venham a ser considerados importantes para a avaliação da
qualidade das águas, mesmo em nível regional.
Para cada parâmetro incluído no IPMCA são estabelecidos três diferentes níveis de qualidade, com
ponderações numéricas de 1 a 3 (Tabela 7), e que correspondem a padrões de qualidade de água
estabelecidos pela Resolução CONAMA 20/86, e padrões preconizados pelas legislações americana
(USEPA, 1991) e francesa (Code Permanent: Environnement et Nuisances, 1986), as quais
estabelecem limites máximos permissíveis de substâncias químicas na água, com o propósito de
evitar efeitos de toxicidade crônica e aguda à biota aquática.
Nível B: Águas com características desejáveis para a sobrevivência dos organismos aquáticos,
porém a reprodução pode ser afetada a longo prazo (ponderação 2).
Nível C: Águas com características que podem comprometer a sobrevivência dos organismos
aquáticos (ponderação 3).
Nível A: Padrões de qualidade de água da Legislação Federal (CONAMA 20/86), para classes 1 e 2
(BRASIL, 1986).
ST: Valor médio das três maiores ponderações do grupo de substâncias tóxicas.
Este valor é um número inteiro e o critério de arredondamento deverá ser o seguinte: valores
menores que 0,5 serão arredondados para baixo e valores maiores ou iguais a 0,5 serão
arredondados para cima.
O Índice do Estado Trófico tem por finalidade classificar corpos d’água em diferentes graus de trofia,
ou seja, avalia a qualidade da água quanto ao enriquecimento por nutrientes e seu efeito
relacionado ao crescimento excessivo das algas.
O Índice do Estado Trófico adotado será o índice clássico introduzido por Carlson modificado por
Toledo et al (1983) e Toledo (1990) que, através de método estatístico baseado em regressão
linear, alterou as expressões originais para adequá-las a ambientes subtropicais. Este índice utiliza
três avaliações de estado trófico em função dos valores obtidos para as seguintes variáveis:
transparência (disco de Secchi), clorofila a e fósforo total.
Das três variáveis citadas foram aplicadas duas: clorofila a e fósforo total, uma vez que os valores
de transparência muitas vezes não são representativos do estado de trofia, tendo em vista que a
transparência das águas pode estar relacionada à turbidez abiótica decorrente de material em
suspensão, comum em reservatórios e rios do Estado de São Paulo e não apenas à alta densidade
de organismos planctônicos.
Nesse índice, a parte correspondente ao fósforo, IET(P), deve ser entendida como uma medida do
potencial de eutrofização, já que este nutriente atua como o agente causador do processo. A parte
correspondente à clorofila a, IET(CL), por sua vez, deve ser considerada como uma medida da
resposta do corpo hídrico ao agente causador, indicando de forma adequada o nível de crescimento
de algas que tem lugar em suas águas. Assim, o índice médio engloba, de forma satisfatória, a
causa e o efeito do processo. Deve-se ter em conta que, num corpo hídrico, em que o processo de
eutrofização encontre-se plenamente estabelecido, o estado trófico determinado pelo índice da
clorofila a certamente coincidirá com o estado trófico determinado pelo índice do fósforo. Já nos
corpos hídricos em que o processo esteja limitado por fatores ambientais, como a temperatura da
água ou a baixa transparência, o índice relativo à clorofila a irá refletir esse fato, classificando o
estado trófico em um nível inferior àquele determinado pelo índice do fósforo. Também no caso em
que sejam aplicados algicidas, a conseqüente diminuição das concentrações de clorofila a resultará
em uma redução na classificação obtida a partir do seu índice.
O Índice do Estado Trófico a ser utilizado no cálculo do IVA, será composto pelo Índice do Estado
Trófico para o fósforo - IET(P), e o Índice do Estado Trófico para a clorofila a - IET(CL), modificados
por Toledo, sendo:
IET(P) = 10 { 6 – [ ln ( 80,32 / P ) / ln 2 ] }
IET(CL) = 10 { 6 – [ ( 2,04 – 0,695 ln CL ) / ln 2 ] }
onde:
· P = concentração de fósforo total medida à superfície da água, em m g/L
· CL = concentração de clorofila a medida à superfície da água, em m g/L
· ln = logaritmo natural
onde:
· IET é a média aritmética simples dos índices relativos ao fósforo total e à clorofila a.
No caso de não haver resultados para o fósforo total ou para a clorofila a, o índice será calculado
com o parâmetro disponível e considerado equivalente ao IET, devendo, apenas, constar uma
observação junto ao resultado, informando que apenas um dos parâmetros foi utilizado. Para a
classificação deste índice foram adotados os seguintes estados de trofia: oligotrófico, mesotrófico,
eutrófico e hipereutrófico, conforme o quadro a seguir:
Em virtude da variabilidade sazonal dos processos ambientais que têm influência sobre o grau de
eutrofização de um corpo hídrico, esse processo pode apresentar variações no decorrer do ano,
havendo épocas em que se desenvolve de forma mais intensa e outros em que pode ser mais
limitado. Em geral, no início da primavera, com o aumento da temperatura da água, maior
disponibilidade de nutrientes e condições propícias de penetração de luz na água, é comum
observar-se um incremento do processo, após o período de inverno, em que ele se mostrava menos
intenso. Nesse sentido, a determinação do grau de eutrofização médio anual de um corpo hídrico
não permitirá identificar de forma explícita as variações que ocorreram ao longo do período anual.
Em outras palavras, um corpo hídrico que em certo mês do ano atingiu, por exemplo, o nível
Eutrófico, segundo a classificação do índice, poderá ter a sua classificação média anual situada em
um nível de eutrofização inferior, como Mesotrófico ou mesmo Oligotrófico, uma vez que o índice é
calculado sobre as médias anuais das variáveis que o compõem (fósforo total e clorofila a).
De acordo com as legislações estadual (Regulamento da Lei 997/76, aprovado pelo Decreto Estadual
8468/76) e Federal (Resolução CONAMA 20/86), a proteção das comunidades aquáticas está
prevista para corpos d’água enquadrados nas classes 1, 2 e 3, sendo, portanto, pertinente a
aplicação do IVA somente para esses ambientes.
Assim sendo, para os corpos d'água enquadrados na classe 4 não será aplicado o IVA.
Se em uma dada amostra não estiverem disponíveis os resultados do teste de toxicidade, mas
existirem resultados de oxigênio dissolvido e pH, o IVA será calculado nos seguintes casos:
Nesses casos, a ausência de resultados do grupo de Substâncias Tóxicas do IPMCA não implica na
inviabilidade do cálculo do IVA.
ANEXO 3
01 - STR DE ADAMANTINA
02 - STR DE AGUDOS
03 - STR DE APARECIDA D’OESTE
04 - STR DE ARAÇATUBA
05 - STR DE ARARAS
06 - STR DE ARIRANHA
07 - STR DE ASSIS
08 - STR DE AVARÉ
09 - STR DE BARIRI
10 - STR DE BARRA BONITA
11 - STR DE BARRETOS
12 - STR DE BATATAIS
13 - STR DE BOCAINA
14 - STR DE BROTAS
15 - STR DE CAJURU
16 - STR DE CÂNDIDO MOTA
17 - STR DE CAPIVARI
18 - STR DE CASA BRANCA
19 - STR DE CATANDUVA
20 - STR DE CERQUEIRA CÉSAR
21 - STR DE CHARQUEADA
22 - STR DE CHAVANTES
23 - STR DE DESCALVADO
24 - STR DE DOIS CÓRREGOS
25 - STR DE DRACENA
26 - STR FERNANDÓPOLIS
27 - STR DE FLÓRIDA PAULISTA
28 - STR DE GASTÃO VIDIGAL
29 - STR DE GENERAL SALGADO
30 - STR DE GUAÍRA
31 - STR DE GUAPIAÇU
32 - STR DE GUARÁ
33 - STR DE GUAREÍ
34 - STR DE GUARIBA
35 - STR DE HOLAMBRA
36 - STR DE IBATÉ
37 - STR DE IBITINGA
38 - STR DE ICEM
39 - STR DE IGARAÇU DO TIETÊ
40 - STR DE IGARAPAVA
41 - STR DE IPUÃ
42 - STR DE ITABERÁ
43 - STR DE ITAÍ
44 - STR DE ITAPETININGA
45 - STR DE ITAPIRA
46 - STR DE ITAPORANGA
47 - STR DE ITAPUI
48 - STR DE ITUVERAVA
49 - STR DE JABOTICABAL
50 - STR DE JALES
51 - STR DE JARDINÓPOLIS
52 - STR DE JAU
53 - STR DE JOSÉ BONIFÁCIO
54 - STR DE LEME
55 - STR DE LENÇÓIS PAULISTA
56 - STR DE MACATUBA
57 - STR DE MATÃO
58 - STR DE MINEIROS DO TIETÊ
59 - STR DE MIRANDÓPOLIS
60 - STR DE MOCOCA
61 - STR DE MONTE AZUL PAULISTA
62 - STR DE NOVA GRANADA
63 - STR DE OLIMPIA
64 - STR DE PACAEMBU
65 - STR DE PALESTINA
66 - STR DE PALMEIRA D’OESTE
67 - STR DE PALMITAL
68 - STR DE PARAGUAÇU PAULISTA
69 - STR DE PARAPUÃ
70 - STR DE PAULO DE FARIA
71 - STR DE PENÁPOLIS
72 - STR DE PEREIRA BARRETO
73 - STR DE PIRACICABA
74 - STR DE PIRASSUNUNGA
75 - STR DE POTIRENDABA
76 - STR DE PRADÓPOLIS
77 - STR DE PRESIDENTE ALVES
78 - STR DE PRESIDENTE EPITÁCIO
79 - STR DE PRESIDENTE PRUDENTE
80 - STR DE PROMISSÃO
81 - STR DE QUATÁ
82 - STR DE RANCHARIA
83 - STR DE REGENTE FEIJÓ
84 - STR DE RIBEIRÃO PRETO
85 - STR DE RIOLÂNDIA
86 - STR DE RIO CLARO
87 - STR DE SALES OLIVEIRA
88 - STR DE SÃO CARLOS
89 - STR DE SÃO JOAQUIM DA BARRA
90 - STR DE SÃO JOSÉ DA BELA VISTA
91 - STR DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
92 - STR DE SERRANA
93 - STR DE SANTA CRUZ DA PALMEIRAS
94 - STR DE SANTA MARIA DA SERRA
95 - STR DE SANTA ROSA DO VITERBO
96 - STR DE TAQUARITINGA
97 - STR DE TATUI
98 - STR DE TIETÊ
99 - STR DE TORRINHA
100 - STR DE TUPÃ
101 - STR DE VALPARAÍSO
102 - STR DE VARGEM GRANDE DO SUL
103 - STR DE VOTUPORANGA
Fev/2004
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