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Porque é o céu azul?

A luz proveniente do Sol parece (a olho nu) ser branca. Porém, esta é
composta por todas as cores do arco-íris (vermelho, laranja, amarelo, verde,
azul e violeta). Pode-se verificar tal fenómeno através do uso de um prisma
feito de um cristal com uma forma específica. (NASA, 2005)
Quando a luz branca atravessa o prisma é separada nas cores que a
compõe. (NASA, 2005)

Ilustração 1 - Separação da luz branca usando um prisma.

A luz propaga-se através de ondas. O comprimento de onda varia na razão


inversa da frequência, isto é, quando o primeiro é maior, o segundo é menor
(como o vermelho) e vice-versa. (NASA, 2005)

Ilustração 2 - Comprimentos de onda de algumas das ondas da luz visível.

Toda a luz se propaga em linha recta, excepto se encontrar algum obstáculo


que cause reflexão, separação ou então refracção. (NASA, 2005)
Quando a luz solar alcança a atmosfera é refractada em todas as direcções
devido ao efeito dos gases e partículas existentes no ar. A luz azul é mais
refractada em comparação com as luzes das restantes cores, visto que as suas
ondas possuem comprimentos menores. (NASA, 2005)
Tyndall e Rayleigh pensavam que o céu possuía a cor azul devido a
pequenas partículas de pó e gotículas de vapor de água na atmosfera.
Actualmente, ainda se utiliza esta teoria incorrecta. (UCR, 1997)
Mais tarde, cientistas repararam que se isso fosse verdade, haveria
variações da cor do céu de acordo com as condições de humidade e
nebulosidade do que a observada na realidade. Então, supuseram que as
moléculas de Oxigénio e Azoto na atmosfera são suficientes para causarem a
dispersão da luz. (UCR, 1997)
O caso foi estudado por Einstein em 1911. Este calculou a fórmula
pormenorizada para a refracção da luz, que foi comprovada
experimentalmente. Conseguiu também usar o cálculo como uma verificação
da constante de Avogadro. As moléculas conseguem refractar a luz devido ao
campo electromagnético das ondas destas ao induzirem momentos de
bipolaridade nas moléculas (UCR, 1997).
Se as ondas com menores comprimentos de onda são mais refractadas,
surge a seguinte questão: Porque é que o céu não é violeta, já que a cor com
menor comprimento de onda do espectro visível é esta? (UCR, 1997)
Existe menos violeta na luz visível pois
o espectro de emissão da luz solar não é
constante em todos os seus
comprimentos de onda e, além disso, é
também parcialmente absorvido pela
atmosfera. Em adição, o olho humano é
menos sensível a esta cor. (UCR, 1997)
Contudo, isto é apenas uma parte da
resposta porque um arco-íris demonstra
que ainda resta uma quantidade
significante de luz visível com cores anil e
Ilustração 3 - Curvas de resposta dos
violeta para além da azul. (UCR, 1997) três tipos de cones do olho humano
A outra parte da resposta a esta questão concentra-se no funcionamento da
visão humana. Esta contém três tipos de receptores ou cones de cores na sua
retina. Estes denominam-se de vermelho, azul e verde. Respondem mais
eficazmente às luzes com estes comprimentos de onda. À medida que estes
são estimulados em diferentes proporções, o nosso sistema visual constrói as
cores que vemos. (UCR, 1997)
Quando se olha para o céu, os cones da cor vermelha respondem à
pequena quantidade de luz vermelha refractada, assim como às laranja e
amarela (embora de forma menos intensa); os de cor verde respondem à
amarela e à mais refractada da verde e da verde-azulada; os de cor azul são
estimulados por cores perto da mesma que são muito refractadas. (UCR, 1997)
Se não existisse anil e violeta no espectro da luz visível, o céu pareceria azul
com um pouco de verde. Contudo, estas cores mais refractadas estimulam um
pouco os cones vermelhos tal como os azuis sendo, por esse motivo, que estas
parecem azul com um pouco de vermelho. (UCR, 1997)
O efeito final consiste nos cones vermelhos e verdes a serem estimulados
sensivelmente e de forma igual, enquanto os de cor azul o são de forma mais
intensa. A sua combinação resulta do azul-pálido da cor do céu. (UCR, 1997).

Sítiografia consultada:

→ UCR - University of California, Riverside, entrada Why is the sky blue?,


1997
http://math.ucr.edu/home/baez/physics/General/BlueSky/blue_sky.html

→ NASA - National Aeronautics and Space Administration, entrada Why is


the sky blue?, 2005
http://spaceplace.nasa.gov/en/kids/misrsky/misr_sky.shtml

Imagens:
Ilustração 1- http://spaceplace.nasa.gov/en/kids/misrsky/prism.gif
Ilustração 2- http://spaceplace.nasa.gov/en/kids/misrsky/visible_light.gif
Ilustração 3-http://math.ucr.edu/home/baez/physics/General/BlueSky/vision.jpg

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