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Circulação de Ventos e Pressão na Terra

No século XVIII, Hadley sugeriu um modelo de circulação com uma única


célula. Este consistia na transferência de energia do equador para os pólos,
através de uma célula de circulação. O circuito seria através de um movimento
ascendente nos trópicos, deslocando-se na direcção dos pólos em altitude e
um movimento descendente sobre os pólos, em direcção ao equador à
superfície. (Entrada circulação global, 2004.)

Ilustração 1 - Circulação geral só com uma célula.

Se a Terra não tivesse movimento de rotação em torno se si própria e se o


eixo de rotação fosse perpendicular, a circulação global seria muito básica e as
condições meteorológicas monótonas. (Entrada circulação global, 2004.)

Ilustração 2 - Circulação geral na terra, caso esta não tivesse movimento de rotação.
No entanto, a Terra tem um movimento de rotação em torno de si própria, o
seu eixo de rotação é inclinado (em relação ao plano orbital da Terra em torno
do Sol) e a superfície no hemisfério Norte é mais coberta por solo que no
hemisfério Sul, tornando o padrão de circulação mais complexo. (Entrada
circulação global, 2004.)
Ao contrário do modelo proposto por Hadley, o modelo de circulação global
baseia-se em três células – a célula tropical ou célula de Hadley, a célula das
latitudes médias e a célula polar – nos dois hemisférios. (Entrada circulação
global, 2004.)

Legenda:

1. Célula Tropical (célula de Hadley)

2. Célula das latitudes médias (célula de Ferrel)

3. Célula Polar

Ilustraçao 3 - Circulação global idealizada.

O modelo global da atmosfera no início é muito útil, mas depois torna-se


muito elementar e idealizado. Contudo, pode servir de base para desenvolver
um trabalho, que descreva as características principais da circulação. (Entrada
circulação global, 2004.)
Os principais padrões da circulação média ocorrem devido ao efeito da força
de coriolis, alterando o movimento nas três células. Como resultado aparecem
três ventos à superfície no hemisfério norte, os ventos alísios nos Trópicos, os
ventos predominantes de Oeste nas latitudes médias e os ventos polares de
Este. (Entrada circulação global, 2004.)
Ilustração 4 - Circulação global.

A região ao lado do equador, onde os ventos alísios, de ambos os


hemisférios se encontram é uma região de temperatura e humidade elevadas,
com ventos fracos, denominada Zona de Convergência Inter-tropical (ZCIT),
onde se situam as florestas tropicais. (Entrada circulação global, 2004.)
A região entre os ventos alísios e os ventos predominantes de Oeste é onde
os ventos são geralmente mais calmos ou fracos. (Entrada circulação global,
04.)
Os ventos predominantes de Oeste e os ventos polares de Este encontram-
se na frente Polar. (Entrada circulação global, 2004.)
O modelo de distribuição de pressão encontra-se associado ao modelo de
circulação geral, onde se destacam as depressões Equatoriais e a depressão
Subpolar. As primeiras são uma cintura de baixas pressões relacionada à
ascensão do ar na ZCIT. A ascensão do ar quente aquecido no equador activa
uma região de baixa pressão chamada de depressão Equatorial. Aquando a
subida do ar, formam-se nuvens e dá-se a precipitação. Por sua vez na
depressão Subpolar existe uma cintura de baixas pressões relacionada com as
frentes polares. (Entrada circulação global, 2004.)
O modelo das três células é uma representação da realidade, pois no mundo
real, os ventos não são monótonos e as regiões de altas e baixas pressões não
são regulares. (Entrada circulação global, 2004.)

Ilustração 5 - Do lado esquerdo encontra-se a Terra uniforme e imaginária, com cinturas


de pressão idealizadas. Do lado direito encontra-se a Terra real com descontinuidades
no padrão zonal dos ventos e pressão, causados pelas grandes massas continentais.

Na distinção entre a distribuição “ideal” e a “real”, existem três factores


essenciais: existe um aquecimento desigual (correspondente aos contrastes
solo/mar, devido à superfície da Terra que não é uniforme); o Sol move-se entre
23.5N e 23.5S ao longo do ano; e a circulação pode desenvolver vórtexes.
(Entrada circulação global, 2004.)
Em suma, a substituir a representação idealizada, efectuam-se sistemas de
baixas e altas pressões semi-permanentes e têm esta designação pois
diversificam em intensidade e localização ao longo do ano . (Entrada circulação
global, 2004.)
Sitiografia consultada:

→ Entrada Circulação Global, 2004.


http://www.atmosphere.mpg.de/enid/2__Sistemas_de_circula__o/-
_Circula__o_Global_2q2.html

Imagens:

Ilustração 1, 2, 3, 4 e 5 -http:
//www.atmosphere.mpg.de/enid/2__Sistemas_de_circula__o/-
_Circula__o_Global_2q2.html

Sumário: Descrição do primeiro modelo de circulação, criado por Hadley.


Exposição do modelo global da atmosfera e o confronto entre o modelo
imaginário e a realidade.

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