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Joo Csar das Neves, transcrito pelo autor do Blog, Henrique de Almeida Cayolla ========================================= DN Opinio
A resposta do prximo
por JOO CSAR DAS NEVES Hoje
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Esta crise inverteu o efeito relativo dos mecanismos comunitrios. Portugal mudou e da que sair a resposta aos nossos males, apesar de no darmos por isso.
Nas dcadas de facilidade e endividamento aprendemos que os nossos problemas se resolviam atravs de duas formas principais: poltica e economia. Os meios vlidos para o sucesso social eram o poder ou o dinheiro. O resto no interessava. Ora foi precisamente a que a crise bateu, com dfice oramental e recesso produtiva a paralisar os sistemas poltico-econmicos.
Hoje a maioria das pessoas vira-se para aqueles lados que o dirigismo e materialismo das ltimas dcadas descuraram ou agrediram: famlia e Igreja.
Com Estado e economia manifestando incompetncia, as pessoas aflitas regressam s redes informais. O papel dos institutos e mercados indiscutvel, mas se no fossem os parentes e as parquias muita gente estaria perdida. Isto irnico, pois as anlises e polticas continuam a seguir a linha tradicional, esforando-se por desacreditar esses velhos laos e substitu-los por mtodos modernos e tcnicos, em reparties pblicas e relaes comerciais. Pior, as
agressivas medidas laicistas e anti-famlia lanam ataque feroz contra essas formas sociais bsicas. Totalitarismo assistencial e promoo do aborto e divrcio permanecem virulentos. Apesar de todos os esforos, famlia e Igreja
sobrevivem e com elas contamos nesta terrvel crise do Estado e economia. So mesmo a nica hiptese em
forma totalmente diferente de olhar a situao nacional. Uma sociedade saudvel precisa de equilbrio entre famlia, economia, Estado e Igreja. A crise nasceu do desequilbrio e mesmo hoje a generalidade das anlises continua a assumir uma soluo poltico-econmica, mesmo quando a crise mostra a fragilidade desses mecanismos. Reduzimos a eles a nossa opinio, acusando credores e
polticos e acreditando que basta mudar ministros ou leis e tudo volta a funcionar. Mas a soluo mais prxima normalmente a mais eficaz. Por deciso pessoal, o autor do texto no escreve segundo o novo Acordo Ortogrfico