- Costumo dizer a mim mesma que essa coisa de costumo dizer é muito
sentenciosa, pouco modesta e muitas vezes antipática. Entretanto...
costumo dizer que quem procura culpados é o juiz de direito, o promotor, o
advogado, o detetive. Quem pensa em culpa pensa em punição para o
culpado. Como não exercito as atividades dos profissionais referidos,
quase nunca penso em ir atrás de culpabilidade, em qualquer situação.
Minha resposta (ainda bem que consegui pensar rápido!): “Não sei e nem
quero saber quem é o culpado. Quero é ajudar a resolver uma situação, e
atribuir culpas não vai ser de tanta utilidade. O que quero saber é de quem
são as responsabilidades, e neste caso há responsabilidade do professor,
sim, mas há também responsabilidade do governo, da direção da escola,
dos funcionários da escola, dos pais de alunos e dos alunos. Precisa-se
saber quais são as responsabilidades de cada um, para determinar as
origens e causas dos problemas, e encontrar soluções cabíveis, exeqüíveis
e justas”.
(exeqüíveis? Será que usei esse termo mesmo? Talvez, pois aquela turma
certamente o conheceria: todo mundo tinha sido normalista numa época
em que se lia bastante.)E continuei com algo como: ”Culpa deve implicar
em pena, penalidade. E aplicar penas é uma das coisas que menos ajuda
na solução mais permanente de muitos problemas. Já avaliar e solicitar o
exercício de responsabilidades é fundamental para bons resultados.” A
partir daí, no curso, as discussões foram muito mais livres, abertas e
proveitosas: ninguém precisava sentir-se na berlinda, sendo julgado e
acusado; passou-se a apenas avaliar atividades e situações, não pessoas.
- Meus amigos
Estou chegando agora e comecei pelo mail da Ana, porque ontem nos
deixou em suspense.
Bom, minha querida, aprenda a aceitar elogios. Estão ótimas tuas reflexões,
tua digressões e tua comparação deste grupo com o acontecido nos Blocos
D e C.
De maneira prudente e cautelosa, você está fazendo uma análise
importante.
Espero a continuação, mas aproveitei e guardei, como tantas outras coisas
que você escreveu tudo isso na minha pasta " Livro do Crusp", que você
entende bem, que não é meu, senão nosso, assim como o Grupo do Molina,
não é do Molina e sim dos cruspianos.
Beijos Soninha
Sônia,
Que susto! Já estava imaginando começar minha próxima mensagem com
um "Alooô...olaaá... tem alguém aí?". Vai que Álvaro, Mário, Scaico,
Teotonio, Malu e os poucos outros persistentes resolvem dar um tempo?
Todos ao mesmo tempo? Mas isso, certamente vai mudar. Se depender de
torcida...
Peço desculpas gerais pela repetição de envio do "equacionando - 2".
Enviei a mensagem e, passados alguns minutos, não apareceu em minha
caixa de entrada; tentei de novo,e nada. Enviei de carona em resposta, e saí
de casa. Quando voltei, lá estavam elas. Aproveitando: que tal a gente
seguir a moda do Teotonio, e apagar a mensagem original, quando do envio
de respostas e encaminhamentos? É o que uso fazer normalmente, apenas
deixo um pedacinho da mensagem original, para ajudar em buscas futuras.
Ainda: estou encaminhando uma apresentação de slides que recebi hoje -
atrevo-me a fazê-lo porque os textos são do Mário Quintana, e as
ilustrações excepcionalmente ajudam no saborear as idéias e palavras.
(Pergunto aos especialistas: dá para fazer um subgrupo que goste de
apresentações em Power Point? Sei que nem todos gostam, e seria de boa
educação não obrigá-los a perder tempo com a abertura das mensagens com
tais anexos.)
Abraços, a você e a todos.
Ana Maria
-Teotônio:
Que bom que você colocou este link, porque através dele pude saber do
Arkan.
òtima pessoa, querido no Crusp, desesperei-me quando o vi ajoelhado,
acho que no largo da Concórdia,em uma manifestação, desconfio sem
estar segura no ano de 1966. Seriam as setembradas????
Arkam permaneceu, impávido, no Centro da Manifestação, enquanto todos
fugiam com o ataque de gases lacrimogêneos da Policia. Retenho esta
cena em minha memória, porque realmente fiquei deslumbrada. Com a
cabeça agachada, ele permaneceu até ser preso. Eu, sentindo o horror
daqueles gases e sem saber o que fazer, corri como todo mundo na hora
que o prendiam. Evidentemente, fomos todos presos e levados para o
DOPS.
Passamos a noite lá. Alguns, não sei se todos, foram soltos ao
amanhecer e levados num caminhão para o Crusp, onde já éramos
esperados com agitação e comida.... Comida....
Lembro-me do Hissan, irmão do Arkan, que também morou no Crusp.
Mas sobretudo, lembro-me que na viagem que fizemos à Amazônia,
passamos
por Anápolis e fomos convidados para visitar sua casa.
Família hospitaleira e generosa, fomos recebidos com o maior carinho.
Lembro-me bem de todos eles , da casa, das palavras e até do que
comemos. Tinha coalhada síria com mel, pão sírio ou árabe, não sei e
muitas coisas gostosas. Para cruspiano, ainda mais em viagem, foi um
banquete maravilhoso.
Fizemos também um passeio pela cidade e visitamos um pomar da família.
Lembro-me das mexiricas ou bergamotas ou mandarinas,(cada lugar tem
um
nome) que apanhamos das árvores. Aí me falha a memória.... porque
lembro-me de que colhemos outras frutas, que íamos apanhando e comendo
sobretudo uma pequena, que devia ter sido jaboticaba. Que delícia!
Eles eram tão receptivos , anfitriões e amáveis, como os cruspianos
costumavam ser no CRUSP.
Nessa cidade também morava o Guasco, cuja família também nos recebeu,
com igual gentileza.
Nunca mais vi nenhum deles. Sei que Guasco já partiu, mas Arkan e
Hissan, ficaram perdidos nesse universo, conservados apenas na memória,
que agora, com prazer descobre detalhes interessantes do que foi su
vida pós-Crusp. Mais um que soube destacar-se e cujo nome e vida a
Wilkipedia não vacilou em publicar.
Boa gente, bom ser humano. Eu o cumprimento à distância,
homenageando-o
onde estiver.
Beijos Teotônio e obrigada pelo teu trabalho.
Você realmente produz.
http://www.scribd.com/group/69777-crusp68
O Watanabe, que gosta de lavar roupa suja desde o Crusp com extrema
competência - brincadeirinha, Watanabe, brincadeirinha;) - mencionou
que o Terra teria comunicado a retirada das fotos... Operação
resgate: estou juntando o que ainda está disponível em um arquivo que
em breve estará aqui, no Scribd e onde quer que queiram adicionar.
E só para dizerem que não falei das flores... não esperemos acontecer. -
Teotonio
- Oi, Soninha:)
Esclarecimento à praça:
Não escrevi nem estou a escrever nenhum livro sobre o CRUSP.
O eBook Crusp68 que circula é uma coletânea do que foi escrito pelos
cruspianos, uma recoleta do que estava e está disponível na web.
A autoria é dos ex-cruspianos e o crédito está dado a cada um.
A "juntada" foi atribuída à eBooksBrasil, como seria a uma Editora, se
fosse em "cola e papel". Teotonio
- Oi, Mário
- Sonia,
Antes que eu dê um tempo aqui na lista, sinto-me do dever sentimental e
cultural de finalmente lhe explicar a história da "seamostradeira". Minha
avó materna era uma matriarca dominadora de uma família da roça, do
interior de São Paulo, que se mudou para a periferia de São Paulo "pros
minino estudar". Foram para o Cangaíba, no extremo da zona leste da
capital, onde vivi alguns anos. E lá, na convivência com ela e outros
parentes é que aprendi muita coisa da cultura caipira. O "seamostradeira"
não sei de era de uso comum ou era invencionice da minha avó, mas
equivalia a "pessoa exibida" (exibicionista) ou "inzibida", como ela diria.
Era a pessoa que gostava de "se amostrar", de aparecer, daí
"seamostradeira". Podia ser também uma "sabereta", ou pessoa que gostava
de ostentar conhecimentos.
Mas tudo isso era dito com uma dose de ironia e brincadeira que não era
ofensivo. Ao contrário, nós morríamos de rir quando algum de nós, da
criançada, recebia algum nome desses da minha avó.
Diferente de "sirigaita", que aí já continha uma crítica explícita porque
designava uma espécie de seamostradeira com intenções eróticas, o que não
pegava nada bem na cultura católica e conservadora da família.
Abraço. Adorei te conhecer,
Maristela
- Maristela
Foi tanto o prazer de te encontrar. Não quero me despedir. Como diz o
Alvaro, acho que demos um excessivo valor à mensagens que não
correspondiam a nossas expectativas de boas relações, harmonia e paz.
Eu também estou paralizada. E conste que teria muito material para colocar
na nossa geladeira, (continuarei usando esse termo, apesar do Watanabe,
pois foi uma excelente metáfora). Que ele me perdoe a usurpação e a
utilização. Ele a fez pública.
Bom, mas minha querida, eu não me sinto vencida, porque as dissidências
servem para confirmar as decisões. Você tem toda a graça e o encanto que
precisamos para aqueles que redigirão esse livro.
Talvez a graça herdada de sua avó.
Tome um descanso, faça uma pausa, mas não desista. Sua presença será
importante para os que aqui permanecerem.
E se descobrirmos que este espaço foi criado para outros fins,
descobriremos também nesta imensa rede outro lugar para encontrar-nos.
O Teotônio, gentileza personificada, já nos ofereceu o que ele criou.
Não nos preocupemos com nada. Vamos continuar lendo as poesias do
Alvaro, a análise da Ana Marangoni e vamos persistir no nosso objetivo.
Nada foi descartado. Somente foi questionado. E isso teremos que aprender
a aceitar, se bem, confesso. também me senti baqueada.
Até sempre, pois tua despedida é provisória. Temos teu mail e não
pretendemos te soltar. Você é fundamental.
Beijos Soninha
- Álvaro,
O livro que citei é de autoria do Prof.Jorge Americano, mesmo (vi no portal
Estante Virtual).
Também lembrei de ter visto numa bibliografia uma referência a trabalho
do Prof. Simões, da FAU, sobre a construção da CUASO. Fui à plataforma
Lattes, e copiei o material que encaminho em anexo. Como consta o
telefone do professor, talvez você possa obter diretamente as informações
que lhe interessem.
Abraço.
Ana Maria
- Olá Amigos,
Victor Foroni passou esse texto que acho importante uma reflexão,
como muitos voltaram me pediu que o fizesse novamente.
Fico no aguardo de notícias.
abs, Malu de Alencar
- Olá,
> Que bom ter notícias de vocês.
> O encontro de 29/11/08 provocou uma avalanche de anseios, uma
retomada
> das atividades que começaram na Universidade, no CRUSP, na vida
> profissional, sejam elas: políticas, culturais, artisticas, lazer,
> responsabilidades: social, ambiental... não importa, esse grupo de
> mais de 600 pessoas depois de 40 anos tem a oportunidade do
> reencontro.
> São várias propostas, mas o importante será o primeiro encontro
para
> se definir o que cada um quer ou pode fazer.
> Mas é urgente um encontro.
> Fico secretariando para marcar as reuniões.
> Já temos confirmação: Rute Bevilacqua e do Valter Vuolo por email
e telefone.
> Por favor confirmem via email que fica mais fácil o controle.
> > abs,
> > Malu de Alencar
- Em relação à proposta do Vitor, o que poderiamos fazer de imediato é
organizar um sistema de envio de mensagens para parlamentares, com
manifestações sobre as atitudes, posturas, propostas e votos deles. Isso
pode ser feito em relação a outros poderes, também - sempre com cópias
para a imprensa. Resta saber em nome de quem (CRUSP68?) e quem
embarcaria nessas ações, subscrevendo as manifestações. Se der certo o
CRUSP68 pode se transformar um mais um pólo de organização e
manifestação da sociedade civil.
Abs Serrano
- Caro Serrano,
- Caros,
É difícil e delicado falar sobre essas coisas, mas vamos lá, o momento
exige.
Do ponto de vista político eu até poderia assinar embaixo do texto do
Victor. Porém, eu não consigo concordar que o reencontro dos
cruspianos seja pautado por um objetivo de mobilização para uma
pretendida reinserção dos cruspianos no processo político brasileiro.
Por mais honesta e justa que seja essa intenção.
Se uma parte de nós pretender, entre as diversas alternativas que nosso
reencontro nos abriu para podermos estar juntos novamente e
curtirmos gostosamente a "cumplicidade" cruspiana que nos une, tudo
bem, tudo ótimo. O que não pode acontecer é uma cobrança para que
todos participem, e um possível "julgamento", como alienados ou
adversários, daqueles que não estão a fim desse caminho.
Acho que se essa cobrança vier a acontecer, mesmo que indireta ou
subliminarmente, isso nos dividirá e envenenará o relacionamento tão
virtuosamente reconquistado.
Até porque somos sessentões e setentões, muitos de nós construíram a
seu jeito e preferência diferentes formas de realizarmos nossos ideais
patrióticos e solidários. Alguns se engajaram em partidos políticos,
outros o fazem através de sua própria atividade profissional, outros em
redes de solidariedade, outros em uma saborosa convivência com filhos
e netos, e assim por diante. Em minha opinião estamos bem assim,
para orgulho cruspiano, com todas essas diferenças pessoais de
abordagem compomos o lado sadio e ativo da sociedade brasileira. Isso
tem que ser entendido, e respeitado.
E como disse ao início, se alguém achar de bom alvitre juntar-se
politicamente, na linha exposta pelo Victor, ou em outras linhas, pisem
fundo, vão em frente, estaremos todos torcendo por vocês e os
admirando. Mas, por Deus, vejam isso apenas como uma das
muitas atividades que o reencontro dos cruspianos pode nos
proporcionar. Nunca como o objetivo primeiro, nunca como seu
principal propósito. Nunca como uma pretendida "marca" do
reencontro.
Abraços a todos, Álvaro
- Caro Álvaro,
- Caro Teco
Não me lembro de você no CRUSP, pois como já disse fui presa e fiz um
grande esforço para esquecer nomes por medo de dedurar. Bem escrevi um
e-mail sobre esta diversidade de trabalhos que podemos fazer e não sei se
no emaranhado dos e-mails você leu. Gostari de pensar em alguns projetos
sociais ligados à educação você tem alguma idéia. Veja não quero nada
ligado à partido político qualquer que seja pois estou decepcionada como
nossos partidos que se dizem sociais.

- Teca,
- Ernestino,
Em todos os momentos mais tensos da história somente uma pequena
minoria tinha consciência política sobre os acontecimentos, e uma
minoria menor ainda transmutava essa consciência em uma ação
política transformadora. Ou seja, somos a minoria da minoria. O que,
em bom juízo, nos aconselha a não carimbar a imensa maioria não
politizada e não revolucionária como agente da miséria humana.
E é bom que assim seja, você já imaginou se todos os músicos
resolvessem só compor músicas politizadas? Ficaríamos sem os
Noturnos de Chopin, os Concertos de Mozart, os boleros mexicanos
cantados pelos grandes Los Panchos, os tangos de Gardel, os frevos de
Capiba e Nelson Ferreira, os grandes sambas de Cartola e Nelson do
Cavaquinho, as dores de cotovelo do Lupicínio, tantas outras coisas
lindas e, veja você, ficaríamos sem Detalhes, essa música fora de série
do Rei Roberto. Será que todos eles estavam traindo seu povo ao não
falar das misérias da vida?
Não faria sentido lutar por um mundo melhor se a espécie humana não
fosse capaz de, apesar de suas agruras, ser feliz e produzir coisas
lindas.
Vamos lá, irmão, sem medo de ser feliz, o importante é que emoções
nós vivamos.
Álvaro
- Não estamos aqui para discutir Roberto Carlos, mas há quem goste e
quem não goste. Talvez a frase mais famosa dele seja: "Quero que você me
aqueça nesse inverno e que tudo mais vá pro inferno". Rimar inverno com
inferno é banal, mas o pior e dizer que tendo sua mulher, nada mais
importa. A miséria, exploração, violência, alienação, imperialismo,
ditadura. Não importa. Vá tudo pro inferno. Essa e outras mensagens
levaram à resignação. Ernesto
- Ernesto, "há que endurecer, mas perder a ternura, jamais" (Che Guevara).
Não dá pra ser romântico e revolucionário preocupado com as questoes
sociais? - AnnaCharlier
- Ernestino,
Quando o Roberto mandou tudo o mais para o inferno ele tinha em
mente as coisas do mundo dele, não de seu mundo. O seu mundo era
povoado de coisas como tortura, ditadura e outras cositas más, o
mundo dele era povoado de carrões, estradas de Santos, Rua Augusta.
Essas eram as coisas do mundo dele que ele preteria em relação à
amada.
Você quer cobrar dos outros coisas que estão somente em sua
consciência. Outra coisa, a música do Roberto Carlos e do Erasmo está
muito distante de ser uma porcaria. Como não eram porcaria os
boleros que nos encantaram a adolescência.
Vai aí uma faceta do RC que talvez você não conheça:
http://www.youtube.com/watch?v=rxQIFmBYgXo
Álvaro
- Rute
Gosto muito da ideia do clube. Seria um ponto de encontro, uma ideia (já
vou usar a nova ortografia, para ir me acostumando) simples que
aglutinaria e serviria de partida para outros projetos.
Precisamos pensar em algo simples, sem grandes formalidades e
cobranças, que pudesse unir os cruspianos e promover alguma atividades
culturais, esportivas, etc. E o coral!
Se formos capazes de nos organizar para isso, entao poderemos pensar em
coisas mais complexas.
Mas o livro precisa ser escrito...
Bjs, do frio da Europa,
Anna
1- Objetivo único:
c)Este clube não teria chefes. Acho que no Crusp todos nos tinhamos
um pouco de anarquistas (liberdade como bem supremo).
d)Esse clube teria futuro, nao terminaria com o fim dos cruspianos
que somos, já velhos, mas ele continuaria como um clube de
sessentões, que é um grupo de pessoas que cresce no mundo.E, que são
os que viram mais do mundo e têm muito com que contribuir.
g)A gente convidaria sabios para darem palestras sobre assuntos que
nos interessassem
- Rute,
eu quero participar desse clube e logo para criar o departamento de
atividades ecológicas: jardinagem, observação de pássaros, trilhas próximas
(ou não) etc. Posso?
bjs, Sirlene
- Oi Rute
>
> Obrigada pelo convite para participar do coral dos cruspianos . É
um dos meus sonhos.
> Só uma pergunta: vou poder cantar via internet? Ou então, só
quando eu estiver de férias por aí?
> Bjs
> Anna
>
>>
> - Oi Anna, amei seu e-mail cheio de ideias ótimas.Por favor, entre
na
> ativa. Voce já está convidada para cantar no coral do clube de
> cruspianos. Beijos,
> Rute
>
>>
- Prezados cruspianos da "ativa"
> > Parabéns por manter acesa a nossa chama!
> > Assim como a Comissão Organizadora do nosso encontro vocês
merecem
> o respeito e a admiração de nós, cruspianos, que estamos aqui de
> fora, na "passiva". Muito obrigada pelas alegrias que estão nos
> proporcionando.
> > Estamos na platéia porém, na verdade, acompanhando pari passu
os
> emails, sonhando com os projetos apresentados, rindo com o fino
> humor, admirados com a erudição, encantados com a paixão e
atentos
à
> dînâmica do processo (ops, quase usei as três colunas da Ana
> Marangoni).
>>
> > Trabalho muito (ainda), moro longe (na Suíça) e fico aqui
pensando
> em que poderia ajudá-los. É tanta gente boa discutindo, que me
acho
> completamente prescindível.
> > Mas gostaria de convidar a Soninha para passar uns dias comigo
> aqui na Suíça, já que ela vem à Europa visitar a filha. Barcelona
> não é tão longe daqui e afinal, depois de tantos emails e abraços
e
> carinhos sem ter fim, é como se eu a conhecesse de longa data.
> Sônia, para mim seria um prazer muito grande conhecê-la
pessoalmente
> e recebê-la em minha casa. Outros que quiserem também são bem-
> vindos. Só não venham todos de uma vez, se não vai ser o mesmo
> quadro do congresso de Ibiúna: vai até faltar pão na cidade!
>>
> > Hoje está me visitando um amigo brasileiro, dono de uma gráfica
> que trabalha para várias editoras em São Paulo. Falei-lhe sobre "o
> livro do CRUSP" e ele me afirmou que é bem barato produzir um
livro
> de forma independente, sem editora e com ISBN e tudo. Bom, se
> quiserem, poderemos contatá-lo para maiores esclarecimentos.
> > Gostaria de deixar aqui a minha sugestão para mais um projeto
> CRUSP 68: um coral de "jovens" cruspianos que estão entrando na
> terceira idade. Vocês já pensaram que, além dos ótimos poemas, é
> preciso cantar? Mais que tudo é preciso cantar e alegrar a
cidade?
> É um projeto facilmente viável, barato e que pode servir como
ponto
> de encontro e partida para a concretização de outros projetos
> posteriores mais complexos. Haveria um objetivo simples, imediato
e
> primeiro para os cruspianos estarem juntos.
> > Aqui há muitos corais de pessoas, digamos, mais maduras e eles
têm
> programações maravilhosas. Eu mesma participo de um, brasileiro..
> > De resto, concordo com todos os projetos de vocês, menos a
criação
> de um partido político (desculpe-me Watanabe). Quanto a isso,
penso
> que precisaríamos tentar consertar os que já estão aí, o que já
> seria um trabalho de Síssifo.
> > Aproveito para lhes enviar um excelente texto do João Ubaldo, já
> antigo, mas agora colocado na rede. Talvez vocês se lembrem
dele. É
> mesmo do Ubaldo, pois em São Paulo foi publicado no Estadão.
>>
> > Do frio da Europa, um grande abraço cruspiano a todos vocês,
> inclusive aos da "passiva" Anna Maria Ramos da Silva (Charlier)
>>
> > Para vocês tentarem me localizar no CRUSP:
> > - Geografia 1970 / História 1971
> > - Bloco A 506
>>
> > - irmã da Maria Elena Ramos (Simielli), também da Geografia
> e do mesmo apartamento
> > - ex namorada do Celso, da Veterinária, último presidente da
AURK.
- Concordo, para variar, com o Álvaro quando diz que a questão político-
ideológica nos marcou, mas que no fundo, éramos todos um bando de
jovens puros e inocentes.
Eu estava entre aquelas "pretensas intelectuais", que preferia o Chico, o
Caetano, o Gil , o Vandré, entre outros politizados e desprezava o Roberto
Carlos.
Quando cheguei aqui no Paraguai em 1970 , vi que Roberto Carlos era
amado por todos e em Buenos Aires percebi a mesma coisa. Também
ganhou um festival de música em San Remo, Italia. Eu dizia que não
gostava de sua música, mas não me tomava o trabalho de escutá-la, para
depois criticar.
Com o tempo, fui percebendo que devia haver algo. que eu estava
deixando passar, por preconceito ou por manipulação (inconsciente) da
cultura que nos circundava.
Fui descobrindo que seu espanhol era perfeito, fui prestando maior
atenção às letras de suas músicas e depois que assisti a dois shows dele,
definitivamente me cativou.
Ele não só é bom compositor, bom cantor, mas tem um
carisma impressionante, um manejo de público, que só vi em outro artista
venezuelano. Hoje em dia gosto muito dele. Concordo que ele não era
preocupado com o problema político, mas, em temas românticos é muito
bom. Além de que é um artista por excelência: excelente orquestra, boa
organização de trabalho, camaradagem e perfeição nos mínimos detalhes.
Tive que aceitar, com humildade, que estava errada e que ele , como tantos
outros compositores não politizados, era capaz de fazer coisas lindas.
Nós é que estávamos bitolados e limitados pela cultura que nos circundava.
Os brasileiros também precisavam de uma pessoa como o Roberto e não só
os cantores "políticos", que não chegavam de igual maneira a todos.
Agora, admito, sem nenhuma vergonha, que gosto muito dele.. e entendo
porque minha avó também gostava.
Em quanto a esta música, de aquecer no inverno... e mandar pro inferno,
ou mesmo a do calhambeque,,,, vamos dar a ele a justificação da pouca
idade e início de carreira. Como foi bem lembrado pelo Alvaro
considero "Detalhes", com sua música e sua letra, impecável. Ou os
detalhes são impecáveis????
Mas já que estamos a falar de intelectualidades, lembrei-me desse
arquivo que recebi há pouco e lhes reenvio. Será que somos tão cultos?
Para quem gosta de literatura e não tem muito tempo de ler, alguém
encontrou uma maneira eficaz e rápida de ampliar sua cultura.
Sonia Castanheira
- Soninha
Quero animá-la dizendo: embora eu não esteja escrevendo
muito (só de vez em quando, um palpite aqui e outro acolá),
pode ter certeza de que leio tudo e gosto muito de tudo o que
você escreve. Você escreve com o coração.
Um abração.
Sylvia
- Obrigada Sylvia
Não estou muito bem. Não sei se estou doente, se estou triste, se estou
angustiada por minha viagem. Sei lá. Estou mal até fisicamente, por isso
hoje estou meio de cama e de molho.
Mas minha idéia do livro persiste e coloco-me à disposição daqueles (como
Ana Marangoni e outros) para apoiá-los e empurrá-los quando necessário
for,
Agradeci à Anna (com dois enes) pelo seu apoio e agora agradeço a você
por estas palavras tão gentis. Eu também sou uma romântica.
Beijos Soninha
- Soninha.
Como eu fiquei 2 ou 3 dias sem abrir meus emails, fiquei um pouco
atrasada e só agora estou colocando em dia. Por esse motivo, só hoje eu
escrevi mais do que em todo o período em que lia diariamente (hoje estou
com corda!!).
Como já disse, leio tudo e gosto muito das discussões, tomando ou não
partido desse ou daquele. Essa agora do Roberto Carlos, por exemplo:
estou de pleno acordo com vc e Álvaro.
Para mim, seria muito chato só músicas politizadas, por mais lindas que
fossem as melodias. Adoro músicas românticas ("Detalhes" é maravilhosa),
adoro dançar (o que parecia "pecado" para alguns cruspianos, pois era
muito supérfluo) e, acima de tudo, acho que as pessoas tiveram e têm muito
preconceito com relação ao Roberto, nem se dando a oportunidade de ouvi-
lo, curti-lo e admirá-lo. Não sei se vc teve a chance de observar quantas
pessoas gostaram de várias músicas dele só porque ouviram com Bethânia
ou Caetano. Daí, tiveram que admitir que as músicas eram bonitas. Vc teve
sorte de admitir o preconceito a tempo de assisti-lo e constatar seu imenso
carisma (eu ouvi falar muito, mas infelizmente nunca o vi pessoalmente).
Agora, vê se se anima! Não se deixe abater!
E mais uma coisa: há uns 3 ou 4 anos atrás, a Christina Thomé tentou
escrever sobre o CRUSP e, portanto tem algum material. Não estou
entendendo porque ela não etá participando. Sei que vc recebeu alguma
coisa do que ela já tinha, pois o texto que o Mário enviou vc disse que já
tinha recebido. Na época, eu escrevi alguma coisa para ela também. Vou
procurar e conferir se já não apareceu aí por outro intermédio. Caso você
não tenha recebido ainda, enviarei para que vc coloque na geladeira.
Um grande abraço.....e ÂNIMO!!!
Sylvia
Anna
- Obrigado, Ernesto, por mais um email ("Obrigado sr., por mais um dia")..
Acho que somos todos como você, balançando entre a emoção e a razão, e
cultivando essa certa reserva, essa certa crítica a respeito de tudo, inclusive
das nossas próprias atitudes. É importante fazer essa dosagem.
A Universidade e o CRUSP nos marcaram profundamente. Impossível
passar por ali, na época em que passamos, e ficar insensível aos problemas
socias, às injustiças, às diferenças, à pobreza, enfim. Penso que cada um de
nós encontrou uma maneira de construir a sua vida lutando contra isso, com
ou sem Roberto Carlos, e principalmente sem ele.
O ambiente de hoje é fruto não só dos outros, mas do nosso trabalho
também. Eu quero e preciso acreditar que existe muita coisa boa rolando
por aí e que nosso mundo não está tão doentio assim. Muitos jovens estão
lutando por um mundo melhor, como fizemos e ainda fazemos.
Se enxergarmos tudo ruim, então só nos resta mesmo ir por inferno, pouca
importa se no verão ou no inverno.
Don't worry! Be happy!
Pra você dedico, como prova de amizade cruspiana, a canção que está no
site abaixo.
O show foi em Locarno, no Tecino, região italiana da Suíça.
http://www.youtube.com/watch?v=zlXz12Lhs0s
Abraço Anna
Entonces eu me pergunto:
Dito assim, não parece que tem gente divagando sobre o meu passado?
Será isso algum indício de que não tenho futuro?
Por que sou tão novo nas fotos velhas e tão velho nas fotos novas?
Devo parar de beber agora mesmo?
Pronto, Soninha,
Atendida. Beijão,
Scaico.
- Perdão Scaico
Você tem razão. Ao ler, da maneira que escrevi, parece mesmo que alguém
está divagando sobre seu passado. Faltou uma vírgula.
Como já disse que não leio o que escrevo, peço que todos coloquem
vírgulas, acentos, pontos de interrogação e etc onde notam que está mal.
Peço-lhes perdão pelo trabalho, mas caso contrário, não poderei escrever.
Scaico, o sentido que quis dar e transmitir à Anna, que acompanha nossa
conversa, é a deliciosa maneira que vocé tem de permitir que o teu passado
cruspiano, comum ao nosso, flutue, dando sabor e encanto às nossas
lembranças... . Nada mais.
Fenômeno interessante esse ao qual você se referiu: minhas fotos novas
mostram uma velha.... e as velhas também mostram uma nova.
É melhor eu começar a beber com você.
Soninha
- Ernesto:
Eu também acho "adiro" muito feio. Deveriam mudar.
Em espanhol é mais bonito, assim como em francês.. Mantiveram o "h" do
latim, que alegra aos ouvidos.
O verbo devería ter sido simplificado e ficado aderir, como em português,
assim ou como no italiano é " aderire"..
Mas em espanhol, assim como em francês decidiram manter esse "h" no
meio , que em princípio parece sem sentido, mas que tem todo o sentido do
mundo.
Portanto o verbo passou a ser adherir.
E no presente do indicativo, na primeira pessoa do singular em vez de ser
um horrível - Yo adiro - é: Yo adhiero - que considero bem mais bonito e
elegante.
>
Eu adiro. (Espero que isso não tenha mudado, ou melhor que mude) Espero
o endereço e o que precisa levar. Ernesto
- Teca/Ruth
Muita gente ainda está fora de SP, portanto a reunião ficaraá para o
começo de fevereiro.
Vamos fazer uma pauta e repassar para que todos possam fazer sugestões.
d. ONG (Watanabe)
e. Partido político
- Queridos,
lendo o poemário fico impressionada com a criatividade de vocês.
isso tem que continuar, tem que ser registrado.
admiro quem tem essa versatilidade, só quero ver / ler em livro dos
meus amigos cruspinaos.
juro, admiro mesmo, não é inveja, é admiração pura.
por favor continuem.
abraço forte aos poetas e poetisas.
bjs, Malu de Alencar
- Ernesto,
Você está/mora em SP?
Já anotei seu nome na lista.
Sua presença será, ou melhor, é muito importante.
abração, Malu de Alencar
- Moro em São Paulo, Santo Amaro, perto do Borba Gato (aquela estátua
feita pelo Michelangelo rsrs). Minha casa tb está ao dispor para
reuniões. Ernesto
- Uma das repúblicas de alunas da Maria Antônia era na Rua Caio Prado - a
Corujinha. Eu tinha amigas lá que gostaria de reencontrar, mas não tenho
notícias. A memória falha, depois de tanto tempo. Reencontrei a Teresa no
nosso encontro. Será que era de lá? Teresa, tá me ouvindo? Ernesto
- Malu,
Eu sempre me atrapalho nessa questão das reuniões. Eu sou a favor de
todas. Mas qual é essa para a qual você está solicitando minha
confirmação? É a reunião geral para todos os cruspianos para discutir
as diversas atividades? Se for essa, sem dúvida, estou dentro.
Beijão,
Álvaro
- Alvaro,
- Marcos Scaico
"Pobre Gregório! Além de cuidar a virgindade no Crusp, tinha que cuidar
de outras coisas também."
É isso mesmo, Scaico.
Espero realmente, Scaico, que todos nós tenhamos a bondade, a
simplicidade e a sabedoria do Gregório, porque dela nunca duvidei.
Gostava muito dele e achava de que apesar de não ter instrução, que é
muito direrente a não ter cultura, Gregório tinha sua sabedoria e a usava, à
sua maneira.
Não tenho dúvidas de que tomava o papel assinado com nomes falsos,
protegendo o nosso direito de aí estar. Ele cumpria sua missão e os que
queriam jogar faziam o seu jogo. Todos ficavam em paz. Se o Gregório
pedisse de outra maneira, tenho certeza de que todos o atenderiam , pois
ninguém queria fazer mal a ele. Todos gostavam do Gregório. Era
simplesmente um jogo diário, no qual participavam os jogadores e o
Gregório.
Eu nunca assinei com nomes falsos. Colocava o meu próprio. Eu também
não jogava. Só acompanhava. Sem querer parecer pura e honesta, devo
dizer que coisas desse tipo, não tenho criatividade e não faço. Seria
incapaz.
Sou muito limitada e literal. Costumo fazer e entender as coisas tal como
me são apresentadas.
E concordo com você, mas te lembro que esta lição de humildade e
respeito, meu querido amigo e companheiro de viagens, tivemos aos
montões, em todos os lugares que fomos e frequentamos. Aprendemos
muito com aqueles que pareciam nada saber.
Como poderíamos viajar, sem dinheiro e sendo gratos aos que nos
apoiavam, sem entender valores como humildade e respeito? Aliás esses
valores são mesmo mais comuns nas pessoas simples. Eles costumam levar
a sério e praticá-los
Beijos e abraços Sonia
- Soninha,
Lendo esse seu belo depoimento (deve ir para nosso livro) animei-me a
passar para vocês um escritozinho meu muito a propósito. Escrevi
essas poucas linhas em 1999, época em que atravessei uns
probleminhas complicados de saúde; situação em que é comum o ser
humano acabar cochichando profundamente consigo próprio. O
escrito é um cochicho desses.
Beijão, Álvaro
SERENIDADE
Álvaro
Ago/99
- Oi! Rute,
Embora eu também adore a música Detalhes, quem primeiro citou a música
foi Álvaro, tentando mostrar para o Ernesto o valor de algumas músicas do
RC e que nem todas eram do nível de "mandar tudo para o inferno".
Agora, com essa música, as ex-mulheres devem ter chorado muito, não é?
Ele deve ter dado ótimos motivos (detalhes) para elas se recordarem. Daí a
escolha da música!!! Danadinho!! heim!! (com todo respeito)
Um abraço.
Sylvia
- Sylvia,
Achei que voce ia gostar dessa que aconteceu recentemente. Em 2008
fui ao crematório para me despedir de um familiar muito querido. Ele
tinha sido um tremendo de um mulherengo. Estava na terceira esposa e
teve milhares de amantes. Me contaram que a noite houve um desfile
de amantes, todas muito chorosas. Na solenidade do crematório só
estava a familia mais proxima, todas as esposas com os respectivos
filhos. Podia se ler o sofrimento nas faces das mulheres. Agora
quero que voce adivinhe qual foi a musica na hora em que desceu o
caixão. tan tan tan..... É isso mesmo, a sua favorita do Roberto
Carlos, "Detalhes". Houve quem se escandalizasse. Soube depois que
tinha sido pedido do morto. Beijos, Rute
>
>- Sylvia
> Adoro tua participação atual .
> Quero te comentar que nunca recebi nada da Cristina Tomé e que ela
jamais
> apareceu por aqui.
> Todas as colaborações têm sido atuais, ou seja, desde o momento do
grande
> evento.
> Mário tinha esquecido, mas logo no começo ele enviou seu texto,
com a data
> que o escreveu.
> Depois o reenviou sem data. Estou cobrando dele que escreva o
número 2.
> Não sabia sequer que este texto anterior tinha sido preparado
para a
> Cristina. Não sei o que foi dela. O grupo que está aqui acho que é
outro,
> bem diferente.
> Portanto, não tenho nada teu.
> Mas busque nas suas memórias e assim como escreveu a ela escreva-
no suas
> lembranças.
> Beijos Soninha
- Quero ver quem escapa dessa sem dar um suspiro... Até o Ernesto,
pretenso machão das Alterosas...
E olhe que essa é antes de nossos tempos cruspianos, a mim lembra
minha saudosa Batatais, o Cine Madalena, as Brincadeiras Dançantes
de sábado à tarde... "O importante é que emoções eu vivi..."
Willian Holden dançando a Moonglow com a Kin Novak no filme
Picnic.
Álvaro
http://www.youtube.com/watch?v=eQofaN0w89c&feature=related
OBS: pessoal, eu tenho cada coisa bonita aqui guardada comigo que
vocês nem imaginam. Homeopaticamente vou enviando.
- Alvaro Santos,
Jurei que não abriria nenhum email nesse final de semana, mas minha
curiosidade é maior que minhas promessas.
Não sei quem me ensinou a fazer molotovs, mas minha mãe guardou por
anos uma foto que saiu num jornal numa matéria de Judith Patarra, eu
com um ferro de passar roupa numa mão e na outra uma garrafa que devia
ser um molotov e na frente um policial com uma arma. Era no corredor,
tenho quase certeza que er o bloco onde morava a René que fez
matemática e era de Assis.
Acho importante buscar essas histórias.
Apaguei da memória ene coisa e fatos, mas acho que estão voltando.
Quem se lembra da bombinha de laquê que colocavamos amoníaco para
minimizar as bombas de efeito moral que a polícia jogava. Lembram? Ou
é uma fantasia minha?
Andei, sempre pós passeatas com essas bombinhas nas bolsas ou bolsos da
roupa.
Quem disse que amoníaco dimunia o efeito moral das bombas da polícia?
Alguém se lembra?
Me ajudem por favor, senão vou pensar que realmente estou inventando.
Apaguei ene coisas e fatos de 67 a 68.
Por volta de 1970, já trabalhava como redatora numa agência de
propaganda, estava indo para um cliente próximo a Av. S. Luiz (Galeria
Metrópole) e me encontrei com uns policias armados, acreditem se
quiser, encostei na parede e fiz xixi nas calças. Quem me acudiu foi
uma moça que trabalhava numa loja da H. Stern.
Lembrar essas coisas fica como anedotário pessoal, terrível foi a
agressão e violentação que nossos amigos sofreram e morreram.
Para quê?
É por isso que é importante o resgaste de nossa juventude. Temos que
contar o que foi a ditadura.
abs Malu de Alencar
- Sirlene,
"Posso?" Voce está perguntando isso a quem? Venha participar da
reunião do desregulamento do clube e ajudar voce a construir sua
Milky Way. Qualquer dúvida sobre essa tal de Milky Way pergunte ao
Teotonio. Beijo, Rute
- Oi, Sirlene
Meu marido e eu somos especialistas em caminhadas (em trilhas,
caminhos nas montanhas, a volta dos lagos, etc) aqui na Suíça. Vocês
podem organizar umas excursões para cá.
Tenho duas vizinhas que são especialistas em observar pássaros e procuram
me convencer a fazer o mesmo. Ainda não cheguei lá,. mas podemos trocar
figurinhas.
- Oba! já temos a Anna e o Teotonio para asessorar na programação e
outros detalhes do departamento de atividades ecológicas!. É verdade que
tenho pouquíssimo tempo para o lazer, mas com bons companheiros o
ânimo para criar brechas serão maiores. O melhor é que não vou ter mais
que imaginar meu futuro num desses grupos medonhos para terceira idade.
Quem me dera Anna um dia fazer trilhas com vocês ai nessa paisagem de
calendário!
bjs, Sirlene
- Sirlene,
então você gosta disso tudo? Conte com minha colaboração. Se você e
outras pessoas do grupo estiverem a fim, podemos dar uma chegada na
minha cidade. Tenho passado lá mais ou menos uma semana por mês. Fica
num canto do Estado de São Paulo pouco estudado, cientificamente, mas
tem alguns atrativos naturais interessantes. Fica a uns 350 km de São
Paulo, levo menos de 4 horas até lá, de carro. Tenho sociedade em uma
chácara próxima à cidade – a casa é rústica, pequena, mas dá para acampar.
Tem campinho de futebol e quadrinha de vôlei, churrasqueira, energia
elétrica e água de poço, e fica a menos de 10 km da cidade, e de 2km de um
pesq-pag. Cheguei a planejar, de brincadeira, com uma amiga da UNESP
que fez na região uma pesquisa para doutorado (pode interessar-lhe: discute
a eficiência –ou ineficência, da legislação ambiental), a criação, lá, de um
spa, o Spa-Usp, aparelhado para temporadas de redação de teses e
dissertações. Podemos pensar em Spa-Crusp, por lá ou por aqui, ou em
Campos do Jordão, não acha, Malu?
Abraços.
Ana Marangoni
- Sirlene,
O Clube de Cruspianos, se quiser contribuir para a felicidade dos
sócios, não pode pretender dar a eles algo abstratamente
considerado "bom". Deve proporcionar a eles algo que desejem ou de
que necessitem. Por isso é importante a presença de cada um dos
interessados, na reunião do Clube, pra dizer o que quer. Leia o
desregulamento provisório abaixo e chegue na reunião com muitas
sugestões, tudo que possa te deixar mais feliz. Acredito que nossos
valores cruspianos de liberdade e respeito nos permitirão construir
um clube muito legal.Encontraremos nosso denominador comum. Rute
- Olá Malu
- Teca/Ruth
Muita gente ainda está fora de SP, portanto a reunião ficaraá para o
começo de fevereiro.
Vamos fazer uma pauta e repassar para que todos possam fazer sugestões.
d. ONG (Watanabe)
e. Partido político
- Grande Fúlvia!
Todas as iniciativas dos últimos tempos vêm partindo dela, ou ela está
diretamente ligada às tomadas, talvez por outros.
Gostei dessa última de resgatar o Crusp como Monumento Histórico.Tem
que ser antes que a gente parta prá outra etapa. Aqui nesta eu gostaria de
ver.
Vá em frente Fúlvia. Você é quieta e faz acontecer.
Meus parabens pelo seu estilo.
Beijos carinhosos
Soninha
- Scaico,
que bom que deu o ar de sua graça!!!!!
promova um encontro em Serra Negra (???) deve ter uma pousada, ou
pensão para acolher quem quiser, dai poderão jogar sinuca, ler poemas,
bater papo.
se me arrumarem um fogão eu faço a pizza na panela de pressão, fico de
cozinheira.
abs, Malu de Alencar
- Soninha,
Os Abençoados Palavrões foram enviados apenas para ajudar a
desanuviar o ambiente. Não é colaboração para nosso livro. Você quer
conspurcar a geladeira do Watanabe?
Beijos,
Álvaro
- Soninha,
O importante é que nosso trem voltou aos trilhos. Você, com seu
entusiasmo e perseverança, é a voz mais abençoada entre nós todos. E
agora que vocês encheram minha bola como poeta, agüentem; essa que
aí vai é dedicada a você.
Beijão, Álvaro
FÉ
Crer na vida
Na esperança
Tão fortes quão Quixote
Tão puros quanto Pança
Álvaro 1981
- Todos,
para começar a dura semana, um pouco de bom humor. Não é uma
produção de cruspiano, mas também tem qualidades (acredito que há
alguma vida inteligente fora do nosso grupo: podemos até criar um diploma
de cruspiano emérito, para alguns que se façam merecedores. ) Os dois
textos em anexo podem até ajudar na titulação e redação de nossos livros.
Brincadeirinhaaa. ..
Abraços.
Ana Marangoni
- Soninha,
Os Abençoados Palavrões foram enviados apenas para ajudar a
desanuviar o ambiente. Não é colaboração para nosso livro. Você quer
conspurcar a geladeira do Watanabe?
Beijos,Álvaro
Instantes
- Queixo,
Se você gosta do Quintana, certamente gostará da Cora Coralina. Vai
aí uma preciosidade dela, que dedico às meninas de nosso grupo.
Álvaro
PS: vou anexar porque quando colo no e-mail desformata tudo.
- Oi Ana
mais uma coisinha do Quintana para vc..
BILHETE
Se tu me amas, ama-me baixinho
Não o grites de cima dos telhados
Deixa em paz os passarinhos
Deixa em paz a mim!
Se me queres,
enfim,
tem de ser bem devagarinho, Amada,
que a vida é breve, e o amor mais breve ainda...
Mário Quintana
>
> - Mario,
> O que fiz foi encaminhar uma apresentação de slides que recebi em
uma mensagem. Vou encaminhá-la de novo, para você.
> Também gosto demais do seu xará, há tempos. Lembro do quanto fiquei
indignada quando um então jovem jornalista invadiu, em sua ausência,
o quarto (ou apartamento) do hotel em que morava, desrespeitando sua
privacidade, o que parece tê-lo magoado intensamente. Não sei se
algum poema resultou disso, mas não duvido que ele tenha transformado
o fato em motivo de mais uma de suas preciosidades.
> Encontrando mais material, encaminho.
> Abraço.
> Ana Marangoni
>
>
>- Ola Ana
> Sou fregues de carteirinha do Quintana.
> Não encontrei o texto na sua mensagem.
> Voce não poderia colá-lo (!!) na própria mensagem em vez de anexar?
> Um abraço
> Mario
>
>
>
- Eu gostaria muito de recuperar a história de nosso ataque ao
Submarino Amarelo. Lembram-se?, o Submarino foi o apelido que
demos ao guindaste que foi trazido para a demolição do Prédio H (do
qual só havia o esqueleto - ficava atrás do restaurante).
Talvez alguém já tenha resgatado essa história e eu é que não a tenha
achado em nenhum lugar.
Lembro-me de várias situações, mas tenho ainda alguma dificuldade
para construir toda a história. Vamos a alguns flashs, ajudem-me a
completar as informações para a devida elaboração da história:
- as Molotovs que seriam utilizadas no ataque foram preparadas no
apto do ............ e do ............, ........ Prédio E (se eles concordarem com a
divulgação coloquem aí seus nomes).
- antes disso houve a etapa de "juntação" de garrafas.
- o ataque ficou marcado para bem tarde da noite.
- foi combinado e executado o sequestro do Gregório, pois que ele não
nos poderia ver passando por lá carregando as garrafas e não
testemunhasse o ataque. Esse sequestro foi executado pelos colegas
............, ............., e ............. (idem, se concordarem coloquem os nomes)
- na hora combinada os colegas escalados começaram a passar naquele
apto citado para pegar suas bombas.
- não me lembro direito, mas em algum momento foi dado o aviso geral
que haveria o ataque, para que todos fossem para lá.
- em um determinado momento iniciou-se o ataque em três frentes: o
Submarino, o motor que movimentava o Submarino e um coitado de
um caminhão cujo motorista por azar resolvera estacioná-lo ali
naquela noite.
- farta chuva de Molotovs no guindaste e no caminhão.
- no motor, duas ações autônomas sem combinação anterior: uns
punham açúcar no tanque de combustível (o que estragaria o motor
quando de seu funcionamento) e outros jogavam pedriscos e areia em
suas engrenagens.
- toda o ataque foi realizado sem que ninguém saísse machucado, o que
foi uma sorte danada.
- eu gastei todo meu arsenal de Molotovs em uma pilha de dormentes
(pelo menos foi assim que eu a imaginei) que havia no "primeiro
andar" do Submarino. Aqueles dormentes queimando seriam um
fogaréu danado. No outro dia fomos examinar o resultado da ação.
Qual não foi minha decepção quando percebi que aquela pilha de
dormentes era na verdade uma pilha de pontaletes de concreto,
utilizada como lastro de peso do guindaste.
Vamos lá, ajudem-me na complementação dessas e no recolhimento de
mais informações, Álvaro
Oi Arvo
Acho que foi mais ou menos isso que aconteceu.
Mas estou te respondendo mais para fazer uma solicitação em relação ao
grupo crusp 68: acho que recebo msg s demais! Muitas vezes são respostas
ou perguntas pessoais e que as pessoas deveriam se comunicar apenas entre
elas. |Algumas msg , estou deletando sem mesmo ler. Outra coisa são
respostas que incluem as outras juntas o que cria um enorme arquivo que
se repete.
É necessario um moderador, isso é uma pessoa que envia as msg de alguem
que fala do CoralCRUSP, p. ex., para as pessoas interessadas no assunto.
Isto na verdade existe e chama-se Forum ( não sei mexer com isto!)
Tres coisas me interessam profundamente sobre o CRUSP:
1) Encontrar velhos amigos
2) Ler e contar causos
3) Ver fotos dos velhos tempos.
Diomar B602
Em tempo, não vi nenhum causo sobre a invasão de 17/12/68
Se voces responderem posso contar a minha visão desse dia.
Álvaro,
O então reitor da USP, Gama e Silva - aquele que mais tarde, Ministro da
Justiça do governo Costa e Silva viria a assinar o AI-5 (estes dias
perguntei a um ex-aluno, formado há já mais de dez anos, se ele sabia o
que é o AI-5: nunca ouviu falar!) tinha determinado a demolição do
esqueleto do Bloco H. Dizia-se que para dar maior monumentalidade ao
prédio da Reitoria (cabe lembrar que quando da inauguração desse prédio,
previa-se a existência de tal avenida; prova disso seria o plantio de
algumas palmeiras alinhadas, como demarcação da mesma, ainda
existentes quando da ocupação do CRUSP). O plano de construção então
em vigor, entretanto, adotara o partido de maior linearidade, maior
horizontalidade das construções, o que teria levado, inclusive, a acréscimos
ao aterro entre a reitoria e o CRPE, inclusive sobre a área prevista para a
avenida.
Mais uma coisa: tenho leve lembrança de ter lido ou ouvido falar em uma
ação popular a respeito, e de uma grande multa contratual paga pela
Universidade, por conta da desmontagem do prédio. . A verificar, também.
E veja só como uma coisa leva a outra: falar em multa contratual trouxe-me
à memória uma lembrança sensorial. Fiz o vestibular (naquele tempo não
tinha FUVEST, nem Cescem-Cescea ainda – cada Departamento da FFCL
fazia seus próprios exames, que eram escritos e orais) ao som de bate-
estacas: estavam sendo estabelecidas as fundações, ali no canto direito da
hoje Praça do Relógio, para quem olha da Reitoria, do que deveria vir a ser
o Centro de Vivência da Cidade Universitária (ao que constava, com
espaços e instalações destinados a livrarias, cinema, teatro, sala de
conferência, restaurante/lanchonete, até “estação rodoviária”. Parece-me
que ainda em 1963 houve nova elevação de aterro, encobrindo tais
fundações. Mais tarde, segundo então se dizia, para neutralizar possíveis
manifestações estudantis sob pretexto de necessidade de término da
construção para o desenvolvimento de atividades culturais, foi decidida a
construção, pelo órgão estadual responsável pela Cultura, do Centro
Estadual de Cultura, onde as manifestações seriam devidamente
condicionadas por regras convenientes. Essa edificação, até hoje não
concluída, abriga atualmente o Paço das Artes, valendo lembrar que o
terreno em que está não pertence (pelo menos não pertencia, ao tempo da
construção) ao campus da USP.
Outra coisa levando a outra coisa: motivo de algum protesto foi também a
descoberta, via Diário Oficial, do uso de recursos da USP para a construção
da Academia de Polícia, também fora do Campus.
Calma... paro por aqui; dos ciclistas cruspianos falo em outra ocasião.
Abraços.
Ana Maria
- Malu,
Ana Marangoni
Se voce não concorda ou quer dar outras sugestoes para este tipo de
procedimento que estou adotando, por favor escreva tambem com cópia
para clubcrusp@gmail.com.
Obrigada,
Rute
- Olá Pessoal Gostaria muito de entrar neste sub grupo do CRUSP e poder
ter meus e-mails também considerado. a minha caixa de mensagens lota
com e-mail da Sonia, Malu, Alvaro, etc mas ninguém responde minhas
sugestões ....nem mesmo para contestar.... ha,ha,ha....agora acho que vou
receber respostas
- Teca
Não se preocupe. Agora não respondem também as minhas . Estão em
outra e vibro com eles. Este Clube está ótimo. Além do mais, apesar de que
são poucos, as adesões vão aparecer quando a coisa se tornar uma
realidade.
Mas se quiser ser escutada.... faça um apelo mais forte. Acho que assim vai
dar.
Estão todos tão vibrantes. Você mora em São Paulo e é a Teca que eu penso
do Bloco A, não é?
Então entre no Clube. Vai sair coisa boa daí.
Imagine, aulas de teatro.... com expressão corporal, evidentemente,
sobretudo na nossa idade.. Você tem nisso uma terapía física e mental,
simultaneamente. Podem fazer psicodramas, com alguém que conheça a
técnica. Maravilhoso.
E o cinema? Já deslanchou.
Cinema, dança de salão, coral. Tudo isso é maravilhoso. Acho que vão
rejuvenescer muito,
Eu estaría nessa, sem dúvida nenhuma. Entre mesmo.
Ah! Fiz um levantamento de todos os mails escritos. Separei-os , antes do
evento e pós evento. Neles você pode constatar várias coisas, de maneira
clara, diferenças de expectativas, entusiasmo com o evento e
desaparecimento depois dele, diferenças nas propostas, na maneira de fazê-
las, afinidade, etc.
A releitura me chamou tanto a atenção , que fui fazendo um perfil, com o
acompanhamento das diferentes pessoas envolvidas.
Com isso, pude ver como esse sub-grupo, surgiu de forma espontânea, O
subgrupo que vc está se referindo agora é o do Clube, porque o outro, o do
livro, está em forma temporária, sem que os ideais se acabem em recesso
temporário. A CO do evento foi invocada não sei quantas vezes. Registrei
também todas as vezes que foi convocada a participar....Registrei também
todos os mails que pedem para que ninguém seja excluido.
De repente, pode acontecer isso que você diz, que também está me
acontecendo agora, de não ser ouvido, mas é pelo simples fato de que estão
envolvidos demais com suas realizações. Nada mais.
Beijos Soninha
- Olá Pessoal,
a primeira parte de nossos relatos,
discussões, embates e combates,
já se encontra nas bancas.
É uma colagem com alguma sequência
-na medida do possível-
e as partes mais divertidas a meu ver.
Abração e saudades,
Celinha
è só clicar abaixo:
http://www.scribd.com/doc/10957183/CRUSP68-ONTEM-E-HOJE
- -Ai Ernesto
Adorei seu forró. Eu sou professora. Me senti muito edu-cu-cada com ele.
Digo isso, apenas porque meu sonho é aprender a dançar forró.....
Está ótimo. Já vejo como vai ser divertido o teatro/baile/coral, com sessões
de cineminha. Nossos mentores do Clube, todos, têm o que é necessário
para realizá-lo: cultura e humor,,,, Porque sem este segundo a vida fica
muito chata.
Beijos
da que já é tua admiradora agora (não me importa o que o Alvaro diga)
Soninha
- Malu,
- SEU GREGÓRIO era uma figura, com cara de bravo e fama de dedo
duro,
mas uma alma boa e gostava de todos nós.
Um dia ele me chamou particularmente e disse que seria bom dar uma
sumida e não me encontrar com Fausto e outros amigos, pois a polícia
estava de olho na gente e com certeza seríamos presos. Perguntei qual
o motivo da "procura" ele me disse: só tô te avisando, evite os
meninos e não fique em grupos, vc está sendo procurada.
Pouco tempo depois fui interrogada pelo Cel Alvim no quartel general do
Crusp.
Ele sabia das coisas.
Será que está vivo?
Malu de Alencar
- Rute,
Aí vai minha proposta de desregulamento, com ênfase no Art. XII.
Álvaro.
OS ESTATUTOS DO HOMEM
( Thiago de Melo )
ARTIGO I Fica decretado que agora vale a verdade, que agora vale a vida,
e que de mãos dadas, trabalharemos todos pela vida verdadeira.
ARTIGO II Fica decretado que todos os dias da semana, inclusive as
terças-feiras mais cinzentas, têm direito a converter-se em manhãs de
Domingo.
ARTIGO III Fica decretado que, a partir desse instante, haverá girassóis
em todas as janelas, que os girassóis terão direito a abrir-se dentro da
sombra; e que as janelas devem permanecer, o dia inteiro, abertas para o
verde onde cresce a esperança.
ARTIGO VIII Fica decretado que a maior dor sempre foi e será sempre
não poder dar-se amor a quem se ama e saber que é a água que dá à planta
o milagre da flor.
ARTIGO IX Fica permitido que o pão de cada dia tenha no homem o sinal
de suor. Mas que sobretudo tenha sempre o quente sabor da ternura.
ARTIGO XII Decreta-se que nada será obrigado nem proibido. Tudo será
permitido, inclusive brincar com os rinocerontes e caminhar pelas tardes
com uma imensa begônia na lapela.
ARTIGO XIII Fica decretado que o dinheiro não poderá nunca mais
comprar o sol das manhãs vindouras. Expulso do grande baú do medo, o
dinheiro se transformará em uma espada fraternal para defender o direito de
cantar e a festa do dia que chegou.
Oi Ana
mais uma coisinha do Quintana para vc..
BILHETE
Se tu me amas, ama-me baixinho
Não o grites de cima dos telhados
Deixa em paz os passarinhos
Deixa em paz a mim!
Se me queres,
enfim,
tem de ser bem devagarinho, Amada,
que a vida é breve, e o amor mais breve ainda...
Mário Quintana
-- > Mario,
> O que fiz foi encaminhar uma apresentação de slides que recebi em
uma mensagem. Vou encaminhá-la de novo, para você.
> Também gosto demais do seu xará, há tempos. Lembro do quanto fiquei
indignada quando um então jovem jornalista invadiu, em sua ausência,
o quarto (ou apartamento) do hotel em que morava, desrespeitando sua
privacidade, o que parece tê-lo magoado intensamente. Não sei se
algum poema resultou disso, mas não duvido que ele tenha transformado
o fato em motivo de mais uma de suas preciosidades.
> Encontrando mais material, encaminho.
> Abraço.
> Ana Marangoni
>
>
> > Ola Ana
> Sou fregues de carteirinha do Quintana.
> Não encontrei o texto na sua mensagem.
> Voce não poderia colá-lo (!!) na própria mensagem em vez de anexar?
> Um abraço
> Mario
>
- Caros colegas,
Tenho lido todas as mensagens mas não escrevi antes por duas razões: 1-
estava terminando um relatório com prazo rígido e que me tomou todos os
neurônios; 2- pensei muito em como poderia colaborar já que não fui
moradora e sim frequentadora.
Mas minha certeza de que a história do CRUSP deve ser escrita (em papel,
virtualmente, em poemas, drama, filme), sejá lá na linguagem que for, me
levou a concluir (eu e meus botões) que poderia contribuir sim, ainda que
não relatando uma vivência cotidiana. Pensei desde relatos sobre essas
estadias temporárias no CRUSP, até pesquisa sobre o que foram e o que são
hoje as moradias universitárias, com o objetivo de destacar a relevância da
experiência cruspiana, ou ajudar no que vocês me dessem como tarefa.
Um grande abraço e força, porque a única coisa que nos foi dada de
bandeja foi o rango do Bandejão! Sirlene
- Sirlene
Pois ponha-se a trabalhar. O que você está esperando.
O que você via no Crusp? Onde vc se hospedava (sei que era no Bloco A)
Como a experiência do Crusp marcou tua vida
Como você via os cruspianos.
Qual era a tua percepção como visitante?
Como adulta, quais são as lembranças que você tem daqueles momentos ?
Etc. etc. etc.etc Não estou te limitando. Você vai saber o que escrever.
Conte prá gente. Como nós morávamos lá , temos uma visão mais
subjetiva. A tua seria mais objetiva.
Além do mais, não sei se sabe (me cuido um pouco com os elogios porque
as pessoas muitas vezes têm dificuldade de recebê-los) você escreve muito
bem.
Vamos precisar de gente para escolher o conteúdo, arrumar esse sumário
improvisado que fiz, apenas com o fim de empurrar, vamos precisar de
gente para redigir os diferentes tópicos e gente para criticar (se bem devo
confessar que já temos o Ernesto nomeado)
Minha querida, obrigada por tuas palavras de entusiasmo, porque neste
momento ficamos um pouco decaidos e precisamos de gente que nos
levante novamente. Desta vez, me acertou o baque.
Mas vamos lá, este papo pode estar só começando.
Temos muito trabalho pela frente.
Simbora!
Beijos e boa noite
Sonia (fiquei maior agora)
Carta de Despedida
Si por un instante Dios se olvidara de que soy una marioneta de trapo y me
regalara un trozo de vida, aprovecharía ese tiempo lo más que pudiera".
Posiblemente no diría todo lo que pienso, pero en definitiva pensaría todo
lo que digo.
Daría valor a las cosas, no por lo que valen, sino por lo que significan.
Dormiría poco, soñaría más, entiendo que por cada minuto que cerramos
los ojos, perdemos sesenta segundos de luz. Andaría cuando los demás se
detienen, despertaría cuando los demás duermen.
Si Dios me obsequiara un trozo de vida, vestiría sencillo, me tiraría de
bruces al sol, dejando descubierto, no solamente mi cuerpo, sino mi alma.
A los hombres les probaría cuán equivocados están al pensar que dejan de
enamorarse cuando envejecen, sin saber que envejecen cuando dejan de
enamorarse!
He aprendido que un hombre sólo tiene derecho a mirar a otro hacia abajo,
cuando ha de ayudarle a levantarse.
Son tantas cosas las que he podido aprender de ustedes, pero realmente de
mucho no habrán de servir, porque cuando me guarden dentro de esa
maleta, infelizmente me estaré muriendo.
Siempre di lo que sientes y haz lo que piensas.
Si supiera que hoy fuera la última vez que te voy a ver dormir, te abrazaría
fuertemente y rezaría al Señor para poder ser el guardián de tu alma.
Si supiera que estos son los últimos minutos que te veo diría "te quiero" y
no asumiría, tontamente, que ya lo sabes.
Siempre hay un mañana y la vida nos da otra oportunidad para hacer las
cosas bien, pero por si me equivoco y hoy es todo lo que nos queda, me
gustaría decirte cuanto te quiero, que nunca te olvidaré.
Mantén a los que amas cerca de ti, diles al oído lo mucho que los necesitas,
quiérelos y trátalos bien, toma tiempo para decirles "lo siento",
"perdóname", "por favor", "gracias" y todas las palabras de amor que
conoces.
Nadie te recordará por tus pensamientos secretos. Pide al Señor la fuerza y
sabiduría para expresarlos. Demuestra a tus amigos y seres queridos cuanto
te importan."
- Soninha,
enquanto não envio, gentilmente conforme você, o conjunto da obra
poética (sei lá por onde andam alguns manuscritos...), aí vão mais dois, de
temas já levantados.
Ana
Cidade Universitária/63
Sapos...
Grilos...
Cantando
Na noite
Misturam-se
Os uhu e os criii
Saposgrilos
Grilossapos
Uhu criii
Criii uhu
Salos
Gripos
Cri cri hu hu
Cri hu hu cri
Sagrilospos
Salosgripos
De noite
no charco
lá fora
cantando
cantando
sem fim
(ammcm-1963)
Tropeções
Topada na pedra.
Unha arrancada.
Palavrão.
Adjetivando a pedra.
Nem cora.
Pois se culpada
Nem foi.
Nem sentiu.
Nem ouviu.
Fracasso na vida.
Frustração da queda.
Palavrão.
Adjetivando a vida.
Nem cora.
Pois se culpada
Nem foi.
Nem sentiu.
Nem ouviu.
(ammcm, 1966)
- Amigos
Um abraço Mario
- Mário
Sempre te acho sensato, romântico ("cálido, como diriam em espanhol) e
suas opiniões são sempre ponderadas e respeituosas.
Entretanto, me permito discordar, sem pretender que o meu seja um melhor
juizo, como diriam os causídicos.
O livro tem um objetivo e o Clube complementa esse objetivo não
permitindo que as pessoas se dispersem e esqueçam essa idéia original.
Como empresário, você vê filmes, lê Mario Quintana, vive em família, irá
ou não ao Clube, mas com certeza, tem diferentes atividades.
Bem, penso que uma atividade não exclui a outra. Acho que a reforça.
Como sairá este livro se este grupo não estiver unido e motivado ? Como
motivá-lo apenas com o trabalho do livro? Impossível.
O que vi , ao incorporar material ao livro é que temos imensos vazios, que
precisam ser preenchidos e que todos estão esquecendo . Isto sim.
Ana Marangoni está de volta com sua capacidade de organizar e trazer
fatos e coisas.
Assim como na vida, aqui teremos que ser malabaristas e equilibristas, pois
é um grupo humano, com necessidades que precisam ser satisfeitas. O resto
virá em consequência destas necessidades supridas.
Você viu como a Ana falou do Submarino Amarelo e o Alvaro já lembrou
dos porteiros (desconfio que o dedo-duro era o que eu mais gostava)
parecido a um grande cantor americano. Bom, mas acho que ele não era
conciente do que fazia, pois de passagem também fazia o bem.
Ninguém me falou do dia que os policiais estiveram presos no Bloco G e
que à noite a policia invadiu o Crusp para resgatá-los,
Falaram pouco da participação política, nada de Assembléias, nada das
passeatas.
Ninguém falou do Jeová, do Lauri, do Benetazzo e do Fleury como
queridos e políticos.
Ninguém falou do IPM do Crusp.
Ninguém falou de tantas coisas.
O simples sumário que escrevi era simplesmente para sugerir o que poderia
ser falado.
Isso sim , concordo com você. O fato de ter uma outra atividade que
entusiasma tanto, não deve permitir que se esqueçam da outra que estava
pendente, que era de escrever o livro.
Eu não esqueci. Já tenho umas 300 páginas de material recopilado (NOTE-
SE BEM, NÃO É MATERIAL DEFINITIVO E NEM MEU - É
RECOPILADO)
Beijos Soninha
- Soninha,
vou encaminhar mais umas coisas que talvez sirvam para o livro (ou os
livros). Pensei em mais uns títulos possíveis, e os encaminho, embora saiba
que a cara final é que deverá indicar o melhor nome: CRUSP63-68 - Os
cruspianos por êles mesmos, ou CRUSP68 - lembranças de uma saga
vivenciada, ou ainda CRUSP68 - Utopias?.
E conheço a Anna, sim - só não sei se ela me localiza na memória. Lembro-
me bem de algumas compras de roupas e sapatos, feitas por ela e pela
Maria Elena, e separadamente por mim, em que as coincidências eram
incríveis ( exemplo: uma japona de nylon, bege, em matelassê, muito
bonita, e que constantemente propiciava a visão de par de vasos
ambulantes, já que as três fazíamos Geografia). Sei que a Maria Elena
esteve no encontro, mas não conversei com ela ainda - acho que a última
vez que coversamos foi por setembro do ano passado, em que fizemos uma
"barganha": um exemplar do Atlas Escolar dela (acho que o mais vendido
no Brasil), com dedicatória e tudo, por uma rapadura com casca de laranja
de Itararé, das que há mais de 30 anos (!!!!) trago para muitos dos amigos
(a história de escambo é brincadeirinha...). Justificando os (!!!!): sempre
acho um absurdo estar situando fatos ou coisas que vivi ou conheci há
mais de 10 anos (quase tudo, é claro, de que me recordo). Talvez porque,
nos anos 70 (mais de 30 anos!!!!), uma das alunas de Planejamento (hoje
autoridade no assunto), achou de dizer, quando eu falava em cifras
referentes ao Orçamento da União: "Ana, espere...quanto que é isso? Para
mim, existe um, dois, três e muito!". Então é isso: tudo bem com um, dois
ou três anos - mais que isso é muito. Acho que voltarei ao assunto, pois se
para mim é muito, imagine para o jovem universitário de hoje - como será
que êle situa 1968? Fica a indagação.
Abraço da Ana (a Marangoni, ou, para seguir a moda, a de Itararé, ou a do
Jardim Arpoador, pois podem aparecer outras do Brasil no Grupo)
- Ana
. Na tua ausência apareceu outra Anna (com dois n) que é ótima também.
Tenho certeza que vocês vâo se gostar se é que ainda não se conhecem;
> Beijos Soninha
Fiquei sem Internet por uns dias (tudo começou com a falta de energia
durante a tempestade da última quinta-feira), daí minha ausência. Mas
nesse meio-tempo andei organizando uns documentos, lembrando umas
histórias, o que, somado à leitura, iniciada ontem à noite, das mensagens
dos últimos dias, resultou em mudanças do capítulo 3 do “Equacionando”,
que ainda estou reformulando. No mais, tento tirar o atraso, com respostas
a mensagens, com certo receio, até, de ficar muito “aparecida” ou,
tomando de empréstimo o termo, “seamostradeira” (o corretor do Word
insiste em sugerir a substituição por semostradeira; sei, porém, que muitas
pessoas dizem ainda hoje, em minha região, se amostrar, ao invés de se
mostrar – talvez esteja aí a origem do seamostradeira).
Abraços a todos. Ana Marangoni
- Amigos,
Repasso-lhes o convite para o lançamento do livro Aurélio Becherini, uma
coleção de belíssimas fotografias da cidade de São Paulo, feitas entre 1904
e 1934, por esse extraordinário fotógrafo italiano aqui radicado. Além das
fotos de Becherini, o livro contém os seguintes estudos sobre sua obra:
Lições e demolições do olhar (Rubens Fernandes Junior), p. 8-28; O
primeiro repórter fotográfico paulistano (Ângela C. Garcia), p. 29-42; O
nascimento da vida cotidiana paulistana (José de Souza Martins), p. 43-84.
- Rute,
> respondi email de Anna e Ernesto e não coloquei seu nome.
> Peço que me desculpe.
> Você e Ernesto podem encabeçar a convocação dos interessados para o
> work shop do Ernesto?
> Aguardo vocês lá.
> abração, Malu de Alencar
- Malu, com essa desculpa parece até que voce não leu meu
DESREGULAMENTO (abaixo). Estou adorando ver o pessoal aderir ao
clube. Já me inscrevo para o workshop do Ernesto, gosto muito de
teatro. Parabens ao Ernesto pela iniciativa, que sei que será
sucesso. Não quero encabeçar nada, só gostaria de receber críticas
para melhorar o DESREGULAMENTO. Para mim é extremamente
gratificante
ver que o clube tem chance de acontecer. Abraço, Rute
- Será?
Mas nosso Wilson, ou seja o Wilson que eu e Alvaro conhecemos, não
poderia ter o apelido de Super Boy. Nunca. Não que ele fosse fraco,
magro ou feio. Pelo contrário. Era forte, bom corpo e lindo, Mas não
tinha nada de super-boy.
A gente no Crusp não se preocupava com os sobrenomes. Agora estou
achando uma pena.
Talvez o Alvaro lembre o sobrenome dele. Espero..
Poderemos comer também um fondue? Já estou aqui com minhas
fantasias. Não tem importância se não for, mas fantasiar é ótimo. De
queijo e de chocolate eu gosto. Com um bom vinho
branco.Hummmmmmmm
Agua na boca....
Beijão. Soninha
- Sônia
Acho que era o Wilson Zafalon, da Poli, que tinha o apelido de boy, ou
super boy.
Casou-se com a Cidinha Borghetti , da Geografia, e se mudaram para o
sul, não sei bem onde.
Os dois estiveram no encontro.
-Álvaro
Falando do Wilson..... que gosta de cinema.
Como já disse anteriormente, não gosto de médicos e de exames. Estou
aqui com o resultado de um eco-doppler, que diz que estou levemente
esclerosada. Ainda não sei qual é o significado disto, mas pensei que estava
muito mais. Levemente é pouco.... Mas, me pergunto eu, prá que constatar
isso , com exames, se eu já noto bem no meu cotidiano? Acho que
cumprimentei o Wilson no dia do almoço, mas sei que posso estar
confundida.
Fiquei encucada com sua pergunta, pois se não foi ele que cumprimentei,
foi outro que abracei forte, na certeza de que era o próprio. Isso não teria
muita importãncia, o abraço, mas o esquecimento é fundamental. ...
Prá desfazer essa confusão, porque confesso estar preocupada com minha
mente, fui lá no site do Crusp e vi dois Wilson: um deles fazia Poli e
Filosofia. Acho que é o nosso. Zafalon é o sobrenome. Foi acompanhado
de duas pessoas.
O outro, que está na lista, tinha o apelido de Super Boy, que não pode ser
ele, porque a última coisa que Wilson tinha era pinta de Super Boy.
Sei, com certeza, que Wilson esteve presente na inauguração do busto do
Lauri, na Biblioteca da Faculdade de Cotia , que era da Formiga.
Ah.......Alvaro. . Estou menos zonza. Estou tomando uns remédios
vasomotores, (acho que é isso) que me fizeram muito bem. Neste aspecto,
foi bom ver médico. Você tem razão. Concordo agora. Ficar velho é chato.
Melhor é ser novo.
Continuo recolhendo material para o livro, para depois enviar a vocês. Tem
muita coisa. Só faltam os escritores/as. .. para dar o próximo passo.
Beijão Soninha
>
- Eu também não o vi por lá, Soninha. Mas isso não quer dizer nada,
não vi também um monte de gente que depois eu soube que lá
estiveram. Coisas da idade.
- Malu,
meu pai era gerente dos 2 cinemas que haviam na cidade desde a década de
20 até final da década de 70. Eu quase nasci dentro do cinema e frequentei
desde bem pequena.
Muitas vezes eu ia a SPaulo com ele e um dos proprietários para
negociarem os "pacotes" de filmes. Ficava lá, à toa, só ouvindo negociação
de adultos. E os escritórios eram naquela região da rua Aurora.Como vc, eu
também era apaixonada pelo Anselmo Duarte. Numa dessas vezes, ele
estava em um dos escritórios e meu pai "me apresentou" para ele. Imagine
só!! Eu era criança, com 9 ou 10 anos. Fiquei abobalhada, nem queria lavar
a mão depois.Com ele era lindo!!
Sylvia
- ALVARO,
Filme é filme, imagine "Marcelino, pão e vinho" quantas lágrimas derrubei!
E os filmes da "Vera Cruz"? quem não assistiu: Violeta Ferraz,
Mazzaropi, Gde Otelo, Anselmo Duarte, Eliane Lage... meu Deus! Eu era
apaixonada pelo Anselmo Duarte, 73 começamos a gravar depoimentos dos
artistas e diretores brasileiros (lá no GRIFE) e na vez do Anselmo
tomei um porre, porque não acreditava que estava em sua frente, Abrão
Berman me levou carregada para casa, foi um vexame. O Anselmo ainda
está vivo.
Malu de Alencar
- Olá Pessoal
Gostaria muito de entrar neste sub grupo do CRUSP e poder ter meus e-
mails também considerado. a minha caixa de mensagens lota com e-mail da
Sonia, Malu, Alvaro, etc mas ninguém responde minhas sugestões ....nem
mesmo para contestar.... ha,ha,ha....agora acho que vou receber respostas
- Olá Pessoal,
a primeira parte de nossos relatos,
discussões, embates e combates,
já se encontra nas bancas.
É uma colagem com alguma sequência
-na medida do possível-
e as partes mais divertidas a meu ver.
Abração e saudades,
Celinha
è só clicar abaixo:
http://www.scribd.com/doc/10957183/CRUSP68-ONTEM-E-HOJE
- Celinha,
Que ótimo que você ainda está por aqui.
Álvaro
- Oi Malu
Falei da Lina Wertmüller porque adorava os seus filmes. Você não se
lembra de "Mimi , o metalúrgico", com Mariangela Melatto e Giancarlo
Giannini? Ela fez também, com a mesma dupla, "Por um destino insólito" e
outros que não me lembro, todos muito bonitos. Mimi mostra a história de
amor de um metalúrgico socialista envolvido em manifestações políticas.
Bem, vale a pena fazer uma retrospectiva só dela.
Beijos, do frio da Europa (agora tá melhorando)
Anna
- Alvaro,
Cinema tem uma magia que me fascina, você realiza sonhos, marca
vidas...
AMARCORD, assisti ali no Arouche em 75 e jamais me esqueço desse
filme, do cheiro do cinema.
Zorba o Grego, O Velho e o Mar....
Cinema é cinema, quem falou de Lina Wetmuller (assim mesmo?).
E os filmes da sessões malditas que o Alavro Moya realizava na
Augusta.
E os festivais de Oberhousen - filmes alemães e outros - que
aconteciam no espaço dirigido por A. Moya, nunca vou me esquecer do
"Os anões também nascem pequenos".
Alvaro Moya está vivo e adoraria participar e ajudar na programação
dos filmes.
Tem Macunaíma, quem não assistiu?
Os filmes de Kurosawa.
Felícia Ogawa era tradurora dos filmes japoneses, assisti a todos.
Na minha cidade,Lucélia, a colonia japonesa era muito gde e toda
semana tinha a sessão de filmes japoneses, assisti um que nunca me
esqueçerei: era uma relação de mãe e filho, a dor da perda e da morte,
acho que o nome era alguma coisa de "Mãe"...
É que me deu um branco, mas tem filmes que tenho que buscar as
referências.
Me falha a memória, vem as cenas, os artistas e me dá um branco, acho
que é a emoção, espero que não seja "alsaimer".
Outro dia, alguém escreveu sobre Pic Nic, e eu nunca o vi, porque no
dia que passou na cidade que morava, Candido Mota, o dono do
cinema
disse que eu era menor de idade e não podia assistir, eram ordens do
meu pai.
Vai ser um "revival" e muito legal.
Cinema não morre, veja Carlito, Gordo e o Magro.....
Malu de Alencar
- Malu
Volto a falar do nosso coral. Se tem grupo de teatro, porque não um grupo
de sessentões enxutos cantando pro povo?
Anna, a da Suíça
- Enxutíssimos!
Sugiro na Praça da Sé que tem mais povo.
O coral vai estar ótimo.
E porque não?
Soninha (a do Paraguai)
- Soninha do Paraguai
Estou esperando-a aqui na terra do queijo e do chocolate. Não se esqueça.
Vamos fazer uma caminhada de deixar a Sirlene com água na boca.

- Segue anexo um roteiro de filmes brasileiros feitos por uma pessoa que
desconheço mas recebi através da Malu Ferreira que trabalhou durante anos
na Cinemateca, tem os títulos e os resumos. Espero que sirva ao nosso
cineclube!!
Sirlene
- Eu também não o vi por lá, Soninha. Mas isso não quer dizer nada,
não vi também um monte de gente que depois eu soube que lá
estiveram. Coisas da idade.
Beijão, Álvaro
- Celinha,
LEILÃO
Autor desconhecido
Naquele tempo, nóis ficava amuntuado,
afincado ao pé do tanque,
que chamava bebedô.
prá ve se tá lá no céu,
Minha preta, meu amor.
- Álvaro
Falando do Wilson..... que gosta de cinema.
Como já disse anteriormente, não gosto de médicos e de exames. Estou
aqui com o resultado de um eco-doppler, que diz que estou levemente
esclerosada. Ainda não sei qual é o significado disto, mas pensei que estava
muito mais. Levemente é pouco.... Mas, me pergunto eu, prá que constatar
isso , com exames, se eu já noto bem no meu cotidiano? Acho que
cumprimentei o Wilson no dia do almoço, mas sei que posso estar
confundida.
Fiquei encucada com sua pergunta, pois se não foi ele que cumprimentei,
foi outro que abracei forte, na certeza de que era o próprio. Isso não teria
muita importãncia, o abraço, mas o esquecimento é fundamental....
Prá desfazer essa confusão, porque confesso estar preocupada com minha
mente, fui lá no site do Crusp e vi dois Wilson: um deles fazia Poli e
Filosofia. Acho que é o nosso. Zafalon é o sobrenome. Foi acompanhado
de duas pessoas.
O outro, que está na lista, tinha o apelido de Super Boy, que não pode ser
ele, porque a última coisa que Wilson tinha era pinta de Super Boy.
Sei, com certeza, que Wilson esteve presente na inauguração do busto do
Lauri, na Biblioteca da Faculdade de Cotia , que era da Formiga.
Ah.......Alvaro.. Estou menos zonza. Estou tomando uns remédios
vasomotores, (acho que é isso) que me fizeram muito bem. Neste aspecto,
foi bom ver médico. Você tem razão. Concordo agora. Ficar velho é chato.
Melhor é ser novo.
Continuo recolhendo material para o livro, para depois enviar a vocês. Tem
muita coisa. Só faltam os escritores/as... para dar o próximo passo.
Beijão
Soninha
- Eu também não o vi por lá, Soninha. Mas isso não quer dizer nada,
não vi também um monte de gente que depois eu soube que lá
estiveram. Coisas da idade.
Beijão, Álvaro
Alvaro
Será que me enganei de pessoa? Eu pensei ter cumprimentado o
Wilson no evento do Crusp. Será que não era ele e outro parecido?
Quem deve saber dele é Anavécia.
Mesmo que à distância a gente sabe dos antigos amores. Soninha
- Lá na Maria Antônio, no salão do Grêmio, passava filme com debates no
final. Eu fui ver justamente "Morangos Silvestres". 1963. Recém chegado
lá da roça, Araxá, pra lá de Batatais, analfabeto funcional, e fui ver
"Morangos Silvestres". O filme começou lá pelas oito horas da noite. Em
seguida, começaram os debates. Interpretação social, psicológica, política.
Depois a própria linguagem do Bergman. Relações entre a forma e o
conteúdo. Saí de lá de manhã cedo. 12 horas de filme e debate. E eu ali, de
olhos arrregalados. Levei um choque cultural. Essa era a Maria Antônia.
E até hoje não terminei de ver os "Morangos Silvestres". Ernesto
- Sônia
Acho que era o Wilson Zafalon, da Poli, que tinha o apelido de boy, ou
super boy.
Casou-se com a Cidinha Borghetti , da Geografia, e se mudaram para o
sul, não sei bem onde.
Os dois estiveram no encontro. Sylvia
- Soninha,
O Wilson Super-boy era o amigão inseparável do Prand, que era o
Super-homem. Estava no encontro e conversei com ele. Eu não me
lembro o sobrenome do Wilson cinéfilo, mas me lembro perfeitamente
que era quem puxava essa atividade no CRUSP. Lembro que era meio
caladão.
Quanto ao eco-doppler, não se preocupe, vamos descendo a ladeira
todos juntos e solidários (um perguntando o nome do outro).
Álvaro
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- Será?
Mas nosso Wilson, ou seja o Wilson que eu e Alvaro
conhecemos, não poderia ter o apelido de Super Boy. Nunca. Não que ele
fosse fraco, magro ou feio. Pelo contrário. Era forte, bom corpo e lindo,
Mas não tinha nada de super-boy.
A gente no Crusp não se preocupava com os sobrenomes. Agora estou
achando uma pena.
Talvez o Alvaro lembre o sobrenome dele. Espero..
Poderemos comer também um fondue? Já estou aqui com minhas fantasias.
Não tem importância se não for, mas fantasiar é ótimo. De queijo e de
chocolate eu gosto. Com um bom vinho branco.Hummmmmmmm
Agua na boca....Beijão. Soninha
- Sirlene,
Veja a coincidência, Malu Ferreira era a pessoa que falaria, estamos
com a fonte certa.
Hoje me deram uma dica de um documentário feito por volta de 67/68: O
apito da panela de pressão, sobre as passeatas, feito em 16mm, David
Pennington (frequentador do CRUSP) assistiu mas não sabe quem o fez,
que esse documentário o fez mudar radicalmente, nunca ouvi falar do
mesmo, mas uma nova referencia de registros da época.
abs, Malu de Alencar
- Vou pegar carona aqui , para enviar-lhes algo que acabo de receber de um
cruspiano.
Achei o poeminha/oração bem simpático e reenvio, sem, entretanto, querer
faltar ao respeito com ninguém, muito menos com o Brasil, meu país, que
eu muito amo. É verdade. Quando a gente está distante o amor e o
patriotismo são muito maiores. A Anna sabe que isso é assim. - Soninha
Autor desconhecido
JODI KANTOR
DO "NEW YORK TIMES"
Paralelos
Apesar das diferenças entre as famílias Obama e Robinson, há elementos
em comum entre elas. Um deles é a educação. Outro é uma espécie de
autodeterminação aventureira.
Nas versões conhecidas, o lado Obama é o que dobrou as regras da
geografia e da etnicidade. No entanto a família da primeira-dama
inclui vários membros que se aventuraram para longe. Nomenee Robinson
prestou serviço na Índia por dois anos; depois, mudou-se para a
Nigéria, onde conheceu a esposa. O primo Capers Funnye Jr. foi criado
na igreja negra, mas sentiu uma atração pelo judaísmo e tornou-se
rabino.
Em termos de saltos transculturais ousados, nenhuma figura se equipara
a Stanley Ann Dunham Soetoro, a mãe de Obama. Quando universitária em
Honolulu, ela frequentava a organização de intercâmbio cultural Centro
Oriente-Ocidente, onde conheceu dois maridos sucessivos -Barack Obama
pai, estudante de economia do Quênia, e, mais tarde, o indonésio Lolo
Soetoro.
Décadas depois, sua filha, Maya, buscava folhetos no mesmo centro
quando notou o estudante sinocanadense Konrad Ng, hoje seu marido.
Na última segunda, parentes quenianos de Obama circulavam pelo hotel
Mayflower, em Washington, com seus lenços coloridos atraindo atenção.
Em festas familiares, conta Craig Robinson, "vemos um monte de gente
que fica feliz por estar com a família". "As pessoas são de culturas
diferentes, mas o que têm em comum é que são todas da família", diz.
São festas que promovem uma mistura feliz de tradições e histórias,
como no casamento dos Obama, em 1992, que incluiu quenianos em trajes
tradicionais, uma cerimônia africana em que as mãos dos noivos foram
simbolicamente amarradas, e, na recepção -num centro cultural que já
foi um clube de campo que barrava negros e judeus-, blues, jazz e
música erudita .
É possível que os eventos da Casa Branca agora passem a ter um pouco
desse clima.
Diomar B602
Em tempo, não vi nenhum causo sobre a invasão de 17/12/68
Se voces responderem posso contar a minha visão desse dia.
- Alvaro
Sempre digo que estou de acordo com você, porque realmente tenho uma
afinidade imensa com teus pensamentos e idéias .
Entretanto, desta vez, apesar de concordar com o Diomar e com você de
um modo geral, devo discordar de pontos específicos.
Eu acho que o grupo está deslanchando com o tema Clube.
Lamentavelmente nem a CO, nem nós que estivemos desde o começo,
soubemos motivar de uma maneira tão fascinante como esses temas que
estão sendo agora tratados.
Sei que nem todos têm interesse por tudo, mas acho que criar sub grupos
poderia gerar uma dispersão.
Concordo com o teu final: "Talvez essa questão de sub-grupos talvez seja
uma providência para um pouco mais à frente, já que agora no começo é
natural, e recomendável, que todos participem da produção e consolidação
de propostas"
E concordo com forums dentro do grupo. Eu também não sei como
organizar isso e invoco também a ajuda de tio Molina ou Watanabe ou
Gonçalo. Então poderíamos estar dentro do contexto geral, do que vai
acontecendo no grupo e entrar, de acordo à nossa vontade ou interesse no
sub tema ou sub -grupo que me der vontade.
Paciência com nossa caixa de e-mails. Estou também em dois outros
grupos, que suprimo as mensagens que não despertam meu interesse, sem
lê-las e conservo as que me interessam.
Não estou de acordo que neste momento sejam criados sub-grupos que
dividam em vez de somar.
Atentamente Sonia Castanheira
- Soninha,
Acho que continuamos concordando em tudo. Eu vejo assim também,
sub-grupos será bom somente mais à frente.
Agora, assuntos de interesse apenas particular devem ser desde já
tratados através dos e-mails pessoais.
Álvaro
- Ana!
Primeiro obrigada por responder! é bom se sentir ouvida pelos
veteranos (se assim posso chamá-los).
Que maravilha sua proposta ou sugestão, já temos o lugar (talvez
lugares) e a monitora para nos guiar na observação dos pássaros (você
conhece muitos!) enquanto colocamos os músculos em forma para fazer
as trilhas e o pulmão em ordem para o coral!!
Preciso dizer que dessas coisa todas sou "nível usuária" mas
rapidamente posso buscar informações sobre procedimentos técnicos de
observação de animais, mas assim como em outros assuntos que ogrupo
tem tratado, o importante é começar, nos reunirmos para cantar,
caminhar, ver filme, escrever, depois vamos apurando as técnicas,
métodos etc.
Se não der para criar um SPA do Crusp,podemos criar uma versão, mais
adequada aos nossos aninhos, daqueles acampamentos malucos dos idos
tempos de juventude.
Tenho dificuldade de tempo mas vou ter de dar conta tb dessas
atividades que são muito importantes.
Quero dizer também que concordo e compartilho de sua aversão a
certos discursos ambientalistas que circulam por todo lado atualmente
abraços, Sirlene
- Sirlene,
> então você gosta disso tudo? Conte com minha colaboração. Se você e
outras pessoas do grupo estiverem a fim, podemos dar uma chegada na
minha cidade. Tenho passado lá mais ou menos uma semana por mês. Fica
num canto do Estado de São Paulo pouco estudado, cientificamente, mas
tem alguns atrativos naturais interessantes. Fica a uns 350 km de São
Paulo, levo menos de 4 horas até lá, de carro. Tenho sociedade em uma
chácara próxima à cidade – a casa é rústica, pequena, mas dá para
acampar. Tem campinho de futebol e quadrinha de vôlei, churrasqueira,
energia elétrica e água de poço, e fica a menos de 10 km da cidade, e
de 2km de um pesq-pag. Cheguei a planejar, de brincadeira, com uma
amiga da UNESP que fez na região uma pesquisa para doutorado (pode
interessar-lhe: discute a eficiência –ou ineficência, da legislação
ambiental), a criação, lá, de um spa, o Spa-Usp, aparelhado para
temporadas de redação de teses e dissertações. Podemos pensar em Spa-
Crusp, por lá ou por aqui, ou em Campos do Jordão, não acha, Malu?
> Um pouquinho mais longe, à beira do rio Itararé (divisa com o
Estado do Paraná), meu irmão tem um sítio, em que ele mantém um pomar
para uso, em especial, de passarinhos e passarões. Aparecem por lá
tucanos, seriemas, pica-paus do topete vermelho pequenos e grandes,
pica-paus carijós de topete amarelo, quero-queros, curucacas, saí-
andorinhas, gralhas, sabiás, canários, bem-te-vis, anuns brancos e
pretos, tico-ticos e chupins, beija-flores, e uma quantidade de que
não sei os nomes. Acho que meu irmão não se incomodaria se fôssemos
até lá, observar a passarada. Ah...e os esquilos, porcos-espinhos e
cobras, que não são abundantes, mas existem.
> Quem sabe a gente não criava por lá um Núcleo CRUSP68 de
observação e educação para conservação ambiental? (Preciso informar:
boa parte da linguagem "ecológica" em moda e o uso inconseqüente da
mesma me dão umas mais ou menos severas manifestações alérgicas, por
isso minha cautela em usar termos como sustentabilidade,
> educação ambiental, minimização de efeitos, etc.)
> Espero que a gente converse mais a respeito (da temática ambiental,
não das minhas idiossincrasias, necessariamente).
> Abraços. Ana Marangoni
- Entonces, lá vai:
É isso aí.
Mas sempre lembrando:
Se for dirigir, não beba.
Se for beber, me chame. Scaico.
- Scaico:
Vc esquceu, faltou "una botella de PISCO'
Abraços
Gonzalo
- Perdão, perdão, Gonzalinho.
Na verdade não esquecí.
Apenas achei que o texto já estava muito grande.
Mas vai agora:
E chega.
Não beba dirigindo.
Você pode derramar a bebida.
Scaico
Devo dizer que seja qual for, nada excluirá o grande afeto que sinto
também por ele, que assim como você, faça o que faça, está dentro dos
meus afetos mentais, que são duradouros, para não dizer eternos. Podemos
discrepar, mas jamais perder esta amizade, que nos une quase como se
fôssemos parentes de sangue. Tantas lembranças queridas do Gonzalo....
Bem, estou me antecipando. Fiquei surpresa ao ler o nome dele. Até pode
ser outro Gonçalo.
- Mi querido Gonzalo!
Hasta pensé que podría ser otro, pero sos vos.....
Que sem vergonha!
Me preparei mentalmente para ler teu mail, mas só encontrei uma linha,
para acrescentar tua bebida peruana: o pisco.
Bueno, ya es algo.... O sea, cuando te vayas al Club, querés que haya algo
de tu tierra. Entonces también querés frecuentar el Club?
Te pregunto si conoces la chicha y si es de allá del Perú? La piña
fermentada? Perdoname la ignorancia, porque a lo mejor es algo muy
común y soy yo la que no sé... Me gusta la chicha.
Você continua por aí, hein? Mas não fala. O que será que vc pensa e o que
será que pensam os outros da CO? Também estão por aí e querem escolher
suas bebidas? Ou estão bravos com o rumo que tomou o grupo?
O resto vai em espanhol, pq eu andava com você e com os gringos no
Crusp e me contaminaram.
Mi querido Gonzalo, hay dos cosas que surgieron en este grupo y que es
necesario entender.
Nadie al comenzar a participar, pensaba en un libro y fue apareciendo
espontaneamente. Era imposible no registrar todo lo que estaba sucediendo.
Nadie pensaba tampoco en un Club y él fue surgiendo. Hasta a mi, en un
principio, pareció que la idea del club era un poco soñadora o delirante,
( fantasía dificil de realizar) pero se fue incrementando de manera tan
fuerte y tan entusiástica, que hasta yo, (que no podré frecuentar este club,)
me rendí al fascinio que ejerce sobre los del grupo. Algunos que no
hablaban pasaron a hablar, otros que hablaban poco, pasaron a hacerlo más.
Primero era un club abierto a todas las expectativas, despues fue cine,
clases de teatro, fotografía, baile, comidas, caminatas por el campo, análisis
de pájaros. Esto ya escapa al control. Ya es.... Y es como quieren que
sea..... No creo que todas las expectativas se cumplan, pero si algunas de
ellas resultan y así lo creo, este Club ya es una realidad.
Y los felicito, pq si tanto placer nos causó el evento de 40 años, creo que
estos pequeños encuentros serán también motivo de mucha alegría.
Adelante con esto
Besos Gonzalo. Por favor, vuelva siempre. Sabés que es tu casa, mucho
más que la mía. Ustedes la construyeron.......
Soninha
Hasta Carreño, que nunca me contestó si era el Carreño de Irina estaba
interesado, No sé si en el Club o apenas en una película.
Eu tinha um fusca alemão, 1959, comprado par dar aulas no Alberto Conte,
em Santo Amaro. Piauí pediu para escondermos um saco de estopa cheio de
livros "subversivos" . Ele ou eu chegamos à brilhante conclusão que um
bom lugar era embaixo da ponte do Pirajussara, na avenida da Raia. Anos
depois perguntei ao Piauí se ele tinha recuperado os livros. Não só não
recuperou como nunca voltou ao CRUSP para pegar as coisas do
apartamento. Seu telescópio refletor de 2 metros de comprimento, que ele
mesmo tinha construído em um um curso do Planetário do Ibirapuera foi
apreendido e exposto no saguão dos Diários associados como exemplo de
artefato de observação militar. O telescópio astronômico só servia para
observar os anéis de saturno , montanhas e crateras na lua …
Por volta de 20 horas, veio uma informação dada pelo Franco Montoro de
que o CRUSP seria invadido pelo Exército. Várias pessoas me pediram
para eu as levasse para fora da USP, não me lembro quem eram,
provavelmente o Piauí, o Dilson. As levei para uma casa perto do Largo de
Pinheiros ( seria a casa do Álvaro?)
O soldado não se incomodou com isso, pois estava sentado na escada que
dava para a casa das máquinas dos elevadores. Mas chegou um segundo
soldado, e gritou para ele obedecer e sentar como os outros. Só que ele não
entendeu e ficou olhando o soldado. Isso irritou o soldado que deu um
chute na perna dele. Nesse momento falei que ele não entendia português e
que estávamos sentados por causa do cansaço. O soldado xingou o
estrangeiro mas se acalmou.
- Caro Diomar.
Por favor me esclareça se foi levado para o Carandirú, em Santana, ou foi
para a Casa de Detenção, da Av. Tiradentes?
Sempre achei que os cruspianos sem vínculos com a esquerda ou sem
máculas passadas, haviam sido enviados para a Casa de Detenção.
Como voce eu tinha um Fusca Azul Oceano 1966. Na véspera do
famigerado 17 de Dezembro de 1968, cheguei por volta das 23h30 no
Crusp e não fiquei sabendo uma possível invasão. Fui dormir pois no dia
17 eu tinha a minha última prova de Resisência II, na Poli, para formar-me
em Minas.
Naquela noite, após as 24 h00 pràticamente foi impossível dormir devido o
ruído muito forte das sapatas dos tanques no asfalto sitiando a CU e
posteriormente o Crusp. Neste momento ainda não podíamos esperar a
invasão. Mais uma hora e Sírio Florindo de Castro e Wilson Zafalon e eu
tivemos certeza que ela iria se efetivar. Aí relaxamos e dormimos um
pouco.
Às 4h00 apareceram dois soldados do Exército Brasileiro, sendo que um
deles empunhava um fuzil (não sei se era da Guerra com o Paraguai) e
bate-ram na porta do E 402. O cabo disse: "Voces tem 5 minutos para
pegar documentos e uma muda de roupa e descer para o pátio".
Em vez disso fui arrumar a minha coleção de discos ( por volta de uma
centena) e coloquei-os no maleiro, portanto fora da vista.
Ao descer para o térreo fomos escoltados, em pequenos grupos até a área
em frente ao Crusp.
Após as 14h00 é que fomos junto com soldados do Exército participar da
inspeção do apartamento. Como não acharam nada irregular enviaram
Sírio,
Wilson e eu de volta para aguardar o embarque para a prisão. Êle deu-se
por volta das 16h20. Acabamos fazendo um "rolo" pois diziamos que já que
iríamos presos tinhamos que ir de camburão e não em ónibus da PM ou
"fretados" das empresas particulares. E lá fomos nos de camburão, de cor
bege com chapas perfuradas nas janelas e na divisória com ocompartimento
da cabine. Por sinal esta divisória estava bastante amassada. Deve ter
levado muitas pesadas de prêsos anteriores.
Chegamos na Casa de Detenção aproximadamente às 16h50. Tempo
recorde
para o trânsito da época, pois o comboio foi precedido por diversos carros
com sirene. Nas esquinas das ruas com semáfaros, pudemos notar as
barreiras de policiais de trânsito evitando os atravancamentos.
Na Casa de Detenção esperamos até as 18h00 para sêrmos "fichados" com
base no RG. Não houve identificação datiloscópica.
Entrei para a cela onde fui o último a ser admitido. Era o de número 65 ,
segundo alguns elementos que estavam procedendo a contagem.
A primeira coisa que notei na cela foi o mal cheiro, pois o único vaso
sanitário
estava entupido e cheio. Esparramava sugeira por toda parte mais baixa da
cela. E os detidos estavam fazendo gozações.
Logo depois serviram uma comida azeda, arroz com molho vermelho
escuro e um pedaço de carne com muito nervo. Foi a primeira e última vez
que sentí
saudades da comida do Crusp.
Fui libertado ás 04h40. Na saída Um civil avisou-me: "Se voltar parao
Crusp vai ser prêso pelo 2º Exército e ..."
Só voltei para o Crusp dois dias depois para apanhar o meu carro,que tinha
ficado no estacionamento próximo da piscina. Não mexeram em nada no
Fus
ca.
Em compensação no apartamento pegaram os tubos de alumínio, que
usavamos nas competições de atletismo (corríias de revesamento) e depois
os expuzeram no Diarios Associados, na R. Sete de Abril, juntamente com
pavios de explosivos marca Elefante, dizendo que eram corpos de bombas.
Assim perdi meu exame de Resistncia II e tive que fazer segunda época e
formar-me em Março/1969.
Enquanto esperavamos para sêrmos fichados assistimos a liberação de
cêrca de 70 prostitutas. Os carcereiros precisavam dos lugares para alojar
as cruspianas. Parece-me que a intervenção e protestos da Cacilda (não sei
se isto e verdadeiro) acabou fazendo com que as autoridades liberassem as
nossas colegas mais rapidamente.
Voltei para apanhar minhas tralhas do apartamento somente cinco dias
depois. Somente sumiram os bastões de revesamento.
Não tocaram em meu dardo de dura-alumínio, presente do Giorgio Givanni
Frossatti, que na época fazia pós graduação em Física. Nem na espingarda
de caça submarina, que possuia três arpões de aço. Creio que não viram,
pois estava no maleiro.
Como tudo no Brasil, os apartamentos dos Blocos E e F, inspecionados no
final, praticamente foram pouco vistoriados.
Nos próximos artigos ou contar sobre a decepção das autoridades da
invasão
com o fato de terem encontrado poucas armas numa população de 1300
estudantes.
- Oi Paulo
Sempre fui um rapaz da Zona Oeste (USP, Pinheiros , Perdizes, Rio
Pequeno e
hoje Parque Continental). Ainda hoje a Zona Norte e Leste são outro país.
A Zona Sul
até que conheço melhor, morei na casa de um tio em Moema, dei aulas de
Física quatro anos em Santo Amaro,
no Alberto Conte. Eu estava achando que Carandiru e Tiradentes eram o
mesmo lugar,
mas agora ficou claro que era na Tiradendentes pois fui solto no mesmo dia
por volta de meia noite
junto com o Pedro Paulo e, acho, o Edgard Monte Claro e outros. Fomos à
pé para o Centro, e acabamos em um hotel decadente na São João.
Fomos de Camburão nesse horário que voce falou. Acho que fomos juntos,
pois a viagem foi rápida, e a unica forma de ver alguma coisa para fora
era atraves de uma entradas de ar laterais,como canos de duas polegads
voltados para baixo.
Ao chegar ficamos no pátio aguardando alguma coisa. Havia um portão
mas víamos nada alem dele, mas as prostitutas
nos viam e perguntavam quem éramos. "Somos estundantes". Mas estão
prendendo estudantes? Foi criado um certo alvoroço e não me esqueço de
uma delas
dizendo, " Ai gostoso vem aqui comigo!"
Depois conto o resto.
Diomar
-Diomar,
Se a Soninha concordar com a idéia, entendo que você teve a honra de
iniciar uma série de depoimentos sobre a invasão final que, reunidos,
comporiam um capítulo do livro.
Eu já não me lembro mais se o Piauí e o Dílson foram lá para a minha
casa na João Moura, só sei que de tanta gente que foi para lá já dava
até para fazer assembléia.
Abração, Álvaro
-Diomar
Como é essa tua idéia? Talvez seja útil. Fizemos uma divisão tentativa por
capítulos ou temas e vamos colocando tudo que aparece nessa divisão que
chamamos de prateleira, graças a uma metáfora que foi feita sobre uma
geladeira vazia.
Nossa geladeira (livro) realmente estava vazia . Agora está ficando bem
cheia . Entretanto, é material recopilado, de nossos e-mails, de coisas que
os cruspianos escreveram e que devem ser analisados, selecionados para
depois fazer uma redação final.
Ah.... entendi. Vc está dando continuidade ao seu relato. Evidentemente
que vou colocar a continuação. Obrigada e continue até o fim. Não tenho
nada mais completo que o teu. E adoro como você escreve, porque conta as
coisas simples com todos os detalhes. Eu sou curiosa e quero saber mesmo
dos detalhes. Amanhã espero o teu encontro com o Coronel Alvim , que eu
também conheci, porque em vez de ir para a prisão fiquei sozinha (ou
talvez com alguém mais que não vi) presa no meu apartamento, com a
porta arrombada no Crusp. Falei muito com o Coronel Alvim tentando
convencê-lo a me deixar sair porque eu tinha que tomar um exame dos
meus alunos nesse dia. Todos meus argumentos foram em vão.
Bem, continue, espero o próximo ca´pítulo. E se souber de outras coisas,
me conte também que vc sabe explicar tudo muito direitinho.
Beijos
Soninha
obs. Já coloquei no lugar que deve estar
Sirlene
"Mas também tivemos de avaliar a qualidade gráfica das imagens, pois elas
serão ampliadas em mais de um metro", completou. A exposição irá
simular um canteiro de obras, com o uso de tapumes, por exemplo.
Após sua morte, a família doou as fotos à USP, por volta do ano 2000. "O
material ficou rodando por anos dentro da universidade. Ninguém dava
bola, até que recebi as caixas da direção da Poli e vi que era um material
muito interessante", disse a pesquisadora Vera Nakata.
De acordo com Nakata, o autor das imagens ainda não foi identificado.
A universidade pretende lançar até abril deste ano um livro com fotos da
exposição.
- Sirlene:
Como seria bom conseguir essas fotos. O Alvaro me mandou o plano da
Cidade Universitária. Tentei reduzi-lo ao tamanho do livro e neste plano
indicar onde ficava nosso Crusp.
Entretanto, com a imagem reduzida as coisas ficam tão diminutas , que até
eu , que achava que conhecia bem o espaço tive dificuldades de encontrar o
Crusp. Também tentei modificá-lo em , cortando a imagem, aumentando os
títulos e não ficou bom. `Precisaria de alguém mais entendido nisso. Mas
essas fotos que beleza para complementar nosso livro.
Beijos Soninha
- Sonia,
que bom que você deu um retorno!!
Penso que são possíveis dois caminhos: ir até a exposição ver se tem um
catálogo que possa ser útil; procurar pela pesquisadora que encontrou as
fotos esquecidas e as utilizou na exposição.
Posso me comprometer em fazer essa busca.
Quanto ao mapa acho que os do google earth são ótimos, tanto o via satélite
como o urbano, já tentou ver se é o que gostaria/espera?
beijos, Sirlene
- Queridos,
Hoje em minha caminhada pela Cidade Universitária resolvi tirar
umas fotos do CRUSP. É sempre muito emocionante andar por ali. É
como se olhássemos aquelas paisagens vendo toda a alegria e agitação e
sons daqueles nossos tempos.
Está tudo muito mudado. Isso não seria nada de se espantar se as
mudanças tivessem sido feitas com respeito e bom gosto, mas foi uma
violência cultural e arquitetônica. Os prédios tiveram seus vazios
térreos horrivelmente fechados e encaixotados. Praticamente não há
mais espaços livres entre os prédios, tudo ocupado por alguma
construção que não tem nada a ver com a arquitetura do CRUSP. Os
prédios estão interna e externamente muito mal cuidados. Nosso
saudoso Centro de Vivência, quanta história não há ali, agora é um
enorme restaurante.
Passa-me pela cabeça que essa desfiguração toda não foi originada
simplesmente em alguma estupidez técnica, algo programado deve ter
existido para, como disse o deputado Adriano Diogo, salgar aquela
memória.
Para a mensagem não ficar muito pesada estou lhes enviando as fotos
tiradas em tamanho reduzido. Caso haja necessidade tenho-as em
melhor resolução.
Beijos, Álvaro
- Oi Arvo
Fiquei muito triste com suas fotos.
Eu nunca mais coloquei os pés no CRUSP. Fui algumas vezes no bloco G
quando era alguma coisa da Reitoria, fui uma ves no MAE que ocupava o
Bloco B onde morei, mas tudo estava tão descaracterizado que não dava
nem saudades.
Hoje minha mulher (Circe) tem vários estudantes de pós graduação que
moram no CRUSP. Eles ficam extraordinariamente surpresos quando digo
que morei no CRUSP.
A Sonia Penin tem razão quando diz que fomos morar em CRUSP novinho
e que grande parte que foi morar lá o foi para substituir as indefctíveis
pensões. Na época eu tinha eu tinha dois tios que moravam em SP ( fiz o
cursinho morando na casa de um deles) e poderia ter morado todo o tempo
da universidade na casa deles. Mas eu queria liberdade e não pensei duas
vezes quando soube da moradia do CRUSP. Fiz a entrevista e fui parar no
B602 ( eles enchiam os blocos de baixo cima) por que era do interior e
minha familia era de classe média (baixa) e teriamos serias dificuldades de
pagar uma pensão em SP.
Hoje vejo que os estudantes que moram no CRUSP não tem outra
alternativa por falta de condições economicas. Morar no CRUSP ,na época
custava um salario minimo, 10% para pagar o apartamento e 90% para
pagar a comida. Sei disso muito bem pois fui BT (bolsa trabalho) na
lanchonete e não precisava pagar nada. Meu turno era o o de quinta das 18
as 24 horas. Um mau dia pois era justamente quando tinhamos alguma
coisa ocorrendo no centro de vivencia, show , palestra ,filme.Eu não
assistia nada e nos intervalos apareciam dezenas de pessoas, fazendo seus
pedidos e eu tinha que dar um tiquete sem nenhuma máquina de calcular,
apenas o cérebro. Uma coca, um bauru e dos cafés, $7,80 e assim por
diante. A lanchonete é uma boa coisa para relembrar, pois ela era
administrada pela AURK. Lembra do Pacote?
- Bem lembrado, Diomar, o Pacote era um símbolo cruspiano. Não o vi
no encontro, perguntei por ele e ninguém soube me dar notícia.
Conheci-o bem, já antes do CRUSP, ambos éramos do Partidão e
frequentávamos a União Cultural Brasil-URSS. Grande amigo, sempre
muito organizado, talvez tenha sido essa sua característica de
seriedade, dedicação e organização que o tenha levado às
responsabilidades que assumiu no CRUSP.
Então, Diomar, eu também fui para o CRUSP a partir de uma
república de estudantes, a famosa Paróquia, que funcionava no porão
do Cursinho do Grêmio na rua Albuquerque Lins. Lembro que fiz a
entrevista no ISSU e fui logo chamado, certamente pela minha
condição de interiorano e mais duro que peroba.
Aliás, a Sônia Penin disse na cerimônia lá da Assembléia que o ISSU
não selecionava os moradores pela sua condição financeira e que lá
havia muita gente rica. Não é bem verdade, sim havia entre nós alguns
estudantes considerados "ricos" (a quem nunca houve discriminação
por nossa parte). mas eram bem poucos, a grande maioria provinha de
famílias de classe média média a baixa. A dureza era uma
característica comum nossa e muitos de nós trabalhavam duro para
levar a Universidade. Eu me sustentava com aulas particulares e como
secretário do Cursinho do Grêmio, sub-sede da Martim Francisco. O
Pacote era bancário, por sinal.
Álvaro
PS:
1o. Ernesto: seus textos são irônicos, mas você é uma pessoa doce,
apaixonada, encantadora (nada a ver com o repertório de emails)
2o. Rute: você tem uma aparência tão formal, séria que não condiz com
a essência que carrega na alma: paixão, non sense, descompromissos....
VIVA A VIDA que temos que cumprir com nossos comprometimentos que
assinamos hoje: VIVER INTENSAMENTE NOSSAS PAIXÕES E
SONHOS.
Assinado:
ERNESTO ROSA
RUTE BEVILACQUA
MALU DE ALENCAR
Condordam?????
Abração, Malu de Alencar
- Olá Amigos,
em especial para Soninha Castanheira e Alvaro Santos,
Estava revendo meu arquivo de pesquisas para o Windhuk a 13a. viagem
(documentário sobre as prisões na 2a. guerra mundial) e acho que é
importante o seguinte:
01. para que o trabalho seja mais correto, temos que dar uma
introdução de onde viemos, ou seja, nossa origem. Por quê?
03. Acho que é bom se fazer uma sinópse das origens - pra enriquecer o
livro de memórias: as famílias (histórias de avós, pais...), as
cidades (provincianas) o que se fazia no interior ou nos gdes centros,
o que cada um esperava encontrar em Sao Paulo e na USP (afinal o CRUSP
é USP).
Não sou dona da verdade, mas foi por aí que consegui delinear a
história de cada prisioneiro alemão do Windhuk e me deu um panorama
muito interssante da história que aconteceu no Brasil.
- Álvaro,
quase que a gente se encontra: na quarta-feira, fui à Farmácia Universitária
(não adiantou: está fechada para obras, como você deve ter visto) e,
passando pelos prédios do Crusp, planejei voltar lá, até o fim da semana,
para tirar umas fotos, mas acabei não indo. Como a gente tem falado tanto
de CRUSP68, estava com a antiga imagem na cabeça, acho, e aí a realidade
atual ficou mais chocante. E o que mais me impressionou está plenamente
descrito por você. Acrescentaria a banalização da "cara" dos prédios, com a
substituição das paredes de placas de fórmica dupla-face e das de cimento-
amianto (ou outro material parecido, das laterais) e o fechamento da área
dos pilotis. Só não concordo inteiramente com a parte que até parece
de "teoria conspiratória", talvez por ter acompanhado voluntária e
involuntariamente boa parte do processo: sou mais pela incompetência,
ignorância e falta de responsabilidade de sucessivos responsáveis (!)
administrativos, sem esquecer a falta de respeito pela memória e pela
história da Universidade e do país (se as mudanças tivessem sido feitas
ainda no tempo em que o Estadão, por exemplo, tirava estranhas
conclusões a partir do que lá se fazia, ou diziam que se fazia, não teria
muitas dúvidas sobre a tal intencionalidade malévola). O populismo
também jogou um papel, aproveitando a ignorância dos estudantes e até de
professores (quanto a uma história menos ideologizada do movimento
estudantil, já não digo nacional, mas pelo menos em São Paulo), quando do
atendimento de muitas reinvindicações, sem a mínima discussão do
significado das mesmas no contexto da Universidade. Contudo, gostaria de
ter uma idéia mais precisa e objetiva de o quanto os fatos e principalmente
a "mitologia" do período 63-68 influenciaram as medidas de administração
e o comportamento dos moradores, de 1978 (se não me engano) em diante.
Aproveito a resposta para encaminhar algumas imagens Google Earth,
complementando o mapa que você encaminhou. Vou ver se na semana que
vem consigo uma imagem daquele levantamento aerofotogramétrico de
1962. Está em escala de 1:25000 (pura esnobação técnica...), mas deve
permitir uma boa visualização.
Abraço. Ana Maria
- Sirlene:
Já vi os do Google Earth. Realmente são muito bons e infinitamente
melhores que esse plano. Só acho que esse material do Google é atual e o
que Álvaro me mandou é um plano global anterior, com certas referências.
Não sei. Acho melhor usar os do Google Earth mesmo.
Eu não poderei ir a exposição. Vê se vc consegue este material.
Seria ótimo.
Beijos
Sonia
- CRUSPIANOS (63-68) -
A Sirlene me fez compreender que foi desrespeitoso o tratamento de
Ativos/Passivos quando me referia a quem escrevia e a quem não
escrevia no grupo. Peço que me desculpem e prometo não voltar mais a
esse tratamento.
Se voce não concorda ou quer dar outras sugestões para este tipo de
procedimento que estou adotando, por favor escreva tambem com cópia
para clubcrusp@gmail.com
Obrigada, Rute