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1º Horário
Teoria dos Direitos Fundamentais.
2º Horário
Continuação: Teoria dos Direitos Fundamentais e Considerações Finais.
Habeas Corpus.
1º HORÁRIO
1- CLASSIFICACAO
2- DIMENSAO
3- FUNCOES
4- DESTINATARIOS
5- DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS NO CONFLITO ENTRE ABSOLUTIZACAO E
RELATIVIZACAO
6- HERARQUIA ENTRE DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS
7- LIMITES E RESTRICOES DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS
8- EFICACIA HORIZONTAL
9- CONSIDERACOES FINAIS.
1- CLASSIFICAÇÃO.
OBS: crítica a essa classificação – ela aloca os direitos fundamentais no titulo II, porém, esquece
de salientar que existem outros direitos fundamentais no decorrer da constituição. Portanto essa
classificação é insuficiente, não leva em conta o todo constitucional e sua complexidade.
- Em gerações, dimensões:
1ª geração: direitos individuais. típica do fim do sec XVIII. (igualdade, liberdade e propriedade).
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Resumo pendente de revisão.
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4ª geração: de uma globalização política ante a globalização
econômica. sec. XX.
(humanos internacionais, a uma democracia adequada a pluralismo).
Essa classificação percorre toda a CF, não se resume apenas a alguns artigos.
Essa classificação já é aceita e aplicada pelo STF. (alguns ministros a utilizaram em seus votos
Celso de Mello e Ricardo Lewandowsky).
OBS: Critica à classificação - a idéia de geração traz consigo o afastamento da geração anterior.
Contudo, o que ocorre na realidade é que as gerações se cumulam. (os direitos da 2ª geração não
afastam os da 1ª geração)
O que alguns autores dizem que devemos substituir o termo “geração” por “dimensão” (que dá a
idéia de acúmulo).
Os direitos, mais do que acumulados, são relidos à luz das novas gerações (dimensão histórica
dos direitos fundamentais.)
2- DIMENSÃO
- subjetiva: é aquela na qual se trabalha com a figura do sujeito, que terá a faculdade de impor
ações ou omissões por parte dos poderes públicos.
Os valores constitucionais serão positivados em direitos e garantias fundamentais. Com isso eles
passam a ditar a linha de atuação dos poderes públicos, eles se tornam fatores de vinculação do
poder publico de forma objetiva, já que traduzem os valores daquela sociedade.
- Direito de defesa: são direitos fundamentais do individuo de exigir, dos poderes públicos,
omissões, atuações negativas, ou seja, não ingerência na sua autonomia privada.
- Direito de prestação: são direitos do individuo de impor ações atuações positivas por parte dos
poderes públicos, objetivando a redução das desigualdades materiais. Dividem-se em:
Prestações materiais: visam reduzir desigualdades sociais (art. 6, 205, 196 da CF)
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Essa atuação fica na dependência de condições
econômicas e financeiras por parte do Estado, pois não teremos a viabilização de todos os direitos
sociais. É o que se chama de reserva do possível, ou seja, garantir o mínimo existencial. Isso não
se resume apenas a alimentação.
A reserva do possível não pode ser justificativa para o Estado deixar de realizar o mínimo.
4- DESTINATARIOS.
O STF reconhece que estrangeiros não residentes, pessoas jurídicas e as coletividades também
são destinatários, mas obviamente, não de todos.
- Vinculatividade:
Poder Executivo: pode deixar de aplicar nora por entender que ela e inconstitucional
Sociedade como um todo: vinculada a luz dos direitos fundamentais, ao respeito às relações
privadas
Não podemos utilizá-los para ferir outros direitos e garantias tão fundamentais quanto aqueles nos
quais estamos nos escudando. O limite de um direito e garantia é outro direito e garantia
fundamental.
Contudo o STF entende que existe um direito e garantia fundamental absoluto: A dignidade da
pessoa humana. A corte entende que ela é núcleo, norma síntese com eficácia irradiante para
todos os demais direitos e garantias.
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6- HIERARQUIA
Para a corrente majoritária não existe hierarquia. Os conflitos devem ser resolvidos pela lógica da
concordância prática ou harmonização, com base em uma ponderação de interesses, e sempre à
luz de um caso concreto.
Contudo o STF vem entendo em alguns de seus julgados que a dignidade da pessoa humana
esta acima dos demais direitos e garantias fundamentais.
2º HORÁRIO
7- LIMITES
NÃO - corrente clássica ou tradicional (Jose Afonso). É minoritária, diz que só a própria
constituição pode fazê-lo.
SIM – corrente majoritária. Desde que a limitação venha para desenvolver (sofisticar) o direito e
garantia fundamental, pois a limitação não pode ser tal que ao invés de desenvolver, acabe por
prejudicar os direitos e garantias fundamentais.
Como saber se a limitação desenvolve ou prejudica? Ela deve ser dotada de proporcionalidade ou
razoabilidade. O poder judiciário analisara se houve excesso ou não.
Teoria dos Limites dos Limites: limites dos limites aos direitos e garantias fundamentais. Possui 4
requisitos.
- qualquer limitação a direito e garantia fundamental só será válida se respeitar o núcleo essencial,
o mínimo essencial dos direitos e garantias fundamentais. Para alguns esse limite é pré
estabelecido. Para outros o limite é construído no contexto (contextualizado)
- deve ser dotada, o quanto possível, de generalidade, abstração. Deve ser evitada a limitação
casuística.
8- EFICACIA HORIZONTAL.
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ORIGEM HISTORICA.
Caso Luth (Alemanha década de 50) – a Constituição foi utilizada para resolver conflito entre
particulares.
ESPÉCIES
- Teoria a eficácia mediata (indireta) Os direitos devem ser aplicados nas relações individuais de
forma indireta, ou seja, os direitos só seriam aplicados mediante a intermediação do legislador
infraconstitucional. O juiz deveria aplicá-los nas relações privadas, usando a legislação
infraconstitucional para tal.
- Teoria da eficácia imediata (direta) Os direitos fundamentais nas relações privadas não
necessitam de intermediação do legislador infraconstitucional. Podem ser aplicados diretamente
nas relações privadas.
O STF entendeu em dois julgados de 1996 e em um de 2001 entende que os direitos devem ser
adotados nas relações entre particulares (horizontal). A eficácia não ficou especificada, mas a
tendência é da eficácia imediata (direta). Contudo, a Corte não se posicionou.
DIMENSAO OBJETIVA
Irá fundamentar a eficácia horizontal dos direitos fundamentais nas relações privadas, pois a partir
do momento que temos os direitos fundamentais, como norte para interpretação e aplicação de
todo o ordenamento jurídico e de todos os demais direitos, e a partir do momento que os direitos
fundamentais ganham eficácia irradiante, eles não são mais uma imposição do indivíduo frente ao
Estado. Eles passam a ser trabalhados como uma relação indivíduo – indivíduo.
Não são vistos apenas como direitos do individuo frente ao Estado para que ele atue de forma
omissa ou negativa. O Estado tem o dever de não usurpar o indivíduo e também de atuar de
forma positiva cumprindo prestações materiais. O Estado deve ainda atuar de forma a impedir que
um indivíduo usurpe outro.
Direitos fundamentais devem ser aplicados apenas nas relações individuo - Estado. As relações
indivíduo - individuo ficam a cargo do direito privado. Essa teoria vem sendo relativizada, pois a
suprema corte americana, a partir a década de 40, vai começar a entender que em relações
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privadas que sejam equiparadas a relações públicas ou de
natureza publica, os direitos fundamentais previstos na
Constituição poderão ser aplicados.
9- CONSIDERACOES FINAIS.
Garantias: disposições assecuratórias. Objetivam permitir a fruição dos direitos expressos a CF.
Ex: art. 15, XV (direito). Art. 5 CLVIII que trata do Habeas Corpus (garantia)
Critica a essa distinção: devido à complexidade dos ordenamentos atuais, direitos e garantias são
dotados de ambivalência. Assim, o HC e direito e garantia ao mesmo tempo.
Conceito Constitucional: Ação Constitucional de natureza penal que visa evitar ou reparar
violência ou coação à liberdade de locomoção em virtude de ilegalidade ou abuso de poder
praticado por autoridade publica
O juiz, no HC, não está vinculado nem ao pedido nem à causa de pedir.
Com base no art. 580 do CPP, concedido o HC em relação a um réu, não havendo situações
dotadas de especificidade, o mesmo poderá ser estendido aos co-réus.
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O MP pode impetrar HC, mas não pode incorrer em desvio
de finalidade. O MP não pode impetrar HC para prejudicar o réu.
Legitimidade Passiva: Autoridade publica. Pessoa jurídica de direito privado pode ser legitimada
passiva APENAS no que toca a ilegalidade.
Delegado – juiz
Juiz – tribunal.
TJ – STJ
Juiz de juizado especial – aqui há divergência. Alguns acham que é a turma recursal, outros
acham que é o TJ.
Turma Recursal de juizado especial – sum. 690 do STF foi cancelada. O entendimento atual é de
que compete ao TJ.
M.P. Estadual – TJ
STJ - STF
Cuidado com o art. 142; §2º. Não cabe HC quanto a punições disciplinares militares (quanto ao
mérito, mas cabe quanto aos requisitos formais).