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Quem somos?

A FIAR é uma comunidade aberta de voluntários das prisões, cuja visão se


fundamenta na reconciliação e restauração de todos os envolvidos e afectados pelo
crime, desse modo anunciando e manifestando o poder redentor e o amor transformador
de Jesus Cristo para com todos.
Em termos jurídicos, a “Fraternidade das Instituições de Apoio a Reclusos –
FIAR” é uma instituição particular de solidariedade social, reconhecida como pessoa
colectiva de utilidade pública.
A sua missão é levar “o testemunho cristão junto dos reclusos, ex-reclusos e
respectivas famílias, prestando-lhes assistência espiritual, moral, material, social, cultural
e de inserção na comunidade, como meio de contribuir para a sua promoção pessoal e
social, visando a sua dignidade” (artigo 2º dos Estatutos).
A FIAR pretende ser a instância de convergência do Movimento de Voluntariado das
Prisões (M.V.P.) à escala nacional e seu porta-voz junto das entidades oficiais
competentes e outras instituições da sociedade civil, em prol da defesa e valorização da
Pessoa do recluso, quer em ambiente prisional, quer em fase de plena e digna reinserção
social.
A FIAR respeita, como é óbvio, a justa autonomia e características específicas de
cada grupo integrante do M.V.P., mas tem em mira estimular o espírito fraterno entre
todos, bem como o trabalho inter-grupos e dos grupos com ela própria. A união faz a
força.
Assim, a FIAR, dentro das suas possibilidades, procura:
a) apoiar os reclusos através de visitas e acompanhamento. Os voluntários
visitadores vão para partilhar, ouvir e aprender, tendo em mente que “há mais
alegria em dar do que em receber”. Os visitadores podem criar grupos (informais)
de reflexão com os reclusos acerca dos valores da vida, favorecendo espaços de
partilha e de diálogo;
b) apoiar as famílias dos reclusos, colaborando na aproximação do recluso e seu
agregado familiar e na resolução de eventuais problemas que impeçam ou
dificultem o respectivo relacionamento;
c) contribuir para a integração social e comunitária do recluso, sensibilizando a
sociedade para a necessidade de o tempo de reclusão não ser apenas encarado à
luz de uma justiça punitiva, mas devendo antes abrir-se à concepção mais elevada
de justiça restaurativa, que visa a recuperação humana integral da Pessoa do

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delinquente, quer durante quer após o cumprimento da pena ou medida de
detenção;
d) desenvolver projectos e acções em áreas de investigação e de formação, que
valorizem os voluntários e concorram directa ou indirectamente para a reabilitação
dos reclusos.

Como e porque nasceu?

Em Outubro de 1999, um grupo de voluntários visitadores das prisões de Caxias,


EPL, Linhó e Tires, juntamente com alguns elementos das associações “O Companheiro”
de Lisboa e a “União” do Porto, sob liderança espiritual do Padre Dâmaso, primeiro
capelão Coordenador-Geral dos capelães prisionais, fundaram a FIAR, que na altura
adoptou o nome de Confraternidade Carcerária Cristã.
Tal aconteceu no seguimento de contactos que se mantinham desde a década de 80
por alguns desses voluntários e pelo Padre Dâmaso com a Prison Fellowship
International – Fraternidade Internacional das Prisões – que, na tradução espanhola, é
identificada como Confraternidad Carcelaria Cristiana. A adopção daquela expressão
estava em consonância com a nomenclatura utilizada não só nos países de língua
espanhola, como também na Itália e no próprio Brasil.
Procedemos, porém, à sua substituição pela sigla FIAR que nos recorda e aponta
para a palavra confiança – valor essencial a respeitar e salvaguardar em toda e qualquer
relação inter-pessoas, mas com particular importância em meio prisional quando se
pretende actuar segundo os princípios bíblicos de uma justiça que restaura as relações e
gera a paz, representados no perdão, na reconciliação e na reparação.

Associados

A FIAR tem neste momento 70 associados prevendo alcançar a centena até final de
2007. Os associados são constituídos por voluntários individuais e por grupos,
distribuídos por todo o País.

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Relações com a PFI (Prison Fellowship International)

A FIAR é membro da PFI, a qual congrega um movimento internacional de


voluntariado cristão com mais de 100.000 membros. Além de participar regularmente nas
reuniões dos órgãos da PFI (Conselho Internacional Caucus Europeu), a Fiar também faz
parte do RST ( Regional Service Team) para a Europa tem sido possível enviar
participantes a acções de formação em matéria de liderança e outros temas relevantes.
Mas talvez os programas de maior impacto que a PFI tem promovido sejam aqueles
que se relacionam com a justiça restaurativa – pedra de toque do espírito que a PFI
procura viver e difundir e dos programas que tem preparado para aplicação prática.
Quanto aos programas: a) criação de prisões baseadas na fé; b) projecto Árvore
Sicômoro (um projecto de justiça restaurativa), irão participar num curso no próximo mês
de Julho 3 elementos da FIAR.

Resta dizer que a PFI foi fundada por um ex-assessor do Presidente Nixon, o
advogado Charles (Chuck) Colson que na sequência do caso Watergate, acabou por ter
de cumprir uma pena de prisão, a qual foi uma fantástica experiência que conta no seu
livro “Born Again”, não hesitou em lançar o seu projecto em prol da vida e dignidade
humana dos presos, e que é hoje esta grande obra de evangelização, de amor e justiça
por todo o mundo: a Prison Fellowship International.

Notícias
• Participámos no Fórum Europeu sobre justiça restaurativa.
• Encontro Regional da zona Norte a realizar no Porto nos dia 15 de Junho.
• Participação na Convocação, em Toronto, com o tema “Onde o Amor e a Justiça se
encontram” de 3 a 8 de Julho.
• Participação no Curso sobre justiça restaurativa que se realiza no Canadá na
semana de 8 a 15 de Julho.

Precisa-se
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• Pensos higiénicos
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• Professora de dança e ginástica

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