As Vidas Passadas de Patrul

Na linhagem da pratica, onde teoria menos importante do que a prtica espiritual de fato, diligencia mais importante do que intelecto, e meditao mais enfatizada do que o mero aprendizado. Patrul Rinpoche estava entre os maiores eruditos entre os sbios iluminados, porm foram seu rude estilo de vida, franqueza, simplicidade, humor e calor humano que levaram-no atravs de sucessivas geraes.

erta vez Patrul meditava na Caverna de Yamantaka mais

baixa, prxima ao Mosteiro Dzogchen. Na caverna superior residia um praticante simplrio de Gyalmo Rong; quase analfabeto, ele tambm praticava a meditao solitria.

m dia, Patrul provocou-o brincando. "Se praticamos em um

lugar como este, longe das distraes, a ateno intrnseca torna-se naturalmente clara. Ento fcil perceber deidades, relembrar vidas passadas, etc.... Tens estas experincias?" "Nunca!" respondeu o solitrio inocente. "E tu, as tm?" "Pra dizer a verdade," contemplou Patrul, "Eu ocasionalmente lembro-me de centenas de minhas vidas passadas." "Fale-me sobre suas existncias," implorou o eremita. "Certamente isso beneficiar minha prtica de meditao." "Em uma vida fui uma prostituta na ndia, na vila onde o grande sbio negro Krishnacarya vivia," disse Patrul. "Movida por f, ofereci-lhe um bracelete de ouro puro. Depois disso nunca mais nasci um caipira mas tenho tido a boa-sorte de me tornar sempre um pandita [doutor em Budismo]." "Infelizmente no tenho nenhum ouro para te oferecer," disse o recluso, que podia no ser to bobinho quanto parecia. "De qualquer forma, aspiro somente a iluminao, no erudio." "E eu no sou um mestre como Krishnacarya!" gargalhou Patrul. "Que droga!"