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Do vinho e do sangue.

''Regressando pois ao vinho, deve no bom vinho prevalecer um travo remanescente a sangue, no degustar. Deve todavia o sangue ser azul e fluido e o vinho rubro e espesso. Na pele onde o vinho se agarra, deve o sangue fluir. Quando o vinho coagula e o sangue flui, bem vai a sade e estimulantes os auspcios. O vinho deve ser servido com carne. O sangue com os ossos. Quanto ao resto, se bom sangue te corre nas veias, bom vinho te escorrega pela garganta. Onde o sangue instrui, o vinho educa.'' Traduo livre e em sntese de Arnaldo Vilanova. Conotado com Raimundo Lulo. E confrontado com o Livro III da ''Fabrica'' de Vesalio. E um raio que vos parta!

''E regressando pois ao sangue, deve o sangue apresentar-se, na textura e paladar, em tudo semelhante ao vinho. Deve poder esgueirar-se mesmo pelos poros mais nfimos, para que possa exsudar. Podendo ser mais azul, quase a tender para a cor da turquesa, deve manter uma tendncia consistente e trnsfuga para o rubro, ou para o rubi. Mas deve aludir ao cu, a tudo o que possa ser etreo e etlico. Deve permanecer bem fechado e vedado, at consumo. Mas, sobretudo, deve fumegar quando vazado numa malga. E incorporar bem o po que nele se migue. No deve ser txico.'' Traduo livre e sinttica de tratado annimo, vulgo intitulado a ''Eucaristia alqumica''. Alude a ele brevemente Atansio Kircher, ''Diatribe de prodigiosis crucibus''. Outro raio que vos conserte.

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