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INTERNACIONALIZAÇÃO DE INFRA-ESTRUTURA
DE TI
Régis Paravisi
ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS
HABILITAÇÃO EM ANÁLISE DE SISTEMAS
INTERNACIONALIZAÇÃO DE INFRA-ESTRUTURA
DE TI
Trabalho de Conclusão de
Curso apresentada na FSG –
Faculdade da Serra Gaúcha,
como parte da exigência do
Curso de Administração com
Habilitação em Análise de
Sistemas, para obtenção da
graduação.
Régis Paravisi
______________________________
(....., Dr. /Ms. /Esp.)
______________________________
(....., Dr. /Ms. /Esp.)
______________________________
(....., Dr. /Ms. /Esp.)
Conceito Final:
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE GRÁFICOS
LISTA DE TABELAS
RESUMO
ABSTRACT
In this article, will be boarded the IT management aspects, the way trod until
and the market tendencies. It’s present the actual IT situation on Marcopolo S.A. as
changes suggestions adopted by the market. It’s presents solutions that can
represent great reduction of costs, processes improvements and better trust
relationship between company and IT. For also dealing with the management IT
aspects, the article covers good practices applied, such as ITIL and Cobit in order to
support the management of the changes that is if considering.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.............................................................................................................. 16
2 APRESENTAÇÃO DA EMPRESA............................................................................... 18
2.1 A EMPRESA E SUA HISTÓRIA............................................................................. 18
2.1.1 ESTRUTURA HIERÁRQUICA......................................................................... 20
2.1.2 HISTÓRICO DE PRODUTOS E SERVIÇOS..................................................... 22
2.1.3 PRODUTOS MARCOPOLO............................................................................... 22
2.1.4 LINHA RODOVIÁRIO........................................................................................ 22
2.1.5 LINHA URBANO............................................................................................. 23
2.1.6 LINHA MICRO.................................................................................................... 24
2.1.7 LINHA MINIÔNIBUS.................................................................................. 25
2.1.8 FÁBRICAS..................................................................................... 26
2.2 AVALIAÇÃO DAS ÁREAS DIAGNOSTICADAS................................................ 28
2.2.1 MARKETING...................................................................................... 28
2.2.1.1 Produtos e Segmentos de Atuação................................................................... 28
2.2.1.2 Marketing e Planejamento Estratégico............................................................ 28
2.2.1.3 Estrutura........................................................................................................... 29
2.2.1.4 Missão, Visão e Princípios.............................................................................. 30
2.2.1.5 Planejamento Estratégico e Objetivos............................................................. 30
2.2.1.6 Análise de Ameaças......................................................................................... 31
2.2.1.7 Planos de Ação ............................................................................................... 32
2.2.1.8 Ferramentas e Indicadores............................................................................... 32
2.2.1.9 Sistemas de Gestão da Qualidade ................................................................... 32
2.2.1.10 indicadores de Desempenho.......................................................................... 35
2.2.1.11 Oportunidades de Negócio............................................................................ 35
2.2.1.12 Tendências e Proporção de Novos Clientes................................................. 36
2.2.1.13 Relacionamento com clientes ...................................................................... 36
2.2.1.14 Segmentação e Concorrência ....................................................................... 36
2.2.1.15 Canais de Distribuição ................................................................................. 37
2.2.1.16 Relacionamento com Representantes ........................................................... 37
2.2.1.17 Metas de Vendas ........................................................................................... 39
2.2.1.18 Participação em Feiras e Eventos ................................................................. 39
2.2.1.19 Política de Preços .......................................................................................... 39
2.2.1.20 Comunicação Externa ................................................................................... 40
2.2.1.21 Novos Produtos............................................................................................. 40
14
INTRODUÇÃO
necessário que esta tecnologia seja gerenciada de forma eficaz para que ela nos
ofereça mais benefícios do que dores de cabeça. Por trás de cada facilidade que
temos nos dias de hoje oferecida pela tecnologia e consequentemente pelos
computadores, temos também todo um trabalho de gerenciamento de uma infra-
estrutura necessária para suportar estas facilidades oferecidas. Nada mais cômodo
do que estar em qualquer lugar e tomar em mãos o telefone celular para falar com
alguma pessoa que se precisa contactar. Da mesma forma, nada mais incomodo do
que precisar falar com alguém, tomar em mãos o telefone celular e descobrir que ele
está fora da área de cobertura ou os sistemas da operadora de telefonia celular
estão fora de serviço.
Manter a infra-estrutura funcionando não é a tarefa mais complexa do
mundo, mas manter uma infra-estrutura funcionando com baixo custo operacional e
com alta geração de valor agregado é uma tarefa bastante árdua. Neste trabalho
aborda-se exatamente esta questão de resposta complicada, o gerenciamento de
uma infra-estrutura de hardware altamente requisitada capaz de gerar valor para a
companhia, mas que quando inoperante, pode gerar altos custos decorrentes de sua
não operacionalidade.
Desta forma, o trabalho foi dividido em partes para um melhor
entendimento do tema abordado, sendo que na primeira parte estão apresentados
os diagnósticos referentes às áreas de marketing, recursos humanos, produção,
financeiro e sistemas de informação, logo em seguida se apresentada uma
abordagem bibliográfica tratando da questão de gerenciamento de TI, suas
dificuldades, expectativas e problemas enfrentados e em seguida é demonstrada a
aplicação dos temas discutidos até então tendo por base a infra-estrutura mundial de
hardware das empresas do grupo Marcopolo S.A..
Para finalizar, é feita uma conclusão sobre tendências, dificuldades e
oportunidades descobertas com o decorrer do desenvolvimento deste trabalho.
18
feita de forma totalmente artesanal. Para se ter uma idéia, as carrocerias fabricadas
eram de madeira e os chassis utilizados eram chassis de caminhões que depois
seriam cortados e adaptados ao tamanho necessário para o encarroçamento.
Na metade da década de 50 surgem os primeiros chassis
especialmente fabricados para serem encarroçados com carrocerias de ônibus.
Eram os B75 da Scania-Vabis.
Com os avanços dos processos tecnológicos e matérias-primas, a
Marcopolo consegue alavancar sua produção anual para 240 unidades em 1960.
Vislumbrando crescimento e novos mercados a empresa inicia suas exportações no
ano de 1961 assinando o seu primeiro contrato com a Compañia Omnibus Pando,
do Uruguai. Em 1964 a empresa inaugura uma filial em Curitiba.
Agora com um produto mais maduro e com melhores técnicas de
produção a Marcopolo desenvolve um novo modelo que era produzido com as
melhores técnicas disponíveis para a época e um arrojado design, o ônibus
Marcopolo. Este novo modelo foi apresentado para o mundo no VI salão do
automóvel, em São Paulo.
Com o sucesso do novo ônibus Marcopolo, a empresa resolve adotar o
mesmo nome.
Em 1971 a Marcopolo muda novamente sua denominação social,
agora ela passa a se chamar Marcopolo S.A. Carrocerias e Ônibus. Neste mesmo
ano inicia-se o processo de exportação de unidades desmontadas denominado com
CKD.
Pensando em alavancar os negócios, a Marcopolo coloca suas ações
para serem negociadas na Bovespa no ano de 1978.
Na data do seu 30º aniversário a empresa implanta uma nova unidade
em MG com 12 mil metros quadrados e lança um mito da época, o ônibus elétrico.
Em 1979, Caxias do Sul acompanhou o início da construção da nova
fábrica da Marcopolo, no bairro de Ana Rech. Em uma área de 223.832m², foram
construídos inicialmente 30.000 m². A transferência para as novas instalações
projetava a implantação de modernos sistemas de fabricação. Nessa unidade ficaria
a linha de montagem dos ônibus rodoviários, com alta capacidade de produção,
sendo que, na fábrica do bairro Planalto, permaneceu com todos os setores ligados
à produção de ônibus urbanos e peças.
20
Tabela 1
Divisão acionária da empresa Marcopolo S.A.
Paulo Pedro Bellini – Presidente 24,64
%
Outros 17,66
%
Fundo Banco Central Previdência Privada 15,20
%
Fundo Bradesco 11,45%
José Antônio Fernandes Martins – Vice Presidente 10,98
%
Raul Tessari – Conselho 10,40
%
Valter Antônio Gomes Pinto – Diretor Corporativo 9,67%
Fonte: Relatório anual (2005).
Diretoria Corporativa e
Executiva
Gerência
Coordenação e Supervisão
Paradiso 1800 DD
Figura 2: Linha de produtos Rodoviários.
Fonte: Arquivos Comercial Marcopolo.
Citimax Boxer
Viale Viale Articulado
Minimax Sênior dv
Listo
Figura: 4 Linha de produtos Urbano
Fonte: Arquivos Comercial Marcopolo.
Vicino Fratelo
Volare
2.1.8 Fábricas
MVC Duque de Caxias (RJ) MVC São José dos Pinhais (PR)
Poloplast (México)
2.2.1 Marketing
2.2.1.3 Estrutura
I
N INSTITUCI
T ONAL NEGÓCI NEGÓCI OUTROS
E
R
E O O LCV NEGÓCIO
F CORPORAT ÔNIBUS ÔNIBUS S
A IVO MI ME
C
FERRAMENTAS E
Publicidade
Relações
Publicas
Progr.
Visitas
CRM &
Pesquisa
MKT
Intelligence
Marketing
Digital
Tabela 2
Indicadores BSC
Indicador Peso
Crescimento 15
Inovação e Aprendizado 15
Competitividade 25
Satisfação dos Stackholders 10
Desempenho Financeiro 15
Fonte: Arquivos Marcopolo.
Diretor de RH
Central do Sistema
Multifuncionais e Facilitadores
2.2.1.22 Marcas
2.2.1.23 Publicidade
2.2.1.24 Pós-Vendas
42
Diretor Geral
Diretor de RH
Assessoria em RH
Coordenador de RH
Setor de Treinamento
Setor de Benefícios
Setor de Comunicação
Tabela 3
Quadro de Resultados do Programa Efimar
2.2.2.6 Benefícios
2.2.2.7 Salários
2.2.3 Produção
7.000
6.000
5.000 Rodoviários
Urbanos
4.000
Micros
3.000
Minis
2.000 Volare/Furgões
1.000
0
2003 2004
11%
10% MP + CIFERAL
CAIO/ INDUSCAR
24% 6%
2% COMIL
1% NEOBUS
BUSSCAR
IRIZAR
46%
MAXIBUS
2.2.3.2 Máquinas
Tabela 4
Número de máquinas e equipamentos na Unidade de Ana Rech
TIPO DE MÁQUINAS QUANTIDADE TIPO DE MÁQUINAS QUANTIDADE
Calandra 7 Máquinas Solda Mig/Mag 472
Centro de Usinagem Rover 1 Ponte Rolante 10
Compressor de Ar Comprimido 10 Prensa Excêntrica Mecânica 18
Curvadora 5 Prensas Hidráulicas 6
Dobradeiras 9 Puncionadeiras 3
Empilhadeiras 13 Robô para Corte-Plasma 1
Frezadora CNC Mecof 1 Robô para Soldagem 18
Furadeira Bancada 11 Serra Circular 14
Máquina de Corte Laser 1 Serra Fita 13
Máquina de Corte Plasma 1 Trator 13
Ferramentas Pneumáticas (furadeira, parafusadeira, rebitadeira, esmerilhadeira, Em torno de
grampeadeira). 4.750 unidades
Fonte: Divisão de Produção
Abaixo cito alguns dos fatores que podem ocasionar a quebra da linha
produtiva da Marcopolo.
Atrasos na linha de produção, pintura da carroceria, atrasos dos
fornecedores, carrocerias especiais, queda no sistema de informações e falta de
energia elétrica.
Esses fatores, dependendo do caso, implicam na parada da produção
de determinado produto ou em um atraso significativo, mas não implicam
comprometem a cadeia produtiva, com exceção da falta de energia elétrica.
2.2.3.8 5 S’s
2.2.3.12 Almoxarifado
2.2.4 Financeiro
DIRETORIA
ADMINISTRATIVO - FINANCEIRA
Tabela 5
Indicadores Econômicos e Financeiros ( 2002, 2003, 2004 )
Desempenho Geral 2004 2003 2002
Receita operacional líquida 1.605,4 1.288,5 1.481,6
- Receitas no Brasil 758,8 652,5 549,8
- Receitas exportações e exterior 846,6 636,0 931,8
Lucro líquido 85,0 80,9 53,8
Lucro por ação 0,757 0,720 0,506
Retorno s/capital investido 21,3% 16,5% 49,3%
Retorno s/patrimônio líquido 22,3% 23,8% 19,5%
Desempenho Operacional
Lucro bruto 273,4 249,8 372,2
EBITDA (ajustado) 156,0 142,4 237,7
Lucro operacional (antes resultado financ) 116,9 77,9 212,7
Investimentos ativo permanente 48,9 47,5 35,4
Posição Financeira
Caixa e equivalentes a caixa 257,6 383,2 392,1
Ativo Total 1.185,4 1.084,8 1.057,0
Passivo Financeiro de curto prazo 268,4 404,7 388,3
Passivo financeiro de longo prazo 175,3 103,7 213,7
Passivo finan.líquido/Patrimônio líquido 61,6% 43,5% 32,8%
Patrimônio líquido 427,9 381,1 340,2
Margens e índices
Margem bruta 17,0% 19,4% 25,1%
Margem EBITDA (ajustada) 9,7% 11,1% 8,4%
Margem operacional (antes resultado financ.) 7,3% 6,0% 14,4%
Margem líquida 5,3% 6,3% 3,6%
Fonte: Relatório da Administração 2002/2003/2004
Nota: Valores em milhões de reais, exceto porcentagens e lucro por ação.
64
2.2.5.2 Internacionalização
2.2.5.9 Monitoramento
2.2.5.11 Segurança
2.2.5.13 Internet
2.2.5.14 Orçamento
2.2.5.15 Infra-Estrutura
2.2.5.16 Procedimentos
2.2.5.17 Telecom
Tabela 6
Priorização na área de sistemas de Informação
Situação Potencial Ameaça Oportunidade Importância Relevância Total
detectada 0-10 0-10 0-10 0-10 (AxOxIxR)
1. Controle de Ativos 7 7 8 8 3136
de TI
2. Help Desk 2 8 5 5 400
6. Valoração de TI 6 7 8 8 2688
7. Centralização de 2 8 4 5 320
Infra Estrutura
8. Novas Tecnologias 5 8 4 5 800
POTENCIAL INTERVENÇÃO:
Item: Padronização Infra-estrutura Mundial de TI
4 REVISAO BIBLIOGRAFICA
77
4.1 O gerenciamento de TI
4.3 Terceirização
4.4 Virtualização
tecnologia, ela é uma nova forma de enxergar a infra-estrutura de TI. Para gerenciar
o ambiente como um todo, os processos de TI devem ser padronizados e as
pessoas devem ser educadas sobre como entregar níveis de serviço usando uma
infra-estrutura compartilhada. Especialistas de mercado apontam que a utilização
média dos servidores de um datacenter gira em torno de 15% a 20%. Através da
técnica de virtualização, servidores ociosos passam a suprir necessidades de
processamento ou armazenamento de outros dispositivos que tem sua capacidade
esgotada. Um ponto muito interessante da virtualização é a barreira geográfica. Com
a virtualização ela deixa de existir, pois todos acessam serviços e produtos que
estão em algum lugar do globo e que podem mudar constantemente de local, sem
que os seus utilizadores sequer saibam que isto aconteceu. O retorno sobre o
investimento de um processo de virtualização é sentido logo em seguida de sua
implementação, em virtude da centralização do gerenciamento, da melhora no
gerenciamento dos serviços e da mensuração do crescimento de demanda
unificada.
Um case de sucesso de virtualização é da empresa americana Belkin.
A Belking estava em um ritmo acelerado de crescimento que chegava a 35% ao ano
e precisava otimizar seus recursos de TI antes que fosse tarde demais. Através de
um processo de consolidação e virtualização, a companhia remodelou seus
servidores conseguindo diminuir para um terço do espaço físico anteriormente
utilizado. Através desta mudança, os níveis de performance deram um estrondoso
salto de 250% e o custo de propriedade despencou. De acordo com Chet Pipkin,
CEO da Belkin Corporation, a virtualização gerou uma economia anual de US$
140.000 para a companhia.
A virtualização de storage é um ponto importantíssimo da infra-
estrutura de TI, pois de acordo com pesquisa realizada pelo Gartner Group em
janeiro de 2005, até 2008 os gastos com armazenamento deverão crescer na ordem
de 16% ao ano. O mesmo instituto diz que para cada dólar investido em storage, a
companhia gasta 5 dólares para gerenciá-lo. Alternativas de virtualização de storage
são o que não falta para o mercado, a Storage Area Network, conhecida com SAN é
a tecnologia mais amplamente utilizada no processo de virtualização. Além das SAN
´s, atualmente existem as NAS (Network Attached Storage) e DAS (Directed
Attached Storage). Cada tecnologia possui suas características e aplicações caso a
caso.
83
A SAN ou Storage Area Network é uma rede que tem por objetivo a
interconexão de dispositivos de armazenamento e backup utilizando uma tecnologia
de fibra ótica ou mesmo cabos de par metálico no caso de uma utilização de
replicação entre SAN’s remotas utilizando-se o protocolo TCP/IP. A utilização de
comunicação entre SAN’s utilizando-se o protocolo TCP/IP é uma tecnologia
bastante nova e ainda não está disponível em todos os modelos ou fabricantes
deste tipo de produto. A estrutura SAN baseia-se em controladoras de discos, discos
rígidos, equipamentos de distribuição ou os também conhecidos switches e placas
de conexão (HBA). Inicialmente as redes SAN tinham a capacidade de comunicação
na velocidade de 1 gigabit por segundo, atualmente a tecnologia já permite que esta
rede de armazenamento e backup se comunique a 4 gigabits por segundo.
A tecnologia NAS ou Network Attached Storage tem um princípio
parecido com a storage area network, porém possui características próprias. Uma
NAS é na verdade um servidor de armazenamento com interface de rede e
totalmente preparado para receber e gerenciar requisições de armazenamento dos
diversos servidores e/ou equipamentos de rede. Uma NAS tem capacidade de
gerenciar direitos de acessos e permissões de uso sobre determinada área de disco
a ser utilizada. Diferentemente da estrutura SAN, a NAS não exige que se tenha
uma rede exclusiva para trafegar seus dados, ao invés disto, a tecnologia NAS
utiliza a própria estrutura de rede existente para trafegar os dados que serão
armazenados. Esta não necessidade de estrutura de rede separada para a NAS tem
características positivas e negativas. O lado positivo é que os custos caem
drasticamente em relação aos custos exigidos por uma estrutura SAN, porém, todo o
tráfego de dados passa pela rede corporativa de companhia, onerando a
performance de transmissão e recebimento de dados entre os clientes e os
servidores de rede. Enquanto uma estrutura SAN pode trafegar a uma velocidade de
4 gigabits por segundo, uma NAS tem limitação de velocidade de 1 gigabit por
segundo. Outra diferenciação da estrutura NAS em relação a SAN é que a NAS
trabalha única e exclusivamente com características de armazenamento, ou seja, a
centralização de backup não é um de seus pontos principais, apesar de muitas
implementações NAS estarem estruturadas de forma a comportarem a estrutura de
backup de dados.
A tecnologia DAS ou Directed Attached Storage é a mais simples de
todas as tecnologias de armazenamento apresentadas pelo mercado. Uma DAS é
84
número sempre é visto com maus olhos pela área financeira das companhias pois
sobre ele incidem impostos, custos fixos e variáveis. Uma alternativa que está sendo
adotada a fim de minimizar este impacto do imobilizado de TI sobre as organizações
é a locação de equipamentos ao invés da compra. O mercado de hardware
disponibiliza opções inteligentes que podem auxiliar as companhias a reduzirem este
impacto. Locação, leasing e serviços, são algumas das alternativas sugeridas por
grandes fabricantes de hardware que atuam no país. Ao invés de imobilizar um
parque de 1000 computadores pessoais, 50 notebooks e 30 servidores de rede, uma
empresa pode optar por alugar estes equipamentos, reduzindo o investimento inicial
necessário para esta compra, reduzindo a incidência de impostos sobre a compra,
evitando o aumento do seu imobilizado e zerando seus custos de manutenção com
estes equipamentos já que um contrato de locação deste tipo de produto já prevê a
manutenção necessária. Em uma primeira análise, esta seria a solução para um
grande problema, mas, nem tudo é como parece ser. Contratos de locação e/ou
serviços devem ser muito bem analisados e seus custos, em alguns casos, podem
não ser muito atrativos.
O conceito de “pague somente pelo que usar” ou on demand, também
já rende seus frutos. A empresa americana Belkin Corporation adotou em conjunto
ao seu projeto de consolidação e virtualização um serviço on demand da
fornecedora de hardware Hewllet Packard (HP). A idéia utilizada neste caso foi
disponibilizar 64 processadores ao cliente e cobrar somente pelo que realmente
estiver sendo utilizado, diz Steve Fink (2005), Diretor de Consolidação de TI da HP.
4.7 Gerenciamento de TI
2004, uma pesquisa que indica que somente 4% das empresas brasileiras possuem
um controle efetivo de seus ativos de TI. Atualmente o gerenciamento de infra-
estrutura de TI é uma grande preocupação dos profissionais da área e cerca de 30%
dos investimentos feitos em TI são endereçados a este assunto. O gerenciamento
de TI é algo complexo e que deve ser encarado com muita seriedade pelos gestores
do negócio. Manter uma rede de computadores em perfeito funcionamento é
fundamental para que a companhia não tenha perdas financeiras com o tempo
desperdiçado com as paradas. A dependência criada sob os ativos de TI, requer que
se esteja de olhos abertos a fim de evitar estas paradas desnecessárias. O bom
gestor de infra-estrutura de TI deve saber gerenciar os problemas que acontecem no
dia a dia, para isto é muito importante que se tenha histórico sobre o que aconteceu,
quando aconteceu, como, quem reportou, qual foi o impacto deste problema sobre o
negócio da companhia e, principalmente, como foi resolvido este problema. Apesar
de falarmos em manter históricos sobre acontecimentos de incidentes com a infra-
estrutura de TI, este é um ponto complicado e com alto grau de importância. Através
das ferramentas oferecidas pelos fabricantes de hardware e com os métodos
sugeridos pelos modelos de governança ITIL e Sarbanes-Oxley, os gestores têm em
suas mãos uma imensa quantidade de números e estatísticas, que se não forem
bem gerenciados e escolhidos, poderão se reverter em um monte de dados inúteis
ao invés de informações valiosas.
O ITIL foi desenvolvido no fim da década de 80 pela Agência Central de
Computação e Telecomunicações do governo britânico para servir como um catálogo
de melhores práticas para os departamentos de TI dos órgãos governamentais. De
cinco anos para cá o ITIL teve uma maior penetração nos países do ocidente e
acabou ganhando o mundo. Os Estados Unidos tem adotado fortemente as práticas
recomendadas pelo ITIL. O Brasil está em pé de igualdade com os parceiros norte-
americanos no que diz respeito à adoção das práticas do ITIL. A adoção das práticas
no Brasil tem números animadores. Segundo pesquisa do jornal
COMPUTERWORLD em parceria com o IT Service Management Forum Brasil
(itSMF Brasil), as melhores práticas já estão acontecendo em 69% das companhias
pesquisadas, sendo que em 37% delas já é possível notar resultados e em 31%, o
procedimento está no início. Nos Estados Unidos, de acordo com a Managed
Objects, o ITIL estará em 40% das empresas até 2007.
87
5 DESENVOLVIMENTO
91
Para solucionar este tipo de problema, proponho que a empresa utilize um tipo de
armazenamento (Storage) externo anexado à rede, a chamada SAN. Através da
utilização de uma SAN a empresa conseguirá minimizar os processos necessários
para a adição de mais área de armazenamento. A adoção de uma única plataforma
SAN para todas as empresas do grupo permitirá que, somente um administrador,
possa administrar todos os storages que o grupo possuir. O Storage a ser adotado
deverá apresentar características de segurança e acessibilidade conforme descritas
abaixo:
93
servidor inteiro que está na África do Sul através de um link Wan? Anteriormente foi
falado que um dos requisitos de uma estrutura SAN é a possibilidade de criação de
site remoto, e é através deste “site remoto” que será feito o backup. O processo
funciona da seguinte maneira: No estado inicial, será feita uma cópia fiel do site
remoto para o site central. Com certeza este primeiro momento será o mais
importante e irá transferir a maior quantidade de dados. Em um segundo momento,
serão feitas cópias incrementais do storage remoto para o storage central que se
encarregará em armazenar estes dados em um local seguro. O processo todo
acontecerá fora do horário de expediente do local que se está copiando a fim de
evitar inconsistências de backup e um tráfego muito alto de informações. O meio
utilizado para fazer esta transferência de dados será a Internet. Através de conexões
VPN que se estabelecem automaticamente utilizando um sistema de chaves de
criptografia, o sistema de backup se encarregará de preparar os dados, de forma
compactada, e enviá-los ao site central. A fim de reduzir o tempo de restore no caso
de uma catástrofe, uma cópia full será enviada ao site remoto através de mídias de
fácil leitura para que seja feito o restore inicial. Feito isto será necessário fazer o
restore incremental a partir do site central.
Os ganhos obtidos com este tipo de processo são de fácil percepção
pois neste caso teremos um único local onde estaremos fazendo as cópias lógicas
para um dispositivo físico, os sites remotos não precisarão investir em equipamentos
para backup, softwares para a execução e gerenciamento deste backup e não
precisarão de uma pessoa treinada para executar este tipo de procedimento. A não
necessidade de ser criar uma sala especialmente preparada para receber as mídias
de backup também oferece uma redução nos custos desta empresa. Um ganho
expressivo que se consegue com este modelo de virtualização de backup e/ou site
remoto é a continuidade do negócio. Mesmo que aconteça uma catástrofe, grande
ao ponto de destruir toda a planta fabril, os dados estarão à salvo na localidade
remota. Utilizando-se os conceitos de virtualização de infra-estrutura de TI, no caso
de uma catástrofe, podemos “virtualizar” os servidores remotos na Matriz ou em
qualquer outro ponto de presença da companhia ao redor do mundo.
A padronização de servidores de rede também é um ponto chave no
processo de redução de custos e aumento no gerenciamento das infra-estruturas de
TI. No modelo atual a companhia emprega servidores de rede distintos para cada
local onde atua em função de que cada fábrica possui o seu próprio departamento
95
Conclusão
100
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
103
CARLSON, Jim. Itanium Rising. 2. ed. New Jersey: Prentice Hall PTR, 2003.
DRUCKER, Peter. Administrando para o Futuro. 9. ed. São Paulo: Pioneira, 1992.
DRUCKER, Peter. Desafios Gerenciais para o Século XXI. 4. ed. São Paulo:
Pioneira, 2003.
GATES, Bill. A Estrada do Futuro. 2. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1997.
ROSSETTI, José Paschoal. Economia Estratégica. 17 ed. São Paulo: Atlas, 1997.