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Ceres ocupa novo Campus e

alunos agradecem Pág.: 32

Santa Isabel:
Administração 2004/2008
Fechamento com
Perseverança: chave de ouro
Reitor Luiz Arantes fala Pág.: 09

sobre metas atingidas


e projetos almejados
Pág.: 22

Prefeito
Laurismar Borges Batista
editorial
No dia 20 de novembro que vagou com a ausência de um deles, foi imprescindível
reunimos com a equipe edito- publicações semelhantes ou- para que este trabalho chegasse
rial desta publicação para ana- trora realizadas na cidade, po- até a mão do leitor que, agora
lisarmos o conteúdo de mais rém com a dimensão e alcance pode se esbaldar de informa-
uma edição da Revista Provale. da comunicação mais moder- ção, enriquecimento do
O tempo era curto, mas mesmo na. O projeto da Revista Prova- conhecimento e, por que não,
assim nos propusemos ao de- le iniciou no ano de 2006 e educação.
safio, fomos ousados. Teríamos após várias tentativas, avanços Nesta edição vamos
que levantar, reunir e compilar e estudos, configurou-se satis- apresentar trabalhos que vêm
dados num curto prazo! E a fatoriamente em setembro de sendo desenvolvidos dentro e
ousadia nos mostra o fruto de 2008. Daí iniciou uma evolu- fora da UEG-Ceres. Com esta
mais um trabalho. edição, que visa informar não
É com satisfação que somente a comunidade uege-
chegamos ao fim de mais uma na, mas toda a sociedade cere-
edição da Revista Provale. Fe- sina e sanpatriciense, o leitor
chamos o ano com projetos terá dicas de saúde, cultura,
realizados e novas tarefas a inúmeros artigos de professo-
cumprir. Mas sem dúvida ao res, especialistas e profissionais
ocuparmos a nossa sede, pro- capacitados, além de entrevis-
gramada para o dia 13 de de- tas exclusivas com nosso
zembro, será enfim, a realiza- Magnífico Reitor Professor Luiz
ção de mais um sonho. Arantes e o presidente do Con-
Esta publicação, tam- selho Estadual de Educação,
bém fruto de sonhos, surgiu da Professor Marcos Elias.
necessidade de comunicação É com imenso prazer
dos fatos e projetos da Uni- que apresento a edição número
versidade Estadual de Goiás, dois da Revista Provale.
Unidade Universitária de Ceres ção, se firmando, nesta sua se- Boa leitura
na sociedade regional. O nosso gunda edição, cada vez mais
foco, com ela, é alcançar o como referência de comunica- Divânio Gomes Ramos
maior número possível de leito- ção, apresentando um cresci- Diretor da Universidade Esta-
res, levando até eles tudo o que mento qualitativo, repleto de dual de Goiás, Unidade Uni-
acontece dentro da UnU. promessas de prosperidade. versitária de Ceres
Nossa intenção, inicial- É importante frisar que o apoio
mente, era ocupar um espaço de nossos colaboradores, cada

expediente Revista Provale é uma publicação da Organização da Sociedade Civil de Interesse Público Progresso do Vale –
Provale. Os artigos e matérias assinados são de inteira responsabilidade dos seus autores e não
representam, necessariamente, a posição da OSCIP/Provale.

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Presidente: Cássia Valéria Rodrigues Ramos José Reinaldo Ap. Machado – JR Design Studio
Brígida Patrícia Ferreira
Vice-presidente: Acylino do Amaral Mariano (62) 3093-8028
Célia Romano Mariano
Tesoureiro: Lázaro Mendonça Machado Filho Godofredo Sandoval Batista
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Conselho Editorial da Revista Provale: Milson Vieira de Sousa Júnior Tiragem
Cássia de Sousa Fonseca Meireles Oberdã Fernandes de Lima 4 mil exemplares
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(Redação, reportagens e edição) José Afonso Viana, Janio Antônio Vieira, Avenida Goiás, nº 605, Sala 05, Centro, Ceres, Goiás, Brasil
Naiara Gonçalves Mtb: 39640/SP JR Design Studio, FotoGil, Arquivo UEG CEP: 76.300-000
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Dezembro 2008
3
Cobertura Fotográfica
Equipamentos Digitais
Becas aprovadas pelo MEC
JR Design

Parceria com empresa de


convites de formatura com
Designer exclusivo e com
empresas de cerimonial

Representantes em Goiás e Tocantins


Sumário

09 - Santa Isabel: Saúde em dia – Moradores da pequena


cidade do interior de Goiás têm um acesso à saúde de qualidade,
comparado ao de primeiro mundo

13
- Eleições UEG: Continuidade do trabalho recebe apoio de eleitores
Terceiro processo democrático reelege o professor Luiz Arantes para o
mandato de reitor 2009/12
23 - Música: Nos bailes da vida – Tudo começou por influência do trabalho na rádio
Alvorada, de Rialma. Depois disso, nunca mais parou

24 - Entrevista: Marcos Elias Moreira – presidente do Conselho Estadual de Educação.


História em defesa da educação

27 - Produção Acadêmica: Trabalhos trazem benefícios à sociedade – Monografias


retratam o que foi absorvido durante os longos anos de aprendizado pelos
estudantes da UEG-Ceres

32 - Capa: Ceres ganha novo Campus universitário da UEG

35 - Beleza: A vaidade e o ensino superior – Ceres pode ser a próxima


cidade a oferecer o curso de superior seqüencial em Gestão das
Organizações da Beleza

Seções e matérias Artigos

03 Editorial 36 Sistema de Informação: Ceres – pólo de Informática?


06 Utilidades: Cuidados com a saúde 37 EAD – Padronização e utilização do ambiente MOODLE
08 Escola Agrotécnica Federal de Ceres 39 Refletir... Transformar... Avaliar
12 Cursinho pré-vestibular: Tempo de retribuição 40 Influências da relação professor/aluno na construção do conhecimento
15 Contran altera regras 41 O hábito da leitura nas bibliotecas: jogos literários
16 Notinhas 42 A responsabilidade é de todos
18 Entrevista com reitor Luiz Arantes 43 Meio Ambiente e Tecnologia: o que fazer com o e-lixo?
21 Cultura: Para ler 44 Enfermagem: um mercado de trabalho promissor
22 Gestão participativa 45 3º Ano de Sistemas de Informação: Dedicação e Profissionalismo!
58 Fatos e Fotos 46 Plano de negócios: fase fundamental para o empreendedorismo
47 UEG desbravando caminhos para o seu conhecimento
48 Minicursos: Pedagogia de sucesso!
50 A UEG sonhada em Ceres
52 Extensão acadêmica: a universidade a serviço da comunidade
54 A Educação Física e os seus desafios
55 Conversando sobre o ato de aprender. Afinal, Aprender é fácil ou difícil?
56 Avaliação da aprendizagem: um dilema educacional

Dezembro 2008
5
Utilidades
Cuidados com a Saúde
DST – Doenças Sexualmente Se sentir esses sintomas procure seu paralisação dos rins. Considera-se que
Transmissíveis médico. Lembre-se: Nunca use remédios uma pessoa tem pressão alta quando a
As Doenças Sexualmente Trans- sem prescrição médica! pressão arterial mantêm-se freqüente-
missíveis são aquelas adquiridas através mente acima de 140X90 mmHg. Isso
de relações sexuais realizadas sem pro- Conheça o diabetes corresponde ao que popularmente
teção. Tem-se que destacar que a preven- Diabetes é uma doença provo- chamamos 14X9.
ção é a melhor maneira de se evitar pro- cada pela deficiência de produção e/ou Geralmente a herança genética
blemas. Várias são as doenças que par- de ação da insulina, que leva a sintomas é a responsável pela hipertensão, porém
ticipam do grupo das DST's dentre as agudos e a complicações crônicas carac- alguns fatores podem desencadear o
quais destacam-se Sífilis, Gonorréia, terísticas. aparecimento da doença como o consu-
Candidíase, Herpes Genital. Porém a Os tipos de Diabetes conheci- mo de álcool e tabaco, a obesidade, o
AIDS é a DST que mais preocupa cientis- dos são: Diabetes Mellitus tipo I, Diabe- estresse, o elevado consumo de sal, altos
tas, autoridades e a população em geral. tes Mellitus tipo II e Diabetes Gesta-
E a melhor forma de prevenção é a cami- cional.
sinha. Os principais sintomas que o
O Condiloma Acuminado tam- paciente que apresenta diabetes desen-
bém é uma DST, por sua vez causada pe- volve são sede excessiva, aumento do
lo vírus HPV. O grande problema é que volume de urina, aumento do número de
se não for realizado o tratamento correto micções, aumento de apetite, perda de
a doença pode desenvolver um câncer peso, tontura, fraqueza. O desenvolvi-
de colo de útero. Para sua maior seguran- mento de problemas cardíacos e hiper-
ça consulte seu ginecologista e faça seu tensão arterial também podem ocorrer,
preventivo periodicamente. além de sintomas renais, neurológicos,
digestivos, ortopédicos, ginecológicos,
Cuidado com a meningite dermatológicos.
A meningite é uma inflamação Existem situações nas quais es-
das meninges, membranas que envol- tão presentes fatores de risco
vem o encéfalo e a medula espinhal. Po- para a Diabetes Mellitus, confor-
de ser causada por vírus ou por bactéria, me apresentado a seguir:
a qual é a mais comum. A meningite me- Idade maior ou igual a 45 anos;
ningocócica é causada pela bactéria História Familiar de Diabetes
Neisseria meningitidis A transmissão é Mellitus (pais, filhos e irmãos);
feita pelo contato direto com secreções Sedentarismo;
da garganta ou do nariz de pessoas porta- Colesterol HDL baixo ou trigli-
doras ou convalescentes. Estas pessoas cerídeos elevados;
liberam os agentes etiológicos no ar que Hipertensão arterial;
podem ser inspirados por outros indiví- Doença coronariana;
duos e causar a doença. Felizmente, os Diabetes Mellitus gestacional
meningococos não sobrevivem muito na prévio;
atmosfera.
Filhos com peso maior do que 4
Devido à inflamação das menin-
kg, abortos de repetição ou
ges ocorrem fortes dores de cabeça,
morte de filhos nos primeiros
dores no pescoço e nas costas, rigidez na
dias de vida.
nuca, confusão mental, entre outros
Todos os pacientes devem realizar níveis de colesterol e o sedentarismo.
sintomas. O corpo assume posturas de
atividades físicas manter uma dieta Os sintomas da hipertensão cos-
defesa contra a dor para evitar o estira-
balanceada. Para se evitar a diabetes tumam aparecer somente quando a
mento doloroso dos nervos que saem da
deve-se manter o peso dentro dos pressão sobe muito. Podem ocorrer do-
medula espinhal. Pode ocorrer ainda
padrões normais, evitar o consumo de res no peito, dor de cabeça, tonturas,
aumento ou diminuição do ritmo
álcool e fumo, controlar a pressão zumbido no ouvido, fraqueza, visão em-
cardiorrespiratório.
arterial e manter a prática regular de baçada, sangramento nasal e dor na
As principais medidas profiláti-
atividades físicas. nuca.
cas que devem ser tomadas são: utiliza-
A melhor maneira de se cuidar
ção de pratos, talheres e copos bem lava-
dos; dar preferência a utensílios descar-
Hipertensão arterial para evitar a hipertensão arterial é man-
A hipertensão arterial é uma ter uma dieta balanceada, praticar espor-
táveis; evitar ambientes abafados onde
doença que ataca os vasos sangüíneos, tes regularmente, aproveitar os momen-
há aglomerações de pessoas; isolamento
coração, cérebro, olhos e pode causar tos de lazer, abandonar o álcool e o fumo
dos doentes em hospitais especializados.

6 Dezembro 2008
Utilidades
Acidente vascular cerebral rial, uma dieta balanceada o abandono Verdade: Líquidos gelados são
(AVC) do cigarro e de bebidas alcoólicas e a absorvidos muito mais rapidamente do
Também chamado popula- prática de atividades físicas são as princi- que os quentes, reduzindo assim as
rmente de derrame. Possui três tipos de pais maneiras de se prevenir um AVC. Ao chances de desidratação.
AVC, dentre os quais destacamos o AVC sentir algum desses sintomas procure
isquêmico, o AVC hemorrágico e o AVC rapidamente ajuda médica especiali- Caminhar é preciso
transitório. A hipertensão arterial, doen- zada. O hábito de caminhar propor-
ça cardíaca, fibrilação atrial, diabetes, Pratique saúde. Mantenha sua ciona vários benefícios à saúde, princi-
tabagismo, hiperlipidemia são algumas vida em movimento. Alongar é palmente:
das causas que favorecem o desenvolvi- Mais disposição para realizar as
preciso
mento de um AVC. tarefas do dia-dia;
Praticar atividades físicas com
Geralmente é uma dor de ca- Redução nos níveis de ansie-
regularidade é a melhor maneira de evi-
beça súbita que indica que está aconte- dade e controle de estresse;
tar algumas doenças e prevenir o enve-
cendo um AVC. Mas tonteiras, mal-estar, lhecimento precoce. Além disso, ajuda a Aumento da auto-estima e me-
controlar o peso corporal, melhora a lhora na auto-imagem;
disposição geral e até a qualidade do Melhora na qualidade do sono e
sono. maior grau de relaxamento;
O corpo humano é uma máqui- Ajuda no controle do peso cor-
na perfeita, que precisa de energia para poral;
se manter viva e saudável. Por esta razão Controle da hipertensão arterial
sentimos fome e precisamos nos ali- moderada e benefícios ao siste-
mentar. Os alimentos contêm as chama- ma circulatório em geral;
das calorias, que no nosso corpo vão se Ajuda na preservação da massa
transformar em energia. Aí que a coisa óssea e na função dos músculos
pega: se você não se movimenta o sufici- e das articulações.
ente e ainda come alimentos com muitas
calorias, uma parte se transforma em Fitness, nutrição e saúde
Fotos: Divugalção

gordura, que vai se acumulando fora e Fitness:


dentro do corpo (nas artérias, nas veias, É melhor fazer uma atividade
no coração, no fígado). física de manhã, à tarde ou a noite?
Um bom programa de exercí- Não há evidências que compro-
cios físicos deve incluir alongamentos, vem que um dos períodos seja mais
para manter a elasticidade dos músculos benéfico. O importante é adequar a ativi-
e a mobilidade das articulações. Fazer dade física à agenda de forma que não
exercícios regulares é a melhor maneira seja quebrada em sua seqüência nem
de você se manter jovem, sentir-se jovem que a alimentação e o descanso interfi-
e manter-se jovem, além de ter um de- ram no desempenho.
sempenho melhor em tudo o que fizer. É Nutrição:
Para uma melhor função intes-
preciso praticar regularmente, ou seja,
tinal, diminuição das taxas de açúcar no
no mínimo quatro vezes por semana.
sangue e controle do colesterol é reco-
mendável ingerir alimentos integrais,
Mitos e verdades sobre líquidos
pois são ricos em fibras. Porém, seu con-
Mito: Beber água durante aula
sumo deve ser balanceado por possuí-
ou treino físico impede a pessoa de
dormência em alguma parte do corpo rem alto teor calórico.
emagrecer
podem ser os primeiros sinais. Os princi- Saúde:
Verdade: A perda de água atra-
Quer reduzir o risco de ataque
pais sintomas que aparecem são fraque- vés do suor não significa perda de gor-
cardíaco?
za, perda sensitiva, dificuldade de loco- dura. Uma pessoa normal necessita de
Pratique atividade física regular-
moção, distúrbios motores, alterações na três a quatro litros de água por dia. Uma
mente e mantenha o consumo de ácidos
fala. parte dessa água vem dos alimentos sóli-
graxos ômega 3 e gorduras monoinsa-
O tratamento medicamentoso dos e a outra parte vem dos líquidos.
turadas em sua dieta. Eles ajudam a
associado à fisioterapia é a melhor forma Deve-se beber água sempre que se sentir
combater os níveis de LDL, colesterol
de se realizar o processo destinado à cu- sede, inclusive durante os exercícios físi-
ruim. A dica é trocar os óleos de cozinha
ra, além de acompanhamento com psi- cos.
por azeite extra virgem e acrescente
cólogo, nutricionista, fonoaudiólogo, Mito: Não se pode beber nada
linhaça às suas refeições.
enfermeiro. O controle da pressão arte- gelado após o exercício no calor.

Dezembro 2008
7
Escola Agrotécnica

Escola Agrotécnica Federal de Ceres-GO


E Rodovia GO 154, Km 03, Zona Rural, Caixa Postal 51,CEP: 76.300-000, Ceres-GO
Fone: (62) 3307-7100 - Fax: (62) 3307-7111
HomePage: www.eafce.gov.br

I SIMPÓSIO DE AGRICULTURA E MEIO AMBIENTE DO VALE DE SÃO PATRÍCIO


O I Simpósio de Agricultura e Meio Ambiente do Vale de São Patrício,
promovido pela Escola Agrotécnica Federal de Ceres, aconteceu nos dias 5 e 6 de
novembro de 2008, no Centro Cultural, em Ceres, GO.
Realizado com o intuito de discutir assuntos relevantes para a agricultura e
meio ambiente, o evento abordou temas relacionados às fontes e produção de
bioenergia, às consequências ambientais geradas na obtenção de bioenergia, além
de algumas atividades agrícolas direcionadas a pequenos produtores, como
produção de mudas de espécies nativas, sistemas agroflorestais, uso da água na
agricultura e PRONAF Florestal.
Ministraram as palestras no evento: Prof. Erwing Bergamo – CEFET Urutaí,
UNED Morrinhos; Prof. Paulo Scalize – UFG; Kamyro Bastos - Usina Jalles
Machado; Prof. Virgílio Erthal – EAFCe; Prof. Igor Oliveira - Escola Técnica de
Brasília, Job Vanderlei - SEAGRO, Miguel Castro - Banco do Brasil de Ceres.
Cerca de 400 participantes prestigiaram o simpósio, enriquecendo-o com
perguntas aos palestrantes.
A EAFCe considera que o I Simpósio de Agricultura e Meio Ambiente do Vale
de São Patrício atingiu aos objetivos propostos, visto que houve uma ampla
discussão de assuntos referentes aos temas apresentados. Dessa forma,
esperamos dar continuidade ao evento com o II Simpósio de Agricultura e Meio
Ambiente em 2009.
Cleiton Mateus Sousa
Professor de Agricultura da EAFCe

MOSTRATEC – MOSTRA INTERNACIONAL DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA


A Escola Agrotécnica Federal de Ceres participou da MOSTRATEC – Mostra
Internacional de Ciências e Tecnologia, realizada entre os dias 27 de outubro e 01 de
novembro de 2008 no campus da Fundação Escola Técnica Liberato em Novo
Hamburgo – RS, com o projeto ANÁLISE DA RESPONSABILIDADE
SOCIOAMBIENTAL NOS COMPLEXOS SULCROALCOOLEIROS DO VALE DE
SÃO PATRÍCIO – GOIÁS , de autoria dos alunos Jáliston Júlio Lopes Alves,
Guilherme Henrique da Costa Nunes e Walysson Bernardo Rodrigues dos Santos,
orientados pelo Professor José Carlos Moreira de Souza.
Na classificação geral o projeto foi o 11º melhor avaliado e na categoria meio
ambiente, foi contemplado com o 4º LUGAR, recebendo certificado e medalhas. O
projeto também recebeu outra premiação: foi selecionado para participar da MILSET
2008, em TUNIS – TUNÍSIA. A MILSET é a mais importante feira de ciência jovem do
mundo.

José Carlos Moreira de Souza


Professor de Geografia da EAFCe

8 Dezembro 2008
Santa Isabel

Saúde em dia
Moradores da pequena cidade do interior de Goiás têm
um acesso à saúde de qualidade, comparado ao de
primeiro mundo
pios de São Luís do Norte meio de uma equipe composta
ao norte, Goianésia ao por recepcionista, fonoaudióloga,
leste, Jaraguá ao sudeste, fisioterapeuta, psicóloga e assis-
Rianápolis ao sul, Rialma tente social. A reabilitação desen-
ao oeste e Nova Glória ao volve-se no acompanhamento de
noroeste. pacientes que possuem alguma
E trabalhar em prol necessidade especial temporária
dos moradores dessa ci- e/ou permanente.
dade foi o principal obje- Com média de 35 atendi-
FotoGil

Prefeito Laurismar e Primeira Dama, Dona Rosa


tivo do prefeito Lauris- mentos por período de funciona-
Santa Isabel é uma típica mar Batista Borges, em mento, o Centro de Reabilitação
cidadezinha do interior. Tranqui- seus dois últimos mandatos. Na Casa Verde tem capacidade para
la, acolhedora e bucólica, a cida- cidade, a odontologia é parte inte- 50 acompanhamentos diários, o
de de apenas 26 anos tem como grante do Programa Saúde da Fa- que pode contabilizar mais de
principal atividade econômica a mília (PSF). Os cuidados com a 400 atividades no final de cada
agricultura e o serviço público. Educação e Saúde, Promoção da mês. A psicóloga e coordenadora
De manhãzinha é comum ouvir o Saúde e Atenção Básica fica sob a da Casa Verde, Cláudia do Ama-
canto dos pássaros e até o mugido responsabilidade da odontóloga ral, afirma que com o quadro efe-
do gado das fazendas que ro- tivo de profissionais é possível
FotoGil

deiam o lugar. oferecer um atendimento de qua-


As casas dos moradores es- lidade àqueles que procuram os
tão acomodadas em volta da pra- serviços de reabilitação nos seus
ça central, toda arborizada, onde vários aspectos físicos, cognitivos
se encontra a Igreja Matriz. Tudo é e psicológicos. Segundo ela, com
o retrato da paz. Longe da violên- as parcerias estabelecidas, princi-
cia dos grandes centros urbanos palmente com as áreas da educa-
cresce uma população que rece- ção e assistência social, já se
Inauguração do Centro de Reabilitação “Vó Nega”
be os visitantes com toda alegria. podem perceber alguns resulta-
Ali é comum o morador abrir as Magna Rodrigues de Santana. “A
FotoGil

portas e chamar quem é de fora estratégia saúde da família foi im-


para um café. plantada no município em 2001 e
Situada na região do Vale está fazendo história na cidade”,
do São Patrício, a população esti- afirma a profissional.
mada pelo Instituto Brasileiro de Com o Centro de Reabilita-
Geografia e Estatísticas (IBGE) em ção Casa Verde, também conhe-
2007 da pacata Santa Isabel, lo- cido como Centro de Reabilitação
calizada há 187 quilômetros da “Vó Nega”, funcionando desde
capital goiana, era de 3.485 habi- julho deste ano, Santa Isabel é
tantes, e a área é de 17 quilôme- referência na qualidade de servi-
tros quadrados, o que resulta nu- ços oferecidos na área da saúde.
ma densidade demográfica de O lugar proporciona atendimento
0,34 hab/km�. ao público nas manhãs das segun-
Seus limites são os municí- das, quartas e sextas-feiras por Drª Cláudia Amaral

Dezembro 2008
9
Santa Isabel
dos animadores. “Um deles foi a física e coordenadora do projeto,
visita da Vila São Bento Cotolengo Dalila de Souza. Os objetivos es-
de Trindade, referência quanto à pecíficos do programa, de acordo
assistência, confecção de horte- com ela, são levar conhecimento
ses, próteses e facilitadores de lo- sobre as formas corretas de alon-
comoção – como cadeiras de ro- gamento, importância de se fazer
das e de banho – que poderão ser aquecimento para iniciar a ativi-
oferecidos aos pacientes que ne- dade de acordo com cada grupo,
cessitam”, aponta. praticar qualquer atividade espor-
O Centro de Reabilitação é tiva diariamente pelo menos 30
financiado pelo próprio municí- minutos, três a quatro vezes por
pio, possui interface com as áreas FotoGil semana, selecionar atividades físi-
da assistência social, educação fí- ca de acordo com a idade ade-
Hidroginástica
sica e educação, além de fazer quada de cada grupo. Segundo
parte da equipe do Programa de do paciente, encaminhamento ela, palestras sobre hábitos ali-
Saúde da Família como eixo de médico e cartão do Sistema Único mentares são ministradas espora-
tratamento de patologias eviden- de Saúde (SUS). dicamente. E para o próximo ano,
tes. “Essas parcerias favorecem a ‘O Centro Poliesportivo deve ser implantado o projeto de
garantia e melhoria em hidroginástica, com pis-

FotoGil
seus atendimentos”, diz cina aquecida, para gru-
Cláudia. Entre as ativida- pos semelhantes ao
des oferecidas estão o programa já existente. O
grupo de alongamento – Centro Poliesportivo é
direcionado aos pacien- dotado de sanitários
tes com problemas na co- masculino e feminino,
luna –, grupos de socia- almoxarifado, copa/co-
lização – voltado aos fre- zinha, parque infantil,
qüentadores da reabilita- duas piscinas (adulto e
ção como forma de me- infantil), campo de
lhoria de sua auto-estima areia, campo gramado
e compartilhamento de Centro Poliesportivo para society e pista para
situações vivenciadas –, caminhada com 8
grupos de orientação pedagógica Geraldo Gonçalves Pinheiro tam- quilômetros de extensão.
– proposta desenvolvida em bém é outro espaço que traz bene- A implantação do Centro
parceria com a secretaria de fícios à saúde dos moradores de de Referência de Assistência So-
educação municipal –, além dos Santa Isabel. O espaço oferece ati- cial (CRAS) é outro benefício ofe-
próprios atendimentos indi- vidades físicas comunitárias, e recido aos moradores da cidade.
viduais realizados pelos profissio- desde sua inauguração, em feve- Inicialmente foi inserido com
nais. Para receber atendimento, reiro deste ano, já atendeu
basta que o interessado apresente mais de 200 pessoas.
cópia dos documentos pessoais Atualmente conta com um
grupo de 120 beneficiados
FotoGil

que recebem atividades fí-


sicas direcionadas. “O tra-
balho é feito com grupos
de hipertensos, diabéticos,
obesos, dislepidémicos,
idosos e jovens acima do
Foto: JR Design

Hidroginástica peso”, cita a educadora Atendimento no Centro de Referência

10 Dezembro 2008
Santa Isabel
dual/municipal, bem
como os critérios de
seleção, forma de in-
gresso e documen-
tação exigida; cursos
profissionalizantes;
oficinas; atividades

FotoGil
sócio-educativas e re-
Fanfarra
creativas; cadastro e
recursos próprios da prefeitura e, avaliação sócio-eco-

Foto: JR Design
a partir de julho deste ano, passou nômica; reuniões; en-
a contar com bens oferecidos por caminhamento aos Play-ground - Escola Municipal Fidelis Rodrigues da Silva
meio do Programa Apoio Integral programas/projetos sociais e (PETI), no período da tarde e a
à Família (PAIF), repassado pelo acompanhamento familiar e insti- Educação de Jovens e Adultos
Ministério do Desenvolvimento tucional. (EJA), à noite. Dentro do PETI está
Social (MDS). A sede atende hoje A Escola Municipal Fidelis o projeto da Fanfarra, que teve iní-
todas as exigências do MDS e cio em março deste ano e está
desenvolve ações volta- composta por 100 inte-
das às famílias que se grantes e 70 instrumen-
encontram em vulnera- tos, comandados pelo
Foto: JR Design

bilidade social. professor Ademi Soares


O trabalho é de- de Oliveira.
senvolvido por uma Em homenagem a
equipe multiprofissio- padroeira da cidade,
nal: assistentes sociais, Santa Isabel, o prefeito
psicopedagoga e psicó- inaugurou no dia 4 de
loga, que trabalha inte- julho, dia da santa, a
grada com as Secreta- Fonte Santa Isabel, loca-
rias Municipais, além de lizada bem na entrada
buscar parcerias com as Sala de Aula - Escola Municipal Fidelis Rodrigues da Silva da cidade. Além de ser
entidades que atuam na um presente ao municí-
área social para atingir um Rodrigues da Silva é mais uma das pio e seus devotos, a estrutura de
público maior. obras reestruturadas pelo atual mais de três metros de altura en-
O CRAS de Santa Isabel governo. Apesar de já existir há 12 feita a entrada da cidade, dando
trabalha no sentido de mudar a anos, o prédio e tudo que ele as boas vindas aos visitantes que
forma de atendimento assisten- oferece foi aperfeiçoado e reinau- por ali circulam.
cialista para uma política social gurado em maio deste ano. Além
de direito. Para tanto, busca escla- de atender 56
Foto: JR Design

recer ao público que procura a crianças na faixa


unidade os seus direitos enquanto etária de 4 a 7
cidadãos, trabalhando sempre anos, em três sa-
com uma metodologia direciona- las de aulas divi-
da à participação das famílias em didas em jardim
todas as atividades implementa- e alfabetização,
das. Os principais trabalhos ofe- no prédio ainda
recidos pelo CRAS, atualmente funciona o Pro-
são: prestar esclarecimentos sobre grama de Erradi-
os programas/projetos desenvol- cação do Traba-
vidos pelos governos federal/ esta- l h o I n f a n t i l Fonte Santa Isabel

Dezembro 2008
11
pré-vestibular
Tempo de retribuição
Estudantes universitários se unem e abrem à comunidade
cursinho pré-vestibular a fim de oferecer um futuro
cheio de oportunidade a todos
que está no 6º período plina”, exemplifica João Lago, que acres-
de Enfermagem, o centa que o cursinho não cobra taxa de
cursinho é bem direci- inscrição ou mensalidade. “Na realida-
onado ao vestibular da de, o estudante não vai ter nenhuma des-
UEG e o pré-requisito pesa aqui”, antecipa.
básico para que um O projeto conta ainda com o
vestibulando faça parte apoio do diretor da entidade, Divânio
do programa é ter inte- Gomes Ramos, e do coordenador do cur-
resse e boa vontade em so de enfermagem Milson Vieira de
aprender, além de vir Sousa Júnior. “Colher bons frutos, ou em
da rede pública de en- outras palavras, oferecer ensino de qua-
Professores ministram aulas
sino médio. “Nosso tra- lidade atrelado a participação assídua e
conforme aptidão balho é voluntário, por aprovação em vestibulares de peso no
isso temos que contar cenário nacional, inclusive a própria
com o respeito, a aten- UEG, é o objetivo de todos os membros
O curso pré-vestibular “Integra- ção e a curiosidade dos alunos para de- da fantástica iniciativa”, declara Milson
ção da UEG”, parceria entre os Centros senvolvermos bem nossa tarefa de en- Júnior.
Acadêmicos de Sistema de Informação e sinar”, afirma. O cursinho funciona de João Lago diz-se emocionado
Enfermagem da UEG-Ceres e a diretoria em poder contribuir com essa ação pa-
da instituição é um projeto promissor ra a sociedade, e acredita que esse ou-
que visa dar oportunidade de estudo de sado projeto veio para ficar de vez. O
qualidade a toda sociedade de Ceres e acadêmico Marcus Vinicios de Alencar
região. Com início na segunda quinze- Barbosa, também do 6º período de En-
na de outubro, o cursinho se estendeu fermagem cita a importância da edu-
até o final de novembro, sendo realiza- cação, “pois este é o caminho e o futuro
do de segunda a sábado, das 13h30 às de uma nação que é recheada de gran-
17h30. des talentos e que não são bem apro-
Seu principal objetivo é apri- veitados pela falta de oportunidades
morar os estudos de alunos que concluí- como esta”. Wallace Lisboa destaca a
ram o Ensino Médio na rede pública de Assiduidade é importância em disponibilizar o cur-
Ceres e região, capacitando-os a ingres- pré-requisito básico sinho para a sociedade, em razão da
sar em uma universidade. Na parceria dificuldade dos alunos em freqüentar
entre a UEG e os estudantes uegeanos, a forma gratuita, cabendo aos vestibulan- cursinhos preparatórios particulares.
instituição de ensino superior entra com a dos contribuir apenas com sua presença
parte estrutural (salas de aula e equipa- e participação. “O que mais impressiona
mentos) e os universitários são responsá- a equipe de acadêmicos que estão pres-
veis por ministrar as aulas e oferecer o tando esse serviço nobre a sociedade é o
conteúdo programático. “Nós também sentimento de reconhecimento dos alu-
realizamos o trabalho de ir até as institui- nos do esforço de todos envolvidos nesse
ções de ensino médio públicas e divulgar processo de educação”, diz. Segundo
nosso trabalho. Sempre tem interessados ele, trata-se de um curso bem concentra-
a fazer parte do programa”, conta Walla- do em que o professor pega exatamente
ce Lisboa, um dos coordenadores do aquilo que cai no vestibular e aplica em
cursinho e estudante do 2º ano do curso sala de aula.
de Sistema de Informação. Ele explica que O cursinho ainda não dispõe de
não existe um processo seletivo dos alu- apostilas, mas os universitários usam a
nos para ingressar no cursinho, por en- criatividade para buscar provas já apli-
quanto, basta procurar a nova sede da cadas em vestibulares e simulados, apri-
UEG, onde as aulas acontecem e, em morando o conhecimento dos vestibu-
seguida, fazer parte do programa. landos. “As aulas são divididas por ap-
Conforme apresenta o outro co- tidão. Aquele professor que tem mais ha- João Paulo Lago, Prof. Divânio Ramos e
ordenador do projeto, João Paulo Lago, bilidade com português ministra a disci- Wallace Lisboa

12 Dezembro 2008
eleição UEG
Continuidade do trabalho
recebe apoio de eleitores
Terceiro processo democrático reelege o professor Luiz Arantes
para o mandato de reitor 2009/12 Por Dirceu Pinheiro

Conselho Universitário homo- crático na universidade. “Fiz


loga resultado questão de pedir e não de exigir o
Passada a eleição, a Co- voto, em respeito à liberdade de
missão Eleitoral Central divulgou expressão que deve existir dentro
o resultado para a comunidade de uma instituição que forma”,
universitária, aos candidatos, ao afirmou durante a cerimônia.
governador Alcides Rodrigues e Luiz Arantes explicou tam-
ao Conselho Universitário. bém que, assim como a proposta
A homologação do resul- de gestão foi elaborada pela co-
tado do processo eleitoral acon- munidade universitária, pretende
teceu no dia 8 de novembro, em conduzir os rumos da UEG com a
Luiz Arantes é reeleito reitor da UEG
com 61,16% dos votos
Caldas Novas, durante a 49ª Ple- participação de todos. “É impos-
nária do Conselho Universitário. sível consolidar a Universidade
Participaram representantes de to- sem lutar pelos direitos de quem a
A comunidade universitá-
dos os segmentos da comunidade constrói”, disse. Para ele, o gestor
ria da Universidade Estadual de
universitária. Após a homologa- da UEG precisa ter três qualida-
Goiás (UEG), composta por pro-
ção unânime, o Conselho Univer- des: humildade, conhecimento e
fessores, servidores técnico-
sitário deu posse acadêmica ao compromisso com a instituição.
administrativos e alunos, foi às
reitor para um mandato de quatro “Minha esperança se renova
urnas no último dia 31 de ou-
anos (2009/12). quando vejo no rosto de cada um
tubro para escolher, entre cinco
candidatos, quem iria admi- o desejo de continuar e lutar
nistrar a Instituição por mais pelo processo de consolida-
quatro anos. Esse foi o terceiro ção da UEG. Que Deus nos dê
processo democrático para a saúde, sabedoria, humildade
escolha do reitor, que teve e simplicidade nessa nova
grande participação, mesmo o gestão que se inicia”, resu-
voto não sendo obrigatório. miu.
O reitor Luiz Antônio
Arantes foi reeleito com
Em Porangatu o reitor frisou que o objetivo das visitas
era fortalecer o caráter democrático da universidade
Balanço da eleição
61,16% dos votos válidos, o que Em seu discurso, Luiz
representou em números reais A presidente da Comissão
Arantes agradeceu o trabalho da
13.223 votos, e vai gerenciar a Eleitoral Central (CEC) da UEG,
Comissão Eleitoral Central, das
UEG até 2012. Em segundo lugar professora Maria Salette da Trin-
comissões locais e de todos os
ficou o professor Olacir Alves, dade Rebelo, responsável pela
dirigentes, professores, servidores
com 24,98%, com 5.399 votos, condução do processo eleitoral
técnico-administrativos e alunos
segui-do de Augusto Fleury, com que resultou na reeleição do reitor
que, nas palavras do reitor, “cons-
11,11%, 2.403 votos, Edson Cara- Luiz Antônio Arantes, com a pre-
truíram juntos a proposta de ges-
reto, 0,91%, com 196 votos, e ferência de 61,16% do total de
tão para os próximos quatro
Eurípedes Monteiro, 0,59% dos votantes, fez um balanço do tra-
anos”. O reitor ressaltou também
votos, ou seja 128. balho realizado desde que foi
o respeito ao princípio demo-

Dezembro 2008
13
eleição UEG
instituída a comissão pelo Con- Goiás (Ipasgo), órgão responsável Reitor agradece votos
selho Universitário da Universi- pelo repasse dos números dos ser-
dade, no dia 15 de setembro. vidores e docentes aposentados. Após divulgado o resulta-
A Comissão encerrou o do, o reitor Luiz Arantes publi-
trabalho de totalização dos votos cou no Portal da UEG nota de
no dia 5 de novembro, conforme agradecimento pelos votos re-
previa o calendário eleitoral. Em cebidos e se comprometeu em
seguida, encaminhou o resultado trabalhar com a comunidade
ao reitor eleito, aos demais can- universitária no sentido de con-
didatos, ao governador Alcides solidar a Instituição.
Rodrigues e ao Conselho Univer- Luiz Arantes: “por onde passei nessa campanha recebi “Mais uma vez a escolha do
apoio e carinho de toda a comunidade universitária”
sitário. reitor se deu de forma demo-
Juntamente com o resulta- Salette elogiou ainda a postura crática, com a participação de to-
do final, a CEC divulgou também dos cinco candidatos que colo- dos os segmentos da comunidade
a lista de votos por unidades e caram seus nomes à disposição da universitária da UEG, distribuída
pólos, com a quantidade de votos comunidade universitária. por 42 unidades e 15 pólos, pre-
válidos, nulos, brancos e também Para ela, a UEG sai “ama- sentes em todas as regiões do
as abstenções, que ficaram em durecida e fortalecida neste ter- Estado.
torno de 38%. “Considerei nor- ceiro pleito eleitoral, por ter con- Agradecemos a todos os
mal a taxa de abstenção. A comu- tado com candidatos que cum- gestores, professores, servidores
nidade universitária soube res- priram a legislação eleitoral”. A técnico-administrativos e alunos,
ponder ao chamado, tendo em presidente da Comissão destaca que nos receberam com carinho
vista que o voto na UEG não é que o trabalho em conjunto e de durante a campanha eleitoral e,
obrigatório”, salientou Maria sobretudo, aos que depositaram
Salette. confiança em nossa proposta.
Segundo a presidente, a Passado o pleito, espera-
eleição foi um grande desafio mos contar com o apoio de toda
para a instituição, que contou a comunidade universitária para,
com um universo de mais de 28 juntos, continuarmos a luta pela
mil pessoas aptas a votar. “Tive- Diretores, coordenadores e estudantes participam consolidação da UEG, institui-
mos dificuldades que só foram da construção do plano de gestão do professor Luiz Arantes ção que é patrimônio dos goia-
superadas com muito trabalho e equipe das comissões eleitorais nos e representa muito para o
dedicação tanto da Comissão locais e da comissão central foi desenvolvimento do Estado.
Eleitoral Central quanto das co- fundamental para o sucesso do Muito obrigado.”, escreveu em
missões locais instaladas em todas processo eleitoral na UEG. nota Luiz Antônio Arantes, atual e
as unidades e pólos universitários. “Aproveito a oportunidade para próximo reitor.
Nossa maior dificuldade foi a agradecer a dedicação de todos
coleta de informações para com- que se dispu-
por um banco de dados com os seram com afin-
números de eleitores da Univer- co a esta tarefa
sidade”, apresentou. de fazer um tra-
Salette esclareceu que foi balho isento e
um trabalho manual que contou transparente em
com o repasse de informações das prol da demo-
Unidades e pólos, da equipe da cracia na Uni-
Gerência de Recursos Humanos, versidade”,
de acordo com a folha de paga- agradeceu.
mento do mês de setembro, e
também do Instituto de Assistên-
cia dos Servidores do Estado de

14 Dezembro 2008
contran
Contran altera as regras
Mudanças visam melhorar a formação dos condutores e reduzir o número de acidentes de trânsito
Por Wender Borges
A Resolução 285, de 29 de gras previstas pela resolução 168/04, veicular de 15 pa-ra 20 horas aula.
julho de 2008, publicada pelo todavia, alunos matriculados até 31 “Várias ações têm sido de-
Conselho Nacional de Trânsito de dezembro de 2008, em cursos re- senvolvidas para a conscientização
(Contran) em agosto de 2008, altera gulamentados pela resolução em vi- da população, mediante atividades
as regras dos cursos de formação dos gor, terão asseguradas todas as con- conjuntas com o Detran, SEST/
condutores de veículos automotores dições nela estabelecidas. SENAT e outros. Projetos de exten-
e estará em vigor a partir de 1º de O Programa Educando e são e abordagens sob formas de
janeiro de 2009. O curso teórico, Valorizando a Vida (EVV), respon- blitzes educativas são feitas, mas os
atualmente com 30 horas aula, pas- sável há quase três anos pelas avalia- resultados ainda não são satisfató-
sará a ter carga de 45 horas aula. Já o ções, teórica e prática, em todo terri- rios”, diz Silma Julia, ex-diretora do
curso de direção veicular, hoje com tório goiano, verificou aumento sig- EVV e atual Pró-Reitora de Extensão,
carga de 15 horas aula, terá 20 horas nificativo na procura por Carteira Cultura e Assuntos Estudantis da
aula. Nacional de Habilitação (CNH). Se- Universidade Estadual de Goiás, ór-
Com as modificações, o gundo a direção do Programa, que gão ao qual o EVV está diretamente
Contran objetiva melho- ligado. “Em Goiás, todos
rar a formação dos condu- os examinadores são pro-
tores e, consequentemen- fessores da UEG e temos
te, reduzir o número de primado pela qualidade
acidentes de trânsito. Para dos serviços prestados,
isso, a resolução 285 pre- onde o candidato conse-
vê que o curso teórico gue ser aprovado median-
aborde questões como a te, e tão somente, por mé-
direção de veículos em si- rito seu. Já a nova resolu-
tuação de risco, equipa- ção é uma importante fer-
mentos de segurança do ramenta de auxílio para a
condutor motociclista, conscientização do con-
condução de motociclet- dutor, gerando mudanças
as com passageiro ou car- necessárias e benéficas
ga e o consumo de bebida Blitzes educativas são feitas, mas os resultados ainda não são satisfatórios. para o cotidiano do trân-
alcoólica e substâncias sito goiano e a oportuni-
psicoativas. surgiu da parceria entre a Universi- dade para a continuidade dos traba-
Segundo a resolução 285, dade Estadual de Goiás (UEG) e o lhos outrora iniciados”, conclui a
passa a ser permitido que o curso de Departamento de Trânsito do Estado Pró-Reitora.
prática de direção para motocicletas de Goiás (Detran), dentre os motivos
seja realizado em via pública, tão lo- mais citados pela
go seja verificado que o candidato população para
tenha pleno domínio do veículo. Ins- justificar a grande CENTRO DE FORMAÇÃO DE
truções preliminares serão dadas em demanda, está a CONDUTORES CERES
circuito fechado e o monitoramen- ampliação das “Direção certa para o seu futuro”
to, em via pública, será realizado pe- horas aula no cur-
Imagem Ilustrativa: Internet

lo instrutor em outro veículo. Os can- so de formação de


didatos, no entanto, deverão realizar condutores, onde Marco Antônio dos Santos
- Diretor Geral -
a prática de direção mesmo em con- o curso teórico-
dições climáticas adversas, como por técnico passa de
exemplo, na chuva, nevoeiro ou noi- 30 para 45 horas
Rua 16 n.º 31 - Centro - Ceres - GO
te. aula e o curso prá- CEP 76.300-000 (62) 3307-1021
A resolução 285 altera as re- tico de direção cfc.ceres@uol.com.br

Dezembro 2008
15
notinhas
LABORATÓRIO DE SOLOS DA ESCOLA AGROTÉCNICA FEDERAL DE CERES - EAFCe
A EAFCe possui papel relevante na difusão do conhecimento e da tecnologia para a
agropecuária na Região do Vale de São Patrício. O uso constante do solo, sem o emprego de
técnicas adequadas, pode fazer com que extensas áreas dessa região, onde a escola está
inserida, entrem em processo de degradação, diminuindo a sua produtividade. Nesse
sentido, os programas tecnológicos que envolvam o diagnóstico das condições físicas e
químicas dos solos são de grande importância para a racionalização do uso de corretivos e
fertilizantes, de forma a melhorar a fertilidade e a produtividade dos solos, sem comprometer
o meio ambiente.
Nessa perspectiva, em breve, a EAFCe colocará à disposição da comunidade do Vale de
São Patrício, um Laboratório de Solos, onde serão realizadas análises das características
físicas e químicas do solo, tais como: textura, pH, teor de macronutrientes entre outras, bem
como análise de calcário. Dessa forma, o produtor não precisará enviar as suas amostras para outros municípios, obtendo os
resultados com menor custo e rapidez. Para maiores informações entre em contato com a Escola pelo telefone (62) 3307-7100 ou
pelo email: eafce@eafce.gov.br.

Criação Comercial de Animais Silvestres na EAFCe


A EAFCe iniciou a criação comercial de capivaras visando explorar o potencial
zootécnico da espécie, levando em conta sua importância no contexto ambiental. Esses
animais são criados no sistema semi-intensivo, indicado para pequenas e médias
propriedades que objetivam aumentar sua renda.
Nosso interesse também em criar essa espécie é desenvolver novas técnicas de manejo
para serem empregadas em futuras criações em cativeiro ou populações naturais,
promovendo estudos comportamentais, nutricionais e reprodutivos, auxiliando na
preservação da espécie.
As capivaras estão colocadas numa área de aproximadamente 1,3 ha., formando
grupos fechados, onde temos um macho dominante, diversas fêmeas aparentadas, filhotes e
machos subordinados, que normalmente são periféricos ao grupo. O criadouro da EAFCe
possui água corrente de boa qualidade e disponibilidade durante o ano todo, proporcionando condições ambientais adequadas
para atender às necessidades básicas dos animais tais como: beber, banhar, copular e proteger-se contra predadores.

Nova lei de estágio Agradecimento pelas parcerias


O governo brasileiro, com Durante vários anos pudemos contar com a grande colaboração
o propósito de conceder das Instituições de Ensino das redes Pública: Colégio Estadual
maiores oportunidades de Hélio Veloso; Escola Municipal Pequeno Príncipe; Colégio
aprendizado e capacitação aos jovens Estadual São Tomaz de Aquino; Escola Municipal Zé Ferino
estudantes, aprovou a nova lei do estágio Dutra; Colégio Estadual Rui Barbosa; Colégio Estadual Virgílio
(11.788 de 25/9/08) obedecendo as seguintes
do Vale e Escola Agrotécnica Federal de Ceres.
determinações:
As escolas da cidade de Ceres e Rialma nos garantiram a
Jornada diária máxima de seis
realização de aulas durante o tempo em que a Instituição
horas e semanal de 30 horas;
aguardava a definitiva entrega das novas instalações da
Concessão de bolsa e Universidade Estadual de Goiás – UnU Ceres.
auxílio-transporte;
É com grande alegria e satisfação que agradecemos a todos os
Concessão de recesso remunerado;
diretores, coordenadores e colaboradores, de todas as
Prazo máximo de estágio de
instituições as quais nos serviram, por tanto tempo e com
dois anos.
tanta presteza.

16 Dezembro 2008
notinhas
Alunos de Sistemas de Informação se destacam em concursos
Em busca de estabilidade, milhares de brasileiros tentam todos os anos uma vaga no
serviço público. A garantia de salário até o fim da vida leva profissionais com carreira
e emprego a se dedicarem às apostilas dos concursos.
Os alunos do 4º ano do curso de Sistemas de Informação, Douglas Rolins Santana e
Edivan Carneiro de Castro, foram aprovados no concurso da Escola Federal Técnica de
Uruaçu, instalada no interior de Goiás. E Danilo Donizeth Mendonça Silva,
também estudante do 4º ano, passou no concurso do Banco do Brasil e CEF.

Eleição para coordenador


Monografias com gosto
No dia 26 de novembro os professores Milson
de formatura
Vieira de Sousa Junior e Guthemberg de Souza Via de regra, pode-se definir uma
Borges foram eleitos para ocupar os cargos de monografia como um texto ou artigo
Coordenadores do Curso de Enfermagem e explicativo, sendo que todas as
Sistemas de Informação, da UEG - Unidade monografias apresentam um conteúdo
específico relacionado a um tema
Universitária de Ceres, respectivamente.
concreto. A própria palavra “monografia”
Seus mandatos vigorarão nos anos
advém de mono – um e grafia – tema =
de 2009 e 2010. monografia. Há um passo para o sucesso,
os alunos do curso de Sistemas de
Informação defendem seus projetos e
UEG vai à comunidade monografias para conclusão do curso
Dia 26 de novembro iniciou-se nos laboratórios neste final de semestre. Em breve, parte
da UEG – Unidade Universitária de Ceres uma dos artigos serão publicados nas futuras
campanha social que visa a saúde da mulher. edições da Revista Provale.
Na ocasião os alunos do Curso de Enfermagem,
orientados por seus docentes, realizaram
exames preventivos ginecológicos. A campanha
se estendeu até a primeira semana de dezembro.

Cultura e conhecimento
Incentivados pelo professor Danival os alunos do
segundo ano de Enfermagem apresentaram peças
de teatro envolvendo cultura, comédia e os
conhecimentos adquiridos na disciplina de
farmacologia. Parabéns pela iniciativa.

Dezembro 2008
17
entrevista
Trabalho vencido pela persistência e
perseverança
Em entrevista exclusiva à Revista Provale, o reitor da Universidade Estadual de Goiás,
Luiz Antônio Arantes falou sobre uma gama diferenciada de assuntos, abordando desde a
redução feita pelo Estado de repasse de verbas à instituição, como projetos realizados e
almejados, até dicas para os formandos contratarem empresas que prestam
serviço de colação de grau.

que tem sido cumprido rigorosamen- tenção, e não para investimento e


te desde o nosso acerto. Nesses R$ pessoal.
600 mil incluímos o fundo rotativo Tivemos várias reuniões com
das unidades, que é o recurso para a equipe técnica da Secretaria da
sua manutenção diária, serviço Fazenda, com o líder do governo, de-
de vigilância e outros serviços putado Evandro Magal, e com o pro-
imprescindíveis para o positor da emenda que é o deputado
funcionamento da UEG Wellington Valim, expusemos as
no seu dia-a-dia. nossas preocupações e também nos-
Sabemos que sa compreensão no sentido de que
quando se fala em definindo que esse percentual é ape-
definições orçamentá- nas para manutenção, na verdade a
rias para as universidades, universidade sai ganhando financei-
não podemos esquecer que elas ramente, porque o que tem sido re-
são instituições permanentes e é passado hoje para as ações de ma-
Luiz Antônio Arantes - Reitor da UEG
fundamental que se garanta legal- nutenção da universidade, que é da
mente esse percentual, porém, ordem de R$ 600 mil, isso iria para
Revista Provale: O senhor poderia mais importante ainda, o cumpri- R$ 1,4 milhões, aproximadamente.
falar sobre a redução do Estado de re- mento financeiro. Porque não basta Isso contribuiria para melhorar o fun-
passe de verbas e quais as medidas apenas ter assegurado na lei, na do rotativo, ampliar as atividades no
serão tomadas diante dessa redução Constituição, não concretizando isso setor básico da universidade que são
do governo? Como fica a situação do junto à universidade para atender a as suas ações estruturantes, que di-
ensino superior estadual? sua necessidade de manutenção zem respeito à manutenção.
investimento e pessoal. O que discu- A assembléia ainda não votou,
Luiz Arantes: O que está sendo timos, quando o deputado Welling- o deputado pediu vistas do processo e
proposto pela emenda parlamentar, ton Valim apresentou a emenda, e eu estamos acompanhando de perto,
na verdade, não é uma redução de me posicionei contrário, conforme prestando as nossas contribuições e
verba. É uma definição no processo estava a redação na primeira versão, fazendo a defesa da universidade.
de transferência de recurso para a é que de fato,
universidade, definindo, 0,25% do que se ficasse
orçamento do Estado para a manu-
tenção da UEG. A universidade tinha
apenas 0,25%
para a universi- Print
CARTUCHOS E TONNERS PARA IMPRESSÃO REMANUFATURADOS
uma mesada anteriormente definida dade, ela na
em R$ 150 mil, mas isso nunca che- verdade se in-
gou a ser concluído 100%. Ela che- viabilizaria, e EPSON
gou a apenas R$ 15 mil por mês e de- isso o deputa-
pois a zero. Assim que nós assumi- do já concor-
mos a reitoria, fomos buscar junto ao dou em mudar
governo, através do secretário da a redação, des-
fazenda, Jorcelino Braga, esse pleito tinando o per-
da manutenção da UEG. E ficou ajus- centual de
tado com ele R$ 600 mil por mês 0,25 apenas
para manutenção da universidade, o para sua manu-

18 Dezembro 2008
entrevista
Mas também compreen- do dirigente da universidade, que foi econômica mundial e continue in-
dendo que o governo precisa fazer realizada em outubro, a eleição para vestindo dentro das unidades uni-
adequações nas despesas do Estado. reitor e que aproveitamos também o versitárias como fez durante o ano de
Mas não está aí a proposta de redu- espaço para agradecer toda a comu- 2008.
ção de investimentos na universida- nidade acadêmica pelo apoio rece-
de, apenas uma adequação para que bido na ordem de 62% dos votos. RP: Existe também o projeto de insta-
o Estado também não fique apenas Mas esse compromisso nosso perma- lação de incubadoras. Como funcio-
maquiando aquilo que propõe na lei nece. Temos também a conclusão de na esse projeto e qual a importância
e não cumpre efetivamente dentro da obras em 2008, como é o caso da dessas incubadoras para gestão da
universidade. Compreendemos tam- unidade em Ceres, a ampliação de UEG? Além de Ceres, quais cidades
bém o espírito do governo no sentido laboratórios realizadas em Ceres e têm o projeto em andamento?
de procurar dar essa transparência e outras unidades universitárias. Conti-
li-sura nos investimentos públicos. nuaremos buscando incansavelmen- LA: Dentro dessas ações previstas já
te a realização de outras obras que na nossa gestão, a política de incu-
RP: O senhor poderia, então, avaliar estão em andamento. bação de empresas dentro das uni-
as atividades da UEG em 2008, se foi Com certeza o ano de 2009 versidades ela tem ganhado corpo
possível alcançar as metas traçadas será o ano que estaremos concluindo durante o ano de 2008 e com certeza
para o ano? Poderia traçar as pers- essas obras, mobiliando todas elas, estará mais robusto no ano de 2009.
pectivas e projetos para 2009? como já iniciamos no ano de 2008, A incubadora de empresa é um pro-
com aquisição de mobiliários (cartei- cedimento interessante porque pro-
LA: Eu e toda a comunidade acadê- move um espaço para os acadêmicos
mica sabemos do quadro da universi- Continuaremos buscando desenvolverem atividades bastante
dade da época em que eu assumi a incansavelmente a específicas voltadas para a melhoria
reitoria, há pouco mais de dois anos. realização de outras da qualificação da sua área de es-
Era um quadro extremamente preo- obras que estão em colha profissional, bem como na in-
cupante. Trabalhamos no sentido de serção no mercado de trabalho. E al-
andamento.
viabilizar a instituição naquele mo- gumas das nossas unidades já estão
mento crítico. Isso era a primeira determinadas a receber as incuba-
meta nossa e essa meta foi alcançada ras, mesas, armários, data-shows pa- doras de empresa nas mais diversas
ao longo desses dois anos. Especifi- ra os cursos, computadores – temos áreas de atuação. Uma delas é a uni-
camente, o ano de 2008 foi um dos uma ordem de serviço de 1,2 mil má- dade de Ceres, e o professor Divânio
melhores anos para a universidade, quinas, sendo que 300 já foram lici- Ramos tem feito uma discussão
no que diz respeito aos recursos para tadas recentemente), prover as uni- permanente junto à universidade a o
investimento e manutenção. E algu- dades de veículos novos no de 2009, Sebrae – que é um parceiro nosso –,
mas conquistas também na esfera dando assim maior comodidade para para concluir os procedimentos e
federal, como por exemplo, emendas os dirigentes, servidores e professo- implantar já em 2009 incubadora de
parlamentares, que pela primeira vez res nos seus deslocamentos, investir empresa na unidade de Ceres. Outras
a universidade consegue colocar e- em laboratórios e bibliotecas como nove incubadoras de empresas estão
mendas com chances reais de tirar está previsto em nosso plano de tra- previstas. Mas esse é um processo
esses recursos hoje da ordem de R$ 3 balho e esses procedimentos já foram que vai ampliar onde houver neces-
milhões para investimento em bibli- tomados para bus-
otecas e laboratórios. Estabelecemos ca de licitação de
também como diretrizes para 2008 livros e equipa-
fazer uma série de ajustes em proce- mentos precisos
dimentos internos, como desburo- ao provimento
cratizar processos para dar mais agi- dessas necessi-
lidade às ações da universidade, dis- dades dentro da
cutir internamente a universidade so- universidade. E
bre seus horizontes futuros e isso tu- esperamos tam-
do foi realizado durante esse perío- bém que o ano de
do. Então na nossa avaliação, no ano 2009, o Estado não
de 2008, atingimos as metas propos- tenha sofrido par-
tas. E uma dessas metas era assegurar tes mais consis-
à realização democrática da escolha tentes dessa crise

Dezembro 2008
19
entrevista
sidade. E estamos buscando outras sidade fica os nossos cumprimentos sagem que o senhor deixa para a
parcerias também para 2009, que pela presença e contribuição dos comunidade uegeana neste fi-nal de
são parcerias nacionais e interna- acadêmicos durante os 3, 4 e 5 anos ano?
cionais. Devemos instalar um centro que permaneceram na instituição.
de cooperação internacional, impor- Mas fica também a recomendação LA: Queria dizer ainda que a Uni-
tante para manter o intercâmbio en- principalmente àqueles que se orga- versidade Estadual de Goiás apesar
tre professores, alunos, servidores e nizam em comissões para escolhe- de muitas críticas que às vezes
também um intercâmbio cultural, rem as empresas que prestam servi- recebe, é normal e natural. Ela é uma
que tivemos oportunidade através de ços no período da colação de grau. universidade jovem ainda, vai co-
uma cooperação celebrada entre a Não temos nenhum direito de memorar seu 10º aniversário no ano
UEG e a universidade de Portugal, o que vem. A exemplo de univer-
“...recomendamos que antes
qual vai promover a oportunidade de sidades centenárias, também tem
alunos da UEG, da unidade de Goiás, de fechar qualquer contrato problema e é criticada, mas também
uma visita àquele país, àquela verificar primeiro a é uma universidade muito respeitada
instituição. E ampliar também as idoneidade da empresa, pela comunidade goiana, tem
nossas ações na área da formação, sua tradição, dos serviços prestado um excelente trabalho, não
como os mestrados e a implantação prestados, da qualidade só como universidade que forma
dos nossos primeiros doutorados. desses serviços...” para as várias áreas profissionais,
Essas também são metas nossas para mas também para vários segmentos
intervir nesse processo de escolha
2009 a 2012 que é o período da diferenciados do nosso Estado: como
das empresas a serem contratadas
nossa gestão, assim como os con- para o agronegócio, para segurança,
para as atividades festivas e para o
cursos públicos, que estamos finali- para a indústria. Eu queria dizer ao
ato da colação de grau, mas reco-
zando o primeiro de 475 vagas para povo goiano e a comunidade aca-
mendamos que antes de fechar qual-
professores e, assim que aprovado o dêmica em geral que a UEG é uma
quer contrato verificar primeiro a
plano de cargo e vencimento admi- instituição que caminha hoje a pas-
idoneidade da empresa, sua tradi-
nistrativo, abrir o primeiro concurso sos largos para sua consolidação. E
ção, dos serviços prestados, da quali-
para os técnicos administrativos para essa consolidação passa por mo-
dade desses serviços, porque isso é
as universidades. Então são ações mentos de embates, debates, mas
muito importante. Já tivemos notícias
que nós perseguimos e estamos em principalmente pela realização de
de alguns inconvenientes, mesmo na
fase conclusiva agora. seus objetivos primordiais que é a
nossa instituição, quando esses servi-
busca do ensino de qualidade, pes-
ços não foram cumpridos de acordo
RP: Falando de um outro assunto, quisa por excelência e da extensão
com o estabelecido em contrato.
encerramento de ano é comum os que intervém na transformação da
Quanto da nossa parte, o que reco-
universitários formandos contrata- sociedade. Esse é o nosso desejo, e
mendamos é isso: cautela, verificar
rem empresas para cuidar das cele- também desejar aí um Natal com
com que já teve essa experiência, se
brações da formatura. O senhor po- muita paz e saúde e um Ano Novo
aquela empresa pode realmente ser
deria falar sobre as principais preo- festivo com muita esperança e muitas
contratada porque presta bom
cupações e precauções que devem realizações a toda família uegena.
serviço, se ela cumpre o cronograma
ser tomadas quando as turmas forem
acertado, se tem
fechar os contratos?
boa referência no
mercado. No mais
LA: Todo final de curso é um momen-
to de alegria para os nossos acadê-
é desejar a todos
�rroz
TIO JORGE
os formandos uma
micos, porque é uma fase conclusiva
belíssima festa,
de uma etapa definida através de um
comemorar junto
processo seletivo. Para a universi-
JR Design

à sua família, a co- ����������T�������


dade fica a saudade deles, dessa fase
munidade e exer-
da graduação e a felicidade deles es-
cer efetivamente a O Arroz Tio Jorge, deseja
tarem definitivamente entrando para
sua profissão no
o mercado de trabalho com uma Boas Festas e Feliz Ano Novo
mercado.
qualificação diferenciada. Da nossa a todos os clientes
parte enquanto gestor da univer- e consumidores!
RP: Qual a men-

20 Dezembro 2008
cultura

Foto: Cristovam Filho


Para ler
Comunicação nos diferentes con- dores de aplicações Web; A criar páginas nança de TI. 1ª
textos da enfermagem dinâmicas utilizando JSP, Servlets, JSTL, Edição. Número
Autores: Maguida Costa Stefanelli, tags customizadas e padrões de de páginas: 290
Emilia Campos de Carvalho desenvolvimento como MVC e DAO; A
Editora: Manole desenvolver utilizando frameworks co-
Data da Publi- mo JavaServer Faces, Spring e Hibernate; Bullying Escolar
cação: Maio A criar projetos EJB 3 utilizando a Java – Perguntas e
2004 Persistence API (JPA); A gerar e consumir Respostas
A Série Enfer- Web Services através do NetBeans; A Autores: Cleo
magem busca utilizar o Visual Web JSF (antigo Visual Fante e José
facilitar o aces- Web Pack) com acesso a dados; A Augusto Pedra
so ao conteúdo integrar o Visual Web JSF com Spring e Editora: Artmed
do programa Hibernate; A trabalhar com AJAX através Data da Publicação: Março 2008
de formação de plugins integrados ao NetBeans; O bullying é uma
do enfermeiro, Como desenvolver aplicações utilizando das formas de vio-
incorporando Rails 2.0.2 com Ruby ou JRuby; lência que mais
práticas peda- De brinde, no CD-ROM, 200 páginas a cresce no mundo e
gógicas com- mais contendo seis capítulos extras. é causa de grande
patíveis com os recursos de saúde e de sofrime nto. Sã o
educação. Para isso, foram convidados Governança de TI: Tecnologia da meninos e meninas expostos às mais di-
professores e profissionais com expe- Informação versas situações repetitivas de humilha-
riência nas áreas de educação, assistên- Autores: Peter Weill e Jeanne Ross ções, constrangimentos, apelidos joco-
cia e pesquisa para ensinar os processos Editora: M. Books sos, intimidações, difamações. Como
específicos do cuidar em enfermagem. Data da Publicação: Janeiro 2005 conseqüências, encontram-se o compro-
Ao investir dessa maneira na divulgação Você está obtendo metimento da saúde emocional, da qua-
dos conhecimentos da prática da enfer- resultados sufici- lidade das relações interpessoais, da
magem, esta série certamente produzirá entes de seus in- construção da cidadania e, principal-
um grande salto qualitativo no cenário vestimentos em mente, da ruptura no processo educa-
da saúde. A Comunicação nos Diferentes Te c n o l o g i a d a cional, podendo ser apontado como
Contextos da Enfermagem convida o Informação? Um uma das causas dos elevados índices de
leitor a refletir sobre o uso da comunica- grande número de evasão e retenção escolar no País. 1ª
ção na prática assistencial dos enfer- iniciativas de TI Edição. Número de páginas: 132
meiros. Nesta obra, as autoras abordam tem fracassado em
teorias da comunicação humana utiliza- proporcionar os Déficit de Atenção e Hiperatividade e
das em enfermagem, conceito e estraté- resultados essen- as Funções Executivas - Autor: Saul
gias da comunicação terapêutica, bem ciais que as empresas esperavam. Neste Cypel - Editora: Lemos Editorial
como fatores que podem impedir sua importante livro, os especialistas Peter Data da Publicação: Janeiro 2007
utilização adequada, mostrando a ne- Weill e Jeanne W. Ross explicam por quê Este livro é dirigido a to-
cessidade de associar o conhecimento e mostram exatamente o que as empre- dos os profissionais, que
em comunicação com as demais compe- sas devem fazer para colher os reais lidam com crianças, se-
tências do enfermeiro. 1ª Edição. frutos de seus investimentos em TI. Em jam professores, peda-
Número de páginas: 159 “Governança de TI”, os autores mostram gogos, psicólogos, fo-
como conceber e implementar um siste- noaudiólogos, pedia-
Desenvolvendo Aplicações Web com ma de direitos decisórios que enderecem tras, neuropediatras e
NetBeans IDE 6 três questões fundamentais - Quais de- outros. É principalmente
Autor: Edson Gonçalves cisões devem ser tomadas para garantir dirigido aos pais, para os
Editora: Ciência Moderna um uso e uma gestão apropriados da TI? quais foi escrito de forma a tornar a
Data da Publicação: Quem deve tomar estas decisões? Como leitura acessível e informativa; estes mui-
Março 2008 tomá-las e monitorá-las? Com suas ilus- tas vezes, encontram-se aturdidos diante
Nesta obra, com uma trações vividas de sistemas de gover- de referências diagnósticos e expressões
abordagem ilustrada nança usados pelas empresas de melhor técnicas qualificando seus filhos e cer-
através de exemplos, desempenho nos setores público e com tamente encontrarão os devidos esclare-
incluindo estudos de fins lucrativos - incluindo a Du Pont, a cimentos nos capítulos que se seguem. 3ª
caso, o leitor apren- UPS, a UNICEF, a State Street Corpo- Edição revisada e ampliada. Número de
derá: Como instalar o ration, a Motorola e a Panalpina -, este páginas: 135
NetBeans IDE, confi- livro oferece um framework e ferramen-
gurar e utilizar servi- tas para customizar um sistema de gover-

Dezembro 2008
21
gestão
Em busca do ensino democrático
Educadores e estudantes discutem gestão como fator fundamental para
apredizagem nas instituições de ensino
“A participação é a forma de cursos, principalmente ligados as formação da uni-versidade.
ficarmos diretamente verificando co- áreas da saúde. “A educação, assim como a socie-
mo as coisas estão sendo feitas, nos Assim, a gestão educacional dade, passa por grandes mudanças. E
inteirando do que é feito com o di- pode envolver uma gestão partici- é preciso se adaptar a essas mudan-
nheiro público e termos poder de de- pativa, democrática e educativa. ças. Para isso é necessário rever a
cisão sobre isso. É poder contribuir, Conforme conta a vice-diretora da gestão das empresas como um todo,
ser sujeito na construção de políticas. UEG-Ceres, Silvia Rodrigues em especial das instituições de ensi-
Não é só para controlar a corrupção, Laignier, o trabalho é realizado em no, já que, hoje, recai na formação
mas pelo direito que todo cidadão conjunto desde o início da institui- humana, uma formação mais holís-
tem de ter acesso e influência sobre ção. “Tudo sempre foi discutido de tica. O ser humano precisa ser co-
os recursos públicos.” Essa é a idéia forma bem democrática, um respei- nhecedor dos seus direitos e de-
de gestão participativa de- veres. E o gestor é o grande articu-
fendida pelo cientista político lador desta mudança”, frisa.
Sérgio Baierle. A participação de todos é fun-
A palavra gestão é sinô- damental, uma vez que cada um
nima de administração. Toda e representa sua categoria e traz as
qualquer empresa necessita de reivindicações do segmento, to-
uma administração, mas a prática das atendidas por prioridade.
gerencial pode ser muito mais “Podemos dizer que há uma har-
abrangente atingindo as institui- monia entre os participantes, o
ções educacionais. Com o obje- que nos viabiliza chegar aos nos-
tivo de propiciar às instituições sos objetivos”, acrescenta. Além
de ensino uma administração do conselho, ela ressalta que
Membros do Conselho Acadêmico
eficiente, que colabore qualitati- tando a idéia do outro”, recorda. “O existe a congregação, composta por
vamente para as demais atividades item fundamental de uma gestão par- todos os funcionários da unidade,
desenvolvidas, a gestão participativa ticipativa é ter idéia de que essa é corpo docente, corpo discente e as-
vem ganhando cada vez mais espaço uma gestão de transparência”, frisa. sociações representativas de diversos
dentro dessas instituições, superando Juntos, os integrantes planejam ava- segmentos da comunidade. A con-
o antigo pensamento que apenas liações, métodos didáticos, eventos. gregação se reúne uma vez por ano
empresas necessitavam de gestão e Enfim, tudo o que estiver relacionado para apresentar os objetivos alcança-
que instituições educacionais não ao processo de ensino/aprendiza- dos e traçar perspectivas para o futu-
deveriam utilizar desse tipo de pers- gem. E este planejamento é feito atra- ro. “Qualquer projeto de aprovação
pectiva. vés do Projeto Político Pedagógico de curso, passa pela congregação,
A gestão participativa da (PPP), que tem o objetivo de orientar que tem por objetivo atender os inte-
UEG-Ceres como é concebida atual- a todos, tanto na construção quanto resses em comum da sociedade
mente, perpassa por uma transfor- da aplicação efetiva das ações. “A ceresina”, finaliza.
mação. Dela, participam os seguintes gestão é o carro-chefe de toda e
integrantes: diretoria, secretários, co- qualquer institui-ção
ordenadores de curso, funcionários e educacional. Mas hoje,
universitários de escola. Estes profis- identificamos que muitas
sionais estão envolvidos para efetivar pessoas não sa-bem de
uma unidade de ação no estabeleci- sua importância e de sua
mento de ensino, voltada para a visibilidade. A ges-tão
construção de excelência, em torno tem que ter uma visão
dos seus objetivos. Eles se reúnem to- global e específica”, afir-
das as quartas-feiras no período da ma Silvia, apontando que
tarde para discutir projetos e o desen- já teve representações
volvimento da instituição. O resul- que colaboraram muito
tado disso foi a implantação de novos para o processo de

22 Dezembro 2008
beleza
A vaidade e o ensino superior
Ceres pode ser a próxima cidade a oferecer o curso de superior
seqüencial em Gestão das Organizações da Beleza

Imagem Ilustrativa: Internet


A atenção direcionada a cologia, Ética e Legis-
imagem pessoal, a estética e a be- lação, Estética Capilar,
leza tornou-se, nos últimos anos, Microbiologia e Imu-
um pensamento constante que nologia, Nutrição e
atinge boa parte da população Educação Alimentar,
os produtos certos para as oca-
mundial. Dados do Serviço Brasi- Empreendedorismo, Colorimetria
siões certas.
leiro de Apoio às Micro e Peque- e Marketing Pessoal.
A Unidade Universitária
nas Empresas (Sebrae), o Brasil é Atualmente, o curso se en-
de Ceres, com o interesse de aten-
hoje o terceiro mercado de beleza contra disponível na Universida-
der a todos os profissionais do
no mundo, e o setor já movimenta de Estadual de Goiás nas Uni-
município e região, realizará por
no País uma quantia considerável dades Universitárias de Goiânia,
meio de uma pesquisa um levan-
de R$ 15,4 bilhões/ano, sendo no setor Laranjeiras, Aparecida de
tamento da demanda para via-
que os cuidados com os cabelos Goiânia, Inhumas, Jussara, Quiri-
bilizar a implantação deste curso
ocupam a primeira posição em nópolis, e, brevemente, em Ceres.
na cidade. “Com o surgimento de
gastos. Vale ressaltar que para implantar
um consumidor com elevada
Atualmente, há mais de o curso nestes municípios, a par-
exigência e um mercado neces-
três milhões de cabeleireiros no ticipação de entidades de classe
sitando a cada dia buscar a quali-
País. São aproximadamente 400 foi fundamental. O apoio em prol
ficação profissional, o curso supe-
mil salões de cabeleireiros. Aten- dos atuais e futuros profissionais
rior se tornou um processo natural
tos a todas estas tendências, o da beleza veio do Núcleo da Bele-
e necessário”, afirma a coordena-
Curso Superior Seqüencial em za, da Rede da Beleza, da Asso-
dora pedagógica da UEG-Ceres,
Gestão das Organizações da Bele- ciação dos Profissionais da Beleza
Leandra Moreira de Santana.
za é destinado a todos os profis- do Estado de Goiás (Aprobel), As-
sionais que atuam ou desejam sociação dos Esteticistas do Esta-

Foto: Cristovam Filho


atuar na área da beleza, abran- do de Goiás (Apego) e Sindicato
gendo esteticistas, cabeleireiros, dos Profissionais da Beleza do
manicuras e pedicuras que já atu- Estado de Goiás (Sindibeleza).
am no setor e desejam aprimorar O representante da catego-
conhecimentos e habilidades téc- ria no Poder Legislativo, o deputa-
nicas. Seu objetivo é formar pro- do Luis Cesar Bueno (PT), defende
fissionais em nível superior, espe- que na Europa e Estados Unidos,
cializados no conjunto de técni- para abrir um salão de beleza é
cas que valorizam a beleza. Além como se fosse inaugurar uma far-
disso, este público passa a adqui- mácia. “Lá é necessário um profis-
rir conhecimento multidisciplinar sional com nível superior, en-
nas áreas de gestão, marketing, fi- quanto aqui não existe essa ne-
nanças, logística, química e bio- cessidade”, disse em audiência
logia. No conteúdo do curso pública, em Brasília. Para ele, o
constam disciplinas que integram curso garante um profissional de
técnicas profissionais e relações beleza que além de ser gestor do
humanas, como Introdução à Psi- empreendimento, saberá utilizar

Dezembro 2008
23
entrevista Marcos Elias Moreira
Presidente do Conselho Estadual de Educação

História em defesa da educação


Por Cida Almeida
período 2000 a 2008, principal- gem das Ciências Sociais para a Edu-
Foto: José Afonso Viana

mente nos cursos de formação de cação. Nesse quesito, inclusive, não


professores. Foi Secretário Geral da podemos desconhecer a relação en-
Estatuinte que elaborou os principais tre educação e sociedade.
documentos da UEG e também in-
tegrou o Conselho de Curadores da RP: Quais os aspectos que o senhor
Fundação Universidade Estadual de aborda em seu trabalho?
Goiás. É conselheiro do Conselho
Estadual de Educação onde, atual- ME: Faço, inicialmente, uma discus-
mente, exerce a presidência no ter- são sobre o conceito de Universida-
ceiro mandato. Já exerceu a presi- de e, rapidamente, a história dessa
dência da Câmara de Educação Su- instituição no Brasil. Em seguida
perior do CEE. Dentre os inúmeros apresento uma visão panorâmica da
processos que relatou, destaca-se o história de Goiás, particularmente,
de recredenciamento da UEG. da educação superior aqui. Concluo
Marcos Elias Moreira tem essa análise e o primeiro capítulo
uma história construída em defesa da com a criação da UEG. No segundo
Marcos Elias Moreira, 42 educação pública em Goiás. É um capítulo passo em revista a aspectos
anos, nasceu no município de Jan- apaixonado pela escola pública, on- da trajetória dessa Universidade co-
daia (GO). Estudou sempre em de sempre estudou. É mestre pela Fa- mo o próprio debate público em tor-
instituições públicas de educação. culdade de Educação da Universi- no de sua criação. Analiso os primei-
Passou pelo Grupo Escolar Presi- dade Federal de Goiás. Em sua ros conflitos como aquele relativo à
dente Kennedy (Palmeiras de Goiás), dissertação de mestrado aborda jus- cobrança de mensalidades ou aque-
Colégio Estadual de Palmeiras de tamente a Educação Superior em les ligados à elaboração do estatuto e
Goiás, Colégio Estadual Dom Pedro I Goiás, com um capítulo especial so- do regimento por meio da estatuinte.
(Amorinópolis), Colégio Estadual bre a Universidade Estadual de Concluo esse capítulo com a apre-
Elias Araújo Rocha (Iporá), Univer- Goiás, instituição que ajudou a fun- sentação do recredenciamento da
sidade Federal de Goiás (graduação dar. A UEG também fez parte da ban- UEG pelo CEE. O trabalho apresenta
em Ciências Sociais e mestrado em deira de luta do jovem estudante e uma análise, no formato de conclu-
Educação), e Centro Federal de Edu- militante estudantil Marcos Elias Mo- são, de diversos aspectos dessa traje-
cação Tecnológica (especialização reira. É sobre a UEG que o professor tória histórica.
em Inovação Tecnológica). e presidente do Conselho Estadual de
Participou do movi- Educação Marcos Elias Moreira fala RP: O que destaca de mais impor-
mento estudantil, onde exerceu di- nesta entrevista. tante no processo de criação da
versos cargos, inclusive o de presi- UEG?
dente da União Estadual dos Estu- Revista Provale: O senhor é forma-
dantes de Goiás (UEE). Foi chefe de do em Ciências Sociais. Por que re- ME: A própria repercussão do ato.
gabinete da deputada Denise Car- solveu fazer mestrado na área de Ou seja, a sociedade goiana recebeu
valho, então presidente da Comissão educação e tendo como objeto de com um entusiasmo ímpar a propos-
de Educação da Assembléia Legisla- estudo a UEG? ta de criação dessa Universidade.
tiva de Goiás. Também foi Chefe de Apresento, inclusive, uma leitura
Gabinete e Superintendente de De- Marcos Elias: Desde minha passa- pessoal sobre quais as razões que le-
senvolvimento Científico e Tecnoló- gem pelo então Segundo Grau já varam a essa receptividade. Essa es-
gico da Secretaria de Ciência e Tec- participava do movimento estudantil taria ligada, sobretudo, às transfor-
nologia, na gestão do secretário e, nessa condição, discutia e tinha mações socioeconômicas vividas pe-
Gilvane Felipe. Está desde 2006 co- sempre presente uma preocupação lo Estado de Goiás ao longo do Sécu-
ordenando a política de Ensino Mé- com a educação, seus problemas e lo XX, particularmente, depois da
dio da Secretaria de Educação. suas perspectivas. Dessa forma eu instituição, no Governo Vargas da
Lecionou na UEG entre o diria que foi natural a minha passa- chamada Marcha para o Oeste e

24 Dezembro 2008
entrevista
chamada Marcha para o Oeste e dois elementos para uma reflexão: o que, talvez, coloque a necessidade
culminando com a construção de primeiro deles é o da força política de de um diálogo interno no sentido de
Brasília por JK. Outra influencia nosso Estado dentro da Federação. sua consolidação como a da princi-
determinante deve ser localizada na Nesse caso não podemos desconhe- pal instituição para o desenvolvi-
movimentação da sociedade civil cer que, para a criação da UFG a mento da educação goiana. Nesse
goiana em sua mobilização visando bancada goiana precisou embutir sentido seria muito significativo esta-
a criação de uma Universidade essa criação num projeto que visava belecer centros de estudos e pes-
Estadual. Esse movimento vai desde a a criação de uma Universidade no quisas sobre a questão educacional
tentativa de criar, em meados do RS. Apesar dos avanços nossa força criando programas de pós-gradua-
Século passado a Universidade do política dentro da Federação não é, ção nessa área. Dessa forma seria es-
Brasil Central chegando à criação da ainda, muito relevante. O outro as- tabelecida a condição dessa Univer-
UEG. pecto, relacionado com esse, é o de sidade sistematizar a sua experiência
que o poder político federal está e na formação de professores e, assim,
RP: Que análise o senhor faz do pro- sempre esteve menos permeável às passar à condição de formuladora de
cesso de interiorização do ensino pressões políticas do que o governo políticas educacionais para o Estado
superior em Goiás? estadual. Essa situação tem aspectos e, quem sabe, para o Brasil.
positivos e negativos. No caso, certa-
ME: Ele todo é permeado por mo- mente, esse é um dos elementos que RP: O senhor foi militante estudantil,
vimentos de grande crescimento ou definiram a história da UFG. esteve na direção das principais enti-
de retenção/contenção. No entanto, dades representativas do movimen-
toda a história está articulada com as RP: O senhor acredita que a UEG é to, em que uma das bandeiras era a
expectativas da população no do tamanho da necessidade do Esta- criação da Universidade Estadual de
sentido de construir um Estado sinto- do? Ela só cresceu dessa forma por- Goiás. A UEG é o que o jovem estu-
nizado com a contemporaneidade. que havia uma demanda reprimida dante Marcos Elias Moreira sonhou?
Por isso mesmo sempre esteve ligado muito grande?
aos grandes embates políticos que ME: Nenhuma instituição deve ser
caracterizam a trajetória de nosso ME: Não acredito que seja possível considerada pronta. No caso de nos-
Estado. Nesse aspecto, Goiás não dar uma resposta definitiva para essa so sonho há, certamente, muito a ser
apresenta grande diferença em rela- questão. No entanto, a segunda pre- percorrido. No entanto, é muito bom
ção aos demais estados da federação. missa parece ser verdadeira. O que ver uma idéia pela qual você lutou
O que precisa ser considerado é qual não exime nenhum analista ou gestor ser construída nas praticas cotidianas
a força política e acadêmica dessas de políticas para a educação superior de educadoras e educadores, de es-
instituições no sentido de trilhar com de observar que aliadas a estas ques- tudantes e da própria população goi-
mais ou menos celeridade no rumo tões devem ser postas outras, por ana. É muito gratificante.
de uma consolidação acadêmica. exemplo, relativas à formação da
vida acadêmica e, evidentemente, à RP: O senhor também teve o privi-
RP: O senhor foi formado pela UFG capacidade de financiamento. légio de não só lutar pela criação da
e esteve presente em muitos momen- UEG como participou ativamente de
tos marcantes da instituição. Que RP: A UEG está sintonizada com o seu processo de criação e consolida-
análise faz do processo de interiori- processo de desenvolvimento regio- ção. O que mais o marcou neste pro-
zação empreendido pela UFG? Por nal? cesso?
que ficou restrito a alguns campus e
não avançou mais? ME: Acredito que sim, embora mais ME: Sempre digo que o que apren-
centrada em alguns aspectos, como o demos nesse processo é o que faz a
ME: Uma análise desse tipo é muito da educação em detrimento de ou- diferença. Se hoje conheço alguma
difícil. No entanto, eu apresentaria tros, como o do meio ambiente. O coisa de política de educação

Dezembro 2008
25
entrevista
superior devo a essa aprendizagem UEG. Compreendendo, nesse caso, de desenvolvimento do Estado de
feita nas praticas cotidianas dos em- principalmente a formação e a Goiás. O senhor acredita que ela já
bates em torno, inclusive, da criação efetivação da carreira docente. Para está cumprindo esse papel?
da UEG. isso é vital a constituição de mais
programas de pósgraduação, parti- ME: A discussão que pode ser feita é
RP: Hoje o senhor é presidente do cularmente os cursos de mestrado e se ela está contribuindo na medida
Conselho Estadual de Educação, no doutorado. de suas possibilidades. E acredito
exercício de sua terceira gestão. E o que ela está contribuindo e certa-
Conselho tem o papel de fiscalizar e RP: O que diria para a comunidade mente contribuirá ainda mais na
autorizar o funcionamento dos cur- universitária da Unidade de Ceres, construção de um desenvolvimento
sos e das unidades universitárias da que está inaugurando sede nova? que, espero, seja inclu-sivo e
UEG. Na avaliação do se- ambientalmente
nhor, quais são os desa- responsável.
Foto: José Afonso Viana

fios da UEG? Qual a con-


tribuição do CEE para a RP: O que o senhor vis-
consolidação da UEG? lumbra para a UEG nos
próximos 10 anos?
ME: Nossa atuação no
CEE e a própria ação des- ME: Pensar o futuro é
se órgão estão articuladas sempre uma arte difícil.
em torno de um tripé: pe- Erramos sempre, mesmo
dagógico, político e legal. que só em alguns aspec-
Como órgão de estado, tos. Como sei que o futuro
queremos a superação é fruto da ação/interação
das debilidades acadêmi- da nossa sociedade, sou
cas de nossas instituições. profundamente otimista
E tendo sempre presente com a UEG. Quem co-
que para isso precisamos nhec e, como eu, o
considerar que ao gerir uma ação ME: Nenhuma universidade nasceu carinho do povo goiano por essa
que envolve interesse dos cidadãos ou nasce pronta. Ela é sempre fruto Universidade não pode prever outra
goianos precisamos considerar a da confluência e dos esforços cole- coisa para o seu futuro que não o da
dimensão política e, não podemos tivos. Nesse sentido é sempre impor- sua consolidação como uma
desconhecer ou deixar de ter como tante comemorar uma conquista (a Universidade profunda-mente
elemento central as prescrições le- sede nova, por exemplo), agora essas articulada com nosso desen-
gais para a educação goiana e bra- conquistas devem estimular a comu- volvimento, de tal forma que escre-
sileira. A nossa experiência indica nidade a continuar caminhando ru- ver nossa história como povo im-
que devemos, nesse momento, con- mo a novas e novas conquistas. plicará destinar um tempo central
centrar os esforços coletivos no senti- para o papel da UEG.
do de aprimorar a vida acadêmica da RP: A UEG nasceu com a missão de
ser um dos principais instrumentos

Clínica Infantil de Ceres


Pediatria, Ginecologia, Mastologia, Obstetrícia, Endocospia, Esclerose de Varizes. Cirurgias Infantis,
Geral e Otorrinolaringológicas. Vacinas Humanas

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26 Dezembro 2008
produção acadêmica
Trabalhos trazem benefícios
à sociedade
Monografias retratam o que foi absorvido pelos estudantes durante
os anos de aprendizado na UEG-Ceres
A monografia, trabalho de ciais de Gestão das Organizações mações que são geradas no decor-
conclusão de curso (TCC) ou pro- em Saúde e Gestão Pública e pós- rer das necessidades da farmácia.
dução acadêmica nada mais é graduação em Docência Univer- Chegou-se a conclusão
que uma dissertação ou estudo sitária. Os projetos completos en- que a emissão de relatórios de
minucioso que se propõe esgotar contram-se na biblioteca à dispo-
determinado tema relativamente sição daqueles que manifestarem
restrito. O trabalho é a máxima ex- interesse.
pressão da habilidade conceitual
absorvida durante os longos anos
FARMSYSTEM
de aprendizado no curso univer-
sitário, uma vez que este espera
Os materiais médico-hos-
formar profissionais que além de
pitalares (MMH), tais como os me-
conhecimento específico, possam
dicamentos, constituem um elo
apresentar autonomia, senso in-
de ligação entre o serviço de far-
vestigativo, flexibilidade, dentre
mácia e o serviço de enfermagem.
outras qualidades.

Imagem Ilustrativa: Internet


Esse projeto, desenvolvido pelos
Nesse sentido, a disserta-
alunos do último ano do curso de
ção sugere que o estudante em-
graduação em Sistema de Infor-
pregue os conhecimentos assimi-
mação da UEG-Ceres, tem como
lados ao longo de seu curso, e ain-
objetivo facilitar o processo de
da mais – aponte uma contribui-
distribuição de materiais médico- saídas em geral, fornecedores, pa-
ção efetiva no avanço científico e
hospitalares, atendendo aos ob- cientes, materiais médico-hospi-
tecnológico referente ao curso, ou
jetivos específicos da farmácia. talares total e individualizado por
carreira que escolheu.
Durante a realização do trabalho, categoria que o sistema oferece é
Desse modo, é pertinente
foram levantados os principais necessário para facilitar alguns
ressaltar que uma monografia tem
problemas que acometem os esta- processos relacionados e assim
extrema importância, por repre-
belecimentos, e consequente- ser controlado e analisado para
sentar um trabalho que explora
mente, estudados em busca de um bom funcionamento do esta-
um assunto único, procurando
uma solução. belecimento farmacêutico.
aprofundar-se no mesmo, e sus-
Considerando uma análise
citar diretrizes e resoluções para a
interna dos gráficos/diagramas Palavras Chave: Software para
temática abordada, de forma a
que mostram o entendimento do processo de distribuição de ma-
contribuir no crescimento e de-
fluxo de dados e seus relaciona- teriais médico-hospitalares em
senvolvimento da nação.
mentos, que foram devidamente farmácias.
A Universidade Estadual
representados em Diagrama de
de Goiás, Unidade Universitária
Classe, Seqüência, Diagrama de Acadêmicos: José Leandro
de Ceres, publica o resumo de
Use Cases, foi possível visualizar Oliveira Costa, Nilo César Pereira
alguns dos trabalhos produzidos
os processos e como eles inte- Cunha e Wellington Evaristo
pelos acadêmicos concluintes de
ragem entre si para que o software Ribeiro.
2007, dos cursos de graduação de
desenvolvido venha garantir a in-
Sistema de Informação, sequen-
tegridade e segurança das infor-

Dezembro 2008
27
produção acadêmica
Geração de Renda: dadeira quando ocorre o desper-
Capacitação profissional dício, que é o grande responsável
pela ação comunitária pela causa do aumento do lixo. Se
não houver uma coleta seletiva de
O presente projeto é lixos, sempre haverá o lixão com
requisito da conclusão do Curso pessoas que comem os restos jo-
Superior em Gestão das Organi- gados por outros, misturados com
zações em Saúde pela Universi- lixo orgânico e hospitalar. Sempre
dade Estadual de Goiás, Unidade haverá doentes e miseráveis. Pra-
Universitária de Ceres. Tornou-se Planejamento Familiar ça sem lixo é o projeto que deu
possível após uma parceira junto a origem a este artigo. O Projeto te-
pastoral da criança da cidade de Planejamento familiar é o ve como objetivo conscientizar e
Rialma, interior de Goiás, por ato consciente de planejar o nas- levantar questões junto a popula-
meio de pesquisas qualitativas, cimento dos filhos, tanto em rela- ção e comerciantes sobre as ra-
mediante cadastramento de fa- ção ao número desejado, quanto zões do volume de resíduos de-
mílias de baixa renda. à ocasião mais apropriada de tê- positados nos canteiros da praça
Gerar renda é promover a los. Isto pode ser conseguido atra- cívica de Ceres e a necessidade da
cidadania a fim de combater a vés de técnicas e métodos anti- implantação dos cestos de lixo
desigualdade social, fome, misé- concepcionais e de procedimen- nos canteiros.
ria e desnutrição. Buscou-se tra- tos para se obter a gravidez em
balhar junto com esse grupo estra- casais inférteis. Bom método anti-
tégias de educação voltadas para concepcional é aquele que ofere-
a arte da panificação, cujo obje- ce segurança (protegendo a
tivo foi a formação de profissio- mulher de uma gravidez e não
nais e a melhoria da qualidade de apresentando riscos à saúde) e

Foto: Cristovam Filho


vida. que estão de acordo com os con-
ceitos éticos, morais e religiosos
Imagem Ilustrativa: Internet

do casal.
Palavras-chave: Planejamento Sempre haverá uma popu-
Familiar. Educação em Saúde. lação que não faz nada. Mas
Saúde da Mulher. capacidade humana de inventar
Acadêmicas: Glecia Matilde coisas novas traz benefícios.
Germano, Jardete Gomes Bar- Palavras-chave: Qualidade de
bosa, Margarida Vilacinha da vida. Educação ambiental. Lixo
Silva Naves e Rosângela Divina urbano e cidadania.
Para que esta etapa fosse con- Cintra.
cluída, as aulas aconteceram na
Escola João Paulo II e na Panificado-
Praça sem
ra Milla. O resgate da cidadania,
crescimento pessoal desses indiví- Lixo
duos e abertura de possibilidades, até
então desacreditadas, foram obser- O lixo é o
vadas nas aulas teóricas e práticas. resultado de tu-
Palavras-chave: Geração de renda. do aquilo que já
Participação popular. Inclusão foi utilizado e
social. que por algum
Acadêmicas: Érika Oliveira dos motivo não é
Santos, Inêz Máximo Bomfim,
mais necessário.
Renata Botega de Oliveira e Santana FONE: (62) 3397-1432
Essa afirmação
Guiamar da Silva.
pode não ser ver-

28 Dezembro 2008
produção acadêmica
Acadêmicos: Adilson Paulo da O Processo de Inclusão com deficiência numa visão mais
Silva, Eliane Melo Ferreira Escolar da Pessoa com científica. Percebe-se, hoje, que
Laignier, Maria Luzia Pereira Deficiência Mental: Uma não é mais admissível que haja
Sena, Marlúcia Maria da Costa e Revisão Bibliográfica discriminação e cabe à escola der-
Roberto Bernardo da Silva. rotar o desafio das diferenças.
Este estudo, realizado por Palavras-chave: Inclusão esco-
A degradação do Meio alunos do curso de pós-graduação lar. Deficiência mental.
Ambiente em Goiás em Docência Universitária, parte Acadêmicas: Sílvia Rosane
Este trabalho apresenta o do princípio que, apesar da Costa, Rosana Pereira da Silva e
descaso com que o meio ambien- legislação existente em relação à Tânia Maria Fagundes Bastos
inclusão escolar de alunos Terra.

Imagem Ilustrativa: Internet


com deficiência mental,
ainda ocorrem certas difi- Água e seu uso
culdades de aceitação dos consciente, junto aos
mesmos nas relações cotidi-
alunos da Escola Estadual
anas que se estabelecem na
Virgílio do Vale
escola. O objetivo desta
pesquisa, que consiste em
Este trabalho aborda a im-
uma revisão bibliográfica
portância da educação na cons-
do tema, é verificar como
cientização sobre a preservação e
te no Estado de Goiás vem sendo estão as discussões sobre a
uso racional da água, uma vez
tratado, mostrando o quadro em inclusão escolar do deficiente
que a Educação é um direito de
que se encontra. A situação pode mental no mundo acadêmico. Es-
todos e um processo que deve ser
ser modificada por intermédio da tudou-se a trajetória histórica da
constante.
educação ambiental. Ao longo do pessoa com deficiência, rumo à
Buscando embasamento
tempo as ações do homem se mul- inclusão, na qual se pôde enten-
nas propostas da Educação Ambi-
tiplicaram pelas bacias hidrográ- der que no passado, as pessoas
ental como “Tratado de Educação
ficas, motivadas principalmente com deficiências não tinham di-
Ambiental para Sociedade Sus-
pela busca de novas fontes de re- reito à vida, eram tidas como cas-
tentável e Responsabilidade Glo-
cursos naturais e expansão das tigo ou aberrações da natureza e
bal” e através de pesquisa infor-
fronteiras agropecuárias. Porém, expulsas da sociedade com a mor-
mal e qualitativa, o objetivo
somente nas últimas décadas per- principal foi propiciar uma
Imagem Ilustrativa: Internet

ceberam-se as sérias conseqüên- conscientização quanto ao uso


cias dessa expansão, principal- racional da água e motivar a-
mente sobre os recursos hídricos ções no cotidiano que evitem o
e, notadamente, nas bacias dos desperdício da mesma. Esse
mananciais de abastecimento pú- projeto teve fases bem definidas
blico, onde já se verificam degra- iniciando com a pesquisa in-
dações de difícil reversibilidade e formal com coordenadores e
a custos elevados. professores da Escola Estadual
Palavras-chave: Meio ambien- Virgílio do Vale, continuando
te. Degradações. Educação nos bairros onde residem o
Acadêmicas: Brígida Patrícia te. Apenas a partir do século XIX, m aior núm er o d e a lu n o s ,
Ferreira, Edilaine Moreira de onde ocorreram grandes achados elaboração do projeto e sua
Santana. na medicina e em outras ciências, execução.
passou-se a estudar as pessoas

Dezembro 2008
29
produção acadêmica
Essas fases foram analisa- e atender as inovações que sur- foi para a sustentação das bases da
das separadamente com base no gem diariamente no mercado. A nossa sociedade foi essencial. No
que foi proposto no projeto e de arte de atender bem é um atrativo Brasil, a emergência e consolida-
acordo com referências bibliográ- que o funcionário deve ter e recor- ção têm contribuído para o res-
ficas aqui citadas. Através do refe- rer sempre. O aperfeiçoamento gate histórico desta paticipação e
rido trabalho, concluímos que, por meio de treinamentos e cursos o questionamento do aporte do
com ações simples e cotidianas, que estabeleça sua necessidade feminismo nas questões políticas
pode se conseguir uma mudança profissional é necessário para que contemporâneas. Várias pesqui-
nos hábitos das pessoas, evitando no relacionamento com seu clien- sas foram desenvolvidas, voltadas
o desperdício da água e garan- te saiba se portar e conquistar a para o resgate da participação das
tindo melhor qualidade de vida sua fidelidade de consumo peran- mulheres na vida pública, focali-
para as gerações futuras. te a empresa onde trabalha. zando os principais eventos que
Palavras-chave: Desperdício. A capacitação profissional assinalaram a contribuição das
Conscientização. Racionalidade. é imprescindível para que haja mulheres em prol da democracia.
Acadêmicos: Flavio Godoi um bom atendimento ao público. No caso do Brasil, além das aná-
Macedo, Nilva Aparecida Pache- Atender bem é antecipar as neces- lises sobre mulheres nesse seg-
co, Priscila Félix, Salmo de Assis sidades de consumo de serviços

Foto: Arquivo
Canedo. ou produtos de clientes, é en-
cantá-lo.
A Arte de Atender Bem
Palavras-chave: Atendimento ao
Atualmente estamos viven- cliente.
ciando o impacto da informação Acadêmicos: Adauto Martins dos
acelerada. A concorrência entre Anjos, Cássia Silva Caixeta Dou-
as empresas faz com que os em- rado, Leila França e Oliveira, Leo-
presários busquem se organizar nel José Cardoso, Marta Helena
melhor, planejar suas ações e as- de Oliveira.
sim conquistar seu público alvo.
Isto exige muito mais dos funcio- A importância da Mulher
nários da empresa. Portanto, tor- Brasileira na Política
na-se de essencial sobrevivência
no mercado de trabalho os profis- A contribuição da mulher Maria Inês do Rosário Brito
sionais que procuram se qualificar na política, bem como seu modo Vice-Prefeita de Ceres
de ver o mundo
foi uma grande mento, devem ser levadas em
conquista na conta as razões pelas quais as
sociedade. Du- desigualdades políticas e sociais
rante muito permanecem, lado a lado com o
tempo, elas esti- mito de uma igualdade universal
veram afastadas particularmente nos direitos de
da cena política cidadania.
Imagem Ilustrativa: Internet

e a sua impor- Palavras-chave: Mulher na po-


tância social lítica.
não era reco- Acadêmicos: Cláudio José
nhecida publi- Antunes da Silva, Laurêncio Dias
camente. Po- Gonçalves, Luiz Pedro de Souza,
rém, seu papel Valdivino Feliciano de Deus.

30 Dezembro 2008
Design: JR Design Studio

Foto
s: Imag
em E mp
resa
Foto
gráfic
a
Música
Nos bailes da vida Nilson Hussar
lia. Até que um triste acidente acometeu seguiu até 1989, quando cada um de-
os integrantes da banda, levando o se- cidiu seguir carreira solo.
nhor Felipe. “Ficamos praticamente ór- “No ano de 2000 fiz um Cd:
fãos, principalmente porque os músicos Tinha que ser. Um trabalho feito inde-
eram garotos com seus 15 e 16 anos de pendente com apoio dos amigos, com-
idade. Não tínhamos para onde ir e com posto por 10 faixas. Composições mi-
o trauma achamos que não íamos mais nhas e de amigos”, conta. Para Hussar a
tocar”, conta. vida sempre foi música, e a gravação do
Mas a professora Aparecida Ma- Cd não mudou muita coisa. “Trabalho
chado, que conhecia o trabalho daque- independente é complicado. As rádios
les meninos, não deixou que o sonho não apóiam muito, acham difícil de tocar
morresse. Ela acabou incentivando os por não ter uma gravadora por trás”,
músicos a continuarem o trabalho, nem afirma. Mas isso não o desanimou. Atual-
que para isso, mudassem o nome. E as- mente ele é professor no Centro Edu-
Foto: JR Design

sim foi feito. Passaram a se chamar New cacional de Ceres, onde dá aulas de
Som Livre. Banda composta pelos músi- violão três vezes por semana a alunos em
cos: Nilson Hussar (violão e vocal), Rei- estágio iniciante a avançado. Mas nem
naldo (baterista) – amigo de infância, por isso deixou de viajar. Faz shows por
Carlos Montoriu (guitarrista), Antônio toda a região, de barzinhos a aniver-
Tudo começou por influência do Roberto, o Tonhão (baixista) e Lourival, o sários. Afinal, parodia Milton Nasci-
trabalho na rádio Alvorada, de Rialma. Louro, tecladista. mento e Fernando Brant: “Todo artista
Depois disso, nunca mais parou Filho de A influência não foi diferente às tem que ir onde o povo está”. E completa:
pernambucano e austríaca, Nilson Hus- demais bandas da época, com a invasão “E onde quer que ele vá”.
sar teve sua vida embalada numa trilha das bandas pop americanas e, sobretu-
sonora especial. É apaixonado por mú- do inglesas, como os Beatles e os Rolling
sica e faz disso sua maneira de viver. Stones, além da Jovem Guarda brasileira,
Começou sua carreira ainda me- eles se despontaram no Centro-Oeste.
nino, quando trabalhava na antiga rádio No entanto, o mundo vivia mo-
Alvorada, de Rialma, a era de ouro do mentos de fortes tensões nos anos 70.
rádio no Brasil. Ali foi onde teve os pri- Intensa campanha de censura aos meios
meiros contatos com a maneira de fazer e de comunicação e às artes de modo geral
compor música. inibiram a criação artística e musical de
Um amigo de infância, Reinal- modo particular.
do, o ensinou a colocar as primeiras no- Música e música popular parti-
tas no violão. As aulas aconteciam meio cularmente exercem grande influência
que por acaso, quando reuniam na casa no comportamento e nas posturas so-
Foto: JR Design

de um ou outro amigo em comum. ciais. Música influencia e é influenciada


“Naquele tempo a gente se encontrava pelos fenômenos sociológicos: atitudes
com a turma na casa de amigos para fa- de rebeldia, cabelos longos, modos inte-
zer sarau e seresta. Bons tempos”, re- lectualizados de compositores e intér-
corda. Ali trocavam notas e acordes, o pretes marcaram profundamente os anos
que fez aumentar o gosto e despertar o 70. Mas apesar de
talento para a música. Depois disso, se todas essas dificul-

AM
encarregou de se aperfeiçoar estudando dades e censura im-
sozinho. posta aos artistas, a
Conforme ele conta, a rádio MPB continuou sua
tinha uma banda que sempre parti- maravilhosa cami-

PHARMA
cipava dos programas de calouros. “Per- nhada.
tencia ao senhor Felipe. Um dia ele me A banda
chamou para tocar na banda. Foi uma viajou todo o Estado
oportunidade que agarrei e nunca mais e ainda deu uma pa-
larguei”, lembra do seu início na The lhinha na Bahia,
Kings, quando tinha 14 anos de idade. A Maranhão, Pará, Mi-
trajetória durou dois anos, viajando e nas Gerais e alguns
animando bailes em toda a região do estado da região
Vale do São Patrício e o entorno de Brasí- Norte. O trabalho

32 Dezembro 2008
capa
Interiorizando e democratizando o
ensino superior
Instituição abre definitivamente as portas de suas instalações
para receber alunos, funcionários e comunidade
Bem ou mal, a de- superior.
mocratização no ensino su- E reivindicações com
perior segue a passos lar- esse objetivo foi o que os
gos. De 1998 a 2003, o nú- estudantes mais fizeram
mero de cursos de gradua- nos últimos meses, lutando
ção presenciais cresceu pelas metas que almejavam
107%, passando de 6.950 conquistar. Afinal uma es-
para 14.399, segundo da- trutura adequada e decente
dos do Censo da Educação era o mínimo que estes
Superior, realizado em estudantes queriam e que o
2002 pelo Instituto Nacio- governo podia oferecer, já
nal de Estudos e Pesquisas que dispunham de um es-
Educacionais Anísio Teixei- pecializado corpo docente.
ra (Inep), do Ministério da A nova sede já foi inau-
Educação e Cultura (MEC). gurada duas vezes: em 7 de
Foto: JR Design

Mesmo assim, somente 9% março de 2006, ainda no


dos brasileiros com idade governo de Marconi Perillo
entre 18 e 24 anos frequen- e no dia 26 de outubro de
tam um curso superior, nológico, atendendo às aspirações inte- 2008, pelo atual
quando em outros países essa taxa ultra- lectuais de jovens egressos do Ensino governador Alcides Ro-drigues. Mas a
passa 50%. Médio, que, por diversos motivos, não ocupação definitiva, en-fim, deve
O acesso ao ensino superior ain- tinham condições de deixar suas cidades acontecer no próximo dia 13 de
da é limitado a boa parte da população para morar em grandes centros a fim de dezembro. O que vai colocar fim a uma
brasileira. Desde seu descobrimento, o realizar o sonho de fazer uma univer- luta que já dura mais de dois anos.
País já presenciou períodos altos e baixos sidade. O novo prédio da UEG está
no setor da educação. Até um tempo não Desde sua fundação, em 2000, a construído numa área de 39 mil metros
muito distante as salas de aulas, princi- Universidade Estadual de Goiás, Unida- quadrados, cedida pelo governo esta-
palmente das universidades, eram res- de Universitária de Ceres, espera por um dual. O espaço, que tem mais de 3 mil
tritas a poucos, quando apenas os filhos prédio moderno, estruturado, com capa- metros quadrados de área construída,
de famílias ricas tinham a oportunidade cidade para atender as demandas tanto conta com salas de aula equipadas com
de se tornarem doutores. moderna estrutura, campo de
Mas o sonho de ver um futebol, duas arquibancadas,
Foto: JR Design

filho formado tirava o sono de dois vestiários simples, três gal-


muitos pais. E o acesso às escolas pões industriais, escritório e
começou a ser um pouco mais quatro laboratórios para atender
simples. As famílias mais caren- o curso de Enfermagem e Edu-
tes apostaram no investimento cação Física.
em cultura e conhecimento, e as- Além disso, foi construí-
sim puderam assistir seus filhos do um auditório com capacidade
trilhando o caminho da educa- para 190 pessoas e estrutura
ção. montada para acústica e telhado
O governo de Goiás, com isolamento térmico. “Esse
Marconi Perillo, ao tomar posse auditório visa atender não so-
em 1999, apostou nos sonhos mente aos estudantes, mas toda
das famílias e implantou em todo comunidade ceresina”, antecipa
o interior do Estado unidades da o diretor da unidade, Divânio
da parte administrativa quanto da cate-
Universidade Estadual de Goiás. O Gomes Ramos.
goria estudantil visando ampliar ainda
investimento na educação superior pro- Toda a área externa, que
mais o número de vagas oferecidas, de-
porcionou a Goiás um grande salto tec- rodeia o prédio, recebeu um projeto de
mocratizando o acesso ao ensino

Dezembro 2008
33
capa
denação de Extensão, Coordenação
Pedagógica, Coordenação Administra-
tiva e Coordenação do Programa Vaga-
Lume. Seu corpo docente está composto
por mais de 80 professores especialistas.
Já o corpo administrativo conta com 27
servidores contratados temporariamente,

Foto: JR Design
Foto: JR Design
que exerce suas atividades de acordo
com o nível de instrução, experiência e
habilidades.
urbanização e jardinagem, valorizando o O reitor Luiz Arantes ressalta que vai funcionar o Centro de Formação Tec-
projeto arquitetônico da Instituição. a UEG, fundada em 16 de abril de 1999, nológico, com uma incubadora de em-
Rampas de acesso, escadas, portões ele- completa dez anos no próximo ano com presa mista que vai abrigar até 20 micro-
trônicos, elevador, guaritas e um amplo mais de 35 mil alunos, 2 mil professores, empresas com cobertura administrativa,
estacionamento enriquecem técnica e de marketing. Uma parceria
a estrutura da universidade. entre a Secretaria Es-tadual de
Com a ocupação, o espaço Ciência e Tecnologia (Sectec),
vai otimizar o funcionamen- Prefeitura Municipal de Ceres,
to técnico, pedagógico e ad- Associação Comer-cial e
ministrativo, além de garantir Industrial de Ceres e Rialma
ambiente adequado para boa (ACICER), Escola Agro-técnica
convivência dos alunos ma- Federal de Ceres, Ser-viço
triculados nos cinco cursos Nacional de Aprendi-zagem
de graduação: Sistema de In- Comercial (Senac) e Serviço
formações, Bacharelado em de Apoio às Pequenas e
Enfermagem, Ensino à Dis- Médias Empresas (Sebrae) foi
tância em Biologia, Licencia- firmada para viabilizar e faci-
tura Plena Parcelada em Pe- litar a execução do projeto.
dagogia e Licenciatura Plena Para a implantação do progra-
Parcelada em Educação Físi- ma foi necessária a criação da
ca. Além dos cursos de pós- Organização da Sociedade Ci-
graduação lato sensu em vil de Interesse Público
Foto: JR Design

Educação Infantil, Redes e (OSCIP), denominada de Pro-


Banco de Dados para WEB e gresso do Vale (Provale), que
Docência Universitária, num funcionará como entidade
1.680 servidores e um orçamento esti- mantenedora do Centro de Formação
total de aproximadamente 400 vagas
mado em R$ 135 milhões. Tecnológico e da incubadora de em-
anuais.
Com as instalações no prédio
Segundo o diretor da unidade, Divânio presa.
novo, a antiga estrutura já tem projeto Durante a reinauguração das
Ramos, foram aplicados na obra R$ 3,3
previsto. No lugar da antiga UEG-Ceres instalações em outubro, o governador
milhões sendo R$ 150 mil para compra
dos quatro labo-ratórios e Alcides Rodri-gues, que esteve
outros R$ 150 mil para presente no evento, salientou
equipamentos. “A definitiva que a des-centralização do
ocupação marcada para o ensino supe-rior promovida
dia 13 de dezembro é a pelo governo do Estado é
conquista de um sonho. Não primordial para dar respostas
é apenas os estudantes que a o p r o c e s s o d e
ganha, mas toda a equi-pe da industrialização do Estado.
UEG-Ceres”, diz em tom de “Às 41 unidades da UEG na
satisfação. capital e interior, somar-se-ão
Atualmente, a estru- outras que estão em fase de
tura organizacional de unida- construção como as unidades
de de Ceres está formada por de Aparecida de Goiânia,
Foto: JR Design

Congregação, Diretoria, Edéia, Crixás, Palmeiras e


Conselho Acadêmico, Coor- Itumbiara”, disse em seu dis-
denações de Cursos, Coor- curso.

34 Dezembro 2008
artigo
EAD – Um novo paradigma de educação
O curso de Ciências Biológicas parceria com o Estado. res leigos da re-
– modalidade à distância (EAD) – da Uni- Através da iniciativa da SEED/ de pública de
versidade Federal de Goiás (UFG) é parte MEC em oferecer um curso de EAD, foi ensino e aos in-
integrante do Consórcio Setentrional, projetado um curso inovador, semipre- teressados em
criado em 2004, pelas universidades: sencial, com quatro anos de duração, cu- atuar no cam-
UFG, UnB, de Brasília, UFPA, do Pará, jo conteúdo é focado na ação docente. po das Ciên-
UFAM, do Amazonas, UEG, de Goiás, Isto é, não há disciplinas em grade co- cias Biológi-
UFMS e UEMS, ambas do Mato Grosso mum nos curso de graduação, o material cas, cientes de
do Sul, UNIR, de Rondônia, e UESC, de didático é composto por eixos temáticos sua condição
*Carlos E. Anunciação -
Santa Cruz, na Bahia. Atualmente, está e módulos de ensino, focado no processo de cidadãos coordenador geral de Biologia
sendo oferecido no Estado de Goiás em biológico, do surgimento da vida no pla- comprometi- à distância

parceria com a Universidade Estadual de neta, passando pela expansão dos seres dos com princípios éticos, inserção histó-
Goiás (UEG) em oito pólos: Goiânia, vivos, colonização, adaptação, diversi- rico-social (dignidade humana, respeito
Anápolis, Ceres, Porangatú, Cidade de dade, até os fenômenos sociais. mútuo, responsabilidade, solidariedade),
Goiás, Quirinópolis, Catalão e Jataí. Três eixos norteiam os conheci- envolvimento com as questões ambien-
As regiões das instituições de mentos: o Filosófico, o Pedagógico e o tais e compromissos com a sociedade.
ensino superior (IE)S parceiras partilham Biológico. Assim composto, procurou-se Compreendendo que a presença
de problemas de ensino, socioeconômi- evitar a ruptura dos conhecimentos das do aparato tecnológico por si só não é
cos, culturais e ambientais muito seme- diversas áreas da biologia e áreas afins, suficiente para garantir mudanças subs-
lhantes. Nas regiões Norte, Nordeste e gerando um curso composto de oito mó- tanciais na prática docente ao se preten-
Centro-Oeste, observa-se as maiores dis- dulos contextualizados, interdisciplinar, der a inserção tecnológica aliada a um
torções econômicas e sociais, quando que terá apoio logístico nos UNOs (Uni- salto qualitativo, decidiu-se por adotar
comparado com as demais regiões do dade Operativa de EAD) ou Pólos instala- uma metodologia que propusesse uma
País. Entretanto possui a maior parte dos dos em cidades estrategicamente locali- abordagem integradora e transformado-
recursos biológicos e minerais de todo o zadas nos Estados, nos quais estão dispo- ra. Desse modo, o Projeto do Curso de
Brasil. Conservar esse patrimônio e utili- nibilizados computadores com acesso a Licenciatura Plena em Ciências Biológi-
zá-lo de forma sustentável é um legado às Internet, mini-biblioteca e um mini-labo- cas na Modalidade de Educação à Dis-
gerações futuras e só poderá ser alcança- ratório. tância, aqui apresentado, identifica-se
do através da educação. O aluno terá acesso a um tutor por uma concepção pautada na aborda-
A conscientização das necessi- no pólo, contato com o tutor à distância gem interdisciplinar organizada em mó-
dades político-sociais, saneamento e (via Internet) e, ambos nos momentos dulos e eixos temáticos. Espera-se que o
saúde esbarram na falta de conhecimen- presenciais. Vale lembrar que nos mo- aluno inserido no uso da tecnologia da
to dos direitos e deveres da população mentos presenciais existem, também, informação, consiga escolher seus cami-
até a cobrança de ações político-efetivas, aulas práticas, palestras, além de outras nhos para atualizar-se e melhorar sua
que pode ser em parte, sanada pelos efei- atividades. prática docente, agregando-se a grupos
tos decorrentes do processo educativo. O Projeto Pedagógico do Curso de formação e atualização permanente,
Segundo dados do Ministério da foi elaborado levando em conta as Dire- discutindo e propondo novas metodolo-
Educação e Cultura (MEC) de 2004, ape- trizes Curriculares Nacionais para os gias, abordagens e experiências em rede.
nas nestas regiões, existem cerca de 180 Cursos de Biologia, a Resolução CNE/CP
mil funções docentes sem formação ou 2, de 19 de fevereiro
professores leigos. Este quadro compro- de 2002 e os Refe-
mete o desenvolvimento científico-tec- renciais de Qualida-
nológico e social dos estados. Sem contar de para Cursos a Dis-
as vagas por aposentarias e mortes. Se- tância – SEED/MEC,
riam necessários cerca de 20 anos para enfatizando a forma-
zerar este débito de professores. O reparo ção para o uso didá-
desse atraso colossal urge não apenas de tico de Tecnologias
ação política, mas de toda a sociedade de Informação e Co-
organizada, na busca de meios para pro- municação (TIC). Prazer em Boa Hora

3307-4138
vocar um crescimento para o País. Neste Este projeto
sentido as IES procuram retomar para si o tem como objetivo (62)
papel da discussão dos rumos da educa- contribuir para a for-
ção numa iniciativa de retomar uma mação de professo- GO-154 - Km 01

Dezembro 2008
35
artigo
Sistemas de Informação:
Ceres – Pólo deMarcelo
Informática?
Ferreira Ortega*

U m a concentração de empresas da área de chegue em três anos na quinta posição


área ainda re- tecnologia tanto para o desenvolvi- no ranking mundial de TI, segundo
cente, que mento de softwares (sistemas de infor- relatórios internacionais. Para que isso
*Marcelo F. Ortega é professor
vem conquis- mação – programas) quanto de har- aconteça de fato, será necessário for-
da UEG tando o mer- dwares (equipamentos eletrônicos). mar mais profissionais especializados,
cado de trabalho dando oportunidades Com base nesta definição, po- pois o déficit de mão-de-obra especia-
ao profissional. Hoje não se imagina deremos agora pensar como isso seria lizada chegou a 30 mil pessoas neste
um mundo contemporâneo sem com- possível acontecer em nossa cidade. ano.
putador, para os jovens que nasceram Vamos primeiro analisar como está o Estas regiões foram privilegia-
na era da informática e que estão liga- quadro da informática no Brasil hoje. das por terem alguns ingredientes es-
dos ao mundo virtual por um imagi- A tecnologia, área em que até senciais para que isso acontecesse:
nário “cordão umbilical” que nome- boas universidades, alta concentração
“Pólo de Informática seria uma
amos de internet, isso é quase impos- concentração de empresas da de cérebros e principalmente, alívio
sível. área de tecnologia tanto para o nos impostos para as empresas de tec-
Relativamente, uma profissão desenvolvimento de softwares nologia.
nova que vem conquistando espaço no quanto de hardwares” Voltamos agora à nossa reali-
mercado de trabalho. As demandas se dade. Temos na região do Vale de São
concentram em consultorias tecnoló- pouco tempo atrás o Brasil nada tinha a Patrício dois cursos de Sistemas de
gicas, empresas particulares e pú- oferecer, começa a despontar. Os Informação: UEG-Ceres e UEG-Goia-
blicas, além disso, o mercado de traba- avanços são notáveis para quem está nésia.
lho ainda acolhe profissionais para o ligado a essa área. Nos últimos dez Estamos com uma primeira tur-
mundo da pesquisa e da docência. anos surgiu no País um poderoso con- ma de Pós-Graduação em nível de Es-
O mercado de trabalho é am- junto de pólos de tecnologia da infor- pecialização em Redes e Banco de Da-
plo, a remuneração é uma das grandes mação (TI) ou simplesmente, pólos de dos para Web. E o ingrediente mais im-
vantagens da profissão, em relação informática, um dos setores cruciais da portante que alavancou a maioria dos
com as demais áreas é uma remu- economia contemporânea. pólos citados: UMA INCUBADORA
neração bastante significativa. Se levantarmos os sete maiores DE EMPRESAS.
Por ser um curso bastante con- pólos do País (Florianópolis-SC, Cam- Portanto, estamos munidos de
corrido o mercado de trabalho exige pina Grande-PB, Recife-PE, Hortolân- todas as ferramentas possíveis que para
muito antes de contratar. A graduação, dia-SP, Porto Alegre-RS, Petrópolis-RJ e que isso se torne realidade. Universi-
a língua inglesa e as especializações Belo Horizonte-MG), juntos eles sim- dade com seus cérebros, mercado em
em determinadas linguagens tecnoló- plesmente faturam 4 bilhões de dólares expansão, e uma incubadora de em-
gicas são essenciais para a contrata- por ano, exportam para setenta países presas para fazer esse intermédio de
ção. O perfil pessoal, boa comuni- e abrigam 3.700 Ph.Ds. divididos por nossos projetos com o governo e multi-
cação, facilidade de se trabalhar em uma mil empresas de tecnologia da nacionais interessadas em novos pó-
equipe também são habilidades pesso- informação. los.
ais exigidas. Esses números podem nos im- Será que poderíamos mudar
pressionar, mas estão muito atrás com então o título deste texto, retirando o
“O mercado de trabalho é uma comparação internacional. O ponto de interrogação em um futuro
amplo, a remuneração é Brasil responde apenas por 2% do fatu-
uma das grandes bem próximo?
ramento global do setor e ocupa a
vantagens da profissão”
Foto Montagem: JR Design

décima segunda posição no ranking


Hoje a cidade de Ceres é co- mundial de tecnologia da informação.
nhecida como cidade pólo na área da O que tem a nosso favor é a taxa de
saúde, educação e serviços. Isso todos crescimento de TI. O Brasil cresce a
nós já sabemos. Mas como Ceres pode 12% ao ano contra 6% do resto do
ser um pólo de informática? Ou me- mudo, sobre um faturamento anual de
lhor, o que seria um Pólo de Informá- 22 bilhões de dólares.
tica? Se continuarmos nesse cresci-
Pólo de Informática seria uma mento atual, a previsão é que o Brasil

36 Dezembro 2008
artigo
EAD – Padronização e utilização
do ambiente MOODLE
Ly Freitas Filho*
De uma visão de mundo ali- ções entre o sujeito da prática esco- tal solução po-
cerçada no princípio da separativida- lar; de tornar-se pri-
de, sendo o Ensino à Distância (EAD) f) a dimensão tempo/espaço deixa de mordial para a
um exemplo que divide realidades ser compreendida como coisa obje- educação. *Ly Freitas Filho professor-mestre
inseparáveis, um novo paradigma tiva, para ser pensada como dimen- Observa- da UEG/Ceres

educacional deve trazer a compre- são subjetiva do sujeito. se neste momen-


ensão da existência de interconexões O EAD é um novo processo to no País, a oferta de grande quanti-
entre os objetos, entre os sujeitos, de ensino-aprendizagem, agora me- dade de cursos de pós-graduação,
entre sujeito/objeto, promovendo a diado por novas tecnologias, onde em nível de especialização. E a Uni-
abertura de novos diálogos entre professores e alunos estão separados dade Universitária de Ceres tem to-
mente/corpo, interior/exterior, cons- espacial e/ou temporalmente, por das as condições tecnológicas e pe-
ciente/inconsciente, indivíduo/ isso se faz necessário elaborarmos dagógicas para torna-se pólo irra-
contexto, ser humano/mundo da na- padrões e normas de utilização con- diador dessa tecnologia, inclusive a
tureza. Em síntese um paradigma que tribuindo para a construção desse nível nacional.
traga uma visão de que o todo é coisa novo paradigma, objetivo principal Quanto ao software, indica-
fundamental e todas propriedades da pesquisa. do na pesquisa de EAD, o MOODLE,
fluem em sua direção. É preciso com- O EAD caracteriza-se pelo trata-se de um sistema de gerencia-
preender o mundo físico como uma estabelecimento de uma comunica- mento de aprendizagem (LMS –
rede de relações e não como uma ção de múltiplas vias, suas possibili- Learning Management System) ou
entidade fragmentada. dades ampliaram-se em meio às mu- ambiente virtual de aprendizagem de
Dessa compreensão, alguns danças tecnológicas como uma mo- código aberto, livre e gratuito. Os
princípios de sustentação dos mo- dalidade alternativa para superar li- usuários podem baixá-lo, usá-lo, mo-
delos pedagógicos tradicionais de- mites de tempo e espaço. Seus refe- dificá-lo e distribuí-lo seguindo ape-
vem ser superados, como por exem- renciais são fundamentados nos qua- nas os termos estabelecidos pela
plo: tro pilares da Educação do Século licença GNU GPL (software livre).
a) o conhecimento deixa de ser visto XXI publicados pela
como coisa estática e passa a ser

Imagem Ilustrativa: Internet


UNESCO, que são:
compreendido como processo; aprender a conhecer,
b) a separação sujeito/objeto/proces- aprender a fazer,
so de observação não se sustenta ten- aprender a viver jun-
do em vista a compreensão de que o tos e aprender a ser.
conhecimento é produzido por meio Assim, a Edu-
da relação indissociável entre essas cação deixa de ser
três variáveis; concebida como me-
c) o indivíduo razão é superado pela ra transferência de
compreensão de um indivíduo indi- informações e passa a
viso, que constrói o conhecimento ser norteada pela
usando as sensações, as emoções, a contextualização de
razão e a intuição; conhecimentos úteis
d) o professor como centro da rela- ao aluno. No EAD, o
ção pedagógica perde sentido ao se aluno é desafiado a
ter na relação entre sujeito/objeto a pesquisar e entender
possibilidade do conhecimento; o conteúdo, de forma
e) o currículo deixa de ser um pacote, a participar da disci-
um rol de disciplinas ou matérias plina. Diante do ta-
para ser compreendido como uma manho continental
prática social, construída das rela- do Estado de Goiás,

Dezembro 2008
37
artigo
Ele pode ser executado, por professores, pesquisadores, muitas outras.
sem nenhum tipo de alteração, administradores de sistema, de- Na última fase da pesquisa
em sistemas operacionais com- signers instrucionais e, principal- ocorrida no segundo semestre
putacionais Unix, Linux, Win- mente, programadores – mantém deste ano, a fase redacional, foi
dows, Mac OS X, Netware e ou- u m p o r t a l ( h t t p : / / w w w. elaborado uma série de artigos/
tros sistemas que suportem a moodle.org) na Web que funciona resumos, que está sendo apre-
linguagem de programação de sentado em congressos e encon-
computadores PHP. Os dados são “O MOODLE foi padronizado tros científicos, com participações
armazenados em Sistemas Geren- pela Universidade Estadual nos eventos:
ciadores de Bancos de Dados de Goiás como arquitetura
MySQL ou PostgreSQL. Esse soft- para o seu ambiente de 1º Encontro de Divulgação da
ware tem traduções para 50 idio- Ensino à Distância” Produção Científica do Oeste de
mas diferentes, dentre eles, o por- como uma central de informa- Goiás, realizado nos dias 29 e 30
tuguês (Brasil), o espanhol, o ita- ções, discussões e colaborações. de maio de 2008, em Iporá, GO;
liano, o japonês, o alemão, o chi- O MOODLE foi padroni- 1º Encontro Multi-campi de
nês e muitos outros. Por essas ca- zado pela Universidade Estadual Educação e Linguagem, realizado
racterísticas, trata-se atualmente de Goiás como arquitetura para o de 29 de junho a 02 de julho de
do software mais utilizado, em seu ambiente de Ensino à Distân- 2008, em Inhumas, GO;
sua classe. cia, a exemplo de outras institui- V TIVASP – Seminário de
O MOODLE mantém-se ções nacionais e internacionais, Tecnologia da Informação do Vale
em desenvolvimento por uma co- de ensino superior como a Uni- de São Patrício, realizado nos dias
munidade que abrange partici- versidade de Brasília, a Universi- 18 a 20 de setembro de 2008, em
pantes de todas as partes do mun- dade Estadual de Campinas, entre Ceres, GO.
do. Essa comunidade – formada

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L

Ceres - Goiânia - Palmas


GO GO TO
artigo
Refletir...transformar...avaliar
Maria Marta da Silva*
Para entender sua impor- ação excludente e sim um pro- forma bimestral ou semestral. Por-
tância é preciso compreender que cesso de retomada tanto para do- tanto, toda e qualquer atividade
a avaliação faz parte do nosso centes como para discentes, refor- realizada pelo aluno deve ser con-
cotidiano. Avaliamos e somos çando a missão social da escola siderada como fator avaliativo.
avaliados a todo instante. É atra- que é proporcionar uma educa- Em toda avaliação é de
vés do ato de avaliar que tomamos ção global, capaz de formar indi- suma importância que seja consi-
decisões, nos direcionamos, tra- víduos críticos para o exercício derada como suporte para a auto-
çamos objetivos. pleno da cidadania. avaliação da prática pedagógica,
Quando tratamos de ava- A avaliação não é neutra, tornando um ponto de retomada
liação no contexto escolar o as- não é um ato isolado, está interli- para redirecionar o processo edu-
sunto é complexo e gera diversi- gada aos objetivos, conteúdo, cativo para a comunidade escolar.
dade de idéias e opiniões. Com- metodologia em consonância Pensar uma avaliação mais
plexo porque ainda há uma resis- com o Projeto Político Pedagó- coerente é pensar na proposta
tência em romper com paradig- gico da escola. É interessante con- descrita na LDB 9,394/96 que
mas e divergente porque há uma siderar o ato avaliativo no come- propõe avaliar continuamente ao
dualidade no ato de avaliar. De ço, meio e fim do caminho de longo de todo processo e de forma
um lado persiste a cultura da pro- sistematização da informação e contextualizada.
va como único método de medir do conhecimento. No começo Portanto, é preciso refletir
conhecimento, de outro lado exis- quando se verifica o que o aluno sobre a avaliação e transformá-la
tem adeptos de alternativas diver- já sabe, no meio e continuamente em ação, pois só assim a escola
sificadas de avaliação. quando se verifica o que e como o estará promovendo uma avalia-
Hoffmann afirma que “a aluno está interagindo com o ção mais humana, sem medos,
construção do ressignificado da conteúdo proposto e final verifi- traumas e ameaças, mas será uma
avaliação pressupõe dos educa- ca-se o que o aluno conseguiu ab- forma de coroar todo o percurso
dores um enfoque crítico da edu- sorver. Lembrando que essa ava- do processo ensino-aprendi-
cação e do seu papel social”. Nes- liação final poderá acontecer no zagem de maneira coerente e
se sentido a avaliação deve ser final de um projeto ou objeto de natural.
repensada para não se tornar uma estudo e não, necessariamente de

AUTO POSTO

SPINELLI
3307-3931
Av. Brasil n. 675 - Ceres - GO

Dezembro 2008
39
artigo
Influências da relação professor/aluno
na construção do conhecimento
Cássia de Sousa Fonseca Meireles*
O progresso todos os alunos, mas nem sempre al- ou seja, ele esforça-se para realizar
e a realiza- cança a totalidade. as tarefas pro-postas, pois tem a
ção do ser É essencial acrescentar que ao consciência que mesmo errando,
humano de- analisar o desenvolvimento cognitivo terá um apoio para retomar e re-
�Cássia �eireles é professora, pendem es- deve-se considerar não apenas a ca- fazer a atividade.
e Coordenadora da U��/Ceres
sencialmente pacidade de produção individualiza- Observadas todas estas ques-
das relações humanas. Desta manei- da do ser humano, mas também o que tões passamos a entender um pouco
ra, a observação e o exame dos ele é capaz de realizar mediante o es- dos problemas que vivenciamos dia
relacionamentos entre professor/ tímulo do outro. Sendo assim, o estí- após dia, e no intuito de compreender
aluno são de extrema importância pa- mulo adquirido a partir da boa rela- capacidades e habilidades frente ao
ra uma boa reflexão sobre o desem- ção professor/aluno terá fundamental contato com o meio e com o outro,
penho dos estudantes ao longo dos importância no processo de constru- estamos atentos a função da relação
anos escolares. ção do conhecimento e desenvolvi- professor/aluno, apontando um novo
Traçando um panorama do mento cognitivo. caminho para reflexões possíveis de
desempenho escolar, percebe-se aplicabilidade ao processo de cons-
claramente que grande porcentagem trução do conhecimento do aluno,
dos alunos têm aversão a alguma dis- pois acreditamos que a mediação tem
ciplina, e isso está intrinsecamente “Um aluno que simpatiza com relevante influência no seu desen-
o professor tem mais facilidade
ligado a uma dificuldade de relacio- volvimento cognitivo e psicológico.
para realizar as atividades
namento com o professor. Não neces- Sobre esta proposta tem-se
propostas”
sariamente o professor atual, pois a em Rego (1995) a seguinte análise:
aversão pode ter sido adquirida ao “Compreender a questão da media-
longo dos anos escolares. ção, que caracteriza a relação do ho-
Acredita-se que a relação pro- Frente a esta colocação pode- mem com o mundo e com os outros
fessor/aluno tem grande valia no pro- mos destacar alguns pontos que me- homens, é de fundamental impor-
cesso de formação do conhecimento recem ser discutidos por educadores tância justamente porque é através
do aluno e conseqüentemente psico- e estudiosos da educação: deste processo que as funções psico-
lógica, pois, a influência depositada A relação professor/aluno é lógicas superiores, especificamente
sobre ele no momento da troca de sa- primordial para o desenvolvi- humanas, se desenvolvem” (p. 50).
beres, chamada de transferência, mento cognitivo e psicológico do
permite que ele desenvolva suas ha- aluno, pois o mesmo vê-se influ- Referências Bibliográficas:
bilidades já existentes, mas que até enciado pelo pensamento/com-
então permaneciam inconscientes à portamento do professor; REGO, Tereza Cristina. Vygotsky –
espera de um estímulo maior para O prazer por adquirir o co- Uma perspectiva histórico cultural da
emergirem. nhecimento está intimamente educação. 17ª Ed. Petrópolis, RJ:
Neste prisma, lançaremos ligado à relação professor/aluno, Vozes. 1995.
mão de um exemplo comum nas salas pois o aluno tem no seu íntimo a SIMÃO, L & Mttjáns Martinez, A (org).
de aulas. Um aluno que simpatiza intensão de esforçar-se para não O outro no desenvolvimento
com o professor tem maior facilidade decepcionar o companheiro mes- humano: diálogos para pesquisa e a
para realizar as atividades propostas – tre; prática profissional em Psicologia.
mesmo que estas se manifestem não A relação professor/aluno mo- São Paulo: Thomson, 2004.
muito agradáveis – do que um aluno difica o ambiente de aprendiza- TA C C A , M . C . V. R . ( o r g ) .
que não tenha nenhuma afinidade gem escolar. Isto acontece porque A p r e n d i z a g e m e Tr a b a l h o
com o professor e que eventualmente as aulas tornam-se mais produtivas pedagógico. Campinas: Alínea, 2006.
até goste da atividade proposta. Por- e agradáveis, tanto aos olhos do VYGOTSKY, L. S., A construção do
tanto, fica evidente que o relacio- discente como do docente; pensamento e da linguagem. São
namento tem grande influência na O aluno sente-se seduzido Paulo: Martins Fontes, 2000.
construção do conhecimento, pois o pela aprendizagem, quando sua
estímulo do professor é direcionado a relação com o professor é estável,

40 Dezembro 2008
artigo
O hábito da leitura nas
bibliotecas: jogos literários
Célia Romano Mariano*
A biblioteca em toda sua espe- sua compreensão, melhora o vocabu- ção do conhe-
cificidade surge como espaço de leitura; lário, além de proporcionar a eles via- cimento. Fa-
lugar de saciar e despertar curiosidades; gens imaginárias, abrindo seus hori- zer ações par-
acervo vivo do saber; suporte informa- zontes, enfim, vivencia emoções. ticipativas pa-
cional para suprir e dar fundamentação Mas se este comportamento não ra articular a
teórica e prática às instituições de en- lhe diz respeito, pois o hábito é incor- biblioteca a *Célia Mariano é bibliotecária
da UEG/CERES
sino. poração cultural, a posição da leitura na trabalhos pe-
Intervir no hábito de leitura de escala de valores da tradição cultural dagógicos busca construir um novo eixo
modo a transformar o comportamento “Estímulos facilitadores do que privilegie o lúdico e a leitura, esti-
passivo do leitor perante o texto escrito e hábito de leitura em todos os mulando com isso inteligências, promo-
criar condições para valorizar a leitura é níveis de formação são ve a socialização, enriquece o vocabu-
sua missão. A biblioteca tem como necessários para aquisição ou
lário, desenvolve sensibilidades e ao
manutenção do
função primordial transformar o usuário mesmo tempo aumenta seu interesse pe-
conhecimento”
consumidor em usufruidor do acervo, los livros.
contando com a multiplicidade e dina- brasileira não é nada promissora. A Os avanços tecnológicos e suas
micidade de informações através de jo- indústria editorial visa prioritariamente o aplicações no processo de ensino-apren-
gos literários, clubes de leituras, concur- ganho financeiro, a escola enquanto dizagem rompem paradigmas e imple-
so de produções literárias com os quais educadora não orienta aos alunos, im- mentam eficiência e rapidez com o uso
se adquire o prazer de ler. A leitura é um pingindo-lhes leituras árduas, fora do seu da Internet. Com isso, não vai se abolir o
processo no qual o leitor realiza um contexto histórico-social, desestimu- prazer das descobertas que nos envol-
trabalho ativo de construção de signifi- lando-os, levando-os ao desprazer, até vem ao saborearmos a leitura de um livro
cados com a aquisição de conceitos, so- chegar ao descaso de não se inteirar do de papel e de suas releituras. Lembrando
cialização e desenvolvimento da lin- seu contexto, o que não contribui para Millôr Fernandes: “LIVRO é Local de
guagem oral e escrita. uma leitura crítica e prazerosa, isto posto Informações Variadas, Reutilizáveis e
Nas bibliotecas nota-se muitas ainda há esperanças na formação de Ordenadas” e acrescente-se ainda que
vezes o pouco caso que os usuários fa- bons leitores se novas concepções e me- não têm fios, circuitos elétricos, não está
zem dos livros, no pouco aproveita- todologias forem usadas para aproximar conectado a nada, tem-se à mão a hora
mento de sua leitura e das riquezas que o educando da biblioteca. que quiser, no momento que desejar, não
pudessem lhes serem apresentadas. É importante lembrar que estí- “dá pau” e é tão fácil de usar que até uma
Infelizmente, a maioria dos estudantes mulos facilitadores do hábito de leitura criança pode utilizar. É só abrí-lo. Então
não percebe que lendo se prepara me- em todos os níveis de formação são LEIA!
lhor, fundamenta suas opiniões, aumenta necessários para aquisição ou manuten-
artigo
A responsabilidade é de todos
Malu Longo*
Ainda me universidade. Isso não impedia, entre- para o bem ou para o mal, veio desta
lembro. Foi tanto, que sonhassem com títulos para história que poucos de seus moradores
no final de todos nós, sem exigência de opção. conhecem. Talvez porque essa fonte
1975, na an- Advogados, pedagoga, engenheiros, foi relegada ao abandono, talvez
* Maria Luisa Longo é tiga rodovi- jornalista, psicóloga, administradora, porque as pessoas que hoje movimen-
jornalista formada pela UFG,
repórter de O Popular e ária de Ceres, física formam a nossa grande família, tam a engrenagem econômica, polí-
Assessora de Comunicação do
CDL de Goiânia
que me des- alguns PhD. Para isso, todos os 13 tica e social do município não tenham
pedi de meus irmãos, sem exceção, tiveram de dei- percebido o quanto teria sido impor-
pais para uma viagem sem retorno xar Ceres. Era a forma, naquela época, tante analisar erros e acertos do passa-
definitivo. Foi a partida em busca do de conquistar um canudo de formação do.
sonho de me transformar numa profis- superior. A UEG começa a fazer parte da
sional de jornalismo. Naquele ano O mundo girou com imensa história de Ceres. Por ser uma insti-
tinha encerrado a terceira etapa do en- rapidez nesses mais de 30 anos. Veio a tuição pública, sua sobrevivência de-
sino médio no franciscano Colégio era da informática e com ela a glo- pende da sociedade que a mantém
Imaculada Conceição de onde, em- balização. Hoje, aprender é vital. Os com impostos. Ter essa consciência é
bora não tenha sido nenhuma sumi- ensinamentos da cultura popular, ricos importante para descobrir o grande
dade de aluna, pude absorver ensina- nos rincões brasileiros, são importan- número de benefícios que ela poderá
mentos para a vida inteira. tíssimos, mas não têm peso na balança reverter à região. Uma universidade
Os últimos dois anos de vida do mercado de trabalho. Portanto, comprometida com a comunidade
escolar em Ceres tinham sido parti- quem quiser competir, precisa estudar, que a abriga ensina a ampliar o leque
cularmente difíceis. Certa de que o entrar na roda de informações que sur- de possibilidades econômicas, ensina
curso Normal, no período da manhã, ge a cada segundo para atingir um a formar consciências e redimensiona
não me daria base para concorrer em nível de profissionalização exigido pe- o saber cultural. Portanto, fortalecer
igualdade de condições no vestibular lo mundo contemporâneo. uma instituição pública de ensino é
da Universidade Federal de Goiás, ha- Uma universidade pública, dever de todos, não apenas daqueles
via optado também pelo curso Cien- com o alcance territorial da UEG, é que a conduzem.
tífico à noite no Colégio Álvaro de Me- fundamental. Ela dá oportunidade a Os quase 600 alunos matri-
lo. À tarde exercitava a minha respon- um enorme contingente de jovens e culados na unidade de Ceres têm uma
sabilidade de futura profissional tra- nem tão jovens que por motivos diver- grande responsabilidade pela frente:
balhando com meu pai no cartório on- sos não puderam deixar suas cidades demonstrar à sua comunidade que
de era o tabelião. para estudar. Mas de nada basta a foram lá e venceram. E venceram bem,
Mesmo que tenha feito opção estrutura física e docente da instituição com condições de realizar transfor-
pelas noções de magistério já tinha se os alunos não perceberem a sua mações sociais. E isso só será possível
decidido deixar Ceres. Eu queria ir relevância para a região como fonte de se entenderem que a universidade é
além, descobrir nichos sociais e mun- informações. Essa fonte pode e deve instrumento de mudança em prol da
dos nada previsíveis que abastecem ser explorada para que as localidades coletividade, do progresso e do desen-
cotidianamente as edições de jornais. ganhem não apenas em conheci- volvimento.
Minha família, meus amigos que fica- mentos, divisas e
ram e outros tantos que fiz ao longo empregos, mas
desses mais de 30 anos sabem que fundamentalmen-
rotina é veneno na minha trajetória. te em cidadania.
Portanto, para conseguir atingir a meta Cidadãos consci-
de me transformar numa jornalista eu entes alicerçam o
teria de deixar a minha amada casa futuro para gera-
onde fomos, eu e meus irmãos, leva- ções vindouras.
dos empiricamente a uma avalanche Ceres pos-
de informações através de meus pais, sui uma história ri-
Alberto e Francisca. quíssima e inex-
Um filho sair de casa não era plorada. Muito do
nenhuma novidade para eles. Ambos, que se transfor-
embora sábios, não tinham chegado à mou a cidade,

42 Dezembro 2008
artigo
Meio Ambiente e Tecnologia:
o que fazer com o e-lixo
Lívia Mancine*
começar a nos preocupar: metálicos, pe-
como desfazer do antigo daços plásti-
eletrônico? Daquele celular cos e pó de
antigo ou daquele monitor vidro”. Claro,
que foi trocado pelo LCD, e isso tudo deve
até daqueles velhos CDs ser feito por *Lívia Mancine é professora
da UEG/Ceres
sem utilidades? Isso porque pessoas espe-
nem contabilizamos a cializadas.
quantidade de pilhas e ba- O que complica mesmo é saber
terias que já foram jogadas onde então mandar nossos e-lixos. Infe-
Imagem Ilustrativa: Internet

no lixo. lizmente, ainda não temos centros de


Alguns componentes coleta que estejam acessíveis em qual-
presentes em computadores quer lugar. Por mais que o assunto seja
e na maioria dos eletrônicos sério e problemático, nossos governantes
são altamente tóxicos e ainda não se deram conta disso.
quando descartados de ma- Por isso, aí vai algumas dicas
neira incorreta podem pro- para que você faça de seu e-lixo um
As pessoas se deparam a cada vocar sérios problemas tanto para o meio produto reciclável e que não nos
dia com as mais diversas inovações ambiente como para nós, causando do- prejudique nem tampouco o meio
tecnológicas. Isso porque já vivemos em enças como câncer. Esses componentes ambiente.
meio a muitas delas, as quais fazem parte são: chumbo, níquel, berílio, cobalto, Celular: deve ser levado a uma
de nosso cotidiano. Exemplos claros são cromo, cádmio, selênio, arsênio. loja especializada na venda des-
os celulares, que apresentam os mais A ausência de leis para nortear o se aparelho para que a mesma
variados formatos, trazendo uma vasta e-lixo (lixo eletrônico) é um dos fatores devolva para o fabricante para
opção de funções. Mesmo que seu que contribue para o “não saber o que ser feito o descarte;
objetivo maior seja a conversa entre duas fazer”. Sílvia Martarello Astolpho, coor- Pilhas e baterias: entrou em vi-
pessoas, ele não se exime de apresentar denadora do Departamento de Pesquisa gor a resolução 401, que passa a
outras funções, como é o caso dos ce- e Desenvolvimento da Associação responsabilidade para o comér-
lulares de Terceira Geração ou 3G – Brasileira de Limpeza Pública e Resíduos cio o recolhimento de pilhas e
como são conhecidos. Especiais (Abrelpe), afirma em artigo pu- baterias usadas. Fiquem atentos
Esses celulares são dotados de blicado no site Terra Tecnologia que que em breve deverá conter nas
tecnologias, porém o que mais chama a “legisladores, Estados, União e muni- embalagens desses produtos a
atenção do consumidor é o acesso à destinação adequada para o seu
Internet de alta velocidade. Isso permite “A ausência de leis para nortear o e-lixo descarte;
(lixo eletrônico) é um dos fatores que
ao proprietário desse pequeno com- Computadores, impressoras e
contribue para o 'não
putador móvel estar conectado 24 horas saber o que fazer' ” máquinas fotográficas: empre-
por dia, dispondo de downloads de sas como a Dell, HP, Canon e
arquivos, jogos on-line e tudo que a cípios têm desprezado o problema. O Kodak recebem esses tipos de
internet pode oferecer inclusive a TV Brasil carece de leis que definam respon- equipamentos;
digital. É isso mesmo, será possível assis- sabilidades, coleta e reciclagem de pro- Tecnologias em geral: o site
tirmos aos canais abertos pelo celular! dutos descartados. Lamentavelmente, há www.cdi.org.br e www.museu
Essa novidade desperta em 17 anos o Congresso brasileiro aprecia o docomputador.com.br também
muitos consumidores a vontade de trocar projeto de lei n.º 203/91, que trata do recebem diversas tecnologias,
o seu celular para um que atualmente assunto, sem uma solução”. funcionando ou não.
está se consagrando no mercado e que O site www.lixoeletronico.org
apresenta uma tecnologia a mais. traz novidades sobre o problema que já É necessário termos consciência
E assim funciona com os demais enfrentamos e explica como deve ser a do mal que esses produtos ao serem
eletrônicos. Para quem gosta de reciclagem eletrônica: “a reciclagem de descartados de forma imprudente po-
computadores, a vontade de sempre ter material tecnológico em geral se dá dem causar. Não podemos ser coniven-
um desempenho computacional melhor, através da manufatura reversa, isso é, os tes com a Mágica do Lixo: o consumidor
existem opções oferecidas pelos fabri- materiais são desmontados, os com- coloca o lixo na porta da sua casa e ele
cantes a cada modelo que sai no mer- ponentes são separados em plásticos, desaparece e simplesmente isso não é
cado. metais e vidros para então serem tratados mais problema para ele.
Mas há algo que devemos e transformados em sais e óxidos

Dezembro 2008
43
artigo
Enfermagem: um mercado
de trabalho promissor
Milson Vieira de Sousa Junior*
A Universidade família pode e deve ser confiada ao pro- duos sólidos, conscientizar a comuni-
Estadual de fissional de enfermagem. dade quanto à importância do sane-
Goiás oferece o Em equipes de Reprodução amento, orientar formas de prevenir do-
Curso de Enfer- Assistida que possuem o profissional de enças transmitidas por falta de cuidado
*Milson Junior é coordenador do
magem desde enfermagem observa-se que é este da população com seu lixo e com a eli-
Curso de Enfermagem 2006. Desde profissional quem acompanha o pacien- minação de seus dejetos. Assim, doenças
então a cada te durante e após o tratamento em pro- como dengue, leptospirose e muitas
ano 30 novos alunos iniciam seu curso cedimentos que chegam à intimidade do outras podem ser evitadas. A percepção
superior buscando a formação de Enfer- casal em tratamento. Sabe-se que em do Enfermeiro quanto a sua responsa-
meiros. E apesar de possuirmos em nossa países europeus e nos Estados Unidos os bilidade em melhorar a qualidade de vi-
região inúmeros hospitais e clínicas Enfermeiros realizam exames de ultra- da das pessoas através de ações de edu-
sabe-se que nem todos os futuros sonografia e até mesmo inseminações cação em saúde e promoção do sanea-
profissionais encontrarão oportunidade artificiais sem acompanhamento médico mento básico deve estar sempre em
de se ingressarem no mercado de traba- durante a Reprodução Assistida. evidência.
lho em nosso município. O profissional de Enfermagem Enfim, pode-se observar que
Este profissional trabalha basi- pode também atuar na captação de ór- embora tenhamos muitos profissionais
camente na assistência ao paciente e no gão humano para a realização de trans- no mercado de trabalho e tantos outros
gerenciamento de equipes de institui- plantes. O trabalho do Enfermeiro de buscando concluir a graduação em En-
ções da área da saúde. fermagem não será difícil encontrar um
Mas o que fazer? Será que a setor de afinidade para esse profissional
grande maioria terá que voltar ao seu lu- “O profissional de Enfermagem da saúde desenvolver uma atividade
gar de origem? Ou será que terão que se pode também atuar na promissora saindo de dentro do
mudar para cidades distantes? captação de órgão cotidiano mundo hospitalar.
Tarefas como coordenar unida- humano para a Mas não se deve deixar de afir-
des de saúde da rede básica, também realização de mar que cabe também a esse Enfermeiro
transplantes”
chamados de Programa de Saúde da se qualificar cada vez mais com Cursos
Família (PSF) são ações rotineiras para o de Aprimoramento, Pós-Graduações,
Enfermeiro, gerenciar os deveres dos Captação de Órgãos retrata a natureza Mestrados, Doutorados, pois, somente
Técnicos de Enfermagem são freqüentes dialética do cuidar. Esse trabalho deter- com uma capacitação eficaz esses novos
no dia-a-dia desse profissional, porém o mina o enfrentamento da falência física e campos de atuação vão se abrindo para o
serviço autônomo também pode ser definitiva da vida, no processo de degra- profissional da saúde. A atualização
desenvolvido. dação e perda da integridade do ser hu- profissional é a chave do segredo que
Vale ressaltar que a atuação do mano, quando seus cuidados tornam-se abrirá as portas do mercado de trabalho
profissional de enfermagem vai muito necessários à manutenção voltada para a para os futuros Enfermeiros da UEG –
além de trabalhar dentro de um hospital vida, agora já focalizada no outro. Como Unidade Universitária de Ceres e os
aguardando o próximo paciente. Proje- agente, o Enfermeiro da Captação de Ór- demais colegas de profissão.
tos comunitários, pesquisas, ações de gãos utiliza sua observação, utilizando a
prevenção, trabalhos com pacientes de monitoração de respostas e resultados,
grupos especiais, docência universitária revelando estilo de raciocínio do proces-
e até mesmo trabalho com reprodução so de cuidar a favor da vida.
humana podem ser desenvolvidos por Outro direcionamento que o
um Enfermeiro. profissional de enfermagem engloba
O Enfermeiro pode dedicar-se à atitudes que visam melhorar a qualidade
pesquisa, ou mesmo abrir uma firma de de vida da população. A atuação voltada
consultoria para dar assistência direta a para as atividades de saneamento bási-
pacientes portadores de doenças como co, realizada pelos Enfermeiros, visam
diabetes, pacientes com déficits cardí- minimizar os problemas de saúde já exis-
acos, idosos, hipertensos, dentre outros. tentes e buscam a prevenção de doenças
Pode ainda dar orientações a mulheres futuras que possam ser desencadeadas
gestantes e realizar acompanhamento pela fragilidade de medidas de sanea-
pré-natal. O Enfermeiro atua direta- mento. Contudo as medidas que o Enfer-
mente em orientações no período de meiro pode desenvolver giram em torno
aleitamento materno. A saúde de sua de indicar o destino a ser dado aos resí-

44 Dezembro 2008
artigo
3° Ano de Sistemas de Informação:
Dedicação e Profissionalismo! Adilson Júnior
Aluno do Curso de Sistema de Informação

Para as gerações que deixam, Sistemas de Informação tem esse cos do 3� ano do curso de Sistemas de
hoje, o ensino médio rumo a uma principal objetivo: formar pessoas Informação da UEG/UnU-Ceres,
universidade, talvez seja difícil con- aptas a estruturar os diversos fluxos orientados pela Professora de Projeto
ceber um mundo sem computadores. de informação nas mais variadas I, Roberta Alehandra Prados, desen-
Afinal, em pouco mais de vinte anos formas de organização e desenvolver volvem softwares/sistemas nas diver-
essas máquinas saltaram das páginas sistemas que atendam às empresas.
dos livros de ficção científica para O profissional da área de Sistemas de “Tudo indica que o mercado
fazer parte da vida de cada um de Informação é alguém com conheci- de trabalho nessa área
nós. Da mesma forma que se torna- mentos sólidos de informática e com continuará se expandindo”
ram indispensáveis em agências base teórica sobre administração em-
bancárias, aeroportos, hospitais, nos presarial. Enfim, que reúne os dados sas áreas de mercado colocando em
grandes jornais e até em restaurantes, prática tudo aquilo que se aplica a
“O profissional da área de
os computadores foram se tornando sala de aula no dia-a-dia do curso. A
Sistemas de Informação é
parte da rotina da maioria das pes- professora afirma que este ano está
alguém com conhecimentos
soas. E é aí que entra o profissional da surpresa com os excelentes projetos
sólidos de informática e com
área de informática, preparando a que os acadêmicos estão desenvol-
base teórica sobre administração
máquina para cumprir determinadas vendo, mas já se sabe que isso se dá
empresarial”
tarefas e adequando seu funciona- devido à maioria dos acadêmicos já
mento às necessidades do usuário. dispersos de uma empresa e, com ba- trabalharem na área exercendo com
O curso de Bacharelado em se nesses dados e nas necessidades qualidade suas devidas funções antes
específicas da or- mesmo de concluírem o curso.
ganização, orde- A sala está compota por pro-
na sistemas que fissionais e empresários nas diversas
ajudam na toma- áreas que a informática oferece, des-
da de decisões. A tacando-se: Programador, Analista
sua formação in- de Sistemas, Gerente de CPD, Téc-
clui além de Físi- nico de Informática, Consultor, De-
ca, Matemática e senvolvedor web, Profissional de
várias disciplinas Marketing. Com a qualidade dos re-
ligadas à Ciência sultados destes projetos aplicados na
da Computação – sala de aula já se sabe que em um fu-
estudos de Marke-
ting, Comunica- Com a qualidade dos resultados
ção Empresarial, dos projetos aplicados na sala
Análise de Siste- de aula já se sabe que em
mas e de organi- um futuro próximo a sociedade
zação e gerencia- poderá contar com os trabalhos
por eles oferecidos”
mento de empre-
sas (Administra- turo próximo a sociedade poderá
ção, Finanças, Éti- contar com os trabalhos desses pro-
ca e Recursos Hu- fissionais, que com suas experiências
manos). poderão ser a solução em serviços de
Tudo indica informática, atendendo às expecta-
que o mercado de tivas de clientes e usuários, fortale-
trabalho nessa cendo o compromisso entre os funci-
área continuará se onários e a empresa e contribuindo
expandindo. Com para o desenvolvimento de nossa
base nestes princí- região e do próprio País.
pios os acadêmi-

Dezembro 2008
45
artigo
Plano de negócios: fase fundamental
para o empreendimento Jean Alves Leal *

O de sen- novo negócio, mas aquele que está elimina erros, mas auxilia o enfren-
volvimento sempre atento, tanto para identificar tamento dos mesmos, direcionando
de um pla- novas oportunidades quanto para seus esforços de uma melhor ma-
no de ne- enfrentar as dificuldades do novo neira. É uma espécie de plano de
*Jean Alves Leal Professor do
curso de Sistemas de Informação
gócios é de empreendimento, tem que estar pre- viabilização de uma idéia, para que
da UEG – UnU Ceres fundamen- parado para assumir riscos e come- nada passe por despercebido, repre-
tal importância para qualquer ati- çar algo novo, sempre inovando e senta um extenso levantamento dos
vidade comercial, independente de transformando idéias em realidade, ele-mentos que compõem o negócio,
seu ramo de atuação, devido à deve ter em mente um objetivo, saber tanto os internos quanto os externos,
preocupação com o despreparo que aonde quer chegar e trabalhar com procurando a princípio, responder a
os empreendedores têm em relação a uma visão no futuro, o que lhe per- algumas perguntas.
seus empreendimentos, o que im- mite identificar se alguma atitude
plica um alto índice de mortalidade saiu do critério, por ele adotado, fa- “O plano de negócio é um roteiro
das empresas no seu primeiro ano de zendo uma avaliação de cada dia vi- que não elimina erros, mas auxilia
vida. vido, e acrescentando algo mais para o enfrentamento dos mesmos,
Necessariamente, um negó- a construção de seu futuro. direcionando seus esforços de

Imagem Ilustrativa: Internet


cio tem como objetivo suprir algum Planejar é o segredo do su- uma melhor maneira”
mercado, atender alguma necessida- cesso para o empreendedor, isso
de ou ser resposta a uma oportuni- significa estudar, antes de colocar em O empreendedor nada mais é
dade de mercado, estando assim en- prática suas ações. Ele deve se preo- que uma figura complexa, de visão
volvidos os atos de vender, comprar, cupar em planejar antes de atuar no ampla, com bom faro para negócios,
produzir ou oferecer um serviço, o ramo escolhido, pois estará sendo com imensa capacidade de transfor-
qual estará satisfazendo a alguém. preparado para os prováveis contra- mar idéias em realidade, tem cora-
Um empreendimento surge tempos que irão acontecer pelo lon- gem e vontade de arriscar, está sem-
de inúmeras maneiras, de necessida- go desenrolar de seu negócio. pre em sintonia com oportunidades e
des diferenciadas, às vezes do espí- Apesar de ser um estudo ne- mercado, o que nem sempre pode ser
rito empreendedor, da vontade de cessário para o sucesso do negócio, o percebido por todos. Não se deixa
crescimento, e até mesmo, como plano é algo novo para a maioria dos abater, nem desiste ao se deparar
solução para problemas como é o em-preendedores. A maior parte só com um “não” ou mesmo com difi-
caso do desemprego. Pode acontecer faz um breve estudo sobre o negócio, culdades do gênero financeiro, pois,
através de pessoas sem conheci- e uma análise dos custos primários, e jamais desiste de seus sonhos, seus
mento suficiente no ramo do negó- isso quando não é do ramo. Esse objetivos, sua vontade de auto reali-
cio, e até mesmo por inovadores que aspecto deveria ser visto de forma zar-se, de ser seu próprio patrão,
desenvolveram seu potencial em- mais séria, pois a má implementação enfim, de progredir.
preendedor. O risco de um negócio é do negócio pode
caracterizado pela falta de um rotei- vir a significar seu
ro, para auxiliar o empreendedor, fracasso, causando
uma condição de previsibilidade e assim uma série de
resolução dos problemas. prejuízos emocio-
Empreendedor é aquela pes- nal, pessoal e o
soa que faz com que as coisas acon- que a maioria das
teçam, pois tem imensa sensibilidade pessoas classifi-
para os negócios, identifica com faci- cam como o mais
lidade as oportunidades. Com isso, importante, o fi-
faz com que idéias se tornem reali- nanceiro.
dade, beneficiando a ele mesmo e a O plano de
comunidade na qual está inserido. negócio é um ro-
Não é só aquele que dá início ao teiro que não

46 Dezembro 2008
artigo
UEG desbravando caminhos para
o seu crescimento
Milson Vieira de Sousa Junior
A Universidade Estadual de encontros mensais, com aulas nas da em um módulo específico em cará-
Goiás – Unidade Universitária de sextas-feiras no período noturno e aos ter teórico, e quando se fizer neces-
Ceres sempre buscou desenvolver pro- sábados no período diurno. Os refe- sário ocorrerá a divisão em aula teó-
jetos de novos cursos que alcançassem ridos encontros acontecerão durante rica, seguida de aula prática. O corpo
os interesses do mercado de trabalho dois finais de semana de cada mês, docente que irá minitrar as aulas será
da Região do Vale do São Patrício. sempre intercalando em um final de composto completamente por mestres
Com esse objetivo nossa Unidade semana com aula e outro sem encontro e dotores, capacitados e preparados
Universitária já concluiu turmas de presencial.
graduação de Gestão Pública, Gestão O objetivo geral do curso é a “Cada disciplina será ministrada em
de Agronegócios e Gestão de Saúde. especialização e o aprimoramento das um módulo específico em caráter
Cursos de Pós-Graduação em Mate- atividades profissionais buscando o teórico, e quando se fizer necessário
mática, Psicopedagogia e Docência crescimento intelectual teórico/prático ocorrerá a divisão em aula teórica,
seguida de aula prática”
Universitária. do aluno. Os focos específicos são
Atualmente encontra-se em aprofundar os conhecimentos da fisio-
para apresentarem aulas de qualidade.
funcionamento dois cursos regulares,
O investimento que o aluno
sendo Enfermagem e Sistema de Infor- “O curso terá a duração de 510
horas que serão divididas em dois fará será de R$ 200 no ato da matrícula
mações. Temos ainda dois cursos de
encontros mensais” e mais 15 parcelas do mesmo valor.
licenciatura plena parcelada, sendo
Porém se o número de alunos for su-
Educação Física e Pedagogia. Como
logia humana normal, identificar as perior a 50, acontecerá uma avaliação
pós-graduação encontra-se em anda-
alterações fisiológicas ocasionadas escrita de caráter subjetiva objetivando
mento as especializações em Educa-
pelo exercício e apresentar prescrições a disponibilização de bolsas de estudo
ção Infantil e em Redes e Bancos de
de exercícios que desenvolvam a fisio- parciais para os excedentes a cin-
Dados para Web.
logia do atleta. qüenta. Essa bolsa de estudo seguirá o
Contudo, novos projetos estão
A criação de um curso de pós- seguinte percentual de desconto: para
sendo elaborados e o próximo curso a
graduação lato-sensu intitulada Fisio- o primeiro colocado, bolsa de 50%,
ser oferecido pela Universidade Esta-
logia Aplicada ao Exercício é um passo para o segundo colocado, bolsa de
dual de Goiás – Unidade Univesitária
muito importante para a UEG em espe- 40%, para o terceiro colocado, bolsa
de Ceres é mais uma pós-graduação
cial para a Unidade Universitária de de 30%, para o quarto colocado, bolsa
intitulada Fisiologia Aplicada ao Exer-
Ceres. Atualmente esta unidade possui de 20%, e para o quinto colocado,
cício.
Seu público alvo são educa- quatro turmas do curso de Educação bolsa de 10%.
Física que totalizam uma média de 130 É com o imenso prazer que a
dores físicos, fisioterapeutas, médicos,
discentes no último semestre da gra- UEG – UnU Ceres convida você, pro-
nutricionistas, enfermeiros, dentre
duação. fissional da saúde, para vir aprimorar
outros profissionais da saúde. Após a
seus conhecimentos nesse nosso curso
conclusão do curso os profissionais “O objetivo geral do curso é a
de pós-graduação. Um curso acessível,
então pós-graduados poderão atuar especialização e o aprimoramento
das atividades profissionais com investimentos dentro da realidade
com maior segurança e conhecimento
buscando o crescimento intelectual de nossa região, sem despesas exorbit-
em colégios, academias e centros de
teórico/prático do aluno” antes com viagens, alimentação, esta-
saúde.
As inscrições ocorreram em dias. Um curso que vai te capacitar pa-
A região apresenta ainda vários ra o mercado de trabalho, te evidenciar
dezembro do corrente ano e devem ser profissionais de fisioterapia atuando na
realizadas na secretaria da UEG, com como profissional, incorporando ao
região, além ainda de diversos médi- seu currículo mais uma etapa vitoriosa.
Lidyanne. As matrículas poderão ser cos e outros tantos profissionais nutri- Ter uma pós-graduação lato-
realizadas no início do mês de janeiro cionistas, enfermeiros. Destaca-se que sensu abrem portas e diferencia dos
de 2009 e as aulas estão previstas para todos esses profissionais são poten- profissionais que concluíram a gradua-
iniciarem dia 16 de janeiro de 2009. cialmente alunos para este curso que
O curso terá a duração de 510 ção e não buscaram novas maneiras de
almejamos implantar. aprofundar seus conhecimentos.
horas que serão divididas em dois Cada disciplina será ministra-

Dezembro 2008
47
artigo
Minicursos: Pedagogia de sucesso!
Elaeny Glaucia Rodrigues e Maria das Graças Liberato
são professoras da UEG/Ceres
Desde o início de seu curso em seu percurso sociocultural, lin- – Educação Infantil
os alunos de Licenciatura Plena guagens que dialogam com a afeti-
Parcelada em Pedagogia, Con- vidade, com a emoção. Assim sen- São quatro as habilidades
vênio VII, têm encontrado vários do, o minicurso abordou as múl- da linguagem verbal: a leitura, a es-
desafios a serem transpostos e ven- tiplas formas de se trabalhar a poe- crita, a fala e a escuta. Destas a
cidos, demonstrando com louvor sia com crianças, mesmo sem a leitura é a habilidade lingüística
que possuem muita criatividade, aquisição da escrita convencional. mais difícil e complexa. A leitura é
disposição e preparo pedagógico Por meio das cores, formas e sons a um dos processos de aquisição da
para assumir esta jornada árdua, criança compreende que o fazer lectoescrita e como compreende a
porém gratificante, que lhes aguar- poético trabalha com as emoções e decodificação e a compreensão.
da. As professoras das disciplinas busca a resignificação das palavras, Baseado nessas idéias vários
de Prática Pedagógica III – da Edu- sem contar que diferentes outros sa- são os profissionais da educação in-
cação Infantil e das séries iniciais beres são possíveis de serem traba- fantil que limita-se a esquemas cor-
do Ensino Fundamental – propuse- lhados pela poesia de uma maneira porais e atividades motoras mecâ-
ram mais um destes desafios, a ela- mais leve e produtiva. nicas e pouca importância dão à
boração e aplicação de Minicursos necessidade de se observar os pe-
aos colegas e também para os alu- “A importância do imaginário na quenos desta faixa etária que desde
nos da outra turma cursistas de Pe- literatura infantil” – Educação cedo produzem traços de uma apa-
dagogia, Convênio VIII. Infantil rente distorção na aprendizagem,
O resultado obtido trouxe que nada mais é que um jeito de ser
alegria geral pelo excelente resulta- A literatura em si é arte e a e de aprender onde é refletida a ex-
do alcançado, não apenas no de- Literatura Infantil pode ser vista pressão individual de uma mente,
senvolvimento de todo o potencial como a arte de trabalhar o imaginá- muitas vezes arguta e até genial,
dos grupos envolvidos na transmis- rio e a fantasia. O termo infantil não mas que aprende de maneira dife-
são dos minicursos, mas também significa que tenha sido feita so- rente. Diante dessa realidade o gru-
na preciosa colaboração dos mente para as crianças. A literatura po propôs-se através de um estudo
acadêmicos do curso de Pedago- infantil, em seus diversos estilos, apurado e aprofundado conhecer e
gia, convênio VIII, que experimen- encanta todo o tipo de público des- trabalhar a Dislexia.
taram inovadoras práticas relacio- de pequenos ouvintes até os mais
nadas a importantes temáticas pe- velhos. “Literatura de Cordel” –
dagógicas, que nasceram de um ex- O minicurso possibilitou ter Educação Infantil
tenso e apurado trabalho de pes- um acesso a história da Literatura
quisa e preparo. Infantil, dos clássicos literários que A Literatura de Cordel é um
A escolha dos temas foi li- a compõe e a importância que ela dos meios de grande importância
vre, porém os projetos dos mini- demanda na for-
cursos apresentados foram orien-
tados pelas professoras de Prática
mação e no desen-
volvimento da cri- Sua Festa Merece!
Pedagógica na sua elaboração e ança como cida-
execução. Sinteticamente os temas dão. Autores e sua
abordados foram: trajetória de vida,
obras e múltiplas CRUZEIRO DO GÊNESE METRÓPOLE LEX LUTHOR
SUL
“Todo dia é dia de poesia” – formas de se esti-
Educação Infantil mular a ler foram
alguns dos con-
O conhecimento só se de- teúdos abordados.
senvolve por meio de um trabalho CIRCUITO BRASIL YOUNG GANG LEX 5ª AVENIDA

que considere as diferentes lin- “Distúrbios da Contatos


guagens que o ser humano constrói aprendizagem” (62) 3261-8646 / 9968-3342

48 Dezembro 2008
artigo
para se trabalhar na educação in- ensino e um mediador neste pro- “Explosão de jogos na matemá-
fantil, por meio do desenvolvimen- cesso, que é a mamãe, quando se tica: uma caixinha de surpresa”
to da oralidade, pois essa literatura trata de bebê ou é o professor, que – Ensino Fundamental
possibilita uma união saudável en- tem como função identificar as difi-
tre a oralidade e a escrita. culdades de aprendizagem. Ensinar matemática é de-
A Literatura de Cordel possi- Entendendo assim, o mini- senvolver o raciocínio lógico, esti-
bilita um convívio harmonioso das curso procurou abordar e caracte- mular o pensamento independen-
duas linguagens, a escrita e a oral, rizar as dificuldades de aprendiza- te, a criatividade e a capacidade de
sem que uma simplesmente substi- gem como alterações nas habilida- resolver problemas. Os educado-
tua a outra, é muito importante des de linguagem, leitura, escrita res de uma forma geral precisam
levar ao conhecimento das crian- ou cálculo, enquanto as habilida- incorporar em sua prática alterna-
ças essa perspectiva de diferentes des motora, sensoriais, intelectuais tivas para aumentar a motivação
linguagens que estimulem o pen- e sociais apresentam-se potencial- para aprendizagem, romper com as
samento infantil, a transmissão e o mente normais. É o que reflete uma situações conflitivas com a disci-
cultivo de uma cultura nacional e discrepância entre a capacidade e plina, além de organiza-se através
motivação e o conhecimento de o nível de realização das ativida- de uma melhor concentração,
diferentes portadores de textos que des. Esclarecendo que a criança atenção raciocínio lógico-dedutivo
busquem a leitura de mundo mes- com dificuldade de aprendizagem
e o senso cooperativo.
mo antes de se saber ler conven- não é necessariamente portadora O jogo possibilita esta reu-
cionalmente. de deficiência física ou mental.
nião de atividades mobilizadoras
do ensino-aprendizagem levando
“Crianças com dificuldades de “Aprender, brincar, crescer e de-
em conta principalmente que
aprendizado – aspectos que senvolver atividades lúdico-
interferem na boa aprendiza- recreativa” – Ensino Fundamen- aprender torna-se um prazer.
gem: psicomotor, cognitivo, tal
sócio-afetivo-emocional” – O projeto buscou desenvol- “Inteligências múltiplas” – Ensino
Ensino Fundamental ver nos educadores diferentes situa- Fundamental
ções de ensino-aprendizagem para
A aprendizagem informal O estudo das inteligências
a garantia de uma sala de aula pro-
acontece espontaneamente no múltiplas possibilitou aos cursistas-
gredida harmoniosamente, voltada
meio ambiente, pela relação com para atividades e exercícios de late- mestres, além do conhecimento
as pessoas, por intermédio de ralidade, coordenação estática, das diferentes inteligências, o co-
meios de comunicação, do conví- equilíbrio, percepção e dissociação nhecimento de que as crianças não
vio do indivíduo. A aprendizagem de movimentos. aprendem de uma mesma maneira
formal é programada, tem uma se- As atividades lúdicas, o de- e que a sala de aula homogênea é
qüência didática, com objetivos de sempenho do professor e a inte- uma utopia, pois o ensino de qua-
gração da escola lidade e o fomento de situações
no processo en- reais de ensino-aprendizagem só
sino-aprendiza- podem surgir de situações onde
gem contribuí- exista troca de conhecimentos. Por-
ram de forma sig- tanto partindo assim da hetero-
nificativa para o geneidade, assim além de co-
desenvolvimento nhecer as diferentes inteligências,
de estratégias houve acesso a diferentes meto-
estimuladoras do dologias práticas que possibi-
potencial tanto litaram o lidar prático de cada uma
do educando delas.
quanto do edu-
cador.

Dezembro 2008
49
artigo
A UEG sonhada em Ceres
Divânio Gomes Ramos*

A obra mais acessíveis e muitas bolsas de dor por palanque em Rialma em


importante estudo. 2007, fez de público a reivindica-
para o cres- Enfim, desde há muito ção da conclusão da obra, pedido
cimento e aqui existem escolas excelentes ratificado em outros momentos
desenvol- em todos os níveis. Não obstante, por companheiros e irmãos, ami-
*Divânio Gomes Ramos é vimento de foi o advento da UEG o momento gos de Ceres. Compromisso feito
engenheiro civil e diretor da UEG,
Unidade Universitária de Ceres Ceres cha- decisivo para a consolidação de e finalmente atendido veio então
ma-se UEG. Ceres como pólo educacional. a ocorrência da entrega de pú-
Isto se entende facilmente, pois o No porte atual e com as perspec- blico para a comunidade.
mundo sabe o valor que tem a tivas de crescimento desejadas, Nesse evento aconteceu
educação como a base de desen- fortalece sobremaneira a confian- lamentavelmente um fato que de-
volvimento de qualquer civiliza- ça em um futuro grandioso para monstra necessidade de educa-
ção. O crescimento de um muni- toda a micro-região que aqui re- ção e escola cada vez melhor
cípio é em escala menor seme- corre em busca da formação es- para o povo. Na visita para entre-
lhante ao das nações. A nação colar de sua juventude. gar a obra em Ceres um grupo de
menor tem que se superar com A Unidade Universitária alunos fez um barulhaço agressi-
um trabalho de ponta, inteli- da UEG em Ceres passou por mo- vo no momento da fala do gover-
gência, dedicação e sabedoria. mentos de descrédito, dado prin- nador. Toda esta mobilização não
Especificamente Ceres, cipalmente ao atraso na conclu- levou em conta o quanto a socie-
precisa de formação tecnológica são definitiva do prédio novo. dade local estava ganhando e o
aprimorada e de um fino trabalho Mas nunca houve por parte dos quanto poderia ganhar a mais
de inteligência para superar suas governos Marconi Perillo e Alci- sendo afável e hospitaleira. O
deficiências de dimensões geo- des Rodrigues nenhum sinal de movimento do grupo de estudan-
gráficas, explorando ao máximo descrença ou vacilo quanto a im- tes foi incompreensível e a moti-
os potenciais que possui. As ferra- portância da obra e a necessidade vação inspirada por valores im-
mentas essenciais para viabilizar urgente de sua conclusão. Houve pensáveis. Ainda bem que o go-
esse tipo de trabalho advêm da atraso em função de problemas vernador, um homem com nobre
escola com oferta da educação, extras de administração, que não formação e caráter, dando de-
pesquisa e extensão, bem ao ní- ousamos discutir o mérito, mas monstração de competência e ca-
vel superior de uma Universida- vale registrar que quem acom- pacidade política, forjada na lida
de. panhou passo a passo esta obra com o povo fez o confronto e
A cidade dispõe de uma desde a sua primeira concepção “A universidade oferece
oferta variada de escolas que pre- encontrou por parte destas autori- além da educação,
tendem atender à demanda regio- dades sempre uma firme promes- a extensão que
nal com qualidade, ampliando as sa de construção e um voto de fé e promove principalmente
fronteiras até confins cada vez louvor no empreendimento. a interação
mais distantes, alcançados graças Alguns méritos merecem com a comunidade”
também à importância dos cursos reconhecimentos, ao senador
oferecidos. Tem duas universida- Marconi como o principal ideali- deixou bem claro que é no en-
des públicas sendo uma federal e zador da UEG e ao governador frentamento que se apura a ver-
outra estadual e mais quatro insti- Alcides pela conclusão desta dade e os bravos. Àqueles que
tuições de ensino superior com obra antes de qualquer outra. achavam que a pressão, que su-
características de privadas, mas A Unidade Universitária postamente faziam, traria resul-
conscientes da realidade social representada pelos acadêmicos, tados positivos, restou entende-
trabalham com mensalidades quando da passagem do governa- rem que acima das querelas e
artigo
rasteiras prevalecem os homens Como exemplo, se pro- de comunidades inteiras, as espe-
de bem. A oportunidade serviu pala cursos semelhantes ao pre- ranças de resultados similares
para mostrar o quão grande é o paratório para o vestibular ofere- pairam bastante vivas em nosso
espírito público do governador e cido graciosamente pelos alunos meio. O caminho está sendo
o valor moral do homem Alcides, do Centro Acadêmico de Enfer- aberto, o trabalho é árduo, mas
não permitindo que retaliações magem, com grande aceitação e com dedicação, sabedoria e con-
fossem e sejam feitas ao nível e participação da classe de estu- fiança os atores desse processo
merecimento do grupo de bader- dantes. Na área de Sistemas de serão abençoados e a sociedade
neiros em prejuízo de uma Informação já estão sendo reali- regional viverá o objetivo sonha-
comunidade ordeira, livre e de zados cursos básicos de informá- do.
bons costumes. tica e apoio a instituições parcei- Para este ano a grande ex-
A universidade oferece ras visando a preparação de jo- pectativa é que, realizado o con-
além da educação, a extensão vens para o mercado de trabalho. curso de docentes, a entrada dos
que promove principalmente a Foram apresentados sete novos novos professores com doutora-
interação com a comunidade es- projetos de extensão à Pró- dos, viabilize mestrados institu-
treitando esta relação, oferecen- Reitoria para o próximo semestre cionais regionais e esta oferta ve-
do facilidades para formação téc- todos ligados a área de informá- nha atender a aspiração maior do
nica de profissionais além de via- tica e enfermagem e os projetos e interior. A necessidade é grande e
bilizar projetos que melhoram as programações de parcerias não as argumentações são justas. A
oportunidades de emprego e tra- param. apresentação dos Projetos de
balho. Um projeto que temos em A pesquisa ainda incipien- Mestrado deve sensibilizar os
pauta, prestes a se iniciar é a ins- avaliadores a obterem pareceres
talação no Campus I, Morada “A pesquisa ainda incipiente favoráveis e aprovação dos Con-
Verde, de uma Incubadora de nesta Unidade é uma vertente selhos competentes e da Capes.
Empresas em parceria com o Se- que sem dúvida será explorada Significará um avanço na conso-
brae. É uma iniciativa de alcance lidação da UEG em sua busca da
intensamente na medida em
regional em termos de geração de auto suficiência, sobretudo no in-
oportunidade de trabalho e ren- que as instalações novas da terior para onde foi criada e onde
da, e que tem conotação e dimen- UEG se materializarem” desenvolverá o trabalho de
sões de laboratório de pesquisa, educação superior que fará a
vez que poderá ser modelo para te nesta Unidade é uma vertente
as demais Unidades que possuam que sem dúvida será explorada “O caminho está sendo
condições semelhantes de insta- intensamente na medida em que aberto, o trabalho é árduo,
lação de uma incubadora. Já exis- as instalações novas da UEG se mas com dedicação,
te por parte dos professores na materializem e o corpo docente sabedoria e confiança os
UnU nítida demonstração de a- efetivo com dedicações exclusi- atores desse processo serão
desão e interesses em participa- vas seja contratado através dos
abençoados e a sociedade
rem do projeto e da instalação, concursos iminentes. Na área de
regional viverá o
seja como orientadores ou incu- Informática, um trabalho relacio-
bados o que pode ser entendido nado com o Ensino à Distância, objetivo sonhado”
como um atestado da excelência realizado pelo professor Ly Frei-
da idéia e da iniciativa. No cam- tas, e as perspectivas são de su- diferença no Estado. Será então
po social muito mais ainda pode cesso e crescimento, visto ser o bem definido um caminho para o
ser feito com a extensão, desde as campo vasto e oferecer inúmeras uegeano trilhar com a mente a-
assistências de aplicação na área possibilidades. Com o registro berta a cabeça erguida e a alma
de saúde pelo curso de Enferma- histórico de sucesso de inovações em paz e altiva.
gem até as ofertas de diversos ou mesmo criações que alicerça-
cursos formativos à comunidade. ram o soerguimento econômico
artigo

Extensão acadêmica: a universidade a


serviço da comunidade Oberdã Fernandes de Lima
Ensino, pesquisa e extensão atividades artísticas, de cunho cultural, uma forma de a universidade socializar e
constituem as três funções básicas da social, profissionalizante ou mesmo de democratizar o conhecimento, levando-
universidade as quais devem ser utilidade pública. o aos não universitários. Assim, o conhe-
equivalentes e merecer igualdade em A extensão universitária é, na cimento não se traduz em privilégio
tratamento por parte das instituições de realidade, uma forma de interação que apenas da minoria que é aprovada no
ensino superior. Caso contrário estará deve existir entre a universidade e a vestibular, mas difundido pela comuni-
violando o preceito constitucional do comunidade na qual está inserida. É uma dade, consoante os próprios interesses
artigo 207 da Constituição Brasileira que espécie de ponte permanente entre a dessa mesma comunidade.
dispõe: “As universidades gozam de instituição e ensino superior e os diver- As atividades de extensão bem
autonomia didático-científica, adminis- sos setores da sociedade. Funciona planejadas, bem estruturadas e bem exe-
trativa e de gestão financeira e patrimo- como uma via de duas mãos, em que a cutadas permitem à universidade soci-
nial e obedecerão ao princípio da indis- Universidade leva conhecimentos e/ou alizar e democratizar os conhecimentos
sociabilidade entre ensino, pesquisa e assistência à comunidade, e recebe dela dos diversos cursos e áreas, e também
extensão”. influxos positivos como retroalimen- preparar seus profissionais, não somente
A extensão universitária ou aca- tação (feedback), tais como suas reais com a estratégia do ensino-transmissão,
dêmica pressupõe uma ação junto à co- mas complementando a formação com a
Foto: Arquivo

munidade, disponibilizando ao público estratégia do ensino-aplicação.


externo à Instituição o conhecimento ad-
quirido com o ensino e a pesquisa desen- “Por meio da extensão, a
volvidos pelas Universidades. universidade tem a
oportunidade de levar, até
Especialmente no Brasil, a ex-
a comunidade, os
tensão diz respeito ao contato imediato
conhecimentos de que é
da comunidade interna de uma deter-
detentora”
minada instituição de ensino superior
com a sua comunidade externa, em geral É na extensão que os univer-
a sociedade à qual ela está historica- Turma do Curso de Extensão sitários das áreas da saúde, educação e
mente interligada. A idéia de extensão Sistemas de Informação da unidade uni-
está associada à crença de que o co- versitária de Ceres, vão entender e fun-
nhecimento gerado pelas instituições de necessidades, seus anseios, aspirações e damentar os conceitos e teorias apren-
pesquisa deve necessariamente possuir também aprendendo com o saber dessas didas nas atividades de ensino, consoli-
intenções de transformar a realidade so- comunidades. Ocorre, na realidade, dando e complementando o aprendiza-
cial, intervindo em suas deficiências e uma troca de conhecimentos, em que a do com a aplicação. Daí um dos grandes
sem deixar de considerar as questões re- universidade também aprende com a méritos da extensão: permitir a efetiva-
lativas à formação dos alunos da institui- própria comunidade sobre os valores e a ção do aprendizado pela aplicação. Essa
ção. cultura dessa comunidade. Assim, a aplicação, evidentemente, deve ser pla-
“A extensão universitária é universidade pode planejar e executar as nejada e acompanhada por professores e
uma forma de interação atividades de extensão respeitando e não profissionais das respectivas áreas do
que deve existir entre a violando esses valores e cultura. A uni- conhecimento, da própria Universidade.
universidade e a versidade, por meio da Extensão, influ- Várias foram as ações da coordenação
comunidade na qual está encia e também é influenciada pela co- de extensão, cultura e assuntos estudan-
inserida” munidade, ou seja, possibilita uma troca tis no ano de 2008, dentre elas podem ser
O meio universitário costuma de valores entre a universidade e o meio. destacadas as seguintes:
confundir o termo “extensão” com “cur- Cursos de atualização e comple-
sos de extensão universitária”. Os cursos Possibilidade de contribuição mento de formação para alunos do curso
de extensão universitária, geralmente social de Bacharelado em Sistemas de
acadêmicos e com carga-horária restrita, Por meio da extensão, a uni- Informação;
destinam-se a complementar conheci- versidade tem a oportunidade de levar, Curso de atualização em meto-
mento em áreas específicas. Já as ativi- até a comunidade, os conhecimentos de dologia científica para os acadêmicos
dades de extensão são bastante amplas e que é detentora, os novos conheci- das Licenciaturas;
complexas, podendo conter um ou vá- mentos que produz com a pesquisa e que VI Jornada Cultural, com o tema
rios cursos de extensão, bem como normalmente divulga com o ensino. É Ecologia, cultura e qualidade de vida,

52 Dezembro 2008
artigo
quando foram oferecidos 28 cursos à educacional e de profissionalização. que todos eles vêm de escolas públicas e
comunidade acadêmica e população Essas ações são desenvolvidas por meio poucos vislumbram a possibilidade de
geral; de seu abrigo de crianças, da escola de acessarem o nível superior.
Mostra de cinema Goiás mostra ensino fundamental, Educandário Anália A preparação desses adoles-
vídeos, em conjunto com a Pallas Oscip Franco e por meio da Escola de Profis- centes para o mercado de trabalho, por
e Mandra Filmes; sionalização, segundo nos relata a pro- meio do treinamento e, principalmente,
Peça de Teatro A balada de um fessora Regislene Maria Fernandes do curso de informática básica, levou-
palhaço da Universidade Católica de Mendes, coordenadora do projeto Ado- nos a desenvolver para o ano de 2009
Goiás; lescente Aprendiz. um programa de atendimento aos alunos
Semana interna de Recursos A escola de profissionalização é de escolas públicas por intermédio de
Humanos; fruto da necessidade de formação de novos cursos tanto de informática básica
IV e V Jogos da Educação Física; adolescentes para atender as demandas quanto de especificidades como manu-
II Semana da Enfermagem; do mercado de Ceres e Rialma. Dessa tenção de hardware. Esses cursos serão
I Semana Pedagógica, com forma, o Lar Espírita iniciou em outubro oferecidos dentro do Centro de Inclusão
duração de 30 horas de cursos e oficinas; o programa adolescente aprendiz, com a Digital instalado na UnU-Ceres, me-
VII FEICER - Feira de Indústria, primeira turma de capacitação de ado- diante o Programa Trilha Digital, do con-
Comércio e Serviços de Ceres e Rialma; lescentes para o trabalho, composta por vênio MCT/FUNCER/CAIXA.
V TIVASP - Comércio on-line: a Percebe-se assim o grande valor
70 inscritos que estão sendo atendidos e
expansão do comércio pela Internet; da extensão universitária, tanto pela con-
recebendo capacitação teórica em cida-
Entrevista com os candidatos a
dania, direitos humanos, organização de tribuição na formação acadêmica quan-
prefeito Ceres;
empresas e informática básica. A efeti- to nas relações e desenvolvimento da co-
Lançamento da Revista Provale;
vação do projeto prevê o
Elaboração e apresentação de
ingresso dos adolescentes no

Foto: Arquivo
novos cursos de extensão para 2009;
Elaboração do projeto Cultural mercado de trabalho em re-
Pré-estréia; gime de aprendizagem con-
Elaboração do projeto de Curso forme lei e regulamentação
de Pós-graduação Lato Sensu em do Ministério do Trabalho e
Administração Hospitalar e Saúde Emprego que determina car-
Pública; ga horária e remuneração es-
Lançamento da segunda edição pecíficas.
da Revista Provale. A capacitação é de-
senvolvida na sede do Lar
Extensão e comunidade juntas Espírita e no laboratório de
informática da UEG-Ceres,
na formação de adolescentes onde os instrutores Renato
para o mercado de trabalho Rodrigues e Rondinelly Pi-
mentel, acadêmicos do Curso
A extensão universitária, em par- de Bacharelado em Sistemas
Professores do Curso de Informática
ceria com o Lar Espírita Sabina Andrade de Informação, desenvolvem Básica (Coordenação de Extensão)
Ribeiro, tem desenvolvido um curso de o curso de informática básica com duas
informática básica para adolescentes do turmas de 20 alunos, cada uma, e carga munidade local. Portanto acreditamos
Projeto Adolescente Aprendiz, que é um horária de 50 horas aula por turma. que a extensão deve merecer maior aten-
dos vários programas desenvolvidos Ambos os instrutores acreditam no valor ção e apreço por parte daqueles que dela
pelo Lar Espírita. do trabalho por eles prestado junto ao se utilizam de alguma maneira e salien-
A entidade abriu suas portas na grupo de adolescentes e relatam sobre o tamos que ela é indissociável do ensino e
comunidade ceresina há mais de 40 anos desempenho dos alunos e de como se da pesquisa, porém ela traz em seu bojo
e de lá para cá vem desenvolvendo ações sentem valorizados em estar fazendo um a missão de formar cidadãos.
de evangelização, assistência social, curso dentro da Universidade, uma vez

Dezembro 2008
53
artigo
A Educação Física e
os seus desafios Douglas de Sousa Lima
Professor e especialista em educação física

A nova realidade impôs signifi- ções prestadoras de serviços e os profis- prestados pelo Estado às comunidades.
cativas mudanças nos diversos segmen- sionais devem buscar adequar sua atua- Eleger a cidadania como eixo
tos envolvidos com a Educação Física ção frente aos horizontes do presente norteador significa entender que a Edu-
brasileira. O esporte, um dos fenômenos para melhor atender as necessidades e cação Física na escola é responsável pela
sociais mais marcantes da atualidade, interesses da sociedade. formação de alunos que sejam capazes
exige, cada vez mais, recursos humanos As desigualdades sociais e eco- de participar de atividades corporais
bem preparados para produzir os valores nômicas na sociedade contemporânea adotando atitudes de respeito mútuo,
inerentes à sua prática. Da mesma forma, aliadas a um processo crescente de orga- dignidade e solidariedade; conhecer, va-
a atividade física, incluída num contexto nização do espaço urbano e rural trazem lorizar, respeitar e desfrutar da plurali-
de qualidade de vida, tenta se contra-por aos governantes a preocupação e a ne- dade de manifestações da cultura corpo-
ao estilo de vida sedentário que a socie- cessidade de promoverem ações estatais ral; reconhecer-se como elemento inte-
dade adotou como resultado da moder- que buscam aumentar a equidade social grante do ambiente, adotando hábitos
na tecnologia. Destaca-se ainda, a atua- e oferecer àqueles indivíduos ou ca- saudáveis relacionando-os com os efei-
ção deste profissional em diferentes con- madas da população desprovidos de tos sobre a própria saúde e de melhoria
textos culturais e ex-pressivos do movi- bens e oportunidades a condição de vi- da saúde coletiva; conhecer a diversida-
mento humano, que a cada dia mais bus- venciar e poder usufruir de melhores de de padrões de saúde, beleza e desem-
ca fundamentar esta atuação. condições de vida. penho que existem nos diferentes grupos
Assim, o profissional de Educa- Neste sentido as políticas públi- sociais, compreendendo sua inserção
ção Física vem ampliando e ocupando cas sociais mantiveram durante décadas dentro da cultura em que são produzi-
maior espaço no contexto da nossa so- a tradição de investir em ações voltadas dos, analisando criticamente os padrões
ciedade. para a educação e o mercado de traba- divulgados pela mídia; reivindicar, orga-
As escolas, academias, clubes lho. Estas eram privilegiadas quando o nizar e interferir no espaço de forma au-
esportivos, centros de lazer e recreação e objetivo permanência na reinserção so- tônoma, bem como reivindicar locais
as empresas são instituições que vem cial e na implantação de uma situação adequados para promover atividades
acolhendo o profissional focado em evo- favorável a realização sócio-econômica. corporais de lazer (Brasil, 1998a).
luir, o qual busca sempre corresponder Nas últimas décadas observa- Como principais avanços po-
às necessidades atuais e futuras da socie- mos uma nova onda de áreas a serem dem ser considerados os seguintes
dade em que está inserido. contempladas e estrategicamente utili- aspectos de uma proposta de Educação
Compete ao educador físico zadas pelo Estado no momento de criar e Física cidadã onde envolvem o princípio
(graduado ou bacharel) coordenar, pla- implementar políticas públicas, dentre da inclusão; as dimensões dos conteú-
nejar, programar, supervisionar, dinami- estas novas áreas temos o esporte e o la- dos (práticos e teóricos); e os temas trans-
zar, dirigir, organizar, avaliar e executar zer. O governo passou a utilizar e in- versais; ética; pluralidade cultural; meio
trabalhos, programas, planos e projetos, centivar as Políticas Públicas de Esporte ambiente; orientação sexual.
bem como prestar serviços de auditoria, e Lazer como meios de buscar a equi- Assim, a proposta destaca uma
consultoria e assessoria, realizar treina- dade social. Educação Física na escola que está diri-
mentos especializados, participar de Porém, como cada estado tem gida a todos os alunos, sem discrimi-
equipes multidisciplinares e interdisci- uma diretriz governamental, um con- nação. No enfoque da articulação entre
plinares e elaborar informes técnicos, texto sócio-econômico, as Políticas Pú- o aprender a fazer, a saber, por que está
científicos e pedagógicos, todos nas blicas de Esporte e Lazer são diversas em fazendo e como relacionar-se neste fa-
áreas da atividade física, desporto, lazer, seus objetivos, público alvo, duração, zer, explicitando as dimensões dos con-
atividades rítmicas e expressivas e outras proposta, abra-nência etc. teúdos, e propõe um relacionamento das
inseridas no contexto de desenvolvimen- Como toda política social, a po- atividades da Educação Física com os
to da cultura corporal. lítica de esporte e lazer deve se prestar a grandes problemas da sociedade brasi-
Há consenso sobre a necessi- diminuir as desigualdades sociais e au- leira, sem, no entanto, perder de vista o
dade de uma nova postura ética e profis- xiliar na garantia do pleno exercício da seu papel de integrar o cidadão na esfera
sional que conduza não apenas à crítica cidadania. Porém, em muitos casos, o- da cultura corporal. Sem dúvida tais
da prática profissional atual em Educa- corre uma utilização indevida pelo Esta- aspectos se constituem em enormes de-
ção Física, mas, também, à transforma- do no que concerne sua gestão e projeto safios para os profissionais da área.
ção das estruturas organizacionais do político. Nesse sentido, os programas ou
mercado de trabalho. Assim, as institui- as políticas desenvolvidas são favores

54 Dezembro 2008
artigo
Conversando sobre o ato de aprender.
Afinal, aprender é fácil ou difícil?
Shirley Maria Melo Longo*
No dicionário da Língua Portu- por base aquilo que se aprendeu ante- volvimento.
guesa Larousse, encontramos os seguin- riormente. Assim, o conhecimento é Mesmo se
tes termos e seus significados: Aprender- construído e resulta das ações e intera- você pensar * Shirley Longo é pedagoga e
adquirir o conhecimento de, instruir-se. ções do sujeito com seu ambiente e de- c o m o psicopedagoga do Colégio Solar
Tornar-se apto, capaz, em conseqüência pende do estágio de desenvolvimento Vygotsky, que o desenvolvimento é con-
da experiência e observação. atingido pelo sujeito. seqüência da aprendizagem, contrário
Aprendizagem/aprendizado – Podemos então dizer que tudo é de Piaget, verificará que em várias situa-
ato ou efeito de aprender. Tempo que se muito simples. Basta ter maturidade, um ções eles se completam. E o objetivo da
leva para aprender. Conjuntos de proces- bom ambiente social e... APRENDEU!!! Educação é único: autonomia, tanto
so de memorização colocados em ação intelectual como moral. Você as têm?
pelo animal ou pelo homem, para elabo- “À medida que a pessoa faz Então, como tarefa de casa, já
rar ou modificar comportamentos espe- a construção pessoal do seu pode responder: aprender é fácil ou difí-
cíficos sob a influência de seu desenvol- conhecimento, ela adquire cil? Lembre-se que esta resposta vai de-
vimento e de sua experiência. uma forma própria de se pender de outra questão: você sabe
Interessante quando analisamos COMO se processa o aprender? Mais es-
as definições, quaisquer que sejam elas.
desenvolver no social” pecificamente, o seu aprender?
Neste caso, o ato de aprender. Com uma Não é bem assim. A questão é Sucesso e boa aprendizagem!
vida escolar bastante intensa tenho mui- séria, individual e problemática. Todos O que o Colégio SOLAR tem a
to que pensar para dar a resposta. E, nós temos um genético e vivemos em ver com tudo isto? Com certeza muito. É
quando digo “vida escolar” não estou me uma sociedade que nos fornece estímu- um ambiente de aprendizagem. É por
referindo especificamente aos meus es- los positivos e negativos. Além disso esse motivo que temos uma educação
tudos, mas a uma vida dentro de escolas, existe um dado básico para a construção personalizada e respeitamos a maturida-
mais particularmente dentro do Colégio do conhecimento: a consciência daquilo de de cada aluno. Mas, não trabalhamos
SOLAR. que não se sabe. É o não saber que nos sozinhos. Como salientamos, cada pes-
Comecemos esta reflexão pen- permite aprender. E como descobrimos o soa tem sua hereditariedade, um social
sando em Piaget. Para ele a “criança que não sabemos? Errando. Portanto, que pode ajudar ou atrapalhar. Enfim,
transforma aquilo que aprende de para aprender é necessário errar, definir cada caso é um caso. Tem que ser diag-
acordo com sua capacidade interna e qual é e até onde vai a minha ignorância. nosticado, analisado e avaliado dentro
nata. Cria e transforma a aprendizagem Esse dado, “o valor do erro”, não é aceito do ambiente escolar, familiar e social,
se tiver essa capacidade e lhe for ofe- pela maioria dos pais e professores, o que levando em consideração a maturidade
recida oportunidade. A aprendizagem é pode bloquear e muitas vezes impedir a biológica e emocional. Somente assim
conseqüência do desenvolvimento”. aprendizagem do sujeito. Nesta situação poderemos dizer se, para aquele aluno, é
Portanto, para aprender é necessário ter quem está aprendendo muitas vezes faz fácil ou difícil aprender. E ele, o aluno,
maturidade para aquilo que se quer a seguinte reflexão: muito se ajudará e nos ajudará se souber
aprender, seja na infância, adolescência “Se já sei, não deveria estar aqui definir COMO se processa a sua apren-
ou vida adulta. Se estamos vivos, esta- para aprender. Se não posso errar, me dizagem.
mos aprendendo. desequilibrar, não acharei o caminho do
À medida que a pessoa faz a equilíbrio, o ca-
construção pessoal do seu conhecimen- minho do apren- ER, ACOMPAN
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to, ela adquire uma forma própria de se der”. ÇÃ
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desenvolver no social. Isto é importante Voltam T
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porque a relação social é um dos fatores os então à ques-


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tão: aprender é COLÉGIO
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do desenvolvimento, assim como a ma-


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S E RV IÇ O

turidade biológica, a experiência de con- fácil ou difícil?


AÇÃO

tato e a equilibração. É justamente a de- Quem


sequilibração que nos possibilita avan- sabe agora, após EDUCAÇÃO INFANTIL

çar nas construções anteriores, uma vez


ENS. FUNDAMENTAL E ENS. MÉDIO
esta reflexão
que uma nova construção é sempre rea- você possa vol-
lizada a partir da construção anterior. O tar às definições Av. Presidente Vargas 425 - Centro
desenvolvimento cognitivo é o processo iniciais e res-
de equilibração e ele acontece do inte-
CEP: 76300-000 - Ceres - GO
ponder sobre
rior para o exterior, em função da matu- sua aprendiza- Fone;Fax: (62) 3307-2400
ridade da pessoa. É o “construir” tendo gem, seu desen- colegiosolar@colegiosolar.com.br
Direção: Shirley Maria

Dezembro 2008
55
artigo
sempre tinha notas acima de oito? neira de gerar Nota, que por sua vez, das equipes técnicas, da direção, da
Muito mais importante é a é apenas uma das formas de se escola, do sistema. A idéia de que
função diagnóstica por detectar as avaliar. (Vasconcellos, 1993) quanto maior o número de “notas
falhas na aprendizagem dos alunos, Provas e testes não devem ser vermelhas”, melhor é o desempenho
para que o professor possa saná-las, descartados, mas também não po- do professor, ou seja, o bom professor
ou seja, requer uma atitude do pro- dem ter exclusividade. Há outros ti- é o mais sério, o mais criterioso e o
fessor para rever seus procedimentos pos de avaliação que devem ser com- mais repressivo e que ele reprova
de ensino e atender às necessidades plementares, tais como a auto-ava- mais alunos é bastante ultrapassada,
de aprendizagem dos alunos. liação, que é uma forma do professor pois raramente as reprovações esta-
É nessa ótica que entende- dividir a responsabilidade pela ava- rão associadas ao desinteresse, dis-
mos a avaliação continuada, que na- liação com o aluno e deste desenvol- plicência e incompetência do pro-
da mais é do que a avaliação durante ver estratégias de análise e interpreta- fessor. Mais grave ainda é a culpabi-
todo o processo de ensino-apren- ção de sua própria atuação e dos di- lização do aluno por não ter apren-
dizagem, cujos objetivos transcen- ferentes procedimentos para se ava- dido. É esta visão distorcida e total-
dem em muito a tarefa de aprovar ou liar. mente equivocada que alimenta um
reprovar. A avaliação continuada A diversidade de instrumen- dos mecanismos mais graves de ex-
previne o fracasso, porque ressalta a tos de avaliação é a estratégia mais clusão social.
necessidade de se corrigir as defi- segura para obter informações a res-
ciências o mais rápido possível. Não peito dos processos de aprendiza- “O professor deve
faz sentido, assim, aplicar apenas gem. É fundamental a utilização de estar disposto e preparado
uma prova depois que todas as aulas diferentes formas, como oral, escrito,
para situações em que não
já foram ministradas e, com base gráfico... Além da prova e do teste,
nesse resultado, podem-se acrescentar a observação consegue 'sinal verde' para
decidir pela sistemática (através de registros em avançar”
Imagem Ilustrativa: Internet

aprovação ou tabelas, listas de controle, diário de


reprovação dos classe etc.) e a análise das produções O uso de vários instrumentos
alunos. dos alunos. de avaliação e a avaliação continua-
A avaliação Outra questão a se destacar é da permite que o professor acom-
continuada se o entendimento do papel do erro e do panhe passo a passo o aprendizado
utiliza de vários insucesso do aluno no processo de de seus alunos e imprima o ritmo
instrumentos, aprendizagem. Hoje, há a visão do adequado de cumprimento do pro-
tais como: pro- erro como elemento-chave para grama do curso. Antes de avançar, o
vas, testes, tra- identificar lacunas de compreensão e professor verifica, por avaliações, se
balhos indivi- resolvê-las; ao invés da que tratava o a turma está preparada para isso. O
duais ou em gru- erro como motivo para punições e professor deve estar disposto e pre-
pos, observações sistemáticas, tra- discriminações, afetando negativa- parado para situações em que não
balhos de casa... mente a auto-estima do aluno. É pre- consegue “sinal verde” para avançar.
A avaliação continuada é ciso saber trabalhar os erros dos Não há receitas prontas que garan-
processual e diagnóstica, não pode alunos como forma de construção do tam sucesso na prática da avaliação,
ser confundida com a promoção conhecimento. A pronta correção do assim como na vida, simplesmente as
automática, mecanismo através do erro provoca medo, culpa e perda de coisas não acontecem do jeito mais
qual são aprovados todos os alunos, dignidade; três obstáculos à apren- cômodo.
ao final de cada período letivo. Para dizagem. (Vasconcellos,1993)
que a avaliação continuada acon- Referências bibliográficas:
teça de fato – e não mascarada pela “É preciso saber trabalhar BRASIL, Secretaria de Educação Fun-
prática da promoção automática – é os erros dos alunos como damental. Parâmetros curriculares
vital a existência de uma estrutura forma de construção do nacionais: introdução aos parâme-
que lhe dê sustentação. Tal estrutura conhecimento” tros curriculares nacionais. Brasília:
inclui o preparo do professor para MEC/SEF, 1997.
atuar nesse tipo de prática, O fracasso no processo VASCONCELLOS, C. dos S. Avalia-
condições institucionais de espaço e ensino-aprendizagem é de todos, por ção: Concepção Dialético Liberta-
tempo e, também, a conscientização isso é preciso conscientizar que esse dora do Processo de Avaliação
da pessoa envolvida no processo. fracasso não é só dos alunos e suas Escolar. São Paulo : Libertad, 1993.
A Prova é apenas uma ma- famílias, ele é fracasso do professor,

Dezembro 2008
57
“Aula prática do Curso de Biologia
à Distância Fase I”

VI Jornada Cultural - Tarde do Rock VI Jornada Cultural -Sessão de


Cinema com Alunos da EAFCE

Alunos de Enfermagem VI Jornada Cultural


Oficina de Arteterapia
Foto: Arquivo UEG

Coquetel da II Jornada de Reunião da


Enfermagem Congregação

58 Dezembro 2008
Organização da Sociedade Civil de Interesse Público
PROGRESSO DO vALE
CONVITES DE
FORMATURA?

Formanda: Priscila Ribeiro - Maquiagem: Érika Fabiana


Há 6 anos comprovando que
Qualidade e Pontualidade
não custam mais do que valem.

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