Você está na página 1de 8

How Ridiculous They Are

Os intelectuais soen muy ben zurrar


na literatura na poesia no café
Ai how ridiculousridiculous they are
é verdade ou não, Lord Byron, é ou não é?
Nas pastelarias nas igrejas no café ai sobretudo no café
é verdade ou não é, Lord Byron, é verdade ou não é?
Ai how ridiculous they are
zurrar o sabem no da fror
tempo em que as burras muito hão-de ganhar
como é de D. Dinis (com modificações) o teor

4
2
Cleópatra que Saudades

Um dia possuí Cleópatra na cama


a mulher que neste momento se ri de mim
julga que é mentira
Um dia possuí Cleópatra na cama
coisas com que Cleópatra delira
Dois corpos afinal num só
Negámos nessa noite (tempestade...)
a lei física da impenetrabilidade dos corpos.
O meu corpo no dela arde que arde
até ficarmos como mortos
Mas Cleópatra era bela..
Ela era mais que uma mulher
ela era de certeza a noite ela era de
certeza a estrela
ela era de certeza um segredo qualquer
Nunca mais me esquece
Agora canto “Um dia possuí Cleópatra
na cama”
a mulher que neste momentose ri de mim
julga que é mentira
ai que coisa tão boa, coisa tão boazona
ai que coisa com que Cleópatra ai tanto
delira
Agora canto “Na cama” Agora canto “Na cama”
Cleópatra Que saudades!

5
3
Sintaxe

Aonde a planície já não tiver um sentido


e os campos forem já só o horizonte
aí o teu vestido há-de ser cor esmaecido
e sobre ti a minha fronte
Por te sobre os joelhos um flor rubra
por teno lugar das pernas o mais amor que me houver
aí onde a flor deixa o polén
aí o sémen mulher.
Por te sobre o sémen o gemido do teu acto
por te sobre o gemido
a planície sem sentido
aí o teu vestido há-de ser cor esmaecido
por te sobre as pernas me dilato.

6
4
Tu És Mortal

Tu és mortal meu filho


isto que um dia a morte te virá buscar
e tu não mais serás que um grão de milho
para a morter debicar

Tu és mortal meu anjo


tu és mortal meu amor
isto que um dia a morte virá de banjo

É-se mortal meu Deus


tu és mortal meu Deus
isto que um dia a morte há-de descer
ao comprimento dos céus

7
5
A Caim e Abel

Caim matou Abel


qual deles merece beber o mel
da paternidade de Dewus,
Abrãao o pai
que os deu a mais
no Céu.
Abel ao que parece
não queria que o irmãomais velho Caim
tivesse a nostalgia assim.
Então Caim disse-lhe:
“Fim, por mil vezes fim”
e agrediu-se-lhe.
Ao que
sim Abel não ripostou.
Então Deus soou de lá e disse:
--“Abrãao leva Caim já
que eu nada disso predisse”.
Eh, pá.

8
6
Resigno-me à Função

Isto de fazer poesia


não temnão mais que fazê-la.
Põe.se o papel, pega-se no lápis
e à moeda da inspiração
falemos assim, digamos assim
não se diz não.
Começa-se não mal
que se comece bem
depois de tal
vem que as imagens ou as comparações
escrevem e metem-se no meio
do que tu supões.
Depois dentre nós os dois
ou o Céu ou o Inferno
ou Deus ou o Diabo
a bela ou o quadritérnio
inspiro-me, inspiras-te,
escrevo, começo e acabo.
Não abro o coração
em dois que não vem depois
mais sangue fluido
a falar.
Abra-se antes na função
poética
coisas como o mar
o luar, o acabar das horas
e dos dias, na poesia romântica,
e na quântica outras

9
7
coisas, outras noções,
as quantas são que não
na romântica
aqui nesta já as leis
do coração, a função
entre dois corações
mas fisiologicamente
e na romântica
apaixonadamente
mais quente.
Resigno-me à fdunção
de fazer poesia.
Esfria-me é
o condão muitas vezes
mas a teses como
esta ou uma tese
qualquer
quero fazer eu
um poema também.
Resigno-me à função.
Submeto-me à função.
Subjugo-me à função.
E não vou mais longe.
Escrevo. Poesia.
O hábito faz o momge
e eu um dia vou longe
se escrever muito em poesia
que dizê-la
que ela de guia tem
e serve-sede bela.

10
8

Você também pode gostar