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AS VIAS DA MISSÃO

MATEUS 28.18-20

I – A NECESSIDADE

1. A Grande Comissão é fruto da necessidade do povo sem Deus.


2. Em que momento o povo se viu necessitado de Deus? Tão logo saiu do Éden o
homem se viu perdido no desastre de sua opção.
3. A saída do Éden não foi de forma honrosa (Gn 3.24). O homem que estava no
usufruto de tudo que é bom, principalmente a comunhão com Deus, viu-se de uma
hora para outra, destituído de todo esse bem-estar.
4. Retornar ao Éden, nem pensar, nenhum homem em bom juízo enfrentaria querubins
com espada flamejante.
5. Estando Jesus cumprindo a missão para a qual foi comissionado, viu que as
multidões andavam como ovelhas sem pastor (Mateus 9.36).
6. Ovelha sem pastor é ovelha sem rumo. Falo do Supremo Pastor. Vez por outras
ouvimos de pastores sem rumo. Às vezes o pastor se sente como ovelha sem pastor
(Não é um desabafo; é uma constatação).
7. Por esta razão, penso que uma das vias da missão é a necessidade.

II - A AUTORIDADE

1. Detectada a necessidade, o Mestre partiu para ação. Qualquer ação sem prognóstico
é como investimento sem lucro, por conta de não fazermos um estudo de
viabilidade.
2. A sua ação primeira foi criar uma equipe de trabalho. Que tipo de gente é bom para
fazer parte da nossa equipe? Como Jesus era um estrategista, e como tal sabia que
ficaria de margem em margem, escolheu de cara quatro pescadores (Mateus
4.18,21).
3. A idéia não é que eles forneceriam o grupo de peixes, mas que eles sabiam navegar.
Se navegar é preciso, nada como ter bons marinheiros na equipe.
4. Organizado o grupo, Jesus estabelece a ação. Diante da equipe, Jesus delega
autoridade; Ele mesmo tinha autoridade (Mateus 28.18). A sua autoridade, por
concessão do Pai, era geral e irrestrita: no céu e na terra.
5. Na base de sua autoridade Jesus comissionou os seus discípulos. A Comissão se dá
em poucas palavras: “Ide”. O comissionamento também era amplo: “Fazer
discípulos de todas as nações”.
6. Para cumprir a missão é preciso estar sob a autoridade de Jesus. Não há como sair
ao campo destituído de delegação divina.

III – A REALIZAÇÃO

1. A última via da missão depende integralmente da igreja. As duas vias anteriores


estavam diretamente ligadas a Jesus: Ele viu as multidões necessitadas e Ele
conferiu autoridade. Mas, ir para a missão é responsabilidade da igreja.
2. A missão não é angélica; é humana. Não foi dada aos anjos a missão, mas para nós
integrantes da igreja a responsabilidade de pregar.
3. Não excluo Jesus da última via da missão, pois Ele mesmo disse: “Sem mim nada
podeis fazer” (João 15.5). A igreja ficaria de mãos atadas sem o poder para a
missão; ou melhor, não haverá razão de tentar realizar a missão sem o poder.
4. Jesus sabia do risco de alguém sair em missão sem o poder, que Ele mesmo
orientou os seus discípulos que aguardassem em Jerusalém até que recebessem o
poder.
5. A missão é obrigação da igreja. Mas, quem é a igreja, para que se possa atribuir a
missão? A igreja é o grupo de pessoas que foi lavado e redimido pelo sangue de
Jesus. A igreja é o conjunto dos salvos de todas as épocas, mas os salvos cumprem a
missão em seu tempo.
6. Podemos dizer que o tempo é nosso. A missão é nossa, incluindo todos os crentes
desta época. Sejam crentes crianças, jovens ou velhos.
7. Não devemos nos apegar à idéia que evangelização é coisa de crente velho, ou,
pessoas velhas de crentes. O colégio apostólico era formado por crentes novos, com
pouco mais que três anos de evangelho.
8. A última via da missão é a sua própria realização, e para que isto aconteça, nós
somos os missionários desta época.

CONCLUSÃO

A igreja tem a história da salvação para que seja contada. Como cantam as mensageiras:
“Às nações contaremos a história, que é capaz de livrá-las do mal”.
Se os crentes não se dispuserem a contar a história, quem há de ir por Cristo?

PR Eli da Rocha Silva


Igreja Batista em Jardim Helena – 22/03/2009

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