Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Conteúdos Midiáticos:
Jouberto Uchôa de Mendonça
Reitor Assessor
Rodrigo Sangiovanni Lima
Corretores ortográficos
Amélia Maria Cerqueira Uchôa Ancéjo Santana Resende
Vice-Reitora Fabiana dos Santos
Diagramadores
Andira Maltas dos Santos
Jouberto Uchôa de Mendonça Junior Claudivan da Silva Santana
Superintendente Geral Edilberto Marcelino da Gama Neto
Edivan Santos Guimarães
Ilustradores
Ihanmarck Damasceno dos Santos Geová da Silva Borges Junior
Superintendente Acadêmico Matheus Oliveira dos Santos
Shirley Jacy Santos Gomes
Webdesigners
Eduardo Peixoto Rocha
Fábio de Rezende Cardoso
Diretor de Graduação José Airton de Oliveira Rocha Júnior
Marina Santana Menezes
Pedro Antonio Dantas P. Nou
Jane Luci Ornelas Freire
Equipe de Elaboração de
Gerente de Educação a Distância Conteúdos Midiáticos:
Supervisor
Maynara Maia Muller Alexandre Meneses Chagas
P659l
Pinto, Daniel Neves
Língua brasileiras de sinais / Daniel Neves Pinto. – Aracaju:UNIT, 2012. Série bibliográfica.
192 p. : il. 22 cm.
ISBN: 978-85-7833-130-6
Inclui bibliografia.
CDU: 81’221.24(81)
Redação: Impressão:
Núcleo de Educação a Distância - Nead Gráfica Santa Marta
Av. Murilo Dantas, 300 - Farolândia Rua Hortêncio Ribeiro de Luna, 3333
Prédio da Reitoria - Sala 40 Distrito Industrial - João Pessoa - PB
CEP: 49.032-490 - Aracaju / SE Telefone: (83) 2106-2200
Tel.: (79) 3218-2186 Site: www.graficasantamarta.com.br
E-mail: infonead@unit.br
Site: www.ead.unit.br Banco de Imagens:
Shutterstock
Palavra do Autor
Prezado(a) leitor,
Para que uma inclusão aconteça de verdade, é preciso que todos se envolvam
com este processo e incluir os surdos em nossa vida social é inegavelmente necessário.
A Lei nº 10.436, de 2002 reconhece a Língua Brasileira de Sinais como
meio legal de comunicação e expressão, onde os sistemas educacionais devem
garantir a inclusão nos cursos de formação em seus níveis médio e superior, do
ensino de Libras, como parte integrante dos Parâmetros Curriculares Nacionais
– PCNs, porém, somente em 2005 se tornou obrigatória.
A comunicação é uma necessidade de todos e esta interação vai além
da busca por compreensão. Facilitar o processo de comunicação é fazer com que
o silêncio dos surdos não sejam manifestados por injúrias culturais e exclusão
social, mas, reconhecer as possibilidades semelhantes. A Libras tornou-se um
diferencial curricular, acadêmica e social das pessoas com e sem surdez, assim
como na realidade de convívio, pois trata-se de um meio necessário aos seus
usuários diretos, como também, aos lugares em que este grupo de pessoas fre-
quenta.
Se nos basearmos no princípio “Igualdade e Oportunidade” e “Educa-
ção para todos”, certamente enfrentaremos um grande desafio, não como obri-
gação, mas, tomando a inclusão como desígnio, responsabilidade e dignidade.
O aprendizado da Libras a qual estarás pronto a conhecer, tem sido re-
conhecida como caminho necessário para uma efetiva mudança nas condições
de acessibilidade e inclusão, assim como, elemento essencial para a interação e
fortalecimento de uma identidade.
O conhecimento aqui posteriormente adquirido, orientará para a pers-
pectiva da diversidade, com estratégias diferenciadas, cuja capacitação depende-
rá de sua responsabilidade no conjunto dos recursos disponíveis de aprendizado.
Se está disposto(a) a concretizar todo este objetivo em ocasião, seja
bem vindo(a) a esta cultura que proporcionará boas colheitas.
Bom trabalho!
Resumo do Tema . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56
Exercício de Aprendizagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57
Ementa
Justificativa
Objetivos
Avaliação
Medida de Eficiência (ME): que deverá ser feita ao longo das Unidades
no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) no total de duas ME por Uni-
dade. O prazo para realizar a ME é de até 48h antes da data da avaliação (por
Unidade). Para cada ME você terá duas tentativas de resposta.
Bibliografia Básica
PINTO, Daniel Neves. Língua Brasileira de Sinais. 1 ed. Aracaju: UNIT, 2010.
Metodologia de estudo
Exercícios de aprendizagem
HISTÓRIA ,
CULTURA,
E LINGUÍSTICA
DA LIBRAS
Tema
01
METODOLOGIA
ASPECTOS
CIENTÍFICA E
HISTÓRICOS,
TÉCNICAS DE
CONCEITUAIS
EESTUDO
SOCIAIS
Neste tema,
Diante vamosiremos
do tema, estudar o que éos
conhecer a
disciplina culturais
conceitos de Metodologia Científica
e históricos e por
da Língua deque
Si-
ela
naiséeimportante
dos surdosparacom aseus
sua aspectos
formaçãobiológicos
acadêmicae
e profissional. Como estamos no início dos conte-
linguísticos.
údos da disciplina, estudaremos
Na perspectiva de apoiartambém técnicas
a Educação Es-
e procedimentos
pecial tão enfocada para organização
na Lei doseestudos
de Diretrizes Bases dae
um melhorNacional
Educação aproveitamento
(LBD), ano estudoBrasileira
Língua de textos.de
É importante
Sinais (Libras) surgiu nãodestacar quecom
somente o seu suces-
a expec-
so nosde
tativa estudos e, consequentemente,
colaborar com a LDB, mas tambémprofissional,
para
depende apenas de você, da sua capacidade
possibilitar a comunicação como direito de todos. de ir
em frentePúblico
O Poder e de buscar “aprender
instituiu a Lei anºaprender”.
10.436, deVocê
24
perceberá que a Metodologia Científica vai se tor-
de abril de 2002, regulamentada pelo Decreto nº
nar uma auxiliar fundamental em seus estudos.
5626, de 22 de dezembro de 2005, que dispõem
sobre a Língua Brasileira de Sinais – Libras. Tal
Objetivos da Aprendizagem
Lei rege a Língua Brasileira de Sinais como língua
Ao terminar a leitura e as atividades do Tema 1,
oficial no Brasil e como disciplina curricular obri-
você deverá ser capaz de:
gatória, assegurando aos surdos uma comunicação
entender a importância da disci-
eficaz e objetiva. Dentro deste contexto, alicerça-se
plina para a formação acadêmica e
uma proposta inovadora sempre com o objetivo de
profissional;
consolidar a comunicação e a efetiva integração na
adotar procedimentos e técnicas na
vida em sociedade.
organização dos estudos;
desenvolver o hábito pela leitura,
Objetivos da Aprendizagem
realizando análises de texto;
praticar as técnicas de sublinhar,
Conhecer osesquematizar,
conceitos culturais e históricos
resumir da
e fichar no
Língua de Sinais e dos
estudo de surdos
texto. com os seus aspec-
tos biológicos, patológicos e linguísticos.
1.1 Nomenclaturas e conceitos sobre língua e
linguagem
Libras ou LSB?
Eis aí uma grande dúvida entre estas duas siglas. Qual é a correta ou a
mais utilizada?
Libras é pronunciada nacionalmente como Língua Brasi-
leira de Sinais difundida pela Federação Nacional de Edu-
cação e Integração de Surdos (FENEIS), instalada como
matriz na cidade do Rio de Janeiro e tem como meta prin-
cipal disseminar esta língua pelo Brasil.
Popularmente conhecida, a Libras vem ganhando seu es-
Libras
15
a Língua de Sinais apresenta uma sintaxe espacial incluindo os
chamados classificadores. A Língua Portuguesa usa uma sintaxe
linear utilizando a descrição para captar o uso de classificadores.
1
Referência anafórica é trocar palavras ou ideias para que não se repitam no texto, porém, deverá
ter o mesmo sentido.
Intérprete
Língua Fonte é a língua que o Intérprete ouve ou vê para, a partir dela, fazer
a interpretação e atingir a língua alvo, ou seja, a língua para a qual queremos
que os outros recebam as informações.
A pessoa pode saber Libras e não ser capaz de realizar uma interpretação. O
fato de a pessoa saber Libras, não quer dizer que ela é Intérprete.
17
É fundamental que se considere, também, que o profissional inter-
mediador ou Intérprete de Libras é apenas um elemento para que
se garanta a acessibilidade. Sempre deverão lembrar que os surdos
precisam de tempo para olhar no ouvinte e Intérprete, para as ano-
tações, caso houver. Outro aspecto importante é a garantia da parti-
cipação do surdo através de perguntas e respostas que exigem tempo
para pensar, para que a interação se dê efetivamente. (CAS, 2007,
p. 3).
Língua
Idade
Linguagem
Água 2
19
Tradução
Interpretação
Interpretação Simultânea
Interpretação Intermitente
Interpretação Consecutiva
Surdos ou deficientes?
“Sinal de surdo”
Até o fim dos anos 90, a nomenclatura “deficiente au-
ditivo” ou “DA” era muito utilizada e referenciada por
todos aqui no Brasil, ganhando posteriormente outras
terminologias até chegar a “Surdo”. O uso da expres-
são deficiente auditivo já foi muito criticado, refletindo
uma visão preconceituosa. Nela, o surdo é visto como
portador de uma enfermidade localizada que precisa
ser tratada, para que seus efeitos sejam sobrepujados.
Já os profissionais ligados às áreas médicas científicas
têm ainda utilizado largamente este termo "Deficiente Auditivo (DA)".
Todas as investigações atuais têm chamado a atenção para a adequação
do emprego do termo “Surdo”. Expressão esta optada pelos próprios surdos e
comunidades surdas do Brasil.
É muito importante considerar que o surdo difere do ouvinte, não ape-
nas pela ausência da audição, mas porque desenvolve uma percepção vibratória
muito elevada e principalmente pelas potencialidades psicoculturais próprias.
No plano pessoal, a decisão quanto a usar o termo “pessoa com defi-
ciência auditiva” ou os termos “pessoa com surdez” e ”surda”, fica por conta
de cada pessoa. Geralmente, pessoas com surdez leve, moderada ou acentuada
referem-se a si mesmas como tendo uma deficiência auditiva. Já as que têm sur-
21
dez severa, profunda ou anacusia2 preferem ser consideradas surdas, mas não
há nada especificamente condizendo ou detalhando quem é surdo ou quem é
deficiente, o que realmente deverá acontecer é o respeito e condito em apontá-
-los como surdos.
Surdo ou mudo?
2
Anacusia consiste na perda auditiva devido ao fator idade.
Uma boa indicação de filme para este capítulo é Mr. Holland “Adorável pro-
fessor” em que um professor vem a ter um filho surdo e se dedica a dar toda
sua atenção, deixando de lado um grande sonho.
23
Fundamentos históricos
Como todo povo há sua história, os surdos não poderiam ficar de fora.
Mas, infelizmente, as vidas das pessoas que não escutavam eram totalmente
sombrias, pois, historiadores trazem relatos que, em sua maioria, eram pessoas
amaldiçoadas e assim sacrificadas.
Ao longo dos tempos os surdos tiveram que correr atrás de seus direi-
tos e sua identidade até firmarem a estaca do reconhecimento de sua língua e
cultura próprias.
No Egito
China
Gália
Grécia
Por não possuírem uma linguagem, os surdos eram vistos como pesso-
as sem condições de raciocinar, tachados como criaturas incapazes de realizar
qualquer atividade, chegando ao holocausto por desamparo ou arremetidos em
abismo.
Os Romanos
Turquia
25
Igreja Católica
Curiosidade
Idade Moderna
França
Estados Unidos
Alemanha
Itália
27
Brasil
O Brasil só passou a ter uma referência no ensino de
surdos a partir do momento em que o francês Hernest
Huet chegou por intermédio de D. Pedro II para ga-
rantir o ensino ideal aos surdos brasileiros. Logo fun-
daram a primeira escola de surdos: a “Imperial Ins-
tituto de Surdos – Mudos”, atualmente o “Instituto
Nacional de Educação de Surdos” (INES) situada no
Rio de Janeiro.
Desde o século XIX, as escolas tradicionais existen-
tes no método oral mudaram de filosofia e, até hoje,
boa parte delas vêm adotando a comunicação total.
Você deve lembrar sempre que a Libras não é universal e sim nacional,
e ainda contém seus regionalismos.
Aparelhos auditivos
29
Cultura surda e sua identidade
Esta oportunidade que tens através desta leitura, certamente não ficará
mais confusa assim que encontrar ou atender um surdo. O que poderia ser “di-
ferente” no tratamento será uma ótima oportunidade de aproximação e contato
direto com ele. Não se exime em interagir. No momento em que o surdo percebe
sua intenção e que você conhece o mínimo da Libras, ele irá lhe ajudar na comu-
nicação, tornando-a fácil e prazerosa.
A visão crítica às vezes pode ser confundida com a visão do conheci-
mento e tratar um surdo como se não houvesse nada de diferente estaríamos
ignorando sua característica pessoal, se é um fato, existe, devemos tentar ao
máximo comunicar através das mãos.
Por causa da surdez, é evidente que o surdo venha a ter dificuldades
para desempenhar algumas atividades. Mas, por outro lado, poderá ter uma
extraordinária habilidade para fazer outras coisas como por exemplo: promover
diversas prestezas em relação à arte que os ouvintes normalmente têm dificul-
dades.
A maioria das pessoas com surdez não se importa de responder per-
guntas a respeito da sua característica ou sobre como realiza algumas tarefas.
Quando alguém deseja alguma informação de uma pessoa surda, o correto seria
dirigir-se diretamente a ela, e não a seus acompanhantes ou Intérpretes.
31
Para os ouvintes, o tom da voz é um diferencial e um fator determinante
quando expressa sentimentos ou expansão de raiva e alegria. Já para os surdos,
esta possibilidade não se tornaria enérgica, mas se a gradação da voz for bem
substituída pela expressão corporal e facial, terá a mesma significação e eficácia.
No Brasil, há uma lei que resguarda o direito igualitário e acessibilida-
de (nº 10.098), assim, devemos lembrar que os ouvintes não são diferentes dos
surdos, eles têm os mesmos direitos. Devemos propor aos surdos uma comuni-
cação real e um tratamento que os levam ao mesmo objetivo dos ouvintes.
Dentro da comunidade surda, existem três tipos de surdos: surdos si-
nalizadores, surdos oralizadores e surdos bimodais.
Surdos sinalizadores
Surdos oralizados
São os surdos que comunicam apenas pela oralização, ou seja, pela lei-
tura labial e fala. Estes surdos desenvolveram sua técnica vocal através da ajuda
de profissionais que abordam a saúde vocal. Com os surdos, devemos falar de
maneira clara, pronunciando bem as palavras, sem exageros nas articulações da
boca, usando a velocidade normal, a não ser que ela peça para falar mais deva-
gar. Falar diretamente com a pessoa surda e de frente para ela. Fazer com que a
boca esteja bem visível. Qualquer objeto e até mesmo se a mão estiver próxima
à boca, tornará dificultoso a leitura labial.
Como as pessoas surdas não podem ouvir mudanças sutis de tom de
voz, que indicam sentimentos ou expressões de agressividade ou mansas, as
expressões faciais, gestos ou sinais e o movimento do corpo são excelentes in-
dicações do que se quer dizer ou destacar. Concluindo, no fim de uma conversa
com um surdo você terá um feedback positivo ou negativo que é o retorno visual
se ele compreendeu ou não.
Não necessita gritar com um surdo oralizado, ele vai ler os lábios e não lhe
ouvir.
33
Surdos bimodais
Você deve lembrar sempre que a Libras não é universal e sim nacional e, ain-
da contém seus regionalismos.
Localização e identificação
3
Estudo das doenças
35
Alerta
Socialização
Comunicação
Ouvido externo
Ouvido interno
37
Se vier a acontecer alguma lesão em algumas dessas estruturas, poderá
haver danos na sensibilidade auditiva.
A surdez consiste em um impedimento para detectar a energia sonora
e, com isso, há graus de perdas auditivas, quais sejam:
Causas pré-parto
39
rubéola: vírus que é transmitido por via respiratória infectada por
mulheres grávidas. É a principal causa congênita;
Pós parto
ventilação mecânica: quando o bebê fica exposto por cinco dias ou mais;
41
amamentação4: na ingestão do leite com o bebê deitado sem qual-
quer inclinação. O leite passa pela Trompa de Eustáquio e chega ao
ouvido médio, provocando uma otite média.
Northern e Downs (1996 apud Pedroso, 2006, p. 48) uma em cada mil
crianças nasce com surdez. Além disso, duas em mil adquirem a surdez na
infância. No caso de as crianças possuírem fatores de risco para a surdez, essa
proporção aumenta para uma criança em cinquenta.
4
Para evitar a surdez por este meio é muito simples. Basta não cortar o bico da mamadeira e dar
uma pequena inclinação no bebê ao amamentar.
43
reflexo estapédico: avalia a integridade do arco reflexo estapediano
e, por consequência, de forma indireta, as estruturas das orelhas mé-
dia e interna, nervo auditivo e tronco cerebral. É de extrema utilida-
de para o diagnóstico das otites catarrais crônicas em crianças.
Se você perceber alguém que troca de letras na fala e na escrita, com dificul-
dade de aprendizado, desatento, sem amizades e estão sempre isolados, isto
pode ser um indicativo de um problema na audição. Encaminhe-o para um
especialista em otorrinolaringologia.
Tipos de surdez
Surdo-Cegueira
45
HONORA (s/d, 25-35), em diversos momentos apresenta algumas in-
formações quanto a surdo-cegueira:
Classificação:
surdo cegueira total;
surdez profunda com resíduo visual;
surdez moderada ou leve com cegueira;
surdez moderada com resíduo visual;
perdas leves, tanto auditivas quanto visuais.
Tipos:
cegueira congênita e surdez adquirida;
cegueira e surdez adquirida;
surdez congênita e cegueira adquirida;
baixa visão com surdez congênita ou adquirida;
cegueira e surdez congênita.
Causas:
Alguns problemas e doenças podem causar surdo cegueira, como:
icterícia;
prematuridade;
sífilis congênita;
meningite;
síndrome de West;
anóxia;
fator RH negativo;
glaucoma;
síndrome de Usher;
toxoplasmose;
consanguinidade.
Fatores de risco:
epidemias de doenças como rubéola, sarampo, meningite;
doenças venéreas;
infecções hospitalares;
gravidez de risco;
Falta de saneamento básico.
47
Doenças do ouvido. [online] Disponível em: <HTTP://abcdasaude.com.
br>. Acesso em: 29 mar. 2012.
Alfabeto Manual
49
Vamos conhecer o Alfabeto Manual?
A A
B B
C C
Ç
Ç
D D
E E
F F
G
G
H H
I I
J J
K
K
L L
M M
N N
O
O
P P
Q Q
R R
S
S
T T
U U
V V
X
X
Y Y
W W
Z Z
51
Conheça o movimento certo para sinalizar as acentuações:
´ ` ^ ~
B R A ´ S
Percebe-se que após a letra “A” vem a acentuação aguda para formar o
nome “BRÁS”.
Você acha que apenas com o alfabeto manual nas mãos é o suficiente para
atingirmos a comunicação ideal para com os surdos?
1 2 3 4
1 2 3 4
5 6 7 8
5 6 7 8
9 0 9 0
53
123 36
0 1 2 3 4
5 6 7 8 9
Neste livro, você encontra toda parte inicial da Libras, como também teorias
e sinais, além de servir como dicionário trilíngue: Português / Libras / Inglês.
55
Diante de tantas informações e curiosidades buscadas para atender o pro-
cesso de aquisição de conhecimento, comunicação e atendimento às pessoas
com surdez, podemos perceber que a Língua Brasileira de Sinais vem, histo-
ricamente, ganhando seu espaço junto à comunidade brasileira obtendo suas
nomenclaturas atualizadas a favor de conceitos e de uma nova ideologia vol-
tada aos surdos. A anatomia do ouvido e suas patologias são inegavelmentes
necessários para nosso conhecimento, pois, trazem respostas importantes
para o desenvolvimento e aprendizado das pessoas com surdez, além de au-
xiliar na prevenção e detecção da surdez. Observa-se que estamos iniciando
a prática para nos comunicar com os surdos e, é através do alfabeto manual e
dos números que podemos inicialmente estimular um contato com a língua.
É importante que esta iniciação seja plena para podermos prosseguir nos es-
tudos linguísticos da Língua Brasileira de Sinais.
03 Quais são as principais patologias que ocasionam a surdez nos períodos pré,
peri e pós-natal.
__________________________________________________
__________________________________________________
__________________________________________________
57
06 Marque a resposta INCORRETA em relação à Libras.
a)
a É a língua materna dos surdos brasileiros, assim como, o Português é dos
ouvintes.
b A maior diferença em Libras e português é que a primeira 'fala-se com as
b)
mãos' e com o corpo e a segunda 'fala-se com a boca'.
c O maior usuário da Libras são os surdos.
c)
d A Libras é totalmente sinalizada e utiliza as mãos como seu maior instru-
d)
mento de comunicação.
e Classificadores na Libras é um ato de soletrar as palavras através do alfa-
e)
beto manual quando necessário.
a
a) 1885
b 1985
c
c) 2001
d 2002
e
c) 201 2
09
Uma criança de 10 anos teve uma grande infecção no ouvido (otite), e a
partir deste momento ele tornou-se surdo. Esta surdez foi uma surdez...
a Pré-parto.
b Peri-parto.
c Pós-parto.
d Ainda não determinada.
e Pré-parto com complicações Peri-parto.
10
O que se entende por Presbiacusia?
59
11
Diante das palavras em Libras, assinale a opção em que as palavras este-
jam em português sequencialmente.
07
Diante dos dados na tabela, assinale a opção que traga os mesmos dados
CORRETAMENTE e sem erro ortográfico.
a
Edvamia 6 6
an os amiqos
b
Edvania 6 9
an os amigos
c
Egvania 6 9
an os amigos
61
Tema
02
METODOLOGIA
ESTUDOS
CIENTÍFICA E
LINGUÍSTICOS
TÉCNICAS DE
ESTUDO
O presente
Neste tema,tema
vamos apresenta
estudar aogramáti-
que é a
disciplina
ca de com
da Libras Metodologia
todas suasCientífica e por que
particularidades
ela é importante
dentro para a sua
das estruturas formação
lexicais, acadêmica
auxiliando na
e profissional. Como
compreensão, estamos no einício
aprimoramento dos conte-
construção do
údos da disciplina, estudaremos também técnicas
vocabulário.
e procedimentos para organização dos estudos e
um melhor aproveitamento no estudo de textos.
Objetivos É importante destacar que o seu suces-
da Aprendizagem
so nos estudos e, consequentemente, profissional,
depende Conhecer
apenas de asvocê, da sua capacidade
estruturas gramaticais deda
ir
em frente
Libras e de buscar
dando “aprenderpara
embasamento a aprender”.
a criaçãoVocê
do
perceberá que a de
contexto, além Metodologia
auxiliar noCientífica
encaixe vai
dosseparâ-
tor-
nar umacom
metros auxiliar fundamental
os devidos em seusdos
movimentos estudos.
sinais
que encontraremos.
Objetivos da Aprendizagem
Ao terminar a leitura e as atividades do Tema 1,
você deverá ser capaz de:
entender a importância da disci-
plina para a formação acadêmica e
profissional;
adotar procedimentos e técnicas na
organização dos estudos;
desenvolver o hábito pela leitura,
realizando análises de texto;
praticar as técnicas de sublinhar,
esquematizar, resumir e fichar no
estudo de texto.
2.1 Léxico, vocabulários icônicos, arbitrários e
soletrados
Léxico
Em Libras é:
COMPUTADOR
Tema | 02
Provavelmente conseguiu identificar, mas isso
Estudos Linguísticos
não significa que é um Intérprete ou que tenha fluência
em Libras, conhecer este recurso já é um bom início,
mas, devemos ampliar nossos conhecimentos, assim, o
sinal desta palavra é:
65
Sinais Icônicos, Arbitrários e soletrados
Icônicos
Qualquer leigo conseguiria entender este tipo de sinal. São sinais visu-
almente característicos com o que estamos acostumados a ver pela rua. Eles não
são universais, mas transmitem o real.
Posso dizer com toda certeza e segurança que todos sabem diversos
destes sinais ou lembrarão vários deles, mesmo antes de terminar este item.
Quero que você imagine e reflita qual sinal que poderia ser encaixado
neste desenho:
Diante dos sinais abaixo você conseguirá compreender muito bem as de-
finições, e estes significados são utilizados e muito na Língua Brasileira de Sinais.
Tema | 02
Bebê Louco Mau cheiro Ladrão Beber
Depois Forte Calor Macaco Pescar
Frio Andar Dirigir Carona Fotografar
Estudos Linguísticos
Reflita amplamente os “sinais icônicos” não descritos aqui que são presen-
tes em sua vida.
Arbitrários
67
Para você entender melhor o que são sinais arbitrários, verá alguns
sinais e, assim, tente descobrir qual é o significado:
Você que está conhecendo a Libras pela primeira vez, certamente não
entenderá o significado destes sinais, isso significa que são palavras de sinais
arbitrários.
A ordem dos sinais são as seguintes: “eu te amo”, “primo” e “domingo”.
Estes sinais não parecem com realidade e não têm ligação nenhuma com seu
significado.
Soletrados
Palavras que não têm sinal próprio, são chamadas de sinais soletrados.
É necessário fazer a datilologia para representar tal palavra, a exemplo das pa-
lavras: “DIA” (referente ao dia do mês), “MAIO” (mês do ano), “CLARO” (con-
cordância), entre outros.
Tema | 02
Estudos Linguísticos
Roxo
Andar Cavalo
Real
Tempo
Tio
69
Sinal soletrado é diferente da datilologia. Um sinal soletrado significa que a
palavra tem um sinal e este sinal é imposto através do alfabeto manual. Dati-
lologia é utilizar o alfabeto manual como recurso quando não se sabe o sinal.
Tema | 02
Segundo Felipe (apud QUITES, 2007, p. 1), “[...] o sinal é formado a
partir da combinação do movimento das mãos com um determinado formato
em um determinado lugar, podendo este lugar ser uma parte do corpo ou um
Estudos Linguísticos
espaço à frente ao corpo”.
Podemos comparar os fonemas e, às vezes, os morfemas às articula-
ções das mãos, as quais são chamadas de PARÂMETROS.
As estruturas sublexicais fazem parte da gramática da Língua de Si-
nais. Esta estrutura compõe-se de 5 parâmetros:
Certo / correto
Televisão
Configuração não oriunda do
Configuração oriunda do alfabeto
alfabeto manual ou números
71
Os sinais oriundos do alfabeto manual ou números são aqueles sinais
para os quais sua mão predominante tem a configuração (desenho) da mão
igual a uma letra ou número em Libras.
Identificamos a mão predominante como sendo aquela que temos mais
facilidade na movimentação: mão direita para os destros e mão esquerda para
os canhotos.
Outubro
Professor
Ontem
Tema | 02
Estudos Linguísticos
73
- Pontos de articulação (PA)
“Queijo”
Tema | 02
Estudos Linguísticos
“Banheiro”
“casado”
“Deus”
75
Os Pontos de Articulação são cabeça, tronco, braço, mão e espaço neu-
tro. As especificações seguintes aos pontos são apenas uma referência para você
se localizar mais precisamente.
- Movimento (MV):
Tema | 02
Busca o contato, interação, contorno e movimento das mãos.
Contato
Exemplos de sinais
Estudos Linguísticos
Deslizamento Quente
Tocar Experiência
Agarrar Músculo
Riscar Coitado
Pincelar Varrer
Escovar Lavar roupa
Ligação Unir
Interação
Exemplos de sinais
Alternado Discutir
Cruzado Fugir
Inserção Dentro
Aproximação Combinar (acordo)
Separação Longe
Contorno
Exemplos de sinais
Circular Solteiro
Semicircular Antes
Helicoidal Furacão
Sinuoso Difícil
77
Movimentos das mãos
Exemplos de sinais
Desdobramento simultâneo dos dedos Demitir
Dobramento simultâneo dos dedos Saber
Abertura simultânea dos dedos Bruto
Fechamento simultâneo dos dedos Cheirar
Abertura gradativa dos dedos Madrugada
Fechamento gradativo dos dedos Roubar
Direção:
Sem movimento
• Culpado
Tema | 02
Para direita Morrer
Estudos Linguísticos
Para cima Deus
Para frente Ir
Exemplos de sinais
Amolar
79
No fim deste capítulo, você verá uma indicação de site onde poderá acessar os
sinais com movimento, mas lembre-se: poderá ocorrer uma diferença entre
os sinais aqui representados com os sinais do site devido aos regionalismos.
Maneira:
Ex.: Rápido.
Ex.: Calmo.
• Frequência
Tema | 02
Tende nos facilitar para melhor compreender. Quando um sinal tem
sua direção e há uma inversão, significa a oposição, contrário ou concordância.
Estudos Linguísticos
As expressões facio/corporais são componentes extremamente impor-
tantes para qualquer transmissão em Língua de Sinais.
Os quatro parâmetros, com auxílio deste quinto, formam os sinais.
No conjunto destes elementos, conseguimos chegar à totalidade das informa-
ções desejadas com as mãos, ou seja, é possível falar, rir, discutir e chorar com as mãos.
Palavra CM PA MV OR EFC
À frente do
Não D Espaço Neutro -
tronco
Triste Y Cabeça
• Queixo Tristeza
81
Dentre todas as partes do corpo, a face é a que melhor detalha a ex-
pressão em um contexto, uma vez que é a região do corpo mais observada pelos
surdos. É nela que há diversas modificações que permitem conduzir uma comu-
nicação eficaz. Assim, de nada valeria uma sinalização bem feita com as mãos se
acompanhada por uma expressão facial e ou corporal inconveniente ou apática.
Vamos lembrar algumas situações que possivelmente você já percebeu
ou passou por elas:
- Na rua, você olha para o alto e vê que o tempo fechou e que em pou-
cos minutos vai ‘descer água’ e você está sem guarda-chuva. Que cara,
heim!
Tema | 02
interação sairá com mais clareza.
Estudos Linguísticos
É muito importante o uso das expressões. É interessante que você trei-
ne algumas palavras à frente do espelho e somente assim verá seu desenvol-
vimento. A partir do momento em que estiver interagindo com o surdo, estas
expressões sairão naturalmente.
83
Perceba as expressões que fazem parte de nosso cotidiano e veja qual a que
mais se encaixa ao seu perfil.
Sua face e seu corpo em uma ação ou reação ocasiona uma expressão
não manual espontânea e é nela que você deve espelhar.
Estudos Linguísticos
Acesse o dicionário de Libras virtual e aprenda os sinais das palavras com
movimentos. Caso não encontre da forma que digitou, procure pelo verbo da
palavra, o sinônimo desta palavra ou em sua forma lexical.
85
Gênero
Macho
Mulher Fêmea
Tempo
Tema | 02
Diferencia-se pela intensidade, movimento e velocidade como: (cheio,
curto). E outros pela intensidade da expressão que poderá ser positivo ou nega-
tivo como: (BONITO, LINDO, BONITINHO).
Estudos Linguísticos
Para este item morfológico, há uma grande necessidade de expor as expres-
sões corporais e ou faciais.
Negação
NÃO PODE
87
Revendo a Morfologia, tente transformar uma única palavra em várias, mo-
dificando-as através deste recurso.
LEXICAL GRAMATICAL
Amigo (s) plural
Possibilidade (im) negação
Chorar aos prantos
Fofocar fofocar sem parar
Para os itens lexicais, você utiliza os sinais várias vezes para impor a
situação gramática ou fazendo a diferença entre o lexical e o aumentativo ou
negativo.
Tema | 02
O Aspecto Verbal Pontual distingue-se por se trazer a uma ação ou
evento ocorrido e finalizado em algum ponto bem definido, enquanto o Aspecto
Verbal Continuativo dá a continuidade e se dá outra palavra.
[ELE] [TENTAR] [FALAR] [AMIGO] [ONTEM] (Ele tentou falar com o
Estudos Linguísticos
amigo ontem), concluiu o “TENTAR”, utilizou apenas uma vez. Se você utilizar o
sinal “TENTAR ATÉ CONSEGUIR” ou “TENTAR SEM PARAR” mudaria o senti-
do da frase no exemplo “[EU] [TENTAR], [TENTAR], [TENTAR] [FALAR] [AMI-
GO]” (Eu tentei por diversas vezes falar com meu amigo) refere-se a uma ação
que tem uma continuidade na palavra “TENTAR” sofrendo assim, uma alteração.
Intensidade e quantificação
5 O jogo de corpo nos faz considerar que realmente a Libras é uma língua que depende do visual-
espacial.
89
Exemplo: CHUVA (feito de forma branda), TEMPESTADE (CHUVA
+ EXPRESSÃO DE MUITO) com intensidade e rapidez.
Incorporação de argumento
Usando a palavra “CAIR”, vem em nossa mente várias frases nas quais
poderíamos encaixar esta palavra. “Cai na calçada”, “cai de moto” ou “o papel
caiu”. Estas frases contêm variantes de incorporação e argumentos.
Vou lhe ajudar a entender melhor, mas preciso que você, após esta lei-
tura, vá aos recursos do vídeo e do AVA.
Papel caiu
91
“TENTAR ATÉ CONSEGUIR” explora o aspecto continuativo e é deri-
vação de “TENTAR”.
O processo de composição pode ser também a união de dois sinais para
formar uma palavra por composição.
O sinal de:
Farmácia
Animal
Estudos Linguísticos
Para compreender bem estas palavras e todos estes termos, leia o livro de:
QUADROS, Ronice Muller de; KARNOPP, Lodenir Becker. Língua Brasi-
leira de Sinais: estudos linguísticos. Porto Alegre: Artmed, 2004.
ou então de:
Nestas duas bibliografias você poderá conhecer outros exemplos e outras for-
mas de explicação. Ronice Muller é uma das referências no Brasil quando se
fala em gramática da Libras.
93
2.4 Diferenças Básicas em LIBRAS
Palavras
Tema | 02
Palavras simples
Estudos Linguísticos
ser oriunda do alfabeto ou dos números, mas deverão ser feitos também com
apenas a sua mão predominante e não ter Ponto de Articulação braço e mão.
Veja algumas configurações não oriundas:
102
Para lembrar de todas, volte ao conteúdo 2.2.
Exemplos: Perceba que a mão não tem uma configuração igual às le-
tras do alfabeto ou dos números.
95
Palavras compostas
Vejamos os exemplos:
Almoçar
Padaria
Escola
Mamãe
Pedra
Acostumar
97
Palavras de movimentos iguais
Palavras com movimentos iguais são as palavras que podem ter dois
ou mais movimentos iguais, ou seja, tais movimentos serão feitos com as duas
mãos simultaneamente e com a mesma "Configuração de Mão", independente
do movimento ou da orientação. Podemos falar que são sinais fáceis de sinalizar
e de visualizar. Temos que lembrar que a mão predominante deverá estar igual
à outra mão que fará o "Ponto de Articulação". Então se sua mão predominante
está configurada em “B”, o ponto de apoio deverá também estar em “B”, “B” mão
direita e “B” mão esquerda podemos formar o sinal de (CASA).
Temos outros exemplos que poderão ser úteis para o seu aprendizado.
Por que
Beijo na boca
Primo
Tema | 02
Estudos Linguísticos
Manga (fruta) Manga (camisa)
Nem sempre uma palavra em português terá o mesmo sinal em Libras para
todos os seus sentidos. Assim, as palavras que têm a mesma grafia com senti-
dos diferentes deverão ser observadas sua ação ou sua definição para realizar
o sinal. Veja no AVA algumas palavras deste aspecto.
99
Calmo, tranquilo, acomodado, Medo, amedrontado, temor, asco,
pacato, sereno, sossegado, pacífico etc. receio etc.
Sempre que você encontrar dificuldade em achar o sinal de uma palavra, pro-
cure o sinônimo dela. Em libras terá o mesmo efeito.
São frases que poderemos fazer com apenas um sinal. Este sinal será rele-
vante ao que o contexto condiz e será acompanhado da expressão facial ou corporal.
Tema | 02
lhas e o queixo)
Estudos Linguísticos
Qual é o seu nome?
Sinal de NOME + expressão interrogativa [?]
Não deixe de assistir aos vídeos disponíveis no AVA e reveja quantas vezes for
necessário. Lá você verá diversos exemplos de como fazer a expressão inter-
rogativa que poderá lhe ajudar a aprender melhor.
101
Será muito interessante que você busque diversas palavras e seus sinais
que se encaixem neste capítulo e, para isso, você tem à disposição no mer-
cado o dicionário ilustrado de CAPOVILLA e ainda o site do acessobrasil
com movimentos.
03
Qual é a estrutura que a Libras necessita para obter unidades mínimas de sig-
nificado que diferenciem sexo, passado e futuro, aumentativo e diminutivo e
negação?
__________________________________________________
__________________________________________________
__________________________________________________
103
05
Diante dos sinais abaixo assinale a opção que descreve corretamente os tipos
de sinais.
a I; III; IV; II
b II; I; IV; III
c III; IV; I; II
d IV; II; III; I
e II; III; I; IV
105
09
Quando utilizo o sinal de BONITO + EXPRESSÃO DE MUITO tenho que
utilizar umas das morfologias. Qual é esta morfologia e qual palavra se forma
através deste sinal e expressão?
10
Para formar a palavra “AMIGA” tenho que utilizar a morfologia como recur-
so. Como seria esta formação?
107
Parte 02
SURDEZ:
INTERAÇÕES
E IMPLICAÇÕES
Tema
03
SURDEZ E
INTERAÇÃO
Objetivos da Aprendizagem
6 É o retorno visual positivo ou negativo do espectador sobre o desempenho da pessoa que passou
a informação.
Tema | 03
Importância da linguagem corpofacial
Surdez e Interação
das frases.
111
Como profissionais que estarão em constante interação com outras
pessoas, você deverá se lembrar das diferentes crenças, valores e culturas que
permeiam estas relações e estar consciente da influência que sofremos e exerce-
mos, mutuamente, através da linguagem corporal.
A trajetória da expressão corporal pode transformar as interações em
situações de “troca”, que venham a ser enriquecedoras para os envolvidos no
processo de comunicação.
A busca de uma solução reflexiva é que resgata e valoriza a interpreta-
ção e a construção de seu conhecimento. Assim, a comunicação visual é o ins-
trumento mais importante do ser surdo. Somente com este tipo de comunicação
eles podem perceber as mensagens implícitas ou explícitas.
Expressão e movimento
Tema | 03
Leitor, as expressões no quadro a seguir são apenas indícios, e a lin-
guagem corporal e facial deve ser sempre interpretada dentro do contexto co-
municativo.
Surdez e Interação
Possíveis Interpretações Expressões não verbais
Superioridade, Orgulhoso Levantar o nariz e virar o rosto
Avaliação, pensamento Dedo indicador na fronte ou coçar o queixo
Ansiedade, insegurança Roer unhas, esfregar as mãos
Cansaço, aborrecimento Coçar sobrancelhas, curvar o tronco
Incompreensão, agressividade Parar com as mãos na cintura
Impaciência Andar de um lado para o outro
Falta de entusiasmo, desmotivado Andar calmamente, olhando para baixo
Avaliação negativa Coçar a testa, olhos fechados
Frustração, ódio Mãos fechadas, ranger os dentes
Desconfiança Desviar o olhar
Defensiva Braços cruzados no peito
113
Comunicação e surdez
Pantomima
Classificadores
Tema | 03
Segundo Brito (1995, p. 103), os classificadores funcionam como parte
dos verbos em uma sentença, sendo chamados verbos de movimento ou de lo-
calização, indicando o objeto que se move ou é localizado.
Os classificadores são representados por configurações específicas de
mãos ligadas às expressões corpo/faciais, logo, nada têm em comum com
Surdez e Interação
mímicas.
Os classificadores tornam mais vivo e compreensível o significado do
que se quer proferir representando por uma adjetivação descritiva, a qual atribui
quanto ao seu tamanho, forma e espessura.
Para classificadores de animal e pessoa e numa frase no singular si-
nalizamos, com apenas um dedo fazendo o movimento (UMA PESSOA CAMI-
NHANDO) e no plural, marcado por duas ou mais pessoas ou animais simul-
taneamente com as duas mãos ou com dois dedos (DOIS LEÕES ANDANDO),
sequencialmente relacionando a forma de andar do animal ou da pessoa.
Os classificadores, na maioria das vezes, representam características
físicas do referente como o nosso próprio comportamento ou movimento, o que
confere grande flexibilidade denotativa e conotativa aos sinais.
115
Veja algumas frases que devem ser feitas de forma diferen-
ciada devido a sua ação:
Agora imagine que você irá pegar uma CAIXA GRANDE E PESADA.
Como seria isso no real?
Certamente o nosso ato de “pegar um dado” será bem diferente do “pe-
gar uma caixa grande e pesada” e é esta mesma forma que deveremos observar
para realizar os movimentos em Libras.
Não devemos confundir os classificadores com movimentos que repre-
sentam iconicamente qualidades de objetos.
Tema | 03
Neste livro, você poderá conhecer um pouco mais sobre a comunicação da
linguagem corporal de forma descontraída e verdadeira. Ele pode ser um
bom guia de aprimoramento.
Surdez e Interação
3.2 Interação argumentativa com estrutura da sur-
dez e família
117
O maior problema da interação entre a família e o surdo é a comunicação,
pois é através dela que conseguimos nos adaptar ao meio em que vivemos.
Tema | 03
A família deverá ter consciência de que precisará desenvolver a língua
de seu filho pelo meio corporal, gestual e até por meio dos sinais. Simultane-
amente, deverá agir normalmente com a criança comunicando o tempo todo
como se fosse um filho ouvinte antes de aprender a falar, fazendo suas pergun-
tas e respondendo o que for solicitado e também cantando e contando histori-
Surdez e Interação
nhas infantis, porém, em Libras.
Como início ao atendimento educacional e a integração da família, a
criança certamente será incluída em todos os aspectos, tendo o direito comum
de participar de todos os processos educacionais. Pois,
Perspectivas da família
119
Os pais que descobrem a surdez de seu filho tardiamente não conse-
guem oferecer ou não sabem onde procurar auxílios benéficos. Assim, estimam
“soluções” de desenvolvimento intelectual e social ao filho através de terapias
fonológicas, psicológicas, cursos de apoio, escolas e tarefas, tudo simultane-
amente. Ao perceberem resultados insatisfatórios, reconhecem que tudo não
passou de um equívoco, seu filho não conseguiu aprimorar nenhum dos objeti-
vos traçados e, somente a partir deste momento, passa a buscar apoio com pro-
fissionais capacitados e associações. Os pais devem se render e optar por apenas
uma direção, o endereço que deverá ser tomado desde o princípio escolar que é
mantê-los em escola regular e na alfabetização em Libras, assim, o resultado se
consegue com grandes alacridades e agilidade.
Os pais devem dar liberdade de autoescolha, o surdo deve ter uma vida
social como a dos ouvintes.
“Quanto mais confortáveis todos os membros da família estejam com a
surdez, melhor” (LUALDI apud HOFFMEISTER, 1999, p. 128).
As construções no ambiente escolar permeiam perspectivas boas às
famílias dos surdos de tal modo que as decisões são tomadas cada vez mais cedo
e acabam contribuindo diretamente a seus filhos.
Um dos direitos adquiridos pelas pessoas surdas é o direito à inclusão
e não mais a força de uma lei que obrigue a família a optar pelo que não deseja.
Nada melhor que o prazer de ser incluído em todos os espaços sociais.
Tema | 03
um(a) filho(a) surdo(a)?
• Envolvimento precoce83
Surdez e Interação
O envolvimento precoce deve acontecer inicialmente em casa com os
pais e, posteriormente, na escola, onde irá realizar atividades com objetivos de
alcançar a ludicidade, afetividade, naturalidade e o cotidiano o mais cedo
possível.
Atuar com benevolência e naturalidade por meio de brincadeiras que
possam levar à interação, que é fundamental para o êxito do trabalho construin-
do vínculo e tomando estratégias que motivem a realizar tarefas.
• Estimulação específica
8 Quando dizemos “Precoce” não significa que seja o envolvimento ainda quando criança, porém,
o mais cedo possível, ou seja, com semanas de vida.
121
• Disposição psicomotora
• Envoltura linguística
Tema | 03
de e um dos ganhos é a regulamentação da Lei 10436. Com essa lei, os futuros
profissionais que estão entrando nas universidades terão maiores capacidades
no atendimento e educação dos surdos.
Surdez e Interação
ridades nas funções didáticas e linguísticas dos surdos. Não pare por aqui, ainda
temos muito a alcançar.
O livro “Educação de surdos”, traz diversas questões que tratam sobre a edu-
cação de surdos. Para quem tem o interesse em seguir este caminho, este livro
poderá auxiliar nesta tomada.
123
Os livros da editora “Vozes” têm um direcionamento importante aos surdos,
que facilita o atendimento e entrosamento à educação de surdos em nosso
país.
Tema | 03
Lembre-se: na hora que estiver interagindo com um surdo, não mencione
"surdo-mudo".
Surdez e Interação
Em diversas circunstâncias, pessoas que convivem com surdos têm
algumas atitudes impróprias em relação a como interagir com eles. Isso acon-
tece naturalmente sem ao menos percebermos, mas, devemos tratar estes des-
confortos para desenvolvermos uma satisfatória interação. E para que isso não
aconteça, deve-se tomar os seguintes cuidados:
não deixe passar despercebidas frases que você não entendeu, mui-
ta gente acaba fazendo a expressão de sim com a cabeça como se
estivesse entendendo e, na verdade, não compreendeu nada. Se
houver dúvidas ou não entendeu, peça para repetir até entender o
contexto;
125
não superproteja os surdos. Eles são pessoas capazes e sabem “se
virar” para interagir;
Tema | 03
adultos ao longo da vida;
Surdez e Interação
diversidade nos atendimentos públicos [...];
Até que a visão de Moura seja alcançada, temos que interagir com qual-
quer pessoa independente da forma de comunicação. Comunicar e interagir
fazem parte da natureza humana e são sucessíveis ao passar dos anos.
Para uma criança obter interação, (Lenneberg apud Honora, s/d, p. 37-38)
descreve um gradual desenvolvimento onde elas alcançam funções sociais
importantes, tendo uma sequência fixa e em idades cronológicas relativamente
constantes.
127
Veja a evolução da interação de uma criança quanto às funções básicas
da linguagem.
Tema | 03
Tecnologias para a comunicação com os surdos
Surdez e Interação
Telefone Celular
Muita gente pensa: o que um surdo vai fazer com um celular? Hoje,
os celulares são de baterias com vibra call, ou seja, o celular vibra e com isso o
portador sabe o momento que o telefone está em chamada. Os surdos utilizam
o celular para: enviar e receber mensagens, despertador, agenda, entre outros.
Internet
A Internet tem sido um dos meios mais utilizados não só pelos ouvintes.
Os surdos têm se especializado cada vez mais para buscar seu aprimoramento e
assim utilizam todas as ferramentas existentes na internet para a comunicação
como: e-mail, msn, chats, sites de relacionamento, pesquisa, estudos etc.
129
Closed Caption ou Legenda Oculta
É uma função existente nos televisores que permite ao surdo acompa-
nhar os programas transmitidos. As legendas ficam ocultas até que o usuário
do aparelho acione a função na televisão através de um menu ou de uma tecla
específica.
A legenda oculta descreve, além das falas dos atores ou apresentadores,
qualquer outro som presente na cena: palmas, passos, trovões, música, risos etc.
destacado por uma cifra musical.
Janela de Intérprete
A janela não acontece em todos os programas e nem em todas as emis-
soras. A janela de intérprete é uma janela que fica ao canto inferior do televisor
em que um profissional faz toda a interpretação do programa ou parte dele.
Escrita
A escrita é considerada um eficiente recurso, utilizada na interação en-
tre um surdo e um ouvinte tendo aproveitamento manuscrito e visual. Pode-
mos dizer que a escrita envolve também o desenho. Muitos surdos que não são
alfabetizados e não são sinalizadores utilizam-se de desenhos e formas para se
comunicar e entender a pessoa com quem gostaria de manter o acesso e a infor-
mação. Hoje, facilitou muito, mesmo a pessoa não tendo papel e caneta, o uso
de touch screen virou "moda".
Dispositivo luminoso
É um dispositivo utilizado em residências de pessoas surdas. São usa-
dos nos telefones e campainha. Sua instalação depende de um profissional qua-
lificado e experiente, pois, os fios da campainha e do telefone são ligados direta-
mente às lâmpadas de todos os cômodos da casa, inclusive no banheiro. Quando
o dispositivo da campainha é acionado, ele faz com que as luzes pisquem; já as
luzes do telefone ficam piscando até que ele seja atendido. Outro método se dá
pelo uso das cores das luzes. Geralmente, a campainha pisca uma luz branca e o
telefone pisca uma luz amarela por um determinado tempo.
Sinal Próprio
Quando conhecemos alguém, logo fala-
mos seu nome ou, se não conhecemos, pergunta-
mos como se chama. O sinal próprio serve para que
Tema | 03
todas as vezes que quisermos nos referir àquela
pessoa, tenhamos um signo, um batismo que nos
representa, assim, denominado “Sinal pessoal”.
Após obter o sinal próprio, dá-se início
Surdez e Interação
à participação na comunidade surda. O sinal do
“nome” se trata de uma marca, um traço ou per-
sonalidade da pessoa. Uma vez recebido o sinal,
não mais se pode trocar. Sinal de “sinal”
Dia do Surdo
Em 1857, exatamente no dia 26 de setembro9,4foi inaugurada a pri-
meira escola de surdos no Brasil, hoje intitulada INES. Assim então, ficou deter-
minado no calendário brasileiro o dia 26 de setembro como o “Dia Nacional dos
Surdos”. Esta data é sempre lembrada pelas lutas em busca de melhorias princi-
palmente em relação à dignidade e cidadania. Já o “Dia do Surdo” determinado
pela federação mundial de surdos, celebra no dia 30 de setembro.
A inclusão é um tema que está em alta desde o início do século XXI, po-
rém, há muito a se fazer em relação ao atendimento, capacitação e socialização, à
cultura. Assim, o próximo conteúdo estará abordando justamente esta ideia.
No AVA, a partir dos vídeos, você pode conferir todo este conteúdo a partir de
ilustrações e demonstrações práticas. Este recurso é de grande importância
para seu desenvolvimento e conhecimento.
9 Neste dia, procure a associação de surdos ou escolas inclusivas mais perto de sua casa e partici-
pe dos movimentos que acontecerão. Este é um ótimo momento de contato e fluência com surdos
e a língua.
131
Você já viu na casa de alguém com funciona o dispositivo luminoso?
No site disponível você verá um vídeo demonstrando exatamente o funcio-
namento deste recurso dos surdos. É importante conhecer, pois, poderemos
indicar a uma família surda que ainda não tenha.
Tema | 03
Você tem proporcionado a inclusão?
O que a inclusão pode oferecer às pessoas com surdez?
Surdez e Interação
A sociedade não é composta somente de pessoas que ouvem e, assim,
a inclusão é um tremendo benefício para inverter papéis e trocar experiências
aprendendo e cultivando novas línguas. Essa troca pode levar a uma maior inte-
gração e inclusão social. O surdo, a se ver valorizado e respeitado em sua carac-
terística, pode ampliar o interesse pelo aprendizado da Língua Oral Portuguesa,
a qual, hoje, não é uma obrigação legal para pessoas surdas.
“As frases nas mãos” não apenas substituem a forma gráfica da Língua Portu-
guesa, elas também repassam sentimentos.
133
Inclusão dos surdos na escola
Tema | 03
Qual a capacidade de aprendizado dos surdos?
Como primeiro passo, há as leis que asseguram a inclusão e estas crian-
ças têm entrado na escola achando que sabem Libras porque já conhecem o
alfabeto e pensam que sabem oralização porque sabem se comunicar em casa. A
realidade é essa e às vezes confundimos se está havendo a inclusão ou se estão
Surdez e Interação
querendo fazer a inclusão.
Ensinar a alfabetização da Libras e Português ao mesmo tempo é uma
prática confusa e desastrosa, assim como tentar ensinar para diversos surdos
com níveis diferentes. O apoio que deveria ser inclusivo e eficiente, passa a ser
uma tentativa de aquisição lenta.
Alunos surdos com idades mais avançadas têm um aprendizado infe-
rior tanto na Libras quanto no português, mas, têm maior interesse em apren-
der. Os mais novos aprendem, mostram interesse em adquirir conhecimento e
preferem a sua língua natural como referencial. Já os que intercalam as idades
estão na fase mais confusa, pois, já adquiriram anteriormente o ensino através
da oralização sem conhecer o português ou a Língua de Sinais e acabam utili-
zando o bimodalismo.
Laborrit (2006, p. 23) deixa claro o que é uma inclusão de surdo. A
frase dele foi muito feliz:
135
dania plena, de uma vida digna e participativa. A realidade social necessita dos
esforços da família, dos governos e da sociedade em geral no sentido de promo-
ver a melhoria de vida de toda a coletividade de forma igualitária e democrática.
A garantia do conhecimento da Libras na formação de profissionais
aprova a construção de uma sociedade para todos, ajustada ao princípio da in-
clusão, sugerindo preparação e aprendizagem, atentas às diversidades linguís-
ticas que encontraremos.
As discussões existentes sobre pessoas com necessidades educacionais
especiais pautam-se no desenvolvimento de ações educativas assentadas nos
pressupostos de uma educação inclusiva, sugerindo a formação de um profissio-
nal cujo perfil de atuação seja compatível com a necessidade apontada.
A ideia da inclusão é que todos (surdos e ouvintes) participem e apren-
dam por igual independente de suas dificuldades, diferenças ou instituição. Po-
rém, ainda há uma grande barreira diante dos professores e salas de aula que
nunca tiveram um aluno surdo incluído, tudo isso ocorre pela presença do in-
térprete e pela vasta diferença metodológica que o profissional deverá assumir.
É um desafio que todos nós devemos abraçar, apoiar e agir.
As dificuldades se darão em função do despreparo dos educadores atu-
antes no ensino fundamental. Por isso, hoje, você está se capacitando para que
no futuro não tenhamos mais surdos com dificuldade de comunicação. Você irá
incluí-los e estará se incluindo ao mundo do silêncio.
Este termo “inclusão”, tanto lido aqui como visto no dia a dia, irá per-
mutar por vários autores e até mesmo por várias outras vezes neste livro. Mas
esta palavra e sua ação estarão ligadas diretamente a você, compartilhando com
diversos segmentos da sociedade nos inúmeros serviços na área da saúde e
educação.
Apesar de toda discriminação, o surdo está incluído em uma sociedade
cheio de pesares, mas, está em meio a uma nação alegre, que dará auxílio para
sobrevivência e desenvolvimento dos surdos. Muitas das vezes os próprios sur-
dos são preconceituosos, e o papel do profissional é também fazer com que o
surdo se inclua, ou seja, passe a aceitar seus familiares, seus professores, seus
amigos, alguém que lhe oriente como lidar com um ser tão “excludente”.
Tema | 03
possibilidades de empenho e produtividade.
Os colaboradores surdos deverão ser percebidos como sujeitos que têm
diferença e não deficiência10.5O fato de não ouvir não significa que não pode
ou não consegue. É preciso considerar sua cultura, suas possibilidades e suas
capacidades.
Surdez e Interação
Para este processo seguir conforme esperamos, você deverá refletir
acerca da importância do papel do profissional como agente intercessor na in-
clusão do surdo no mercado de trabalho, aprendendo e proporcionando diver-
sidade, experiência e motivação.
De acordo com as concepções do “Projeto Incluir”, busco sugerir possi-
bilidades de acesso e permanência dos surdos em ambientes distintos, sem que
sejam exclusas adotando como fator importante o papel do profissional.
137
facilitando o aprendizado fundamentado na imaturidade;
Além destas indicações de vídeo na internet, você pode conferir no AVA re-
portagens e entrevistas sobre inclusão e o papel do Intérprete que desenvol-
vemos especialmente para você.
Tema | 03
to. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=v2THomC5QC0&f
eature=related>. Acesso em: 17 abr. 2012.
Surdez e Interação
A surdez em seus aspectos comunicativos e interação prepara artifícios para
a comunicação corporal. Esta comunicação é uma das mais importantes
dentro da Libras, pois, facilita a compreensão e assessora os sinais em um
contexto, assim como os classificadores, que são marcadores de concordân-
cia, nos traz o real. A estrutura e apoio dos familiares são essenciais à vida
de qualquer pessoa, principalmente no lar que acaba de receber um surdo.
A barreira existente na comunicação pode atrasar todo o processo de esco-
larização e desenvolvimento linguístico neste novo membro e, nesse sentido,
novas perspectivas vêm sendo criadas para combater o paradigma da exclusão
até atingir a aceitação e interações perfeitas. A inclusão é um fato muito
comentado nos dias de hoje e vem favorecer os surdos dentro da sociedade,
pois possibilita facilidades para entrar no mundo do aprendizado de forma
total e incondicional.
139
01
Sabemos o quanto é importante a expressão corporal e facial. Como pode-
ríamos aprofundar neste recurso?
__________________________________________________
__________________________________________________
__________________________________________________
02
O que a família deveria fazer para incluir melhor seu filho surdo na socie-
dade?
__________________________________________________
__________________________________________________
__________________________________________________
04 O que pode ser feito para que a inclusão dos surdos nas escolas e na socie-
dade seja mais acolhedora?
__________________________________________________
__________________________________________________
__________________________________________________
a II; III; I
b I; II; III;
c III; I; II
d II; I; III
e I; III; II
141
07
Todo surdo deverá ter um trabalho precoce para que seu desenvolvimento
seja igual aos ouvintes, mas, este processo depende muito da família para
que o surdo não tenha prejuízos intelectuais, psicomotores e sociais. Qual
a idade propícia a iniciar o ensino a este surdo?
a De 0 a 2 anos
b De 3 a 6 anos
c De 6 a 10 anos
d De 10 a 15 anos
e Quanto mais velho melhor
143
12
Qual a língua que o surdo deverá aprender primeiro?
a Português
b Libras
c Braille
d Classificador
e Datilologia
04
LÍNGUA DE
SINAIS: SABERES
E FAZERES
Neste tema, você verá de forma prática
como se comunicar e trabalhar com um surdo.
Portanto, prepare sua criatividade e faça parte
destes saberes e fazeres.
Objetivos da Aprendizagem
Tema | 04
Conheça algumas habilidades auditivas:
149
compreensão auditiva: compreender por que razão o evento so-
noro ocorreu;
Coordenação Motora
A Coordenação Motora deverá auxiliar a criança no desenvolvimento
de suas habilidades físicas propondo reconhecimento, acompanhamento e se-
gurança sobre o que fará, assim, você poderá criar diversos desenhos tracejados
e esta criança deverá seguir os traços com um lápis sem se esquivar.
Matemática
Para desenvolver a matemática, você poderá criar quadrados com di-
versas estrelas dentro e solicitar que pinte os quadrados que contenham 6 estre-
las. Este método auxilia rapidamente no reconhecimento de quantidade.
Tema | 04
Noção de números através da contagem e quantidade
Relacionado à matemática, você poderá desenvolver um grande plano
com algum desenho como, por exemplo, flores e solicite à criança que circule
Noção de espaço
Faça duas colunas desenhando figuras geométricas e solicite à criança
que pinte com a mesma cor as formas da coluna 1 que cabem dentro das formas
da coluna 2. Assim, ela estará aprimorando sua noção de conhecimento de figuras
e noção de espaço.
151
Atenção e concentração:
Caça-palavras em Libras
A M I G O D H Y T L
Q W M N B U I X Z Ç
A B R I R S Ç K S D
F R G C C X I J O P
E I H Y A F A Q L I
J N O U S V P N M L
O C G W A R A R F S
H O U C Z M P Y Q Ç
Descoberta dos números, atenção e concentração
Circule as mãos que correspondem a números.
5 H 5 R P A 2 C X Z
I 1 U Y T 8 F E 0 B
N M 5 T 8 R 9 I X 6
7 A T 6 Y 1 Ç K 3 M
U E N 1 B I H 5 Y N
Você, ao receber ou atender uma pessoa com surdez, seja homem ou
mulher, deverá estar atento, pois assumirá a responsabilidade de desvelar meios
que assegurem a construção do conhecimento, favorecendo a comunicação, o
entendimento e o atendimento aos surdos. Será necessário que você procure
adaptações e estratégias a fim de facilitar a participação, o desenvolvimento e a
aprendizagem do seu cliente, seja ele aluno ou paciente.
Tema | 04
proferir frases completas não exagerando nas articulações e nem
na velocidade;
Você acha que a sociedade um dia dará todo suporte necessário para que os
surdos sejam incluídos nos aspectos educativos, sociais e culturais?
153
A comunicação visual é fundamental, tanto para o aprendizado da Lín-
gua Portuguesa oral quanto para a aquisição da língua de sinais.
Espero que você reflita e se auto-avalie sobre as questões apresentadas
no seu propósito e na sua estimulação de despertar que será o ensejo de apren-
dizagem e construção de autoestima de uma criança ou de um adulto surdo.
Tema | 04
Você faz a diferença e o futuro do ensino e aprendizado do surdo de-
penderá exclusivamente de você.
Atividades pedagógicas
155
uso de uma mão;
uso de ambas as mãos com configurações iguais e diferentes;
exploração dos pontos de articulação dentro do espaço de sinalização;
intensidade, modo, tempo, forma e tamanho;
incorporação de negação;
emprego das relações de significado lexical;
sentenças;
figuras de linguagem.
Tema | 04
No AVA, você encontrará vídeos e pod cast relacionados a este conteúdo. Não
deixe de utilizar este meio. Será muito útil e importante em seu aprendizado.
Este livro descrito acima nos dá uma boa base no que diz respeito às práticas
e metodologias de ensino e educação aos surdos.
157
4.2 Possibilidades de trabalho
Tema | 04
lectual, implica criação, produção e ocupação.
159
O surdo adulto ainda encontra dificuldades em ser aceito no mercado
de trabalho, uma vez que suas reais potencialidades ainda não são reconhecidas
pela classe empresarial por falta de informações e pelo preconceito relativo às
pessoas com necessidades especiais em geral.
Nos concursos públicos, os surdos têm a garantia da Lei de Reserva de
Mercado (10%) em todas as instâncias, procurando respeitar proporcionalidade
entre as deficiências.
É de extrema importância que os pais participem efetivamente no pro-
cesso de inclusão de seu filho surdo no mercado de trabalho.
A sociedade está presenciando a contribuição e desempanho dos surdos na
execução de atividades relacionadas a serviços gráficos, à digitação (na informática), a
serviços bancários e administrativos, às funções docentes (Instrutores), entre outras.
Tema | 04
90% dos funcionários de uma empresa de cosméticos de Fortaleza-Ce são
surdos.
Segundo o Instituto do Desenvolvimento do Trabalho, o nordeste é o cam-
peão de empregadores de "deficientes" no Brasil, fazendo a colocação de
Qualificação
COTAS:
161
Apesar de ter espaço no mercado de trabalho, eles precisam se expres-
sar e mostrar que têm direito de levar uma vida “normal”.
É preciso oportunizar aos surdos o seu verdadeiro “poder”. Incentivar
pessoas com surdez é algo muito rico no processo de inclusão.
Uma coordenadora de recrutamento e seleção de uma grande empresa
brasileira diz que tem a cumprir uma cota estipulada por lei, o equivalente a
60 funcionários de sua empresa, e ela fala que já fizeram diversas campanhas,
inclusive ofereceram cursos de qualificação, mas ninguém apareceu.
Na mesma oportunidade, a coordenadora aponta duas barreiras difí-
ceis de superar a inserção dos deficientes no mercado de trabalho. A primeira
delas é a ignorância e o preconceito, pois, muitos empresários ainda não sabem
lidar com a diferença e acreditam que o convívio social destas pessoas é difícil,
mas o que acontece, na prática, é exatamente o contrário. O segundo problema
é a falta de interesse profissional dos próprios surdos.
Tema | 04
ao público seja de empresas públicas ou privadas, deverá haver um Intérprete
para comunicar com os futuros usuários surdos, assim, podemos citar: rodoviá-
rias, aeroportos, shoppings, fóruns, hotéis, entre outros.
As possibilidades de trabalho estão abertas, embora não existam vagas
Preconceito
163
Quer conhecer mais sobre as leis e condutas referentes aos surdos e à
Língua Brasileira de Sinais? Então não deixe de ler o próximo conteúdo.
Você poderá conhecer um pouco mais sobre este assunto através do AVA.
Nos vídeos, verá a entrevista com uma surda em seu local de trabalho, fazen-
do sua função e seus benefícios.
Tema | 04
consciência que estará apenas dando acesso à informação.
Deverá ser fidedigno à interpretação, não omitindo e nem acrescen-
tando nenhuma informação ao diálogo estabelecido entre o usuário da Língua
de Sinais e o de Língua Oral. Ser confidencial, não podendo, em nenhuma hi-
Legislação
165
oficialização e a regulamentação da Língua Brasileira de Sinais –
Libras, nos municípios, estados e federação;
Tema | 04
sada com critérios específicos e inclusive na presença de Intérpretes.
Além das propostas já constituídas em leis, a comunidade surda luta
por outros direitos como:
liberação do trabalho para os pais que têm filhos surdos para faze-
rem cursos de língua de sinais;
167
Para que você possa se basear de forma mais extensa, no fim deste
capítulo verá algumas indicações de sites que possam lhe apoiar nas pesquisas.
Em 2002, sob a Lei nº 10.436, de 24 de Abril, foi homologada a lei
federal que reconhece a Língua Brasileira de Sinais como meio de comunicação
objetiva e de utilização das comunidades surdas no Brasil. Este foi o primeiro e
largo passo da comunidade surda.
O Decreto Federal 5296, de dezembro de 2004, que regulamentou as
Leis de acessibilidade (10.098) e de atendimento prioritário (10.048) forneceu
elementos técnicos que estipularam prazos para que vias públicas, estacionamen-
tos, construções, prédios públicos e edifícios de uso coletivo mantidos pela inicia-
tiva privada. Apesar disso, muitas agências bancárias ainda não estão acessíveis.
Reforçando a necessidade de fazer valer os diretos da pessoa com defi-
ciência, o Ministério Público Federal e a Federação Brasileira dos Bancos (FE-
BRABAN) assinaram um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), que prevê a
acessibilidade e atendimento prioritário às pessoas com necessidades especiais,
seja ela física(motora), sensorial ou mental nas instituições financeiras de todo
país, onde deverão adotar padrões universais.
Entre as mudanças previstas pelo acordo, as agências bancárias de
todo o país terão que disponibilizar pessoal e equipamentos capazes de manter
comunicação com pessoas com surdez.
O TAC deixou firmado junto às agências financeiras e seus respectivos equi-
pamentos e postos de atendimento prazos para se adaptarem ao novo conceito de
acessibilidade, sendo cabível a implicação de multas caso não cumpra a legislação.
Em 2005 foi promulgado o Decreto 5.626, de 22 de dezembro, que
tornou obrigatória a inserção da inclusão da Língua Brasileira de Sinais como
disciplina curricular nos cursos de formação de professores para o exercício do
magistério em nível médio e superior.
Também através deste Decreto (5.62613), os surdos terão melhor aten-
dimento dentro de empresas públicas de todo país. O decreto já está valendo e
os órgãos da administração pública deverão incluir em seus orçamentos anuais
e plurianuais os recursos para formação, capacitação e qualificação de professo-
res, servidores e empregados para o uso e interpretação de Libras.
13 Desde esta lei, todas as empresas públicas federais, estaduais e municipais são obrigadas a ca-
pacitar, pelo menos, 5% dos empregados para o uso e interpretação da Língua Brasileira de Sinais.
Tema | 04
É importante você estar por dentro das leis, elas sempre caem em concursos
Em seguida, você terá uma lei e um decreto através da qual você deverá
adquirir conhecimento.
169
Art. 2o Deve ser garantido, por parte do poder público em geral e em-
presas concessionárias de serviços públicos, [...] meio de comunicação objetivo
e de utilização corrente das comunidades surdas do Brasil.
Art. 3o [...], garantir atendimento e tratamento adequado aos portado-
res de deficiência auditiva, de acordo com as normas legais em vigor.
Art. 4o O sistema educacional federal e os sistemas educacionais es-
taduais, municipais e do Distrito Federal devem garantir a inclusão nos cursos
de formação de Educação Especial, de Fonoaudiologia e de Magistério, em seus
níveis médio e superior, do ensino da Língua Brasileira de Sinais - Libras, como
parte integrante dos Parâmetros Curriculares Nacionais - PCNs, conforme le-
gislação vigente.
Parágrafo único. A Língua Brasileira de Sinais - Libras não poderá
substituir a modalidade escrita da Língua Portuguesa.
[...]
Brasília, 24 de abril de 2002;
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
DECRETA:
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1o Este Decreto regulamenta a Lei nº 10.436, de 24 de abril de
2002, e o art. 18 da Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000.
Art. 2o Para os fins deste Decreto, considera-se pessoa surda aquela
que, por ter perda auditiva, compreende e interage com o mundo por meio de
experiências visuais, manifestando sua cultura principalmente pelo uso da Lín-
gua Brasileira de Sinais - Libras.
[...]
Tema | 04
§ 2o A Libras constituir-se-á em disciplina curricular optativa nos de-
mais cursos de educação superior e na educação profissional, a partir de um ano
da publicação deste Decreto.
171
[...]
Art. 24. A programação visual dos cursos de nível médio e superior,
preferencialmente os de formação de professores, na modalidade de educação
a distância, deve dispor de sistemas de acesso à informação como janela com
tradutor e intérprete de Libras - Língua Portuguesa e subtitulação por meio do
sistema de legenda oculta, de modo a reproduzir as mensagens veiculadas às
pessoas surdas, conforme prevê o Decreto no 5.296, de 2 de dezembro de 2004.
[...]
CAPÍTULO IX
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
[...]
Art. 31. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 22 de dezembro de 2005;
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Tema | 04
V - prestar seus serviços em depoimentos em juízo, em órgãos adminis-
trativos ou policiais.
Art. 7o O intérprete deve exercer sua profissão com rigor técnico, ze-
lando pelos valores éticos a ela inerentes, pelo respeito à pessoa humana e à
173
Brasília, 1º de setembro de 2010.
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Luiz Paulo Teles Ferreira Barreto
Fernando Haddad
Carlos Lupi
Paulo de Tarso Vanucchi
Tema | 04
Acesso em: 16 Dez. 2011.
175
Veja alguns exemplos que demonstram exatamente essa independên-
cia sintática14 do português:
Quando houver palavras subscritas, significa que você deverá fazer a expres-
são e não o sinal.
Sempre que houver uma palavra com o uso do “@” significa que poderá estar
no masculino ou feminino.
14 Procure buscar sempre as palavras aqui apresentadas através do dicionário digital já indicado
e tente fazer todas as frases para você entender melhor sua estrutura. É importante que você te-
nha um contato com surdos para obter um melhor aproveitamento. Caso isso não seja possível,
procure um surdo ou alguém que conheça as estruturas da Libras.
Tema | 04
"Quantos anos você tem?” ou “Qual sua idade?”
IDADE + EXPRESSÃO INTERROGATIVA.
“Tenho 28 anos!”
IDADE + EXPRESSÃO EXCLAMATI-
VA + 28.
Nome
177
Na estruturação das frases em libras, observa-se que há regras próprias; não
são usados artigos, preposições, conjunções, porque esses conectivos estão
incorporados ao sinal.
Nas frases positivas e negativas nem sempre terá que ser feito o sinal
e a expressão simultaneamente, pois, há sinais próprios que já implicarão no
contexto.
Tema | 04
Bom Querer
179
b) Movimento negativo com a cabeça, simultaneamente à
ação que está sendo negada.
Neste caso acima, são feitas duas expressões ao mesmo tempo, “cara
fechada + EXPRESSÃO de NÃO” além do sinal de “DESCULPAR”.
Não quebre
Expressões Imperativas
Tema | 04
Estenda as expressões:
Expressões temporais
181
Presente (já / hoje / agora)
Tema | 04
No Ambiente Virtual de Aprendizagem você poderá conferir todas as situa-
ções de expressões afirmativas, negativas, interrogativas e exclamativas em
frases e contextos explicativos. Este é o grande momento de finalizar com um
Como já indicado anteriormente, este dicionário irá lhe ajudar e muito neste
desenvolvimento das frases. Não há como tentar aprender Libras sem buscar
o vocabulário em sinais e esta bibliografia o auxiliará justamente neste ponto.
183
Conhecer a melhor forma de ensino aprendizado é um aspecto importante
na alfabetização de uma criança surda, assim, faremos com que estas crian-
ças iniciem suas atividades educacionais precocemente sem comprometer seu
desenvolvimento pedagógico. Em possibilidades de trabalho, a importância, a
qualificação e a vontade deve superar o medo e o preconceito tanto para o sur-
do quanto para os ouvintes, tornando real a inserção no mercado de trabalho.
As condutas ligadas aos surdos e aos ouvintes garantem uma sociedade mais
inclusiva e os textos abordam todas estas particularidades. Em 2002, através
da Lei 10436, a Libras foi reconhecida a língua materna dos surdos. Apesar de
tardia, é a principal lei voltada aos surdos e a partir desta foram criados outros
decretos regulamentares. Além de aprofundar e assimilar a independência do
Português com a Libras, todo este conjunto se fecha nas expressões (frases),
determinantes para a comunicação entre o surdo e o ouvinte.
04
Para uma frase interrogativa ficar com uma ação correta em Libras deve-se
realizar um tipo de expressão facial. Descreva como seria esta expressão.
__________________________________________________
__________________________________________________
__________________________________________________
185
05
Diante das habilidades, qual das alternativas NÃO propõe uma didática
importante para o processo de ensino para surdos.
06
Quando é proposto o alfabeto manual a uma criança surda, estamos
trabalhando qual área de conhecimento?
a Alfabetização.
b Noção de espaço.
c Lateralidade.
d Coordenação motora.
e Matemática.
07
Qual das funções o surdo não conseguiria desenvolver em uma empresa?
a Embalador ou empacotador.
b Administrador.
c Cabeleireiro.
d Dentista.
e Operador de telemarketing.
a Tato.
b Olfato.
c Paladar.
d Visão.
e Audição.
09
O que reza a Lei 10.436, considerada a lei maior dos surdos e da Libras?
10
Qual é a lei dos profissionais intérpretes de Libras e quando foi regula-
mentada?
187
11
Em um contexto em Português que tenha entonação interrogativa, deve-
mos utilizar um recurso na Libras para que a frase tenha o mesmo efeito.
Que recurso é este?
a Classificadores.
b Datilologia.
c Acentuação.
d Morfologia.
e Expressão corporal e ou facial.
12
Em uma frase negativa, podemos utilizar três formas de expressar a frase
sem perder o sentido, porém, deve-se cuidar com o significado de cada
situação para empregá-las corretamente.
Para a frase: “Você não pode ir ao banheiro.” “NÃO PODE” é utilizado de
forma rude e autoritária. Como seria este trecho da frase em libras?
189
BRITO, Lucinda Ferreira. Por uma gramática da língua de sinais. Rio de
Janeiro: Tempo Brasileiro, 1995.
GLAT, Rosana; DIAS, Vera Lucia; SILVA, Valéria de A.; BRAUN, Patrícia. Edu-
cação inclusiva: cultura e cotidiano escolar. Rio de Janeiro: 7letras, 2007.
191
RAMOS, Jorge. Perigos do uso de tóxicos. São Paulo: CERAVI, 1983. 1 vide-
ocassete (30 min),VHS, som., color.
RUSSO & SANTOS. Audiologia Infantil. 3.ed. Amp. Recife: Cortez. 1989.
SACKS, Oliver. Vendo vozes: uma viagem ao mundo dos surdos. Tradução
Laura Teixeira Motta. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.
WARREN, Rick. Uma vida com propósitos: você não está aqui por acaso.
Tradução James Monteiro dos Reis. São Paulo: Vida, 2003.