Você está na página 1de 116

Dinâmica das Máquinas - José A.

Riul

UNIDADE I

Equilíbrio Estático e Dinâmico


nl
(p.flnClyJi.O.
,.. a 1na '\.
~,e D'Al \,.;ill'-/\.Irt
rl J
P111 J
~ÁÀ-Ã

Mecanismos Planos, sem e com


atrito, Forças em Engrenagens, em
Correias e em Freios.

1
Dinâmica das Máquinas - José A. Riul

1.1 - Equilíbrio Dinâmico de um


Corpo Rígido: Princípio de
D' Alemoert
. 1i "1

Considere o corpo rígido mostrado


na Figura 1.
i:1 Corpo Rígido
.
/ .A./ .

( c;.1" ~- ~~... ~ I
\\ ~~ i~'"
rN~-.:-rt
l
\ G~
-:- j
)

\ N~~3 \ HG)
Fn ~
Figura 1 - Corpo Rígido

UE'J;--; 'l'b@-ri·A··dr
nquIJ.l fIO L., lnarnlCO O \.../orpo
Rígido mostrado na Figura 1, é
2
Dinâmica das l'IfáquinGis - José A. Riul

realizado utilizando-se o Princípio


.' .A..

de D'Alembert dado pelas


equações (1) (2) .. e
(1)

onde:

~ - forças externas aplicadas ao


corpo;
l--- 1,2 ,j....,
-+-
n-,
,...;;.,.......
..

te - variação
da quantidade de
lTIovimento do baricentro do corpo;
Dinâmica das Máquinas - José A. Riul

LM G- somatório dos momentos


provocados pelas forças externas;
~

li G - variação do momento

angular do baricentro do corpo;


I - I-ésima partícula do corpo;
I == A, B, C,
00.0, N;
G - baricentro do corpo;
'0 - vetor posição da -ésima I
partícula do corpo.

4
Dinâmica áas Máquinas - José A. Riu!

I ..2 - E qUI91'1IOflO
" Dln,lmlCO
~ 9 A d e um

.Corpo Rígido em Movimento


Plano: Princípio de D'Alembert

Para o corpo rígido em


movimento plano, tem-se de (1) e
(2), (como mostrado na Figura 2):

5
Dinâmica das Máquinas - José A. Riul

F..
19ura r-í
L - L.OrpO
t"'\ Rr•191d0-

Equilíbrio Dinâmico
onde:
--o ';: ". "1

ln -- massa ao corpo;
aG = aoxl + GGY J - aceleração do
centro de massa do corpo;
GZ I- momento de inércia
"J~~ricêntrico) em· relação a -ool
..•. .';." /.

eixo normal.. ao plano


...L
do
6
Dinâmica dás I\fáquinas - José Ã .. Riu]

. .

mOVImento
baricentro do corpo;
--'-
~ 1 ...... . .
a == aK - aceleraçao al1guiar ao
f"isJ' . .•.•• '1

corpo no plano;
m.ae - força efetiva; .
I ezã - conjugado efetivo;
z,],k- Base Olionormal.

Partindo das equações (3) e (4),


tem-se:
11

I~ -m.ae-O
i ==1
(5)
/
11-
sUl \
....- ""

\ /

OU· ,
7
Dinâmica das Máquinas - josé Á. Riu/

L~+F~=O I)
('7.....
i==l

'lQG+J\lT==O
~ .1 (8)
---"-

com: DI
.1' ==
-'"-
-m·QG (9)

(10)
onde:

F~= -m.aG - força de inércia;


lvf] = -IGZã- conjugado de
e r •
lnerCla.

POlianto~ O Equilíbrio Dinâmico de


, A.

um corpo
r'i. RI' "r1.
,-lgluO em lTIOVlmento "J

plano é realizado através das


equações (3) e (4), representadas
8
pela Figura 2, ou das equações (7)
e~(8j~.-:reDresentaaas
1 pe a ~ 19ura 3 .
l"...,a

Tais equacões são resolvidas


..L ~

vetorialmente.

- li
- .f\

v
/1 I
/_1 _~."...
,,/
I j/

Figura 3 - Corpo Rígido-


Equilíbrio Dinâmico

9
Dinâmica das Máquinas - José A. Riul

Observacões:
.')

a) Se o movimento do corpo é
translação pura, então a=O e suas
forças efetivas reduzem-se a m.liG;
b) Se o movimento do corpo é
rotação baricêntrica, então GG=O e
suas forcas efetivas reduzem-se
:)
a

10
Dinâmica das Máquinas - José A. Riul

1.3 - Equilíbrio Estático de um


Corpo RJgido

Partindo-se das equações (3) e (4)


ou das equações (7) e (8), e
considerando que o . corpo
--- - está
parado ou em . movimento
uniforme, chega-se às equações
para realização do Equilíbrio
Estático de um Corpo mostradas
abaixo (Figura 4).
n

I~
i-I
=R=ü (11)'. /

í 1L
I') '\I
!ll Il
\ JL J

11
Dinâmica das Máquinas - José A. Riul

= O

Figura 4 - Corpo Rígido -


Equilíbrio Estático

12
Dinâmica das jiiláquinas - José A. Riul

1.4 - Equilíbrio Dinâmico de um


Mecanismo 'em ]\;Iovimento Plano:
Princípio de T)'AJelnbert.

Mecanismo - Um mecanismo é
um conjunto de corpos rígidos
(peças) interligados entre si, com o
objetivo de produzir um
movimento relativodefinidoõ

o Equilíbrio Dinâmico de um
Mecanismo em J\1ovimellto Plano
é realizado através do. anlicacão , J... j;

das equações. (3) e (4) ou das


equações (7) e (8), em cada peça
dO 1mecan1SillA
· l.J..V ln!"IU-lnl·!iriA
.1..1.'"'1
..••....••.. • u-v .....
.LV-'L ~P
u"" as
__
~ ...•..1

forças de ação e reação entre as


Dinâmica das Máquinas - josé A. Riul

peças, além daquelas utilizadas no


equilíbrio dinâmico de um corpo
rígido_

n _

"L.iP =:. R =:. LG =:. rnv G =:. m -GiJ (3)


i=l ;
--"-

IMG = fIG - lGZm = IGZã (4)

IF; +FJ
i=l
=O
.
(7)

IMG +MJ - O .. (8)

14
Dinâmica das Máquinas - José A. Riul

1.5 - Equilíbrio Estático de Ulll


Mecanismo.

o Equilíbrio· Estático de um
Mecanismo é ·realizado através da
aplicação das equações (11) e (12),
em cada peça do mecanismo
incluindo-se as forças de ação e
reação entre. as .peças, além
daquelas utilizadas no equilíbrio
estático de um.corpo rígido.
n

L~=R = O
i==l
(11)

15
Dinâmica das Máquinas - José A. Riu/

1..6 -Atrito

Forças de Atrito

Considere o corpo mostrado na


Figura 5.
Corpo

Superfície Rugosa

Figura 5 - Corpo. em contato com .


SuperficieRugosa

AFigura 6, ·mostra· o diagrama de


corpo livre (DCL). do corpo da
Figura 5.
16
Dinâmica das Máquinas - José A. Riu!

--+ .-'
N .R
~

Figura 6 - DCL do Corpo


Na Figura 6 tem-se:

.p - força externa aplicada ao


corpo;
W - peso do corpo;.
N - força· .normal (reação da
superfície rugosa sobre o corpo);
F-forç'a
a . de atrito.··'..
,

17

..••
Dinâmica das Máquinas - José A. Riul

</J - ângulo de atrito.·


. .

A força de atrito é dada pela


equação (13), e o sinal· negativo
indica que ela se opõe ao
movimento do bloco ..

(13)

onde: p-coeficiente de atrito.

o equilíbrio do corpo é obtido


atrav.és da equação (14). . . .

P+W+Pa+N=O . . .
(14)

com:
18
Dinâmica das Máquinas - José A. Riul

P+W+R=O . . (16)
e,

tan(~) = Fa/N = Jl (17)

Para o corpo parado (sem


movimento relativo: entre o corpo e
o bloco);
. ,.
Jl == Jle - coeficiente de
atrIto e statIc o .
Para o corpo em movimento
(existe movimento relativo entre o
corpo e o bloco); Jl == Jlc -
coeficiente de,'atrito, deslizante ou
atritodeCoulomb, e,
Jlc< Jle (18)

19

r I
Dinâmica das Máquinas - José A. Riul

Força de Atrito Sólido

Considere o corpo elástico


mostrado na·Figura 7. Ele pode ser
representado por uma mola de
constante de rigidez k (N/m).
. . .' .

. ---
•..x.p
k
Figura 7 ~ Corpo Elástico

o equilíbrio do corpo é dado por:

(19)
20
Dinâmica das Máquinas - José A. Riul

e,
Fm =-kX . (20)

Sendo x o deslocamento do corpo.

A força da mola é chamada de


força restauradora.

Força de Amortecimento Viscoso

Considere o corpo· mostrado na


Figura 8, deslo'cando-se no interior
de um recipiente contento um
fluido viscoso . .
21
Dinâmica das Máquinas - José A. Riuf


X

Figura 8 - Corpo em Recipiente


com fluido viscoso.

o equilíbrio do COrpO·é dado por:

(21)

Fa =-cx (22)

onde:
Fa -força. amortecimento viscoso;
x - velocidade do corpo;
. . . .

22
Dinâmica das Máquinas - José A. Riul

c - coeficiente' de amortecimento
viscoso (Ns/m).

A força de amortecimento viscoso


também é . uma de força
restauradora.

23
Dinâmica das Máquinas - José A. Riul

Mecanísmo Cursar-Manivela

~\
) 500 radls
/ .I

24
· Dinâmica das Máquinas - José A. Riul

Mecanis.mo. Quatro-Barras

25
Dinâmica das Máquinas - José A. Riul

1.7 - Forças em Engrenagens

Forças em Dentes de Engrenagens


Cilíndricas de Dentes Retos
Evolventais (ECDRE).

AFigura 9.mostra duas acopladas,


onde:
CP - Circunferência Primitiva;
CB - Circunferência de Base;
LA- linha de Ação;
LC - 0203 - Linha de Centros;
() - ângulo de pressão;
P - Ponto Primitivo

26
Dinâmica das Máquinas - José A. Riul

OJ3~

.. LA
l13
CP3CB3 03
i

.'\ fi /. I '\

02 CB2\ y J32 ~\
lV2 '---./ Lx T2'---./ Ji2

Figura 9 - Forças em Dentes de


ECDRE

27
Dinâmica das Máquinas - José A. Riul

I I ." I II Ft III
I
Z --
X

Visto de A

Figura 9.a - Forças em Dentes de


ECl)RE
28
Dinâmica das Máquinas - José A. RiuJ

Se a Eng. 2 é a matara e move-se


com 0)2 constante e recebe o torque
motor
,. T 2, tem-se pelo equilíbrio
estatlCO:

1\2 + F;2 =O (23)


--'- -->..

T2 +J; x ~2= O (24)

mas,

F;2 = - ~2 cos(B)T - sin(B) J


25)

De (24) e (25), tem-se:

29
Dinâmica das Máquinas - José A. Riul

onde: t; - vetor posição de Pem


relação a O2;
f2 - raio da CP2;Fr- força radial;
Ft - força tangencial.
De (26);

(27)

como,

Potencia == Pote == Fv == F mr == Tm;


então,
T - Pot.! OJ
~ (27.a)
30
Dinâmica das Máquinas - José A. Riul

Substituindo (27.a) em (27);

mas de (25); ..

(28)

Logo,

F;2 = F;i / cos( B) (29)

F;; = F;2 s en(B) (30)

De (28) e (30);

F~ =F;i tan(B) (31)


31
Dinâmica das Máquinas - José A. Riul

e,
~2 = -F;2COs(B)T-sen(B)J 32)

e de (23);· .
~2 = -F;2 (32)

o que conclui o equilíbrio da Eng.


2.
Para a Eng. 3, tem-se pelo
equilíbrio estático:
~ --'--

F;.3 + F23 = O (33)


---"- --'--

T;e +J; x F23 =O (34)

e,
(35)
32
Dinâmica das Máquinas - José A. Riul

Logo de (33),

(36)

Resolvendo (34);

Logo,
T;e = -r3F;3 (38)

onde: ~ - vetor posição de P em


relação a 03;
r3 - raio da CP3",

33
Dinâmica das Máquinas - José A. Riul

T3e - torque necessário para o


equilíbrio estático da Eng. 3.
T 3- torque disponível no eixo da
Eng.3.

No sistema internacional:

Ft=(33000)( 12).Pot/(2.rc.t.N) (39)

r - raio da CP (in);
N - rotação (rpm);
Pot - potência (Hp);
Ft - força tangencial (lb).

34
Dinâmica das Máquinas - José A. Riul

Forças em Dentes de Engrenagens


Cilíndricas de Dentes Helicoidais
(ECDH).
Tipos de hélice de ECDH são
mostradas na Figura 10. HE indica
que o sentido da hélice da Eng. 2 é
à esquerda, enquanto queHD
indica sentido à direita.

Eng.2 Eng.3
HE HD
X

Figura 10 -. Tipos de Hélice

As forças nos dentes das ECDH


são mostradas na Figura 11.
35
· Dinâmica das Máquinas - José A. Riu/

x
-
Fa

~qJ
ZT
Visto de A

Figura 11 - Forças em Dentes .de


ECDH
Das três componentes de força,
tem-se:
36
Dinâmica das Máquinas - José A. Riul

e,

FI = T / r = Pot.l(r.m) (41)

FG = FI tan(a) (43)

onde:
Fa - força axial;
a - ângulo de hélice;
F - força total ....

Forças em Dentes de Engrenagens


Cônicas de Dentes Retos (ECDR).
37
Dinâmica das Máquinas - José A. Riul

As forças nos dentes das ECDR


estão mostradas na Figura 12.
- ---------------------------------------~ I

I
,_

I
I

I
I

I
I

38
Dinâmica das Máquinas - José A. Riul

F t (saindo..
I

da folha)

Figura 12 -Forças em Dentes


ECDR

Observa-se que:

FI = Ft tan(B) (44)

39
Dinâmica das Máquinas - José A. Riul

F; = FI sen(p) (45)

F:a = FI COS(P) . (46)

Substituindo (44) em (45) e (46);

F; =Ft tan(B)sen(fJ) (47)

Fca = Ft tan(B)cos(fJ) (48)

40
Dinâmic<;l das Máquinas. - José A. Riul

f3 - semi-ângulo do cone do
.pinhão;
Pinhão (p) é a engrenagem motora;
Coroa (c) é a engrenagem movida.
Tem-se que:
PQ
p
== _prc (50)
FrP = -FQC (51)
ptc == ptP (52)

41
Dinâmica das Máquinas - José A. Riul

1.8 - Análise de Forças em Polias/


. Correias
A

Angulo de abraçamento de correias


abertas em polias.
ri
. ~ 1 •• -

A-
,,"'. ~~

Figura 13 - Sistema Polias/Correia


Aberta.

42
Dinâmica das Máquinas - José A. Riul

Observa-se pela Figura 13 que a2 é


o ângulo de abraçamento da
correia na polia menor de raio r2, e
que a3 é o ângulo de abraçamento
da correia na polia maior de raio r3-
Portanto, tem-se: .

(53)

(54)

Do triangulo retângulo da Figura


13, tem-se:

j3=sin-1((R-r)/L) (55)

Substituindo (55) em (53) e (54);


43
Dinâmica das Máquinas - José A. Riul

a2 = 7Z" - 2.sin -1 ((R- r) / L) (56)

a3 = Jr+2.sin-1((R-r)/L) (57)

"
Angulo de abraçamento de correias
cruzadas em polias.
p

Figura 14 - Sistema Polias/Correia


Cruzada
,

44
Dinâmica das Máquinas - José A. Riul

Observa-se pela Figura 14 que a2 é


o ângulo de abraçamento da
correia na polia menor de raio f2, e
que a3 é o ângulo de abraçatnento
da correia na polia maior de raio r3.
Portanto, tem-se:

Do triangulo retângulo da Figura


14, tem-se:

f3 =sin-1((R +r)/ L) (59)

Substituindo (59) em (58);

a = Jr + 2.sin-1((R+ r)/ L) (60)


45
Dinâmica das Máquinas - José A. Riul

Análise de F orças em Correias


Planas
No transmissão de movimento de
um sistema polias/correia como
mostrado na Figura . 15, a correia
tem um ramo tenso e outro frouxo
e depende do sentido de rotação.
· . ~ - Tensão no
PobaMoVIda ./ 2 RamoFrouxo

, Polia Motora
Tt - Tensão no
·Ramo Tenso
Figura 15 - Acionamentodo·
Sistema Polias/Correia
, Plana'
46
Dinâmica das Máquinas - José A. Riul

Para a análise· de forças sobre a


correia, é isolado. um elemento
infinitesimal da correia de
comprimento" ds como .mostra a
Figura 16.

O,5d8 T
-I.
!
i

rr'2

dN.-----.
~y Q)/
"b (--

I ,...../•B
;'

.J! ~~1~\)

x T+dT

Figura 16 - Forças na Correia


47
Dinâmica das Máquinas - José A. Riul

Na Figura 16, tem-se:


dN - normal da polia na correia;
dFa - força de atrito na correia;
dF c - força centrífuga na correia;
T- tensão no ramo frouxo;
T + dT- tensão no ramo tenso.

Fazendo a decomposição dessas


forças segundo os ..eixos X e Y,
respectivamente, tem-se:

T cos(dB /2) + dFa .


(61)
- (T + dT) cos(d() 12) = O

- T s e n(d()/ 2) +dN
-(T + dT)sin(dB/2)+ d~ = 0(62)
48
Dinâmica das Máquinas - José A. Riu!

Usando em (61) e· (62), as


seguintes aproximações:

sen(dfJ /2) - dfJ/2;cos(dfJj 2) =1;


chega-se em: . .

T + dFa - (T + dT) = O (64)

- T(dB/2) + dN
- (T + dT)(dfJ /2) + d~= O (65)

mas,

dFc = dW.ali =:wds. v2 =>


g .' g. r
49
Dinâmica das Máquinas - José A. Riul

dFc = wrdt9. V2 = wv2 de


. . (67)
g r g

Substituindo (66) em (64);

dN=dTI/1 (68)

Substituindo (67) em (65);

. wv2
- T(de) +dN + . de = O=>
g

50
Dinâmica das Máquinas - José A. RiuJ

(T - WV )(dB) = dN (69)
g

Substituindo (68) em (69);

(T ~ wv2 )(dB) = dT =>


g Jl

Tr dT 2 = lJld B (70)
T, (T _ wv ) · o .
. g

Integrando (70), tem-se:

51
Dinâmica das Máquinas - José A. Riul

2 . .
1; - wv / g = eJ1a (71)
T2 _WV2/ g

onde:
Ti - tensão no ramotenso (N);
T2 - tensão no ramo frouxo (N);
w - peso da correia por unidade de
comprimento (N/m);
v - velocidade dacorreia(m/s);
g - aceleração da gravidade (m/s2);
f1 - coeficiente de atrito (...);
a - ângulo de abraçamento da
correia na polia (rad)

52
Dinâmica das Máquinas - José A. Riul

Análise de Forças em Correias em


V
Para a análise'de forças sobre a
correia V, é isolado um elemento
infinitesimal da correia de
comprimento . ds e observado a
força normal ..no plano ZY como
mostra a Figura'. 17.

T cos(dO / 2) + dFa
(72)
- (T + dT)cos(dO /2) - O

53
Dinâmica das Máquinas - José A. Riul

Corte A-A

dNsen

--r--
~I
I

x Corte B-B

Figura 17 - F orças em uma


Correia V
54
Dinâmica das Máquinas - José A. Riul

-Tsen(dB /2) + dNsin(y /2)


-(T + dT)sin(dB /2) + dFc = 0(73)

Usando em (72) e (73), as


seguintes aproximações:

. sen(dB/2) = dB /2;cos(dB/ 2) -1;

chega-se em:

T + dFa - (T + dT) = O (74)

-T(dB /2) + dN senCy /2)


-(T+dT)(dB/2)+dFc =0 (75)

mas,
dF a fldN (76)
55
Dinâmica das Máquinas - JoséA Riul

dFc = dW .a n = wds. V2 =>


g g' r
. .

dFc = wrd(). v2 = wv2 de (77)


g r g

Substituindo (76) em (74);

dN=dT1f-l (78)

Substituindo (77) em (75);

- T(de! 2) + dN sen(y / 2)
wv2
-(T +dT)(de/2) + de = o Q
.g

56
Dinâmica das Máquinas - JoséA. Riul

2
. wv
-T(de) + dN sen(y /2) + de = o
g
=>
2
WV .'
(T --)(de) == dNsen(y/2) (79)
g

Substituindo (7.8) em (79);

wv2.. dT' .
(T--)(de)= . sen(y/2):::>
g Jl .

1(T _dTwv) = 1osen(y /2) de


Tz
2 Jl

g
(80)
57
Dinâmica das Máquinas - José A. Riul

Integrando (80), tem-se:

ln(~ - wv:/ g ) _ pa /sen(y /2):=>


T2 -wv /g . .....

~ - wv2 / g = eJia/sen(y/2) (81)


T2 -wv2 / g

onde:
Ti - tensão no ramo tenso (N);
T2 - tensão no ramo frouxo (N);
w - peso da correia por unidade de
comprimento (N/m);
v - velociodade da corteia(m/s);
g - aceleração da gravidade (m/s2);
j1- coeficiente.de atrito (...);
a - ângulo de abraçamento da
correia na polia (rad);
58
Dinâmica das Máquinas - José A. Riul

r - ângulo do V da polia (rad).

1.9 - Análise de Forças em Freios


- Freio de Cinta
A Figura 18 mostra. os elementos
de um Freio de Cinta com uma
força F aplicada na extremidade
esquerda da alavanca.
OJ
1 -Estrutura Fixa
r 2
2 - Tambor de Freio
3-Alavanca
4 -Cinta ·de Freio
4 A- Articulação
A 3
c
F
\ a' \1 b I

Figura 18 ~Freiode Cinta


59
Dinâmica das Máquinas - José A. Riul

A Figura' .19 ·mostra o DCL do


tambor e da alavanca.
. .

1} T2

1] A 12 3
Fj.. \al_b_"_0_1 c F

Figura 19 - DCL do tambor e da


. alavanca
o o

Da análise' de forças no tambor,


considerando OJconstante, tem-se:

60
. .Dinâmica das Máquinas - José A. Riul

(82)

Usando a equação (71) e como a


velocidade v da cinta é nula, tem-
se:
~ pa .
-==e (83)
T;

Como .Mf e .r são conhecidos,


resolvendo o sistema formado por
(82) e (83), determina-se: TI e T2•

Da análise de forças· da alavanca,


tem-se:

'LMA = -Fi.a + F2·b - F.c = O (84)


. . .

61
Dinâmica das Máquinas - José A. Riul

De (84);

e, F é a força que deve ser aplicada


na alavanca.

onde: . .

Mf- momento frenante (Nm);


R - raio do tambor;
T 1- tensão no ramo tenso da cinta;
T2-tensão noramofroux.o da cinta;
~ - coeficiente. de atrito;
a - ângulo de abraçamento da
cinta no tambor;·
OJ - velocidade angular do tambor.

62
Dinâmica das Máquinas - José A. Riul

- Freio de Sapata.
A Figura 20 mostra os elementos
de um Freio de Sapata com uma
força F aplicada. na extremidade
esquerda da alavanca.
OJ
1 -Estrutura Fixa
r 2 2 - Tambor de Freil
.3 - A'lavanca
4 - Sapata
3
c
a
b'
F
Â
1
Figura 20 .. Freio de Cinta

A Figura 21 mostra o DCL do


tambor e da alavanca.
63
· Dinâmica das Máquinas - José A. Riul

4 3
c
a
F b
~ Jf:
fl3 .s
Figura 21 - DCL do tambor e da
alavanca·

Da análise de forças no tambor,


considerando OJ consante, tem-se:

(86)
64
Dinâmica das Máquinas - José A. Riu/

E de (86);

N . Mf Ir.f.! (87)

Da análise de forças da alavanca,


tem-se:
LMA =o=>

c.Fa - a(N23 + WJ-


(88)
(a +b)F ==- O

De (88);

F = (c.Fa -a(N23 + WS))/(a+b)


(89)

onde:
65
Dinâmica das Máquinas - José A. RiuJ

F - força aplicada na alavanca (N);


Mf- momento frenante (Nm);
r - raio do tambor;
fl- coeficiente de atrito;
OJ - velocidade angular do tambor;
N - normal entre sapata e tambor;
W s - peso da sapata

66
· ... Dinâmica das Máquinas- José A. RiuJ

1.10 - Aplicações:

67
Dinâmica das Máquinas - José A. Riul

Como se trata·. de equilíbrio


estático do mecanismo, usaremos
as equações (11) e (12) abaixo, em
cada peça do mecanismo.
n

IF; = R = O
i==l
(11)

Como existe uma força externa F


conhecida atuando. na peça 4,
inicia-se a solução por ela. A
solução das equações (11) e (12) é
vetorial,considerando-se a base
ortonormal da Figura 22.a, onde é
mostrado o DCL da peça 4.

68
.. Dinâmica das Máquinas - José A. Riul

--IIIr-

FJ4
Figura 22.a- DCL da peça 4

Usando (11) e o DCL da peça 4,


mostrado na Figura 22.a;
~ ----10.. ---... -Ã,..

~4 + F;4 + W4 + F = O (1)

Sabe-se de (1): .
(1.a)

69
Dinâmica das Máquinas - José A. Riul

~4 = F;4x1 + F;4Y J (l.b)


W4 = -m4g == -m4gj (1.c)
F = Fí (1.d)

Substituindo (l.a) à (l.d) em (1) e


.separando as . componentes
segundo os eixos Xe Y, tem-se;
. .

X: F34X + F= O (1.e)

Y: F14 + F34y-m4g= O (1.i)


De (l.e) e (I.±);
F34X = -F (1.g)

F14 - -F34y + ~4g . (l.h)


70
Dinâmica das Máquinas - José A. Riu/

o DCL da pe.ça 3 é mostrado na


Figura 22.b;

--a.. B
~3
Figura 22.b - DCL da peça 3

Usando (11) e (12), tem-se:

(2)

(l.a)
71
Dinâmica das Máquinas - José A. Riul

Resolvendo (2.a);

r3 cos(B3) ~3X

r3 sen(B3) X ~3Y

O O

r3a cas(B3) .0. . .

+ r3a sen(B3) x . .-m


.. 3g =o=>
O O

----..

r3a cos( B3 )m3g) k = O =>

F43y- (r3 sen(B3)F43x+

r3a cos(B3)m3g)/r3 cos(B3) (2.b)


72
Dinâmica das Máquinas - José A. Riul

Mas,

e de (l.g), F34X"~ -F . logo,

F43X == F (2.c)

Substituindo (2.c) em (2.b);

F43y- (r3 sen(B3)F +.


r3a cos(B3)m3g)/r3 cos(B3) (2.d)

Logo de (2.c) e (2.d);


F43 = Fi + ((r3 sen(B3)F +
(2.e)
r3a cos(B3).m3g) Ir3 cos(B3))]
73
Dinâmica das Máquinas - José A. Riul

e,
---.. ---..

~4 = -F43 =>
-(Fi + ((r3 sen(B3)F + (l.I)
r3a cos(B3).m3g) / r3 cos(B3 )))]

De (2);
---.. ---..---..

F23 = -W; - F43 =>

F23 = Fi + ((r3 sen(B3)F +


r3a cos(B3).m3g)/ r3cos(B3) (2.g)
---..

+m3g)j

De (1), usando (2.e), (l.c) e (l.d);

74
Dinâmica das Máquinas - José A. Riul

---.. ---..

~4 = -(Fi + ((r3 sen(B3)F +


r3a COs(03)·m3g)/r3 COS(03)))] +
---.. ---..

m4g;· + Fi => ...

~4 = -((r3 sen(B3)F +
r3a cos( °3).m3g)/ r3 cos( °3))] (2.h)
---..

+m4g;·

o DCL da peça 2 é mostrado na


Figura 22.c;

--111-

FJ2

75
Dinâmica das Máquinas - José A. Riul

Figura 22.c- DCL da peça 2


Usando (11) e (12), tem-se:

F;.2 +.w; + F;2= O (3)

(3.a)

Usando o resultado de (2.g), tem-


se:
--"- -->o.

F;2 = -F23 (3.b)


Resolvendo (3.a); :

76
Dinâmica das Máquinas - José A. Riul

r2 cos(82) F;2X O

r2 sen(B2) X F12Y + O --o· -----:


...

O
O 1;

.....•.•...

+ T2)k = O :::>

T2 = (-r2 cos(B2)F32y

+ r2 sen(B2)F32X ) (3.c)

e, T2 - 1;k (3.d)
. W2 =-m2gj (3.e)
Substituindo o resultado de (3.b) e
de (3.e) em (3)" obtém-se:
77
Dinâmica das Máquinas - José A. Riul
---'o.. ---"----'o..

P',,2 = -~ - F;2

E assim conclui-se o problema.

Ex. 2 - Ge"ometria do Movimento


do MecanismoCursor - Manivela

A Y
83 r"
. 3 Z X
B

Figura 22.d - Polígono de Vetores


do Cursar-Manivela

(1)

78
Dinâmica das Máquinas - José A. Riul

De (1);
r2 cos(02)T + r2 sen(02)J +
~ ~ ~ (2)
r3 cos( (3)i + r3 s en(03)j = rEi

Separando as componentes de (2),


segundo os eixos X e Y;

79
Dinâmica das Máquinas - José A. Riul

rB = r2 cos( ()2) + r3cos(()3) (6)


e, substituindo o resultado de (6),
-->o.
-->o. •

tem-se: ·r· B =r B1 (6.a)

Ex. 3 - Faça o equilíbrio estático


do mecanismo cursor-manivela,na
posição mostrada na Figura 22,
com a peça 2 como matara e
determine: Fi4,F;4,Fi2eT2 (torque
necessário para o equilíbrio
estático da peça 2). Dados: G2A
f2 == O" 3 m AB -' f3 - O"7 m-AG3 ==
r3a = 0.3 m; m2 - 3,0 kg, m3 = 4,0
kg, m4 = 2,0 kg,F - 500 N e
B2 =30°.

80
Dinâmica das Máquinas- José A. Riul

Para 82 = 30° tem..se de (5) do Ex.


2:

B3 - sin-1(-r2 sen(B2)/ r3) =


sin-1(-0.3sen(300)/0.7) - (1)
-12.4°

De (l.c) e de (l.d) do Exemplo 1;

W4 = -m4g - -:-2(9.8)} =-19.6J (2)


P=Fl=500{·· (3)
De (l.g);
F34X == -F == -500N (4)

~ = -m3g = -4(9.8)J = -39.2J (5)


81
Dinâmica das Máquinas - José A. Riul

De (2.c) e (2.d);

F43X == F == 500N (5)


F43y== -93.1 N (6)
De (5) e (6);
F43 = 500r - 93.1J (7)

e,

F;4=-500r + 93.1J (8)

DE (2) do Exemplo 1;
~ ~ ~

F23 = -W; - F43 =


39.2J - 500r +93.1J = (9)
- 500r + 132.3J .

82
Dinâmica das Máquinas - José A. Riul

Logo,
F;2 = -F23 = 500r ~ 132.3J (10)

DE (1) do Exemplo 1;
~ ---llo..- ----... ---.:..

F;.4 = - F;4 - ~ - F =
500r -93.1]+39.2J -500r =>
~4 = -53.9J (11)
W2 - -m2g = -3(9.8)J = -29.4J (12)

De (3) do Exemplo 1 e de (12);


--->.. ------------

F;2 = -~ - F;2 =>

~2 - -500r + 132.3J + 29.4J =>


~2 = -500r + 1~1.7J (13)
83
. Dinâmica das Máquinas - José A. Riul

E, de (3.c) do Exemplo 1;
T2 - 41.7 Nm e T2 = 41.7k

Ex. 4 - AnáliseCinemática do
. Movimento do Mecanismo Cursor
Manivela: Faça a análise
cinemática do mecanismo cursor-
manivela considerando que a peça
2 gira com velocidade angular
constante; 0)2, no sentido anti-
horário e· detennine: a3,aBeaG3
Dados: G2A == f2 , AB - r3;
AG3 = r3a e e20

84
Dinâmica das Máquinas - José A. Riul

G2
1 1
Figura 22.e - Análise Cinemática

No Ex. 2 foi .analisada a


Geometria do Movimento do
Mecanismo Cursor - Manivela,
onde obteve-se: ..

e,

85
Dinâmica das Máquinas - José A. Riul

Usando equação de velocidade


relativa, a análise de velocidade é
efetuada, como. segue:
---"- ---"- ---"-

VBA - Vn - VA =>
---"- ---"- ---"-
(3)
VB=VA+VBA

onde:
Vn = VEl (3.1)

VA = o\x~= úJ)Zx[r2(cos(B2)1 +
--"-

r2 sen(B2)j] =>

VA = ~r2úJ2 sen(B2)T +r2úJ2 cos(B2)]


(3.2)

86
Dinâmica das Máquinas - José A. Riul

~ ~ ---.

VBA = tô3XJ; = lü3kx(r3 (cos(l13)i +


r3 sen(l13)]] =>
VBA = -r3úJ3 sen(l13)z + r3úJ3 COS(()3)]
(3.3)
Substituindo (3.1), (3.2) e (3.3) em
(3) e separando as componentes
segundo os eixos X e Y;

X:
VB = -r2úJ2 sen(()2) - r3úJ3 sen(()3)
(3.d)
Y: O = r2úJ2 COS(()2) + r3úJ3 cos( ()3 )
(3.e)
De (3.e);

87
Dinâmica das Máquinas - José A. Riul

Substituindo o resultado, 0]3, de


(3.f) em (3.d), juntamente com r2,
82, r3, 83 e OJ2 obtém-se VB.
Usando equação de aceleração
relativa, a análise de aceleração é
efetuada, como segue:
li BA == li B - li A =>
(4)
aB == aA + aBA
onde:
(4.1 )
--JIo,. --....... n t ---:llo.. I . --.-.... -.100.. ----*o... ..-....

aA + a A == OJ2xOJ2xr2 + a2xr2
== aA ==

m2kx[V AXT + VAy )J] + Ox~ =>

aA = -úJ2VAyl + ,OJ2V AXJ (4.2)


88
. .. Dinâmica das Máquinas - José A. Riul

De (3.2) e de (3.3);

VAX = -r2OJ2sen(B2)
(4.3)
VAy = r2OJ2 cos(B2)

VBAX = -r3OJ3.sen(B3)
(4.3.a)
VBAy = r3OJ3 cos(B3)

---:Ilrr.. -----...n ~t ~ --ao... ~. ~ ~

aBA == aBA + aBA == OJ3xOJ3xr3 + a3xr3 ==

w)êx[VBAXl + VBAy )]] + a3x1j =>


--.... --->.

ãBA = -OJ3VBAyi -tOJ3VBAX j +


-r3a3 sen(B3)T + r3a3 COSCB3)] => . .

89
Dinâmica das Máquinas - José A. Riul

Substituindo (4.1), (4.2) e (4.4) em


(4) e separando as componentes
segundo os eixos X e Y;

X:
GB = -(úJ2VAY + úJ3VBAY + r3a3 sen(B3))
(4.5)
Y: O = úJ2VAX + úJjVBAX+ r3a3 cos(BJ
(4.6)
De (4.6);

a3 =: -úJ2V AX - úJjVBAX / r3 cosC(3)


(4.7)
90
· Dinâmica das Máquinas - José A. Riul

Substituindo o.. resultado, U3, de


(4.7) em (4.5), juntamente com r3,
()3 , úJ2, úJ3, VAye VBAyobtém-se aB,
e de (4.1), tem-se: aB . (4.7.a)
A aceleração de G3 é dada por:

(5)

De (4.2);
liA =-úJ2VAyl +úJ2VAX]. (5.1)

e,
--..... ~·n .--...·t .~ ---.. .---lIo.. .... ---:..... .--:a....

aG]A = aG]A + aG,A = úJ3xúJ3xr3a + a3xr3a


= úJ/(x[VGAxt+ 3 .
VGAy)]]
3
+ lX3 xJ; a =>

91
Dinâmica das Máquinas - José A. Riul

GG3A = ~(úJ3VG3AY + r3aa3 sen(lJ3))1


+(úJ3VG 3 AX + r3aa3cos(B3)]
(5.2)

e,

Substituindo (5.1) e (5.2) em (5);

-(úJ2VAY + úJ3VG3AY + r3aa3 sen(B3))1


+(W2VAX + úJ3VGAX + r3aa3 cos(B3»]
.
3
.
.
.

92
Dinâmica das Máquinas - José A. Riul

(5.4)
ao x
3
= -(úJ2VAY + úJ3VOAY
. '.' . 3.
(5.4.a)
+r3aa3 sen(B3))

(5.4.b)

Exemplo 5 - Faça o equilíbrio


dinâmico do mecanismo curSOf-
manivela, considerando que a peça
2 é a motora e gira com velocidade
angular constante; (02, no sentido
anti-horário .... e. determine:
1\4,F;4,1\2eT2 (torque necessário
93
Dinâmica das Máquinas - José A. Riul

para o equilíbrio dinâmico da peça


2). Dados: G2A= [2, AB - r3, AG3
= r3a, m2, m3, IG3z,m4, F, ()2' (02·
A

G2
1 1
Figura 22 - Cursor-manivela

Como se trata .de equilíbrio


dinâmico do mecanismo, usaremos
as equações (7) .e (8) abaixo, em
cada peça do mecanismo.
n

'\2p
~.

i=l
+F 1 I· = O . (7)
IMe +M] =0 (8)
94
Dinâmica das Máquinas - José A. Riul

Como existe uma força externa F


conhecida atuando na peça 4,
inicia-se a solução por ela. A
solução das equações· (7) e (8) é
vetorial, considerando-se a base
ortonormal da Figura 22.f, onde é
mostrado o DCL da peça 4.

y
.
----

~J
k .
..•
1 x
--. Z
FJ4
Figura 22.f- DCL da peça 4

95
Dinâmica das Máquinas - José A. Riul

Usando (7) e oDeL da peça 4,


mostrado na Figura 22.f;

Sabe-se de (1):
~4 = Fr4J . (l.a)

(l.b)
W4 = -m4g - -m4iJ (l.e)
F=FT (l.d)
(l.e)
Com aB determinado de (4.5) no
Ex.4.

96
Dinâmica das Máquinas - José A. Riul

Substituindo (l.a) à (l.e) em (1) e


separando as componentes
segundo os eixos X e Y, tem-se;

Y: F14 + F34y +W4 == O (l.g)


De (1.i) e (l.g); .
(l.h)

(1.1)

o DCL da peça 3 é mostrado na


Figura 22.g;

97
Diriâmicadas Máquinas - José A. Riul

143

Figura 22.g -DCL da peça 3


Usando (7) e (8), tem-se:

e, de (5.4.a) e (5.4.b), do Ex. 4;

IMA+ML=O.· .)
..
98
Dinâmica das Máquinas - José A. Riul

r;xF43 + J;ax(Jf; + FI, ) + MI, = O (3)


Resolvendo (3);

r3cos(03) ~3X

r3sen(03) X F·43Y .

O O

r3a cos( °3) . -m3QGX3

+ r3asen(03)
O O

+Mh ==o=>

(r3cos(03)F43y - r3sen(03)F43X-
r3acos(03)m3(g+aG3z)+

99
Dinâmica das Máquinas - José A. Riul
--..... --.....

r3a sin( 83)m3aG3X) k - Io3za3k == O


. .

F43y= (r3 sen({)3)F43X+

r3a cos( ()3)mJ(g+aG3Y)-

r3a sen({)3)m3aG3x)+IG3za)/

r3 COS({)3)

(3.a)
Mas,

. .

e de (l.h), F34X =·-F+ m4aB logo,

(3.b)

Substituindo (3:b) em(3.a);


100
Dinâmica das Máquinas - José A. Riu!

F43y= (r3 sen(83)(F - m4aB) +

r3a cos(83)m3(g+aG3Y)-

r3a s en( 83)m3aG3x))/r3 COs(83)

(3.c)
Logo de (3.b}e (3.c);
(3.d)
e,

(3.e)
De (2);

De (1);
~ .

101
Dinâmica das Máquinas - José A. Riul

~4 = -(F;4 +~. +1' +F[) 4


(3.g)

o DCL da peça 2.é mostrado na


Figura 22.h;
A" ""

--...
U2
Figura 22.h- DCL da peça 2

Usando (7) e (8), tem-se:

102
Dinâmica das Máquinas - José A. Riul

(5)

Usando O resultado de (3.f), tem-


se:
(5.a)
Resolvendo (5);
r2 cos(B2) ·F;2X o

r2 sen(B2) x F;2Y + O =0=


O O 1;

103
Dinâmica das Máquinas - José A. Riul
---"'-

+ T2)k == O =>.

T2 = (-r2 eos(B2)F32y .

+ r2 sen(B2)F32X) (5.b)

e, 12=T/i (5.e)
W2 =-m2fff (5.d)

Substituindo o resultado de (5.a) e


de (5.d) em (4), obtém-se:

com:

104
Dinâmica das Máquinas - José A. Riul

Exemplo 6 - Elabore um programa


computacional no Matlab e faça o
equilíbrio dinâmico do mecanismo
cursor-manivela, para um ciclo do
movimento, considerando que a
peça 2 é a motora e gira com
velocidade angular· constante; úh,
no sentido· anti-horário e
determine: ~4,F;4'~2ef2 (torque
necessário para o equilíbrio
dinâmico . da . peça 2).
Dados: G2A==f2. -0,3 m, AB == f3 ==
0,7 , AG3 - r3a '. 0,3· m, m2 - 2,0
, ··2
kg, m3 = 4,0 kg, Io3z = 0,3 kgm ,
m4 = 3,0 kg, F - 3000 Ne úh = 20
rad/s.

105
Dinâmica das Máquinas - José A. Riu/

A solução do Ex. 6 é composta


de quatro partes: ..

1) Entrada de dados;

2) Geometria do Movimento do
Mecanismo - Equações: (5) e
(3) do Ex. 2;

3) Análise Cinemátic a do
Mecanismo - Equações: (4.3),
(3 .f),(4.3 ~a),(3.d),(4.2),(4.7),
(4.5), . (5.3),(5.4.a)e (5.4.b) do
(Ex. 4);· .
4) Análise .Diâmica .do Mecanismo
-Equações:

106
· Dinâmica das Máquinas - José A. Riul

(l.c ),( l.e ),( 1.h),(2.a),(3 .a),(3 .f),(


l.i),(5.a),(5.c) e (5.e) do (Ex. 5).

Listagem do Programa

% Dados de Entrada

r2 == 0.3;
r3 == 0.7;

r3a== 0.3;
m2 == 2.0;
m3 ==4.0;
m4 == 3.0;
ig3z= 0.3;
omega2 = 20.0;
g = 9.8;
f== 3000· ,
107
Dinâmica das Máquinas - José A. Riul

0/0conversão de graus para


radianos e vice- versa .

rd = pi/180.0; .
gr = l/rd;

i == ,
1-

for teta2 == o: 1:360

% geometria do movimento
. .

teta2 teta2*rd;

teta3 = asin((-r2*sin(teta2))/r3);
rb = r2*cos(teta2)+r3*cos(teta3);

108
Dinâmica das Máquínas - José A. Riul

teta2v(i)==teta2*gr; .
teta3 v( i)=teta3 *gr;
rbv(i) == rb;

% analise cinemática

vax = -r2*omega2*sin(teta2);
vay = r2*omega2*cos(teta2);

. omega3 = (-'
r2 *omega2 *cos( teta2) )/(r3 *cos(tet
a3));

vbax = -r3*omega3*sin(teta3);
vbay - r3*omega3*cos(teta3);
vb == vax + vbax;

109
Dinâmica das Máquinas - José A. Riul

aax == -omega2*vay;
aay = omega2*vax;

alfa3 = -(omega2 *vax +


omega3 *vbax)/(r3 *cos(teta3));

ah = -(omega2 *vay +
omega3*vhay +
r3 *alfa3 *sin(teta3));

vg3ax . -
r3 a* omega3 *sin( teta3);
vg3ay == ...

r3a *omega3 *cos(teta3);


ag3x = -(omega2 *vay +
omega3*vg3ay + .
r3a*alfa3 *sin(teta3));
~

110
Dinâmica das Máquinas - José A. Riul

ag3 y . (omega2 *vax +


omega3 *vg3ax +.
r3a*alfa3 *cos(teta3));

alfa3v(i) - alfa3;
abv(i) = ab;
ag3xv(i) ==ag3x;
ag3yv(i) = ag3y;

% analise dinamica

w4 = -m4*g;
fi4 == -m4*ab-,
f34x == -f - fi4-,
..

f43x == -f34x;.
111
Dinâmica das Máquinas - José A. Riul

fi3x = -m3*ag3x;
fi3y = -m3 *ag3y;

f43y = (f43x*r3*sin(teta3) +
r3a*cos(teta3)*m3*(g+ag3y) -
r3a*sin(teta3)*m3*ag3x +
ig3 z*alfa3)1 (r3 *cos(teta3));

f34y == -f43y;

w3 - -m3*g;

f23x == -f43x - fi3x·,


. .

f23y = -f43y -fi3y -w3;

f14 = -f34y - w4; /

112
Dinâmica das Máquinas - José A. Riul

f32x == -f23x·,
f32y = -f23y;

t2 = -r2*cos(teta2)*f32y +
r2 *sin(teta2) *f3 2x;

w2 - -m2*g;

f12x == -f32x·,
f12y = -f32y - w2;

t2v(i) = t2;
f14v(i) = f14;
f34xv(i) == f34xo; o

f34yv(i) = f34y;

113
i == ,
i+ 1-
end

0/0 Resultados .Gráficos

figure(l)
pIot( teta2v, teta3 v) ;grid

figure (2)
p lote teta2 v ,rbv); gri d

figure(3)
plot( teta2v ,alfa3v) ;grid

figure (4)
plot(teta2v,abv) ;grid
figure(5)
plot(teta2v,ag3xv);grid

114
Dinâmica das M{fq~inas - José A. Riul

:qgure(6)
plot( teta2v ,ag3yv) ;grid

figure (7)
p loteteta2v, t2v) ;grid

figure(8)
plot(teta2v,f14v);grid

figure(9) ·
p loteteta2v,f3 4xv) ;grid

figure(lO)
plot( teta2v ,f34yv);grid

115

Dinâmica das Máquinas - José A. Riul


Dinâmica das Máquinas - José A. Riul

30

20

~ 10
~
-3
CU

~ O
CU
"O
o
'5
«g> -10

-20

-30
O 50 100 150 200 250 300 350 400
AnguJo da Mani\€la (graus)
A A

Figura 1 - Angulo da Biela em função do Angulo da


Manivela
1500

1000

o ..-
(LL
m<.r
j)
'CU
o:::
500
o
'<t
-500
~

-1000

-1500
o 50 100 150. 200·· .250 300 350 400
Angulo da Manivela (graus)

Figura 8 - Reação
A da.Estrutura
. no Cursor em
função do Angulo da Manivela
116

Você também pode gostar