A universidade é o lugar onde somos convidados a conhecer de modo mais profundo
uma parte da realidade. É aí que nos é exigida uma pesquisa mais séria, que surge um diálogo mais informado, ou que nasce uma natural unidade entre estudantes e professores na paixão partilhada pela procura da Verdade. Nesse sentido, o diálogo, o confronto de opiniões é de uma enorme importância. Basta olhar para a história das universidades e o seu papel na sociedade para perceber que a actividade científica académica é o motor de qualquer cultura. No entanto, nas chamadas questões fracturantes, assiste-se a uma progressiva timidez em ir contra a opinião da maioria, mesmo nas universidades, onde este debate deveria ser aberto e livre de preconceitos. Ora, o facto de ser promulgada uma lei, seja por referendo, seja por maioria parlamentar, não nos demite de pensar, de ter um olhar crítico. Aliás, numa democracia essa é a obrigação de qualquer cidadão! Sabemos que não está na moda ter ideais…ou melhor, até os queremos, mas para o vizinho do lado. Todos certamente já ouvimos, expressões como: “As pessoas realmente são muito desonestas” ou “ isto é horrível, não sei como há pessoas assim!” O ideal tornou-se numa espécie de negação do que é, obviamente, mau. Todos conseguimos ficar indignados com notícias de raptos e violações, mas se nos perguntam o que é o Bem ou qual o ideal de conduta, a resposta é simples e rápida “ hum, isso é muito relativo”. Por isso, acabamos por andar à mercê do mal menor. Ou seja, queremos uma sociedade verdadeiramente democrática, mas como é uma chatice ouvir os políticos, é mais fácil nem pensar e não votar. Queremos que nenhuma mulher aborte, mas como há mulheres que o fazem, já agora que o façam com o maior conforto. Queremos que não haja pessoas toxicodependentes, mas já que as há, damos-lhes seringas limpas e desinfectadas. Hoje, olhamos assim, desistimos da felicidade do Homem em nome da sua saúde. Claro que uma vida saudável é determinante para uma vida feliz, mas será tudo? A condição absoluta? Cremos que não. Olhando para a História, e não é preciso sequer sair da História do nosso país, vemos que o que move o Homem, o que move a sua humanidade, é sempre um bem, um ideal de justiça, de beleza e de bondade. Nunca um mal menor. A Vida Universitária é uma associação pró-vida, defende a dignidade da Vida Humana desde a sua concepção até à morte natural, bem como os direitos da mulher e da família. A defesa da vida e da família não está na moda, não porque seja errado, mas porque -como qualquer ideal – é difícil. A vida tem, para todos, imensas dificuldades, e certamente que as de saúde nem sempre são as mais graves. Mas, ter a lata de dizer que vale a pena viver em qualquer circunstância é, no mínimo, incómodo para o mundo de hoje, que está convencido de que precisamos de um mínimo de conforto para sermos felizes. Tentaremos, através da publicação da newsletter que iniciamos este mês, ser uma ajuda, um veículo de informação sobre estes temas relacionados com a vida e a família.