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ESCOLA BÁSICA DOS 2.º E 3.

º CICLOS DA TORRE

ALCUNHAS

Trabalho Interdisciplinar de História e Aplicações Informáticas – 8.º D


Profs. Alzira Garcia e Ana Paula Augusto
Ano Lectivo: 2008/2009
As alcunhas ou os
apelidos aplicam-se mais
a pessoas singulares,
mas não raras vezes,
elas também se referem
a populações e na sua
génese há quase sempre
uma determinada
particularidade que se
individualiza, seja ela de
natureza sócio-cultural
ou económica, seja ainda
Os Habitantes devido  a acontecimentos
de Porto Santo marcantes.
são
conhecidos
como
“Profetas”.
Os habitantes do
Caniçal são
conhecidos pelos
“burreiros”.
Os habitantes de Câmara de Lobos têm
várias alcunhas:
- Xavelha (termo ligado a uma
embarcação com o mesmo nome);
- Charnota ou Chernota (deriva do nome
que os pescadores colocavam aos
chernes pequenos);
- Tangerino (relacionado com Tânger,
talvez os primeiros habitantes ou
pescadores da zona).
Os habitantes do Estreito de
Câmara de Lobos são
conhecidos pelo epíteto de
Faquistas, talvez devido à
tendência para a utilização de
facas e navalhas em rixas que
surgiam entre a população.
Outra designação é a de
Fumeiro, devido ao nevoeiro
que afectava a localidade ou à
actividade de uma carvoaria aí
situada.
Os habitantes de
Curral das Freiras
são conhecidos
pela alcunha de
“Cabreiros”,
devido às origens
da população que
se dedicava à
pastorícia.
TOPÓNIMO
S
Machico: este topónimo pode ter tido origens
diversas.
Uma das hipóteses prende-se com a lenda de Machim.
Outra, diz que os primeiros navegadores e descobridores ao avistarem o
profundo e lindíssimo vale de Machico, poder-se-ão ter recordado do
verdejante Monchique do reino do Algarve!
Machico será a corruptela de Monchique?
Jamboto é corruptela de João Boto, antigo
povoador. A origem medieval dos Boto está
verdadeiramente por investigar. Mas os elementos
recolhidos em fontes primárias, conjugados com as
informações bibliográficas mais credíveis, levam-
nos a crer que se trata de uma família nobilitada
no século XV, muito embora se encontrem
indivíduos deste nome pelo menos desde meados
do séc. XIII.
nome deriva do primitivo engenho de
moer cana-de-açúcar. O lugar, onde se
situava o trapiche (o engenho), passou
a designar-se pelo sítio do Trapiche.
Neste, foi construída uma Quinta com
mesmo nome (Quinta do Trapiche),
com casa de campo e capela anexa,
dedicada a Santana (Santa Ana) e São
João, edificada no ano de 1814 pelo seu
proprietário, o Sargento-mor João
António de Gouveia Rego. Foi nesta
Quinta que, no ano de 1923, os
«beneméritos Irmãos de São João de
Deus estabeleceram um hospital de
alienados», com o nome de Casa de
Saúde do Trapiche ou Casa de Saúde
de São João de Deus, segundo o
Elucidário Madeirense.
Jangão, sítio da Freguesia da Ponta do Sol, sede do
antigo morgadio do Vale da Bica, instituído em 1522
pelo flamengo João Esmeraldo.
Terá a sua origem em vocábulos africanos ou indianos,
trazidos por escravos? Do vocábulo Jangão, tudo leva a
crer que tenha relação com o vocábulo Jangal (floresta
selvagem, selva, mata densa, ou simplesmente, local
deserto ou ermo), ou jangaz (indivíduo muito alto e
desajeitado, jangana)?
Poiso: segundo se consta
seria o local onde os
homens paravam para
descansar das suas
caminhadas que ligavam o
norte ao sul da ilha.
Atalaia é um termo que vem do árabe (at-talai’a), significa «torre ou lugar de
vigia». Os lugares de vigia ou atalaias, também conhecidos por fachos ou
almenaras, incorporavam o sistema militar de vigilância e defesa das ilhas,
designado por vigias. O espaço geográfico madeirense, ainda guarda na sua
toponímia os locais onde se montavam esses postos de vigilância.
Assim, pelo topónimo ATALAIA são conhecidos: o Pico da Atalaia nas Ilhas
Selvagens
Sítio da Atalaia ou
Portinho (Caniço)
Pico do Castelo, Pico do Facho, Pico da Atalaia ou Gandaia
AREEIRO - O termo areeiro no vocabulário popular madeirense,
significa lugar ou local onde existe um depósito de areão ou uma área
de terreno areento, conforme define o Padre Fernando Augusto da
Silva. Assim, um areeiro na Madeira é um aglomerado ou depósito de
piroclastos, provenientes de erupções vulcânicas explosivas. Estes
materiais piroclásticos, por vezes, encontram-se alterados e
argilificados pela acção dos agentes erosivos (chuva, granizo, neve,
etc.). Os locais ou lugares de concentração destes piroclastos, são
denominados pelos madeirenses com o topónimo de AREEIRO.
Pico do Areeiro
Pico do Cedro, Pico do Cidrão, Pico Grande, Paúl da
Serra
Chão do Areeiro
Curral das freiras:
segundo conta o povo, em
tempos muito antigos, as
freiras terão sido
perseguidas e estas fugiram
através dos montes,
acabando por se instalar
nesse local, hoje designado
“Curral das Freiras”.
Boca dos Namorados: local
onde os namorados, de tempos
idos, se encontravam.
Terreiro da Luta:
conta o povo, que no
tempo, onde não
havia juízes, os
homens vinham até
aqui, para
resolverem as suas
divergências.
Câmara de
Lobos: tem
origem, no facto,
de existirem
muitos lobos
marinhos, nesta
área, há muitos
anos atrás.
Fonte Frade: não se sabe quando, um dos
frades do convento de São Bernardino, em
Câmara de Lobos, apaixonado por uma
donzela, ter-lhe-á feito um filho.
Quando o seu pecado foi descoberto, foi
expulso do convento e refugiou-se com a sua
amada, nas serras do Estreito de Câmara de
Lobos, num lugar isolado e longe do povoado.
Constituindo a água um bem indispensável à
sobrevivência do homem, o frade haveria de
construir o seu refúgio junto a uma nascente
Ribeira Brava: porque quando os descobridores aqui
chegaram a ribeira levava muita água e apresentava-se
revolta.
PLANTAS MEDICINAIS–A CULTURA DE UM
POVO
Ab óbor a: é ef ica z na exp ulsã o da tén ia ou
Um a sol itá ria.
alim en taçã
o sau dável
dev e
in cluir
vegetais e
fr utas.
Mas,
talv ez, n ão
saiba s q ue
muitos
desses
vegetais e
fr ut as têm
out ras
util idad es.
Or a,
ob serv a:
Alf avaca: indicada para in fecções pul mon ares,
ar tr ites, br on quit e, cá lcu lo ren al e da ves ícul a,
can cro, problem as ur in ários, pedra no rim ,
tum or es, úlcer as.
Aven ca: po dem os usar as suas folh as,
em ch á ou em rebu çado s. Emolien te.
Bál sam o (de can udo) : o seu su co é usado
nas inf lam ações oc ular es.
Agri ão: com açúcar e aq uecido no
for no é muito usado para com bat er as
tosses e doen ças pulm onar es.
ARRUDA

Ela é usada para aum en tar a resi stên cia dos vasos
san guí neos , ev itan do rup tur as e, por isso é indicada no
tr atam en to con tr a var iz es. Pop ular mente, o seu uso é
in dicad o par a rest ab el ecer ou au ment ar o fl ux o menst rual e,
tam bém , para com bater ver mes. O az eite de ar ruda, obt ido
com o cozi mento da planta, é ap lica do para aliv iar dores
reum áticas.
Por ou tr o lad o, com o o seu arom a é for te , é cons iderado um
óp tim o repelen te, por isso a ar ruda é colocada em por tas e
jan elas par a espan tar in sec tos.

A ar ruda é, ain da, mui to usada na medicin a pop ul ar par a


aliv iar dores de cab eç a e, segu ndo os esp ecialist as, is so
pode ser ex pl icado por qu e ela possu i um óleo essen cial que
cont ém un deca non a, meti ln on ilk eton a e metilh ep til ket ona .
Todas ess as su bstâ ncias de nom es co mpl ica dos possu em
propr iedade s ca lmant es e, ao ser em asp iradas, aliv iam as
dor es e dimin uem a an sieda de.
Sobr e a Arr uda , ain da, sabe-s e
que em cul tu ras muito ant igas,
est a plan ta foi usad a na magi a
e na religiã o, e tin ha poder es
con tr a as "más vi brações" .
Na Gr écia an tig a, ela er a
usad a par a tr atar div ersas
en fer midad es , mas seu pon to
for te er a mesm o con tra as
for ças do mal.
Já as exp er ien tes mulh eres
rom anas costu mavam an da r
pelas ruas sem pre carr egando
um ram o de arruda na mão -
diz iam que er a para se
defen de rem con tr a doenças
con tagiosas mas,
prin cip alment e, par a afast ar
tod os os males que iam al ém
do cor po físico (e aí se
Hissop o:
De en tr e os
remédios mais
div ul gad os em
medicina pop ular , o
híss opo er a
util izado para
tr atar a asma e as
in fecções dos
br ônquios e
in fecções
pul monar es.
Tam bé m ser ve para
aro mat iz ar licor es
e ap eri tiv os.
Na cosm ética ,
ser ve para
prepar ar uma loçã o
refr esca nte par a as
Erva Cidreir a: C om in úmer as
prop riedad es medicin ais, é
con siderada anti-in flam atór ia,
an ti oxidan te, an tiv ir al, digest iv a,
ca lmant e e se dativa, es tá associada
a tr atam en tos de prob lem as
ner vosos, p er tu rbações do son o e
prob lemas gast ro- in test in ais de
or ige m n erv os a tais com o: esp asm os,
anor ex ia e ainda no tr atam en to de
febr es e con stip ações.
Externam ente, pode s er esf regada n a
pele p ar a ali vi ar pi cadas de in sectos
ou mesmo p ar a ev itar q ue este s
piq uem , já que o seu óleo essen cial é
um excelen te repelen te. O ól eo
ess encial é m uit o u til iz ado em
Cav alin ha: tam bém é con hecida com o
milh o de cobr a, er va-ca rnuda , r abo-de-
rat o, cau da -de -raposa, r abo-de-cobra,
can a-de-jacar é, erva-can udo, li xa-
vegetal, cola-de-cav alo, en tr e ou tr as. As
cav alin has s ão  pl ant as v ascu lar es,
au xili am no t rat amen to da gon or reia,
diar reias, in fecç õe s de r in s e bex iga,
esti mul am a con sol ida ção de fract ur as
óss ea s, agem sobr e as f ibr as elás ticas
das artérias , actu am em casos de
in fl am ação e i nch aço da pr óst ata,
aceler am o metabolis mo cut ân eo,
esti mul am a cicatr iz açã o e aumen tam a
elast icida de de peles sec as, sen do
indicada ain da p ara o com bate de
hem or ragias ou cã ibr as, úl ce ras gás tr icas
e anem ias.
É usada t am bém com o h idr atan te
profu ndo, aju da a evi tar v ari zes e est rias,
li mpa a p ele, for talece as un has, dá bri lh o
aos cabe los, aux il ia n o tr atam en to da
Ced ron ha:O s eu
nom e vulgar , "erv a-
das-v er rugas" ,
refer e-se ao f ac to
de ser u tiliz ada
popular men te p ar a
curar estes
problem as de pele.
A s ua seiv a é ain da
ut iliz ada com o
cica trizan te, ain da
que vár ias font es
bibliogr áficas
aler tem para os
cu idad os q ue se
devem ter no seu
man useam en to, já
qu e é um a plan ta
venen osa, de seiv a
cor ros iv a. Na Ch in a
era u tiliz ada com o
relax an te mu scu lar ,
no t ratam ento das
cat aratas e com o
Aloé Ver a/B abosa :
Hidrat ant e, cica trizan te,
em olien te e laxan te. O aloé
tem doi s produ tos prin cip ais: o
gel , resu lt ant e da folh a
carn uda ; e o aloés , que é
obtido do su co desidr atad o da
folh a. O ge l um bom
hidr atant e, emol ien te (ac al ma
e dimin ui a dor e a in flam açã o)
e cicatr iz ant e. Dev ido à su a
acçã o ant i-in flam atór ia,
im uno-m odeladora e até ant i-
vir al, est e gel é idea l par a se r
ap licado em fer idas,
queim adu ras, ecz em as e na
psor íase.
O gel tam bém é ut iliz ado p ar a
prep arar u ma bebida, à qu al a
med icin a popular at ri bui
prop ri ed ades ben éfi cas no
tr atam en to de gastr it es,
úlcer as gast roduodenais e até
Erva de San ta M aria: er a u tiliz ada p ar a
af ugen tar as p ulgas e os per cev ejos
dom ést ico s, pelo q ue se colocavam fol has
sec as en tr e os l ençóis da cam a.
Na m edicin a p op ular, e sta er va é usada
nas an gin as, asm as, com o f or tif icant e dos
pulm ões, para aumen tar a tr ans piraçã o,
tr atar lari ngites e com o t ón ico par a
úlcer as e chagas.
Erva de São Roberto, também
conhecida por Erva Roberta, além de
purificadora do sangue, é ainda útil no
tratamento de hemorróidas, úlceras de
estômago e intestinos.
Eucali pt o:
As f olh as de
Eucal yp tu s
globul us p ossu em
um óleo esse ncial
deno mi nado
eucalip tol qu e t em
prop ri ed ades
bals âm icas e
antissép ticas. É
empregue, n a
for ma de in fusã o
ou de r ebuç ados,
con tr a br on quit es
e catar ros.
Alt ernativ am en te,
é possí vel ferv er
um conj un to de
folh as e m ág ua, e
in alar os vapor es,
com uma toal ha na

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