Você está na página 1de 2

2º Encontro de Meditação:

O Encontro
Leitura do excerto bíblico: Jo 4, 6b – 7a
Neste poço, lugar de encontro, há um isolamento privilegiado, que permite o encontro a sós de
Cristo com a Samaritana. Não há testemunhas. Os discípulos chegam no final, para se
surpreenderem com o inesperado diálogo.
Jesus já está à beira do poço. Quem chega é a mulher. Deus espera por nós, e quer acolher-nos.

O encontro acontece de modo inesperado, acontece de modo livre e gratuito. É a gratuidade do


encontro da nossa vida com a vida divina. Jesus tem tempo e dá tempo para acolher esta mulher que
busca no poço água para as suas necessidades. Trata-se de um encontro espontâneo, do comum dos
dias.

Este encontro acontece a uma hora concreta: “Era meio-dia”, é a hora sexta.
Esta hora é um momento de oração, oração do meio-dia (ainda hoje muito usada pelos cristãos e
pela Igreja que reza a Liturgia das Horas neste momento). Esta hora recorda-nos a crucifixão que
acontece à hora sexta. Podemos ver aqui o encontro da Humanidade com a Cruz de Jesus.

Alguns comentadores bíblicos referem que esta hora não era muito indicada para ir ao poço, pois o
calor aperta. Outros há que referem que é o momento propício, pois terminados os trabalhos do
campo e regressando a casa, somente agora se pode ir ao poço.
Tendo presente estes dois elementos podemos sempre considerar que, por um motivo ou por outro a
mulher vai neste momento porque a sua sede é grande. A sede da mulher leva-a a ir ao poço. Nas
nossas sedes, e nos momentos em que o calor aperta, eis que Ele está lá. Naquela hora precisa Deus
faz-se presente, pois compreende que é agora que eu preciso dele, e por isso lá está para me
encontrar.
Na minha vida decerto que já experimentei este encontro e senti na verdade a presença de Cristo
numa hora precisa.

Reflexão pessoal
• Na minha vida, quais foram as horas em que Jesus me esperou para esse encontro. Escrever
os momentos concretos de encontro com Cristo, onde pude experimentar esta sua presença
ao meu lado. Momentos em que senti sede deste encontro com Deus que está no poço para
me encontrar?

Gesto

Cântico:
Salmo 63

Ó Deus, Tu és o meu Deus! Anseio por


ti! Lembro-me de ti no meu leito,
A minha alma tem sede de ti; penso em ti, se fico acordado,
todo o meu ser anela por ti, porque Tu és o meu auxílio,
como terra árida, exausta e sem água. e à sombra das tuas asas eu exulto.
A minha alma está unida a ti,
Quero contemplar-te no santuário, a tua mão direita me sustenta.
para ver o teu poder e a tua glória.
O teu amor vale mais do que a vida; Os que procuram a minha ruína,
por isso, os meus lábios te hão-de cairão nas profundezas do abismo.
louvar. Eles morrerão à espada
Quero bendizer-te toda a minha vida e serão transformados em pasto de
e em teu louvor levantar as minhas chacais.
mãos. Mas o rei há-de alegrar-se em Deus,
A minha alma será saciada com cantarão louvores os que juram por Ele,
deliciosos manjares, enquanto a boca dos mentirosos será
com vozes de júbilo te louvarei. fechada.

O poço encontra-se no centro da capela e, cada um, indo ao centro pega num marcador e
escreve o seu nome no poço. Este gesto assinala a minha presença à beira do poço.
Podemos compará-lo ao livro de visitas (eu estive lá).

 Pai-nosso

Você também pode gostar