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6º ENCONTRO DE MEDETAÇÃO:

Vai – Vinde: compromisso, testemunho, fé.

Nota introdutória:
É notória a similitude entre este trecho e Jo 1, 39-46, só que ao contrário. Em Jo 1 é Jesus que
convida, os discípulos vão, ficam com ele, fazem a experiência. Aqui é a mulher que convida, os
samaritanos convidam Jesus, que vai, fica com eles, mas são eles sempre a fazer a experiência.
Trabalhar esta similitude.

29. Vinde ver: é o convite típico a crer, tendo por base uma experiência pessoal (cf. 1,39.46). A
partir da experiência acredita-se não por tradição mas por convicção. É o convite a estar, ficar,
permanecer. Os discípulos ficaram com Jesus. Os samaritanos, depois de encontrarem Jesus,
pedem-lhe para ficarem com eles.
Não será ele o Cristo? A formulação pressupõe uma resposta negativa, no mínimo de dúvida. Mas o
seu simples enunciado faz acorrer os samaritanos (v. 30). Para João a pergunta exprime a verdade
(ver v. 12). Esta afirmação em forma de interrogação, aguça a curiosidade dos ouvintes, para serem
eles a fazer o caminho que leva à verdade. A conclusão a que chegarão não será só por causa da
mulher, mas será um caminho e uma conclusão pessoais.

Antes disso aparece o diálogo com os discípulos. O tema é o alimento, a comida, o acto de comer.
31. Mestre, come! O diálogo de Jesus com os discípulos (v. 35-38), como o diálogo com a
samaritana (v. 7), tem início com um pedido de ordem natural sobre o alimento. Daqui passa-se a
dimensões mais altas. Com a Samaritana foi a água viva, aqui é a vontade do Pai.
34. Meu alimento... Estas palavras são a explicação do v. 32. fazer a vontade... e completar a sua
obra: são dois modos joaninos de descrever a missão de Jesus:
A "vontade" de Deus a respeito de Jesus é que ele realize o plano salvífico (cf. 6,39-40);
A "obra" de Deus (isto é, confiada por Deus), que Jesus realiza (cf. 19,28-30), é em substância a
revelação do Pai (cf. 17,4). Toda a existência do Cristo é apresentada em função daquele "que o
enviou".

39. Muitos foram os samaritanos... o testemunho pode levar ao encontro. A palavra da Samaritana
indica o caminho aos habitantes da cidade. A partir daqui são eles a tomar a iniciativa, a fazer a
experiência pessoal.
40. ficasse com eles: a fórmula indica um estreito contacto pessoal (ver 1,39). O ministério de Jesus
na Samaria é recordado só por João. Apesar hostilidade entre a Samaria e Judeia, João nota este
episódio e Lucas nos Actos At 8,1-25 descreve o Evangelho a ser anunciado na Samaria. Todos são
convidados a fazer a experiência de Jesus ressuscitado.
41. Muitos outros ainda... A samaritana havia sido uma testemunha (cf. martyroúses no texto grego
do v. 39), com a missão de levar seu povo a Jesus (v. 29). — palavra: o termo (em grego lógos) se
opõe à "palavra" (láliá) da mulher, no v. 42. O testemunho da mulher fica assim sem valor diante da
palavra do Senhor.
42. Nós mesmos... Os samaritanos, através do contacto pessoal (v. 40), fizeram uma experiência
directa ("ouvimos e reconhecemos") de Jesus; para eles, portanto, um testemunho externo perdeu
seu valor.
Conclusão:
A Samaritana acredita, faz uma experiência, assume um compromisso, testemunha, leva outros a
fazer a mesma experiência. A experiência pessoal com Cristo transformou-a: de estrangeira a amiga;
de rival religiosa a uma comunhão de fé; de isolada, separada dos outros a ir ao encontro dos outros.
Testemunho: ela não dá respostas, ela lança desafios: não será ele o messias? Ela partilha a sua
experiência, indica um possível caminho, possível encontro. Deixa cada um livre para fazer este
caminho e experimentar o encontro.
Os Samaritanos: acolhem Jesus, convidam-no a ficar, a entrar neles, a permanecer. Fazem eles
mesmos a experiência de Jesus. Acreditam, já não por causa das palavras da mulher, mas das
palavras de Jesus.
Jesus: passou de estrangeiro, inimigo, rival, do não hóspede, a hóspede, amigo. É apresentado aqui
já com os traços do ressuscitado (aglutinador das massas, água viva, único salvador, destruídos das
barreiras, inimizades,…)

Proposta:
Meditar naquilo em que acredito, as minhas convicções, as experiências que fiz de Jesus e que
norteiam a minha vida. Se tivesse que testemunhar algo, o que diria, o que faria?
Elaboro e escrevo o meu CREDO

Gesto

Cântico

Beber da água viva: Vinde ver… diz a Mulher aos habitantes de Sicar. Eles foram e viram. Viram o
quê? Viram o “profeta”, viram o “messias”, viram a água viva. Vamos nós também à água viva
saciar-nos a nossa sede para sermos fonte de água viva para os outros.

Gesto: Cada jovem, com um copo, abeira-se do poço e bebe um pouco de água.

Professamos juntos a mesma fé: Credo dos Apóstolos

SÍMBOLO DOS APÓSTOLOS


Creio em Deus, Pai todo-poderoso,
Criador do céu e da terra,
E em Jesus Cristo, seu único Filho, Nosso Senhor
Que foi concebido pelo poder do Espírito Santo
Nasceu da Virgem Maria,
Padeceu sob Pôncio Pilatos,
Foi crucificado, morto e sepultado,
Desceu à mansão dos mortos,
Ressuscitou ao terceiro dia, subiu aos céus,
Está sentado à direita de Deus Pai, todo-poderoso,
De onde há-de vir julgar os vivos e os mortos.
Creio no espírito santo,
Na santa Igreja Católica,
Na comunhão dos santos,
Na remissão dos pecados,
Na ressurreição da carne,
Na vida eterna.
Ámen!

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