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www.embalagemmarca.com.br
Ano VI • Nº 62 • Outubro 2004 • R$ 9,00
A inovação ganhando corpo
leitura da reporta- plos mostrados nesta se fortalecer.
8 28
palhares@embalagemmarca.com.br
Entrevista: Materiais Reportagem
Olegário Araújo Lata de alumínio para redacao@embalagemmarca.com.br
Gerente de contas da alimentos fabricada no Flávio Palhares
ACNielsen discute os país estréia em pescados flavio@embalagemmarca.com.br
resultados da mais recente Guilherme Kamio
guma@embalagemmarca.com.br
pesquisa do instituto sobre Leandro Haberli Silva
marcas próprias no país leandro@embalagemmarca.com.br
Maria Luisa Neves
16
Inovação Diretor de Arte
O tradicional Leite Moça Carlos Gustavo Curado
32
ganha lata expandida, arte@embalagemmarca.com.br
Internacional
com perfil diferenciado Assistente de Arte
Garrafa de alumínio é
José Hiroshi Taniguti
utilizada pela primeira
20
Reportagem vez em larga escala no Administração
de capa: mercado de cervejas Marcos Palhares (Diretor de Marketing)
Eunice Fruet (Diretora Financeira)
Águas
Minerais Departamento Comercial
comercial@embalagemmarca.com.br
Queda no Karin Trojan
vo-lume Wagner Ferreira
engarrafado,
Circulação e Assinaturas
ocorrida
Marcella de Freitas Monteiro
após longo
34
assinaturas@embalagemmarca.com.br
período de Rotulagem Assinatura anual: R$ 90,00
expansão, Cobertura da Labelexpo
Público-Alvo
acentua Americas mostra que indús- EMBALAGEMMARCA é dirigida a profissionais que
papel da tria brasileira de rótulos ocupam cargos técnicos, de direção, gerência
embala- está entre as mais moder- e supervisão em empresas fornecedoras, con-
nas do mundo. Em consumo vertedoras e usuárias de embalagens para ali-
gem na mentos, bebidas, cosméticos, medicamentos,
valorização per capita, entretanto, país materiais de limpeza e home service, bem
do setor ainda tem muito a evoluir como prestadores de serviços relacionados
com a cadeia de embalagem.
Filiada ao
A capa desta edição foi impressa em Papelcartão Art Premium Novo 250g/m2,
da Ripasa, termolaminada com filme Prolam® aplicado pela Lamimax.
3 Editorial
A essência da edição do mês, nas palavras do editor Esta revista foi impressa em Papelcartão
Art Premium Novo 250g/m2 (capa) e papel
6 Espaço Aberto Image Mate 90g/m2 (miolo), fabricados pela
Ripasa S/A Celulose e Papel, em
Opiniões, críticas e sugestões dos nossos leitores harmonia com o meio ambiente.
57 Display Filiada à
Lançamentos e novidades – e seus sistemas de embalagens
60 Panorama
FOTO DE CAPA: STUDIO AG
www.embalagemmarca.com.br
Movimentação na indústria de embalagens e seus lançamentos
O conteúdo editorial de EMBALAGEMMARCA é
62 Painel Gráfico resguardado por direitos autorais. Não é permi-
tida a reprodução de matérias editoriais publi-
Novidades do setor, da criação ao acabamento de embalagens
cadas nesta revista sem autorização da Bloco
66 Almanaque de Comunicação Ltda. Opiniões expressas em
matérias assinadas não refletem necessaria-
Fatos e curiosidades do mundo das marcas e das embalagens mente a opinião da revista.
o segmento das empresas de emba- ging Design & Marketing se envol-
lagens flexíveis é muito carente de veu em todo processo criativo no
soluções (com aderência) de siste- desenvolvimento da Devassa – da
mas integrados. Há onze anos no criação do nome da cerveja, ao es-
mercado, a Loguin é especialista na tudo de gôndolas e da concorrência,
área, desenvolvendo soluções de até sua inserção no mercado cario-
gestão para indústrias de embala- ca. Lamentamos o equívoco, já que
gens e indústrias gráficas. Ficamos a cerveja aparece em destaque na
à disposição para contribuir com matéria e é um case de sucesso da
informações para o público da Packaging Design & Marketing. No
revista. mais, parabenizamos pela excelente
Olavo Ribeiro qualidade gráfica de EMBALAGEM-
Diretor MARCA e seu empenho em produzir
Loguin Sistemas informações relevantes para o mer-
São Paulo, SP cado de embalagens.
Jefferson Barros
Aproveitamento em aulas Packaging Design & Marketing
Rio de Janeiro, RJ
Flexíveis e gráficas em geral A revista EMBALAGEMMARCA é
constantemente aproveitada em
T enho recebido inúmeros e-mails
enaltecendo o artigo de autoria de
nossas aulas. Assuntos e entrevistas
atualizadas com o que o mercado
Leandro Haberli e a entrevista que está apresentando permitem aos
concedi (“A flexografia ainda vai alunos e professores do curso um
concorrer com o off-set”, EMBALA- ótimo nível de conhecimento.
GEMMARCA nº 61, setembro-2004). Renato Bordenousky Filho
É sinal de que a revista causa im- Professor de
pacto no mercado. Mais uma vez tecnologia de embalagem
obrigado pela oportunidade e para- PUC PR - Curso de
béns pelo sucesso. Desenho Industrial
Assis Kavaguchi Curitiba, PR
Vice-presidente executivo e
presidente da comissão técnica Excelente para o setor
Abflexo/FTA-Brasil
São Paulo, SP A reportagem sobre a mudança de
embalagens da Bayer (EMBALA-
R ecebi EMBALAGEMMARCA de
setembro último e quero dar para-
GEMMARCA nº 61, setembro/2004)
ficou muito bacana. Aliás, a revista,
Mensagens para
béns à equipe pela excelente cober- como um todo, vem crescendo
EMBALAGEMMARCA
tura sobre o mercado de embala- muito em conteúdo, o que é exce- Redação: Rua Arcílio Martins, 53
gens em geral. São trabalhos como lente para o setor. CEP 04718-040 • São Paulo, SP
esse que valorizam o setor das artes Águeda Sáez Pérez Zabisky Tel (11) 5181-6533
gráficas no Brasil. É a revista mais ZGraph Design Fax (11) 5182-9463
bem planejada e mais rica em con- São Paulo, SP redacao@embalagemmarca.com.br
teúdo que recebo.
Ezequiel Rebelo Fernandez Devassa é da Packaging As mensagens recebidas por
Diretor carta, e-mail ou fax poderão ter
Cliart Clichês
São Paulo, SP
A reportagem “Um viva às dife-
rentes”, da edição de setembro de
trechos não essenciais elimina-
dos, em função do es-paço
2004 de EMBALAGEMMARCA, trou-
T enho acompanhado todas as edi-
ções de EMBALAGEMMARCA e quero
xe informações equivocadas sobre
a cerveja Devassa. O rótulo dessa
disponível, de modo a dar o
maior número possível de
oportunidades aos leitores. As
parabenizá-los pelo excelente traba- cerveja foi concebido pela Packa- mensagens poderão também
lho. Com o propósito de colaborar ging Design & Marketing no ano de
ser inseridas no site da revista
com matérias para essa estimada 2002, e não pela McCann-Erick-
(www.embalagemmarca.com.br).
revista gostaria de informá-los que son, como citado no texto. A Packa-
Sim, pelo menos em algumas categorias. Mas para que com embalagens mais funcionais e atraentes. Um dado
isso ocorra, a marca própria precisa percorrer um longo interessante do estudo que fizemos revela que mais de
caminho. É necessário lembrar que ela surgiu como uma 70% dos consumidores acreditam que as marcas próprias
alternativa extremamente econômica, sob a forma de estão no mesmo patamar de qualidade das marcas mais
produtos genéricos, desprovidos de marca e de qualquer conhecidas. Ou seja, quando o varejo vai lançar uma
tipo de preocupação com a imagem. Porém, a pesquisa marca própria, ele já não está pensando apenas em preço,
mostra que o consumidor já não enxerga a marca própria e o consumidor já detectou essa mudança estratégica.
apenas como um item de menor
preço. A percepção em relação a “Na pesquisa deste ano Como o senhor avalia o papel da
esse tipo de produto está mudan- embalagem nesse processo de
do: o consumidor já identifica e 66% dos consumidores reposicionamento?
dá cada vez mais valor aos atribu- Há um dado interessante na
tos de qualidade das marcas
próprias. Isso fica claro quando
responderam que as pesquisa sobre esse assunto. Na
média, 72% dos consumidores de
perguntamos aos consumidores se marcas próprias ouvidos afirmam
as marcas próprias valem o que
marcas próprias valem que a qualidade das embalagens é
custam. Este ano, 66% dos con- igual à dos demais produtos. Esse
sumidores, contra 62% na o quanto custam, e mais índice é mais alto em alguns mer-
pesquisa passada, responderam cados específicos. Está acima da
que sim. de 70% acreditam que as média, por exemplo, em Porto
Alegre, Curitiba e São Paulo.
A idéia de que o principal papel marcas próprias, incluindo Essas diferenças ocorrem porque,
das marcas próprias é ajudar os de maneira geral, as marcas
supermercados a obter condições próprias estão em diferentes está-
de compra mais favoráveis com
suas embalagens, estão gios. De qualquer maneira, esse
seus fornecedores continua fazen- dado confirma o fato de que as
do sentido? no mesmo patamar de marcas próprias brasileiras já
Sim, mas o foco maior hoje é atrair entraram na fase em que o fator
o consumidor, utilizando-as para qualidade das marcas determinante da compra não é
torná-lo leal à bandeira da rede. apenas o preço. É o binômio preço
Hoje, o desafio do varejo não é mais conhecidas” e qualidade. E quando se fala em
apenas atrair, mas principalmente qualidade, a embalagem é sem
reter o consumidor. Para isso é preciso oferecer algo dife- dúvida um fator muito importante.
renciado. No cenário atual, a chance de o varejo criar uma
lealdade com o consumidor vai basicamente pelas marcas O estudo fala sobre a história das marcas próprias no
próprias e pelos produtos frescos. Esses são os diferenciais Brasil. Gostaria que o senhor comentasse esse aspecto.
mais importantes porque, na essência, os supermercados As marcas próprias começaram no Brasil na década de
são muito parecidos. A marca própria adquiriu essa nova 70. Naquele período, elas estavam no que chamamos de
atribuição, entre outros fatores, porque o desafio do vare- “fase dos genéricos”. Eram produtos com embalagens
jista hoje é aumentar suas vendas num cenário em que o muito simples, que nem sequer identificavam as redes de
número de lojas cresce mais rápido do que o número de varejo a que pertenciam. Já no final dos anos 80, começo
consumidores. dos anos 90, o setor de marcas próprias ingressou num
estágio definido como “quase-brand”. O foco era apenas
É comprovado que as grandes marcas consagradas, no preço, com uma baixíssima preocupação com
líderes de vendas, funcionam como produtos-âncoras nas imagem. De alguns anos para cá, o mercado de marcas
lojas. Supõe-se que muitos consumidores não as subs- próprias no Brasil entrou numa fase intermediária, para
tituem por outras, menos ainda por marcas de redes. O atender um consumidor que busca um produto com
varejo não estaria de certa forma trabalhando contra si preço justo, mas também com qualidade. Esse novo
ao concorrer – em geral com preços menores – com as cenário decorre de um movimento das próprias redes de
marcas líderes? varejo. Elas perceberam que é preciso investir em quali-
Não, pois a marca própria está sendo reposicionada, não dade para não correr o risco de promover um processo de
apenas com produtos de qualidade maior, mas também canibalização no varejo. Nesse sentido, os supermerca-
A pesquisa revela que na visão de muitos consumidores o é possível prever se essa tendência permanecerá daqui
sortimento das marcas próprias já é igual ao das marcas para frente. De todo modo, o cenário das marcas próprias
convencionais. Isso corresponde à realidade? na Europa ainda deve ser visto como algo distante da
No geral, o número de itens de marcas próprias nos realidade brasileira.
supermercados tem permanecido estável nos últimos três
anos, mas há categorias em que a presença delas está Apenas dez categorias de produtos detêm quase 50% das
crescendo. Exemplos são os itens não-alimentares, como vendas de marcas próprias. Por que existe essa concen-
produtos têxteis, eletro-eletrôni- tração?
cos e de higiene pessoal. Além “Os fornecedores de Inicialmente, porque essas catego-
disso, o número de marcas dentro rias geram volumes de venda
das categorias vem crescendo, marcas próprias estão maior. Além disso, essa concentra-
num indício de que as cadeias ção reflete de certa forma a histó-
estão investindo em diferenciais e ria das marcas próprias no Brasil.
em segmentação. Em alguns
animados com a Essas dez categorias são compos-
setores específicos essa tendência tas basicamente por commodities,
é ainda mais visível. No atacado, possibilidade de produzir itens com os quais a marca própria
por exemplo, o número de catego- começou. Por outro lado, são cate-
rias de marcas próprias passou de itens com mais valor e gorias tecnologicamente mais pró-
173, em 2003, para 196 agora. ximas às redes de supermercado.
Também cresceu o número de qualidade. Muitos se Mas é interessante notar que as ca-
itens de marcas próprias nas dro- tegorias em que as marcas próprias
garias. Por outro lado, diminuiu estão avançando com mais força
em limpeza doméstica. Portanto,
especializaram nesse não têm essas características. Bons
os atacados e as drogarias estão exemplos são os sucos e chás
aumentando o lançamento de mercado, fornecem para prontos, capuccino, café solúvel e
marcas próprias, enquanto os anti-séptico bucal. Não são com-
supermercados mostram uma diferentes redes de varejo, modities, e mesmo assim têm mos-
estabilidade maior. Nas drogarias trado grande tendência de cresci-
o número de itens de marcas e não pensam em lançar mento no setor, tanto em valor
próprias saiu de 296 três anos quanto em volume.
atrás, para 596 em 2004. De certa
forma isso é natural, pois esses
suas próprias marcas” Mesmo quando se decepcionam
canais despertaram para as marcas próprias há muito com uma marca própria, 67% dos consumidores conti-
menos tempo do que os supermercados. nuam dispostos a experimentar produtos de outras redes
de varejo. Como esse índice tem evoluído, e o que ele re-
Ficou famoso o dado de que na Inglaterra as marcas presenta?
próprias chegam a ter 70% de participação no varejo. O Esse número está estável, e mostra uma característica
senhor acredita que isso pode vir a acontecer no Brasil? importante do consumidor brasileiro: ele está aberto a
Qual a participação desse tipo de produto no país hoje? experimentos, a coisas novas, mesmo que já tenha tido
As marcas próprias correspondem hoje a 5,5% do varejo uma experiência desagradável. Esse é um espaço que o
brasileiro. Sem dúvida ainda é uma participação pequena consumidor tem para descobrir novas formas de econo-
quando comparada à de outros países. Sobre tendências mia. Essa predisposição revela que o mercado de marcas
futuras, um trabalho que a ACNielsen fez com a Abras próprias está consolidado, e também mostra que, se o
traz algumas perspectivas. O estudo mostrou que nos últi- supermercado quiser usar seus próprios produtos como
mos três anos o varejo de modo geral não cresceu no atrativos para sua bandeira, ele não pode abrir mão da
Brasil. O único crescimento das vendas em volume, nesse qualidade.
período, foi registrado no pequeno varejo, isto é, nos
supermercados de até nove check-outs, e nas lojas de far- Embora a qualidade esteja se tornando o fator mais deci-
macosméticos. De 2001 para 2002, porém, as lojas com sivo na escolha pela marca própria, a pesquisa revela,
vinte ou mais check-outs apresentaram queda de vendas. por outro lado, que o preço também teve sua importância
É por isso que as marcas próprias, que se concentram nas aumentada enquanto critério de decisão. Essa relação
grandes redes, não cresceram nos últimos anos. Mas não não parece antagônica?
14
CONGRAF
15
inovação >>> aço
FOTOS: DIVULGAÇÃO
duzem margens dos fabricantes ao pó.
Diante desse cenário, existe espaço para
investir pesado em fortalecimento de mar-
ca? Para a Nestlé, sim. Tanto é que Moça
não é mais aquela.
Marca de maior tradição no mercado
de leite condensado e responsável pelo
produto mais vendido da multinacio-
nal suíça no país, ela está chegando às
gôndolas remoçada, saída de uma
operação plástica sem precedentes
em seus 83 anos de Brasil.
Sua silhueta agora está repleta de
curvas, mais feminina, com uma ver-
dadeira cintura de pilão. Mérito que
não é de nenhum estrelado cirurgião,
mas de uma operação sinérgica entre a
Nestlé e a cadeia de valor por trás do
novo “corpo” do produto – uma lata de
aço expandida, com perfil sinuoso ex-
clusivo da marca.
CINTURA – Lata O projeto de modernização da embala-
Entrega de maior valor expandida exigiu gem consumiu cerca de dois anos. Na tare-
projeto de quase
“A embalagem única agrega maior valor ao fa, a Nestlé destacou equipes de desenvolvi-
dois anos entre
Leite Moça, diferenciando-o ainda mais em Nestlé e CSN mento de embalagem, engenharia, marke-
relação aos concorrentes”, diz a Unidade de ting e pesquisa. Esses times trabalharam em
Produtos Lácteos da Nestlé. “A marca já é conjunto com a CSN em diversas frentes.
top of mind da categoria e usada por muitos Foi a companhia siderúrgica quem levou à
consumidores como sinônimo de leite con- Nestlé, cerca de três anos atrás, a proposta
densado”, lembra a Unidade, “mas mesmo de adotar latas com perfis exclusivos. Sinal
assim há possibilidade de incrementar os vo- verde dado à inovação, e decidido que ela
lumes vendidos e ampliar market share, visto seria implantada inicialmente no Leite
que um maior número de pessoas estará dis- Moça, a equipe da Nestlé estruturou o novo
posto a consumir um produto que entrega um formato da latinha. A CSN assessorou a
valor muito superior ao dos concorrentes.” Nestlé na reestruturação de sua planta de
Montes Claros (MG), onde o Moça é fabri- – inclusive as tradicionais receitas que a
cado, indicando a máquina a ser adquirida Abeaço
Nestlé costuma estampar no verso dessa
para expandir as latinhas – da suíça Ober- (11) 3842-9512 embalagem.
burg Engineering – e transmitindo o exper- www.abeaco.org.br Mais: como um apelo à coleção, a primei-
tise do processo por meio de seu departa- CSN ra série de latas produzidas trará um selo de
mento de projetos especiais. (11) 3049-7100 primeira edição e um poema dedicado aos
Antes de ganharem a “cintura”, formada www.csn.com.br consumidores da marca. Segundo a Nestlé, a
por força mecânica, através da intrusão de Oberburg Engineering lata expandida não acarretará alteração de
uma ferramenta da máquina expansora em +41 34 427 3333 preço final ao consumidor nem de volume do
seu interior, as latas são comuns, de três pe- www.packsysglobal.com produto (395g). Se garante que não haverá
ças e formato cilíndrico. Seu único diferen- Pandesign repasse, por outro lado a empresa não revela
cial é a matéria-prima, uma folha metálica (11) 3849-9099 a quantia desembolsada no projeto. “Só
www.pande.com.br
especial da CSN que atende pelo nome T59. podemos dizer que é o maior investimento na
“Trata-se de uma folha com têmpera dife- marca Leite Moça dos últimos três anos”,
renciada e adequada à produção de latas ex- dizem os profissionais da Unidade de
pandidas”, informa Sérgio Iunis, gerente de Lácteos. Garantem também que o novo for-
marketing de embalagens da CSN e diretor mato não incorre em desvantagens aos
administrativo da Abeaço (Associação Bra- processos logísticos. “Fizemos testes
sileira da Embalagem de Aço). Moça no Brasil com a nova lata em todas as áreas e os
FONTES: NESTLÉ E ACNIELSEN
...ganhou a marca Moça, e de lá para cá sofreu uma série de reformulações visuais. Agora, pela primeira vez, embalagem muda de formato
E
fiança em relação à preservação de
aqüíferos e mananciais, e de proje-
ções cada vez mais iminentes de
escassez no abastecimento de água, não chega
água mineral, não apenas para produtores e
distribuidores, mas também para fornecedores
de embalagens, equipamentos, acessórios e
serviços. Entre outros fatores, isso se explica
a surpreender a multiplicação de balanços pelo fato de que o Brasil tem nada menos do
mostrando a categoria de água mineral como que 30% dos recursos de água mineral do pla-
uma das que mais crescem no varejo de todo o neta, mas ostenta índices de consumo per capi-
mundo. No jargão de quem se dedica a estudar ta muito mais baixos que o de países europeus,
o comportamento do consumidor e entender os e também inferiores ao de outras nações latino-
movimentos das gôndolas, trata-se de um pro- americanas. Além disso, a água mineral que
duto candente. Em outras palavras, nos últimos brota nas fontes e nascentes do país é reconhe-
anos as vendas de águas minerais têm crescido cida como uma das mais puras e benéficas do
muito acima da média. mundo, detalhe que por si só abre ótimas opor-
Na contramão do cenário internacional, en- tunidades para a indústria nacional se projetar
tretanto, o mercado brasileiro interrompeu no no crescente mercado internacional.
ano passado um dos maiores ciclos de expan- Porém, para retomar de forma sustentável
são de toda a sua história. Após um decênio em o rumo do crescimento, os produtores brasilei-
que a média de crescimento atingiu 20% anu- ros perceberam que é preciso valorizar suas
ais, em 2003, ano marcado por tímida presen- marcas, comunicando e ressaltando seus atri-
ça do verão em diferentes regiões do país, o butos aos consumidores, sejam eles brasileiros
volume de água mineral engarrafada caiu ou de qualquer parte do mundo. Esse tipo de
1,2%, passando de 4,318 para 4,268 bilhões de preocupação, que já havia começado a ganhar
litros, segundo o Departamento Nacional de curso no auge do crescimento do setor, agora
Produção Mineral (DNPM). Em suma, naque- parece ter atingido um grau maior de amadure-
le ano, o que subia como um meteoro ficou cimento. A fim de reverter a diminuição das
mais parecido com uma estrela cadente. achatadas margens de ganho, a indústria de
Apesar do resultado negativo, há motivos águas minerais aprimora cada vez mais o de-
para crer que as oportunidades de crescimento senvolvimento de produtos segmentados, aten-
FOTO: STUDIO AG – ANDRÉ GODOY
dendo com sucesso crescente públicos mais dade do mercado brasileiro, em que as vinte
exigentes e ocasiões específicas de consumo. maiores empresas detêm pouco mais de 40%
Além dos produtores e consumidores, das vendas, tamanha desproporção mostra o
quem se beneficia disso é a cadeia de emba- que especialistas já detectaram há algum
lagem, que já tem no setor imensa demanda de tempo: com a multiplicação de pequenos en-
sistemas, matérias-primas e acessórios de garrafadores e distribuidores, a oferta de água
acondicionamento, rotulagem e fechamento. mineral cresceu além da demanda, num pro-
“Com o crescimento acentuado da concorrên- cesso que provocou o acirramento de corrosi-
cia, a tendência é a diferenciação pela emba- va guerra de preços, sobretudo no mercado de
lagem desempenhar papel ainda mais central garrafões plásticos retornáveis.
no nosso mercado”, observa César Dib, diretor Para reverter esse quadro, as principais
da Lindoya Verão e vice-presidente da Abinam marcas estão investindo em novidades que vão
(Associação Brasileira da Indústria de Águas além de produtos destinados a consumidores
Minerais). exigentes e canais de venda mais lucrativos,
como hotéis, bares, restaurantes e academias
Em busca de valor de ginástica. Embora esse tipo de estratégia
O movimento de sofisticação e segmentação continue em alta, surgiram no mercado brasi-
não se justifica apenas para posicionar as mar- leiro outras mais recentes. Exemplos são as
cas nacionais em pé de igualdade com as es- águas funcionais, que possuem nutrientes vol-
trangeiras, que nos últimos anos conquistaram
importantes fatias do varejo brasileiro com o Participação de cada tipo de embalagem
suporte inegável de embalagens bem trabalha- no mercado brasileiro de águas minerais*
das e vendedoras. Ocorre que, apesar do des-
200ml 0,3% 2 litros 2%
lumbrante crescimento dos últimos anos –
350ml 4% 5 litros 5%
147,8% em volume apenas entre 1997 e
600ml 8% 10 litros 3%
2003 –, o faturamento da indústria brasileira
FONTE ABINAM
1250ml 4% 20 litros 53%
de águas minerais evoluiu apenas 8,8% no
1500ml 20,7%
mesmo período, segundo dados da ACNielsen. *Em volume
Além de evidenciar a crescente informali-
FOTOS: DIVULGAÇÃO
mato de suas garrafas, sopradas em equipa- investiu em marca tipo de embalagem, alguns fatores ainda difi-
mentos da Sig Beverages, a partir de pré-for- premium para entrar no cultam sua difusão no país.
mas PET da Petropar Embalagens, um forte mercado norte-americano “A maior parte das empresas tem moldes
apelo de diferenciação. Caracterizado por con- próprios e sopradoras in-house”, diz Irineu Sa-
lata, gerente comercial da Amcor, que há pou- Via Natural, com rótulos wrap-around
co mais de um ano vem importando pré-for- e molde exclusivo: distribuição
regional, visual caprichado
mas PET, injetadas já com alça, para produção
de garrafões retangulares de 5 litros. Outra di-
ficuldade ligada à venda desse tipo de produto,
prossegue o gerente da Amcor, é a grande par-
ticipação de empresas informais no setor.
“Muitos fornecedores usam máquinas semi-
automáticas, não trabalham com nota fiscal, e
jogam as margens de todo o mercado para bai-
xo”, queixa-se.
Semelhantes problemas têm se mostrado
ainda mais presentes no nicho dos garrafões
retornáveis, basicamente em virtude da multi-
plicação de pequenas distribuidoras de águas
minerais, que trabalham quase que exclusiva-
mente com esse tipo de embalagem. Um dos
mais visíveis sinais desse processo de pulveri-
zação possivelmente tenha partido da Greif,
multinacional americana que assumiu no
Brasil a operação da Van-Leer, companhia de
origem holandesa representante de um dos
maiores grupos de transformação de garrafões
plásticos para água mineral do mundo. Recen-
Repeteco em peixes?
Com lata nacional, alumínio quer bisar sucesso em bebidas nos pescados
uando se difundiu para valer entre mento de pescados. “Além de não enferru-
Alcan G.A_com
(11) 5503-0722 (11) 3065-3144
www.alcan.com.br renato@gaonline.com.br
Baumgarten InterScience
(47) 321-6666 (11) 3759-4777
www.baumgarten.com.br www.interscience.com.br
FOTOS: DIVULGAÇÃO
Nova vitrine para o polímero-vidro
O Just Cavalli, da grife italiana
Roberto Cavalli, é mais um
perfume que está apostando
numa embalagem cuja estru-
tura destaca o uso do Glass
Polymer (“polímero de vidro”)
da Eastman, dedicado a simu-
lar as propriedades do vidro.
Na verdade, o frasco é forma-
do por diferentes partes inte-
gradas: um miolo de vidro, um
ombro de resina e um exoes-
queleto feito com o polímero
da Eastman, mais especifica-
mente o copoliéster Eastar
AN014. O frasco é produzido
pela italiana G. Candiani.
www.eastman.com
N
ESTOURO – Primeiras
utilizar para gerar mais vendas no 20 000 caixas da Iron City
varejo, a latinha de alumínio ou a em garrafa de alumínio
garrafa de vidro long neck, a cer- esgotaram-se em um dia
vejaria americana Pittsburgh resolveu ficar
com as duas – porém não como diversas con-
correntes, que colocam no mercado versões de
um mesmo produto nessas duas apresenta-
ções. Ao mesmo tempo, pode-se também in-
terpretar que ela não escolheu nenhuma delas.
Que se explique o jogo de palavras: a fim de
incrementar as vendas de sua cerveja Iron
City, a companhia acaba de relançá-la em gar-
rafas de alumínio, embalagens que conjugam
a leveza, a resistência e a conveniência das la-
tas metálicas com o apelo premium e o forma-
to das garrafinhas de vidro. É a primeira utili-
zação dessa embalagem para uma bebida de
tão alto giro em nível mundial.
A garrafa da Iron City, com volume de
aproximadamente 360ml (12 onças líquidas
na medida-padrão americana), poderá ser en-
contrada nos supermercados de trinta das cin-
DIVULGAÇÃO
qüenta unidades federativas dos Estados Uni-
dos. Para a fornecedora da embalagem, a CCL
DIVULGAÇÃO/RAFLATAC
T plendor do tão esperado “boom”
do segmento de rótulos auto-adesi-
vos no Brasil, mas sem dúvida são
indícios significativos de que alguma coisa
importante está para acontecer em breve. Na
verdade, fatos importantes já estão ocorren-
do, na forma de intensa movimentação no
mercado de fornecedores de laminados para
esse sistema de rotulagem no país. Afora a in-
corporação da JAC pela Avery Dennison em
âmbito mundial, há algum tempo, basta lem-
brar, no campo dos grandes players interna-
cionais, o recente acordo de distribuição de
produtos da Arconvert, do grupo italiano Fe-
drigoni, com a Gafor Distribuidora e a inten-
ção manifestada durante a Labelexpo Ameri-
cas, em Chicago, pela finlandesa Raflatac de
reforçar sua presença na América do Sul – evi-
dentemente passando pelo Brasil.
“Estamos presentes em todos os continen-
tes do mundo, menos na América do Sul, o Bobina em máquina de
que torna lógico o nosso interesse pela re- laminação numa fábrica
gião”, declarou a EMBALAGEMMARCA Mika da Raflatac: planos para
presença na América do Sul
Sillanpää, vice-presidente senior de Desenvol-
vimento Estratégico da empresa. Ele observou, contudo, clientes e potenciais clientes, não só nos limites do territó-
que os planos de expansão não devem ser anunciados an- rio brasileiro, mas também além fronteiras.
tes do final deste ano, e que a forma de entrada na região Única laminadora brasileira a expor na Labelexpo Ameri-
ainda está em aberto, podendo ser concretizada com a cas, a Colacril, por exemplo, ratificou no evento seu inte-
aquisição de uma empresa local ou com o aumento gra- resse na expansão internacional, com maior volume de ex-
dual da presença da Raflatac nos mercados sul-america- portações para países da América Latina, onde já tem for-
nos, passando pela instalação de um centro de distribuição te presença, e da América do Norte, da África e da Euro-
e posterior construção de uma fábrica. “Está tudo em aber- pa. “Na Labelexpo Americas procuramos parceiros para
to, mas temos efetivo interesse no mercado brasileiro, distribuir nossos produtos nos mercados do norte, porta de
dada a sua importância na América Latina”, afirmou. entrada para o mercado americano”, confirma Fábio Fon-
seca, diretor de negócios internacionais da empresa.
Além fronteiras – Pelo ruído e pela vibração do solo, No mês em que completou vinte anos de fundação, se-
pode-se sentir também que, além da marcha de mamutes tembro último, a Colacril foi a empresa escolhida por EM-
transnacionais, elefantes nacionais – de porte menor, po- BALAGEMMARCA para aprofundar ainda mais a ampla co-
rém igualmente respeitáveis – não estão deixando por me- bertura que desde sua primeira edição dá ao setor. Com a
nos. À parte rumores e conversas a boca pequena sobre o reportagem a seguir, a revista inaugura, em sua seção
possível ingresso de novos participantes na banda dos Rotulagem, a rubrica Perfil. Em edições futuras, nela se-
fornecedores, algumas das principais empresas demons- rão apresentadas outras empresas do setor.
tram estar tratando de consolidar posições, investindo em
Avery Dennison/JAC Colacril Raflatac (Texxud)
tecnologia e em treinamento. Ao mesmo tempo intensifi- (19) 3876-7600 (11) 6982-6900 (11) 3167-2341
cam ações com vistas a estreitar o relacionamento com www.averydennison.com www.colacril.com.br texxud@uol.com.br
Vista aérea da fábrica: 50 mil metros quadrados de área com muito verde e boa conservação
adesivos pelas bordas”. Esse procedimento integra o pro- ajudantes de caminhões da Colacril, exemplifica, são trei-
grama Perda Zero da empresa, cujo prato de resistência é a nados para deixar o material onde o cliente determina, “não
possibilidade de atender pedidos nas larguras determinadas simplesmente no pátio”. Um centro de distribuição estrate-
pelos clientes. Para garantir que as mais exigentes especifi- gicamente localizado em São Paulo agiliza a logística.
cações sejam atendidas, um laboratório que opera ininter- Por tudo isso, o industrial diz sentir-se lisonjeado quan-
ruptamente monitora a qualidade de todos os materiais, des- do visitantes estrangeiros se surpreeendem ao ver uma fá-
de o recebimento das matérias-primas até o acabamento. brica na América Latina com os padrões da sua empresa.
Especial destaque é dado também ao recém-criado Cen- Mas diz-se “muito mais satisfeito por dar aos clientes a ga-
tro de Desenvolvimento e Especialidades, uma área indus- rantia de fornecimento de quantidades industriais que os
trial separada das máquinas de produção em larga escala – concorrentes não conseguem”. Ele vê nisso “a nacionaliza-
“mas ainda assim com altas capacidades em termos de vo- ção e a auto-suficiência dos insumos brasileiros para auto-
lume” – e dedicada ao desenvolvimento de novos produtos adesivos”. Nesse sentido, conclui, “a Colacril é um patri-
e novas tecnologias. Nesse centro há a possibilidade de mônio tecnológico do segmento, a serviço do mercado”.
atender pedidos de pequenas quantidades de materiais espe- O laboratório: análise desde a matéria-prima até o acabamento
ciais, desenhados e produzidos para necessidades específi-
cas, difíceis de ser atendidas com produtos de linha.
Para completar, na hora de entregar os materiais a Cola-
cril conta com frota própria de caminhões, “dotados de lo-
gística integrada”. Com essa expressão, Valdir A. Gaspar
define as plataformas elevatórias eletrônicas instaladas nos
veículos, que dispensam o uso de empilhadeiras, nem sem-
pre disponíveis em gráficas convertedoras de menor porte,
por exemplo. Frotas terceirizadas, na opinião dele, “não
oferecem a mesma qualidade de serviço”. Os motoristas e
“
leiro. Bastaria, como lembraram alguns visitantes, Para a Colacril, esta primeira participação como expositora na
resolver a questão da melhora do rendimento médio Label Expo Americas, em Chicago, teve o objetivo principal de
da população e da distribuição da renda… consolidar ainda mais nossa presença internacional. Atualmente, ex-
Nos Estados Unidos, país que prima pelos even- portamos para doze países da América do Sul, da Europa e da Ásia,
tos e pelo consumo em megadimensões, a Labelex- e estamos despontando como uma das principais potências globais no
po Americas, focada em rótulos, ostenta números de fornecimento de materiais auto-adesivos em vários continentes.
fazer inveja a qualquer empresa. A feira de Chicago O fato de estarmos presentes nesta que é uma das maiores feiras
reuniu mais de 400 expositores e atraiu quase 13 000 mundiais do segmento de rotulagem coloca o Brasil em posição de
visitantes interessados em fazer negócios. Como destaque, já que o país possui uma das maiores indústrias de mate-
mercado potencial têm à disposição um volume de riais auto-adesivos do mundo, com qualidade e tecnologia de classe
consumo de auto-adesivos per capita seis a dez ve- mundial. O fato de estarmos exportando, com excelente aceitação,
zes maior que o brasileiro, que fica em algo próximo para mercados exigentes e consolidados como o Europeu certifica
a modesto 1,5 metro por pessoa/ano. que estamos no caminho certo quanto à qualidade de nossos mate-
riais, desenvolvimentos e estratégias de mercado.
Caminho natural? A feira foi muito importante para nós, pois o próximo e principal foco
Nas visitas aos estandes e nas conversas com visitan- na área de exportação da Colacril é o mercado norte-americano, onde
tes e expositores, maneira direta e eficaz de detectar em breve começaremos a operar. Nossos planos incluem Estados Uni-
tendências, a dificuldade principal foi definir se as dos, México e Canadá, países com os quais tivemos muitos contatos e
de onde vieram muitos de nossos visitantes durante a feira.
”
inclinações mais consistentes apontam para rumos
específicos do mercado americano ou se serão trilhas
a ser percorridas por aqui também. Embora quase in- Fabio Fonseca, diretor de
variavelmente o que ocorre lá se reproduza no Brasil negócios internacionais da Colacril
depois de algum tempo, não se pode esquecer que o (11) 6982-6900
consumidor norte-americano médio tem maior capa- www.colacril.com.br
cidade de absorver os custos de produtos com apre-
sentação mais sofisticada do que a esmagadora
maioria dos brasileiros. Dessa forma, possivelmente
aquilo que é moda (no sentido estatístico da palavra)
nos Estados Unidos se restrinja a nichos de mercado
nestas bandas.
Convergência de bandas
É interessante notar que a Labelexpo deste ano,
segundo os organizadores, registrou, em relação às
edições anteriores, maior presença de convertedores
usuários de equipamentos de banda larga e de máqui-
nas planas. Buscavam informações, idéias e tecnolo-
gia tanto de banda média quanto de banda estreita. No
sentido contrário, fornecedores tradicionalmente fo-
cados em banda larga apresentavam soluções de ban-
da média, procurando atrair o público, ainda compos-
to majoritariamente por usuários de banda estreita.
Isso denota a tendência, notada em anos recentes,
de busca dos convertedores por flexibilidade. A ban-
da estreita já faz incursões em áreas como a produção
de cartuchos, graças ao notável avanço na qualidade
da flexografia e à crescente oferta de impressoras hí-
bridas, como as da F-Line, apresentadas pela Nilpeter
em Chicago.
No mesmo sentido, pôde-se observar entre os ex-
positores oferta mais ampla de soluções para rótulos
que não o auto-adesivo, refletindo uma nova realida-
de de mercado – a de que um mesmo convertedor
atenda às demandas de seus clientes-chave por dife-
rentes sistemas de rotulagem. Assim, a Labelexpo ca-
racterizou-se, por exemplo, pela presença mais
expressiva de tecnologias para in-mold, termoenco-
lhíveis e roll-fed do que a registrada em anos anterio-
res.Especificamente no mundo dos auto-adesivos,
“
Com a economia aparentemente de volta ao crescimento, a La-
mentado. Inúmeros lançamentos foram feitos por fa-
belexpo é a exposição que mais atende às nossas expectativas
bricantes de bases para rótulos, hoje preocupados em
na busca por investimentos em tecnologia de valor agregado, soluções
oferecer especialidades para fugir da comoditização.
inovadoras e melhoria no atendimento aos clientes, uma vez que tem o
Essa tendência vem se confirmando em toda a cadeia
foco voltado ao mercado de rótulos, que é o nosso produto principal.
dos plásticos, partindo dos fabricantes de resinas e se
Quem acompanha a Labelexpo todos os anos pode não perceber, mas
estendendo até os fornecedores de filmes e laminado-
há sempre melhorias em tecnologia, processos e soluções que nos
res. Mais uma vez, emerge a pergunta: é também
permitem visualizar uma maneira de atender o mercado com produ-
uma realidade no Brasil, onde as margens comprimi-
tos de impacto visual, a custo competitivo e dentro dos mínimos pra-
das não oferecem muito espaço para soluções de
zos de entrega que hoje são comuns.
maior valor agregado? A resposta parece ser positiva.
Entre as inovações e tendências que a Labelexpo apresentou, destaco
o avanço da tecnologia RFID/Smart Label, talvez o principal desenvol-
Base aliada vimento em andamento, cuja aplicação pode revolucionar a cadeia de
Contribuindo para o avanço dos substratos há uma
fornecimento com suas vantagens e habilidades em identificar e for-
série de inovações às vezes invisíveis aos olhos dos
necer informações de produtos, controlar fluxo de materiais, raciona-
próprios convertedores, mas de resultados sensíveis
lizar controles, evitar roubos e automatizar processos. Estaria o códi-
na linha de produção e no custo final dos rótulos im-
go de barras com os dias contados? Outro campo que vem crescen-
pressos. São inovações em liners, silicones, tintas e
do rapidamente é a impressão digital, com máquinas cada vez mais
preparação de filmes para impressão, que resultam
industriais e confiáveis, com a promessa de ser economicamente viá-
em base melhor e facilitam o trabalho de conversão.
vel para pequenas tiragens, e ideal para respostas rápidas, de alta
Para ficar num só exemplo: a Dow Corning lançou a
qualidade e com possibilidade de aplicação de dados variáveis. O cus-
linha de silicones solventless Syl Off, que reduz o
to dos insumos ainda é a principal dúvida.
peso da platina no custo final do produto sem preju-
A exposição também é uma oportunidade de estar em contato com as
dicar seu desempenho.
máquinas impressoras de rótulos dos mais conceituados fabricantes,
sempre inovando para atender às necessidades de trocas rápidas, mé-
A bola da vez dias tiragens e baixo custo, uma tendência de mercado que há anos
Merece destaque especial a área de identificação. É vem motivando e exigindo as melhorias que buscamos. Além disso, o
raro encontrar, entre os convertedores, quem não es- leque de aplicações dessas máquinas vem crescendo cada vez mais,
teja acompanhando o acelerado desenvolvimento da atendendo não só as necessidades de impressão de materiais auto-
tecnologia de rádio-freqüência, sintetizada pela sigla adesivos, mas também de filmes flexíveis, filmes termo-encolhíveis, car-
RFID (do inglês Radio Frequecy Identification). tões etc. É a flexibilidade necessária para transformar um convertedor
Na Labelexpo, além de fornecedores de equipa- em fornecedor de soluções em rotulagem e embalagem.
mentos de aplicação do inlay (o chip com a antena) Enfim, é um evento que, além de tudo isso, permite estreitar relacio-
nos rótulos, era claro o esforço da indústria para ba- namentos com os fornecedores e somar todos os elementos para se
ratear a tecnologia. Tintas condutivas, que com o au- preparar para o futuro e buscar um posicionamento adequado para
”
esse desafio.
APOSTA – Transparência de BOPP
e flexibilidade do PE são os Alexandre Chatziefstratiou,
trunfos dos filmes squeezable,
Diretor industrial da
como o Novo Raflex, da Raflatac
Prakolar Rótulos Auto-Adesivos
(11) 6291-6033 • www.prakolar.com.br
“
Diferentemente das suas outras edições, a Labelexpo deste
ano foi marcada mais por novidades no setor de suprimentos
do que propriamente em máquinas. Por parte da Raflatac foi apre-
sentado o Novo Raflex, um filme de BOPP com características de ma-
leabilidade próximas ao PE que mantém as qualidades inerentes ao
polipropileno, tanto em espessura como em transparência. Falando
em espessura, aliás, outro lançamento da Raflatac na Labelexpo foi
um filme de BOPP com 30 micra, com suporte de PET de 30 micra,
”
trazendo vantagens em volume e excepcional transparência.
“
Apresentamos uma nova tecnologia, chamada Ciba Prime IT,
da antena, eram uma das possibilidades aventadas
para tratamento de superfícies plásticas. Não se trata de
para que se chegue ao sonhado RFID de 5 centavos
um primer, mas de um tratamento que modifica permanentemente
de dólar. Falta, contudo, uma solução para o proble-
a superfície do plástico. Isso garante compatibilidade universal e as-
ma da aplicação dos chips nas antenas impressas,
segura adesão otimizada em todos os tipos de substratos plásticos,
uma vez que a precisão é imprescindível para o bom
como BOPP, PET, PE, PVC e PA.
funcionamento do sistema.
Como materiais plásticos têm baixas propriedades de molhabilidade
Prova de que as etiquetas inteligentes estão em
e adesão, dificultam a aplicação de tintas, adesivos e vernizes. Tra-
evidência foi a realização, em Chicago, de uma con-
tamentos de superfície convencionais para melhorar estas proprie-
ferência e uma feira dedicados ao assunto, na mesma
dades são pouco estáveis e não garantem que a modificação da su-
época da Labelexpo (veja quadro na pág. anterior).
perfície seja homogênea, além de poderem afetar as propriedades
químicas ou físicas do filme. No caso dos primers tradicionais tam-
Antes de Bruxelas, o Brasil bém há desvantagens, já que exigem um tipo de primer para cada
Dado o ritmo acelerado do desenvolvimento das tec-
substrato. Além disso, a camada do primer pode interferir nas pro-
nologias de conversão, pode-se prever que a próxi-
priedades ópticas do filme.
ma edição da Labelexpo, a realizar-se em Bruxelas
O Ciba Prime IT pode ser usado para impressão e laminação de
em setembro de 2005, será palco de muitas novida-
embalagens rígidas ou flexíveis, smart cards, rótulos, etiquetas e
des. Enquanto isso, cabe à cadeia de rotulagem man-
impressões comerciais. O produto pode ser encontrado em duas
ter-se atualizada, sob risco de perda de competitivi-
versões (base solvente e base água), e tem excelente compatibilida-
dade num mundo cada vez mais globalizado.
de tanto com tintas e adesivos de cura UV como com sistemas
Uma boa oportunidade para isso será o Latin
base água. Outra vantagem é que os substratos tratados com o
American Label Summit, agendado para 17 e 18 de
Prime IT têm tempo de estocagem praticamente ilimitado, desde
maio de 2005 em São Paulo. Segunda edição de um
que sejam protegidos da exposição à luz UV.
evento lançado este ano no México (ver
Escolhemos a Labelexpo Americas para ser o palco do lançamento
EMBALAGEMMARCA nº 59, julho/2004), o Latin
dessa nova tecnologia para a América Latina e NAFTA. Além de in-
American Label Summit pretende reunir converte-
troduzir a nova tecnologia e mostrar o seu potencial, iniciamos pro-
dores de toda a América Latina para discutir tendên-
”
missores contatos e futuras parcerias na região.
cias e novidades. Na condição de revista brasileira
que mais profundamente cobre o tema rotulagem,
Ana Paula Perroni Laloe, Ciba Especialidades Químicas
EMBALAGEMMARCA foi convidada para ser a apoia-
(11) 5532-7425 • www.cibasc.com/primeit
dora oficial do evento no Brasil.
“
A Comprint esteve presente na Labelexpo Americas 2004 com
“
A Labelexpo é uma feira totalmente
voltada para o ramo gráfico no seg- sua equipe de vendas que atua diretamente no mercado de ro-
mento de rótulos, etiquetas e outros mate- tulagem no Brasil. Uma de nossas representadas é a HP, que apre-
riais para embalagem com infinitas utilidades. sentou neste evento a WS4050, impressora offset digital que permi-
Ela oferece várias oportunidades para quem te impressão de até 7 cores e que trabalha bobina-bobina. O que a di-
está iniciando no ramo gráfico de convertedo- ferencia do modelo anterior, o WS4000, é o fato de poder imprimir,
res, e novidades para melhorar aqueles que entre outros, substratos transparentes com espessura minima de 15
já possuem prática no mercado. É visível a micra, ampliando assim seu range de atuação e aplicação.
preocupação dos expositores em fornecer so- No stand também estavam presentes alguns parceiros da HP nesta
luções em máquinas, materiais e softwares, linha industrial, tais como a Omega, que mostrou sua solução de
melhorando a qualidade e facilitando o dia-a- acabamento com corte a laser.
dia do convertedor. É sempre muito importante nossa presença neste tipo de evento,
O evento é necessário para o ramo gráfico pois vários empresários brasileiros visitam a feira, e a impressão di-
de convertedores, mas deveria ser realizado gital hoje já é uma realidade para o nosso mercado, com tendência
só uma vez por ano, revezando os países. de crescimento contínuo.
”
Com certeza teríamos mais novidades.
”
Alessandra Jobb, Comprint EVOLUÇÃO – WS4050
Celso Henrique Angimahtz (11) 3371-3394 da HP tem maior
Soft Color Etiquetas Adesivas Ltda. www.comprint.com.br range de atuação
(11) 6726-3000 • www.softcolors.com.br que o modelo
anterior
“
pressora digital Spring, chamada SpringPRO, que, além de
seis cores, vem configurada com Sistema Variprint para impres-
são de dados variáveis. Isso inclui a possibilidade de importar ban-
cos de dados do Excel e de outros aplicativos, mesclando informa-
ções por etiqueta impressa com textos, numeração, código de
barras, e imagens em traço e policromia, com possibilidade de po-
sicionamento randômico ou determinado das imagens, além de ro-
tação com progressão. A SprinPRO vem também com Sistema Va-
riflex de reimpressão em registro, que permite reimprimir bobinas
pré-impressas em outras máquinas com dados variáveis ou com
mais seis cores sobre o material já impresso, tudo em registro.
Assim, a impressora tem a capacidade de imprimir até doze co-
res, se necessário. Outro diferencial do equipamento é o sistema
de otimização dos ribbons de impressão. Células eletrônicas moni-
toram cada cabeçote de impressão, verificando a metragem de
cada cor que não foi utilizada e possibilitando ao convertedor fazer
um rewind dos ribbons não utilizados. Assim, obtem-se grande
economia da única matéria-prima utilizada no equipamento, que
”
são os ribbons termotransferíveis.
“
Nossa intenção na Labelexpo foi apresentar, pela primeira
vez nas Américas, o Twin Cut da OMET. Trata-se de um sis-
tema de conversão em linha que, ao contrário dos sistemas conven-
cionais, é formado por duas estações de corte idênticas, com os ci-
lindros porta-ferramentas de diâmetro igual ao tamanho total do de-
senvolvimento de impressão da máquina, que tem 838,6mm. Essas
duas estações de corte trabalham em conjunto comandadas pelo
PLC da máquina, e como contam também com transmissão por
servo-motores, os cilindros literalmente lêem o comprimento de cor-
te do serviço específico, e cada um desce para posição de corte na
medida exata do produto. Depois, os cilindros levantam e adiantam-
se para o próximo corte ou meio corte. Nesse meio tempo, a banda
está correndo e o segundo cilindro desce para cortar o produto ain-
da sem corte.
Em resumo, é como se você tivesse um flat bed die cutting com ve-
locidade de 150 metros por minuto. A grande vantagem deste sis-
tema é que não é mais necessária a compra de um conjunto de ci-
lindros de corte. Há também economia na confecção das facas,
pois pode-se encomendar as facas no tamanho exato do serviço
sem a necessidade de completar o diâmetro total do cilindro. Como
vantagem adicional, qualquer das estações pode ser eletronicamen-
te desconectada, e pode funcionar como uma unidade convencional
de corte, se necessário. Esse sistema dá uma vantagem muito
grande ao convertedor que pode escolher quais serviços podem ser
”
feitos no modo Twin Cut ou convencional.
“
ros equipamentos de CAM (Computer-Aided-Manufacturing). Fui à Labelexpo Americas em busca
Quanto às aplicadoras de inlay, a Melzer e a Bielomatik expuseram de novos produtos e novos contatos.
suas soluções ao vivo. A Melzer apresentou uma máquina versátil, A DRW é uma empresa de pequeno porte,
que permite a inserção de até quatro carreiras de etiquetas inteligen- mas com crescimento constante nos últi-
tes ao mesmo tempo, enquanto a Bielomatik produz apenas uma. mos dois anos. Esperava ver tecnologias
Ambas possuem um mecanismo de teste e separação dos inlays de- que se diferenciassem das que temos dispo-
feituosos, recurso indispensável para os tags de 915 Mhz. O conceito níveis no Brasil, mas vi que estamos bem
da Bielomatik é a modularização (ver EMBALAGEMMARCA nº 61, setem- atualizados. Nesse sentido, a única coisa
bro/2004), tendo o modelo básico 9 módulos, mas podendo chegar que me chamou a atenção foram as etique-
a 18 módulos, a serem acres- tas RFID. Esse é um mercado que chegará
centados de acordo com a ne- rápido ao Brasil, mas no início ficará restri-
to às grandes empresas, pois o custo ainda
”
cessidade.
é muito elevado.
Douglas Miyazato Percebi também um grande avanço dos fil-
Desenvolvimento de RFID mes sintéticos, o que é muito importante
”
Torres Etiquetas para a natureza.
“
Na Labelexpo a Ko-Pack reconfirmou o uso do
tambor central na impressão de filmes em banda mundiais do segmento, onde se conferem os últi-
estreita, inclusive os termo-encolhíveis, pois o tambor mos lançamentos e novidades. Nós da Avery Dennison
central facilita a manutenção de registro e a operação contamos com a presença de convertedores do mundo
nesses substratos. A empresa desenvolveu, além do tra- todo, e temos sempre a satisfação de receber os clien-
dicional sistema letterpress, uma solução para impres- tes brasileiros em nosso stand. No ano em que comemo-
são flexográfica com qualquer tipo de tinta UV, base ra os 50 anos da marca Fasson, além de novos serviços
água ou solvente. O tambor central é resfriado, garantin- a empresa promoveu na feira inúmeras soluções inovado-
do que o substrato não aqueça na secagem ou na cura ras em auto-adesivos, como RFID, produtos para impres-
UV. A alta tecnologia da Ko-Pack garante imprimir em al- são digital, de segurança e farmacêuticos, novos filmes
tas velocidades e realizar trocas rápidas, o que é muito para rotulagem primária e aplicações duráveis.
importante para quem imprime filmes para tiragens mé- Como destaque, tivemos o lançamento do adesivo Fas-
dias e pequenas. O equipamento mostrado na feira foi a son®C0196, especialmente desenvolvido para aplicações
400-F, uma impressora de doze cores, com dois tambo- de baixíssimas temperaturas e resistência a processos
res centrais de seis cores cada um e possibilidades de criogênicos (que utilizam nitrogênio líqüido para aplicações
hospitalares, biológicas e farmacêuticas). Três diferentes
”
laminação e acabamento em linha.
construções estão disponívies com o novo adesivo, resis-
Fernando Bortolim
tente a temperaturas entre -196oC e 90oC, além de ou-
Coras do Brasil
tras aplicações críticas como estocagem em gelo seco
(11) 5507-7010
(-80oC), autoclave, processos de radiação gama e resis-
www.coras.com.br
”
tência química a inúmeras substâncias.
“
A Labelexpo Americas é o evento
mais importante para convertedores muito importante em vários sentidos. Uma ressalva: no aspec-
de banda estreita no mercado americano. to tecnológico, acho que uma feira realizada a cada ano, como a La-
Como em outros anos, a Stork marcou pre- belexpo Americas, que se alterna com a de Bruxelas, na Bélgica, não
sença com seus produtos voltados para mostra avanços substanciais que justifiquem o investimento. É o con-
este mercado, ou seja, para Serigrafia Ro- trário, por exemplo, da Drupa, realizada a intervalos maiores, de qua-
tativa, Preparação de Tintas, Gravação Di- tro anos. Isso permite que nela se reflita o amadurecimento tecnológi-
reta para Polímeros de Flexo, Anilox e Slee- co conquistado nesse espaço de tempo. Mesmo assim, na Labelexpo
ves. Como lançamento apresentou o Cabe- sempre aparecem coisas novas. Agora, por exemplo, a maior delas
çote de Serigrafia Rotativo alternativo, RSI foi a etiqueta inteligente, que de tão badalada já não é novidade.
Compact. Fácil de integrar às máquinas Enviamos quatro pessoas a Chicago porque essa feira é muito mais
existentes e com menor valor de investi- importante para se acompanhar tendências, sobretudo as estratégi-
mento, este equipamento foi projetado para cas. Funciona como uma bússola: sabe-se aonde vai dar, mas não se
atingir mercados com menor disponibilidade percebe exatamente quais os passos para chegar lá. Ali detectam-se
de recursos, mas que necessitam de alta indícios, sugestões, e isso vale muito.
Um ponto forte da feira é a chance de fazer contato com grandes li-
”
qualidade em seus produtos.
deranças, para identificar os rumos futuros do setor e para saber se
Paulo R Ruffini, Stork Prints Brasil os caminhos que estamos seguindo são os corretos. Em conversas
(19) 3437 1315 • www.stork.com com presidentes de grandes empresas internacionais é possível identi-
ficar estratégias, e só nesses eventos é que se conseguem esses
contatos. Fora daí é difícil encontrar e conversar com o presidente da
“
A Codimag apresentou os sistemas
Fasson, com o presidente da Raflatac, por exemplo.
“Semi-Rotativo Letterpress e Water-
Nessas feiras pode-se constatar que, com sua imensa população, o
less”, que crescem mais que os rotativos na
Brasil ainda consome pouco rótulo auto-adesivo, e reforça-se o interes-
Europa e na Ásia, em função da grande de-
se em mudar o quadro. Quando se volta para casa encontra-se a capa-
manda por pedidos de pequenas e médias ti-
cidade instalada parada, por falta de poder aquisitivo da população.
ragens em rótulos auto-adesivos. Em compa-
ração com outros processos, a impressão Se servir de consolo, assim se evidencia de forma ainda mais clara o
grande vão aberto para crescer e para sermos desenvolvidos.
”
em “Waterless” permite melhor qualidade de
impressão para quadricromias finas.
Possibilita também trocas e acertos em pou- Ronaldo Baumgarten, Presidente da Baumgarten Gráfica
cos minutos, com mínimo desperdício e alta (47) 321-6666 • www.baumgarten.com.br
qualidade mesmo em trabalhos complexos e
pequenas tiragens. A serigrafia semi-rotativa
é exclusividade da Codimag em parceria com
Stork. O formato das matrizes é sempre o
mesmo, dispensando jogos de diferentes me-
didas. Basta programar a impressora que o
formato se ajusta. A estação de meio corte A Inkmaker apresentou o equipamento A32 lançado este ano
“
e hot stamping trabalha também no sistema para produção de tintas para banda estreita base água, solven-
semi-rotativo com facas flexíveis, permitindo te ou UV, com capacidade para armazenamento de até 32 bases, do-
ter matrizes com custos muito menores e sagem em recipientes de 2 litros até 25 litros e precisão de até 0,1
com desperdício mínimo da película. grama. As bases podem ser armazenadas em canisters de 12 litros
A máquina apresentada na feira imprimia
com agitador, baldes ou tambores de 200 litros. Outro equipamento di-
um rótulo de vinho num papel texturizado,
vulgado foi o P18, dirigido a produtores e impressores que pretendam
em quatro cores “offset waterless” policro-
produzir tinta na própria fábrica (in-plant). É utilizado para tintas base
mia fina, com serigrafia semi-rotativa, verniz
água ou solvente. O P18 é capaz de armazenar até dezoito bases mais
flexo com reserva, hot stamping com clichê
um solvente e fazer a mistura em baldes de 20 quilos com a precisão
de magnésio e impressão em alto-relevo,
de 1 grama por base dosada. As bases podem ser armazenadas em
com produção média de 50 mil rótulos por
tambores de 200 litros ou tanques, cada qual equipado com sua bom-
hora. Fazia-se então a troca por outro tra-
balho totalmente diferente em BOPP trans- ba pneumática para o transporte do fluído desde o recipiente onde
parente, com tempo de troca de 16min, e está armazenado até o cabeçote. Ambos os equipamentos são total-
consumo de menos de 70 metros lineares mente automáticos, permitem a repetibilidade das cores, produção just
”
para acertar o serviço. in time e não contaminam o meio ambiente.
”
Gustavo Virginillo, Coras do Brasil
(11) 5507-7010 • www.coras.com.br
DIVULGAÇÃO
onononononononononon
desalentadora escassez de crédito. Mas fatores onoononononononono
como carência de assessoria mercadológica e
de conhecimentos técnicos também compro-
metem o amadurecimento de muitos projetos,
além de contribuir para que apenas cinco em CANAL DIRETO – ferra- Uma das ferramentas de que a
menta de relacionamento
cada 10 000 empresas brasileiras tenham pers- Eastman dispõe no Brasil para ras-
virtual permite o envio
pectiva de crescer, enquanto a média global de projetos pela Internet trear parceiros inovadores é a Inter-
supera a marca de vinte por 10 000 empresas. net. A empresa hospedou em seu site
Munida desses e de outros dados sobre o Innovation Center, uma espécie de
empreendedorismo no Brasil, a companhia canal de relacionamento virtual que permite,
química Eastman, que atua no mercado de entre outras formas de contato, o envio de
embalagens desenvolvendo polímeros para projetos para avaliação técnica. As idéias que
produção de frascos e recipientes plásticos, chamarem mais atenção poderão receber su-
está investindo em soluções tecnológicas e porte tecnológico, além de aporte de capital e
apostando em parcerias para identificar e via- assessoria de mercado. Estes dois últimos
bilizar projetos promissores no mercado bra- serviços serão prestados por um fundo de ca-
sileiro. A idéia, sintetiza Pedro Fortes, execu- pital de risco, o Rio Bravo Investimentos, e
tivo que assumiu há pouco o posto de geren- por uma organização de apoio a empreende-
te-geral da Eastman no Mercosul, é captar pe- dores, o Instituto Empreender Endeavor.
quenos e médios empresários que possuam Para anunciar essas parcerias a Eastman
boas idéias, mas “sejam desprovidos de apoio organizou um evento no Aeroclube de Jundiaí
tecnológico e financeiro”. (SP) no final de agosto último. Num hangar
foram feitas palestras da diretora do Instituto
Relevância estratégica Endeavor, Marília Rocca, e do sócio-funda-
As atividades que a empresa espera fomentar Eastman dor do Rio Bravo Investimentos, Paulo Bilyk.
são as mais variadas possíveis. Entre elas, é (11) 5506-9989 “No Brasil a maior parte dos novos empreen-
www.eastman.com.br
possível citar o desenvolvimento de produtos novosnegocios@eastman.com
dimentos acontece apenas por necessidade”,
ligados ao agronegócio, novos materiais e so- diz Marília Rocca, do Endeavor, palavra que
luções de acondicionamento de cosméticos, Instituto Empreender significa empenho em inglês. “Precisamos
Endeavor
alimentos e bebidas, além de um amplo leque (11) 3167-1311 fomentar no país o empreendedorismo basea-
de alternativas nas áreas química, de biotec- www.endeavor.org.br do em oportunidade e inovação, que efetiva-
nologia e energia. “Queremos investir em em- mente gera postos de trabalho de qualidade”,
Rio Bravo Investimentos
presas estrategicamente relevantes, que te- (11) 2107-6600 ela completa. A considerar a estimativa de
nham potencial de gerar retorno financeiro”, www.riobravo.com.br que há mais desempregados com diploma do
traduz Fortes, lembrando que o estímulo a no- que trabalhadores analfabetos no Brasil, essa
vos negócios é uma diretriz antiga na matriz espécie de cultura empreendedora merece
americana da companhia. todo o tipo de incentivo.
Fim da mesmice no ar
Tecnologias de expansão prometem revigorar as latas para aerossóis
nquanto a ditadura da imagem de latas de aço para aerossóis, desde sempre
Por água ou ar
Todos esses lançamentos valeram-se de uma
tecnologia denominada “hidroformagem”
(hydroforming), detida pela multinacional
americana U.S. Can Corporation (USC),
maior produtora de latas para aerossóis nos
Estados Unidos e segunda maior da Europa.
Nela, latas de três peças são posicionadas em
moldes com o formato final desejado e expan-
didas por meio de água pressurizada. Colabo-
ra com o processo o uso de uma chapa de aço
especial, desenvolvida pela Arcelor. “Ganha-
mos embalagens práticas, ergonômicas e alta-
mente atrativas”, diz Olivier Vanlerberghe,
gerente de marketing da Brunel. “Elas custam
por volta de 20% a mais que uma lata tradicio-
nal, mas nossos resultados nos pontos-de-ven-
da têm sido compensatórios.”
Nos Estados Unidos, as latas expandidas
para aerossóis vêm igualmente impulsionan-
Novidades em conservas
A Brascen (Brasil Central mercado em potes de vi- As conservas já podem
Alimentos) lança 11 pro- dro fornecidos pela Saint ser encontradas nos su-
dutos de uma só vez. A Gobain com tampas da permercados de São Pau-
empresa de Goiânia pro- White Cap. Os rótulos lo, Goiás, Minas Gerais e
duz palmitos em diversas “no label look” são da Distrito Federal, e até o
apresentações: inteiro, Novelprint. O design foi final do ano estarão em
picado, em rodelas e até feito na própria Brascen. todo mercado nacional.
palmito carpaccio. Os
palmitos são extraídos
principalmente da pal-
meira real australiana,
da pupunha, do açaí e
da guariroba. A Brascen
comercializa ainda con-
servas de pepino corni-
chon e minimilho.
Os produtos chegam ao
Suecos na Bahia
Mais uma prova do interesse euro- representantes da empresa, os par-
peu pela indústria brasileira de pa- lamentares suecos conheceram as
pel e celulose aconteceu no início obras de construção da nova fábrica
de setembro, quando nove mem- de celulose, além da Estação Vera-
bros do Comitê de Indústria e Co- cruz - reserva particular do patrimô-
mércio da Suécia visitaram a unida- nio natural da empresa, e de um de
de de Eunápolis (BA) da Veracel. seus núcleos de ações sociais, o
Acompanhados pelo presidente da Ser Criança.
Divisão Latino-Americana da Stora www.veracel.com.br
Enso, Nils Grafström, e de outros (73) 3166-8000