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29/12/2008
Priscila Folkl
Microscopia e
microanalise do aço
Bake Hardnable (BH)
Data: 29/11/2008
Priscila Folkl
Microscopia e microanalise do aço Bake Hardnable(BH)
Guaratinguetá
2008
Priscila Folkl
Microscopia e microanalise do aço Bake Hardnable
Agradecimentos
Este projeto é algo muito complicado para uma aluna de segundo ano, por isso agradeço ao
meu orientador, Professor Dr. Marcelo dos Santos Pereira, e a minha co-orientadora, Giselia
Alves de Souza, pois sem eles eu jamais entenderia um projeto complexo como este, graças
meu conhecimento está maior e melhor.
Agradeço também ao departamento de materiais da UNESP por me permitir utilizar o
laboratório de metalografia e seus microscópios ópticos.
Resumo
Este projeto, a princípio, estudará, apenas, as fases presentes em uma Aço Bake Hardenable,
utilizando microscopia óptica e processamento metalográfico, com os reagentes nital , para
assim, fazer a análise quantitativa e qualitativa destas fases presentes.
Abstract
This Project, at first, will study the presents phases in the steel Bake Hardnable, using optical
microscopy and metallographic methods with the etchings nital for qualitative
and quantitative analysis of this present phases.
Sumário
1. INTRODUÇÃO................................................................................................
1.1. OBJETIVOS....................................................................................................
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA........................................................................
2.1. Introdução teórica............................................................................................
2.2. Aços Bake Hardenable....................................................................................
2.3.1.Técnicas metalográficas para análise microestrutural............................
2.3.1.1. Ataques químicos corrosivos.....................................................................
3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL E METODOLOGIA.....................
3.1. MATERIAL....................................................................................................
3.2. AMOSTRAS...................................................................................................
3.3. CARACTERIZAÇÃO MICROESTRUTURAL.............................................
3.3.1. Microscopia óptica......................................................................................
3.3.1.1. Preparação das amostras metalográficas....................................................
3.3.1.2. Ataque químico..........................................................................................
3.3.1.3. Obtenção e processamento das imagens metalográficas...........................
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES...................................................................
4.1 COMPOSIÇÃO QUÍMICA DO MATERIAL.................................................
4.2. CARACTERIZAÇÃO MICROESTRUTURAL.............................................
4.2.1. Análise qualitativa......................................................................................
4.2.1.1 Ataque químico: NITAL.............................................................................
5. CONCLUSÕES E SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS...........
5.1. CONCLUSÕES...............................................................................................
5.2. SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS..........................................
REFERÊNCIAS...................................................................................................
1. INTRODUÇÃO
Atualmente a nossa sociedade encontra-se extremamente dependente dos
metais. Em transportes, estruturas e ferramentas são usadas grandes quantidades
de ferro fundido e aço. Em quase todas as aplicações elétricas é utilizado cobre.
À nossa volta observa-se uma crescente utilização de alumínio e de outros
metais leves - titânio e zircônio (os chamados metais da idade espacial).
De modo a fazer-se uma distinção entre a era moderna e a era neolítica
(Idade da Pedra), os arqueólogos tiveram necessidade de classificar os estádios
de desenvolvimento das civilizações em Idade do Cobre, Idade do Bronze e
Idade do Ferro. Os povos que melhor dominavam as técnicas de processamento
e extração de metais, foram os que se suplantaram e se destacaram dos outros,
tanto a nível de melhores condições de vida, como em vitórias nas batalhas,
dando assim origem aos grandes impérios que existiram.
Calcula-se hoje, que o primeiro contacto com os metais se deu na era
neolítica por volta de 6000 a 4000 anos AC com o uso de óxidos vermelhos (de
ferro) em corantes para rituais e práticas funerárias, em decoração e polimento,
assim como os minerais azuis e verdes (de cobre) na Mesopotâmia e no Egito.
Em Creta pequenas peças de azurite foram também descobertas em algumas
habitações. O ouro, a prata e o cobre foram os primeiros metais a serem
descobertos, dado que existiam no seu estado nativo. O ouro estava bem
distribuído à superfície da Terra e era muito resistente à corrosão, pelo que o seu
brilho atraiu a atenção do Homem Primitivo. Os ornamentos eram uma das
múltiplas aplicações deste metal.
O cobre existia no solo em grande quantidade. Era facilmente martelado com
o auxílio de pedras, o que lhe causava certo endurecimento, convertendo-se
depois em utensílios. Os trabalhos mais antigos do cobre datam de 6000 AC e
foram descobertos no Médio Oriente particularmente em redor de Ur. Foi neste
local, cerca de 3500 AC, que em escavações efetuadas se encontraram
ornamentos e armas de metal fundido e vazado, isto é, praticamente 2000 anos
após ter sido encontrado o primeiro artigo em metal toscamente martelado com
pedras. Também foram encontrados trabalhos antigos no Egito e na Índia. Hoje
se pensa que, mais por acidente do que por intenção, foi produzida uma liga de
cobre e estanho, surgindo assim o bronze por volta de 3000 anos AC na
Suméria. Esta liga era mais dura e mais resistente que o cobre, era mais apta a
ser vazada em moldes originando produtos de melhor impressão.
Como a proporção de cobre e estanho era crítica (entre 1% e 10% de estanho)
e os minérios de estanho não eram tão abundantes e bem distribuídos como os
de cobre, em certos lugares, como no Egito, a Idade do Cobre prolongou-se até
mais tarde. Os Egípcios começaram tarde na manufatura do bronze (obtido de
Tróia e Creta) mas apresentaram uma técnica de vazamento em moldes muito
avançada ("host wax"). Este período, denominado Idade do Bronze, estendeu-se
até à Era Romana.
Na China por volta de 2000 AC é descoberto um novo metal, o ferro. Este
não ocorre no estado nativo e pensa-se mesmo que as primeiras formas de ferro
a serem usadas pelo Homem Primitivo provieram de meteoritos (o ferro
encontrado possuía quantidades significativas de níquel, característica do ferro
meteórico). Este ferro era trabalhado de forma idêntica ao ouro, prata e cobre, só
que tinha a particularidade de ser mais duro. O seu preço era elevado devido à
sua raridade. Os povos antigos associavam o ferro a divindades, considerando-o
um "enviado do céu". Só mais tarde é que o ferro foi usado com maior
abundância quando se descobriu como extraí-lo do seu minério. O ferro
começou por ser aquecido em fornos primitivos abaixo do seu ponto de fusão,
separando-se a "ganga" (impurezas com menor ponto de fusão), a qual se
deslocava para a superfície sendo removida sob a forma de escória, restando a
esponja de ferro, a qual era trabalhada na bigorna, obtendo-se as ferramentas e
utensílios existentes naquela altura (2500 a 500 AC). O latão ( liga de cobre e
zinco), foi descoberto entre 1600 a 600 AC na Pérsia, China e Palestina.
O primeiro artigo de ferro manufaturado, que data de 1350 AC, era uma
lâmina de punhal encontrada no túmulo do Faraó - Tutankamon. Este punhal foi
encontrado no local de maior importância e destaque do túmulo. O baixo teor de
carbono encontrado no ferro conferia-lhe uma grande resistência à corrosão e
por isso foram encontrados pregos praticamente intactos usados em navios
Vikings que estavam enterrados há mais de 1000 anos. Os utensílios de ferro
trabalhado produzidos pelos Hittitas em 3500 AC não eram muito melhores do
que o cobre e o bronze. Só quando se desenvolveram técnicas de tratamento
térmico do ferro (contendo carbono) é que se conseguiram produtos fortes e
resistentes. Por exemplo a têmpera foi desenvolvida pelos Gregos e pelos
Romanos e os produtos endurecidos tinham múltiplas vantagens que se refletiam
nas vitórias militares contribuindo para a edificação de Impérios. Exemplo deste
fato foi uma batalha travada cerca de 220 AC entre Romanos e Gauleses em que
as espadas Gallic de ferro (às quais não eram aplicados quaisquer tratamentos
térmicos) eram muito menos resistentes que as armas dos romanos (estas sim
apresentavam tratamentos térmicos dando assim vantagem de combate aos
romanos).
Por volta de 400 AC os Gregos desenvolveram um tratamento térmico
denominado revenido, que consistia em aquecer o metal a uma temperatura
conveniente tornando-o menos frágil. Com a sua aplicação melhoraram a
produção de pontas de lanças, chisels e espadas. Deste modo, o ferro tornou-se
cada vez mais importante na vida do Homem e na sua Cultura.
Foi na Índia que se deu início à produção de aço. Chamaram-lhe Aço Wootz
(processo de carbonização conhecido pelos Egípcios antigos) e era obtido a
partir da esponja de ferro produzida num alto forno (séc. XIV). Como a
temperatura atingida não permitia a fusão do ferro, esta esponja de ferro era
trabalhada com um martelo para expelir os resíduos (forjagem); em seguida era
colocada entre placas de madeira num cadinho o qual era isolado do ar, posto
num forno e coberto de carvão vegetal, dando-se assim a absorção de carbono.
Após algumas horas de aquecimento do cadinho o metal era forjado até adquirir
a forma de barras.
No período que se seguiu à queda do Império Romano, o mundo estagnou e
deixou de ser produtivo em termos metalúrgicos; apenas se verificou uma
crescente produção de ferro. Os alquimistas Árabes, na sua busca da "pedra
filosofal" (que curaria todos os males e permitiria a transmutação dos metais)
fizeram descobertas que viriam a servir de base à ciência química, bem como
para o desenvolvimento de outros ramos da ciência.
A partir do ano 500 observa-se então uma indústria rejuvenescida. A
Metalurgia definia-se, assim, como a tecnologia de extração de metais dos
minérios e a sua adaptação ao uso através da fundição e da forja. Estas técnicas
eram função dos mestres artífices que eram homens de prestígio e de
importância vital na estrutura social, e o seu conhecimento, que provinha de
gerações anteriores, era transmitido aos seus melhores aprendizes. Porém, os
artífices não sabiam explicar porque é que a lâmina da espada quando aquecida
até ao rubro e em seguida arrefecida numa tina de água endurecia e quando
permanecia toda a noite colocada sobre as brasas da forja tornava-se macia e
fácil de deformar.
1.1 Objetivo:
Estes tipos de aço, por possuírem baixo teor de carbono, possuem também,
como fase predominante, a ferrita. O processo de recozimento foi o mais citados
nos artigos científicos pesquisados.
Foto 4.1
Foto 4.2
Foto 4.3
Foto 4.4
Foto 4.5
Foto 4.6
As fotos a seguir foram tiradas em 500x:
Foto 4.7
Foto 4.8
Foto 4.9
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Fotos a seguir foram tirados em 1000x:
Foto 4.13
Foto 4.14
Foto 4.15
Foto 4.16
Foto 4.17
Foto 4.18
Bibliografia
BRAMFITT, B. L.; LAWRENCE, S. J. Metallography and
Microstructures of Carbon
and Low-Alloy Steels. In: ASM Handbook. Metallography and
Microstructures.
Metals Park, Ohio: ASM, 2004. V.9, p.608-627.
BRAMFITT, B. L.; SPEER, J. G. A Perspective on the Morphology
of Bainita.
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CALLISTER, W. D. Jr. Ciência e Engenharia de Materiais:
Uma Introdução.
7ª Edição. Rio de Janeiro: LTC – Livros Técnicos e Científicos
Editora S.A., 2006. 589p.
HISTORY of Ferrous Metallurgy, disponível em:
http://en.wikipedia.org/wiki/Iron_industry.
Souza, G.A. CARACTERIZAÇÃO MICROESTRUTURAL DE UM AÇO MÉDIO
CARBONO E BAIXA LIGA (COM ESTRUTURA
(BAINÍTICA/MARTENSÍTICA) VIA MICROSCOPIA ÓPTICA, 2008.
Pereira,J.F.B.Cinética de envelhecimento por deformação de aços
carbono com pequenas adições de fósforo, silício e manganês