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ECONOMIA E SUSTENTABILIDADE

Sociologia é uma ciência que estuda a sociedade, ou seja, estuda o


comportamento humano em função do meio e os processos que interligam os indivíduos
em associações, grupos e instituições.
A Sociologia surge no século XIX como forma de entender as mudanças e
explicá-las. No entanto, é necessário frisar, de forma muito clara, que a Sociologia é
datada historicamente e que o seu surgimento está vinculado à consolidação do
capitalismo moderno.
Este estudo marcou uma mudança na maneira de se pensar a realidade social.
Assim é que a revolução industrial significou, para o pensamento social, algo mais do
que a introdução da máquina a vapor. Ela representou a racionalização da produção da
materialidade da vida social.

O triunfo da indústria capitalista foi pouco a pouco concentrando as máquinas, as


terras e as ferramentas sob o controle de um grupo social, convertendo grandes
massas camponesas em trabalhadores industriais. Neste momento, consolida-se a
sociedade capitalista, que divide de modo central a sociedade entre capitalistas (donos
dos meios de produção) e proletários (possuidores apenas de sua força de trabalho). O
quase desaparecimento dos pequenos proprietários rurais, dos artesãos independentes,
a imposição de prolongadas horas de trabalho, teve um efeito traumático sobre milhões
de seres humanos ao modificar radicalmente suas formas tradicionais de vida.

A transformação em curso, provocada pela mundialização do capital, pela


emergência da sociedade global, tem levado a Sociologia a transferir a sua observação
em busca de novos paradigmas teóricos para entender os novos processos e estruturas
sociais, económicas, políticas e culturais dos indivíduos e da sociedade. E ao formarem-
se novos padrões e modelos teóricos, a Sociologia, nesse conjunto, passa a ter o seu
objectivo de investigação, através de métodos e conceitos caracterizados pela
reflexão, compreensão e explicação a partir do olhar, produzidos em tempos de
mundialização do capital.
Enquanto razão crítica do seu tempo, as ciências sociais reflectem e exprimem
as convicções, dúvidas e perplexidades do curso da história, movidas pelos
acontecimentos de cada época e lugar, contexto e cultura, revelando-se
simultaneamente causa e efeito na dialéctica do jogo das interacções humanas.

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O conceito de classe social

Uma sociedade é sempre dividida em camadas sociais e um dos termos mais


frequentes para descrever isto é o conceito de classe social. A classe social vem
tradicionalmente das camadas socioeconómicas, isto é, dividindo a sociedade segundo
rendimentos e propriedade de capital. Fazer uma análise de classe social numa
sociedade é uma forma de visualizar as estruturas de poder que realmente existem, e
não como às vezes parece: dividir as pessoas entre melhores ou piores. O conceito de
classe que mais frequentemente aparece nas discussões é o conceito marxista, baseado
em duas classes sociais em permanente conflito; a classe proprietária e a classe
operária. Essa definição de classe social baseia-se num grupo na sociedade que é dono
da maior parte do capital (ou meios de produção) e a classe operária que apenas é dono
da sua mão-de-obra. Os dois grupos vivem em conflito contínuo porque a classe
proprietária quer lucrar o máximo possível e a classe operária luta para melhorar as
condições de vida. O problema desta definição do conceito de classe consiste no facto
de ser difícil aplicar à sociedade de hoje.

A partir da Idade Contemporânea as classes sociais foram divididas em baixa,


média e alta. A classe baixa é composta por pessoas de baixo poder aquisitivo e baixa
qualidade de vida que gastam tudo aquilo que recebem com alimentação e saúde, não lhe
restando nada para lazer. A classe média é composta por pessoas que possuem
rendimentos razoáveis podendo suprir as suas necessidades primárias, e também lhe
proporcionar entretenimento e lazer. A classe alta é composta por pessoas de alto
poder aquisitivo que não possuem nenhuma dificuldade em suprir as suas necessidades.
A partir desta divisão, podem-se ainda subclassificar pessoas, chamadas sem extracto
social

Classe alta: Composta por pessoas consideradas elite que normalmente são
proprietários de empresas.
Classe alta: Composta por pessoas que se tornaram ricas por bons salários, como os
políticos.
Classe média alta: Composta por pessoas com salários razoáveis como médicos,
advogados, executivos etc.
Classe média: Composta por pessoas que recebem salários médios como gerentes,
arquitectos, professores etc.
Classe média baixa: Composta por pessoas que recebem salários mais baixos
como policiais, secretárias, vendedores, recepcionistas etc.
Classe baixa: composta por trabalhadores braçais como operários sem qualificação,
serventes, varredores, cantoneiros etc.

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Miseráveis: Composta por algumas pessoas desempregadas, sem abrigo,
mendigos, indiferenciados, etc.
Marx, admitia uma outra classe social a que deu o nome de franjas, que eram os
trabalhadores por conta própria.

Por último, tanto Marx quanto Weber sugerem aspectos interessantes da


relação entre a luta política das classes dominantes e a burocracia estatal. No entanto,
poucas são as contribuições para a compreensão do fenómeno da burocracia privada,
empresarial, na sua relação com a acção e a organização política da classe dominante. E
Marx e Weber parecem concordar em que a república parlamentar é o melhor arranjo
político institucional para acomodar os interesses da burguesia e as suas facções, e da
classe subalterna. Segundo Marx, esta seria a única forma de governo no qual o
interesse geral de classe podia submeter ao mesmo tempo tanto as reivindicações das
suas diferentes facções como as demais classes da sociedade Weber, por sua vez,
aponta para as vantagens do sistema parlamentar na resolução dos conflitos políticos e
no controle do aparelho de Estado.

Uma estrutura social é a rede de relações estabelecidas entre os indivíduos do


grupo e essa estrutura pode ser afectada por factores como o parentesco e a condição
nutricional.

DIFERENCIAÇÃO E DESIGUALDADE

A especialização do trabalho e as formas hierárquicas de convívio social levaram


à diferenciação e à desigualdade social. Estas podem ocorrer em praticamente todos os
níveis da realidade social. Já ao nível dos fundamentos da sociedade há diferenciações
de papéis a partir de condições biológicas (sexo, idade), ecológicas (grupos territoriais)
e psicossociais (grupos associados a determinados comportamentos).

A nível sócio-económico são diferentes as profissões, distribuídas por sectores


sociais. A nível cultural são diferenciações entre as etnias e as subculturas e
desigualdades. A nível político são diferenciações os partidos e os grupos associados
por uma doutrina.

ESTRUTURA DE CLASSES E ESTRATIFICAÇÃO SOCIAL

Pareto analisou a desigualdade sob o ponto de vista de existência:


De elites: formadas pelas pessoas que apresentavam os mais elevados índices no seu
ramo de atividade.De não-elites: condenadas à subordinação.

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Já para Marx, a desigualdade de classes determinaria todas as demais desigualdades e
resultaria da opressão dos que possuem a propriedade dos meios de produção sobre os
que não a possuem.

Max Weber separava analiticamente três categorias de estratificação:


económica ( classes), social (grupos de status) e política (partidos).
A teoria da estratificação social considera que a sociedade distribui os
indivíduos e as famílias em vários degraus diferentes quanto à riqueza, ao poder, ao
prestígio e, para autores mais recentes, à cultura. Os indivíduos podem ser agrupados
em várias camadas ou estratos sociais.
Estratificação Social: indica a existência de diferenças, de desigualdades entre
pessoas de uma determinada sociedade: Desigualdade social. Com a
estratificação social, a sociedade é dividida em classes sociais que muito leva em
conta, a parte económica. Por isso, a desigualdade social é consequência da
estratificaçãosocial.

Sendo assim, é incorreto o termo: Estratificação social vezes Desigualdade


Social, já que fazem parte de um só.

A estratificação social esteve presente em todas as épocas: desde os primeiros


grupos de indivíduos (homens das cavernas) até aos nossos dias. Ela apenas mudou de
forma, de intensidade, de causas. A revolução industrial e a transformação dos
sistemas económicos contribuíram para que as questões sobre a desigualdade social
fossem vistas melhor, discutidas e percebidas, principalmente depois do advento do
capitalismo, tornando-as mais evidentes. Umas das características fundamentais que
distinguem a nossa sociedade das antigas são a possibilidade de mobilidade social.
Diferente da sociedade medieval na qual quem nascesse servo, morreria servo, e na
qual não era possível lutar por direitos e por uma oportunidade de mudar de classe. Na
sociedade ocidental contemporânea, por exemplo, isto já é possível, e a mobilidade
social dá-se especialmente como consequência dos investimentos em educação, dos
investimentos de formação e capacitação para o trabalho, que podem vir tanto do
Estado como da própria iniciativa privada. Em muitas ocasiões, a mobilidade social pode
ser reivindicada por meio de movimentos sociais que, na sua maioria, reivindicam
legitimidade diante da posição marginal de poder em que se encontram na sociedade.

Admirável é que estando nós na época das conquistas espaciais, a anos-luz da


sociedade medieval, e não nascendo nós servos e intitulando-nos pessoas com direitos,
mas em silêncio, cada vez mais, nos vamos tornando servos do capitalismo e os nossos
direitos de oportunidade e igualdade estão cada vez mais distantes. De facto, a
sociedade está mesmo a mudar. As evoluções no âmbito social foram muito rápidas e a
humanidade esqueceu-se de si. Com a ansiedade de debelar a crise económica, o mal de

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todos os males, “dizemos nós” poderemos ser teletransportados ao além e termos um
reencontro com os nossos antepassados medievais.

Seja qual for, o futuro social do ser que se diz ter evoluído e mais e mais culto é
que para governar subjugar humilhar e escravizar, retirando a todos não só o pão, mas
também os direitos daqueles que transportam sobre os seus ombros todo o peso de
uma sociedade, que ontem tinham pouco, que hoje não têm nada e que amanhã menos
terão, que invoca todos os deuses em vão para arranjarem um motivo, poderíamos
perguntar um dia “não haverá algures um animal mais inteligente que nós” evoluímos
assim tanto que já não temos recordações de nós próprios. Será que os outros eram
medievais, então nós o que somos! Podem tirar-nos tudo, mas… há algo no nosso interior
que jamais alguém nos pode tirar e que mesmo em silêncio continua sempre viva… a
nossa nobre dignidade. Copérnico ao ser condenado perante o tribunal do santo ofício
disse em silêncio, “e no entanto ela move-se,” e nós diremos essa é minha não ma pode
tirar.

Os objectivos relacionados com a recolha e tratamento de lixos começam em


nossa casa. Eu possuo três pequenos contentores, amarelo, verde e azul onde colocamos
tudo o que pode ser reutilizável, excepto as pilhas que costumamos entrega-las em
hipermercados em virtude dos contentores públicos não possuírem um ecoponto
próprio, medicamentos fora de prazo, entregamo-los em farmácias. Desde sedo me
preocupei em ensinar às minhas filhas as regras da reutilização e economia de energias.
Quando os pequenos contentores estão cheios, vou deitá-los ao ecoponto público que,
periodicamente, é despejado pela empresa Ersuc que tem ao seu serviço, varredores
que colaboram na limpeza das ruas, cantoneiros que andam na recolha, motoristas,
mecânicos, pintores, administrativos, pessoal de triagem encarregados, engenheiros do
ambiente, assessores técnicos e directores, para além de outras pessoas que
trabalham a fazer os contentores.
De notar que na Ersuc, como em qualquer instituição, existem escalões hierárquicos e
cada um recebe o seu salário consoante a profissão ou estatuto que ocupa, cabendo ao
director o maior salário e terminando no varredor
com o salário mais baixo.

Analisando uma pirâmide reparamos que na sua base


estão pessoas com menor formação académica,
extracto social baixo, sem formação profissional,
sem honra social e sem poder politico. São estes que,
por vezes, mais trabalham e mais contribuem para o
enriquecimento da empresa usufruindo de salários
muito baixos. São os chamados descamisados.

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Existem carros próprios e pessoal especializado para a lavagem e manutenção de
contentores, em ambos os casos, tanto os carros que colaboram na recolha e lavagem
são adaptados propositadamente para o efeito.
Os resíduos depois de recolhidos vão para uma estação de triagem onde há pessoas e
máquinas a fazer a separação. Terminada a separação, o papel vai para a fábrica, que
depois de tratado volta ao seu estado normal evitando o abate de muitas árvores que
estão a contribuir para a oxigenação do ar, embalagens e plásticos vão para outra
fábrica que depois de tratados servem para fazer as mais variadas coisas entre elas as
fibras que servem até para fazer roupa, por cada 100 toneladas de plástico reciclado
evita-se a extracção de uma tonelada de petróleo.
O vidro depois de moído volta a ter novas formas. Os restantes resíduos que
não são reutilizáveis também têm a sua importância: vão para uma central de
compostagem que consiste num processo de valorização de resíduos orgânicos que são
degradados por acção de microrganismos num ambiente quente e húmido na presença
de oxigénio, aeróbia.
O resultado deste processo é o composto, um produto estabilizado e higienizado
que pode ser utilizado como fertilizante agrícola, pois promove a melhoria das
condições do solo em termos de estrutura, porosidade, fertilidade, capacidade de
retenção da água, arejamento e actividade microbiana. A compostagem fornece um
material rico em nutrientes que melhora o desenvolvimento de plantas, jardins e
relvados. O composto actua no solo como uma esponja, ajudando o solo a reter a
humidade e os nutrientes. O composto ajuda a melhorar as características de solos,
quer sejam solos argilosos ou arenosos, concedendo-lhes outra estrutura. Os solos
ricos em composto são menos afectados pela erosão. O uso de composto aumenta os
nutrientes desse solo, reduzindo o recurso ao uso de fertilizantes químicos.
A compostagem dos resíduos reduz significativamente a quantidade de resíduos
a depositar em aterro. Não requer conhecimentos técnicos ou equipamentos. Produz
também o biogás que vai alimentar geradores que fornecem energia eléctrica para a
estação ou é lançada na rede pública, o que resta destes resíduos é aproveitado para
nutrientes que vão fertilizar vinhas, pomares, etc. Como se vê, nada se perde, apenas
se transformara.

Para que exista recolha de lixo e muitas pessoas empregadas neste tipo de
serviço é preciso o contributo de todos nós para que tenhamos melhor qualidade de
vida e haja um incentivo ao desenvolvimento sustentável da região. Este é o
desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração actual, sem comprometer
a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações. É o desenvolvimento
que não esgota os recursos para o futuro. O que se pretende, é um desenvolvimento
sustentável que assente sobre um sistema de exploração mais racional dos recursos
naturais, que preservem o equilíbrio ecológico, reduzindo os danos ao meio ambiente.

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Ficaria incompleto este trabalho se não falasse do enriquecimento de empresas
produtoras de embalagens.

É designado por empresa o complexo de actividades económicas, desenvolvidas


sob o controlo de uma entidade jurídica (pessoa ou pessoas físicas, sociedade mercantil
ou cooperativa, instituição privada sem fins lucrativos e organizações públicas). Estas
empresas são constituídas por uma elite que compreende as pessoas e os grupos que,
graças ao poder que detêm ou à influência que exercem, contribuem para a acção
histórica de uma colectividade, seja pelas decisões tomadas, seja pelas ideias,
sentimentos ou emoções que exprimem ou simbolizam.
Estas empresas vivem e rentabilizam cada vez mais os seus negócios graças ao
florescimento cada vez maior de produtos embalados, sem nos apercebermos quando
vamos fazer compras levamos para casa um sem número de embalagens que
posteriormente colocamos no ecoponto para reciclar voltando a ser reintroduzidas no
mercado posteriormente. Esta matéria-prima é obtida sem custos, simplesmente pagam
a recolha e em nome de um progresso sustentado, pese embora a medida seja tomada
com vista a beneficiar ecologicamente toda a gente, financeiramente só as grandes
elites ou empresas é que lucram cada vez mais e tudo em nome do bem comum. Todos
os anos vemos que a recolha de materiais reutilizáveis aumentou vertiginosamente mas
não nos dizem qual foi o lucro das empresas que reciclam e produzem embalagens,
enquanto os seus operários se queixam de condições de trabalho pouco humanas para
não mencionar os salários que auferem.

O conceito de consumo sustentável passou a ser construído a partir do termo


desenvolvimento sustentável, divulgado com a Agenda 21, documento produzido durante
a conferência das Nações Unidas sobre o meio ambiente e desenvolvimento, no Rio de
Janeiro, em 1992. A agenda 21 relata quais as principais acções que devem ser tomadas
pelos governos para aliar a necessidade de crescimento dos países com a manutenção
do equilíbrio do meio ambiente.
O consumo está no sector da ciência económica que se ocupa da aquisição de
bens que podem ser bens de consumo e bens de capital e serviços. Por definição, é a
utilização, aplicação, uso ou gasto de um bem ou serviço por um indivíduo ou uma
empresa.
Já o consumismo é o acto de consumir produtos ou serviços, muitas vezes, sem
consciência. Há várias discussões a respeito do tema, entre elas o tipo de influência
que as empresas, por meio da propaganda e da publicidade, bem como a cultura
industrial, por meio da TV e do cinema, exercem nas pessoas. Muitos alegam que elas
induzem ao consumo desnecessário, sendo este um fruto do capitalismo e um fenómeno
da sociedade contemporânea.

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Existem também o consumo privado que é o realizado pelas famílias, enquanto
agente económico e o Consumo público que é o consumo que não se restringe às famílias,
mas sim à Administração Pública.
Este consumismo desenfreado alimentado por uma vasta campanha publicitária
faz de nós, um ser único e individual, somos, em essência, mas a formação das opiniões
públicas torna-nos seres indiferenciados. Usualmente, toma-se por base a liberdade no
que concerne a propriedade privada e a limitação do poder do Estado. O individualismo
em si opõe-se a toda a forma de autoridade, ou controle sobre os indivíduos; e coloca-
se como antítese do colectivismo. Conceituar o individualismo depende muito da noção
de indivíduo, que varia ao longo da história humana, e de sociedade para sociedade. É
compatível com o individualismo permanecer dentro de organizações, desde que o
indivíduo e sua a opinião sejam preponderantes. Embora, na prática, geralmente exista
uma relação inversa entre individualismo e o tamanho de um Estado ou organização.
O conceito de individualismo, leva a que cada um crie o seu próprio espaço social:
que é uma espécie de universo constituído pela população humana; sem haver seres
humanos, ou existindo apenas um, não há espaço social. Sendo assim, o espaço social é
totalmente contrário do espaço geográfico, cuja existência de seres humanos é
indiferente. E é essa indiferença que hoje é cada vez mais notória na nossa sociedade.
Enquanto 20% da população mundial tiver o monopólio de 80% da riqueza mundial e 80%
da população viver com 20% da riqueza, claro está que o ser humano cada vez mais é
indiferente a si mesmo.

Esta indiferença aparece à medida que vamos adquirindo mobilidade social que
designa toda a passagem de um indivíduo ou de um grupo de uma posição social para
outra, dentro de uma constelação de grupos.
Existem diversos tipos de mobilidade social tais como: Mobilidade social horizontal
(alterações no estatuto social mas que não provocam mudança de classe ou de estrato
social. É o caso de uma pessoa que pelo casamento obtém um estatuto diferente (o de
casado) mas continua no mesmo estrato social)
A mobilidade social vertical está relacionada com a constituição de classes
sociais e o surgimento dos valores de ascensão social. A estratificação social altera
profundamente os padrões de sociabilidade, que passam a assentar na solidariedade
grupal a partir do desempenho de funções produtivas semelhantes. É preciso ter
cautela na interpretação dessa desigualdade porque as mudanças internas foram
expressivas. Proporcionalmente, o maior aumento ocorreu nos estratos altos (grandes
proprietários, banqueiros, magistrados, etc.) e no baixo superior (braçais, serventes,
etc.

Dentro da classe média, houve um significativo aumento dos estratos médio


superior (assessores, directores, gerentes de alto nível) e médio inferior (pedreiro,

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electricista, marceneiro, etc.) e um encolhimento do estrato médio (comerciantes,
viajastes, chefes de baixo nível, etc.)

Portanto, a movimentação continuou intensa dentro da estrutura social. O facto


do estrato baixo ter ficado praticamente do mesmo tamanho, por exemplo, não
significa que ele foi composto todo das mesmas famílias. Muitas famílias foram saindo
para os estratos superiores na medida em que outras foram ocupando o seu lugar nos
estratos mais baixos.

Para os movimentos sindicais ou políticos que dependem, em grande parte, da


permanência das pessoas nas mesmas condições, e que se sintam frustradas por não
saírem do lugar em que estão, a mobilidade existente não é bastante perversa. Quando
o sindicato ou o partido consegue focalizar a sua acção num determinado tipo de
agrupamento social, as pessoas que o compõe, já mudaram de lugar.

A tendência das pessoas que sobem na escala social é de admirar os valores dos
estratos mais altos - onde, um dia, pretendem chegar, sendo que, muitas delas chegam
lá. Os dados são impressionantes. Mais de 80% dos actuais ocupantes da classe alta
vieram de famílias de classes mais baixas. Só 20% vieram da mesma classe.

A ascensão social é um dos propulsores da desigualdade, pois a maioria percorre


pequenas distâncias sobe pouco e a minoria sobe muito o que provoca um estiramento
da estrutura social e, portanto, desigualdade.

Nessas condições, as pessoas apegam-se pouco tempo aos valores da classe onde
estão. Bem diferente era a situação do proletariado urbano do século XIX que nascia e
morria como proletário.

Além disso, os mercados de trabalho passam por uma enorme revolução. Há 40


anos, uma expressiva parcela da força de trabalho era constituída de homens que
trabalhavam de forma concentrada nas fábricas do sector industrial, o que facilitava a
consolidação de valores e a mobilização sindical. Hoje, quase 50% da força de trabalho
é composta por mulheres que, na maioria dos casos, complementam o orçamento
familiar, e que, junto com os homens, trabalham em unidades dispersas do comércio e
dos serviços o que dificulta a conscientização e a mobilização.

Quando se junta a mobilidade social ascendente à desproletarização,


diversificação e atomização da força de trabalho, compreende-se porque fica tão
difícil a organização de grupos representativos, tanto no âmbito sindical como no
partidário.

Está aí um quadro de uma sociedade desigual, móvel e de difícil organização.

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Uma pirâmide social é um modelo de relacionamento
social. Pessoas com as quais um indivíduo tenha menor
grau de intimidade social são colocadas na base da
pirâmide. No topo da pirâmide está o próprio indivíduo. A
cada nível descendente, o indivíduo possui um grau de
intimidade descendente. Por exemplo, a pessoa com a
qual se interage enquanto se está na fila do
supermercado, está na base da nossa pirâmide. A
filosofia das pirâmides sociais sustenta que a energia que
uma pessoa investe na base da pirâmide amplifica-se para
o topo. Assim, se um indivíduo fornece energia positiva
para pessoas na base da própria pirâmide, isto reflecte-
se na sua vida pessoal. O mesmo pode ser dito quanto à energia negativa. Tem sido dito
que aquilo que alguém traz para a sua rede social é o que cria a sua pirâmide social.

Resumindo: não queria finalizar este trabalho sem falar um pouco sobre as elites
e desigualdades sociais no nosso país.

Há muito que as ciências sociais observaram na vida social moderna a força do


impulso que leva os indivíduos a procurar a diferenciação. Diferenciação conduzida
individualmente mas suportada por identificações colectivas com sectores sociais
particulares. Sobretudo aqueles que conseguiram “descolar” da condição mais baixa
esforçam-se por obter para si e para os seus descendentes uma posição (estatuto) de
privilégio. Isto acontece sobretudo entre as camadas privilegiadas das classes médias e
alta. É certo que o nível educacional que se consegue alcançar (o diploma) constitui hoje
um factor decisivo, que favorece a mobilidade social. Mas, só aparentemente o título
académico é um factor nivelador. As pessoas oriundas de diferentes origens sociais,
quando conseguem frequentar as mesmas universidades e os mesmos programas de
mestrado ou doutoramento (por exemplo), partilham interesses intelectuais comuns, e
tudo isso facilita a mobilidade social ascendente, nomeadamente através de
casamentos interclassistas. Porém, essa abertura das fronteiras de classe não é
generalizável.

O próprio acesso aos diplomas académicos mais elevados e exigentes obedece


também a uma lógica selectiva. Logo, é fortemente condicionado pela classe de
nascença (especialmente pelo volume de recursos económicos e educacionais dos
próprios pais). Os graus de licenciatura, por exemplo, vêm perdendo valor distintivo à
medida que o título de “Dr” se banaliza. A tendência será para que as famílias das elites
pressionem e criem condições para que os seus filhos alcancem graus académicos mais

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avançados e frequentem escolas mais exigentes (e mais caras!). Esta é uma forma de
criar novas e sucessivas barreiras, de modo a que atravessá-las seja sempre mais
difícil, pois, os critérios de selecção pautam-se pela obediência aos valores definidos
pelas próprias elites e adequados aos seus interesses específicos. Criam-se, assim,
espaços e estilos de vida restritos e exclusivos, que se fecham aos que estão de fora,
em especial àqueles que – sendo embora parte da classe média – têm raízes nas classes
mais baixas. De facto, quanto mais nos aproximamos dos estratos sociais do topo mais
difícil se torna aceder ao escalão seguinte. Ou seja, o crivo da selectividade vai-se
apertando à medida que subimos cada degrau da hierarquia da estratificação.

Segundo estudos recentes do Eurostat e do PNUD (Nações Unidas), Portugal é


dos países europeus onde a desigualdade social é maior. Além disso, a diferença entre
a camada mais rica e a mais pobre tem vindo a aumentar. Em 1995 a diferença era de
7,4 vezes maior rendimento para os 20% mais ricos (em comparação com os 20% mais
pobres); em 2000 baixou para um diferencial de 6,4 vezes; e em 2003 voltou a agravar-
se para 7,4 vezes a favor dos mais ricos. Os elevados valores da desigualdade (medida
pelo índice de Gini), colocam Portugal próximo de países como a Tanzânia e
Moçambique, além de que cerca de 20% da população vive ainda no limiar da pobreza,
aumentado as bolsas de exclusão, a precariedade no emprego e o sobre-endividamento
das famílias.

Assim, pode dizer-se que o princípio da “meritocracia” que as sociedades


ocidentais tanto invocam, ainda não funciona, ou funciona escassamente, em Portugal.
Em vez disso, funciona a chamada “cunha” e uma mentalidade algo anacrónica, marcada
por traços de servilismo e pelo medo do poder. Daí deriva também a falta de autonomia
e de sentido de risco dos portugueses, o que contribui para que os nossos níveis de
desenvolvimento e de competitividade sejam ainda tão incipientes em comparação com
os países europeus mais avançados. Estas tendências encontram-se, por assim dizer,
inscritas no “código genético” da nossa própria cultura e história. Mas é fundamental
não esquecer que a modernização do país exige políticas em que o esforço de
desenvolvimento e o aumento da competitividade tenham como contraponto o
persistente combate às desigualdades e injustiças sociais.

Para a realização de alguns excertos deste trabalho, foram efectuadas algumas


pesquisas na internet nomeadamente em enciclopédias e Wikipedia.

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Como é do conhecimento geral, uma empresa em termos genéricos, está
hierarquicamente organizada de cima para baixo, da esquerda para a direita e da
frente para trás, do escalão superior para o inferior, o exemplo que a seguir se
apresenta pode adaptar-se à empresa ERSUC.

Concelho de Administração,
constituído pelo presidente ou
director dos serviços, senhor
colocado no topo da
hierarquia, em termos sociais
e financeiros, em seguida
temos o Departamento de
Gestão Financeira, constituído
por um director financeiro,
Serviços Financeiros e
Serviços Administrativos que
também são adjunto do
concelho de Administração,
está colocado em termos
hierárquicos imediatamente a
seguir ao director ou presidente.

Departamento de planeamento, gestão de informação e sensibilização do ambiente e


controlo de recicláveis. Organização de planos futuros e actuais da empresa, Gestão
operacional, coordena o departamento de equipamentos e recursos humanos. Ao
departamento de equipamentos, compete-lhe gerir, adquirir, e manter todos os
equipamentos da empresa. Recursos humanos, gere férias, faltas, licenças entrada ou
saída de pessoal, alterações a fazer em horários ou especialidades, deslocação de
pessoal de um para outro departamento ou especialidade, aquisição de contratos etc.
Serviços Financeiros, processamento de vencimentos, alterações abonos e descontos,
transferências, pagamento de serviços e consumos, aquisições, avençam etc.
Sensibilização ambiental, sensibilizar pessoas e empresas levando-as a darem o seu
contributo para a colocação de ecopontos e colocação de resíduos. Controlo de
reciclagem, estação de triagem, separação dos resíduos manutenção dos aterros,

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controlo dos depósitos de biogas, fabricação de energia e envia para as fabricas
respectivas dos resíduos condicentes.

Em conclusão, com este trabalho, fiquei a saber mais como se devem aproveitar
os resumidos urbanos, como se recicla e aproveita os desperdícios urbanos

Valeu a pena este estudo e pesquisa, certo que irei transmitir a ideia a outras pessoas
para que estas possam dar o seu donativo para o melhoramento do meio ambiente.

Coimbra, 20 de Janeiro de 2009

José António da Costa Silva

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