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MESA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS

(Biênio 2001/2002)

PRESIDENTE AÉCIO NEVES - PSDB - MG

1!! VICE-PRESIDENTE EFRAIM MORAIS - PFL - PB

2!! VICE-PRESIDENTE BARBOSA NETO - PMDB - GO

1!! SECRETÁRIO SEVERINO CAVALCANTI - PPB - PE

2!! SECRETÁRIO NILTON CAPIXABA - PTB - RO

3!! SECRETARIO PAULO ROCHA - PT - PA

4!! SECRETÁRIO CIRO NOGUEIRA - PFL - PI

1~ SUPLENTE DE SECRETÁRIO PEDRO VALADARES - PSB - SE

2!! SUPLENTE DE SECRETÁRIO SALATIEL CARVALHO - PMDB - PE

3!! SUPLENTE DE SECRETÁRIO ENIO BACCI - PDT- RS

~ SUPLENTE DE SECRETARIO WILSON SANTOS - PMDB - MT


CONGRESSO NACIONAL
RESOLUÇÃO N° 23, DE 2001

Cria o Grupo Parlamentar Brasil - Peru.


Faço saber que a Câmara dos Deputados aprovou e eu promulgo a seguinte Resolução:
Art. 1° Fica criado, como serviço de cooperação interparlamentar, o Grupo Parlamentar Brasil -
Peru.
Parágrafo único. O Grupo Parlamentar será composto por membros do Congresso Nacional que a
ele aderirem.
Art. 2° O Grupo Parlamentar reger-se-á pelo seu estatuto, a ser aprovado na primeira assembléia
geral ordinária, cujas disposições deverão respeitar a legislação interna em vigor, e atuará sem ônus para a
Câmara dos Deputados.
Art. 3° Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
Câmara dos Deputados, 30 de agosto 2001.

CÂMARA DOS DEPUTADOS

-----------SUMÁRIO

1 - ATA DA 1568 SESSÃO DA CÂMARA N° 2.542/01 - Da Excelentíssima Senhora


DOS DEPUTADOS, EXTRAORDINÁRIA, Ministra Relatora EUen Gracie, do Superior Tribunal
MATUTINA, DA 3" SESSÃO LEGISLATIVA Federal, solicitando pedido de licença para que o
ORDINÁRIA, DA 51" LEGISLATURA, EM 30 DE STF possa apreciar a denúncia constante do
AGOSTO DE 2001 Inquérito n° 1713.................................................... 40847
I - Abertura da sessão N° 2.543/01 - Da Excelentíssima Senhora
11 - Leitura e assinatura da ata da sessão Ministra Relatora EUen Gracie, do Superior Tribunal
anterior Federal, solicitando pedido de licença para que o
STF possa apreciar a denúncia constante do
111 - Leitura do expediente
Inquérito nO 1.629................ 40848
OFíCIOS
N° 1.034/01 - Do Senhor Senador Mozarildo
N° 2.509/01 - Do Excelentíssimo Senhor Mi·
Cavalcante, Quarto Secretário, no exercício da Pri-
nistro Relator limar Galvão, do Superior Tribunal meira Secretaria, do Senado Federal, submetendo
Federal, solicitando pedido de licença para que o à revisão da Câmara dos Deputados, o PL do Se-
STF possa apreciar a denúncia constante do nado n° 144/99 (PL n° 5.269/01, na Câmara dos
Inquérito n° 1.482 .. 40837 Deputados). 40849

N° 2.541/01 - Da Excelentíssima Senhora N° 1.035/01 - Do Senhor Senador Mozarildo


Cavalcante, Quarto Secretário, no exercício da Pri-
Ministra Relatora EUen Gracie, do Superior Tribunal
meira Secretaria, do Senado Federal, submetendo
Federal, solicitando pedido de licença para que o
à revisão da Câmara dos Deputados, o PL do Se-
STF possa apreciar a queixa-crime constante do nado n° 57/01 (PL n° 5.270/01, na Câmara dos
Inquérito n° 1.746 .. 40840 Deputados). 40851
40822 Sexta-feira]1 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agustu de 2001
N° 1.123101 - Do Senhor Deputado Inocêncio N° 769/01 - Do Senhor Deputado Inaldo Lei-
Oliveira, Líder do PFUPST, indicando o Deputado tão, Presidente da Comissão de Constituição e
José Rocha para integrar a Comissão de Direitos Justiça e de Redação, comunicando que a referida
Humanos, em substituição a Deputada Nice Lobão. 40851 Comissão apreciou o PL n° 1.238-B/95................... 40853
N° 1.124/01 - Do Senhor Deputado Inocên- N° 896/01 - Do Senhor Deputado Inaldo Lei-
cio Oliveira, Líder do PFLlPST, indicando a Depu- tão, Presidente da Comissão de Constituição e
tada Nice Lobão para integrar a Comissão de Dire- Justiça e de Redação, encaminhando a PEC n°
itos Humanos................. 40851 224/95 e apensadas, apreciadas pela referida Co-
N° 1.194/01 - Do Senhor Deputado Inocên- missão. 40853
cio Oliveira, Líder do PFUPST, indicando os Depu- N° 898/01 - Do Senhor Deputado Inaldo Lei-
tados do referido Bloco que farão parte da Comis- tão, Presidente da Comissão de Constituição e
são Especial destinada a proferir parecer à PEC n° Justiça e de Redação, encaminhando o PL n°
598-Al98 .. 40851 1.353/99 e apensados, apreciados pela referida
N° 1.196/01 - Do Senhor Deputado Inocên- Comissão .. 40854
cio Oliveira, Líder do PFUPST, indicando os Depu- N° 900/01 - Do Senhor Deputado Inaldo Lei-
tados do referido Bloco que farão parte da Comis- tão, Presidente da Comissão de Constituição e
são Especial destinada a proferir parecer à PEC n° Justiça e de Redação, comunicando que a referida
306-AlOO . 40852 Comissão apreciou o PL n° 2.973-B/00 .. 40854
N° 459/01 - Do Senhor Deputado Jutahy Ju- N° 902/01 - Do Senhor Deputado Inaldo Lei-
nior, Líder do PSDB, solicitando o desligamento do tão, Presidente da Comissão de Constituição e
Deputado Roberto Rocha da Comissão Especial Justiça e de Redação, comunicando que a referida
destinada a proferir parecer à PEC n° 57-Al99 . ....... 40852 Comissão apreciou o PL na 2.359-B/OO .. 40854
N° 502/01 - Do Senhor Deputado Jutahy Ju- N° 903/01 - Do Senhor Deputado Inaldo Lei-
nior, Líder do PSDB, indicando o Deputado José tão, Presidente da Comissão de Constituição e
Múcio Monteiro para integrar a Comissão Especial Justiça e de Redação, comunicando que a referida
destinada a proferir parecer à PEC n° 54-Al99 . ....... 40852 Comissão apreciou o PL n° 1.443-Al99 . 40854
N° 558/01 - Do Senhor Deputado Geddel Vi- N° 906/01 - Do Senhor Deputado Inaldo Lei-
eira Lima, Líder do PMDB, comunicando que o tão, Presidente da Comissão de Constituição e
Deputado Antônio Cruz passa a integrar as Comis- Justiça e de Redação, encaminhando o PDC na
sões de Constituição e Justiça e de Redação e de 940, apreciado pela referida Comissão .. 40854
Seguridade Social e Família .. 40852
N° 907/01 - Do Senhor Deputado Inaldo Lei-
N° 173/01 - Do Senhor Deputado Walter Pi- tão, Presidente da Comissão de Constituição e
nheiro, Líder do PT, indicando os Deputado José Justiça e de Redação, encaminhando o PDC na
Pimentel e Teima de Souza para integrar a CPI 969/01, apreciado pela referida Comissão, .. 40855
destinada a "investigar várias irregularidades prati-
cadas durante a vigência do Regime de Adminis- N° 910/01 - Do Senhor Deputado Inaldo Lei-
tão, Presidente da Comissão de Constituição e
tração Especial Temporária (RAET) no BANESPA
- Banco do Estado de São Paulo S.A." .. Justiça e de Redação, encaminhando a PEC n°
40852
593/98, apreciada pela referida Comissão .. 40855
N° 405/01 - Do Senhor Deputado Odelmo
Leão, Líder do PPS, indicando a Deputada Alme- N° 914/01 - Do Senhor Deputado Inaldo Lei-
lão, Presidente da Comissão de Constituição e
rinda de Carvalho em substituição ao Deputado
Iberê Ferreira na Comissão de Seguridade Social e Justiça e de Redação, encaminhando o PDC n°
Família .. 682/00, apreciado pela referida Comissão .. 40855
40853
N° 99/01 - Do Senhor Deputado Inácio Arru- N° 916/01 - Do Senhor Deputado Inaldo Lei-
da, Líder do Bloco Parlamentar PSB/PCdoB, indi- tão, Presidente da Comissão de Constituição e
cando o Deputado Sérgio Miranda para integrar a Justiça e de Redação, encaminhando o PDC na
Comissão destinada a proferir parecer à PEC n° 972/01, apreciado pela referida Comissão .. 40855
277-A/00 . 40853 N° 917/01 - Do Senhor Deputado Inaldo Lei-
N° 704/01 - Do Senhor Deputado Inaldo Lei- tão, Presidente da Comissão de Constituição e
tão, Presidente da Comissão de Constituição e Justiça e de Redação, encaminhando o PDC na
Justiça e de Redação, comunicando que a referida 1.054/01, apreciado pela referida Comissão .. 40855
Comissão apreciou os Projetos de Lei nOs N° 924/01 - Do Senhor Deputado Inafdo Lei·
4.512-B/94 e 1.145/91 .. 40853 tão, Presidente da Comissão de Constituição e
Agosto de 200 I DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 31 40823
Justiça e de Redação, comunicando que a referida 3.131/97, apensado, apreciados pela referida Co-
Comissão apreciou o PL n° 550-8/99... 40855 missão. 40857
N° 925/01 - Do Senhor Deputado Inaldo Lei- N° 879/01 - Do Senhor Deputado Zenaldo
tão, Presidente da Comissão de Constituição e Coutinho, Presidente em exercício da Comissão de
Justiça e de Redação, encaminhando o PDC n° Constituição e Justiça e de Redação, comunicando
648/00, apreciado pela referida Comissão............... 40856 que a referida Comissão apreciou o PL n°
1.106-A195 e apensados, apreciados pela referida
N° 927/01 - Do Senhor Deputado Inaldo Lei-
tão, Presidente da Comissão de Constituição e Comissão . 40857
Justiça e de Redação, encaminhando o PDC n° N° 880/01 - Do Senhor Deputado Zenaldo
977/01, apreciado pela referida Comissão......... ...... 40856 Coutinho, Presidente em exercício da Comissão de
N° 928/01 - Do Senhor Deputado Inaldo Lei- Constituição e Justiça e de Redação, encaminhan-
tão, Presidente da Comissão de Constituição e do o PL n° 1.130-A195, apreciado pela referida Co-
Justiça e de Redação, encaminhando o PDC n° missão . 40858
991/01, apreciado pela referida Comissão............... 40856 N° 844/01 - Do Senhor Deputado Zenaldo
N° 859/01 - Do Senhor Deputado Zenaldo Coutinho, Presidente em exercício da Comissão de
Coutinho, Presidente em exercício da Comissão de Constituição e Justiça e de Redação, encaminhan-
Constituição e Justiça e de Redação, encaminhan- do a PEC n° 306/00, apreciada pela referida Co-
do o PL n° 4.115/01, apreciado pela referida Co- missão .. 40858
missão.................................................................... 40856 N° 871/01 - Do Senhor Deputado Osmar
N° 862/01 - Do Senhor Deputado Zenaldo Serraglio, Presidente em exercício da Comissão de
Coutinho, Presidente em exercício da Comissão de Constituição e Justiça e de Redação, encaminhan-
Constituição e Justiça e de Redação, encaminhan- do o PDC nO 917/01, apreciado pela referida Co-
do o PL n° 3.524/00, apreciado pela referida Co- missão .. 40858
missão. 40856 N° 379/01 - Do Senhor Deputado Marcos
N° 867/01 - Do Senhor Deputado Zenaldo Cintra, Presidente da Comissão de Economia,
Coutinho, Presidente em exercício da Comissão de Indústria e Comércio, comunicando que a referida
Constituição e Justiça e de Redação, encaminhan- Comissão apreciou o PL nO 4.237/01 .. 40858
do a PEC n° 598/98, e a PEC n° 344/01, apensada,
N° 395/01 - Do Senhor Deputado Marcos
apreciadas pela referida Comissão. 40856
Cintra, Presidente da Comissão de Economia,
N° 868/01 - Do Senhor Deputado Zenaldo Indústria e Comércio. solicitando a revisão do des-
Coutinho, Presidente em exercício da Comissão de pacho concedido ao PL nO 1.216/99 . 40858
Constituição e Justiça e de Redação, encaminhan-
N° 107/01 - Da Senhora Deputada Celcita
do o PDC n° 855/01, apreciado pela referida Co-
Pinheiro, Presidente da Comissão de Educação,
missão. 40857
Cultura e Desporto, solicitando a apensação ao PL
N° 869/01 - Do Senhor Deputado Zenaldo n° 1.037/99 o PL n° 2.299/00 . 40859
Coutinho, Presidente em exercício da Comissão de
Constituição e Justiça e de Redação, encaminhan- N° 108/01 - Da Senhora Deputada Celcita
Pinheiro, Presidente da Comissão de Educação,
do o PDC n° 860/01, apreciado pela referida Co-
missão.................................................................... 40857 Cultura e Desporto, solicitando a apensação ao PL
Q

n 3.826/00 ao PL n° 4.648/01.. .. 40859


N° 870/01 - Do Senhor Deputado Zenaldo
Coutinho, Presidente em exercício da Comissão de NO 171/01 - Do Senhor Deputado Michel Te-
Constituição e Justiça e de Redação, encaminhan- mer, Presidente da Comissão de Finanças e Tribu-
do o PDC n° 907/01, apreciado pela referida Co- tação, encaminhando o PL n° 1.582-B/96 e o PL n°
missão. 40857 2.366/96, apensado, apreciados pela referida Co-
missão .. 40860
N° 872/01 - Do Senhor Deputado Zenaldo
Coutinho, Presidente em exercício da Comissão de N° 172/01 - Do Senhor Deputado Michel Te-
Constituição e Justiça e de Redação, encaminhan· mer, Presidente da Comissão de Finanças e Tribu-
do o PDC n° 921/01, apreciado pela referida Co- tação, encaminhando o PL n° 2.038-A/96, aprecia-
missão. 40857 do pela referida Comissão . 40860
N° 877/01 - Do Senhor Deputado Zenaldo N° 173/01 - Do Senhor Deputado Michel Te-
Coutinho, Presidente em exercício da Comissão de mer, Presidente da Comissão de Finanças e Tribu-
Constituição e Justiça e de Redação, encaminhan- tação, encaminhando o PL n° 2.011-A199, aprecia-
do o PL n° 475-B/95, e o PL n° 475-B/95, e o PL n° do pela referida Comissão. 40860
40824 Scxla-I'cira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 20()[
N° 196/01 - Do Senhor Deputado Jorge Ta- posto sobre a Renda, celebrada em Santiago,
deu Mudalen, Presidente em exercício da Comis- em 3 de abril de 2001. 40865
são de Finanças e Tributação, encaminhando o
PROPOSTAS DE EMENDA À CONSTITUiÇÃO
PDC n° 439/94, apreciado pela referida Comissão.. 40860
Proposta de Emenda à Constituição n°
N° 299/01 - Da Senhora Deputada Laura 406, de 2001 (Do Poder Executivo) - Mensagem
Carneiro, Presidente da Comissão de Seguridade nO 696/01 - Acrescenta § 5° ao art. 103 da Cons-
Social e Família, comunicando que a referida Co- tituição Federal. .. 40878
missão apreciou o PL n° 1.967/99 e apensados. ..... 40860
Proposta de Emenda à Constituição n°
N° 478/01 - Da Senhora Deputada Laura
407, DE 2001 (Do Poder Executivo) - Mensagem
Carneiro, Presidente da Comissão de Seguridade
n° 696/01 - Acrescenta art. 84 ao Ato das Dispo-
Social e Família, comunicando que a referida Co-
sições Constitucionais Transitórias . 40881
missão apreciou o PL nO 3.071/00. 40861
N° 479/01 - Da Senhora Deputada Laura PROJETOS DE LEI
Carneiro, Presidente da Comissão de Seguridade Projeto de Lei n° 5.090, de 2001 (Do Sr.
Social e Família, comunicando que a referida Co- José Carlos Coutinho) - Regulamenta a realiza-
missão apreciou o PL n° 3.105/00. 40861 ção de exames para o diagnóstico de hemoglobi-
nopatias e assistência aos portadores, e dá ou-
N° 527/01 - Da Senhora Deputada Laura
tras providências .. 40884
Carneiro, Presidente da Comissão de Seguridade
Social e Família, comunicando que a referida Co- Projeto de Lei n° 5.092, de 2001 (Do Sr.
missão apreciou o PL n° 1.246/99. 40861 José Carlos Coutinho) - Altera os arts. 163 e 165
do Decreto-Lei n° 2.848, de 7 de dezembro de
N° 541/01 - Da Senhora Deputada Laura
Carneiro, Presidente da Comissão de Seguridade 1940 - Código Penal Brasileiro . 40885
Social e Família, comunicando que a referida Co- Projeto de Lei n° 5.115, de 2001 (Do Sr.
missão apreciou o PL n° 1.328/99. 40861 José Carlos Coutinho) - Altera o artigo 289 do
N° 89/01 - Do Senhor Deputado Philemon Código Penal - Decreto-Lei n° 2.848 de 7 de de-
Rodrigues, Presidente da Comissão de Viação e zembro de 1940 .. 40887
Transportes. comunicando que a referida Comis- Projeto de Lei n° 5.165, de 2001 (Do Sr.
são rejeitou o PL n° 3.183/00......... ...... .......... ........ 40861 José Carlos Coutinho) - Modifica a Lei n° 8.069,
REQUERIMENTO de 13 de julho de 1990, que estabelece o Estatu-
- Do Senhor Deputado José Carlos Alelu- to da Criança e do Adolescente, e dá outras pro-
ia, solicitando que o PL n° 4.941/01 seja distribuí- vidências .. 40888
do à Comissão de Minas e Energia . 40862 Projeto de Lei n° 5.184, de 2001 (Do Sr.
Mensagem n° 859, de 2001 (Do Poder Salomão Gurgel) - Concede anistia e permite a
Executivo) - AV n° 943/01 - Submete à aprecia- renegociação de dividas oriundas dos financia-
ção do Congresso Nacional autorizações para mentos concedidos pelo Banco do Nordeste do
executar, pelo prazo de três anos, sem direito de Brasil - BNB aos mini, pequenos e médios
exclusividade, serviços de radiodifusão comunitá- produtores rurais .. 40891
ria, conforme os seguintes atos e entidades: TVR Projeto de Lei n° 5.206, de 2001 (Do Sr. Jo-
n° 1.047/01 - Portaria n° 509, de 23 de agosto de sué Begtson) - Acrescenta novo parágrafo ao
2000 - Associação Rádio Comunitária Matutão art. 23 da Lei n° 8.245, de 18 de outubro de
FM - Um Bem a Serviço de Campestre, na cida- 1991, que dispõe sobre as locações dos imóveis
de de São José do Campestre/RN; TVR n° urbanos e procedimentos a elas pertinentes,
1.048/01 - Portaria nO 149, de 26 de março de obrigando as prestadoras de serviços públicos
2001 - Associação Rádio Comunitária de Orixi- telefônicos, de água e energia elétrica a emitirem
miná, R.C.O., na cidade de Oriximiná/PA; e TVR os documentos de cobrança em nome dos loca-
n° 1.049/01 - Portaria n° 221, de 18 de abril de tários, quando solicitado pelo locador . 40892
2001 - Sociedade de Desenvolvimento Comuni-
tário de Uruçu-Mirim, na cidade de Gravatá/PE. 40862 Projeto de Lei n° 5.222, de 2001 (Da Sra.
Nair Xavier Lobo) - Institui o Dia Nacional dos
Mensagem nO 882, de 2001 (Do Poder
Catadores e Selecionadores de Lixo . 40894
Executivo) - Submete à consideração do Con-
gresso Nacional o texto da Convenção entre Re- Projeto de Lei n° 5.223, de 2001 (Da sr'l.
pública Fedel ativa do Brasil e a República Fede- Nair Xavier Lobo) - Altera os incisos I e II do art.
rativa do Chile destinada a evitar dupla tributa- 26 da Lei n° 8.078, de 11 de setembro de 1990,
ção e prevenir a evasão fiscal em relação ao im- para aumentar o prazo em que o consumidor tem
Agosto de 2001 DIÁRIO DA CÁMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 31 40825
o direito de reclamar de vícios aparentes ou de Artístico - ASCOREM, a executar serviço de ra-
fácil constatação em produtos e serviços.............. 40894 diodifusão comunitária, na cidade de Rolim de
Projeto de Lei n° 5.226, de 2001 (Da sr'l. Moura, Estado de Rondônia . 40923
Nair Xavier Lobo) - Altera o art. 159, da Lei n° Projeto de Decreto Legislativo n° 1.101, de
9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o 2001 (Da Comissão de Ciência e Tecnologia, Co-
Código de Trânsito Brasileiro........................... ...... 40896 municação e Informática) - Mensagem n°
Projeto de Lei nO 5.229, de 2001 (Da sr'l. 1.066/00 - TVR n° 127/00 - Aprova o ato que au-
Nair Xavier Lobo) - Dispõe sobre a restituição, toriza a Associação Comunitária Cativa a execu-
pelas administradoras de consórcio, das impor- tar serviço de radiodifusão comunitária, na locali-
tâncias pagas por consorciado. .... ......... .......... ...... 40897 dade de Rio Brilhante, Estado do Mato Grosso
do Sul. .. 40926
Projeto Lei nO 5.230, de 2001 (Do Sr. Inácio
Arruda e outros) - Altera a Lei n° 9.504, de 30 de Projeto Decreto Legislativo n° 1.102, de
setembro de 1997, que "estabelece normas para 2001 (Da Comissão de Ciência e Tecnologia, Co-
as eleições", modificando os critérios de acompa- municação e Informática) - Mensagem n°
nhamento e divulgação das pesquisas eleitorais, 1.068/00 - TVR n° 164/00 - Aprova o ato que re-
na propaganda ou publicidade oficial, no sistema nova a concessão outorgada à Rádio Progresso
eletrônico de votação e procedimentos no anún- de São Carlos LIda.; para explorar serviço de ra-
cio parcial e final dos resultados das urnas..... ...... 40897 diodifusão sonora em onda média, na cidade de
São Carlos, Estado de São Paulo . 40930
Projeto Lei n° 5.231, de 2001 (Do Sr. José
Carlos Coutinho) - Disciplina a composição da Projeto de Decreto Legislativo n° 1.103, de
merenda escolar, e dá outras providências. .......... 40902 2001 (Da Comissão de Ciência e Tecnologia, Co-
municação e Informática) - Mensagem n°
Projeto de Lei n° 5.234, de 2001 (Do Sr. 1.068/00 - TVR n° 169/00 - Aprova o ato que re-
José Carlos Coutinho) - Fixa regras sobre a pro- nova a concessão outorgada à Televisão Norte
fissão de motorista de transportes coletivos urba- do RGS LIda., para explorar serviço de radiodifu-
nos, e dá outras providências .. 40902 são de sons e imagens, na cidade de Carazinho,
Projeto de Lei n° 5.268, de 2001 (Da Co- Estado do Rio Grande do Sul .. 40937
missão especial destinada ao estudo das refor- Projeto de Decreto Legislativo n° 1.116, de
mas políticas) - Altera o art. 359, da Lei n° 4.737, 2001 (Da Comissão de Ciência e Tecnologia, Co-
de 15 de julho de 1965 (Código Eleitoral), o § 1° municação e Informática) - Mensagem n°
do art. 7°, o § 3° do art. 8°, o inciso III do caput 1.504/00 - TVR n° 417/00 - Aprova do ato que
do art 9°, o inciso VI do art. 15, o art. 17, parágra- outorga concessão à Radiodifusão Nova Mato
fo único, o art. 19, caput e § 1°, e o art. 21, caput Grosso LIda., para explorar serviço de radiodifu-
e parágrafo único, da Lei n° 9.096 de 19 de se- são sonora em onda média, na localidade de Ju-
tembro de 1995, o § 2° do art. 6°, o § 1° do art. ara, Estado de Mato Grosso . 40944
37, os §§ 1°,3°,4° do art. 39, o art. 41-A, os §§
7°, 8° e 9° do art. 42, o caput do art. 46, o § 3° do Projeto de Decreto Legislativo nO 1.117, de
art. 47, o caput do art. 58 da Lei n° 9.504, de 30 2001 (Da Comissão de Ciência e Tecnologia, Co-
de setembro de 1997, acrescenta o parágrafo municação e Informática) - Mensagem n°
único ao art. 13, os §§ 2° a 4° ao art. 2°, o pará- 1.604/00 - TVR nO 443/00 - Aprova o ato que au-
grafo único ao art. 38 da Lei n° 9.096, de 1995, o toriza a Entidade Cultural e Beneficiente de Piraí
§ 5° ao art 2°, o § 3° ao art. 3°, o § 4° ao art. 36, a executar, pelo prazo de três anos, sem direito
o § 6° ao art. 39, o art. 41-B, os incisos 111, IV, e V de exclusividade, serviço de radiodifusão comu-
ao § 2° do art. 47, o art. 57-A, a alínea 9 ao inci- nitária, na cidade de Piraí, Estado do Rio de Ja-
so 111 do § 3° do art. 58, o inciso 11I ao art. 88 e o neiro .. 40948
art. 98-A à Lei n° 9.504, de 1997, e revoga o inci- Projeto de Decreto Legislativo n° 1.118, de
so XV do art. 22, da Lei Complementar n° 64, de 2001 (Da Comissão de Ciência e Tecnologia, Co-
18 de maio de 1990, o parágrafo único do art. 22 municação e Informática) - Mensagem n°
da Lei n° 99.096, de 1995, os §§ 1° e 2° do art. 1.604/00 - TVR n° 444/00 - Aprova o ato que au-
53 e o art. 55 da Lei nO 9.504, de 1997 .. 40903 toriza a Associação Comunitária de Cultura, La-
Projeto de Decreto Legislativo n° 1.100, de zer e Comunicação de Pontal a executar serviço
2001 (Da Comissão de Ciência e Tecnologia, Co- de radiodifusão comunitária, na cidade de Pontal,
municação e Informática) - Mensagem n° Estado de São Paulo .. 40951
8.832100 - TVR n° 82100 - Aprova o ato que au- Projeto de Decreto Legislativo n° 1.119, de
toriza a Associação Comunitária Regional da 2001 (Da Comissão de Ciência e Tecnologia, Co-
Mata para o desenvolvimento Social, Cultural, e municação e Informática) - Mensagem n°
40826 Sexta-feira 31 DIÁRIO DA CÁMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2001
1.605/00 - TVR n° 446/00 - Aprova o ato que au- nitária, na cidade de Pirapozinho, Estado de São
toriza a Associação Comunitária dos Produtores Paulo , 40970
Rurais de São Gabriel a executar, pelo prazo de
Projeto de Decreto Legislativo n° 1.129, de
três anos, sem direito de exclusividade, serviço
2001 (Da Comissão de Ciência e Tecnologia, Co-
de radiodifusão comunitária na cidade de São
municação e Informática) - Mensagem n°
Gabriel, Estado da Bahia '" 40954
1.714/00 - Aprova o ato que outorga concessão
Projeto de Decreto Legislativo n° 1.120, de à Cable-Link Operadora de Sinais de TV a Cabo
2001 (Da Comissão de Ciência e Tecnologia, Co- LIda., para explorar serviço de radiodifusão de
municação e Informática) - Mensagem n° sons e imagens, na localidade de Brasília, Distri-
1.605/00 - TVR n° 448/00 - Aprova o ato que au- to Federal. . 40973
toriza a Associação Comunitária Novos Cami-
Projeto de Decreto Legislativo n° 1.130, de
nhos a executar, pelo prazo de três anos, sem di-
2001 (Da Comissão de Ciência e Tecnologia, Co-
reito de exclusividade, serviço de radiodifusão municação e Informática) - Mensagem n°
comunitária, na cidade de Iracema, Estado do
1.744/00- TVR n° 590/00 - Aprova o ato que au-
Ceará . 40957 toriza a Obras Sociais e Culturais da Paróquia de
Projeto de Decreto Legislativo n° 1.121, de Itajaí a executar serviço de radiodifusão comuni-
2001 (Da Comissão de Ciência e Tecnologia, Co- tária, na localidade de Itajaí, Estado de Santa
municação e Informática) - Mensagem n° Catarina . 40975
1.607/00 - TVR n° 468/00 - Aprova o ato que ou- Projeto de Decreto Legislativo nO 1.131, de
torga permissão à RBN - Rede Brasil Norte de 2001 (Da Comissão de Ciência e Tecnologia, Co-
Comunicação LIda., para explorar serviço de ra- municação e Informática) - Mensagem nO
diodifusão sonora em freqüência modulada, na 1.744/00 - TVR n° 593/00 - Aprova o ato que al-
localidade de Dianópolis, Estado do Tocantins ... ,. 40960 toriza a Associação Comunitária Rio Negro da
Projeto de Decreto Legislativo n° 1.122, de Comunidade de Rio Negro a executar serviço de
2001 (Da Comissão de Ciência e Tecnologia, Co- radiodifusão comunitária, na localidade de Rio
municação e Informática) - Mensagem n° Negro, Estado do Mato Grosso do Sul. . 40978
1.607/00 - TVR n° 469/00 - Aprova o ato que ou- Projeto de Decreto Legislativo n° 1.132, de
torga permissão à Rádio Bebedouro FM LIda, 2001 (Da Comissão de Ciência e Tecnologia, Co-
para explorar serviço de radiodifusão sonora em municação e Informática) - Mensagem n°
freqüência modulada, na localidade de Passos 1.819/00 - TVR n° 612/00 - Aprova o ato que au-
Maia, Estado de Santa Catarina . 40962 toriza a Rádio Comunitária Sapé FM a executar
serviço de radiodifusão comunitária, na localida-
Projeto de Decreto Legislativo n° 1.126,de
de de Sapé, Estado da Paraíba .. 40981
2001 (Da Comissão de Ciência e Tecnologia, Co-
municação e Informática) - Mensagem n° Projeto de Decreto Legislativo n° 1.133,de
1.680/00 - TVR n° 545/00 - Aprova o ato que au- 2001 (Da Comissão de Ciência e Tecnologia, Co-
toriza a Associação dos Amigos da Cultura de municação e Informática) - Mensagem n° 43/01 -
Colinas a executar serviço de radiodifusão comu- TVR n° 676/01 - Aprova o ato que outorga conces-
nitária, na localidade de Colinas, Estado do Ma- são à Fundação Bragantina de Rádio e Televisão
ranhão . 40965 Educativa para executar serviço de radiodifusão de
sons e imagens, com fins exclusivamente educati-
Projeto de Decreto Leg islativo n° 1.127 ,de
vos, na cidade de Bragança Paulista, Estado de
2001 (Da Comissão de Ciência e Tecnologia, Co-
São Paulo . 40983
municação e Informática) - Mensagem n°
1.680/00 - TVR n° 548/00 - Aprova o ato que al- Projeto de Decreto Legislativo n° 1.145,de
toriza a Associação Comunitária de Base do Mu- 2001 (Da Comissão de Ciência e Tecnologia, Co-
nicípio de Cárius - ABC, a executar serviço de municação e Informática) - Mensagem nO 535/01 -
radiodifusão comunitária, na cidade de Cárius, TVR n° 777/01 - Aprova o ato que outorga conces-
Estado do Ceará . 40967 são à Emissora Vale do Apodi LIda., para explorar
serviço de radiodifusão sonora em onda média, na
Projeto de Decreto Legislativo nO 1.128,de cidade de Apodi, Estado do Rio Grande do Norte ... 40986
2001 (Da Comissão de Ciência e Tecnologia, Co-
municação e Informática) - Mensagem n° RECURSOS
1.689/00 - TVR n° 558/00 - Aprova o ato que au- Recurso nO 160, de 2001 (Contra Decisão
toriza a Associação Comunitária de Pirapozinho Conclusiva de Comissão) (Do SI. Arnaldo Madeira
a executar, pelo prazo de três anos, sem direito e Outros) - Requer, na forma do art. 58, § 3° c/c o
de exclusividade, serviço de radiodifusão comu- art. 132,§ 2", do Regimento Interno, que o Projeto
Agosto de 200 I DIÃRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 31 40827
de Lei na 4.853-B, de 1994, com parecer favorável L1NCOLN PORTELA (Bloco/PSL - MG) -
da comissão de mérito, seja apreciado pelo Plená- Expectativa de redução da oferta de empregos no
rio. 40984 País no segundo semestre de 2001. 41085
Recurso n° 166, de 2001 (Contra Decisão JAIR BOLSONARO (PPB - RJ) - Críticas à
Conclusiva de Comissão) (Do Sr. Ricardo Barros e alteração na tabela de pagamento do reajuste con-
Outros) - Requer, na forma do art. 58, § 3° c/c o cedido aos militares. 41086
art. 132,§ 2°,do Regimento Interno, que o Projeto ZILA BEZERRA (PTB - AC) - Júbilo com a
de Lei nO 2.564-C, de 1992,do Senado Federal, sanção do Projeto de Lei n° 3.242, de 2000, coibiti-
com pareceres favoráveis das Comissões de Méri- vo da prática de grilagem de terras no País............. 41087
to, seja apreciado pelo Plenário............................... 410 12
B. SÁ (PSDB - PI) - Convite ao Ministro
Recurso nO 16B, de 2001 (Contra Decisão Raul Jungmann para visita a Municípios piauien-
Conclusiva de Comissão) (00 SI'. Marcelo Barbieri e ses. Urgente destinação, pelo Governo Federal, de
Outros) - Requer, na forma do art.5B, § 30 , c/c o art. recursos para construção de barragem no Rio Mar-
132,§ 2" do Regimento Interno, que o Projeto de Lei çal, no Estado do Piau í. 410B8
n° 29B-C, de 1995, seja apreciado pelo Plenário. ....... 41029
PADRE ROQUE (PT - PR) - Atraso na libe-
Recurso nO 169, de 2001 (Contra Decisão ração de recursos aos pequenos e médios produ-
Conclusiva de Comissão) (00 Sr. Paulo Octávio e tores rurais para custeio do plantio. Carta aberta da
Outros) - Requer, na forma do art.58, § 3° c/c o art. Frente Sul da Agricultura Familiar acerca do desca-
132,§ 2"°,do Regimento Interno, que o Projeto de so do Governo Federal com o segmento........ ......... 41088
Lei n° 3.672-A,de 2000,com parecer favorável da
comissão de mérito, seja apreciado pelo Plenário..... 41055 WILSON BRAGA (Bloco/PFL - PB) - Trans-
curso do 100° aniversário de nascimento do ex-Se-
Recurso n° 170,de 2001 (Contra Decisão Con- nador Rui Carneiro - 20 de agosto.................... ...... 41090
clusiva de Comissão) (Do Sr. Arnaldo Madeira e Ou-
FRANCISTÔNIO PINTO (Bloco/PFL - BA) -
tros) - Requer, na forma do art.5B, § 3(',clc o art. 132,
Crescimento na safra agrícola. Avanços tecnológi-
§ 2° do Regimento Interno, que o Projeto de Lei na
cos da agricultura brasileira. Contribuição do setor
2.786-B,de 1997,com parecer favorável da comissão
agrícola para o equilíbrio das contas externas. Fa-
de mérito, seja apreciado pelo Plenário. 41073
tor determinante da limitação da produção agrope-
ERRATAS cuária. Fragilidade dos mecanismos governamen-
PEC n° 553/97; Projetos de Lei nOs 233/99, tais de apoio à comercialização da safra agrícola
4.941/01 41081 brasileira............................ 41091
SESSÃO EXTRAORDINÁRIA DE 30-08-2001 JOSÉ CARLOS ELIAS (PTB - ES) - Neces-
IV - Breves Comunicações sidade de revisão na política agrícola adotada pelo
Governo Federal. 41092
MARCELO TEIXEIRA (PMDB - CE) - Soli-
dariedade ao Prefeito de Fortaleza, Estado do Cea- MARCOS DE JESUS (BlocolPL - PE) -
rá, pela nota sobre o assassinato de turistas portu- Agradecimento à Câmara Municipal de Afogados da
gueses..... 41082 Ingazeira, Estado de Pernambuco, pela outorga ao
orador da Placa de Honra ao Mérito. Solicitação ao
AVENZOAR ARRUDA (PT - PB) - Protesto
Presidente da República de continuidade do Progra-
contra exclusão de famílias paraibanas do benefí-
ma de Renda Mínima Vinculada à Educação. .... ...... 41093
cio da cesta básica e do Programa Bolsa-Renda.. " 41082
ALCEU COLLARES (Bloco/PDT - RS) -
HÉLIO COSTA (PMDB - MG) - Congratula-
Manifestação de pesar pelo falecimento do
ções à Mesa Diretora da Casa pela realização de
ex-Deputado Dilamar Machado. 41094
sessão solene em homenagem póstuma ao
ex-Deputado Pedro Aleixo, fundador dos Diários PAULO GOUVÊA (Bloco/PFL - SC) - Trans-
Associados de Minas Gerais. Referência mundial curso de aniversário da emancipação político-ad-
do Brasil no combate à Síndrome da Imunodefi- ministrativa dos Municípios de Guaramirim - 28 de
ciência Adquirida - AIDS. Aplausos à iniciativa do agosto - e Blumenau - 2 de setembro, Estado de
Ministro José Serra, da Saúde, de quebra das pa- Santa Catarina........................................................ 41094
tentes de fabricação de medicamentos anti-retrovi- FRANCISCO RODRIGUES (Bloco/PFL -
rais, com vistas à sua distribuição gratuita....... ........ 410B3 RR) - Repúdio ao tratamento dispensado aos ta-
DILCEU SPERAFICO (PPB - PR) - Desca- xistas pela Prefeita Teresa Jucá, de Boa Vista,
so do Governo Federal com o pagamento de inde- Estado de Roraima. .. 41096
nização aos proprietários rurais desalojados pela CONFÚCIO MOURA (PMDB - RO) - Elogio
criação do Parque Nacional de Ilha Grande. .. ........ 41084 ao Presidente da Agência de Defesa Sanitária
40X2lS Sexla-leira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agusto de 2001
Agrossilvopastoril do Estado de Rondônia, Irineu pela Construtora ENGEA, das dividas dos morado-
Barbieri, pelo trabalho desenvolvido para controle res do Conjunto Habitacional Marechal Rondon,
da febre aftosa. 41097 em Rondonópolis, Estado do Mato Grosso. Se-
qüestro do empresário Silvio Santos na própria re-
ANTONIO CAMBRAIA (PSDB - CE) - Ho-
sidência. .. 41105
menagem às trabalhadoras rurais brasileiras. Reali-
zação do Encontro Regional das Mulheres Traba- CORIOLANO SALES (PMDB - BA) - Reali-
lhadoras, em Crateús, Estado do Ceará .. 41097 zação, pela Câmara de Vereadores de Vitória da
Conquista, Estado da Bahia, de sessão especial
GUSTAVO FRUET (PMDB - PR) - Anúncio
para discussão das dívidas dos pequenos produto-
de apresentação de requerimento de informações
res rurais junto ao Banco do Nordeste do Brasil e
ao Ministério da Fazenda sobre incentivos fiscais
ao Banco do Brasil. Encaminhamento de indicação
para reciclagem e reutilização de resíduos sólidos.. 41098 ao Ministério da Fazenda para renegociação de
CARLOS DUNGA (PTB - PB) - Pedido ao débitos de agricultores. Solidariedade ao empresá-
Governo Federal para extensão do Programa Bol- rio Sílvio Santos, vítima de seqüestro na própria re-
sa-Renda às populações interioranas do Estado da sidência .. 41105
Paraíba . 41098 COSTA FERREIRA (Bloco/PFL - MA) - De-
ANTÔNIO DO VALLE (PMDB - MG) - Soli- fesa de implantação de refinaria de petróleo no
citação aos Ministérios da Saúde e do Trabalho e Porto de Itaqui, em São Luís, Estado do Maranhão.
Emprego de atendimento às reivindicações de en- Solidariedade ao empresário Sílvio Santos, vítima
fermeiros. Louvor ao trabalho desenvolvido pelo de seqüestro na própria residência .. 41106
Conselho Federal de Enfermagem. Manifestação
EURípEDES MIRANDA (Bloco/PDT - RO)-
de pesar pelo falecimento do jornalista Oswaldo Realização, pela Comissão da Amazônia e de De-
Guimarães Amorim, do Município de Patos de Mi- senvolvimento Regional, de audiência pública para
nas, Estado de Minas Gerais . 41098 debate de assuntos de interesse de servidores dos
JOSÉ UNHARES (PPB - CE) - Conveniên- ex-Territórios Federais. Solidariedade ao empresá-
cia de reexame, pela Advocacia Geral da União, da rio Sílvio Santos, vítima de seqüestro .. 41107
interpretação dada ao dispositivo constitucional re- ALMIR SÁ (PPB - RR) - Causas da crise da
ferente à destinação de recursos para a saúde pú- economia brasileira. Urgência na busca de alternati-
blica. Críticas à aprovação, pelo Senado Federal, vas para enfrentamento da situação econômica do
de projeto de lei sobre utilização de leitos dos hos- Pais .. 41108
pitais universitários por clientela particular . 41101
NEIVA MOREIRA (Bloco/PDT - MA) - Crise
CARLOS MOSCONI (PSDB - MG. Pela or- institucional do País. Descumprimento, pelo Gover-
dem.) - Elogio ao Deputado José Linhares pelo no Fernando Henrique Cardoso, de decisão do Su-
pronunciamento . 41102 premo Tribunal Federal sobre obrigatoriedade de
MARCOS AFONSO (PT - AC. Pela ordem.)- revisão dos vencimentos do funcionalismo público.
Divulgação, no Portal da Amazônia "Amigos da Ter- Repúdio à proposta governamental de reajuste sa-
ra", do Protocolo de Prevenção ao Fogo no Vale do larial dos servidores públicos federais .. 41108
Rio Acre. Assinatura, por segmentos da sociedade NELSON PELLEGRINO (PT - BA) - Solidari-
civil, do Protocolo sobre Uso do Fogo no Município edade ao empresário Sílvio Santos, vítima de se-
acreano de Plácido de Castro. Anúncio de apresen- qüestro na própria residência. Denúncia de irregula-
tação de requerimentos de informações aos Minis- ridades praticadas pela Secretária Municipal de Sa-
térios de Minas e Energia e do Meio Ambiente......... 41102 úde de Salvador, Aldely Rocha, Estado da Bahia..... 41110
EULER MORAIS (PMDB - GO) - Esforços PAULO FEIJÓ (PSDB - RJ) - Excelência da
envidados pelo orador a favor do desenvolvimento atuação do Prefeito Octávio Carneiro, do Município
do ecoturismo no cerrado. Assinatura de convênio de Quissamã, Estado do Rio de Janeiro . 41111
entre o Ministério da Educação e a Fundação
FLÁVIO ARNS (PSDB - PR) - Importância
Pró-Cerrado para construção de escola profissiona-
da atuação dos órgãos de segurança pública. Soli-
lizante em São Miguel do Araguaia, no Estado de
dariedade ao empresário Sílvio Santos, vítima de
Goiás . 41102 seqüestro .. 41111
ANA CORSO (PT - RS) - Conveniência de VANESSA GRAZZIOTIN (Bloco/PCdoB -
adoção do modelo de desenvolvimento chinês para AM) - Aprovação do relatório da Comissão Parla-
superação das dificuldades econômicas brasileiras. 41103
mentar de Inquérito destinada à investigaçáo da
WELlNTON FAGUNDES (PSDB - MT) - ocupação ilegal de terras públicas na Amazônia.
Equacionamento, pela Caixa Econômica Federal e Envolvimento do Senador Jader Barbalho em de-
Agosto de 200 I DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 31 40829
núncias de irregularidades, na condição de Ministro criação de Comissão para acompanhamento da
da Reforma Agrária. 41112 construção da Hidrelétrica de Tucurui 2. 41118
ÁTILA LINS (Bloco/PFL - AM) - Contrato REGIS CAVALCANTE (Bloco/PPS - AL) -
celebrado entre a empresa Manaus Energia e o Solicitação ao Ministério da Agricultura e do Abas-
Governo do Estado do Amazonas para construção tecimento de liberação do uso de agrotóxico para
de Linhão subaquático entre os Municípios de Ma- combate ao bicudo nas lavouras algodoeiras no
naus e Manacapuru. 41113 Estado de Alagoas..... 41119
ROBÉRIO ARAÚJO (Bloco/PL - RR) - Para- NILSON MOURÃO (PT - AC) - Inconve-
doxo entre a alta lucratividade das instituições fi- niência da reconcentração de terras nos assenta-
nanceiras e a qualidade do atendimento prestado à mentos do Instituto Nacional de Colonização e Re-
clientela. Defasagem salarial dos bancários. Demis- forma Agrária ,............... 41119
são de funcionárias após gozo da licença materni-
SALOMÃO GURGEL (Bloco/PDT - RN) -
dade pelo Banco Brasileiro de Descontos -
Conveniência de implantação de políticas destina-
BRADESCO, no Estado de Roraima. Presença de
das ao desenvolvimento sustentável do Nordeste
docentes das instituições federais de ensino supe-
brasileiro. 41120
rior no Distrito Federal para negociação com o Mi-
nistro Paulo Renato Souza, da Educação, da pauta DIVALDO SURUAGY (Bloco/PST - AL) -
de reivindicações da categoria. 41113 Reflexos da crise econômica na fragilidade da mo-
eda brasileira. 41121
SEVERINO CAVALCANTI (PPB - PE) - So-
lidariedade ao empresário Sílvio Santos, vítima de NILTON CAPIXABA (PTB - RO) - Expectati-
seqüestro na própria residência. Importância de va de implantação, pelo Governo Federal, do novo
aprovação da emenda apresentada ao Orçamento programa de desenvolvimento do setor cacaueiro.
Geral da União, pela bancada federal pernambuca- Regozijo com o anúncio, pelo Presidente Fernando
na, destinada à conclusão do Pronto Socorro Car- Henrique Cardoso, de nova política salarial para os
diológico de Pernambuco........................................ 41114 servidores da Comissão Executiva do Plano da La-
voura Cacaueira. 41122
ORLANDO FANTAZZINI (PT - SP) - Escas-
sez dos recursos orçamentários destinados ao DR. HELENO (PSDB - RJ) - Avanços da
atendimento à criança e ao adolescente. Breve re- política educacional implementada pelo Ministro
lato sobre a presença da Comissão de Direitos Hu- Paulo Renato Souza. Excelência das ações adota-
manos em Campina Grande, Estado da Paraíba, das pela Prefeitura Municipal de Duque de Caxias,
para adoção de medidas contra a prática do alicia- Estado do Rio de Janeiro, em prol do desenvolvi-
mento de adolescentes para a prostituição infantil. mento do ensino fundamental. 41126
Protesto contra a permissão, pelo Ministério da IVAN VALENTE (PT - SP) - Críticas ao po-
Justiça, da exibição, pela TV Globo, da minissérie sicionamento do Governo Federal em relação a
"Presença de Anita". 41115 empresas praticantes de irregularidades no forneci-
ANTONIO FEIJÃO (PSDB - AP) - Repúdio mento de produtos aos supermercados e estabele-
à decisão do Secretário Municipal de Saúde de cimentos comerciais. Necessidade de abertura de
São Paulo, Arlindo Chinaglia, de ajuizamento pe- processos criminais contra os empresários respon-
rante o Superior Tribunal de Justiça de ação popu- sáveis por prejuízos causados aos consumidores
lar contra Desembargadores do Tribunal de Justiça brasileiros. 41127
do Estado do Amapá. 41116 SERAFIM VENZON (Bloco/PDT - SC) -
ROLAND LAVIGNE (PMDB - BA) - Repúdio Importância da difusão do uso de medicamentos
à repressão policial contra manifestantes contrários genéricos, para combate aos abusos da indústria
à privatização da EMBASA - Empresa Bahiana de farmacêutica. 41127
Águas e Saneamento SA, ocorrida na Câmara de LUIZ RIBEIRO (PSDB - RJ) - Apoio à Cam-
Vereadores de Jequié, Estado da Bahia........... ....... 41117 panha Nacional de Valorização da Residência Mé-
WELLlNGTON DIAS (PT - PI) - Greve dos dica. Reivindicações dos médicos residentes. ......... 41128
servidores públicos, especialmente dos professo- MARÇAL FILHO (PMDB - MS) - Seqüestro
res e funcionários das universidades federais do do empresário Sílvio Santos na própria residência.
País. Pauta de reivindicações dos grevistas. 41117 Conveniência de reforma do Código Penal. Indica-
HAROLDO BEZERRA (PSDB - PA) - Visita ção ao Ministério da Educação para inclusão do
do Grupo de Trabalho formado pela Comissão da Município de Deodápolis, Estado do Mato Grosso
Amazônia e de Desenvolvimento Regional ao can- do Sul, entre os beneficiários do Programa Nacio-
teiro de obras da Hidrelétrica de Tucuruí. Defesa de nal Biblioteca da Escola. 41129
40830 Sexta-feira 31 DIÁH 10 DA CÀMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 200 I
PRESIDENTE (Wilson Santos) - Presença, Fortalecimento das Instituições Financeiras Fe-
na Casa, do Deputado Federal Rafael Mateo Tari e derais, respectivamente......................................... 41136
da Profa. Carmen Vieites Conde, da Espanha......... 41130
ARNALDO FARIA DE SÁ (PPB - SP) -
VIRGíLIO GUIMARÃES (PT - MG. Pela or- Desvantagens da utilização de softwares de có-
dem.) - Solicitação à Presidência de início da digo fonte aberto pela Administração Pública ....... 41137
Ordem do Dia .. 41130
LAURA CARNEIRO (Bloco/PFL - RJ) -
EXPEDITO JÚNIOR (PSDB - RO) - Desem- Garantia, pelo Governo Federal, de liberação de
penho da Empresa de Assistência Técnica e recursos orçamentários para construção da Li-
Extensão Rural do Estado de Rondônia . 41130 nha Três do Metrô do Rio de Janeiro, Estado do
BISPO RODRIGUES (Bloco/PL - RJ) - Per- Rio de Janeiro .. 41138
plexidade ante a tentativa de seqüestro do empre- TELMA DE SOUZA (PT - SP) - Contribui-
sário Silvio Santos. Incompetência da Policia do ção da oradora para o processo de regionaliza-
Estado de São Paulo. Necessidade de reexame da ção do Porto de Santos, no Estado de São Paulo. 41139
legislação pertinente à segurança pública . 41130
EDINHO BEZ (PMDB - SC) - Crescimento
ELIAS MURAD (PSDB - MG) - Apoio à ini- do Produto Interno Bruto no primeiro semestre
ciativa de empresas de implantação de programas de 2001, segundo dados da Fundação Instituto
de prevenção ao consumo de drogas no local de Brasileiro de Geografia e Estatística . 41140
trabalho . 41131
JORGE KHOURY (Bloco/PFL - BA) - Re-
PAULO PAIM (PT - RS) - Aprovação, pela púdio à tentativa de desestabilização do grupo de
Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul, do partidários do ex-Senador Antonio Carlos Maga-
projeto de lei, de autoria do Governador Olívio Du- lhães. 41143
tra, sobre elevação do piso salarial para 250 reais.
Solicitação à Presidência de inclusão na pauta do ARNON BEZERRA (PSDB - CE) - Suces-
projeto de lei concessivo de reajuste ao salário so do Projeto Pingo d'Água, desenvolvido no Mu-
mínimo. 41132 nicípio de Ouixeramobim, Estado do Ceará. ......... 41143
L1NCOLN PORTELA (Bloco/PSL - MG. WALTER PINHEIRO (PT - BA) - Comentá-
Pela ordem.) - Conclusão do Instituto de Estudos rios acerca de pesquisa publicada no jornal A
Socioeconômicos - INESC sobre as razões da Tarde sobre discriminação da raça negra no mer-
não-realização - pelo Governo Federal, de inves- cado de trabalho. 41144
timentos na área social.......................................... 41133 VI - Ordem do Dia
HUGO BIEHL (PPB - SC) - Realização do PRESIDENTE (Wilson Santos) - Requeri-
1° Seminário Internacional sobre Desenvolvimen- mento para tramitação em regime de urgência do
to Local e Sustentável do Sul do Brasil, no Muni- Projeto de Resolução n° 174, de 2001, sobre deno-
cípio de Chapecó, Estado de Santa Catarina. minação do plenário da Comissão de Desenvolvi-
"Carta de Chapecó", resultante do evento............. 41133 mento Urbano e Interior de plenário Milton Santos. 41153
JAOUES WAGNER (PT - BA) - Anúncio Usaram da palavra para orientação das
de apresentação de projeto de lei sobre ex1inção respectivas bancadas os Srs. Deputados
de exigência de reconhecimento de firma e de VIRGíLIO GUIMARÃES (PT - MG), JOSÉ
autenticação ou conferência da reprodução de ANTONIO ALMEIDA (Bloco/PSB - MA), LUIZ
documentos para sua validação. 41135 BITTENCOURT (PMDB - GO). 41153
FERNANDO GONÇALVES (PTB - RJ) - PRESIDENTE (Wilson Santos) - Votação
Ameaça, pelo Governo Federal, de corte de re- e aprovação do requerimento. 41153
cursos de emendas apresentadas pelos Parla-
mentares ao Orçamento Geral da União, em PRESIDENTE (Wilson Santos) - Discus-
caso de rejeição da proposta de cobrança de são, em turno único, do Projeto de Decreto Le-
contribuição previdenciária de servidores inati- gislativo nO 163 de 1999, que aprova o tex10 do
vos. Baixo índice de reajuste salarial do funciona- convênio sobre a Recuperação de Bens Culturais
lismo público. 41136 Roubados ou Exportados Ilicitamente, celebrado
entre o Governo da República Federativa do Bra-
PAULO MOURÃO (PSDB - TO) - Defesa, sil e o Governo da República do Peru, em Brasí-
pelo setor cooperativista, de alteração das Medi- lia, em 26 de fevereiro de 1996. 41153
das Provisórias nOs 2.168 e 2.196, de 2001, so-
bre o Programa de Revitalização de Cooperati- PRESIDENTE (Wilson Santos) - Encerra-
vas de Produção Agropecuária e o Programa de mento da discussão... 41153
Agosto de 200 I DIÁR 10 DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Scxta-Icira 31 40831
Usou da palavra para encaminhamento da JOSÉ ANTONIO ALMEIDA (Bloco/PSB -
votação o Sr. Deputado VIRGíLIO GUIMARÃES MA) - Questão de ordem sobre prescrição do
(PT - MG)......... 41153 prazo para ratificação do acordo. 41156
PRESIDENTE (Wilson Santos) - Votação e Usou da palavra pela ordem o Sr. Deputado
aprovação do projeto e da redação final. 41154 JOSÉ ANTONIO ALMEIDA (Bloco/PSB - MA). 41156
Encaminhamento da matéria ao Senado PRESIDENTE (Wilson Santos) - Encerra-
Federal.............................. 41154 mento da discussão. 41156
PRESIDENTE (Wilson Santos) - Discus- Usou da palavra pela ordem o Sr. Deputa-
são, em turno único, do Projeto de Decreto Le- do VIRGíLIO GUIMARÃES. 4156
gislativo n° 164-A, de 1995, que aprova o texto PRESIDENTE (Wilson Santos) - Votação e
da Convenção Internacional n° 171, da Organiza- aprovação do projeto, com o voto contrário do PT
ção Internacional do Trabalho, relativa ao Traba- e do Bloco Parlamentar PSB/PCdoB............... ...... 41156
lho Noturno. 41154
JOSÉ ANTONIO ALMEIDA (Bloco/PSB -
PRESIDENTE (Wilson Santos) - Encerra- MA. Pela ordem.) - Registro de voto. Solicitação
mento da discussão. 41154 à Presidência para resposta à questão de ordem
suscitada pelo orador. 41156
Usou da palavra para encaminhamento da
votação o Sr. Deputado VIRGíLIO GUIMARÃES PRESIDENTE (Wilson Santos) - Resposta
(PT-MG) 41154 ao Deputado José Antonio Almeida. ........ ..... ........ 41157
PRESIDENTE (Wilson Santos) - Votação e JOSÉ ANTONIO ALMEIDA (Bloco/PSB -
aprovação do projeto e da redação final. 41154 MA. Pela ordem.) - Anúncio de apresentação à
Comissão de Constituição e Justiça e de Reda-
Encaminhamento da matéria ao Senado
ção de recurso contra a decisão da Presidência... 41157
Federal........................ 41155
PRESIDENTE (Wilson Santos) - Recebi-
PRESIDENTE (Wilson Santos) - Discus- mento do recurso do Deputado José Antonio
são, em turno único, do Projeto de Decreto Le- Almeida 41157
gislativo n° 278-A, de 1999, que aprova o texto
do Acordo Relativo à Implementação da Parte XI PRESIDENTE (Wilson Santos) - Votação e
da Convenção das Nações Unidas sobre o Direi- aprovação da redação final. 41157
to do Mar, de 10 de dezembro de 1982, concluí- Encaminhamento da matéria ao Senado
do em Nova York, em 29 de julho de 1994............ 41155 Federal. 41157
PRESIDENTE (Wilson Santos) - Encerra- PRESIDENTE (Wilson Santos) - Discus-
mento da discussão................ 41155 são, em turno único, do Projeto de Decreto Le-
gislativo n° 519-A, de 2000, que aprova o texto
Usou da palavra para encaminhamento da
das Emendas aos artigos ]O (20 de maio de
votação o Sr. Deputado VIRGíLIO GUIMARÃES
1965),24 e 25 (16 de maio de 1998) e 74 (18 de
(PT - MG). 41155
maio de 1978) da Constituição da Organização
PRESIDENTE (Wilson Santos) - Determi- Mundial de Saúde, concluída em Nova York, em
nação de retorno do projeto às Comissões, tendo 22 de julho de 1946. 41157
em vista a apresentação de emenda ao projeto.... 41155
Usaram da palavra para discussão da ma-
PRESIDENTE (Wilson Santos) - Discus- téria os Srs. Deputados VIRGíLIO GUIMARÃES
são, em turno único, do Projeto de Decreto Le- (PT - MG), JOSÉ ANTONIO ALMEIDA (Blo-
gislativo n° 284-B, de 1996, que aprova o texto co/PSB - MA). 41157
do Segundo Protocolo ao Acordo Geral sobre o
PRESIDENTE (Wilson Santos) - Encerra-
Comércio de Serviços da Organização Mundial
mento da discussão................................... 41158
de Comércio. 41156
Votação e aprovação do projeto e da reda-
PRESIDENTE (Wílson Santos) - Requeri- ção final. 41158
mento para retirada da matéria da Ordem do Dia. 41156
Encaminhamento da matéria ao Senado
VIRGíLIO GUIMARÃES (PT - MG. Pela or- Federal. 41158
dem.) - Solicitação à Presidência de retirada do
requerimento.. 41156 PRESIDENTE (Wilson Santos) - Discus-
são, em turno único, do Projeto de Decreto Le-
PRESIDENTE (Wilson Santos) - Acatamen- gislativo n° 520-A, de 1997, que aprova o texto
to do pedido do Deputado Virgílio Guimarães. ........ 41156 do Tratado de Extradição celebrado entre o Go-
40l\32 Sexla-Icira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Aguslo de 200 I
vemo da República Federativa do Brasil e o Go- Previdência Social. Repúdio à proposta de rea-
verno da República da França, em Paris, em 28 juste salarial dos servidores públicos federais. ..... 41166
de maio de 1996 41158
MORONI TORGAN (Bloco/PFL - CE. Pela
Usou da palavra para discussão da matéria ordem.) - Anúncio de indicação ao Ministério da
o Sr. Deputado VIRGíLIO GUIMARÃES (PT - MG). 41159 Justiça para criação da Escola Superior de Segu-
rança. Elaboração de projeto de lei sobre estabe-
Usou da palavra pela ordem o Sr. Deputado
lecimento de rito sumário para julgamento dos
JOSÉ ANTONIO ALMEIDA (Bloco/PSB - MA)........ 41159
crimes de seqüestro. 41166
PRESIDENTE (Wilson Santos) - Encerra-
ALMERINDA DE CARVALHO (PPB - RJ.
mento da discussão. 41159
Pela ordem.) - Conclusão dos trabalhos da Co-
Retorno do projeto às Comissões em face missão Especial destinada ao exame do Projeto
da apresentação de emendas. 41159 de Lei n° 3.561, de 1997, sobre criação do Esta-
tuto do Idoso. 41167
PRESIDENTE (Wilson Santos) - Discus-
são, em turno único, do Projeto de Resolução na RUBENS BUENO (Bloco/PPS - PR) - Invi-
12-A, de 1999, que cria o Grupo Parlamentar abilidade da execução de programas de cunho
Brasil-Peru. 41159 social no País em face do comprometimento do
Governo brasileiro com o pagamento da dívida
PRESIDENTE (Wilson Santos) - Encerra-
externa................... 41168
mento da discussão................ 41159
VI - Encerramento
Usaram da palavra para encaminhamento
2 - ATA DA 1578 SESSÃO DA CÃMARA
da votação os Srs. Deputados MARCOS
DOS DEPUTADOS, SOLENE, VESPERTINA, DA
AFONSO (PT - AC), MORONI TORGAN (Blo-
3" SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA, DA 51"
co/PFL - CE), JOSÉ ANTONIO ALMEIDA (Blo-
LEGISLATURA, EM 30 DE AGOSTO DE 2001
co/PSB - MA). 41159
I - Abertura da sessão
PRESIDENTE (Wilson Santos) - Votação e 11 - Leitura e assinatura da ata da sessão
aprovação do projeto e da redação final. ...... ........ 41160 anterior.
Promulgação da Resolução na 23, de 2001 , 111 - Leitura do expediente.
que cria o Grupo Parlamentar Brasil-Perú............. 41160 SESSÃO SOLENE DE 30-08-2001-10-19
Apresentação de proposições: IV - Homenagem
BADU PICANÇO, GUSTAVO FRUET, Homenagem à memória do ex-Deputado Pe-
JAQUES WAGNER, MARCOS AFONSO, Luís dro Aleixo, ao ensejo do centenário de nascimento. 41186
BARBOSA E OUTROS, ENI VOLTOLlNI E
PRESIDENTE (Wilson Santos) - Convite ao
OUTROS, L1NCOLN PORTELA, PEDRO
Cardeal Arcebispo de Brasília, D. José Freire Falcão,
EUGENIO, FEU ROSA, IVAN VALENTE, LAURA
ao Núncio Aposrlico da Santa Sé no Brasil, D. A~o
CARNEIRO, ALMERINDA DE CARVALHO,
Rapisarda, ao filho do homenageado, Padre José
FLÁVIO ARNS, VANESSA GRAZZIOTIN,
Aleixo, para coposição da Mesa Diretora dos traba-
RONALDO VASCONCELLOS, RUBENS BUENO 41161 hos. Homenagem à memória do ex-Deputado Pedro
LUIZ BITTENCOURT (PMDB - GO. Pela Aleixo, ao ensejo do centenário de nascimento. ........ 41186
ordem.) - Homenagem à Comunidade Bahá'í ao BONIFÁCIO DE ANDRADA (PSDB - MG)
ensejo do transcurso do 80 0 aniversário de insta- ELlSEU RESENDDE (Bloco/PFL - MG) NARCIO
lação no Brasil. 41162 RODRIGUES (PSDB - MG), THEMíSTOCLES
ADÃO PREITO (PT - RS. Pela ordem.) - SAMPAIO (PMDB PI), RONALDO
Comemoração, no Estado do Rio Grande do Sul, VASCONCELLOS (Bocó/PL - MG), L1NCOLN
do 20° aniversário de retomada da luta pela terra. 41164 PORTELA (Bloco/PSL - MG) - Homenagem à
memária do ex-Deputado Pedro Aleixo, ao ensejo
LUIZ CARLOS HAULY (PSDB - PRo Pela
do centenário de nascimento. .. 41187
ordem.) - Excelência da atuação do Ministro
Francisco Weffort, da Cultura. 41165 PRESIDENTE (Bonifácio de Andrada- -
Agradecimento aos convidados e Parlamentares
CLOVIS ILGENFRITZ (PT - RS. Pela or- presentes...................................................... 41194
dem.) - Solidariedade aos servidores técnico-ad-
ministrativos das universidades federais em gre- V - Encerramento
ve. Apoio às reivindicações da União Gaúcha dos 3 - ATOS DO PRESIDENTE
Servidores da Arrecadação, Fiscalização e Pro- a) Exoneração: Fábio José Pereira, Harol-
curadoria da Previdência e dos funcionários da do Siqueira Leonetti, Ludmylla Chrystyan Saraiva
Agosto de 2001 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 31 40833
Gondim de Oliveira, Nílvia Pereira de Aquino, Pa- • 9" Reunião, em 7-8-01 e • 10" Reunião em
ulo Hummel Júnior, Solange Amaral Salustiano 14-8-01 .. 41208
Di Dário....................................... 41195 c) Comissão Especial destinada a apreciar
b) Dispensa: Oulcenira Maria da Silva, Môni- e proterir parecer ao PL n° 2.763/00/01 (Política
ca Lopes Rodrigues Moreno, Tatiana Cláudia Costa Nacional de Saneamento), • 21" Reunião, em
Velho Simões, Teresa Cristina Costa Velho Simões.. 41198 30-8-01 .. 41272
c) Nomeação: Amilton José de Oliveira, • Atas com notas taquigraficas
Fábio José Pereira, Fábio Paiva Gomes, lranilson 5 - PARECERES - PEC nOs 308-C/96,
Pinho Duarte, Jesus Luna Machado, José Antô- 179-A/99; Projetos de Lei nOs 8.606 - B/86, 3.561
nio Machado Reguffe, José Maria de Almeida - Al97, 3.704 - B/97, 3.752 - B/97, 475 - B/99,
Sousa, Ludmylla Chrystyan Saraiva Gondim de 868 - B/99, 1.374 - Al99, 2.550 - B/OO, 3.623 -
Oliveira, Paulo Hummel Júnior .. 41200 AlOO, 3.817 - AlOO, 4.059 - AlO 1, 4.540 - Al01;
PCO n° 645 - AlOO . 41283
d) Designação por acesso: Cláudia Andrea
Prunk Braga, Hélio Coelho Silva, José Antônio Sil- 6 - DESIGNAÇÕES
va Gomes, Marúcia Ferreira Lima, Mônica Lopes a) Comissão de Finanças e Tributação, em
Rodrigues Moreno, Ricardo Lima de Aguiar. . 41204 30-8-01 . 41394
COMISSÕES b) Comissão de Fiscalização Finanças e
4 - ATAS DAS COMISSÕES Tributação, 30-8-01..... 41394
a) Comissão de Economia, Indústria e Co- c) Comissão de Trabalho, de Administra-
mércio - Subcomissão Permanente de Turismo, ção e Serviço Público, 30-8-01...... 41394
68 Reunião, em, 29-8-01........................................ 41208 7 - MESA
8 - LíDERES E VICE-LíDERES
b) Comissão Especial destinada a proterir
parecer à PEC n° 277-AlOO (Combustíveis), • 7" 9 - DEPUTADOS EM EXERCíCIO
Reunião, em 19-6-01,' 8" Reunião, em 20-6-01, 10 - COMISSÕES
4()~34 Sexta-feira 31 Agosto de 20() I

Ata da 1568 Sessão, Extraordinária, Matutina,


em 30 de agosto de 2001
Presidência dos Srs.: Wilson Santos, 4° Suplente de Secretário Themístocles Sampaio
e Marçal Filho, § 2° do art. 18 do Regimento Interno.

ÀS 9 HORAS COMPARECEM OS
SRS:

Amapá
ANTONIO FEIJÃO PSDB
JURANDIL JUAREZ PMDB
Presentes de Amapá: 2
Pará
GERSON PERES PPB
HAROLDO BEZERRA PSOB
Presentes de Pará: 2
Amazonas
VANESSA GRAZZIOTIN pedoS
Presentes de Amazonas: 1
Acre
ZILA BEZERRA PTB
Presentes de Acre: 1
Maranhão
NEIVA MOREIRA POT
Presentes de Maranhão: 1
Ceará
ANTONIO CAMBRAIA PSOB
ANIBAL GOMES PMDB
JOSÉ UNHARES PPB
JOSÉ PIMENTEL PT
MARCELO TEIXEIRA PMDS
Presentes de Ceará: 5
Piauí
B.sA PSOB
THEMlsTOCLES SAMPAIO PMDB
Presentes de Piauí: 2
Rio Grande do Norte
Âf!pSltl de 200 I DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Scxta-leÍra 31 40835
CARLOS ALBERTO ROSADO PFL
LAIRE ROSADO PMOB
SALOMÃO GURGEL POT
Presentes de Rio Grande do Norte: 3
Pernambuco
MARCOS DE JESUS PL
Presentes de Pernambuco: 1
Alagoas
REGIS CAVALCANTE PPS
Presentes de Alagoas: 1
Sergipe
CLEONÂNCIO FONSECA PPB
IVAN PAIXÃO PPS
Presentes de Sergipe: 2
Bahia
NELSON PELLEGRINO PT
PEDRO IRUJO PFL
ROLAND LAVIGNE PMDB
Presentes de Bahia: 3
Minas Gerais
ANTONIO DO VALLE PMOB
ELIAS MURAD PSOB
GI LMAR MACHADO PT
L1NCOLN PORTELA PSL
MARCOS LIMA PMDB
OSMÂNIO PEREIRA PSOB
SARAIVA FELIPE PMDB
S~RGIO MIRANDA pedoS
TILDEN SANTIAGO PT
VIRGILlO GUIMARÃES PT
Presentes de Minas Gerais: 10
Espírito Santo
LUIZOURÁO PFL
Presentes de Esp\rlto Santo: 1
Rio de Janeiro
JAIR BOLSONARO PPB
MIRIAM REID PSB
4()~36 Scxla-lcira 31 DIÁRIO DA CÁMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2()() I

Presentes de Rio de Janeiro: 2


São Paulo
BISPO WANDERVAL PL
IVAN VALENTE PT
JOSÉ GENOINO PT
ORLANDO FANTAZZINI PT
Presentes de São Paulo: 4
Distrito Federal
PEDRO CELSO PT
Presentes de Distrito Federal: 1
Goiás
EULER MORAIS PMDB
Presentes de Goiás: 1
Mato Grosso do Sul
DR. ANTONIO CRUZ PMDB
JOÃO GRANDÃO PT
Presentes de Mato Grosso do Sul: 2
Paraná
AFFONSO CAMARGO PSDB
DILCEU SPERAFICO PPB
NELSON MEURER PPB
SANTOS FILHO PFL
Presentes de Paraná: 4
Santa Catarina
FERNANDO CORUJA PDT
JOÃO MATOS PMDB
Presentes de Santa Catarina: 2
Rio Grande do Sul
ALCEU COLLARES POT
NELSON PROENÇA PMDB
Presentes de Rio Grande do Sul: 2
I 2 O)( I
Agosto (e IJIA' I)IC)
, DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Scxta-Icira 31 40837
I - ABERTURA DA SESSÃO para apuração de fatos que, envolveram militares do
Batalhão de Polícia de Choque - BPChq, nos dias 12,
o SR. PRESIDENTE (Themístocles Sampaio)- 13 e 24 de junho de 1997, que, por meio de manifesta-
A lista de presença registra na Casa o compareci-
ções, praticaram diversos atos de afronta aos precei-
mento de 53 Senhores Deputados.
tos legais e regulamentares que regem a carreira da
Está aberta a sessão. Polícia Militar do Estado de Minas Gerais e às normas
Sob a proteção de Deus e em nome do povo de conduta previstas no Código Penal Militar (Decre-
brasileiro iniciamos nossos trabalhos. to-Lei n° 1.001, de 21 de outubro de 1969).
O Sr. Secretário procederá à leitura da ata da 2. A remessa dos autos a este Supremo Tribunal
sessão anterior. Federal justifica-se pela diplomação do indiciado Júlio
11 - LEITURA DA ATA César Gomes dos Santos como Deputado Federal
para a legislatura de 1999/2003.
o SR. L1NCOlN PORTELA, servindo como 2° 3. Nesta data, ofereço, em 5 (cinco) laudas, de-
Secretário, procede à leitura da ata da sessão antece-
núncia em desfavor do referido Deputado Federal.
dente, a qual é, sem observações, aprovada.
Deixo de denunciar os demais envolvidos nos fatos
O SR. PRESIDENTE (Themístocles Sampaio)- narrados na peça acusatória pelas razões a seguir
Passa-se à leitura do expediente. aduzidas.
O SR. CONFÚCIO MOURA, servindo como 1° 4. Os fatos noticiados nos autos evidenciam hi-
Secretário, procede à leitura do seguinte pótese de conexão entre a conduta ora imputada ao
11I - EXPEDIENTE denunciado e os fatos em que se envolveram aproxi-
madamente 2.000 (dois mil) políciais militares nos
Do Exmo Sr. Ministro-Relator limar Galvão, dias 12, 13 e 24 de junho de 1997. Todavia, em que
do Supremo Tribunal Federal, nos seguintes ter- pese tratar-se de clara hipótese de conexão, a reu-
mos: nião dos processos para instrução e julgamento si-
Of. n° 2.509/R multâneos não se revela plausível no caso em exame.
Brasília, '16 de agosto de 2001 5. Com efeito, é sabido que a reunião dos pro-
cessos nas hipóteses de conexão logra atender a
Excelentíssimo Senhor uma maior economia processual, bem como a coe-
Deputado Aécio Neves rência e a segurança dos julgamentos. Nesse sentido,
Presidente da Câmara dos Deputados disciplina o Código de Processo Penal, aplicável à es-
Inquérito: n° 1.482 pécie por força do disposto no art. 2°, da Lei n°
Indiciado: Júlio César Gomes dos Santos 8.038/90, que, havendo concurso de jurisdições de
Senhor Presidente, categorias diversas, prevalece a de major graduação.
Solicito a Vossa Excelência se digne submeter à Vale colacionar o que dispõe o artigo 78, inciso 111, do
Câmara dos Deputados, nos termos do artigo 53, § Código de Processo Penal:
1°, da Constituição, pedido de licença, para que o Su-
"Art. 78. Na determinação da compe-
premo Tribunal Federal possa apreciar a denúncia
tência por conexão ou continência, serão
constante dos autos do processo acima referido (có-
observadas as seguintes regras:
pia anexa), oferecida contra o Deputado Federal Júlio
(... )
César Gomes dos Santos.
Atenciosamente, - Ministro limar Galvão, Relator. 111 - no concurso entre a jurisdição co-
mum e a especial, prevalecerá esta."
Parecer n° 12.511/GB. 6. In casu, constam entre os envolvidos um Depu-
Inquérito n° 1.482-6/140 - MG. tado Federal, dois Deputados Estaduais e integrantes
Relator: Exm O Sr. Ministro limar Galvão da carreira da Polícia Militar do Estado de Minas Ge-
Autor: Ministério Público Federal rais. A determinação de simultaneus processus, con-
Indiciado: Júlio César Gomes dos Santos correndo as competências dessa Excelsa Corte, do
Excelentíssimo Senhor Ministro-Relator, Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais e das
O presente inquérito compõe-se de traslado ex- Auditorias Militares da Justiça Militar do Estado de Mi-
traído das peças que instruem o inquérito policial mili- nas Gerais, estabelece o Colendo Supremo Tribunal
tar n° 16.039, instaurado perante a Segunda Auditoria Federal como o forum attractionis para processar e
Militar, da Justiça Militar do Estado de Minas Gerais, julgar todos os envolvidos nos fatos.
40i'.\38 Sexla-Icíra 31 I)IÁI{IO DA CÁMARA DOS DEPUTADOS Agoslo de 20()\
7. Impende reconhecer, contudo, a inviabilidade pelas respectivas Auditorias Militares estaduais da
de processamento e julgamento de todos os envolvi- Justiça Militar do Estado de Minas Gerais.
dos por essa Excelsa Corte. A insuperável dificuldade 11. Informo, por oportuno, que, nos feitos em
advinda da apreciação dos fatos ocorridos, envolven- epígrafe, manifesta-se o Ministério Público Federal no
do aproximadamente cerca de 2.000 políciais milita- mesmo sentido, a fim de que o Egrégio Tribunal de
res, patenteia exceção ao princípio do simultaneus Justiça Estadual processe e julgue os Deputa-
processus. A respeito, assim dispõe a Lei Penal dos Estaduais, remetendo-se os demais processos
Adjetiva: às Auditorias Militares Estaduais de origem.
12. Cumpre salientar que tal providência não des-
"Art. 80. Será facultativa a separação toa do entendimento esposado por esse Colendo Su-
dos processos quando as infrações tiverem premo Tribunal Federal, que reconhece, como se obser-
sido praticadas em circunstâncias de tempo va do aresto abaixo colacionado, o caráter facultativo da
ou de lugar diferentes, ou quando pelo ex- reunião de processos na hipótese de conexão:
cessivo número de acusados e para não
lhes prolongar a prisão provisória, ou por "Ementa: habeas corpus. colheita de
outro motivo relevante, o juiz reputar conve- provas: delegação. prejuízo indemonstrado.
niente a separação." conexão probatória. reunião de processos.
artigos 80 e 82 do cpp.
8. Deveras, o grande número de envolvidos con- I - Não demonstrado eventual prejuízo
substancia motivo hábil a recomendar a separação que a delegação da colheita de provas te-
dos processos antes mesmo do recebimento da peça nha causado à parte, não há que se falar
acusatória. em nulidade. O STF tem admitido a delega-
ção do interrogatório a juiz do local onde se
9. O questionamento acerca da competência encontra a pessoa a ser interrogada.
para apreciação dos fatos narrados na denúncia ora 11 - A avocatória prevista no artigo 82
ofertada constitui exatamente o objeto dos Processos do CPP é norma que deve ser interpretada
nOs 2.020-1, 2.073-1, 2.079-1, 2.077-4, 2.033-2, juntamente com o artigo 80 do Código, que
2.026-0,2.025-1,2.036-7,2.038-3,2.019-7,2.076-6, faculta a separação dos processos quando
2.058-8,2.070-7,2.021-9,2.074-0,2.024-3,2.075-8, pelo excessivo número de acusados ou por
2.054-5,2.037-5,2.039-1,2.027-8,2.061-8,2.062-6, outro motivo relevante, o juiz reputar conve-
2.046-4,2.060-0,2.047-2,2.050-2,2.022-7,2.059-6, niente a separação. Ausência de ilegalidade.
2.069-3,2.068-5,2.023-5,2.034-1,2.035-9,2.078-2,
Pedido indeferido."
2.080-4, 2.057-0, 2.048-1, 2.055-3, 2.056-1 e
(HC. n° 73.423-RJ. Segunda Turma.
2.049-9, autuados como Petições e distribuídas ao
ReI. Min. Francisco Rezek. Julgado em
eminente Ministro Néri da Silveira. Tais processos
10-12-1996 e veiculado no Ementário de Ju-
consistem em "dúvida de competência", oriundos do
risprudência 1.971/98 - grifas nossos)
Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gera-
is, que houve por bem remeter os autos a essa Supre- 13. São essas as razões pelas quais deixo de
ma Corte, a fim de que se esclarecesse a forma de oferecer denúncia em desfavor dos demais envolvi-
processamento e julgamento dos fatos, em razão do dos, tampouco reclamar a subida dos demais pro-
indiciamento dos integrantes da carreira da Polícia cessos para preservação da competência desse
Militar do Estado de Minas Gerais, de dois Deputados Excelso Pretória.
Estaduais e de um Deputado Federal. Brasília, 16 de julho de 2001. - Geraldo Brindeiro,
10. Por norma de conveniência - justificativa, Procurador-Geral da República.
como visto, albergada pelo Código de Processo Penal Parecer n° 12.512/GB.
-, dessume-se como melhor solução o desmembra- Inquérito n° 1.482-6/140 - MG.
mento dos feitos, de sorte que: o Deputado Federal Relator: Exm o Sr. Ministro limar Galvâo
ora denunciado seja processado, desde que concedi- Autor: Ministério Público Federal
da a licença pela respectiva Casa Parlamentar, pe- Indiciado: Júlio César Gomes dos Santos
rante essa Suprema Corte; os dois Deputados Esta-
duais, perante o Egrégio Tribunal de Justiça mineiro; e Colendo Supremo Tribunal Federal,
os demais envolvidos, integrantes da carreira da Polí- O Ministério Público Federal, com fundamento
cia Militar do Estado de Minas Gerais, processados no artigo 129, inciso I, da Constituição da República,
Agosto <til 200 I DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 31 40839
tendo em vista o contido nos autos do inquérito em CSCS, centro de Belo Horizonte, tratou de assuntos
epígrafe, vem, perante esse Colendo Supremo Tri- reivindicatórios e contestatórios. Como meio de
bunal Federal, oferecer Denúncia em desfavor de pressionar o Governador do Estado, foi marcada
Júlio César Gomes dos Santos, igualmente conheci- nova assembléia para o dia 24 do mesmo mês, a
do pela alcunha de Cabo Júlio, brasileiro, casado, fim de analisar a situação da corporação e deliberar
Deputado Federal, cabo da Polícia Militar do Estado novos rumos ao movimento.
de Minas Gerais à época dos fatos, podendo ser en- 6. Em entrevista à Rede Globo de Tetevisão,
contrado no Gabinete n° 327, do Anexo IV, da Câ- no dia 19 daquele mês, o denunciado instigou os
mara dos Deputados, Brasília/DF, pelos fatos a se- militares manifestantes a comparecerem à assem-
guir narrados: bléia designada para o dia 24 munidos de arma de
2. O presente inquérito compõe-se de cópias fogo. Manifestando sua intenção livre e consciente
do inquérito policial militar n° 16.039, que tramitou de conduzir revolta, asseverou o denunciado na
na Segunda Auditoria Militar Estadual, da Justiça oportunidade que '10dos os soldados vão estar far-
Militar Estadual de Minas Gerais, instaurado para dados [na assembléia do dia 24] e soldado fardado
apuração de fatos que envolveram militares do Ba- anda armado" (inserção nossa).
talhão de Polícia de Choque - BPChq, nos dias 12, 7. No dia 24 de junho de 1997, por volta das
13 e 24 de junho de 1997, que, por meio de mani- 10hOOmin, no mesmo CSCS, centro da cidade, o
festações, praticaram diversos atos de afronta aos denunciado uma vez mais conduziu a assembléia
preceitos legais e regulamentares que regem a car- realizada por militares de diversas unidades da Cor-
reira da Polícia Militar do Estado de Minas Gerais e poração, tanto da capital quando do interior do Esta-
às normas de conduta previstas no Código Penal do, que saíram em passeata até a praça da liberda-
Militar (Decreto-Lei n° 1.001, de 21 de outubro de de. Durante o trajeto, foram observadas cenas de
1969). indisciplina e desrespeito às normas que regem a
3. O denunciado, no dia 13 de junho de 1997, carreira policial militar.
no saguão principal do Quartel do Batalhão de Polí- 8. Na praça da Liberdade, os manifestantes -
cia de Choque, na cidade de Belo Horizonte/MG, re- vale frisar, sempre liderados pelo denunciado - ten-
uniu-se com diversos outros militares, tendo deixado taram invadir o Quartel do Comando Geral, não ob-
de comparecer à sala da administração da 1a Com- tendo êxito por circunstâncias alheias às suas von-
panhia, onde deveria ter trabalhado durante o expe- tades, consubstanciadas na intervenção de outros
diente administrativo. Do saguão principal do militares não revoltosos. A dinâmica do evento cul-
BPChq, dirigiu-se o denunciado, abandonando o minou na morte do Cabo Valério dos Santos Olivei-
quartel, juntamente com vários outros militares, por ra, alvejado por uma "bala perdida", dentre os vários
ele dirigidos e instigados, em passeata pelos logra- disparos efetuados pelos manifestantes.
douros da cidade, à praça da Liberdade. Neste lo-
cai, ocorreram diversas manifestações afrontosas à 9. Durante o evento, em vez de se valer da
ordem e à disciplina militares, sempre ocupando o confiança em si depositada pelos manifestantes
denunciado a posição de principal líder do movimen- para conduzir e negociar as reivindicações de forma
to. ordeira e pacífica, o denunciado passou a instigar
os praças a se insurgirem contra a ordem e a disci-
4. Na qualidade de principal líder das manifes- plina castrenses.
tações levadas a efeito pelos policiais militares do
10. O denunciado, em todas as s~uações acima
Estado, o denunciado valeu-se dos órgãos de co-
descr~as, agiu com vontade livre e consciente, assen-
municação, em diversas entrevistas e declarações,
tindo em recusar, conjuntamente com os demais polici-
para incentivar outros militares a se insurgirem, ais militares envolvidos, obediência a superior, resistin-
igualmente, contra as normas regulamentares, con-
do com violência ao cumprimento das ordens. Logrou
tra a legislação penal castrense, bem como a outros
ocupar o Quartel do Comando Geral, de forma violenta,
preceitos disciplinares que regem a Polícia Militar
desobedecendo ordem superior direta e veemente, ca-
(fls. 584/642).
usando gravame à ordem e à disciplina mimares. A práti-
5. No dia 14 de junho de 1997, por volta das ca mult~udinária teve como conseqüência reflexa a
10hOOmin, o denunciado, após convocar todos os morte do referido cabo Valéria dos Santos Oliveira.
policiais militares, participou e conduziu a assem- Além disso, o denunciado dirigiu a manifestação e a atu-
bléia realizada pelos praças da Corporação no ação dos mais de 2.000 (dois mil) políciais militares en-
40):\40 Sexta-feira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2UO I
volvidos, instigando todas as ações, inclusive a partici- Da Exm 8 Sr" Ministra - Relatora Ellen Grade,
pação armada, destacando-se a tentativa de invasão no do Supremo Tribunal Federal, nos seguintes ter-
Quartel do Comando Geral. mos:
11 . A dinâmica dos fatos aci ma narrada é corrobo-
Of. n° 2.541/R
rada pelos depoimentos colhidos a fls. 57/60 e 68176,
pelo termo de reconhecimento de fls. 538/539. Brasília, 20 de agosto de 2001
12. Assim agindo, incursionou o denunciado nas
penas dos arts. 149, incisos I, 11 e 111, na forma prevista Excelenlíssimo Senhor
no parágrafo único, com a causa de aumento de pena Deputado Aécio Neves
prevista no art. 53, § 2°, inciso I, e § 4°, ecom a agravan- Presidente da Câmara dos Deputados
te prescrita no art. 70, inciso 11, alínea I, todos do Código Inquérito n° 1.746 (QUEIXA-CRIME)
Penal Militar. Querelado: José Masci de Abreu

13. Ante o exposto, requer o Ministério Público Fe- Senhor Presidente,


deral a essa excelsa corte - após solicitação e conces- Solicito a Vossa Excelência se digne submeter à
são de licença pela Câmara dos Deputados, conforme Câmara dos Deputados, nos termos do art. 53, § 1°, da
determina o art. 53, § 1°, da Carta da República - o re- Constituição, pedido de licença, para que o Supremo
cebimento da presente ação e, ao final, a procedência Tribunal Federal possa apreciar a queixa-crime cons-
da pretensão condenatória, para condenar o denuncia- tante dos autos do processo acima referido (cópia ane-
do às penas dos artigos acima mencionados, notifican- xa), oferecida contra o Deputado Federal José Masci de
do-se este, consoante dispõe o art. 4°, caput, da Lei n° Abreu.
8.038/90, para tomar conhecimento da acusação, ser Atenciosamente, - Ministra Ellen Gracie, Relatora.
interrogado e acompanhar o processamento do fetto.
Excelentíssimo Senhor Ministro Presidente do
14. Requer, por derradeiro, com fundamento na Supremo Tribunal Federal em Brasília,
reiterada e firme jurisprudência desse colendo Supre-
Afanasio Jazadji, brasileiro, solteiro, radialista, de-
mo Tribunal Federal, caso a Câmara dos Deputados
putado estadual em São Paulo, portador do RG n°
não delibere sobre o pedido de licença do denunciado 4.794.911, CPF n° 333.165.708, com endereço na Ala-
em 90 (noventa) dias, seja determinada a suspensão do
meda Jauaperi, 975, 4° andar, São Paulo, Sp, vem',
transcurso do prazo prescricional dos crimes a ele im-
com fulcro na alínea b, inciso I do art. 102 da Constitui-
putados.
ção Federal, arts. 138, 139 e 140 do Código Penal e
15. Pede deferimento. arts. 20, 21 e 23, 111, da Lei n° 5.250/67, oferecer quei-
Brasília, 16 de julho de 2001. - Geraldo Brindei- xa-crime contra o Deputado Federal José Masci de
ro, Procurador-Geral da República. Abreu, com endereço na Câmara dos Deputados, Pra-
ça dos Três Poderes, Ed. Principal, Gabinete 331, Ane-
ROL DE TESTEMUNHAS: xo IV, CEP 70160-900, Brasília, DF, pelos motivos de
fato e de direito a seguir expostos.
a) Hércules de Paula Freitas, Capitão da
1. Em 22-2-2001, o querelado, José de Abreu,
Polícia Militar do Estado de Minas Gerais,
ofendeu a integridade moral do querelante, Afanasio Ja-
Matrícula n° 101.045-3, lotado no Batalhão de
zadji, em entrevistas publicadas em diversos jornais de
Polícia de Choque - BPChq -, residente na
São Paulo, ao acusá-lo com expressões desonrosas e
Rua Luiza San Marco, 166, bairro Santa Efi-
caluniosas, de ser o responsável pela revogação da
gênia, Belo Horizonte - MG;
concessão de uso da área pública à Rádio Atual Ltda.,
b) Carlos Roberto Lopes Cançado, Te- bem como do Centro de Tradições Nordestinas - CTN
nente Coronel da Polícia Militar do Estado de -, ambos de propriedade do querelado.
Minas Gerais, Matrícula n° 42.724-5, lotado
2. Efetivamente em 7-10-88, por intermédio do
no Estado-Maior, residente na Rua Patrocínio,
Decreto Municipal n° 27.073, fora concedida à Rádio
123/304, bairro Carlos Prates, Belo Horizonte
Atual Ltda., de propriedade do querelado, José de
-MG.
Abreu, a "permissão de uso, a título precário e gratuito
À Comissão de Constttuição e Justiça e de área de propriedade municipal no 44° Subdistrito -
de Redação. Publique-se. Limão". Essa área pública está localizada na Rua Jaco-
Em 30-8-2001. - Deputado Aécio Ne- fer, 615, bairro do Limão, São Paulo, SP, avaliada em
ves, Presidente. R$3.737.500,00, com 7.475 metros quadrados (doc. 1).
Agosto de 200 I DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexla-li.lira 31 40841
3. Em 3-6-89, por intermédio do Decreto Municipal local inadequado ao uso, em descumprimento ao ter-
n° 27.806, foi revogado o Decreto Municipal n° 27.073, mo de desinterdição.
"que permitiu o uso de área municipal à Rádio Atual 7. No início de fevereiro deste ano, chegou ao co-
Ltda." (doc. 2). nhecimento do querelante essas irregularidades em tal
4. Em 15-3-93, por intermédio do Decreto Munici- área pública e o risco ao qual estavam expostos milha-
pal n° 33.048, foi revogado o Decreto n° 27.806, revigo- res de freqüentadores do CTN - Centro de Tradições
rando o Decreto n° 27.073/88, no qual fora concedido o Nordestinas.
uso de área pública somente à Rádio Atual (doc. 3). Chegou também ao conhecimento do querelante,
Embora a concessão fosse apenas à Rádio Atual, a que o querelado determinou a perfuração de um poço
área pública também era utilizada pelo Centro de Tradi- artesiano para utilização de água de qualidade duvido-
ções Nordestinas - CTN -, cuja propriedade também é sa, obrigando os cessionários das 33 barracas do CTN,
do querelado. a pagar '1axa" a título de repasse à Sabesp. Entretanto,
O CTN utilizava a área como local de sua sede e não houve qualquer repasse à Sabesp, pois o hidrôme-
para a promoção de bailes populares - "bailões" -, ves- tro ali instalado fora retirado.
pertinos e noturnos, chegando a receber até 10.000 Essa água de qualidade duvidosa era "revendida"
(dez mil) pessoas. pelos cessionários das 33 barracas aos freqüentadores
5. Em 27-1-98, as instalações da Rádio Atual fo- do CTN. Ademais, as 33 barracas possuíam botijões de
ram interditadas, para em 28-1-98 ser lavrado termo de gás embaixo das chapeiras e fogões, com perigo per-
desinterdição - exclusivamente - para a realização das manente de explosão.
obras e serviços para segurança, mediante o cumpri- 8. O querelante, no estrito cumprimento de seu
mento de várias condições (doc. 4) dever legal, atribuído pelos inciso XVI do art. 20 da
"1. As obras deverão atender todas as Constituição Estadual do Estado de São Paulo e obriga-
exigências legais relativas à segurança de do pelos arts. 1° e 2° do Código de Ética e Decoro Parla-
uso da edificação, mediante as seguintes mentar (Resolução n° 766/94 da Assembléia Legislativa
condições: do Estado de São Paulo), oficiou os setores públicos
1.1 - Atestado de Formação de Brigada competentes para a preservação do interesse público
de Combate de Incêndio; envolvido:
1.2 - Atestado de Vistoria Final do Cor- ao Secretário Estadual do Meio
po de Bombeiros; Ambiente do Estado de São Paulo
1.3 - Alvará de Funcionamento para Lo- (doc. 5), informando sobre a qualida-
cai de Reunião expedido pelo Contru-2; de da água consumida, requerendo
1.4 - Atestado de Conformidade das diligências de fiscais da Cetesb e Sa-
Instalações Elétricas à NBR n° 5.410/90; besp;
1.5 - Atestado de Conformidade da ao Secretário Municipal de Habitação
Instalação de Pára-Raios à NBR n° 5.419/93; e Desenvolvimento Urbano do Estado
1.6 - Atender a Lei do Deficiente Físico de São Paulo (doc. 6), informando so-
n° 11.345/93; bre a falta de segurança do local e a
1.7 - Alvará de Aprovação/Execução da venda de água de qualidade duvido-
obra em andamento; sa, requerendo diligências do Contru,
1.8 - Atestado de Conformidade das Corpo de Bombeiros e Sabesp;
Instalações de Gás à legislação vigente; novamente do Secretário Municipal
1.9 - Atestado de Conclusão de Obras. de Habitação e Desenvolvimento
2. Todos os atestados acima, deverão Urbano (doc. 7), fornecendo cópia do
estar acompanhados de ART e cópia do termo de desinterdição, para subsidiar
CREA do profissional habilitado." diligência;
Essas medidas, obviamente, têm por escopo, a ao Procurador-Geral de Justiça do
segurança dos freqüentadores da edificação, de acor- Estado de São Paulo (doc. 8), repre-
do com as normas de segurança estabelecidas pelo sentando contra o querelado.
Contru pela prefeitura municipal. 9. Em 16-2 p.p., sobreveio Decreto Municipal n°
6. No entanto, ultrapassados dois anos, nenhuma 40.293, que revogou a permissão de uso da área pú-
dessas condições foram cumpridas, permanecendo o blica utilizada pela rádio e CTN (doc. 9):
40842 Sexta-feira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS AWlstll de 2()())

"Art. 1° Fica revogado, em todos os Atual, não assumiu a interdição da área e


seus termos, o Decreto n° 33.048, de 15 de disse estar sendo vítima de um jogo político,
março de 1993, que revigorou o Decreto n° o CTN foi interditado pela primeira vez em
27.073, de outubro de 1988, o qual dispôs 27 de janeiro de 1998 e liberado um dia de-
sobre a permissão de uso, a título precário e pois para a realização de obras e serviços
gratuito, de área de propriedade municipal que garantissem a segurança dos freqüen-
situada no bairro do Limão, à Rádio Atual tadores. Mas, segundo Costa, até ontem ne-
Ltda. (...)" nhuma benfeitoria havia sido feita. 'A admi-
1O. Em 19-2-2001, novamente a Rádio Atual e o nistração de Celso Pitta (do mesmo partido
CTN foram interditados, pela Secretária Municipal da do deputado) fechou os olhos para o proble-
Habitação e Desenvolvimento Urbano, frente as irre- ma', ressaltou.
gularidades no imóvel, descritas no termo de interdi- A concessão do terreno a José de
ção (doc. 10): Abreu aconteceu em 7 de outubro de 1988,
pelo então Prefeito Jânio Quadros. Naquela
"1) sistema de equipamentos de com-
época, o irmão do deputado, Dorival de
bate a incêndio em precárias condições;
Abreu, era Secretário de Administração da
2) ausência de sinalização, iluminação
prefeitura. Em 1993 a concessão foi revigo-
de emergência, alarme e brigada de comba-
rada pelo então prefeito Paulo Maluf.
te a incêndio;
3) instalações elétricas precárias em No Sábado, a Prefeita Marta Suplicy,
desacordo com a NBR n° 5.410/93; que durante a campanha eleitoral foi cha-
mada por Abreu de madame, revogou a
4) instalação de gás de acordo com o
Decreto n° 24.714; concessão do terreno através de decreto.
Abreu não respondeu se houve represália
5) corrimão em desacordo com a NBR
de Marta Suplicy ao revogar a concessão.
nE 9.050 e Lei nO 11.345/93;
6) ausência de visto do corpo de bom- O ex-Secretário de Comunicação de
beiros da PMESP;" Pitta, Antenor Braido, assegurou que não
houve nenhum favorecimento político a
11. Estes fatos de ordem e interesse público, Abreu. 'O deputado apresentou documentos
foram amplamente divulgados em matérias jornalís- que respeitavam o decreto de uso da área.
ticas publicadas em 20-2-2001 (Diário Popular, Fo- O PT está fazendo um jogo político', comen-
lha de S.Paulo, Jornal da Tarde e Agora), confi- tou Braido."
ra-se:
FOLHA DE S.PAULO
JORNAL DIÁRIO POPULAR 20-2-2001 (doc. 12)
20-2-2001 (doc. 11)
"Contru Interdita o Centro de Tradições "ADMINISTRAÇÃO - Empresa perten-
Nordestinas ce ao Deputado Federal José de Abreu; lo-
Técnicos do Departamento de Contro- cai apresenta irregularidades e falta de se-
le do Uso de Imóveis - CONTRU - interdita- gurança no CTN
ram às 13h de ontem o Centro de Tradições Prefeitura Anula Cessão de Imóvel à
Nordestinas - CTN -, localizado na rua Ja- Rádio
cofer, 615, no bairro do Limão, Zona Norte. A Prefeita Marta Suplicy (PT) revogou,
Segundo o diretor de departamento do Con- sábado, o Decreto n° 33.048, do ex-Prefeito
tru, Clayton Claro da Costa, de 46 anos, o Paulo Maluf, que confirmou a cessão, a títu-
local não oferece segurança aos freqüenta- lo precário e gratuito, de uma área municipal
dores. Com a medida, os bailes de carnaval no bairro do Limão à Rádio Atual. A ação da
programados para o final de semana só se- prefeita aconteceu depois de a Folha notici-
rão realizados se a Justiça conceder medida ar, no início do mês, que a rádio ocupa uma
cautelar de funcionamento. área de 7.475m 2 , avaliada em R$3.737.500,
O Deputado Federal José de Abreu mas não cumpre legislação que a obriga a
(PTN), que detém a concessão do terreno transmitir diariamente cinco textos forneci-
municipal onde funciona o CTN e a Rádio dos pela prefeitura.
Agosto de 200 I DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-tCira 31 40843
A permissão de uso era apenas para a pais. 'Fomos fazer a fiscalização a partir de
rádio, mas no local funciona também o CTN uma denúncia apontando as irregularidades
- Centro de Tradições Nordestinas - e um e estávamos preocupados com o carnaval
estacionamento, explorado por uma empre- quando o número de freqüentadores pode-
sa privada, o que é proibido. Uma CPI- Co- ria aumentar'.
missão Parlamentar de Inquérito - na Cá- Bailes Suspensos
mara irá investigar as cessões de áreas pú- Para que seja reaberto, o CTN terá
blicas. que resolver as situações de risco. Mas os
Ontem, o Contru - Departamento de Controle bailes carnavalescos no centro estão sus-
de Uso de Imóveis - também lacrou o CTN. As em- pensos.
presas são de propriedade do Deputado Federal José O deputado disse que por trás da inter-
de Abreu, ex-candidato a prefeito pelo PTN, mesmo dição do CTN está o interesse dos clubes que
partido do ex-Prefeito Celso Pitta." estão fazendo bailes de carnaval. 'É porque o
JORNAL DA TARDE . ingresso não seria cobrado no centro e eles
20-2-2001 (doc. 13) ficaram com medo de perder público. Por isso
fizeram denúncias infundadas'.
"Contru Fecha Centro de Tradições Com relação ao pedido de devolução
Nordestinas do terreno, José de Abreu disse que a única
Área de 20 mil metros quadrados no área que pertence ao Executivo funciona
bairro do limão, onde funciona o CTN e a um parque de diversão. Ele pretende procu-
Rádio Atual, está sendo retomada pela pre- rar a prefeitura para negociar. Se devolver a
feitura área, terá que reestruturar o CTN.
O Departamento de Controle do Uso
O parlamentar argumentou ainda que
de Imóveis - Contru - interditou ontem o
a concessão dessa área municipal não é de
Centro de Tradições Nordestinas - CTN -,
graça. 'Faço cinco propagandas diárias gra-
no bairro do Limão, Zona Norte. O centro,
tuitas para a prefeitura'. Se fossem pagas,
que recebe em média 25 mil pessoas nos fi-
essas propagandas custariam em torno de
nais de semana, foi fechado por falta de se-
R$6 mil, segundo Abreu. (...)"
gurança.
A prefeitura também revogou o decreto AGORA SÃO PAULO
que dava permissão para o uso da área 20-2-2001 (doc. 14)
para a Rádio Atual, portanto, o terreno de-
verá voltar para o município. A revogação "Marta Cancela a Cessão de Terreno à
foi publicada no Diário Oficial do Municí- Rádio Atual
pio de sábado. A área toda tem cerca de 20 Marta Suplicy revogou decreto do
mil metros quadrados. Mas o Deputado Fe- ex-Prefeito Paulo Maluf que cedeu uma
deral José de Abreu (PTN) garante que a área municipal no bairro do Limão à Rádio
área pública é de apenas 7 mil metros qua- Atual. A permissão era apenas para a rádio,
drados e que o restante pertence a ele. mas no local funciona também o Centro de
Segundo o diretor do Contru, Clayton Tradições Nordestinas e um estacionamen-
Claro da Costa, os freqüentadores do CTN to, explorado por uma empresa privada, o
corriam riscos. 'Encontramos várias irregula- que é proibido. O Contru lacrou os imóveis."
ridades. As instalações elétricas estavam "Marta Despeja Rádio e Centro Nor-
precárias e próximas a locais de fácil com- destino de José de Abreu
bustão, botijões de gás estavam armazena- A prefeita revogou o Decreto n°
dos nas cozinhas de maneira irregular, não 33.048, do ex-Prefeito Paulo Maluf que con-
existiam equipamentos de combate a incên- firmou a cessão, a título precário e gratuito,
dio, entre outros problemas'. O centro tam- de uma área municipal no bairro do Limão.
bém não tem alvará de funcionamento. No local funciona a Rádio Atual. A per-
O diretor garantiu que a interdição do missão de uso era apenas para a emissora,
CTN não teve relação com o decreto da pre- mas no local funciona também o CTN -
feita, que retoma posse de espaços munici- Centro de Tradições Nordestinas - e um es-
40844 Sexta-feira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Ag"sto de 200 I
tacionamento, explorado por uma empresa atos praticados, o querelado, em matéria publicada
privada, o que é proibido. em 20-2-2001 no Diário Popular, afirmou que o
O Contru - Departamento de Controle querelante estaria defendendo interesse particular e
do Uso de Imóveis - lacrou o CTN. ilícito no episódio (doc. 11):
As empresas são de propriedade do
Deputado Federal José de Abreu, ex-candi- "Deputado Quer Acordo e Preço Bom
dato a prefeito pelo PTN, mesmo partido do O Deputado Federal José de Abreu
ex-Prefeito Celso Pitta. (PTN) disse, de Brasília, que pretende com-
Zé de Abreu disputou a eleição munici- prar o terreno da prefeitura na rua Jacofer,
pal com Marta e marcou sua campanha ao 615, bairro do Limão, Zona Norte, onde fun-
chamar a então candidata de 'madame'. ciona o Centro de Tradições Nordestinas -
Uma CPI - Comissão Parlamentar de CTN - e a Rádio Atual. 'Quero encaminhar
Inquérito - na Câmara irá investigar as ces- para um acordo. Se o preço for bom, posso
sões de áreas públicas. até comprar', disse Abreu, que não admitiu
A rádio ocupa uma área de 7.475m2 , que o CTN havia sido interditado pelo Con-
avaliada em R$3.737.500, mas não cumpre a tru. Ao mesmo tempo, o deputado aprovei-
legislação que a obriga a transmitir diariamen- tou para alfinetar o Deputado Estadual Afa-
te cinco textos fornecidos pela prefeitura. nasio Jazadji (PFL), antigo desafeto seu.
O diretor do Contru, Clayton Claro da 'Tudo isso está acontecendo porque o
Costa, afirmou que a interdição do CTN Afanasio está levando dinheiro de donos de
aconteceu por dois motivos: falta de segu- clubes da região para fechar o CTN, onde a
rança e descumprimento da Portaria n° 440, entrada para bailes é gratuita', reclamou o
de 15 de dezembro do ano passado, que Deputado Federal.
obriga os locais que planejam fazer festas O CTN promove bailes todos os finais
de carnaval a obter autorização especial do de semana, onde a freqüência atinge mais
Contru, o que não teria ocorrido." de 12 mil pessoas por sessão. 'O José de
"Resposta Abreu aluga também 33 boxes onde é ven-
Deputado vai tentar acordo dida comida e existem botijões de gás, colo-
O Deputado José de Abreu afirmou cando em risco a vida dos freqüentadores.
que pretende tentar um acordo com a prefe- Ele também usa água de um poço artesiano
itura para manter a Rádio Atual e o CTN no e retirou os hidrômetros colocados pela Sa-
mesmo lugar. besp', alegou Jazadji. Abreu se defendeu di-
'Vou propor uma permuta ou a compra zendo que perfurou mais de 100m para
da área', afirmou Abreu. O deputado afir- achar água na rocha."
mou que irá à Justiça para desobstruir o lo-
cai e acusou o Deputado Estadual Afanasio No jornal Folha de S.Paulo foi divulgado co-
Jazadji (PFL) de estar por trás do fecha- mentário desairoso do querelado ao querelante, atri-
mento do CTN. buindo-lhe a responsabilidade pelo fechamento do
'Ele fez esta palhaçada.' CTN. 'Ele fez esta palhaçada'. A mesma matéria de-
Jazadji afirmou em contato com a Se- negritória foi publicada no jornal Agora (does.
cretaria Municipal da Habitação e com o 12/14).
Corpo de Bombeiros para que fizessem 14. Depreende-se dessa assertiva, que o quere-
uma vistoria no local. lado teve a deliberada e premeditada intenção de
O deputado estadual exibiu um docu- ofender a honra do querelante, caluniando-o e injuri-
mento do Contru, datado de 28 de Janeiro ando-o.
de 1998, no qual o órgão autoriza a libera- 15. Mais aleivosas tais impudentes críticas, se
ção do CTN e da Rádio Atual sob a condi- for verificado que todas as irregularidades denuncia-
ção de que fizessem algumas obras para das pelo querelante na aludida área pública, foram
segurança do local. confirmadas pelos órgãos públicos competentes. A tí-
'Mas nada foi feito', disse Jazadji." tulo exemplificativo, a matéria publicada em
13. A par da matéria ser eivada de interesse 30-3-2001, pelo Jornal da Tarde, a qual, inclusive,
público evidente e da legalidade administrativa dos cogita da hipótese do CTN, venha ser objeto de averi-
Agosto de 20()) DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-tcira 31 40845
guação pela CPI das Áreas Públicas, confira-se (doc. trar com a mercadoria no CTN pagando o
15): preço de mercado, são revistados pelos se-
"Deputado Acusado de 'Explorar' Nor- guranças e podem sofrer retaliações, como
destinos um companheiro que chegou para trabalhar
Denúncia contra José de Abreu (PTN), e encontrou um buraco cavado bem em
fundador do Centro de Tradições Nordesti- frente a sua barraca'. O boxista revela nú-
nas, aponta comércio ilegal de boxes em meros do comércio imposto pelo CTN: um
área pública. Boxistas também acusam coa- box com movimento médio compra da dire-
ção na compra de bebidas. ção 15 caixas de cervejas e 8 de refrigeran-
O Deputado Federal José de Abreu tes por semana. 'E eles ainda intimidam
(PTN - SP), que se apresentou como o 'Zé' quem não pagar o condomínio de fechar o
box'.
que combatia as madames e os doutores na
eleição à Prefeitura de São Paulo, enfrenta A água utilizada pelos boxistas é con-
agora uma acusação de explorar ilegalmen- siderada imprópria em um laudo da Sabesp.
te o espaço público utilizado pelo Centro de O CTN é abastecido por um poço artesiano,
Tradições Nordestinas - CTN -, no bairro e um laudo duvidoso contratado pela dire-
do Limão (Zona Norte). ção do CTN constatava sua perfeita potabili-
O 'Zé' - fundador do CTN - e sua mu- dade. No documento obtido pela reporta-
lher, Maria Cristina de Abreu - atual presi- gem, a sabesp informa que o corte de água
dente - , são acusados em várias frentes: o ocorreu em outubro de 1997 por um débito
uso ilegal da área pública do CTN para ar- de R$146.503,57. A direção do CTN cobra
rendamento e sublocação de boxes para ati- mensalmente a taxa de água. 'A água é
vidades comerciais e a 'exploração' dos pró- imunda, somos obrigados a trazer de casa
prios locatários (boxistas), que são obriga- para o consumo e a elaboração de alimen-
dos a pagar uma taxa semanal de condomí- tos. Já vi alguns passarem mal após consu-
nio e a comprar bebidas fornecidas exclusi- mir alimentos feitos com a água daqui', diz o
vamente pela direção do local a preços boxista, que prefere não se identificar com
exorbitantes. medo de represálias.
A exploração ilegal já está nas mãos 'Sem Fins Lucrativos'
dos vereadores da CPI das Áreas Públicas. O Estatuto do CTN (fundado em de-
Documentos obtidos com exclusividade pelo zembro de 1991) diz logo em seu primeiro
JT revelam que a direção do CTN movimen- parágrafo: 'Sociedade civil de caráter bene-
tou na semana passada, de 5 a 11 de mar- ficente, social (...) e sem fins lucrativos'. A
ço, por exemplo, o equivalente a área foi declarada de utilidade pública em
R$7.232,23 com a cobrança de 'condomí- um decreto publicado no Diário Oficial em
nio' de 20 boxes dos 32 disponíveis. O de- março de 1999. Documento obtido pela re-
putado não foi localizado ontem para co- portagem revela que os comodatários eram
mentar as acusações. orientados a divulgar o decreto: 'É com
Cerveja Obrigatória grande satisfação que passamos às mãos
O 'Zé', que costumava pedir votos aos dos companheiros uma cópia do decreto as-
eleitores humildes, enfrenta as acusações sinada pelo Prefeito Paulo Maluf. Seria inte-
dos companheiros da associação dos nor- ressante que tal documento fosse emoldura-
destinos. do e fixado no seu box'.
Um dos boxistas do CTN que estava A Prefeita Marta Suplicy (PT) Já revo-
disposto a revelar suas denúncias ao Minis- gou em decreto a permissão de uso do
tério Público estadual, afirmou ontem ao JT CTN. O Vereador Antonio Carlos Rodrigues
o esquema de comercialização imposto pela (PL), Membro da CPI das Áreas Públicas,
direção. 'Somos obrigados a comprar so- cobrou ontem por um requerimento os moti-
mente as bebidas fornecidas pela direção, vos pelos quais o local continua funcionan-
pagando R$32 pela caixa de cerveja de 24 do normalmente. 'É uma área pública, em
latinhas e R$20 pela caixa de refrigerante. hipótese alguma é permitido arrendar ou su-
Os boxistas que tentam comprar fora e en- blocar o espaço'."
40g46 Sexta-feira 11 DIÁRIO DA CÁMARA DOS DEPlJTADOS Agoslu de 20(H
"Marta Revoga Concessão Da Calúnia
O Departamento Patrimonial da Admi- 17. Ressalta dos trechos acima transcritos, ine-
nistração Marta Suplicy (PT) revogou a per- gável que a acusação proferida pelo querelado, con-
missão de uso, a título precário e gratuito, tra o querelante, publicada no Diário Popular de
da área utilizada pela Rádio Atual, de propri- 20-2-2001 configura crime de calúnia tipificado no art.
edade do Deputado Federal José de Abreu 138 do CP e previsto no art. 20 da Lei n° 5.250/67,
(PTN - SP), que ao lado também abriga o pois ao querelante foi imputado, falsamente, a prática
Centro de Tradições Nordestinas. de fato tipificado nos arts. 313 e 316 do Código Penal.
A Secretária de Negócios Jurídicos in- De modo que, inescusável a comprovação da autoria
formou ontem que a fiscalização, que deve- do delito.
ria ser anual, não estava sendo cumprida 18. Portanto, nítida a finalidade dolosa do quere-
pelas administrações anteriores. O Departa- lado em assacar e denegrir a imagem do querelante.
mento Patrimonial é obrigado a publicar 19. No presente caso, em razão da gravidade da
anualmente no Diário Oficial do Município acusação caluniosa feita em face de autoridade com
- DOM - um relatório coma relação de ter- função pública, incide a agravante específica do inci-
renos e áreas públicas cedidas e a forma so 111 do art. 23 da Lei n° 5.250/67. A agravante espe-
como estão sendo utilizadas. cífica é motivada pela repercussão social provocada
A Lei Orgânica permite varias formas pelos crimes de calúnia, injúria e difamação, quando
de concessão. A temporária, que pode ser a praticados contra autoridade pública, em vista da re-
de um circo, por exemplo, tem prazo para percussão social e o dano causado à imagem do
encerrar. A título precário (pagas ou gratui- ofendido, inerentes a esse tipo penal.
tas), como é o caso da Rádio Atual e do
CTN significa que a administração pode re- Da Injúria
tomar o terreno a qualquer instante." 20. Durante toda a sua vida pública, o querelan-
"Uso do Povo te sempre agiu nos limites da lei, praticando atos com
Uma certidão expedida, em 31 de a máxima moralidade e justiça, sentimentos inerentes
maio de 2000, pela Diretoria do Departa- à sua personalidade e convicção humana.
mento Patrimonial da Procuradoria-Geral do 21. Consciente de sua probidade na prática de
Município informa que entre a rua Jacofer e atos inerentes à sua atividade parlamentar, bem
o antigo leito do rio Tietê (área do CTN e da como os praticados em sua vida particular, as decla-
Rádio Atual) é bem de domínio público mu- rações proferidas pelo querelado ofenderam profun-
nicipal, da classe dos bens de uso comum damente a sua honra objetiva, caracterizando o crime
do povo, constituindo-se espaço livre. de injLlria.
O centro de tradições também foi de- 22. A honra objetiva é o conceito que cada ser
cretado de utilidade pública. O decreto humano tem de si próprio, a sua estima, a qual foi feri-
permite, corno creches ou entidades assis- da pelas declarações do querelado. Um dos objetivos
tencialistas, a isenção de impostos munici- do Estado Social e Democrático de Direito é proteger
pais como Imposto Predial e Territorial e preservar a dignidade de cada um de seus mem-
Urbano - IPTU - e Imposto Sobre Servi- bros.
ços -ISS. 23. Explícito, no caso em tela, o animus injuri-
O Vereador Antonio Carlos Rodrigues andi do querelado nas ofensas proferidas contra o
(PL), membro da CPI das Áreas Públicas, querelante, mostrando-se consciente na vontade de
apresentou um requerimento aos membros ofender.
da comissão solicitando a cópia da conces- 24. Evidente a correlação entre o fato (evento
são do Departamento Nacional de Teleco- danoso) e a tipificação do crime praticado pelo quere-
municações - DENTEL - para funciona- lado, não tendo como se subtrair da aplicação da lei
mento da Rádio Atual." penal.
16. Assim sendo, o querelante foi acusado de 25. Portanto, nítida é a tipificação penal dos atos
práticas ilícitas previstas nos arts. 313 e 316 do Códi- praticados pelo querelado como sendo crime de calú-
go Penal, tendo o querelado caluniado e injuriando a nia e injúria, devendo o mesmo ser condenado com
imagem pública e a honra do querelante, justifica-se pena de detenção prevista em ambos os artigos,
esta queixa-crime. agravada por ter o querelado caluniado e injuriado au-
Agosto de 200 I DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Scxta-Icira 31 40847
toridade pública, acrescida de multa no valor a ser Excelentíssimo Senhor Juiz Federal da Vara da
apreciado por esse E. Tribunal. Seção Judiciária de Goiás,
Dos Requerimentos Ref. Processo n° 1.18.000.007578/2000-13
26. Ante o exposto, requerer a citação do Querela- INQ n° 1.713-2
do José de Abreu para que apresente defesa prévia no O Ministério Público Federal, pelo Procurador
prazo de 5 (cinco) dias (art. 43, § 1°, da Lei n° 5.250/67). da República que a esta subscreve, no uso de suas
27. Seja, após recebida a presente queixa-crime, atribuições legais, vem oferecer
nos termos do art. 55 da Lei n° 5.250/67, dado regular Denúcia em desfavor de Ornar Pinto Pereira
prosseguimento à presente queixa até final condena- Júnior, CPF n° 123.574.641-00, residente e domicili-
ção do querelante nas imputações a ele ofertadas. ado na Rua 9, n° 353, Ed. Himalaia, ap. 1.401, Setor
28. Protesta o querelante por todos os meios de Oeste, Goiânia - GO; e
prova em direito admitidos, inclusive, pela juntada in- Lydia Araújo Quinan, CPF n° 412.929.951-49,
tegrai dos periódicos, Diário Popular, Agora, Jornal residente e domiciliada na Av. Contorno, 20, Centro,
da Tarde e Folha de S.Paulo, todos de 20-2-2001. Anápolis - GO, pelos fatos e fundamentos jurídicos a
Arrola como testemunhas: seguir expostos
1 - Sr. Paulo Teixeira - Secretário Municipal de 1 Inicialmente, protesta pela juntada posterior
Habitação e Desenvolvimento Urbano da Prefeitura do instrumento de procuração, nos moldes do art. 44
de São Paulo; do CPP
2 - Sr. Clayton Claro da Costa - Diretor de De- Com o desígnio de apurar irregularidades na ar-
partamento do Contru; recadação ou repasse de contribuições previdenciári-
3 - Sr. Arselino Tatto - Vereador do Município de as, a fiscalização do INSS procedeu à diligências no
São Paulo; âmbito da empresa Onogás S/A - Comércio e Indús-
4 - Sr. Antonio Carlos Rodrigues - Vereador do tria, estabelecida na Rua Felipe dos Santos, n° 20,
Município de São Paulo. Anexo I, Bairro Jardim Eldorado, AnápolislGO, CGC
Termos em que, aguarda deferimento. 01.021.427/0001-39, concentrando-se no Exame de
São Paulo, 21 de maio de 2001. - Luciana Ma- folhas de pagamento, referentes ao período de 10-97
ria Monteiro de Lima, OAB/SP 173.304. a 12-98; comprovante de recolhimento, recibos de fé-
rias e rescisões, e, inclusive, as folhas do décimo-ter-
À Comissão de Constituição e Justiça ceiro salário, constatando que os denunciados deixa-
e de Redação. Publique-se. ram de recolher à Previdência Social o quantum des-
Em 30-8-2001. - Deputado Aécio Ne- contado do salário de seus empregados nesses me-
ves, Presidente. ses mencionados.
Of. n° 2.542/R Segundo o Fiscal de Contribuições Previdenciá-
rias, Getúlio Borges: "O contribuinte fiscalizado efetu-
Brasília, 20 de agosto de 2001
ou os descontos da contribuição devida à previdência
Excelentíssimo Senhor social por seus empregados. e posteriormente deixou
Deputado Aécio Neves de efetuar o recolhimento de tais valores no prazo le-
Presidente da Câmara dos Deputados gai estabelecido" (fls. 5).
Inquérito n° 1.713 Em decorrência, foi lavrada a NFLD (Notificação
Indiciados: Lydia Araújo Quinan ou Lydia de Araújo Fiscal de Lançamento de Débito) n° 32.120.893-5, no
Quinan e Omar Pinto Pereira Júnior. valor de R$ 977.326,95 (novecentos e setenta e sete
Senhor Presidente, mil, trezentos e vinte e seis reais e noventa e cinco
Solicito a Vossa Excelência se digne submeter à centavos), já acrescidos de multas e juros (fls. 7).
Câmara dos Deputados, nos termos do art. 53, § 1E, Ao deixarem de recolher à Seguridade Social,
da Constituição, pedido de licença, para que o Supre- no momento próprio, os valores correspondentes às
mo Tribunal Federal possa apreciar a denúncia cons- contribuições retidas de seus empregados, os denun-
tante dos autos do processo acima referido (cópia ciados praticaram o delito tipificado no art. 95, d, da
anexa), oferecida contra a Deputada Federal Lydia Lei n08.212191, em continuidade delitiva (art. 71, CP).
Araújo Quinan ou Lydia de Araújo Quinan. Em fls. 213 dos autos, que a esta serve de base,
Atenciosamente, - Ministra Ellen Gracie, Rela- segue cópia da Ata da 92" Assembléia Geral Extraordi-
tora. nária atualizada da referida empresa, arquivada na
40848 Sexta-feira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agos!n de 20tl!
Junta Comercial do Estado de Goiás sob O n° oferecer Queixa-Crime contra Valdemar Costa Neto,
321.208.935 brasileiro, divorciado, Deputado Federal, portador da
Isto posto, recebida a presente, requer seja or- carteira de identidade com Registro Geral n°
denada a citação dos acusados com a oitiva da teste- 4.130.396, inscrito no CPF, do MF, sob n°
munha elencada, julgando-se, ao final, procedente a 523.005.368/20, com domicílio nesta cidade, onde re-
ação penal. side, na Rua José Eloy Pupo n" 32, apartamento 21,
Requer, adernais, sejam requis~ados, junto aos ór- Parque Monte Líbano.
gãos competentes, os antecedentes dos denunciados. O querelado fez publicar, em 14-12-99, no jornal
A .Deferimento. - Goiânia, 14 de novembro de O Diário de Mogi, à 1a (primeira) pagina, na denomi-
2000. - Sidney Pessoa Madruga, Procurador da Re- nada "Seção Livre", matéria de sua autoria, cujo texto
pública. é o seguinte:
ROL: "Faz 73 dias (28-9-99) que o Sr. João Manoel
1. Getúlio Borges - Fiscal de Contribuições Pre- Beraldi de Almeida, diretor comercial do jornal A Se-
videnciárias - fls. 6. mana, tentou me achacar. - Valdemar Costa Neto,
Deputado Federal."
À Comissão de Constituição e Justiça
A ofensa irrogada pelo Sr. Valdemar Costa Neto
e de Redação. Publique-se.
narra com clareza e pormenorizadamente a prática
Em 30-8-01. - Deputado Aécio Ne-
dos crimes de calúnia e difamação capitulados, res-
ves, Presidente.
pectivamente, nos arts. 20 e 21 da Lei de Imprensa.
Of. n° 2543/R A respeito da existência da calúnia, no plano ob-
Brasília, 20 de agosto de 2001 jetivo, dúvida alguma pode ser levantada. A expres-
são "Tentou me achacar" patente ter sido atribuído ao
Excelentíssimo Senhor querelante todas as circunstâncias constitutivas do
Deputado Aécio Neves crime de extorsão, cf. art. 158 do Cód. Penal, pois,
Presidente da Câmara dos Deputados
sendo Diretor Comercial do jornal A Semana Empre-
Inquérito n° 1.629 (Queixa-Crime)
sa Jornalística S/C. Ltda., embora semanário, mas
Querelado: Waldemar Costa Neto
com tiragem de 26.200 exemplares, e de distribuição
Senhor Presidente, gratuita, o elemento objetivo, "grave ameaça" subsu-
Solicito a Vossa Excelência se digne submeter à me-se no poder da imprensa eventualmente ao sabor
Câmara dos Deputados, nos termos do art. 53, § 1°, da vingança do extorsionário. A virtual ameaça tipifi-
da Constituição, pedido de Licença, para que o Su- cadora da extorsão que traduz o texto incriminado.
premo Tribunal Federal possa apreciar a denúncia "Achacar", segundo o lexicógrafo Aurélio Buar-
constante dos autos do processo acima referido (có- que de Holanda Ferreira - cujo nome é hoje sinônimo
pia anexa), oferecida contra o Deputado Federal Wal- de dicionário -, significa, no jargão popular, "extorquir
demar Costa Neto. dinheiro de Achacador", Bras. Gir. Aquele que achaca
Atenciosamente, - Ministra Ellen Gracie, Relatora. outrem, extorquindo-lhe dinheiro" (Aurélio Século XXI
Excelentíssimo Juiz de Direito da Criminal da O Dicionário da Língua Portuguesa, Ed. Nova Frontei-
Comarca de Mogi das Cruzes ra, RJ., 3a ed., 1999, p. 31), grifos.
Inq n° 1.629-2 Esta é a ação, abrangida pela calúnia, que insi-
Queixa-Crime nua o Sr. Valdemar Costa Neto ter praticado o quere-
Oferecimento Lei n° 5.250/67, art 40, I, c. lante, pois, na mesma edição, à página 3, Cidades,
João Manoel Beraldi de Almeida, brasileiro, ca- sob o título "Deputado quer processar jornal - "Costa
sado, Diretor Comercial, portador da carteira de iden- Neto diz que A Semana faz denúncias sem funda-
tidade com Registro Geral n° 5.996.043-7, inscrito no mento sobre mineradora" -, diz o querelado: "Vou to-
CPF, do MF, sob n" 829.479.458/91, com domicílio mar as devidas providências porque eles estão fazen-
nesta cidade, onde reside, na Rua Iracema Brasil de do matérias pessoais. Vieram para Mogi para extor-
Siqueira, n° 623, Socorro, por seu Advogado regular- quir os empresários daqui, mas comigo não conse-
mente constituído, infra-assinado, vem a presença de guirão nada. (...). A Semana quer extorquir dinheiro
Vossa Excelência para, obedecidos na espécie os re- de qualquer maneira ... "(sem grifos originais).
quisitos dos arts. 41 do CPP e 43 da Lei n° 5.250/67, e Conseqüentemente, sempre em linha de juízo de
por infrigência dos arts. 20 e 21 da Lei de Imprensa, fundada suspe~a, não poderá, no pórtico da queixa, 10-
Agosto de 2001 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexla-fcira 31 40849

brigar o animus retorquendi às publicações relaciona- Pelo exposto, classificadas as infrações nos
das com a VCN Empresa de Mineração Ltda., minera- arts. 20 e 21 da Lei n° 5.250/67, respectivamente, ca-
dora que leva o nome do querelado, porque o texto in- lúnia e difamação, para as quais, observado o dispos-
quinado de ofensivo foi além, extrapolou em detrimento to nos arts. 43, caput, e parágrafos, 45, e, subsidiaria-
da reputação do querelante - e a quem acusa precisa- mente, ex vi do disposto no art. 48, todos da Lei de
mente de tê-lo extorquido - mesmo que inverídicas ou Imprensa, o rito processual previsto nos arts. 519 a
"infundadas" as matérias, que salientou, pois, como 523 do Código de Processo Penal, recebida a queixa,
acentua Manoel Pedro Pimentel: "Ninguém tem o direito requer a citação do querelado para que apresente de-
de censurar o próximo de modo ofensivo à sua reputa- fesa prévia no prazo assinado no § 1° do art. 43 da Lei
ção" (Legislação Penal Especial, Ed. RT, 1972, p. 161). na 5.250, de 1967, sob pena de revelia, ouvindo-se a
No plano subjetivo, a calúnia também é de mani- seguir o Ministério Público, sendo a final, julgada pro-
festa e irrecusável evidência. cedente a ação penal para condená-lo nas penas co-
minadas aos delitos, praticados que foram em con-
O querelado é Deputado Federal. Possui, e
curso formal, de conformidade com a regra do art. 70,
bem, a noção de ilicitude das expressões assacadas
caput, 2a parte, do Código Penal.
contra o ofendido. Portanto, quando as divulgou, não
Protesta pela produção de outros meios de prova,
ignorava que estava realizando, conscientemente, ato
especialmente o testemunhal- fornecendo o rol de suas
ou fato que a lei descreve como crime. Seria especio-
testemunhas, e indicando os demais meios, na fase do
so, ou uma contradictio in se ipsa, afirmar que não
art. 523 do Código de Processo Penal - destinados a
tinha intenção de praticar o crime.
contraporem-se à prova da verdade, se necessário.
E não ignorava que o estava imputando ao ofen-
Nestes termos, R. e A. esta com o exemplar do
dido falsamente. Do contrário, se verdadeira fosse a jornal, cf. art. 43 da Lei na 5.250/67, é O que se deixa
acusação, a permissibilidade expressa no art. 301 do requerido, respeitosamente, e P. Deferimento.
CPp, autorizava o querelado a dar ordem de prisão
Mogi das Cruzes, 3 de março de 2000. - Fran-
em flagrante ao então extorsionário, mormente se o
cisco Martins, Advogado, OAB/SP na 76.969.
fato foi presenciado por testemunhas ou pudesse ser
comprovado por qualquer modo. Nenhuma providên- À Comissão de Constituição e Justiça
cia a seu alcance adotou o Sr. Valdemar Costa Neto. e de Redação. Publique-se.
Quanto à difamação, desbordando da moldura Em 30-8-2001. - Deputado Aécio Ne-
do animus que inspirou a publicação do artigo, a in- ves, Presidente.
fração está, objetivamente, nos fatos atribuídos ao Do Sr. Senador Mozarildo Cavalcanti, Quar-
querelante, e subjetivamente, "na voluntária manifes- to-Secretário, no exercício, da Primeira Secreta-
tação do pensamento", por intermédio do que escre- ria, do Senado Federal, nos seguintes termos:
veu, "e na consciência de sua idoneidade ofensiva à
honra alheia" (cf: Euclides Custódio da Silveira, Direi- Ofício na 1.034 - SF
to Penal- Crimes contra a Pessoa, 1973, pág. 236). Brasília, 29 de agosto de 2001
O artigo difamatório foi escrito voluntariamente, e
À Sua Excelência o Senhor
consciente estava o seu autor, do caráter ofensivo das
Deputado Severino Cavalcanti
expressões usadas - e, aqui, também, não é crível que o
Primeiro-Secretário da Câmara dos Deputados
querelado ignorasse que, atribuir e imputar ao "Sr. João
Manoel Beraldi de Almeida, Diretor Comercial do Jornal Senhor Primeiro-Secretário,
A Semana o fato de "Achacar" é aleivoso e ultrajante- Encaminho a Vossa Excelência, a fim de ser sub-
ofendendo, a um só tempo, a honra objetiva, subjetiva e a metido à revisão da Câmara dos Deputados, nos ter-
profissional do querelante. Com a primeira, atacou o res- mos do art. 65 da Constituição Federal, o Projeto de Lei
peito, a consideração, a reputação, a fama no meio social do Senado na 144, de 1999, constante dos autógrafos
em que vive o Sr. João Manoel Beraldi de Almeida, que é em anexo, que "Dispõe sobre a veiculação de progra-
pessoa notoriamente conhecida. Pela segunda, atingiu o mação educativa para crianças, por meio dos canais de
apreço próprio, o status dignitatis, o juízo que cada um radiodifusão de sons e imagens (televisão), e estabele-
tem de si e, por ú~imo, aos deveres profissionais ou parti- ce sanções pelo seu descumprimento".
culares da vítima, que goza de reputação e Conceito, Atenciosamente, - Senador Mozarildo Caval-
atuando na imprensa por trinta anos, sem jamais ter tido canti, Quarto-Secretário, no exercício da Primeira
qualquer envolvimento com a justiça. Secretaria.
408S0 Sexla-It:íl'a 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agusto de 20()(
PROJETO DE LEI N° 5.269/01 § 2° O Relatório de Programação Infantil, a ser
Dispõe sobre a veiculação de pro- divulgado pelas emissoras, conterá informações, atu-
gramação educativa para crianças, por alizadas trimestralmente, sobre a programação infan-
meio dos canais de radiodifusão de sons til que colocam no ar, inclusive a data, hora, duração e
e imagens (televisão), e estabelece san- descrição dos programas.
ções pelo seu descumprimento. § 3° As emissoras manterão tais relatórios nos
O Congresso Nacional decreta: arquivos da estação, destacados do restante da
Art. 1° As emissoras de radiodifusão de sons e programação e acessíveis à inspeção por parte do
público.
imagens (televisão) dedicarão pelo menos cinco ho-
ras semanais à transmissão de programação especi- § 4° As emissoras divulgarão, mediante anúncio
ficamente concebida para a educação moral, cultural periódico, no ar e em outros meios de propaganda, a
e intelectual das crianças. existência, disponibilidade e modo de acesso aos re-
latórios mencionados nesta lei.
§ 1° Define-se como "programação especifica-
mente concebida" qualquer programação televisiva § 5° As emissoras designarão um responsá-
que atenda, em todos os aspectos, às necessidades vel pela programação infantil, cujo nome deverá
educacionais e informativas da criança e do adoles- ser de acesso público, bem como os meios de con-
cente, de idade igualou inferior a dezesseis anos, in- testá-lo.
cluindo as necessidades intelectuais/cognitivas ou § 6° O cumprimento desta lei não exime a emis-
sociais/emocionais, sempre em harmonia com o que sora do contido no art. 76 da Lei n° 8.069, de 13 de ju-
preconiza a Lei de Diretrizes e Bases da Educação e lho de 1990, que dispõe sobre o Estatuto da Criança e
sua regulamentação. do Adolescente.
§ 2° A programação a que se refere o § 1° deve- § ]O Especial atenção se dará às crianças de
rá preencher os seguintes requisitos mínimos: idade inferior a oito anos na elaboração e veiculação
1- ter a educação da criança como objetivo prin- da programação de que trata esta lei.
cipal; Art. 3° As cenas reais de violência que envolvam
11 - ter o objetivo educacional do programa e a menores de idade, como vítimas ou como infratores
audiência infantil corno alvos explicitados no Relató- só poderão ser veiculadas na programação das emis~
rio de Programação Infantil a que se refere o Inciso soras de televisão no horário compreendido entre as
111 do art. 20 desta lei; 22 (vinte e duas) horas e 5 (cinco) horas.
0
111 _ ser levada ao ar entre as 7 (sete) e as 22 Art. 4 O cumprimento desta lei será aferido no
(vinte e duas) horas; processo de renovação das concessões de canais de
IV _ ser regularmente incluída na programação; radiodifusão, e quando o Congresso Nacional apreci-
V ar os atos do Poder Executivo, na forma do § 10 do art.
- ter uma duração não inferior a 15 (quinze) 223 da Constituição Federal.
minutos;
VI - ser identificada como programação infantil Parágrafo único. As emissoras apresentarão,
educativa, no momento em que vai ao ar. como documento indispensável à renovação da
Art. 2° As emissoras são obrigadas a identificar concessão ou permissão, Relatório de Televisão
Educativa para Crianças, contendo consolidação
e divulgar sua programação destinada ao público in-
fantil, facilitando a informação de pais, mestres e inte- dos relatórios de programação infantil a que se refe-
ressados em geral, de três formas: re o inciso 111 do art. 2°, em formato padronizado
pelo Ministério das Comunicações.
I - mediante identificação da programação-nú-
cleo, no momento em que esses programas vão ao Art. 5° O Poder Executivo regulamentará esta
ar; lei no prazo de noventa dias, e as emissoras lhe da-
" - mediante identificação de tais programas rão cumprimento no prazo de um ano, a contar da
para os editores de guias de programação; data de sua publicação.
111 - mediante publicação e divulgação de Rela- Art. 6° Esta lei entra em vigor na data de sua pu-
tório de Programação Infantil. blicação.
§ 10 A identificação da programação-núcleo se Senado Federal, 29 de agosto de 2001. - Sena-
fará através de ícone posto no ar ao início do progra- dor Edison Lobão, Presidente do Senado Federal
ma e no período que antecede os comerciais. Interino. '
Agosto de 200 I DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-Icira 31 40S51
Ofício n° 1.035 - SF de Direitos Humanos, em substituição a Deputada
Brasília, 29 de agosto de 2001 Nice Lobão.
Atenciosamente, - Deputado Inocêncio Olivei-
À Sua Excelência o Senhor
ra, Líder do Bloco Parlamentar PFL-PST.
Deputado Severino Cavalcanti
Primeiro-Secretário da Câmara dos Deputados Defiro. Publique-se.
Em 30-8-2001. - Aécio Neves, Presi-
Senhor Primeiro-Secretário,
dente.
Encaminho a Vossa Excelência, a fim de ser sub-
metido à revisão da Câmara dos Deputados, nos ter- Ofício n° 1.124-L-PFU2001
mos do art. 65 da Constituição Federal, o Projeto de Lei
Brasília, 21 de agosto de 2001
do Senado n° 57, de 2001 , constante dos autógrafos em
anexo, que "Altera o art. 36 do Decreto-Lei n0221 , de 28 Excelentíssimo Senhor
de fevereiro de 1967, que dispõe sobre a proteção e es- Deputado Aécio Neves
tímulos à pesca e dá outras providências". Presidente da Câmara dos Deputados
Atenciosamente, - Senador Mozarildo Caval- Nesta
canti, Quarto-Secretário, no exercício da Primeira Senhor Presidente,
Secretaria. Indico a Vossa Excelência a Deputada Nice Lo-
bão para integrar, como membro suplente, a Comis-
PROJETO DE LEI N° 5.270/01
são de Direitos Humanos, em vaga existente.
Altera o art. 36 do Decreto-Lei n° Atenciosamente, - Deputado Inocêncio Olivei-
221, de 28 de fevereiro de 1967, que dis- ra, Líder do Bloco Parlamentar PFUPST.
põe sobre a proteção e estímulos à pes-
ca e dá outras providências. Defiro. Publique-se.
Em 30-8-2001. - Aécio Neves, Presi-
O Congresso Nacional decreta: dente.
Art. 1° O art. 36 do Decreto-Lei n° 221, de 28 de fe-
vereiro de 1967, passa a vigorar acrescido do seguinte § Ofício n° 1.194-L-PFU01
2°, numerando-se o atual parágrafo único como § 1°: Brasília, 29 de agosto de 2001
"Art. 36 . Excelentíssimo Senhor
Deputado Aécio Neves
§ 2° É responsabilidade dos proprietários ou Presidente da Câmara dos Deputados
concessionários de represas, de acordo com determi- Nesta
nações do órgão competente, a produção e distribui-
Senhor Presidente,
ção de alevinos em suas áreas de atuação." (NR)
Indico a Vossa Excelência os Deputados do Blo-
Art. 2° Esta lei entra em vigor na data de sua pu- co Parlamentar PFUPST que farão parte da Comis-
blicação. são Especial destinada a proferir parecer à Proposta
Senado Federal, 29 de agosto de 2001. - Sena- de Emenda à Constituição n° 598-Al98, que "altera a
dor Edison Lobão, Presidente do Senado Federal, redação das letras a, b, c e d do inciso VI, § 3°, do art.
Interino. 14 da Constituição Federal" (idade mínima para cargo
Do Sr. Deputado Inocêncio Oliveira, Líder do eletivo) e apensada.
Bloco Parlamentar PFLlPST, nos seguintes ter- Titulares Suplentes
mos: Francisco Coelho Antônio Carlos Konder Reis
Ofício n° 1.123-L-PFU2001 Ivânio Guerra Francistônio Pinto
Brasília, 21 de agosto de 2001 Jairo Carneiro Kátia Abreu
Paulo Magalhães Mauro Fecury
Excelentíssimo Senhor
Deputado Aécio Neves Rodrigo Maia Osvaldo Coelho
Presidente da Câmara dos Deputados Sérgio Barcellos Paulo Gouvêa
Nesta Atenciosamente, - Deputado Inocêncio Olivei-
ra, Líder do Bloco Parlamentar PFL-PST.
Senhor Presidente,
Indico a Vossa Excelência o Deputado José Ro- Publique-se.
cha para integrar, como membro titular, a Comissão Em 30-8-01. - Aécio Neves, Presidente.
40852 Sexta-feira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 200!
Ofício n° 1.196-L-PFU01 OF. PSDBI N° 50212001
Brasília, 29 de agosto de 2001 Brasília, 29 de agosto de 2001
Excelentíssimo Senhor A Sua Excelência o Senhor
Deputado Aécio Neves Deputado Aécio Neves
Presidente da Câmara dos Deputados Presidente da Câmara dos Deputados
Nesta Senhor Presidente,
Tenho a honra de indicar a Vossa Excelência o
Senhor Presidente, Deputado José Múcio Monteiro, como membro su-
Indico a Vossa Excelência os Deputados do plente, para integrar a Comissão Especial destinada a
Bloco Parlamentar PFLlPST que farão parte da Co- proferir parecer à Proposta de Emenda à Constituição
missão Especial destinada a proferir parecer à Pro- n° 54-A/99, "que acrescenta o artigo ao Ato das Dis-
posta de Emenda à Constituição n° 306-A/OO, que posições Transitórias (cria quadro temporário para
"acrescenta o parágrafo terceiro ao art. 215 da servidores públicos)".
Constituição Federal, instituindo o Plano Nacional Atenciosamente, - Deputado Jutahy Junior, Lí-
de Cultura". der do P8DB.
Defiro. Publique-se
Titulares Suplentes Em 30-8-01 . - Aécio Neves, Presidente.
Celcita Pinheiro Arolde de Oliveira
Do Sr. Deputado Geddel Vieira lima, Líder
Darci Coelho Jaime Fernandes Filho
do PMDB, nos seguintes termos:
Euler Ribeiro Lael Varella
José Carlos Coutinho Lavoisier Maia OF/GAB/I/ND 558
Mário Assad Júnior Paes Landim Brasília, 29 de agosto de 2001
Milton Barrosa Roberto Pessoa A Sua Excelência o Senhor
Atenciosamente, - Deputado Inocêncio Olivei- Deputado Aécio Neves
ra, Líder do Bloco Parlamentar PFL-PT. DD. Presidente da Câmara dos Deputados
Publique-se. Senhor Presidente,
Em 30-8-01. - Aécio Neves, Presidente. Comunico a Vossa Excelência que o Deputado
Antônio Cruz passa a integrar, na qualidade de Titu-
Do Sr. Deputado Jutahy Junior, Líder do
lar, a Comissão de Constituição e Justiça e de Reda-
PSDB, nos seguintes termos:
ção, e, na qualidade de Suplente, a Comissão de Se-
OF.PSDB/N° 4592001 guridade Social e Família, em vagas existentes.
Brasília, 22 de agosto de 2001 Por oportuno, renovo a Vossa Excelência pro-
testos de estima e consideração. - Deputado Geddel
A Sua Excelência o Senhor
Vieira Lima Líder do PMDB.
Deputado Aécio Neves
Presidente da Câmara dos Deputados Defiro. Publique-se
Em 30-08-01. - Aécio Neves, Presi-
Senhor Presidente, dente.
Venho solicitar a Vossa Excelência a gentileza Do Sr. Deputado Walter Pinheiro, Líder do
de determinar o desligamento do Deputado Roberto PT, nos seguintes termos:
Rocha da Comissão Especial destinada a proferir pa-
Oficio n° 173/Plen
recer à Proposta de Emenda à Constituição nO 57-A,
de 1999, que "altera os art. 159 da Constituição Fede- Brasília, 22 de agosto de 2001
ral, para instituir o Fundo Nacional de Desenvolvi- Excelentíssimo Senhor
mento do Semi-Árido e prevê suas fontes de recur- Deputado Aécio Neves
sos". DD. Presidente da Câmara dos Deputados
Atenciosamente, - Deputado Jutahy Junior, Lí-
Senhor Presidente
der do P8DB.
Tenho a honra de dirigir-me a Vossa Excelência a
Defiro. Publique-se fim de indicar, como suplentes, o Deputado José Pimen-
Em 30-8-01. - Aécio Neves, Presidente. tel, PT/CE, e a Deputada Teima de Souza, PT/Sp, na Co-
Agosto de 2001 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS SeXla-lcira 31 40853
missão Parlamentar de Jnquérrto destinada a "investigar Do Sr. Deputado Inaldo Leitão, Presidente
várias irregularidades praticadas durante a vigência do da Comissão de Constituição e Justiça e de Re-
Regime de Administração Especial Temporária (RAE1) dação, nos seguintes termos:
no BANESPA - Banco do Estado de São Paulo S.A". OF. n° 704-P/2001 - CCJR
Atenciosamente, - Deputado Walter Pinheiro,
Brasília, 21 de junho de 2001
Líder do PT.
A Sua Excelência o Senhor
Defiro. Publique-se Deputado Aécio Neves
Em 30-08-01. - Aécio Neves, Presi- DD. Presidente da Câmara dos Deputados
dente. Nesta
Do Sr. Deputado Odelmo Leão, Líder do Senhor Presidente,
PPB, nos seguintes termos: Comunico a Vossa Excelência, em cumprimen-
Ofício n° 405/01 to ao art. 58 do Regimento Interno, a apreciação por
este Órgão Técnico, em 13 de junho do corrente, dos
Brasília, 22 de agosto de 2001
Projetos de Lei nOs 4.512-B/94 e 1.145/91.
A Sua Excelência o Senhor Solicito a Vossa Excelência autorizar a publica-
Deputado Aécio Neves ção dos referidos projetos e parecer a eles oferecidos.
DD. Presidente da Câmara dos Deputados Cordialmente. - Deputado Inaldo Leitão, Presi-
Senhor Presidente, dente.
Tenho a honra de indicar a Vossa Excelência Publique-se.
pelo Partido Progressista Brasileiro - PPB, a Deputa- Em 30-8-2001. - Aécio Neves, Presi-
da Almerinda de Carvalho, como suplente, em substi-
dente.
tuição ao Deputado Iberê Ferreira, para integrar a Co-
OF. nO 769-P/2001 - CCJR
missão Técnica de Seguridade Social e Família.
Brasília, 26 de junho de 2001
Atenciosamente, - Deputado Odelmo Leão,
Líder do PPB. A Sua Excelência o Senhor
Deputado Aécio Neves
Defiro. Publique-se DD. Presidente da Câmara dos Deputados
Em 30-8-2001. - Aécio Neves, Presi- Nesta
dente. Senhor Presidente,
Do Sr. Deputado Inácio Arruda, Líder do Bloco Comunico a Vossa Excelência, em cumprimen-
Parlamentar PSB/PCdoB, nos seguintes termos: to ao art. 58 do Regimento Interno, a apreciação por
Of. n° 99/01 este Órgão Técnico, em 21 de junho do corrente, do
Projeto de Lei n° 1.238-B/95.
Brasília, 22 de agosto de 2001 Solicito a Vossa Excelência autorizar a publica-
Excelentíssimo Senhor ção do referido projeto e parecer a ele oferecido.
Deputado Aécio Neves Cordialmente, - Deputado Inaldo Leitão, Presi-
Presidente da Câmara dos Deputados dente.
Nesta Publique-se.
Senhor Presidente, Em 30-8-2001. - Aécio Neves, Presi-
Indico, nos termos regimentais, o Deputado Sér- dente.
gio Miranda como membro suplente da Comissão OF. n° 896-P/2001- CCJR
Especial destinada a proferir parecer à Proposta de Brasília, 14 de agosto de 2001
Emenda à Constituição n° 277-.A., de 2000, do Poder
Executivo, que "altera os arts. 149 e 177 da Constitui- A Sua Excelência o Senhor
ção Federal" (combustíveis). Deputado Aécio Neves
Ao ensejo renovo a Vossa Excelência protestos DD. Presidente da Câmara dos Deputados
de elevada estima. - Deputado Inácio Arruda, Líder Nesta
do Bloco PCdoB/PSB. Senhor Presidente,
Defiro. Publique-se. Encaminho a Vossa Excelência, para as provi-
Em 30-8-2001. - Aécio Neves, Presi- dências regimentais cabíveis, as Propostas de
dente. Emenda à Constituição nOs 224/95 e 439/96 e
40854 Sexta-feira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosill de 20(] I
448/97, apensadas, apreciadas por este Órgão Téc- OF. N° 902-P/2001-CCJR
nico, em 9 de agosto do corrente. Brasília, 14 de agosto de 2001
Aproveito o ensejo para reiterar a Vossa À Sua Excelência o Senhor
Excelência protestos de elevada estima e distinta Deputado Aécio Neves
consideração. - Deputado Inaldo Leitão, Presi- DO. Presidente da Câmara dos Deputados
dente. Nesta
Publique-se. Senhor Presidente,
Em 30-8-01. - Aécio Neves, Presidente. Comunico a Vossa Excelência, em cumprimen-
to ao art. 588 do Regimento Interno, a apreciação por
OF. N° 898-P/2001 - CCJR este Órgão Técnico, em 9 do corrente, do Projeto de
Lei n° 2.359-B/OO.
Brasília, 14 de agosto de 2001 Solicito a Vossa Excelência autorizar a publica-
A Sua Excelência o Senhor ção do referido projeto e parecer a ele oferecido.
Deputado Aécio Neves Cordialmente, - Deputado Inaldo Leitão, Presi-
DO. Presidente da Câmara dos Deputados dente.
Nesta Publique-se.
Em 30-8-01. - Aécio Neves, Presidente.
Senhor Presidente, OF. N° 903-P/2001 - CCJR
Encaminho a Vossa Excelência, para as provi- Brasília, 14 de agosto de 2001
dências regimentais cabíveis, os Projetos de Lei nOs
A Sua Excelência o Senhor
1.353/99 e 2.751/00 e 2.858/00, apensados, aprecia-
Deputado Aécio Neves
dos por este Órgão Técnico, em 9 de agosto do cor-
DO. Presidente da Câmara dos Deputados
rente.
Nesta
Aproveito o ensejo para reiterar a Vossa Senhor Presidente,
Excelência protestos de elevada estima e distinta Comunico a Vossa Excelência, em cumprimen-
consideração. - Deputado Inaldo Leitão, Presi- to ao art. 58 do Regimento Interno, a apreciação por
dente. este Órgão Técnico, em 9 do corrente, do Projeto de
Publique-se. Lei n° 1.443-A/99.
Em 30-8-01 . - Aécio Neves, Presidente. Solicito a Vossa Excelência autorizar a publica-
ção do referido projeto e parecer a ele oferecido.
OF. N° 900-P/2001 - CCJR Cordialmente, - Deputado Inaldo Leitão, Presi-
Brasília, 14 de agosto de 2001 dente.
A Sua Excelência o Senhor Publique-se.
Deputado Aécio Neves Em 30-8-01. - Aécio Neves, Presidente.
DO. Presidente da Câmara dos Deputados OF. W 906-P/2001-CCJR
Nesta
Brasília, 14 de agosto de 2001
A Sua Excelência o Senhor
Senhor Presidente,
Deputado Aécio Neves
Comunico a Vossa Excelência, em cumpri- DO. Presidente da Câmara dos Deputados
mento ao art. 58 do Regimento Interno, a aprecia- Nesta
ção por este Órgão Técnico, em 9 do corrente, do Senhor Presidente,
Projeto de Lei n° 2.973-B/OO. Encaminho a Vossa Excelência, para as provi-
Solicito a Vossa Excelência autorizar a pu- dências regimentais cabíveis, o Projeto ~e Decreto
blicação do referido projeto e parecer a ele ofere- Legislativo n° 940101, apreciado por este Orgão Téc-
nico, em 9 de agosto do corrente.
cido.
Aproveito o ensejo para reiterar a Vossa Exce-
Cordialmente, - Deputado Inaldo Leitão, Pre- lência protestos de elevada estima e distinta conside-
sidente. ração. - Deputado Inaldo Leitão, Presidente.
Publique-se. Publique-se.
Em 30-8-01. - Aécio Neves, Presidente. Em 30-8-01. - Aécio Neves, Presidente.
Agosto de 200 I DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 31 40855
OF. N° 907-P/2001-CCJR OF. N° 916-P/2001 - CCJR
Brasília, 14 de agosto de 2001 Brasília, 15 de agosto de 2001
A Sua Excelência o Senhor À Sua Excelência o Senhor
Deputado Aécio Neves Deputado Aécio Neves
DO. Presidente da Câmara dos Deputados DO. Presidente da Câmara dos Deputados
Nesta Nesta
Senhor Presidente, Senhor Presidente,
Encaminho a Vossa Excelência, para as provi- Encaminho a Vossa Excelência, para as provi-
dências regimentais cabíveis, o Projeto qe Decreto dências regimentais cabíveis, o Projeto qe Decreto
Legislativo n° 969/01, apreciado por este Orgão Téc- Legislativo n° 972/01, apreciado por este Orgão Téc-
nico, em 9 de agosto do corrente. nico, em 14 de agosto do corrente.
Aproveito o ensejo para reiterar a Vossa Exce- Aproveito o ensejo para reiterar a Vossa Exce-
lência protestos de elevada estima e distinta conside- lência protestos de elevada estima e distinta conside-
ração. - Deputado Inaldo Leitão, Presidente. ração. - Deputado Inaldo Leitão, Presidente.
Publique-se. Publique-se.
Em 30-8-01. - Aécio Neves, Presidente. Em 30-8-01. - Aécio Neves, Presidente.
Of. N° 910-P/2001-CCJR OF. N°917-P/2001-CCJR
Brasília, 15 de agosto de 2001 Brasília, 15 de agosto de 2001
A Sua Excelência o Senhor À Sua Excelência o Senhor
Deputado Aécio Neves Deputado Aécio Neves
DO. Presidente da Câmara dos Deputados DO. Presidente da Câmara dos Deputados
Nesta Nesta
Senhor Presidente, Senhor Presidente,
Encaminho a Vossa Excelência, para as provi- Encaminho a Vossa Excelência, para as provi-
dências regimentais cabíveis, a Proposta de Emenda dências regimentais cabíveis, o Projeto de D~creto
à Constituição na 593/98, apreciada por este Órgão Legislativo n° 1.054/01, apreciado por este Orgão
Técnico, em 14 de agosto do corrente.
Técnico, em 14 de agosto do corrente.
Aproveito o ensejo para reiterar a Vossa Exce-
Aproveito o ensejo para reiterar a Vossa Exce-
lência protestos de elevada estima e distinta conside-
lência protestos de elevada estima e distinta conside- ração. - Deputado Inaldo Leitão, Presidente.
ração. - Deputado Inaldo Leitão, Presidente.
Publique-se.
Publique-se. Em 30-8-01. - Aécio Neves, Presidente.
Em 30-8-01 . - Aécio Neves, Presidente.
OF. N° 924-P/2001 - CCJR
OF. N° 914-P/2001 - CCJR
Brasília, 21 de agosto de 2001
Brasília, 15 de agosto de 2001
À Sua Excelência o Senhor
À Sua Excelência o Senhor
Deputado Aécio Neves
Deputado Aécio Neves
DO. Presidente da Câmara dos Deputados
DO. Presidente da Câmara dos Deputados
Nesta
Nesta
Senhor Presidente,
Senhor Presidente,
Comunico a Vossa Excelência, em cumprimen-
Encaminho a Vossa Excelência, para as provi- to ao art. 58 do Regimento Interno, a apreciação por
dências regimentais cabíveis, o Projeto de Decreto este Órgão Técnico, em 15 de agosto do corrente, do
Legislativo n° 682/00, apreciado por este Órgão Téc- Projeto de Lei n° 550-8/99.
nico, em 14 de agosto corrente. Solicito a Vossa Excelência autorizar a publica-
Aproveito o ensejo para reiterar a Vossa Exce- ção do referido projeto e parecer a ele oferecido.
lência protestos de elevada estima e distinta conside- Cordialmente, - Deputado Inaldo Leitão, Presi-
ração. - Deputado Inaldo Leitão, Presidente. dente.
Publique-se. Publique-se.
Em 30-8-01 . - Aécio Neves, Presidente. Em 30-8-01. - Aécio Neves, Presidente.
4()~56 Scxla-JCira 3) DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agl1stll (li; 2()())
OF. N° 925-P/2001 - CCJR Do Sr. Deputado Zenaldo Coutinho, Presiden-
Brasília, 21 de agosto de 2001 te em exercício, da Comissão de Constituição e
Justiça e de Redação, nos seguintes termos:
À Sua Excelência o Senhor
Deputado Aécio Neves OF. W 859-P/2001 - CCJR
DD. Presidente da Câmara dos Deputados Brasília, 8 de agosto de 2001
Nesta
À Sua Excelência o Senhor
Senhor Presidente, Deputado Aécio Neves
Encaminho a Vossa Excelência, para as provi- DO. Presidente da Câmara dos Deputados
dências regimentais cabíveis, o Projeto de Decreto Nesta
Legislativo nO 648/00, apreciado por este Órgão Téc-
nico, em 16 de agosto do corrente. Senhor Presidente,
Aproveito o ensejo para reiterar a Vossa Exce- Encaminho a Vossa Excelência, para as provi-
lência protestos de elevada estima e distinta conside- dências regimentais cabíveis, o Projeto de Lei n°
ração. - Deputado Inaldo Leitão, Presidente. 4.115/01, apreciado por este Órgão Técnico, em 7 de
agosto do corrente.
Publique-se.
Em 30-8-01. - Aécio Neves, Presidente. Aproveito o ensejo para reiterar a Vossa Exce-
lência protestos de elevada estima e distinta conside-
OF. W 927-P/2001 - CCJR ração. - Deputado Zenaldo Coutinho, Presidente em
Brasília, 21 de agosto de 2001 exercício.
À Sua Excelência o Senhor Publique-se.
Deputado Aécio Neves Em 30-8-01. - Aécio Neves Presidente.
DD. Presidente da Câmara dos Deputados OF. N° 862-P/2001 - CCJR
Nesta
Senhor Presidente, Brasília, 8 de agosto de 2001
Encaminho a Vossa Excelência, para as provi- À Sua Excelência o Senhor
dências regimentais cabíveis, o Projeto de Decreto Deputado Aécio Neves
Legislativo rO 977/01, apreciado por este Órgão Téc- DD. Presidente da Câmara dos Deputados
nico, em 16 de agosto do corrente.
Nesta
Aproveito o ensejo para reiterar a Vossa Exce-
lência protestos de elevada estima e distinta conside- Senhor Presidente,
ração. - Deputado Inaldo Leitão, Presidente. Encaminho a Vossa Excelência, para as provi-
dências regimentais cabíveis, o Projeto de Decreto
Publique-se. Legislativo nO 3.524/01, apreciado por este Órgão
Em 30-8-01. - Aécio Neves, Presidente. Técnico, em 7 de agosto do corrente.
OF. N° 928-P/2001-CCJR Aproveito o ensejo para reiterar a Vossa Exce-
lência protestos de elevada estima e distinta conside-
Brasília, 21 de agosto de 2001 ração. - Deputado Zenaldo Coutinho, Presidente em
A Sua Excelência o Senhor exercício.
Deputado Aécio Neves Publique-se.
DD. Presidente da Câmara dos Deputados
Em 30-8-01. - Aécio Neves, Presidente.
Nesta
Senhor Presidente, OF. N° 867-P/2001 - CCJR
Encaminho a Vossa Excelência, para as provi- Brasília, 8 de agosto de 2001
dências regimentais cabíveis, o Projeto de Decreto
À Sua Excelência o Senhor
Legislativo n° 991/01 , apreciado por este Órgão Téc-
Deputado Aécio Neves
nico, em 16 de agosto do corrente.
DO. Presidente da Câmara dos Deputados
Aproveito o ensejo para reiterar a Vossa Exce-
Nesta
lência protestos de elevada estima e distinta conside-
ração. - Deputado Inaldo Leitão, Presidente. Senhor Presidente,
Encaminho a Vossa Excelência, para as providên-
Publique-se. cias regimentais cabíveis, as Propostas de Emenda à
Em 30-8-2001. - Aécio Neves, Presi- Const~uição n 598/98 e 344101 , apensada, apreciadas
05

dente. por este Órgão Técnico, em 7 de agosto do corrente.


Agoslo de 2001 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexlu-Ieiru 31 40X57
Aproveito o ensejo para reiterar a Vossa Exce- Legislativo n° 907/01 , apreciado por este Órgão Téc-
lência protestos de elevada estima e distinta conside- nico, em 7 de agosto do corrente.
ração. - Deputado Zenaldo Coutinho, Presidente em Aproveito o ensejo para reiterar a Vossa Excelência
exercício. protestos de elevada estima e distinta consideração. -
Publique-se. Deputado Zenaldo Coutinho, Presidente em exercício.
Em 30-08-01 . - Aécio Neves, Presidente. Publique-se.
OF. N° 868-P/2001 - CCJR Em 30-8-01. - Aécio Neves, Presidente.
Brasília, 8 de agosto de 2001 OF. W 872-P/2001 - CCJR
À Sua Excelência o Senhor Brasília, 8 de agosto de 2001
Deputado Aécio Neves À Sua Excelência o Senhor
DD. Presidente da Câmara dos Deputados Deputado Aécio Neves
Nesta DD. Presidente da Câmara dos Deputados
Senhor Presidente, Nesta
Encaminho a Vossa Excelência para as provi- Senhor Presidente,
dências regimentais cabíveis, o Projeto de Decreto Encaminho a Vossa Excelência, para as provi-
Legislativo n° 855/01, apreciado por este Órgão Téc- dências regimentais cabíveis, o Projeto cje Decreto
nico, em 7 de agosto do corrente. Legislativo n° 921/01, apreciado por este Orgão Téc-
Aproveito o ensejo para reiterar a Vossa Exce- nico, em 7 de agosto do corrente.
lência protestos de elevada estima e distinta conside- Aproveito o ensejo para reiterar a Vossa Exce-
ração. - Deputado Zenaldo Coutinho, Presidente em lência protestos de elevada estima e distinta conside-
exercício.
ração. - Deputado Zenaldo Coutinho, Presidente.
Publique-se.
Publique-se.
Em 30-08-01. - Aécio Neves, Presi-
Em 30-8-01. - Aécio Neves, Presidente.
dente.
OF. W 877-P/2001 - CCJR
OF. N° 869-P/2001 - CCJR
Brasília, 9 de agosto de 2001
Brasília, 8 de agosto de 2001
À Sua Excelência o Senhor
À Sua Excelência o Senhor
Deputado Aécio Neves
Deputado Aécio Neves
DD. Presidente da Câmara dos Deputados
DD. Presidente da Câmara dos Deputados
Nesta
Nesta
Senhor Presidente,
Senhor Presidente,
Encaminho a Vossa Excelência, para as provi-
Encaminho a Vossa Excelência, para as provi-
dências regimentais cabíveis, o Projeto de Decreto dências regimentais cabíveis, os Projetos de Lei nOs
Legislativo n° 860/01, apreciado por este Órgão Téc- 475-B/95 e 3.131/97, apensado, apreciados por este
nico, em 7 de agosto do corrente. Órgão Técnico, em 8 de agosto do corrente.
Aproveito o ensejo para reiterar a Vossa Excelência Aproveito o ensejo para reiterar a Vossa Excelência
protestos de elevada estima e distinta consideração. - protestos de elevada estima e distinta consideração. -
Deputado Zenaldo Coutinho, Presidente em exercício. Deputado Zenaldo Coutinho, Presidente em exercício.
Publique-se. Publique-se.
Em 30-8-01. - Aécio Neves, Presidente. Em 30-8-01. - Aécio Neves, Presidente.
OF. N° 870-P/2001 - CCJR OF. W 879-P/2001 - CCJR
Brasília, 8 de agosto de 2001 Brasília, 9 de agosto de 2001
À Sua Excelência o Senhor À Sua Excelência o Senhor
Deputado Aécio Neves Deputado Aécio Neves
DD. Presidente da Câmara dos Deputados DD. Presidente da Câmara dos Deputados
Nesta Nesta
Senhor Presidente, Senhor Presidente,
Encaminho a Vossa Excelência, para as provi- Comunico a Vossa Excelência, em cumprimen-
dências regimentais cabíveis, o Projeto de Decreto to ao art. 58 do Regimento Interno, a apreciação por
40858 Sexta-feira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Ag(lsto de 200!
este Órgão Técnico, em 8 do corrente, dos Projetos Do Sr. Deputado Osmar Serraglio, Presiden-
de Lei nOs 1.1 06-N95, 3.413/97 e 4.196/98, apensa- te, em exercício, da Comissão de Constituição e
dos. Justiça e de Redação, nos seguintes termos:
Solicito a Vossa Excelência autorizar a publi- OF. N° 871-P/2001 - CCJR
cação dos referidos projetos e parecer a eles ofere- Brasília, 8 de agosto de 2001
cido.
Cordialmente, - Deputado Zenaldo Coutinho, A Sua Excelência o Senhor
Presidente em exercício. Deputado Aécio Neves
DD. Presidente da Câmara dos Deputados
Publique-se. Nesta
Em 30-08-01. - Aécio Neves, Presi- Senhor Presidente,
dente. Encaminho a Vossa Excelência, para as provi-
OF. N° 880-P/2001 - CCJR dências regimentais cabíveis, o Projeto de Decreto
Legislativo nO 917/01, apreciado por este Órgão Téc-
Brasília, 9 de agosto de 2001 nico, em 7 de agosto do corrente.
A Sua Excelência o Senhor Aprovetlo o ensejo para reiterar a Vossa Excelên-
Deputado Aécio Neves cia protestos de elevada estima e distinta consideração.
DD. Presidente da Câmara dos Deputados - Deputado Osmar Serraglio, Presidente em exercício.
Nesta Publique-se.
Senhor Presidente, Em 30-8-01. - Aécio Neves, Presidente.
Comunico a Vossa Excelência, em cumpri- Do Sr. Deputado Marcos Cintra, Presidente
mento ao art. 58 do Regimento Interno, a aprecia- da Comissão de Economia, Indústria e Comér-
ção por este Órgão Técnico, em 8 do corrente, do cio, nos seguintes termos:
Projeto de Lei n° 1.130-N95.
Oficío-Pres n° 379/01
Solicito a Vossa Excelência autorizar a publi-
Brasília, 8 de junho de 2001
cação do referido projeto e parecer a ele oferecido.
Cordialmente, - Deputado Zenaldo Coutinho, A Sua Excelência o Senhor
Presidente em exercício. Deputado Aécio Neves
Presidente da Câmara dos Deputados
Publique-se.
Em 30-8-01. - Aécio Neves, Presiden- Senhor Presidente,
te. Em cumprimento ao disposto no ar!. 58 do Regi-
mento Interno, comunico a Vossa Excelência a apre-
OF. N° 884-P/2001 - CCJR ciação do Projeto de Lei n° 4.237/01, por este Órgão
Brasília, 9 de agosto de 2001 Técnico.
Solicito a Vossa Excelência autorizar a publica-
A Sua Excelência o Senhor ção do referido projeto e do parecer a ele oferecido.
Deputado Aécio Neves Respeitosamente, - Deputado Marcos Cintra,
DD. Presidente da Câmara dos Deputados Presidente.
Nesta
Publique-se.
Senhor Presidente, Em 30-8-01. - Aécio Neves, Presidente.
Encaminho a Vossa Excelência, para as provi-
Ofício-Preso n° 395/01
dências regimentais cabíveis, a Proposta de Emenda
à Constituição nO 306/00, apreciada por este Órgão Brasília, 15 de agosto de 2001
Técnico, em 8 de agosto do corrente. À Sua Excelência o Senhor
Aproveito o ensejo para reiterar a Vossa Exce- Deputado Aécio Neves
lência protestos de elevada estima e distinta conside- Presidente da Câmara dos Deputados
ração. - Deputado Zenaldo Coutinho, Presidente em Nesta
exercício.
Senhor Presidente,
Publique-se. Solicito a Vossa Excelência proceder à revisão
Em 30-8-01 . - Aécio Neves, Presidente. do despacho concedido ao Projeto de Lei n° 1.216/99
Agosto de 200} DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPU'fADOS Sexta-feira 31 40S59
- do Sr. Airton Dipp - que "acrescenta parágrafo ao 139 do RICO). Oficie-se e, após, Publi-
art. 34 da Lei n° 8.218, de 1991, que dispõe sobre que-se.
isenção de tributos na venda, por entidades benefi- Em 30-8-01. - Aécio Neves, Presidente.
centes, de mercadorias estrangeiras recebidas em
doação de representações diplomáticas estrangeiras, Da Srft Deputada Celcita Pinheiro, Presiden-
no sentido de determinar a imediata entrega das mer- ta, em exercício, da Comissão de Educação, Cul-
cadorias às entidades, as quais ficarão com depositá- tura e Desporto, nos seguintes termos:
rias até a liberação em definitivo". Ofício n° 107/2001-P
Tendo em vista que a matéria constante do refe-
rido projeto (PL nOs 2.131/99 e 1.680/99 apensados) Brasília, 15 de agosto de 2001
está inserida no campo temático da Comissão, solici-
Excelentíssimo Senhor
to novo despacho para a proposição, nos termos do
Deputado Aécio Neves
art. 141 do Regimento Interno.
DD. Presidente da Câmara dos Deputados
Certo da acolhida do pleito, aproveito a oportuni- Nesta
dade para reiterar protestos de admiração e respeito.
Senhor Presidente,
Cordialmente, - Deputado Marcos Cintra, Pre-
Solicito de V. Exa , nos termos regimentais, provi-
sidente.
dências no sentido de ser apensado ao Projeto de Lei
COMISSÃO DE ECONOMIA, INDÚSTRIA n° 1.037/99, do Sr. Wagner Amaral Salustiano, que
E COMERCIO "revoga os arts. nOs 59,60,61,62,63, 64, 65, 68, 70,
71, § 4°, 72, 73 e 74, da Lei 9.615, de 24 de março de
À Sua Excelência o Senhor
1998", o Projeto de Lei n° 2.299/2000, do Sr. Marcos
Deputado Aécio Neves
Cintra, que "acrescenta dispositivo à Lei n° 9.615, de
Presidente da Câmara dos Deputados
24 de março de 1998, que institui normas gerais so-
REQUERIMENTO bre desporto e dá outras providências, por tratarem
Requeremos nos termos regimentais que seja de matérias análogas.
ouvida a Comissão de Economia, Indústria e Comér-
cio desta Casa, acerca do Projeto de Lei nO 1.216, de Atenciosamente, - Deputada Celcita Pinheiro,
1999, de autoria do Senhor Deputado Airton Dipp que Presidente em exercício.
"acrescenta parágrafo ao art. 34 da Lei n° 8.218, de Defiro. Apense-se ao PL n° 1.037/99 o PL n°
1991, que dispõe sobre a isenção de tributos da ven- 2.299/00. Oficie-se e, após, Publique-se.
da, por entidades beneficentes, de mercadorias es- Em 30-8-01 . - Aécio Neves, Presidente.
trangeiras recebidas em doação de representações
diplomáticas estrangeiras, no sentido de determinar a COMISSÃO DE EDUCAÇÃO, CULTURA
imediata entrega das mercadorias às entidades, as E DESPORTO
quais ficarão como depositárias até a liberação em
definitivo", bem como de seus apensados, os Projetos Ofício n° 108/2001-P
de Lei nOS 1.689/99 e 2.131/99.
Brasília, 15 de agosto de 2001
Justificação
O inciso IV do art. 32 do Regimento Interno esta- Excelentíssimo Senhor
belece o campo temático da Comissão de Economia, Deputado Aécio Neves
Indústria e Comércio, determinando que faz parte de DO. Presidente da Câmara dos Deputados
sua área de atividade o comércio exterior, as políticas Nesta
de importação e exportação em geral, acordos co- Senhor Presidente,
merciais, tarifas e cotas. Solicito de V. Exa , nos termos regimentais, provi-
Tendo em vista que o projeto de lei em tela trata de dências no sentido de ser apensado ao Projeto de Lei
mercadoria estrangeira importada, portanto de política n° 3.826/00, do Sr. Agnelo Queiroz, que "institui a Bol-
de importação, implicando em última análise em acor- sa-Atleta", o Projeto de Lei n° 4.648/01, do Sr. Eduar-
dos comerciais, é que solicitamos a oitiva desta Comis- do Campos, que "institui a Bolsa-talento, destinada a
são sobre a matéria. - Deputado Marcos Cintra, Presi- jovens de 16 a 24 anos, na área esportiva", por trata-
dente da Comissão de Economia, Indústria e Comércio. rem de matérias análogas.
Indefiro, tendo em vista que a distribu- Atenciosamente, - Deputada Celcita Pinheiro,
ição foi feita nos termos regimentais (art. Presidente em exercício.
408(í() Sex lil- rei ra 11 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2001
Defiro. Apense-se ao PL n° 3.826/00 o Do Sr. Deputado Jorge Tadeu Mudalen, Pre-
PL n° 4.648/01. Oficie~se e, após, Publi- sidente, em exercício, da Comissão de Finanças
que-se. e Tributação, nos seguintes termos:
Em 30-8-01. - Aécio Neves, Presidente. Of. P. nO 196/2001
Do Sr. Deputado Michel Temer, Presidente
da Comissão de Finanças e Tributação, nos se- Brasília, 22 de agosto de 2001
guintes termos:
A Sua Excelência o Senhor
01. P. n° 171/2001 Deputado Aécio Neves
Brasília, 15 de agosto de 2001 Presidente da Câmara dos Deputados
A Sua Excelência o Senhor
Deputado Aécio Neves Senhor Presidente,
Presidente da Câmara dos Deputados
Encaminho a Vossa Excelência, para as provi-
Senhor Presidente, dências regimentais cabíveis, o Projeto de Decreto
Encaminho a Vossa Excelência, para as provi- Legislativo n° 439/94 apreciado, nesta data, por este
dências regimentais cabíveis, o Projeto de Lei n° Órgão Técnico.
1.582-B/96 e o PL n° 2.366/96, apensado, aprecia-
Cordiais Saudações, - Deputado Jorge Tadeu
dos, nesta data, por este Órgão Técnico.
Mudalen, Presidente em exercício.
Cordiais Saudações, - Deputado Michel Te-
mer, Presidente. Publique-se.
Em 30-8-01. - Aécio Neves, Presiden-
Publique~se.
te.
Em 30-8-01. - Aécio Neves, Presidente.
Da Sra. Deputada Laura Carneiro, Presiden-
Of. P. n° 172/2001
ta da Comissão de Seguridade Social e Família,
Brasília, 15 de agosto de 2001 nos seguintes termos:
A Sua Excelência o Senhor Ofício n° 299/2001-P
Deputado Aécio Neves
Presidente da Câmara dos Deputados Brasília, 27 de junho de 2001

Senhor Presidente, A Sua Excelência o Senhor


Encaminho a Vossa Excelência, para as providên- Deputado Aécio Neves
cias regimentais cabíveis, o Projeto de Lei n° 2.038-Al96 Presidente da Câmara dos Deputados
apreciado, nesta data, por este Órgão Técnico. Nesta
Cordiais Saudações, - Deputado Michel Te-
mer, Presidente. Senhor Presidente,
Publique~se. Comunico a Vossa Excelência, em cumpri-
Em 30-8-01. - Aécio Neves, Presidente. mento ao disposto no art. 58 do Regimento Interno,
a apreciação, por este Órgão Técnico, do Projeto de
Of. P. n° 173/2001
Lei n° 1.967, de 1999, e dos de nOs 1.193/1995,
Brasília, 15 de agosto de 2001 2.740, 3.475, 3.670, 3.695, 3.706/1997, 4.316,
A Sua Excelência o Senhor 4.644/1998, 387, 60S, 901, 909, 979, 1.106,
Deputado Aécio Neves 2.021/1999, 2.321, 2.697, 3.024, 3.149 e
Presidente da Câmara dos Deputados 3.192/2000, apensados.
Senhor Presidente, Solicito a Vossa Excelência autorizar a publi-
Encaminho a Vossa Excelência, para as providên- cação dos referidos projetos e do respectivo pare-
cias regimentais cabíveis, o Projeto de Lei n° 2.011-N99 cer.
apreciado, nesta data, por este Órgão Técnico. Respeitosamente, - Deputada Laura Carnei-
Cordiais Saudações, - Deputado Michel Te- ro, Presidente.
mer, Presidente. Publique-se.
Publique~se. Em 30-8-01. - Aécio Neves, Presiden-
Em 30-8-01. - Aécio Neves, Presidente. te.
Agosto de 2()() I DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 31 40~61
Ofício n° 478/2001-P Solicito a Vossa Excelência autorizar a publica-
ção do referido projeto e do respectivo parecer.
Brasília, 8 de agosto de 2001
Respeitosamente, - Deputada Laura Carneiro,
A Sua Excelência o Senhor Presidente.
Deputado Aécio Neves
Presidente da Câmara dos Deputados Publique-se.
Nesta Em 30-8-01. - Aécio Neves, Presidente.
Ofício n° 541/2001-P
Senhor Presidente,
Brasília, 15 de agosto de 2001
Comunico a Vossa Excelência, em cumprimen-
to ao disposto no art. 58 do Regimento Interno, a A Sua Excelência o Senhor
apreciação, por este Órgão Técnico, do Projeto de Lei Deputado Aécio Neves
n° 3.071, de 2000. Presidente da Câmara dos Deputados
Solicito a Vossa Excelência autorizar a publica- Nesta
ção do referido projeto e do respectivo parecer. Senhor Presidente,
Respeitosamente, - Deputada Laura Carneiro, Comunico a Vossa Excelência, em cumprimen-
Presidente. to ao disposto no art. 58 do Regimento Interno, a
Publique-se. apreciação, por este Órgão Técnico, do Projeto de Lei
Em 30-8-01 . - Aécio Neves, Presiden- n° 1.328, de 1999.
te. Solicito a Vossa Excelência autorizar a publica-
ção do referido projeto e do respectivo parecer.
Ofício n° 479/2001-P
Respeitosamente, - Deputada Laura Carneiro,
Brasília, 8 de agosto de 2001 Presidente.
A Sua Excelência o Senhor Publique-se.
Deputado Aécio Neves Em 30-8-01. - Aécio Neves, Presiden-
Presidente da Câmara dos Deputados te.
Nesta
Senhor Presidente, Do Sr. Deputado Philemon Rodrigues, Pre-
sidente da Comissão de Viação e Transportes,
Comunico a Vossa Excelência, em cumprimen-
nos seguintes termos:
to ao disposto no art. 58 do Regimento Interno, a
apreciação, por este Órgão Técnico, do Projeto de Lei Of. P. n° 89/01
n° 3.105, de 2000.
Brasília, 8 de agosto de 2001
Solicito a Vossa Excelência autorizar a publica-
ção do referido projeto e do respectivo parecer. A Sua Excelência o Senhor
Respeitosamente, - Deputada Laura Carneiro, Deputado Aécio Neves
Presidente. Presidente da Câmara dos Deputados
Publique-se.
Em 30-8-01. - Aécio Neves, Presidente. Senhor Presidente,
Em cumprimento ao disposto no art. 58, caput,
Ofício n° 527/2001-P
do Regimento Interno, comunico a V. Exa. que a Co-
Brasília, 15 de agosto de 2001 missão de Viação e Transportes, em reunião ordinária
A Sua Excelência o Senhor realizada hoje, rejeitou o Projeto de Lei n° 3.183/00 -
Deputado Aécio Neves do Sr. Alberto Fraga - que "Altera os arts. 154 e 158
Presidente da Câmara dos Deputados da Lei n° 9.503, de 23 de setembro de 1997, Código
Nesta de Trânsito Brasileiro".
Atenciosamente, - Deputado Philemon Rodri-
Senhor Presidente,
gues, Presidente.
Comunico a Vossa Excelência, em cumprimen-
to ao disposto no art. 58 do Regimento Interno, a Publique-se.
apreciação, por este Órgão Técnico, do Projeto de Lei Em 30-8-01. - Aécio Neves, Presiden-
n° 1.246, de 1999. te.
40l)(i2 S<.:xtu-li;ira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DliPUTADOS Agosto de 20111
Do Sr. Deputado José Carlos Aleluia, nos TVR n° 1.049/01 - Portaria n° 221, de
seguintes termos: 18 de abril de 2001 - Sociedade de De-
senvolvimento Comunitário de Uruçu-Mi-
REQUERIMENTO
rim, na cidade de Gravatá - PE.
(Do Sr. Deputado José Carlos Aleluia)
(Às Comissões de Ciência e Tecnolo-
Solicita que o PL n° 4.941/2001, dis- gia, Comunicação e Informática; e de Cons-
tribuído à Comissão de Finanças e Tribu- tituição e Justiça e de Redação (art. 54))
tação e à Comissão de Constituição e
Justiça e de Redação, seja distribuído Senhores Membros do Congresso Nacional,
também à Comissão de Minas e Energia. Nos termos do art. 49, inciso XII, combinado
com o § 30 do art. 223, da Constituição Federal, sub-
Senhor Presidente, meto à apreciação de Vossas Excelências, acompa-
O PL n° 4.941, de 2001, de iniciativa do Poder nhadas de Exposições de Motivos do Senhor Ministro
Executivo, foi distribuído à Comissão de Finanças e Tri- de Estado das Comunicações, autorizações para
butação e à Comissão de Constituição e Justiça e de executar, pelo prazo de três anos, sem direito de ex-
Redação, onde se encontram tramitando simultanea- clusividade, serviços de radiodifusão comunitária,
mente, dado o requerimento de urgência constitucional. conforme os seguintes, atos e entidades:
Ocorre que o referido projeto incide diretamente 1 - Portaria n° 509, de 23 de agosto de 2000 -
sobre matéria que também é da competência da Co- Associação Rádio Comunitária Matutão FM - Um
missão de Minas e Energia, conforme se vê do art. 32, Bem a Serviço de Campestre, na cidade de São José
inciso X, alíneas a e f do Regimento Interno. do Campestre - RN;
Em face do exposto e considerando que o art. 2 - Portaria n° 149, de 26 de março de 2001 -
139, V, do Regimento Interno permite a distribuição Associação Rádio Comunitária de Oriximiná, R.C.O.,
de proposições a até três (3) comissões, requeiro que na cidade de Oriximiná - PA; e
V. Exa. inclua a Comissão de Minas e Energia no des-
3 - Portaria n° 221, de 18 de abril de 2001 - So-
pacho de distribuição.
ciedade de Desenvolvimento Comunitário de Uru-
Sala de Sessões, 9 de agosto de 2001 . - Depu- çu-Mirim, na cidade de Gravatá - PE.
tado José Carlos Aleluia.
Brasília, 16 de agosto de 2001. - Marco Maciel.
"Defiro. Revejo o despacho aposto ao
PL n° 4.941/01, para a inclusão da Comis- MC N° 180 EM
são de Minas e Energia que deverá mani- Brasília, 27 de março de 2001
festar-se sobre a matéria. Oficie-se ao Re-
Excelentíssimo Senhor Presidente da República,
querente e, após, publique-se."
Encaminho a Vossa Excelência Portaria de ou-
Em 30-8-01. - Aécio Neves, Presidente.
torga de autorização e respectiva documentação para
MENSAGEM N° 859, DE 2001 que a entidade denominada Associação Rádio Co-
(Do Poder Executivo) munitária Matutão FM - Um Bem a Serviço de Cam-
AV. ~943/01 pestre, com sede na cidade de São José de Campes-
Submete à apreciação do Congres- tre, Estado do Rio Grande do Norte, explore o serviço
so Nacional autorizações para executar, de radiodifusão comunitária, em conformidade com o
pelo prazo de três anos, sem direito de caput do art. 223, da Constituição e a Lei n09.612, de
exclusividade, serviços de radiodifusão 19 de fevereiro de 1998.
comunitária, conforme os seguintes atos 2. Referida entidade requereu ao Ministério das
e entidades: Comunicações sua inscrição para prestar o serviço,
TVR n° 1.047/01 - Portaria n° 509, de cuja documentação inclui manifestação de apoio da
23 de agosto de 2000 - Associação Rádio comunidade, numa demonstração de receptividade da
Comunitária Matutão FM - Um Bem a filosofia de criação desse braço da radiodifusão, de
Serviço de Campestre, na cidade de São maneira a incentivar o desenvolvimento e a sedimenta-
José do Campestre - RN; ção da cultura geral das localidades postulantes.
TVR nO 1.048/01 - Portaria n° 149, de 3. Como se depreende da importância da inicia-
26 de março de 2001 - Associação Rádio tiva comandada por Vossa Excelência, essas ações
Comunitária de Oriximiná, R.C.O., na ci- permitem que as entidades trabalhem em conjunto
dade de Oriximiná - PA; e com a comunidade, auxiliando não só no processo
Ap,oSIO de 20()1 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 31 40863
educacional, social e cultural mas, também, servem MC 00247 EM
de elo à integração de informações benéficas em to-
Brasília, 17 de maio de 2001
dos os segmentos, e a todos esses núcleos populaci-
onais. Excelentíssimo Senhor Presidente da República,
4. Sobre o caso em espécie, determinei análises Encaminho a Vossa Excelência Portaria de ou-
técnica e jurídica da petição apresentada, constatan- torga de autorização e respectiva documentação para
do a inexistência de óbice legal e normativo ao plerto, que a entidade denominada Associação Rádio Co-
o que se conclui da documentação de origem, con- munitária de Oriximiná. R.C.O., com sede na cidade
substanciada nos autos do Processo nO de Oriximiná, Estado do Pará, explore o serviço de ra-
53780.000327/98, que ora faço acompanhar, com a diodifusão comunitária, em conformidade com o ca-
finalidade de subsidiar os trabalhos finais. put do art. 223, da Constituição e a Lei n09.612, de 19
5. Em conformidade com os preceitos consti- de fevereiro de 1998.
tucionais e legais, a outorga de autorização, objeto 2. A referida entidade requereu ao Ministério
do presente processo, passará a produzir efeitos le- das Comunicações sua inscrição para prestar o servi-
gais somente após deliberação do Congresso Naci- ço, cuja documentação inclui manifestação de apoio
onal, a teor do § 3° do art. 223, da Constituição Fe- da comunidade, numa demonstração de receptivida-
deral. de de filosofia de criação desse braço da radiodifu-
Respeitosamente, - Pimenta da Veiga, Minis- são, de maneira a incentivar o desenvolvimento e a
tro de Estado das Comunicações. sedimentação da cultura geral das localidades postu-
lantes.
PORTARIA N° 509, DE 23 DE AGOSTO DE 2000 3. Como se depreende da importância da inicia-
tiva comandada por Vossa Excelência, essas ações
o Ministro de Estado das Comunicações, no permitem que as entidades trabalhem em conjunto
uso de suas atribuições considerando o disposto nos com a comunidade, auxiliando não só no processo
artigos 10 e 19 do Decreto n° 2.615, de 3 de junho de educacional, social e cultural mas, também, servem
1998, e tendo em vista o que consta do Processo de elo à integração de informações benéficas em to-
Administrativo n° 53780.000327/98, resolve: dos os segmentos, e a todos esses núcleos populaci-
Art. 1° Autorizar a Associação Rádio Comunitá- onais.
ria Matutão FM - Um Bem a Serviço de Campestre 4. Sobre o caso em espécie, determinei análises
com sede na Rua João Matias, nO 17, Centro, na cida- técnica e jurídica da petição apresentada, constatan-
de de São José do Campestre, Estado do Rio Grande do a inexistência de óbice legal e normativo ao plerto,
do Norte, a executar serviço de radiodifusão comuni- o que se conclui da documentação de origem, con-
tária, pelo prazo de três anos, sem direito de exclusivi- substanciada nos autos do Processo Administrativo
dade. n° 53720.000468/98, que ora faço acompanhar, com
Art. 2° Esta autorização reger-se-á pela Lei n° a finalidade de subsidiar os trabalhos finais.
9.612, de 19 de fevereiro de 1998, leis subseqüentes, 5. Em conformidade com os preceitos constituci-
seus regulamentos e normas complementares. onais e legais, a outorga de autorização. objeto do
presente processo passará produzir efeitos legais so-
Art. 3° A entidade fica autorizada a operar com mente após deliberação do Congresso Nacional, a
o sistema irradiante localizado nas coordenadas ge- teor do § 3° do art. 223, da Constituição Federal.
ográficas com latitude em 06E 19"06'S e longitude
Respeitosamente, - Pimenta da Veiga, Minis-
em 35E42"46'W, utilizando a freqüência de 87,9
tro de Estado das Comunicações.
MHz.
PORTARIA N° 149, DE 26 DE MARÇO DE 2001
Art. 4° Este ato somente produzirá efeitos lega-
is após deliberação do Congresso Nacional, nos ter- O Ministro de Estado das Comunicações, no
mos do § 3° do art. 223 da Constituição, devendo a uso de suas atribuições, considerando o disposto nos
entidade iniciar a execução do serviço no prazo de arts. 10 e 19 do Decreto n° 2.615, de 3 de junho de
seis meses a contar da data de publicação do ato 1998, e tendo em vista o que consta do Processo
de deliberação. Administrativo nO 53720.000468/98, resolve:
Art. 5° Esta portaria entra em vigor na data de Art. 1° Autorizar a Associação Rádio Comunitá-
sua publicação, revogada a Portaria n° 509, de 23 de ria de Oriximiná, R.C.O., com sede na Praça Santo
agosto de 2000. - Pimenta da Veiga. Antônio, sin°, Centro, na cidade de Oriximiná, Estado
40864 Sexta-feira 31 DIÁRIO DA CÁMi\RA DOS DEPUTADOS Agosto de 2()O\
do Pará, a executar o serviço de radiodifusão comuni- 53103.000190/99, que ora faço acompanhar, com a
tária, pelo prazo de três anos, sem direito de exclusivi- finalidade de subsidiar os trabalhos finais.
dade. 5. Em conformidade com os preceitos constituci-
Art. 20 Esta autorização reger-se-á pela Lei na onais e legais, a outorga de autorização, objeto do
9.612, de 19 de fevereiro de 1998, leis subseqüentes, presente processo, passará a produzir efeitos legais
seus regulamentos e normas complementares. somente após deliberação do Congresso Nacional, a
Art. 3° A entidade fica autorizada a operar com o teor do § 30 do art. 223, da Constituição Federal.
sistema irradiante localizado nas coordenadas geo- Respeitosamente, - Pimenta da Veiga, Minis-
gráficas com latitude em 01 E46'02"S e longitude em tro de Estado das Comunicações.
55E52'02"W, utilizando a freqüência de 104,9 MHz.
PORTARIA N° 221, DE 18 DE ABRIL DE 2001
Art. 40 Este ato somente produzirá efeitos legais
após deliberação do Congresso Nacional, nos termos O Ministro de Estado das Comunicações, no
do § 3° do art. 223 da Constituição, devendo a entida- uso de suas atribuições, considerando o disposto nos
de iniciar a execução do serviço no prazo de seis me- arts. 10 e 19 do Decreto na 2.615, de 3 de junho de
ses a contar da data de publicação do ato de delibera- 1998, e tendo em vista o que consta do Processo
ção. Administrativo na 53103.000190/99, resolve:
Art. 5° Esta portaria entra em vigor na data de Art. 10 Autorizar a Sociedade de Desenvolvi-
sua publicação. - Pimenta da Veiga. mento Comunitário de Uruçu-Mirim, com sede na
Rua Cícero Trajano Arruda, na 753, Centro, distrito de
MC 00270 EM Uruçu-Mirim, na cidade de Gravatá, Estado de Per-
Brasília, 22 de maio de 2001 nambuco, a executar o serviço de radiodifusão comu-
nitária, pelo prazo de três anos, sem direito de exclu-
Excelentíssimo Senhor Presidente da República, sividade.
Encaminho a Vossa Excelência Portaria de ou- Art. 20 Esta autorização reger-se-á pela Lei n°
torga de autorização e respectiva documentação para 9.612, de 19 de fevereiro de 1998, leis subseqüentes,
que a entidade denominada Sociedade de Desenvol- seus regulamentos e normas complementares.
vimento Comunitário de Uruçu-Mirim, com sede na ci- Art. 30 A entidade fica autorizada a operar com o
dade de Gravatá Estado de Pernambuco, explore o sistema irradiante localizado nas coordenadas geo-
serviço de radiodifusão comunitária, em conformida- gráficas com latitude em 08°20'12"S e longitude em
de com o caput do art. 223, da Constituição e a Lei n° 35'3646"W, utilizando a freqüência de 104,9 MHz.
9.612, de 19 de fevereiro de 1998. Art. 40 Este ato somente produzirá efeitos legais
2. A referida entidade requereu ao Ministério após deliberação do Congresso Nacional, nos termos
das Comunicações sua inscrição para prestar o servi- do § 3° do art. 223 da Constituição, devendo a entida-
ço, cuja documentação inclui manifestação de apoio de iniciar a execução do serviço no prazo de seis me-
da comunidade, numa demonstração de receptivida- ses a contar da data de publicação do ato de delibera-
de da filosofia de criação desse braço da radiodifu- ção.
são, de maneira a incentivar o desenvolvimento e a Art. 50 Esta Portaria entra em vigor na data de
sedimentação da cultura geral das localidades postu- sua publicação. - Pimenta da Veiga.
lantes.
3. Como se depreende da importância da inicia- Aviso n° 943 - C. Civil
tiva comandada por Vossa Excelência, essas ações Brasília, 16 de agosto de 2001
permitem que as entidades trabalhem em conjunto
com a comunidade, auxiliando não sÓ no processo A Sua Excelência o senhor
educacional, social e cultural mas, também, servem Deputado Severino Cavalcanti
de elo à integração de informações benéficas em to- Primeiro Secretário da Câmara dos Deputados
dos os segmentos, e a todos esses núcleos populaci- Brasília - DF.
onais. Senhor Primeiro Secretário,
4. Sobre o caso em espécie, determinei análises Encaminho a essa Secretaria Mensagem do
técnica e jurídica da petição apresentada, constatan- Excelenlíssimo Senhor Vice-Presidente da Repúbli-
do a inexistência de óbice legal e normativo ao pleito, ca, no exercício do cargo de Presidente da República,
o que se conclui da documentação de origem, con- na qual submete à apreciação do Congresso Nacio-
substanciada nos autos do Processo na nal os atos que autorizam a execução de serviços de
AgOSil) de 2001 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 31 40865
radiodifusão comunitária constantes nas Portarias n° Seção 11
509, de 23 de agosto de 2000; 149, de 26 de março de Das Atribuições do Presidente da República
2001 e 221, de 18 de abril de 2001.
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente
Atenciosamente, - Pedro Parente, Chefe da da República:
Casa Civil da Presidência da República. I - nomear e exonerar os Ministros de Estado;
MENSAGEM N° 882, DE 2001 11- exercer, com o auxílio dos Ministros de Esta-
(Do Poder Executivo) do, a direção superior da administração federal;
111- iniciar o processo legislativo, na forma e nos
Submete à consideração do Con- casos previstos nesta Constituição;
gresso Nacional o texto da Convenção IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as
entre República Federativa do Brasil e a leis, bem como expedir decretos e regulamentos para
República Federativa do Chile destinada sua fiel execução;
a evitar dupla tributação e prevenir a eva- V - vetar projetos de lei, total ou parcialmente;
são fiscal em relação ao imposto sobre a VI - dispor sobre a organização e o funciona-
Renda, celebrada em Santiago, em 3 de mento da administração federal, na forma da lei;
abril de 2001. VII- manter relações com Estados estrangeiros
(Às Comissões de Relações Exteriores e acreditar seus representantes diplomáticos;
e de Defesa Nacional; de Finanças e Tribu- VIII- celebrar tratados, convenções e atos inter-
tação; e de Constituição e Justiça e de Re- nacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacio-
dação (art. 54)) nal;
IX - decretar o estado de defesa e o estado de
Senhores Membros do Congresso Nacional,
sítio;
Nos termos do disposto no art. 84, inciso VIII. da X - decretar e executar a intervenção federal;
Constituição Federal, submeto à elevada considera-
XI- remeter mensagem e plano de governo ao
ção de Vossas Excelências, acompanhado de Expo-
Congresso Nacional por ocasião da abertura da ses-
sição de Motivos do Senhor Ministro de Estado das
são legislativa, expondo a situação do País e solici-
Relações Exteriores, Interino, o texto da Convenção
tando as providências que julgar necessárias;
entre a República Federativa do Brasil e a República
do Chile Destinada a Evitar a Dupla Tributação e Pre-
venir a Evasão Fiscal em Relação ao Imposto sobre a
Renda, celebrada em Santiago, em 3 de abril de EM N° 00229 /MRE
2001. Brasília, 15 de agosto de 2001
Brasília, 23 de agosto de 2001. - FERNANDO
Excelentíssimo Senhor Presidente da República,
HENRIQUE CARDOSO.
Elevo á consideração de Vossa Excelência o
LEGISLAÇÃO CITADA ANEXADA PELA anexo projeto de financiamento pela qual se submete
COORDENAÇÃO DE ESTUDOS LEGISLATIVOS - ao referendo do Congresso Nacional o texto da Con-
CeDI venção entre a República Federativa do Brasil e a Re-
pública Federativa do Chile destinada a Evitar a Dupla
CONSTITUiÇÃO Tributação e Prevenir a Evasão Fiscal em Relação ao
DA Imposto sobre a Renda, celebrada em Santiago, em 3
REPUBLlCA FEDERATIVA DO BRASIL de abril de 2001 .
1988
2. O principal objetivo da Convenção consiste
em criar um quadro jurídico-fiscal que, ao proporcio-
nar previsibilidade e segurança aos investidores de
TíTULO IV
ambos os países, ao estabelecer regras mais preci-
Da Organização dos Poderes
sas para a tributação dos rendimentos das pessoas fí-
sicas e jurídicas residentes de um ou de ambos os pa-
íses e ao evitar a dupla tributação, favoreça um cres-
CAPíTULO 11
cente fluxo de pessoas, capitais e serviços especiali-
Do Poder Executivo zados entre Brasil e Chile, além de beneficiar a ativi-
dade comercial em geral.
40866 Sexta~lcira 31 DIÁRIO ])/\ CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 200 I
3. A Convenção também preserva uma adequa- ARTIGO 2
da receita tributária para ambos os países e proporci- Impostos Abrangidos
ona uma oportunidade para a troca de informações 1. A Convenção se aplica aos impostos sobre a
fiscais entre as autoridades governamentais num renda exigíveis por cada um dos Estados Contratan-
contexto de esperada intensificação das relações tes.
econômicas, facilitando um combate mais efetivo à
2. Consideram-se impostos sobre a renda os
evasão fiscal. que gravam a totalidade da renda ou qualquer parte
4. A assinatura da Convenção se reveste de es- da mesma.
pecial importância no momento em que a estabilida- 3. Os impostos aos quais se aplica esta Conven-
de da economia brasileira e sua maior abertura ao ca- ção são:
pital externo se têm constituído em fatores de grande
a) na República Federativa do Brasil, o
atração para os investimentos diretos chilenos, espe-
imposto federal sobre a renda (doravante
cialmente nos anos mais recentes. Embora em menor
denominado "imposto brasileiro"); e
escala, as condições favoráveis da economia chilena
b) na República do Chile, os impostos
também têm atraído um volume expressivo de investi-
estabelecidos na lei sobre Imposto de Ren-
mentos diretos a brasileiros.
da, Decreto-lei n° 824, (doravante denomi-
5. A assinatura da Convenção reforça ainda os nado "imposto chileno").
laços políticos e econômicos com o Chile e favorece
4. A Convenção aplicar-se-á igualmente aos
uma maior integração das economias regionais. Esta
impostos de natureza idêntica ou substancialmente
será a quarta convenção da espécie celebrada pelo
análoga que forem estabelecidos após a data da as-
Brasil no âmbito regional, além daquelas já em vigor
sinatura da mesma, seja em adição aos menciona-
com a Argentina e o Equador, e da assinada com o
dos no parágrafo anterior, seja em sua substituição.
Paraguai em setembro de 2000, atualmente no Con-
As autoridades competentes dos Estados Contra-
gresso Nacional para apreciação . A Secretaria da tantes comunicar-se-ão anualmente as modificações
Receita Federal negociou a Convenção e está de significativas ocorridas em suas respectivas legisla-
acordo com o teor de seu texto. ções tributárias.
Respeitosamente, - Luiz Felipe de Seixas
CAPíTULO II
Corrêa, Ministro de Estado, interino, das Relações
Definições
Exteriores.
ARTIGO 3
CONVENÇÃO ENTRE A REPÚ~L1CA Definições Gerais
FEDERATIVA DO BRASIL E A REPUBLlCA DO
CHILE DESTINADA A EVITAR A DUPLA 1. Para os fins da Convenção, a não ser que de
TRIBUTAÇÃO E PREVENIR A EVASÃO FISCAL seu contexto se infira uma interpretação diferente:
EM RELAÇÃO AO IMPOSTO SOBRE A RENDA a) o termo "Brasil" significa a Repúbli-
Governo da República Federativa do Brasil ca Federativa do Brasil;
b) o termo "Chile" significa a República
e do Chile;
O Governo da República do Chile, c) as expressões "um Estado Contra-
Desejando concluir uma Convenção destinada tante" e "o outro Estado Contratante" signifi-
a evitar a dupla tributação e prevenir a evasão fiscal cam, de acordo com o contexto, "Brasil" ou
em relação ao imposto sobre a renda, "Chile";
Acordaram o seguinte: d) o termo "pessoa" compreende as
pessoas físicas ou naturais, as sociedades
CAPíTULO I e qualquer outro grupo de pessoas;
Âmbito de Aplicação da Convenção e) o termo "sociedade" significa qual-
quer pessoa jurídica ou qualquer entidade
ARTIGO I
considerada pessoa jurídica para fins fisca-
Âmbito Pessoal
is;
A Convenção se aplica às pessoas residentes f) as expressões "empresa de um
de um ou de ambos os Estados Contratantes. Estado Contratante" e "empresa do outro
Agosto de 2001 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-Icira 31 40867
Estado Contratante" significam, respectiva- 2. Quando, em virtude das disposições do pará-
mente, uma empresa explorada por um resi- grafo 1, uma pessoa física ou natural for residente de
dente de um Estado Contratante e uma em- ambos os Estados Contratantes, sua situação será
presa explorada por um residente do outro determinada da seguinte forma:
Estado Contratante; a) essa pessoa será considerada resi-
g) a expressão "tráfego internacional" dente somente do Estado Contratante em
significa todo transporte efetuado por um que disponha de uma habitação permanen-
navio, aeronave ou veículo de transporte te; se ela dispuser de uma habitação perma-
terrestre explorado por uma empresa de um nente em ambos os Estados, será conside-
Estado Contratante, exceto quando tal rada residente somente do Estado com o
transporte se realize exclusivamente entre qual mantenha relações pessoais e econô-
dois pontos situados no outro Estado Con- micas mais estreitas (centro de interesses
tratante; vitais);
h) o termo "nacional" significa: b) se o Estado em que essa pessoa
i) toda pessoa física ou natural que tem o centro de seus interesses vitais não
possua a nacionalidade de um Estado Con- puder ser determinado, ou se ela não dispu-
tratante; ou ser de uma habitação permanente em ne-
ii) toda pessoa jurídica, sociedade de nhum dos Estados, será considerada resi-
pessoas ou associação constituída em con- dente somente do Estado em que viva habi-
formidade com a legislação vigente de um tualmente;
Estado Contratante; c) se essa pessoa viver habitualmente
i) a expressão "autoridade competen- em ambos os Estados ou se não viver habi-
te" significa: tualmente em nenhum deles, será conside-
i) no caso da República Federativa do rada residente somente do Estado de que
Brasil, o Ministro da Fazenda, o Secretário for nacional; e
da Receita Federal ou seus representantes d) se essa pessoa for nacional de am-
autorizados; bos os Estados ou se não for nacional de
ii) no caso da República do Chile, o nenhum deles, as autoridades competentes
Ministro da Fazenda ou seu representante dos Estados Contratantes resolverão a
autorizado. questão de comum acordo.
3. Quando, em virtude das disposições do pará-
2. Para a aplicação da Convenção em um
grafo 1, uma pessoa, que não seja uma pessoa física
dado momento por um Estado Contratante, qual-
ou natural, for residente de ambos os Estados Contra-
quer termo ou expressão que nela não se encon-
tantes, as autoridades competentes dos Estados
trem definidos terá, a não ser que de seu contexto
Contratantes farão o possível para resolver o caso. Na
se infira uma interpretação diferente, o significado
ausência de um acordo mútuo, dita pessoa não terá
que nesse momento lhe for atribuído pela legislação
direito a nenhum dos benefícios ou isenções tributári-
desse Estado relativa aos impostos que são objeto
as contemplados por esta Convenção.
da Convenção, prevalecendo o significado atribuído
pela legislação tributária aplicável nesse Estado so- ARTIGO 5
bre o significado atribuído por outras leis desse Estabelecimento Permanente
Estado.
1. Para os fins da Convenção, a expressão "es-
ARTIGO 4 tabelecimento permanente" significa uma instalação
Residente fixa de negócios por meio da qual uma empresa reali-
za toda ou parte de sua atividade.
1. Para os fins da Convenção, a expressão "resi-
dente de um Estado Contratante" significa toda pes- 2. A expressão "estabelecimento permanente"
soa que, em virtude da legislação desse Estado, este- compreende especialmente:
ja sujeita a tributação no mesmo em razão de seu do- a) uma sede de direção;
micílio, residência, sede de direção, lugar de constitui- b) uma filial;
ção ou qualquer outro critério de natureza análoga, e c) um escritório;
também se aplica a esse Estado ou a qualquer de d) uma fábrica;
suas subdivisões políticas. e) uma oficina;
40868 Sl:xliI-lcira 31 DIÁRIO DA CÁMARA DOS DEPUTADOS Agostu dI: 2001
f) uma mina, um poço de petróleo ou para a empresa, a menos que tais atividades se limi-
de gás, uma pedreira ou qualquer outro lo- tem às mencionadas no parágrafo 4, as quais, se
cai em relação à exploração, extração ou exercidas por meio de uma instalação fixa de negó-
explotação de recursos naturais; cio, não permitiriam considerar-se essa instalação
fixa como um estabelecimento permanente nos ter-
3. A expressão estabelecimento permanente"
mos do referido parágrafo.
também inclui um canteiro de obra, construção, ins-
talação ou montagem cuja duração exceda seis me- 6. Não se considera que uma empresa de um
ses, incorporando somente para fins do cômputo do Estado Contratante tem um estabelecimento perma-
tempo as atividades de supervisão relacionadas nente no outro Estado Contratante pelo simples fato
com ditas atividades. de aí exercer suas atividades por meio de um corretor,
um comissário geral ou qualquer outro agente inde-
Para fins do cálculo dos limites temporais a que
pendente, sempre que essas pessoas atuem no âm-
se refere o presente parágrafo, as atividades exerci-
bito normal de suas atividades e que em suas rela-
das por uma empresa associada a outra empresa no
ções comerciais ou financeiras com ditas empresas
sentido do art. 9 serão agregadas ao período durante
o qual são exercidas as atividades pela empresa da não se acordem ou imponham condições aceitas ou
impostas que sejam distintas das geralmente acorda-
qual é associada, se as atividades de ambas as em-
presas são idênticas ou substancialmente similares. das por agentes independentes.
4. Não obstante o disposto nos parágrafos pre- 7. O fato de que uma sociedade residente de um
cedentes deste artigo, considera-se que a expressão Estado Contratante controle ou seja controlada por
"estabelecimento permanente" não inclui: uma sociedade residente do outro Estado Contratan-
te, ou desenvolva atividades empresariais nesse ou-
a) a utilização de instalações unica- tro Estado (seja por meio de um estabelecimento per-
mente para fins de armazenagem, exposi- manente ou de outro modo), não converte, por si só,
ção ou entrega de bens ou mercadorias per- qualquer dessas sociedades em estabelecimento
tencentes à empresa; permanente da outra.
b) a manutenção de um depósito de
bens ou mercadorias pertencentes empresa CAPíTULO 111
unicamente para o fim de sua armazena- Tributação dos Rendimentos
gem, exposição ou entrega;
c) a manutenção de um depósito de ARTIGO 6
bens ou mercadorias pertencentes à empre- Rendimentos Imobiliários
sa unicamente para o fim de sua transfor-
1. Os rendimentos que um residente de um
mação por outra empresa;
Estado Contratante obtenha de bens imóveis (inclusi-
d) a manutenção de uma instalação ve os rendimentos de explorações agrícolas ou flores-
fixa de negócios unicamente para o fim de tais) situados no outro Estado Contratante podem ser
comprar bens ou mercadorias ou obter infor- tributados nesse outro Estado.
mações para a empresa;
2. Para os fins da Convenção, a expressão
e) a manutenção de uma instalação
"bens imóveis" terá o significado que lhe atribua a
fixa de negócios unicamente para o fim de
legislação do Estado Contratante em que os bens
fazer publicidade, fornecer informação ou
estiverem situados. A expressão compreende, em
realizar investigações científicas ou outras
qualquer caso, os acessórios aos bens imóveís da
atividades similares que tenham caráter pre-
propriedade imobiliária, o gado e o equipamento
paratório ou auxiliar para a empresa.
utilizados nas explorações agrícolas e florestais, os
5. Não obstante o disposto nos parágrafos 1 e direitos a que se aplicam as disposições do direito
2, quando uma pessoa - distinta de um agente inde- privado relativas à propriedade de bens imóveis, o
pendente ao qual seja aplicável o parágrafo 6 - atue usufruto de bens imóveis, e os direitos a receber pa-
por conta de uma empresa e tenha e exerça habitu- gamentos variáveis ou fixos em contraprestação
almente num Estado Contratante poderes para con- pela exploração, ou concessão da exploração, de
cluir contratos em nome da empresa, conside- jazidas minerais, fontes e outros recursos naturais;
rar-se-á que tal empresa dispõe de um estabeleci- os navios, embarcações, aeronaves e veículos de
mento permanente nesse Estado relativamente a transporte terrestre não serão considerados bens
qualquer atividade que essa pessoa desenvolva imóveis.
Agosto de 2001 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 31 40869
3. As disposições do parágrafo 1 aplicam-se ARTIGO 8
aos rendimentos provenientes da utilização direta. Transporte Terrestre, Marítimo e Aéreo
arrendamento ou parceria. assim como de qualquer
outra forma de exploração dos bens imóveis. 1. Os lucros de uma empresa de um Estado
Contratante provenientes da exploração de navios,
4. As disposições dos §§ 1 e 3 aplicam-se aeronaves ou veículos de transporte terrestre no trá-
igualmente aos rendimentos provenientes dos bens fego internacional somente podem ser tributados nes-
imóveis de uma empresa e dos bens imóveis utiliza- se Estado.
dos para a prestação de serviços pessoais indepen- 2. Para OS fins deste artigo:
dentes.
a) o termo "lucros" compreende as re-
ARTIGO 7 ceitas brutas pro
Lucros das Empresas venientes diretamente da exploração de navios,
aeronaves ou veículos de transporte terrestre no trá-
1. Os lucros de uma empresa de um Estado fego internacional;
Contratante somente podem ser tributados nesse b) a expressão "exploração de navios.
Estado, a não ser que a empresa exerça ou tenha aeronaves ou veículos de transporte terres-
exercido sua atividade no outro Estado Contratante tre" por uma empresa compreende também:
por meio de um estabelecimento permanente aí situ- i) o afretamento ou arrendamento de
ado. Se a empresa exerce ou tiver exercido sua ati- aeronaves, veículos de transporte terrestre
vidade na forma indicada, seus lucros podem ser tri- ou navios sem tripulação; e
butados no outro Estado. mas somente na medida ii) o arrendamento de containeres e o
em que forem atribuíveis a esse estabelecimento equipamento relacionado, sempre que dito
permanente. frete ou arrendamento seja acessório à ex-
ploração, por essa empresa, de navios, ae-
2. Ressalvadas as disposições do § 3, quando ronaves ou veículos de transporte terrestre
uma empresa de um Estado Contratante exercer no tráfego internacional.
sua atividade no outro Estado Contratante por meio
de um estabelecimento permanente aí situado, se- 3. As disposições do § 1 se aplicam também
rão atribuídos, em cada Estado Contratante, a esse aos lucros provenientes da participação em um
estabelecimento permanente. os lucros que o mes- pool. em uma exploração em comum ou em um or-
mo teria podido obter se fosse uma empresa distinta ganismo internacional de exploração.
e separada que exercesse atividades idênticas ou ARTIGO 9
similares. em condições idênticas ou similares, e tra- Empresas Associadas
tasse com absoluta independência com a empresa
da qual é um estabelecimento permanente. Quando:
a) uma empresa de um Estado Contra-
3. Para a determinação dos lucros de um esta- tante participar, direta ou indiretamente, na
belecimento permanente. será permitida a dedução direção. controle ou capital de uma empresa
das despesas necessárias e efetivamente realiza- do outro Estado Contratante. ou
das para a consecução dos fins desse estabeleci-
b) as mesmas pessoas participarem,
mento permanente, incluindo as despesas de dire-
direta ou indiretamente, na direção, controle
ção e os encargos gerais de administração assim
ou capital de uma empresa de um Estado
realizados.
Contratante e de uma empresa do outro
4. Nenhum lucro será atribuído a um estabele- Estado Contratante. e, em um e outro caso,
cimento permanente pelo mero fato de que este as duas empresas, nas suas relações co-
compre bens ou mercadorias para a empresa. merciais ou financeiras, estiverem unidas
por condições aceitas ou impostas que difi-
5. Quando os lucros compreenderem rendi- ram das que seriam acordadas por empre-
mentos tratados separadamente em outros artigos sas independentes, os lucros que. sem es-
desta Convenção, as disposições desses artigos sas condições, teriam sido obtidos por uma
não serão afetadas pelas disposições do presente das empresas, mas não o foram em virtude
artigo. de tais condições, poderão ser incluídos nos
40S70 Sexta-feira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2lJOI
lucros dessa empresa e, conseqüentemen- do imposto que afeta os lucros do estabelecimento
te, tributados. permanente nesse outro Estado Contratante e se-
gundo a legislação desse Estado. Todavia, esse im-
ARTIGO 10
posto distinto do imposto sobre os lucros não poderá
Dividendos
exceder o limite estabelecido no subparágrafo a) do §
1. Os dividendos pagos por uma sociedade resi- 2 do presente artigo.
dente de um Estado Contratante a um residente do 6. Quando uma sociedade residente de um
outro Estado Contratante podem ser tributados nesse Estado Contratante obtiver lucros ou rendimentos
outro Estado. provenientes do outro Estado Contratante, esse outro
2. Todavia, esses dividendos podem também Estado não poderá exigir nenhum imposto sobre os
ser tributados no Estado Contratante em que resida a dividendos pagos pela sociedade, exceto na medida
sociedade que os pague e de acordo com a legisla- em que esses dividendos forem pagos a um residente
ção desse Estado, mas, se o beneficiário efetivo dos desse outro Estado ou na medida em que a participa-
dividendos for um residente do outro Estado Contra- ção geradora dos dividendos pagos estiver vinculada
tante, o imposto assim exigido não poderá exceder efetivamente a um estabelecimento permanente ou a
de: uma base fixa situados nesse outro Estado, nem sub-
a) 10 por cento do montante bruto dos meter os lucros não distribuídos da sociedade a um
dividendos, se o beneficiário efetivo for uma imposto sobre os mesmos, ainda que os dividendos
sociedade que controle, direta ou indireta- pagos ou os lucros não distribuídos consistam, total
mente, pelo menos 25 por cento das ações ou parcialmente, de lucros ou rendimentos provenien-
com direito a voto da sociedade que pague tes desse outro Estado.
tais dividendos; ARTIGO 11
b) 15 por cento do montante bruto dos Juros
dividendos em todos os demais casos.
1. Os juros provenientes de um Estado Contra-
Este parágrafo não afeta a tributação da socie- tante e pagos a um residente do outro Estado Contra-
dade em relação aos lucros que dão origem ao pa- tante podem ser tributados nesse outro Estado.
gamento dos dividendos.
2. Todavia, esses juros podem também ser tribu-
3. O termo "dividendos" no sentido deste artigo
tados no Estado Contratante de que provêm e de
compreende os rendimentos provenientes de ações
acordo com a legislação desse Estado, mas, se o be-
ou outros direitos, com exceção dos direitos de crédi-
neficiário efetivo dos juros for um residente do outro
to, que permitam participar dos lucros, assim como os
Estado Contratante, o imposto assim exigido não po-
rendimentos de outros direitos de participação sujei-
derá exceder de 15 por cento do montante bruto dos
tos ao mesmo tratamento tributário que os rendimen-
juros.
tos de ações pela legislação do Estado Contratante
do qual a sociedade que os distribui seja residente. 3. O termo "juros" no sentido do presente artigo
4. As disposições dos §§ 1 e 2 deste artigo não compreende os rendimentos de créditos de qualquer
são aplicáveis se o beneficiário efetivo dos dividen- natureza, com ou sem garantias hipotecárias, e, em
dos, residente de um Estado Contratante, exerce, no particular, os rendimentos da dívida pública, de títulos
outro Estado Contratante de que é residente a socie- ou obrigações, assim como qualquer outro rendimen-
dade que paga os dividendos, uma atividade empre- to que a legislação tributária do Estado de onde pro-
sarial por meio de um estabelecimento permanente aí venham os juros assimile aos rendimentos de impor-
situado ou presta nesse outro Estado serviços pesso- tâncias emprestadas.
ais independentes por meio de uma base fixa aí situa- 4. As disposições dos §§ 1 e 2 deste artigo não
da e a participação geradora dos dividendos está vin- são aplicáveis se o beneficiário efetivo dos juros, resi-
culada efetivamente a esse estabelecimento perma- dente de um Estado Contratante, exerce, no outro
nente ou base fixa. Nesta hipótese, são aplicáveis as Estado Contratante de que provenham os juros, uma
disposições do art. 7 ou do art. 14, conforme o caso. atividade empresarial por meio de um estabelecimen-
5. Quando um residente de um Estado Contra- to permanente aí situado ou presta serviços pessoais
tante mantiver um estabelecimento permanente no independentes por meio de uma base fixa aí situada e
outro Estado Contratante, esse estabelecimento per- o crédito que originar os juros está vinculado efetiva-
manente poderá aí estar sujeito a um imposto distinto mente a esse estabelecimento permanente. Nesta hi-
Agosto de 20() I DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-Icira 31 40871
pótese, são aplicáveis as disposições do art. 7 ou do pagas pelo uso ou pela concessão do uso de direitos
art. 14, conforme o caso. de autor sobre obras literárias, artísticas ou científi-
5. A limitação estabelecida no §§ 2 deste artigo cas (inclusive os filmes cinematográficos e os filmes,
não se aplica aos juros provenientes de um Estado fitas e outros meios de reprodução de imagem e de
Contratante e pagos a um estabelecimento perma- som, de gravação de programas de televisão ou radi-
nente de uma empresa do outro Estado Contratante odifusão), de patentes, marcas de indústria ou comér-
situado em um terceiro Estado. cio, desenhos ou modelos, planos, fórmulas ou procedi-
6. Os juros consideram-se provenientes de um mentos secretos ou outra propriedade intangível, assim
Estado Contratante quando o devedor for um residen- como pelo uso ou concessão do uso de equipamentos
te desse Estado. No entanto, quando o devedor dos industriais, comerciais ou científicos e por informações
juros, seja ou não residente de um Estado Contratan- relativas a experiências industriais, comerciais ou cientí-
te, tiver num Estado Contratante um estabelecimento ficas.
permanente ou uma base fixa em relação com o qual 4. As disposições dos §§ 1 e 2 deste artigo não se
haja sido contraída a obrigação que dá origem ao pa- aplicam quando o beneficiário efetivo dos royahies, resi-
gamento dos juros e caiba a esse estabelecimento dente de um Estado Contratante, exerce, no outro Esta-
permanente ou base fixa o pagamento desses juros, do Contratante de que provêm os royahies, uma ativida-
tais juros serão considerados provenientes do Estado de empresarial por meio de um estabelecimento per-
Contratante em que o estabelecimento permanente manente aí situado ou presta serviços pessoais inde-
ou a base fixa estiver situado. pendentes por meio de uma base fixa aí situada e o
7. Quando, em razão de relações especiais exis- bem ou o direito em relação aos quais os royahies são
tentes entre o devedor e o beneficiário efetivo dos ju- pagos estão vinculados efetivamente a esse estabeleci-
ros, ou das que um e outro mantenham com terceiros, mento permanente ou base fixa. Nesta hipótese, apli-
o montante dos juros pagos, considerando-se o crédi- ca-se o disposto no art. 7 ou no art. 14, conforme o caso.
to pelo qual são devidos, exceder o que teriam acor- 5. Os royahies são considerados provenientes de
dado o devedor e o beneficiário efetivo na ausência um Estado Contratante quando o devedor for um resi-
de tais relações, as disposições deste artigo serão dente desse Estado. Todavia, quando o devedor dos ro-
aplicáveis apenas a este último montante. Neste yalties, residente ou não de um Estado Contratante, ti-
caso, a parte excedente dos pagamentos poderá ser ver num Estado Contratante um estabelecimento per-
tributada de acordo com a legislação de cada Estado manente ou uma base fixa em relação com o qual haja
Contratante, tendo em conta as demais disposições sido contraída a obrigação de pagar os royahies, e caiba
da presente Convenção. a esse estabelecimento permanente ou base fixa o pa-
8. As disposições do presente artigo não se apli- gamento desses royahies, tais royalties serão conside-
carão se o principal propósito ou um dos principais rados provenientes do Estado Contratante em que o es-
propósitos de qualquer pessoa vinculada com a cria- tabelecimento permanente ou base fixa estiver situado.
ção ou a atribuição do crédito em relação ao qual os 6. Quando, em razão de relações especiais exis-
juros são pagos for o de obter vantagens deste artigo tentes entre o devedor e o beneficiário efetivo dos royal-
mediante tal criação ou atribuição. ties, ou das que um e outro mantenham com terceiros, o
montante dos royalties pagos, tendo em conta o uso, di-
ARTIGO 12
reito ou informação pelo qual são pagos, exceder o que
Royalties
seria acordado entre o devedor e o beneficiário efetivo
1. Os royalties provenientes de um Estado Con- na ausência de tais relações, as disposições deste arti-
tratante e pagos a um residente do outro Estado Con- go serão aplicáveis apenas a este último montante.
tratante podem ser tributados nesse outro Estado. Neste caso, a parte excedente dos pagamentos poderá
2. Todavia, esses royalties podem também ser ser tributada de acordo com a legislação de cada Esta-
tributados no Estado Contratante de que provêm e de do Contratante, tendo em conta as demais disposições
acordo com a legislação desse Estado, mas, se o be- da presente Convenção.
neficiário efetivo dos royalties for um residente do ou- 7. As disposições do presente artigo não se apli-
tro Estado Contratante, o imposto assim exigido não carão se o principal propósito ou um dos principais pro-
poderá exceder de 15 por cento do montante bruto pósnos de qualquer pessoa relacionada com a criação
dos royalties. ou a atribuição de direitos em relação aos quais os ro-
3. O termo royalties empregado neste artigo yalties são pagos for o de obter vantagens deste artigo
compreende as importâncias de qualquer natureza mediante tal criação ou atribuição.
40l:\72 Sexta-feira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 200 I
ARTIGO 13 c) tais serviços ou atividades sejam
Ganhos de Capital prestados no outro Estado Contratante e o
1. Os ganhos obtidos por um residente de um beneficiário disponha, de maneira habitual,
Estado Contratante da alienação de bens imóveis situa- nesse outro Estado, de uma base fixa para o
dos no outro Estado Contratante podem ser tributados exercício de suas atividades, mas somente na
nesse outro Estado. medida em que tais rendimentos sejam atri-
buíveis a essa base fixa.
2. Os ganhos provenientes da alienação de bens
móveis que façam parte do ativo de um estabelecimen- 2. A expressão "serviços profissionais indepen-
to permanente que uma empresa de um Estado Contra- dentes" compreende, em especial, as atividades inde-
tante possua no outro Estado Contratante, ou de bens pendentes de caráter científico, técnico, literário, artís-
móveis pertencentes a uma base fixa que um residente tico, educativo ou pedagógico, assim corno as ativida-
de um Estado Contratante tenha no outro Estado Con- des independentes de médicos, advogados, engenhe-
tratante para a prestação de serviços pessoais indepen- iros, arquitetos, dentistas e contadores.
dentes, incluindo os ganhos provenientes da alienação
desse estabelecimento permanente (isolado ou com o ARTIGO 15
conjunto da empresa de que forme parte) ou dessa Serviços Profissionais Dependentes
base fixa podem ser tributados nesse outro Estado.
3. Todavia, os ganhos provenientes da alienação 1. Ressalvadas as disposições dos arts. 16, 18 e
de veículos de transporte terrestre, navios ou aeronaves 19, os ordenados, salários e outras remunerações obti-
explorados no tráfego internacional ou de bens móveis dos por um residente de um Estado Contratante ern ra-
afetos à exploração de tais veículos de transporte ter- zão de um emprego somente podem ser tributados nes-
restre, navios ou aeronaves, somente podem ser tribu- se Estado, a não ser que o emprego seja exercido no
tados no Estado Contratante que seja competente para outro Estado Contratante. Se o emprego for aí exercido,
tributar os lucros da empresa conforme o artigo 8. as remunerações correspondentes podem ser tributa-
4. Os ganhos provenientes da alienação de qual- das nesse outro Estado.
quer outro bem distinto dos mencionados nos parágra- 2. Não obstante as disposições do § 1, as remune-
fos anteriores podem ser tributados em ambos os Esta- rações obtidas por um residente de um Estado Contra-
dos Contratantes. tante em razão de um emprego exercido no outro Esta-
do Contratante somente podem ser tributadas no pri-
ARTIGO 14
meiro Estado se:
Serviços Profissionais Independentes
a) o beneficiário permanecer nesse ou-
1. Os rendimentos que um residente de um Esta-
tro Estado durante um período ou períodos
do Contratante obtenha pela prestação de serviços pro-
cuja duração não exceda, no total, 183 dias
fissionais ou de outras atividades de caráter indepen-
em qualquer período de doze meses que
dente somente podem ser tributados nesse Estado, a
comece ou termine no ano fiscal considera-
não ser que:
do; e
a) as remunerações por tais serviços ou b) as remunerações forem pagas por,
atividades sejam pagas por um residente do ou em nome de, um empregador que não
outro Estado Contratante ou caibam a um es- seja residente do outro Estado; e
tabelecimento permanente ou a uma base c) o encargo das remunerações não
fixa situados nesse outro Estado; ou couber a um estabelecimento permanente ou
b) referida pessoa, seus empregados ou base fixa que o empregador tenha no outro
outras pessoas designadas por ela permane- Estado.
çam ou as atividades prossigam no outro
Estado Contratante por um período ou perío- 3. Não obstante as disposições precedentes
dos que, no total, somem ou excedam 183 deste artigo, as remunerações obtidas por um residen-
dias, dentro de um período qualquer de doze te de um Estado Contratante em razão de um empre-
meses; neste caso, somente pode ser tributa- go exercido a bordo de um veículo de transporte ter-
da nesse outro Estado a parte da renda obti- restre, navio ou aeronave explorados no tráfego inter-
da das atividades desempenhadas por essa nacional somente poderão ser tributadas nesse Esta-
pessoa nesse outro Estado; ou do Contratante.
Aw,sto de 200 I DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS SeXl<l-feira 31 40873
ARTIGO 16 ARTIGO 19
Remunerações de Conselheiros ou Diretores Funções Públicas

As participações, remunerações, diárias e outras 1. a) Os soldos, salários e outras remunerações,


retribuições similares que um residente de um Estado excluídas as pensões, pagas por um Estado Contratan-
Contratante obtenha como membro da diretoria ou de te ou uma de suas subdivisões políticas ou autoridades
qualquer outro conselho de administração ou fiscal de locais a uma pessoa fisica ou natural, por serviços pres-
uma sociedade residente do outro Estado Contratante tados a esse Estado ou subdivisão política ou autorida-
podem ser tributadas nesse outro Estado. de, somente podem ser tributadas nesse Estado.
b) Todavia, tais soldos, salários e outras remune-
ARTIGO 17 rações somente podem ser tributadas no outro Estado
Artistas e Desportistas Contratante se os serviços são prestados nesse Estado
e a pessoa física ou natural é um residente desse Esta-
1. Não obstante as disposições dos arts. 14 e do que:
15, os rendimentos que um residente de um Estado
Contratante obtenha de suas atividades pessoais i) seja natural desse Estado; ou
exercidas no outro Estado Contratante na qualidade ii) não tenha adquirido a condição de re-
de profissional de espetáculos, tal como artista de tea- sidente desse Estado somente para prestar
tro, cinema, rádio ou televisão, ou músico, ou na quali- os serviços.
dade de desportista, podem ser tributados nesse outro
Estado. 2. As disposições dos arts. 15, 16, 17 e 18 se
aplicam às remunerações e às pensões pagas em ra-
2. Não obstante as disposições dos arts. 7, 14 e zão de serviços prestados no âmbito de uma atividade
15, quando os rendimentos provenientes de atividades comercial ou industrial realizada por um Estado Con-
pessoais exercidas por um profissional de espetáculos tratante ou por uma de suas subdivisões políticas ou
ou um desportista, nessa qualidade, sejam atribuídos autoridades locais.
não ao próprio profissional de espetáculos ou despor-
ARTIGO 20
tista, mas a outra pessoa, esses rendimentos podem
Estudantes e Aprendizes
ser tributados no Estado Contratante em que sejam
exercidas as atividades do profissional de espetáculos 1. Os pagamentos que um estudante ou aprendiz
ou do desportista. que é, ou foi, em período imediatamente anterior à sua
visita a um Estado Contratante, residente do outro Esta-
ARTIGO 18
do Contratante e que permanece no primeiro Estado
Pensões
Contratante com o único fim de estudar ou praticar, re-
1. As pensões e outras remunerações similares ceba para sua manutenção, educação ou treinamento
provenientes de um Estado Contratante e pagas a um não podem ser tributados nesse Estado, sempre que
residente do outro estado Contratante somente podem provenham de fontes s~uadas fora desse Estado.
ser tributadas no Estado de onde provenham. 2. Em relação a subvenções, bolsas de estudo e
remunerações de empregos não compreendidas no §
No presente parágrafo a expressão "pensões e
1, o estudante ou aprendiz de que trata o referido § 1,
outras remunerações similares" significa pagamentos
durante o período desses estudos ou dessa formação,
periódicos efetuados após a aposentadoria em razão
terá, ademais, o direito de beneficiar-se das mesmas
de um emprego anterior ou a título de compensação
isenções, abatimentos ou deduções, em relação aos
por danos sofridos em conseqüência de um emprego
impostos, concedidas aos residentes do Estado que es-
anterior e os pagamentos efetuados por/ou originados
tiver visitando.
de um fundo de pensões que integre o sistema de se-
guridade social de um Estado Contratante. ARTIGO 21
Outros Rendimentos
2. Os alimentos e outros pagamentos de manu-
tenção efetuados a um residente de um Estado Con- Os rendimentos de um residente de um Estado
tratante somente serão tributáveis nesse Estado se fo- Contratante não mencionados nos artigos anteriores
rem dedutíveis para quem os paga. No caso em que da presente Convenção e provenientes do outro Esta-
não forem dedutíveis, serão tributáveis somente no do Contratante podem ser tributados nesse outro
Estado de residência de quem os paga. Estado Contratante.
40g74 Sexl~-lcir<J:~ I DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agoslll de 2001
CAPíTULO IV 2. Os estabelecimentos permanentes que uma
Métodos para Eliminar a Dupla Tributação empresa de um Estado Contratante tenha no outro
Estado Contratante não estarão sujeitos a tributação
ARTIGO 22
nesse Estado de modo menos favorável do que as
Método de Crédito
empresas desse outro Estado que exerçam as mes-
1. No caso do Chile, a dupla tributação mas atividades.
será evitada da maneira seguinte: 3. Este artigo não pode ser interpretado no sen-
Quando um residente do Chile obtiver tido de obrigar um Estado Contratante a conceder
rendimentos que, de acordo com as disposi- aos residentes do outro Estado Contratante as dedu-
ções da presente Convenção, sejam tributá- ções pessoais, abatimentos e reduções tributárias
veis no Brasil, poderá creditar contra os im- que, para fins fiscais, conceda aos seus próprios resi-
postos chilenos correspondentes a esses dentes em função de seu estado civil ou encargos fa-
rendimentos os impostos pagos no Brasil, miliares.
de acordo com as disposições aplicáveis da 4. A menos que sejam aplicáveis as disposições
legislação chilena. Este parágrafo será apli- do art. 9, do § 7 do art. 11 ou do § 6 do art. 12, os juros,
cado a todos os rendimentos a que se refe- royalties e demais gastos pagos por uma empresa de
re a Convenção. um Estado Contratante a um residente do outro Esta-
2. No caso do Brasil, a dupla tributa- do Contratante são dedutíveis, para determinar os lu-
ção será evitada da maneira seguinte: cros dessa empresa sujeitos a tributação, nas mes-
Quando um residente do Brasil obtiver mas condições que se tivessem sido pagos a um resi-
rendimentos que, de acordo com as disposi- dente do estado mencionado em primeiro lugar.
ções da presente Convenção, sejam tributá- 5. As sociedades de um Estado Contratante
veis no Chile, o Brasil admitirá a dedução, cujo capital seja, total ou parcialmente, detido ou con-
do imposto sobre os rendimentos desse re- trolado, direta ou indiretamente, por um ou mais resi-
sidente, de um montante igual ao imposto dentes do outro Estado Contratante, não estarão su-
sobre os rendimentos pago no Chile, de jeitas, no primeiro Estado, a nenhuma tributação ou .
acordo com as disposições aplicáveis da le- obrigação com ela conexa que não se exija ou que
gislação brasileira. seja mais gravosa do que aquelas a que estiverem ou
puderem estar sujeitas outras sociedades similares
Todavia, tal dedução não poderá exceder a do primeiro Estado cujo capital seja, total ou parcial-
fração do imposto sobre a renda, calculado antes da mente, detido ou controlado, direta ou indiretamente,
dedução, correspondente aos rendimentos tributá- por um ou mais residentes de um terceiro Estado.
veis no Chile.
6. No presente artigo, o termo '1ributação" se re-
3. Quando em conformidade com qualquer dis-
fere aos impostos objeto da presente Convenção.
posição da Convenção os rendimentos obtidos por
um residente de um Estado Contratante estiverem
ARTIGO 24
isentos de tributação nesse Estado, tal Estado pode-
Procedimento Amigável
rá, todavia, considerar os rendimentos isentos para
fins de determinação do montante do imposto sobre o
1. Quando um residente de um Estado Contra-
restante dos rendimentos de tal residente.
tante considerar que as medidas adotadas por um ou
CAPíTULO V por ambos os Estados Contratantes implicam, ou po-
Disposições Especiais dem implicar, em relação a si, uma tributação em de-
sacordo com as disposições da presente Convenção,
ARTIGO 23 poderá, independentemente dos recursos previstos
Não-Discrimi nação pelo direito interno desses Estados, submeter seu
1. Os nacionais de um Estado Contratante não caso à autoridade competente do Estado Contratante
estarão sujeitos no outro Estado Contratante a ne- de que seja residente ou, se o § 1 do art. 23 for aplicá-
nhuma tributação ou obrigação a ela correspondente vel, do Estado Contratante de que seja nacional.
que não se exija ou que seja mais gravosa do que 2. A autoridade competente, se a reclamação se
aquelas a que estiverem ou puderem estar sujeitos os lhe afigurar justificada e se ela própria não estiver em
nacionais desse outro estado que se encontrem nas condições de lhe dar solução satisfatória, esfor-
mesmas condições. çar-se-á para resolver a questão mediante acordo
Agosto de 200\ DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-Ieira 31 40875

amigável com a autoridade competente do outro 3. Não obstante o disposto no § 2 do presente


Estado Contratante, a fim de evitar uma tributação artigo, a autoridade competente do Estado Contra-
não conforme com a Convenção. tante solicitado poderá, observadas as limitações
3. As autoridades competentes dos Estados constitucionais e legais, e com base na reciprocida-
Contratantes esforçar-se-ão, mediante um acordo de de tratamento, obter e fornecer informações que
amigável, para resolver as dificuldades ou dirimir as possuam as instituições financeiras, procuradores
dúvidas a que possa dar lugar a interpretação ou apli- ou pessoas que atuam como representantes, agen-
cação da Convenção. tes ou fiduciários, da mesma forma que em relação
4. As autoridades competentes dos Estados a participações sociais ou a participações acionári-
Contratantes poderão comunicar-se diretamente a as, inclusive sobre ações ao portador.
fim de chegarem a um acordo nos termos indicados 4. Quando a informação for solicitada por um
nos parágrafos anteriores. Estado Contratante em conformidade com o presente
artigo, o outro Estado Contratante obterá a informa-
ARTIGO 25 ção solicitada da mesma forma como se se tratasse
Troca de Informações de sua própria tributação, sem importar o fato de que
esse outro Estado, nesse momento, não necessite de
1. As autoridades competentes dos Estados tal informação.
Contratantes trocarão as informações necessárias
para aplicar as disposições da presente Convenção ARTIGO 26
ou as do direito interno dos Estados Contratantes re- Membros de Missões Diplomáticas
lativo aos impostos abrangidos pela Convenção, na e de Postos Consulares
medida em que a tributação nele previsto não seja
contrária à Convenção. A troca de informações não As disposições da presente Convenção não
estará limitada pelo art. 1. As informações recebidas prejudicarão os privilégios fiscais de que se benefici-
por um Estado Contratante serão consideradas se- em os membros das missões diplomáticas ou dos
cretas da mesma maneira que as informações obti- postos consulares de acordo com os princípios gerais
das com base no direito interno desse Estado e so- do Direito Internacional ou em virtude das disposi-
mente poderão ser comunicadas às pessoas ou auto- ções de acordos especiais.
ridades (incluídos os tribunais e órgãos administrati- ARTIGO 27
vos) encarregadas do lançamento ou cobrança dos Entrada em Vigor
impostos abrangidos pela presente Convenção, das
ações declaratórias ou executivas relativas a esses 1. Cada Estado Contratante notificará por escri-
impostos, ou da apreciação dos recursos a elas cor- to ao outro, pelos canais diplomáticos, o cumprimento
respondentes. Referidas pessoas ou autoridades so- dos procedimentos exigidos por seu ordenamento ju-
mente utilizarão estas informações para os fins men- rídico para a entrada en vigor da presente Conven-
cionados neste parágrafo. ção. Esta Convenção entrará em vigor na data de re-
2. As disposições do parágrafo 1 não poderão, cebimento da última notificação.
em nenhum caso, ser interpretadas no sentido de im- 2. As disposições da Convenção apli-
por a um Estado Contratante a obrigação de: car-se-ão:
a) adotar medidas administrativas con- a) no Chile:
trárias à sua legislação ou prática adminis- em relação aos impostos sobre os ren-
trativa, ou às do outro Estado Contratante; dimentos obtidos e as importâncias pagas,
b) fornecer informações que não pode- creditadas, colocadas à disposição ou con-
riam ser obtidas com base na sua própria le- tabilizadas como gasto, a partir do primeiro
gislação ou no âmbito de sua prática admi- dia do mês de janeiro do ano calendário
nistrativa normal ou das do outro Estado imediatamente seguinte àquele em que a
Contratante; Convenção entre em vigor; e
c) fornecer informações reveladoras b) no Brasil:
de segredos comerciais, industriais, ou pro- i) no tocante aos impostos retidos na
fissionais, procedimentos comerciais ou in- fonte, às importâncias pagas, remetidas ou
dustriais, ou informações cuja comunicação creditadas no ou depois do primeiro dia de
seja contrária à ordem pública. janeiro do ano calendário imediatamente se-
40876 SeXIa-lcíra 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTAUOS Agostu de 2001
guinte àquele em que a Convenção entre Em testemunho do que, os signatários, para
em vigor; isso devidamente autorizados, assinam a presente
ii) no tocante aos demais impostos Convenção.
abrangidos pela Convenção, relativamente Feito em Santiago em 3 de abril de 2001, em
aos rendimentos produzidos no ano fiscal dois exemplares originais, nas línguas portuguesa e
que comece no ou depois do primeiro dia de espanhola. sendo ambos os textos igualmente autên-
janeiro do ano calendário imediatamente se- ticos.
guinte àquele em que a Convenção entre Pelo Governo da República Federativa do Brasil.
em vigor. - Everardo de Almeida Maciel, Secretário da Recei-
ta Federal.- Pelo Governo da República do Chile, Ni-
3. A Convenção para Evitar a Dupla Tributação colás Eyzaguirre Guzman, Ministro da Fazenda.
da Renda correspondente ao Transporte Marítimo e
PROTOCOLO DA CONVENÇÃO ENTRE A
Aéreo, concluída em Santiago, por troca de notas,
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL E A
em 17 e 18 de junho de 1976, entre Brasil e Chile
REPÚBLICA DO CHILE PARA EVITAR A DUPLA
deixará de produzir efeitos a partir da data na qual a
TRIBUTAÇÃO E PREVENIR A EVASÃO FISCAL
presente Convenção entrar em vigor em relação aos
EM RALAÇÃO AO IMPOSTO SOBRE A RENDA
impostos aos quais se aplica, de acordo com o pará-
grafo 1 deste Artigo. No momento da assinatura da Convenção entre
a República Federativa do Brasil e a República do
ARTIGO 28
Chile para evitar a dupla tributação e prevenir a eva-
Denúncia
são fiscal em relação ao imposto sobre a renda, os
1. Qualquer dos Estados Contratantes poderá, signatários, para isso devidamente autorizados, con-
mediante forma escrita, o mais tardar no trigésimo dia vieram nas seguintes disposições que constituem
de junho de cada ano calendário seguinte ao período parte integrante desta Convenção.
de três anos a contar da data de entrada em vigor da
Convenção, notificar ao outro a denúncia da mesma, 1. Com referência ao art. 1
pela via diplomática. a) Qualquer questão que surja em re-
lação à interpretação ou aplicação desta
2. Neste caso, as disposições da Con- Convenção e, em particular, se uma medida
venção deixarão de produzir efeito: tributária está compreendida no âmbito des-
a) no Chile: ta Convenção, será resolvida exclusivamen-
em relação aos impostos sobre os ren- te de acordo com as disposições do Artigo
dimentos obtidos e as importâncias pagas, 24 desta Convenção, e
creditadas, colocadas à disposição ou con- b) As disposições do art. 11 e do art.
tabilizadas como gasto, a partir do primeiro XVII do Acordo Geral sobre o Comércio de
dia do mês de janeiro do ano calendário Serviços não se aplicarão a uma medida tri-
imediatamente seguinte; butária a menos que as autoridades compe-
b) no Brasil: tentes acordem que essa medida não está
compreendida no âmbito do art. 23 desta
i) no tocante aos impostos retidos na
Convenção.
fonte, às importâncias pagas, remetidas ou
creditadas no ou depois do primeiro dia de 2. Com referência ao art. 7
janeiro do ano calendário imediatamente se- Fica entendido que as disposições do § 3 do art.
guinte àquele em que a denúncia tenha 7 serão aplicáveis tanto se os gastos se efetuarem no
ocorrido; estado em que se encontre o estabelecimento perma-
ii) no tocante aos demais impostos de nente como em outra parte.
que trata a presente Convenção, relativa- 3. Com referência ao art. 10, §§ 2 e 5
mente aos rendimentos produzidos no ano No caso do Chile:
fiscal que comece no ou depois do primeiro
dia de janeiro do ano calendário imediata- a) O disposto nos §§ 2 e 5 do art. 10
mente seguinte àquele em que a denúncia desta Convenção não limitará a aplicação
tenha ocorrido. do Imposto Adicional sempre que:
Agosto de 20(J I DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-lei .... 31 40X77
i) o Imposto de Primeira Categoria seja comple- a) As disposições do § 5 do art. 10 da
tamente creditável contra o Imposto Adicional a pa- Convenção e o § 3 do protocolo não são
gar, e consideradas discriminatórias nos termos do
ii) a alíquota do Imposto Adicional não § 2 do art. 23.
exceda de 42 por cento. b) As disposições das legislações dos
Além disso, quando uma das condi- Estados Contratantes que não permitem
ções das letras (i) ou (ii) deixe de ser cum- que os royalties, como definidos no § 3 do
prida, o disposto nos §§ 2 e 5 do art. 10 não art. 12, pagos por um estabelecimento per-
limitará a tributação em nenhum dos Esta- manente situado em um Estado Contratante
dos Contratantes. Neste caso os Estados a um residente do outro Estado Contratante
Contratantes consultar-se-ão a respeito de que exerça atividades empresariais no Esta-
modificar a presente Convenção com a fina- do Contratante mencionado em primeiro lu-
lidade de restabelecer o equilíbrio dos bene- gar por meio desse estabelecimento perma-
fícios da mesma. nente, sejam dedutíveis no momento da de-
b) Da mesma forma, o disposto nos §§ terminação do rendimento tributável do refe-
2 e 5 do art. 10 desta Convenção não limita- rido estabelecimento permanente, não são
rá a aplicação do Imposto Adicional no caso discriminatórias nos termos do art. 23.
de retiradas ou remessas de lucros ou divi- c) Nada do art. 23 desta Convenção
dendos pagos por uma empresa quando o afetará a aplicação da atual disposição do
investimento esteja sujeito a um contrato de art. 31, número 12, contida na "Lei da Ren-
investimento estrangeiro acolhido pelo Esta- da" do Chile, mesmo se eventualmente mo-
tuto do Investimento Estrangeiro (Decre- dificada sem alterar seu princípio geral. Ta-
to-Lei n° 600) sempre que a carga tributária davia, a alíquota de 30 por cento a que se
efetiva total sobre a renda não exceda de 42 refere dita norma será substituída pela alí-
por cento. quota de 15 por cento para os beneficiários
efetivos dos pagamentos relativos a royalti-
4. Com referência ao art. 11, § 4 es residentes no Brasil.
As importâncias pagas a título de "remuneração d) Para maior certeza, assinala-se que
sobre o capital próprio" de acordo com o art. 9 da Lei as disposições do art. 23 da presente Con-
n° 9.249/95 do Brasil serão consideradas como juros venção não impedem a aplicação, por um
para os fins do art. 11, § 3, sempre e quando forem Estado Contratante, das respectivas normas
dedutíveis para a determinação da renda da pessoa internas relativas à subcapitalização ou en-
jurídica. dividamento excessivo.
5. Com referência ao art. 12, § 3 8. Disposições Gerais
As disposições do § 3 do art. 12 aplicam-se aos a) As distribuições de um Fundo de
rendimentos provenientes da prestação de serviços Investimento Estrangeiro, constituído ou or-
técnicos e assistência técnica. ganizado para operar como tal em um Esta-
6. Com referência ao art. 14 do Contratante, estarão sujeitas a tributação
Se, em data posterior àquela da assinatura da em conformidade com a legislação desse
presente Convenção, o Brasil concluir uma Conven- Estado Contratante.
ção com outro Estado em que se acorde uma norma b) Considerando que o objetivo princi-
que signifique, de qualquer modo, renunciar à aplica- pal desta Convenção é evitar a dupla tribu-
ção do princípio estabelecido na letra a) do § 1 do art. tação internacional e prevenir a evasão fis-
14 desta Convenção para a determinação do direito cal, os Estados Contratantes acordam que,
de tributação de um Estado Contratante em relação no caso em que as disposições da Conven-
aos rendimentos obtidos pela prestação de serviços ção sejam usadas de forma tal que conce-
profissionais ou de outras atividades de caráter inde- dam benefícios não contemplados nem pre-
pendente, a partir da data de entrada em vigor da tendidos por ela, as autoridades competen-
Convenção com o outro Estado deixará de ser aplicá- tes dos Estados Contratantes deverão, em
vel a norma estabelecida na letra a) do § 1 do art. 14 conformidade com o procedimento amigável
da presente Convenção. do Art. 24, recomendar modificações espe-
7. Com referência ao art. 23 cíficas da Convenção. Os Estados Contra-
40878 Sexlu-li.lira 3 I DIÁRI() DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2001
tantes acordam, ainda, que qualquer das re- Art. 1° É acrescentado o § 5° ao art. 103 da
feridas recomendações será considerada e Constituição, com a seguinte redação:
discutida de maneira expedita com vistas a "Art. 103 .
modificar a Convenção na medida em que
seja necessário.
§ 5° O Supremo Tribunal Federal, acolhendo in-
c) No caso em que em uma data pos-
cidente de constitucionalidade proposto por pessoas
terior se implemente em um dos Estados
ou entidades referidas no caput, poderá, em casos
Contratante~ um imposto sobre o patrimô-
de reconhecida relevância, determinar a suspensão
nio, os Estados Contratantes consul-
de todos os processos em curso perante qualquer juí-
tar-se-ão com a finalidade de negociar dis-
zo ou tribunal, para proferir decisão, com eficácia e
posições relativas a seu tratamento.
efeito previstos no § 2° do artigo 102, que verse exclu-
Em testemunho do que, os signatários, para
isso devidamente autorizados, assinam o presente sivamente sobre matéria constitucional suscitada."
Protocolo. Art. 2°-Esta Emenda Constitucional entra em vi-
Feito em Santiago, 3 de abril de 2001, em dois gor na data de sua publicação.
exemplares originais, nas línguas portuguesa e espa- Brasília, 23 de agosto de 2001.
nhola, sendo ambos os textos igualmente autênticos.
"LEGISLAÇÃO CITADA ANEXADA PELA
- Pelo Governo da República Federativa do Brasil -
COORDENAÇÃO DE ESTUDOS LEGISLATlVOS-
Everardo de Almeida Maciel, Secretário da Receita
CeDI"
Federal. - Pelo Governo da República do Chile - Ni-
colás Eyzaguirre Guzmán, Ministro da Fazenda. CONSTITUiÇÃO
Aviso n° 968 - C. Civil. DA
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
Brasília, 23 de agosto de 2001 1988
A Sua Excelência o Senhor
Deputado Severino Cavalcanti
Primeiro Secretário da Câmara dos Deputados TíTULO IV
Brasília - DF Da Organização dos Poderes

Senhor Primeiro Secretário, CAPíTULO I


Encaminho a essa Secretaria Mensagem do Do Poder Legislativo
Excelentíssimo Senhor Presidente da República rela-
tiva ao texto da Convenção entre a República Federa-
tiva do Brasil e a República do Chile Destinada a Evi- Seção VIII
tar a Dupla Tributação e Prevenir a Evasão Fiscal em Do Processo Legislativo
Relação ao Imposto sobre a Renda, celebrada em
Santiago, em 3de abril de 2001.
Atenciosamente, - Pedro Parente, Chefe da Subseção 11
Casa Civil da Presidência da República. Da Emenda à Constituição

PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUiÇÃO Art. 60. A Constituição poderá ser emendada


N° 406, DE 2001 mediante proposta:
(Do Poder Executivo) 1- de um terço, no mínimo, dos membros da Câ-
MENSAGEM N° 696/01 mara dos Deputados ou do Senado Federal;
Acrescenta § 5° ao art. 103 da Cons- 11 - do Presidente da República;
tituição Federal. 111- de mais da metade das Assembléias legis-
(À Comissão de Constituição e Justiça lativas das unidades da Federação, manifestando-se,
e de Redação.) cada uma delas, pela maioria relativa de seus mem-
As Mesas da Câmara dos Deputados e do Se- bros.
nado Federal, nos termos do § 30 art. 60 da Consti- § 1° A Constituição não poderá ser emendada
tuição Federal, promulgam a seguinte emenda ao na vigência de intervenção federal, de estado de defe-
texto constitucional: sa ou de estado de sítio.
Agosto d~ 2001 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS S~xta-fcira 31 40879
§ 2° A proposta será discutida e votada em cada Presidente da República, das Mesas da Câmara dos
Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, consi- Deputados e do Senado Federal, do Tribunal de Con-
derando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quin- tas da União, do Procurador-Geral da República e do
tos dos votos dos respectivos membros. próprio Supremo Tribunal Federal;
§ 3° A emenda à Constituição será promulgada e) o litígio entre Estado estrangeiro ou organis-
pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado mo internacional e a União, o Estado, o Distrito Fede-
Federal, com o respectivo número de ordem. ralou o Território;
§ 4° Não será objeto de deliberação a proposta f) as causas e os conflitos entre a União e os
de emenda tendente a abolir: Estados, a União e o Distrito Federal, ou entre uns e
I - a forma federativa de Estado; outros, inclusive as respectivas entidades da adminis-
11 - o voto direto, secreto, universal e periódico; tração indireta;
111 - a separação dos Poderes; g) a extradição solicitada por Estado estrangei-
IV - os direitos e garantias individuais. ro;
§ 5° A matéria constante de proposta de emen- h) a homologação das sentenças estrangeiras e
da rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser a concessão do exequatur às cartas rogatórias, que
objeto de nova proposta na mesma sessão legislati- podem ser conferidas pelo regimento interno a seu
va. Presidente;
i) o habeas corpus, quando o coator for Tribu-
nal Superior ou quando o coator ou o paciente for au-
CAPíTULO 111
toridade ou funcionário cujos atos estejam sujeitos di-
Do Poder Judiciário retamente à jurisdição do Supremo Tribunal Federal,
ou se trate de crime sujeito à mesma jurisdição em
uma única instância;
Seção 11 'A/lnea i com redação dada pela Emenda Constitucional n°
Do Supremo Tribunal Federal 22, de 18-3-1999.
j) a revisão criminal e a ação rescisória de seus
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, julgados;
precipuamente, a guarda da Constituição, caben- I) a reclamação para a preservação de sua com-
do-lhe: petência e garantia da autoridade de suas decisões;
I - processar e julgar, originariamente: m) a execução de sentença nas causas de sua
a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei competência originária, facultada a delegação de atri-
ou ato normativo federal ou estadual e a ação decla- buições para a prática de atos processuais;
ratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo n) a ação em que todos os membros da magis-
federal; tratura sejam direta ou indiretamente interessados, e
'Alfnea a com redação dada pela Emenda Constitucional aquela em que mais da metade dos membros do tri-
n03. de 17-3-1993. bunal de origem estejam impedidos ou sejam direta
b) nas infrações penais comuns, o Presidente ou indiretamente interessados;
da República, o Vice-Presidente, os membros do o) os conflitos de competência entre o Superior
Congresso Nacional, seus próprios Ministros e o Pro- Tribunal de Justiça e quaisquer tribunais, entre Tribu-
curador-Gerai da República;
nais Superiores, ou entre estes e qualquer outro tribu-
c) nas infrações penais comuns e nos crimes de nal;
responsabilidade, os Ministros de Estado e os Co-
p) o pedido de medida cautelar das ações dire-
mandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica,
tas de inconstitucionalidade;
ressalvado o disposto no art. 52, I, os membros dos
Tribunais Superiores, os do Tribunal de Contas da q) o mandado de injunção, quando a elaboração
da norma regulamentadora for atribuição do Presi-
União e os chefes de missão diplomática de caráter
permanente; dente da República, do Congresso Nacional, da Câ-
*Alfnea e com redação dada pela Emenda Constitucional mara dos Deputados, do Senado Federal, das Mesas
n° 23, de 2-9-1999. de uma dessas Casas legislativas, do Tribunal de
d) O habeas corpus, sendo paciente qualquer Contas da União, de um dos Tribunais Superiores, ou
das pessoas referidas nas alíneas anteriores; o man- do próprio Supremo Tribunal Federal;
dado de segurança e o habeas data contra atos do 11 - julgar, em recurso ordinário:
40XXO Sexta-feira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DU'UTADOS Agosto de 2(0)
a) o habeas corpus, o mandado de segurança, § 3° Quando o Supremo Tribunal Federal apreci-
o habeas data e o mandado de injunção decididos ar a inconstitucionalidade, em tese, de norma legal ou
em única instância pelos Tribunais Superiores, se de- ato normativo, citará, previamente, o Advogado-Geral
negatória a decisão; da União, que defenderá o ato ou texto impugnado.
b) o crime político; § 4° A ação declaratória de constitucionalidade
111 - julgar, mediante recurso extraordinário, as poderá ser proposta pelo Presidente da República,
causas decididas em única ou última instância, quan- pela Mesa do Senado Federal, pela Mesa da Câmara
do a decisão recorrida: dos Deputados ou pelo Procurador-Geral da Repúbli-
ca.
a) contrariar dispositivo desta Constituição; *§ 4° com redação dada pela Emenda Constitucional n° 3,
b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou de 17-3-1993.
lei federal;
SEÇÃO 111
c) julgar válida lei ou ato de governo local con- Do Superior Tribunal de Justiça
testado em face desta Constituição.
Art. 104. O Superior Tribunal de Justiça com-
§ 1° A argüição de descumprimento de preceito põe-se de, no mínimo, trinta e três Ministros.
fundamental, decorrente desta Constituição, será
Parágrafo único. Os Ministros do Superior Tribu-
apreciada pelo Supremo Tribunal Federal, na forma
nal de Justiça serão nomeados pelo Presidente da
da lei.
*§ 1° com redação dada pela Emenda Constitucional n° 3,
República, dentre brasileiros com mais de trinta e cin-
de 17-3-1993. co e menos de sessenta e cinco anos, de notável sa·
§ 2° As decisões definitivas de mérito, proferidas ber jurídico e reputação ilibada, depois de aprovada a
pelo Supremo Tribunal Federal, nas ações declarató- escolha pelo Senado Federal, sendo:
rias de constitucionalidade de lei ou ato normativo fe- I - um terço dentre juízes dos Tribunais Regio-
deral, produzirão eficácia contra todos e efeito vincu- nais Federais e um terço dentre desembargadores
lante, relativamente aos demais órgãos do Poder Ju- dos Tribunais de Justiça, indicados em lista tríplice
diciário e ao Poder Executivo. elaborada pelo próprio Tribunal;
*§ 2° acrescentado pela Emenda Constitucional n° 3, de 11 - um terço, em partes iguais, dentre advoga-
17-3-1993. dos e membros do Ministério Público Federal, Esta-
Art. 103. Podem propor a ação de inconstitucio- dual, do Distrito Federal e Territórios, alternadamente,
nalidade: indicados na forma do art. 94.
I - o Presidente da República;
11 - a Mesa do Senado Federal;
111- a Mesa da Câmara dos Deputados;
MENSAGEM N° 696
IV - a Mesa de Assembléia Legislativa;
Senhores Membros do Congresso Nacional,
V - o Governador de Estado;
Nos termos do art. 60, inciso 11, da Constituição
VI - o Procurador-Geral da República; Federal, submeto à elevada deliberação de Vossas
VII- o Conselho Federal da Ordem dos Advoga- Excelências o texto da proposta de emenda à, consti-
dos do Brasil; tuição que "Acrescenta o § 5° ao art. 103 e o art. 84 ao
VIII - partido político com representação no Ato das Disposições Constitucionais Transitórias".
Congresso Nacional; Brasília, 29 de junho de 2001. - Fernando Hen-
IX - confederação sindical ou entidade de clas- rique Cardoso.
se de âmbito nacional.
MF 00117 EM PEC ALT ARTS. 103, 153 E 84
§ 1° O Procurador-Geral da República deverá CON5T
ser previamente ouvido nas ações de inconstituciona-
lidade e em todos os processos de competência do Brasília, 29 de junho de 2001
Supremo Tribunal Federal. Excelentíssimo Senhor Presidente da República,
§ 2° Declarada a inconstitucionalidade por omis- Tenho a honra de submeter à apreciação de
são de medida para tomar efetiva norma constitucio- Vossa Excelência a inclusa Proposta de Emenda
nal, será dada ciência ao Poder competente para a Constitucional, que "Acrescenta o § 5° ao art. 103 e o
adoção das providências necessárias e, em se tratan- art. 84 ao Ato das Disposições Constitucionais Transi-
do de órgão administrativo, para fazê-lo em trinta dias. tórias", visando a regular duas matérias.
Agosto de 200 I DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-Icira 31 40881
2. A primeira delas é o incidente de constitucio- tiva à proposta de emenda à constituição que "Acres-
nalidade, que, nos termos do § 5° do art. 103 da Cons- centa o § 5° ao art. 103 e o art. 84 ao Ato das Disposi-
tituição, ora sugerido, permitirá ao Supremo Tribunal ções Constitucionais Transitórias".
Federal, acolhendo incidente de constitucionalidade Atenciosamente, - Pedro Parente, Chefe da
proposto por pessoas ou entidades legitimadas para Casa Civil da Presidência da República.
a ação direta de inconstitucionalidade, determinar,
em casos de reconhecida relevância, a suspensão de PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUiÇÃO
todos os processos em curso perante qualquer juízo N° 407, DE 2001
ou tribunal, para proferir decisão que verse exclusiva- (Do Poder Executivo)
mente sobre matéria constitucional suscitada, a qual MENSAGEM N° 696/01
terá eficácia contra todos e efeito vinculante.
3. Essa proposição se justifica em face da fre- Acrescenta art. 84 ao Ato das Dispo-
qüente ocorrência de situações nas quais o controle sições Constitucionais Transitórias.
difuso em matéria tributária tem produzido desequilí- (À Comissão de Constituição e Justiça
brio entre contribuintes que se encontram em posição e de Redação.)
de igualdade. Não se pretende acabar com o controle
difuso, mas tão-somente permitir que as pessoas e As Mesas da Câmara dos Deputados e do Se-
entidades legitimadas nos termos do art. 103 da nado Federal, nos termos do § 3° do art. 60 da
Constituição possam acionar diretamente o Supremo Constituição Federal, promulgam a seguinte emen-
Tribunal Federal, com vistas à uniformização de en- da ao texto constitucional:
tendimento sobre matéria constitucional que tenha Art. 1° É acrescentado ao Ato das Disposições
sido objeto de controvérsia em qualquer juízo ou tri-
Constitucionais Transitórias da Constituição Federal o
bunal. seguinte art. 84:
4. Entretanto, a proposição não deve ficar restri-
"Art. 84. A Contribuição Provisória sobre Movi-
ta a matéria tributária, tendo em vista que existem ou-
mentação ou Transmissão de Valores e de Créditos e
tras situações de reconhecida relevância que mere-
Direitos de Natureza Financeira, prevista nos arts. 74,
cem igual tratamento processual.
75 e 80, I, do Ato das Disposições Constitucionais
5. A segunda matéria proposta consiste na pror-
Transitórias, será cobrada até 31 de dezembro de
rogação do prazo de vigência da contribuição provisó-
2004, ficando prorrogada, até essa data, a vigência
ria sobre movimentação ou transmissão de valores e
da Lei n° 9.311, de 24 de outubro de 1996:'
de créditos e direitos de natureza financeira (CPMF),
que, de acordo com as regras atuais, se encerra em Art. 2° Esta emenda constitucional entra em vi-
julho de 2002. Esse termo final de vigência, que se ve- gor na data de sua publicação.
rifica na metade do exercício fiscal, produziria enorme Brasília, 23 de agosto de 2001.
desarranjo na administração do gasto público federal.
Em virtude disso que se propõe prorrogar a cobrança LEGISLAÇÃO CITADA ANEXADA PELA
da referida contribuição até final de 2004, metade do COORDENAÇÃO DE ESTUDOS LEGISLATIVOS -
próximo período governamental, com tempo suficien- CEDI
te para que se promovam as necessárias compensa-
CONSTITUiÇÃO
ções fiscais, do lado da receita ou do gasto público.
DA
Respeitosamente, - Pedro Sampaio Malan, Mi-
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASil
nistro de Estado da Fazenda.
1988
Aviso n° 757 - C. Civil
Brasília, 29 de junho de 2001
A Sua Excelência o Senhor TíTULO IV
Deputado Severino Cavalcanti Da Organização dos Poderes
Primeiro Secretário da Câmara dos Deputados
Brasília - DF
Senhor Primeiro Secretário, CAPíTULO I
Encaminho a essa Secretaria Mensagem do Do Poder legislativo
Excelentíssimo Senhor Presidente da República rela-
40882 S~xla-rcira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2001
Seção VIII • § 1° acrescido pela Emenda Constitucional n° 12, de
15-8-1996.
Do Processo Legislativo
§ 2° A contribuição de que trata este artigo não
se aplica o disposto nos arts. 153, § 5° e 154, I, da
Constituição.
Subseção 11 • § 2° acrescido pela Emenda Constitucional n° 12, de
Da Emenda à Constituição 15-8-1996.
§ 3° O produto da arrecadação da contribuição
Art. 60. A Constituição poderá ser emendada
de que trata este artigo será destinado integralmente
mediante proposta: ao Fundo Nacional de Saúde, para financiamento das
1- de um terço, no mínimo, dos membros da Câ- ações e serviços de saúde.
mara dos Deputados ou do Senado Federal; • § 3° acrescido pela Emenda Constitucional nO 12, de
11 - do Presidente da República; 15-8-1996

111- de mais da metade das Assembléias Legis- § 4° A contribuição de que trata este artigo terá
lativas das unidades da Federação, manifestando-se, sua exigibilidade subordinada ao disposto no art. 195,
cada uma delas, pela maioria relativa de seus mem- § 6°, da Constituição, e não poderá ser cobrada por
bros. prazo superior a dois anos.
• § 4° acrescido pela Emenda Constitucional n° 12, de
§ 1° A Constituição não poderá ser emendada 15-8-1996.
na vigência de intervenção federal, de estado de dete- Art. 75. É prorrogada, por trinta e seis meses, a
saoudee~adodesn~. cobrança da contribuição provisória sobre movimen-
§ 2° A proposta será discutida e votada em cada tação ou transmissão de valores e de créditos e direi-
Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, consi- tos de natureza financeira de que trata o art. 74, insti-
derando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quin- tuída pela Lei n° 9.311, de 24 de outubro de 1996, mo-
tos dos votos dos respectivos membros. dificada pela Lei n° 9.539, de 712 de dezembro de
§ 3° A emenda à Constituição será promulgada 1997, cuja vigência é também prorrogada por idêntico
pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado prazo.
Federal, com o respectivo número de ordem. • Artigo, caput, acrescido pela Emenda Constitucional n°
21, de 18-3-1999.
§ 4° Não será objeto de deliberação a proposta
§ 1° Observado o disposto no § 6° do art. 195 da
de emenda tendente a abolir:
Constituição Federal, a alíquota da contribuição será
I - a forma federativa de Estado; de trinta e oito centésimos por cento, nos primeiros
11 - o voto direto, secreto, universal e periódico; doze meses, e de trinta centésimos, nos meses sub-
111 - a separação dos Poderes; seqüentes, facultado ao Poder Executivo reduzi-Ia to-
IV - os direitos e garantias individuais. tal ou parcialmente, nos limites aqui definidos.
• § 1° acrescido pela Emenda Constitucional n° 21, de
§ 5° A matéria constante de proposta de emen- 18-3-1999.
da rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser § 2° O resultado do aumento da arrecadação,
objeto de nova proposta na mesma sessão legislati- decorrente da alteração da alíquota, nos exercícios fi-
va. nanceiros de 1999, 2000 e 2001, será destinado ao
custeio da previdência social.
• § 2° acrescido pela Emenda Constitucional nO 21, de
ATO DAS DISPOSiÇÕES CONSTITUCIONAIS
18-3-1999.
TRANSITÓRIAS
§ 3° É a União autorizada a emitir títulos da dívi-
da pública interna, cujos recursos serão destinados
Art. 74. A União poderá instituir contribuição pro- ao custeio da saúde e da previdência social, em mon-
visória sobre movimentação ou transmissão de valo- tante equivalente ao produto da arrecadação da con-
res e de créditos e direitos de natureza financeira. tribuição, prevista e não realizada em 1999.
• Artigo, caput, acrescido pela Emenda Constitucional n° • § 3° acrescido pela Emenda Constitucional n° 21, de
12, de 15-8-1996 18-3-1999.

§ 1° A alíquota da contribuição de que trata este


artigo não excederá a vinte e cinco centésimos por Art. 80. Compõem o Fundo de Combate e Erra-
cento, facultado ao Poder Executivo reduzi-Ia ou res- dicação da Pobreza:
tabelecê-Ia, total ou parcialmente, nas condições e li- I - a parcela do produto da arrecadação corres-
mites fixados em lei. pondente a um adicional de oito centésimos por cen-
Agosto de 200 I DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 31 40883
to, aplicável de 18 de junho de 2000 a 17 de junho de Art. 2° O fato gerador da contribuição é:
2002, na alíquota da contribuição social de que trata o I - o lançamento a débito, por instituição finan-
art. 75 do Ato das Disposições Constitucionais Transi- ceira, em contas correntes de depósito, em contas
tórias; correntes de empréstimo, em contas de depósito de
11 - a parcela do produto da arrecadação corres- poupança, de depósito judicial e de depósitos em
pondente a um adicional de cinco pontos percentuais consignação de pagamento de que tratam os pará-
na alíquota do imposto sobre Produtos Industrializa- grafos do art. 890 da Lei n° 5.869, de 11 de janeiro de
dos - IPI, ou do imposto que vier a substituí-lo, inci- 1973, introduzidos pelo art. 1° da Lei n° 8.951 , de 13
dente sobre produtos supérfluos e aplicável até a ex- de dezembro de 1994, junto a ela mantidas;
tinção do Fundo; 11- o lançamento a crédito, por instituição finan-
111 - o produto da arrecadação do imposto de ceira, em contas correntes que apresentem saldo ne-
que trata o art. 153, inciso VII, da Constituição; gativo, até o limite de valor de redução do saldo deve-
IV - dotações orçamentárias; dor;
V - doações, de qualquer natureza, de pessoas 111 - a liquidação ou pagamento, por instituição
físicas ou jurídicas do Pais ou do exterior; financeira, de quaisquer créditos, direitos ou valores,
VI - outras receitas, a serem definidas na regu- por conta e ordem de terceiros, que não tenham sido
lamentação do referido Fundo. creditados, em nome do beneficiário, nas contas refe-
§ 1° Aos recursos integrantes do Fundo de que ridas nos incisos anteriores;
trata este artigo não se aplica o disposto nos arts. 159 IV - o lançamento, e qualquer outra forma de
e 167, inciso IV, da Constituição, assim como qual- movimentação ou transmissão de valores e de crédito
quer desvinculação de recursos orçamentários. e direitos de natureza financeira, não relacionados
§ 20 A arrecadação decorrente do disposto no nos incisos anteriores, efetuados pelos bancos co-
inciso 11 deste artigo, no período compreendido entre merciais, bancos múltiplos com carteira comercial e
18 de junho de 2000 e o início da vigência da lei com- caixas econômicas;
plementar a que se refere o art. 79, será integralmen- V - a liquidação de operação contratadas nos
te repassada ao Fundo, preservado o seu valor real, mercados organizados de liquidação futura;
em títulos públicos federais, progressivamente resga- VI - qualquer outra movimentação ou transmis-
táveis após 18 de junho de 2002, na forma da lei. são de valores e de créditos e direitos de natureza fi-
• Artigo acrescido pela Emenda Constitucional n° 31, de nanceira que, por sua finalidade, reunindo caracterís-
14-12-2000.
ticas que permutam presumir a existência de sistema
Art. 83. Lei Federal definirá os produtos e servi-
organizado para efetivá-Ia, produza os mesmos efei-
ços supérfluos a que se referem os arts. 80, inciso 11, e
tos previstos nos incisos anteriores, independente-
82, §§ 10 e 20 .
mente da pessoa que a efetue, da denominação que
• Artigo acrescido pela Emenda Constitucional nO 31, de
14-12-2000. possa ter e da forma jurídica ou dos instrumentos utili-
zados para realizá-Ia.
LEI N° 9.311, DE 24 DE OUTUBRO DE 1996 Art. 30 A contribuição não incide:
Institui a contribuição provisória so- I - no lançamento nas contas da União, dos
bre Movimentação Ou Transmissão de Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, de suas
Valores e de Créditos e Direitos de Natu- autarquias e fundações;
reza Financeira - CPMF, e dá outras pro- 11 - no lançamento errado e seu respectivo es-
vidências. torno, desde que não caracterizem a anulação de
Art. 1° É instituída a Contribuição Provisória so- operação efetivamente contratada, bem como no lan-
bre Movimentação ou Transmissão de Valores e de çamento de cheque e documento compensável, e
Créditos e Direitos de Natureza Financeira - CPMF. seu respectivo estorno, devolvidos em conformidade
Parágrafo único. Considera-se movimentação com as normas do Banco Central do Brasil;
ou transmissão de valores e de créditos e direitos de 111 - no lançamento para pagamento da própria
natureza financeira qualquer operação liquidada ou contribuição;
lançamento realizado pelas entidades referidas no IV - nos saques efetuados diretamente nas con-
art. 2°, que representem circulação escriturai ou física tas vinculadas do Fundo de Garantia do Tempo de
de moeda, e de que resulte ou não transferência da ti- Serviço - FGTS e do Fundo de Participação
tularidade dos mesmos valores, créditos e direitos. PIS/PASEP e no saque do valor do benefício do segu-
40HH4 Sexta-feira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPlJTADOS A).íllslLl de 200 I
ro-desemprego, pago de acordo com os critérios pre- de igualdade. Não se pretende acabar com o controle
vistos no art. 50 da Lei na 7.998, de 11 de janeiro de difuso, mas tão-somente permitir que as pessoas e
1990; entidades legitimadas nos termos do art. 103 da
V - sobre a movimentação financeira ou trans- Constituição possam acionar diretamente o Supremo
missão de valores e de créditos e direitos de natureza Tribunal Federal, com vistas à uniformização de en-
financeira das entidades beneficentes de assistência tendimento sobre matéria constitucional que tenha
social, nos termos do § 7 0 do art. 195 da Constituição sido objeto de controvérsia em qualquer juízo ou tri-
Federal. bunal.
Parágrafo único. O Banco Central do Brasil, no 4. Entretanto, a proposição não deve ficar restri-
exercício de sua competência, poderá expedir nor- ta a matéria tributária, tendo em vista que existem ou-
mas para assegurar o cumprimento do disposto neste tras situações de reconhecida relevância que mere-
artigo, objetivando, inclusive por meio de documenta- cem igual tratamento processual.
ção específica, a identificação dos lançamentos obje- 5. A segunda matéria proposta consiste na pror-
to da não-incidência. rogação do prazo de vigência da contribuição provisó-
ria sobre movimentação ou transmissão de valores e
de créditos e direitos de natureza financeira (CPMF),
que, de acordo com as regras atuais, se encerra em
MENSAGEM N° 696 julho de 2002. Esse termo final de vigência, que se ve-
Senhores Membros do Congresso Nacional, rifica na metade do exercício fiscal, produziria enorme
desarranjo na administração do gasto público federal.
Nos termos do art. 60, inciso 11, da Constituição
Federal, submeto à elevada deliberação de Vossas Em virtude disso que se propõe prorrogar a cobrança
da referida contribuição até final de 2004, metade do
Excelências o texto da proposta de emenda à consti-
tuição que "acrescenta o § 50 ao art. 103 e o art, 84 ao próximo período governamental, com tempo suficien-
Ato das Disposições Constitucionais Transitórias". te para que se promovam as necessárias compensa-
ções fiscais, do lado da receita ou do gasto público.
Brasília, 29 de junho de 2001 . - Fernando Hen-
Respeitosamente, - Pedro Sampaio Malan,
rique Cardoso.
Ministro de Estado da Fazenda.
MF N° 117-EM PEC ALT ART 103, 153 E 84
Aviso na 757 - C. Civil
CONST
Brasília, 29 de junho de 2001
Brasília, 29 de junho de 2001
A Sua Excelência o Senhor
Excelentíssimo Senhor Presidente da República,
Deputado Severino Cavalcanti
Tenho a honra de submeter à apreciação de Primeiro-Secretário da Câmara dos Deputados
Vossa Excelência a inclusa Proposta de Emenda Brasília - DF
Constitucional, que "acrescenta o § 50 ao art. 103 e o
art. 84 ao Ato das Disposições Constitucionais Transi- Senhor Primeiro-Secretário,
tórias", visando à regular duas matérias. Encaminho a essa Secretaria Mensagem do
2. A primeira delas é o incidente de constitucio- Excelentíssimo Senhor Presidente da República rela-
nalidade, que, nos termos do § 50 do art. 103 da Cons- tiva à proposta de emenda à constituição que "acres-
tituição, ora sugerido, permitirá ao Supremo Tribunal centa o § 50 ao art. 103 e o art. 84 ao Ato das Disposi-
Federal, acolhendo incidente de constitucionalidade ções Constitucionais Transitórias".
proposto por pessoas ou entidades legitimadas para Atenciosamente, - Pedro Parente, Chefe da
a ação direta de inconstitucionalidade, determinar, Casa Civil da Presidência da República.
em casos de reconhecida relevância, a suspensão de
PROJETO DE LEI N° 5.090, DE 2001
todos os processos em curso perante qualquer juízo
(Do Sr. José Carlos Coutinho)
ou tribunal, para proferir decisão que verse exclusiva-
mente sobre matéria constitucional suscitada, a qual Regulamenta a realização de exa-
terá eficácia contra todos e efeito vinculante. mes para o diagnóstico de hemoglobino-
3. Essa proposição se justifica em face da fre- patias e assistência aos portadores, e dá
qüente ocorrência de situações nas quais o controle outras providências.
difuso em matéria tributária tem produzido desequilí- (Apense-se ao Projeto de Lei na 2.942,
brio entre contribuintes que se encontram em posição de 1997)
Agosto de 200 I DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Scxta-Icira 31 40885
o Congresso Nacional decreta: globina) na regulamentação do teste do pezinho em
Art. 10 Os estabelecimentos de saúde públicos neonatos;
ou privados que realizarem partos, devem efetuar V - estabelecimentos de intercâmbio entre uni-
exames laboratoriais nos recém-nascidos para diag- versidades, hospitais, centros de saúde, clínicas e as-
nóstico de hemoglobinopatias, em especial o traço sociações de doenças de anemia falciforme visando o
falciforme e a anemia falciforme. desenvolvimento de pesquisas e instituições de pro-
Art. 20 O SUS - Sistema Único de Saúde deve gramas de diagnóstico e assistência aos portadores
imbuir o pagamento dos exames citados no primeiro de doenças falciforme;
artigo em sua tabela de procedimentos. VI- ações educativas em todos os níveis do sis-
Art. 3° Os gestores municipais ou estaduais do tema de saúde.
SUS devem organizar serviços de assistência e Art. 5° Esta lei entra em vigor na data da sua pu-
acompanhamento de pessoas portadoras do traço blicação.
falciforme e crianças com diagnósticos positivo de
anemia falciforme mediante: Justificação
I - aconselhamento genético para a comunida- No Brasil são cerca de 6 (seis) milhões de pes-
de, em especial para casais que esperam o nasci- soas saudáveis que apresentam o traço da anemia
mento do filho; falciforme. A doença falciforme é mais freqüente das
11 - acompanhamento clínico pré-natal e assis- hemoglobinopatias, estando associada a altos índi-
tência ao parto das gestantes portadoras do traço fal- ces de morbidade e mortalidade.
ciforme; A anemia falciforme é a doença genética mais
111 - medidas de prevenção de doenças nos por- freqüente no Brasil e atinge principalmente o grupo
tadores garantindo vacinação e toda a mediação ne- étnico negro.
cessária; Essa anemia causa crises dolorosas internas,
IV - assistência integral e acompanhamento da principalmente nas grandes articulações, retardo no
doença falciforme nas unidades de atendimento am- crescimento, atraso puberal, infertilidade entre outras
bulatorial especializado; manifestações gravíssimas.
V - integração na comunidade dos suspeitos e No entanto como mostram as experiências de
dos portadores de doenças falciforme a fim de promo- outros países, como o devido acompanhamento e as-
ver, recuperar e manter condições de vida sadia aos sistência médica, os doente podem ter uma sobrevida
portadores de hemoglobinopatias. bem maior, incorporados ao cotidiano das comunida-
VI- realização de levantamento epidemiológico des e com alívio no intenso sofrimento causado pela
em sua localidades, através de rastreamento neona- doença.
tal, para avaliação da magnitude do problema e plano Sala das Sessões, 14 de agosto de 2001. -
de ação com as respectivas soluções; Deputado José Carlos Coutinho
VII - cadastramento de portadores do traço fal- PROJETO DE LEI N° 5.092, DE 2001
ciforme. (Do Sr. José Carlos Coutinho)
Art. 4° O gestor federal do SUS deve proporcio-
Altera os arts. 163 e 165 do Decre-
nar mediante ações dos seus órgãos, o seguinte:
to-Lei n° 2.848, de 7 de dezembro de 1940
1- incentivo à pesquisa, ao ensino e ao aprimo-
- Código Penal Brasileiro.
ramento científico e terapêutico na área de hemoglo-
(Apense-se ao Projeto de Lei n° 3.187,
binopatias;
de 1997)
11 - instituição de estudos epidemiológicos para
identificar a magnitude do quadro de portadores de O Congresso Nacional decreta:
traço falciforme e de doença falciforme no território Art. 10 Os arts. 163 e 165 do Decreto-Lei n'
nacional; 2.848, de 7 de dezembro de 1940, passam a vigorar
111 - sistematização de procedimentos e coope- com a seguinte redação:
ração técnica aos estados e municípios para implan- "Art. 163. Demolir, danificar, estragar, macular,
tação de diagnóstico e assistência integral e multidis- contaminar ou degradar bem alheio:
ciplinar para os portadores de doenças falciforme; Pena
IV - inclusão do exame que diagnóstica preco-
cemente a doença falciforme (eletroforese de hemo- Parágrafo único. Se o crime é praticado:
40886 Sexla-fcira 31 I)IARIO DA CÂMAI{A DOS DEPUTADOS Agosto de 2001
1- privativa da liberdade em restritiva da mesma, como
11 - com aplicação de instrumento mecânico ou norma do artigo 44 do Código Penal.
de substância inflamável ou explosiva, se o fato não Esta medida amedrontará e freará a prática
constitui crime de maior gravidade; cada vez mais freqüente dessas pichações.
111 - contra bem de uso comum do povo ou do Ante ao exposto, conto com a aprovação dos
patrimônio da União, Estados, Distrito Federal, Muni- iluslres pares para esta proposta.
cípios, empresas concessionárias de serviços públi- Sala das Sessões, 14 de agosto de 2001. -
cos, sociedade de economia mista, fundação ou au- Deputado José Carlos Coutinho, PFl - RJ.
tarquia;
IV - por razão filáucia, com o fim de lucro ou LEGISLAÇÃO CITADA ANEXADA PELA
com prejuízo considerável para a vítima; COORDENAÇÃO DE ESTUDOS LEGISLATIVOS -
CeDI
V - contra bem especialmente protegido;
VI - com emprego de qualquer tipo de tinta, pi- DECRETO-LEI W 2.848, DE 7 DE DEZEMBRO DE
che ou produto semelhante; 1940
Pena - detenção de 1 (um) a 3 (três) anos, e
Código Penal
multa, afora a pena correspondente à violência e à
grave ameaça. PARTE GERAL
§ 2° Se, na suposição do inciso 111 do parágrafo
anterior, o dano, além de irreversível, é exlenso ou de
grande valor: TíTULO V
Pena - detenção de 2 (dois) a 3 (três) anos e Das Penas
multa, além da pena correspondente à violência e à
CAPíTULO I
grave ameaça.
Das Espécies de Pena
§ 3° Incide nas mesmas penas do disposto ante-
riormente quem demole, danifica, estraga, macula,
contamina ou degrada bem especialmente pro- Seção 11
tegido, sem licença da autoridade competente." Das Penas Restritivas de Direitos
"Art. 165. Demolir, danificar, estragar, macular,
contaminar, degradar, modificar ou fazer desaparecer Art. 44. As penas restritivas de direitos são autô-
bem tombado ou em processo de tombamento: nomas e substituem as privativas de liberdade, quan-
do:
Pena - detenção de 1 (um) a 2 (dois) anos e • Artigo, caput, com redação dada pela Lei nO 7.209, de 11
multa. de julho de 1984.
Parágrafo único. Se o dano é: I - aplicada pena privativa de liberdade não su-
1- extenso, de grande monta, ou irreversível; perior a 4 (quatro) anos e o crime não for cometido
11 - cometido com fim de lucro: com violência ou grave ameaça à pessoa ou, qual-
Pena - detenção de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e quer que seja a pena aplicada, se o crime for culposo;
multa." • Inciso I com redação dada pela Lei n° 9.714, de
25-11-1998.
Art. 2° Esta lei entra em vigor na data de sua pu-
11 - O réu não for reincidente em crime doloso;
blicação. • Inciso 1/ com redação dada pela Lei n° 9.714, de
25-11-1998.
Justificação
111- a culpabilidade, os antecedentes, a conduta
Um dos fatos mais tristes que vêm acontecendo social e a personalidade do condenado, bem como os
contra nossas cidades é sem dúvida alguma a picha- motivos e as circunstâncias indicarem que essa subs-
ção de muros, paredes, prédios particulares e monu- tituição seja suficiente.
mentos tombados pelo Patrimônio Histórico. • Inciso 1/1 com redação dada pela Lei nO 9.714, de
Não é possível continuar a assistir esses atos, 25-11-1998.
que prejudicam nossos bens. É necessário coibir es- § 1° (Vetado.)
sas condutas, aplicando penalidades bastante rigoro- § 2° Na condenação igualou inferior a 1 (um)
sas. Embora a presente proposta penalize tais com- ano, a substituição pode ser feita por multa ou por
portamentos, a mesma dá ao juiz pretexto de que, ao uma pena restritiva de direitos; se superior a 1 (um)
condenar os pichadores, venha a transformar a pena ano, a pena privativa de liberdade pode ser substituí-
Agosto de 200 I DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-tCira 31 40887
da por uma pena restritiva de direitos e multa ou por Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos,
duas restritivas de direitos. e mu~a, além da pena correspondente à violência.
• § 2 0 acrescido pela Lei na 9. 714, de 25-11-1998.
- Introdução ou abandono de animais em propri-
§ 3° Se o condenado for reincidente, o juiz pode-
rá aplicar a substituição, desde que, em face de con-
edade alheia
denação anterior, a medida seja socialmente reco- Art. 164. Introduzir ou deixar animais em propri-
mendável e a reincidência não se tenha operado em edade alheia, sem consentimento de quem de direito,
virtude da prática do mesmo crime. desde que do fato resulte prejuízo:
• § 3 0 acrescido pela Lei n° 9. 714, de 25-11-1998. Pena - detenção, de 15 (quinze) dias a 6 (seis)
§ 4° A pena restritiva de direitos converte-se em meses, ou multa.
privativa de liberdade quando ocorrer o descumpri- - Dano em coisa de valor artístico, arqueológico
mento injustificado da restrição imposta. No cálculo ou histórico
da pena privativa de liberdade a executar será deduzi-
Art. 165. Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa
do o tempo cumprido da pena restritiva de direitos, tombada pela autoridade competente em virtude de
respeitado o saldo mínimo de 30 (trinta) dias de de-
valor artístico, arqueológico ou histórico:
tenção ou reclusão.
• § 4 0 acrescido pela Lei na 9.714. de 25-11-1998. Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois)
§ 5° Sobrevindo condenação à pena privativa de anos, e multa.
liberdade, por outro crime, o juiz da execução penal - Alteração de local especialmente protegido
decidirá sobre a conversão, podendo deixar de apli- Art. 166. Alterar, sem licença da autoridade
cá-Ia se for possível ao condenado cumprir a pena competente, o aspecto de local especialmente prote-
substitutiva anterior. gido por lei:
• § 50 acrescido pela Lei nO 9. 714, de 25-11-1998.
Pena - detenção, de 1 (um) mês a 1 (um) ano,
ou multa.
PARTE ESPECIAL

TíTULO II PROJETO DE LEI N° 5.115, DE 2001


Dos Crimes Contra o Patrimônio (Do Sr. José Carlos Coutinho)
Altera o artigo 289 do Código Penal
- Decreto-Lei n° 2.848, de 7 de dezembro
CAPíTULO IV de 1940.
Do Dano (Apense-se ao Projeto de lei n° 2.982,
de 2000)
- Dano
Art. 163. Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa o Congresso Nacional decreta:
alheia: Art. 1° O artigo 289 do Decreto-lei n° 2.848, de 7
Pena - detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou de dezembro de 1940, passa a vigorar com a seguinte
multa. redação:
"Art. 289. Falsificar, fabricando-a ou modifican-
- Dano qualificado do-a, moeda metálica, papel-moeda ou moeda de
Parágrafo único. Se o crime é cometido: plástico (polímero), de uso legal no país ou no estran-
I - com violência à pessoa ou grave ameaça; geiro."
11 - com emprego de substância inflamável ou Art. 2° Esta lei entra em vigor na data de sua pu-
explosiva, se o fato não constitui crime mais grave; blicação.
111- contra o patrimônio da União, Estado, Muni- Justificação
cípio, empresa concessionária de serviços públicos
ou sociedade de economia mista; O preceito legal previsto no artigo 289 do Decre-
• Inciso 111 com redação determinada pela Lei na 5.346, de to-lei nO 2.848, de 7 de dezembro de 1940, fixa o cri-
3 de novembro de 1967. me de fabricação ou alteração do papel-moeda ou
IV - por motivo egoístico ou com prejuízo consi- moeda metálica de uso legal no País, conseqüente-
derável para a vítima: mente atípico sob o ponto de vista criminal.
40888 Sêxla-lCira 31 DIÁRIO DA CÁMARA DOS DEI'lJTA\)OS AgOstll dê 20() I
No Brasil não se tinha conhecimento de falsifica- onário público ou diretor, gerente ou fiscal de banco
ções do papel-moeda há 30 anos, ou seja, desde a de emissão que fabrica, emite ou autoriza a fabrica-
mudança do antigo cruzeiro para cruzeiro novo, ocor- ção ou emissão:
rida em 1967. I - de moeda com título ou peso inferior ao de-
Agora, somos surpreendidos com a falsificação terminado em lei;
do papel-mc.eda. É claro que a estabilidade econômi- 11 - de papel-moeda em quantidade superior à
ca criou um campo fértil para essa atividade delituo- autorizada.
sa. Em uma economia estável, a cunhagem de moe- § 4° Nas mesmas penas incorre quem desvia e
das pode e deve ser mais sofisticada, a exemplo de faz circular moeda, cuja circulação não estava ainda
um grande número de países que já cunham grande autorizada.
parte de suas moedas, principalmente as de maior
Crimes assimilados ao de moeda falsa
valor, em vários tipos de metais e em tipos especiais
Art. 290. Formar cédula, nota ou bilhete repre-
de papéis. Contudo, já é hora de aperfeiçoá-Ias.
sentativo de moeda com fragmentos de cédulas, no-
Sob este aspecto, a circulação da nova cédula,
tas ou bilhetes verdadeiros; suprimir em nota, cédula
a exemplo do papel-moeda e da moeda metálica,
ou bilhete recolhidos, para o fim de restituí-los à circu-
deve garantir ao Poder Público a condição legal de
lação, sinal indicativo de sua inutilização; restituir à
punir possíveis falsificações deste valor monetário.
circulação cédula, nota ou bilhete em tais condições,
Sala das Sessões, 15 de agosto de 2001. - ou já recolhidos para o fim de in utilização:
Deputado José Carlos Coutinho, PFl - RJ. Pena - reclusão de dois a oito anos, e multa, de
LEGiSLAÇÃO CITADA ANEXADA PELA dois a dez contos de réis.
COORDENAÇÃO DE ESTUDOS LEGISLATIVOS - Parágrafo único. O máximo da reclusão é eleva-
CeDI do a doze anos e o da multa a vinte contos de réis, se
DECRETO-LEI N° 2.848, o crime é cometido por funcionário que trabalha na re-
DE 7 DE DEZEMBRO DE 1940 partição onde o dinheiro se achava recolhido, ou nela
tem fácil ingresso, em razão do cargo.
Código Penal.
O Presidente da República, usando da atribui-
ção que lhe confere o art. 180 da Constituição, decre- PROJETO DE LEI N° 5.165, DE 2001
ta a seguinte lei: (Do Sr. José Carlos Coutinho)
TíTULO X Modifica a Lei n° 8.069, de 13 de ju-
Dos Crimes Contra a fé Pública lho de 1990, que estabelece o Estatuto da
CAPíTULO I Criança e do Adolescente, e dá outras
Da Moeda Falsa providências.
(Apense-se ao Projeto de lei n° 2.129,
Moeda falsa
de 1996)
Art. 289. Falsificar, fabricando-a ou alterando-a,
moeda metálica ou papel-moeda de curso legal no O Congresso Nacional decreta:
país ou no estrangeiro: Art. 1° Os artigos 77,78,241,242,243,244 e
Pena - reclusão, de três a doze anos, e multa, 250, da lei n° 8.069, de 13 de julho de 1990, passam
de dois a quinze contos de réis. a vigorar com a seguinte redação:
§ 1 Nas mesmas penas incorre quem, por con-
0
"Art. 77 .
ta própria ou alheia, importa ou exporta, adquire, ven- § 1° É proibido o fornecimento, a crianças e ado-
de, troca, cede, empresta, guarda ou introduz na cir- lescentes, ainda que gratuitamente, de forma direta ou
culação moeda falsa. indireta, de fita que contenha material pornográfico.
§ 2° Quem, tendo recebido de boa-fé, como ver- § 2° Essas fitas que fazem alusão à pornografia
dadeira, moeda falsa ou alterada, a restitue à circula- deverão exibir, no invólucro, informações sobre a na-
ção, depois de conhecer a falsidade, é punido com tureza da obra e a faixa etária a que se destinam, bem
detenção, de seis meses a dois anos, e multa, de qui- como a proibição prevista no parágrafo anterior."
nhentos mil réis a cinco contos de réis. "Art. 78. É vedada a venda ou fornecimento de
§ 3° É punido com reclusão, de três a quinze revistas e publicações contendo material impróprio ou
anos, e multa, de cinco a vinte contos de réis, o funci- inadequado, a criança ou adolescente, especialmen-
AgOSk> de 200\ DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-leira 31 401:\89
te as que contenham cenas de violência e pornografia "Art. 244. Guarnecer, ministrar ou entregar, a
em geral. qualquer título, ainda que gratuitamente, a criança e
§ 1° As editoras cuidarão para que as capas que adolescente:
contenham mensagens pornográficas ou obscenas I - bebidas alcoólica;
sejam protegidas com embalagens opacas e lacradas 11 - Revistas e publicações contendo material
para sua comercialização, contendo advertência de pornográfico ou inadequado à sua idade, e
seu conteúdo. 111 - cigarros e congêneres.
§ 2° A infração disposta no parágrafo primeiro Pena - detenção de 1 (um) a 6 (seis) meses ou
sujeitará a editora responsável ao pagamento de muI- multa, duplicando-se a pena em caso de reincidência,
ta equivalente a R$250,00 (duzentos e cinqüenta rea- sem prejuízo do fechamento do estabelecimento até 15
is), reajustados pelo índice oficial de atualização mo- (quinze) dias, se o fato não constitui crime mais grave."
netária vigente à época, por exemplar não embalado "Art. 250. Permitir ao responsável pelo estabele-
adequadamente." cimento afixar, em local de destaque, aviso de orien-
tação ao público dos crimes capitulados nos artigos
"Art. 241. Reproduzir, fotografar ou publicar ce-
242, 243 e 244 desta lei.
nas de sexo explícito ou pornográfico, envolvendo cri-
Pena - detenção de 1 (um) a 3 (três) meses e
ança ou adolescente, por qualquer meio de transmis-
multa."
são de imagens, inclusive o computador, responsabi-
Art. 2° O Título VII do Capítulo 1 da Seção 11 da
lizando-se todos os que colaborarem.
Lei n08.069, de 13 de julho de 1990, passam a viger
Pena - reclusão de um a quatro anos." adicionado do seguinte artigo:
"Art. 242. Guarnecer, ministrar ou entregar, a "Art. 244-A. Forçar, induzir, constranger ou insti-
qualquer título, a criança e/ou adolescente ainda que gar, por qualquer meio, criança ou adolescente à prá-
gratuitamente: tica de crime.
1- armas de fogo munições ou explosivos; Pena - reclusão de 1 (um) a 4 (quatro) anos."
11- fogos de estampido e de arfício, salvo aque- Art. 3° Ficam revogados aos artigos 80 a 82, da
les que pelo seu reduzido potencial sejam incapazes Lei n° 8.069, de 13 de julho de 1990.
de provocar qualquer dano físico em caso de utiliza- Art. 4° Esta Lei entra em vigor na data de sua pu-
ção indevida. blicação.
Pena - detençaõ de 6 (seis) meses a 2 (dois) Justificação
anos e multa se fato não constitui crime mais grave, A Lei n° 8.069, de 13 de julho de 1990, que insti-
sem prejuízo do fechamento do estabelecimento por tui o Estatuto da Criança e do Adolescente até o pre-
até 30 (trinta) dias." sente momento não proporciona um amparo comple-
"Art. 243. Consentir com a entrada, hospeda- to a esses jovens, sem os protegêlos de espetáculos
gem ou permanência de crianças e adolescentes em: pornográficos ou de sexo explícito e contra todas as
formas de tabagismos.
I - hotel, pensão ou estabelecimento congêne-
re, exceto autorizado ou acompanhado pelos pais ou O abuso do sexo e da pornografia é freqüente-
responsáveis; mente exibido sem nenhum tipo de controle. Com a
presente proposição busco reprimir de forma conclu-
11 - casas noturnas ou de diversão, de qualquer siva àqueles que, de qualquer maneira, se valem das
natureza, exceto se autorizado pelo Juiz da Vara da crianças e dos adolescentes com o propósito de al-
Criança e do Adolescentes ou do Conselho Tutelar; cançarem um desiderato criminoso.
111 - motéis, estabelecimentos ou locais em que Acima de tudo essa proposição visa um objetivo
se pratiquem ou exibam espetáculos ou cenas de nu- simples tentar impedir a prostituição e o abuso da cri-
dez, sexo explícito ou pornografia;
ança e do adolescente, seja em bancas de revistas,
IV - estabelecimentos comerciais, que possu- locadoras de vídeos, bares onde são fornecidos ma-
am mesa de bilhar, sinuca ou congêneres, casas de térias impróprios para menores.
jogos e bingos. Torna-se necessário que o Estado, Ilustres Pa-
Pena - detenção de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou res, estabeleça medidas que coloquem fim a este tipo
multa, duplicando-se a pena em caso de reincidência, violação dos direitos da criança e do adolescente.
sem prejuízo do fechamento do estabelecimento por até Sala das Sessões, 21 de agosto de 2001. - De-
15 (quinze) dias, se o ato não constnui crime mais grave." putado José Carlos Coutinho, PFL - RJ.
408'JO Sex la-feira 31 J)IÍ\RIO DA CÀMARA DOS DEPUTADOS AgUSIO de 200 I
LEGISLAÇÃO CITADA ANEXADA PELA Seção 11
COORDENAÇÃO DE ESTUDOS LEGISLATIVOS - Dos Produtos e Serviços
CeDI
Art. 81. É proibida a venda à criança ou ao ado-
LEI N°S.069, DE 13 DE JULHO DE 1990 lescente de:
Dispõe sobre o Estatuto da Criança 1- armas, munições e explosivos;
e do Adolescente, e dá outras providên- 11- bebidas alcoólicas;
cias.
111 - produtos cujos componentes possam cau-
Livro I sardependência fisíca ou psiquica ainda que por utili-
zação indevida;
PARTE GERAL
IV - fogos de estampido e de artificio, exceto
aqueles que pelo seu reduzido potencial sejam inca-
pazes de provocar qualquer dano fisico em caso de
TíTULO 111
utilização indevida;
Da Prevenção
V - revistas e publicações a que alude o art. 78;
VI - bilhetes lotéricos e equivalentes.
CAPíTULO 11 Art. 82. É proibida a hospedagem de criança ou
Da Prevenção Especial adolescente em hotel, motel, pensão ou estabeleci-
Seção I mento congênere, salvo se autorizado ou acompa-
Da Informação, Cultura, Lazer, Esportes, nhado pelos pais ou responsável.
Diversões e Espetáculos
Art. 77. Os proprietários, diretores, gerentes e LIVRO 11
funcionários de empresas que explorem a venda ou Parte Especial
aluguel de fitas de programação em vídeo cuidarão
para que não haja venda ou locação em desacordo
com a classificação atribuida pelo órgão competente. TíTULO VII
Parágrafo único. As fitas a que alude este artigo Dos Crimes e das Infrações Administrativas
deverão exibir, no invólucro, informação sobre a natu-
reza da obra e a faixa etária a que se destinam. CAPíTULO I
Art. 78. As revistas e publicações contendo ma-
Dos Crimes
terial impróprio ou inadequado a crianças e adoles·
centes deverão ser comercializadas em embalagem
Seção 11
lacrada, com a advertência de seu conteúdo.
Dos Crimes em Espécie
Parágrafo único. As editoras cuidarão para que
as capas que contenham mensagens pornográfiças
ou obscenas sejam protegidas com embalagem opa- Art. 241. Fotografar ou publicar cena de sexo ex-
ca. plicito ou pornográfica envolvendo criança ou adoles-
Art. 79. As revistas e publicações destinadas ao cente:
público infanto-juvenil não poderão conter ilustrações, Pena - reclusão de 1 (um) a 4 (quatro) anos.
fotografias. legendas, crõnicas ou anúncios de bebi-
das alcoólicas, tabaco, armas e munições, e deverão Art. 242. Vender, fornecer ainda que gratuita-
respeitar os valores éticos e sociais da pessoa e da mente ou entregar, de qualquer forma, a criança ou
adolescente, arma, munição ou explosivo:
família.
Art. 80. Os responsáveis por estabelecimentos Pena - detenção de 6 (seis) meses a 2 (dois)
que explorem comercialmente bilhar, sinuca ou con- anos, e multa.
gênere ou por casas de jogos, assim entendidas as Art. 243. Vender, fornecer ainda que gratuita-
que realizem apostas, ainda que eventualmente, cui- mente, ministrar ou entregar, de qualquer forma, a
darão para que não seja permitida a entrada e a per- cnança ou adolescente, sem justa causa, produtos
manência de criança e adolescentes no local, afixan- cujos componentes possam causar dependência fisi-
do aviso para orientação do público. ca ou psíquica, ainda que por utilização indevida:
Agosto de 2001 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 31 40891
Pena - detenção de 6 (seis) meses a 2 (dois) PROJETO DE lEI N° 5.184, DE 2001
anos, e multa, se o fato não constitui crime mais gra- (Do Sr. Salomão Gurgel)
ve.
Concede anistia e permite a renego-
Art. 244. Vender, fornecer ainda que gratuitan- ciação das dívidas oriundas dos financia-
tente ou entregar, de qualquer forma, a criança ou mentos concedidos pelo Banco do Nor-
adolescente fogos de estampido ou de artificio, exce- deste do Brasil - BNB, aos mini, peque-
to aqueles que, pelo seu reduzido potencial, sejam in- nos e médios produtores rurais.
capazes de provocar qualquer dano fisico em caso de (Apense-se Ao Projeto de Lei n° 4.053,
utilização indevida: de 1998)
Pena - detenção de 6 (seis) meses a 2 (dois)
anos, e multa. o Congresso Nacional decreta:
Art. 244-A. Submeter criança ou adolescente, Art. 1° - Esta lei aplica-se aos mini, pequenos e
como tais definidos no caput do art. 2° desta Lei, à médios produtores rurais da área do semi árido do
prostituição ou à exploração sexual: Nordeste afetada pela seca, que tenham contraído
empréstimo para custeio agrícola e/ou para investi-
"Pena - reclusão de quatro a dez anos, e multa. mento rural junto ao Banco do Nordeste do Brasil -
§ 1° incorrem nas mesmas penas o proprietário, BNB, cujo vencimento se dê até a data de sua publi-
o gerente ou o responsável pelo local em que se veri- cação.
fique a submissão de criança ou adolescente às práti- Art. 2° - Será assegurada a quitação integral
cas referidas no caput" deste artigo." para empréstimos contraídos até o valor de
§ 2° Constitui efeito obrigatório da condenação R$30.000,00 (trinta mil reais).
a cassação da licença de localização e de funciona- Art. 3° - Será assegurado o refinanciamento da
mento do estabelecimento. dívida compreendida entre os valores de
• Artigo, caput, acrescido pela Lei n° 9. 975, de 23-6-2000.
R$30.001,00 (trinta mil e um reais) a R$100.000,00
(cem mil reais).
CAPíTULO 11 § 1° - A liquidação da dívida refinanciada será
Das Infrações Administrativas e das Disposições efetuada em até 10 (dez) anos, com 2 (dois) anos de
Finais e Transitórias carência, incidindo juros de até 9% (nove por cento)
ao ano sobre o montante do saldo devedor à época
do respectivo vencimento, vedada a incidência de
Art. 245. Deixar o médico, professor ou res- qualquer outro encargo financeiro.
ponsável por estabelecimento de atenção à saúde e Art. 4° - O Banco do Nordeste do Brasil- BNB,
de ensino fundamental, pré-escola ou creche. de será ressarcido pelo Tescuro Nacional nos valores
comunicar à autoridade competente os casos de correspondentes às dívidas anistiadas.
que tenha conhecimento, envolvendo suspeita ou
§ 1° - O valor a ser indenizado será obtido pela
confirmação de maus-tratos contracriança ou ado-
lescente: correção do valor do principal, originalmente financia-
do, com aplicação das taxas de captação do recurso
Pena - multa de 3 (três) a 20 (vinte) salários de correspondente à fonte lastreadora do respectivo fi-
referência, aplicando-se o dobro em caso de reinci- nanciamento, vedada a adição de outros valores, a
dência. qualquer título.
§ 2° - Do valor a ser indenizado, conforme esta-
Art. 250. Hospedar criança ou adolescente, de- belecido no parágrafo anterior, 50% (cinqüenta par
sacompanhado dos pais ou responsável ou sem au- cento) será pago em Títulos Públicos a serem resga-
torização escrita destes, ou da autoridade judiciária, tados no prazo de até 5 (cinco) anos.
em hotel, pensão, motel ou congênere: Art. 5° - O Poder Executivo alocará no projeto
Pena - multa de 10 (dez) a 50 (cinqüenta) salári- de lei orçamentária as dotações correspondentes aos
os de referência; em caso de reincidência, a autorida- benefícios de natureza financeira decorrentes da apli-
de judiciária poderá determinar o fechamento do es- cação do disposto nesta Lei.
tabelecimento por até 15 (quinze) dias. Art. 6° - Os atos normativos relacionados à exe-
cução desta Lei serão editados no prazo máximo de
30 (trinta) dias a contar da data de sua publicação.
40892 Sexta-feira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agoslu de 20() I
. Art. 7° - Esta lei entra em vigor na data de sua a vigorar acrescida dos seguintes parágrafos ao
publicação. seu art. 23:
Art. 8° - Revogam-se as disposições em contrá- "Art. 23 .
rio.
Justificação § 4° Os serviços referidos no inciso VIII deste ar-
tigo serão obrigatoriamente faturados em nome dos
Este projeto de lei objetiva oferecer uma solução locatários, a contar do 5° dia útil do recebimento de
de caráter emergencial para os produtores rurais do comunicação do locador, documentada por cópia do
nordeste brasileiro, especialmente no universo de pe- contrato de locação pertinente ou aditivo de sua pror-
quenos e médios produtores, que nos últimos anos rogação.
tem se deparado com uma conjuntura bastante ad-
versa, a qual tem propiciado a inadimplência junto às
§ 5° A cobrança dos serviços de que trata o § 4°
passará a ser feita em nome do locador a partir da
instituições financeiras.
data de vencimento do contrato de locação ou quan-
É público e notório que o setor rural passa por
do o locador solicitar a adoção dessa providência
uma grave crise. O quadro no Nordeste é dramático.
(NR)" .
Os produtores fazem contas e o débito nunca fecha
com a produção. Art. 2° Esta lei entra em vigor na data de sua pu-
Nenhuma medida urgente é adotada. O que te- blicação.
mos observado é a desagregação da estrutura da Justificação
produção, decorrente da política econômica neolibe-
ral e do infortúnio da ação de fatores climáticos que O projeto que ora apresentamos tem por finali-
assola aquela região. dade assegurar o cumprimento das disposições da
Esta proposição visa tão-somente amenizar a Lei de Locações Urbanas (Lei nO 8.245/91) no tocante
tão famigerada crise da nossa região nordeste, agra- à responsabilidade do locatário pelo pagamento de
vada com a fome, o êxodo rural e o desemprego, pos- contas de água, luz e telefone (art. 23, VIII).
sibilitando aos mini, pequenos e médios produtores A manutenção do nome do locador nas contas
rurais uma saída para a crise. de serviços prestados a terceiros pode dar causas a
Portanto, ante o exposto e, considerando a rele- inúmeros problemas, solucionados apenas após lon-
vância do objeto deste projeto de lei, que incide tem- gas demandas judiciais, que envolvem perdas finan-
pestiva e positivamente para a resolução emergencial ceiras, dificuldades na locação de imóveis onde os
do grave problema socioeconômico enfrentado pelos serviços de que se trata tenham sido eventualmente
produtores rurais nordestinos é que reivindicamos o suspensos e abalos no conceito creditício do locador.
apoio dos Senhores Parlamentares para a sua imedi- Todos esses inconvenientes serão evitados com
ata aprovação. Sala das Sessões, 22 de agosto de a obrigatoriedade de se consignar nas contas de que
2001. - Deputado Salomão Gurgel, PDT - RN. se trata o nome do verdadeiro devedor, razão por que
contamos com o apoio dos ilustres pares na aprova-
PROJETO DE LEI N° 5.206, DE 2001 ção deste projeto.
(Do Sr. Josué Bengtson)
Sala das Sessões, 23 de agosto de 2000. - Depu-
Acrescenta novo parágrafo ao art. tado Josué Bengston.
23 da Lei n° 8.245, de 18 de outubro de
1991, que dispõe sobre as locações dos LEGISLAÇÃO CITADA ANEXADA PELA
imóveis urbanos e os procedimentos a COORDENAÇÃO DE ESTUDOS LEGISLATIVOS -
elas pertinentes, obrigando as prestado- CeDI
ras de serviços públicos telefônicos, de LEI N° 8.245, DE 18 DE OUTUBRO DE 1991.
água e energia elétrica a emitirem os do-
cumentos de cobrança em nome dos lo- Dispõe sobre as locações dos imó-
catários, quando solicitado pelo locador. veis urbanos e os procedimentos a elas
(Apense-se Ao Projeto de Lei n° 693, pertiinentes.
de 1999)
O Congresso Nacional decreta: O Presidente da República faço saber que o
Art. 1° A Lei n° 8.245, de 18 de outubro de 1.991, Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguin-
passa te lei:
Agosto de 200 I DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-Icira 31 40893
TíTULO I a) salários, encargos trabalhistas, contribuições
Da Locação previdenciárias e sociais dos empregados do condo-
CAPíTULO I mínio;
Disposições Gerais b) consumo de água e esgoto, gás, luz e força
das áreas de uso comum;
Seção IV c) limpeza, conservação e pintura das instala-
Dos Deveres do Locador e do Locatário ções e dependências de uso comum;
d) manutenção e conservação das instalações
Art. 23. O locatário é obrigado a:
e equipamentos hidráulicos, elétricos, mecânicos e
I - pagar pontualmente o aluguel e os encargos de segurança, de uso comum;
da locação, legal ou contratualmente exigíveis, no
. e) manutenção e conservação das instalações e
prazo estipulado ou, em sua falta, até o sexto dia útil equipamentos de uso comum destinados à prática de
do mês seguinte ao vencido, no imóvel locado, quan- esportes e lazer;
do outro local não tiver sido indicado no contrato;
f) manutenção e conservação de elevadores,
11 - servir-se do imóvel para uso convencionado porteiro eletrônico e antenas coletivas;
ou presumido, compatível com a natureza deste e
g) pequenos reparos nas dependências e insta-
com o fim a que se destina, devendo tratá-lo com o
lações elétricas e hidráulicas de uso comum;
mesmo cuidado como se fosse seu;
h) rateios de saldo devedor, salvo se referentes
111 - restituir o imóvel, finda a locação, no estado
a período anterior ao início da locação;
em que o recebeu, salvo as deteriorações decorren-
tes do seu uso normal; i) reposição do fundo de reserva, total ou parci-
IV - levar imediatamente ao conhecimento do almente utilizado no custeio ou complementação das
despesas referidas nas alíneas anteriores, salvo se
locador o surgimento de qualquer dano ou defeito
cuja reparação a este incumba, bem como as eventu- referentes a período anterior ao início da locação.
ais turbações de terceiros; § 2° O locatário fica obrigado ao pagamento das
V - realizar a imediata reparação dos danos ve- despesas referidas no parágrafo anterior, desde que
rificados no imóvel, ou nas suas instalações, provoca- comprovados a previsão orçamentária e o rateio men-
dos por si, seus dependentes, familiares, visitantes ou sal, podendo exigir a qualquer tempo a comprovação
prepostos; das mesmas.
VI- não modificar a forma interna ou externa do § 3° No edifício constituído por unidades imobi-
imóvel sem o consentimento prévio e por escrito do liárias autônomas, de propriedade da mesma pessoa,
locador; os locatários ficam obrigados ao pagamento das des-
VII - entregar imediatamente ao locador os do- pesas referidas no § 1° deste artigo, desde que com-
cumentos de cobrança de tributos e encargos condo- provadas.
miniais, bem como qualquer intimação, multa ou Art. 24. Nos imóveis utilizados como habitação
exigência de autoridade pública, ainda que diri- coletiva multifamiliar, os locatários ou sublocatários
gida a ele, locatário; poderão depositar judicialmente o aluguel e encargos
VIII - pagar as despesas de telefone e de con- se a construção for considerada em condições precá-
rias pelo Poder Público.
sumo de força, luz e gás. água e esgoto;
IX - permitir a vistoria do imóvel pelo locador ou § 10 O levantamento dos depósitos somente
por seu mandatário, mediante combinação prévia de será deferido com a comunicação, pela autoridade
dia e hora, bem como admitir que seja o mesmo visi- pública, da regularização do imóvel.
tado e examinado por terceiros, na hipótese prevista § 2° Os locatários ou sublocatários que deixa-
no art. 27; rem o imóvel estarão desobrigados do aluguel du-
. ~ - cumprir integralmente a convenção de con- rante a execução das obras necessárias à regulari-
domlnlo e os regulamentos internos; zação.
XI- pagar o prêmio do seguro de fiança; § 3° Os depósitos efetuados em juízo pelos loca-
XII- pagar as despesas ordinárias de condomí- tários e sublocatários poderão ser levantados, medi-
nio. ante ordem judicial, para realização das obras ou ser-
§ 1° Por despesas ordinárias de condomínio se viços necessários à regularização do imóvel.
entendem as necessárias à administração respecti-
va, especialmente:
40894 Sexta-feira 31 DIÁRiO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Af!oslo de 2001
PROJETO DE LEI W 5.222, DE 2001 tadores e selecionadores de lixo em associações ou
(Da S,-a Nair Xavier LobO) cooperativas, a exemplo do que já ocorre em dezenas
de cidades.
Institui o Dia Nacional dos Catado-
res e Selecionadores de Lixo. Esta as razões por que contamos com o apoio
dos nossos pares para a aprovação desta proposição.
(Apense-se ao Projeto de Lei n° 4.379,
de 2001) Sala das Sessões, 28 de agosto de 2001. -
Deputada Nair Xavier Lobo.
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1° Fica instituído o Dia Nacional dos Cata- PROJETO DE LEI N° 5.223, DE 2001
dores e Selecionadores de Lixo, a ser comemorado (Da Sra Nair Xavier Lobo)
em 4 de junho, anualmente. Altera os incisos I e 11 do art. 26 da
Art. 2°. Esta lei entra em vigor na data de sua pu- Lei n° 8.078, 11 de setembro de 1990,
blicação. para aumentar o prazo em que o consu-
midor tem o direito de reclamar de vícios
Justificação aparentes ou de fácil constatação em
Segundo o Correio Braziliense de 5 de julho de produtos e serviços.
2001, referindo-se a uma pesquisa da Universidade, (Às Comissões de Defesa do Consumidor, Meio
"os lixões do Distrito Federal são o meio de subsistên- Ambiente e Minorias; e de Constituição e Justiça e de
cia para mais de 2.700 trabalhadores, que recolhem Redação (art. 54) - Art. 24, 11)
material reciclável para vendê-lo as empresas especi- O Congresso Nacional decreta:
alizadas". Aproximadamente a metade do lixo domés-
Art. 1° Dê-se ao inciso I do art. 26 da Lei n°
tico produzido no Plano Piloto é composta de alimen- 8.078, de 1990, a seguinte redação:
tos. Depois dos alimentos, assim revelou a pesquisa,
"Art. 26 ..
os produtos plásticos (12%) foram os mais encontra-
dos no lixo pesquisado, seguidos pelos papéis (9%) e 1- noventa dias, tratando-se de fornecimento de
vidros (4%). serviço e de produto não duráveis;"
O fato de milhares de brasileiros serem obriga- Art. 2° Dê-se ao inciso 11 do art. 26 da Lei n°
8.078, de 1990, a seguinte redação:
dos a tirar o sustento do que outros milhares jogam
fora revela, sem dúvida, uma face perversa da socie- "Art. 26 .
dade de consumo. Sob certo aspecto, os catadores e 1- .
selecionadores de lixo são vítimas de estruturas de 11 - cento e oitenta dias, tratando-se de forneci-
produção injustas, que relegam o elemento humano mento de serviço e de produto duráveis;"
para o mercado de trabalho informal. Nem por isso, no Art. 3° Esta lei entra em vigor na data de sua pu-
entanto, são os catadores de lixo cidadãos e trabalha- blicação.
dores menos dignos. Na verdade, consoante já cons-
tatou Mareei Bursztyn, "os catadores de lixo são pe- Justificação
ças importantes de uma cadeia industrial moderna", O objetivo da presente proposição é ampliar o
indispensáveis para o sucesso de qualquer programa prazo de que o consumidor dispõe para reclamar de
de reaproveitamento do lixo e, portante de preserva- vícios aparentes ou de fácil constatação em produtos
ção ambiental. Tal a razão, aliás, por que sugerimos e serviços. A Lei n° 8.078/90 determina o prazo de
que o Dia Nacional dos Catadores e Selecionadores trinta dias para que o consumidor reclame de vicio
de Lixo seja comemorado na véspera do Dia Mundial aparente em produto ou serviço não duráveis e de no-
do Meio Ambiente. venta dias para produto ou serviço duráveis.
Com a instituição desta nova data comemorati- Consideramos esses prazos exíguos, mesmo
va, entendemos estar criando uma oportunidade para em se tratando de defeito aparente ou de fácil consta-
discutir, periodicamente, as condições de trabalho e tação. Quando o consumidor adquire produtos e ser-
os riscos para a própria saúde a que estão sujeitos os viços de fornecedores que se situam longe de seu do-
catadores e selecionadores de lixo, ampliar a partici- micílio, ou até mesmo em outra cidade, torna-se difícil
pação dos próprios catadores e selecionadores nos o retorno imediato ao estabelecimento para reclamar
processos de reciclagem e industrialização do lixo, re- de um defeito. Outras vezes, o consumidor não pode
vigorar a campanha de erradicação do trabalho infan- ausentar-se do local de trabalho, e seu horário de ex-
to-juvenil nos lixões, estimular a organização dos ca- pediente coincide com o horário de funcionamento do
AW.lsto de 200 I DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-Ieira 31 40895
estabelecimento fornecedor, impossibilitando que se mente pelos vícios de qualidade ou quantidade que
realize a reclamação dentro do prazo previsto em lei. os tomem impróprios ou inadequados ao consumo a
A conseqüência de reclamar fora do prazo legal que se destinam ou lhes diminuam o valor, assim
é a perda do direito à substituição do produto; da resti- como por aqueles decorrentes da disparidade, com
tuição imediata da quantia paga; ou do abatimento as indicações constantes do recipiente, da embala-
proporcional do preço, conforme garante o art. 18 do gem, rotulagem ou mensagem publicitária, respeita-
Código de Defesa do Consumidor. das os variações decorrentes de sua natureza, po-
Os prazos de reclamação previstos no art. 26 do dendo o consumidor exigir a substituição das partes
citado Código, que ora pretendemos alongar, repre- viciadas.
sentam, na prática, os prazos mínimos de garantia § 1° Não sendo o vicio sanado no prazo máximo
para produtos e serviços, pois os fornecedores que de 30 (trinta) dias, pode o consumidor exigir, alternati-
não estipulam prazos e condições de garantia em vamente e à sua escolha:
contratos próprios, sujeitam-se ao disposto no art. 26. I - a substituição do produto por outro da mes-
Assim, alongar o prazo em que o consumidor pode re- ma espécie, em perfeitas condições de uso;
clamar de vício aparente, significa alongar o prazo de
11 - a restituição imediata da quantia paga, mo-
garantia legal do produto ou serviço, beneficiando o
netariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais
consumidor.
perdas e danos;
Do nosso ponto de vista, não há inconvenientes
111- o abatimento proporcional do preço.
em se proporcionar essa facilidade ao consumidor.
Uma vez que o direito do consumidor é de reclamar § 2° Poderão as partes convencionar a redução
de vícios existentes em produtos e serviços, mas não ou ampliação do prazo previsto no parágrafo anterior,
de pleitear a troca ou a devolução do dinheiro referen- não podendo ser inferior a 7 (sete) nem superior a
te a um produto ou serviço que o consumidor tenha 180 (cento e oitenta) dias. Nos contratos de adesão, a
deteriorado dentro desse prazo. cláusula de prazo deverá ser convencionada em se-
Pelas razões acima, solicitamos o indispensável parado, por meio de manifestação expressa do con-
apoio dos ilustres Pares à aprovação da presente pro- sumidor.
posição. § 3° O consumidor poderá fazer uso imediato
Sala das Sessões, 28 de agosto de 2001 . - De- das alternativas do § 1° deste artigo, sempre que, em
putada Nair Xavier Lobo. razão da ex1ensão do vício, a substituição das partes
viciadas puder comprometer a qualidade ou caracte-
lEGISLAÇÃO CITADA ANEXADA PELA rísticas do produto, diminuir-lhe o valor ou se tratar de
COORDENAÇÃO DE ESTUDOS lEGISLATIVOS - produto essencial.
CeDI
§ 4° Tendo o consumidor optado pela alternativa
LEI N° 8.078, DE 11 DE SETEMBRO DE 1990 do inciso I do § 1° deste artigo, e não sendo possível a
substituição do bem, poderá haver substituição por
Dispõe Sobre a Proteção do Consu- outro de espécie, marca ou modelo diversos, median-
midor e dá outras providências. te complementação ou restituição de eventual dife-
rença de preço, sem prejuízo do disposto nos incisos
TíTULO I
11 e 111 do § 1° deste artigo.
Dos Direitos do Consumidor
§ 5° No caso de fornecimento de produtos in na-
tura, será responsável perante o consumidor o forne-
CAPíTULO IV cedor imediato, exceto quando identificado claramen-
Da Qualidade de Produtos e Serviços, da Prevenção te seu produtor.
e da Reparação dos Danos § 6° São impróprios ao uso e consumo:
1- os produtos cujos prazos de validade estejam
vencidos;
SEÇÃO 111
II - os produtos deteriorados, alterados, adulte-
Da Responsabilidade Por Vício do Produto
rados, avariados, falsificados, corrompidos, frauda-
e do Serviço
dos, nocivos à vida ou à saúde, perigosos ou, ainda,
Art. 18. Os fornecedores de produtos de consu- aqueles em desacordo com as normas regulamenta-
mo duráveis ou não duráveis respondem solidaria- res de fabricação, distribuição ou apresentação;
4()~96 Sexta-feira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2001
111 - os produtos que, por qualquer motivo, se re- documento de identidade em todo território nacional e
velem inadequados ao fim a que se destinam. conterá, do condutor, fotografia, identificação, CPF,
........................................... grupo sangüíneo, fator RH e sua condição quanto à
doação de órgãos para transplantes."
SEÇÃO IV
Art. 20 Esta lei entra em vigor na data de sua pu-
Da Decadência e da Prescrição
blicação.
Art. 26. Q direito de reclamar pelos vícios apa-
rentes ou de fácil constatação caduca em: Justificação
I - 30 (trinta) dias, tratando-se de fornecimento
de serviço e de produto não duráveis; Valendo a Carteira Nacional de Habilitação
11 - 90 (noventa) dias, tratando-se de forneci- como documento de identidade em todo o território
mento de serviço e de produto duráveis. nacional, será importante que ela contenha os mais
§ 10 Inicia-se a contagem do prazo decadencial importantes dados de identificação do condutor,
a partir da entrega efetiva do produto ou do término como os que já são previstos no Código de Trânsito,
da execução dos serviços. acrescentados de outros, específicos, úteis, sobre-
§ 2° Obstam a decadência: tudo, em casos de acidentes de trânsito. Entre es-
I - a reclamação comprovadamente formulada ses dados, os mais importantes são o grupo sangüi-
pelo consumidor perante o fornecedor de produtos e neo, o fator RH e a condição do condutor quanto à
serviços até a resposta negativa correspondente, que doação de órgãos para transplante.
deve ser transmitida de forma inequívoca; Este projeto de lei tem por objetivo, tanto garan-
11 - (Vetado). tir a agilização do socorro médico, como disponibilizar
mais um veículo de informação sobre doadores de ór-
111 - a instauração de inquérito civil, até seu en-
cerramento. gãos para transplante.
§ 3° Tratando-se de vício oculto, o prazo deca- Pela importância desta proposição, esperamos
dencial inicia-se no momento em que ficar evidencia- vê-Ia aprovada pelos ilustres Deputados.
do o defeito. Sala das Sessões, 28 de agosto de 2001. -
Art. 27. Prescreve em 5 (cinco) anos a pretensão Deputada Nair Xavier Lobo.
à reparação pelos danos causados por fato do produ- LEI N° 9.503, DE 23 DE SETEMBRO DE 1997
to ou do serviço prevista na Seção 11 deste Capítulo,
iniciando-se a contagem do prazo a partir do conheci- Institui o Código de Trânsito Brasi-
mento do dano e de sua autoria. leiro.
Parágrafo único. (Vetado).

CAPíTULO XIV
Da Habilitação
PROJETO DE LEI N° 5.226, DE 2001
(Da SI'" Nair Xavier Lobo)
Altera o art. 159, da Lei n° 9.503, de Art. 159. A Carteira Nacional de Habilitação, ex-
23 de setembro de 1997, que institui o pedida em modelo único e de acordo com as especifi-
Código de Trânsito Brasileiro. cações do Contran, atendidos os pré-requisitos esta-
(Às Comissões de Viação e Transpor- belecidos neste Código, conterá fotografia, identifica-
tes;e de Constituição e Justiça e de Reda- ção e CPF do condutor, terá fé pública e equivalerá a
ção (art. 54) - Art. 24, 11) documento de identidade em todo o território nacio-
nal.
O Con9resso Nacional decreta:
§ 1° - É obrigatório o porte da Permissão para
Art. 1° O caput do art. 159 da Lei n09.503, de 23
Dirigir ou da Carteira Nacional de Habilitação quando
de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsi-
o condutor estiver à direção do veículo.
to Brasileiro, passa a vigorar com a seguinte redação:
"Art. 159. A carteira Nacional de Habilitação, ex-
§ 2° - (Vetado)
pedida em modelo único e de acordo com as especifi- § 3° - A emissão de nova via da Carteira Nacio-
cações do Contran, atendidos os pré-requisitos esta- nal de Habilitação será regulamentada pelo Contran.
belecidos neste Código, terá fé pública, equivalerá a § 4° - (Vetado)
Agosto de 200 I DIÁRIO DA CÁMARA DOS DEPUTADOS Sexta-lcira 31 40897
§ 5° - A Carteira Nacional de Habilitação e a ção em grupo de consórcio as importâncias pagas ao
Permissão para Dirigir somente terão validade para a fundo comum, com base no valor do bem ou do servi-
condução de veiculo quando apresentada em origi- ço apurado na data da formalização da desistência,
naI. em até trinta dias contados a partir desta formaliza-
§ 6° - A identificação da Carteira Nacional de ção.
Habilitação expedida e a da autoridade expedidora Art. 2° Esta lei entra em vigor na data de sua pu-
serão registradas no Renach. blicação.
§ 7° - A cada condutor corresponderá um único
Justificação
registro no Renach, agregando-se neste todas as in-
formações. Desde a década de sessenta, os consorclos
§ 8° - A renovação da validade da Carteira Naci- atuam no País sem que haja lei que regule a restitui-
onal de Habilitação ou a emissão de uma nova via so- ção das parcelas pagas pelos participantes que se re-
mente será realizada após quitação de débitos cons- tiram do grupo. O projeto de lei que ora apresentamos
tantes do prontuário do condutor. tem como alvo proteger essas pessoas, pois, segun-
§ 9° (VETADO). do as normas vigentes estabelecidas pelo Banco
§ 10. A validade da Carteira Nacional de Habili- Central do Brasil, têm que esperar até o encerramen-
tação está condicionada ao prazo de vigência do exa- to do grupo parta que possa reaver o que pagaram.
me de aptidão física e mental. Contamos com o apoio dos nobres pares para a
*§ 10 acrescido pela Lei n09.602. de 21-1-1998. aprovação da presente proposição.
§ 11. A Carteira Nacional de Habilitação, expedi- Sala das Sessões, 28 de agosto de 2001. -
da na vigência ao Código anterior, será substituída Deputada Nair Xavier Lobo.
por ocasião do vencimento do prazo para revalidação
do exame de aptidão física e mental, ressalvados os PROJETO DE LEI N° 5.230, DE 2001
casos especiais previstos nesta Lei. (Do Sr. Inácio Arruda e Outros)
'§ 11 acrescido pela Lei n° 9.602, de 21-1-1998. Altera a Lei n° 9.504, de 30 de se-
Art. 160. O condutor condenado por delito de tembro de 1997, que "estabelece normas
trânsito deverá ser submetido a novos exames para para as eleições", modificando os critéri-
que possa voltar a dirigir, de acordo com as normas os de acompanhamento e divulgação das
estabelecidas pelo Contran, independentemente do pesquisas eleitorais, na propaganda ou
reconhecimento da prescrição, em face da pena con- publicidade oficial, no sistema eletrônico
cretizada na sentença. de votação e procedimentos no anúncio
§ 1° Em caso de acidente grave, o condutor nele parcial e final dos resultados das urnas.
envolvido poderá ser submetido aos exames exigidos (Apense-se ao Projeto de Lei n° 3.693,
neste artigo, a juízo da autoridade executiva estadual de 2000)
de trânsito, assegurada ampla defesa ao condutor.
§ 2° No caso do parágrafo anterior, a autoridade O Congresso Nacional decreta:
executiva estadual de trânsito poderá apreender o do- Art. 1° Acrescente-se aos arts. 33, 40, 59 e 61 da
cumento de habilitação do condutor até a sua aprova- Lei n° 9.504, de 30 de setembro de 1997, os seguin-
ção nos exames realizados. tes parágrafos:
"Art. 33 .

PROJETO DE LEI N° 5.229, DE 2001


(Da S,-a Nair Xavier Lobo) § 5° - A divulgação dos resultados das
pesquisas eitorais de intenção de voto esta-
Dispõe sobre a restituição, pelas ad- rá à fiscalização dos representantes pelos
ministradoras de consórcio, das impor- partidos políticos, os quais terão todas as
tâncias pagas por consorciado. etapas da realização dessas pesquisas.
(Apense-se ao Projeto de Lei n° 3.583,
§ 6° - As pesquisas divulgadas no pe-
de 1989)
ríodo de até 72 horas que precedem a elei-
O Congresso Nacional decreta: ção deverão obedecer a uma margem de
Art. 1° As administradoras de consórcio restitui- erro para mais ou para menos, preestabele-
rão ao consorciado que resilir o contrato de participa- cida pelos seus realizadores.
4()~9~ Sexta-feira 31 DIÁIW) DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2()() I

§ ]O - No caso de divergência entre a § 4° - A identificação do eleitor será


margem de erro prevista na metodologia e realizada mediante os procedimentos cons-
os resultados apresentados para a eleição tantes da lista tradicional dos eleitores da
majoritária, as entidades responsáveis pela seção, com a verificação da identidade pro-
pesquisa ficarão descredenciadas para o vida de foto, apresentação do documento
turno e/ou pleito seguintes, com multa no eleitoral e subscrição na lista de votação.
valor de R$200 mil (duzentos mil reais) para § 5° - O voto na urna eletrônica será
cada ponto percentual que ultrapasse a re- registrado em cópia impressa individual,
ferida margem, soma reajustável pelo contendo nomes e números dos candidatos
IGP-DI calculado pela Fundação Getúlio escolhidos, a Zona e Seção Eleitoral onde
Vargas e destinada ao Fundo Partidário de ocorreu a votação, e, após conferido, confír-
que trata o art. 38, Capítulo 11, da Lei n° mado e dobrado, será depositado pelo pró-
9.504/97. prio eleitor em urna convencional, sob a su-
§ 8° - No período compreendido entre pervisão dos mesários e fiscais dos parti-
as duas eleições, a Justiça Eleitoral pronun- dos.
ciar-se-á sobre o caso previsto no parágrafo § 6 o - Para efeito do disposto no pará-
precedente e, comprovado que os resulta- grafo anterior, cada urna eletrônica será do-
dos da pesquisa portavam a motivação de tada de equipamento de impressão do voto
provocar mudanças no comportamento do em cédula de papel rubricada pelo presiden-
eleitorado em prejuízo de um ou mais candi- te e mesários da seção eleitoral, que permi-
datos, a instituição responsável pelo dolo tirá a conferência pelo eleitor antes da con-
será proibida definitivamente de exercer sua firmação.
atividade, e pagar multa destinada ao Fundo § 70 - Caso o eleitor cancele o voto,
Partidário no valor de R$400 mil (quatrocen- repetirá o rito em ato de retificação, median-
tos mil reais) a R$600 mil (seiscentos mil re- te nova digitação e impressão, na qual
ais), reajustáveis pelo IGP-DI calculado, constara obrigatoriamente a expressão
pela Fundação Getúlio Vargas, sem prejuízo "Voto Retificado".
das demais sanções civis e penais. § 8° Caso persista(m) a(s) divergên-
§ 9° - Serão punidos com base no Có- cia(s), a urna será verificada por um técnico
digo Penal em vigor os casos de evidente da justiça eleitoral secundado por, no míni-
ação criminosa destinada a interferir no mo, dois fiscais de distintos partidos/coliga-
comportamento do eleitor, direcionando ou ções concorrentes, os quais, confirmado o
reorientando sua livre vontade e manifesta- vício ou defeito eletrônico, solicitarão à
ção, mediante o uso de pesquisas e outros Mesa providências junto ao juiz eleitoral da
instrumentos de aferição, em especial se respectiva zona para a continuidade da vo-
comprovada a corrupção mediante a forma- tação e abertura de inquérito que deverá
ção de grupos ou cartéis destinados a mani- apurar as causas do problema e, em caso
pular o processo eleitoral. de fraude, encaminhar punição criminal para
"Art. 40 . os responsáveis.
§ 9° Os votos registrados e deposita-
dos em urna convencional, totalizarão o nú-
mero de votantes da Seção, somados os
§ 1° Fica proibida nos 120 (cento e vin- votos com as expressões "Confirmado" e
te) dias anteriores à data da eleição, a reali- "Retificado".
zação de toda e qualquer forma de propa-
§ 10. Em caso de divergência entre o
ganda ou publicidade patrocinada pelos ór-
total e conteúdo de votos virtuais e impres-
gãos e entidades da administração pública
sos, prevalecerão para efeito de verificação
direta, indireta ou fundacional, nas esferas
as cédulas previamente rubricadas pelo pre-
municipal, estadual e federal.
sidente e mesários da seção eleitoral.
"Art. 59 . § 11. O rito de votação será indevas-
sável, protegido por cabine ou outros meios,
evitando-se que, de algum modo, a manifes-
Agl\stn de 200( DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-Ieira 31 40899

tação da vontade do eleitor seja conhecida República, governadores, senadores, deputados fe-
por quaisquer terceiros presentes à seção derais e estaduais em 404 mil urnas eletrônicas. Po-
eleitoral. rém, o ministro apresenta restrições às proposições
§ 12. Os partidos políticos não pode- em tramitação no Congresso, questionando-lhes a
rão se eximir de sua responsabilidade na eficácia no combate à fraude.
verificação dos programas eletrônicos e de Sabemos, contudo, do esforço empreendido pe-
computador (software) que serão disponibili- los técnicos - a exemplo do engenheiro Amílcar Bru-
zados em tempo hábil para exame pela Jus- nazo; parlamentares - dos quais destacamos o sena-
tiça Eleitoral. dor Roberto Requião e o deputado Vivaldo Barbosa; e
§ 13. É vedada a interferência de qual- personalidades públicas do porte do ex-governador e
quer órgão vinculado ao Poder Executivo na presidente do POT, Leonel Brizola, entre outras. So-
elaboração ou instalação dos programas mando-nos ao esforço de correção de rota de um sis-
eletrônicos e computacionais (software) a tema de votação considerado vulnerável, apresenta-
serem inseridos nas urnas eletrônicas.
mos o atual projeto de lei, que, introduzidas as nossas
"Art. 61 . sugestões, acrescenta uma iniciativa de sistematiza-
ção de opiniões novas e antigas, contribuindo desse
modo para o debate em curso.
§ 1° Após a totalização, e antes da Desse modo, questionamos o papel das pesqui-
proclamação do resultado geral da eleição,
sas de opinião no processo político-eleitoral, tendo
será realizada a conferência aleatória do re-
em vista a necessidade de clara delimitação da in-
sultado de cinco por cento (5%) das urnas
fluência dos institutos especializados em acordo com
eletrônicas, escolhidas por sorteio, com a
setores da mídia na predefinição dos resultados elei-
contagem manual dos votos impressos de-
torais. Enfim, são fartos os exemplos nos quais esses
positados na respectiva urna convencional.
resultados foram comprometidos pela divulgação pla-
§ 2° Para cada urna na qual a confe-
nejada de estatísticas viciadas pela disparidade rela-
rência acusar discrepâncias entre os votos
tiva à margem de erro, em prejuízo de um ou mais
virtuais e os votos impressos, outras vinte
candidatos. Tal instrumento de aferição das tendênci-
(20) serão conferidas, observado o mesmo
as de voto, dimensionado pelas eleições da última dé-
processo estabelecido no parágrafo anteri-
or. cada, têm provocado mais estragos e prejuízos do
que benefícios ao nosso sistema eleitoral.
§ 3° Os Tribunais Regionais Eleitorais
darão ampla publicidade, com divulgação As pesquisas de opinião têm assumido a feição
pela imprensa e pela rede mundial de com- de mecanismos de indução ao voto, influenciando ni-
putadores, às informações parciais e à tota- tidamente no processo eleitoral, favorecendo o su-
lização de votos de cada seção e zona de posto vencedor mediante a apresentação dos índices
sua jurisdição. pelos institutos e pela mídia - em especial às véspe-
§ 4° Completada a apuração e totaliza- ras dos pleitos. Permitida aos partidos políticos envol-
ção das urnas de cada Estado, o respectivo vidos - mediante o acompanhamento de equipes téc-
Tribunal Regional Eleitoral encaminhará ao nicas especializadas - a fiscalização amiúde da me-
Tribunal Superior Eleitoral a ata correspon- todologia, universo escolhido e técnicas de aborda-
dente, que será amplamente divulgada pela gem das pesquisas, a sociedade brasileira estará
imprensa e pela rede mundial de computa- mais próxima do respeito devido à democracia repre-
dores." sentativa.
Art. 2° Esta lei entra em vigor na data de sua Consideramos fundamental também o trata-
publicação. mento eficaz do vértice no qual se encontram o voto,
sua conferência, apuração e recontagem. O presiden-
Justificação
te do TSE reconheceu o direito dos eleitores (à com-
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral provação do voto) como legítimo em palestra realiza-
(TSE), ministro Nelson Jobim, admitiu a possibilidade da na sede do Conselho Federal da Ordem dos Advo-
de promover mudanças nas eleições de 2002, quan- gados do Brasil (OAB), em Brasília. Daí a importância
do cerca de 114 milhões de brasileiros (aproximada- de uma lei que estabeleça a impressão do voto e me-
mente 67% da população) votarão para presidente da canismos pelos quais o resultado das urnas será fide-
40l)OO S..:xta-ti;ira 31 DIÁRiO DA CÂMARA DOS DEPlHA()()S Agusto de 2001
digno diante da opinião pública e da vontade sobera- LEGISLAÇÃO CITADA ANEXADA PELA
na dos eleitores. COORDENAÇÃO DE ESTUDOS LEGISLATIVOS -
A nossa opinião considera que a introdução do CeDI
voto impresso, de acordo com a qual os eleitores ad- LEI N°9.S04, DE 30 DE SETEMBRO DE 1997
quirem a prerrogativa de conferir o registro digitado
na urna eletrônica e o perfeito funcionamento da má- Estabelece normas para as Elei-
quina, permite o exercício, a um só tempo, do direito ções.
de votar e do dever de fiscalizar a possível ocorrência
de fraudes.
Das Pesquisas e Testes Pré-Eleitorais
A presente proposição trata de suprir as modifi-
cações necessárias na Lei n° 9.504, e institui, entre Art. 33. As entidades e empresas que realiza·
outras mudanças, normas para a realização e divul- rem pesquisas de opinião pública relativas às elei-
gação das pesquisas, aperfeiçoando o voto impresso ções ou aos candidatos, para conhecimento público,
para permitir a conferência, ampliando o perfil da re- são obrigadas, para cada pesquisa, a registrar, junto
contagem manual ou eletrônica dos votos. Este último à Justiça Eleitoral, até cinco dias antes da divulgação,
procedimento deverá ser mais abrangente e obrigató- as seguintes informações:
rio, contemplando 5% do total dos votos de cada zona I - quem contratou a pesquisa:
eleitoral, escolhidos aleatoriamente. Buscamos, des- 1i - valor e origem dos recursos despendidos no
se modo, o respeito à vontade do eleitor enquanto trabalho:
elemento fundamental da democracia representativa, 111 - metodologia e período de realização da
na forma da ampliação máxima do direito à fiscaliza- pesquisa;
ção partidária, abrindo-se ainda a possibilidade de IV - plano amostrai e ponderação quanto a
apuração e totalização paralelas mediante o acesso sexo, idade, grau de instrução, nível econômico e
instantâneo aos Boletins de Urna em todos os mo- área física de realização do trabalho, intervalo de con·
mentos das apuraçôes e em todas as instâncias de fiança e margem de erro;
votação nos municípios e nos estados. A elevada res- V - sistema interno de controle e verificação,
ponsabilidade do TSE e dos TRE na proclamação do conferência e fiscalização da coleta de dados e, do
resultado das eleições encontrará respaldo num pro- trabalho de campo;
cesso mais transparente, confirmado pela verificação VI - questionário completo aplicado ou a ser
aleatória do contraste estatístico, resultando em mai- aplicado;
or respeito e confiança da sociedade nos resultados VII - o nome de quem pagou pela realização do
eleitorais. Assim, é fundamental também a delimita- trabalho.
ção nítida da esfera de influência do Executivo, visto § 1° As informações relativas às pesquisas se-
que sua participação tem contribuído para o advento rão registradas nos órgãos da Justiça Eleitoral aos
da suspeição acerca do processo eletivo - esfera per- quais compete fazer o registro dos candidatos.
tinente ao Poder Judiciário e partidos políticos. § 2° A Justiça Eleitoral afixará imediatamente,
Como afirma o Jornal Folha de São Paulo em no local de costume, aviso comunicando o registro
editorial, "Toda melhoria que afaste dúvidas é das informações a que se refere este artigo, colocan-
bem-vinda. O voto é o instrumento pelo qual o eleitor do-as à disposição dos partidos ou coligações com
manifesta sua vontade. Se o cidadão não está plena- candidatos ao pleito, os quais a elas terão livre aces-
mente convencido de que os governantes que assu- so pelo prazo de trinta dias.
mem o poder são os escolhidos nas urnas, a confian- § 3° A divulgação de pesquisa sem o prévio re-
ça na democracia sai abalada." gistro das informações de que trata este artigo sujeita
Se as urnas eletrônicas são tão violáveis quanto os responsáveis a multa no valor de cinqüenta mil a
o painel do Senado como entende a versão mais ace- cem mil Ufir.
ita, eliminaremos os riscos proporcionados pelo mo- § 4° A divulgação de pesquisa fraudulenta cons-
mento em que se gravam os dados no disquete rumo titui crime, punível com detenção de seis meses a um
ao computador central. A sociedade brasileira estará ano e multa no valor de cinqüenta mil a cem mil, Ufir.
mais tranqüila nas eleições de 2002. Art. 34. (Vetado).
Sala das Sessões, 22 de agosto de 2001, - § 1° Mediante requerimento à Justiça Eleitoral,
Deputado Inácio Arruda, pedoB - CE. os partidos poderão ter acesso ao sistema interno de
AWlsto de 200 I DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 31 40<)0 I
controle, verificação e fiscalização da coleta de dados 1- das sedes dos Poderes Executivo e Legislati-
das entidades que divulgaram pesquisas de opinião vo da Unido, dos Estados, do Distrito Federal e dos
relativas às eleições, incluídos os referentes à identifi- Municípios, das sedes dos Tribunais Judiciais, e dos
cação dos entrevistadores e, por meio de escolha li- quartéis e Outros estabelecimentos militares;
vre a aleatória de planilhas individuais, mapas ou 11 - dos hospitais e casas de saúde;
equivalentes, confrontar e conferir os dados publica- 111 - das escolas, bibliotecas públicas igrejas e
dos, preservada a identidade dos respondentes. teatros, quando em funcionamento
§ 20 O não-cumprimento do disposto neste arti- § 40 A realização de comícios é permitida no ho-
go ou qualquer ato que vise a retardar, impedir ou difi- rário Compreendido entre as oito e as vinte e quatro
cultar a ação fiscalizadora dos partidos constitui cri- horas.
me, punível com detenção, de seis meses a um ano, § 50 Constituem crimes no dia da eleição puníve-
com a alternativa de prestação de serviços à, comuni- is com detenção de seis meses a um ano, com a alter-
dade pelo mesmo prazo, e muita no valor de dez mil a nativa de prestação de serviços à comunidade pelo
vinte mil Ufir. mesmo período, e multa no valor de cinco mil a quinze
§ 30 A comprovação de irregularidade nos da- mil Ufir:
dos publicados sujeita os responsáveis às penas I - o uso de alto-falantes e amplificadores de
mencionadas no parágrafo anterior, sem prejuízo da som ou a promoção de comício ou Carreata;
obrigatoriedade da veiculação dos dados corretos no 11 - a distribuição de material de propaganda po-
mesmo espaço, local, horário, página, caracteres e lítica, inclusive volantes e outros impressos, ou a prá-
outros elementos de destaque, de acordo com o veí- tica de aliciamento coação ou manifestação tenden-
culo usado. tes a influir na vontade do eleitor.
Art. 40. O uso, na propaganda eleitoral, de sím-
bolos, frases ou imagens, associadas ou semelhan-
Da Propaganda Eleitoral em Geral
tes às empregadas por órgão de governo, empresa
pública ou sociedade de economia mista constitui cri-
Art. 38. Independe da obtenção de licença muni- me, punível com detenção, de seis meses a um ano,
cipal e de autorização da Justiça Eleitoral a veicula- com a alternativa de prestação de serviços à comuni-
ção de propaganda eleitoral pela distribuição de fo- dade pelo mesmo período, e multa no valor de dez mil
lhetos, volantes e outros impressos, os quais devem a vinte mil Ufir.
ser editados sob a responsabilidade do partido, coli- Art. 41. A propaganda exercida nos termos da
gação ou candidato. legislação eleitoral não poderá ser objeto de multa
Art. 39. A realização de qualquer ato de propa- nem cerceada sob alegação do exercício do poder de
ganda partidária ou eleitoral, em recinto aberto ou fe- polícia.
chado, não depende de licença da polícia.
§ 1° O candidato, partido ou coligação promoto- Do Sistema Eletrônico de Vota00 e da Totalização
ra do ato fará a devida comunicação à autoridade poli- dos Votos
ciai em, no mínimo, vinte e quatro horas antes de sua
Art. 59. A votação e a totalização dos votos se-
realização, a fim de que esta lhe garanta, segundo a
rão feitas por sistema eletrônico, podendo o Tribunal
prioridade do aviso, o direito contra quem tencione
Superior Eleitoral autorizar, em caráter excepcional, a
usar o local no mesmo dia e horário.
aplicação das regras fixadas nos arts. 83 a 89.
§ 20 A autoridade policial tomará as providênci- § 10 A votação eletrônica será feita no número
as necessárias à, garantia da realização do ato e ao do candidato ou da legenda partidária, devendo o
funcionamento do tráfego e dos serviços públicos que nome e fotografia do candidato e o nome do partido
o evento possa afetar. ou a legenda partidária aparecer no painel da urna
§ 3 0 O funcionamento de alto-falantes ou ampli- eletrônica, com a expressão designadora do cargo
ficadores de som, ressalvada a hipótese contemplada disputado no masculino ou feminino, conforme o
no parágrafo seguinte, somente é permitido entre as caso.
oito e as vinte e duas horas, sendo vedados a instala- § 20 Na votação para as eleições proporcionais,
ção e o uso daqueles equipamentos em distancia in- serão computados para a legenda partidária os votos
ferior a duzentos metros: em que não seja possível a identificação do candida-
40S)02 Sexla-ll:ira 31 DIÁRIO DA CÁMARA DOS DEPUTADOS ÂgLlslLl de 2(JO I

to, desde que o número identificador do partido seja de social. Podemos sustentar, com toda a clareza,
digitado de forma correta. que este é um dos principais programas assistências
§ 3° A urna eletrônica exibirá para o eleitor, pri- do Ministério da Educação para o ensino fundamental
meiramente, os painéis referentes às eleições propor- e alcança quase um quarto da população brasileira.
cionais e, em seguida, os referentes ás eleições ma- A merenda regionalizada também contribuiu
joritárias. para atrair as crianças para a escola. A elaboração do
Art. 60. No sistema eletrônico de votação consi- cardápio envolve a participação social As especifica-
derar-se-á voto de legenda quando o eleitor assinalar ções dos produtos a serem
o número do partido no momento de votar para deter- adquiridos são explicitadas nos procedimentos
minado cargo e somente para este será computado. de compra do programa, fazendo menção à proce-
Art. 61. A urna eletrônica contabilizará cada dência da chamada produção colonial, ao valor bioló-
voto, assegurando-lhe o sigilo e inviolabilidade, ga- gico.
rantida aos partidos políticos, coligações e candida- Diante do exposto peço a aprovação dessa pro-
tos ampla fiscalização. posição aos Nobres Colegas.
Art. 62. Nas seções em que for adotada a urna Sala das Sessões, 28 de agosto de 2001. -
eletrônica, somente poderão votar eleitores cujos no- Deputado, José Carlos Coutinho, PFL - RJ.
mes estiverem nas respectivas folhas de votação, não
PROJETO DE LEI N° 5.234, DE 2001
se aplicando a ressalva a que se refere o art. 148, §
(Do Sr. José Carlos Coutinho)
1°, da Lei n° 4.737, de 15 de julho de 1965 - Código
Eleitoral. Fixa regras sobre a profissão de
Parágrafo único. O Tribunal Superior Eleitoral motorista de transporte coletivos urba-
disciplinará a hipótese de falha na urna eletrônica que nos e dá outras providências.
prejudique o regular processo de votação. (Apense-se ao Projeto de Lei n° 1.113,
de 1988)
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1° Aplicam-se as determinações da presen-
PROJETO DE LEI N° 5.231, DE 2001
te lei aos integrantes da categoria profissional dos
(Do Sr. José Carlos Coutinho)
motoristas de veículos coletivos urbanos e interurba-
Disciplina a composição da meren- nos.
da escolar e dá outras providências. Parágrafo único. Pertencem à categoria referida
(Apense-se ao Projeto de Lei n° 2.964, no caput os profissionais habilitados nos termos da
de 1992) legislação em vigor e devidamente registrados na De-
O Congresso Nacional decreta: legacia Regional do Trabalho.
Art. 1° A merenda escolar servida na rede públi- Art. 2° O piso salarial da categoria será de 8
ca de ensino será constituída de produtos compatíve- (oito) salários mínimos, independentes de qualquer
is com os hábitos alimentares de cada Estado e o Dis- convenção ou acordo coletivo de trabalho.
trito Federal. Art. 3° A jornada de trabalho por turno de reve-
Art. 2° A merenda escolar será composta, obri- zamento será de 6 (seis) horas.
gatoriamente, de produtos locais. Parágrafo único. Considera-se como trabalho
Art. 3° Esta lei entra em vigor na data de sua pu- cumprido todo o tempo em que o motorista estiver su-
blicação. bordinado ao empregador, ainda que não esteja na
Art. 4° Revogam-se todas as disposições em direção do veículo.
contrário. Art. 4° As horas que excedem à jornada de 6
(seis) horas e do trabalho noturno, ainda que decor-
Justificação rente de negociação coletiva, serão acrescidas de
Quando o Programa Nacional de Alimentação 50% (cinqüenta porcento) sobre o valor da hora nor-
Escolar foi criado, em 1954, no final do governo Var- mal.
gas, ninguém poderia imaginar, àquela época, que Art. 5° Fica terminantemente proibida a prorro-
assumisse as dimensões que tem hoje. Passados 45 gação da jornada de trabalho noturno.
anos, a merenda escolar, como é popularmente co- Art. 6° Fica estabelecido um seguro obrigatório,
nhecida, se constitui, em larga medida, numa realida- custeado pelas empresas, em benefício dos motoris-
Agosto de 200 I DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-kira 31 40903
tas e cobradores de transportes coletivos, para cober- 1° do art. 37, os § 10, 3° e 4° do art. 39, o
tura dos ricos ávida, de acidentes, furtos e roubos art. 41-A, os § 7°, 8° e 90 do art. 42, o ca-
ocorridos no exercício da profissão. put do art. 46, o § 3° do art. 47, o caput do
Art. 7° Os motoristas autônomos não estão obri- art. 58 da Lei n° 9.504, de 30 de setembro
gados ao cumprimento das disposições constantes de 1997, acrescenta o parágrafo único ao
nesta lei, salvo no que concerne ao limite máximo da art. 13, os §§ 2° a 4° ao art. 21, o parágra-
jornada de trabalho que será de 8 (oito) hora por turno fo único ao art. 38 da Lei n° 9.096, de
ininterrupto. 1995, § 50 ao art. 20, o § 30 ao art. 30, §
Art. 8° Os integrantes desta categoria profissio- 40 ao art. 36, o § 60 ao art. 39, o art. 41-8,
nal terão direito aposentadoria especial, após 25 (vin- os incisos 111, IV e V ao § 2° do art 47, o
te e cinco) anos de trabalho, nos termos da legislação art. 57-A, a alínea g ao inciso 111 do § 30
previdenciária. do art. 58, o inciso 111 ao art. 88 e o art.
Art. 9° Esta lei entra em vigor na data de sua pu- 98-A à Lei n° 9.504, de 1997, e revoga o
blicação. inciso XV do art. 22, da Lei Complemen-
A rt. 10o Revogam-se as dlSposlçoes
.. - .
em contra-
tar n° 64, de 18 de maio de 1990, o pará-
f .. d rt 22 d L' ° 9 096 d
rio. gra o umco o a. a el n . ,e
1995, os § 10 e 20 do art. 53 e o art. 55 da
Justificação Lei na 9.504, de 1997.
As condições de trabalho do motorista urbano e (Às Comissões de Finanças e Tributa-
interurbanos hoje em dia é uma das mais difíceis, por ção (art. 54); e de Constituição e Justiça e
causa da sua sobrecarga de trabalho, a presente lei de Redação)
tem por objetivo à proteção de categorias laborais ex- O Congresso Nacional decreta:
postas a toda sorte de exploração econômica, sem li- Art. 10 Esta Lei altera o art. 359, da Lei n04.737,
mites ou atenuantes, caracterizando uma omissão de 15 de julho de 1965 (Código Eleitoral), o § 1° do
que viola os direitos humanos, que expõe a popula-
art. 7°, o § 3° do art. 80, o inciso 111 do caput do art. 90,
ção a perigos incontáveis, que atenta, enfim, contra a o inciso VI do art. 15, o art. 17, parágrafo único, o art.
própria dignidade da pessoa humana.
19, caput e § 1o, e o art. 21, caput e parágrafo único,
Em face desta circunstâncias os motoristas su- da Lei na 9.096, de 19 de setembro de 1995, o § 2° do
portam elevado desgaste físico e mental, decorrente art. 6°, o § 12 do art. 80, o § 10 do art. 37, os § 10,32 e
da constante pressão que sua profissão. Assim, tor-
42 do art. 39, o art. 41-A, os § 72,8° e 92 do art. 42, o
nar-se necessário que se faça justiça a esta categoria
caput do art. 46, o § 32 do art. 47, o caput do art. 58
profissional tão desgastada pela precariedade das
da Lei n° 9.504, de 30 de setembro de 1997, acres-
condições de trabalho em que operam, o que, via de
centa o parágrafo único ao art. 13, os § 2° a 42 ao art.
conseqüência, constitui-se em conditio sine
21, o parágrafo único ao art. 38 da Lei n° 9.096, de
que non para o resgate, neste particular, da paz e 1995, o § 52 ao art. 2°, o § 32 ao art. 32, o § 42 ao art.
tranqüilidade social no Brasil.
36, o § 6° ao art. 39, o art. 41-8, os incisos 111, IV e Vao
Conto, assim, com o apoio dos Ilustres Pares § 2° do art. 47, o art. 57-A, a alínea 9 ao inciso 111 do §
para a aprovação. 32 do art. 58, o inciso 111 ao art. 88 e o art. 98-A à Lei na
Sala de Sessões, 28 de agosto de 2001. - Depu- .504, de 1997, e revoga o inciso XV do art. 22 da Lei
tado José Carlos Coutinho, PFL - RJ. Complementar n° 64, de 18 de maio de 1990, o pará-
PROJETO DE LEI N° 5.268, DE 2001 grafo único do art. 22 da Lei n° 9.096, de 1995, os §§
(Da Comissão Especial Destinada ao Estudo das 10 e 20do art. 53 e o art. 55 da Lei n09.504, de 1997.
Reformas Políticas) Art. 2° O art. 359 da Lei na 4.737, de 15 de julho
de 1965 (Código Eleitoral), passa a vigorar com a se-
Altera o art. 359, da Lei n° 4.737, de
guinte redação:
15 de julho de 1965 (Código Eleitoral), o §
( do art. 7°, § 3° do art. 8°, o inciso 111 do "Art. 359. Recebida a denúncia, o Juiz
caput do art. 9°, o inciso VI do art. 15, o designará dia e hora para o interrogatório do
art. 17, parágrafo único, o art. 19, caput e acusado, ordenando a citação deste e a no-
§ 1°, e o art. 21, caput e parágrafo único, tificação do Ministério Público.
da Lei n° 9.096, de 19 de setembro de Parágrafo único. O réu ou seu defen-
1995, o § 20 do art. 60, § 1° do art. 80, o § sor, findo o interrogatório, terá o prazo de
40<)04 S0xtél-l\:irél 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto d0 20(J\
dez dias para oferecer alegações escritas alínea b do mesmo dispositivo, relação dos
prévias, arrolar testemunhas ou juntar docu- deputados federais fundadores, com o
mentos." (NR) nome do estado que representam e a vota-
ção por eles obtida.
Art. 32 O art. 22, da Lei Complementar n° 64,
de 18 de maio de 1990 (Lei das Inelegibilidades), ...................................................."(NR) .
passa a vigorar com a seguinte redação: "Art. 13 .
"Art. 22 . Parágrafo único. O partido que tenha
entre seus filiados deputados federais cujos
xv - (Revogado) votos obtidos na última eleição, somados,
atendam aos requisitos deste artigo também
tem direito a funcionamento parlamentar."
Art. 42 Os dispositivos adiante enumerados da (NR)
Lei n° 9.096, de 19 de setembro de 1995 (Lei dos "Art. 15 ..
Partidos Políticos), passam a vigorar com a seguinte
redação: VI - condições e forma de escolha de
"Art. ]O .. seus candidatos a cargos e funções eleti-
§ 1° Só é admitido o registro do estatu- vas, e admissão ou vedação do registro de
to de partido político que tenha caráter naci- candidatura para o mesmo cargo dos filia-
onal, considerando-se como tal: dos detentores de mandato de deputado fe-
a) aquele que comprove o apoiamento deral, estadual ou distrital, ou de vereador, e
de eleitores correspondente a, pelo menos, dos que tenham exercido esses cargos em
meio por cento dos votos dados na última qualquer período da legislatura que estiver
eleição geral para a Câmara dos Deputa- em curso;
dos, não computados os votos em branco e .................................................... "(NR) .
os nulos, distribuídos por um terço, ou mais, "Art. 17 .
dos estados, com um mínimo de um décimo Parágrafo único. Deferida a filiação do
por cento do eleitorado que haja votado em eleitor, ser-Ihe-á entregue comprovante, no
cada um deles; ou modelo adotado pelo partido, do qual será
b) os que tenham entre seus fundado- feita cópia para envio à Justiça Eleitoral,
res deputados federais cujos votos obtidos juntamente com as relações de que trata o
na última eleição, somados, atendam aos art. 19". (NR)
requisitos do art. 13 para obtenção do direi- "Art. 19. Na segunda semana dos me-
to a funcionamento parlamentar. ses de abril e outubro de cada ano, o parti-
...................................................."(NR) . do, por seus órgãos de direção municipais,
"Art. 8° .. regionais ou nacional, deverá remeter, aos
juízes eleitorais, para arquivamento, publi-
§ 3° Adquirida a personalidade jurídica cação e verificação do cumprimento dos
na forma deste artigo, o partido promove a prazos de filiação partidária para efeito de
obtenção do apoiamento mínimo de eleito- candidatura a cargos eletivos, a relação dos
res a que se refere a alínea a do § 1° do art. nomes de todos os seus filiados, da qual
7° e realiza os atos necessários para a constará a data de filiação, o número dos tí-
constituição definitiva de seus órgãos e de- tulos eleitorais e das seções em que estão
signação dos dirigentes na forma do seu es- inscritos, devendo ser acompanhada de có-
tatuto; é dispensado o apoiamento de eleito- pia dos comprovantes das novas filiações
res ao partido que atenda à exigência da alí- realizadas desde o envio da última relação.
nea b do mesmo dispositivo." (NR) § 1° Se a relação não é remetida nos
"Art. 9° . prazos mencionados neste artigo, permane-
ce inalterada a filiação de todos os eleitores,
III - certidões dos cartórios eleitorais constante da relação remetida anteriormen-
que comprovem ter o partido obtido o apoia- te, salvo na hipótese do disposto no § 32 do
mento mínimo de eleitores a que se refere a art. 21.
alínea a do § 1° do art. 7° ou, na hipótese da ...................................................."(NR).
Agosto de 2()O I DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEI'lJTADOS Sexta-feira 31 409()5
"Art. 21. Para desligar-se do partido, o vereador, e aos que tenham exercido esses
filiado faz comunicação escrita ao órgão de cargos em qualquer período da legislatura
direção municipal ou ao juiz eleitoral da que estiver em curso, é assegurado o regis-
zona em que for inscrito, sendo-lhe forneci- tro de candidatura para o mesmo cargo pelo
do o respectivo comprovante. partido a que estejam filiados, salvo veda-
§ 1° Decorrido um dia útil da entrega ção do estatuto partidário.
da comunicação, o vínculo torna-se extinto, ..................................................." (NR).
para todos os efeitos. "Art. 36 .
§ 2° O juiz eleitoral, no prazo de dois
dias, informará ao órgão de direção munici- § 4° Não se considera propaganda ele-
pal todas as comunicações de desligamento itoral a manifestação pública de qualquer
do partido que lhe forem dirigidas, para que pessoa, por qualquer meio, ainda que medi-
os nomes dos desligados não sejam incluí- ante material impresso, sobre assuntos polí-
dos na próxima relação de filiados, a ser fei- ticos, de administração pública e de interes-
ta de acordo com o caput do art. 19. se coletivo, antes do período definido no ca-
§ 32 Se, após o desligamento do filia- put deste artigo." (NR)
do, o partido incluir seu nome na relação a "Art. 37 ..
que se refere o art. 19, caput, o juiz, de ofí- § 1° A Justiça Eleitoral notifica o candi-
cio ou a requerimento do interessado, medi- dato ou partido presumivelmente beneficiá-
ante prova documental, desconsiderará a in- rio da pichação, inscrição a tinta ou veicula-
clusão. ção de propaganda em desacordo com o
§ 4° O filiado a um partido não poderá disposto neste artigo para que, no prazo de
filiar-se a outro sem desligar-se do primeiro; três dias, restaure o bem ou negue a res-
se não comprovado o desligamento, preva- ponsabilidade pelo dano; se o candidato ou
lecerá a filiação preexistente. " (NR) partido deixar de restaurar o bem no prazo
"Art. 22 . estipulado, será instaurado inquérito para
identificar o responsável e sujeitá-lo a multa
Parágrafo único. (Revogado)." no valor de cinco mil a quinze mil Ufirs.
"Art. 38 . ..................................................." (NR).
"Art. 39 .
Parágrafo único. No ano em que se re- § 1° O candidato, partido ou coligação
alizem eleições gerais de qualquer nível, promotora do ato fará a devida comunica-
será dobrado o valor das dotações orça- ção à autoridade policial em, no mínimo,
mentárias a que se refere o inciso IV." (NR) vinte e quatro horas antes de sua realiza-
ção, a fim de que esta lhe garanta, segundo
Art. 5° Os dispositivos adiante enumerados da
Lei nO 9.504, de 30 de setembro de 1997 (Lei das a prioridade do aviso, o direito contra quem
tencione usar o local no mesmo dia e horá-
Eleições), passam a vigorar com a seguinte reda-
ção: rio; a autoridade policial emitirá recibo indi-
cando a data e a hora em que recebeu a co-
"Art. 6° . municação.

§ 2° Na propaganda para eleição ma- § 3° O funcionamento de alto-falantes


joritária, a coligação usará, obrigatoriamen- Oll amplificadores de som, ressalvada a hi-
te, sua denominação, e, facultativamente, pótese contemplada no parágrafo seguinte,
as legendas de todos os partidos que a inte- somente é permitido entre as oito e as vinte
gram; na propaganda para eleição proporci- e duas horas, sendo vedadas a instalação
onai, cada partido usará apenas sua legen- de equipamento fixo e a parada de equipa-
da sob o nome da coligação. mento móvel em distância inferior a duzen-
....................................................."(NR) tos metros:
"Art. 8° ..
§ 1° Aos detentores de mandato de § 4° São permitidos comícios somente
deputado federal, estadual ou distrital, ou de no horário compreendido entre as oito e as
40906 Sexw-lcira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agostu de 2001
vinte e quatro horas, vedada a realização de § 9° Os partidos e coligações distribui-
shows musicais ou espetáculos, como pro- rão, entre seus candidatos, os espaços que
moções eleitorais, salvo nas convenções lhes couberem, independentemente dos cri-
partidárias, sujeitos os infratores a multa de térios estabelecidos no § 2°
dez mil a vinte mil Ufirs e as empresas pro- .................................................... "(NR) .
motoras e todos os participantes do espetá- "Art. 46. independentemente da veicu-
culo à obrigação de entregar a remuneração lação de propaganda eleitoral gratuita no
recebida ao Fundo Partidário. horário definido nesta lei, é facultada a
transmissão, por emissora de rádio ou tele-
§ 6° O descumprimento do disposto no visão, de debates sobre as eleições majori-
§ 4° constitui abuso do poder econômico, tária ou proporcional, sendo assegurada a
sujeitando o candidato beneficiário a cassa- participação de candidatos dos partidos com
ção do registro ou do diploma, observado o representação na Câmara dos Deputados,
procedimento previsto no art. 22 da Lei observado o seguinte:
Complementar n° 64, de 18 de maio de .................................................... (NR) ..
1990." (NR) "Art. 47 .
"Art. 41 - A. Ressalvado o disposto no
art. 26 e seus incisos, constitui captação de § 2° .
sufrágio, vedada por esta Lei, o candidato
doar, oferecer, prometer ou entregar ao elei- 111 - havendo mais de dois partidos ou
tor, com o fim de obter-lhe o voto, bem ou coligações concorrendo à eleição, a cada
vantagem pessoal de qualquer natureza, in- um deles poderá ser distribuído, no máximo,
clusive emprego ou função pública, desde a quarenta por cento do tempo total do horário
escolha de seu nome em convenção até o de propaganda; o período excedente que
dia da eleição, sob pena de multa de mil a lhe couber pelo critério do inciso 11 será re-
cinqüenta mil Ufirs, e cassação do registro distribuído aos demais;
ou do diploma, observado o procedimento IV - se apenas dois partidos ou coliga-
previsto no art. 22 da Lei Complementar n° ções concorrerem à eleição, o tempo de
64, de 18 de maio de 1990." (NR) cada período diário será dividido igualitaria-
"Art. 41-8. É permitido, até a véspera mente entre eles;
da eleição, o uso de simuladores de voto V - o tempo distribuído a cada partido
eletrônico, com a finalidade de ensinar os ou coligação não poderá ser fragmentado
eleitores a votar." em cada bloco de transmissão.
"Art. 42 . § 3° Para efeito do disposto neste arti-
go, a representação de cada partido na Câ-
§ 7° Após o sorteio, os partidos e coli- mara dos Deputados será aferida no mo-
gações deverão comunicar às empresas, mento da diplomação dos eleitos.
por escrito, como usarão os outdoors de ...................................................."(NR).
cada grupo dos mencionados no § 3°, com "Art. 53 .
especificação de tempo e quantidade, obe- § 1° (Revogado)
decida a periodicidade de quatorze dias de § 2° (Revogado)"
uso, confirmando sua pretensão de reno- "Art. 55. (Revogado)"
vá-lo dez dias antes do início de cada um "Art. 57 - A . As emissoras de rádio e
desses períodos. de televisão sob a responsabilidade do Se-
§ 8° Não confirmada a pretensão de nado Federal e da Câmara dos Deputados
renovar o contrato, nos termos do parágrafo deverão repetir, na íntegra, em horários a
anterior, as empresas poderão comercializar seu critério, a transmissão dos programas
os outdoors para outras finalidades ou com de propaganda eleitoral gratuita referentes à
outros partidos ou coligações, desde que, eleição presidencial". (NR)
nesse caso, nenhum deles obtenha mais de "Art. 58. A partir da escolha de candi-
dez por cento da totalidade dos espaços datos em convenção, é assegurado o direito
disponíveis para a propaganda eleitoral. de resposta a candidato, partido ou coliga-
Agosto de 2001 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 31 40Y07
ção atingidos por imagem ou afirmação ca- parágrafo único do art. 22 da Lei n09.096, de 19 de se-
luniosa, difamatória, injuriosa ou inverídica, tembro de 1995, e os §§ 1° e 2° do art. 53 e o art.
difundidos por qualquer veículo de comuni- 55 da Lei n09.504, de 30 de setembro de 1997.
cação social.
Justificação
§ 3° .. Os trabalhos da Comissão Especial da Reforma
Política têm se encaminhado para uma ampla avalia-
111- . ção dos sistemas eleitoral e partidário brasileiros,
destinada à construção do modelo de representação
g) a Justiça Eleitoral julgará obrigatori- política adequado às necessidades do País e aos an-
amente os pedidos de resposta na ordem seios de democracia de seu povo.
em que forem protocolados. Com esse objetivo, foi despendido intenso esfor-
....................................................."(NR) ço para mapear a grande variedade de tópicos cuja
"Art. 88 . análise tem sido proposta ao Congresso Nacional.
Como as eleições federais e estaduais de 2002 en-
111 - o requererem dois ou mais parti- contram-se à porta, e qualquer modificação da ordem
dos que representem, no mínimo, vinte por legal que venha a aplicar-se a elas deverá estar pro-
cento da composição da Câmara dos Depu- mulgada até os primeiros dias de outubro, algumas
tados." (NR) inovações potencialmente consensuais foram recolhi-
"Art. 98 - A. Na votação, quando admi- das neste projeto de lei - e apresentadas em conjunto
tido a penetrar no recinto da Mesa, o eleitor - para terem sua tramitação acelerada.
apresentará seu título, acompanhado de do- Em geral, as modificações aqui elencadas são
cumento público em que conste sua fotogra- de caráter operacional, visando a facilitar e dar trans-
fia, como carteira de identidade, identidade parência às eleições e ao trabalho da Justiça Eleito-
funcional ou profissional, carteira de traba- ral. Algumas delas foram propostas pelo próprio Tribu-
lho, carteira de motorista, os quais poderão nal Superior Eleitoral, na pessoa de seu presidente,
ser examinados por fiscal ou delegado de ministro Nelson Jobim, que teve a gentileza de vir à
partido." Comissão Especial partilhar com os parlamentares
suas dúvidas e preocupações.
Art. 6° São acrescidos os seguintes parágrafos
aos artigos 2° e 3° da Lei n° 9.504, de 1997: O ministro Nelson Jobim chamou a atenção
para duas dificuldades operacionais imediatas da
"Art. 2° ..
Justiça Eleitoral e uma possível inconstitucionalidade
na Lei n09.504, de 1997 (Lei das Eleições). A inconsti-
§ 5° O falecimento ou renúncia do can- tucionalidade encontra-se no § 1° do art. 8° da lei, que
didato eleito ao cargo de Presidente da Re-
assegura, aos detentores de mandatos em casas le-
pública ou de Governador, ainda que antes
gislativas, o registro de candidatura para o mesmo
da diplomação ou da posse, transfere ao
cargo na eleição subseqüente. Ora, para que tal nor-
respectivo vice, com eles registrado, o direi-
ma não colida com a liberdade de auto-organização
to subjetivo ao mandato, como titular." (NR)
das agremiações partidárias, resolvemos permitir ao
"Art. 3° .
partido afastar essa regra, desde que o afastamento
conste de seu estatuto. Com esse objetivo, além de
§ 3° O falecimento ou renúncia do can- modificação no dispositivo cuja eventual inconstituci-
didato eleito ao cargo de prefeito, ainda que onalidade se pretende sanar, propomos estender o
antes da diplomação ou da posse, transfere escopo do inciso VI doart. 15 da Lei n09.096, de 1995
ao respectivo vice-prefeito, com ele registra- (Partidos dos Partidos Políticos), referente ao conteú-
do, o direito subjetivo ao mandato, como ti- do do estatuto partidário.
tular. "
A primeira dificuldade operacional indicada pelo
(NR)
Tribunal Superior diz respeito a um detalhe da reda-
Art. 7 Esta lei entra em vigor na data de sua ção do art. 41-A, acrescentado à Lei das Eleições
publicação. pela Lei n° 9.840, de 28 de setembro de 1999. Para
Art. 8° Ficam revogados o inciso XV, do art. 22 essa dificuldade, o próprio TSE propôs solução. Tra-
da Lei Complementar n° 64, de 18 de maio de 1990, o ta-se de estender, até o momento da escolha do can-
40YOl:\ SeXla-ll:íl'i1 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS AgOstll de 200\
didato em convenção, o período dentro do qual a nor- eleitores, detentores de votos em número correspon-
ma proíbe e pune a captação de sufrágio; com a reda- dente ao que é exigido para o funcionamento parla-
ção atual, só a partir do registro da candidatura come- mentar da agremiação, nos termos do art. 13 da lei.
ça a proibição. Para que tal alternativa ganhe sustentação legal, pro-
A segunda dificuldade diz respeito à regulamen- põe-se a adaptação das regras de criação de partidos
tação da filiação partidária para os candidatos que e de registro de seus estatutos, nos arts. ]O, § 10, 8°, §
anteriormente foram filiados a outro partido, nos ter- 32, e 92, 111.
mos da Lei n° 9.096, de 1995 (Lei dos Partidos Políti- Obviamente, se se permite a criação de um par-
cos), de que o próprio ministro Jobim, quando parla- tido na forma indicada no parágrafo anterior, e estão
entar, foi um dos criadores. A lei, tendo em vista a filiados a esse partido, por definição, deputados fede-
autonomia dos partidos, tornou-os responsáveis ex- rais detentores de votos suficientes para ultrapassar a
clusivos pela preparação inicial e a correção periódi- cláusula de desempenho contida na Lei dos Partidos
ca das listas de seus filiados. Com isso, no entanto, para o funcionamento parlamentar, cabe adaptar o
possibilitou-';e que, por descuido da agremiação que art. 13 dessa lei para garantir o direito de funciona-
um candidato já abandonou, fique caracterizada sua mento parlamentar a essa agremiação.
dupla filiação, pela inclusão do nome nas listas de O funcionamento altamente satisfatório do Fun-
dois partidos, e o cancelamento de ambas, nos ter- do Partidário como veículo de fortalecimento financei-
mos do art. 22, parágrafo único. ro dos partidos enraizados na sociedade induz a que
Para esse problema, o Tribunal não apontou so- procuremos resolver, pelo mesmo caminho, o proble-
lução. Trata-se, efetivamente, de questão complexa, ma da dependência exagerada em que tais agremia-
que envolve toda a disciplina da filiação partidária e o ções se vêem frente aos financiadores privados de
próprio conceito de autonomia dos partidos. Nossa campanhas eleitorais. Para tanto, basta que as dota-
proposta é permitir, ao próprio filiado que muda de ções orçamentárias para o fundo sejam dobradas nos
partido, alcançar, junto à Justiça Eleitoral, a alteração anos em que se realizem eleições gerais, de acordo
dos registros de filiação partidária, sujeitando-o ao com o parágrafo único a ser acrescentado ao art. 38
risco de não ver sua primeira filiação desfeita enquan- da Lei dos Partidos.
to não o fizer. Para tanto, foram detalhados, no art. 21 Vários parlamentares têm manifestado preocu-
da Lei dos Partidos, os passos necessários para o fili- pação com a dificuldade para que o eleitor seja corre-
ado desligar-se de seu partido e foram adaptados os tamente identificado pelos membros da mesa recep-
arts. 17, parágrafo único, e 19, caput e § 1°. Com as tora de votos. Desde o começo desta legislatura, fo-
novas regras, o parágrafo único do art. 22, que pune a ram apensados ao PL n° 3.780/97, do Senado Fede-
dupla filiação, torna-se supérfluo e deve ser revogado. ral, cinco projetos de deputados, propondo a obriga-
Ainda no plano da legislação partidária, cabe toriedade de fotografia no título de ele~or. Para as ele-
lembrar que a Lei dos Partidos Políticos, de 1995, es- ições de 2002, resolvemos acompanhar o PL n°
tabeleceu uma nova sistemática para a criação de 2.345/00, do Deputado Jacques Wagner, que torna
agremiações e o registro de seu estatuto junto à Justi- obrigatória a apresentação de documento com foto-
ça Eleitoral. Tratou-se, de um lado, de tomar a funda- grafia no ato de votação. Quanto à redação da norma,
ção do partido um ato simples, situado exclusivamen- socorremo-nos do art. 75 da Lei n09.1 00, de 29 de se-
te no âmbito do direito privado; de outro lado, houve a tembro de 1995, que estabeleceu normas para a rea-
preocupação de resguardar o processo eleitoral, por lização das eleições municipais de 3 de outubro de
sua ligação com os procedimentos de formação da 1996, para formular o art. 98-A, a ser incorporado à
vontade do estado, de qualquer intervenção ligeira de Lei das Eleições.
agremiações sem enraizamento social. Exigiu-se, por O PL n° 2.448/00, do Deputado Gustavo Fruet,
isso, prova de apoiamento popular para que o registro em tramitação na Câmara dos Deputados, também
do estatuto partidário junto ao Tribunal Superior Elei- pode ser implementado imediatamente, sem resis-
toral se concretize. tências, por tratar-se, tão somente, de dar correção e
A Lei dos Partidos, de 1995, atuou na direção transparência ao processo penal eleitoral. Nas pala-
correta, mas as exigências que criou podem ser flexi- vras do Deputado Osmar Serraglio, relator do proces-
bilizadas. É certo que o apoiamento popular pode e so na Comissão de Constituição e Justiça e de Reda-
deve ser aferido pela colheita de assinaturas dos pró- ção, a norma proposta objetiva, com a alteração do
prios eleitores. Mas nada impede que a comprovação art. 359 do Código Eleitoral, "introduzir, na instrução
do apoio seja feita pela adesão de representantes de criminal do processo penal eleitoral, a obrigatorieda-
Agosto de 20() I DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS SexllJ-feira 31 40909
de do interrogatório do réu, constante do Código de O recurso a simuladores de voto eletrônico
Processo Penal (art. 394) e ausente do Código Eleito- como instrumento de treino dos eleitores e de propa-
ral". O relatório expressa adesão ao projeto, nos se- ganda eleitoral tem sido objeto de tratamento diver-
guintes termos: "no Estado de Direito Democrático gente por parte de tribunais regionais eleitorais, em
implantado pela Constituição Brasileira não há lugar função da ausência de um posicionamento legal
para restrição à garantia constitucional da ampla de- quanto a sua permissão. Entendemos que o uso de
fesa pela supressão, em ramo especial do Direito Pe- tais simuladores não apenas constitui um meio lícito
nai, da autodefesa do acusado". de propaganda eleitoral, como contribui para o escla-
Outro projeto de lei, em tramitação na Câmara recimento do eleitor ainda não afeito à manipulação
dos Deputados, que esclarece meritoriamente um da urna eletrônica. Por essa razão estamos propondo
problema operacional em nosso direito eleitoral é o que a Lei da Eleições incorpore autorização expressa
PL n° 4.101/01, do Deputado Neuton Lima, que acres- para o uso desses equipamentos, acrescentando-lhe
o art. 41-B.
centa parágrafos aos arts. 2° e 3° da Lei das Eleições.
O projeto determina que, no caso de falecimento, ou Ainda no que toca à campanha eleitoral, tem-se
renúncia, antes da diplomação ou da posse, de candi- percebido que as regras de distribuição do tempo de
datos eleitos para os cargos de Presidente da Repú- propaganda eleitoral no rádio e na televisão podem
blica, Governador ou Prefeito, assuma o cargo o res- permitir vantagem excessiva a favor de uma única co-
pectivo vice com eles registrados. Trata-se, nas pala- ligação concorrente. Na verdade, quando apenas dois
vras do autor do projeto, de "evitar dúvidas de inter- partidos ou coligações disputam uma eleição, não há
pretação em tema (...) crucial para a nossa Democra- motivo para que o tempo não seja distribuído igualita-
cia representativa". riamente entre eles, já no primeiro turno - e, mesmo
quando a disputa envolve mais de duas partes, não
O PL n° 4.983/01, do Deputado Divaldo Suru- há por que uma delas dispor de mais de quarenta por
agy, chama a atenção, por sua vez, para o mal uso cento do tempo disponível para a propaganda. Os in-
que se tem dado ao § 1° do art. 37 da Lei das Elei- cisos 111 e IV, a serem acrescentados ao § 2° do art. 47
ções, ao se identificar, automaticamente, o candidato da Lei das Eleições, regulam essa matéria.
presumivelmente beneficiário de propaganda irregu-
a própria legislação eleitoral esclareça que tal
lar em prédios públicos ou assemelhados como res-
prática não é admitida, até pelo fato de que a coliga-
ponsável pela prática do ilícito, sem direito a defesa.
ção, por princípio e por determinação legal, funciona,
Acatamos a preocupação e propomos modificação do
em cada pleito, como um partido (inciso V, a ser
dispositivo citado.
acrescentado ao § 2° do art. 47 da Lei das Eleições).
Do Senador Roberto Requião (PL n° 3.383/00,
O bom uso do horário eleitoral gratuito no rádio
do Senado Federal), acolhemos a preocupação com e na televisão tem sido prejudicado pela distribuição
a possibilidade de que se confundam declarações so- algo desequilibrada do direito de resposta entre os
bre assuntos políticos, de administração pública e de candidatos e partidos que recorrem à Justiça por se
interesse coletivo, com propaganda eleitoral fora do sentirem ofendidos com a propaganda eleitoral dos
período a ela reservado na Lei das Eleições. Para tor- adversários. Muitas vezes, a vontade do legislador,
nar clara a distinção, propomos § 42, a ser acrescen- manifestada no momento de criação das normas para
tado ao art. 36 da lei. a distribuição do tempo de propaganda gratuita, aca-
A experiência dos parlamentares que compõem ba por ver-se totalmente desvirtuada. Alguns parla-
a Comissão Especial da Reforma Política tem trazido mentares começam a julgar que o direito de resposta
a torna percepções importantes sobre dificuldades li- deva ser, simplesmente, desconsiderado, nesse
gadas à campanha eleitoral. Assim, por exemplo, per- caso; afinal, todos os candidatos dispõem de tempo
cebe-se que, principalmente em municípios de pe- no horário gratuito para se defenderem quando julga-
quena dimensão, proibir a passagem de equipamen- rem necessário.
tos de som nos duzentos metros ao redor de alguns Por enquanto, propomos apenas uma redução
estabelecimentos públicos torna-se restrição excessi- da discricionariedade do julgador no momento de de-
va à campanha. De outra parte, retomamos a preocu- cidir sobre a concessão do direito de resposta no
pação, presente nesta Casa, com o caráter desvirtu- caso de ofensas veiculadas no horário eleitoral gratui-
ante dos chamados showmícios. As alterações pro- to. Nessa linha se situa a revogação dos parágrafos
postas nessa área visam ao art. 39 da Lei das Elei- do art. 53 e o art. 55 da Lei das Eleições - e a inclusão
ções. de dispositivo no art. 58, § 3°, 111, que obriga a Justiça
40910 Sexta-feira 31 J)IÁIUO DA CÁMAI{A DOS DEPUTADOS Agosto de 2001
Eleitoral a decidir sobre os pedidos de resposta na or- nuará, contudo, a trabalhar sobre as questões mais
dem em que forem protocolados. complexas que motivam sua existência.
Ainda nesse capítulo, parece perfeitamente ra- Sala das Sessões, 28 de agosto de 2001. -
zoável que o legislador aproveite a exístência de Deputado Olavo Calheiros, Presidente da Comissão
emissoras como a TV Câmara e a TV Senado como Especial- Reformas Políticas.
mais um canal para levar a mensagem dos partidos,
LEGISLAÇÃO CITADA ANEXADA PELA
repetidamente, aos eleitores; afinal, no período de
COORDENAÇÃO DE ESTUDOS LEGISLATlVOS-
campanha, nada se assemelha mais ao conteúdo CeDI
adequado a emissoras dessa natureza que o debate
eleitoral de idéias e propostas. LEI N° 4.737, DE 15 DE JULHO DE 1965
A propaganda em outdoors foi objeto de cuida- Institui o Código Eleitoral.
dosa regulamentação na legislação eleitoral. No en-
tanto, inadvertidamente, se penalizou de forma des-
necessária as empresas que os comercializam, impe- PARTE QUINTA
dindo que os locais reservados para propaganda elei- Disposições Várias
toral sejam vendidos a outros interessados, nos pe-
ríodos em que eles não estão sendo ocupados pelos
partidos e coligações aos quais couberam em sorteio. TíTULO IV
As modificações nos §§ 7° e 8° do art. 42 da lei das Disposições Penais
Eleições destinam-se a suprimir essa distorção, cui-
dando, contudo, de criar garantias contra uma eventu-
al concentração excessiva de locais em poder de um CAPíTULO 111
ou alguns concorrentes. Ademais, ainda no art. 42, Do Processo das Infrações
modificamos ligeiramente o § 9° para deixar claro que
os partidos podem distribuir os outdoors que lhes ca- Art. 359. Recebida a denúncia e citado o infrator,
bem, entre as várias eleições que acontecem na mes- terá este o prazo de la (dez) dias para contestá-Ia, po-
ma data, de acordo com seus interesses políticos, li- dendo juntar documentos que ilidam a acusação e ar-
vres de qualquer coerção legal. rolar as testemunhas que tiver.
Por fim, no art. 88 da lei das Eleições, retoma- Art. 360. Ouvidas as testemunhas da acusação
mos uma preocupação, também recorrente na legis- e da defesa e praticadas as diligências requeridas
lação eleitoral, com a garantia, para os partidos políti- pelo Ministério Público e deferidas ou ordenadas pelo
cos, do direito de recontagem dos votos nas urnas juiz, abrir-se-á o prazo de 5 (cinco) dias a cada uma
sob suspeita. Para que tal prerrogativa não assuma das partes - acusação e defesa - para alegações fi-
proporções que dificultem a atuação da Justiça eleito- nais.
ral, a recontagem por solicitação partidária só se tor-
na obrigatória quando encaminhada por mais de um
partido - e desde que eles tenham representação
consistente na Câmara dos Deputados. LEI COMPLEMENTAR N° 64,
DE 18 DE MAIO DE 1990.
A mudança proposta à lei das Inetegibilidades
(revogação do inciso XV do art. 22) não se dirige a Estabelece, de Acordo Com O art.
conteúdos reservados pela Constituição Federal à le- 14, § 9° da Constituição Federal. Casos
gislação complementar, mas apenas a aspectos pro- de Inelegibilidade, Prazos de Cessação e
cessuais contidos na lei. Trata-se de evitar um pro- Determina Outras Providências.
cesso inacabável e concentrar esforços na resolução
dos conflitos jurídicos já durante o desenvolvimento Art. 22. Qualquer partido político, coligação,
dos procedimentos eleitorais. candidato ou Ministério Público Eleitoral poderá re-
Todas as propostas citadas podem ser objeto de presentar à Justiça Eleitoral, diretamente ao Correge-
análise rápida e desapaixonada por parte dos parla- dor-Gerai ou Regional, relatando fatos e indicando
mentares, de maneira a trazerem aperfeiçoamentos provas, indícios e circunstâncias e pedir abertura de
ao processo eleitoral já no primeiro pleito que se apro- investigação judicial para apurar uso indevido, desvio
xima. A Comissão Especial da Reforma Política conti- ou abuso do poder econômico ou do poder de autori-
Agosto dl: 2001 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sl:xlu-fcira 31 40911
dade, ou utilização indevida de veículos ou meios de IX - se o terceiro, sem justa causa, não exibir o
comunicação social, em benefício de candidato ou de documento, ou não comparecer a Juízo, o Juiz poderá
partido político, obedecido o seguinte rito: expedir contra ele mandado de prisão e instaurar pro-
I - o Corregedor, que terá as mesmas atribui- cesso por crime de desobediência;
ções do Relator em processos judiciais, ao despachar X - encerrado o prazo da dilação probatória, as
a inicial, adotará as seguintes providências: partes, inclusive o Ministério Público, poderão apre-
a) ordenará que se notifique o representado do sentar alegações no prazo comum de 2 (dois) dias;
conteúdo da petição, entregando-se-Ihe a segunda Xl- terminado o prazo para alegações, os autos
via apresentada pelo representante com as cópias serão conclusos ao Corregedor, no dia imediato, para
dos documentos a fim de que, no prazo de 5 (cinco) apresentação de relatório conclusivo sobre o que
dias, ofereça ampla defesa, juntada de documentos e houver sido apurado;
rol de testemunhas, se cabível; XII- o relatório do Corregedor, que será assen-
b) determinará que se suspenda o ato que deu tado em 3 (três) dias, e os autos da representação se-
motivo à representação, quando for relevante o funda- rão encaminhados ao Tribunal competente, no dia
mento e do ato impugnado puder resultar a ineficiên- imediato, com pedido de inclusão incontinenti do feito
cia da medida, caso seja julgada procedente; em pauta, para julgamento na primeira sessão subse-
qüente;
c) indeferirá desde logo a inicial, quando não for
caso de representação ou, lhe faltar algum requisito XIII- no Tribunal, o Procurador-Geral ou Regio-
desta Lei Complementar. nal Eleitoral terá vista dos autos por 48 (quarenta e
oito) horas, para se pronunciar sobre as imputações e
11 - no caso do Corregedor indeferir a reclama-
conclusões do Relatório;
ção ou representação, ou retardar-lhe a solução, po-
XIV - julgada procedente a representação, o Tri-
derá o interessado renová-Ia perante o Tribunal, que
resolverá dentro de 24 (vinte e quatro) horas; bunal declarará a inelegibilidade do representado e
de quantos hajam contribuído para a prática do ato,
111- o interessado, quando for atendido ou ocor-
cominando-lhes sanção de inelegibilidade para as
rer demora, poderá levar o fato ao conhecimento do
eleições a se realizarem nos 3 (três) anos subseqüen-
Tribunal Superior Eleitoral, a fim de que sejam toma-
tes à eleição em que se verificou, além da cassação
das as providências necessárias;
do registro do candidato diretamente beneficiado pela
IV - feita a notificação, a Secretaria do Tribunal interferência do poder econômico e pelo desvio ou
juntará aos autos cópia autêntica do ofício endereça- abuso do poder de autoridade, determinando a re-
do ao representado, bem como a prova da entrega ou messa dos autos ao Ministério Público Eleitoral, para
da sua recusa em aceitá-Ia ou dar recibo; instauração de processo disciplinar, se for o caso, e
V - findo o prazo da notificação, com ou sem processo-crime, ordenando quaisquer outras provi-
defesa, abrir-se-á prazo de 5 (cinco) dias para inqui- dências que a espécie comportar;
rição, em uma só assentada, de testemunhas arrola- XV - se a representação for julgada proceden-
das pelo representante e pelo representado, até o te após a eleição do candidato, serão remetidas có-
máximo de 6 (seis) para cada um, as quais compa- pias de todo o processo ao Ministério Público Eleito-
recerão independentemente de intimação; ral, para os fins previstos no art. 14, parágrafos 10 e
11, da Constituição Federal, e art. 262, inciso IV, do
VI - nos 3 (três) dias subseqüentes, o Corre-
Código Eleitoral.
gedor procederá a todas diligências que determinar,
"ex officio" ou a requerimento das partes; Parágrafo único. O recurso contra a diploma-
ção, interposto pelo representante, não impede a
VII - no prazo da alínea anterior, o Corregedor atuação do Ministério Público no mesmo sentido.
poderá ouvir terceiros, referidos pelas partes, ou
Art. 23. O Tribunal formará sua convicção pela
testemunhas, como conhecedores dos fatos e cir-
cunstâncias que possam influir na decisão do feito; livre apreciaçao dos fatos públicos e notórios, dos
indícios e presunções e prova produzida, atentando
VIII - quando qualquer documento necessário para circunstâncias ou fatos, ainda que não indica-
à formação da prova se achar em poder de terceiro, dos ou alegados pelas partes, mas que preservem o
inclusive estabelecimento de crédito, oficial ou priva- interesse público de lisura eleitoral.
do, o Corregedor poderá, ainda, no mesmo prazo,
ordenar o respectivo depósito ou requisitar cópias;
40<)12 Sexla-ll:ira 31 I)IA' 1'1(··)
\. I)A (':A'
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A DOS DEPUTADOS AgllSlu
_ de 2001

LEI W9.096, DE 19 DE SETEMBRO DE 1995 § 1° requerimento indicara o nome e função dos


dirigentes provisórios e o endereço da sede do parti-
Dispõe sobre Partidos Políticos, Re- do na Capital Federal.
gulamenta Os artigos 17 e 14, § 3° inciso § 2° Satisfeitas as exigências deste artigo, o Ofi-
V, da Constituição Federal. ciai do Registro Civil efetua o registro no livro corres-
pondente, expedindo certidão de inteiro teor.
TíTULO I § 3° Adquirida a personalidade jurídica na forma
Disposições Preliminares deste artigo, o partido promove a obtenção do apoia-
mento mínimo de eleitores a que se refere o § 1° do
art, 7° e realiza os atos necessários para a constitui-
Art. 7° O partido político, após adquirir persona-
ção definitiva de seus órgãos e designação dos diri-
lidade jurídica na forma da lei civil, registra seu estatu-
gentes, na forma do seu estatuto.
to no Tribunal Superior Eleitoral.
Art. 9° Feita a constituição e designação, referi-
§ 1° Só é admitido o registro do estatuto de parti- das no § 3° do artigo anterior, os dirigentes nacionais
do político que tenha caráter nacional, consideran- promoverão o registro do estatuto do partido junto ao
do-se como tal aquele que comprove o apoiamento Tribunal Superior Eleitoral, através de requerimento
de eleitores correspondente a, pelo menos, meio por acompanhado de:
cento dos votos dados na última eleição geral para a
I - exemplar autenticado do inteiro teor do pro-
Câmara dos Deputados, não computados os votos
grama e do estatuto partidários, inscritos no Registro
em branco e os nulos, distribuídos por um terço, ou
Civil;
mais, dos Estados, com um mínimo de um décimo por
cento do eleitorado que haja votado em cada um de-
11- certidão do registro civil da pessoa jurídica a
que se refere o § 2° do artigo anterior;
les.
111 - certidões dos cartórios eleitorais que com-
§ 2° Só o partido que tenha registrado seu esta-
provem ter o partido obtido o apoiamento mínimo de
tuto no Tribunal Superior Eleitoral pode participar do
eleitores a que se refere o § 1° do art, 7 0 .
processo eleitoral, receber recursos do Fundo Parti-
dário e ter acesso gratuito ao rádio e à televisão, nos § 1° A prova do apoiamento mínimo de eleitores
termos fixados nesta lei. é feita por meio de suas assinaturas, com menção ao
número do respectivo título eleitoral, em listas organi-
§ 3° Somente o registro do estatuto do p~~ido zadas para cada Zona, sendo a veracidade das res-
no Tribunal Superior Eleitoral assegura a exclUSIvida- pectivas assinaturas e o número dos títulos atestados
de da sua denominação, sigla e símbolos, vedada a pelo Escrivão Eleitoral.
utilização, por outros partidos, de variações que ve-
§ 2° O Escrivão Eleitoral dá imediato recibo de
nham a induzir a erro ou confusão.
cada lista que lhe for apresentada e, no prazo de quin-
CAPíTULO I ze dias, lavra o seu atestado, devolvendo-a ao inte-
Da Criação e do Registro dos Partidos Políticos ressado,
§ 3° Protocolado o pedido de registro no Tribunal
Art. 8° O requerimento do registro de partido po- Superior Eleitoral, o processo respectivo, no prazo de
lítico, dirigido ao cartório competente do Registro Civil quarenta e oito horas, é distribuído a u~ Relator, ~ue,
das Pessoas Jurídicas, da Capital Federal, deve ser ouvida a Procuradoria-Geral, em dez dias, determma,
subscrito pelos seus fundadores, em número nunca em igual prazo, diligências para sanar eventuais fa-
inferior a cento e um, com domicílio eleitoral em, no lhas do processo,
mínimo, um terço dos Estados, e será acompanhado
§ 4° Se não houver diligências a determinar, ou
de:
após o seu atendimento, o Tribunal Superi~r Ele,itoral
I - cópia autêntica da ata da reunião de funda- registra o estatuto do partido, no prazo de trinta dias,
ção do partido;
11 - exemplares do Diário Oficial que publicou,
no seu inteiro teor, o programa e o estatuto; CAPíTULO 11
Do Funcionamento Parlamentar
111- relação de todos os fundadores com o nome
completo, naturalidade, número do titulo eleitoral com Art. 13. Tem direito a funcionamento parlamen-
a Zona, Seção, Município e Estado, profissão e ende- tar, em todas as Casas legislativas para as quais te-
reço da residência. nha elegido representante, o partido, que em cada
Agosto de 2001 DIÁRIO DA CÁMARA DOS DEPUTADOS SeXIa-leira 31 40913
eleição para a Câmara dos Deputados obtenha o um ano antes da data fixada para as eleições, majori-
apoio de, no mínimo, como por cento dos votos apura- tárias ou proporcionais.
dos, não computados os brancos e os nulos, distribuí- Art. 19. Na segunda semana dos meses de abril
dos em, pelo menos, um terço dos Estados, com um e outubro de cada ano, o partido, por seus órgãos de
mínimo de dois por cento do total de cada um deles. direção municipais, regionais ou nacional, deverá re-
meter, aos juízes eleitorais, para arquivamento, publi-
CAPíTULO 111
Do Programa e do Estatuto cação e cumprimento dos prazos de filiação partidá-
ria para efeito de candidatura a cargos eletivos, a rela-
Art. 14. Observadas as disposições constitucio- ção dos nomes de todos os seus filiados, da qual
nais e as desta lei, o partido é livre para fixar, em seu constará a data de filiação, o número dos títulos elei-
programa, seus objetivos políticos e para estabelecer, torais e das seções em que estão inscritos.
em seu estatuto, a sua estrutura interna, organização • Artigo caput, com redação dada pela Lei n° 9.504, de
e funcionamento. 30-9-1997.

Art. 15. O Estatuto do partido deve conter, entre § 10 Se a relação não é remetida nos prazos
outras, normas sobre: mencionados neste artigo, permanece inalterada a fi-
liação de todos os eleitores, constante da relação re-
1- nome, denominação abreviada e o estabele-
metida anteriormente.
cimento da sede na Capital Federal;
§ 2° Os prejudicados por desídia ou má-fé pode-
11 - filiação e desligamento de seus membros;
rão requer, diretamente à Justiça Eleitoral, a obser-
111- direitos e deveres dos filiados: vância do que prescreve o caput deste artigo.
IV - modo como se organiza e administra, com a Art. 20. É facultado ao partido político estabele-
definição de sua estrutura geral e identificação, com- cer, em seu estatuto, prazos de filiação partidária su-
posição e competências dos órgãos partidários nos periores aos previstos nesta lei, com vistas a candi-
níveis municipal, estadual e nacional, duração dos datura a cargos eletivos.
mandatos e processo de eleição dos seus membros;
Parágrafo único. Os prazos de filiação partidá-
V - fidelidade e disciplina partidárias, processo ria, fixados no estatuto do partido, com vistas a candi-
para apuração das infrações e aplicação das penali- datura a cargos eletivos, não podem ser alterados no
dades, assegurado amplo direito de defesa; ano da eleição.
VI - condições e forma de escolha de seus can-
didatos a cargos e funções eletivas: Art. 21. Para desligar-se do partido, o filiado
faz comunicação escrita ao órgão de direção munici-
VII - finanças e contabilidade, estabelecendo,
pal e ao Juiz Eleitoral da Zona em que for inscrito.
inclusive, normas que os habilitem a apurar as quanti-
as que os seus candidatos possam despender com a Parágrafo único. Decorridos dois dias da data
própria eleição, que fixem os limites das contribuições da entrega da comunicação, o vínculo torna-se ex-
dos filiados e definam as diversas fontes de receita do tinto, para todos os efeitos.
partido, além daquelas previstas nesta lei;
Art. 22. O cancelamento imediato da filiação
VII - critérios de distribuição dos recursos do partidária verifica-se nos casos de:
Fundo Partidário entre os órgãos de nível municipal,
estadual e nacional que compõem o partido; 1- morte;
IX - procedimento de reforma do programa e do 11 - perda dos direitos políticos;
. estatuto.
111 - expulsão;
Art. 16. Só pode filiar-se a partido o eleitor que
estiver no pleno gozo de seus direitos políticos. IV - outras formas previstas no estatuto, com
Art. 17. Considera-se deferida, para todos os comunicação obrigatória ao atingido no prazo de
efeitos, a filiação partidária, com o atendimento das quarenta e oito horas da decisão.
regras estatutárias do partido.
Parágrafo único. Quem se filia a outro partido
Parágrafo único. Deferida a filiação do eleitor, deve fazer comunicação ao partido e ao juiz de sua
será entregue comprovante ao interessado, no mode- respectiva Zona Eleitoral, para cancelar sua filiação;
lo adotado pelo partido. se não o fizer no dia imediato ao da nova filiação,
Art. 18. Para concorrer a cargo eletivo, o eleitor fica configurada dupla filiação, sendo ambas consi-
deverá estar filiado ao respectivo partido pelo menos deradas nulas para todos os efeitos.
40914 Sexta-feira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2001
CAPíTULO V em nome do partido político ou por depósito bancário
Da Fidelidade e da Disciplina Partidárias diretamente na conta do partido político.
Art. 23. A responsabilidade por violação dos de- § 4° (Revogado pela lei n09.504, de 30-9-1997).
veres partidários deve ser apurada e punida pelo
competente órgão, na conformidade do que disponha
TíTULO V
o estatuto de cada partido.
Disposições Gerais
§ 1° Filiado algum pode sofrer medida discipli-
nar ou punição por conduta que não esteja tipificada
no estatuto do partido político. Art. 53. A fundação ou instituto de direito priva-
§ 2° Ao acusado é assegurado amplo direito de do, criado por partido político, destinado ao estudo e
defesa. pesquisa, à doutrinação e à educação política,
rege-se pelas normas da lei civil e tem autonomia
TíTULO 111 para contratar com instituições públicas e privadas,
Das Finanças e Contabilidade dos Partidos prestar serviços e manter estabelecimentos de acor-
do com suas finalidades, podendo, ainda, manter in-
tercâmbio com instituições não nacionais.
CAPíTULO 11 Art. 54. Para fins de aplicação das normas esta-
Do Fundo Partidário belecidas nesta lei, consideram-se corno equivalen-
Ad. 38. O Fundo Especial de Assistência Finan- tes a Estados e Municípios o Distrito Federal e os Ter-
ceiraaos Partidos Políticos (Fundo Partidário) écons- ritórios e respectivas divisões político-administrati-
tituído por: vas.
I - multas e penalidades pecuniárias aplicadas TíTULO VI
nos termos do Código Eleitoral e leis conexas; Disposições Finais e Transitórias
" - recursos financeiros que lhe forem destina-
dos por lei, em caráter permanente ou eventual; Art. 55. O partido político que, nos termos da le-
gislação anterior, tenha registro definitivo, fica dispen-
111 - doações de pessoa física ou jurídica, efetu-
sado da condição estabelecida no § 1° do art. 7° e
adas por intermédio de depósitos bancários direta-
deve providenciar a adaptação de seu estatuto às dis-
mente na conta do Fundo Partidário;
posições desta lei, no prazo de seis meses da data
IV - dotações orçamentárias da União em valor
de sua publicação.
nunca inferior, cada ano, ao número de eleitores ins-
critos em 31 de dezembro do ano anterior ao da pro- § 1° A alteração estatutária com a finalidade pre-
posta orçamentária, multiplicados por trinta e cinco vista neste artigo pode ser realizada pelo partido polí-
centavos de real, em valores de agosto de 1995. tico em reunião do órgão nacional máximo, especial-
mente convocado na forma dos estatutos, com ante-
§ 1°(Vetado)
cedência mínima de trinta dias e ampla divulgação,
§ 2°(Vetado) entre seus órgãos e filiados, do projeto do estatuto.
Art. 39. Ressalvado o disposto no art. 31 ,o parti-
§ 2° Aplicam-se as disposições deste artigo ao
do político pode receber doações de pessoas físicas
partido que, na data da publicação desta lei:
e jurídicas para constituição de seus fundos.
1- tenha completado seu processo de organiza-
§ 1° As doações de que trata este artigo podem
ção nos termos - da legislação anterior e requerido o
ser feitas diretamente aos órgãos de direção nacio-
registro definitivo;
nal, estadual e municipal, que remeterão, à Justiça
Eleitoral e aos órgãos hierarquicamente superiores 11 - tenha seu pedido de registro sub judice,
do partido, o demonstrativo de seu recebimento e res- desde que sobrevenha decisão favorável do órgão ju-
pectiva destinação, juntamente com o balanço contá- diciário competente;
bil. 111 - tenha requerido registro de seus estatutos
§ 2° Outras doações, quaisquer que sejam, de- junto ao Tribunal Superior Eleitoral, após o devido re-
vem ser lançadas na contabilidade do partido, defini- gistro como entidade civil.
dos seus valores em moeda corrente. Art. 56. No período entre a data da publicação
§ 3° As doações em recursos financeiros devem desta Lei e o inicio da próxima legislatura, será obser-
ser, obrigatoriamente, efetuadas por cheque cruzado vado o seguinte:
Agosto de 20(J I DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-teira 31 40915
I - fica assegurado o direito ao funcionamento didatos mais votados, e considerando-se eleito o que
parlamentar na Câmara dos Deputados ao partido obtiver a maioria dos votos válidos.
que tenha elegido e mantenha filiados, no mínimo, § 2° Se antes de realizado o segundo turno,
três representantes de diferentes Estados; ocorrer morte, desistência ou impedimento legal de
11 - a Mesa Diretora da Câmara dos Deputados candidato, convocar-se-á, dentre os remanescentes,
disporá sobre o funcionamento da representação par- o de maior votação.
tidária conferida, nesse período, ao partido que pos-
§ 3° Se, na hipótese dos parágrafos anteriores,
sua representação eleita ou filiada em número inferior
remanescer em segundo lugar mais de um candidato
ao disposto no inciso anterior;
com a mesma votação, qualificar-se-á o mais idoso.
111 - ao partido que preencher as condições do
inciso I é assegurada a realização anual de um pro-
§ 4° A eleição do Presidente importará a do can-
grama, em cadeia nacional, com a duração de dez mi- didato a Vice-Presidente com ele registrado, o mes-
mo se aplicando à eleição de Governador.
nutos;
IV - ao partido com representante na Câmara Art. 3° Será considerado eleito Prefeito o candi-
dos Deputados desde o início da Sessão Legislativa dato que obtiver a maioria dos votos, não computados
de 1995, fica assegurada a realização de um progra- os em branco e os nulos.
ma em cadeia nacional em cada semestre, com a du- § 1° A eleição do Prefeito importará a do candi-
ração de ci nco minutos, não cumulativos com o tempo dato a Vice-Prefeito com ele registrado.
previsto no inciso 111; § 2° Nos Municípios com mais de duzentos mil
V - vinte e nove por cento do Fundo Partidário eleitores, aplicar-se-ão as regras estabelecidas nos
será destacado para distribuição a todos os partidos §§ 1° a 3° do artigo anterior.
com estatutos registrados no Tribunal Superior Eleito-
Art. 4° Poderá participar das eleições o partido
ral, na proporção da representação parlamentar filia-
que, até um ano antes do pleito, tenha registrado seu
da no início da Sessão Legislativa de 1995.
estatuto no Tribunal Superior Eleitoral, conforme o
disposto em lei, e tenha, até a data da convenção, ór-
gão de direção constituído na circunscrição, de acor-
LEI N° 9.504, DE 30 DE SETEMBRO DE 1997 do com o respectivo estatuto.

Estabelece normas para as eleições. Art. 5° Nas eleições proporcionais, contam-se


como válidos apenas os votos dados a candidatos re-
Disposições Gerais gularmente inscritos e às legendas partidárias.
Art. 1° As eleições para Presidente e Vice-Presi- Das Coligações
dente da República, Governador e Vice-Governador
de Estado e do Distrito Federal, Prefeito e Vice-Prefei- Art. 6° É facultado aos partidos políticos, dentro
to, Senador, Deputado Federal, Deputado Estadual, da mesma circunscrição, celebrar coligações para
Deputado Distrital e Vereador dar-se-ão, em todo o eleição majoritária, proporcional, ou para ambas, po-
País, no primeiro domingo de outubro do ano respec- dendo, neste último caso, formar-se mais de uma coli-
tivo. gação para a eleição proporcional dentre os partidos
Parágrafo único. Serão realizadas simultanea- que integram a coligação para o pleito majoritário.
mente as eleições: § 1° A coligação terá denominação própria, que
1- para Presidente e Vice-Presidente da Repú- poderá ser a junção de todas as siglas dos partidos
blica, Governador e Vice-Governador de Estado e do que a integram, sendo a ela atribuídas as prerrogati-
Distrito Federal, Senador, Deputado Federal, Deputa- vas e obrigações de partido político no que se refere
do Estadual e Deputado Distrital; ao processo eleitoral, e devendo funcionar como um
11 - para Prefeito, Vice-Prefeito e Vereador. só partido no relacionamento com a Justiça Eleitoral e
Art. 2° Será considerado eleito o candidato a no trato dos interesses interpartidários.
Presidente ou a Governador que obtiver a maioria ab- § 2° Na propaganda para eleição majoritária, a
soluta de votos, não computados os em branco e os coligação usará, obrigatoriamente, sob sua denomi-
nulos. nação, as legendas de todos os partidos que a inte-
§ 1° Se nenhum candidato alcançar maioria ab- gram; na propaganda para eleição proporcional, cada
soluta na primeira votação, far-se-á nova eleição no partido usará apenas sua legenda sob o nome da co-
último domingo de outubro, concorrendo os dois can- ligação.
40YI6 Scxtu-tCira 31 DIÁRIO DA CÁMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 200l
§ 3° Na formação de coligações, devem ser ob- § 1° Aos detentores de mandato de Deputado
servadas, ainda, as seguintes normas: Federal, Estadual ou Distrital, ou de Vereador, e aos
I - na chapa da coligação, podem inscrever-se que tenham exercido esses cargos em qualquer pe-
candidatos filiados a qualquer partido político dela in- ríodo da legislatura que estiver em curso é assegura-
tegrante; do o registro de candidatura para o mesmo cargo pelo
11- o pedido de registro dos candidatos deve ser partido a que estejam filiados.
subscrito pelos presidentes dos partidos coligados, § 2° Para a realização das convenções de esco-
por seus delegados, pela maioria dos membros dos lha de candidatos, os partidos políticos poderão usar
respectivos órgãos executivos de direção ou por re- gratuitamente prédios públicos, responsabilizando-se
presentante da coligação, na forma do inciso 111; por danos causados com a realização do evento.
111 - os partidos integrantes da coligação devem .
designar um representante, que terá atribuições equi- Da Propaganda Eleitoral em Geral
valentes às de presidente de partido político, no trato
dos interesses e na representação da coligação, no Art. 36. A propaganda eleitoral somente é permi-
que se refere ao processo eleitoral; tida após o dia 5 de julho do ano da eleição.
IV - a coligação será representada perante a § 1° Ao postulante a candidatura a cargo eletivo
Justiça Eleitoral pela pessoa designada na forma do é permitida a realização, na quinzena anterior à esco-
inciso 111 ou por delegados indicados pelos partidos lha pelo partido, de propaganda intrapartidária com
que a compõem, podendo nomear até: vista à indicação de seu nome, vedado o uso de rádio,
a) três delegados perante o Juízo Eleitoral; televisão e outdoor.
b) quatro delegados perante o Tribunal Regional § 2° No segundo semestre do ano da eleição,
Eleitoral; não será veiculada a propaganda partidária gratuita
c) cinco delegados perante o Tribunal Superior prevista em lei nem permitido qualquer tipo de propa-
Eleitoral. ganda política paga no rádio e na televisão.
§ 3° A violação do disposto neste artigo sujeitará
Das Convenções para a Escolha de Candidatos o responsável pela divulgação da propaganda e,
Art. ]O As normas para a escolha e substituição quando comprovado seu prévio conhecimento, o be-
dos candidatos e para a formação de coligações se- neficiário, à multa no valor de vinte mil a cinqüenta mil
rão estabelecidas no estatuto do partido observadas UFI R ou equivalente ao custo da propaganda, se este
as disposições desta lei. for maior.
§ 1° Em caso de omissão do estatuto, caberá ao Art. 37. Nos bens cujo uso dependa de cessão
órgão de direção nacional do partido estabelecer as ou permissão do Poder Público, ou que a ele perten-
normas a que se refere este artigo, publicando-as no çam, e nos de uso comum, é vedada a pichação, ins-
Diário Oficial da União até cento e oitenta dias antes crição a tinta e a veiculação de propaganda, ressalva-
das eleições. da a fixação de placas, estandartes, faixas e asseme-
§ 2° Se a convenção partidária de nível inferior lhados nos postes de iluminação pública, viadutos,
se opuser, na deliberação sobre coligações, às diretri- passarelas e pontes, desde que não lhes cause dano,
zes legitimamente estabelecidas pela convenção na- dificulte ou impeça o seu uso e o bom andamento do
cional, os órgãos superiores do partido poderão, nos tráfego.
termos do respectivo estatuto, anular a deliberação e § 1° A pichação, a inscrição a tinta ou a veicula-
os atos dela decorrentes. ção de propaganda em desacordo com o disposto
§ 3° Se, da anulação de que trata o parágrafo neste artigo sujeitam o responsável à restauração do
anterior, surgir necessidade de registro de novos can- bem e a multa no valor de cinco mil a quinze mil UFIR.
didatos, observar-se-ão, para os respectivos requeri- § 2° Em bens particulares, independe da obten-
mentos, os prazos constantes dos §§ 1° e 3° do art. ção de licença municipal e de autorização da Justiça
13. Eleitoral, a veiculação de propaganda eleitoral por
Art. 8° A escolha dos candidatos pelos partidos meio da fixação de faixas, placas, cartazes, pinturas
e a deliberação sobre coligações deverão ser feitas ou inscrições.
no período de 10 a 30 de junho do ano em que se rea- § 3° Nas dependências do Poder Legislativo, a
lizarem as eleições, lavrando-se a respectiva ata em veiculação de propaganda eleitoral fica a critério da
livro aberto e rubricado pela Justiça Eleitoral. Mesa Diretora.
Agosto de 20() I DIÁRIO DA CÁMARA DOS DEPUTADOS Sexta-kiru 31 40917
Art. 38. Independe da obtenção de licença muni- com a alternativa de prestação de serviços à comuni-
cipal e de autorização da Justiça Eleitoral a veicula- dade pelo mesmo período, e multa no valor de dez mil
ção de propaganda eleitoral pela distribuição de fo- a vinte mil UFIR.
lhetos, volantes e outros impressos, os quais devem Art. 41. A propaganda exercida nos termos da
ser editados sob a responsabilidade do partido, coli- legislação eleitoral não poderá ser objeto de multa
gação ou candidato. nem cerceada sob alegação do exercício do poder de
Art. 39. A realização de qualquer ato de propa- polícia.
ganda partidária ou eleitoral, em recinto aberto ou fe- Art. 41-A. Ressalvado o disposto no art. 26 e
chado, não depende de licença da polícia. seus incisos, constitui captação de sufrágio, vedada
§ 1° O candidato, partido ou coligação promoto- por esta Lei, o candidato doar, oferecer, prometer, ou
ra do ato fará a devida comunicação à autoridade poli- entregar, ao eleitor, com o fim de obter-lhe o voto,
ciai em, no mínimo, vinte e quatro horas antes de sua bem ou vantagem pessoal de qualquer natureza, in-
realização, a fim de que esta lhe garanta, segundo a clusive emprego ou função pública, desde o registro
prioridade do aviso, o direito contra quem tencione da candidatura até o dia da eleição, inclusive, sob
usar o local no mesmo dia e horário. pena de multa de mil a cinqüenta mil Ufir, e cassação
§ 2° A autoridade policial tomará as providênci- do registro ou do diploma, observado o procedimento
as necessárias à garantia da realização do ato e ao previsto no art. 22 da Lei Complementar n° 64, de 18
funcionamento do tráfego e dos serviços públicos que de maio de 1990.
• Artigo acrescido pela Lei nO 9.840, de 28-9-1999.
o evento possa afetar.
§ 3° O funcionamento de alto-falantes ou ampli- Da Propaganda Eleitoral Mediante outdoors
ficadores de som, ressalvada a hipótese contemplada
Art. 42. A propaganda por meio de outdoors so-
no parágrafo seguinte, somente é permitido entre as
mente é permitida após a realização de sorteio pela
oito e as vinte e duas horas, sendo vedados a instala-
Justiça Eleitoral.
ção e o uso daqueles equipamentos em distância in-
§ 1° As empresas de publicidade deverão relaci-
ferior a duzentos metros:
onar os pontos disponíveis para a veiculação de pro-
1- das sedes dos Poderes Executivo e Legislati- paganda eleitoral em quantidade não inferior à meta-
vo da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos de do total dos espaços existentes no território muni-
Municípios, das sedes dos Tribunais Judiciais, e dos cipal.
quartéis e outros estabelecimentos militares;
§ 2° Os locais destinados à propaganda eleitoral
11 - dos hospitais e casas de saúde; deverão ser assim distribuídos:
111 - das escolas, bibliotecas públicas, igrejas e I - trinta por cento, entre os partidos e coliga-
teatros, quando em funcionamento. ções que tenham candidato a Presidente da Repúbli-
§ 4° A realização de comícios é permitida no ho- ca;
rário compreendido entre as oito e as vinte e quatro 11 - trinta por cento, entre os partidos e coliga-
horas. ções que tenham candidato a Governador e a Sena-
§ 5' Constituem crimes, no dia da eleição, puní- dor;
veis com detenção, de seis meses a um ano, com a al- 111 - quarenta por cento, entre os partidos e coli-
ternativa de prestação de serviços à comunidade pelo gações que tenham candidatos a Deputado Federal,
mesmo período, e multa no valor de cinco mil a quinze Estadual ou Distrital;
mil UFIR: IV - nas eleições municipais, metade entre os
I - o uso de alto-falantes e amplificadores de partidos e coligações que tenham candidato a Prefei-
som ou a promoção de comício ou carreata; to e metade entre os que tenham candidato a Verea-
11- a distribuição de material de propaganda po- dor.
lítica, inclusive volantes e outros impressos, ou a prá- § 3° Os locais a que se refere o parágrafo anteri-
tica de aliciamento, coação ou manifestação tenden- or deverão dividir-se em grupos eqüitativos de pontos
tes a influir na vontade do eleitor. com maior e menor impacto visual, tantos quantos fo-
Art. 40. O uso, na propaganda eleitoral, de sím- rem os partidos e coligações concorrentes, para se-
bolos, frases ou imagens, associadas ou semelhan- rem sorteados e usados durante a propaganda eleito-
tes às empregadas por órgão de governo, empresa ral.
pública ou sociedade de economia mista constitui cri- § 4° A relação dos locais com a indicação dos
me, punível com detenção, de seis meses a um ano, grupos mencionados no parágrafo anterior deverá ser
40'.)1)) Sexta-feira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Al:$oslo de 2()() I
entregue pelas empresas de publicidade aos juízes Art. 45. A partir de 10 de julho do ano da eleição,
eleitorais, nos Municípios, e ao Tribunal Regional Elei- é vedado as emissoras de rádio e televisão, em sua
toral, nas Capitais, até o dia 25 de junho do ano da programação normal e noticiário:
eleição. 1- transmitir, ainda que sob a forma de entrevis-
§ 50 Os Tribunais Regionais Eleitorais encami- ta jornalística, imagens de realização de pesquisa ou
nharão à publicação, na imprensa oficial, até o dia 8 qualquer outro tipo de consulta popular de natureza
de julho, a relação de partidos e coligações que re- eleitoral em que seja possível identificar o entrevista-
quereram registro de candidatos, devendo o sorteio a do ou em que haja manipulação de dados;
que se refere o caput ser realizado até o dia 10 de ju- II - usar trucagem, montagem ou outro recurso
lho. de áudio ou vídeo que, de qualquer forma, degradem
§ 6° Para efeito do sorteio, equipara-se a coliga- ou ridicularizem candidato, partido ou coligação, ou
ção a um partido, qualquer que seja o número de par- produzir ou veicular programa com esse efeito;
tidos que a integrem. 111- veicular propaganda política ou difundir opi-
§ 7° Após o sorteio, os partidos e coligações de- nião favorável ou contrária a candidato, partido, coli-
verão comunicar às empresas, por escrito, como usa- gação, a seus órgãos ou representantes;
rão os outdoors de cada grupo dos mencionados no IV - dar tratamento privilegiado a candidato,
§ 3°, com especificação de tempo e quantidade. partido ou coligação;
§ 8° Os outdoors não usados deverão ser redis- V - veicular ou divulgar filmes, novelas, minissé-
tribuídos entre os demais concorrentes interessados, ries ou qualquer outro programa com alusão ou crítica
fazendo-se novo sorteio, se necessário, a cada reno- a candidato ou partido político, mesmo que dissimula-
vação. damente, exceto programas jornalísticos ou debates
§ 9° Os partidos e coligações distribuirão, entre políticos;
seus candidatos, os espaços que lhes couberem. VI - divulgar nome de programa que se refira a
§ 10. O preço para a veiculação da propaganda candidato escolhido em convenção, ainda quando
eleitoral de que trata este artigo não poderá ser supe- preexistente, inclusive se coincidente com o nome do
rior ao cobrado normalmente para a publicidade co- candidato ou com a variação nominal por ele adotada.
merciai. Sendo o nome do programa o mesmo que o do candi-
§ 11. A violação do disposto neste artigo sujeita dato, fica proibida a sua divulgação, sob pena de can-
a empresa responsável, os partidos, coligações ou celamento do respectivo registro.
candidatos, à imediata retirada da propaganda irregu- § 10 A partir de 1°de agosto do ano da eleição, é
lar e ao pagamento de multa no valor de cinco mil a vedado ainda às emissoras transmitir programa apre-
quinze mil UFIR. sentado ou comentado por candidato escolhido em
convenção.
Da Propaganda Eleitoral na Imprensa § 20 Sem prejuízo do disposto no parágrafo úni-
Art. 43. É permitida, até o dia das eleições, a di- co do art. 357 a inobservância do disposto neste arti-
vulgação paga, na imprensa escrita, de propaganda go sujeita a emissora ao pagamento de multa no valor
eleitoral, no espaço máximo, por edição, para cada de vinte mil a cem mil UFIR, duplicada em caso de re-
candidato, partido ou coligação, de um oitavo de pági- incidência.
na de jornal padrão e um quarto de página de revista § 30 As disposições deste artigo aplicam-se aos
ou tablóide. sítios mantidos pelas empresas de comunicação so-
Parágrafo único. A inobservância dos limites es- cial na Internet e demais redes destinadas à presta-
tabelecidos neste artigo sujeita os responsáveis pe- ção de serviços de telecomunicações de valor adicio-
los veículos de divulgação e os partidos, coligações nado.
ou candidatos beneficiados, a multa no valor de mil a Art. 46. Independentemente da veiculação de
dez mil UFI R ou equivalente ao da divulgação da pro- propaganda eleitoral gratuita no horário definido nes-
paganda paga, se este for maior. ta lei, é facultada a transmissão, por emissora de rá-
dio ou televisão, de debates sobre as eleições majori-
Da Propaganda Eleitoral, no Rádio e na Televisão
tária ou proporcional, sendo assegurada a participa-
Art. 44. A propaganda eleitoral no rádio e na te- ção de candidatos dos partidos com representação
levisão restringe-se ao horário gratuito definido nesta na Câmara dos Deputados, e facultada a dos demais,
lei, vedada a veiculação de propaganda paga. observado o seguinte:
Agosto de 20() 1 DIÁRIO DA CÁMARA DOS DEPUTADOS Sexta-Icira 31 40919
I - nas eleições majoritárias, a apresentação qüenta e cinco minutos às vinte e uma horas e vinte
dos debates poderá ser feita: minutos, na televisão;
a) em conjunto, estando presentes todos os 111 - nas eleições para Governador de Estado e
candidatos a um mesmo cargo eletivo; do Distrito Federal, às segundas, quartas e sextas-fei-
b) em grupos, estando presentes, no mínimo, ras:
três candidatos; a) das sete horas às sete horas e vinte minutos e
11 - nas eleições proporcionais, os debates de- das doze horas às doze horas e vinte minutos, no rá-
verão ser organizados de modo que assegurem a dio;
presença de número equivalente de candidatos de to- b) das treze horas às treze horas e vinte minutos
dos os partidos e coligações a um mesmo cargo eleti- e das vinte horas e trinta minutos às vinte horas e cin-
vo, podendo desdobrar-se em mais de um dia; qüenta minutos, na televisão;
111- os debates deverão ser parte de programa- IV - nas eleições para Deputado Estadual e De-
ção previamente estabelecida e divulgada pela emis- putado Distrital, às segundas, quartas e sextas-feiras:
sora, fazendo-se mediante sorteio a escolha do dia e
a) das sete horas e vinte minutos às sete horas e
da ordem de fala de cada candidato, salvo se celebra-
quarenta minutos e das doze horas e vinte minutos às
do acordo em outro sentido entre os partidos e coliga-
doze horas e quarenta minutos, no rádio;
ções interessados.
b) das treze horas e vinte minutos às treze horas
§ 1° Será admitida a realização de debate sem a
e quarenta minutos e das vinte horas e cinqüenta mi-
presença de candidato de algum partido, desde que o
nutos às vinte e uma horas e dez minutos, na televi-
veículo de comunicação responsável comprove
são;
havê-lo convidado com a antecedência mínima de se-
V - na eleição para Senador, às segundas,
tenta e duas horas da realização do debate.
quartas e sextas-feiras:
§ 2° É vedada a presença de um mesmo candi-
dato a eleição proporcional em mais de um debate da a) das sete horas e quarenta minutos às sete
mesma emissora. horas e cinqüenta minutos e das doze horas e qua-
§ 3° O descumprimento do disposto neste artigo renta minutos às doze horas e cinqüenta minutos, no
sujeita a empresa infratora às penalidades previstas rádio;
no art. 56. b) das treze horas e quarenta minutos às treze
Art. 47. As emissoras de rádio e de televisão e horas e cinqüenta minutos e das vinte e uma horas e
os canais de televisão por assinatura mencionados dez minutos às vinte e uma horas e vinte minutos, na
no art. 57 reservarão, nos quarenta e cinco dias ante- televisão; .
riores à antevéspera das eleições, horário destinado VI - nas eleições para Prefeito e Vice-Prefeito,
à divulgação, em rede, da propaganda eleitoral gratui- às segundas, quartas e sextas-feiras:
ta, na forma estabelecida neste artigo. a) das sete horas às sete horas e trinta minutos
§ 1° A propaganda será feita: e das doze horas às doze horas e trinta minutos, no
I - na eleição para Presidente da República, às rádio;
terças e quintas-feiras e aos sábados: b) das treze horas às treze horas e trinta minu-
a) das sete horas às sete horas e vinte e cinco tos e das vinte horas e trinta minutos às vinte e uma
minutos e das doze horas ás doze horas e vinte e cin- horas, na televisão;
co minutos, no rádio; VII - nas eleições para Vereador, às terças e
b) das treze horas às treze horas e vinte e cinco quintas-feiras e aos sábados, nos mesmos horários
minutos e das vinte horas e trinta minutos às vinte ho- previstos no inciso anterior.
ras e cinqüenta e cinco minutos, na televisão; § 2° Os horários reservados à propaganda de
11 - nas eleições para Deputado Federal, às ter- cada eleição, nos termos do parágrafo anterior, serão
ças e quintas-feiras e aos sábados: distribuídos entre todos os partidos e coligações que
a) das sete horas e vinte e cinco minutos às sete tenham candidato e representação na Câmara dos
horas e cinqüenta minutos e das doze horas e vinte e Deputados, observados os seguintes critérios:
cinco minutos às doze horas e cinqüenta minutos, no I - um terço, igualitariamente;
rádio; II - dois terços, proporcionalmente ao número
b) das treze horas e vinte e cinco minutos às tre- de representantes na Câmara dos Deputados, consi-
ze horas e cinqüenta minutos e das vinte horas e cin- derado, no caso de coligação, o resultado da soma do
40920 Sexta-leira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS AguSlo de 2001
número de representantes de todos os partidos que a Art. 54. Dos programas de rádio e televisão des-
integram. tinados à propaganda eleitoral gratuita de cada parti-
§ 3° Para efeito do disposto neste artigo, a repre- do ou coligação poderá participar, em apoio aos can-
sentação de cada partido na Câmara dos Deputados didatos desta ou daquele, qualquer cidadão não filia-
será a existente na data de início da legislatura que do a outra agremiação partidária ou a partido inte-
estiver em curso. grante de outra coligação, sendo vedada a participa-
§ 4° O número de representantes de partido que ção de qualquer pessoa mediante remuneração.
tenha resultado de fusão ou a que se tenha incorpora- Parágrafo único. No segundo turno das eleições
do outro corresponderá à soma dos representantes não será permitida, nos programas de que trata este
que os partidos de origem possuiam na data mencio- artigo, a participação de filiados a partidos que te-
nada no parágrafo anterior. nham formalizado o apoio a outros candidatos.
§ 5° Se o candidato a Presidente ou a Governa- Art. 55. Na propaganda eleitoral no horário gra-
dor deixar de concorrer, em qualquer etapa do pleito, tuito, são aplicáveis ao partido, coligação ou candida-
e não havendo a substituição prevista no art. 13 desta to as vedações indicadas nos incisos I e 11 do art. 45.
lei, far-se-á nova distribuição do tempo entre os candi- Parágrafo único. A inobservância do disposto
datos remanescentes. neste artigo sujeita o partido ou coligação à perda de
§ 6° Aos partidos e coligações que, após a apli- tempo equivalente ao dobro do usado na prática do
cação dos critérios de distribuição referidos no caput ilícito, no período do horário gratuito subseqüente, do-
obtiverem direito a parcela do horário eleitoral inferior brada a cada reincidência, devendo, no mesmo perío-
a trinta segundos, será assegurado o direito de acu- do, exibir-se a informação de que a não-veiculação do
mulá-Io para uso em tempo equivalente. programa resulta de infração da lei eleitoral.
Art. 48. Nas eleições para Prefeitos e Vereado- Art. 56. A requerimento de partido, coligação ou
res, nos Municípios em que não haja emissora de te- candidato, a Justiça Eleitoral poderá determinar a
levisão, os órgãos regionais de direção da maioria suspensão, por vinte e quatro horas, da programação
dos partidos participantes do pleito poderão requerer normal de emissora que deixar de cumprir as disposi-
à Justiça Eleitoral que reserve dez por cento do tem- ções desta lei sobre propaganda.
po destinado à propaganda eleitoral gratuita para di- § 1° No período de suspensão a que se refere
vulgação em rede da propaganda dos candidatos este artigo, a emissora transmitirá a cada quinze mi-
desses Municípios, pelas emissoras geradoras que nutos a informação de que se encontra fora do ar por
os atingem. ter desobedecido à lei eleitoral.
§ 1° A Justiça Eleitoral regulamentará o disposto § 2° Em cada reiteração de conduta, o período
neste artigo, dividindo o tempo entre os candidatos de suspensão será duplicado.
dos Municípios vizinhos, de forma que o número má- Art. 57. As disposições desta lei aplicam-se às
ximo de Municípios a serem atendidos seja igual ao emissoras de televisão que operam em VHF e UHF e
de emissoras geradoras disponíveis. os canais de televisão por assinatura sob a responsa-
§ 2° O disposto neste artigo aplica-se às emis- bilidade do Senado Federal, da Câmara dos Deputa-
soras de rádio, nas mesmas condições. dos, das Assembléias Legislativas, da Câmara Legis-
....................... lativa do Distrito Federal ou das Câmaras Municipais.
Art. 53. Não serão admitidos cortes instantâne-
Do Direito de Resposta
os ou qualquer tipo de censura prévia nos programas
eleitorais gratuitos. Art. 58. A partir da escolha de candidatos em
§ 1° É vedada a veiculação de propaganda que convenção, é assegurado o direito de resposta a can-
possa degradar ou ridicularizar candidatos, sujeitan- didato, partido ou coligação atingidos, ainda que de
do-se o partido ou coligação infratores à perda do di- forma indireta, por conceito, imagem ou afirmação ca-
reito à veiculação de propaganda no horário eleitoral luniosa, difamatória, injuriosa ou sabidamente inverí-
gratuito do dia seguinte. dica, difundidos por qualquer veículo de comunicação
§ 2° Sem prejuízo do disposto no parágrafo an- social.
terior, a requerimento de partido, coligação ou candi- § 10 O ofendido, ou seu representante legal, po-
dato, a Justiça Eleitoral impedirá a reapresentação de derá pedir o exercício do direito de resposta à Justiça
propaganda ofensiva à honra de candidato, à moral e Eleitoral nos seguintes prazos, contados a partir da
aos bons costumes. veiculação da ofensa:
Aguslo de 200\ DIÁRIO DA CÁMARA DOS DI,:PUTADOS Sexta-lei ..;] 31 40921
I - vinte e quatro horas, quando se tratar do ho- c) deferido o pedido, a resposta será dada em
rário eleitoral gratuito; até quarenta e oito horas após a decisão, em tempo
II - quarenta e oito horas, quando se tratar da igual ao da ofensa, porém nunca inferior a um minuto;
programação normal das emissoras de rádio e televi- 111- no horário eleitoral gratuito:
são; a) o ofendido usará, para a resposta, tempo
111 - setenta e duas horas, quando se tratar de igual ao da ofensa, nunca inferior, porém, a um minu-
órgão da imprensa escrita. to;
§ 2° Recebido o pedido, a Justiça Eleitoral notifi- b) a resposta será veiculada no horário destina-
cará imediatamente o ofensor para que se defenda do ao partido ou coligação responsável pela ofensa,
em vinte e quatro horas, devendo a decisão ser prola- devendo necessariamente dirigir-se aos fatos nela
tada no prazo máximo de setenta e duas horas da veiculados;
data da formulação do pedido.
c) se o tempo reservado ao partido ou coligação
§ 3° Observar-se-ão, ainda, as seguintes regras responsável pela ofensa for inferior a um minuto, a
no caso de pedido de resposta relativo a ofensa vei- resposta será levada ao ar tantas vezes quantas se-
culada: jam necessárias para a sua complementação;
I - em órgão da imprensa escrita:
d) deferido o pedido para resposta, a emissora
a) o pedido deverá ser instruído com um exem- geradora e o partido ou coligação atingidos deverão
plar da publicação e o texto para resposta; ser notificados imediatamente da decisão, na qual de-
b) deferido o pedido, a divulgação da resposta verão estar indicados quais os períodos, diurno ou
dar-se-á no mesmo veículo, espaço, local, página, ta- noturno, para a veiculação da resposta, que deverá
manho, caracteres e outros elementos de realce usa- ter lugar no inicio do programa do partido ou coliga-
dos na ofensa, em até quarenta e oito horas após a ção;
decisão ou, tratando-se de veículo com periodicidade e) o meio magnético com a resposta deverá ser
de circulação maior que quarenta e oito horas, na pri- entregue à emissora geradora, até trinta e seis horas
meira vez em que circular; após a ciência da decisão, para veiculação no progra-
c) por solicitação do ofendido, a divulgação da ma subseqüente do partido ou coligação em cujo ho-
resposta será feita no mesmo dia da semana em que rário se praticou a ofensa;
a ofensa foi divulgada, ainda que fora do prazo de f) se o ofendido for candidato, partido ou coliga-
quarenta e oito horas; ção que tenha usado o tempo concedido sem respon-
d) se a ofensa for produzida em dia e hora que der aos fatos veiculados na ofensa, terá subtraído
inviabilizem sua reparação dentro dos prazos estabe- tempo idêntico do respectivo programa eleitoral; tra-
lecidos nas alíneas anteriores, a Justiça Eleitoral de- tando-se de terceiros, ficarão sujeitos à suspensão de
terminará a imediata divulgação da resposta; igual tempo em eventuais novos pedidos de resposta
e) o ofensor deverá comprovar nos autos o cum- e à multa no valor de duas mil a cinco mil Ufir.
primento da decisão, mediante dados sobre a regular § 4° Se a ofensa ocorrer em dia e hora que invia-
distribuição dos exemplares, a quantidade impressa e bilizem sua reparação dentro dos prazos estabeleci-
o raio de abrangência na distribuição; dos nos parágrafos anteriores, a resposta será divul-
11 - em programação normal das emissoras de gada nos horários que a Justiça Eleitoral determinar,
rádio e de televisão: ainda que nas quarenta e oito horas anteriores ao ple-
a) a Justiça Eleitoral, à vista do pedido, deverá ito, em termos e forma previamente aprovados, de
notificar imediatamente o responsável pela emissora modo a não ensejar tréplica.
que realizou o programa para que entregue em vinte e § 5° Da decisão sobre o exercício do direito de
quatro horas, sob as penas do art. 347 da Lei nO 4. 737, resposta cabe recurso às instâncias superiores, em
de 15 de julho de 1965 - Código Eleitoral, cópia da fita vinte e quatro horas da data de sua publicação em
da transmissão, que será devolvida após a decisão; cartório ou sessão, assegurado ao recorrido oferecer
b) o responsável pela emissora, ao ser notifica- contra-razões em igual prazo, a contar da sua notifi-
do pela Justiça Eleitoral ou informado pelo reclaman- cação.
te ou representante, por cópia protocolada do pedido § 6° A Justiça Eleitoral deve proferir suas deci-
de resposta, preservará a gravação até a decisão final sões no prazo máximo de vinte e quatro horas, obser-
do processo; vando-se o disposto nas alíneas d e e do inciso 111 do
40922 Sexla-feira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS J\gl>stn de 20!) 1
§ 3° para a restituição do tempo em caso de provi- Disposições Finais
mento de recurso.
Art. 98. Os eleitores nomeados para compor as
§ 7° A inobservância do prazo previsto no pará- Mesas Receptoras ou Juntas Eleitorais e os requisita-
grafo anterior sujeita a autoridade judiciária às penas dos para auxiliar seus trabalhos serão dispensados
previstas no art. 345 da Lei n° 4.737, de 15 de julho de do serviço, mediante declaração expedida pela Justi-
1965 - Código Eleitoral. ça Eleitoral, sem prejuízo do salário, vencimento ou
§ 8° O não-cumprimento integral ou em parte da qualquer outra vantagem, pelo dobro dos dias de con-
decisão que conceder a resposta sujeitará o infrator vocação.
ao pagamento de multa no valor de cinco mil a quinze Art. 99. As emissoras de rádio e televisão terão
mil Ufir, duplicada em caso de reiteração de conduta, direito a compensação fiscal pela cedência do horário
sem prejuízo do disposto no art. 347 da Lei n' 4.737, gratuito previsto nesta lei.
de 15 de julho de 1963 - Código Eleitoral.
Art. 59. A votação e a totalização dos votos se-
rão feitas por sistema eletrônico, podendo o Tribunal
Superior Eleitoral autorizar, em caráter excepcional, a LEI N°9.100, DE 29 DE SETEMBRO DE 1995
aplicação das regras fixadas nos arts. 83 a 89. Estabelece Normas para a Realiza-
§ 1° A votação eletrônica será feita no número ção das Eleições Municipais de 3 de Ou-
do candidato ou da legenda partidária, devendo o tubro de 1996, e Dá Outras Providências.
nome e fotografia do candidato e o nome do partido
ou a legenda partidária aparecer no painel da urna
eletrônica, com a expressão designadora do cargo Disposições Finais
disputado no masculino ou feminino, conforme o
caso. Art. 74. A devolução das fichas de filiação parti-
§ 2° Na votação para as eleições proporcionais dária para a organização da primeira relação de filia-
serão computados para a legenda partidária os votos dos, a que se refere o art. 58 da Lei n° 9.096, de 19 de
em que não seja possível a identificação do candida- setembro de 1995, poderá ser requerida ao Juiz Elei-
to, desde que o número identificador do partido seja toral por órgão de direção partidária constituído em
digitado de forma correta. forma permanente ou provisória no Município ou na
§ 3° A urna eletrônica exibirá para o eleitor, pri- respectiva unidade da Federação.
meiramente, os painéis referentes às eleições propor- Parágrafo único. A relação de filiados a que se
cionais e, em seguida, os referentes às eleições ma- refere este artigo será enviada aos Juízes Eleitorais
joritárias. na quarta semana de dezembro de 1995.
Art. 75. (Revogado pela Lei n° 9.301, de
29-8-1996).
Disposições Transitórias Art. 76. O Tribunal Regional Eleitoral deferirá de
plano o pedido de correição nas Zonas Eleitorais, se
solicitado até 5 de abril de 1996 e atendidas as se-
Art. 88. O Juiz Presidente da Junta Eleitoral é guintes condições:
obrigado a recontar a urna, quando: I - quando instruído de prova da qual se verifi-
I - o boletim apresentar resultado não-coinci- que que a média das transferências ocorridas no ano
dente com o número de votantes ou discrepante dos em curso seja dez por cento superior à média do ano
dados obtidos no momento da apuração; anterior;
11- ficar evidenciada a atribuição de votos a can- 11- se a população entre dez e quinze anos do ter-
didatos inexistentes, o não-fechamento da contabili- ritório abrangido pela Zona Eleitoral para qual se requer
dade da urna ou a apresentação de totais de votos a correição, somada à de idade superior a setenta anos,
nulos, brancos ou válidos destoantes da média geral for inferior a cinqüenta por cento do eleitorado;
das demais Seções do mesmo Município, Zona Elei- 111 - se o pedido for subscrito pela maioria dos
toral. partidos com órgãos de direção na circunscrição para
Art. 89. Será permitido o uso de instrumentos a qual se requer a correição.
que auxiliem o eleitor analfabeto a votar, não sendo a
Justiça Eleitoral obrigada a fornecê-los.
Agnstl) de 2001 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 31 40923
DECRETO-LEI N° 3.689, (À Comissão de Constituição e Justiça
DE 3 DE OUTUBRO DE 1941. e de Redação (art. 54))
Código de Processo Penal O Congresso Nacional decreta,
Art. 1° É aprovado o ato a que se refere a Porta-
ria n° 170, de 12 de maio de 2000, que autoriza a
LIVRO 11 Associação Comunitária Regional da Mata para o De-
Dos Processos Em Espécie senvolvimento Social, Cultural e Artístico -
ASCOREM a executar, pelo prazo de três anos, sem
TíTULO I direito de exclusividade, serviço de radiodifusão co-
Do Processo Comum munitária, na cidade de Rolím de Moura, Estado de
CAPíTULO I Rondônia.
Da Instrução Criminal Art. 2° Este decreto legislativo entra em vigor na
data de sua publicação.
Art. 394. O juiz, ao receber a queixa ou denún-
Sala da Comissão, 29 de agosto de 2001. -
cia, designará dia e hora para o interrogatório, orde-
Deputado César Bandeira, Presidente.
nando a citação do réu e a notificação do Ministério
Público e, se for caso, do querelante ou do assistente. TVR N° 82, DE 2000
Art. 395. O réu ou seu defensor poderá. logo (Do Poder Executivo)
após o interrogatório ou no prazo de 3 (três) dias, ofe- MENSAGEM N° 832/00
recer alegações escritas e arrolar testemunhas. Submete à apreciação do Congres-
so Nacional o ato constante da Portaria
n° 70, de 12 de maio de 2000, que autori-
Ofício n° 5/00-Pres. za a Associação Comunitária Regional da
Mata para o Desenvolvimento Social,
Brasília, 28 de agosto de 2001 Cultural e Artístico - ASCOREM a execu-
tar, pelo prazo de três anos, sem direito
A Sua Excelência o Senhor
de exclusividade, serviços de radiodifu-
Deputado Aécio Neves
são comunitária, na cidade de Rolim de
Presidente da Câmara dos Deputados
Moura, Estado de Rondônia.
Senhor Presidente,
(Às Comissões de Ciência e Tecnolo-
gia, Comunicação e Informática; e de Cons-
Tenho a satisfação de encaminhar a V. Exa, para
tituição e Justiça e de Redação (art. 54))
tramitação nesta Casa, o anteprojeto de lei aprovado,
nesta data, no âmbito desta Comissão, em que são Senhores Membros do Congresso Nacional,
propostas alterações na legislação eleitoral vigente, Nos termos do art. 49, inciso XII, combinado
visando o seu aperfeiçoamento. com o § 3° do art. 223, da Constituição Federal, sub-
Colho o ensejo para expressar-lhe protestos de meto à apreciação de Vossas Excelências, acompa-
estima e consideração. - Deputado Olavo Calheiros, nhado de Exposições de Motivos do Senhor Ministro
Presidente. de Estado das Comunicações, autorizações para
executar, pelo prazo de três anos, sem direito de ex-
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO clusividade, serviços de radiodifusão comunitária
~ 1.100, DE 2001 conforme os seguintes atos e entidades:
(Da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e 1 - Portaria n° 140, de 25 de abril de 2000 -
Informática) Associação Comunitária e de Radiodifusão Neves -
MENSAGEM N° 832/00 ACORAN, na cidade de Riachão das Neves - BA;
TVR N° 82/00
2 - Portaria n° 142, de 25 de abril de 2000 - Rá-
Aprova o ato que autoriza a Associ- dio Comunitária Guarany FM., na cidade de Abaete-
ação Comunitária Regional da Mata para tuba - PA;
o Desenvolvimento Social, Cultural e 3 - Portaria n° 143, de 25 de abril de 2000 -
Artístico - ASCOREM a executar serviço Associação Metropolitana Cultural e Artística "Dom
de radiodifusão comunitária, na cidade Aloísio Roque Opperman", na cidade de Uberaba -
de Rolim de Moura, Estado de Rondônia. MG;
4()924 Sexta-feira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS D1.;I'UTADOS Agosto de 2()()1
4 - Portaria n° 144, de 25 de abril de 2000 - 20 - Portaria n° 168, de 12 de maio de 2000-
Associação Comunitária de Comunicação e Cultura Associação Comunitária de Radiodifusão de Marago-
Ribamarense, na cidade de São José de Ribamar - gi - AL., na cidade de Maragogi - AL;
MA; 21 - Portaria n° 169, de 12 de maio de 2000-
5 - Portaria n° 145, de 25 de abril de 2000 - Associação Comunitária, Ecológica, Educativa e Cul-
Associação de Difusão Comunitária de Nísia Flores- tural, na cidade de Alcinópolis - MS;
ta, na cidade de Nísia Floresta - RN; 22 - Portaria n° 170, de 12 de maio de 2000 -
6 - Portaria n° 146, de 25 de abril de 2000 - Associação Comunitária Regional da Mata para o De-
Associação Comunitária e Cultural São João Bosco senvolvimento Social, Cultural e Artístico
da Região das Alterosas, na cidade de Betim - MG; ASCOREM, na cidade de Rolim de Moura - RO.
7 - Portaria n° 147, de 25 de abril de 2000 - Brasília, 20 de junho de 2000. - Fernando Hen·
Associação Comunitária Samaúma, na cidade de Ca- fique Cardoso.
coal- RO;
EM n° 162/MC
8 - Portaria n° 152, de 25 de abril de 2000 -
Fundação de Saúde e Ação Social Pautila Jordão - Brasília, 30 de maio de 2000
FUSASO, na cidade de Bonito - PE; Excelentíssimo Senhor Presidente da República,
9 - Portaria n° 154, de 25 de abril de 2000 - Encaminho a Vossa Excelência Portaria de ou-
Associação Paz e Bem, na cidade de Itambacuri - torga de autorização e respectiva documentação para
MG; que a entidade denominada Associação Comunitária
10 - Portaria n° 155, de 25 de abril de 2000 Regional da Mata para o Desenvolvimento Social,
Associação Comunitária da Comunidade São José, Cultural e Artístico - ASCOREM, com sede na cidade
na cidade de Juazeirinho - PB; de Rolim de Moura, Estado de Rondônia, explore o
11 - Portaria n° 156, de 26 de abril de 2000 - serviço de radiodifusão comunitária, em conformida-
Associação Comunitária de Comunicação e Cultura de com o caput do art. 223, da Constituição e a Lei n°
"Comunidade em Ação", na cidade de Muzambinho - 9.612. de 19 de fevereiro de 1998.
MG; 2. Referida entidade requereu ao Ministério das
12 - Portaria n° 160, de 12 de maio de 2000 - Comunicações sua inscrição para prestar o serviço,
Associação Comunitária Vale do Uatumã, na cidade cuja documentação inclui manifestação de apoio da
de Presidente Figueiredo - AM; comunidade, numa demonstração de receptividade
13 - Portaria n° 161, de 12 de maio de 2000 - da filosofia de criação desse braço da radiodifusão,
Associação Rádio Comunitária Boas Novas, na cida- de maneira a incentivar o desenvolvimento e a sedi-
de de Goiana - PE; mentação da cultura geral das localidades postulan-
tes.
14 - Portaria nO 162, de 12 de maio de 2000 -
Associação Beneficente 7 de Outubro, na cidade de 3. Como se depreende da importância da inicia-
Itaiçaba - CE; tiva comandada por Vossa Excelência, essas ações
permitem que as entidades trabalhem em conjunto
15 - Portaria n° 163, de 12 de maio de 2000 -
com a comunidade, auxiliando não só no processo
Associação Comunitária Rádio Club FM. "A Voz de
educacional, social e cultural mas, também, servem
Nazaré", na cidade de Manacapuru - AM;
de elo à integração de informações benéficas em to-
16 - Portaria n° 164, de 12 de maio de 2000 - dos os segmentos, e a todos esses núcleos populaci-
Rádio Comunitária Excel FM., na cidade de Alpercata onais.
-MG; 4. Sobre o caso em espécie, determinei análises
17 - Portaria n° 165, de 12 de maio de 2000 - técnica e jurídica da petição apresentada. constatan-
Associação Pró-Cidadania - APC, na cidade de Gua- do a inexistência de óbice legal e normativo ao pleito,
xupé - MG; o que se conclui da documentação de origem, con-
18 - Portaria n° 166, de 12 de maio de 2000 - substanciada nos autos do Processo Administrativo
Associação Comunitária de Radiodifusão Amigos do n° 53800.000409/98, que ora faço acompanhar, com
"Rio Santa Rosa", na cidade de Araioses - MA; a finalidade de subsidiar os trabalhos finais.
19 - Portaria n° 167, de 12 de maio de 2000 - 5. Em conformidade com os preceitos constituci-
Associação Comunitária A Voz de Bebedouro, na ci- onais e legais, a outorga de autorização, objeto do
dade de Maceió - AL; presente processo, passará a produzir efeitos legais
Agosto de 20tH DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 11 40925
somente após deliberação do Congresso Nacional, a COMISSÃO DE C~ÊNCIA E TEC~OLOGIA,
teor do § 3° do art. 223, da Constituição Federal. COMUNICAÇAO E INFORMATICA
Respeitosamente, - Pimenta da Veiga, Minis-
tro de Estado das Comunicações. I - Relatório

PORTARIA N° 170, DE 12 DE MAIO DE 2000 De conformidade com o art. 49, inciso XII,
O Ministro de Estado das Comunicações, no combinado com o § lOdo art. 223, da Constituição
uso de suas atribuições, considerando o disposto nos Federal, o Excelentíssimo Senhor Presidente da Re-
arts. 10 e 19 do Decreto n° 2.615, de 3 de junho de pública submete à consideração do Congresso Na-
1998, e tendo em vista o que consta do Processo cional, acompanhado da Exposição de Motivos do
Administrativo nO 53800.000409198, resolve: Senhor Ministro de Estado das Comunicações, o ato
Art. 1° Autorizar a Associação Comunitária Re- que autoriza a Associação Comunitária Regional da
gional da Mata para o Desenvolvimento Social, Cultu- Mata para o Desenvolvimento Social, Cultural e
ral e Artístico - ASCOREM, com sede na Av. Florianó- Artístico - ASCOREM, a executar, pelo prazo de
polis, n° 5.123, Centro, na cidade de Rolim de Moura, três anos, sem direito de exclusividade, serviço de
Estado de Rondônia, a executar serviço de radiodifu- radiodifusão comunitária, na cidade de Rolim de
são comunitária, pelo prazo de três anos, sem direito Moura, Estado de Rondônia.
de exclusividade.
Atendendo ao disposto no § 3° do art. 223 da
Art. 2° Esta autorização reger-se-á pela Lei n° Constituição, a matéria foi enviada ao Poder Legis-
9.612, de 19 de fevereiro de 1998, leis subseqüentes, lativo para a devida apreciação, uma vez que o ato
seus regulamentos e normas complementares. somente produzirá efeitos após a deliberação do
Art. 3° A entidade fica autorizada a operar com o Congresso Nacional.
sistema irradiante localizado nas coordenadas geo- Cumpre-nos, portanto, opinar sobre os aspec-
gráficas com latitude em 11 E48"21 's e longitude em tos técnicos e formais da matéria submetida ao exa-
61 E47"58'W, utilizando a freqüência de 104,9 MHz. me desta Comissão, nos termos do inciso 11, alínea h,
Art. 4° Este ato somente produzirá efeitos legais do art. 32 do Regimento Interno.
após deliberação do Congresso Nacional, nos termos
do § 3° do art. 223 da Constituição, devendo a entida- 11 - Voto do Relator
de iniciar a execução do serviço no prazo de seis me-
ses a contar da data de publicação do ato de delibera- A autorização do Poder Público para a exe-
ção. cução de serviço de radiodifusão comunitária é re-
Art. 5° Esta portaria entra em vigor na data de gulada pela Lei n° 9.612, de 19 de fevereiro de
sua publicação. - Pimenta da Veiga. 1998. No processo em questão, a Associação Co-
Aviso n° 1.011 - C. Civil munitária Regional da Mata para o Desenvolvi-
mento Social, Cultural e Artístico - ASCOREM
Em 20 de junho de 2000 atendeu aos requisitos da legislação específica e
À Sua Excelência o Senhor foi autorizada para execução do serviço de radio-
Deputado Ubiratan Aguiar difusão comunitária.
Primeiro-Secretário da Câmara dos Deputados A análise deste processo deve basear-se no
Brasília-DF Ato Normativo n° 1, de 1999, desta Comissão. Veri-
Senhor Primeiro-Secretário, ficada a documentação, constatamos que foram
Encaminho a essa Secretaria Mensagem do atendidos todos os critérios exigidos por este diplo-
Excelentíssimo Senhor Presidente da República na ma regulamentar. O ato de outorga obedece aos
qual submete à apreciação do Congresso Nacional princípios de constitucionalidade, especialmente no
os atos que autorizam a execução de serviços de ra- que se refere aos arts. 220 a 223 da Constituição
diodifusão comunitária constantes das Portarias nOs Federal, e atende às formalidades legais, motivos
140, 142a 147,152,154, 155, de 25deabril de 2000; pelos quais somos pela homologação do ato do Po-
156, de 26 de abril de 2000; e 160 a 170, de 12 de der Executivo, na forma do Projeto de Decreto Le-
maio de 2000. gislativo que ora apresentamos.
Atenciosamente, - Pedro Parente, Chefe da Sala da Comissão, 26 de junho de 2001. - Depu-
Casa Civil da Presidência da República. tado Heráclito Fortes, Relator.
401)26 Sexla-tCim 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agoslo de 2001
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO
W 1.100, DE 2001 N° 1.101, DE 2001
(Da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e
Aprova o ato que autoriza a Associ- Informática)
ação Comunitária Regional da Mata para MENSAGEM N° 1.066/00
o Desenvolvimento Social, Cultural e TVR N° 127/00
Artístico - ASCOREM, a executar serviço Aprova o ato que autoriza a Associ-
de radiodifusão comunitária, na cidade ação Comunitária Cativa a executar ser-
de Rotim de Moura, Estado de Rondônia. viço de radiodifusão comunitária, na lo-
calidade de Rio Brilhante, Estado do
o Congresso Nacional decreta: Mato Grosso do Sul.
Art. 1° É aprovado o ato a que se refere a Porta- (À Comissão de Constituição e Justiça
ria n° 170, de 12 de maio de 2000, que autoriza a e de Redação (art. 54))
Associação Comunitária Regional da Mata para o De-
senvolvimento Social, Cultural e Artístico - O Congresso Nacional decreta:
ASCOREM, a executar, pelo prazo de três anos, sem Art. 1° É aprovado o ato a que se refere a Porta-
direito de exclusividade, serviço de radiodifusão co- ria n° 218, de 31 de maio de 2000, que autoriza a
munitária, na cidade de Rolim de Moura, Estado de Associação Comunitária Cativa a executar serviço de
Rondônia. radiodifusão comunitária, pelo prazo de três anos,
Art. 2° Este decreto legislativo entra em vigor na sem direito de exclusividade na localidade de Rio Bri-
data de sua publicação. lhante, Estado do Mato Grosso do Sul.
Sala da Comissão, 26 de junho de 2001. - Depu- Art. 2° Este decreto legislativo entra em vigor na
tado Heráclito Fortes, Relator. data de sua publicação.
Sala da Comissão, 29 de agosto de 2001.- Depu-
11I - Parecer da Comissão tado César Bandeira, Presidente.

A Comissão de Ciência e Tecnologia, Comuni- TVR N° 127, DE 2000


cação e Informática, em reunião ordinária realizada (Do Poder Executivo)
hoje, aprovou unanimemente o parecer favorável do MENSAGEM N° 1.066/00
Relator, Deputado Heráclito Fortes, à TVR n° 82/00,
nos termos do Projeto de Decreto Legislativo que Submete à apreciação do Congres-
apresenta. so Nacional o ato constante da Portaria
n° 218, de 31 de maio de 2000, que autori-
Estiveram presentes os seguintes Deputados: za a Associação Comunitária Cativa, para
César Bandeira, Presidente; Francistônio Pinto e Jú- executar, pelo prazo de três anos, sem
lio Semeghini, Vice-Presidentes; Alberto Goldman, direito de exclusividade, serviço de radi-
Domiciano Cabral, íris Simões, João Almeida, Luiz odifusão comunitária, na cidade de Rio
Piauhylino, Magno Malta, Nárcio Rodrigues, Saulo Brilhante, Estado do Mato Grosso do Sul.
Coelho, Silas Câmara, Márcio Fortes, Josué Beng- (Às Comissões de Ciência e Tecnolo-
ston, Salvador Zimbaldi, Arolde de Oliveira, Corauci gia, Comunicação e Informática; e de Cons-
Sobrinho, José Rocha, Luiz Moreira, Mário Assad tituição e Justiça e de Redação (art. 54))
Júnior, Santos Filho, Ariston Andrade, Francisco Co-
elho, Benito Gama, Hermes Parcianello, Marçal Fi- Senhores Membros do Congresso Nacional,
lho, Nair Xavier Lobo, Nélson Proença, Ricardo Izar, Nos termos do artigo 49, inciso XII, combinado
Marinha Raupp, José Borba, Jonival Lucas Júnior, com o § 3° do artigo 223, da Constituição Federal,
Gustavo Fruet, Ana Corso, Babá, Gilmar Machado, submeto à apreciação de Vossas Excelências,
Jorge Bittar, Marcos Afonso, Márcio Reinaldo Morei- acompanhadas de Exposições de Motivos do Se-
ra, Paulo Marinho, Vic Pires Franco, Nelson Meurer, nhor Ministro de Estado das Comunicações, autori-
Ary Kara, Luiza Erundina, Valdeci Paiva, Agnaldo zações para executar serviços de radiodifusão co-
Muniz, Dr. Hélio, Olímpio Pires e Bispo Wanderval. munitária, pejo prazo de três anos, sem direito de
Sala da Comissão, 29 de agosto de 2001. - exclusividade, conforme os seguintes atos e entida-
Deputado César Bandeira, Presidente. des:
Agosto de 200 I DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEl)lJTADOS Sexla-Icira 31 40927
1 - Portaria n° 216, de 31 de maio de 2000 - conjunto com a comunidade, auxiliando não só no
Associação Rádio Comunitária Jaborá, na cidade de processo educacional, social e cultural, mas, tam-
Jaborá-SC; bém, servem de elo à integração de informações be-
2 - Portaria n° 217, 31 de maio de 2000 - Fun- néficas em todos os segmentos, e a todos esses nú-
dação Cooperhabic para a Educação e Assistência cleos populacionais.
Social, na cidade de Erechim-RS; 4. Sobre o caso em espécie, determinei análi-
3 - Portaria n° 218, de 31 de maio de 2000 - ses técnica e jurídica da petição apresentada, cons-
Associação Comunitária Cativa, na cidade de Rio tatando a inexistência de óbice legal e normativo ao
Brilhante-MS; pleito, o que se conclui da documentação de ori-
gem, consubstanciada nos autos do Processo Admi-
4 - Portaria n° 220, de 31 de maio de 2000 - nistrativo n° 53700.001298/98, que ora faço acom-
Associação Educacional, Cultural e Artística Novo panhar, com a finalidade de subsidiar os trabalhos
Tempo - AECANT, na cidade de Igaci-AL; finais.
5 - Portaria n° 221, de 31 de maio de 2000 - 5. Em conformidade com os preceitos constitu-
Associação Comunitária de Comunicação de São cionais e legais, a outorga de autorização, objeto do
Bento, na cidade de São Bento-PB; presente processo, passará a produzir efeitos legais
6 - Portaria n° 222, de 31 de maio de 2000 - somente após deliberação do Congresso Nacional,
Associação Rádio Comunitária Madre FM, na cidade a teor do § 3° do art. 223, da Constituição Federal.
de Madre de Deus-BA; Respeitosamente, - Pimenta da Veiga, Minis-
tro de Estado das Comunicações.
7 - Portaria n° 223, de 31 de maio de 2000 -
Clube de Mães "Nossa Senhora da Conceição", na
PORTARIA N" 218 DE 31 DE MAIO DE 2000
cidade de Penalva-MA; e
8 - Portaria n° 224, de 31 de maio de 2000 - o Ministro de Estado das Comunicações, no
Rádio Comunitária Educadora FM-RACE/FM, na ci- uso de suas atribuições, considerando o disposto
dade de Santa Rita-PB. nos artigos 1O e 19 do Decreto n° 2.615, de 3 de ju-
Brasília, 1° de agosto de 2000. - Fernando nho de 1998, e tendo em vista o que consta do Pro-
Henrique Cardoso. cesso Administrativo n° 53700.001.298/98, resolve:
EM W 248/MC Art. 1° Autorizar a Associação Comunitária Ca-
tiva, com sede na Rua Dr. Júlio Siqueira Maia, n°
Brasília, 14 de julho de 2000 1461, na cidade de Rio Brilhante, Estado do Mato
Excelentíssimo Senhor Presidente da República, Grosso do Sul, a executar, pelo prazo de três anos,
Encaminho a Vossa Excelência Portaria de ou- sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão
torga de autorização e respectiva documentação comunitária naquela localidade.
para que a entidade denominada Associação Comu- Art. 2° Esta autorização reger-se-á pela Lei
nitária Cativa, com sede na cidade de Rio Brilhante, n° 9.612, de 19 de fevereiro de 1998, leis subse-
Estado de Mato Grosso do Sul, explore o serviço de qüentes, seus regulamentos e normas comple-
radiodifusão comunitária, em conformidade com o mentares.
caput do art. 223, da Constituição e a Lei n° 9.612, Art. 3° A entidade fica autorizada a operar com
de 19 de fevereiro de 1998. o sistema irradiante localizado nas coordenadas ge-
2. Referida entidade requereu ao Ministério ográficas com latitude em 21 E47"50'S e longitude
das Comunicações sua inscrição para prestar o ser- em 54E32"41 'W, utilizando a freqüência de 200
viço, cuja documentação inclui manifestação de MHz.
apoio da comunidade, numa demonstração de re- Art. 4° Este ato somente produzirá efeitos lega-
ceptividade da filosofia de criação desse braço da is após deliberação do Congresso Nacional, nos ter-
radiodifusão, de maneira a incentivar o desenvolvi- mos do § 3° do art. 223 da Constituição, devendo a
mento e a sedimentação da cultura geral das locali- entidade iniciar a execução do serviço no prazo de
dades postulantes. seis meses a contar da data de publicação do ato
3. Como se depreende da importância da inici- de deliberação.
ativa comandada por Vossa Excelência, essas Art. 5° Esta portaria entra em vigor na data de
ações permitem que as entidades trabalhem em sua publicação. - Pimenta da Veiga.
40928 Sexta-feira 31 DIÁRIO IM CÂMARA DOS Dlil)UTADOS Agosto de 2l)()1
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Ida llribuiçlo que lhe confere o i:nci.so n.
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lIciooaJ e Censo Agropecuário. cada paS&lUeoto lirniUldo ao teto legal (art.. 14, inciso da Lei nI n.
m) O sujeiuo t "",...riar ptQl>Çio de conw (§ r- do Itl. 43 do Decrt'" '" 93.11711!6). ! "21 : 53730,0000361991 A..ssoc:taçAo ComuniWia de ComWIlca.ç;1o de SIo BenlolPB
I SloBcnto.
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. 222 , 5)641J.00 1734198 AssociacAo Rádio Comunl.m. M~ fM. Mo~ do Dous/llA
Art. 2! /ti. Butoriução conUda no artigo pnmciro lcf'i \ligÚleÍoa &Ú 31 de dezembro de
223 '13110.0004071991 Clube d. Mãe> "NoSSl Senhora da Conceitio· PcnolvolMA I
224 53710 0001103198I Rârllo ComuManl Educadora FM . RACEifM S.n.. R,WPB
Art. J!' Esta PoJurta cnn em v ig/X na data de sua pubtieaçlo.
I'IMENTA DA Vl:ICA
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PORTARIA N9 245. DE 7 DE JUNHO Dl: 2000


Cl:SPACHOS 00 MIN[STRO
Processo n· '3700.000961198. OQclan.. de acordo com o art. .,.. inciso 11. do DecteIO n- 88.066. de 26 de I
Em lS de Junho de 2000
jilACUO de 19&).• pcrempç!o da. Pl:nnlw,o oUlorgada' funciaç40 Joaquim José Morcinl pcla Poruuu·
~.. O MII'IlSTRO DI: I:STADO DO PLANEJMlEI'fTO.OIlÇAME1'lTO E GESTÃO. ~tC n' lOl. de 30 de setembro de 1988. publicoda no D,Ario Ofieiol do Unilo de 3 de outubro do mesmo
táDodnei. COm a Lei ..(!. 9.6049. de 21 dI! maio de. 1998. e allc:Jaçcks poacr1Drc:s. pit'& aunpnmemo AnO. peta explorar. sem dlrt\tO de cx.cluJlvuladc. SCrvlço de rad.od.fw.Ao sonora em Õ1:Cf1ltncll modulada.,
ioíido

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judicilll proferi , no. "'lOS do Mandodo do Segurança rt- 1997J4.oo.0n0S7'() - Ir Vara com finalidade CdUClh\l1 e cultuBI. na C:ldade de [)ourad01., Estado do Mato Gros.so do Sul. Este ato-
50lIl0'"' produzirá .feitos lepts ,pós dehberoçlo do Congresso Nacional. llO5 Lermos do § 2" do arng<>
~
Seçio Judiciária do OiSlrito FeclcnI. objeto do PrOClCUO ri- 10167.C)()()748199-77. "'torizo o
. da Faunda I proecdcr I nomaçlo di oandida.. RAD.I:IDE ARRAIS BTIlJ no <:af1lD do 223 da ConstllUlç&o.
i . FISC01 da Receita FecIc:nI. pertcncmt. ao Quadro do Pessoal doqudc MiniS1tno. PII'1E'trI'A DA V'EICA
r4in1atro

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O MIN1S11l0 DE ESTADO DO PL.Al\'EJAMENTO. ORÇAMENTO E GESTÁO.
'. com a Lei n! 9.649. de 27 de maio de 1998. e altmçdes poncnorcs. pu-a D

~o d. dccisto judlcial proferida 00. aulO' do Mandado do S~ ri- 6417·DF-
tmlJlll-8 pelo SupenOf TrílnuW do JumÇlliSTJ. olljelo do procooo n' 08001006780199-34.
IOf. nO 114/20001

OESP~CHOS
t.,;m
00 MINISTRO
1 ~ de JunhO de 1000
«iDaa Ministeno da Juniça a proceder I POmc:açio dos cand.iduOI Dai.De de Uma Harfen. rilbi.
Tenda em V\su u Informaçóe:s de JulgamentD dos Recurso! AdmirnstrlnVQ5 interpostos pQJ' liciwuc:s da
~ 'lf"rtStc, Fnqcu.eo 0.8. V.Ue Von KoueL J~a Jacqacs Doce... M'rcia Rou de 'atll.
ConcolTtnc<J n' 067197.SFOIMC. dabor1dos pela Comissão Espc<tal d. Ámbi'" Nooional OONUC\lido
~ Aadré Süuin Limao.a nos at'80! de Policial RodoV1ãriD FcdcraJ. pcrlcn.ccnlcs la Quldro de.
~ do Departamento de Poücili RodOVliria Fed~.
l Portaol n'> 063 de OS dc feverc1ro de 1997 allerada pela PortaI1a. ni 136 de: ""4 de abril de 1 000
pe.
cooforme relllc.!o em anexo. I)S qual! adoto cama motivacio e fundamentação desle. homologo as
. -
~.
I'IARTUS TAVARES decis6es cU CorulSsio. obscrY3.ndo que 15 raz6l:S das habilitlÇÓa e inabt1iUlçõc:s. em qucstlo deoorTa"lU'n
da estrile observincia às CDru1icôes estabelecIdas no rt"5ptC1IVo Ediw. ml cumprimcnlo li legislaç.lo
n9 196/10001 vigcrne.
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PIHENT~ DA "'EIG~
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; I RECURSOS CONHECIDOS E NÃO PROVIDOS CONTRA A HABIUrAÇÃO DE TERCEIROS
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, Ministério das Comunicações II -;"1 lI LOCALIO..OI\


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GABINETE DO MINISTRO
PO~TI\~IAS Of.: 11 DE :-lAIO DE 2000
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DE EST Ano DAS COMUNICAÇOES. no uso do 'UIS ambu,çõa. collSlde:ranoo o
~ ~ amElo' 10 c 19 do Decreto n· 2.61 S. de J de junno de 1998. resolve IIUlonzar as emldades ANEXO 11 • RECURSO NÃO CONHECIDO
.~ relacionadas 3 cxecuw. pelo prazo de tds anos. s.cm din:ltu ti: CXCI,U5.IVldadc. SCf'\IIÇO de : "~7::~~:'::: : ~~f' Il. OCAUO
.. O& I l,j' I RI.CQJllflll'tn COl'fTRA:
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~l\u.Io COml1nltana. Os ~t~ de aUlonzaçlo somente produ.ut5o ef~itos legalJ apiK deliberB(:1o do l 0.1 flol: \/oloLr"ltAllO loo! $ISTf...... 'Y~IA DE COMUHICA(Ol$lTO" j MI:tlAOIOOIJ1JS.-O lTO" I

~ NociOlUli. nos termOS do i J' do ""ISO 223 do ConsllluiçAo.

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N"do Nome da Enudade Loc4I1lwIelUF
P'oc:csso
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~3 $3670,0007J6198 MscK:laÇAD ComumlAnl.c Culrural de C&ÇU !C..ulGO
Tl:ndo em '''Iua a.s Infoml'Ç(3cs d~ Julgamcnlo dos R«ursos AdmlOI!!:lrallvos Intn'pClSIOS por hcilallla das
;~ \ 53800.000)73<'18 IAssoclDÇl\o ComW1ltanl Romlpori do Espigão IEsp'gio do .Ü<SttlRO
I do üeslc PIll1I a Prcset\'lçJO da CultUnI J
L.;lnCOfTClCliU nl! I~~. l~). 125. 126.131. 13:::. In. 135.136.138. IJI, I~. I~S. 149. 150. 151. l~~.
151. 15•. 156. 157. lS9. 160 c 161/97·SSR..nv1C . elaborados rela ComiSSão EspeCial de Llcllaç.io
.e o DescnvolV1menlo Soclal e Amst1co _: con,ut\uda pels Pon.ma ~ 811. de: 29 de dczembro de 1997. :thcrada pela Portanll nt 136. de 24 de abnl
-',.." ACROMEO. . Jc :!OOO. coniormc relad.o c:1ll oUlex.o. os quais adoto como mOllvlldo e fundamtntação destc. homologo
~ .53830 0016SS1981 A<soc,acAo COmun,""'o C.1Iul'1l de ,Peclnnhas P.1ISUlSP .\5 I1ccuóes ri. Com~5'.ãO. ob~ervando Que 8j rillÕa du hi.tulllaçóc:l c mabllltaçÕC5. em qucsUo
IPednnlw Paul i.... Jn:OfTeraJn da c:stt1L1 obs.crvãncra às condições c:l.labc~du nos rcspccnvos. Editais. em c:umpruncnlo •
116 51770 0020141'1SlltidloC"muniW11 MB<lalcru - FM Santa Maria MadalcnaJ RJ I~Sl$1ação v,gemc.

.1117 11610 0002611'18 'AssocllcAo Rádlo Comun".". Comocstn:. FM ICamnesln:iAL


~. SUJO 002661198 I Assocllu;.io Cultural. Recrea.llV8 c Despofnva,1 Elias Fausto/SP PIM.EN'rA DA VEIGA
''''''CRED - Ella.. faUS\O·· 1.-_. Ministro
Agosto de 20lJ I DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 31 40929
Aviso nO 1.287 - C. Civil dos os critérios exigidos por esse diploma regulamen-
tar.
Em 1° de agosto de 2000
O ato de outorga obedece aos princípios de
A Sua Excelência o Senhor constitucionalidade, especialmente no que se refere
Deputado Ubiratan Aguiar aos artigos 220 a 223 da Constituição Federal, e aten-
Primeiro Secretário da Câmara dos Deputados de às formalidades legais, motivos pelos quais somos
Brasília - DF pela homologação do ato do Poder Executivo, na for-
ma do Projeto de Decreto Legislativo que ora apre-
Senhor Primeiro Secretário, sentamos.
Encaminho a essa Secretaria Mensagem do Sala da Comissão, 13 de junho de 2001 Deputa-
Excelentíssimo Senhor Presidente da República na do Iris Simões, Relator.
qual submete à apreciação do Congresso Nacional
os atos que autorizam a execução de serviços de ra-
diodifusão comunitária constantes das Portarias nOs PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO
216,217,218,220,221,222,223 e 224, de 31 de N° 1.101, DE 2001
maio de 2000. Aprova o ato que autoriza a Associ-
Atenciosamente, Pedro Parente, Chefe da ação Comunitária Cativa a executar ser-
Casa Civil da Presidência da República. viço de radiodifusão comunitária, na lo-
I - Relatório calidade de rio Brilhante, Estado do Mato
Grosso do Sul.
De conformidade com o art. 49, inciso XII, com-
binado com o § 1° do art. 223, da Constituição Fede- O Congresso Nacional decreta:
ral, o Excelentíssimo Senhor Presidente da República Art. 1° É aprovado o ato a que se refere a Portaria
submete à consideração do Congresso Nacional, n° 218, de 31 de maio de 2000, que autoriza a Associ-
acompanhado da exposição de motivos do Senhor ação Comunitária Cativa a executar serviço de radio-
Ministro de Estado das Comunicações, o ato que au- difusão comunitária, pelo prazo de três anos, sem di-
toriza a Associação Comunitária Cativa a executar, reito de exclusividade, na localidade de rio Brilhante,
pelo prazo de três anos, sem direito de exclusividade, Estado do Mato Grosso do Sul.
serviço de radiodifusão comunitária na cidade de rio Art. 2° Este decreto legislativo entra em vigor na
Brilhante, Estado do Mato Grosso do Sul. data de sua pubiicação.
Atendendo o disposto n § 30 do art. 223 da Sala da Comissão, 13 de junho de 2001 Deputa-
Constituição, á matéria foi enviada ao Poder Legislati- do Iris Simões, Relator.
vo para a devida apreciação, uma vez que o ato so-
mente produzirá efeitos após a deliberação do Con- 111- Parecer da Comissão
gresso Nacional. A Comissão de Ciência e Tecnologia, Comuni-
Cumpre-nos, portanto, opinar sobre os aspec- cação e Informática, em reunião ordinária realizada
tos técnicos e formais da matéria submetida ao exa- hoje, aprovou unanimemente o parecer favorável do
me desta Comissão, nos termos do inciso 11, alínea h, Relator, Deputado íris Simões, à TVR n° 127/00, nos
do art. 32 do Regimento Interno. termos do Projeto de Decreto Legislativo que apre-
senta.
11 - Voto do Relator
Estiveram presentes os seguintes Deputados:
A autorização do Poder Público para a execução César Bandeira, Presidente; Francistônio Pinto e Júlio
de serviço de radiodifusão comunitária é regulada Semeghini, Vice - Presidentes: Alberto Goldman, Do-
pela Lei n° 9.612, de 19 de fevereiro de 1998. No pro- miciano Cabral, íris Simões, João Almeida, Luiz Pia-
cesso em questão, a Associação Comunitária Cativa uhylino, Magno Malta, Nárcio Rodrigues, Saulo Coe-
atendeu aos requisitos da legislação específica e foi lho, Suas Câmara, Márcio Fortes, Josué Bengston,
autorizada para execução do serviço de radiodifusão Salvador Zimbaldi, Arolde de Oliveira, Corauci Sobri-
comunitária na localidade de rio Brilhante, Estado do nho, José Rocha, Luiz Moreira, Mário Assad Júnior,
Mato Grosso do Sul. Santos Filho, Ariston Andrade, Francisco Coelho, Be·
A análise deste processo deve basear-se no Ato nito Gama, Hermes Parcianello, Marçal Filho, Nair
Normativo n° 1, de 1999, desta Comissão. Verificada a Xavier Lobo, Nélson Proença, Ricardo Izar, Marinha
documentação, constatamos que foram atendidos to- Raupp, José Borba, Jonival Lucas Júnior, Gustavo
40930 Sexla-feml 3 I DIÁRiO 1)/\ CÂM/\RA DOS DEPUTADOS Ap,oslo de 200 I
Fruet, Ana Corso, Babá, Gilmar Machado, Jorge Bit- Nos termos do artigo 49, inciso XII, combinado
tar, Marcos Afonso, Márcio Reinaldo Moreira, Paulo com o § 30 do artigo 223, da Constituição Federal,
Marinho, Vic Pires Franco, Nélson Meurer, Ary Kara, submeto à apreciação de Vossas Excelências, acom-
Luiza Erundina, Valdeci Paiva, Agnaldo Muniz, Dr. panhado de exposição de motivos do Senhor Ministro
Hélio, Olímpio Pires e Bispo Wanderval. de Estado das Comunicações, o ato constante do De-
Sala da Comissão, 29 de agosto de 2001. - De- creto de 17 de julho de 2000, que "Renova concessão
putado César Bandeira, Presidente. das entidades que menciona, para explorar serviços
de radiodifusão, e dá outras providências". As entida-
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO des mencionadas são as seguintes:
N° 1.102, DE 2001 1 - Sociedade Emissora Radiovox Ltda., a partir
(Da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação
de 5 de julho de 1996, na cidade de Muritiba - BA;
e Informática)
MENSAGEM N° 1.068/00 2 - Radiodifusora Asa Branca Ltda., a partir de
22 de março de 1992, na cidade de Boa Viagem- CE;
TVR N° 164/00
3 - Rádio Jornal Centro Sul LIda., a partir de 10
Aprova o ato que renova a conces- de fevereiro de 1992, na cidade de Iguatú - CE;
são outorgada à Rádio Progresso de São 4 - Rádio Sant Ana de Tianguá LIda., a partir de
Carlos ltda., para explorar serviço de ra- 15 de agosto de 1997, na cidade de Tianguá - CE;
diodifusão sonora em onda média, na ci-
5 - Fundação Roberto Rabello de Comunicação
dade de São Carlos, Estado de São Pau-
Social, a partir de 22 de setembro de 1992, na cidade
lo.
de Afonso C1áudio - ES;
(À Comissão de Constituição e Justiça
6 - Rádio Difusora de Colatina LIda., a partir de
e de Redação (Art. 54))
10 de maio de 1994, na cidade de Colatina - ES;
O Congresso Nacional decreta: 7 - Fundação Dom Stanislau Van Melis, a partir
Art. 1° É aprovado o ato constante do Decreto de 16 de fevereiro de 1992, na cidade de São Luís dos
de 17 de julho de 2000, que renova por dez anos, a Montes Belos - GO;
partir de 10 de maio de 1994, a concessão outorgada 8 - Empresa Rádio Independente Ltda., a partir
à Rádio Progresso de São Carlos LIda., para explorar, de 10 de maio de 1994, na cidade de Aquidauana-
sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão MS;
sonora em onda média, na cidade de São Carlos, 9 - Rádio Difusora de Três Lagoas LIda., a partir
Estado de São Paulo. de 1° de maio de 1994, na cidade de Três Lagoas -
Art. 2° Este decreto legislativo entra em vigor na MS;
data de sua publicação. 10 - Rádio Difusora Matogrossense Ltda., a
Sala da Comissão, 29 de agosto de 2001. - De- partir de 10 de novembro de 1993, na cidade de Co-
putado César Bandeira, Presidente. rumbá - MS;
TVR N° 164, DE 2000 11 - Rádio e Televisão Caçula LIda., a partir de
(Do Poder Executivo) 10 de maio de 1994, na cidade de Três Lagoas - MS;
MENSAGEM N° 1.068/00 12 - Sistema Sul Matogrossense de Radiodifu-
são LIda., a partir de 10 de junho de 1993, na cidade
Submete à apreciação do Congres- de Ponta Porã - MS;
so Nacional o ato constante do Decreto 13 - Rádio Rural Nova Guaranésia LIda., a par-
de 17 de julho de 2000, que renova con- tir de 6 de setembro de 1992, na cidade de Guarané-
cessão à Rádio Progresso de São Carlos sia- MG;
ltda., para explorar serviços de radiodi-
14 - Rede Juizde Fora de Radiodifusão Ltda., a
fusão, a partir de 1° de maio de 1994, na
partir de 28 de maio de 1991, na cidade de Juiz de
cidade de São Carlos, Estado de São Pa-
Fora - MG;
ulo.
15 - Rádio Arapuan Ltda., a partir de 10 de no-
(ÀS Comissões de Ciência e Tecnolo-
vembro de 1993, na cidade de João Pessoa - PB;
gia, Comunicação e Informática; e de Cons-
tituição e Justiça e de Redação (Art. 54)) 16 - Rádio Educadora de Conceição Ltda., a
partir de 27 de outubro de 1992, na cidade de Concei-
Senhores Membros do Congresso Nacional, ção - PB;
Agosto de 2001 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira] I 409] I
17 - Rádio Cultura Norte Paranaense Uda., a EM n° 220/MC
partir de 1° de maio de 1994, na cidade de Paranavaí
- PR; Brasília, 5 de julhode 2.000
18 - Rádio Itamaraty Uda., a partir de 12 de no- Excelentíssimo Senhor Presidente da República,
vembro de 1992, na cidade de Piripiri - PI; Submeto à consideração de Vossa Excelência o
19 - Rádio Grande Picos Ltda., a partir de 2 de incluso projeto de decreto que trata da renovação de
dezembro de 1992, na cidade de Picos - PI; concessões, outorgadas às entidades abaixo relacio-
20 - Rádio Trairy Uda., a partir de 1° de maio de nadas, para explorar serviço de radiodifusão, nas lo-
1994, na cidade de Natal - RN; calidades e Unidades da Federação indicadas;
21 - Chirú Comunicações Ltda., a partir de 5 de
• Sociedade Emissora Rádiovox Uda.,
outubro de 1998, na cidade de Palmitinho - RS;
concessionária de serviço de radiodifusão
22 - Rádio Luz e Alegria Uda., a partir de 1° de sonora em onda média, na cidade de Muriti-
maio de 1994, na cidade de Frederico Westphalen - ba, Estado da Bahia (Processo n°
RS; 53640.000161/96);
23 - Rádio Princesa do Jacuí Ltda., a partir de • Rádiodifusora Asa Branca LTOA,
1° de novembro de 1993, na cidade de Candelária - concessionária de serviço de radiodifusão
RS; sonora em onda média, na cidade de Boa
24 - Rádio Quaraí Ltda., a partir de 1° de maio Viagem, Estado do Ceará (Processo n°
de 1994, na cidade de Quaraí - RS; 29108.000434/91 );
25 - Rádio São Miguel Ltda., a partir de 1° de • Rádio Jornal Centro Sul LToA, con-
novembro de 1993, na cidade de Uruguaiana - RS; cessionária de serviço de radiodifusão sonora
26 - Rádio São Roque Uda., a partir de 1° de em onda média, na cidade de Iguatú, Estado
maio de 1994, na cidade de Faxinal do Soturno - do Ceará (Processo n° 29650.000267/92);
RS; • Rádio Sant'ana de Tianguá LToA,
concessionária de serviço de radiodifusão so-
27 - Rádio oifusora do Vale do Itabapoana li-
nora em onda média, na cidade de Tianguá,
mitada, a partir de 17 de junho de 1992, na cidade
Estado do Ceará (Processo n°
de Bom Jesus de Itabapoana - RJ;
53650.000898/97) ;
28 - Rádio São Bento Ltda., a partir de 21 de ju-
nho de 1997, na cidade de São Bento do Sul- SC; • Fundação Roberto Rabelio de Comu-
nicação Social, concessionária de serviço de
29 - Rádio Progresso de São Carlos Ltda., a partir
radiodifusão sonora em onda média, na cida-
de 1° de maio de 1994, na cidade de São Carlos - SP;
de de Afonso Cláudio, Estado do Espírito
30 - Rádio Educação Rural Ltda., a partir de 1° Santo (Processo n° 50660.000172/92);
de maio de 1993, na cidade de Campo Grande - MS;
• Rádio oifusora de Colatina LTOA,
31 - Rádio Cultura Fluminense Ltda., a partir de concessionária de serviço de radiodifusão
1° de maio de 1993, na cidade de Campos - RJ; sonora em onda média, na cidade de Colati-
32 - Rede Centro Oeste de Rádio e Televisão na, Estado do Espírito Santo (Processo n°
Ltda., a partir de 21 de outubro de 1991, na cidade de 50660.000050/94) ;
Campo Grande - MS;
• Fundação Dom Stanislau Van Melis,
33 - TV Esplanada do Paraná Ltda., a partir de 9 concessionária de serviço de radiodifusão
de julho de 1998, na cidade de Ponta Grossa - PR; sonora em onda média, na cidade de São
34 - Televisão Norte do RGS Uda, a partir de 14 Luís dos Montes Belos, Estado de Goiás
de março de 2000, na cidade de Carazinho - RS; (Processo n° 29109.030547/91);
35 - TVSBT - Canal 3 de Nova Friburgo Uda., a • Empresa Rádio Independente LTOA,
partir de 22 de março de 1994, na cidade de Nova Fri- concessionária de serviço de radiodifusão
burgo - RJ; e sonora em onda média, na cidade de Aqui-
36 - TV Coligadas de Santa Catarina S.A., a dauana, Estado do Mato Grosso do Sul
partir de 24 de maio de 1997, na cidade de Blumenau (Processo n° 53700.000106/94);
-SC. • Rádio Oifusora de Três Lagoas
Brasília, 1° de agosto de 2000. - Fernando LTOA., concessionária de serviço de radio-
Henrique Cardoso difusão sonora em onda média, na cidade
4()932 Si:xla-kira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto <li: 2()() I

de Três Lagoas, Estado do Mato Grosso do dia, na cidade de Natal. Estado do Rio
Sul (Processo n° 53700.000057/94); Grande do Norte (Processo n°
• Rádio Oifusora Matogrossense 53780.000007/94);
LTOA, concessionária de serviço de radio- • Chirú Comunicaçoes LTOA, conces-
difusão sonora em onda média, na cidade sionária de serviço de radiodifusão sonora
de Corumbá, Estado do Mato Grosso do Sul em onda média, na cidade de Palmitinho,
(Processo n° 53700.000232/93); Estado do Rio Grande do Sul (Processo n°
• Rádio e Televisão Caçula LTOA, 53790.000861/98);
concessionária de serviço de radiodifusão • Rádio Luz E Alegria LTOA, conces-
sonora em onda média, na cidade de Três sionária de serviço de radiodifusão sonora
Lagoas, Estado do Mato Grosso do Sul em onda média, na cidade de Frederico
(Processo n° 53700.000059/94); Westphalen, Estado do Rio Grande do Sul
• Sistema Sul Matogrossense de Radio- (Processo n° 53790.000098/94);
difusão LTOA, concessionária de serviço de • Rádio Princesa do Jacuí LTOA., con-
radiodifusão sonora em onda média, na cida- cessionária de serviço de radiodifusão sono-
de de Ponta Porã, Estado do Mato Grosso do ra em onda média, na cidade de Candelária,
Sul (Processo n° 50700.000118/93); Estado do Rio Grande do Sul (Processo nO
• Rádio Rural Nova Guaranésia 53790.000017/93);
LTOA, concessionária de serviço de radio-
• Rádio Ouaraí LTOA, concessionária
difusão sonora em onda média, na cidade
de serviço de radiodifusão sonora em onds
de Guaranésia, Estado de Minas Gerais
média, na cidade Ouaraí, Estado do Rio
(Processo n° 29710.000257/92);
Grande do Sul (Processo n°
• Rede Juiz de Fora de Radiodifusão 53790.001591/95);
LTOA., concessionária de seviço de radiodi-
• Rádio São Miguel LTOA, concessio-
fusão sonora em onda média, na cidade de
nária de serviço de radiodifusão sonora em
Juiz de Fora, Estado de Minas Gerais (Pro-
onda média, na cidade de Uruguaiana,
cessa n° 291 04.000194/91);
Estado do Rio Grande do Sul (Processo n°
• Rádio Arapuan LTOA., concessioná-
50790.000890/93);
ria de serviço de radiodifusão sonora em
onda média, na cidade de João Pessoa, • Rádio São Roque LTOA, concessio-
Estado da Paraíba (Processo n° nária de serviço de radiodifusão sonora em
50730.000399/93) ;
onda média, na cidade de Faxinal do Sotur-
no, Estado do Rio Grande do Sul (Processo
• Rádio Educadora de Conceição
nO 53790.000022/94);
LTOA., concessionária de serviço de radio-
difusão sonora em onda media, na cidade • Rádio Oifusora do Vale do Itabapoana
de Conceição, Estado da Paraíba (Processo Limitada, concessionária de serviço de radio-
n° 50730.000296/92); difusão sonora em onda média, na cidade de
• Rádio Cultura Norte Paranaense Bom Jesus de Itabapoana, Estado do Rio de
LTOA., concessionária de serviço de radio- Janeiro (Processo n° 29770.000389192);
difusão sonora em onda média, na cidade • Rádio São Bento LTOA, concessio-
de Paranavaí, Estado do Paraná (Processo nária de serviço de radiodifusão sonora em
n° 53740.000285/93); onda média, na cidade de São Bento do
• Rádio Itamaraty LTOA, concessioná- Sul, Estado de Santa Catarina (Processo n°
ria de serviço de radiodifusão sonora em 53820.000099/97);
onda média, na cidade de Piripiri, Estado do • Rádio Progresso de São Carlos
Piauí (Proce~so n° 29115.000146/92); LTOA., concessionária de serviço de radio-
• Rádio Grande Picos LTOA, conces- difusão sonora em onda média, na cidade
sionária de serviço de radiodifusão sonora de São Carlos, Estado de São Paulo (Pro-
em onda média, na cidade de Picos, Estado cesso n° 50830.000236/94);
do Piauí (Processo n° 29115.000173/92); • Rádio Educação Rural LTOA., con-
• Rádio Trairy LTOA, concessionária de cessionária de serviço de radiodifusão sono-
serviço de radiodifusão sonora em onda mé- ra em onda tropical, na cidade de Campo
Agosto de 200 I DIÁRIO DA CÂMARA DOS DI..: I'UTAD()S Scxta-Icira 31 40933
Grande, Estado do Mato Grosso do Sul DECRETO DE 17 DE JULHO DE 2000
(Processo na 50700.000040/93);
Renova concessão das entidades
• Rádio Cultura Fluminense LTDA., con-
que menciona, para explorar serviços de
cessionária de serviço de radiodifusão sonora
radiodifusão, e dá outras providências.
em onda tropical, na cidade de Campos,
Estado do Rio de Janeiro (Processo na O Vice-presidente da República,no exercicio do
50770.002517192); cargo de Presidente da República, no uso das atribui-
• Rede Centro Oeste de Rádio e Tele- ções que lhe conferem os arts. 84, inciso IV, e 223. ca-
visão LTOA., concessionária de serviço de put, da Constituição, 33, § 3°, da Lei n0 4.117, de 27
radiodifusão de sons e imagens, na cidade de agosto de 1962, e 6° da Lei n° 5.785, de 23 de ju-
de Campo Grande, Estado do Mato Grosso nho de 1972, e tendo em vista o disposto no art. 6°, in·
do Sul (Processo na 29112.000212/91); ciso I, do Decreto na 88.066, de 26 de janeiro de 1983.
• TV Esplanada do Paraná LTOA., con- Decreta:
cessionária de serviço de radiodifusão de sons
Art. 1° Fica renovada a concessão das entida-
e imagens, na cidade de Ponta Grossa, Esta-
des abaixo mencionadas, para explorar, sem direito
do do Paraná (Processo na 53740.000406/98);
de exclusividade, pelo prazo de dez anos, serviço de
• Televisão Norte Do Rgs LTDA., con- radiodifusão sonora em onda média:
cessionária de serviço de radiodifusão de
I - Sociedade Emissora Radiovox LTDA., a par-
sons e imagens, na cidade de Carazinho,
tir de 5 de julho de 1996, na cidade de Muritiba, Esta-
Estado do Rio Grande do Sul (Processo na
do da Bahia, outorgada pela Portaria Contei nO 397,
53528.000192/99) ;
de 17 de junho de 1966, e renovada pelo Decreto n°
• TVSBT - Canal 3 De Nova Friburgo
96.009, de 3 de maio de 1988 (Processo n°
LTOA., concessionária de serviço radiodifu-
53640.000161/96);
são de sons e imagens, na cidade de Nova
Friburgo, Estado do Rio Janeiro (Processo
11- Radiodifusora Asa Branca LTDA., a partir de
na 53770.000951193); 22 de março de 1992. na cidade de Boa Viagem,
Estado do Ceará, outorgada pelo Decreto na 86.962,
• TV Coligadas de Santa Catarina
de 25 de fevereiro de 1982 (Processo nO
S.A., concessionária de serviço radiodifusão
29108.000434/91 );
de sons e imagens, na cidade de Blumenau,
Estado de Santa Catarina (Processo na 111 - Rádio Jornal Centro Sul LTDA., a partir de
53820.000299/97). 10 de fevereiro de 1992, na cidade de Iguatú, Estado
do Ceará, outorgada pelo Decreto n° 86. 718, de 11 de
2. Observo que a renovação do prazo de vi- dezembro de 1981 (Processo n° 29650.000267/92);
gência das outorgas para explorar serviços radiodi- IV - Rádio Sant'ana de Tianguá LTOA., a partir
fusão é regida pelas disposições contidas na Lei na de 15 de agosto de 1997, na cidade de Tianguá, Esta-
5.785, de 23 de junho de 1972, e no Decreto na do do Ceará, outorgada pelo Decreto n079.846, de 23
88.066, de 26 de janeiro de 1983, que a regulamen- de junho de 1977, e renovada pelo Decreto de 29 de
tou. julho de 1992, aprovado peio Decreto Legislativo n°
3. Cumpre ressaltar que os pedidos foram ana- 80, de 16 de setembro de 1999 (Processo n°
lisados pelos órgãos técnicos deste Ministério e con- 53650.000898/97) ;
siderados de acordo com os dispositivos legais apli- V Fundação Roberto Rabello de
cáveis, demonstrando possuir as entidades as quali- Comunicação Social, a partir de 22 de setembro de
ficações necessárias à renovação da concessão. 1992, na cidade de Afonso Cláudio, Estado do Espíri-
4. Nessa conformidade, e em observância ao to Santo, outorgada originariamente à Rádio Difusora
que dispõem a Lei n° 5.785, de 1972, e seu Regula- Guanduense Ltda., conforme Decreto n° 87.486, de
mento, Decreto na 88.066, de 1983, submeto o assun- 18 de agosto de 1982, e transferida pelo Decreto de
to á superior consideração de Vossa Excelência para 17 de dezembro de 1996, para a concessionária de
decisão e submissão da matéria ao Congresso Naci- que trata este inciso (Processo na 50660.000172/92);
onal, em cumprimento ao § 3° do art. 223 da Constitu- VI - Rádio Difusora de Colatina LTOA., a partir
ição. de 1° de maio de 1994, na cidade de Colatina, Estado
Respeitosamente, - Pimenta da Veiga, Minis- do Espírito Santo, outorga pela Portaria MVOP n° 40,
tro de Estado das Comunicações de 16 de janeiro de 1950, e renovada pelo Decreto n°
40934 SextH-feira 31 DIÁl~IO DA CÀMARA DOS DEPUTADOS Agoslo de 2001
90.308, de 16 de outubro de 1984 (Processo n° da a passar à condição de concessionária em virtude
50660.000050/94) ; de aumento de potência de sua estação transmisso-
VII- Fundação Dom Stanislau Van Melis, a par- ra, conforme Exposição de Motivos n° 133, de 12 de
tir de 16 de fevereiro de 1992, cidade de São Luis dos setembro de 1989, do Ministério das Comunicações
Montes Belos, Estado de Goiás, outorgada originaria- (Processo n° 2971 0.000287/92);
mente à Rádio Vale da Serra Ltda., conforme Decreto XIV - Rede Juiz de Fora de Radiodifusão LTOA.,
na 86.857, de 14 de janeiro de 1982, e transferida pelo a partir de 28 de maio de 1991, na cidade de Juiz de
Decreto de 18 junho de 1996, para a concessionária Fora, Estado de Minas Gerais, outorgada pelo Decre-
de que trata este inciso (Processo na to n° 85.958, de 4 de maio de 1981 (Processo n°
29109.000547/91); - 29104.000194/91 );
VIII - Empresa Rádio Independente LTDA., a XV - Rádio Arapuan LTOA., a partir de 1° de no-
partir de 1° de maio de 1994, na cidade de Aquidaua- vembro de 1993, na cidade de João Pessoa, Estado
na, Estado do Mato Grosso do Sul, outorgada pela da Paraíba, outorgada pelo Decreto na 28.882. de 21
Portaria MJNI na 165-B, de 11 de abril de 1962, reno- de novembro de 1950, e renovada pelo Decreto n°
vada pela Portaria na 7, de 16 de janeiro de 1986, e 98.111, de 31 de agosto de 1989, aprovado pelo De-
autorizada a passar à condição de concessionária em creto Legislativo n° 183, de 5 de setembro de 1991
virtude de aumento de potência de sua estação trans- (Processo n° 50730.000399/93);
missora, conforme Exposição de Motivos na 102, de 8 XVI - Rádio Educadora de Conceição LTOA., a
de junho de 1987, do Ministério das Comunicações partir de 27 de outubro de 1992, na cidade de Concei-
(Processo na 53700.000106/94); ção, Estado da Paraíba, outorgada pelo Decreto n°
IX - Rádio Difusora de Três Lagoas LTDA., a 87.505, de 23 de agosto de 1982 (Processo n°
partir de 12 de maio de 1994, na cidade de Três Lago- 50730.000296/92);
as, Estado do Mato Grosso do Sul, outorgada pela XVII- Rádio Cultura Norte Paranaense LTOA., a
Portaria MVOP na 63, de 30 de janeiro de 1956, e re- partir de 1° de maio de 1994, na cidade de Paranavaí,
novada pelo Decreto na 92.630, de 2 de maio de 1988 Estado do Paraná, outorgada pela Portçuia MVOP n°
(Processo na 53700.000057/94); 638, de 22 de outubro de 1956, e renovada pelo De-
X - Rádio Difusora Matogrossense LTDA., a creto n° 89.372, de 8 de fevereiro de 1984 (Processo
partir de 10 de novembro de 1993 na cidade de Co- na 53740.000285/93);
rumbá, Estado do Mato Grosso do Sul, outorgada XVIII- Rádio Itamaraty LTDA., a partir de 12 de
pelo Decreto na 2.310, de 4 de fevereiro ae 1938, e re- novembro de 1992, na cidade de Piripiri Estado do Pi-
novada pelo Decreto na 91.493, de 29 de julho de auí, outorgada pelo Decreto n° 87.612, de 21 de se-
1985 (Processo na 53700.000232/93); tembro de 1982 (Processo n° 29115.00014-6/92);
XI- Rádio e Televisão Caçula LTDA., a partir de XIX - Rádio Grande Picos LTDA., a partir de 2
1° de maio de 1994, na cidade de Três Lagoas, Esta- de dezembro de 1992, na cidade de Picos, Estado do
do do Mato Grosso do Sul, outorgada à Rádio a Voz Piauí, outorgada pelo Decreto n° 87.667, de 5 de ou-
da Caçula Limitada, pela Portaria MJNI n° 381-8, de tubro de 1982 (Processo n° 29115.000173/92);
28 de novembro de 1961, renovada pelo Decreto n° XX - Rádio Trairy LTOA., a partir de 1° de maio
92.135, de 13 de dezembro de 1985, e autorizada a de 1994, na cidade de Natal, Estado do Rio Grande
mudar sua denominação para a atual, conforme Por- do Norte, outorgada pela Portaria MVOP n° 49, de 4
taria na 100, de 29 de junho de 1987, do Diretor da De- de fevereiro de 1960, revigorada pela Portaria MJNI
legacia Regional em Campo Grande do Departamen- n° 179-8, de 11 de abril de 1962, e renovada pelo De-
to Nacional de Telecomunicações, do Ministério das creto nO 90.156, de 5 de setembro de 1984 (Processo
Comunicações (Processo n° 53700.000059/94); n° 53780.000007/94);
XII Sistema Sul Matogrossense de XXI - Chiru Comunicações LTDA., a partir de 5
Radiodifusão LTOA., a partir de 10 de junho de 1993, de outubro de 1998, na cidade de Palmitinho, Estado
na cidade de Ponta Porã, Estado do Mato Grosso do do Rio Grande do Sul, outorgada pelo Decreto na
Sul. outorgada pelo Decreto n° 88.237, de 13 de abril 96.672, de 9 de setembro de 1988 (Processo n°
de 1983 (Processo n° 50700.000118/93); 53790.000861/98);
XIII - Rádio Rural Nova Guaranésia LTDA., a XXII- Rádio Luz e Alegria LTDA., a partir de 1°
partir de 6 de setembro de 1992, na cidade de Guara- de maio de 1994, na cidade de Frederico Westphalen,
nésia, Estado de Minas Gerais, outorgada pela Porta- Estado do Rio Grande do Sul, outorgada pela Portaria
ria MC n° 170, de 1° de setembro de 1982, e autoriza- MVOP n° 573, de 21 de junho de 1955, e renovada
Ag,llsltl de 2001 DIÁRIO DA CÁMARA DOS DEPUTADOS Sexta·feira 31 40935
pelo Decreto n° 90.422, de 8 de novembro de 1984 I - Rádio Educação Rural LTOA., a partir de 1°
(processo n° 53790.000098/94); de maio de 1993, na cidade de Campo Grande, Esta-
XXIII - Rádio Princesa do Jacuí LTDA., a partir do de Mato Grosso do Sul, outorgada pelo Decreto n°
de 1° de novembro de 1993, na cidade de Candelária, 819, de 2 de abril de 1962, renovada pelo Decreto n°
Estado do Rio Grande do Sul, outorgada pelo Decreto 92.668, de 16 de maio de 1986 (Processo n°
n° 41 .987, de 5 de agosto de 1957, e renovada pelo 50700.000040/93);
Decreto n° 94.186, de 6 de abril de 1987 (Processo n° 11 - Rádio Cultura Fluminense LTOA., a partir de
53790.000017/93); 1° de maio de 1993, na cidade de Campos, Estado do
XXIV - Rádio Quarai LTDA., a partir de 1° de Rio de Janeiro, outorgada originariamente à Rádio
maio de 1994, na cidade de Quaraí, Estado do Rio Cultura de Campos Uda., conforme Decreto nO
Grande do Sul, outorgada pela Portaria MVOP n0520, 46.445, de 16 de julho de 1959, renovada e transferi-
de 30 de maio de 1955, renovada pela Portaria MC n° da pelo Decreto n° 91.749, de 4 de outubro de 1985,
948, de 3 de novembro de 1975, e autorizada a pas- para a concessionária de que trata este inciso (Pro-
sar à condição de concessionária em virtude de au- cesso n° 50770.002517/92).
mento de potência de sua estação transmissora, con- Art. 3° Fica renovada a concessão das entida-
forme Exposição de Motivos n° 134, de 12 de setem- des abaixo mencionadas, para explorar, sem direito
bro de 1989, do Ministério das Comunicações (Pro- de exclusividade, pelo prazo de quinze anos, serviço
cesso n° 53790.001591/95); de radiodifusão de sons e imagens:
XXV - Rádio São Miguel LTOA., a partir de 1° de I - Rede Centro Oeste de Rádio e Televisão
novembro de 1993, na cidade de Uruguaiana, Estado LTOA., a partir de 21 de outubro de 1991, na cidade
do Rio Grande do Sul, outorgada pelo Decreto nO 822, de Campo Grande, Estado de Mato Grosso do Sul,
de 2 de abril de 1962, e renovada pelo Decreto N° outorgada pelo Decreto n° 78.190, de 3 de agosto de
89.869, de 27 de junho de 1984 (Processo n° 1976 (Processo n° 29112.000212/91);
50790.000890/93) ; 11- TV Esplanada do Paraná LTOA., a partir de 9
de julho de 1998, na cidade de Ponta Grossa, Estado
XXVI - Rádio São Roque LTDA., a partir de 1°
do Paraná, outorgada pelo Decreto n° 62.639, de 30
de maio de 1994, na cidade de Faxinal do Soturno,
de abril de 1968, e renovada pelo Decreto n° 89.198,
Estado do Rio Grande do Sul, outorgada pelo Decreto
de 16 de dezembro de 1983 (Processo n°
n° 74.048, de 13 de maio de 1974, e renovada pelo
53740.000406/98);
Decreto n089.631, de 8 de maio de 1984 (Processo n°
53790.000022194) ; 111- Televisão Norte do Rgs Lida., a partir de 14
de março de 2000, na cidade de Carazinho, Estado
XXVII - Rádio Difusora do Vale do Itabapoana
do Rio Grande do Sul, outorgada originariamente à
Limitada, a partir de 17 junho de 1992, na cidade de
Rádio e Televisão Albuquerque Ltda., pelo decreto n°
Bom Jesus de Itabapoana, Estado do Rio de Janeiro,
91.050, de 6 de março de 1985, autorizada a mudar
outorgada pe Decreto n° 87.109, de 19 de abril de
sua denominação social para a atual, conforme Por-
1982 (Processo n° 29770.000389/92);
taria Dentel n° 477, de 6 de outubro de 1986 (Proces-
XXVIII- Rádio São Bento LTDA., a partir de 21 so n° 53528.000192199);
de junho de 1997, na cidade de São Bento do Sul, IV - TVSBT - Canal 3 de Nova Friburgo LTOA., a
Estado de Santa Catarina, outorgada pelo Decreto n° partir de 22 de março de 1994, na cidade de Nova Fri-
79.662, de 5 de maio de 1977, renovada pelo Decreto burgo, Estado do Rio de Janeiro, outorgada originari-
n° 94.526, de 26 de junho de 1987 (Processo n° amente à TVS - TV Studios Sílvio Santos Ltda., con-
53820.000099/97) ;
forme Decreto n° 83.094, de 26 de janeiro de 1979,
XXIX - Rádio Progresso de São Carlos LTOA., a transferida pelo Decreto n° 91.042, de 5 de março de
partir de 12 de maio de 1994 na cidade de São Car- 1985, à TVS - Canal 3 de Nova Friburgo Ltda., autori-
los, Estado de São Paulo, outorgada pela Portaria zada a mudar sua denominação social para a atual,
MVOP nO 2845, de 7 de novembro de 1957, e renova- conforme Portaria n° 111 , de 29 de abril de 1986, do
da pelo Decreto n° 90.576, de 28 de novembro de Diretor da Delegacia Regional no Rio de Janeiro do
1984 (Processo n° 50830.000236/94). Departamento Nacional de Telecomunicações do Mi-
Art. 2° Fica renovada a concessão das entida- nistério das Comunicações (Processo n°
des abaixo mencionadas, para explorar sem direito 53770.000951 (93);
de exclusividade, pelo prazo de dez anos, serviço de V - TV Coligadas De Santa Catarina S.A., a par-
radiodifusão sonora em onda tropical: tir de 24 de maio de 1997, na cidade de Blumenau,
40936 Sexla-JCíra 3l DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agoslo de 200\
Estado de Santa Catarina, outorgada pelo Decreto n° lativo para a devida apreciação, uma vez que o ato
60.465-A, de 14 de março de 1967, e renovada pelo somente produzirá efeitos após a deliberação do
Decreto n° 92.448, de 7 de março ae 1986 (Processo Congresso Nacional.
n° 53820.000299197). Cumpre-nos, portanto, opinar sobre os aspec-
Art. 4° A exploração do serviço de radiodifusão, tos técnicos e formais da matéria submetida ao exa-
cujas concessões são renovadas por este Decreto, me desta Comissão, nos termos do inciso 11, alínea h
reger-se-á pelo Código Brasileiro de Telecomunica- do art. 32 do Regimento Interno.
ções, leis subseqüentes e seus regulamentos.
" - Voto do Relator
Art. 5° A renovação da concessão somente pro-
duzira efeitos legais após deliberação do Congresso O processo de renovação de outorga requerida
Nacional, nos termos do § 3° do art. 223 da Constitui- pela Rádio Progresso de São Carlos LIda., executan-
ção. te de serviço de radiodifusão sonora em onda média
Art. 6° Este decreto entra em vigor na data de encontra-se de acordo com a prática legal e docu-
sua publicação. mentai atinente ao processo renovatório e os docu-
Brasília, 17 de julho de 2000; 179° da Indepen- mentos juntados aos autos indicam a regularidade na
dência e 112° da República. - Fernando Henrique execução dos serviços.
Cardoso. Todas as exigências do Ato Normativo n° 1, de
1999, desta Comissão, foram atendidas e os docu-
Aviso n° 1.289 - C. Civil mentos juntados aos autos indicam a regularidade na
Em 1° de agosto de 2000 execução dos serviços.

À Sua Excelência o Senhor O ato de renovação de outorga obedece aos


Deputado Ubiratan Aguiar princípios de constitucionalidade, especialmente no
Primeiro-Secretário da Câmara dos Deputados que se refere aos arts. 220 a 223 da Constituição
Brasília - DF Federal, e atende às formalidades legais, motivos
pelos quais somos pela homologação do ato do Po-
Senhor Primeiro-Secretário, der Executivo, na forma de Projeto de Decreto Le-
Encaminho a essa Secretaria Mensagem do gislativo que ora apresentamos.
Excelentíssimo Senhor Presidente da República na
qual submete à apreciação do Congresso Nacional o Sala da Comissão, 7 de junho de 2001. - De-
ato constante do Decreto de 17 de julho de 2000, que putado Jorge Pinheiro, Relator.
"Renova concessão das entidades que menciona,
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO
para explorar serviços de radiodifusão, e dá outras
N° 1.102, DE 2001
providências" .
Atenciosamente, - Pedro Parente, Chefe da Aprova o ato que renova a conces-
Casa Civil da Presidência da República. são outorgada à Rádio Progresso de São
Carlos Ltda., para explorar serviço de ra-
COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA, diodifusão sonora em onda média, na ci-
COMUNICAÇÃO E INFORMÁTICA dade de São Carlos, Estado de São Paulo.
I - Relatório O Congresso Nacional decreta:
Art. 10 É aprovado o ato constante do Decreto
De conformidade cm o art. 49, inciso XII, com-
de 17 de julho de 2000, que renova, por 10 (dez)
binado com o § 1° do art. 223, da Constituição Fe-
anos, a partir de 1° de maio de 1994, a concessão
deral, o Excelentíssimo Senhor Presidente da Repú-
outorgada à Rádio Progresso de São Carlos LIda.,
blica submete à apreciação do Congresso Nacional
para explorar, sem direito de exclusividade, serviço
o ato que renova a concessão outorgada à Rádio
de radiodifusão sonora em onda média, na cidade
Progresso de São Carlos LIda., para explorar, na ci-
de São Carlos, Estado de São Paulo.
dade de São Carlos, Estado de São Paulo, sem di-
reito de exclusividade, serviço de radiodifusão sono- Art. 2° Este decreto legislativo entra em vigor
ra em onda média. na data de sua publicação.
Atendendo ao disposto no § 3° do art. 223 da Sala da Comissão, 7 de junho de 2001. -
Constituição, a matéria foi enviada ao Poder Legis- Deputado Jorge Pinheiro, Relator.
Agosto de 2001 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 31 40937
111 - Parecer da Comissão TVR N° 169, DE 2000
(Do Poder Executivo)
A Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunica-
MENSAGEM N° 1.068/00
ção e Informática, em reunião ordinária realizada hoje,
aprovou unanimemente o parecer favorável do Relator, Submete à apreciação do Congres-
Deputado Jorge Pinheiro, à TVR n° 164/00, nos termos so Nacional o ato constante do Decreto
do Projeto de Decreto Legislativo que apresenta. de 17 de julho de 2000, que renova con-
Estiveram presentes os seguintes Deputados: cessão à Televisão Norte do RGS Ltda.,
César Bandeira, Presidente; Francistônio Pinto e Júlio para explorar serviços de radiodifusão, a
Semeghini; Vice-Presidentes; Alberto Goldman, Do- partir de 14 de março de 2000, na cidade
miciano Cabral, íris Simões, João Almeida, Luiz Pia- de Carazinho, Estado do Rio Grande do
uhylino, Magno Malta, Nárcio Rodrigues, Saulo Coe- Sul.
lho, Silas Câmara, Márcio Fortes, Josué Bengston, (Às Comissões de Ciência e Tecnolo-
Salvador Zimbaldi, Arolde de Oliveira, Corauci Sobri- gia, Comunicação e Informática; e de Cons-
nho, José Rocha, Luiz Moreira, Mário Assad Júnior, tituição e Justiça e de Redação (art. 54))
Santos Filho, Ariston Andrade, Francisco Coelho, Be- Senhores Membros do Congresso Nacional,
nito Gama, Hermes Parcianello, Marçal Filho, Nair Nos termos do art. 49, inciso XII, combinado
Xavier Lobo, Nélson Proença, Ricardo Izar, Marinha com o § 3° do art. 223, da Constituição Federal, sub-
Raupp, José Borba, Jonival Lucas Júnior, Gustavo meto à apreciação de Vossas Excelências, acompa-
Fruet, Ana Corso, Babá, Gilmar Machado, Jorge Bit- nhado de Exposição de Motivos do Senhor Ministro
tar, Marcos Afonso, Márcio Reinaldo Moreira, Paulo de Estado das Comunicações, o ato constante do De-
Marinho, Vic Pires Franco, Nelson Meurer, Ary Kara, creto de 17 de julho de 2000, que "Renova concessão
Luiza Erundina, Valdeci Paiva, Agnaldo Muniz, Dr. das entidades que menciona, para explorar serviços
Hélio, Olímpio Pires e Bispo Wanderval. de radiodifusão, e dá outras providências". As entida-
Sala da Comissão, 29 de agosto de 2001. - De- des mencionadas são as seguintes:
putado César Bandeira, Presidente. 1 - Sociedade Emissora Radiovox Ltda., a par-
tir de 5 de julho de 1996, na cidade de Muritiba - BA
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO
N° 1.103, DE 2001 2 - Radiodifusora Asa Branca Ltda., a partir de
(Da Comissão de Ciência e Tecnologia, 22 de março de 1992, na cidade de Boa Viagem - CE;
Comunicação e Informática) 3 - Rádio Jornal Centro Sul Ltda., a partir de 10
MENSAGEM N° 1.068/00 de fevereiro de 1992, na cidade de Iguatu - CE;
TV R N° 169/00 4 - Rádio Sant'Ana de Tianguá Ltda., a partir
de 15 de agosto de 1997, na cidade de Tianguá - CE;
Aprova o ato que renova a conces- 5 - Fundação Roberto Rabello de Comunica-
são outorgada à Televisão Norte do RGS ção Social, a partir de 22 de setembro de 1992, na ci-
Ltda., para explorar serviço de radiodifu- dade de Afonso Cláudio - ES;
são de sons e imagens, na cidade de Ca-
6 - Rádio Difusora de Colatina Ltda., a partir de
razinho, Estado do Rio Grande do Sul.
1° de maio de 1994, na cidade de Colatina - ES;
(À Comissão de Constituição e Justiça
7 - Fundação Dom Stanislau Van Meus, a par-
e de Redação (art. 54))
tir de 16 de fevereiro de 1992, na cidade de São Luís
O Congresso Nacional decreta: dos Montes Belos - GO;
Art. 1° É aprovado o ato constante do Decreto 8 - Empresa Rádio Independente Ltda., a partir
de 17 de julho de 2000, que renova, por 15 anos, a de 1° de maio de 1994, na cidade de Aquidauana-
partir de 14 de março de 2000, a concessão outorga- MS;
da à Televisão Norte do RGS Ltda., para explorar, 9 - Rádio Difusora de Três Lagoas Ltda., a par-
sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão ti r de 10 de maio de 1994, na cidade de Três Lagoas -
de sons e imagens, na cidade de Carazinho, Estado MS;
do Rio Grande do Sul. 10 - Rádio Difusora Matogrossense Ltda., a
Art. 2° Este decreto legislativo entra em vigor na partir de 1° de novembro de 1993, na cidade de Co-
data de sua publicação. rumbá - MS;
Sala da Comissão, 29 de agosto de 2001. - Depu- 11 - Rádio e Televisão Caçula Ltda., a partir de
tado César Bandeira, Presidente. 1°de maio de 1994, na cidade de Três Lagoas- MS;
40'.138 Scxta-flJira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 200!
12 - Sistema Sul Matogrossense de Radiodifu- 32 - Rede Centro Oeste de Rádio e Televisão
são Ltda., a partir de 10 de junho de 1993, na cidade Ltda., a partir de 21 de outubro de 1991, na cidade de
de Ponta Porã - MS; Campo Grande - MS;
13 - Rádio Rural Nova Guaranésia Ltda., a par- 33 - TV Esplanada do Pararia Ltda., a partir de 9
tir de 6 de setembro de 1992, na cidade de Guarané- de julho de 1998, na cidade de Ponta Grossa - PR;
sia - MG; 34 - Televisão Norte do RGS Ltda., a partir de
14 - Rede Juiz de Fora de Radiodifusão Ltda., a 14 de março de 2000, na cidade de Carazinho - RS;
partir de 28 de maio de 1991, na cidade de Juiz de 35 - TV/SBT Canal 3 de Nova Friburgo Ltda., a
Fora - MG; partir de 22 de março de 1994, na cidade de Nova Fri-
15 - Rádio Arapuan Ltda., a partir de 1° de no- burgo - RJ; e
vembro de 1993, na cidade de João Pessoa - PB; 36 - TV Coligadas de Santa Catarina S.A., a
16 - Rádio Educadora de Conceição Ltda., a partir de 24 de maio de 1997, na cidade de Blumenau
partir de 27 de outubro de 1992, na cidade de Conce;- - SC.
ção - PB; Brasília, 1° de agosto de 2000. - Fernando
17 - Rádio Cultura Norte Paranaense Ltda., a Henrique Cardoso, Presidente da República.
partir de 1° de maio de 1994, na cidade de Paranavaí EM n° 220/MC
-PR;
Brasília, 5 de julho de 2000
18 - Rádio Itamarati Ltda., a partir de 12 de no-
vembro de 1992, na cidade de Piripiri - PI; Excelentíssimo Senhor Presidente da República,
19 - Rádio Grande Picos Ltda., a partir de 2 de Submeto à consideração de Vossa Excelência o
dezembro de 1992, na cidade de Picos - PI; incluso projeto de decreto que trata da renovação de
concessões, outorgadas às entidades abaixo relacio-
20 - Rádio Trairy Uda., a partir de 10 de maio de
nadas, para explorar serviço de radiodifusão nas lo-
1994, na cidade de Natal- RN;
calidades e unidades da Federação indicadas:
21 - Chirú Comunicações Ltda., a partir de 5 de
outubro de 1998, na cidade de Palmitinho - RS; • Sociedade Emissora Radiovox Ltda.,
concessionária de serviço de radiodifusão sono-
22 - Rádio Luz e Alegria Ltda., a partir de 1° de
ra em onda média, na cidade de Muritiba, Esta-
maio de 1994, na cidade de Frederico Westphalen -
do da Bahia (Processo n° 53640.000161/96);
RS;
• Radiodifusora Asa Branca Ltda., con-
23 - Rádio Princesa do Jacuí Ltda., a partir de cessionária de serviço de radiodifusão sono-
1° de novembro de 1993, na cidade de Candelária - ra em onda média, na cidade de Boa Via-
RS; gem, Estado do Ceará (Processo n°
24 - Rádio Quaraí Ltda., a partir de 1° de maio 29108.000434/91 );
de 1994, na cidade de Quaraí - RS; • Rádio Jornal Centro Sul Ltda., conces-
25 - Rádio São Miguel Ltda., a partir de 1° de sionária de serviço de radiodifusão sonora em
novembro de 1993, na cidade de Uruguaiana - RS; onda média, na cidade de Iguatú, Estado do
26 - Rádio São Roque Ltda., a partir de 1° de Ceará (Processo n° 29650.000267/92);
maio de 1994, na cidade de Faxinal do Soturno - RS; • Rádio Sant'ana de Tianguá Uda., con-
27 - Rádio Difusora do Vale do Itabapoana limi- cessionária de serviço de radiodifusão sonora
tada, a partir de 17 de junho de 1992, na cidade de em onda média, na cidade de Tianguá, Estado
Bom Jesus de Itabapoana - RJ; do Ceará (Processo n° 53650.000898197);
• Fundação Roberto Rabello de Comu-
28 - Rádio São Bento Ltda., a partir de 21 de ju-
nicação Social, concessionária de serviço
nho de 1997, na cidade de São Bento do Sul- SC;
de radiodifusão sonora em onda média, na
29 - Rádio Progresso de São Carlos Ltda., a cidade de Afonso Cláudio, Estado do Espíri-
partir de 1° de maio de 1994, na cidade de São Carlos to Santo (Processo n° 50660.000172/92);
-SP; • Rádio Difusora de Colatina Ltda.,
30 - Rádio Educação Rural Ltda., a partir de 1° concessionária de serviço de radiodifusão
de maio de 1993, na cidade de Campo Grande - MS; sonora em onda média, na cidade de Colati-
31 - Rádio Cultura Fluminense Ltda., a partir de na, Estado do Espírito Santo (Processo n°
1° de maio de 1993, na cidade de Campos - RJ; 50660.000050/94) ;
Agosto d~ 200 I DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS S~xla-li:ira 31 40939
• Fundação Dom Stanislau Van Melis, Paranavaí, Estado do Paraná (Processo n°
concessionária de serviço de radiodifusão 53740.000285/93);
sonora em onda média, na cidade de São • Rádio Itamaraty Ltda., concessioná-
Luis dos Montes Belos, Estado de Goiás ria de serviço de radiodifusão sonora em
(Processo n° 29109.000547/91); onda média, na cidade de Piripiri, Estado do
• Empresa Rádio Independente Ltda., Piauí (Processo n° 29115.000146/92);
concessionária de serviço de radiodifusão • Rádio Grande Picos Ltda., concessi-
sonora em onda média, na cidade de Aqui- onária de serviço de radiodifusão sonora em
dauana, Estado do Mato Grosso do Sul onda média, na cidade de Picos, Estado do
(Processo n° 53700.000106/94); Piauí (Processo n° 29115.000173/92);
• Rádio Difusora de Três Lagoas Ltda., • Rádio Trairy Ltda., concessionária de
concessionária de serviço radiodifusão so- serviço de radiodifusão sonora em onda mé-
nora em onda média, na cidade de Três La- dia, na cidade de Natal, Estado do Rio Gran-
goas, Estado do Mato Grosso do Sul (Pro- de do Norte (Processo n° 53780.000007/94);
cesso n° 53700.000057/94);
• Chirú Comunicações Ltda., concessi-
• Rádio Difusora Matogrossense Ltda., onária de serviço de radiodifusão sonora em
concessionária de serviço de radiodifusão onda média, na cidade de Palmitinho, Esta-
sonora em onda média, na cidade de Co- do do Rio Grande do Sul (Processo n°
rumbá, Estado do Mato Grosso do Sul (Pro- 53790.000861/98) ;
cesso n° 53700.000232193);
• Rádio Luz e Alegria Ltda., concessio-
• Rádio e Televisão Caçula Ltda., con-
nária de serviço de radiodifusão sonora em
cessionária de serviço de radiodifusão sono-
onda média, na cidade de Frederico West-
ra em onda média, na cidade de Três Lago-
phalen, Estado do Rio Grande do Sul (Pro-
as, Estado do Mato Grosso do Sul (Proces-
cesso n° 53790.000096/94);
so n° 53700.000059/94);
• Rádio Princesa do Jacuí Ltda., con-
• Sistema Sul Matogrossense de Radi-
cessionária de serviço de radiodifusão sono-
odifusão Ltda., concessionária de serviço de
ra em onda média, na cidade de Candelária,
radiodifusão sonora em onda média, na ci-
Estado do Rio Grande do Sul (Processo n°
dade de Ponta Porá, Estado do Mato Gros-
53790.000017/93);
so do Sul (Processo n° 50700.000118/93);
• Rádio Rural Nova Guaranésia Ltda., • Rádio Ouaraí Ltda., concessionária de
concessionária de serviço de radiodifusão serviço de radiodifusão sonora em onda mé-
sonora em onda média, na cidade de Gua- dia, na cidade Ouaraí, Estado do Rio Grande
ranésia, Estado de Minas Gerais (Processo do Sul (Processo n° 53790.001591/95);
n° 29710.000287/92), • Rádio São Miguel Ltda., concessio-
• Rede Juiz de Fora de Radiodifusão nária de serviço de radiodifusão sonora em
Ltda., concessionária de serviço de radiodi- onda média, na cidade de Uruguaiana,
fusão sonora em onda média, na cidade de Estado do Rio Grande do Sul (Processo n°
Juiz de Fora, Estado de Minas Gerais (Pro- 50790.000890/93) ;
cesso nO 29104.000194/91); • Rádio São Roque Ltda., concessio-
• Rádio Arapuan Ltda., concessionária nária de serviço de radiodifusão sonora em
de serviço de radiodifusão sonora em onda onda média, na cidade de Faxinal do Sotur-
média, na cidade de João Pessoa, Estado no, Estado do Rio Grande do Sul (Processo
da Paraíba (Processo n° 50730.000399/93); n° 53790.000022194);
• Rádio Educadora de Conceição • Rádio Difusora do Vale do Itabapoana
Ltda., concessionária de serviço de radiodi- Limitada, concessionária de serviço de radio-
fusão sonora em onda média, na cidade de difusão sonora em onda média, na cidade de
Conceição, Estado da Paraíba (Processo n° Bom Jesus de Itabapoana, Estado do Rio de
50730.000296/92); Janeiro (Processo n° 29770.000389/92);
• Rádio Cultura Norte Paranaense • Rádio São Bento Ltda., concessioná-
Ltda., concessionária de serviço de radiodi- ria de serviço de radiodifusão sonora em
fusão sonora em onda média, na cidade de onda média, na cidade de São Bento do
40940 SO:Xl<l-reira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto do: 2(JOI
Sul, Estado de Santa Catarina (Processo n° 4. Nessa conformidade, e em observância ao
53820.000099/97); que dispõem a Lei n° 5.785, de 1972, e seu Regula-
• Rádio Progresso de São Carlos mento, Decreto n° 88.066, de 1983, submeto o assun-
Ltda., concessionária de serviço de radiodi- to à superior consideração de Vossa Excelência para
fusão sonora em onda média, na cidade de decisão e submissão da matéria ao Congresso Naci-
São Carlos, Estado de São Paulo (Processo onal, em cumprimento ao § 3° ao art. 223 da Constitu-
n° 50830.000236/94); ição.
• Rádio Educação Rural Ltda., conces- Respeitosamente, - Pimenta da Veiga, Minis-
sionária de serviço de radiodifusão sonora tro de Estado das Comunicações.
em onda tropical, na cidade de Campo DECRETO DE 17 DE JULHO DE 2000
Grande, Estado do Mato Grosso do Sul
(Processo n° 50700.000040193); Renova concessão das entidades
• Rádio Cultura Fluminense Ltda., con- que menciona, para explorar serviços de
cessionária de serviço de radiodifusão sono- radiodifusão, e dá outras providências.
ra em onda tropical, na cidade de Campos, O Vice-Presidente da República, no exercício do
Estado do Rio de Janeiro (Processo n° cargo de Presidente da República, no uso das atribui-
50770.002517/92); ções que lhe conferem os arts. 84, inciso IV, e 223, ca-
• Rede Centro Oeste de Rádio e Tele- put, da Constituição, 33, § 3° da Lei n° 4.117, de 27 de
visão Ltda., concessionária de serviço de ra- agosto de 1962, e 6° da Lei n° 5.785, de 23 de junho
diodifusão de sons e imagens, na cidade de de 1972, e tendo em vista o disposto no art. 6°, inciso
Campo Grande, Estado do Mato Grosso do I, do Decreto n° 88.066 de 26 de janeiro de 1983,
Sul (Processo nO 29112.000212/91); Decreta:
• TV Esplanada do Paraná Ltda., con- Art. 1° Fica renovada a concessão das entida-
cessionária de serviço de radiodifusão de sons des abaixo mencionadas, para explorar, sem direito
e imagens, na cidade de Ponta Grossa, Esta- de exclusividade, pelo prazo de dez anos, serviço de
do do Paraná (Processo n° 53740.000406/98); radiodifusão sonora em onda média.
• Televisão Norte do RGS Ltda., con- 1- Sociedade Emissora Radiovox Ltda., a partir
cessionária de serviço de radiodifusão de de 5 de julho de 1996, na cidade de Muritiba, Estado
sons e imagens, na cidade de Carazinho, da Bahia, outorgada pela Portaria CONTEL n° 397, de
Estado do Rio Grande do Sul (Processo n° 17 de junho de 1966, e renovada pelo Decreto n°
53528.000192/99); 96.009, de 3 de maio de 1988 (Processo n°
• TVSBT - Canal 3 de Nova Friburgo 53640.000161/96);
Ltda., concessionária de serviço radiodifu- 1I - Radiodifusora Asa Branca Ltda., a partir de
são de sons e imagens, na cidade de Nova 22 de março de 1992, na cidade de Boa Viagem,
Friburgo, Estado do Rio Janeiro (Processo Estado do Ceará, outorgada pelo Decreto n° 86.962,
n° 53770.000951193); de 25 de fevereiro de 1982 (Processo n°
• TV Coligadas de Santa Catarina 29108.000434/91 );
SA, concessionária de serviço de radiodifu- 111- Rádio Jornal Centro Sul Ltda., a partir de 10
são de sons e imagens, na cidade de Blu- de fevereiro de 1992, na cidade de Iguatú, Estado do
menau, Estado de Santa Catarina. (Proces- Ceará, outorgada pelo Decreto n° 86.718, de 11 de
so n° 53820.000299/97). dezembro de 1981 (Processo n° 29650.000267/92);
2. Observo que a renovação do prazo de vigên- IV - Rádio Sant'ana de Tianguá Ltda., a partir
cia das outorgas para explorar serviços o radiodifusão de 15 de agosto de 1997, na cidade de Tianguá, Esta-
é regida pelas disposições contidas na Lei n° 5.785, do do Ceará, outorgada pelo Decreto n° 79.546, de 23
de 23 de junho de 1972, e no Decreto n° 88.066, de 26 de junho de 1977, e renovada pelo Decreto de 29 de
de janeiro de 1983, que a regulamentou. julho de 1992, aprovado pelo Decreto Legislativo n°
3. Cumpre ressaltar que os pedidos foram anali- 80, de 16 de setembro de 1999 (Processo n°
sados pelos órgãos técnicos deste Ministério e consi- 53650.000898/97) ;
derados de acordo com os dispositivos legais aplicá- V - Fundação Roberto Rabello de Comunica-
veis, demonstrando possuir as entidades as qualifica- ção Social, a partir de 22 de setembro de 1992, na ci-
ções necessárias à renovação da concessão. dade de Afonso Cláudio, Estado do Espírito Santo,
Agosto de 200 I DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEI'IJIADOS Sexta-leira31 40941
outorgada originariamente à Rádio Difusora Guandu- XII- Sistema Sul Matogrossense de Radiodifu-
ense Ltda., conforme Decreto n° 87.486, de 18 de são Ltda., a partir de 10 de junho de 1993, na cidade
agosto de 1982, e transferida pelo Decreto de 17 de de Ponta Porã, Estado do Mato Grosso do Sul, outor-
dezembro de 1996, para a concessionária de que tra- gada pelo Decreto n° 58.227, de 15 de abril de 1983
ta este inciso (processo n° 50660.000172/92); (Processo n° 50700.000118/93);
VI- Rádio Difusora de Colatina Ltda., a partir de XIII- Rádio Rural Nova Guaranésia Ltda., a par-
1° de maio de 1994, na cidade de Colatina, Estado do tir de 6 de setembro de 1992, na cidade de Guarané-
Espírito Santo, outorgada pela Portaria MVOP n° 40, sia, Estado de Minas Gerais, outorgada pela Portaria
de 16 de janeiro de 1950, e renovada pelo Decreto n° MC n° 170, de 1° de setembro de 1982, e autorizada a
90.308, de 16 de outubro de 1984 (Processo n° passar à condição de concessionária em virtude de
50660.000050/94) ; aumento de potência de sua estação transmissora,
VII- Fundação Dom Stanislau Van Melis, a par- conforme Exposição de Motivos nO 133, de 12 de se-
tir de 16 de fevereiro de 1992, na cidade de São Luís tembro de 1989, do Ministério das Comunicações
dos Montes Belos, Estado de Goiás, outorgada origi- (Processo nO 2971 0.000287/92);
nalmente à Rádio Vale da Serra Ltda., conforme De- XIV - Rede Juiz de Fora de Radiodifusão LIda.,
creto n° 88.857, de 14 de janeiro de 1982, e transferi- a partir de 28 de maio de 1991, na cidade de Juiz de
da pelo Decreto de 18 de junho de 1996, para a con- Fora, Estado de Minas Gerais, outorgada pelo Decre-
cessionária de que trata este inciso (Processo n° to n° 85.958, de 4 de maio de 1981 (Processo n°
29109.000547/91 ); 29104.000194/91 );
VIII - Empresa Rádio Independente Ltda., a XV - Rádio Arapuan LIda., a partir de 1° de no-
partir de 12 de maio de 1994, na cidade de Aquidaua- vembro de 1993, na cidade de João Pessoa, Estado
na, Estado do Mato Grosso do Sul, outorgada pela da Paraíba, outorgada pelo Decreto n° 28.882, de 21
Portaria MJNI nO 165-B, de 11 de abril de 1962, reno- de novembro de 1950, e renovada pelo Decreto n°
vada pela Portaria n° 7, de 16 de janeiro de 1986, e 98.111 , de 31 de agosto de 1989, aprovado pelo De-
autorjzada a passar à condição de concessionária em creto Legislativo n° 183, de 5 de setembro de 1991
virtude de aumento de potência de sua estação trans- (Processo n° 50730.000399/93);
missora, conforme Exposição de Motivos n° 102, de 8 XVI - Rádio Educadora de Conceição LIda., a
de junho de 1987, do Ministério das Comunicações partir de 27 de outubro de 1992, na cidade de Concei-
(Processo n° 53700.000103/94); ção, Estado da Paraíba, outorgada pelo Decreto n°
IX - Rádio Difusora de Três Lagoas Ltda., a par- 87.505, de 23 de agosto de 1982 (Processo n°
tir de 1° de maio de 1994, na cidade de Três Lagoas, 50730.000296/92);
Estado do Mato Grosso do Sul, outorgada pela Porta- XVII- Rádio Cultura Norte Paranaense LIda., a
ria MVOP n° 63, de 30 de janeiro de 1956, e renovada partir de 12 de maio de 1994, na cidade de Paranavaí,
pelo Decreto n° 92.630, de 2 de maio de 1986 (Pro- Estado do Paraná. outorgada pela Portaria MVOP nO
cesso n° 53700.000057/94); 635, de 22 de outubro de 1956, e renovada pelo De-
X - Rádio Difusora Matogrossense Ltda., a par- creto n° 89.372, de 8 de fevereiro de 1984 (Processo
tir de 1° de novembro de 1993 na cidade de Corumbá, n° 53740.000285/93);
Estado do Mato Grosso do Sul, outorgada pelo De- XVIII - Rádio Itamaraty LIda., a partir de 12 de
creto nO 2.310, de 4 de fevereiro de 1938, e renovada novembro de 1992, na cidade de Piripiri, Estado do
pelo Decreto n° 91.493, de 29 de julho de 1985 (Pro- Piauí. outorgada pelo Decreto n° 87.612, de 21 de se-
cesso n° 53700.000232/93); tembro de 1982 (Processo nO 29115.000146/92);
Xl- Rádio e Televisão Caçula Ltda., a partir de XIX - Rádio Grande Picos LIda., a partir de 2 de
12 de maio de 1994, na cidade de Três Lagoas, Esta- dezembro de 1992. na cidade de Picos, Estado do Pi-
do do Mato Grosso do Sul, outorgada à Rádio a Voz auí, outorgada pelo Decreto n° 87.667, de 5 de outu-
da Caçula Limitada, pela Portaria MJNI n° 381-B, de bro de 1982 (Processo n° 29115.000173192);
28 de novembro de 1961, renovada pelo Decreto n° XX - Rádio Trairy LIda., a partir de 12 de maio
92.135, de 13 de dezembro da 1985, e autorizada a de 1994, na cidade de Natal. Estado do Rio Grande
mudar sua denominação para a atual, conforme Por- do Norte, outorgada pela Portada MVOP n° 49, de 4
taria n° 100, de 29 de junho de 1987, do Diretor da De- de fevereiro de 1960, revigorada pela Portaria MJNI
legacia Regional em Campo Grande do Departamen- n° 179.-B, de 11 de abril de 1962, e renovada pelo De-
to Nacional de Telecomunicações, do Ministério das creto n° 90.156, de 5 de setembro de 1984 (Processo
Comunicações (Processo n° 53700.000059/94); n° 53780.000007194);
40942 Sexta-feira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agnsto de 200 I
XXI - Chiru Comunicações Ltda., a partir de 5 los, Estado de São Paulo, outorgada pela Portada
de outubro de 1998, na cidade de Palmitinho, Estado MVOP n° 845, de 7 de novembro de 1957, e renovada
do Rio Grande do Sul, outorgada pelo Decreto n° pelo Decreto n° 90.576, de 28 de novembro de 1984
96.672, de 9 de setembro de 1988 (Processo nO (Processo n° 50830.000236/94).
53790.000861/95); Art. 20 Fica renovada a concessão das entida-
XXII - Rádio Luz e Alegria Ltda., a partir de 12 des abaixo mencionadas, para explorar sem direito
de maio de 1994, na cidade de Frederico Westphalen, de exclusividade, pelo prazo de dez anos, serviço de
Estado do Rio Grande do Sul. outorgada pela Portaria radiodifusão sonora em onda tropical:
MVOP n° 573, de 21 de junho de 1955, e renovada 1- Rádio Educação Rural Ltda., a partir de 12 de
pelo Decreto n° 90.422, de 8 de novembro de 1984 maio de 1993, na cidade de Campo Grande, Estado
(Processo nO 53790.000098/94);
de Mato Grosso do Sul, outorgada pelo Decreto n°
XXIII- Rádio Princesa do Jacuí Ltda., a partir de 819, de 2 de abril de 1962, E renovada pelo Decreto
12 de novembro de 1993, na cidade de Candelária, n° 92.668, de 16 de maio de 1986 (Processo na
Estado do Rio Grande de, Sul, outorgada pelo Decre- 50700.000040/93);
to n° 41.957, de 5 de agosto de 1957, e renovada pelo
11 - Rádio Cultura Fluminense Ltda., a partir de
Decreto n° 94.186, de 6 de abril de 1957 (Processo n°
12 de maio de 1993, na cidade de Campos. Estado do
53790.000017/93) ;
Rio de Janeiro, outorgada originariamente à Rádio
XXIV - Rádio Quaraí Ltda., a partir de 12 de Cultura de Campos Ltda. conforme Decreto na
maio de 1994, ria cidade de Quaraí, Estado do Rio 46.445, de 16 de julho de 1959, renovada e transferi-
Grande do Sul, outorgada pela Portaria MVOP n° 520,
da pelo Decreto n° 91.749, de 4 de outubro de 1985,
de 30 de maio de 1955, renovada pela Portaria MC n° para a concessionária de que trata este inciso (Pro-
948, de 3 de novembro de 1975, e autorizada a pas-
cesso n° 50770.002517/92).
sar à condição de concessionária de aumento de po-
Art. 3° Fica renovada a concessão das entida-
tência de sua estação transmissora, conforme Expo-
sição de Motivos na 134, de 12 de setembro de 1989, des abaixo mencionadas, para explorar, sem direito
do Ministério das Comunicações (Processo n° de exclusividade, pelo prazo de quinze anos, serviço
de radiodifusão de sons e imagens:
53790.001591195);
XXV - Rádio São Miguel Ltda., a partir de 12 de I - Rede Centro Oeste de Radio e Televisão
novembro de 1993, na cidade de Uruguaiana, Estado Ltda., a partir de 21 de outubro de 1991, na cidade de
do Rio Grande do Sul, outorgada pelo Decreto n° 822, Campo Grande, Estado de Mato Grosso do Sul, ou-
de 2 de abril de 1962, e renovada pelo Decreto nO torgada pelo Decreto n° 78.190, de 3 de agosto de
89.869, de 27 de junho de 1984 (Processo n° 1976 (Processo n029112.000212/91);
50790.000890/93) ; 11- TV Esplanada do Paraná Ltda., a partir de 9 de
XXVI - Rádio São Roque Ltda., a partir de 12 de julho de 1998, na cidade de Ponta Grossa. Estado do
maio de 1994, na cidade de Faxinal do Soturno. Esta- Paraná, outorgada pelo Decreto n° 62.639, de 30 de
do do Rio Grande do Sul, outorgada cela Decreto na abril de 1968, e renovada pelo Decreto na 89.198, de 16
74.048, de 13 de maio de 1974, e renovada pelo De- de dezembro de 1983 (Processo nO 53740.000406/98);
creto na 89.631, de 8 de maio de 1984 (Processo n° 111- Televisão Norte do RGS Ltda., a partir de 14
53790. 000022/94); de março de 2000, na cidade de Carazinho, Estado
XXVII - Rádio Difusora do Vale de Itabapoana do Rio Grande do Sul, outorgada originariamente à
Ltda., a partir de 17 de junho de 1992, na cidade de Rádio e Televisão Albuquerque Ltda., pelo Decreto n°
Bom Jesus de Itabapoana, Estado do Rio de Janeiro, 91.050, de 6 de março de 1985, autorizada a mudar
outorgada pe Decreto na 57.109, de 19 de abril de sua denominação social para a atual, conforme Por-
1982 (Processo na 29770.000389192); tada DENTEL nO 477, de 6 de outubro ae 1986 (Pro-
XXVIII - Rádio São Bento Ltda., a partir de 21 cesso n° 53528.000192/99); -
de junho de 1997 na cidade de São Bento do Sul, IV - TVSBT - Canal 3 de Nova Friburgo Ltda., a
Estado de Santa Catarina, outorgada pelo Decreto n° partir de 22 de março de 1994, na cidade de Nova Fri-
79.662, de 5 de maio de 1977, renovada pelo Decreto burgo, Estado do Rio de Janeiro, outorgada originaria-
na 94.526, de 26 de junho de 1987 (Processo na mente à TVS - TV Studios Silvio Santos Ltda., confor-
53820.000099/97); me Decreto n° 83.094, de 26 de janeiro de 1979, trans-
XXIX - Rádio Progresso de São Carlos Ltda., a ferida pelo Decreto n° 91 .042, de 5 de março de 1985, à
partir de 12 de maio de 1994 na cidade de São Car- TVS - Canal 3 de Nova Friburgo Ltda., autorizada a mu-
Agosto de 20()! DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-lcira 31 40<)43
dar sua denominação social para a atual, conforme Por- Atendendo ao disposto no § 3° do art. 223 da
taria n° 111, de 29 de abril de 1986, do Diretor da Dele- Constituição, a matéria foi enviada ao Poder Legislati-
gacia Regional rio Rio de Janeiro do Departamento Na- vo para a devida apreciação, uma vez que o ato so-
cional de Telecomunicações do Ministério das Comuni- mente produzirá efeitos após a deliberação do Con-
cações (Processo n° 53770.000951/93); - gresso Nacional.
V - TV Coligadas de Santa Catarina S.A., a par- Cumpre-nos, portanto, opinar sobre os aspec-
tir de 24 de maio de 1997, na cidade de Blumenau. tos técnicos e formais da matéria submetida ao exa-
Estado de Santa Catarina. outorgada pelo Decreto n° me desta Comissão, nos termos do inciso 11, alínea h,
60.465-A, de 14 de março de 1967, e renovada pelo do art. 3 do Regimento Interno.
Decreto n° 92.448, de 7 de março de 1986 (Processo
n° 53820.000299/97). 11- Voto do Relator
Art. 4° A exploração do serviço de radiodifusão, O processo de renovação de outorga requerida
cujas concessões são renovadas este Decreto, re- pela Televisão Norte do RGS Ltda., executante de
ger-se-á pelo Código Brasileiro de Telecomunica- serviço de radiodifusão de sons e imagens encon-
ções, leis subseqüentes e se regulamentos. tra-se de acordo com a prática legal e documental ati-
Art. 5° A renovação da concessão somente pro- nente ao processo renovatório e os documentos jun-
duzirá efeitos legais após deliberação Congresso Na- tados aos autos indicam a regularidade na execução
cional, nos termos do § 3° do art. 223 da Constituição. dos serviços de radiodifusão.
Art. 6° Este Decreto entra em vigor na data de Todas as exigências do Ato Normativo n° 1, de
sua publicação. 1999, desta Comissão, foram atendidas e os docu-
Brasília, 17 de julho de 2000; 179° da Indepen- mentos juntados aos autos indicam a regularidade na
dência e 122° da República execução dos serviços.
Aviso n0 1.289-C.Civil. O ato de renovação de outorga obedece aos
princípios de constitucionalidade, especialmente no
Em 1° de agosto de 2000 que se refere aos arts. 220 a 223 da Constituição Fe-
A Sua Excelência o Senhor deral, e atende às formalidades legais, motivos pelos
Deputado Ubiratan Aguiar quais somos pela homologação do ato do Poder Exe-
Primeiro Secretário da Câmara dos Deputados cutivo, na forma do Projeto de Decreto Legislativo que
Brasília - DF ora apresentamos.
Sala da Comissão, 28 de junho de 2001 - Depu-
Senhor Primeiro Secretário,
tado Bispo Rodrigues, Relator.
Encaminho a essa Secretaria Mensagem do
Excelentíssimo Senhor Presidente da República na PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO
qual submete à apreciação do Congresso Nacional o N° 1.103, DE 2001
ato constante do Decreto de 17 de julho de 2000, que
"Renova concessão das entidades que menciona, Aprova o ato que renova a conces-
para explorar serviços de radiodifusão, e dá outras são outorgada à Televisão Norte do RGS
providências" . Ltda., para explorar serviço de radiodifu-
Atenciosamente, - Pedro Parente, Chefe da são de sons e imagens, na cidade de Ca-
Casa Civil da Presidência da República. razinho, Estado do Rio Grande do Sul.

COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA, O Congresso Nacional decreta:


COMUNICAÇÃO E INFORMÁTICA Art. 1° É aprovado o ato constante do Decreto
de 17 de julho de 2000, que renova, por 15 (quinze)
I - Relatório anos, a partir de 14 de março de 2000, a concessão
De conformidade com o art. 49, inciso XII, com- outorgada à Televisão Norte do RGS Ltda., para ex-
binado com o § 1° do art. 223, da Constituição Federal, plorar, sem direito de exclusividade, serviço de radio-
o Excelentíssimo Senhor Presidente da República difusão de sons e imagens, na cidade de Carazinho,
submete à apreciação do Congresso Nacional o ato Estado do Rio Grande do Sul. .
que renova a concessão outorgada á Televisão Norte Art. 2° Este decreto legislativo entra em vigor na
do RGS Ltda., para explorar, na cidade de Carazinho, data de sua publicação.
Estado do Rio Grande do Sul, sem direito de exclusi- Sala da Comissão, 28 de junho de 2001. - Depu-
vidade, serviço de radiodifusão de sons e imagens. tado Bispo Rodrigues, Relator.
40'.i44 Sexta-Ieira 31 _ . ,. .,·
DIÁRIO DA CÂMAR.A DOS 1)!:I)lJ'('AI)(_). Agl)sto de 20() I
111 - Parecer da Comissão Sala da Comissão, 29 de agosto de 2001, - De-
putado César Bandeira, Presidente,
A Comissão de Ciência e Tecnologia, Comuni-
cação e Informática, em reunião ordinária realizada TVR N° 417, DE 2000
hoje, aprovou o parecer favorável do Relator, Deputa- (Do Poder Executivo)
do Bispo Rodrigues, à TVR n° 169/00, nos termos do MENSAGEM N° 1.504/2000
Projeto de Decreto Legislativo que apresenta. Absti-
veram-se de votar os Deputados Ana Corso, Babá, Submete à apreciação do Congres-
Gilmar Machado, Jorge Bittar e Marcos Afonso. Esti- so Nacional o ato constante do Decreto
veram presentes os seguintes Deputados: César de 11 de outubro de 2000, que outorga
Bandeira, Presidente; Francistônio Pinto e Júlio Se- concessão à Radiodifusão Novo Mato
meghini, Vic?-Presidentes; Alberto Goldman, Domici- Grosso Ltda., para explorar, pelo prazo
ano Cabral, Iris Simões, João Almeida, Luiz Piauhyli- de dez anos, sem direito de exclusivida-
no, Magno Malta, Nárcio Rodrigues, Saulo Coelho, Si- de, serviço de radiodifusão sonora em
las Câmara, Márcio Fortes, Josué Bengston, Salva- onda média na cidade de Juara, Estado
dor Zimbaldi, Arolde de Oliveira Corauci Sobrinho de Mato Grosso.
José Rocha, Luiz Moreira, Mário' Assad Júnior, San~ (Às Comissões de Ciência e Tecnolo-
tos Filho, Ariston Andrade, Francisco Coelho, Benito gia, Comunicação e Informática; e de Cons-
Gama, Hermes Parcianello, Marçal Filho, Nair Xavier tituição e Justiça e de Redação (art. 54»
Lobo, Nélson Proença, Ricardo Izar, Marinha Raupp,
Senhores Membros do Congresso Nacional,
José Borba, Jonival Lucas Júnior, Gustavo Fruet, Ana
Nos termos do artigo 49, inciso XII, combinado
Corso, Babá, Gilmar Machado, Jorge Bittar, Marcos
com o § 3° do artigo 223 da Constituição Federal, sub-
Afonso, Márcio Reinaldo Moreira, Paulo Marinho, Vic
meto à apreciação de Vossas Excelências, acompa-
Pires Franco, Nelson Meurer, Ary Kara, Luiza Erundi-
nhado de Exposição de Motivos do Senhor Ministro
na, Valdeci Paiva, Agnaldo Muniz, Dr. Hélio, Olímpio
de Estado das Comunicações, o ato constante do De-
Pires e Bispo Wanderval.
creto de 11 de outubro de 2000, que "Outorga con-
Sala da Comissão, 29 de agosto de 2001 . - Depu- cessão às entidades que menciona, para explorar
tado César Bandeira, Presidente. serviços de radiodifusão, e dá outras providências".
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO As entidades mencionadas são as seguintes:
N° 1.116, DE 2001 1 - Líder Comunicações LTDA., na cidade de
(Da Comissão de Ciência e Tecnologia, Brasiléia - AC (onda média);
Comunicação e Informática) 2 - RBN - Rede Brasil Norte de Comunicação
MENSAGEM N° 1.504/2000 LTDA, na cidade de Posse - GO (onda média);
TVR N° 417/00 3 - MR Radiodifusão LTDA, na cidade de Caxi-
as - MA (onda média);
Aprova o ato que outorga conces-
4 - MR Radiodifusão LTOA., na cidade de Turia-
são à Radiodifusão Nova Mato Grosso
çu - MA (onda média);
Ltda., para explorar serviço de radiodifu-
são sonora em onda média, na localidade 5 - Rádio Estrela de Ibiúna LTDA., na cidade de
de Juara, Estado de Mato Grosso. Campina Verde - MG (onda média);
(À Comissão de Constituição e Justiça 6 - Rádiodifusão Novo Mato Grosso LTDA, na
e de Redação (art. 54») cidade de Juara - MT (onda média);
7 - Rádio Itaí de Rio Claro LTDA, na cidade de
O Congresso Nacional decreta: Rondonópolis - MT (onda média);
Art. 1° É aprovado o ato constante do Decreto 8 - Rádio Pantanal de Coxim LTDA., na cidade
de 11 de outubro de 2000, que outorga concessão à de Coxim - MS (onda média);
Radiodifusão Novo Mato Grosso Ltda., para explorar, 9 - RIR - Rede Integrada de Radiodifusão S/C
pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, LTDA, na cidade de Angicos - RN (onda média);
serviço de radiodifusão sonora em onda média, na lo- 10- Difusora Gomes LTOA., na cidade de Flori-
calidade de Juara, Estado de Mato Grosso. anópolis - SC (onda média);
Art. 2° Este decreto legislativo entra em vigor na 11 - Rádio Vale do Contestado LTDA, na cida-
data de sua publicação. de de Videira - SC (onda média);
Agosto de 2001 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexla-Icira 31 40945
12 - RBN - Rede Brasil Norte de Comunicação de, Estado de Minas Gerais (Processo Administrativo
LTDA., na cidade de Dianópolis - TO (onda média); nO 53710.000842/97 e Concorrência n°
13 - Rádio Foz-Lago Comunicadora LTDA., na 094/97-SFO/MC);
cidade de Foz do Iguaçu - PR (onda média); Radiodifusão Novo Mato Grosso LTDA., serviço de
14 - RBN - Rede Brasil Norte de Comunicação radiodifusão sonora em onda média na cidade de Juara,
LTOA., na cidade de Santarém - PA (sons e imagens); e Estado de Mato Grosso (Processo Administrativo n°
15 - TVC l-TV Comunicações Interativas LTDA.. 53690.000358/97 e Concorrência n° 095/97-SFO/MC);
na cidade de Paranaguá - PR (sons e imagens). Rádio Itaí de Rio Claro LTOA., serviço de radio-
Brasília, 24 de outubro de 2000. - Fernando difusão sonora em onda média na cidade de Rondo-
Henrique Cardoso. nópolis, Estado de Mato Grosso (Processo Adminis-.
trativo n° 53690.000362197 e Concorrência n°
EM n° 448/MC ü95/97-SFO/MC);
Brasília, 4 de outubro de 2000 Rádio Pantanal de Coxim LTOA., serviço de ra-
diodifusão sonora em onda média na cidade de Co-
Excelentíssimo Senhor Presidente da República,
xim, Estado do Mato Grosso do Sul (Processo Admi-
Em conformidade com as atribuições legais e re-
nistrativo n° 53700.001107/97 e Concorrência n°
gulamentares cometidas a este Ministério, determi-
096/97 -SFO/MC);
nou-se a instauração de procedimento licrtatório, na mo-
RIR - Rede Integrada De Radiodifusão S/C
dalidade Concorrência, com vistas à outorga de con-
LTDA., serviço de radiodifusão sonora em onda mé-
cessão para explorar serviço de radiodifusão, nas locali-
dia na cidade de Angicos, Estado do Rio Grande do
dades e unidades da Federação abaixo indicadas.
Norte (Processo Administrativo n° 53780.000174/97
2. A Comissão Especial de Âmbito Nacional, cri-
e Concorrência n° 099/97-SFO/MC);
ada pela Portaria n° 63, de 5 de fevereiro de 1997, al-
terada pela Portaria n° 795, de 17 de dezembro de Difusora Gomes LTDA., serviço de radiodifusão
1997, após analisar a documentação de habilitação e sonora em onda média na cidade de Florianópolis,
as propostas técnica e de preço das entidades propo- Estado de Santa Catarina (Processo Administrativo
nentes, com observância da Lei n° 8.666, de 21 de ju- n° 53820.000383/97 e. Concorrência n°
nho de 1993, e da legislação específica de radiodifu- 102/97-SFO/MC);
são, concluiu que obtiveram a maior pontuação do va- Rádio Vale do Contestado LTOA., serviço de radi-
lor ponderado, nos termos estabelecidos pelos res- odifusão sonora em onda média na cidade de Videira,
pectivos Editais, tornando-se assim vencedoras das Estado de Santa Catarina (Processo Administrativo n°
Concorrências, conforme atos da mesma Comissão, 53820.000391/97 e Concorrência n° 102/97-SFO/MC);
que homologuei, as seguintes entidades: RBN - Rede Brasil Norte de Comunicação
Líder Comunicações LTOA., serviço de radiodifu- LTOA., serviço de radiodifusão sonora em onda mé-
são sonora em onda média na cidade de Brasiléia, dia na cidade de Dianópolis, Estado do Tocantins
Estado do Acre (Processo Administrativo n° (Processo Administrativo n° 53665.000028/97 e Con-
53600.000043/97 e Concorrência n° 088/97 -SFO/MC); corrência n° 104/97 -SFO/MC);
RBN - Rede Brasil Norte de Comunicação Rádio Foz-Lago Comunicadora LTOA., serviço de
LTDA., serviço de radiodifusão sonora em onda mé- radiodifusão sonora em onda média na cidade de Foz do
dia na cidade de Posse, Estado de Goiás (Processo Iguaçu, Estado do Paraná (Processo Administrativo nO
Administrativo n° 53670.000279/97 e Concorrência n° 53740.000577197 e Concorrência n° 105/97-SFO/MC);
092/97-SFO/MC); RBN - Rede Brasil Norte de Comunicação
MR Radiodifusão LTDA., serviço de radiodifusão LTDA., serviço de radiodifusão de sons e imagens na
sonora em onda média na cidade de Caxias, Estado do cidade de Santarém, Estado do Pará (Processo
Maranhão (Processo Administrativo n° Administrativo n° 53720.000251/97 e Concorrência n°
53680.000287/97 e Concorrência n° 093/97-SFO/MC); 108/97-SFO/MC);
MR Radiodifusão LTDA., serviço de radiodifusão TVCI-TV Comunicações Interativas LTDA., serviço
sonora em onda média na cidade de Turiaçu, Estado do de radiodifusão de sons e imagens na cidade de Parana-
Maranhão (Processo Administrativo n° guá, Estado do Paraná (Processo Administrativo n°
53680.000294/97 e Concorrência n° 093/97-SFO/MC); 53740.000640/97 e Concorrência n° 110/97-SFO/MC).
Rádio Estrela de Ibiúna LTOA., serviço de radiodi- 3. Nessa conformidade, e em observância ao
fusão sonora em onda média na cidade de Campina Ver- que dispõe o art. 29 do Regulamento dos Serviços de
4094ó Sexta-feira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS AguSILl de 20tH
Radiodifusão, aprovado pelo Decreto n° 52.795, de VI - Radiodifusão Novo Mato Grosso Ltda., na
31 de outubro de 1963, com a redação que lhe foi cidade de Juara, Estado de Mato Grosso (Processo
dada pelo Decreto n° 1.720, de 28 de novembro de Administrativo n° 53690.000358/97 e Concorrência n°
1995, submeto à elevada consideração de Vossa 95/97-SFO/MC).
Excelência projeto de decreto que trata da outorga de VII - Rádio Itaí de Rio Claro Ltda., na cidade de
concessão às referidas entidades para explorar os Rondonópolis, Estado de Mato Grosso (Processo
serviços de radiodifusão mencionados. Administrativo n° 53690.000362/97 e Concorrência n°
4. Esclareço que, nos termos do § 3° do art. 223 95/97-SFO/MC);
da Constituição, o ato de outorga somente produzirá VIII- Rádio Pantanal de Coxim Ltda., na cidade
efeitos legais após deliberação do Congresso Nacio- de Coxim, Estado de Mato Grosso do Sul (Processo
nal, para onde solicito seja encaminhado o referido Adminístrativo n053700.0011 07/97 e Concorrência n°
ato. 96/97-SFO/MC);
Respeitosamente, Pimenta da Veiga, Ministro IX - RIR - Rede Integrada de Radiodifusão S/c
de Estado das Comunicações. LIda., na cidade de Angicos. Estado do Rio Grande do
Norte (Processo Administrativo n° 53780.000174/97 e
DECRETO DE 11 DE OUTUBRO DE 2000
Concorrência n° 99/97-SFO/MC);
Outorga concessão às entidades X - Difusora Gomes Ltda., na cidade de Floria-
que menciona, para explorar serviços de nópolis. Estado de Santa Catarina Processo Adminis-
radiodifusão, e dá outras providências trativo n° 53820.000383/97 e Concorrência n°
102/97-SFO/MC);
o Presidente da República, no uso das atribui- XI- Rádio Vale do Contestado Ltda., na cidade
ções que lhe conferem os arts. 84, inciso IV, e 223, ca- de Videira, Estado de Santa Catarina (Processo
put, da Constituição, e 34, § 10, da Lei n° 4.117, de 27 Administrativo n° 53820.000391/97 e Concorrência n°
de agosto de 1962, e tendo em vista o disposto no art. 103/97-SFO/MC);
29 do Regulamento dos Serviços de Radiodifusão, XII - RBN - Rede Brasil Norte de Comunicação
aprovado pelo Decreto n° 52.795, de 31 de outubro de Ltda., na cidade de Dianópolis, Estado do Tocantins
1963, alterado pelo Decreto n° 1.720, de 28 de no- (Processo Administrativo n° 53665.000028/97 e Con-
vembro de 1995. corrência n° 104/97- SFO/MC);
Decreta: XIII - Rádio Foz-Lago Comunicadora Ltda., na
Art. 1° Fica outorgada concessão às entidades cidade de Foz do Iguaçu, Estado do Paraná (Proces-
abaixo mencionadas, para explorar, pelo prazo de dez so Administrativo n° 53740.000577/97 e Concorrência
anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodi- n° 105/97-SFO/MC).
fusão sonora em onda média: Art. 2° Fica outorgada concessão às entidades
1° - Líder Comunicações Ltda., na cidade de abaixo mencionadas, para explorar, pelo prazo de
Brasiléia, Estado do Acre (Processo Administrativo n° quinze anos, sem direito de exclusividade, serviço de
53600.000043/97 e Concorrência n° radiodifusão de sons e imagens:
088/97-SFO/MC); I - RBN - Rede Brasil Norte de Comunicação
11 - RBN - Rede Brasil Norte de Comunicação LIda., na cidade de Santarém, Estado do Pará (Pro-
Uda., na cidade de Posse, Estado de Goiás (Proces- cesso Administrativo n° 53720.000251/97 e Concor-
so Administrativo n053670.000279/97 e Concorrência rência n° 10S/97-SFO/MC);
n° 92/97 -SFO/MC); 11- TVCI-TV Comunicações Interativas Uda., na
111 - MR Radiodifusão LIda., na cidade de Caxi- cidade de Paranaguá, Estado do Paraná (Processo
as, Estado do Maranhão (Processo Administrativo n° Administrativo n° 53740.000640/97 e Concorrência n°
53680.000287/97 e Concorrência n093/97-SFO/MC); 110/97- SFG/MC).
IV - MR Radiodifusão Uda., na cidade de Turia- Art. 3° As concessões ora outorgadas re-
çu, Estado do Maranhão (Processo Administrativo n° ger-se-ão pelo Código Brasileiro de Telecomunica-
53680.000294/97 e Concorrência n° 93/97-SFO/MC); ções, leis subseqüentes, regulamentos e obrigações
V - Rádio Estrela de Ibiuna Uda., na cidade de assumidas pelas outorgadas.
Campina Verde, Estado de Minas Gerais (Processo Art. 4° Este ato somente produzirá efeitos legais
Administrativo n° 53 710.000842/97 e Concorrência após deliberação do Congresso Nacional, nos termos
n° 94/97-SFO/MC); do § 3° do art. 223 da Constituição.
Agosto de 200\ DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Scxla-lcira 31 40947
Art. 5° Os contratos decorrentes destas conces- Cumpre-nos, portanto, opinar sobre os aspec-
sões deverão ser assinados dentro de sessenta dias, tos técnicos e formais da matéria submetida ao exa-
a contar da data de publicação da deliberação de que me desta Comissão, nos termos do inciso 11, alínea
trata o artigo anterior, sob pena de tornar-se nula, de "h" do art. 32 do Regimento Interno.
pleno direito, a outorga concedida.
11- Voto do Relator
Art. 6° Este decreto entra em vigor na data de
sua publicação. Outorga do Poder Público para a execução de
Brasília, 11 de outubro de 2000; 179° da Inde- serviço de radiodifusão é regulada pelo Decreto n°
52.795, de 31 de outubro de 1963, com as modifica-
pendência e 112° da República. - Fernando
ções do Decreto n° 2.108 de 24 de dezembro de
Henrique Cardoso - Juarez Quadros do Nasci-
1996. No processo em questão, a Radiodifusão
mento - Pimenta da Veiga.
Novo Mato Grosso Ltda. atendeu aos requisitos da
Aviso n° 1.826-C.Civil legislação específica e obteve a maior pontuação
do valor ponderado, nos termos estabelecidos pelo
Em 24 de outubro de 2000 Edital, tomando-se a vencedora da concorrência
A Sua Excelência o Senhor para exploração do serviço de radiodifusão sonora
em onda média.
Deputado Ubiratan Aguiar
Primeiro Secretario da Câmara dos Deputados A análise deste processo deve basear-se no Ato
Brasília - DF. Normativo n° 1, de 1999, desta Comissão. Verificada a
documentação, constatamos que foram atendidos to-
Senhor Primeiro Secretário, dos os critérios exigidos por este diploma regulamen-
Encaminho a essa Secretaria Mensagem do tar.
Excelentíssimo Senhor Presidente da Republica na O ato de outorga obedece aos princípios de
qual submete à apreciação do Congresso Nacional o constitucionalidade, especialmente no que se refere
ato constante Decreto de 11 de outubro de 2000, que aos artigos 220 a 223 da Constituição Federal, e aten-
"Outorga concessão às entidades que menciona, de ás formalidades legais, motivos pelos quais somos
para explorar serviços de radiodifusão, e dá outras pela homologação do ato do Poder Executivo, na for-
providências" . ma do Projeto de Decreto Legislativo que ora apre-
Atenciosamente. - Pedro Parente, Chefe da sentamos.
casa Civil da Presidência da República. Sala da Comissão, 27 de junho de 2001 . - Depu-
tado Vivaldo Barbosa, Relator.
COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA,
COMUNICAÇÃO E INFORMÁTICA PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO
N° 1.116 DE 2001
I - Relatório
Aprova o ato que outorga conces-
De conformidade com o art. 49, inciso XII, são à Radiodifusão Novo Mato Grosso
combinado com o § 1° do art. 223, da Constituição Ltda., para explorar serviço de radiodifu-
Federal, o Excelentíssimo Senhor Presidente da Re- são sonora em onda média, na localidade
pública submete à consideração do Congresso Na- de Juara, Estado do Mato Grosso.
cional, acompanhado da Exposição de Motivos do
O Congresso Nacional decreta:
Senhor Ministro de Fstado das Comunicações, o ato
que outorga concessão à Radiodifusão Novo Mato Art. 1° É aprovado o ato constante do Decreto
Grosso Ltda. para explorar, pelo prazo de dez anos, de 11 outubro 2000, que outorga concessão à Radio-
sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão difusão Novo Mato Grosso Ltda. para explorar, pelo
sonora em onda média na cidade de Juara, Estado prazo de 10 (dez) anos, sem direito de exclusivida-
de Mato Grosso. de, serviço de radiodifusão sonora em onda média,
na localidade de Juara, Estado de Mato Grosso.
Atendendo ao disposto no § 3° do art. 223 da
Constituição, a matéria foi enviada ao Poder Legis- Art. 2° Este decreto legislativo entra em vigor
lativo para a devida apreciação, uma vez que o ato na data de sua publicação.
somente produzirá efeitos após a deliberação do Sala da Comissão, 27 de junho de 2001. -
Congresso Nacional. Deputado Vivaldo Barbosa, Relator.
4094R S.:xla-leíra 31 LlIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agoslo de 200 I
11I - Parecer da Comissão TVR N°443, DE 2000
(Do Poder Executivo)
A Comissão de Ciência e Tecnologia, Comuni-
MENSAGEM N° 1.604/00
cação e Informática. em reunião ordinária realizada
hoje, aprovou o parecer favorável do Relator, Deputa- Submete à apreciação do Congres-
do Vivaldo Barbosa, à TVR na 417/00, nos termos do so Nacional o ato constante da Portaria
Projeto de Decreto Legislativo que apresenta. Absti- n° 483, de 14 de agosto de 2000 que auto-
veram-se de votar os Deputados Ana Corso, Babá, riza a Entidade Cultural e Beneficente de
Gilmar Machado, Jorge Bittar e Marcos Afonso. Piraí a executar, pelo prazo de três anos,
Estiveram presentes os seguintes Deputados: Cé- sem direito de exclusividade, serviço de
sar Bandeira, Presidente; Francistônio Pinto e Júlio Se- radiodifusão comunitária na cidade de
meghini, Vice-Presidentes; Alberto Goldman, Domicia- Piraí, Estado do Rio de Janeiro.
no Cabral, Iris Simões, João Almeida, Luiz Piauhylino, (Às Comissões de Ciência e Tecnolo-
Magno Malta, Nárcio Rodrigues, Saulo Coelho, Silas gia, Comunicação e Informática; e de Cons-
Câmara, Mário Fortes, Josué Bengston, Salvador Zim- tituição e Justiça e de Redação (art. 54))
baldi, Arolde de Oliveira, Corauci Sobrinho. José Rocha, Senhores Membros do Congresso Nacional,
Luiz Moreira, Mário Assad Júnior, Santos Filho, Aríston
Nos termos do artigo 49, inciso XII, combinado
Andrade, Francisco Coelho, Benito Gama, Hermes Par-
com o § 30 do artigo 223, da Constituição Federal,
cianello. Marçal Filho, Nair Xavier Lobo, Nélson Proen-
submeto à apreciação de Vossas Excelências, acom-
ça, Ricardo Izar, Marinha Raupp, José Borba, Jonival
panhadas de Exposições de Motivos do Senhor Mi-
Lucas Júnior, Gustavo Fruet, Ana Corso, Babá, Gilrnar
nistro de Estado das Comunicações, autorizações
Machado, Jorge Bittar, Marcos Afonso, Márcio Reinaldo para executar, pelo prazo de três anos, sem direito de
Moreira, Paulo Marinho, Vic Pires Franco, Nelson Meu-
exclusividade, serviços de radiodifusão comunitária,
rer, Ary Kara, Luíza Erundina, Valdeci Paiva. Agnaldo conforme os seguintes atos e entidades:
Muniz, Dr. Hélio, Olímpio Pires e Bispo Wanderval.
1 - Portaria na 451, de 14 de agosto de 2000-
Sala da Comissão, 29 de agosto de 2001. - Associação de Radiodifusão Comunitária de Angical
Deputado César Bandeira, Presidente. - (ARCA), na cidade de Angical-BA
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO 2 - Portaria na 453, de 14 de agosto de 2000 -
N° 1.117, DE 2001 Associação Comunitária de Radiodifusão Esperança
(Da Comissão de Ciência e Tecnologia, do Vale - ACREV/FM, na cidade de Salto Grande-SP;
Comunicação e Informática) 3 - Portaria na 454, de 14 de agosto de 2000 -
MENSAGEM N° 1.604/00 Associação e Movimento Comunitário Rádio liberda-
TVR N° 443/00 de Comunitária EM, na cidade de Taubaté-SP;
Aprova o ato que autoriza a Entida- 4 - Portaria na 456, de 14 de agosto de 2000 -
de Cultural e Beneficente de Piraí a exe- Instituto de Radiodifusão de Desenvolvimento Comu-
cutar, pelo prazo de três anos, sem direi- nitário de Coreaú-IRC, na cidade de Coreaú-CE;
to de exclusividade, serviço de radiodifu- 5 - Portaria na 458, de 14 de agosto de 2000 -
são comunitária, na cidade de Piraí, Esta- Associação de Cooperação e Desenvolvimento -
do do Rio de Janeiro. ACOOD, na cidade de Massapê-CE;
(À Comissão de Constituição e Justiça 6 - Portaria n° 459, de 14 de agosto de 2000 -
e de Redação (art. 54)) Obra de Assistência Paroquial de Cachoeira OAPC,
O Congresso Nacional decreta: na cidade de Cachoeira-BA
Art. 10 É aprovado 14 de agosto de 2000, que 7 - Portaria na 460, de 14 de agosto de 2000 -
autoriza a executar, pelo prazo de três anos, radiodi- Associação Rádio Comunitária Sentinela d Alegrete,
fusão comunitária, na cidade de o ato a que se refere na cidade de Alegrete-RS;
a Portaria na 483, de Entidade Cultural e Beneficente 8 - Portaria na 461 , de 14 de agosto de 2000 -
de Piraí a sem direito de exclusividade, serviço de Pi- Associação Cultural e Educativa de Vera Cruz lo Oes-
raí, Estado do Rio de Janeiro. te, na cidade de Vera Cruz do Oeste-PR;
Art. 2 0 Este decreto legislativo entra em vigor na 9 - Portaria na 462, de 14 de agosto de 2000-
data de sua publicação. Associação Comunitária de Desenvolvimento Cultu-
Sala da Comissão, 29 de agosto de 2001. - Depu- ral e Artístico de Quitandinha, na cidade de Quitandi-
tado Cesar Bandeira, Presidente. nha-PR;
Agosto de 200 I DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPlJlAf)OS Sexta-Icira 31 40949
10 - Portaria n° 465, de 14 de agosto de 2000- 3. Como se depreende da importância da inici-
ASCOM - Associação de Comunicação e Cultura de ativa comandada por Vossa Excelência, essas
Mozarlândia, na cidade de Mozarlândia-GO; ações permitem que as entidades trabalhem em
11 - Portaria n° 466, de 14 de agosto de 2000 - conjunto com a comunidade, auxiliando não só no
ACCS - Associação Cultural e Comunicação Social, processo educacional, social e cultural mas, tam-
na cidade de Itupeva-SP; bém, servem de elo à integração de informações be-
12 - Portaria n° 470, de 14 de agosto de 2000- néficas em todos os segmentos, e a todos esses nú-
Associação Rádio Comunitária de Venda Nova do cleos populacionais.
Imigrante, na cidade de Venda Nova do Imigrante-ES; 4. Sobre o caso em espécie, determinei análi-
13 - Portaria n° 471, de 14 de agosto de 2000 - ses técnica e jurídica da petição apresentada, cons-
Associação Cultural, Social e Artístico da cidade de tatando a inexistência de óbice legal e normativo ao
Lavínia, na cidade de Lavínia-SP; pleito, o que se conclui da documentação de ori-
14 - Portaria n° 472, de 14 de agosto de 2000 - gem, consubstanciada nos autos do Processo Admi-
Associação de Radiodifusão Comunitária de Urus- nistrativo n° 53770.002337/98, que ora faço acom-
sanga, na cidade de Urussanga-SC; panhar, com a finalidade de subsidiar os trabalhos
15 - Portaria n° 473, de 14 de agosto de 2000- finais.
Associação Comunitária de Radiodifusão de Luminá- 5. Em conformidade com os preceitos constituci-
rias para o Desenvolvimento Artístico e Cultural, na onais e legais, a outorga de autorização, objeto do
cidade de Luminárias-MG; presente processo, passará a produzir efeitos legais
16 - Portaria n° 479, de 14 de agosto de 2000- somente após deliberação do Congresso Nacional, a
Associação Beneficente Cultural de Comunicação teor do § 32 do art. 223, da Constituição Federal.
Comunitária Educadora Campo Verde, na cidade de Respeitosamente, - Pimenta da Veiga, Minis-
lacanga-SP; tro de Estado das Comunicações.
17 - Portaria n° 483, de 14 de agosto de 2000 -
PORTARIA N" 483, DE 14 DE AGOSTO DE 2000
Entidade Cultural e Beneficente de Piraí, na cidade de
Piraí-RJ; e O Ministro de Estado das Comunicações, no
18 - Portaria n° 485, de 14 de agosto de 2000 - uso de suas atribuições, considerando o disposto nos
Associação Comunitária de Cultura, Lazer e Comuni- artigos 1O e 19 do Decreto n° 2.615, de 3 de junho de
cação de Pontal, na cidade de Pontal-SP 1998, e tendo em vista o que consta do Processo
Brasília, 31 de outubro de 2000. - Fernando Administrativo n° 53770.002337/98, resolve:
Henrique Cardoso. Art. 1° Autorizar a Entidade Cultural e Benefi-
cente de Piraí, com sede na Rua São Benedito, sin°,
EM n° 465/MC
Bairro Centro, na cidade de Piraí, Estado do Rio de
Brasília, 11 de outubro de 2000 Janeiro, a executar serviço de radiodifusão comunitá-
ria, pelo prazo de três anos, sem direito de exclusivi-
Excelentíssimo Senhor Presidente da República,
dade.
Encaminho a Vossa Excelência Portaria de ou-
torga de autorização e respectiva documentação para Art. 2° Esta autorização reger-se-á pela Lei n°
que a entidade denominada Entidade Cultural e Be- 9.612, de 19 de fevereiro de 1998, leis subseqüentes
neficente de Piraí, com sede na cidade de Piraí, Esta- seus regulamentos e normas complementares.
do do Rio de Janeiro, explore o serviço de radiodifu- Art. 3° A entidade fica autorizada a operar com o
são comunitária, em conformidade com o caput do sistema irradiante localizado nas coordenadas geo-
art. 223, da Constituição e a Lei nO 9.612, de 19 de fe- gráficas com latitude em 22°37'44"S e longitude em
vereiro de 1998. 43°53'59"W, utilizando a freqüência de 87,9 MHz.
2. Referida entidade requereu ao Ministério das Art. 4° Este ato somente produzirá efeitos legais
Comunicações sua inscrição para prestar o serviço, após deliberação do Congresso Nacional, nos termos
cuja documentação inclui manifestação de apoio da do § 3° do art. 223 da Constituição, devendo a entida-
comunidade, numa demonstração de receptividade de iniciar a execução do serviço no prazo de seis me-
da filosofia de criação desse braço da radiodifusão, ses a contar da data de publicação do ato de delibera-
de maneira a incentivar o desenvolvimento e a sedi- ção.
mentação da cultura geral das localidades postulan- Art. 5° Esta portaria entra em vigor na data de
tes. sua publicação. - Pimenta da Veiga.
40<)50 Sexta-Iei!"a 31 DIÁRIO DA CAMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 20(1I
Aviso n° 1.943 - C.Civil documentação, constatamos que foram atendidos to-
dos os critérios exigidos por este diploma regulamen-
Em 31 de outubro de 2000
tar.
A Sua Excelência o Senhor O ato de outorga obedece aos princípios de
Deputado Ubiratan Aguiar constitucionalidade, especialmente no que se refere
Primeiro Secretário da Câmara dos Deputados aos artigos 220 a 223 da Constituição Federal, e aten-
Brasília-DF de-se formalidades legais, motivos pelos quais so-
Senhor Primeiro Secretário, mos pela homologação do ato do Poder Executivo, na
Encaminho a essa Secretaria Mensagem do forma do projeto de decreto legislativo que ora apre-
sentamos.
Excelentíssimo Senhor Presidente da República na
qual submete à apreciação do Congresso Nacional Sala da Comissão, 11 de junho de 2001- Depu-
os atos que autorizam a execução de serviços de ra- tado Iris Simões, Relator.
diodifusão comunitária constantes das Portarias nOs PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO
451,453,454,456,458,459,460,461,462,465,470, N° 1.117, DE 2001
471,473,479,483 e 485, de 14 de agosto de 2000.
Atenciosamente, - Pedro Parente, Chefe da Aprova o ato que autoriza a Entida-
Casa Civil da Presidência da República. de Cultural e Beneficente de Piraí a exe-
cutar, pelo prazo de três anos, sem direi-
COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA, to de exclusividade, serviço de radiodifu-
COMUNICAÇÃO E INFORMÁTICA são comunitária, na cidade de Piraí, Esta-
do do Rio de Janeiro.
I - Relatório
De conformidade com o ad. 49, inciso XII, com- O Congresso Nacional decreta:
binado com o § 1° do art. 223, da Constituição Fede- Art. 1° É aprovado o ato a que se refere a Porta-
ral, o Excelent issimo Senhor Presidente da República ria n° 483, de 14 de agosto de 2000, que autoriza a
submete à consideração do Congresso Nacional, Entidade Cultural e Beneficente de Pirai a executar,
acompanhado da Exposição de Motivos do Senhor pelo prazo de três anos, sem direito de exclusividade,
Ministro de Estado das Comunicações, o ato que au- serviço de radiodifusão comunitária, na cidade de Pi-
toriza a Entidade Cultural e Beneficente de Piraí a rai, Estado do Rio de Janeiro.
executar, pelo prazo de três anos, sem direito de ex- Art. 2° Este decreto legislativo entra em vigor na
clusividade, serviço de radiodifusão comunitária, na data de sua publicação.
cidade de Pirai Estado do Rio de Janeiro. Sala da Comissão, 11 de junho de 2001. - Depu-
Atendendo ao disposto no § 3° do art. 223 da tado íris Simões, Relator.
Constituição, a matéria foi enviada ao Poder Legislati- 111 - Parecer da Comissão
vo para a devida apreciação, uma vez que o ato so-
mente produzirá efeitos após a deliberação do Con- A Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunica-
gresso Nacional. ção e Informática, em reunião ordinária realizada hoje,
Cumpre-nos, portanto, opinar sobre os aspec- aprovou unanimemente o parecer favorável do Relator,
tos técnicos e formais da matéria submetida ao exa- Deputado íris Simões, à TVR n° 443/00, nos termos do
me desta Comissão, nos termos do inciso 11, alínea projeto de decreto legislativo que apresenta.
"h", do art. 3° do Regimento Interno. Estiveram presentes os seguintes Deputados:
César Bandeira, Presidente; Francistônio Pinto e Jú-
11 - Voto do Relator
lio Semeghini, Vice-Presidentes; Alberto Goldman,
A autorização do Poder Público para a execução Domiciano Cabral, íris Simões, João Almeida, Luiz
de serviço de radiodifusão comunitária é regulada Piauhylino, Magno Malta, Nárcio Rodrigues, Saulo
pela Lei n° 9.612, de 19 de fevereiro de 1998. No pro- Coelho, Silas Câmara, Márcio Fortes, Josué Beng-
cesso em questão, a Entidade Cultural e Beneficente ston, Salvador Zimbaldi, Arolde de Oliveira, Corauci
de Pirai atendeu aos requisitos da legislação específi- Sobrinho, José Rocha, Luiz Moreira, Mário Assad
ca e foi autorizada para execução do serviço de radio- Júnior, Santos Filho, Ariston Andrade, Francisco Co-
difusão comunitária. elho, Benito Gama, Hermes Parcianello, Marçal Fi-
A análise deste processo deve basear-se no Ato lho, Nair Xavier Lobo, Nélson Proença, Ricardo Izar,
Normativo nO 1, de 999, desta Comissão. Verificada a Marinha Raupp, José Borba, Jonival Lucas Júnior,
Agosto dt: 200! DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEI'lJTADOS SeXla-lcira 31 4()<)51
Gustavo Fruet, Ana Corso, Babá, Gilmar Machado, Senhores Membros do Congresso Nacional,
Jorge Bittar, Marcos Afonso, Márcio Reinaldo Morei- Nos termos do art. 49, inciso XII, combinado
ra, Paulo Marinho, Vic Pires Franco, Nelson Meurer, com o § 3° do art. 223, da Constituição Federal, sub-
Ary Kara, Luiza Erundina, Valdeci Paiva, Agnaldo meto à apreciação de Vossas Excelências, acompa-
Muniz, Dr. Hélio, Olímpio Pires e Bispo Wanderval. nhadas de Exposições de Motivos do Senhor Ministro
Sala da Comissão, 29 de agosto de 2001. - de Estado das Comunicações, autorizações para
Deputado César Bandeira, Presidente. executar, pelo prazo de três anos, sem direito de ex-
clusividade, serviços de radiodifusão comunitária,
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO conforme os seguintes atos e entidades:
N° 1.118, DE 2001 1 - Portaria n° 451, de 14 de agosto de 2000-
(Da Comissão de Ciência e Tecnologia, Associação de Radiodifusão Comunitária de Angical
Comunicação e Informática) - (ARCA), na cidade de Angical- BA;
MENSAGEM N° 1.604/00 2 - Portaria n° 453, de 14 de agosto de 2000 -
TVR N° 444/00 Associação Comunitária de Radiodifusão Esperança
do Vale - ACREV/FM, na cidade de Salto Grande -
Aprova o ato que autoriza a Associ- SP;
ação Comunitária de Cultura, Lazer e Co-
3 - Portaria n° 454, de 14 de agosto de 2000-
municação de Pontal a executar serviço
Associação e Movimento Comunitário Rádio liberda-
de radiodifusão comunitária, na cidade
de Comunitária FM, na cidade de Taubaté - SP;
de Pontal, Estado de São Paulo.
(À Comissão de Constituição e Justiça 4 - Portaria n° 456, de 14 de agosto de 2000 -
e de Redação (art. 54)) Instituto de Radiodifusão de Desenvolvimento Comu-
nitário de Coreaú-IRC, na cidade de Coreaú - CE;
O Congresso Nacional decreta: 5 - Portaria n° 458, de 14 de agosto de 2000 -
Art. 1° É aprovado o ato constante da Portaria Associação de Cooperação e Desenvolvimento -
n° 485, de 14 de agosto de 2000, do Ministro de ACOOD, na cidade de Massapê - CE;
Estado das Comunicações, que autoriza a Associa- 6 - Portaria n° 459, de 14 de agosto de 2000-
ção Comunitária de Cultura, Lazer e Comunicação Obra de Assistência Paroquial de Cachoeira - OAPC,
de Pontal a executar, pelo prazo de três anos, sem na cidade de Cachoeira - BA;
direito de exclusividade, serviço de radiodifusão co- 7 - Portaria n° 460, de 14 de agosto de 2000-
munitária, na cidade de Pontal, Estado de São Pau- Associação Rádio Comunitária Sentinela do Alegrete,
lo. na cidade de Alegrete - RS;
Art. 20 Este decreto legislativo entra em vigor na 8 - Portaria n° 461 , de 14 de agosto de 2000 -
data de sua publicação. Associação Cultural e Educativa de Vera Cruz do
Sala da Comissão, 29 de agosto de 2001 .- Depu- Oeste, na cidade de Vera Cruz do Oeste - PR;
tado César Bandeira, Presidente. 9 - Portaria n° 462, de 14 de agosto de 2000-
Associação Comunitária de Desenvolvimento Cultu-
TVR N° 444, DE 2000
ral e Artístico de Ouitandinha, na cidade de Ouitandi-
(Do Poder Executivo)
nha - PR;
MENSAGEM N° 1.604/00
10 - Portaria n° 465, de 14 de agosto de 2000 -
Submete à apreciação do Congres- ASCOM - Associação de Comunicação e Cultura de
so Nacional o ato constante da Portaria Mozarlândia, na cidade de Mozarlândia - GO;
n° 485, de 14 de agosto de 2000, que au- 11 - Portaria n° 466, de 14 de agosto de 2000 -
toriza a Associação Comunitária de Cul- ACCS - Associação Cultural e Comunicação Social,
tura, Lazer e Comunicação de Pontal a na cidade de Itupeva - SP;
executar, pelo prazo de três anos, sem 12 - Portaria n° 470, de 14 de agosto de 2000-
direito de exclusividade, serviço de radi- Associação Rádio Comunitária de Venda Nova do
odifusão comunitária na cidade de Pon- Imigrante, na cidade de Venda Nova do Imigrante -
tal, Estado de São Paulo. ES;
(Às Comissões de Ciência e Tecnolo- 13 - Portaria n° 471, de 14 de agosto de 2000 -
gia, Comunicação e Informática; e de Cons- Associação Cultural, Social e Artístico da cidade de
tituição e Justiça e de Redação (art. 54)) Lavínia, na cidade de Lavínia - SP;
40952 Sexta-ICíra 31 DIÁRIO I)A CÂMARA DOS DEPUTADOS Agnsto de 2001
14 - Portaria n° 472, de 14 de agosto de 2000 - substanciada nos autos do Processo Administrativo
Associação de Radiodifusão Comunitária de Urus- n° 53830.001852198, que ora faço acompanhar, com
sanga, na cidade de Urussanga - SC; a finalidade de subsidiar os trabalhos finais.
15 - Portaria n° 473, de 14 de agosto de 2000 - 5. Em conformidade com os preceitos constituci-
Associação Comunitária de Radiodifusão de Luminá- onais e legais, a outorga de autorização, objeto do
rias para o Desenvolvimento Artístico e Cultural, na presente processo, passará a produzir efeitos legais
cidade de Luminárias - MG; somente após deliberação do Congresso Nacional, a
16 - Portaria n° 479, de 14 de agosto de 2000 - teor do § 3° do art. 223, da Constituição Federal.
Associação Beneficente Cultural de Comunicação Respeitosamente, - Pimenta da Veiga, Ministro
Comunitária Educadora Campo Verde, na cidade de de Estado das Comunicações.
lacanga - SP;
PORTARIA ~ 485, DE 14 DE AGOSTO DE 2000
17 - Portaria n° 483, de 14 de agosto de 2000 -
Entidade Cultural e Beneficente de Piraí, na cidade de o Ministro de Estado das Comunicações, no
Piraí - RJ; e uso de suas atribuições, considerando o disposto nos
18 - Portaria n° 485, de 14 de agosto de 2000 - arts. 10 e 19 do Decreto n° 2.615, de 3 de junho de
Associação Comunitária de Cultura, Lazer e Comuni- 1998, e tendo em vista o que consta do Processo
cação de Pontal, na cidade de Pontal- SP Administrativo nO 53830.001852/98, resolve:
Brasília, 31 de outubro de 2000. - Fernando Art. 1° Autorizar a Associação Comunitária de
Henrique Cardoso. Cultura, Lazer e Comunicação de Pontal, com sede
na Rua 1° de Maio, n° 303, Bairro Centro, na cidade
EM n° 457/MC de Pontal, Estado de São Paulo, a executar serviço de
Brasília, 11 de outubro de 2000 radiodifusão comunitária, pelo prazo de três anos,
sem direito de exclusividade.
Excelentíssimo Senhor Presidente da República, Art. 2° Esta autorização reger-se-á pela Lei n°
Encaminho a Vossa Excelência Portaria de ou- 9.612, de 19 de fevereiro de 1998, leis subseqüentes,
torga de autorização e respectiva documentação para seus regulamentos e normas complementares.
que a entidade denominada Associação Comunitária Art. 3° A entidade fica autorizada a operar com o
de Cultura, Lazer e Comunicação de Pontal, com sistema irradiante localizado nas coordenadas geo-
sede na cidade de Pontal, Estado de São Paulo, ex- gráficas com latitude em 21 E01'26"S e longitude em
plore o serviço de radiodifusão comunitária, em con- 48E02'18"W, utilizando a freqüência de 67,9 MHz.
formidade com o caput do art. 223, da Constituição e Art. 4° Este ato somente produzirá efeitos legais
a Lei n° 9.612, de 19 de fevereiro de 1998. após deliberação do Congresso Nacional, nos termos
2. Referida entidade requereu ao Ministério das do § 3° do art. 223 da Constituição, devendo a entida-
Comunicações sua inscrição para prestar o serviço, de iniciar a execução do serviço no prazo de seis me-
cuja documentação inclui manifestação de apoio da ses a contar da data de publicação do ato de delibera-
comunidade, numa demonstração de receptividade ção.
da filosofia de criação desse braço da radiodifusão, Art. 5° Esta Portaria entra em vigor na data de
de maneira a incentivar o desenvolvimento e a sedi- sua publicação. - Pimenta da Veiga.
mentação da cultura geral das localidades postulan-
tes. Aviso n° 1.943 - C. Civil.
3. Como se depreende da importância da inicia- Em 31 de outubro de 2000
tiva comandada por Vossa Excelência, essas ações
A Sua Excelência o Senhor
permitem que as entidades trabalhem em conjunto
Deputado Ubiratan Aguiar
com a comunidade, auxiliando não só no processo
Primeiro Secretário da Câmara dos Deputados
educacional, social e cultural mas, também, servem
Brasília - DF
de elo à integração de informações benéficas em to-
dos os segmentos, e a todos esses núcleos populaci- Senhor Primeiro Secretário,
onais. Encaminho a essa Secretaria Mensagem do
4. Sobre o caso em espécie, determinei análises Excelentíssimo Senhor Presidente da República na
técnica e jurídica da petição apresentada, constatan- qual submete à apreciação do Congresso Nacional
do a inexistência de óbice legal e normativo ao pleito, os atos que autorizam a execução de serviços de ra-
o que se conclui da documentação de origem, con- diodifusão comunitária constantes das Portarias nOs
Agosto de 2001 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexla-Icira 31 40<>53
451,453,454,456,458,459,460,461,462,465, 466, 1.604/00), ou seja, pela homologação do ato do Po-
470,471, 472, 473, 479, 483 e 485, de 14 de agosto der Executivo, na forma do projeto de decreto legisla-
de 2000. tivo em anexo.
Atenciosamente, - Pedro Parente, Chefe da Sala da Comissão, 31 de maio de 2001. - Depu-
Casa Civil da Presidência da República. tado Luiz Moreira, Relator.
COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA, PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO
COMUNICAÇÃO E INFORMÁTICA N° 1.118, DE 2001
I - Relatório Aprova o ato que autoriza a Associ-
ação Comunitária de Cultura, Lazer e Co-
Nos termos do art. 49, inciso XII, combinado municação de Pontal a executar serviço
com o § 3° do art. 223, da Constituição Federal, o de radiodifusão comunitária, na cidade
Excelentíssimo Senhor Presidente da República sub- de Pontal, Estado de São Paulo.
mete à apreciação do Congresso Nacional, por inter-
médio da Mensagem n° 1.604/00, acompanhado da O Congresso Nacional decreta:
Exposição de Motivos n' 457, de 11 de outubro de Art. 1° É aprovado o ato constante da Portaria n°
2000, do Senhor Ministro de Estado das Comunica- 485, de 14 de agosto de 2000, do Ministro de Estado
ções, o ato constante da Portaria n° 485, de 14 de das Comunicações, que autoriza a Associação Co-
agosto de 2000, que autoriza a Associação Comuni- munitária de Cultura, Lazer e Comunicação de Pontal
tária de Cultura, Lazer e Comunicação de Pontal a a executar, pelo prazo de três anos, sem direito de ex-
executar, pelo prazo de três anos, sem direito de ex- clusividade, serviço de radiodifusão comunitária, na
clusividade, serviço de radiodifusão comunitária na cidade de Pontal, Estado de São Paulo.
cidade de Pontal, Estado de São Paulo. Art. 2° Este decreto legislativo entra em vigor na
Em sua exposição de motivos, o Senhor Minis- data de sua publicação.
tro informa que os órgãos competentes daquele Mi- Sala da Comissão, 31 de maio de 2001. - Depu-
nistério examinaram o assunto, concluindo que, sob tado Luiz Moreira, Relator.
os aspectos técnico e jurídico, a mencionada entida-
de cumpriu as exigências da Lei n° 9.612, de 19 de fe- 111 - Parecer da Comissão
vereiro de 1988 e das demais normas legais aplicáve- A Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunica-
is, o que o levou a propor a este Congresso o deferi- ção e informática, em reunião ordinária realizada hoje,
mento da autorização, nos termos dos autos do Pro- aprovou unanimemente o parecer favorável do Relator,
cesso Administrativo n' 53830.001852/98 que acom- Deputado Luiz Moreira, à TVR n° 444/00, nos termos
panha a mensagem. do projeto de decreto legislativo que apresenta.
Nos termos constitucionais e regimentais a ma- Estiveram presentes os seguintes Deputados:
téria foi submetida ao exame desta Comissão, com- César Bandeira, Presidente; Francistônio Pinto e Júlio
petindo-nos opinar sobre os aspectos técnicos e for- Semeghini, Vice-Presidentes; Alberto Goldman, Do-
mais da proposição miciano Cabral, íris Simões, João Almeida, Luiz Pia-
É o Relatório. uhylino, Magno Malta, Nárcio Rodrigues, Saulo Coe-
lho, Silas Câmara, Márcio Fortes, Josué Bengston,
11 - Voto do Relator
Salvador Zimbaldi, Arolde de Oliveira, Corauci Sobri-
O exame do mencionado processo revela que a nho, José Rocha, Luiz Moreira, Mário Assad Júnior,
Associação Comun~ária de Cultura, Lazer e Comunica- Santos Filho, Ariston Andrade, Francisco Coelho, Be-
ção de Pontal atendeu as exigências técnicas e legais nito Gama, Hermes Parcianello, Marçal Filho, Nair
aplicáveis ao setor de telecomunicações e as normas Xavier Lobo, Nélson Proença, Ricardo Izar, Marinha
estabelecidas no Ato Normativo n° 01 , de 1999, que re- Raupp, José Borba, Jonival Lucas Júnior, Gustavo
gula os procedimentos desta Comissão na apreciação Fruet, Ana Corso, Babá, Gilmar Machado, Jorge Bit-
dos processos relacionados com a radiodifusão. Sob os tar, Marcos Afonso, Márcio Reinaldo Moreira, Paulo
aspectos técnico e jurídico não há óbices quanto ao ato Marinho, Vic Pires Franco, Nelson Meurer, Ary Kara,
constante da Portaria n° 485, de 14 de agosto de 2000. Luiza Erundina, Valdeci Paiva, Agnaldo Muniz, Dr.
Assim, tendo o processo cumprido as formalida- Hélio, Olímpio Pires e Bispo Wanderval.
des constitucionais e legais cabíveis, voto pela apro- Sala da Comissão, 29 de agosto de 2001. -
vação da TVR nO 444, de 2000 (Mensagem n° Deputado César Bandeira, Presidente
40~54 Sexta-feira 31 DIÁRIO DA CÁMARA DOS DEPUTADOS Agoslu (10 2001
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO 1 - Portaria n° 449, de 14 de agosto de 2000-
N° 1.119, DE 2001 Comunidade de Jesus, na cidade de Bom Sucesso -
(Da Comissão de Ciência e Tecnologia, MG;
Comunicação e Informática) 2 - Portaria n° 450, de 14 de agosto de 2000 -
MENSAGEM N° 1.605/00 Associação Comunitária dos Produtores Rurais de
TVR N° 446/00 São Gabriel, na cidade de São Gabriel - BA
Aprova o ato que autoriza a Associ- 3 - Portaria n° 452, de 14 de agosto de 2000 -
ação Comunitária dos Produtores Rurais Sociedade dos Ecologistas de Tambaú, na cidade de
de São Gabriel a executar, pelo prazo de Tambaú- SP;
três anos, sem direito de exclusividade, 4 - Portaria n° 455, de 14 de agosto de 2000-
serviço de radiodifusão comunitária, na Associação Comunitária Novos Caminhos, na cidade
cidade de São Gabriel, Estado da Bahia. de Iracema - CE;
(À Comissão de Constituição e Justiça 5 - Portaria n° 457, de 14 de agosto de 2000-
e de Redação (art. 54)) Associação Comunitária Pe. Constantino Zajkowski
para o Desenvolvimento Social, Cultural e Artístico,
O Congresso Nacional decreta:
na cidade de Dom Feliciano - RS;
Art. 1° É aprovado o ato a que se refere a Porta-
ria n° 450, de 14 de agosto de 2000, que autoriza a 6 - Portaria nO 463, de 14 de agosto de 2000 -
Associação Comunitária dos Produtores Rurais de Associação Rádio Comunitária Damata FIM, na cida-
São Gabriel a executar, pelo prazo de três anos, sem de de São Lourenço da Mata - PE;
direito de exclusividade, serviço de radiodifusão co- 7 - Portaria n° 464, de 14 de agosto de 2000 -
munitária, na cidade de São Gabriel, Estado da Ba- Associação Comunitária Calmonense, na cidade de
hia. Miguel Calmon - BA;
Art. 2° Este decreto legislativo entra em vigor na 8 - Portaria n° 467, de 14 de agosto de 2000-
data de sua publicação. Associação Comunitária "Caminho do Sol", na cidade
Sala da Comissão, 29 de agosto de 2001. - de Queluz - SP;
Deputado César Bandeira, Presidente. 9 - Portaria nO - 468, de 14 de agosto de 2000-
Constelação Associação Cultural, na cidade de Cha-
TVR N° 446, DE 2000 padão do Céu - GO;
(Do Poder Executivo) 10 - Portaria n° 469, de 14 de agosto de 2000-
MENSAGEM N° 1.605/00 Associação Comunitária e Cultural Nascente do Vale de
Submete à apreciação do Congres- Alfredo Wagner, na cidade de Alfredo Wagner - SC;
so Nacional o ato constante da Portaria 11 - Portaria n° 474, de 14 de agosto de 2000 -
n° 450, de 14 de agosto de 2000, que au- Associação Comunitária da Rádio Santo Antônio, na
toriza a Associação Comunitária dos Pro- cidade de Itutinga - MG;
dutores Rurais de São Gabriel a execu- 12 - Portaria n° 475, de 14 de agosto de 2000 -
tar, pelo prazo de três anos, sem direito Associação Comun~ária Beneficente, Artística e Cultu-
de exclusividade, serviço de radiodifusão ral Guaraniense de Rádio e TV, na cidade de Guarani -
comunitária na cidade de São Gabriel, MG;
Estado da Bahia. 13 - Portaria n° 477, de 14 de agosto de 2000-
(Às Comissões de Ciência e Tecnolo- Associação Comunitária de Radiodifusão Cultural
gia, Comunicação e Informática; e de Cons- Cristinense, na cidade de Cristina - MG;
tituição e Justiça e de Redação (art. 54)) 14 - Portaria n° 480, de 14 de agosto de 2000-
Senhores Membros do Congresso Nacional, Fundação Cultural Saúde de Campos, na cidade de
Nos termos do art. 49, inciso XII, combinado Campos dos Goytacazes - RJ;
com o § 3° do art. 223, da Constituição Federal, sub- 15 - Portaria n° 481 , de 14 de agosto de 2000 -
meto à apreciação de Vossas Excelências, acompa- Associação Rádio Comunitária P Santa Rita - Um
nhadas de Exposições de Motivos do Senhor Ministro Bem da Comunidade 99,9 MHZ, na cidade de Santa
de Estado das Comunicações, autorizações para Cruz - RN;
executar, pelo prazo de três anos, sem direito de ex- 16 - Portaria n° 482, de 14 de agosto de 2000-
clusividade, serviços de radiodifusão comunitária, Associação Comunitária de Jacaré dos Homens -
conforme os seguintes atos e entidades: ACJH, na cidade de Jacaré dos Homens - AL;
Ap.Oslo de 2001 DIÁRIO DA CAMAI{A DOS DEPUTADOS Sexla-teiril 31 40955
17 - Portaria n° 484, de 14 de agosto de 2000- presente processo, passará a produzir efeitos legais
Rádio Comunitária Transamazônica EM, na cidade de somente após deliberação do Congresso Nacional, a
Porto Velho - RO; teor do § 3° do art. 223 da Constituição Federal.
18 - Portaria n° 486, de 14 de agosto de 2000 - Respeitosamente, - Pimenta da Veiga, Ministro
Associação de Desenvolvimento Cultural e Artístico de Estado das Comunicações.
da Comunidade de São João do Triunfo - PR, na cida-
de de São João do Triunfo - PR PORTARIA N" 450, DE 14 DE AGOSTO DE 2000
19 - Portaria n° 487, de 14 de agosto de 2000 - O Ministro de Estado das Comunicações, no
Associação Comunitária de Abadiânia, na cidade de uso de suas atribuições, considerando o disposto nos
Abadiânia - GO; e artigos 1O e 19 do Decreto n° 2.615, de 3 de junho de
20 - Portaria n° 488, de 14 de agosto de 2000 - 1998, e tendo em vista o que consta do Processo
Associação Comunitária São Francisco, na cidade de Administrativo n° 53640.000951/98, resolve:
Laranjeiras do Sul- PRo Art. 1° Autorizar a Associação Comunitária dos
Brasília, 31 de outubro de 2000. - Fernando Produtores Rurais de São Gabriel, com sede na Rua
Henrique Cardoso. Sete de Setembro, n° 162, Centro, na cidade de São
Gabriel, Estado da Bahia, a executar serviço de radio-
EM n° 495/MC difusão comunitária, pelo prazo de três anos, sem di-
Brasília, 11 de outubro de 2000 reito de exclusividade.
Art. 2° Esta autorização reger-se-á pela Lei n°
Excelentíssimo Senhor Presidente da República,
9.612, de 19 de fevereiro de 1998, leis subseqüentes,
Encaminho a Vossa Excelência portaria de ou- seus regulamentos e normas complementares.
torga de autorização e respectiva documentação para
Art. 3° A entidade fica autorizada a operar com o
que a entidade denominada Associação Comunitária
sistema irradiante localizado nas coordenadas geo-
dos Produtores Rurais de São Gabriel, com sede na
gráficas com latitude em 11 E17'30"S e longitude em
cidade de São Gabriel, Estado da Bahia, explore o
41 E52'30"W, utilizando a freqüência de 107,9 MHz.
serviço de radiodifusão comunitária, em conformida-
de com o caput do art. 223 da Constituição e a Lei n° Art. 4° Este ato somente produzirá efeitos legais
9.612, de 19 de fevereiro de 1998. após deliberação do Congresso Nacional, nos termos
do § 3° do art. 223 da Constituição, devendo a entidade
2. Referida entidade requereu ao Ministério das
iniciar a execução do serviço no prazo de seis meses a
Comunicações sua inscrição para prestar o serviço,
contar da data de publicação do ato de deliberação.
cuja documentação inclui manifestação de apoio da co-
munidade, numa demonstração de receptividade da fi- Art. 5° Esta portaria entra em vigor na data de
losofia de criação desse braço da radiodifusão, de ma- sua publicação. - Pimenta da Veiga.
neira a incentivar o desenvolvimento e a sedimentação Aviso n° 1.944 - C. Civil
da cultura geral das localidades postulantes.
3. Como se depreende da importância da inicia- Em 31 de outubro de 2000
tiva comandada por Vossa Excelência, essas ações À Sua Excelência o Senhor
permitem que as entidades trabalhem em conjunto Deputado Ubiratan Aguiar
com a comunidade, auxiliando não só no processo Primeiro-Secretário da Câmara dos Deputados
educacional, social e cultural mas, também, servem Brasília- DF
de elo à integração de informações benéficas em to-
dos os segmentos, e a todos esses núcleos populaci- Senhor Primeiro-Secretário,
onais. Encaminho a essa Secretaria Mensagem do
4. Sobre o caso em espécie, determinei análises Excelentíssimo Senhor Presidente da República na
técnica e jurídica da petição apresentada, constatan- qual submete à apreciação do Congresso Nacional
do a inexistência de óbice legal e normativo ao pleito, os atos que autorizam a execução de serviços de ra-
o que se conclui da documentação de origem, con- diodifusão comunitária constantes das Portarias nOs
substanciada nos autos do Processo Administrativo 449,450,452,455,457,463,464,467,468,469,474,
nO 53640.000951/98, que ora faço acompanhar, com 475,477,480,481,482,484,486,487 e 488, de 14
a finalidade de subsidiar os trabalhos finais. de agosto de 2000.
5. Em conformidade com os preceitos constituci- Atenciosamente, - Pedro Parente, Chefe da
onais e legais, a outorga de autorização, objeto do Casa Civil da Presidência da República.
40l)S6 Sexta-feira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 20() I
COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA, PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO
COMUNICAÇÃO E INFORMÁTICA W 1.119, DE 2001

I - Relatório Aprova o ato que autoriza a Associ-


ação Comunitária dos Produtores Rurais
De conformidade com o art. 49, inciso XII, com- de São Gabriel a executar, pelo prazo de
binado com o § 1° do art. 223, da Constituição Fede- três anos, sem direito de exclusividade,
ral, o Excelentíssimo Senhor Presidente da República serviço de radiodifusão comunitária, na
submete à consideração do Congresso Nacional, cidade de São Gabriel, Estado da Bahia.
acompanhado da exposição de motivos do Senhor
O Congresso Nacional decreta:
Ministro de Estado das Comunicações, o ato que au-
toriza a Associação Comunitária dos Produtores Ru- Art. 1° É aprovado o ato a que se refere a Por-
rais de São Gabriel a executar, pelo prazo de três taria n° 450, de 14 de agosto de 2000, que autoriza
anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodi- a Associação Comunitária dos Produtores Rurais de
fusão comunitária, na cidade de São Gabriel, Estado São Gabriel a executar, pelo prazo de três anos,
da Bahia. sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão
Atendendo ao disposto no § 3° do art. 223 da comunitária, na cidade de São Gabriel, Estado da
Constituição, a matéria foi enviada ao Poder Legislati- Bahia.
vo para a devida apreciação, uma vez que o ato so- Art. 2° Este decreto legislativo entra em vigor
mente produzirá efeitos após a deliberação do Con- na data de sua publicação.
gresso Nacional. Sala da Comissão, 11 de junho de 2001. - Depu-
Cumpre-nos, portanto, opinar sobre os aspec- tado José Borba, Relator.
tos técnicos e formais da matéria submetida ao exa-
me desta Comissão, nos termos do inciso li, alínea h, 111 - Parecer da Comissão
do art. 32 do Regimento Interno.
A Comissão de Ciência e Tecnologia, Comuni-
11 - Voto do Relator cação e Informática, em reunião ordinária realizada
hoje, aprovou unanimemente o parecer favorável do
A autorização do Poder Público para a execu- relator, Deputado José Borba, à TVR n° 446/00, nos
ção de serviço de radiodifusão comunitária é regula- termos do projeto de decreto legislativo que apre-
da pela Lei n° 9.612, de 19 de fevereiro de 1998. No senta.
processo em questão, a Associação Comunitária Estiveram presentes os seguintes Deputa-
dos Produtores Rurais de São Gabriel atendeu aos dos: César Bandeira, Presidente; Francistônio
requisitos da legislação específica e foi autorizada Pinto e Júlio Semeghini, Vice-Presidentes; Alber-
para execução do serviço de radiodifusão comunitá- to Goldman, Domiciano Cabral, íris Simões, João
ria. Almeida, Luiz Piauhytino, Magno Malta, Nárcio
Rodrigues, Saulo Coelho, Silas Câmara, Márcio
A análise deste processo deve basear-se no Fortes, Josué Bengston, Salvador Zimbaldi, Arol-
Ato Normativo n° 1, de 1999, desta Comissão. Veri- de de Oliveira, Corauci Sobrinho, José Rocha,
ficada a documentação, constatamos que foram Luiz Moreira, Mário Assad Júnior, Santos Filho,
atendidos todos os critérios exigidos por este diplo- Ariston Andrade, Francisco Coelho, Benito
ma regulamentar. Gama, Hermes Parcianello, Marçal Filho, Nair
O ato de outorga obedece aos princípios de Xavier Lobo, Nélson Proença, Ricardo Izar, Mari-
constitucionalidade, especialmente no que se refere nha Raupp, José Borba, Jonival Lucas Júnior,
aos arts. 220 a 223 da Constituição Federal, e aten- Gustavo Fruet, Ana Corso, Babá, Gilmar Macha-
de às formalidades legais, motivos pelos quais so- do, Jorge Bittar, Marcos Afonso, Márcio Reinaldo
mos pela homologação do ato do Poder Executivo, Moreira, Paulo Marinho, Vic Pires Franco, Nelson
na forma do projeto de decreto legislativo que ora Meurer, Ary Kara, Luiza Erundina, Valdeci Paiva,
apresentamos. Agnaldo Muniz, Dr. Hélio, Olímpio Pires e Bispo
Wanderval.
Sala da Comissão, 11 de junho de 2001. - De- Sala da Comissão, 29 de agosto de 2001. - Depu-
putado José Borba, Relator. tado César Bandeira, Presidente.
Agusto de 2()()1 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 31 40957
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO 1 - Portaria n° 449, de 14 de agosto de 2000-
N° 1.120, DE 2001 Comunidade de Jesus, na cidade de Bom Sucesso-
(Da Comissão de Ciência e Tecnologia, MG;
Comunicação e Informática) 2 - Portaria n° 450, de 14 de agosto de 2000-
MENSAGEM N° 1.G05/00 Associação Comunitária dos Produtores Rurais de
TVR N° 448/00 São Gabriel, na cidade de São Gabriel - BA;
3 - Portaria n° 452, de 14 de agosto de 2000 -
Aprova o ato que autoriza a Associ- Sociedade dos Ecologistas de Tambaú, na cidade de
ação Comunitária Novos Caminhos a Tambaú-SP;
executar, pelo prazo de três anos, sem
4 - Portaria n° 455, de 14 de agosto de 2000-
direito de exclusividade, serviço de radi-
Associação Comunitária Novos Caminhos, na cidade
odifusão comunitária, na cidade de Irace-
de Iracema - CE;
ma, Estado do Ceará.
(À Comissão de Constituição e Justiça 5 - Portaria n° 457, de 14 de agosto de 2000 -
e de Redação (art. 54)) Associação Comunitária Pe. Constantino Zajkowski
para o Desenvolvimento Social, Cultural e Artístico,
° Congresso Nacional decreta: na cidade de Dom Feliciano - RS;
6 - Portaria n° 463, de 14 de agosto de 2000 -
Art. 1° É aprovado o ato a que se refere a Porta-
ria n' 455, de 14 de agosto de 2000, que autoriza a Associação Rádio Comunitária Damata FM, na cida-
Associação Comunitária Novos Caminhos a executar, de de São Lourenço da Mata - PE;
pelo prazo de três anos, sem direito de exclusividade, 7 - Portaria n° 464, de 14 de agosto de 2000-
serviço de radiodifusão comunitária, na cidade de Ira- Associação Comunitária Calmonense, na cidade de
cema, Estado do Ceará. Miguei Calmon - BA;
Art. 2° Este decreto legislativo entra em vigor na 8 - Portaria n° 467, de 14 de agosto de 2000-
data de sua publicação. Associação Comunitária "Caminho do Sol", na cidade
Sala da Comissão, 29 de agosto de 2001. - Depu- de Queluz - SP;
tado César Bandeira, Presidente. 9 - Portaria n° 468, de 14 de agosto de 2000 -
TVR N° 448, DE 2000 Constelação Associação Cultural, na cidade de Cba-
(Do Poder Executivo) padão do Céu - GO,
MENSAGEM N° 1.G05/00 10 - Portaria n° 469, de 14 de agosto de 2000 -
Associação Comunitária e Cultural Nascente do Vale
Submete à apreciação do Congres- de Alfredo Wagner, na cidade de Alfredo Wagner -
so Nacional o ato constante da Portaria SC;
n° 455, de 14 de agosto de 2000, que au-
11 - Portaria n° 474, de 14 de agosto de 2000-
toriza a Associação Comunitária Novos
Associação Comunitária da Rádio Santo Antônio, na
Caminhos a executar, pelo prazo de três
cidade de Itutinga - MG;
anos, sem direito de exclusividade, servi-
ço de radiodifusão comunitária na cidade 12 - Portaria n° 475, de 14 de agosto de 2000-
de Iracema, Estado do Ceará. Associação Comunitária Beneficente, Artística e Cul-
(Às Comissões de Ciência e Tecnolo- tural Guaraniense de Rádio e TV, na cidade de Guara-
gia, Comunicação e Informática; e de Cons- ni-MG;
tituição e Justiça e de Redação (art. 54)) 13 - Portaria n° 477, de 14 de agosto de 2000-
Senhores Membros do Congresso Nacional, Associação Comunitária de Radiodifusão Cultural
Cristinense, na cidade de Cristina - MG;
Nos termos do art. 49, inciso XII, combinado
com o § 3° do art. 223, da Constituição Federal, sub- 14 - Portaria n° 480, de 14 de agosto de 2000 -
meto à apreciação de Vossas Excelências, acompa- Fundação Cultural Saúde de Campos, na cidade de
nhadas de Exposições de Motivos do Senhor Ministro Campos dos Goytacazes - RJ;
de Estado das Comunicações, autorizações para 15 - Portaria nO 481, de 14 de agosto de 2000 -
executar, pelo prazo de três anos, sem direito de ex- Associação Rádio Comunitária FM Santa Rita - Um
clusividade, serviços de radiodifusão comunitária, Bem da Comunidade 99,9 MHZ, na cidade de Santa
conforme os seguintes atos e entidades: Cruz - RN;
409Sg Sexta-feira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agoslo de 2001
16 - Portaria na 482, de 14 de agosto de 2000 - 5. Em conformidade com os preceitos constituci-
Associação Comunitária de Jacaré dos Homens - onais e legais, a outorga de autorização, objeto do
ACJH, na cidade de Jacaré dos Homens - AL; presente processo, passará a produzir efeitos legais
17 - Portaria n' 484, de 14 de agosto de 2000 - somente após deliberação do Congresso Nacional, a
Rádio Comunitária Transamazônica FM, na cidade de teor do § 30 do art. 223, da Constituição Federal.
Porto Velho - RO; Respeitosamente, - Pimenta da Veiga, Minis-
18 - Portaria na 486, de 14 de agosto de 2000 - tro de Estado das Comunicações.
Associação de Desenvolvimento Cultural e Artístico PORTARIA N" 455, DE 14 DE AGOSTO DE 2000
da Comunidade de São João do Triunfo - PR, na cida-
de de São João do Triunfo - PR; O Ministro de Estado das Comunicações, no
19 - Portaria na 487, de 14 de agosto de 2000 - uso de suas atribuições, considerando o disposto nos
Associação Comunitária de Abadiânia, na cidade de arts. 10 e 19 do Decreto na 2.615, de 3 de junho de
Abadiânia - GO; e 1998, e tendo em vista o que consta do Processo
Administrativo na 53650.002671/98, resolve:
20 - Portaria na 488, de 14 de agosto de 2000 -
Art. 10 Autorizar a Associação Comunitária No-
Associação Comunitária São Francisco, na cidade de
Laranjeiras do Sul - PRo vos Caminhos, com sede na Travessa José Hamilton
Costa na 30, na cidade de Iracema, Estado do Ceará,
Brasília, 31 de outubro de 2000. - Fernando
a executar serviço de radiodifusão comunitária, pelo
Henrique Cardoso. prazo de três anos, sem direito de exclusividade.
EM na 480 IMC Art. 20 Esta autorização reger-se-á pela Lei na
9.612, de 19 de fevereiro de 1998, leis subseqüentes,
Brasília, 11 de outubro de 2000 seus regulamentos e normas complementares.
Art. 3 0 A entidade fica autorizada a operar com o
Excelentíssimo Senhor Presidente da República,
sistema irradiante localizado nas coordenadas geo-
Encaminho a Vossa Excelência Portaria de outor- gráficas com latitude em 05E48'34"S e longitude em
ga de autorização e respectiva documentação para que 38E18'21"W, utilizando a freqüência de 104,9 MHz.
a entidade denominada Associação Comunitária Novos
Art. 40 Este ato somente produzirá efe~os legais
Caminhos, com sede na cidade de Iracema, Estado do
após deliberação do Congresso Nacional, nos termos
Ceará, explore o serviço de radiodifusão comunitária,
do § 3° do art. 223 da Constituição, devendo a entidade
em conformidade com o caput do art. 223, da Constitui-
iniciar a execução do serviço no prazo de seis meses a
ção e a Lei na 9.612, de 19 de fevereiro de 1998.
contar da data de publicação do ato de deliberação.
2. Referida entidade requereu ao Ministério das Art. 50 Esta portaria entra em vigor na data de
Comunicações sua inscrição para prestar o serviço, sua publicação. - Pimenta da Veiga.
cuja documentação inclui manifestação de apoio da co-
munidade, numa demonstração de receptividade da fi- Aviso na 1.944 - C. Civil.
losofia de criação desse braço da radiodifusão, de ma- Em 31 de outubro de 2000
neira a incentivar o desenvolvimento e a sedimentação
da cultura geral das localidades postulantes. A Sua Excelência o Senhor
Deputado Ubiratan Aguiar
3. Como se depreende da importância da iniciati-
Primeiro Secretário da Câmara dos Deputados
va comandada por Vossa Excelência, essas ações per-
Brasília - DF
mitem que as entidades trabalhem em conjunto com a
comunidade, auxiliando não só no processo educacio- Senhor Primeiro Secretário,
nal, social e cultural mas, também, servem de elo à inte- Encaminho a essa Secretaria Mensagem do
gração de informações benéficas em todos os segmen- Excelentíssimo Senhor Presidente da República na
tos, e a todos esses núcleos populacionais. qual submete à apreciação do Congresso Nacional
4. Sobre o caso em espécie, determinei análises os atos que autorizam a execução de serviços de ra-
técnica e jurídica da petição apresentada, constatan- diodifusão comunitária constantes das Portarias na
do a inexistência de óbice legal e normativo ao pleito, 449,450,452,455,457,463,464,467,468,469,474,
o que se conclui da documentação de origem, con- 475,477,480,481,482,484,486,487 e 488, de 14
substanciada nos autos do Processo Administrativo de agosto de 2000.
na 53650.002671/98, que ora faço acompanhar, com Atenciosamente, - Pedro Parente, Chefe da
a finalidade de subsidiar os trabalhos finais. Casa Civil da Presidência da República.
Agosto de 200 I DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 31 40959
COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA, PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO
COMUNICAÇÃO E INFORMÁTICA N° 1.120 DE 2001

I - Relatório Aprova o ato que autoriza a Associ-


ação Comunitária Novos Caminhos a
De conformidade com o art. 49, inciso XII, executar, pelo prazo de três anos, sem
combinado com o § 1° do art. 223, da Constitui- direito de exclusividade, serviço de radi-
ção Federal, o Excelentíssimo Senhor Presidente odifusão comunitária, na cidade de Irace-
da República submete à consideração do Con- ma, Estado do Ceará.
gresso Nacional, acompanhado da Exposição de
Motivos do Senhor Ministro de Estado das Comu- O Congresso Nacional decreta:
nicações, o ato que autoriza a Associação Comu-
Art. 1° E aprovado o ato a que se refere a Por-
nitária Novos Caminhos a executar, pelo prazo
taria n° 455, de 14 de agosto de 2000, que autoriza
de três anos, sem direito de exclusividade, servi-
a Associação Comunitária Novos Caminhos a exe-
ço de radiodifusão comunitária, na cidade de Ira-
cutar, pelo prazo de três anos, sem direito de exclu-
cema, Estado do Ceará.
sividade, serviço de radiodifusão comunitária, na ci-
Atendendo ao disposto no § 3° do art. 223 da dade de Iracema, Estado do Ceará.
Constituição, a matéria foi enviada ao Poder Legis-
Art. 2° Este decreto legislativo entra em vigor
lativo para a devida apreciação, uma vez que o ato
na data de sua publicação.
somente produzirá efeitos após a deliberação do
Congresso Nacional. Sala da Comissão, 11 de junho de 2001. -
Deputado José Borba, Relator.
Cumpre-nos, portanto, opinar sobre os aspec-
tos técnicos e formais da matéria submetida ao exa- 111- Parecer da Comissão
me desta Comissão, nos termos do inciso 11, alínea
h, do art. 32 do Regimento Interno.
A Comissão de Ciência e Tecnologia, Comuni-
cação e Informática, em reunião ordinária realizada
11 - Voto do Relator
hoje, aprovou unanimemente o parecer favorável do
Relator, Deputado José Borba, à TVR nO 448/00, nos
A autorização do Poder Público para a exe-
termos do Projeto de Decreto Legislativo que apre-
cução de serviço de radiodifusão comunitária é
senta.
regulada pela Lei nO 9.612, de 19 de fevereiro de
1998. No processo em questão, a Associação Estiveram presentes os seguintes Deputa-
Comunitária Novos Caminhos atendeu aos requi- dos: César Bandeira, Presidente; Francistônio Pin-
sitos da legislação específica e foi autorizada to e Júlio Semeghini, Vice-Presidentes; Alberto
para execução do serviço de radiodifusão comu- Goldman, Domiciano Cabral, íris Simões, João
nitária. Almeida, Luiz Piauhylino, Magno Malta, Nárcio
Rodrigues, Saulo Coelho, Suas Câmara, Márcio
A análise deste processo deve basear-se no
Fortes, Josué Bengston, Salvador Zimbaldi, Arol-
Ato Normativo n° 1, de 1999, desta Comissão. Veri-
de de Oliveira, Corauci Sobrinho, José Rocha,
ficada a documentação, constatamos que foram
Luiz Moreira, Mário Assad Júnior, Santos Filho,
atendidos todos os critérios exigidos por este diplo-
Ariston Andrade, Francisco Coelho, Benito Gama,
ma regulamentar.
Hermes Parcianello, Marçal Filho, Nair Xavier Lobo,
O ato de outorga obedece aos princípios de Nélson Proença, Ricardo Izar, Marinha Raupp, José
constitucionalidade, especialmente no que se refere Borba, Jonival Lucas Júnior, Gustavo Fruet, Ana
aos artigos 220 a 223 da Constituição Federal, e Corso, Babá, Gilmar Machado, Jorge Bittar, Marcos
atende às formalidades legais, motivos pelos quais Afonso, Márcio Reinaldo Moreira, Paulo Marinho,
somos pela homologação do ato do Poder Executi- Vic Pires Franco, Nelson Meurer, Ary Kara, Luiza
vo, na forma do Projeto de Decreto Legislativo que Erundina, Valdeci Paiva, Agnaldo Muniz, Dr. Hélio,
ora apresentamos. Olímpio Pires e Bispo Wanderval.
Sala da Comissão, 11 de junho de 2001. - Sala da Comissão, 29 de agosto de 2001. -
Deputado José Borba, Relator. Deputado César Bandeira, Presidente.
4()%() Sexta-feira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agos\ll de 2001
PROJ~TO DE DECRETO LEGISLATIVO qüência modulada, conforme os seguintes atos e en-
W 1.121, DE 2001 tidades:
(Da Comissão de Ciência e Tecnologia, 1 - Portaria n° 593, de 4 de outubro de 2000 -
Comunicação e Informática) RBN - Rede Brasil Norte de Comunicação Uda., na
MENSAGEM N° 1.607/00 cidade de Dianópolis - TO'
TVR W 468/00 2 - Portaria n° 594, de 4 de outubro de 2000 -
Aprova o ato que outorga permis- Rádio Bebedouro FM Uda., na cidade de Passos
são à RBN - Rede Brasil Norte de Comu- Maia- SC;
nicação Ltda., para explorar serviço de 3 - Portaria n° 595, de 4 de outubro de 2000 -
radiodifusão sonora em freqüência mo- Columbia FM Ltda., na cidade de Ibiporã - PR;
dulada, na localidade de Dianópolis, 4 - Portaria n° 596, de 4 de outubro de 2000 -
Estado do Tocantins. Milano FM Uda., na cidade de Brasilândia do Sul -
(À Comissão de Constituição e Justiça PR;
e de Redação (art. 54)) 5 - Portaria n° 597, de 4 de outubro de 2000 -
Milano FM Uda., na cidade de Paranacity - PR;
O Congresso Nacional decreta: 6 - Portaria n° 598, de 4 de outubro de 2000 -
Art. 1° É aprovado o ato a que se refere a Porta- Rádio Sol Maior Uda., na cidade de Bayeux - PB;
ria nO 593, 4 de outubro de 2000, que outorga permis- 7 - Portaria n° 599, de 4 de outubro de 2000 -
são à RBN - Rede Brasil Norte Comunicação Ltda., Radiojonal de Amambaí Uda., na cidade de Amam-
para explorar, pelo prazo de dez anos, sem direito ex- baí - MS;
clusividade, serviço de radiodifusão sonora em fre-
8 - Portaria n° 600, de 4 de outubro de 2000 -
qüência modulada, localidade de Dianópolis, Estado
Rádio Itaí de Rio Claro Uda., na cidade de Sonora-
do Tocantins.
MS;
Art. 2° Este decreto legislativo entra em vigor na
Brasília, 31 de outubro de 2000. - Fernando
data de sua publicação.
Henrique Cardoso.
Sala da Comissão, 29 de agosto de 2001. -
Deputado César Bandeira, Presidente. EM n° 500/MC

TVR N° 468, DE 2000 Brasília, 17 de outubro de 2000


(Do Poder Executivo) Excelentíssimo Senhor Presidente da República,
MENSAGEM W 1.607/00 De conformidade com as atribuições legais e re-
Submete à apreciação do Congres- gulamentares cometidas a este Ministério, determi-
so Nacional o ato constante da Portaria nou-se a publicação da Concorrência n° 083/97
n° 593, de 4 de outubro de 2000, que ou- -SFO/MC, com vistas à implantação de uma estação
torga permissão à RBN - Rede Brasil de radiodifusão sonora em freqüência modulada, na
Norte de Comunicação Ltda., para explo- cidade de Dianópolis, Estado do Tocantins.
rar, pelo prazo de dez anos, sem direito 2. A Comissão Especial de Âmbito Nacional, cri-
de exclusividade, serviço de radiodifusão ada pela Portaria n° 63, de 5 de fevereiro de 1997, al-
sonora em freqüência modulada, na cida- terada pela Portaria n° 795, de 17 de dezembro de
de de Dianópolis, Estado do Tocantins. 1997, depois de analisar a documentação de habilita-
(Às Comissões de Ciência e Tecnolo- ção e as propostas técnica e de preço pela outorga
gia, Comunicação e Informática; e de Cons- das entidades proponentes, com observância da Lei
tituição e Justiça e de Redação (art. 54)) n° 8.666, de 21 de junho de 1993, e da legislação es-
pecífica de radiodifusão, concluiu que a RBN - Rede
Senhores Membros do Congresso Nacional, Brasil Norte de Comunicação Uda., obteve a maior
Nos termos do art. 49, inciso XII, combinado pontuação do valor ponderado, nos termos estabele-
com o § 3° do artigo 223, da Constituição Federal, cidos pelo Edital, tomando-se assim a vencedora da
submeto à apreciação de Vossas Excelências, acom- Concorrência, conforme ato da mesma Comissão,
panhadas de Exposições dc Motivos do Senhor Mi- que homologuei, havendo por bem outorgar a permis-
nistro dc Estado das Comunicações, permissões para são, na forma da Portaria inclusa.
explorar, pelo prazo de dez anos, sem direito de ex- 3. Esclareço que, de acordo com o § 3° do art.
clusividade, serviços de radiodifusão sonora em fre- 223 da Constituição, o ato de outorga somente produ-
Agosto de 2001 DIÁRIO DA CÁMARA DOS DI:WUTADOS Sexta-feira 31 4()<)61
zirá efeitos legais após deliberação do Congresso Na- COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA,
cional, para onde solicito seja encaminhado o referido COMUNICAÇÃO E INFORMÁTICA
ato.
I - Relatório
Respeitosamente, - Pimenta da Veiga Ministro
de Estado das Comunicações. De conformidade com o art. 49, inciso XII, com-
binado com o § 1° do art. 223, da Constituição Fede-
PORTARIA N° 593, DE 4 DE OUTUBRO DE 2000 ral, o Excelentíssimo Senhor Presidente da República
O Ministro de Estado das Comunicações, no submete à consideração do Congresso Nacional,
uso de suas atribuições, em conformidade com o art. acompanhado da Exposição de Motivos do Senhor
32 do Regulamento dos Serviços de Radiodifusão, Ministro de Estado das Comunicações, o ato que ou-
aprovado pelo Decreto na 52.795, de 31 de outubro de torga permissão à RBN - Rede Brasil Norte de Comu-
1963, com a redação que lhe foi dada pelo Decreto na nicação Ltda., para explorar, pelo prazo de 10 (dez)
1.720, de 28 de novembro de 1995, e tendo em vista o anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodi-
que consta do Processo Administrativo na fusão sonora em freqüência modulada, na localidade
53665.000027/97, Concorrência na 83/97- SFOIMC, de Dianópolis, Estado do Tocantins.
resolve: Atendendo ao disposto no § 3° do art. 223 da
Art. 1° Outorgar permissão à RBN - Rede Brasil Constituição, a matéria foi enviada ao Poder Legislati-
Norte de Comunicação Ltda. para explorar, pelo prazo vo para a devida apreciação, uma vez que o ato so-
de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de mente produzirá efeitos após a deliberação do Con-
radiodifusão sonora em freqüência modulada, na ci- gresso Nacional.
dade de Dianópolis, Estado do Tocantins. Cumpre-nos, portanto, opinar sobre os aspec-
Parágrafo único. A permissão ora outorgada re- tos técnicos e formais da matéria submetida ao exa-
ger-se-á pelo Código Brasileiro de Telecomunica- me desta Comissão, nos termos do inciso 11, alínea
ções, leis subseqüentes, regulamentos e obrigações "h", do art. 3° do Regimento Interno.
assumidas pela outorgada em suas propostas.
Art. 20 Este ato somente produzirá efeitos legais 11 - Voto do Relator
após deliberação do Congresso Nacional, nos termos A outorga do Poder Público para a execução de
do artigo 223, § 3°, da Constituição. serviço de radiodifusão é regulada pelo Decreto n°
Art. 3° o contrato de adesão decorrente desta 52.795, de 31 de outubro de 1963, com as modifica-
permissão deverá ser assinado dentro de sessenta ções do Decreto n° 2.108, de 24 de dezembro de
dias, a contar da data de publicação da deliberação 1996. No processo em questão, a RBN - Rede Brasil
de que trata o artigo anterior, sob pena de tomar-se Norte de Comunicação Ltda. atendeu aos requisitos
nulo, de pleno direito, o ato de outorga. da legislação específica e obteve a maior pontuação
Art. 4° Esta Portaria entra em vigor na data de do valor ponderado, nos termos estabelecidos pelo
sua publicação. - Pimenta da Veiga. Edital, tornando-se a vencedora da concorrência para
exploração do serviço de radiodifusão sonora em fre-
Aviso n° 1.946 - C. Civil.
qüência modulada.
Brasília, 31 de outubro de 2000 A análise deste processo deve basear-se no Ato
A Sua Excelência o Senhor Normativo n° 01, de 1999, desta Comissão. Verificada
Deputado Ubiratan Aguiar a documentação, constatamos que foram atendidos
Primeiro Secretário da Cãmara dos Deputados todos os critérios exigidos por este diploma regula-
Brasília-DF. mentar.
Senhor Primeiro Secretário, O ato de outorga obedece aos princípios de
Encaminho a essa Secretaria Mensagem do constitucionalidade, especialmente no que se
Excelentíssimo Senhor Presidente da República na refere aos artigos 220 a 223 da Constituição Federal,
qual submete à apreciação do Congresso Nacional os e atende às formalidades legais, motivos pelos quais
atos que permitem a exploração de serviços de radiodi- somos pela homologação do ato do Poder Executivo,
fusão sonora em freqÜência modulada constantes das na forma do Projeto de Decreto Legislativo que ora
Portarias nO 593 a 600, de 4 de outubro de 2000. apresentamos.
Atenciosamente, - Pedro Parente, Chefe da Sala da Comissão, 12 de junho de 2001. - Depu-
Casa Civil da Presidência da República. tado Francisco Coelho, Relator.
40962 Sexl<J-leira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agoslo de 20tH
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO
N° 1.121, DE 2001 N° 1.122, DE 2001
(Da Comissão de Ciência e Tecnologia,
Aprova o ato que outorga permis- Comunicação e Informática)
são à RBN - Rede Brasil Norte de Comu- MENSAGEM N° 1.607/00
nicação Ltda., para explorar serviço de TVR N° 469/00
radiodifusão sonora em freqüência mo-
dulada, na localidade de Dianópolis, Aprova o ato que outorga permis-
Estado do Tocantins. são à Rádio Bebedouro FM Ltda, para ex-
plorar serviço de radiodifusão sonora em
o Congresso Nacional decreta: freqüência modulada, na cidade de Pas-
sos Maia, Estado de Santa Catarina.
Art. 1° É aprovado o ato a que se refere a Porta-
(À Comissão de Constituição e Justiça
ria n° 593, de 04 de outubro de 2000, que outorga per- e de Redação (art. 54))
missão à RBN - Rede Brasil Norte de Comunicação
Ltda., para explorar, pelo prazo de 10 (dez) anos, sem O Congresso Nacional decreta:
direito de exclusividade, serviço de radiodifusão so- Art. 1° E aprovado o ato a que se refere a Porta-
nora em freqüência modulada, na localidade de Dia- ria n° 594, de 4 de outubro de 2000, que outorga per-
nópolis, Estado do Tocantins. missão à Rádio Bebedouro FM Ltda., para explorar,
Art. 2° Este decreto legislativo entra em vigor na pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade,
data de sua publicação. serviço de radiodifusão sonora em freqüência modu-
lada, na localidade de Passos Maia, Estado de Santa
Sala da Comissão, 12 de junho de 2001. - Depu-
Catarina.
tado Francisco Coelho, Relator.
Art. 2° Este decreto legislativo entra em vigor na
11I- Parecer da Comissão data de sua publicação.
Sala da Comissão, 29 de agosto de 2001 .- Depu-
A Comissão de Ciência e Tecnologia, Comuni- tado César Bandeira, Presidente.
cação e Informática, em reunião ordinária realizada
hoje, aprovou o parecer favorável do Relator, Depu- TVR N° 469, DE 2000
tado Francisco Coelho, à TVR n° 468/00, nos termos (Do Poder Executivo)
do Projeto de Decreto Legislativo que apresenta. MENSAGEM N° 1.607/00
Abstiveram-se de votar os Deputados Ana Corso, Submete à apreciação do Congres-
Babá, Gilmar Machado, Jorge Bittar e Marcos Afon- so Nacional o ato constante da Portaria
so. n° 594, de 4 de outubro de 2000, que ou-
Estiveram presentes os seguintes Deputados: torga permissão à Rádio Bebedouro FM
César Bandeira, Presidente; Francistônio Pinto e Jú- Ltda. para explorar, pelo prazo de dez
lio Semeghini, Vice-Presidentes; Alberto Goldman, anos, sem direito de exclusividade, servi-
Domiciano Cabral, Iris Simões, João Almeida, Luiz ço de radiodifusão sonora em freqüência
Piauhylino, Magno Malta, Nárcio Rodrigues, Saulo modulada, na cidade de Passos Maia,
Coelho, Suas Câmara, Márcio Fortes, Josué Beng- Estado de Santa Catarina.
ston, Salvador Zimbaldi, Arolde de Oliveira, Corauci (Às Comissões de Ciência e Tecnolo-
Sobrinho, José Rocha, Luiz Moreira, Mário Assad gia, Comunicação e Informática e de Consti-
Júnior, Santos Filho, Ariston Andrade, Francisco Co- tuição e Justiça e de Redação (art. 54))
elho, Benito Gama, Hermes Parcianello, Marçal Fi- Senhores Membros do Congresso Nacional,
lho, Nair Xavier Lobo, Nélson Proença, Ricardo Izar, Nos termos do artigo 49, inciso XII, combinado
Marinha Raupp, José Borba, Jonival Lucas Júnior, com o § 3° do artigo 223, da Constituição Federal,
Gustavo Fruet, Ana Corso, Babá, Gilmar Machado, submeto à apreciação de Vossas Excelências, acom-
Jorge Bitlar, Marcos Afonso, Márcio Reinaldo Morei- panhadas de Exposições de Motivos do Senhor Mi-
ra, Paulo Marinho, Vic Pires Franco, Nelson Meurer, nistro de Estado das Comunicações, permissões
Ary Kara, Luiza Erundina, Valdeci Paiva, Agnaldo para explorar, pelo prazo de dez anos, sem direito de
Muniz, Dr. Hélio, Olímpio Pires e Bispo Wanderval. exclusividade, serviços de radiodifusão sonora em
Sala da Comissão, 29 de agosto de 2001. - Depu- freqüência modulada, conforme os seguintes atos e
tado César Bandeira, Presidente. entidades:
Al!.llslo de 2001 DIÁR 10 DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-Icira 31 40963
1 - Portaria n° 593, de 4 de outubro de 2000 - PORTARIA N° 594, DE 4 DE OUTUBRO DE 2000
RBN - Rede Brasil Norte de Comunicação Ltda.• na
cidade de Dianópolis - TO; o Ministro de Estado das Comunicações, no uso
2 - Portaria n° 594, de 4 de outubro de 2000 - de suas atribuições, em conformidade com o art. 32
Rádio Bebedouro FM Ltda., na cidade de Passos do Regulamento dos Serviços de Radiodifusão, apro-
Maia-SC; vado pelo Decreto n° 52.795, de 31 de outubro de
3 - Portaria n° 595, de 4 de outubro de 2000 - 1963, com a redação que lhe foi dada pelo Decreto nO
Colúmbia FM Ltda., na cidade de Ibiporã - PR; 1.720, de 28 de novembro de 1995, e tendo em vista
o que consta do Processo Administrativo n°
4 - Portaria n° 596, de 4 de outubro de 2000 - Mi-
53820.000361/97, Concorrência n° 81/97-SFO/MC, re-
lano FM Ltda., na cidade de Brasilândia do Sul - PR:
solve:
5 - Portaria n° 597, de 4 de outubro de 2000 -
Milano FM Ltda., na cidade de Paranacity - PR; Art. 1° Outorgar permissão à Rádio Bebedouro
6 - Portaria n° 598, de 4 de outubro de 2000 - FM Ltda. para explorar, pelo prazo de dez anos,
Rádio Sol Maior Ltda., na cidade de Bayeux-PB; sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão
7 - Portaria n° 599, de 4 de outubro de 2000 - sonora em freqüência modulada, na cidade de Pas-
Radiojornal de Amambaí Ltda., na cidade de Amam- sos Maia, Estado de Santa Catarina.
baí - MS; Parágrafo único. A permissão ora outorgada
8 - Portaria n° 600, de 4 de outubro de 2000 - Rá- reger-se-à pelo Código Brasileiro de Telecomuni-
dio ltaí de Rio Claro Ltda., na cidade de Sonora - MS; cações, leis subseqüentes, regulamentos e obri-
Brasília, 31 de outubro de 2000. Fernando gações assumidas pela outorgada em suas pro-
Henrique Cardoso. postas.

EM n° 501/MC Art. 2° Este ato somente produzirá efeitos lega-


is após deliberação do Congresso Nacional, nos ter-
Brasília, 17 de Outubro de 2000 mos do artigo 223, § 3°, da Constituição.
Excelentíssimo Senhor Presidente da República, Art. 3° O contrato de adesão decorrente desta
De conformidade com as atribuições legais e regu- permissão deverá ser assinado dentro de sessenta
lamentares cometidas a este Ministério, determinou-se a dias, a contar da data de publicação da deliberação
publicação da Concorrência n° 81/97-SFO/MC, com vis- de que trata o artigo anterior, sob pena de tomar-se
tas à implantação de uma estação de radiodifusão sono- nulo, de pleno direito, o ato de outorga.
ra em freqüência modulada, na cidade de Passos Maia,
Art. 4° Esta Portaria entra em vigor na data de
Estado de Santa Catarina.
sua publicação. - Pimenta da Veiga.
2. A Comissão Especial de Âmbito Nacional, cri-
ada pela Portaria n° 63, de 5 de fevereiro de 1997, al- Aviso n° 1.946 - C. Civil.
terada pela Portaria n° 795, de 17 de dezembro de Brasília, 31 de outubro de 2000
1997, depois de analisar a documentação de habilita-
ção e as propostas técnica e de preço pela outorga A Sua Excelência o Senhor
das entidades proponentes, com observância da Lei Deputado Ubiratan Aguiar
n° 8.666, de 21 de junho de 1993, e da legislação es- Primeiro Secretario da Câmara dos Deputados
pecifica de radiodifusão, concluiu que a Rádio Bebe- Brasília - DF.
douro FM Ltda. obteve a maior pontuação do valor
ponderado, nos termos estabelecidos pelo Edital, tor-
Senhor Primeiro Secretário,
nando-se assim a vencedora da Concorrência, con-
forme ato da mesma Comissão, que homologuei, ha- Encaminho a essa Secretaria Mensagem do
vendo por bem outorgar a permissão, na forma da Excelentíssimo Senhor Presidente da República na
Portaria inclusa. qual submete à apreciação do Congresso Nacional
3. Esclareço que, de acordo com o § 3° do art. 223 os atos que permitem a exploração de serviços de
da Constituição, o ato de outorga somente produzirá radiodifusão sonora em freqüência modulada cons-
efeitos legais após deliberação do Congresso Nacional, tantes das Portarias n° 593 a 600, de 4 de outubro
para onde solicito seja encaminhado o referido ato. de 2000.
Respeitosamente, - Pimenta da Veiga, Ministro Atenciosamente, - Pedro Parente, Chefe da
de Estado das Comunicações. Casa Civil da Presidência da República.
40l)64 Sexta-feira 31 DIÁRIO DA ('ÁMARA DOS DEPUTt\DOS Agustu de 2()OI
COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA, PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO
COMUNICAÇÃO E INFORMÁTICA N° 1.122 ,DE 2001

I - Relatório
Aprova o ato que outorga permissão
à Rádio Bebedouro FM Ltda., para explorar
De conformidade com o art. 49, inciso XII, serviço de radiodifusão sonora em fre-
combinado com o § 10 do art. 223, da Constituição qüência modulada, na localidade de Pas-
Federal, o Excelentíssimo Senhor Presidente da Re- sos Maia, Estado de Santa Catarina.
pública submete à consideração do Congresso Na-
cional, acompanhado da Exposição de Motivos do O Congresso Nacional Decreta:
Senhor Ministro de Estado das Comunicações, o ato
Art. 1° É aprovado o ato a que se refere a Porta-
que outorga permissão à Rádio Bebedouro FM
ria n° 594, de 4 de outubro de 2000, que outorga per-
LIda., para explorar, pelo prazo de 10 (dez) anos,
missão à Rádio Bebedouro FM LIda., para explorar,
sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão
pelo prazo de 10 (dez) anos, sem direito de exclusivi-
sonora em freqüência modulada, na localidade de
dade, serviço de radiodifusão sonora em freqüência
Passos Maia, Estado de Santa Catarina.
modulada, na localidade de Passos Maia, Estado de
Atendendo ao disposto no § 3° do art. 223 da Santa Catarina.
Constituição, a matéria foi enviada ao Poder Legis- Art. 2" Este decreto legislativo entra em vigor na
lativo para a devida apreciação, uma vez que o ato data de sua publicação.
somente produzirá efeitos após a deliberação do
Sala da Comissão, 12 de junho de 2001. - Depu-
Congresso Nacional.
tado Francisco Coelho, Relator.
Cumpre-nos, portanto, opinar sobre os aspec-
tos técnicos e formais da matéria submetida ao exa- 11I - Parecer da Comissão
me desta Comissão, nos termos do inciso 11, alínea
A Comissão de Ciência e Tecnologia, Comuni-
"h", do art. 32 do Regimento Interno.
cação e Informática, em reunião ordinária realizada
11 - Voto do Relator hoje, aprovou o parecer favorável do Relator, Deputa-
do Francisco Coelho, à TVR n° 469/00, nos termos do
A outorga do Poder Público para a execução de Projeto de Decreto Legislativo que apresenta. Absti-
serviço de radiodifusão é regulada pelo Decreto n° veram-se de votar os Deputados Ana Corso, Babá,
52.795, de 31 de outubro de 1963, com as modifica- Gilmar Machado, Jorge Bittar e Marcos Afonso.
ções do Decreto n° 2.108, de 24 de dezembro de Estiveram presentes os seguintes Deputa-
1996. No processo em questão, a Rádio Bebedouro dos: César Bandeira, Presidente; Francistônio
FM LIda., atendeu aos requisitos da legislação espe- Pinto e Júlio Semeghini, Vice-Presidentes; Alber-
cífica e obteve a maior pontuação do valor ponderado, to Goldman, Domiciano Cabral, Iris Simões, João
nos termos estabelecidos pelo Edital, tornando-se a Almeida, Luiz Piauhylino, Magno Malta, Nárcio
vencedora da concorrência para exploração do servi- Rodrigues, Saulo Coelho, Suas Câmara, Márcio
ço de radiodifusão sonora em freqüência modulada. Fortes, Josué Bengston, Salvador Zimbaldi, Arol-
A análise deste processo deve basear-se no Ato de de Oliveira, Corauci Sobrinho, José Rocha,
Normativo n° 1, de 1999, desta Comissão. Verificada Luiz Moreira, Mário Assad Júnior, Santos Filho,
a documentação, constatamos que foram atendidos Ariston Andrade, Francisco Coelho, Benito
todos os critérios exigidos por este diploma regula- Gama, Hermes Parcianello, Marçal Filho, Nair
mentar, Xavier Lobo, Nélson Proença, Ricardo Izar, Mari-
O ato de outorga obedece aos princípios de nha Raupp, José Borba, Jonival Lucas Júnior,
constitucionalidade, especialmente no que se refere Gustavo Fruet, Ana Corso, Babá, Gilmar Macha-
aos artigos 220 a 223 da Constituição Federal, e aten- do, Jorge Bitlar, Marcos Afonso, Márcio Reinaldo
de às formalidades legais, motivos pelos quais somos Moreira, Paulo Marinho, Vic Pires Franco, Nelson
pela homologação do ato do Poder Executivo, na for- Meurer, Ary Kara, Luiza Erundina, Valdeci Faiva,
ma do Projeto de Decreto Legislativo que ora apre- Agnaldo Muniz, Dr. Hélio, Olímpio Pires e Bispo
sentamos. Wanderval.
Sala da Comissão, 12 de junho de 2001. - Depu- Sala da Comissão, 29 de agosto de 2001. - Depu-
tado Francisco Coelho, Relator. tado César Bandeira, Presidente.
Agosto de 200 I DIÁRIO DA CÁMARA DOS DEPUTADOS Scxt~-jeira 31 40lJ65
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO 2 - Portaria n° 493, de 23 de agosto de 2000 -
N° 1.126, DE 2001 Associação Comunitária Cultural de Bálsamo, na ci-
(Da Comissão de Ciência e Tecnologia, dade de Bálsamo - SP;
Comunicação e Informática) 3 - Portaria n° 494, de 23 de agosto de 2000 -
MENSAGEM N° 1.680/00 Associação de Desenvolvimento Artístico. Cultural e
TVR N° 545/00 Social de Santa Albertina, na cidade de Santa Alberti-
Aprova o ato que autoriza a Associ- na - SP;
ação dos Amigos da Cultura de Colinas a 4 - Portaria nE 49S, de 23 de agosto de 2000 -
executar serviço de radiodifusão comuni- Grêmio do Projeto Cultural e Criativo Alternativa, na
tária, na localidade de Colinas, Estado do cidade de Capivari - SP;
Maranhão. S - Portaria n° 496, de 23 de agosto de 2000 -
(À Comissão de Constituição e Justiça Associação Beneficente e Cultural Comunitária Dió-
e de Redação (art. S4» genes Almeida Celestino, na cidade de São Miguel
dos Campos - AL;
O Congresso Nacional decreta:
6 - Portaria n° 497, de 23 agosto de 2000 -
Art. 1° E aprovado o ato a que se refere a Porta-
Associação Divina Providência de Amparo Social e
ria n° SOO, de 23 de agosto de 2000, que autoriza a
Cristão, na cidade de Brumado - BA;
Associação dos Amigos da Cultura de Colinas a exe-
7 - Portaria n° 498, de 23 de agosto de 2000 -
cutar serviço de radiodifusão comunitária, pelo prazo
Associação Comunitária Engenheiro Arcoverde-Ace-
de três anos, sem direito de exclusividade, na locali-
nave, na cidade de Condado - PB;
dade de Colinas, Estado do Maranhão.
8 - Portaria n° 499. de 23 de agosto de 2000 -
Art. 2° Este decreto legislativo entra em vigor na
Associação Comunitária de Rádio Difusão Cidade
data de sua publicação.
FM, na cidade de Fortaleza dos Nogueiras - MA;
Sala da Comissão, 29 de agosto de 2001. - Depu-
9 - Portaria nE soa, de 23 de agosto de 2000-
tado César Bandeira, Presidente.
Associação dos Amigos da Cultura de Colinas, na ci-
TVR N° 545, DE 2000 dade de Colinas - MA;
(Do Poder Executivo) 10- Portaria n° SOl, de 23 de agosto de 2000 -
MENSAGEM N° 1.680/00 Associação Comunitária Cultural e
Submete à apreciação do Congres- Ecológica Rio dos Bois, na cidade de Anicuns-
so Nacional o ato constante da Portaria GO;
500, de 23 de agosto de 2000, que autori- 11 - Portaria n° 502, de 23 de agosto de 2000 -
za a Associação dos Amigos da Cultura Associação Comunitária Cultural Beneficente Viva
de Colinas a executar, pelo prazo de três Voz, na cidade de Várzea da Roça - BA;
anos, sem direito de exclusividade, servi- 12 - Portaria nO S03, de 23 de agosto de 2000 -
ço de radiodifusão comunitária na cidade Associação Comunitária de Base do Município de Ca-
de Colinas, Estado do Maranhão. riús - ABC, na cidade de Cariús - CE;
(Às Comissões de Ciência e Tecnolo- 13 - Portaria n° S04, de 23 de agosto de 2000 -
gia, Comunicação e Informática; e de Cons- Associação Comunitária Amargosa, na cidade de
tituição e Justiça e de Redação (art. S4» Amargosa - BA; e
Senhores Membros do Congresso Nacional, 14 - Portaria n° 505, de 23 de agosto de 2000-
Nos termos do artigo 49, inciso XII, combinado Associação de Radiodifusão Comunitária de Catalão,
com o § 3° do artigo 223, da Constituição Federal, na cidade de Catalão - GO.
submeto à apreciação de Vossas Excelências, acom- Brasília, 13 de novembro de 2000. - Fernando
panhadas de Exposições de Motivos do Senhor Mi- Henrique Cardoso.
nistro de Estado das Comunicações, autorizações EM n° 533/MC
para executar, pelo prazo de três anos, sem direito de
exclusividade, serviços de radiodifusão comunitária, Brasília, 19 de outubro de 2000
conforme seguintes atos e entidades: Excelentissimo Senhor Presidente da República,
1 - Portaria n° 492, de 23 de agosto de 2000- Encaminho a Vossa Excelência Portaria de ou-
Associação Comunitária de Rádio FM/Bandeirantes, torga de autorização e respectiva documentação para
na cidade de Bandeirantes-MS; que a entidade denominada Associação dos Amigos
4()l)66 Sexw-reira J I DIÁRIO DA CÀMARA DOS DEPUTADOS Agusto de 2()() I
da Cultura de Colinas, com sede na cidade de Coli- Art. 3° A entidade fica autorizada a operar com o
nas, Estado do Maranhão, explore o serviço de radio- sistema irradiante localizado nas coordenadas geo-
difusão comunitária, em conformidade com o caput gráficas com latitude em 06[01 '55"S e longitude em
do art. 223, da Constituição e a Lei n° 9.612, de 19 de 441 14'24"W, utilizando a freqüência de 106,3 MHz.
fevereiro de 1998. Art. 4° Este ato somente produzirá efeitos legais
2. Referida entidade requereu ao Ministério das após deliberação do Congresso Nacional, nos termos
Comunicações sua inscrição para prestar o serviço, do § 3° do art. 223 da Constituição, devendo a entida-
cuja documentação inclui manifestação de apoio da de iniciar a execução do serviço no prazo de seis me-
comunidade, numa demonstração de receptividade ses a contar da data de publicação do ato de delibera-
da filosofia de criação desse braço da radiodifusão, ção.
de maneira a incentivar o desenvolvimento e a sedi- Art. 5° Esta portaria entra em vigor na data de
mentação da cultura geral das localidades postulan- sua publicação. - Pimenta da Veiga.
tes.
Aviso n° 2.025 - C. Civil.
3. Como se depreende da importância da inicia-
tiva comandada por Vossa Excelência, essas ações Em 13 de novembro de 2000
permitem que as entidades trabalhem em conjunto
A Sua Excelência o Senhor
com a comunidade, auxiliando não só no processo
Deputado Ubiratan Aguiar
educacional, social e cultural mas, também, servem
Primeiro Secretário da Câmara dos Deputados
de elo à integração de informações benéficas em to-
BRASíLIA-DF.
dos os segmentos, e a todos esses núcleos populaci-
onais. Senhor Primeiro Secretário,
4. Sobre o caso em espécie, determinei análises Encaminho a essa Secretaria Mensagem do
técnica e jurídica da petição apresentada, constatan- Excelentíssimo Senhor Presidente da República na
do a inexistência de óbice legal e normativo ao pleito, qual submete à apreciação do Congresso Nacional
o que se conclui da documentação de origem, con- os atos que autorizam a execução de serviços de ra-
substanciada nos autos do Processo Administrativo diodifusão comunitária, pelo prazo de três anos, sem
n° 53680.000849198, que ora faço acompanhar, com direito de exclusividade, constantes das Portarias n°
a finalidade de subsidiar os trabalhos finais. 492 a 505, de 23 de agosto de 2000.
5. Em conformidade com os preceitos constituci- Atenciosamente, - Pedro Parente Chefe da
onais e legais, a outorga de autorização, objeto do Casa Civil da Presidência da República.
presente processo, passará a produzir efeitos legais
COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA,
somente após deliberação do Congresso Nacional, a
COMUNICAÇÃO E INFORMÁTICA
teor do § V do art. 223, da Constituição Federal.
Respeitosamente, - Pimenta da Veiga, Ministro I - Relatório
de Estado das Comunicações. De conformidade com o art. 49, inciso XII, com-
PORTARIA N° 500, DE 23 DE AGOSTO DE 2000 binado com o § 1° do art. 223, da Constituição Federal,
o Excelentíssimo Senhor Presidente da República
o Ministro de Estado das Comunicações, no submete à consideração do Congresso Nacional,
uso de suas atribuições, considerando o disposto nos acompanhado da Exposição de Motivos do Senhor
artigos 10 e 19 do Decreto n° 2.615, de 3 de junho de Ministro de Estado das Comunicações, o ato que au-
1998, e tendo em vista o que consta do Processo toriza a Associação dos Amigos da Cultura de Coli-
Administrativo n° 53680.000849198, resolve: nas a executar serviço de radiodifusão comunitária,
Art. 1° Autorizar a Associação dos Amigos da pelo prazo de 3 (três) anos, sem direito de exclusivi-
Cultura de Colinas, com sede na Avenida Coronel dade, na localidade de Colinas, Estado do Maranhão.
Brandão, BR -135, s/n·, Bairro Guanabara, na cidade Atendendo ao disposto no § 3° do art. 223 da
de Colinas, Estado do Maranhão, a executar serviço Constituição, a matéria foi enviada ao Poder Legislati-
de radiodifusão comunitária, pelo prazo de três anos, vo para a devida apreciação, uma vez que o ato so-
sem direito de exclusividade. mente produzirá efeitos após a deliberação do Con-
Art. 2° Esta autorização reger-se-á pela Lei nO gresso Nacional.
9.612, de 19 de fevereiro de 1998, leis subseqüentes, Cumpre-nos, portanto, opinar sobre os aspec-
seus regulamentos e normas complementares. tos técnicos e formais da matéria submetida ao exa-
Agosto de 2001 DIÁR 10 DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 31 40967
me desta Comissão, nos termos do inciso 11, alínea veram-se de votar os Deputados Ana Corso, Babá,
"h", do art. 32 do Regimento Interno. Gilmar Machado, Jorge Bittar e Marcos Afonso.
11 - Voto do Relator Estiveram presentes os seguintes Deputa-
dos: César Bandeira, Presidente; Francistônio
A autorização do Poder Público para a execução
Pinto e Júlio Semeghini, Vice-Presidentes; Alber-
de serviço de radiodifusão comunitária é regulada
to Goldman, Domiciano Cabral, íris Simões, João
pela Lei n° 9.612, de 19 de fevereiro de 1998. No pro-
Almeida, Luiz Piauhylino, Magno Malta, Nárcio
cesso em questão, a Associação dos Amigos da Cul-
Rodrigues, Saulo Coelho, Silas Câmara, Márcio
tura de Colinas atendeu aos requisitos da legislação
Fortes, Josué Bengston, Salvador Zimbaldi, Arol-
específica e foi autorizada para execução do serviço
de de Oliveira, Corauci Sobrinho, José Rocha,
de radiodifusão comunitária.
Luiz Moreira, Mário Assad Júnior, Santos Filho,
A análise deste processo deve basear-se no Ato Ariston Andrade, Francisco Coelho, Benito
Normativo n° 1, de 1999, desta Comissão. Verificada a Gama, Hermes Parcianello, Marçal Filho, Nair
documentação, constatamos que foram atendidos to- Xavier Lobo, Nélson Proença, Ricardo Izar, Mari-
dos os critérios exigidos por este diploma regulamen- nha Raupp, José Borba, Jonival Lucas Júnior,
tar. Gustavo Fruet, Ana Corso, Babá, Gilmar Macha-
O ato de outorga obedece aos princípios de do, Jorge Bittar, Marcos Afonso, Márcio Reinaldo
constitucionalidade, especialmente no que se refere Moreira, Paulo Marinho, Vic Pires Franco, Nelson
aos artigos 220 a 223 da Constituição Federal, e aten- Meurer, Ary Kara, Luiza Erundina, Valdeci Paiva,
de às formalidades legais, motivos pelos quais somos Agnaldo Muniz, Or. Hélio, Olímpio Pires e Bispo
pela homologação do ato do Poder Executivo, na for- Wanderval.
ma do Projeto de Decreto Legislativo que ora apre- Sala da Comissão, 29 de agosto de 2001. - Depu-
sentamos. tado César Bandeira, Presidente.
Sala da Comissão, 11 de junho de 2001. - De-
putado Francistônio Pinto, Relator. PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO
N° 1.127, DE 2001
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO
(Da Comissão de Ciência e Tecnologia,
N° 1.126, DE 2001
Comunicação e Informática)
Aprova o ato que autoriza a Associ- MENSAGEM N° 1.680/00
ação dos Amigos da Cultura de Colinas a TVR N° 548/00
executar serviço de radiodifusão comuni-
tária, na localidade de Colinas, Estado do Aprova o ato que autoriza a Associ-
Maranhão. ação Comunitária de Base do Município
O Congresso Nacional decreta: de Cárius - ABC, a executar serviço de
radiodifusão comunitária, na cidade de
Art. 1° E aprovado o ato a que se refere a Porta-
Cárius, Estado do Ceará.
ria n° 500, de 23 de agosto de 2000, que autoriza a
Associação dos Amigos da Cultura de Colinas a exe- (À Comissão de Constituição e Justiça
e de Redação (art. 54))
cutar serviço de radiodifusão comunitária, pelo prazo
de 3 (três) anos, sem direito de exclusividade, na lo-
O Congresso Nacional decreta:
calidade de Colinas, Estado do Maranhão.
Art. 2° Este decreto legislativo entra em vigor na Art. 1° E aprovado o ato a que se refere a Por-
data de sua publicação. taria n° 503, de 23 de agosto de 2000, que autoriza
Sala da Comissão, 11 de junho de 2001 . - Depu- a Associação Comunitária de Base do Município de
tado Francistônio Pinto, Relator. Cárius - ABC, a executar, pelo prazo de três anos,
sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão
111 - Parecer da Comissão comunitária na cidade de Cárius, Estado do Ceará.
A Comissão de Ciência e Tecnologia, Comuni- Art. 2° Este decreto legislativo entra em vigor
cação e Informática, em reunião ordinária realizada na data de sua publicação
hoje, aprovou o parecer favorável do Relator, Deputa-
do Francistônio Pinto, à TVR n° 545/00, nos termos do Sala da Comissão, em 29 de agosto de 2001.
Projeto de Decreto Legislativo que apresenta. Absti- - Deputado César Bandeira, Presidente.
4096g SI:x.la-l'cira:' \ DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS A\!,oslo dI: 200\
TVR N° 548, DE 2000 9 - Portaria n° 500, de 23 de agosto de 2000-
(Do Poder Executivo) Associação dos Amigos da Cultura de Colinas, na ci-
MENSAGEM N° 1.680/00 dade de Colinas-MA:
10- Portaria na 501 , de 23 de agosto de 2000 -
Submete à apreciação do Congres-
Associação Comunitária Cultural e Ecológica Rio dos
so Nacional o ato constante da Portaria
Bois, na cidade de Anicuns-GO:
503, de 23 de agosto de 2000, que autori-
za a Associação Comunitária de Base do 11 - Portaria na 502, de 23 de agosto de 2000 -
Município de Cariús -ABC, a executar, Associação Comunitária Cultural Beneficente Viva
pelo prazo de três anos, sem direito de Voz, na cidade de Várzea da Roça-BA:
exclusividade, serviço de radiodifusão 12 - Portaria n° 503, de 23 de agosto de 2000 -
comunitária na cidade de Cariús, Estado Associação Comunitária de Base do Município de Ca-
do Ceará. riús - ABC, na cidade de Cariús-CE;
(Às Comissões de Ciência e Tecnolo- 13 - Portaria n° 504, de 23 de acosto de 2000 -
gia, Comunicação e Informática; e de Cons- Associação Comunitária Amargosa, na cidade de
tituição e Justiça e de Redação (Art. 54») Amargosa-BA: e
14 - Portaria na 505, de 23 de agosto de 2000 -
Senhores Membros do Congresso Nacional. Associação de Radiodifusão Comunitária de Catalão,
Nos termos do artigo 49, inciso XII, combinado na cidade de Catalão-CO.
com o § 3 0 do artigo 223, da Constituição Federal, Brasília, 13 de novembro de 2000. - Fernando
submeto à apreciação de Vossas Excelências, acom- Henrique Cardosso.
panhadas de Exposições de Motivos do Senhor Mi-
nistro de Estado das Comunicações, autorizações EM N° 535 IMC
para executar, pelo prazo de três anos, sem direito de Brasília, 19 de outubro de 2000
exclusividade, serviços de radiodifusão comunitária,
conforme os seguintes atos e entidades: Excelentíssimo Senhor Presidente da República,
1 - Portaria na 492. de 23 de agosto de 2000- Encaminho a Vossa Excelência Portaria de ou-
Associação Comunitária de Rádio FM/Bandeirantes, torga de autorização e respectiva documentação para
na cidade de Bandeirantes-MS; que a entidade denominada Associação Comunitária
de Base do Município de Cariús - ABC, com sede na
2 - Portaria n° 493. de 23 de agosto de 2000 -
cidade de Cariús, Estado do Ceará, explore o serviço
Associação Comunitária Cultural de Bálsamo, na ci-
de radiodifusão comunitária, em conformidade com o
dade de Bálsamo-SP;
caput do art. 223, da Constituição e a Lei n09.612, de
3 - Portaria na 494. de 23 de agosto de 2000 -
19 de fevereiro de 1998.
Associação de Desenvolvimento Artístico, Cultural e
2. Referida entidade requereu ao Ministério das
Social de Santa Albertina, na cidade de Santa Alberti-
Comunicações sua inscrição para prestar o serviço,
na-SP:
cuja documentação inclui manifestação de apoio da
4 - Portaria na 495, de 23 de agosto de 2000 - comunidade, numa demonstração de receptividade
Grêmio do Projeto Cultural e Criativo Alternativa, na da filosofia de criação desse braço da radiodifusão,
cidade de Capivari-SP: de maneira a incentivar o desenvolvimento e a sedi-
5 - Portaria na 496. de 23 de agosto de 3000 - mentação da cultura geral das localidades postulan-
Associação Beneficente e Cultural Comunitária Dió- tes.
genes Almeida Celestino, na cidade de São Miguel 3. Como se depreende da importância da inicia-
dos Campos-AL: tiva comandada por Vossa Excelência, essas ações
6 - Portaria n° 497, de 23 agosto de 2000 - permitem quê a~ entidades trabalhem em conjunto
Associação Divina Providência de Amparo Social e com a comunidade, auxiliando não só no processo
Cristão, na cidade de Brumado-BA; educacional, social e cultural mas, também, servem
7 - Portaria n° 498, de 23 de agosto de 2000- de elo à integração de informações benéficas em to-
Associação Comunitária Engenheiro Arcover- dos os segmentos, e a todos esses núcleos populaci-
de-ACENAVE, na cidade de Condado-PB: onais.
8 - Portaria na 499, de 23 de agosto de 2000 - 4. Sobre o caso em espécie, determinei análises
Associação Comunitária de Rádio Difusão Cidade técnica e jurídica da petição apresentada, constatan-
FM, na cidade de Fortaleza dos Nogueiras-MA: do a inexistência de óbice legal e normativo ao pleito,
Agosto de 2001 DIÁRIO DA CÁMARA DOS DEI'UTAI)OS Sexta-feira 31 40969
o que se conclui da documentação de origem, con- direito de exclusividade, constantes das Portarias n°
substanciada nos autos do Processo Administrativo n° 492 a 505, de 23 de agosto de 2000.
53650.002603/98, que ora faço acompanhar, com a Atenciosamente, - Pedro Parente - Chefe da
finalidade de subsidiar os trabalhos finais. Casa Civil da Presidência da República.
5. Em conformidade com os preceitos constituci- COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA,
anais e legais, a outorga de autorização, objeto do COMUNICAÇÃO E INFORMÁTICA
presente processo, passará a produzir efeitos legais
somente após deliberação do Congresso Nacional, a I - Relatório
teor do § 3° do art. 223, da Constituição Federal.
De conformidade cm o art. 49, inciso XII, combi-
Respeitosamente, - Pimenta da Veiga, Ministro nado com o § 1° do art. 223, da Constituição Federal,
de Estado das Comunicações. o Excelentíssimo Senhor Presidente da República
PORTARIA N° 503 DE 23 DE AGOSTO DE 2000 submete à apreciação do Congresso Nacional, acom-
panhado de Exposição de Motivos do Senhor Ministro
O Ministro de Estado das Comunicações, no de estado das Comunicações, o ato que autoriza a
uso de suas atribuições, considerando o disposto nos Associação Comunitária de Base do Município de Ca-
artigos 10 e 19 do Decreto n° 2.615, de 3 de junho de riús a executar, pelo prazo de 03 (três) anos, sem dire-
1998, e tendo em vista o que consta do Processo ito de exclusividade, serviço de radiodifusão comuni-
Administrativo nO 53650.002603/98, resolve: tária, na cidade de Cárius, Estado do Ceará.
Art. 1° Autorizar a Associação Comunitária de Atendendo ao disposto no § 3° do art. 223 da
Base do Município de Cariús - ABC, com sede na
Constituição, a matéria foi enviada ao Poder Legislati-
Rua Augustinho de Paula Brito, s/n°, Bairro Centro, na
vo para a devida apreciação, uma vez que o ato so-
cidade de Cariús, Estado do Ceará, a executar servi-
mente produzirá efeitos após a deliberação do Con-
ço de radiodifusão comunitária, pelo prazo de três gresso Nacional.
anos sem direito de exclusividade.
Cumpre-nos, portanto, opinar sobre os aspec-
'Art. 2° Esta autorização reger-se-á pela Lei n°
tos técnicos e formais da matéria submetida ao exa-
9.612, de 19 de fevereiro de 1998, leis subseqüentes
me desta Comissão, nos termos do inciso 11, alínea"
seus regulamentos e normas complementares.
h" , do art. 32 do Regimento Interno.
Art. 3° A entidade fica autorizada a operar com o
sistema irradiante localizado nas coordenadas geo- 11 - Voto do Relator
gráficas com latitude em 06°32'27s e longitude em
A autorização do Poder Público para execução
39°30'04"W, utilizando a freqüência de 104,9 MHz.
de serviço de radiodifusão comunitária é regulada
Art. 4° Este ato somente produzirá efeitos legais pela Lei n° 9.612, de 19 de fevereiro de 1998. No pro-
após deliberação do Congresso Nacional, nos termos
cesso em questão, a Associação Comunitária de
do § 3° do art. 223 da Constituição, devendo a entidade Base do Município de Cárius atendeu aos requisitos
iniciar a execução do serviço no prazo de seis meses a
da Legislação específica e foi autorizada para execu-
contar da data de publicação do ato de deliberação.
ção do serviço de radiodifusão comunitária na locali-
Art. 5° Esta Portaria entra em vigor na data de dade de Cariús, estado do Ceará.
sua publicação. - Pimenta da Veiga
A análise deste processo deve basear-se no Ato
Aviso n° 2.025 - C. Civil Normativo n° 01 de 1999, desta Comissão. Verifica a
documentação, constatamos que foram atendidos to-
Em 13 de novembro de 2000
dos os critérios exigidos por este diploma regulamen-
A Sua Excelência o Senhor tar.
Deputado Ubiratan Aguiar, O ato de outorga obedece aos princípios de
Primeiro Secretário da Câmara dos Deputados. constitucionalidade, especialmente no que se refere
Brasília-DF. aos artigos 220 a 223 da Constituição Federal, e aten-
Senhor Primeiro Secretário, de às formalidades legais, motivos pelos quais somos
Encaminho a essa Secretaria Mensagem do pela homologação do ato do Poder Executivo, na for-
Excelentíssimo Senhor Presidente da República na ma do Projeto de Decreto Legislativo que ora apre-
qual submete à apreciação do Congresso Nacional sentamos.
os atos que autorizam a execução de serviços de ra- Sala da Comissão, 7 de junho de 2001. - Depu-
diodifusão comunitária, pelo prazo de três anos, sem tado Jorge Pinheiro - Relator
4097() Sexta-feira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agoslu de 2()UI

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO


N° 1.127, DE 2001 W 1.128, DE 2001
(Da Comissão de Ciênc1 a e Tecnologia,
Aprova o ato que autoriza a Associ- Comunicação e Informática)
ação Comunitária de Base do Município MENSAGEM N° 1.689/00
de Cárius - ABC, a executar serviço de TVR N° 558/00
radiodifusão comunitária na cidade de
Aprova o ato que autoriza a Associ-
Cárius, Estado do Ceará.
ação Comunitária de Pirapozinho a exe-
cutar, pelo prazo de três anos, sem direi-
o Congresso Nacional decreta; to de exclusividade, serviço de radiodifu-
Art. 1° É aprovado o ato a que se refere a são comunitária, na cidade de Pirapozi-
Portaria n° 503, de 23 de agosto de 2000, que au- nho, Estado de São Paulo.
toriza a Associação Comunitária de Base do Muni- (À Comissão de Constituição e Justiça
cípio de Cárius - ABC, a executar, pelo prazo de e de Redação (Art. 54))
três anos, sem direito de exclusividade, serviço de
radiodifusão comunitária na cidade de Cárius, O Congresso Nacional decreta;
Estado do Ceará. Art. 1° É aprovado o ato a que se refere a Porta-
Art 2° Este decreto legislativo entra em vigor na ria n° 545, de 14 de setembro de 2000, que autoriza a
data de sua publicação Associação Comunitária de Pirapozinho a executar,
Sala da Comissão, em 07 de junho de 2001. - pelo prazo de três anos, sem direito de exclusividade,
Deputado Jorge Pinheiro - Relator serviço de radiodifusão comunitária, na cidade de Pi-
rapozinho, Estado de São Paulo.
11I - Parecer da Comissão Art. 2° Este decreto legislativo entra em vigor na
data de sua publicação.
A Comissão de Ciência e Tecnologia, Comuni- Sala da Comissão, em 29 de agosto de 2001.-
cação e Informática, em reunião ordinária realizada Deputado César Bandeira - Presidente
hoje, aprovou, contra os votos dos Deputados Ana
Corso, Babá, Gilmar Machado, Jorge Bittar e Marcos TVR W 558, DE 2000
Afonso, o parecer favorável do Relator, Deputado Jor- (Do Poder Executivo)
ge Pinheiro, à TVR n° 548/00, nos termos do Projeto MENSAGEM N° 1 689/00
de Decreto Legislativo que apresenta.
Submete à apreciação do Congres-
Estiveram presentes os seguintes Deputados;
so Nacional o ato constante da Portaria
César Bandeira, Presidente; Francistônio Pinto e
n° 545, de 14 de setembro de 2000, que
Júlio Semeghini, Vice-Presidentes; Alberto Gold-
autoriza a Associação Comunitária de Pi-
man, Domiciano Cabral, íris Simões, João Almeida,
rapozinho a executar, pelo prazo de três
Luiz Piauhylino, Magno Malta, Nárcio Rodrigues,
anos, sem direito de exclusividade, servi-
Saulo Coelho, Silas Câmara, Márcio Fortes, Josué
ço de radiodifusão comunitária na cidade
Bengston, Salvador Zimbaldi, Arolde de Oliveira,
de Pirapozinho, Estado de São Paulo.
Corauci Sobrinho, José Rocha, Luiz Moreira, Mário
Assad Júnior, Santos Filho, Ariston Andrade, Fran- (As Comissões de Ciência e Tecnolo-
cisco Coelho, Benito Gama, Hermes Parcianello, gia, Comunicação e Informática; e de Cons-
Marçal Filho, Nair Xavier Lobo, Nélson Proença, Ri- tituição e Justiça e de Redação (Art. 54))
cardo Izar, Marinha Raupp, José Borba, Jonival Lu- Senhores Membros do Congresso Nacional.
cas Júnior, Gustavo Fruet, Ana Corso, Babá, Gilmar Nos termos do artigo 49, inciso XII, combinado
Machado, Jorge Bittar, Marcos Afonso, Márcio Rei- com o § 3° do artigo 223, da Constituição Federal.
naldo Moreira, Paulo Marinho, Vic Pires Franco, submeto à apreciação de Vossas Excelências, acom-
Nelson Meurer, Ary Kara, Luiza Erundina, Valdeci panhadas de Exposições de Motivos do Senhor Mi-
Paiva, Agnaldo Muniz, Dr. Hélio, Olímpio Pires e nistro de Estado das Comunicações, autorizações
Bispo Wanderval. para executar, pelo prazo de três anos, sem direito de
Sala da Comissão, em 29 de agosto de 2001. - exclusividade, serviços de radiodifusão comunitária,
Deputado César Bandeira - Presidente conforme os seguintes atos e entidades;
. Sexla-Ieira 31 40971
1 - Portaria n° 538, de 14 de setembro de 2000 EM n° 568/MC
- Conselho Comunitário do Ceará - CONSEC, na ci-
Brasília, 25 de outubro de 2000
dade de Aquiraz-CE;
2 - Portaria n° 541 , de 14 de setembro de 2000 - Excelentíssimo Senhor Presidente da República,
Associação Movimento Rádio Comunitário Paixão Encaminho a Vossa Excelência Portada de ou-
FM, na cidade de Pardinho-SP; torga de autorização e respectiva documentação para
3 - Portaria n° 542, de 14 de setembro de 2000 que a entidade denominada Associação Comunitária
- Associação Comunitária de Comunicação e Cultura de Pirapozinho, com sede na cidade de Pirapozinho,
de Tangará - ACCCT, na cidade de Tangará-RN; Estado de São Paulo, explore o serviço de radiodifu-
4 - Portaria n° 543, de 14 de setembro de 2000 - são comunitária, em conformidade com o caput do
Associação dos Filhos e Amigos de Cametá ASFIAC, art. 223, da Constituição e a Lei n° 9.612, de 19 de fe-
na cidade de Cametá-PA; vereiro de 1998.
5 - Portaria n° 544, de 14 de setembro de 2000 - 2. Referida entidade requereu ao Ministério
Associação de Desenvolvimento Comunitário de Caste- das Comunicações sua inscrição para prestar o ser-
lo do Piauí - ADCC, na cidade de Castelo do Piauí-PI; viço, cuja documentação inclui manifestação de
apoio da comunidade, numa demonstração de re-
6 - Portaria n° 545, de 14 de setembro de 2000
ceptividade da filosofia de criação desse braço da
- Associação Comunitária de Pirapozinho, na cidade
radiodifusão, de maneira a incentivar o desenvolvi-
de Pirapozinho-SP;
mento e a sedimentação da cultura geral das locali-
7 - Portaria n° 546, de 14 de setembro de 2000 -
dades postulantes.
Associação a Voz do Povo a Voz de Deus, na cidade
3. Como se depreende da importância da iniciati-
de Arapiraca-AL;
va comandada por Vossa Excelência, essas ações per-
8- Portaria n0547, de 14 de setembro de 2000-
mitem que as entidades trabalhem em conjunto com a
Associação Comunitária de Amparo Social, Comuni-
comunidade, auxiliando não só no processo educacio-
cação e Cultura de Aracatu, na cidade de Aracatu-BA;
nal, social e cultural mas, também, servem de elo à inte-
9 - Portaria n° 548, de 14 de setembro de 2000- gração de informações benéficas em todos os segmen-
Associação Comunitária da Comunicação para o De- tos, e a todos esses núcleos populacionais.
senvolvimento Social, Cultural e Artístico de Varzedo,
4. Sobre o caso em espécie, determinei análises
na cidade de Varzedo-BA;
técnica e jurídica da petição apresentada, constatan-
10- Portaria n° 549, de 14 de setembro de 2000 do a inexistência de óbice legal e normativo ao pleito,
- Associação dos Produtores e Moradores do Municí- o que se conclui da documentação de origem, con-
pio de Condeúba, na cidade de Condeúba-BA; substanciada nos autos do Processo Administrativo
11 - Portaria n° 550, de 14 de setembro de 2000 n° 53830.001741/98, que ora faço acompanhar, com
- ABCI - Associação Beneficiente e Cultural Comuni- a finalidade de subsidiar os trabalhos finais.
tário de Inhambupe, na cidade de Inhambupe-BA; 5. Em conformidade com os preceitos constituci-
12-Portaria n° 551 , de 14 de setembro de 2000- onais e legais, a outorga de autorização, objeto do
Associação Comunitária Parque Amazônia, na cida- presente processo, passará a produzir efeitos legais
de de Goiânia; somente após deliberação do Congresso Nacional, a
13 - Portaria n° 552, de 14 de setembro de 2000 teor do § 3° do art. 223, da Constituição Federal.
- Associação Cultural, Beneficente e Comunitária de Respeitosamente, - Pimenta da Veiga, Minis-
Vargem Grande, na cidade de Vargem Grande-MA; tro de Estado das Comunicações.
14 - Portaria n° 554, de 14 de setembro de 2000
- Associação da Rádio Comunitária de Irupi FM, na PORTARIA N° 545, DE 14 DE SETEMBRO DE 2000
cidade de Irupi-ES; o Ministro de Estado das Comunicações, no
15 - Portaria nO 555, de 14 de setembro de 2000 uso de suas atribuições, considerando o disposto nos
- Associação Comunitária da Radiodifusão Sonora e artigos 10 e 19 do Decreto n° 2.615, de 3 de junho de
de Sons e Imagens Arara, na cidade de Arara-PB; e 1998, e tendo em vista o que consta cio Processo
16 - Portaria n° 556, de 14 de setembro de 2000 Admi nistrativo n° 53830.001741/98, resolve;
- Associação da Rádio Comunitária FM Primavera de Art. 1° Autorizar a Associação Comunitária de
Riachão, na cidade de Riachão-MA. Pirapozinho, com sede na Praça Padre Hilário Pierik,
Brasília, 14 de novembro de 2000.. - Fernando s/n·, Bairro Centro, na cidade de Pirapozinho, Estado
Henrique Cardoso de São Paulo, a executar serviço de radiodifusão co-
4()<)72 Scxtü-fcira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS AgllS(O dll 2()() I
munitária, pelo prazo de três anos, sem direito de ex- vo para a devida apreciação, uma vez que o ato so-
clusividade. mente produzirá efeitos após a deliberação do Con-
Art. 2° Esta autorização reger-se-á pela Lei n° gresso Nacional.
9.612, de 19 de fevereiro de 1998, leis subseqüentes, Cumpre-nos, portanto, opinar sobre os aspec-
seus regulamentos e normas complementares. tos técnicos e formais da matéria submetida ao exa-
Art. 3° A entidade fica autorizada a operar com o me desta Comissão, nos termos do inciso 11, alínea
sistema irradiante localizado nas coordenadas geo- "h", do art. 32 do Regimento Interno.
gráficas com latitude em 22°16'30"s e longitude em
5f3001"W, utilizando a freqüência de 104,9 MHz. 11 - Voto do Relator
Art. 4° Este ato somente produzirá efeitos legais
após deliberação do Congresso Nacional, nos termos A autorização do Poder Público para a execução
do § 3° do art. 223 da Constituição, devendo a entida- de serviço de radiodifusão comunitária é regulada
de iniciar a execução do serviço no prazo de seis me- pela Lei n° 9.612, de 19 de fevereiro de 1998. No pro-
ses a contar da data de publicação do ato de delibera- cesso em questão, a Associação Comunitária de Pi-
ção. rapozinho atendeu aos requisitos da legislação espe-
Art. 5° Esta Portaria entra em vigor na data de cífica e foi autorizada para execução do serviço de ra-
sua publicação. - Pimenta da Veiga. diodifusão comunitária.
A análise deste processo deve basear-se no Ato
Aviso n° 2.036- C. Civil.
Normativo n° 01 , de 1999, desta Comissão. Verificada
Brasília, 14 de novembro de 2000 a documentação, constatamos que foram atendidos
A Sua Excelência o Senhor todos os critérios exigidos por este diploma regula-
Deputado Ubiratan Aguiar mentar.
Primeiro Secretário da Câmara dos Deputados O ato de outorga obedece aos princípios de
Brasília-DF. COnstitucionalidade, especialmente no que se refere
aos artigos 220 a 223 da Constituição Federal, e aten-
Senhor Primeiro Secretário,
de às formalidades legais, motivos pelos quais somos
Encaminho a essa Secretaria Mensagem do pela homologação do ato do Poder Executivo, na for-
Excelentíssimo Senhor Presidente da República na
ma do Projeto de Decreto Legislativo que ora apre-
qual submete à apreciação do Congresso Nacional sentamos.
os atos que autorizam a execução de serviços de ra-
Sala da Comissão, 26 de junho de 2001. - Depu-
diodifusão comunitária, pelo prazo de três anos, sem
tado Iris Simões ,Relator.
direito de exclusividade, constantes das Portarias nOs
538, 541 a 552, 554 a 556, de 14 de setembro de PROJETO DE DECRETO LEG1SLATIVO
2000. N° 1.128, DE 2001
Atenciosamente, - Pedro Parente, Chefe da
Casa Civil da Presidência da República. Aprova o ato que autoriza a Associ-
ação Comunitária de Pírapozinho a exe-
COMISSÃO DE CIENCIA E TECNOLOGIA, cutar, pelo prazo de três anos, sem direi-
COMUNICAÇÃO E INFORMÁTICA to de exclusividade, serviço de radiodifu-
são comunitária, na cidade de Pirapozi-
I - Relatório
nho, Estado de São Paulo.
De conformidade com o art. 49, inciso XII, com-
binado com o § 1° do art. 223, da Constituição Fede- o Concresso Nacional decreta:
ral, o Excelentíssimo Senhor Presidente da República Art. 1° É aprovado o ato a que se refere a Porta-
submete á consideração do Congresso Nacional, ria n° 545, de 14 de setembro de 2000, que autoriza a
acompanhado da Exposição de Motivos do Senhor Associação Comunitária de Pirapozinho a executar,
Ministro de Estado das Comunicações, o ato que au- pelo prazo de três anos, sem direito de exclusividade,
toriza a Associação Comunitária de Pirapozinho a serviço de radiodifusão comunitária, na cidade de Pi-
executar, pelo prazo de três anos, sem direito de ex- rapozinho, Estado de São Paulo.
clusividade, serviço de radiodifusão comunitária, na Art. 2° Este decreto legislativo entra em vigor na
cidade de Pirapozinho, Estado de São Paulo. data de sua publicação.
Atendendo ao disposto no § 3° do art. 223 da Sala da Comissão, 26 de junho de 2001. - Depu-
Constituição, a matéria foi enviada ao Poder Legislati- tado Iris Simões, Relator
Agosto de 2001 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Scxta-Iéira 31 40973
111 - Parecer da Comissão TVR N° 587, DE 2000
(Do Poder Executivo)
A Comissão de Ciência e Tecnologia, Comuni-
MENSAGEM N° 1.714/00
cação e Informática, em reunião ordinária realizada
hoje, aprovou unanimemente o parecer favorável do Submete à apreciação do Congres-
Relator, Deputado íris Simões, à TVR n° 558/00, nos so Nacional o ato constante do Decreto
termos do Projeto de Decreto Legislativo que apre- de 13 de novembro de 2000, que outorga
senta. concessão à Cable-Link Operadora de Si-
Estiveram presentes os seguintes Deputados: nais de TV a Cabo ltda. para explorar,
César Bandeira, Presidente; Francistônio Pinto e Júlio pelo prazo de quinze anos, sem direito
Semeghini, Vice-Presidentes; Alberto Goldman, Do- de exclusividade, serviço de radiodifusão
miciano Cabral, íris Simões, João Almeida, Luiz Pia- de sons e imagens, na cidade de Brasília,
uhylino, Magno Malta, Nárcio Rodrigues, Saulo Coe- Distrito Federal.
lho, Silas Câmara, Márcio Fortes, Josué Bengston, (Às Comissões de Ciência e
Salvador Zimbaldi, Arolde de Oliveira, Corauci Sobri- Tecnologia, Comunicação e Informática; e
nho, José Rocha, Luiz Moreira, Mário Assad Júnior, de Constituição e Justiça e de Redação (Art.
Santos Filho, Ariston Andrade, Francisco Coelho, Be- 54))
nito Gama, Hermes Parcianello, Marçal Filho, Nair Senhores Membros do Congresso Nacional,
Xavier Lobo, Nélson Proença, Ricardo Izar, Marinha Nos termos do artigo 49, inciso XII, combinado
Raupp, José Borba, Jonival Lucas Júnior, Gustavo com o § 3° do artigo 223, da Constituição Federal,
Fruet, Ana Corso, Babá, Gilmar Machado, Jorge Bit- submeto à apreciação de Vossas Excelências, acom-
tar, Marcos Afonso, Márcio Reinaldo Moreira, Paulo panhado de Exposição de Motivos do Senhor Ministro
Marinho, Vic Pires Franco, Nelson Meurer, Ary Kara, de Estado das Comunicações, o ato constante do De-
Luiza Erundina, Valdeci Paiva, Agnaldo Muniz, Dr. creto de 13 de novembro de 2000, que "Outorga con-
Hélio, Olímpio Pires e Bispo Wanderval. cessão à Cable-link Operadora de Sinais de TV a
Sala da Comissão, 29 de agosto de 2001 . - De- Cabo Ltda. para explorar serviço de radiodifusão, e dá
putado Cesar Bandeira, Presidente. outras providências".
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Brasilia, 17 de novembro de 2000. - Marco Ma-
W 1.129, DE 2001 ciel.
(Da Comissão de Ciência e Teconologia, EM n° 557/MC
Comunicação e Informática)
MENSAGEM N° 1.714/00 Brasília, 25 de outubro de 2000

Aprova o ato que outorga conces- Excelentísslmo Senhor Presidente da República,


são à Cable-Link Operadora de Sinais de Em conformidade com as atribuições legais e re-
TVa Cabo Ltda., para explorar serviço de
gulamentares cometidas a este Ministério, determi-
radiodifusão de sons e imagens, na loca- nou-se a instauração de procedimento licitatório, na
lidade de Brasília, Distrito Federal
modalidade Concorrência com vistas à outorga de
(À Comissão de Constituição e Justiça concessão para explorar serviço de radiodifusão de
e de Redação (Art. 54)) sons e imagens, na cidade de Brasília, Distrito Fede-
ral.
o Congresso Nacional decreta: 2. A Comissão Especial de Ambito Nacional,
Art. 1° É aprovado o ato constante do Decreto criada pela Portaria n° 63, de 5 de fevereiro de 1997,
de 13 de novembro de 2000, que outorga concessão alterada pela Portaria n° 795, de 17 de dezembro de
à Cable-Link Operadora de Sinais de TV a Cabo Ltda. 1997, após analisar a documentação de habilitação
para explorar, pelo prazo de quinze anos, sem direito e as propostas técnica e de preço das entidades
de exclusividade, serviço de radiodifusão de sons e proponentes, com observância da Lei n° 8.666, de
imagens, na localidade de Brasília, Distrito Federal. 21 de junho de 1993, e da legislação especifica de
Art. 2° Este decreto legislativo entra em vigor na radiodifusão, concluiu que a Cable-link operadora
data de sua publicação. de sinais de TV a Cabo Ltda. obteve a maior pontua-
Sala da Comissão, 29 de agosto de 2001. - Depu- ção do valor ponderado, nos termos estabelecidos
tado César Bandeira, Presidente. pelo Edital, tomando-se assim vencedora da Con-
40974 S0xta-lcira 31 DIÁRIU DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agostu de 200 I
corrência, conforme atos da mesma Comissão, que ta o artigo anterior, sob pena de tomar-se nula, de
homologuei. pleno direito, a outorga concedida.
3. Nessa conformidade e em observância ao Art. 5° Este Decreto entra em vigor na data de
que dispõe o art. 29 do Regulamento dos Serviços sua publicação.
de Radiodifusão, aprovado pelo Decreto n° 52.795, Brasilia, 13 de novembro de 2000; 179° da Inde-
de 31 de outubro de 1963, com a redação que lhe pendência e 112° da República. - Fernando Henri-
foi dada pelo Decreto n° 1.720, de 28 de novembro que Cardoso - Pimenta da Veiga.
de 1995, submeto à elevada consideração de Vossa Avison O2.059-C. Civil.
Excelência projeto de decreto que trata da outorga
Em 17 de novembro de 2000
de concessão à referida entidade para explorar o
serviço de radiodifusão mencionado. A Sua Excelência o Senhor
4. Esclareço que, nos termos do § 3° do art. 223 Deputado Ubiratan Aguiar
da Constituição, o ato de outorga somente produzirá Primeiro Secretário da Câmara dos Deputados
efeitos legais após deliberação do Congresso Nacio- Brasília-DF.
nal, para onde solicito seja encaminhado o referido Senhor Primeiro Secretário,
ato. Encaminho a essa Secretaria Mensagem do
Respeitosamente, - Pimenta da Veiga, Minis- Excelentíssimo Senhor Vice-Presidente da República
tro de Estado das Comunicações. no exercício do cargo de Presidente da República na
qual submete à apreciação do Congresso Nacional o
DECRETO DE 13 DE NOVEMBRO DE 2000 ato constante do Decreto de 13 de novembro de
2000, que "Outorga concessão à CABLE-L1NK
Outorga concessão à Cable-link
OPERADORA DE SINAIS DE TV A CABO LTDA. para
operadora de sinais de TV a Cabo ltda, explorar serviço de radiodifusão, e dá outras provi-
para explorar serviço de radiodifusão, e dencias".
dá outras providências.
Atenciosamente - Pedro Parente, Chefe da
O presidente da República, no uso das atribui- Casa Civil da Presidência da República.
ções que lhe conferem os arts. 84, inciso IV, e 223, ca-
put, da Constituição, e 34, § 1°, da Lei n° 4.117, de 27 COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA,
de agosto de 1962, e tendo em vista o disposto no art. COMUNICAÇÃO E INFORMÁTICA
29 do Regulamento dos Serviços de Radiodifusão,
aprovado pelo Decreto n° 52.795, de 31 de outubro de I - Relatório
1963, alterado pelo Decreto n° 1.720, de 28 de no-
vembro de 1995, De conformidade com o art. 49, inciso XII,
Decreta: combinado com o § 1° do art. 223, da Constituição
Federal, o Excelentíssimo Senhor Presidente da Re-
Art. 1° Fica outorgada concessão à Cable-link pública submete à consideração do Congresso Na-
operadora de sinais de TV a Cabo Ltda. para explo- cional, acompanhado da Exposição de Motivos do
rar, pelo prazo de quinze anos, sem direito de exclu- Senhor Ministro de Estado das Comunicações, o ato
sividade, serviço de radiodifusão de sons e ima- que outorga concessão à Cable-Link Operadora de
gens, na cidade de Brasília, Distrito Federal (Pro- Sinais de TV a Cabo Ltda. para explorar, pelo prazo
cesso Administrativo nO 53000.001298/98 e Concor- de quinze anos, sem direito de exclusividade, servi-
rência n° 128/97-SFO/MC). ço de radiodifusão de sons e imagens na cidade de
Art. 2° A concessão ora outorgada reger-se-á Brasília, Distrito Federal.
pelo Código Brasileiro de Telecomunicações, leis Atendendo ao disposto no § 30 do art. 223 da
subseqüentes, regulamentos e obrigações assumi- Constituição, a matéria foi enviada ao Poder Legislati-
das pela outorgada. vo para a devida apreciação, uma vez que o ato so-
Art. 3° Este ato somente produzirá efeitos legais mente produzirá efeitos após a deliberação do Con-
após deliberação do Congresso Nacional, nos termos gresso Nacional.
do § 3° do art. 223 da Constituição. Cumpre-nos, portanto, opinar sobre os aspec-
Art. 4° O contrato decorrente desta concessão tos técnicos e formais da matéria submetida ao exa-
deverá ser assinado dentro de sessenta dias, a con- me desta Comissão, nos termos do inciso 11, alínea
tar da data de publicação da deliberação de que tra- "h", do art. 32 do Regimento Interno.
Agosto dç 200l DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sçxt:J-lcira 31 40975
11 - Voto do Relator hoje, aprovou unanimemente o parecer favorável do
Relator, Deputado Ricardo Izar, à TVR n° 587/00, nos
A outorga do Poder Público para a execução termos do Projeto de Decreto Legislativo que apre-
de serviço de radiodifusão é regulada pelo Decreto senta.
n° 52.795, de 31 de outubro de 1963, com as modifi- Estiveram presentes os seguintes Deputados:
cações do Decreto n° 2.108, de 24 de dezembro de César Bandeira Presidente; Francistônio Pinto e Júlio
1996. No processo em questão, a Cable-Link Ope- Semeghini, Vice-Presidentes; Alberto Goldman, Do-
radora de Sinais de TV a Cabo Ltda. atendeu aos miciano Cabral, íris Simões, João Almeida, Luíz Pia-
requisitos da legislação específica e obeve a maior
uhylino, Magno Malta, Nárcio Rodrigues, Saulo Coe·
pontuação do valor ponderado, nos termos estabe-
lho. Silas Câmara, Márcio Fortes, Josué Bengston,
lecidos pela Edital, tornando-se a vencedora da con-
Salvador Zimbaldi, Arolde de Oliveira, Corauci Sobri-
corrência para exploração do servico de radiodifu·
nho, José Rocha, Luiz Moreira, Mário Assad Júnior,
são de sons e imagens.
Santos Filho, Aríston Andrade, Francisco Coelho, Be-
A análise deste processo deve basear-se no nito Gama, Hermes Parcianello, Marçal Filho, Nair
Ato Normativo n° 01, de 1999, desta Comissão. Ve- Xavier Lobo, Nélson Proença, Ricardo Izar, Marinha
rificada a documentação, constatamos que foram Raupp, José Borba, Jonival Lucas Júnior, Gustavo
atendidos todos os critérios exigidos por este diplo- ruet, Ana Corso, Babá, Gilmar Machado, Jorge Bittar,
ma regulamentar. Marcos Afonso, Márcio Reinaldo Moreira, Paulo Mari-
O ato de outorga obedece aos princípios de nho, Vic Pires Franco, Nelson Meurer, Ary kara, Luiza
constitucionalidade, especialmente no que se refere Erundina, Valdeci Paiva, Agnaldo Muniz, Dr. Hélio,
aos artigos 220 e 223 da Constituicão Federal, e Olímpio Pires e Bispo Wanderval.
atende às formalidades legais, motivos pelos quais Sala da Comissão, 29 de agosto de 2001.- Depu-
somos pela homologação do ato do Poder Executi- tado Cesar Bandeira, Presidente.
vo, na forma do Projeto de Decreto Legislativo que
ora apresentamos. PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO
Sala da Comissão, 21 de junho de 2001 . - Depu- N° 1.130, DE 2001
tado Ricardo Izar, Relator. (Da Comissão de Ciência e Tecnologia,
Comunicação e Informática)
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO MENSAGEM N° 1.744/00
N° 1.129, DE 2001 TVR N° 590/00

Aprova o ato que outorga conces-


são à Cable-Link Operadora de Sinais de Aprova o ato que autoriza a Obras
TV a Cabo ltda., para explorar serviço de Sociais e Culturais da Paróquia de Itajaí a
radiodifusão de sons e imagens, na loca- executar serviço de radiodifusão comuni-
lidade de Brasília, Distrito Federal. tária, na localidade de Itajaí, Estado de
Santa Catarina.
O Congresso Nacional decreta: (À Comissão de Constituição e Justiça
Art. 1° É aprovado o ato constante do Decreto de e de Redação (art. 54»
13 novembro de 2000, que outorga concessão à Ca-
ble-Link Operadora de Sinais de TV a Cabo Ltda. para
O Congresso Nacional decreta:
explorar, pelo prazo de 15 (quinze) anos, sem direito
de exclusividade, serviço de radiodifusão de sons e Art. 1° E aprovado o ato a que se refere a Porta-
imagens, na localidade de Brasília, Distrito Federal. ria n° 627, de 5 de outubro de 2000, que autoriza a
Art. 2° Este decreto legislativo entra em vigor na Obras Sociais e Culturais da Paróquia de Itajaí a exe-
data de sua publicação. cutar serviço de radiodifusão comunitária, pelo prazo
de três anos, sem direito de exclusividade, na locali-
Sala da Comissão, 21 de junho de 2001. - Depu-
dade de Itajaí, Estado de Santa Catarina.
tado Ricardo Izar, Relator.
Art. 2° Este decreto legislativo entra em vigor na
111 - Parecer da Comissão data de sua publicação.
A Comissão de Ciência e Tecnologia, Comuni- Sala da Comissão, 29 de agosto de 2001. - Depu-
cação e Informática em reunião ordinária realizada tado César Bandeira, Presidente.
40l)76 S.:xta-f.:ira 31 DIÁRIO DA CÀMARA DOS DFPUTADOS Agosto de 20()J

TVR N° 590, DE 2000 10- Portaria n° 660, de 19 de outubro de 2000-


(Do Poder Executivo) Associação Cultural Comunitária Nossa Senhora da
MENSAGEM N° 1.744/00 Escada, na cidade de Guararema-SP; e
Submete à apreciação do Congresso 11 - Portaria n° 661, de 19 de outubro de 2000-
Nacional a ata constante da Portaria n° Associação Comunitária Palmital em Ação, na cidade
627, de 5 de outubro de 2000, que autoriza de Palmital-SP.
a Obras Sociais e Culturais da Paróquia de Brasília, 23 de novembro de 2000. - Fernando
Itajaí a executar. pelo prazo de três anos, Henrique Cardoso.
sem direito de exclusividade, serviço de EM n° 600/MC
radiodifusão comunitária na cidade de tta-
jaí, Estado de Santa Catarina. Brasília, 13 de novembro de 2000
(Às Comissões de Ciência e Tecnolo- Excelentíssimo Senhor Presidente da República,
gia, Comunicação e Informática; e de Cons- Encaminho a Vossa Excelência Portaria de ou-
tituição e Justiça e de Redação (Art. 54,)) torga de autorização e respectiva documentaçao para
Senhores Membros do Congresso Nacional, que a entidade denominada Obras Sociais e Culturais
Nos termos do artigo 49, inciso XII, combinado da Paróquia de Itajaí, com sede na cidade de Itajaí,
com o § 3° do artigo 223. da Constituição Federal, Estado de Santa Catarina, explore o serviço de radio-
submeto à apreciação de Vossas Excelências, acom- difusão comunitária, em conformidade com o caput
panhadas de Exposições de Motivos do Senhor Mi- do art. 223, da Constituição e a Lei n° 9.612, de 19 de
nistro de Estado das Comunicações, autorizações fevereiro de 1998.
para executar, pelo prazo de três anos, sem direito de 2. Referida entidade requereu ao Ministério das
exclusividade, serviços de radiodifusão comunitária, Comunicações sua inscrição para prestar o serviço,
conforme os seguintes atos e entidades: cuja documentação inclui manifestação de apoio da
1 - Portaria n° 627, de 5 de outubro de 2000 - comunidade, numa demonstração de receptividade
Obras Sociais e Culturais da Paróquia de Itajaí, na ci- da filosofia de criação desse braço da radiodifusão,
dade de Itajaí-SC; de maneira a incentivar o desenvolvimento e a sedi-
2 - Portaria n° 628, de 5 de outubro de 2000 - mentação da cultura geral das localidades postulan-
Comunidade Unida de Jacuacanga, na cidade de tes.
Angra dos Reis-RJ; 3. Como se depreende da importância da inicia-
3 - Portaria n° 632, de 5 de outubro de 2000- tiva comandada por Vossa Excelência, essas ações
Associação Cultural dos Amigos de Oeiras do Pará, permitem que as entidades trabalhem em conjunto
na cidade de Oeiras do Pará-PA; com a comunidade, auxiliando não só no processo
4 - Portaria n° 633, de 5 de outubro de 2000 - educacional, social e cultural mas, também, servem
Associação Comunitária Rio Negro da Comunidade de elo à integração de informações benéficas em to-
de Rio Negro, na cidade de Rio Negro-MS; dos os segmentos, e a todos esses núcleos populaci-
5 - Portaria n° 635, de 5 de outubro de 2000 - onais.
Fundação de Assistência à Carência Social, na cida- 4. Sobre o caso em espécie, determinei análi-
de de Rosário-MA; ses técnica e jurídica da petição apresentada, cons-
6 - Portaria n° 637, de 5 de outubro de 2000 - tatando a inexistência de óbice legal e normativo ao
Associação Cultural Comunitária de Diamantino, na pleito, o que se conclui da documentação de ori-
cidade de Diamantino-MT; gem, consubstanciada nos autos do Processo Admi-
7 - Portaria n° 654, de 19 de outubro de 2000 - nistrativo n° 53820.000562/98, que ora faço acom-
Associação de Integração Comunitária Cidade Espe- panhar, com a finalidade de subsidiar os trabalhos
rança, na cidade de Brasilândia-MS; finais.
8 .- Portaria n° 658, de 19 de outubro de 2000- 5. Em conformidade com os preceitos constitu-
Fundação Assistencial Maria do Carmo Pedrosa cionais e legais, a outorga de autorização, objeto do
Mendes - FUMACPEM, na cidade de Nazarezi- presente processo, passara a produzir efeitos legais
nho-PB; somente após deliberação do Congresso Nacional,
9 - Portaria n° 659, de 19 de outubro de 2000 - a teor do § 3- do art. 223, da Constituição Federal.
Associação Comunitária Rádio FM Pontapedrense, Respeitosamente, - Pimenta da Veiga, Minis-
na cidade de Ponta de Pedras-PA; tro de Estado das Comunicações.
Af.(osto de 200 I DIÁRIO IJA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexla-Icira 31 40977
PORTARIA N° 627 DE 5 DE OUTUBRO DE 2000 COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA,
COMUNICAÇÃO E INFORMÁTICA
o Ministro de Estado das Comunicações, no
uso de suas atribuições, considerando o disposto I - Relatório
nos artigos 10 e 19 do Decreto n° 2.615, de 3 de ju-
nho de 1998, e tendo em vista o que consta do Pro- De conformidade com o art. 49, inciso XII,
cesso Administrativo nO 53820.000562/98, resolve: combinado com o § 1° do art. 223, da Constituição
Art. 1° Autorizar a Obras Sociais e Culturais da Federal, o Excelentíssimo Senhor Presidente da
Paróquia de Itajaí, com sede na Praça Irineu Bom- República submete à consideração do Congresso
hausen, s/no, Centro, na cidade de Itajai, Estado de Nacional, acompanhado da Exposição de Motivos
Santa Catarina, a executar servico de radiodifusão do Senhor Ministro de Estado das Comunicações,
comunitária, pelo prazo de três anos, sem direito de o ato que autoriza a Obras Sociais e Culturais da
exclusividade. Paróquia de Itajaí a executar servico de radiodifu-
são comunitária, pelo prazo de 3 (três) anos, sem
Art. 2° Esta autorização reger-se-á pela Lei
direito de exclusividade, na localidade de Itajaí,
n° 9.612, de 19 de fevereiro de 1998, leis subse-
Estado de Santa Catarina.
qüentes, seus regulamentos e normas comple-
mentares. Atendendo ao disposto no § 3° do art. 223 da
Art. 3° A entidade fica autorizada a operar com Constituição, a matéria foi enviada ao Poder Legis-
o sistema irradiante localizado nas coordenadas ge- lativo para a devida apreciação, uma vez que o ato
ográficas com latitude em 26°54'38"S e longitude somente produzirá efeitos após a deliberação do
em 48°39'47"W, utilizando a freqüência de 105,9 Congresso Nacional.
MHz. Cumpre-nos, portanto, opinar sobre os aspec-
tos técnicos e formais da matéria submetida ao exa-
Art. 4° Este ato somente produzirá efeitos lega-
me desta Comissão, nos termos do inciso li, alínea h,
is após deliberação do Congresso Nacional, nos ter-
do art. 32 do Regimento Interno.
mos do § 3° do art. 223 da Constituição, devendo a
entidade iniciar a execução do serviço no prazo de
11 - Voto do Relator
seis meses a contar da data de publicação do ato
de deliberação.
A autorização do Poder Público para a exe-
Art. 5° Esta Portaria entra em vigor na data de cução de serviço de radiodifusão comunitária é
sua publicação. - Pimenta da Veiga. regulada pela Lei n° 9.612, de 19 de fevereiro de
Aviso n° 2.089 - C. Civil. 1998. No processo em questão, a Obras Sociais
e Culturais da Paróquia de Itajaí atendeu aos re-
Em 23 de novembro de 2000
quisitos da legislação específica e foi autorizada
A Sua Excelência o Senhor para execução do serviço de radiodifusão comu-
Deputado Ubiratan Aguiar nitária.
Primeiro Secretário da Câmara dos Deputados
Brasília-DF A análise deste processo deve basear-se no
Ato Normativo nO 1, de 1999, desta Comissão. Verifi-
cada a documentação, constatamos que foram
Senhor Primeiro Secretário, atendidos todos os critérios exigidos por este diplo-
Encaminho a essa Secretaria Mensagem do ma regulamentar.
Excelentíssimo Senhor Presidente da República na
O ato de outorga obedece aos princípios de
qual submete à apreciação do Congresso Nacional
constitucionalidade, especialmente no que se refere
os atos que autorizam a execução de serviços de
aos artigos 220 a 223 da Constituição Federal, e
radiodifusão comunitária, pelo prazo de três nos,
atende às formalidades legais, motivos pelos quais
sem direito de exclusividade constantes das Portari-
somos pela homologação do ato do Poder Executi-
as n° 627, 628, 632, 633, 635 e 637, de 5 de outu-
vo, na forma do Projeto de Decreto Legislativo que
bro de 2000; 654, 658, 659, 660 e 661, de 19 de ou-
ora apresentamos.
tubro de 2000.
Atenciosamente, - Pedro Parente, Chefe da Sala da Comissão, 11 de junho de 2001 . - Depu-
Casa Civil da Presidência da República. tado Francistônio Pinto, Relator.
4097~ Sl!xta-Icíra 31 _ ~.,
IJIARJO])/\ CÂMARA DOS DF1)lfl'AI)()"." Agostll (l!
I 2001
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO
W 1.130 DE 2001 N° 1.131, DE 2001
(Da Comissão de Ciência e Tecnologia,
Aprova o ato que autoriza a Obras Comunicação e Informática)
Sociais e Culturais da Paróquia de Itajaí MENSAGEM N° 1.744/00
executar serviço de radiodifusão comuni- TVR N° 593/00
tária, na localidade de Itajaí, Estado de
Santa Catarina. Aprova o ato que autoriza a Associ-
ação Comunitária Rio Negro da Comuni-
o Congresso Nacional Decreta: dade Negro a executar serviço de radio-
difusão comunitária, na localidade de Rio
Art. 1° É aprovado o ato a que se refere a Por-
Negro, de Mato Grosso do Sul.
taria n° 627, de 5 de outubro de 2000, que autoriza a
(À Comissão de Constituição e Justiça
Obras Sociais e Culturais da Paróquia de ltajaí a
e de Redação (Art. 54))
executar serviço de radiodifusão comunitária, pelo
prazo de 3 (três) anos, sem direito de exclusividade, O Congresso Nacional Decreta:
na localidade de Itajaí, Estado de Santa Catarina.
Art. 1° É aprovado o ato a que se refere a Porta-
Art. 2° ~ste decreto legislativo entra em vigor na ria nO 633, de 5 de outubro de 2000, que autoriza a
data de sua publicação. Associação Comunitária Rio Negro da Comunidade
Sala da Comissão, 11 de junho de 2001. - De- de Rio Negro a executar serviço de radiodifusão co-
putado Francistônio Pinto, Relator. munitária, pelo prazo de três anos, sem direito de ex-
clusividade, na localidade de Rio Negro, Estado de
111 - Parecer da Comissão Mato Grosso do Sul.
Art. 2° Este decreto legislativo entra em vigor na
A Comissão de Ciência e Tecnologia, Comuni- data de sua publicação
cação e Informática, em reunião ordinária realizada Sala da Comissão, 29 de agosto de 2001. - Depu-
hoje, aprovou unanimemente o parecer favorável do tado César Bandeira, Presidente.
Relator, Deputado Francistônio Pinto, à TVR n°
590/00, nos termos do Projeto de Decreto Legislati- TVR N° 593, DE 2000
vo que apresenta. (Do Poder Executivo)
MENSAGEM N° 1.744/00
Estiveram presentes os seguintes Deputa-
dos: César Bandeira, Presidente; Francistônio Submete à apreciação do Congres-
Pinto e Júlio Semeghini, Vice-Presidentes; Alber- so Nacional o ato constante da Portaria
to Goldman, Domiciano Cabral, Iris Simões, João n° 633, de 5 de outubro de 2000, que au-
Almeida , Luiz Piauhylino, Magno Malta, Nárcio toriza a Associação Comunitária Rio Ne-
Rodrigues, Saulo Coelho, Silas Câmara, Márcio gro da Comunidade Rio Negro a execu-
Fortes, Josué Bengston, Salvador Zimbaldi, Arol- tar, pelo prazo de três anos, sem direito
de de Oliveira, Corauci Sobrinho, José Rocha de exclusividade, serviço de radiodifusão
Luiz Moreira, Mário Assad Júnior, Santos Filho, comunitária na cidade de Rio Negro,
Ariston Andrade, Francisco Coelho, Benito Estado de Mato Grosso do Sul.
Gama, Hermes Parcianello, Marçal Filho, Nair (Às Comissões de Ciência e Tecnolo-
Xavier Lobo, Nélson Proença, Ricardo Izar, Mari- gia, Comunicação e Informática; e de Cons-
nha Raupp, José Borba, Jonival Lucas Júnior, tituição e Justiça e de Redação (Art. 54))
Gustavo Fruet, Ana Corso, Babá, Gilmar Macha-
do, Jorge Bittar, Marcos Afonso, Márcio Reinaldo Nos termos do artigo 49, inciso XII, combinado
Moreira, Paulo Marinho, Vic Pires Franco, Nelson com o § 3° do artigo 223, da Constituição Federal,
Meurer, Ary Kara, Luiza Erundina, Valdeci Paiva, submeto à apreciação de Vossas Excelências,
Agnaldo Muniz, Dr. Hélio, Olímpio Pires e Bispo acompanhadas de Exposições de Motivos do Se-
nhor Ministro de Estado das Comunicações, autori-
Wanderval.
zações para executar, pelo prazo de três anos, sem
Sala da Comissão, 29 de agosto de 2001. - direito de exclusividade, serviços de radiodifusão co-
Deputado César Bandeira, Presidente. munitária, conforme os seguintes aios e entidades:
Agosto de 2n() I DIÁRIO DA CÁMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 31 40979
1 - Portaria n° 627. de 5 de outubro de 2000 - losofia de criação desse braço da radiodifusão, de ma-
Obras Sociais e Culturais da Paróquia de Itajaí, na ci- neira a incentivar o desenvolvimento e a sedimentação
dade de Itajaí-SC; da cultura geral das localidades postulantes.
2 - Portaria n° 628, de 5 de outubro de 2000 - 3. Como se depreende da importância da iniciati-
Comunidade Unida de Jacuacanga, na cidade de va comandada por Vossa Excelência, essas ações per-
Angra dos Reis-RJ; mitem que as entidades trabalhem em conjunto com a
3 - Portaria n° 632, de 5 de outubro de 2000 - comunidade, auxiliando não só no processo educacio-
Associação Cultural dos Amigos de Oeiras do Pará, nal, social e cultural mas, também, servem de elo à inte-
na cidade de Oeiras do Pará-PA gração de informações benéficas em todos os segmen-
4 - Portaria n° 633, de 5 de outubro de 2000 - tos, e a todos esses núcleos populacionais.
Associação Comunitária Rio Negro da Comunidade 4. Sobre o caso em espécie, determinei análises
de Rio Negro, na cidade de Rio Negro-MS, técnica e jurídica da petição apresentada, constatan-
5 - Portaria n° 635, de 5 de outubro de 2000 - do a inexistência de óbice legal e normativo ao pleito,
Fundação de Assistência à Carência Social, na cida- o que se conclui da documentação de origem, con-
de de Rosário-MA; substanciada nos autos do Processo Administrativo
6 - Portaria n° 637, de 5 de outubro de 2000 - n° 53700.001198/98, que ora faço acompanhar, com
Associação Cultural Comunitária de Diamantino na a finalidade de subsidiar os trabalhos finais.
cidade de Diamantino-MT; 5. Em conformidade com os preceitos constituci-
7 - Portaria n° 654, de 19 de outubro de 2000 - onais e legais, a outorga de autorização, objeto do
Associação de Integração Comunitária Cidade Espe- presente processo, passará a produzir efeitos legais
rança, na cidade de Brasilândia-MS; somente após deliberação do Congresso Nacional, a
8 - Portaria n° 658, de 19 de outubro de 2000 - teor do § 3° do art. 223, da Constituição Federal.
Fundação Assistencial Maria do Carmo Pedrosa Men- Respeitosamente, - Pimenta da Veiga, Minis-
des - FUMACPEM, na cidade de Nazarezinho-PB; tro de Estado das Comunicações.
9 - Portaria n° 659, de 19 de outubro de 2000-
PORTARIA N° 633 DE 5 DE OUTUBRO DE 2000
Associação Comunitária Rádio FM Pontapedrense,
na cidade de Ponta de Pedras-PA; O Ministro de Estado das Comunicações, no
10- Portaria n° 660, de 19 de outubro de 2000- uso de suas atribuições, considerando o disposto nos
Associação Cultural Comunitária Nossa Senhora da artigos 10 e 19 do Decreto n° 2.615, de 3 de junho de
Escada. na cidade de Guararema-SP; e 1998, e tendo em vista o que consta do Processo
11 - Portaría n° 661, de 19 de outubro de 2000- Administrativo n° 53700.001198/98, resolve:
Associação Comunitária Palmital em Ação, na cidade Art. 1° Autorizar a Associação Comunitária Rio
de Palmital-SP. Negro da Comunidade de Rio Negro, com sede na
Brasília, 23 de novembro de 2000. - Fernando Rua Mitsuo Esoe, n° 620, Centro, na cidade de Rio
Herinque Cardoso. Negro, Estado de Mato Grosso do Sul, a executar ser-
viço de radiodifusão comunitária, pelo prazo de três
EM n° 602/MC anos, sem direito de exclusividade.
Brasília, 13 de novembro de 2000 Art. 2° Esta autorização reger-se-á pela Lei nO
Excelentíssimo Senhor Presidente da República, 9.612, de 19 de fevereiro de 1998, leis subseqüentes,
seus regulamentos e normas complementares.
Encaminho a Vossa Excelência Portaria de ou-
torga de autorização e respectiva documentação para Art. 3° A entidade fica autorizada a operar com o
que a entidade denominada Associação Comunitária sistema irradiante localizado nas coordenadas geo-
Rio Negro da Comunidade de Rio Negro, com sede gráficas com latitude em 19°27'03"8 e longitude em
na cidade de Rio Negro, Estado de Mato Grosso do 54°58'59"W, utilizando a freqüência de 87,9 MHz.
Sul, explore o serviço de radiodifusão comunitária, Art. 4° Este ato somente produzirá eleitos legais
em conformidade com o caput do art. 223, da Consti- após deliberação do Congresso Nacional, nos termos
tuição e a Lei n° 9.612, de 19 de fevereiro de 1998. do § 3° do art. 223 da Constituição, devendo a entidade
2. Referida entidade requereu ao Ministério das iniciar a execução do serviço no prazo de seis meses a
Comunicações sua inscrição para prestar o serviço, contar da data de publicação do ato de deliberação.
cuja documentação inclui manifestação de apoio da co- Art. 5° Esta Portaria entra em vigor na data de
munidade, numa demonstração de receptividade da fi- sua publicação. -Pimenta da Veiga.
40~S() Sexta-feira:\ I DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEI'UTI\J)OS I\gosto de 2()O)
Aviso n° 2.089- C. Civil. sitos da legislação específica e foi autorizada para
execução do serviço de radiodifusão comunitária.
Em 23 de novembro de 2000
A análise deste processo deve basear-se no Ato
A Sua Excelência o Senhor Normativo n° 1, de 1999, desta Comissão. Verificada
Deputado Ubiratan Aguiar a documentação, constatamos que foram atendidos
Primeiro Secretário da Câmara dos Deputados todos os critérios exigidos por este diploma regula-
Brasília-DF mentar.
O ato de outorga obedece aos princípios de
Senha. Primeiro Secretário, constitucionalidade especialmente no que se refere
Encaminho a essa Secretaria Mensagem do aos artigos 220 a 223 da Constituição Federal, e aten-
Excelentíssimo Senhor Presidente da República na de às formalidades legais, motivos pelos quais somos
qual submete à apreciação do Congresso Nacional pela homologação do ato do Poder Executivo, na for-
os atos que autorizam a execução de serviços de ra- ma do Projeto de Decreto Legislativo que ora apre-
diodifusão comunitária, pelo prazo de três nos, sem sentamos.
direito de exclusividade, constantes das Portarias nOs Sala da Comissão, 27 de junho de 2001. - Depu-
627, 628, 632, 633, 635 e 637, de 5 de outubro de tado Hermes Parcianello Relator.
2000; 654, 658, 659, 660 e 661, de 19 de outubro de
2000. PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO
N° 1.131, DE 2001
Atenciosamente, Pedro Parente, Chefe da
Casa Civil da Presidência da República. Aprova o ato que autoriza a Associ-
ação Comunitária Rio Negro da Comuni-
COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA, dade de Rio Negro a executar serviço de
COMUNICAÇÃO E INFORMÁTICA
radiodifusão comunitária, na localidade
I - Relatório de Rio Negro, Estado de Mato Grosso do
Sul.
De conformidade com o art. 49, inciso XII, com-
binado com o § 1° do art. 223, da Constituição Fede- o Congresso Nacional decreta:
ral, o Excelentíssimo Senhor Presidente da República Art. 1° É aprovado o ato a que se refere a Porta-
submete à consideração do Congresso Nacional, ria n° 633, de 5 de outubro de 2000, que autoriza a
acompanhado da Exposição de Motivos do Senhor Associação Comunitária Rio Negro da Comunidade
Ministro de Estado das Comunicações, o ato que au- de Rio Negro a executar serviço de radiodifusão co-
toriza a Associação Comunitária Rio Negro da Comu- munitária, pelo prazo de 3 (três) anos, sem direito de
nidade de Rio Negro a executar serviço de radiodifu- exclusividade, na localidade de Rio Negro, Estado de
são comunitária, pelo prazo de 3 (três) anos, sem di- Mato Grosso do Sul.
reito de exclusividade, na localidade de Rio Negro, Art. 2° Este decreto legislativo entra em vigor na
Estado de Mato Grosso do Sul. data de sua publicação.
Atendendo ao disposto no § 3° do art. 223 da Sala da Comissão, 27 de junho de 2001. - Depu-
Constituição, a matéria foi enviada ao Poder Legislati- tado Hermes Parcianello, Relator.
vo para a devida apreciação, uma vez que o ato so-
mente produzirá efeitos após a deliberação do Con- 11I - Parecer da Comissão
gresso Nacional. A Comissão de Ciência e Tecnologia, Comuni-
Cumpre-nos, portanto, opinar sobre os aspec- cação e Informática, em reunião ordinária realizada
tos técnicos e formais da matéria submetida ao exa- hoje, aprovou unanimemente o parecer favorável do
me desta Comissão, nos termos do inciso 11, alínea h, Relator, Deputado Hermes Parciane 110, à TVR n°
do art. 32 do Regimento Interno. 593/00, nos termos do projeto de decreto legislativo
que apresenta.
11 - Voto do Relator
Estiveram presentes os Deputados César Ban-
A autorização do Poder Público para a execução deira, Presidente; Francistônio Pinto e Júlio Semeghi-
de serviço de radiodifusão comunitária é regulada ni, Vice-Presidentes; Alberto Goldman, Domiciano
pela Lei n° 9.612, de 19 de fevereiro de 1998. No pro- Cabral, íris Simões, João Almeida, Luíz Piauhylino,
cesso em questão, a Associação Comunitária Rio Ne- Magno Malta, Narcío Rodrigues, Saulo Coelho, Silas
gro da Comunidade de Rio Negro atendeu aos requi- Câmara, Márcio Fortes, Josué Bengston, Salvador
Agoslo d~ 20() I DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS S~xla-tCil'a31 40981
Zimbaldi, Arolde de Oliveira, Corauci Sobrinho, José Senhores Membros do Congresso Nacional,
Rocha, Luiz Moreira, Mário Assad Júnior, Santos Fi- Nos termos do artigo 49, inciso XII, combinado
lho, Ariston Andrade, Francisco Coelho, Benito com o § 3° do artigo 223, da Constituição Federal,
Gama, Hermes Parcianello, Marçal Filho, Nair Xavier submeto à apreciação de Vossas Excelências, acom-
Lobo, Nelson Proença, Ricardo tzar, Marinha Raupp, panhadas de Exposições de Motivos do Senhor Mi-
José Borba, Jonival Lucas Júnior, Gustavo Fruet, Ana nistro de Estado das Comunicações, autorizações
Corso, Babá, Gilmar Machado, Jorge Bittar, Marcos para executar, pelo prazo de três anos, sem direito de
Afonso, Márcio Reinaldo Moreira, Paulo Marinho, Vic exclusividade, serviços de radiodifusão comunitária,
Pires Franco, Nelson Meurer, Ary Kara, Luiza Erundi- conforme os seguintes atos e entidades:
na, Valdeci Paiva, Agnaldo Muniz, Dr. Hélio, Olímpio 1 - Portaria n° 626, de 5 de outubro de 2000 -
Pires e Bispo Wanderval. Associação de Amigos Moradores de Mandaguari, na
Sala da Comissão, 29 de agosto de 2001 . - De- cidade de Mandaguari-PR;
putado César Bandeira, Presidente. 2 - Portaria n° 655, de 19 de outubro de 2000 -
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Associação Comunitária de Cultura, Lazer e Entrete-
N° 1.132, DE 2001 nimento da Estância Climática de Nuporanga, na ci-
(Da Comissão de Ciência e Tecnologia, dade de Nuporanga-SP;
Comunicação e Informática) 3 - Portaria n° 656, de 19 de outubro de 2000 -
MENSAGEM N° 1.819/00 Associação Comunitária de Comunicação e Cultura
TVR N° 612/00 de Atalaia/AL, na cidade de Atalaia-AL;
4 - Portaria n° 671, de 25 de outubro de 2000 -
Aprova o ato que autoriza a Rádio Associação Cultural de Pérola, na cidade de Pérola-PR;
Comunitária Sapé FM a executar serviço
5 - Portaria n° 672, de 25 de outubro de 2000-
de radiodifusão comunitária, na localida-
Associação Comunitária Caminho Seguro de Bebe-
de de Sapé, Estado da Paraíba.
douro, na cidade de Bebedouro-SP;
(À Comissão de Constituição e Justiça
6 - Portaria nO 673, de 25 de outubro de 2000 -
e de Redação (art. 54))
Associação da Rádio Comunitária Bom Conselho, na
O Congresso Nacional decreta:
cidade de São João da Fronteira-PI;
Art. 1° É aprovado o ato a que se refere a Porta-
7 - Portaria n° 675, de 25 de outubro de 2000 -
ria n° 682, de 25 de outubro de 2000, que autoriza a
FADIP - Fundação Para Assistência Social e Desen-
Rádio Comunitária Sapé FM a executar serviço de ra-
volvimento de Irapuan Pinheiro, na cidade de Deputa-
diodifusão comunitária, pelo prazo de 3 (três) anos,
do Irapuan Pinheiro-CE;
sem direito de exclusividade, na localidade de Sapé,
Estado da Paraíba. 8 - Portaria n° 678, de 25 de outubro de 2000 -
Associação Comunitária Defensora e Difusora Sócio-
Art. 2° Este decreto legislativo entra em vigor na
cultural das Tradições de Urupês, na cidade de Uru-
data de sua publicação.
pês-SP;
Sala da Comissão, 29 de agosto de 2001. - Depu-
9 - Portaria n° 679, de 25 de outubro de 2000-
tado César Bandeira, Presidente.
Associação de Comunicação Comunitária Tucuma-
TVR N° 612, DE 2000 ense, na cidade de Tucumã-PA;
(Do Poder Executivo) 10- Portaria n° 680, de 25 de outubro de 2000 -
MENSAGEM N° 1.819/00 Associação de Radiodifusão Comunitária Nove de
Julho, na cidade de Palmeira do Piauí-PI;
Submete à apreciação do Congres-
so Nacional o ato constante da Portaria 11 - Portaria n° 681 , de 25 de outubro de 2000 -
nO 682, de 25 de outubro de 2000, que au- Instituto São José do Barreiro de Cultura, na cidade
toriza a Rádio Comunitária Sapé FM, a de São José do Barreiro-SP;
executar, pelo prazo de 3 (três) anos, 12 - Portaria n° 682, de 25 de outubro de 2000-
sem direito de exclusividade, serviço de Rádio Comun~ária Sapé FM, na cidade de Sapé-PB; e
radiodifusão comunitária, na cidade de 13 - Portaria n° 684, de 25 de outubro de 2000-
Sapé, Estado da Paraíba. Associação Comunitária Amigos de Paulo de Faria,
(Às Comissões de Ciência e Tecnolo- na cidade de Paulo de Faria-SP
gia, Comunicação e Informática; e de Cons- Brasília, 4 de dezembro de 2000. - Fernando
tituição e Justiça e de Redação - (art. 54)) Henrique Cardoso.
40l)82 Scxlideira 31 DIÁRIO DA CÀMARA DOS DEPUTADOS Agoslll de 2001
EM n° 6331MC Art. 3° A entidade fica autorizada a operar com o
sistema irradiante localizado nas coordenadas geo-
Brasília, 22 de novembro de 2000
gráficas com latitude em Or05'48"S e longitude em
Excelentíssimo Senhor Presidente da República, 35°13'46'W, utilizando a freqüência de 105,9 MHz.
Encaminho a Vossa Excelência Portaria de ou- Art. 4° Este ato somente produzirá efeitos legais
torga de autorização e respectiva documentação para após deliberação do Congresso Nacional, nos termos
que a entidade denominada Rádio Comunitária Sapé
do § 3° do art. 223 da Constituição, devendo a entidade
FM, com sede na cidade de Sapé, Estado da Paraíba,
explore o serviço de radiodifusão comunitária, em iniciar a execução do serviço no prazo de seis meses a
conformidade com o caput do art. 223, da Constitui- contar da data de publicação do ato de deliberação.
ção e a Lei n° 9.612, de 19 de fevereiro de 1998. Art. 5° Esta Portaria entra em vigor na data de
2.Referida entidade requereu ao Ministério das sua publicação. - Pimenta da Veiga.
Comunicações sua inscrição para prestar o serviço,
cuja documentação inclui manifestação de apoio da Aviso N° 2.175- C. Civil
comunidade, numa demonstração de receptividade Brasília 4 de dezembro de 2000
da filosofia de criação desse braço da radiodifusão,
de maneira a incentivar o desenvolvimento e a sedi- A Sua Excelência o Senhor
mentação à cultura geral das localidades postulantes. Deputado Ubiratan Aguiar
3.Como se depreende da importância da iniciativa Primeiro Secretario da Câmara dos Deputados
comandada por Vossa Excelência, essas ações permi- Brasília-DF.
tem que as entidades trabalhem em conjunto com a co- Senhor Primeiro Secretário,
munidade, auxiliando não só no processo educacional, Encaminho a essa Secretaria Mensagem do Exce-
social e cu~ural mas, também, servem de elo à integra- lentíssimo Senhor Presidente da República na qual sub-
ção de informações benéficas em todos os segmentos, mete à apreciação do Congresso Nacional os atos que
e a todos esses núcleos populacionais. autorizam a execução de serviços de radiodifusão comu-
4.Sobre o caso em espécie, determinei análise nitária constantes das Portarias n° 626, de 5 de outubro
técnica e jurídica da petição apresentada, constatan- de 2000; 655 e 656, de 19 de outubro de 2000; 671 a
do a inexistência de óbice legal e normativo ao pleito, 673, 675, 678 a 682 e 684, de 25 de outubro de 2000.
o que se conclui da documentação de origem, con-
Atenciosamente, Pedro Parente, Chefe da
substanciada nos autos do Processo Administrativo Casa Civil da Presidência da República.
n° 53730.000534/98, que ora faço acompanhar, com
a finalidade de subsidiar os trabalhos finais. COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA,
5.Em conformidade com os preceitos constituci- COMUNICAÇÃO E INFORMÁTICA
onais e legais, a outorga de autorização, objeto do
I - Relatório
presente processo, passará a produzir efeitos legais
somente após deliberação do Congresso Nacional, a De conformidade com o art. 49, inciso XII, com-
teor do § 3° do art. 223, da Constituição Federal. binado com o § 1° do art. 223, da Constituição Fede-
Respeitosamente, Pimenta da Veiga, Ministro ral, o Excelentíssimo Senhor Presidente da República
de Estado das Comunicações. submete à consideração do Congresso Nacional,
acompanhado da Exposição de Motivos do Senhor
PORTARIA N° 682 DE 25 DE OUTUBRO DE 2000 Ministro de Estado das Comunicações, o ato que au-
O Ministro de Estado das Comunicações, no toriza a Rádio Comunitária Sapé FM a executar servi-
uso de suas atribuições, considerando o disposto nos ço de radiodifusão comunitária, pelo prazo de 3 (três)
artigos 10 e 19 do Decreto n° 2.615, de 3 de junho de anos, sem direito de exclusividade, na localidade de
1998, e tendo em vista o que consta do Processo Sapé, Estado da Paraíba.
Administrativo n° 53730.000534/98, resolve: Atendendo ao disposto no § 3° do art. 223 da
Art. 1° Autorizar a Rádio Comunitária Sapé FM, Constituição, a matéria foi enviada ao Poder Legislati-
com sede na Rua Osvaldo Pessoa, n° 278, Sala '12, vo para a devida apreciação, uma vez que o ato so-
Centro, na cidade de Sapé, Estado da Paraíba, a exe- mente produzirá efeitos após a deliberação do Con-
cutar serviço de radiodifusão comunitária, pelo prazo gresso Nacional.
de três anos, sem direito de exclusividade. Cumpre-nos, portanto, opinar sobre os aspec-
Art. 2° Esta autorização reger-se-á pela Lei n° tos técnicos e formais da matéria submetida ao exa-
9.612, de 19 de fevereiro de 1998, leis subseqüentes, me desta Comissão, nos termos do inciso 11, alínea h,
seus regulamentos e normas complementares. do art. 32 do Regimento Interno.
Agosto de 200 I DIÁRIO DA CÀMARA DOS DEPUTADOS Sexla-Icira 31 40983
11- Voto do Relator Santos Filho, Ariston Andrade, Francisco Coelho, Be-
A autorização do Poder Público para a execução nito Gama, Hermes Parcianello, Marçal Filho, Nair
de serviço de radiodifusão comunitária é regulada pela Xavier Lobo, Nélson Proença, Ricardo Izar, Marinha
Lei n° 9.612, de 19 de fevereiro de 1998. No processo Raupp, José Borba, Jonival Lucas Júnior, Gustavo
em questão, a Rádio Comunitária Sapé FM atendeu Fruet, Ana Corso, Babá, Gilmar Machado, Jorge Bit-
aos requisitos da legislação específica e foi autorizada tar, Marcos Afonso, Márcio Reinaldo Moreira, Paulo
para execução do serviço de radiodifusão comunitária. Marinho, Vic Pires Franco, Nelson Meurer, Ary Kara,
A análise deste processo deve basear-se no Ato Luiza Erundina, Valdeci Paiva, Dr. Hélio, Olímpio Pi-
Normativo n° 1, de 1999, desta Comissão. Verificada a res, Marcos de Jesus e Bispo Wanderval.
documentação, constatamos que foram atendidos to- Sala da Comissão, 29 de agosto de 2001. - Depu-
dos os critérios exigidos por este diploma regulamentar. tado César Bandeira, Presidente.
O ato de outorga obedece aos princípios de cons- PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO
t~ucionalidade, especialmente no que se refere aos arti- N° 1.133, DE 2001
gos 220 a 223 da Constituição Federal, e atende às for- (Da Comissão de Ciência e Tecnologia,
malidades legais, motivos pelos quais somos pela ho- Comunicação e Informática)
mologação do ato do Poder Executivo, na forma do Pro- MENSAGEM N° 43/01
jeto de Decreto Legislativo que ora apresentamos. TVR N° 676/01
Sala da Comissão, 7 de Junho de 2001 . - Depu-
Aprova o ato que outorga concessão
tado Marcos de Jesus, Relator.
à Fundação Bragantina de Rádio e Televi-
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO são Educativa para executar serviço de ra-
N° 1.132, DE 2001 diodifusão de sons e imagens, com fins
Aprova o ato que autoriza a Rádio exclusivamente educativos, na cidade de
Comunitária Sapé FM a executar serviço Bragança Paulista, Estado de São Paulo.
de radiodifusão comunitária, na localida- (À Comissão de Constituição e Justiça
de de Sapé, Estado da Paraíba. e de Redação (Art. 54))

o Congresso Nacional decreta: O Congresso Nacional Decreta:


Art. 1° É aprovado o ato a que se refere a Porta- Art. 1° É aprovado o ato constante do Decreto
ria n° 682, de 25 de outubro de 2000, que autoriza a de 9 de janeiro de 2001, que outorga concessão à
Rádio Comunitária Sapé FM a executar serviço de ra- Fundação Bragantina de Rádio e Televisão Educativa
diodifusão comunitária, pelo prazo de 3 (três) anos, para executar, pelo prazo de quinze anos, sem direito
sem direito de exclusividade, na localidade de Sapé, de exclusividade, serviço de radiodifusão de sons e
Estado da Paraíba. imagens, com fins exclusivamente educativos, na ci-
Art. 2° Este decreto legislativo entra em vigor na dade de Bragança Paulista, Estado de São Paulo.
data de sua publicação. Art. 2° Este decreto legislativo entra em vigor na
Sala da Comissão 7 de junho 2001 . - Deputado data de sua publicação.
Marcos de Jesus, Relator. Sala da Comissão, 29 de agosto de 2001. - Depu-
tado César Bandeira, Presidente.
111 - Parecer da Comissão
A Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunica- TVR N° 676, DE 2001
ção e Informática, em reunião ordinária realizada hoje, (Do Poder Executivo)
aprovou unanimemente o parecer favorável do Relator, MENSAGEM N° 43/01
Deputado Marcos de Jesus, à TVR n° 612/00, nos ter- Submete à apreciação do Congres-
mos do Projeto de Decreto Legislativo que apresenta. so Nacional o ato constante do Decreto
Estiveram presentes os seguintes Deputados: de 9 de janeiro de 2001, que outorga con-
César Bandeira, Presidente; Francistônio Pinto e Júlio cessão à Fundação Bragantina de Rádio
Semeghini, Vice-Presidentes; Alberto Goldman, Do- e Televisão Educativa, para executar,
miciano Cabral, Iris Simões, João Almeida, Luiz Pia- pelo prazo de quinze anos, sem direito
uhylino, Magno Malta. Nárcio Rodrigues, Saulo Coe- de exclusividade, serviço de radiodifusão
lho, Silas Câmara, Márcio Fortes, Josué Bengston, de sons e imagens, com fins exclusiva-
Salvador Zimbaldi, Arolde de Oliveira, Corauci Sobri- mente educativos, na cidade de Bragan-
nho, José Rocha, Luiz Moreira, Mário Assad Júnior, ça Paulista, Estado de São Paulo.
40'.)84 Sexta-feira 31 DIÁRIO DA CÁMARA DOS DEil'UTAIXlS Agosto de 200l
(ÀS Comissões de Ciência e Tecnolo- aplicável, demonstrando possuírem as entidades as
gia, Comunicação e Informática e de Consti- qualificações exigidas para a execução do serviço.
tuição e Justiça e de Redação (Art. 54)) 4. Esclareço que, nos termos do § 3° do art. 223
da Constituição, o ato de outorga somente produzirá
Senhores Membros do Congresso Nacional,
efeitos legais após deliberação do Congresso Nacio-
Nos termos do artigo 49, inciso XII, combinado
com o § 3° do artigo 223, da Constituição Federal, nal, para onde solicito seja encaminhado o referido
submeto à apreciação de Vossas Excelências, acom- ato, acompanhado dos Processos Administrativos
panhado de Exposição de motivos do Senhor Ministro correspondentes.
de Estado das Comunicações, o ato constante do De- Respeitosamente, - Pimenta da Veiga, Ministro
creto de 9 de janeiro de 2001 , que "Outorga conces- de Estado das Comunicações.
são às entidades que menciona, para executar servi-
ço de radiodifusão de sons e imagens, com fins exclu- DECRETO DE 9 DE JANEIRO DE 2001
sivamente educativos, e dá outras providências". As Outorga concessão às entidades
entidades mencionadas são as seguintes:
que menciona, para executar serviço de
1 - Fundação Stênio Congro, na cidade de Três
radiodifusão de sons e imagens, com fins
Lagoas - MS;
exclusivamente educativos, e dá outras
2 - Fundação Educativa e Cultural Vale do Aço,
providências.
na cidade de Ipatinga - MG; e
3 - Fundação Bragantina de Rádio e Televisão O Presidente da República, no uso das atribui-
Educativa, na cidade de Bragança Paulista - SP ções que lhe conferem os arts. 84, inciso IV, e 223, ca-
Brasília, 24 de janeiro de 2001 . - Marcos Maciel. put, da Constituição, e 34, § 1°, da Lei n° 4.117, de 27
de agosto de 1962, e tendo em vista o disposto no art.
EM n° 660/MC 14, § 2°, do Decreto-Lei n° 236, de 28 de fevereiro de
Brasília, 20 de dezembro de 2000 1967, e no § 1° do art. 13 do Regulamento dos Servi-
ços de Radiodifusão, aprovado pelo Decreto n°
Excelentíssimo Senhor Presidente da República, 52.795, de 31 de outubro de 1963,
Submeto à consideração de Vossa Excelência o Decreta:
incluso projeto de decreto que trata da outorga de Art. 1° Fica outorgada concessão às entidades
concessão às entidades abaixo relacionadas, para abaixo mencionadas, para executar, pelo prazo de
executar serviço de radiodifusão de sons e imagens quinze anos, sem direito de exclusividade, serviço de
(TV), com fins exclusivamente educativos, nas locali- radiodifusão de sons e imagens, com fins exclusiva-
dades e unidades da Federação indicadas: mente educativos:
• Fundação Stênio Congro, na cidade I - Fundaçao Stênio Congro, na cidade de Três
de Três Lagoas, Estado do Mato Grosso do Lagoas, Estado de Mato Grosso do Sul (Processo n°
Sul (Processo n° 53000.007010100); 53000.007010/00);
• Fundação Educativa e Cultural Vale 11- Fundaçao Educativa e Cultural Vale do Aço,
do Aço, na cidade de Ipatinga, Estado de Mi- na cidade de Ipatinga, Estado de Minas Gerais (Pro-
nas Gerais (Processo n° 53710.001377/99); cesso n° 5371 0.001377/99);
• Fundação Bragantina de Rádio e Te- 111 - Fundação Bragantina de Rádio e Televisão
levisão Educativa, na cidade de Bragança Educativa, na cidade de Bragança Paulista, Estado
Paulista, Estado de São Paulo (Processo n° de São Paulo (Processo n° 53830.000270100).
53830.000270/00) . Parágrafo único. As concessões ora outorgadas
reger-se-ão pelo Código Brasileiro de Telecomunica-
2. De acordo com o art. 14, § 2°, do Decreto-Lei
ções, leis subseqüentes, regulamentos e obrigações
n° 236, de 28 de fevereiro de 1967, e com o § 1° do assumidas pelas outorgadas.
art. 13, do Regulamento de Serviços de Radiodifusão,
Art. 2° Este ato somente produzirá efeitos legais
aprovado pelo Decreto nU 52.795, de 31 de outubro de após deliberação do Congresso Nacional, nos termos
1963, com a redação que lhe foi dada pelo Decreto n° do § 3° do art. 223 da Constituição.
2.108, de 24 de dezembro de 1996, não dependerá Art. 3° Os contratos decorrentes destas conces-
de edital a outorga para execução de serviço de radio- sões deverão ser assinados dentro de sessenta dias,
difusão com fins exclusivamente educativos. a contar da data de publicação da deliberação de que
3. Cumpre ressaltar que os pedidos se encontram trata o artigo anterior, sob pena de tornarem-se nulos,
devidamente instruídos, de acordo com a legislação de pleno direito, os atos de outorga.
Agosto li.: 200\ DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-tCira 31 40985
Art. 4° Este Decreto entra em vigor na data de dezembro de 1996. De acordo com esses instrumen-
sua publicação. tos jurídicos, a outorga de concessão para execução
Brasília, 9 de janeiro de 2001. - Fernando Hen- de serviço de radiodifusão com fins exclusivamente
rique Cardoso 180° da Independência e 113° da Re- educativos independe de edital.
pública. No processo em questão, a Fundação Braganti-
na de Rádio e Televisão Educativa atendeu aos requi-
Aviso n° 42 - C. Civil.
sitos da legislação específica, inclusive do Ato Nor-
Brasília, 24 de janeiro de 2001 mativo nO 1, de 1999, desta Comissão, e apresentou a
A Sua Excelência o Senhor declaração prevista na Portaria Interministerial n°
Deputado Ubiratan Aguiar 651, de 15 de abril de 1999.
Primeiro Secretário da Câmara dos Deputados O ato de outorga obedece aos princípios de cons-
Brasília-DF titucionalidade, especialmente no que se refere aos arti-
gos 220 a 223 da Const~uição Federal, e atende às for-
Senhor Primeiro Secretário, malidades legais, motivos pelos quais somos pela ho-
Encaminho a essa Secretaria Mensagem do mologação do ato do Poder Executivo, na forma do Pro-
Excelentíssimo Senhor Vice-Presidente da Repúbli-
jeto de Decreto Legislativo que ora apresentamos.
ca, no exercício do cargo de Presidente da República,
na qual submete à apreciação do Congresso Nacio- Sala da Comissão, 29 de maio de 2001 . - Depu-
nal o ato constante do Decreto de 9 de janeiro de tado Olimpio Pires, Relator.
2001, que "Outorga concessão às entidades que PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO
menciona, para executar serviço de radiodifusão de N° 1.133, DE 2001
sons e imagens, com fins exclusivamente educativos,
e dá outras providências". Aprova o ato que outorga concessão
Atenciosamente, Silvano Gianni, Chefe da à Fundação Bragantina de Rádio e Televi-
Casa Civil da Presidência da República, Interino. são Educativa para executar serviço de ra-
diodifusão de sons e imagens, com fins
COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA,
exclusivamente educativos, na cidade de
COMUNICAÇÃO E INFORMÁTICA
Bragança Paulista, Estado de São Paulo.
I - Relatório
De conformidade com o art. 49, inciso XII, com- O Congresso Nacional Decreta:
binado com o § 1° do art. 223, da Constituição Fede- Art. 1° É aprovado o ato constante do Decreto
ral, o Excelentíssimo Senhor Presidente da República de 9 de janeiro de 2001, que outorga concessão à
submete à consideração do Congresso Nacional, Fundação Bragantina de Rádio e Televisão Educativa
acompanhado da Exposição de Motivos do Senhor para executar, pelo prazo de quinze anos, sem direito
Ministro de Estado das Comunicações, o ato que ou- de exclusividade, serviço de radiodifusão de sons e
torga concessão à Fundação Bragantina de Rádio e imagens, com fins exclusivamente educativos, na ci-
Televisão Educativa para executar, pelo prazo de dade de Bragança Paulista, Estado de São Paulo.
quinze anos, sem direito de exclusividade, serviço de Art. 2° Este decreto legislativo entra em vigor na
radiodifusão de sons e imagens, com fins exclusiva- data de sua publicação.
mente educativos, na cidade de Bragança Paulista, Sala da Comissão, 29 de maio de 2001. - Depu-
Estado de São Paulo. tado Olimpio Pires, Relator.
Atendendo ao disposto no § 3° do art. 223 da
Constituição, a matéria foi enviada ao Poder Legislati- 111 - Parecer da Comissão
vo para a devida apreciação, uma vez que o ato so-
A Comissão de Ciência e Tecnologia, Comuni-
mente produzirá efeitos após a deliberação do Con-
cação e informática, em reunião ordinária realizada
gresso Nacional.
hoje, aprovou o parecer favorável do Relator, Deputa-
Cumpre-nos, portanto, opinar sobre os aspec- do Olímpio Pires, à TVR n° 676/01, nos termos do
tos técnicos e formais da matéria submetida ao exa- Projeto de Decreto Legislativo que apresenta. Absti-
me desta Comissão, nos termos do inciso 11, alínea h, veram-se de votar os Deputados Ana Corso, Babá,
do art. 32 do Regimento Interno. Gilmar Machado, Jorge Bittar e Marcos Afonso.
11 - Voto do Relator Estiveram presentes os seguintes Deputados:
A outorga do Poder Público para a execução de César Bandeira, Presidente; Francistônio Pinto e Júlio
serviço de radiodifusão com fins educativos é regula- Semeghini, Vice-Presidentes; Alberto Goldman, Do-
da pelo Decreto nO 52.795, de 31 de outubro de 1963, miciano Cabral, íris Simões, João Almeida, Luiz Pia-
com as modificações do Decreto n° 2.108, de 24 de uhylino, Magno Malta, Nárcio Rodrigues, Saulo Coe-
40986 Sexta-feira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto d.: 20()1
lho, Silas Câmara, Márcio Fortes, Josué Bengston, (Às Comissões de Ciência e Tecnolo-
Salvador Zimbaldi, Arolde de Oliveira, Corauci Sobri- gia, Comunicação e Informática; e de Cons-
nho, José Rocha, Luiz Moreira, Mário Assad Júnior, tituição e Justiça e de Redação (Art. 54))
Santos Filho, Ariston Andrade, Francisco Coelho, Be- Senhores Membros do Congresso Nacional,
nito Gama, Hermes Parcianello, Marçal Filho, Nair Nos termos do artigo 49, inciso XII, combinado
Xavier Lobo, Nélson Proença, Ricardo Izar, Marinha com o § 3° do artigo 223, da Constituição Federal,
Raupp, José Borba, Jonival Lucas Júnior, Gustavo submeto à apreciação de Vossas Excelências, acom-
Fruet, Ana Corso, Babá, Gilmar Machado, Jorge Bit- panhado de exposição de motivos do Senhor Ministro
tal', Marcos Afonso, Márcio Reinaldo Moreira, Paulo de Estado das Comunicações, o ato constante do Oe-
Marinho, Vic Pires Franco, Nélson Meurer, Ary Kara, ereto de 4 de junho de 2001, que "Outorga concessão
Luiza Erundina, Valdeci Paiva, Agnaldo Muniz, DI'. às entidades que menciona, para explorar serviços
Hélio, Olímpio Pires e Bispo Wanderval. de radiodifusão, e dá outras providências". As entida-
Sala da Comissão, 29 de agosto de 2001. - Oe- des mencionadas são as seguintes:
putado César Bandeira, Presidente. 1 - Rádio Estrela de Ibiúna Ltda., na cidade de
Valente - BA (onda média);
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO
2 - Emissoras Soledadense de Radiodifusão
N° 1.145, DE 2001
(Da Comissão de Ciência e Tecnologia, Ltda., na cidade de Soledade - RS (onda média);
Comunicação e Informática) 3 - Rádio São José Ltda., na cidade de Itabuna
MENSAGEM N° 535/01 - BA (onda média);
TVR N° 777/01 4 - R.B. - Rádio e Televisão Ltda., na cidade de
Unhares - ES (onda média);
Aprova o ato que outorga conces- 5 - Sociedade Rádio AM Fronteira Ltda., na ci-
são à Emissora vale do Apodi Ltda., para dade de Corumbá - MS (onda média);
explorar serviço de radiodifusão sonora 6 - Emissora vale do Apodi Ltda., na cidade de
em onda média, na cidade de Apodi, Apodi - RN (onda média);
Estado do Rio Grande do Norte.
7 - KMR - Telecomunicações Ltda., na cidade
(À Comissão de Constituição e Justiça
de Jaciara - MT (onda média);
e de Redação (Art. 54))
8 - Pantanal Som e Imagem Ltda., na cidade de
O Congresso Nacional Decreta: Cáceres - MT (onda média);
Art. 1° É aprovado o ato constante do decreto de 9 - Pantanal Som e Imagem Ltda., na cidade de
4 de junho de 2001, que outorga concessão à Emis- Cuiabá - MT (sons e imagens);
sora vale do Apodi Ltda., para explorar, pelo prazo de 10- Rádio e Televisão do Piauí Ltda., na cidade
dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de ra- de Teresina - PI (sons e imagens);
diodifusão sonora em onda média, na cidade de Apo- 11 - TV Primavera de Criciúma ltda., na cidade
di, Estado do Rio Grande do Norte. de Criciúma - SC (sons imagens); e
Art. 2° Este decreto legislativo entra em vigor na 12 - Cabuginet Comunicações ltda., na cidade
data de sua publicação. de Natal- RN (sons e imagens).
Sala da Comissão, 5 de setembro de 2001. - Brasília, 7 de junho de 2001 . - Fernando Henri-
Deputado César Bandeira, Presidente. que Cardoso.
TVR N° 777, DE 2001 MC N° 294 EM
(Do Poder Executivo) Brasília, 24 de maio de 2001
MENSAGEM N° 535/01
Excelentíssimo Senhor Presidente da República,
Submete a apreciação do Congresso Em conformidade com as atribuições legais e re-
Nacional o ato constante do decreto de 4 gulamentares cometidas a este Ministério, determi-
de junho de 2001, que outorga concessão nou-se a instauração de procedimento Iicítatório, na mo-
à Emissora vale do Apodi Ltda. para explo- dalidade Concorrência, com vistas à outorga de con-
rar, pelo prazo de dez anos, sem direito de cessão para explorar serviço de radiodifusão, nas locali-
exclusividade, serviço de radiodifusão em dades e unidades da Federação abaixo indicadas.
onda média, na cidade de Apodi, Estado 2. A Comissão Especial de Âmbito Nacional, cri-
do Rio Grande do Norte. ada pela Portaria n° 63, de 5 de fevereiro de 1997, al-
Agosln d.: 200 I DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS SeXla-leira 31 40987
terada pela Portaria n° 795, de 17 de dezembro de XII - Cabuginet Comunicações Ltda., serviço de
1997, após analisar a documentação de habilitação e radiodifusão de sons e imagens na cidade de Natal,
as propostas técnica e de preço das entidades propo- Estado do Rio Grande do Norte (Processo n°
nentes, com observância da Lei n° 8.666, de 21 de ju- 53780.000054/98 e Concorrência n° 153/97-SSRlMC).
nho de 1993, e da legislação específica de radiodifu- 3. Nessa conformidade, e em observância ao
são, concluiu que obtiveram a maior pontuação do va- que dispõe o art. 29 do Regulamento dos Serviços de
lor ponderado, nos termos estabelecidos pelos res- Radiodifusão, aprovado pelo Decreto n° 52.795, de
pectivos Editais, tomando-se assim vencedoras das 31 de outubro de 1963, com a redação que lhe foi
Concorrências, conforme atos da mesma Comissão, dada pelo Decreto n° 1.720, de 28 de novembro de
que homologuei, as seguintes entidades: 1995, submeto à elevada consideração de Vossa
1- Rádio Estrela de Ibiúna Ltda., serviço de radi- Excelência projeto de decreto que trata da outorga de
odifusão sonora em onda média na cidade de Valen- concessão às referidas entidades para explorar os
te, Estado da Bahia (Processo n° 53640.000497/97 e serviços de radiodifusão mencionados.
Concorrência n° 090/97-SFO/MC); 4. Esclareço que, nos termos do § 3° do art. 223
11 - Emissoras Soledadense de Radiodifusão da Constituição, o ato de outorga somente produzirá
efeitos Legais após deliberação do Congresso Nacio-
Ltda, serviço de radiodifusão sonora em onda média
nal, para onde solicito seja encaminhado o referido ato.
na cidade de Soledade, Estado do Rio Grande do Sul
(Processo n° 53790.000803/97 e Concorrência n° Respeitosamente, - Pimenta da Veiga, Ministro
101/97-SFO/MC); de Estado das Comunicações.
111- Rádio São José Ltda., serviço de radiodifu- DECRETO DE DE DE 2001
são sonora em onda média na cidade de Itabuna,
Estado da Bahia (Processo n° 53640.000174/98 e Outorga concessão às entidades
Concorrência n° 124/97-SSR/MC); que menciona, para explorar serviços de
IV - R.B. - Rádio e Televisão Ltda., serviço de ra- radiodifusão, e dá outras providências.
diodifusão sonora em onda média na cidade de Unha-
res, Estado do Espírito Santo (Processo n° o Presidente da República, no uso das atribui-
53660.000296/98 e Concorrência n° 130/97 -SSRlMC); ções que lhe conferem os arts. 84, inciso IV, e 223, ca-
put, da Constituição, e 34, § 1°, da Lei n° 4.117, de 27
V - Sociedade Rádio AM Fronteira Ltda., serviço
de radiodifusão sonora em onda média na cidade de de agosto de 1962, e tendo em vista o disposto no art.
Corumbá, Estado do Mato Grosso do Sul (Processo n° 29 do Regulamento dos Serviços de Radiodifusão,
aprovado pelo Decreto n° 52.795, de 31 de outubro de
53700.000286/98 e Concorrência n° 138197-SSRlMC);
1963, alterado pelo Decreto n° 1.720, de 28 de no-
VI - Emissora vale do Apodi Ltda., serviço de radi- vembro de 1995.
odifusão sonora em onda média na cidade de Apodi,
Estado do Rio Grande do Norte (Processo nO Decreta:
53780.000052198 e Concorrência n° 153197-SSRlMC); Art. 1° Fica outorgada concessão às entidades
VII- KMR - Telecomunicações Ltda., serviço de abaixo mencionadas, para explorar, pelo prazo de dez
radiodifusão sonora em onda média na cidade de Jacia- anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodi-
ra, Estado de Mato Grosso (Processo n° fusão sonora em onda média:
53690.000181/98 e Concorrência n° 140/97-SSRlMC); 1- Rádio Estrela de Ibiúna Ltda., na cidade de Va-
VIII - Pantanal Som e Imagem Ltda., serviço de lente, Estado da Bahia (Processo n° 53640.000497/97
radiodifusão sonora em onda média na cidade de Cáce- e Concorrência n0090/97-SFO/MC);
res, Estado de Mato Grosso (Processo n° 11 - Emissoras Soledadense de Radiodifusão
53690.000182198 e Concorrência n° 140/97-SSRlMC); Ltda, na cidade de Soledade, Estado do Rio Grande
IX - Pantanal Som e Imagem Ltda., serviço de ra- do Sul (Processo n° 53790.000803/97 e Concorrên-
diodifusão de sons e imagens na cidade de Cuiabá, cia n° 101/97 -SFO/MC);
Estado de Mato Grosso (Processo n° 53690.000182/98 111- Rádio São José Ltda., na cidade de Itabuna,
e Concorrência n° 140/97-SSRlMC); Estado da Bahia (Processo na 53640.000174/98 e
X - Rádio e Televisão do Piauí Ltda., serviço de Concorrência n° 124/97 -SSR/MC);
radiodifusão de sons e imagens na cidade de Teresi- IV - R.B. - Rádio e Televisão Ltda., na cidade de
na, Estado do Piauí (Processo n° 53760.000315/97 e Unhares, Estado do Espírito Santo (Processo n°
Concorrência n° 109/97-SFO/MC); 53660.000296198 e Concorrência n° 130/97-SSR/MC);
XI - TV Primavera de Criciúma Ltda., serviço de V - Sociedade Rádio AM Fronteira Ltda., na ci-
radiodifusão de sons e imagens na cidade de Criciúma, dade de Corumbá, Estado do Mato Grosso do Sul
Estado de Santa Catarina (Processo n° (Processo n° 53700.000286/98 e Concorrência n°
53820.000400/97 e Concorrência n° 112197-SFO/MC); 138/97-SSR/MC);
40<)88 Sexta-feira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS AgllSlll de 200\
VI - Emissora Vale do Apodi Ltda., na cidade de concessão às entidades que menciona, para explorar
Apodi, Estado do Rio Grande do Norte (Processo n° serviços de radiodifusão, e dá outras providências".
53780.000052/98 e Concorrência nO 153/97-SSR/MC);
Atenciosamente, Pedro Parente, Chefe da
VII - KMR - Telecomunicações Ltda., na cidade Casa Civil da Presidência da República.
de Jaciara, Estado de Mato Grosso (Processo nO
COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA,
53690.000181/98 e Concorrência n° 140/97-SSRlMC);
COMUNICAÇÃO E INFORMÁTICA
VIII- Pantanal Som e Imagem Ltda., na cidade de
Cáceres, Estado de Mato Grosso (Processo n° I - Relatório
53690.000182/98 e Concorrência n° 140/97-SSRlMC); De conformidade com o art. 49, inciso XII, combi-
Art. 2° Fica outorgada concessão às entidades nado com o § 1° do art. 223, da Const~uição Federal, o
abaixo mencionadas, para explorar, pelo prazo de Excelentíssimo Senhor Presidente da República sub-
quinze anos, sem direito de exclusividade, serviço de
mete à consideração do Congresso Nacional, acompa-
radiodifusão de sons e imagens:
nhado da Exposição de Motivos do Senhor Ministro de
I - Pantanal Som e Imagem Ltda., na cidade de
Estado das Comunicações, o ato outorga concessão à
Cuiabá, Estado de Mato Grosso (Processo n°
Emissora Vale do Apodi Ltda., para explorar, peto prazo
53690.000182198 e Concorrência n° 140/97-SSRlMC);
de 10 (dez) anos, sem direito de exclusividade, serviço
11- Rádio e Televisão do Piauí LIda., na cidade de de radiodifusão sonora em onda média, na cidade de
Teresina, Estado do Piauí (Processo n° Apodi, Estado do Rio Grande do Norte.
53760.000315/97 e Concorrência n° 109/97-SFO/MC);
Atendendo ao disposto no § 3° do art. 223 da
111 - TV Primavera de Criciúma Ltda, na cidade de Constituição, a matéria foi enviada ao Poder Legislati-
Criciúma, Estado de Santa Catarina (Processo n° vo para a devida apreciação, uma vez que o ato so-
53820.000400/97 e Concorrência nO 112197-SFO/MC); mente produzirá efeitos após a deliberação do Con-
IV - Cabuginet Comunicações Ltda" na cidade de gresso Nacional.
Natal, Estado do Rio Grande do Norte (Processo n° Cumpre-nos, portanto, opinar sobre os aspec-
53780.000054/98 e Concorrência n° 153/97-SSRlMC); tos técnicos e formais da matéria submetida ao exa-
Art. 3° As concessões ora outorgadas re- me desta Comissão, nos termos do inciso 11, alínea h,
ger-se-ão pelo Código Brasileiro de Telecomunica- do art. 32 do Regimento Interno.
ções, leis subseqüentes, regulamentos e obrigações
assumidas pelas outorgadas. 1/ - Voto do Relator
Art. 4° Este ato somente produzirá efeitos legais
após deliberação do Congresso Nacional, nos termos A outorga do Poder Público para a execução de
do § 3° do art. 223 da Constituição. serviço de radiodifusão é regulada pelo Decreto n°
Art. 5° Os contratos decorrentes destas conces- 52.795, de 31 de Outubro de 1963, com a redação do
sões deverão ser assinados dentro de sessenta dias, Decreto n° 2.108, de 24 de Dezembro de 1996. No
a contar da data de publicação da deliberação de que processo em questão, a Emissora Vale do Apodi
trata o artigo anterior, sob pena de tornar-se nula, de LIda., atendeu aos requisitos da legislação específica
pleno direito, a outorga concedida. e obteve a maior pontuação do valor ponderado, nos
Art. 6° Este decreto entra em vigor na data de termos estabelecidos pelo Edital, tomando-se a ven-
sua publicação. cedora da concorrência para exploração do serviço
Brasília, de de 2001. - Fernando Henrique de radiodifusão sonora em onda média, na cidade de
Cardoso 180° da Independência e 113° da República. Apodi, Estado do Rio Grande do Norte.

Aviso n° 599 - C. Civil A análise deste processo deve basear-se no Ato


Normativo n° 1, de 1999, desta Comissão. Verificada a
Brasília, 7 de junho de 2001 documentação, constatamos que foram atendidos to-
A Sua Excelência o Senhor dos os critérios exigidos por este diploma regulamentar.
Deputado Severino Cavalcanti O ato de outorga obedece aos princípios de cons-
Primeiro Secretário da Câmara dos Deputados t~ucionalidade, especialmente no que se refere aos arti-
Brasília-DF gos 220 a 223 da Const~uição Federal, e atende às for-
Senho,' Primeiro Secretário, malidades legais, motivos pelos quais somos pela ho-
Encaminho a essa Secretaria Mensagem do Exce- mologação do ato do Poder Executivo, na forma do Pro-
lenlíssimo Senhor Presidente da República na qual sub- jeto de Decreto Legislativo que ora apresentamos.
mete à apreciação do Congresso Nacional o ato cons- Sala da Comissão, 30 de agosto de 2001. - Depu-
tante do Decreto de 4 de junho de 2001, que "Outorga tado Pedro Irujo, Relator.
Agosto de 200l DIÁRIO DA CÂMARA DOS IWPLJTADOS Sexta-feira 31 40')89
COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA tar. Estiveram presentes os seguintes Deputados:
COMUNICACÃO E INFORMÁTICA César Bandeira, Presidente; Júlio Semeghini,
Vice-Presidente; Domiciano Cabral, Magno Malta,
Nárcio Rodrigues, Saulo Coelho, Silas Câmara, Jo-
sué Bengtson, Léo Alcântara, Átila Lira, Roberto Ro-
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO cha, Salvador Zimbaldi, Márcio Fortes, Romeu Quei-
N° 1.145, DE 2001 roz, Corauci Sobrinho, José Mendonça Bezerra, José
Rocha, Luiz Moreira, Mário Assad Júnior, Santos Fi-
lho, Sérgio Barcellos, Hermes Parcianeilo, Jorge Pi-
Aprova o ato que outorga conces- nheiro, Marçal Filho, Maurílio Ferreira Lima, Nél-
são à Emissora Vale do Apodi Ltda., a ex- son Proença, Ricardo Izar, Gastão Vieira, Gusta-
plorar serviço de radiodifusão sonora em vo Fruet, Luiz Bittencourt, Jonival Lucas Júnior,
onda média, na cidade de Apodi, Estado Ana Corso, Babá, Jorge Bittar, Ângela Guadag-
do Rio Grande do Norte. nin, Pedro trujo, Vic Pires Franco, Nelson Meurer,
Wigberto Tartuce, Arnaldo Faria de Sá. Luiza
Erundina, Valdeci Paiva, Givaldo Carimbão,
Agnaldo Muniz, Olímpio Pires, Marcos de Jesus e
O Congresso Nacional decreta:
Oliveira Filho.

Art. 10 É aprovado o ato constante do Decre-


to, de 4 de junho de 2001, que outorga concessão Sala da Comissão, 5 de setembro de 2001. -
à Emissora Vale do Apodi LIda., para explorar, Deputado César Bandeira, Presidente.
pelo prazo de 10 (dez) anos, sem direito de exclu-
sividade, serviço de radiodifusão sonora em onda
média, na cidade de Apodi, Estado do Rio Grande
do Norte. RECURSO N° 160, DE 2001

Art. 20 Este decreto legislativo entra em vigor na


data de sua publicação. (CONTRA DECISÃO CONCLUSIVA DE
COMISSÃO)
(Do Sr. Arnaldo Madeira e outros)
Sala da Comissão, 30 de Agosto de 2001. -
Deputado Pedro Irujo, Relator.

Requer, na forma do art. 58, § 3° clc o art.


132, § 2°, do Regimento Interno, que o Projeto
11I - Parecer da Comissão de Lei n° 4.853-8, de 1994, com parecer favorá-
vel da comissão de mérito, seja apreciado
pelo Plenário.

A Comissão de Ciência e Tecnologia, Comu-


nicação e Informática, em reunião ordinária reali- (Publique-se. Subemeta-Se Ao Ple-
zada hoje, aprovou o parecer favorável do Rela- nário)
tor, Deputado Pedro Irujo, à TVR n° 777/01, nos
termos do Projeto de Decreto Legislativo que
apresenta. Abstiveram-se de votar os Deputados Deputado Arnaldo Madeira
Ana Corso, Ângela Guadagnin, Babá e Jorge Bit-
40990 Sex.ta-feira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agllsto de 20() I

: SGM - SECAP (7503) Cooferência de Assinaturas I


2liOl.{/0 I 13 :09: 12 Página: 001 I
---------- --- -----------

Tipo da Proposição: REC


Autor da Proposição: ARNALDO MADEIRA E OUTROS
Data de Apresentação: 14/08/01
Ementa: Recorre, nos tennos do art. 58, § 3°, clc o art. 132, § 2° do RICD,
contra parecer conclusivo oferecido ao PL. 4853/94.
Possui Assinaturas Suficientes: SIM
Totais de Assinaturas: rr--------
~~onfirmadas __
--
052
Não Conferem 002
IFora do Exercício. 000
I
:Repetidas OOOi
~eg~eiS =-_~~~
t!3~radas . OOOI
_._-_•.. --_._- ------------

Assinaturas Confirmadas
1 ALBERTO FRAGA PMDB DF
2 ARNALDO MADEIRA PSDB SP
3 AUGUSTO FARIAS PPB AL
4 AUGUSTO FRANCO PSDB SE
5 BISPO WANDERVAL PL SP
6 CELelTA PINHEIRO PFL MT
7 CESAR BANDEIRA PFL MA
8 CHICO DA PRINCESA PSOB PR
9 CORIOLANO SALES PMDB BA
10 DARClslO PERONDI PMDB RS
11 DUILlO PISANESCHI PTB SP
12 EURICO MIRANDA PPB RJ
13 FÉLIX MENDONÇA PTB BA
14 GERSON PERES PPB PA
15 GILBERTO KASSAB PFl SP
16 HERCULANO ANGHINETTI PPB MG
17 II:DIO ROSA S.PART. RJ
18 IRIS SIMÕES PTS PR
19 JOSÉ EGYDIO PL RJ
20 JOVAIR ARANTES PSD8 GO
21 KÁTIA ABREU PFL TO
22 LAIRE ROSADO PMDB RN
23 L1DIA QUINAN PSDB GO
24 LÚCIA VÂNIA PSDB GO
25 LUCIANO CASTRO PFL RR
26 LUIZ ANTONIO FLEURY PTB SP
Agosto de 200 I DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 31 40991

27 LUIZ CARLOS HAULY PSDB PR


28 MARCELO TEIXEIRA PMDB CE
29 MATTOS NASCIMENTO PST RJ
30 MENDES RIBEIRO FILHO PMDB RS
31 MOREiRA FERREIRA PFL SP
32 MORONI TORGAN PFL CE
33 NELSON OrOCH PSDB CE
34 NELSON TRAD PTS MS
35 NICE LOBÃO PFL MA
36 ODELMO LEÃO PPB MG
37 OSMAR TERRA PMD8 RS
38 OSÓRIO ADRIANO PFL DF
39 PAULO DE ALMEIDA PST RJ
40 PAULO KOBAYASHI PSDB SP
41 PAULO ~"AGALHÃES PFL BA
42 PAULO OCTÁVIO PFL DF
43 PEDRO CHAVES PMDB GO
44 RICARDO BARROS PP8 PR
45 RJCARDO FIUZA PPB PE
46 ROMEL ANIZIO PPB MG
47 RONALDO CAIADO PFL GO
48 SANTOS FILHO PFL PR
49 THEMíSTOCLES SAMPAIO PMDB PI
50 WERNER WANDERER PFL PR
51 ZENAlDO COUTlNHO PSDB PA
52 ZULAIÊ COBRA PSDB SP

Assinaturas que Não Conferem


1 NEY LOPES PFL RN
2 ROBSON TUMA PFL SP
40<)92 Sexta-feira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agost() de 2001
Ofício n° 134 / 2001 nos termos do art. 58, § 30, C/C O art. 132, § 20 do
Brasília, 21 de agosto de 2001. RICO, contra parecer conclusivo oferecido ao PL. n°
4.853/94", contém número suficiente de signatários,
A Sua Senhoria o Senhor constando a referida proposição de:
Dr. Mozart Vianna De Paiva 52 assinaturas confirmadas;
Secretário-Geral da Mesa 2 assinaturas não confirmadas;
Nesta 1 assinatura ilegível.
Senhor Secretário-Geral, Atenciosamente, - Cláudia Neves C. de Souza,
Comunico a Vossa Senhoria que o Recurso do Chefe.
Sr. Deputado Arnaldo Madeira e outros, que "Recorre,

PROJETO DE LEI
N~ 4.853-B, DE 1994
(Do Sr. Paulo Paim)
. ~~.

Estabelece a forma da tributação do Imposto de' ','Rênda st>bre salários, recebidos


e
acumuladamente; tendo pareceres: da' Comjssão de Finançap Tributação, pela adequação
financeira e orçamentária deste e do de n!l 1.6.01/96, apensado, e no mérito, pela aprovação
deste e pela rejeição do de nº 1.601/96, apensado~ "contra o voto do Dep. Manoel Castro
(relator: DEP. MAX ROSENMANN); e da Comissão de Constituição e Justiça e de Redação,
pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa deste e do de nO 1.601/96, apensado,
com emendas (relator: DEP. OSMAR SERRAGLlO).

(ÀS COMISSÕES DE FINANÇAS E TRIBUTAÇÃO; E DE CONSTITUiÇÃO E JUSTiÇA E DE


REDAÇÃO (ART. 54) - ART. 24, 11)

SUMÁRIO

I - Projeto Inicial

II - Projeto apensado: PL.-1.601/96

II - Na Comissão de Finanças e Tributação:

- termo de recebimento de emendas


- parecer do relator
- parecer da Comissão

:v - Na Comissão de Constituição e Justiça e de Redação:


- termo de recebimento de emendas
• parecer do relator
- emendas oferecidas pelo relator (4)
. parecer da Comissão
- emendas adotadas pela Comissão (4)
Agosto de 200 I DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-Icira 31 40993
O Congresso Nacional decreta:
Art. 10 Para efeito de calculo do impClsto de renda. os rendimentos
de salário e outros beneficios conexos. quando recebidos acumuladamenre em razão de
decisão judicial ou acordo trabalhista. serão tributados como rendimento de cada periodo
anual a que se referirem. depois de descontadas as despesas necessarias a sua percepçào. se
tiverem sido pa8as pelo contribuinte.

An. 2° O Poder Executivo regulamentara. em noventa dias. a


forma da distribuição dos rendimentos pelos periodos de referencia e da tributação
estabelecida no anigo anterior.

Art. 3 0
Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

An. 4° Revogam-se as disposições em contrário.

JUSTIFICAÇÃO

As causas trabalhistas cuja decisão judicial resulta em pagamento


de rendimentos de salários e beneficios conexos acumuladamente acarreta. pela Lei n°
1. 71 ~ de 22 de deiembro de 1988. a tributaçào úesses rendimentos em sua totalidade no
rnes do recebimento. A conseqll~lll:ia desta norma ~ llue esses rCl:cbimentos são lributados
a ullla alíquota superior aquela a que o contribuinte estal'ia ~uieilo l:aso os rendimentos
tivessem sido recebidos na epoca em que a eles lez jus. Ora. esta t= uma situação injusta a
que o trabalhador não deu ensejo. mas. pelo contrario. lhe foi imposta como um prejuízo.

Não é. pois. razoavel que ao procurar se res.,arcir do esbulho a que


toi submetido. venha a sofrer uma nuva p~rc.Ja tlue pode ating.lr a aliquota máxima de 3~o·ó.
porque os rendimentos acumulados quando se reterem a varios anos atingem facilmente as
taixas tributadas por aliquotas mais altas.

Assim. o presente Projeto de Lei d~termina no art. lOque os


rendimentos recebidos acumuladamente se.iam imputados aos penodos anuais de
c:ompetencia a que cada parcela se retere. para eleito de tributaçáo Dessa torma. aquilo
que na legislação atual poderia alcançar a aliquota máxima ficara sujeito a tributação que a
característlca pessoal do trabalha<.1or permitia na epoca CU\ llúe o recebimento dc..-eria tcr
40l)94 Sextll-feil'a 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 200[

ol.:orrido. Pode ate dar-~~ (.) caso d~ lJlI~ (} l.:untrihuilllC tiquc iscnto. dependendu de seu:
rendimento tributa\"t~1 e do mOlllante do <ll.:rescimo

A torma Cspccltka el11 'Iue essa tributal;iio devera ucorrer é


deixada para n:gulamt:ntal;ào pelo Poder L:\cl:utiHI que pudera t.'slabelecer a torma mais
simples c menos burocratizada para a satist~l~cio da ohnga"úll Irihutari<l.

Esta propusi~àll \ isa. <Issim. iI ;lk&lIll,:;H" 0\ ob.ietivos cOllstitm:ionais


de ajustamento da Inbutaçào a capacidade contributi"a ~ as características pessoais do
contribuinte
(·omo. pUIS. dl/Ilu i1pOlll do:-. 111I~I:C~ lIqHllaoos para .1 apro\"a4;ào
do preSCllle PI\).iclo Je Lei
Sala lias Sessôes. elll. de de 1')1)

Dq)lIla,lo P·\l LO 1'.\1.\\

"lEGISlACAO CITADA ANEXADA PELA


COORDEHAÇAO DE ESTUDOS LEGiSLATIVOS; CeDt;
LEI N, 7~713 - DE 22 DE DEZEMBRO DE 1988·
AlterA a legu~do do lmptnto sobre a Renda, e dci GutrCls providlncúLt

o Presidente da República,
Paço saber que o ConKresso Nacional decreta e eu' sanciono a selUinte Lei;
AIt. 1," Os rendimentos e lanhos de capital percebidos a partir de 1." ~
juur1ro de 1989, por pessoas t1s1cas residentes ou domiciliadas no Brasil. seria·
tributados pelo Imposto sobre a Renda na forma da .legislação vigente, com as
modificações introduzid.as por esta Lei.
Art, 2." O Imposto sobre a Renda das pessoas ffstcas será de'lido, mensal-
mente, à medida em que os rendimentos e ganhos de capital torer_"1 percebidos.
Art. 3." O imposto incidirá sobre o rendimento bruto, sem q\;alquer dedu·
çio, ressalvado o disposto nos anigos 9." a 14 desta Lei.
§ 1." Constituem rendimento bruto todo o produto do capital. do trabalho
ou da combinac;io de ambos, os alimentos e pensões percebidos em clinbe1ro, e
ainda os ~oventos de qualquer •.atureza., assim também entendidos os acrésci·
mos paU1moniais não correspondentes aos rendimentos declarados.
§ 2: Interrará o rendimento bruto, como ganho de capital. o resultado da
soma doa lanhos auferidos no mês, decorrentes de alienação de bens ou direitos
de qualquer natureza, considerando-se como ganho a diferença positiva entre o
valor de transmjssão do bem ou direito e o respectivo custo de aCl\ÚSic;lo corri-
lido molUltariamente, observado o disposto DOS artiloa 15 a 22 desta Lei.
S 3: Na apuração do pnho de capital serão consideradas as operações qWl
Importem a11enaçio, a qualquer titulo, de bens ou direitos ou cessio ou prome.
sa de ceaaão de direitos à sua aGuis1çio, tais como as realizadas por compra e
venda. permuta, adjudicação, desapropriação, dação em paramento, doação, pro-
Agoslo de 200! DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Scxla-tcira 31 40995
cunu;io em causa própria, promessa de compra e venda, cessão de direitos ou
promesaa de ce!Sáo de direitos e contratos afins.
§ 4: A tributação independe da denominação dos rendimentos, títulos ou di-
reitos. da locaUzação, condição jurídica ou nacionalidade da fonte, da orilem dos
bens produtores da renda, e da forma de percepção das rendas ou proventos.
baataado, para a ínCidêneía do imposto. o beneficio do contribuinte por qualquer
forma e a qualquer titulo.
§ 5.' Ficam revcgaC.os todos os dispositivos legais concessivos de isenção oU
exc.lwsAo. dá base de -eáJcuJo do Imposto sobre a Renda das Pessoas t1.sicas. de
rendimentos e proventos de qualquer natureza, bem col!\o os que autonzam redu·
çAo do imposto por investimento ele interesse econOmipo pu social.

§ 6." Ficam revogados todos os dispositivos legais Que autorizam deduções


ceduiares ou abatimentos da renda bruta do contribuinte, para efeito de inci·
dência do Imposto sobre a Renda.
:\n.l.' Fica suprimIda a classificação por cedulas dos rendimentos e ganhos
de 'capital percebidos pelas pessoas Cisicas.
Art. 5: Salvo disposiçãõ em contrário, o imposto retido na fonte sobre
,enciJmentos e ganhos de capital percebidos por pessoas fisicas será considerado
retiução do apurado na. forma. dos artigos 23 e 24 desta. Lei.
.\rt. 5.' Ficam isentos do Imposto sobre a Renda os seguintes rendimentos
perce bldos por pessoas físicas:
r - a alimentação, o transporte e os uniformes ou vestimentas especiais de
rrabalho, forneCidos gratwtamente pelo empregador a seus empregados. ou a dife·
rença entre o preço c.:>brado e o valor de mercado;
11 - as diarias destinadas. exclusivamente, ao pagamento de despesas de: ali·
mentação e pousada. por serviço eventual realizado em municipio diferente do
da sede de trabalho;
111 - o valor locativo do prédio construido, quando ocupado por seu pro·
prietário ou cedido gratuitamente para uso. do cõnjuge ou de parentes de primei-
ro grau;
IV - as mdenizações por aCidentes de trabalho;
V - 3. indenização e o aviso prévio pagos por despedida ou reSCisão de con-
trato de trabalho, até o limite garantido por lei, bem como o monta.nte recebido
pelos empregados e diretores, ou respectivos beneficiários, referente aos deposi·
tos. Juros e correção monetária creditados em contas vinculadas. nos termos da
:eglslação do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço;
VI - o montante dos depósitos. jUros. correçào monetária e quot..:._·partes
creditados em contas individuais pelo Programa de Integração Social e pelo Pro·
grama de Formação do Patrimônio do Servidor Pübüco;
'''lI - os benefícios recebidos de enUdades de previdência privada:
a I quando em decorrência de morte ou invalidez permanente do participante;
b) relativamente ao valor correspondente às contribuições cujo ónus tenha
sido do participante. desde que os rendimentos e ganhos de capital produzidos
pelo património da entidade tenham sido tributados na fonte.
VIII - as contribuições pagas pelos empregadores relativas a programas de
previdência privada em favor de seus emprepdos e dirigentes:
IX - os valores resgatados dos Planos de Poupança e Invest1mento - PAlT.
de que trata o Decret(>.Lei n. 2.292 (I), de 21 de novembro de 1986. relativamente
à parcela correspondente às contribUiçôes efetuadas pelo participante;
X - as contribuições empresariais a Plano d.e Poupança e Investimento -
P.UT. a que se refere o artigo 5.·, § 2.·. do Decret~Lei n. 2.292. de 21 de novem·
bro de 1986;
4(jl)l)(i Sexta-feira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Ag..lSIO de 2001

XI - O pecúlio recebielo pelos aposentados que voltam a trabalhar em ati·


vidade sujeit.a ao regime previdenciário, quando dela se afastal'em, e pelos traba·
lhadores que ingressarem nesse rerime após completarem 60 (sessenta) anos cie
idade. pago pelo Instituto Nacional de Previdência Social ao segurado ou a seus
depencientes, após sua mone, nos termos do anilO 1.. da. Lei n. 6.243 (J), de 24
de setembro de 1915;
XII -
as pensões e os proventos concedidos de acordo com os Decretos-
Leis flS. (J) e 8.795 ('), de 23 de janeiro de 1946, e Lei n. 2.579 ('). de 23 de
8.794
agosto de 1955. e artigo 30 da Lei n. 4.242 (O). de 17 de julho de 1963. em decoro
rência de reforma ou falecimento de ex-combatente da Força Erpedicionária Bra·
süeira~

Defiro. Apens.se o Pl. 1.&01196 80 Pl. 4.8531ài.


Oficie-se é ComissAo Requerente e, após,.pubtiq..-se. .
Em 'JJJ I t05197.

COMISSÃO DE FINANÇAS E TRIBU'

Cf. P- nO 028/97 Brasília, 10 de abril de 1997.

Senhor Presidente,

Nos termos regimentais e atendendo pedido do Deputado


Max Rosenmann, cópia anexa, solicito a V.Exa. que o Pl nO 1.601/96, do Sr. Ary Kara,
.que - "altera a legislação do imposto de renda das pessoas físicas. referente à
tributação dos rendimentos recebidos acumuladamente", seja apensado ao Pl n°
4.853/94, do Sr. Paulo Paim, que - "estabelece a forma da tributação do ImpoSto de

A Sua Excelência o Senhor


Deputado MICHEL TEMER
Presidente da Câmara dos Deputados
A gosto de 2otl1 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-t\:ira 31 4()Y97

y\\nda sobre salários, recebidos acumuladamente", por versarem matéria análoga.


Lembro. por oportuno, que ambos os projetos tramitàtn nesta
~issão.

Cordiais Saudações,

/ ) ;(2(2&---1
Deputa~UIZCARLOS HAULY·
Presidente

PROJETO DE LEI N!1.601, DE 1996


(Do Sr. Ary Kara)

Altera a legislação do imposto de renda das pessoas fi


sicas, referente à tributação dos rendimentos recebidos
acumuladamente.
(As COMISSOES DE FINANCAS E TRIBUTACÃO; E DE CONSTITUI
CAo E JUSTIÇA E DE REDACÃO (ART. 54) - ART. 24, 11)

o Congresso Nacional decreta:

Art. )0 Ficam isentos do imposto de renda os rendimentos


pagos de fonna acumulada a pessoas fisicas que. se tivessem sido pagos parceladamente nos
meses em que eram devidos, seriam de valor inferior ou igual ao valor do limite de isenção
da tabela progressiva aplicável nos respectivos meses.

Art. 2° O Poder Executivo expedirá os atos necessários à


aplicação do disposto nesta lei no prazo de sessenta (60) dias. co1\tados de sua publicação.
40998 Sexta-feira 11 DIÁRIO DA CÁMARA DOS DEPUTADOS AgoslP de 2001

Art. 3° Esta lei entra em vigor na data de sua publicação..


produzindo os e1eitos que lhe são próprios a partir do primeiro dia do exercício financeiro
seguinte.

Art. 4° Revogam-se as disposições em contrário.-

JUSTIFICAÇÃO

A atual fórmula de tributação de rendimentos recebidos


acumuladamente, mormente nos casos de sentença judicial ou de acordo homologado pelo
Poder Judiciário, com freqüênciapenalí~ contribuintes que estariam isentos do pagamento
do imposto; se tivessem recebido seus rendimentos regularmente ao longo dos vários meses a
.que se referem os rendimentos acumulados.

Tais contribuintes sofrem duas vezes. Sofrem por se privarem.


parcial ou totalmente, dos seus créditos de natureza alimentícia e sofrem, quando logram
fazer valer seus direitos na justiça, por terem que pagar pesado ônus tributário simplesm~(
porque, pela legislação atual, o imposto de renda é calculado sobre o total dos rendomen~
pagos no mês. independentemente de tais rendimentos se referirem a vários meses ou a
vários anos anteriores.

Mesmo reconhecendo a pertinência de se tributar os


rendimentos das pessoas físicas pelo regime de caixa~ com o intuito de simplificar a
legislação, entendemos necessário corrigir a anomalia provocada pela fónnula atual de
tributação dos rendimentos recebidos acwnuladamente. Ante o exposto, contamos com o
endosso dos ilustres Pares do Congresso Nacional para aprovação do presente projeto de lei,
como medida de inteira justiça.

Sala das Sessões, em _., de /. ~ de 1996

~
.\~
;VkARA
O pUlado Federal
Agosto de 2001 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Scxta-Ieira 31 40999

~OMIS5Ao DE FINANÇAS E TRIBUTAÇÃO

TERMO DE RECEBIMENTO DE EMENDAS

PROJETO DE LEI N° 1.601196

Nos termos do art. 119, I, do Regimento Intemo da CAmara dos


Deputados, o Sr. Presidente determinou a abertura e divulgação na Ordem do Dia
das Comissões de prazo para apresentação de emendas, a partir de 27103196, por
cinco sessões. Esgotado o prazo, não foram recebidas emendas ao projeto.

Sala da CQmiss~oJ em 4 de abril de 1996.

\\11••. J+"'\Mi;~.'; ,
Maria Linda IhAea
I Secretária

'c:otiãitAo DE FINANÇAS E TRIBUTAçAO

TERMO ..DE RECEBII.fENTO DE EMENDAS

PROJETO DE LEI N9 4.853/94 .

Nos termos do art. 119 , caput, l, do Regioento Interno


da Câmara dos Deputados, alterado pelo art. 19, r, da Resolução n9 10
de 1991, o Sr. Presidente determinou a abertura e divulgação na Ordem
_do Dia das Comissões de prazo para apresentação de emendas, a par-
410()() Sexla-!cira 31 DIÁRIO DA ('ÁMARA DOS DEI'UTADOS A~(lslo de 20()1

tir de 20/03 /95 , por cinco sessões. Esgotado o prazo, nao foram

recebidas emendas ao projeto.

Sala da Comissão, em 28 de março de 1995.

secretária

COMISSÃO DE FINANÇAS E TRIBUTAÇÃO

I - RELATÓRIO

Com a iniciativa em epígrafe, pretende-se que os rendimentos de


salário e outros beneficios conexos, quando recebidos acumuladamente em razão de
decisão judicial ou acordo trabalhista, sofram tributação pelo imposto de renda das pessoas
fisicas imputando-se a cada período anual a que se referirem, líquidos de despesas
necessárias à sua percepção arcadas pelo contribuinte.

Por intermédio do Projeto de Lei nO 1.601, de 1996, de autoria do


nobre Deputado ARY}(ARA apenso, pretende-se assegurar a isenção do imposto de"renda
para os rendimentos que, pagos de forma acumulada a pessoas flsicas, estariam abrangidos
pelo piso de isenção se o pagamento se tivesse consumado destacadamente nos períodos
em que eram devidos.

Justifica-se a pretensão com a observação de que os contribuintes


-envolvidos sofrem duplamente, uma vez ao se privarem dos créditos de natureza
alimentícia a que fazem jus e outra vez quando, após sustentarem a luta por seus direitos
na Justiça, vêem parte deles amputada por urna incidência tributária que, seguindo
rigidamente o regime de caixa, toma-se anômala ao transtormar em contribuinte quem
não seria, se não tivesse sido vítima do diferimento de seus direitos.
Agosto de 200 I DIÁRIO DA CÂMARA DOS Dlil'UTADOS Sexta-feira 31 41001
Os feitos vêm a esta Comissão, na forma regulamentar, para
verificação prévia da compatibilidade ou adequação orçamentário-fmanceira e também
para apreciação do mérito.

11· VOTO DO RELATOR

O Projeto de Lei n° 4.853 apresenta grande mérito intrinseco capI2'


de suscitar irrestrita adesão; trata-se de oportuníssimo revigoramento parcial de um
mecanismo de ajuste que existia na antiga regulamentação do imposto de renda (art. 88 do
Regulamento baixado com o Decreto nO 88.450, de 4 de dezembro de 1980), cuja
supressão, a partir de 1989, deixou uma lacuna aberta e annou uma armadilha fatal para
contribuintes apanhados pelo azar que viessem e que venham a receber rendimentos
acumuladamente, corresoondentes a período superior a doze meses.

É surpreendente que, desde 1989, ninguém tenha logrado a


reconstrução do inteligente mecanismo~ cuia falta causa tratamento tributário desigual e
injusto a contribuintes situados em condições análogas quanto aos ganhos auferidos mas
em temporalidades diversas do ponto de vista da efetivaçãO· dos recebimentos.

É que duas ordens de problemas, na verdade falsos problemas,


vêm embaraçando.alguns-analistas; é forçoso deter-se sobre ambos os obstáculos aparentes
para desenovelar o fio da boa razão.

Primeiro, a querela sobre o período de apuração no regime


chamado "de bases commtes": ~ que, abolido o antigo regime cedu1ar com apuraçIo anual
do imposto, mediante o sistema dito "de bases correntes" que se instrumentalizou com a
edição da Lei nO 7.713/88, edititou-se o critério básico de tributar os rendimentos no mês
em que os recursos fossem entregues pela fonte pagadora ao beneficiário (isso está
disposto. hoje. no art. 39 do RIRl94).

Mas o novo sistema não se desfez do mecanismo de ajuste


materializado na declaração anual de ajuste e na respectiva tabela ãnual do imposto: é
indispensável o ajuste em prazo mais longo para adequar a incidência do imposto àqueles
recebimentos e deduções que se verificam em periodicidade mais longa que o intervalo
mensal.
41002 Sl:Xla-leira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agusto (Il: 20()\

Está claro que o mecanismo de ajuste não contradiz a sistemática


de bases correntes, antes a complementa, toma-a realista e razoável; nIo há porque
desprezar-se, portanto, aquele mecanismo de ajuste excepcional do artigo 88 da antiga
regulamentação, pennitindo a distribuição de rendimentos recebidos acmnuladamente
pelos exercícios aos quais se referirem.

A compatibilidade do ajuste anual com o regime de apuração


mensal esta consagrada, portanto, na coexistência do art. 39 com a tabela anual do art. 94
do' RIRJ94; segue-se que o critério do art. 39 não exclui o mecanismo de ajuste anual
.regular do art. 94 e, conseq6entemcnte, pode conjugar-se com um mecanismo de ajuste
·'exccpcional, qüinqüenal (qüinqüenal porque, em função dos prazos prescricionais, este e o
-período em que as declarações anuais estio disponíveis e são passfveis de revislo),
aplicável às situações excepcionais em que, a critério do contribuinte, a distribuição de
rendimentos acumulados lhe pareça mais vantajosa.

Vale observar que nem sempre a distribuição dos rendimentos


pelos últimos cinco exercícios será necessariamente a mais vantajosa para o contribuinte,
nem será necessariamente prejudicial ao fisco; tudo dependerá da faixa de alíquota a que o
contribuinte estiver sujeito e das respectivas alterações que tiverem ocorrido nesse
intervalo, sobretudo no valor do piso de isenção; por exemplo, é claro que se, neste
exercício, o piso de isenção tiver sido elevado, um contribuinte situado na faixa
correspondente à alíquota mais elevada não terá interesse em distribuir os rendimentos que
receber hOJe acumuladamente, por eXCfrcicios anteriores nos quais faria jus a uma pan:ebl\
dedum menor em funçIo de pisos de isenção anteriormente mais baixos.

) Mas a.ausancia desse mc:canismo de ajuste do longo prazo pode


prejudicar ps contribuintes menos favorecidos, aqueles que se situam nas faixas de
rendimentos sujeitos a alíquotas mais baixas, o que seria especialmente injusto nos casos
em que o recebimento acumulado decorre de incapacidade financeira circunstancial ou,
pior, de má-fé do pagador; o beneficiário, além de privar-se por longo tempo dos
recebimentos a que faria jus, além dos custos e aborrecimentos da demanda judicial, ainda
por cúmulo acabaria sendo tributado à alíquota mais alta, tendo amputada, sem razIo.
parte de seus direitos.

Por sua vez, embora esses prejufzos sejam individualmente


Agosto de 200l DIÁRIO DA CÂMARA DOS Dm)lJTADOS Sexta-lCira 31 41003
significativos para as pessoas de rendas modestas que os so~ a vantagem finaoc:eira
agregada que favorece o Fisco é, para este, insignificante, além de representar uma
mais-valia imprevista.

Aqui, vale comentar o segundo falso problema, a conttovásia


sobre a suposta renúncia de receita acarretada pelo projeto. ...' .

Ora, não tem sentido conceituar como renúncia de receita o glsto


de boa justiça que abre mio dessa mais-valia imp~ evidentemente, essa mais-valia
ocasional, que resulta do acaso e da ausência do necessário mecanismo de ajuste de IOJJIO
prazo, 010 poderia ser orçada; a previsão orçamentária só pode ser feita com base Da
informaçlo de que o contribuinte fulano vem auferindo rendimentos sujeitos à alíquota
xis, do ~ possível prever que o patdo suspenderá os pagamentos, que o comribuiDtc
recorrerá à Justiça e que o valor acumulado desses rendimentos será liquidado num tempo
detenninado.
Logo. o projeto que restaura o mecanismo de ajuste de longo .~.
apenas resulta em reajustar a receita do imposto à respectiva previsIo. nos casos em que a
relida auferida prevista sofre adiamento por mais de um ano, mas em nenbmna bip61ae
poderia causar renúncia de receita; uma receita (e eventualmente um prejufzo, como se viu
acima) imprevista, nio orçada, não orçável, nIo poder ser objeto de renúncia!

Elucidados os dois falsos problemas, resta que a ambiçlo do


projeto restringe-se aos rendimentos de sal4rio e beneficie;.. conexos, alo n:ptoduzindo o
,mior alcance do dispositivo do art. 88 do antigo regulamento do imposto de renda; no
entanto, a mo~éstia do projeto não lhe retira o mérito.

Com relação ao Projeto de Lei nO t .60 t, apenso, cabem as mesmas


considerações, sejam sob os aspectos de adequação orçamentária e fmanceira, sejam a
respeito do mérito.
Até porque os projetos em tela se assemelham na tentativa de
restaurar os efeitos do mecanismo de ajuste anterionnente previsto na legislação do
imposto de renda.
obeneficiário de rendimentos pagos acumuladamente, além da
privação de seus rendimentos, acaba por ter amputada, sem razão, parte de seus direitos.
em virtude da incidência cega do imposto.
41004 S.:xta-Ic,ira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agustu d.: 200 I
Neste caso. igualmente a sistemática de "bases correntes" é
complementada de fonna realista e razoável pelo mecanismo de ajuste de longo prazo
proposto.
E embora o projeto não seja tão abrangente quanto o mecanismo
de ajuste excepcional do artigo 88 da antiga regulamentação do imposto de renda. já que
se contenta em restaurar o piso de isenção, deixando de proteger os contribuintes situados
nas faixas intennediârias da tabela de incidência do imposto, nem por isso seu mérito seria
contestável, dando preferência aos menos favorecidos.

Forçoso é reconhecer que o projeto principal é mais completo do


que o apensado, atendendo a todos os contribuintes que se encontrem na situaçlo de
perceber salários acumuladamente por força de decisão judicial ou acordo trabalhista.
Pelas razões acima expostas, nosso VOTO É PELA
ADEQUAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA DOS PROJETOS DE LEI EM
EXAME E, NO MÉRITO, PELA APROVAÇÃO DO PL N° 4.853, DE 1994, e PELA
RFJEIÇÃO DO APENSADO PL N° 1.601, DE 1996.

Sala da Comissão, em:j6de~ 'Vl~i: 1997.

Depu.~~
~~tQr

111 - PARECER DA COMiSsA"

A Comissão de Finanças e Tributação, em reunião ordinária realizada


hoje, concJuiu, pela adequação financeira e orçamentária do P(Ojeto de L~i ri'
4.853194 e do PL n° 1.601/96, apensado, e, no mérito, pela aprovaçAO do Projeto e
pela rejeição do apensado, nos termos do parecer do relator, Deputado Max
Rosenmann, contra o voto do Deputado Manoel Castro.
Agosto de 2()()1 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 31 410U5

Estiveram presentes os Senhores Deputados Germano, Rigotto,


Presidente; Neif Jabur, Fattar Júnior e Júlio César, Vice-Presidentes; Augusto Viveiros,
Manoel Castro, Messias Gois, Saulo Queiroz, Arnaldo Madeira, Luiz Carlos Hauly, Max
Rosenmann, Roberto Brant, Silvio Torres, Veda Crusius, Edinho Se%;·. Hermes
Parcianello, Pedro Novais, Delfim Netto, Fernando Ribas Carli, Firmo de Castro, Vania
dos Santos, Zaire Rezende, José Augusto, José Cartos Vieira, Magno Bacelar, Felipe
Mendes e Maria Conceição Tavares.

Deputado GE
Pr

COMISSÃO DE CONSTITUiÇÃO E JUSTiÇA E DE


REDAÇÃO

TERMO DE RECEBIMENTO DE EMENDAS

PROJETO DE LEI N° 4.853/94

Nos termos do art. 119, caput, I do Regimento

Interno da Câmara dos Deputados,. alterado pelo art. 10 , I, da

Resolução nO 10/91, o Senhor Presidente determinou a abertura e


41006 Sexta-feira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUIADOS Agosto de 200 I
divulgação na Ordem do· Dia das Comissões, prazo para

apresentação de emendas a partir de 25/05/99, por cinco sessões.

Esgotado o prazo, não foram recebidas emendas ao projeto.

Sala da Co~s,ão, em 31 de maio de 1'999.

. Z?Wt-' he..-l-
SERGIO SAMPAIO CONTREIRAS DE ALMEIDA

I • RELATÓRIO

o Projeto de Lei nO 4.853, de 1994, de autoria do ilustre


Deputado Paulo Paim, propõe alteração da tributação do Imposto de Renda
incidente sobre rendimentos recebidos acumuladamente em razão de decisão
judicial ou acordo trabalhista.

Os rendimentos acumulados, que hoje são tributados pelo


sistema de caixa no seu montante total. passam a ser distribuídos pelos períodos
anuais de competência.

A proposição foi aprovada por unanimidade na Comissão


de Finanças e Tributação.

Foi apensado à proposição em exame o PL 1601, de 1996,


do eminente Deputado Ary Kara, que prevê isenção do Imposto de Renda para
os rendimentos pagos a pessoas físicas, quando estas os recebem
acumuladamente, rendimentos esses que, se tivessem sido recebidos nos
respectivos meses de competência, teriam ficado isentos da tributação.

Nesta Comissão, não foram apresentadas emendas no


prazo regimental.
Agosto de 2001 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-tcira 31 41007

11 - VOTO DO RELATOR

Cumpre a este Colegiado. consoante o art. 53, inciso 111, do


Regimento Interno. aprovado pela Resolução nO 17, de 1989, e alterado por
Resoluções posteriores, pronunciar-se quanto aos aspectos de
constitucionalidade, juridicidade e de técnica legislativa contidos nas proposições.

Ademais. prescreve o art. 54. inciso /, do Regimento


Interno, ser terminativo o parecer da Comissão de Constituição e Justiça e de
Redação Quanto ao exame de aspectos que lhe são próprios.

Não entrevimos a ocorrência de óbice constitucional no


Projeto de Lei nO 4.853, de 1994. Ao contrário. ~.to. ~Ip. conseqüência ao estatuído
no art. 145, § 1° da Constituição Federal, verbis:

'~rl. 145 .
§ 10 Sempre que possível, os impostos te~o caráter
pessoal e serão graduados segundo 8 capacidade
econõmica do contribuinte ( ...)
"" .n
Se a percepção cumulativa de ganhos enseja a cobrança
do Imposto de Renda, que não incidiria se eles fossem recebidos nos exercícios
devidos. duplamente deve sentir-se injustiçado o contribuinte: por receber seus
~ .
ganhos com atraso e por recebê-los com o desconto do imposto que não "sena
devido.

o projeto corrige, pois. injustiça evidente, embora sem a


mesma amplitude que possuía antigo dispositivo do Regulamento do Imposto de
Renda. uma vez que atribui a imputação da renda aos exercícios respectivos
apenas nas circunstâncias de haver decisão judicial ou acordo trabalhista que a
determine e relativamente a salários e benefícios conexos.

Foram atendidas as formalidades relativas à competência


legislativa da União (art. 24, inc. b), à atribuição do Congresso Nacional (art. 48) e
à legitimidade da iniciativa parlamentar (art. 61, todos da Constituição Federal). A
proposição apresenta-se. ainda, sem eiva de injuridicidade.

No que se refere à técnica legislativa, para adequar o PL à


Lei Complementar nO 95, de 26 de fevereiro de 1998. e à Súmula desta
41 ()OX Scxla-tcira 31 DIÁRIO I)A CÂMARA DOS DEPUTADOS Agoslo d\! 2(0)

Comissão, apresento duas emendas. A primeira, para retirar o prazo em que q.


Poder Executivo deverá regulamentar a lei. e a segunda, para eliminar a cláusu(~
revogatória inespecífica. sabendo-se que o dispositivo legal que hoje regula \a
matéria permanecerá vigente para os casos não excetuados neste projeto.

o apenso Projeto de Lei nO 1.601, de 1996. tem o mesmo


sentido do PL 4.853, de 1994. apenas adotando a periodicidade mensal e
limitando o escopo aos casos em que a imputação dos rendimentos acrescidos
aos meses de competência ultrapassasse o piso de isenção. Possui. igualmente,
as notas da constitucionalidade formal e substantiva. e da juridicidade.

Pelos motivos expostos. voto pela constitucionalidade.


juridicidade e boa técnica legislativa do Projeto de Lei n° 4.853. de 1994. com as
emendas supressivas anexas. Quanto ao apenso PL 1.601. de 1996. manifesto-
me por sua constitucionalidade. juridicidade e boa técnica legislativa, com as
emendas anexas.

Sala da Comissão. em _ de - ::., ~ de 2000.

Deputado OSMAR SERRAGLlO


Relator

EMENDA SUPRESSIVA N° 1

Suprima-se o art. 20 do PL 4.853, de 1994. renumerando-se


os demais.

Sala da Comissão. em de de :iOOQ.

Deputado OSMAR SERRAGLlO


Relator
Agosto de 200 I DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS SeXla-lcira 31 41009

EMENDA SUPRESSIVA N° 2

Suprima-se o art. 4° do PL nO 4.853. de 1994.

Sala da Comissão. em de de 2000.

Deputado OSMAR-SERRAGLlO
Relator

PROJETO DE LEI N° 1.&01, DE 1996

. EMENDA SUPRESSIVA N° 1

Suprima-se o art. 2° do Projeto de Lei n° 1.601. de 1996.


renumerando-se os demais.

Sala da Comissão. em c de '. de 2eOO.

,
''-- \.. \..-- ~- -
Deputado OSMAR SERRAGLlO
Relator

III - PARECER DA COMISSÃO


I
A Comissão de Constituição e Justiça e de Redação, em
reunião ordinária realizada hoje, opinou unanimemente pela
constitucionalidade~ juridicidade e técnica legislativa do Projeto de Lei na
4.853-A/94 e do de n° 1.601/96, apensado, com emendas. nos tennos do
parecer. do Relator, Deputado Osmar Serraglio.
41010 Sexta-feira 31 DIARIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto ,li: 2001
Estiveram presentes os Senhores Deputados: ;,;'~
, »

InaJdo Leitão - Presidente, Zenaido Coutinho e Osmàt


Serraglio - Vice-Presidentes, André Benassi, Fernando Gonçalves, Mwilo
Domingos, Vicente Arruda, Zulaiê Cobra, Aldir Cabral, Antônio Carlos
Konder Reis, Jaime Martins, Moroni Torgan, ?au!o Magalhães, Vilmar
Rocha, Cezar Schirmer, Mendes Ribeiro Filho, Renato Vianna, Roland
Lavigne, Geraldo Magela, José Genoíno, Luiz Eduardo Greenhalgh, Augusto
Farias, José Antônio Almeida, Fernando Coruja, José Roberto Bateemo,
Domiciano Cabral, Léo Alcântara, Luiz Antônio Fleury, Odílio Balbinotti,
Cláudio Cajado, Mauro Benevides, Themístocles Sampaio, Orlando
Fantazzini, Or. Benedito Dias e Wagner Sal~stiano.

Sala da Comissão, em 24 de maio de 200 I

.~~_'J'-
/Deputado INALDü LEIT Ãü
Presidente

EMENDAS ADOTADAS - CCJR

N° 1- CCJR

Suprima-se o art. 20 do projeto, renumerando-se os demais.

Sala da Comissão, em 24 de maio de 2001

I
/\ .
'"'-' '-.,....,.,'-.
Deputado INALDO LEITÃO
Presidente
Agosto de 200 I DIÁRIO DA CÁMARA DOS DEPUTADOS Scxta-lcira31 41011

ENlliNDASADOTADAS-CC~

~2-CCJR

Suprima-se o art. 4° do projeto.

Sala da Comissão, em 24 de maio de 2001

. ~,..........
'
.
-
........
-"/'

Deputado INALDO LEITÀO


Presídente

PROJETO DE LEI N° 1.601. DE 1996

ENrnNDASAOOTADAS-CCJR

N° 1 - CCJR

Suprima-se o art. 2° do projeto, renumerando-se os demais.

Sala da Comíssão, em 24 de maio de 2001

G~
I Deputado INALDO LEITÃO
i Presidente
41012 S<:xla-l'eira31 DIÁRIO \)1\ CÂMI\RI\ DOS lJEI'UTI\DOS Agpslo de 2()()[

PROJETO DE LEI N° 1.601. DE 1996

ENlliNDASADOTADAS-CCJ~

Suprima-se o an. 4<' do projeto.

Sala da Comissão, em 24 de maio de 100 I

.
~~-.
Deputado fNALDO LEIT Ãü
Presidente

CÂMARA DOS DEPUTADOS

RECURSO N° 166, DE 2001


(CONTRA OECISÃO CONCLUSIVA DE COMISSÃO)
(DO SR RICARDO BARROS E OUTROS)

Requer, na forma do art. 58, § 3° ele o art. 132, § 2°, do Regimento Interno, que o Projeto
de Lei nO 2.564-C, de 1992, do Senado Federal, com pareceres favoráveis das Comissões
de Mérito, seja apreciado pelo Plenário.

(PUBLIQUE-SE. SUBEMETA-SE AO PLENÁRIO)

Nome Parlamentar
Agosto d~ 20D I DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS S~xta-Icira 31 41013
Tipo da Proposição: REC
Autor da Proposição: RICARDO BARROS E OUTROS
Data de Apresentação: 21/08/01
Ementa: Requer, nos tennos do art. 58, § 3°, combinado com o art. 132, §
2° do Regimento Interno, que seja submetido ao Plenário o
Projeto de Lei nO 2546/92, do Senado Federal.
Possui Assinaturas Suficientes: SIM
~~-

Totais de Assinaturas: Confirmadas


----- O~
Não Conferem
--
002i
Fora do Exercício 000
Repetidas 002
Ilegíveis 001
IRetiradas
----------_.
'-'
0001

Assinaturas Confirmadas
1 ABELARDO LUPION PFL PR
2 ADAUTO PEREIRA PFL PB
3 ANDRÉ BENASSI PSDB SP
4 ANIVALDO VALE PSDB PA
5 ARISTON ANDRADE PFL BA
6 ARNALDO FARIA DE sA PPB SP
7 ARNON BEZERRA PSDB CE
8 BASiLIO VILLANI PSDB PR
9 CELCITA PINHEIRO PFL MT
10 CESAR BANDEIRA PFL MA
11 EDISON ANDRINO PMDB SC
12 EDMAR MOREIRA PPB MG
13 EXPEDITO JÚNIOR PSDB RO
14 FERNANDO DINIZ PMDB MG
15 HAROLDO BEZERRA PSDB PA
16 IBERÊ FERREIRA PTB RN
17 IRIS SIMÕES PTB PR
18 JOÃO ALMEIDA PSOB BA
19 JOÃO CALDAS PL AL
20 JOAo LEÃO PPB BA
21 JOSÉ CARLOS FONSECA JR. PFL ES
22 JOSÉ INDIO PMDB SP
23 JOSÉ LOURENÇO PMDB BA
24 JOSÉ MÚCIO MONTEIRO PFL PE
25 JOVAIR ARANTES PSDB GO
411114 Sexta-Ieira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2110 I
26 KÁTIAABREU PFL TO
27 LAEL VARELLA PFL MG
28 LAURA CARNEIRO PFL RJ
29 LAVOISIER MAIA PFL RN
30 LlDIA QUINAN PSDB GO
31 L1NCOLN PORTELA PSL MG
32 LUCIANO CASTRO PFL RR
33 LUCIANO PIZZATIO PFL PR
34 LUIZ ANTONIO FLEURY PTS SP
35 LUIZ CARLOS HAULY PSDB PR
36 MARCia FORTES PSOB RJ
37 MÁRIO ASSAD JÚNIOR PFL MG
38 MÁRIO NEGROMONTE PSOB BA
39 NELO RODOLFO PMDB SP
40 NELSON MARCHEZAN PSDB RS
41 NELSON MARQUEZELLI PTS SP
42 NEUTON LIMA PFL SP
43 NILO COELHO PSDB BA
44 ODELMO LEÃO PPB MG
45 OSMAR TERRA PMDB RS
46 OSÓRIO ADRIANO PFL DF
47 OSVAlDO BIOLCHI PMDB RS
48 PAUDERNEY AVELlNO PFL AM
49 PEDRO CHAVES PMDB GO
50 PEDRO CORRÊA PPB PE
51 PHILEMON RODRIGUES PL MG
52 RAFAEL GUERRA PSDB MG
53 RICARDO BARROS PP8 PR
54 ROBERTO BALESTRA PPB GO
55 ROLAND LAVIGNE PMDB BA
56 ROMEL ANIZIO PPB MG
57 RUBEM MEDINA PFL RJ
58 SALVADOR ZIMBALDI PSDB SP
59 SAULO PEDROSA PSDB BA
60 SILAS BRASILEIRO PMDB MG
61 SILVIO TORRES PSDB SP
62 URSICINO QUEIROZ PFL BA
63 VILMAR ROCHA PFL GO
64 VITTORIO MEDIOU PSDB MG
65 WAGNER ROSSI PMDB SP
66 WERNER WANDERER PFL PR
67 XICO GRAZIANO PSDB SP
68 ZENALDO COUTINHO PSDB PA
69 ZULAIÊ COBRA PSDB SP

Assinaturas que Não Conferem


1 JOSÉ MENDONÇA BEZERRA PFL PE
2 NEY LOPES PFL RN

Assinaturas Repetidas
1 NELSON MARQUEZELLI PTB SP
2 ROMEL ANIZIO PPB MG
Agosto de 200! DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-tCira 31 41015
Ofício nO 140/ 2001 132, § 2° do Regimento interno, que sea submetido
ao Plenário o Projeto de Lei n° 2546192, do Senado
Brasilia, 23 de agosto de 2001
Federal" contém número suficiente de signatários,
A Sua Senhoria o Senhor constando a referida proposição de:
Dr. Mozart Vianna de Paiva
69 assinaturas confirmadas;
Secretário-Geral da Mesa
Nesta 2 assinaturas não confirmadas;
2 assinaturas repetidas;
Senhor Secretário-Geral:
Comunico a Vossa Senhoria que o Recurso do Sr. 1 assinatura ilegível
Deputado Ricardo Barros e Outros, que "Re- Atenciosamente, - Cláudia Neves C. de Sou-
quer, nos termos do art 58, § 30, combinado com o art. za, Chefe

PROJETO DE LEI
N~ 2.546-C, DE 1992
(Do Senado Federal)
PLS N2 225/9 t

Altera a redação do parágrafo 2g do art. 551 da Lei n!l 7.797, de 10 de julho de 1989, que cria o
Fundo Nacional de Meio Ambiente B dá outras providências; tendo pareceres: da Comissão
de Defesa do Consumidor, Meio Ambiente e Minorias, pela aprovação (relatora: DEP.
RAQUEL CAPIBERIBE); da Comissão de Finanças e Tributação, pela adequação financeira e
orçamentária e, no mérito, pela aprovação (relator: DEP. SAULO QUEIROZ); e da Comissão
de Constituição e Justiça e de Redação, pela constitucionalidade, juridicidade e técnica
legislativa, com emendas (relator: DEP. ROLAND LAVIGNE).

{ÀS COMISSÕES DE DEFESA DO CONSUMIDOR, MEIO AMBIENTE E MINORIAS; DE


FINANÇAS E TRI8UTAÇÃO; E DE CONSTITUiÇÃO E JUSTiÇA E DE REDAÇÃO (ART. 54)-
ART. 24,11)

SUMÁRIO

I . Projeto fnicial

11 - Na Comissão de Defesa do Consumidor, Meio Ambiente e Minorias:


termo de recebimento de emendas
parecer da relatora
parecer da Comissão

111 - Na Comissão de Finanças e Tributação:


termo de recebimento de emendas
parecer do relator
parecer da Comissão

IV - Na Comissão de Constituição e Justiça e de Redação:


- termo de recebimento de emendas - 1996
termo de recebimento de emendas - 1999
parecer do relator
emendas oferecidas pelo relator (2)
parecer da Comissão
emendas adotadas pela Comissão (2)
41016 Scx\<J-fcira31 DIÁl{IO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Ag<lSlu de 2001

SlNOPSZ
~ CoDgresso Nacional decreta:
... ""l!Vt. i.o O I 2.° do art. 5.° da Lei 0.0 7.797, de
PROJETO DE LEI DO SENADO N.o 225, DE 1991
10 de julho de 1989, pasaa a vigora.r com a seguinte Altera a redaçio • A 1.0 do arL 5.0 da
redação: Lei 0.0 '7.'79'7, de 10 de Julho de 1181, que cria
"Art. 5.° . o FuDdo Naeioaal de Meto AmJ»1cote, o dá
outras proYiclâldu.
Apresentado pelo senador MArelo Lacerda
................................. " - ..
I 2.° Seml'lpreJuizIo das açõea em Amblto lldo. no expecUente da Besd.o de li-8-91, e pu;-
nac1ooal, será dada prioridade a.oa projetos que bUcado no DCN (Seçio n>, de 20-8-91. Despacbado
tenham sua área de atuação Da AmamnJa Le- à. CoID1ssão da.. Assuntos Boda1a - CAS (dedsão
gal elou no Pantanal Ma.to~nae.· .te~t1.ya>. onde. poderá receber emendaa, apóe
pubUcação e distribuiçáo em avulsos pelo prazo de
Art. 2.° Esta lei entra em vigor na d&ta ele sua cinco dias úteis.
publicação.
Em 12-12-91, a CAS aprova o parecer do rela.-
tor favorável ao projeto.

Art. 3.° Revopm-ae as d1aposições em CODtrá-


rio.
8enado Federal, 25 de fevereiro de 1992. - Em 16-12-91, é lido o Parecer n.O 589/tl, da
CASo relatado pelo Senador Nelson Wedekln. pela
Senador Mauro Benevides, .Pres1dente. sua ·aprovação. A Presidência. comunica ao Plenário
o recebimento do Oficio n.O '124/91, do Presidente
da CAS. comunicando a aprovação da matéria na
reunião de 12-12-91. Ê aberto o prazo de cinco dias
LEGISLAÇAO CITADA, ANEXADA PELA para interposição de recurso, por um décimo da
COOBDENAÇAO DAS COMISSOES composição da Casa, para que o projeto seja apre-
PBBMANBNTBS ciado pelo Plenário.

LEI N.o 7. '197, DE 10 DE JULHO DE 1989


Cria o FaDdo Nadoaal de Melo Ambiente, Em 21-2-92 a Presidência comunica ao Plenário
o término do 'prazo sem apresentação do recurso,
e dá Outns pro'ridêD.daa.
... __ .-_._-- - ----_ ..
.......................... ... -tI· _. t." ~ ",:,,\,.:,,:,;. - .-iI!t:.;" -::.-_
para que a matéria seja aprecia.da pelo Plenário.

Art. 5.° Serão considerada.s priorltáriaa as


apllcaçõe.9 de recursos financeIros de que trata. eata
lei, em projetos nas seguintes áreas:
I - unidade de conservação;
n - pesquisa e desenvolv1mento tecnológico;
A Câmara dw Deputados com o Oficio SM/n.o
III - educação ambiental; 59, de 25-2-92.
IV -: manejo e extensão florestal; SMIN.o 59
V - desenvolvimento lnstltuc1onal; Em 25 de fevereiro de 1992
Sr. Primeiro Secretário:
VI - controle ambiental;
Encaminho a Vossa Excelência, a fim de ser sub-
vn - aproveitamento econômico rac1oJla! e sus- metido à revisão da Câmara doa' Deputadas, J1QB
tentável da flora e fauna naUvaa. termos do art. 65 da Const1tu1~o FederaJ, o Pro-
§ 1.° Os programas serão periodicamente re- jeto de Lei do senado 0.0 225:-'!'ie 1991, constante
dos autógrafos anexos, que ·altera a redação do
vistos, de acordo com os princípios e d1retrtz.ea da § 2.° do art. 5.° da Lei n.O 7.797, de 10 de julho de
poliUca. nacional de me10 amb1ente. devendo aer 1989, que cria o Fundo Nacional de Meio Ambiente,
anualmente BUbmet1dos ao Congresso Nacional. e dá outras providênc1aB-.
I 2.° sem prejuízo das ações em âmbito nacio-
nal, será dada prioridade &os projetos que tenbam
sua área. de atuação na Amazônia legal.
Aproveito a oportunidade para renovar a V0S&8
Excelênc1a protestos de est.1ma e consideração. _
. . . . ... .... . .. . . Senador BenJ Vel'U, Pr1me1ro Secretário, em exer-
~
cicio.
Agos\o de 200\ DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sex\a-tCiru3l4\0\7

COMISSÃO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. MEIO A.\1BIENTE E MlNORlAS

TE~\fO DE RECEBIMENTO DE EMENDAS

PROJETO DE LEI N° 2.546/92

Nos tennos do Art. 119, caput, I, do Regimento Interno da


Câmara dos Deputados, o Sr. Presidente da Comissão detenninou a abertUra e divulgação na
ordem do Dia das Comissões. prazo para recebimento de emendas( 5 Sessões ), no pénodo de
20 I 03 195 a 27 103 195. Findo o prazo de cinco sessões, nào foram recebidas emendas.

"Sala da Comissào, em 28 de março de 1995.

. />(~ i .
Irr!~ I
Auremlton Araruna de Ahileida
S~rerário . / - - - \

P/J,eéC?e:-.e. 011
COMISSÃO DE DEFESA 00 CONSUMIDOR, MEIO AMBIENTE E MJNORIAS

I - Relat:.6r1.o

A Lei n Q 7.797, de la de julho de 1989, que


criou o Fundo Nacional do Meio Ambiente, com o propósito de
financiar projetos na área ambiental, estabeleceu, no seu
Art. SQ, S 2l:l que "sem pre)u.l.zo das ações em âmbito
nacional, será dada prioridade aos projetos que tenham sua
área de atuação na Amazônia Legal".

Pretende-se, através do projeto em epigrafe,


incluir, entre os biomas prioritários para efeito de
aplicação dos recursos financeiros do FNMA, o Pantanal
Matogrossense.
41 () 18 Sexta-feira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Aguslo de 200 I

t O relat6rio.

II - Vo~o do R.l.~or

Cabe-nos nest.a Comissio,força de


por
dispoSição regimental, analisar a óportunidade da presente"':
proposição sob a perspectiva ambiental.

A eleição da Amazônia como área prioritária


para a aplicação dos recursos do FNMA explica-se, de um
lado, por sua extrema riqueza biológica e, por outro, pelo
processo acelerado e desordenado de ocupação da região que
se vem observando nos últimos anos. Todavia, o motivo
decisivo dessa valorização da Amazônia, em detrimento de
outros biomas nacionais sob ameaça de destruição ainda
maior, é o interesse que as florestas tropicais têm
despertado na comunidade internacional. O FNMA foi criado em
1989, como resultado do "Programa Nossa Natureza", em um
momento em que o Pais encontrava-se sob forte pressão
externa, sobretudo em função dos dados alarmantes sobre o
desmatamento da Amazônia relativos a 1988 (22 mil
quilômetros quadrados) . Priorizar a região amazônica
constituia, inclusive, uma estratégia para facilitar a
captação de recursos externos para o Fundo.

Têm razão o nobre autor do presente Projeto,


Senador Márc io Lacerda, quando argumenta que, à 5em~lhança
da Floresta Amazônica, o Pantanal é um ecossistema único no
mundo, por suas caracteristicas de maior planicie inundável
do Planeta e por sua riqueza biológica. Também o Pantanal
Matoqrossense vem sendo submetido a um processo caótico e
predatório de ocupação, atraindo as preocupações
internacionais.
Ago&to de 2001 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sext<J-lcira 31 41019
Entendemos oportuna, portanto, a inclusão do
Pantanal Matogrossense entre osbiemas priorit6rios para a
aplicação dos recursos financeiros do FNMA, mesmo porque,

come estabelece a Lei n Q 7.797/89, a alocaçAo preferencial


de recursos para essas regiões deve ser feita Bem prejuizo
das ações em âmbito nacional.
Nosso voto é pela aprovação do Projeto de Lei
n Q 2.546/92.

Sala da Comissão, em.1?, de (t~~Jl de)qy$.

Depu~a ~ribe
2ll.- PARECER DA COMISSÃO

A Comissão de Defesa do Consumidor, Meio Ambiente e Minorias, em


reunião ordinária re3lizada. hoje. aprovou. unanimemente, o Projeto de Lei nO 2.546/92, nos
nos termos do parecer da relatora.

Estiveram presentes os Senhores Deputados Sarney Filho, Presidente, Celso


Russomanno,Vice-Presidente. Fâtima Pelaes. Luciano Pizzatto, Raquel Capiberibe. Salomão
Cruz, Vilson Santini, Albérico FiIlH.l. S(l~UITO Gomes. Wilson Branco, Pimentel Gomes.
Vanessa Felippe, Fernando Gabeira. .tose t\lachado. Laura Carneiro. Silvemani Santos,
Sérgio Carneiro, Ricardo Barros. Jt\!.-c Culos Vieira. Freire Júnior, Teté Bezerra, Zulaiê
Cobra, Nelson Otoch, Eurico i\liranda. Jose Carlos Lacerda, Ivan Valente. Domingos Dut~
Teima de Souza, e Enton Rohnelt e ~lana Suplicy

Sala ela Comis!>à(), ~11l 26 de abril de 1995.

Depulad me
Pr . cot
"(lIl/t
ho

~
~
Del'll
Relatora
plbe ·be
41020 Sexta-feira:ll DIÁRIO DA CÁMARA DOS DEPUTADOS Agoslo de 2001
COMISSÃO DE FINANÇAS E TRIBUTAÇÃO

TERMO DE RECEBIMENTO DE EMENDAS

PROJETO DE LEI N° 2.546-AJ92

Nos termos do art. 119. I. do Regimento. Interno da Càmara oos


Deputados. o Sr. Presidente determmou a aoertura e divulgação na Ordem do Dia
das COffilssões de prazo para apresentação de emendas. a partir de 15/05/95. por
cinco sessões. EsgotadO o prazo, não foram recebidas emendas ao proJeto.

Sala da Comissão. em 23 de mala oe 1995

~~;,..J..A. ~...:v...:çJ"O'~,
J..A)j M .....

Mana LInda Magalhães


Secretána

PARECER DA

COMISSÃO DE FINANÇAS E TRlBlrrACÃO

I - R.EU.TÓRIO

A Lei nO 7.797. de 10 de julho de t989, criou () Fundo


Nacional do Meio Ambiente. com o propósito de constituir reserva orçamentána para
financiar projetos na area ambiental. pnonzando (an. se) os segumtes objetivos:

1· Unidades de Conservação:

11 - Pesquisa e desenvolvimento tecnológico:

111 - Educação ambienta!:

IV - Manejo.: Extensão Florestal:

V - DesenvolVimento lnsmuclOna!:

VJ - Controle ambientai:

VJI- Aproveitamento Econômico raCIonal é Sustenta'C!


da Flora e da Fauna Nativa;.

o mencionado diploma legal estabelece ainda em seu


ano 5°, § 2° que "sem prejuizo das ações em ãmbito nacional, seni. dada prioridade aos
prOjetos que tenham sua área de atuação na Amazônia legaL"

Por seu turno, o Projeto de Lei nO 1.546, de \991,


originário do Senado Federal. propô<: a inclusão wnbém do Pantanal Matogrossense entre as
aplicações seletivas de recursos financeiros do Fundo Nacional de Meio Ambiente.
Agosto de 200 I DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Scxta-Ieira31 41021
. O projeto em epigrafe foi aprovado por unanimidade na
comISsão de defesa do Consumidor, meio Ambiente e Minorias.

Nos termos do ano 119. 1 do Regimento Interno da


Câmara dos Deputados. não foram recebidas emendas ao projeto nesta CQ111issão.

D - VOTO DO RIUTOR

o Projeto de Lei n° 2.546. de 1992. de autoria do nobre


Senador Marcia Lacerda. ao incluir o Pantanal Matogrossense como área de investimento
prioritária do FNMA. mostra-se, ao nosso ver. extremamente coerente com os objetivos do
Fundo. especialmente no que diz respeitO ao financiamento de projetos que visam ao
aproveitamento econômico ractonal e sustentável da flora é da fauna nativas no temtório
nacional.

Tanto a Amazônia como o Pantanal Matogrossense


configuram ecossistemas especialíssimos. úmcos no mundo. cUJa exploração econômica
racional deve ser mcentlvada pelo Poder Público. mesmo que ísto represente. ,,:ventualmente
algum tipo de pressão adiCionai sobre os cofres públicos.

Desse modo. interpretamos como uma limitação da Lei


nO 7.797/89 conceder tratamento privilegiado com os recursos do FJ\'MA exclusivamente aos
projetos que tenham sua area de atuação na Amazônia Legal.

Como afirma o autor do projeto epigrafado. "a


dimensão do problema ambiental amazônico Justifica a pnondade. ;:,o~em. nào menos
urgente e dramaltca e a situação do Pantanal ~latogrossense. a maIor pl:..rucle lnL1.l".dável do
Planeia. que com sua admiravel diversidade genética o distingue como patnmõnio da
humamdadc:"
Entendemos que a aprovaçào do Projeto de Lei n°
2.546/92 cna perspectivas concretas de estimulo aos projetos direcionados para o Pantanal
Matogrossense financiados com recursos do FNMA.

Cabe a esta Comissão também examinar a materia


quanto a sua compatibilidade ou adequaçào com o Plano Plunanual. a Lei de Diremzes
Orçamentarias e o orçamento Anual. conforme o Art. 53. inCISO 11. do Regimento (nterno da
Casa.

o Projeto do Plano Plurianual 19961\999. já aprovado


pelo congresso nacIOnal. prevê. enrre os objetivos para o Meio Ambiente. ações que visem
"estimular o uso racional e sustentãvel dos recursos naturais incluindo a manutenção
melhoria ou recuperação da qualidade ambiental" (Pág. 34 \. Por outro lado a Lei de
Diretrizes Orçamentárias para 1996 (Lei n° 9.082. de 25 de julho de 1995), mclui entre os
objetivos básicos da administração publica federal a promoção do desenvolVimento
sustentãvel. buscando I:onciliar lUi necesSidades do crescimento econômico c: de
modemização tecnológica do selar produtivo com a preservação do meio ambiente e a
melhoria da qualidade de vida nas cidades e no campo (Art. :!o. V). o que inclui,
necessariamente. ações de preservação ambiental no pantanal matogrossense.

Por fim. a proposição em exame não implica aumento


da despe.ca publica. ou redução das receitas, definindo simplesmente as áreas em que.
pnoritariarnente. serão aplicados os recursos já alocados ao Fundo nacional do meio
Ambiente.
Diante do VOlamOS pela adequação
orçamentãria e financeira do Projeto d,.--4...,..,.",,'-../. 1992 e, no menta. pela sua
aprovação.

: QU:P
Relator
41022 Sexta-feira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agos«) de 200 I
111 - PARECER DA COMISSÃO

A Comlssão de Finanças e Tributação. em reunião ordinár13


realizada hOJe. conclulu. unanimemente. pela adequação financeira e
orçamentárlB e. no mérito. pela aprovação. do ProJeto de Le!, n Q
2.546/92 nos termos ào parecer do relator

Estiveram presentes os Senhores, Deputados Del fim Netto.


Presidente: Augusto Viveu'os e Edinho Bez. Vice-Presidentes; Jose
Carlos Vieira. Manoel Castro. Roberto Brant. Saulo Queiroz. Sérgio
Naya. Silvio Torres, Homero Oguido. Jurandyr Paixão. MaX Rosenmann.
Pedro Novais. Ari Magalhães. Basilio Villani. Eujácio Simões.
Fet ter Júnior. Fernando Torres. Firmo de Castro. Marclo For tes.
Paulo Mourão. Celso Daniel José Fortunat~. Paulo Bernardo.
Fernando Lopes. Fernando Ribas CarIl. Aldo Rebelo. Efralm MoralS.
José Coimbra. Lima Netto. Antonio do Valle. Paulo Ritzel. FranCiSCO
Horta. joão ?izzolati. Ayrton Xerez. LUiZ Carlos Hauly e Milton
Temer.

Sala da Comlssão. em 29 de maio de 1996

Presldente

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE REDAÇÃO

TERMO DE RECEBIMENTO DE EMENDAS

PROJETO DE LEI N° 2.546-B/92

Nos termos do 3rt. 119, capu~ I do Regimento Interno da


Câmara dos Deputados, alterado pelo art tO, L da Resolução nO 10/91, o Senhor
Presidente determinou a abertura - e divulgação na Ordem do Dia das Comissões - de
Agosto de 200 I DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Scxta-fcim31 41023

prazo para apresentação de emendas a partir de • 2 1 I 06 / 96 , por cinco sessões.


Esgotado o prazo, não foram recebidas emendas ao projeto.

Sala da Comissão, em 28 de junho de 1996 •

. ~~
SERGIO SAMPAIO CO rT"'n-L,-r-L.~LL~S DE ALMEIDA
Secretário

TERMO DE RECEBIMENTO DE EMENDAS

PROJETO DE LEI N° 2.546-8/92

Nos termos do art. 119, capute inciso I do Regimento


Interno da Câmara dos Deputados, alterado pelo art. 1° , I, da Resolução n Q

10/91, o Senhor Presidente determinou a abertura e divulgação na Ordem do


Dia das Comissões, prazo para. apresentação de emendas a partir de

30/11/99, por cinco sessões. Esgotado o prazo, não foram recebidas


emendas ao projeto.

Sala da Comissão, em 07 de dezembro de 1999

SÉRGIO SAt~&:~RAS
Secretário
DE ALMEIDA
41024 Sex.ta-feira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 200 I

I ~ RELATÓRIO.

o presente projeto de lei, oriundo do Senado Federal, visa a


alterar o § 2!? do art. 5~ da Lei nO 7.797, de 10 de julho de 1989, que cria o Fundo
Nacional de Meio Ambiente, para nele incluir,. ao lado da Amazônia Legal, o
Pantanal Mato-grossense, como área de atuação prioritária para receber recursos
financeiros' do Fundo no desenvolvimento de projetos.

Aprovado no Senado Federal, foi encaminhado à Câmara


dos Deputados, onde já passou pela Comissão de Defesa do Consumidor, Meio
Ambiente e Minorias e pela Comissão' de Finanças e Tributação. em ambas
recebendo parecer com aprovação unânime, cujos relatores foram,
respectivamente.
I
a Deputada Raquel Capiberibe e o Deputado Saulo Queiroz. A
primeira, manifestando~se sobre o mérito. justificou a inclusão do Pantanal por
Que, tanto quanto a Amazônia, vem sofrendo ocupação desordenada e
predatória. A segunda concluiu pela adequação orçamentária e financeira da
proposição, além de verificar a sua consonância com o Plano Plurianual, com a
Lei de Diretrizes Orçamentárias e com o Orçamento Anual. uma vez que "não
implica aumento de despesa pública ou redução das receitas, definindo
simplesmente as áreas em que prioritariamente, serão aplicados recursos já os
alocados ao Fundo Nacional de Meio Ambiente".

Impõe-se, agora, a audiência desta Comissão, para análise


da constitucionalidade. juridicidade e técnica legislativa do projeto. nos termos
regimentais.

É o relatório.

11 • VOTO DO RELATOR

Na trilha da alínea a, do inciso 111, do art. 32 do Regimento


Interno, cabe à Comissão de Constituição e Justiça e de Redação apreciar as
.:Jroposições sob os "aspectos constffuciona/, lega/, jurídico, regimental e de
~écnica legislativa".
Agtlsttl de 200t DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-lCira 31 41025

Cuida-se de alterar o § â do art. 52 da Lei m 7.797, de 10


de julho de 1989 que. ao criar o Fundo Nacional do Meio Ambiente, estabeleceu
como área prioritária para desenvolvimento de projetos a Amazônia Legal. A
alteração consiste em inserir ao lado dela o Pantanal Mato-grossense.

Com efeito. tanto a Floresta Amazônica brasileira quanto o


Pantanal Mato-grossense foram considerados. pelo § 42 do art. 225 da
Constituição Federal como "patrimônio nacional", devendo sua utilização ser
empreendida "na forma da lei, dentro de condições que assegurem a preservação
do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturaisJ~

Embora sabendo-se que a "proteção do meio ambiente"


transita por três ordens legislativas (federal. estadual e distrital), nos moldes do
inciso VI, in fine, do art. 24 da Lei Maior, e que, no âmbito da legislação
concorrente, a União se limita a estabelecer NORMAS GERAIS (§ 1.2), trata-se,
como se viu, de dispor sobre "patrimônio nacional", cuja proteção depende de
recursos financeiros do Fundo Nacional de Meio Ambiente.

Assim sendo, nada se vislumbra que comprometa a


constitucionalidade, a legalidade, a juridicidade e as normas do Regimento
Interno na tramitação do presente PL.

Quanto à técnica legislativa. todavia, três observações há


que se fazer: a primeira, para que se adote a grafia (correta) exibida no § 4~ do
art. 225 da Constituição. no que se refere ao Pantanal Mato-grossense; a
segunda, para que se substitua a expressão elou, de uso inapropriado em textos
legislativos, pelo que se oferece emenda em anexo; por fim, deve-se adequar o
PL aos ditames da Lei Complementar n2 95, de 1998.

Com essas considerações voto pela constitucionalidade,


juridicidade e pela boa técnica legislativa do Projeto de Lei n!! 2.546. de 1992,
com as modificações constantes das emendas que seguem, em anexo.

de 2000.

Deputado RO N \. VIG~E
Relator
41026 Sexta-feira 31 DI1\1< 1<) DA CÂMARA DOS DEPl JTADOS Agusto de 20()\

EMENDA N!!.1 AO PL ~ 2.546/92 (PLS N 225/91) 2

Dê-se ao art. 12 do projeto a seguinte redação:


"Art. 1~ O § 2° do art. SO-da Lei n!!.. 7.797, de 10 de julho
de 1989, passa a vigorar com a seguinte redação:
Art. fj3. •••••••.•••••••••••••••••••••••••.•••••••••••••••••••••••••••••••••
§ 2!!. Sem prejuízo das ações em âmbito nacional, será
dada propriedade aos projetos que tenham sua área de
atuação na Amazônia Legal ou Pantanal Mato-grossense.
(NRr

Sala da Comissão, em ~ ~ de ":> (.... de 2000.


i

\'-1~
• : I

Deputado R LA~D VIGNE


Relator

EMENDA N!!. 2 AO PL N~ 2.546/92 (PLS N~ 225/91)

Suprima-se o art. 3!!. do projeto.

Sala da Comissão, em '\) ~~ de ./!- )'" de 2000.


\1\
\J\, Yv----
Deputado RO~N~' IGNE
Relator
Agosto de 2üO I DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-Icira 31 41027

In - PARECER DA COMISSÃO

A Comissão de Constituição e Justiça e de Redação, em


reunião ordinária realizada hoje, opinou unanimemente pela
constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa, com emendas, do
Projeto de Lei nO 1.546-B/92, nos tennos do. parecer do Relator, Deputado
Roland Lavigne.

Estiveram presentes os Senhores Deputados:

Inajdo Leitão - Presidente, Zenaido Coutinho e Osmar


Serragiio - Vice-Presidentes, André Benassi, Custódio Manos, Fernando
Gonçalves, Ricardo Ferraço, Vicente Arruda, Aldir Cabral, Antônio Carlos
Konder Reis, Jaime Martins, Paes Landim, Paulo Magalhães, Vilmar Rocha,
Coriolano Sales, Mendes Ribeiro Filho, Renato Vianna, Geraldo Magela, José
Dirceu. José Genoíno, Marcos Rolim, Augusto Farias, José Antônio Almeida,
Sérgio Miranda, Alceu Collares, Fernando Coruja, José Roberto Batochio,
Bispo Rodrigues, Domiciano Cabral, Edir Oliveira, Léo Alcântara, Cláudio
Cajado, Maria Lúcia, Mauro Benevides, Nelo Rodolfo, Orlando Fantazzini,
Ary Kara e Wagner Salustiano.

Sala da Comissão, em 31 de maio de 2001

Deputado lNALDO LEIT Ao


Presidente

E~NDASADOTADAS-CC*

Dê-se ao art. lOdo projeto a seguinte redação:

~"Art. 10 O § 2° do art. 5° da Lei nO 7.797, de 10 de


julho de 1989, passa a vigorar com a seguinte redação:
4102l:1 Sexla-Icira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEl'lHAI>OS Agosto de 2001

..................................... ~ - '" '" .

~ 2° Sem prejuízo das ações em âmbito nacional,


será dada propriedade aos projetos que tenham sua área de
atuaçào na Amazônia Legal ou Pantanal Mato-grossense.

Sala da Comissão, em 31 de maio de 200 I

Deputado INALDü LEITÃO


Presidente

E~NDASADOTADAS-CC~

Suprima-se o art. 3° do projeto.

Sala da Comissão, em 31 de maio de 1001

"-
~

'---..._"--- .~
\

Deputado INALDO LEIT Àü


Presidente
Agosto de 20tJl DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexla-Icira 31 41029
RECURSO W 168, DE 2001 I - regular as diversões e espetáculos
(CONTRA DECISÃO CONCLUSIVA DE públicos, cabendo ao Poder Público infor-
COMISSÃO) mar sobre a natureza deles, as faixas etári-
(Do Sr. Marcelo Barbieri e Outros) as a que não se recomendem, locais e horá-
rios em que sua apresentação se mostre
Requer, na forma do art. 58, § 3°,
inadequada;
C/C o art. 132, § 2° do Regimento Interno,
11 - estabelecer os meios legais que
que o Projeto de Lei n° 298-C, de 1995,
garantam à pessoa e à família a possibilida-
seja apreciado pelo Plenário.
de de se defenderem de programas ou pro-
(Publique-se. Submeta-se ao Plenário) gramações de rádio e televisão que contrari-
em o disposto no art.. 221, bem como da
1- Do Pressuposto Inserto propaganda de produtos, práticas e serviços
no § 3° do Artigo 58 que possam ser nocivos à saúde e ao meio
Preliminarmente, urge ressaltar questão de ambiente".
grande relevância, o cumprimento ao pressuposto Após a normal tramitaçao, com apresentação
erigido no artigo 58, § 3°, do Regimento Interno da de emendas e substitutivos, o Relator, Deputado Bis-
Câmara dos Deputados, que assim está redigido, in po Rodrigues, apresentou parecer, "pela constitucio-
verbis: nalidade, juridicidade e técnica legislativa", que res-
"Art. 58. Encerrada a apreciação con- tou aprovado.
clusiva da matéria, a proposição e respecti-
11I- Da Ilegalidade do Projeto de Lei
vos pareceres serão mandados a publica-
ção e remetidos à Mesa até a sessão sub- Não obstante a elevada intelecção do nobre Re-
seqüente, para serem anunciados na lator, não ficou este, nesta oportunidade, alinhado
Ordem do Dia. com o melhor entendimento acerca da matéria.
( ... ) Analisemos!
§ 3° O recurso, dirigido ao Presidente Dispõe o artigo 2° do Projeto de Lei N° 298, com
da Câmara e assinado por um décimo, pelo as alterações propostas pelo Relator, o seguinte, in
menos, dos membros da Casa, deverá indi- verbis:
car expressamente, dentre a matéria apreci- "Art. 2° A classificação indicativa das
ada pelas Comissões, o que será objeto de diversões e espetáculos públicos, dos pro-
deliberação do Plenário". gramas de rádio e televisão e dos filmes
Assim, como de uma singela leitura se depreen- oferecidos para venda ou locação observará
de que o presente recurso foi subscrito por pelo me- os seguintes critérios:
nos 51 deputados federais, patente resta o cumpri- a) a obra ou o programa terá seu con-
mento do requisito inserto na norma acima transcrita. teúdo avaliado integralmente não cabendo a
efetivação de cortes ou modificações.
11 - Breve Histórico
b) predominância de caráter educativo
O Deputado Paulo Gouvêa propôs Projeto de ou cultural da obra ou programa para sua
Lei, autuado sob o n° 298, de 1995, dispondo "sobre a classificação adequada a todas as faixas
classificação indicativa de diversões e espetáculos etárias.
públicos, programas de rádio e televisão e filmes ofe- c) inadequação para menores de de-
recidos para venda ou locação", além de outras provi- zoito anos, de obras ou espetáculos que se
dências, visando regulamentar o artigo 220, § 3° da caracterizam pelo incitamento a violência e
Constituição Federal, redigido nos seguintes termos, ao crime e pelo desrespeito aos valores éti-
ipsis litteris: cos e sociais da pessoa e da família".
"Art. 220. A manifestação do pensa- Por sua vez, o artigo 3° resultou com a seguinte
mento, a criação, a expressão e a informa- redação, litteris:
ção, sob qualquer forma, processo ou veícu- "Art. 3° Ficam as diversões e os espetáculos pú-
lo não sofrerão qualquer restrição, observa- blicos, os programas de rádio e televisão e os filmes
do o disposto nesta Constituição. oferecidos para venda ou locação classificados como
( ... ) livre ou inadequados para menores de doze, quatorze
§ 3° - Compete à lei federal: ou dezoito anos.
41030 Sexlil-feira 31 DIÁRIO Di\ CÂMARA J)OS DEPUTADOS i\goslo de 2()() I
§ 1° Os programas de rádio e televisão tão-somente ao contratar, a Administração reser-
só poderão ser exibidos nas seguintes fai- va-se a faculdade de aplicar as penalidades contra-
xas de horário. tuais e legais.
I - após as vinte horas, os classifica- E se não fossem'os argumentos acima expendi-
dos como inadequados para menores de dos suficientes para caracterizar a ilegalidade do pro-
doze anos; jeto de lei ora em comento, outra questão se mostra
11 - após as vinte e duas horas, os ainda relevante e merecedora de atenção.
classificados como inadequados para meno- A maioria das emissoras brasileiras locali-
res de dezoito anos; zam-se no interior do País e, em razão de suas estru-
111- após as vinte e três horas, os clas- turas, potências e faturamentos, são consideradas
sificados como inadequados para menores pequenas.
de dezoito anos. Assim, inviável será submeter todo programa de
§ 2° O conteúdo dos resumos de pro- rádio e televisão a prévia análise de órgão competen-
gramas e as chamadas publicitárias, duran- te, que com certeza, também não disporá de meios
te os intervalos da programação de rádio e suficientes para proceder à análise necessária.
televisão, deverão obedecer ao disposto no Em suma, são 1.458 (mil quatrocentos e cin-
parágrafo anterior, inclusive com a indica- qüenta e oito) rádios e 478 (quatrocentos e setenta e
ção de sua classificação". oito) televisões, que terão, caso aprovado o projeto de
Primeiramente, cumpre destacar a evidente in- lei em questão, de submeter sua programação diária
congruência existente entre os incisos II e 111, visto a análise de órgão, que não terá, certamente, capaci-
que ambos versam sobre horários a partir dos quais dade de receber, fazer a triagem, analisar, classificar
poderiam ser veículados programas "inadequados e editar portarias sobre toda a classificação, tornando
para menores de dezoito anos". patente a inviabilidade da pretensão.
Ademais, límpida também a conclusão de que a Ademais, existem emissoras, legalmente insta-
obrigatoriedade de exibicão em determinado horário ladas, que apenas retransmitem a programação das
configura censura prévia, resultando em gritante denominadas emissoras geradoras, muitas delas ins-
afronta ao texto constitucional, mais precisamente ao taladas na Amazônia Legal, viabilizando, dessa for-
inciso IX do artigo 5°, que assim dispõe: ma, a integração nacional, inclusive das localidades
"IX - é livre a expressão da atividade mais longínquas.
intelectual, artística, científica e de comuni- Existem, um total de 202 (duzentos e duas)
cação, independentemente de censura ou li- emissoras, apenas dentre as 478 de televisão, que
cença". somente retransmitem a programação de outra, sen-
Outrossim, novamente é afrontada a Carta do inclusive vedadas de gerarem programação local
Magna, pois esta determina a indicação de horário ou regional.
adequado, e jamais a imposição! Logo, as emissoras retransmissoras localizadas
Na mesma esteira o artigo 5° da proposição, re- em locais com diferença de horário do local onde sito
digido nos seguintes termos: a geradora, seja em razão da diferença de fuso horá-
"Art. 5° Constitui infração administrati- rio ou do horário de verão, restarão impossibilitadas
va a divulgação, comercialização ou apre- de cumprir, desde já, o disposto no projeto de lei em
sentação de diversões e espetáculos públi- tela.
cos, programas de rádio e televisão e filmes IV - Da Conclusão
para venda ou locação em condições que
contrariem as disposições desta lei e da Lei Ante toda a exposição, é o presente para reque-
n° 8.069, de 13 de julho de 1990, que 'dis- rer sua apresentação e provimento por decisão do
põe sobre o Estatuto da Criança e do Ado- Plenário da Câmara para, não dispensada a compe-
lescente, e dá outras providências"'. tência do Plenário para discussão e votação, seja a
proposição enviada à Mesa e posterior inclusão na
Inclusive, manifesta a ilegalidade da pretensão Ordem do Dia.
de aplicar sanção administrativa ao vendedor ou lo- Nestes termos,
cador de filmes, pois a prerrogativa de aplicação de
Pede e esperam deferimento.
pena administrativa deriva da auto-executoriedade
dos atos administrativos, destarte, ao contratar, mas Brasília - DF, 23 de maio de 2001
Agosto d() 2(0) DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-reira31 41031

CÂMARA DOS DJEPÚTADO§


SGM - SECAP (7503) Conferência de Assinaturas
29/0&/019:02:01 Página: 001

Tipo da Proposição: REC


Autor da Proposição: MARCELO BARBIERI E OUTROS
Data de Apresentação: 28/08/01
Ementa: Recorre contra a apreciação conclusiva do PL. 298/95.
Possui Assinaturas Suficientes: SIM
,--:c------------
Totais de Assinaturas: IConfirmadas 0591
~

INao Conferem 0001


tFora do Exercício 0011
Repetidas 0001
Jleglveis 000\
jRetlradas
I
0001

Assinaturas Confirmadas
1 ANIBAl GOMES PMDB CE
2 ANTONIO JOAQUIM ARAÚJO PPB MA
3 ARMANDO ABíLlO PSDB PB
4 BABÁ PT PA
5 BONIFÁCIO DE ANDRADA PSDB MG
6 CABO JÚLIO S.PART. MG
7 CANDINHO MATTOS PSDB RJ
8 CARLOS BATATA PSDB PE
9 CARLOS DUNGA PTB PB
10 CARLOS SANTANA PT RJ
11 CHICO DA PRINCESA PSD8 PR
12 CLOVIS VOLPt PSD8 SP
13 COSTA FERREIRA PFL MA
14 DR. BENEDITO DIAS PP8 AP
15 DUILlO PISANESCHI PTB SP
16 EBER SILVA PL RJ
17 EDIR OLIVEIRA PTa RS
18 EDUARDO BARBOSA PSD8 MG
19 ELlSEU MOURA PPB MA
20 ENIVALDO RIBEIRO PPB PB
21 EURípEDES MIRANDA PDT RO
22 EXPEDITO JÚNIOR PSDB RO
23 EZIDIO PINHEIRO PSB RS
24 FERNANDO DINIZ PMDB MG
25 GLYCON TERRA PINTO PMDB MG
26 IGOR AVELlNO PMDB TO
27 ITAMAR SERPA PSDB RJ
41 032 S~xla-Icira 3I DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto d~ 200]

28 JAIME MARTINS PFL MG


29 JAIR SOLSONARO PP8 RJ
30 JOÃO COLAÇO PMDB PE
31 JOSÉ fNDIO PMDB SP
32 JOSUÉ BENGTSON PTB PA
33 LÉO ALCÂNTARA PSDB CE
34 MARCELO BARBIERI PMDS SP
35 MÁRCIO MATOS PTS PR
36 MATTOS NASCIMENTO PST RJ
37 MEDEIROS PL SP
38 MOAC1R M\CHELETTO PMDB PR
39 NELSON MEURER PPB PR
40 NELSON TRAD PTB MS
41 OLIVEIRA FILHO PL PR
42 PAULO BALTAZAR PSB RJ
43 PAULO KOBAYASHl PSOB SP
44 PEDRO CANEDO PSDB GO
45 PEDRO CORRÊA PPB PE
46 PHILEMON RODRIGUES PL MG
47 REMI TRINTA PL MA
48 RICARDO RIQUE PSDB PB
49 ROBERTO PESSOA PFL CE
50 RODRIGO MAIA PFL RJ
51 ROMEU QUEIROZ PSDB MG
52 RUBENS FURLAN PPS SP
53 SERAFIM VENZON POT se
54 SÉRGIO BARCELLOS PFL AP
55 SÉRGIO CARVALHO PSDB RO
56 SÉRGIO REIS PTB SE
57 WAGNER SALUSTIANO PPB SP
58 XICO GRAZIANO PSOB SP
59 ZENALDO COUTINHO PSOB PA

Assinaturas de Deputados(as) fora do Exercício


1 ALBERTO FRAGA PMDB DF
Agosto de 2(J() 1 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 31 41033
Ofício n° 149 / 2001 Sumário
Brasília, 29 de agosto de 2001 I - Projeto Inicial
11 - Projetos apensados: PLs nOs 752/95,1.053/95 e
A Sua Senhoria o Senhor 1.347/95
Dr. Mozart Vianna de Paiva 111- Na Comissão de Ciência e Tecnologia, Comu-
Secretário-Geral da Mesa nicação e Informática:
Nesta - termo de recebimento de emendas
- parecer do relator
Senhor Secretário-Geral:
- 1° substitutivo oferecido pelo relator
Comunico a Vossa Senhoria que o Recurso do
- termo de recebimento de emendas ao substi-
Sr. Deputado Marcelo Barbieri E OUTROS, que "Re-
tutivo
corre contra a apreciação conclusiva do PL. n°
298/95", contém número suficiente de signatários, - parecer reformulado
constando a referida proposição de: - 2° substitutivo oferecido pelo relator
59 assinaturas confirmadas; - parecer da Comissão
1 deputado licenciado. - substitutivo adotado pela Comissão
Atenciosamente, - Cláudia Neves C. de Souza, - voto em separado
Chefe. IV - Na Comissão de Educação, Cultura e Desporto:
- termo de recebimento de emendas
PROJETO DE LEI N° 298-C, DE 1995
(Do Sr. Paulo Gouvêa) - parecer do Relator
- parecer da Comissão
Dispõe sobre a classificação indica- V - Na Comissão de Constituição e Justiça e de Re-
tiva de diversões e espetáculos públicos, dação:
programas de rádio e televisão e filmes - termo de recebimento de emendas - 1997
oferecidos para venda ou locação, e dá
- termo de recebimento de emendas - 2000
outras providências; tendo pareceres: da
- termo de recebimento de emendas ao PL nO
Comissão de Ciência e Tecnologia, Co-
municação e Informática, pela aprovação 752/95, apensado
deste e dos de nOs. 752/95. 1.053/95 e - parecer do relator
1.347/95, apensados, com substitutivo - emendas oferecidas pelo Relator (8)
(relator: Deputado João Iensen); da Co- - subemendas oferecidas pelo Relator (2)
missão de Educação, Cultura e Desporto, - parecer da Comissão
pela aprovação deste e dos de nOs. - emendas adotadas pela Comissão (8)
752/95. 1.053/95 e 1.347/95, apensados, - subemendas adotadas pela Comissão (2)
na forma do substitutivo da Comissão de O Congresso Nacional decreta:
Ciência e Tecnologia, Comunicação e
Art. 1° Compete ao Ministério da Justiça a clas-
Informática (relator: Deputado Costa Fer-
sificação indicativa das diversões e espetáculos públi-
reira); e da Comissão de Constituição e
cos, dos programas de rádio e televisão e dos filmes
Justiça e de Redação, pela constitucio-
oferecidos para venda ou locação, prevista no art.
nalidade, juridicidade e técnica legislati-
220, § 3° ,da Constituição Federal.
va deste, com emendas, do substitutivo
da Comissão de Ciência e Tecnologia, Art 2° Na definição da classificação disposta no
Comunicação e Informática, com sube- artigo anterior, deverão ser observados, dentre ou-
mendas, do de n° 752/95, apensado, com tros; os seguintes critérios:
emendas, e dos de nOs 1.053/95 e a) a obra ou o programa lera seu conteúdo avali-
1.347/95, apensados (relator: Deputado ado integralmente. não cabendo a efetivação de cor-
Bispo Rodrigues). tes ou modificações.
(Às Comissões de Ciencia e Tecnolo- b) predominância de carater educativo ou cultu-
gia, Comunicação e Informática; de Edu- ral da obra ou programa, para sua classificação ade-
cação, Cultura e Desporto; e de Constitui- quada a todas as faixas etárias;
ção e Justiça e de Redação (Art. 54) - Art. c) inadequação para menores de dezoito anos,
24,11) de obras ou espetácuios que se caracterizem pelo in-
41034 Sexla-Ieira 3 I DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 200 I
citamento a violência e ao crime e pelo desrespeito programação das emissoras de rádio e televisão
aos valores eticos e sociais da pessoa e da família. atenderão a determinados princípios, entre os quais
Art. 3° Ficam as diversões e os espetáculos pú- "o respeito aos valores éticos e sociais da pessoa e
blicos, os programas de rádio e televisão e os filmes da família".
oferecidos para venda ou locação classificados como A realidade em nosso país, todavia, demonstra
livre ou inadequados para menores de doze, quatorze claramente a inobservância do texto constitucional,
ou dezoito anos. pois em grande parte dos programas exibidos verifi-
§ 1° Os programas de rádio e televisão só pode- cam-se casos de flagrante abuso, com a apresenta-
rão ser exibidos nas seguintes faixas de horário: ção de conteúdos inadequados aos horários de sua
I - após as vinte horas, os classificados como transmissão.
inadequados para menores de doze anos. O incitamento à violência, ao crime, á desobe-
11 - após as vinte e duas horas, os classificados diência das leis e dos bons costumes. constitui-se
como inadequados para menores de quatorze anos. cada vez mais caracteristica predominante, preferida
111 - após as vinte e três horas, os classificados mesmo, em programas de diferentes horários, inclusi-
como inadequados para menores de dezoito anos. ve em noticiários no rádio e. especialmente, na televi-
§ 2° O conteúdo dos resumos de programas e são.
traillers veiculados como chamadas durante os inter- Esse tipo de agressão, que atinge a sociedade
valos da programação de rádio e televisão deverão como um todo e obviamente, com maior profundida-
obedecer ao disposto no parágrafo anterior, inclusive, de, os estratos populacionais em plena formação -
com a indicação de sua classificação. crianças e adolescentes - também se verifica com
Art. 4° A classificação e, se for o caso, a respecti- freqüência na exibição de filmes em salas públicas,
va faixa etária a que não se recomenda, deverão ser em peças teatrais e outros espetáculos, bem como na
apresentadas, de forma destacada: venda e locação de fitas de vídeo.
I - antes do inicio e durante os intervalos de Em outras palavras, destinados a proporcionar
apresentação dos programas de rádio e televisão; entretenimento sadio, promover a cultura e se toma-
11- nos materiais de publicidade, em bilheterias rem instrumentos auxiliares do processo educacio-
e locais de acesso aos espetáculos e diversões públi- nal, esses importantes segmentos podem exercer pa-
cos; pei distorcido, estabelecendo influências negativas
111- no invólucro dos filmes oferecidos para ven- sobretudo á juventude, pelos maus exemplos que exi-
da ou locação. bem.
Art. 5° Constitui crime a apresentação de diver- Daí o projeto que ora apresentamos objetivando
sões e espetáculos públicos, programas de rádio e te- regular a classificação indicativa de diversões e espe-
levisão e a oferta de filmes para venda ou locação em táculos públicos, programas de rádio e televisão e fil-
condições que contrariem esta lei. mes oferecidos para venda ou locação.
Art. 6° O Poder Executivo regulamentará esta lei É importante observar que não se trata de ini-
no prazo de 60 (sessenta) dias após a sua publicação. ciativa com propósito de exercer cerceamento a
Art. 7° Esta lei entra em vigor na data de sua pu- manifestação cultural, o que, aliás, colidiria com a
blicação. própria Constituição Federal, que proibe "oda e
qualquer censura de natureza política, ideológica e
Artao Revogam-se as disposições em contrário
artística".
Sala das sessões, 6 de Abril de 1995 - Deputado
Paulo Gouvêa. O presente projeto de lei visa acima de tudo as-
segurar às pessoas, às famílias, enfim, a sociedade, o
Justificação direito de conhecer previamente a classificação dos
A Constituição Federal de 1988 astabelece. com programas e obras exibidos, para poder melhor avali-
ar e decidir sobre suas escolhas.
absoluta propriedade,em seu artigo 220 § 3° que
"compete á lei federal regular as diversões e espetá- Estamos convictos de expressar legitima vonta-
culos públicos, cabendo ao Poder Público informar de da sociedade brasileira, razão pela qual espera-
sobre a natureza deles, as faixas etárias a que não se mos a melhor acolhida dos nossos ilustres Pares a
recomendem, locais e horários em que sua apresen- esta proposição.
tação se mostre inadequada". De igual modo, dispõe Sala das Sessões, 6 de Abril de 1995. - Depu-
nossa Carta Magna, no artigo 221 que a produção e a tado Paulo Gouvea.
Agosto de 2001 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Scxla-Ieira 31 41035
LEGISLAÇÃO CITADA ANEXADA PELA I - preferência a finalidades educativas, artísti-
COORDENAÇÃO DE ESTUDOS cas, culturais e informativas;
LEGISLA TI VOS - CeDI 11 - promoção da cultura nacional e regional e
REPÚBLICA FEDERATIVA DO estímulo á produção independente que objetive sua
divulgação;
BRASil CONSTITUiÇÃO 1988 111 _ regionalização da produção cultural, artísti-
............... ca e jornalística, conforme percentuais estabelecidos
TíTULO VIII em lei;
Da Ordem Social IV - respeito aos valores éticos e sociais da pes-
soa e da família.

CAPíTULO V PROJETO DE LEI N° 752, DE 1995


Da Comunicação Social (Do Sr. Ivo Mainardi)
Art. 220. A manifestação do pensamento, a cria- Regulamenta o inciso I, do parágra-
ção, a expressão e a informação sob qualquer forma, fo 3°, do artigo 220, da Constituição Fe-
processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, deral.
observado o disposto nesta Constituição. (Apense-se ao Projeto de lei n°
§ 1° Nenhuma lei conterá dispositivo que possa 298/9S)
constituir embaraço à plena liberdade de informação O Congresso Nacional decreta:
jornalística em qualquer veículo de comunicação so- Art. 1° As telenovelas, os filmes, os documentá-
cial. observado o disposto no art. 5°, IV, V, X, XIII e rios e os desenhos enquadrados, pelo Ministério da
XlV. Justiça, nas faixas etárias a seguir discriminadas não
§ 2° É vedada toda e qualquer censura de natu- poderão ser exibidos, pelas emissoras do televisão,
reza política, ideológica e artística. fora dos horários seguintes:
§ 3° Compete à lei federal: a) de O a 7 anos: das 07:00 até 12:00 horas;
I - regular as diversões e espetáculos públicos, b) de 8 a 14 anos: das 12:00 até 18:00 horas;
cabendo ao poder público informar sobre a natureza c) de 15 a 21 anos: das 18:00 até 22:00 horas;
deles,as faixas etárias a que não se recomendem, lo- d) acima de 22 anos:das 22:00 até 07:00 horas.
cais e horários em que sua apresentação se mostre Parágrafo único. As emissoras, de televisão não
inadequada; poderão divulgar ou fazer chamadas de programas fora
11 - estabelecer os meios legais que garantam à dos horários estabelecidos para cada faixa etária.
pessoa e à família a possibilidade de se defenderem Art. 2° O Ministério da Justiça terá o prazo máxi-
de programas ou programações de rádio e televisão mo de noventa dias para classificar os programas te-
que contrariem o disposto no art. 221, bem como da levisivos segundo disposto no art. 10 desta lei.
propaganda de produtos, práticas e serviços que pos-
Parágrafo único. Nenhuma emissora de televi-
sam ser nocivos à saúde e ao meio ambiente.
são poderá exibir quaisquer tipos de programas sem
§ 4° A propaganda comercial de tabaco, bebidas a prévia classificação pelo Ministério da Justiça.
alcoólicas, agrotóxicos, medicamentos e terapias es- Art. 3°. Os infratores sujeitar-se-ão às penalida-
tará sujeita a restrições legais, nos termos do inciso 11 des previstas nos arts. 17 e 19. da lei n° 5.250, do 9
do parágrafo anterior, e conterá, sempre que neces- de fevereiro de 1987.
sário, advertência sobre os malefícios decorrentes de
Art. 4° Revogam-se todas e quaisquer disposi-
seu uso.
ções em contrário.
§ 5° Os meios de comunicação social não po- Art. 5°. Esta lei entra em vigor na data da sua pu-
dem, direta ou indiretamente, ser objeto de monopólio blicação.
ou oligopólio.
§ 6° A publicação de veículo impresso de comu- Justificação
nicação independe de licença de autoridade. Inúmeras são as reclamações de pais, educa-
Art. 221 . A produção e a programação das emis- dores e psicólogos contra os Programas exibidos pe-
soras de rádio e televisão atenderão aos seguintes las emissoras de televisão: a liberdade de expresão e
princípios: de informação não pode se sobrepor à defesa dos va-
41036 Sexta-Icira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 200 I
lores éticos, religiosos e morais da família e da socie- cais e horários em que sua apresentação se mostre
dade. inadequada:
Democracia não pode ser confundida com irres- 11 - estabelecer os meios legais que garantam à
ponsabilidade como parece estão a fazer os donos pessoa e a família a possibilidade de se defenderem
das emissoras de televisão. de programas ou programações da rádio e televisão
Os abusos decorrentes da liberdade de impren- que contrariem o disposto no art. 221, bem como da
sa são flagrantes e notórios, principalmente no que propaganda de produtos, práticas e serviços que pos-
tange a cenas de violência e de sexo. sam ser nocivos à saúde a ao meio ambiente.
É incontestável a influência da mídia sobre cri- § 4° A propaganda comercial de tabaco, bebidas
anças, adolescentes e, até mesmo, adultos. alcoólicas, agrotóxicos, medicamentos e terapias es-
Os desequilíbrios psicológicos a que vimos as- tará sujeita a restrições legais, nos termos do inciso 11
sistindo e sofrendo, como os crescentes índices de do parágrafo anterior, e conterá, sempre que neces-
criminalidade e de prostituição infanto-Juvenil, são sário, advertência sobre os malefeitos decorrentes de
fruto dos excessos de violência exibidos no filmes das seu uso.
televisões, bem como dos trocas-trocas de casais e § 5° Os meios de comunicação social não po-
das cenas de sexo quase explícito apresentadas nas dem, direta ou indiretamente,ser objeto de monopólio
telenovelas. ou oligopóiio.
Há que se colocar um freio nisso, a fim de se § 6° A publicação de veículo impresso de comu-
resguardar os interesses maiores dos lares brasilei- nicação independe de licença de autoridade
ros.
Plenário Ulysses Guimarães, 2 de agosto de
1995.
lEI W 5.250, DE 9 DE FEVEREIRO DE 1967
Ivo Mainardi
Regula a liberdade de manifestação
LEGISLAÇÃO CITADA ANEXADA PELA do pensamento e de informação
COORDENAÇÃO DE ESTUDOS
LEGISLA TlVOS - CeDI

REPÚBLICA FEDERATIVA DO CAPíTULO III


BRASil CONSTITUiÇÃO 1988 Dos Abusos no Exercício da Liberdade
de Manifestação do Pensamento e informação

TíTULO VIII Art. 17. Ofender a moral pública e os bons costu-


Da Ordem Social mes:
Pena: Detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e
multa de 1 (um) a 20 (vinte) salários-mínimos da região;
CAPíTULO V
Parágrafo único. Divulgar, por qualquer meio e
Da Comunicação Social
de forma a atingir seu objetivo, anúncio, aviso ou re-
Art. 220. A manifestação do pensamento, a cria- sultado de loteria não autorizada, bem como de jogo
ção, a expressão e a informação sob qualquer forma, proibido, salvo quando a divulgação tiver por objetivo
processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, inequívoco comprovar ou criticar a falta de repressão
observado o disposto nesta Constituição. por parte das autoridades responsáveis:
§ 1° Nenhuma lei contem dispositivo que possa Pena: Detenção de 1 (um) a 3 (três) meses, ou
constituir embaraço à plena liberdade de informação multa de 1 (um) a 5 (cinco) salários-minimos da re-
jornalística em qualquer veículo de comunicação so- gião;
cial, observado o disposto no art. 5° IV, V, X, XIII e XlV. Art. 18. Obter ou procurar obter, para si ou para
§ 2° É vedada toda e qualquer censura de natu- outrem, favor, dinheiro ou outra vantagem para não
reza política, ideológica e artística fazer ou impedir que se faça Publicação, transmissão
§ 3° Compete a lei federal: ou distribuiçaõ de notícias:
I - regular as diversões e espetáculos públicos, Pena: Reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e
cabendo ao poder público informar sobre a natureza multa de 2 (dois) a 30 (trinta) salários-.minimo da re-
deles as faixas etárias a que não se recomendem, 10- gião.
Agosto de 2001 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 31 41037
§ 1° Se a notícia cuja publicação, transmissão anunciados imediatamente antes de seu início, para
ou distribuição se prometeu não fazer ou impedir que orientação do público.
se faça, mesmo que expressada por desenho, figura, Art. 3° Os programas transmitidos não advoga-
programa ou outras formas capazes de produzir re- rão discriminação de raças, credos e religiões, assim
sultados,for desabonadora da honra e da conduta de como a superioridade de qualquer grupo humano so-
alguém: bre outro.
Pena: Recl~são, de 4 (~ua~.ro) a 1O (~~z) an?~, Art. 4° Os programas transmitidos não terão cu-
ou multa de 5 (Cinco) a 50 (clnquenta) salanos-mlnl- nho obsceno e não advogarão a promiscuidade ou
mo da região; qualquer forma de perversão sexual, admitindo-se as
§ 2° Fazer ou obter que se faça, mediante paga sugestões de relações sexuais dentro do quadro da
ou recompensa, publicação ou transmissão que im- normalidade o revestidas de sua dignidade especifi-
porte em crime previsto na lei ca, dentro das disposições desta lei.
Pena: Reclusão, de 1(um) a 4 (quatro) anos, e Art. 5° Os programas transmitidos não explora-
multa de 2 (dois) a 30 (trinta) salários-mínimo da re- rão o curandeirismo e o charlatanismo, iludindo a boa
gião. fé do público.
. Art..19. Incitar à prática de qualquer infração às Art. 60 A violência física ou psicológica só será
leis penais: . . , _ apresentada dentro do contexto necessário ao de-
Pena: Um terço da prevista na lei para a Infraçao senvolvimento racional de uma trama consistente e
provocada, até o máximo de 1(um) ano de detenção, de relevância artística e social, acompanhada de de-
ou multa de 1(um) a 20(vinte) salários-mínimos da re- monstração das conseqüências funestas ou desagra-
gião; dáveis para aqueles que a praticam, com as restri-
§ 1° Se a incitação for seguida da prática do cri- ções estabelecidas nesta lei.
me, as pesas serão as mesmas condenadas a este. Art. 7° A violência e o crime jamais serão apre-
§ 2° Fazer apologia de fato criminoso ou de au- sentados inconseqüentemente.
tor de crime: Art. 80 O uso de tóxicos o alcoolismo e o vicio do
Pena: Detenção, de 3 ~três) me~~s a 1 .(~m) ano, jogo de azar só serão apr~sentados como práticas
ou ~ulta de 1 (um) a 20 (vinte) salanos-mlnlmos da condenáveis, social e moralmente, provocadoras de
reglao. degradação e da ruína do ser humano.
......... - -............................................. Art. 9° Nos programas infantis, produzidos sob
.................................................................................... rigorosa supervisão das emissoras, serão preserva-
PROJETO DE LEI N° 1.053, DE 1995 das a integridade da família e sua hierarquia, bem
(Do Sr. Hilário Coimbra) como exaltados os bons sentimentos e propósitos, o
respeito à lei e às autoridades legalmente constituí-
Define critérios para a programação das, o amor, a pátria, ao próximo, a natureza e aos
das emissoras de radiodifusão sonora e animais.
de sons e imagens.
(Apense-se ao Projeto de Lei n° 298, Art. 10. A programação observará fidelidade ao
de 1995) ser humano como titular dos valores universais, parti-
cipe de uma comunidade nacional e sujeito de uma
cultura regional, que deve ser preservada.
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1° As emissoras de radiodifusão sonora e de Art. 11. Para melhor compreensão, e, conse-
sons e imagens transmitirão entretenimento do me- qüentemente, observância dos princípios afirmados,
lhor nível artistico e moral, seja de sua produção, seja fica estabelecido que:
adquirido de terceiros, considerando que a radiodifu- I - são livres para exibição em qualquer horário,
são é um meio popular e acessivel a quase totalidade os programas ou filmes:
dos lares. a) que não contenham cenas realistas de violên-
Art. 2° A responsabilidade das emissoras que cia, agressões que resultem em dilaceração ou mutila-
transmitem os programas não exclui a dos pais ou ção de partes do corpo humano, tiros a queima roupa,
responsáveis, aos quais cabe o dever de impedir, a facadas, pautadas ou outras formas e meios de agres-
seu juizo. que os menores tenham acesso a progra- são violenta com objetos contundentes, assim como ce-
mas inadequados, tendo em vista os limites etários nas sanguinolentas resultantes de crime ou acidente;
41 U3S Sexla-li:ira 31 DI.Á.RIO DA CÂMARA DOS DEPIHAI)OS Agoshl de 2U() I
não tratem de forma explícita temas sobre estupro, se- e) que apresentem nu lateral ou dorsal, desde
dução, seqüestro, prostituição e rufianismo; que focalizado à distância, ou desfocado, ou com tra-
b) que não contenham em seus diálogos pala- tamento de imagens que roube a definição exata dos
vras vulgares, chulas ou de baixo calão; corpos, sem mostrar os órgãos e partes sexuais hu-
manos, O ato sexual será apresentado com as restri-
e) que não exponham ou discutam o uso e o trá-
ções do inciso II deste artigo;
fico de drogas, notadamente as alucinógenas e entor-
pecentes, não apresentem de maneira positiva o uso d) que não contenham apologia ou apresen-
do fumo e do álcool; tem favoravelmente o uso e a ingestão do fumo e
do álcool;
d) que não apresentem no humano, frontal,late-
ralou dorsal, não apresentem visiveis os órgãos ou IV - poderão ser exibidos após às 23 horas os
partes sexuais exteriores humanas, não insinuem o programas e filmes:
ato sexual, limitando as expressões de amor e afeto a a) que apresentem violência, desde que respei-
carícias e beijos discretos. Os filmes e programas li- tadas as restrições do horário anterior.
vres para exibição em qualquer horário não explora- b) que não apresentem sexo explícito nem exi-
rão o homossexualismo; bam, em elose, as partes e órgãos sexuais exteriores
e) cujos temas sejam os comumente considera- humanos;
dos apropriados para crianças e pré-adolescentes, e) que utilizem palavras chulas ou vulgares,
não se admitindo os que versem de maneira realista desde que necessárias e inseridas no contexto da
sobre desvios do comportamento humano e de práti- dramaturgia;
cas criminosas mencionadas nas alíneas a, e e d des- d) que abordem seus ternas sem apologia da
te inciso; droga, da prostituição e de comportamentos crimino-
11- poderão ser exibidos, a partir de 20 horas, os sos.
programas ou filmes: Parágrafo único. As emissoras de radiodifusão
a) que observem as mesmas restrições estabe- sonora e de sons e imagens não apresentarão músi-
lecidas para filmes e programas livres, sendo permiti- cas cujas letras sejam nitidamente pornográficas ou
da a insinuação de conjunção sexual com exposição que estimulem o consumo de drogas.
do ato ou dos corpos, sem beijos lascivos ou erotismo Art. 12. As penalidades a serem aplicadas às
considerando vulgar; emissoras, nos casos de infração desta lei, serão de
b) que versem sobre qualquer tema ou proble- advertência, suspensão por até trinta dias e cassação
ma individual ou social, desde que os ternas sensiveis da outorga.
ou adultos não sejam tratados de forma crua ou expli- § 1° A advertência será aplicada nas três primei-
cita, nem apresentem, favorável ou apologeticamen- ras infrações.
te, qualquer forma de desvio sexual humano, o uso de § 2° A suspensão será aplicada pela infração
drogas, a prostituição ou qualquer forma de criminali- cometida após três infrações puníveis com advertên-
dade ou comportamento anti-social; cia, ou após infração punível com suspensão.
e) que não contenham apologia ou apresentem § 3° A cassação da outorga, para a qual deverá
favoravelmente o uso e ingestão do fumo ou do álco- ser obtida, a necessária decisão judicial, nos termos
ol. do § 4° do art. 223 da Constituição Federal, será apli-
111- poderão ser exibidos, a partir das 21 horas, cada pela infração cometida após três infrações puní-
os programas ou filmes: veis com suspensão.
a) que versem sobre temas adultos ou sensíve- § 4° Decorrido um período de doze meses
is, observadas as restrições ao uso da linguagem dos sem que a emissora tenha cometido qualquer falta,
itens anteriores e as restrições quanto à apologia do ser-lhe-á, em caso de infração desta lei, aplicada
homossexualismo, da prostituição e do comporta- novamente a penalidade de advertência, reinician-
mento criminoso ou anti-social. Poderão ser empre- do-se o processo de escalonamento das penalida-
gadas palavras vulgares, mas de uso corrente, veda- des.
das as de baixo escalão; Art. 13. Esta lei entra em vigor na data de sua
b) que apresentem cenas de violência, sem per- publicação.
versidade, mas que não as deixem impunes ou que Art. 14. Revogam-se as disposições em contrá-
lhes façam apologia; rio.
Agosto de 2001 DIÁRIO DA CÀMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 31 41039
Justificação Não é este, no entanto, o entendimento que tem
vigorado. Até agora solução tem sido tudo permitir,
É fato inconteste que as emissoras de radiodifu-
em nome da vedação da censura, desrespeitando-se
são, especialmente as de televisão, têm cometido
assim, a restrição constitucional que determina o
abusos de toda a ordem na veiculação de seus pro-
"respeito aos valores éticos e sociais da pessoa e da
gramas. Com isto, desrespeitam o art. 221, inciso IV
família".
da Constituição Federal, que diz:
Fica claro, assim, que o estabelecimento de limi-
"Art. 221. A produção e a programação das
tações a programação das emissoras não desrespei-
emissoras de rádio e televisão atenderão aos seguin-
ta a Constituição, mas a cumpre.
tes princípios:
Resta definir. então que tipo de restrições de-
vem ser colocadas. No projeto que aqui apresenta-
IV - respeito aos valores éticos e sociais de pes-
mos, optamos por transformar em lei o previsto no
soa e da família.
Capítulo II do "Código de Ética da Radiodifusão Brasi-
Por outro lado, o inciso 11, § 3°, art. 220 da Cons- leira", editado pela ABERT - Associação Brasileira de
tituição prevê: Emissoras de Rádio e Televisão, em Brasília, na data
"Art. 220 . de 8 de julho de 1993.
§ 3° Compete a lei federal. Tal capítulo trata exatamente da programação
das emissoras e, fosse por elas cumprido, seria sufici-
ente para o "respeito aos valores éticos e sociais da
11 - estabelecer os meios legais que
pessoa e da família" previsto em nossa Constituição.
garantam à pessoa e à família a possibilida-
Assim, com nosso projeto, pretendemos trans-
de de se defenderem de programas ou pro-
formar em lei o que as próprias emissoras estabele-
gramações de rádio e televisão que contrari-
ceram como sua auto-regulamentação, acrescentan-
em o disposto no art. 221 ... "
do, apenas, a previsão das penalidades para o caso
No entanto, sempre que neste Congresso Naci- de desrespeito.
onal se apresenta um projeto de lei para regular o as- Por estes motivos, esperamos contar com o
sunto, é ele rejeitado por inconstitucionalidade, tendo apoio de todos os ilustres parlamentares para a apro-
em vista o disposto no inciso IX do art. 5° e no § 2° do vação de nosso projeto.
art. 220 da mesma Constituição, in verbis: Sala das Sessões, de de 1995. - Deputado
"Art. 5° .. Hilário Coimbra.
IX - é livre a expressão da atividade in-
telectual, artística, científica e de comunica-
LEGISLAÇÃO CITADA ANEXADA PELA
ção, independente de censura ou licença,"
COORDENAÇÃO DE ESTUDOS
LEGISLATI VOS - CeDI
Art. 220 .
§ 2° É vedada a qualquer censura de
natureza política, ideológica e artística."
CONSTITUiÇÃO DA REPÚBLICA
A sociedade, no entanto, está a exigir de seus FEDERATIVA DO BRASil 1988
representantes, neste Congresso Nacional, que es-
tabeleçamos um freio às programações de violência
e sexo das emissoras de radiodifusão, uma vez que, TíTULO II
a cada dia, se tornam elas mais audazes, indo mais Dos Direitos e Garantias Fundamentais
e mais adiante do que pode ser ética e moralmente
CAPíTULO I
aceito.
Dos Direitos e Deveres individuais e Coletivos
Na verdade, o conflito constitucional entre o res-
peito aos valores éticos e sociais da pessoa e da fa- Art. 5° Todos são iguais perante a lei, sem distin-
mília e a vedação de toda a forma de censura é ape- ção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasilei-
nas aparente. A vedação da censura é uma norma ge- ros e aos estrangiros residentes no País a inviolabili-
rai, excepcionada porém pelo art. 220, § 3° inciso 11, dade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à se-
combinado com o art. 221, inciso IV da Constituição gurança e à propriedade, nos termos seguintes:
Federal.
4104() Sexta-feira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agllslo de 2()() I

IX - é livre a expressão da atividade intelectual, § 2° A não-renovação da concessão ou permis-


artística, científica e de comunicação, independente~ são dependerá de aprovação de, no mínimo, dois
mente de censura ou licença: quintos do Congresso Nacional, em votação nominal.
§ 3° O ato de outorga ou renovação somente
produzirá efeitos legais após deliberação do Con-
TíTULO VIII
gresso Nacional, na forma dos parágrafo anteriores.
Da Ordem Social
§ 4° O cancelamento da concessão ou permis-
são, antes de vencido o prazo, depende de decisão
judicial.
CAPíTULO V
Da Comunicação Social § 5° O prazo da concessão ou permissão será
de dez anos para as emissoras de quinze para as de
Art. 220. A manifestação do pensamento, a cria- televisão.
ção, a expressão e a informação, sob quaisquer for-
ma, processo ou cálculo não sofrerão qualquer restri-
ção, observado o disposto nesta Constituição.
PROJETO DE LEI N° 1.347, DE 1995
§ 3° Compete à lei federal: (Do Sr. João Pizzolatti)
I - Regular as diversões e espetáculos públicos, Dispõe sobre a defesa da pessoa e
cabendo ao Poder Público informar sobre a natureza da família em relação a programação de
deles, as faixas etárias a que não se recomendem, lo- rádio e televisão que contrarie valores
cais e horários em que sua apresentação se mostre éticos e sociais.
inadequada; (Apense-se ao Projeto de lei n°
11- estabelecer os meios legais que garantam à 298/95)
pessoa e à família a possibilidade de se defenderem O Congresso Nacional decreta:
de programas ou programações de rádio e televisão Art. 1° A produção e a programação das emisso-
que contrariem o disposto no art. 221, bem como da ras de radiodifusão sonora e de sons e imagens aten-
propaganda de produtos, práticas e serviços que pos- derão ao princípio do respeito aos valores éticos e so-
sam ser nocivos à saúde e ao meio ambiente. ciais da pessoa e da família, nos termos desta lei.
Art. 2° Sem prejuízo do disposto na lei n° 3.069,
Art. 221. A produção e a programação das emis- de 13 de julho de 1990, que "dispõe sobre o Estatuto
soras de rádio e televisão atenderão aos seguintes da Criança e do Adolescente, e dá outras providênci-
princípios: as", constitui desrespeito aos valores éticos e sociais
I - preferência a finalidades educativas, artísti- da pessoa e da família:
cas, culturais e informativas; a) veicular programas em horários incompatíve-
11 - promoção da cultura nacional e regional e is com o conteúdo apresentado e com a idade dos te-
estímulo à produção independente que objetive sua lespectadores ou ouvintes a que se destina;
divulgação; b) não informar, no início do programa e nos in-
111 - regionalização da produção cultural, artísti- tervalos comerciais, a natureza de seu conteúdo e a
ca e jornalística, conforme percentuais estabelecidos audiência a que se destina;
em lei; c) estimular a discriminação de raça, credo, reli-
IV - respeito aos valores éticos e sociais da pes- gião, sexo, preferência sexual ou outra característica
soa e da família. determinante de classe, categoria ou grupo humano;
d) fazer apologia de qualquer forma de desvio
Art. 223. Compete ao Poder Executivo outorgar do comportamento, de violência física ou psicológica,
e renovar concessão, permissão e autorização para o de consumo de substâncias tóxicas, de promiscuida-
serviço de radiodifusão sonora e de sons e imagens, de ou de perversão sexual, admitindo-se a sua apre-
observado o princípio da complementaridade dos sis- sentação, em caráter excepcional, quando essencial
temas privado, público e estatal. à trama e em horários compatíveis com a idade do te-
§ 1° O Congresso Nacional apreciará o ato no lespectador ou ouvinte a que se destina;
prazo do art. 64, §§ 2° e 4° a contar do recebimento da e) iludir a boa fé do público por meio de demons-
mensagem. tração de curandeirismo e de charlatanismo ou pela
Agoslo de 200 I DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-Jeira3\ 41041
divulgação de informações enganosas, incompletas nalidades previstas nos artigos 252 a 256 da Lei n°
ou destorcidas; 3.069, de 13 de julho de 1990, que dispõe sobre o
f) estimular a utilização de bebidas alcóolicas, Estatuto da Criança e do Adolescente, e dá outras
produtos derivados do tabaco, agrotóxicos, medica- previdências.
mentos e tratamentos; Art. 7° Esta lei entra em vigor na data de sua pu-
g) desrespeitar as peculiaridades regionais, ou blicação.
decorrentes da seita ou credo religioso, relativas a Art. 8° Revogam-se as disposições em contrá-
costumes, expressões ou atividades culturais. rio.
Art. 3° É assegurada a qualquer pessoa a defe-
sa contra veiculação de programa em situação que Justificação
caracterize desrespeito aos valores éticos e sociais A programação das emissoras de rádio e televi-
da pessoa e da família; podendo o interessado solici- são tem provocado indignação e perplexidade na so-
tar: ciedade brasileira. A superexposição das crianças e
I - modificação da classificação indicativa do dos jovens a cenas de violência e de sexo, seja em fil-
programa; expedida nos termos do art. 220, § 3°, inci- mes e seriados, seja nas novelas do horário nobre,
so I da Constituição Federal; tem implicações na sua formação ética e social. O
11- modificação do horário de veiculação do pro- amadurecimento precoce a que nossos jovens são
grama; forçados, em virtude do que vêem e do que ouvem
111 - suspensão da veiculação do programa. nos programas de rádio e televisão, terá implicações
§ 1° A defesa dos valores éticos e sociais da em seu modo de pensar, em suas decisões, em sua
pessoa e da família poderá ser exercida em juízo indi- socialização.
vidualmente ou a título coletivo. Convivemos hoje com a banalização da violên-
§ 2° São legitimados, para a defesa coletiva, cia e do sexo nos meios de comunicação, mostrados
concorrentemente de forma estilizada e artificial, gerando expectativas e
I - o Ministério Público; fantasias completamente irreais nos jovens, ainda
11 - as associações legalmente constituídas há despreparados para criticar o conteúdo das mensa-
pelo menos 1 (um) ano e que incluam entre seus fins gens que recebem.
institucionais a defesa dos valores éticos e sociais da Tal situação poderia ser amenizada se as emis-
pessoa e da família. soras respeitassem minimamente o seu próprio códi-
§ 3° Nas ações coletivas de que trata este artigo go de ética, que ao contrário, é rasgado cada vez que
não haverá adiantamento de custas, emolumentos e a concorrência entre estas se exacerba. Faz-se ne-
quaisquer outras despesas, nem condenação da as- cessário, portanto, oferecer à sociedade outros ins-
sociação autora, salvo comprovada má fé, em horári- trumentos para que se possa defender-se da progra-
os de advogado, custas e despesas processuais. mação, veiculada pelo rádio e pela televisão.
§ 4° O Ministério Público, quando não ajuizar a O constituinte de 1988, sabiamente, previu na
ação, atuará sempre como fiscal da lei. nossa Carta tal dispositivo ao estabelecer, no art.
Art. 4° Ressalvada a competência da Justiça Fe- 220, § 3°, inciso 11:
deral, é competente para a causa a justiça local: "...§ 3° Compete à lei federal:
I - no foro do lugar onde ocorreu a veiculação, 11 - estabelecer os meios legais que garantam à
quando se tratar de programa produzido ou emitido pessoa e à família a possibilidade de se defenderem
localmente;
de programas ou programações de rádio e televisão
11 - no foro das Capitais dos Estados ou no Dis- que contrariem o disposto no art. 221 ... "
trito Federal, quando se tratar de programa transmiti-
Diz o art. 221, por sua vez, nos incisos I e IV:
do em rede.
Art. 5° Na apreciação do pedido, o juiz levará em "Art. 221. A produção e a programação das
consideração o grau da agressão aos valores éticos e emissoras de rádio e televisão atenderão aos seguin-
sociais da pessoa e da família, o alcance da agressão tes princípios:
a outros grupos sociais e os valores educativos, artís- I - preferência a finalidades educativas, artísti-
ticos, culturais e informativos do programa. cas, culturais e informativas;
Art. 6° A veiculação do programa em desacordo IV - respeito aos valores éticos e sociais da pes-
com as disposições desta lei sujeitará o infrator às pe- soa e da família."
41042 Sexta-teira 31 DIARIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 20()1
A proposta que apresentamos procura regula- propaganda de produtos, práticas e serviços que pos-
mentar tais dispositivos, dotando o cidadão de um sam ser nocivos à saúde e ao meio ambiente.
instrumento que lhe permita defender-se da progra- § 4° A propaganda comercial de tabaco, bebidas
mação inadequada a seus princípios éticos. Espera- alcóolicas, agrotóxicos, medicamentos e terapias es-
mos, com a iniciativa, contribuir para uma melhor qua- tará sujeita a restrições legais, nos termos do inciso 11
lidade de comunicação social brasileira. Para tal, pro- do parágrafo anterior, e conterá, sempre que neces-
curamos elaborar uma proposição equilibrada, que sário, advertência sobre os malefícios decorrentes de
projeta os valores da família brasileira sem, no entan- seu uso.
to, impor condições comerciais descabidas ao veículo § 5° Os meios de comunicação social não po-
de comunicação. dem, direta ou indiretamente, ser objeto de monopólio
Estamos convencidos do mérito da proposta e ou oligopólio.
esperamos contar com o valioso apoio de nossos no- § 6° A publicação de veículo impresso de comu-
bres pares para a sua aprovação. nicação independente de licença de autoridade.
Sala das Sessões, 7 de dezembro de 1998. - Art. 221 . A produção e a programação das emis-
Deputado João Pizzolatti. soras de rádio e televisão atenderão aos seguintes
LEGISLAÇÃO CITADA ANEXADA PELA princípios:
COORDENAÇÃO DE ESTUDOS I - preferência a finalidades educativas, artísti-
LEGISLA TI VOS - CeDI cas, culturais e informativas;
11 - promoção da cultura nacional e regional e
estímulo à produção independente que objetive sua
REPÚBLICA FEDERATIVA divulgação;
DO BRASil CONSTITUiÇÃO 1988 111 - regionalização da produção cultural, artísti-
ca e jornalística, conforme percentuais estabelecidos
em lei;
TíTULO VIII IV - respeito aos valores éticos e sociais da pes-
Da Ordem Social soa e da família.

CAPíTULO V
Da Comunicação Social
Art. 220. A manifestação do pensamento, a cria-
lEI N° 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990 n
ção, a expressão e a informação, sob qualquer forma, Dispõe sobre o Estatuto da Criança
processo ou veículo não sofrendo qualquer restrição, e do Adolescente e dá outras providênci-
observado o disposto nesta Constituição. as.
§ 1° Nenhuma lei conterá dispositivo que possa
constituir embaraço à plena liberdade de informação
jornalística em qualquer veículo de comunicação so- LIVRO 11
cial, observado o disposto no art .. 5°, IV, V, X, XIII e Parte Especial
XlV.
§ 2° É vedada toda e qualquer censura de natu-
reza política, ideológica e artística. TíTULO VII
§ 3° Compete à lei federal: Dos Crimes e das Infrações Administrativas
I - regular as diversões e espetáculos públicos,
cabendo ao Poder Público informar sobre a natureza
deles, as faixas etária a que não se recomendem, lo- CAPíTULO 11
cais e horários a que sua apresentação se mostre ina- Das Infrações Administrativas
dequada;
11- estabelecer os meios legais que garantam à Art. 252. Deixar o responsável por diversão ou
pessoa e à família a possibilidade de se defenderem espetáculo público de afixar, em lugar visível e de fácil
de programas ou programações de rádio e televisão acesso, à entrada do local de exibição, informação
que contrariem o disposto no art. 221, bem como da destacada sobre a natureza da diversão ou espetácu-
Agosto de 200 I DIÁR 10 DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 31 41043
lo e a faixa etária especificada no certificado de clas- COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA
sificação: COMUNICAÇÃO E INFORMÁTICA
Pena - multa de três a vinte salários de referên-
cia, aplicando-se o dobro em caso de reincidência.
Art. 253. Anunciar peças teatrais, filmes ou qua- I - Relatório
isquer representações ou espetáculos, sem indicar os O Projeto de Lei n° 298, de 1995, que "dispõe
limitem de idade a que não se recomendem: sobre a classificação indicativa de diversões e espe-
Pena - multa de três a vinte salários de referên- táculos públicos, programas de rádio e televisão e fil-
cia. duplicada em caso de reincidência, aplicável, se- mes oferecidos para venda ou locação, e dá outras
paradamente, à casa de espetáculo e aos órgãos de providências", de autoria do nobre Deputado Paulo
divulgação ou publicidade. Gouvêa, objetiva regulamentar o § 3° do art. 220 da
Art. 254. Transmitir, através de rádio ou televi- Constituição Federal, que dispõe sabre o assunto.
são, espetáculo em horário diverso do autorizado ou Preocupe-se o ilustre colega com os abusos na pro-
sem aviso de sua classificação: gramação das emissoras de rádio e televisão, bem
como nos filmes e espetáculos públicos, em termos
Pena - multa de vinte a cem salários de referên- da veiculação de conteúdo inapropriado ao público
cia; duplicada em caso de reincidência a autoridade
que os consome. "Destinados a proporcionar entrete-
judiciária poderá determinar a suspensão da progra- nimento sadio, promover a cultura e se tornarem ins-
mação da emissora por até dois dias. trumentos auxiliares do processo educacional, esses
Art. 255. Exibir filme, trailer, peça, amostra ou importantes segmentos podem exercer papel distor-
congênere classificado pelo órgão competente como cido, estabelecendo influências negativas, sobretudo
inadequado às crianças ou adolescentes admitidos à juventude, pelos maus exemplos que exibem", des-
ao espetáculo: taca o nobre autor.
Pena - multa de vinte a cem salários de referên- A proposta foi encaminhada a esta Comissão
cia; na reincidência, a autoridade poderá determinar a para exame, nos termos do art. 32, inciso li, do Regi-
suspensão do espetáculo ou o fechamento do esta- mento Interno desta Casa. Transcorrido o prazo regi-
belecimento por até quinze dias. mental de cinco sessões, não foram apresentadas
Art. 256. Vender ou locar a criança ou adoles- emendas à mesma.
cente fita de programação em vídeo, em desacordo À proposição principal foram apensadas as se-
com a classificação atribuída pelo órgão competente: guintes iniciativas
Pena - multa de três a vinte salários de referên- a) Projeto de Lei n° 752, de 1995, apresentado
cia; em caso de reincidência, a autaridade judiciária pelo ilustre Deputado Ivo Mainardi, que "regulamenta
poderá determinar o fechamento da estabelecimento o inciso I, § 3° do artigo 220, da Constituição Federal".
por até quinze dias. Preocupa-se autor com os abusos na programação
da mídia sua influência sobre os espectadores, em
especial crianças e adolescentes
b)Projeto de Lei n° 1.053, de 1995, de autoria do
COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA nobre Deputado Hilário Coimbra, que "define critérios
COMUNICAÇÃO E INFORMÁTICA TERMO DE para a programação das emissoras de radiodifusão
RECEBIMENTO DE EMENDAS sonora e de sons e imagens". A proposta informa em
PROJETO DE LEI N° 298/95 lei as disposições constantes do Capítulo II do Código
de Ética da Radiodifusão Brasileira, editado pela
Nos termos do art. 119, caput, I do Regimento ABERT - Associação Brasileira de Emissoras de Rá-
Interno da Câmara dos Deputados, o Sr. Presidente dio e Televisão.
determinou a abertura - e divulgação na Ordem do c) Projeto de Lei n° 1.347, de 1995, proposto
Dia das Comissões - de prazo para apresentação de pelo ilustre Deputado João Pizzolatti, que "dispõe so-
emendas, a partir de 2-5-95, por cinco sessões, es- bre a defesa da pessoa e da família em relação à pro-
gotado o prazo, não foram recebidas emendas ao gramação de rádio e televisão que contrarie valores
projeto. éticas e social". Com a iniciativa, espera o nobre autor
Sala da Comissão, 11 de maio de 1995 - Maria regulamentar os dispositivos do art. 220, § 3°, inciso
Ivone do Espírito Santo, Secretária. 11, da Constituição Federal.
41044 SexHI-!cira 3 I DIÁRIO DA CÁMARA DOS DEPUTADOS Agoslll de 2001
" - Voto do Relator so, com a apresentação de conteúdos inadequados
aos horários de sua transmissão".
o Projeto de Lei n° 298, de 1995, foi apresenta- O Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei n°
do pelo ilustre Deputado Paulo Gouvea com o intuito
de regulamentar o § 3° do art. 220 da Constituição Fe- 8.069, de 13 de julho de 1990) já estabeleceu alguns
deral, que determina: critérios para a classificação indicativa de diversões e
espetáculos públicos ao determinar, em seus arts. 74
"Art. 220 A manifestação do pensa- a 77 que:
mento, a criação, a expressão e a informa-
"Art. 74. O Poder Público, através do
ção, sob qualquer forma, processo ou veícu-
órgão competente, regulará as diversões e
lo não sofrerão qualquer restrição, observa-
espetáculos publicos, informando sobre a
do o disposto nesta Constituição.
natureza deles, as faixas etárias a que não
§ 3° Compete à lei federal: se recomendem, locais e horários em que
I - regular as diversões e espetáculos sua apresentação se mostre inadequada.
públicos, cabendo ao Poder Público infor- Parágrafo único. Os responsáveis pe-
mar sobre a natureza deles, as faixas etári- las diversões e espetáculos públicos deve-
as a que não se recomendem, locais e horá- rão afixar, em lugar visível e de fácil acesso,
rios em que sua apresentação se mostre à entrada do local de exibição, informação
inadequada. destacada sobre a natureza do espetáculo e
11 - estabelecer os meios legais que a faixa etária especificada no certificado de
garantam à pessoa e à família a possibilida- classificação.
de de se defenderem de programas ou pro- Art. 75. Toda criança ou adolescente
gramações de rádio e televisão que contrari- terá acesso às diversões e espetáculos pú-
em o disposto no art. 221, bem como da blicos classificados como adequados à sua
propaganda de produtos, práticas e serviços faixa etária.
que possam ser nocivos à saúde e ao meio Parágrafo único. As crianças menores
ambiente." de dez anos somente poderia ingressar e
É clara, portanto, a responsabilidade do Poder permanecer nos locais de apresentação ou
público na classificação de diversões e espetáculos, exibição quando acompanhadas dos pais ou
de caráter informativo. No caso particular da progra- responsável.
mação de rádio e televisão, deverá ser assegurado Art. 76. As emissoras de rádio e televi-
mecanismo para a proteção da pessoa e da família, são somente exibiria, no horário recomen-
atendendo-se aos princípios estabelecidos no art. dado para o público infanto-juvenil, progra-
221 da Carta, que diz: mas com finalidades educativas. artísticas,
culturais e informativas.
"Art. 221. A produção e a programação
Parágrafo único. Nenhum espetáculo
das emissoras de rádio e televisão atende-
será apresentado ou anunciado sem aviso
rão aos seguintes princípios:
de sua classificação, antes de sua transmis-
I - preferência a finalidades educati-
são, apresentação ou exibição.
vas, artísticas, culturais e informativas.
Art. 77. Os proprietários, diretores, ge-
11 - promoção da cultura nacional e re- rentes e funcionários de empresas que explo-
gional e estímulo à produção independente rem a venda ou aluguel de fitas de programa-
que objetive sua divulgação, ção em vídeo cuidarão para que não haja
111 - regionalização da produção cultu- venda ou locação em desacordo com a clas-
ral artística e jornalística, conforme percen- sificação itribuída pelo órgão competente.
tuais estabelecidos em lei; Parágrafo único. As fitas a que alude
IV - respeito aos valores éticos e sociais este artigo deverão exibiu, no invólucro, in-
da pessoa e da família". formação sobre a natureza da obra e a faixa
Como bem destaca o autor da proposição prin- etária a que se destinam."
cipal, Deputado Paulo Gouvêa, "a realidade em nosso Também definiu, nos arts. 252 a 256,
País, todavia, demonstra claramente a inobservância as penalidades cabíveis nos casos de infra-
do texto constitucional, pois em grande parte dos pro- ções administrativas relacionadas ao assun-
gramas exibidos verificam-se casos de flagrante abu- to em exame
Agosto de 2001 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-Ieira 31 41045
"Art. 252. Deixar o responsável por di- Questionado acerca da validade da iniciativa,
versão ou espetáculo público de afixar, em através da Ação de Inconstitucionalidade n0392 - DF,
lugar visível e de fácil acesso, a entrada do requerida pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB), o
local de exibição, informação destacada so- Supremo Tribunal Federal pronunciou-se nó sentido
bre a natureza da diversão ou espetáculo e de não conhecer a ação, expressando o relator, em
a faixa etária especificada no certificado de seu voto:
classificação:
"Em fase preliminar, entendo incabível
Pena - multa de três a vinte salários
a presente demanda direta de inconstitucio-
de referência, aplicando-se o dobro em caso nalidade. É que está dirigida contra mera
de reincidência.
portaria do excelentíssimo Senhor Ministro
Art. 253. Anunciar peças teatrais, filmes ou qua- de Estado da Justiça que regulamentou di-
isquer representações ou espetáculos, sem indicar os ploma legal do Congresso Nacional. A natu-
limites de idade a que não se recomendem: reza do ato normativo atacado decorre não
Pena - multa de três a vinte salários só do teor respectivo, como também é reve-
de referência, duplicada em caso de reinci- lada pela própria Lei n° 8.069, de 13 de ju-
dência, aplicável, separadamente, à casa de lho de 1990, no que previu, mediante o pre-
espetáculo e aos órgãos de divulgação ou ceito do artigo 74, que o Poder Público "re-
publicidade. gulará as diversões e espetáculos públicos,
Art. 254. Transmitir, através de rádio informando sobre a natureza delas, as fai-
ou televisão, espetáculo em horário diverso xas etárias a que não se recomendem, loca-
do autorizado ou sem aviso de sua classifi- is e horários em que sua apresentação se
cação: mostre inadequada".
Pena - multa de vinte a cem salários
Trata-se, em suma, de matéria que, reconheci-
de referência, duplicada em caso de reinci-
damente, é tratada no Estatuto da Criança e do Ado-
dência, a autoridade judiciária poderá deter-
lescente.
minar a suspensão da programação da
emissora por até dois dias. Consideramos, ainda assim, que a iniciativa do
Art. 255. Exibir filmes trailer, peça, amostra ou nobre colega Paulo Gouvêa é oportuna, pois permite
congênere classificado pelo órgão competente como aperfeiçoar os critérios estabelecidos no Estatuto. É
inadequado às crianças ou adolescentes admitidos nosso parecer, portanto, que a matéria deva ser apro-
ao espetáculo: vada.
No intuito de aperfeiçoar a proposta, insulinas
Pena - multa de vinte a cem salários
algumas modificações, na forma do substitutivo que
de referência; na reincidência, a autoridade
oferecemos. Em especial nos preocupamos em pre-
poderá determinar a suspensão do espetá-
servar as disposições do Estatuto da Criança e do
culo ou o fechamento do estabelecimento
Adolescente no que se refere ao procedimento classi-
por até quinze dias.
ficatório, às obrigações do exibidor, distribuidor ou
Art. 256. Vender ou locar a criança ou adoles- produtor do espetáculo ou diversão pública e ás pe-
cente fita de programação em vídeo, em desacordo nalidades para a veiculação ou apresentação de
com a classificação atribuída pelo órgão competente: evento ou material em desacordo com a sua classifi-
Pena - multa de três a vinte salários cação.
de referência; em caso de reincidência, a À proposta principal foram apensados os se-
autoridade judiciária poderá determinar o fe- guintes projetos:
chamento do estabelecimento por até quin- a) Projeto de Lei nO 752, de 1995, de autoria do
ze dias." nobre Deputado Ivo Mainardi, que "regulamenta o in-
Fundamentado nesse diploma legal, o ciso I, § 3°, do artigo 220, da Constituição Federal".
Ministério da Justiça emitiu a Portaria n° Trata-se de iniciativa voltada, conforme justifica o au-
773, de 19 de outubro de 1990, que regula- tor. a atender às "reclamações, de pais, educadores e
menta a classificação de diversões e espe- psicólogos contra os programas exibidos pelas emis-
táculos públicos, o respectivo horário de vei- soras: a liberdade de expressão e informação não
culação quando destinados a rádio ou tele- pode se sobrepor à defesa dos valores éticos, religio-
visão e os critérios básicos de classificação. sos e morais da família e da sociedade". Concorda-
41046 Sexta-feira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Aglls\u de 2001
mos com a iniciativa do ilustre parlamentar, cujas dis- quados para menores de 12 (doze), 14 (quatorze) ou
posições encontram-se contempladas no substitutivo 18 (dezoito) anos.
que ora apresentamos. § 1° Os programas de rádio e televisão só pode-
b) Projeto de Lei n° 1.053, de 1995, de autoria rão ser exibidos nas seguintes faixas de horário
do nobre Deputado Hilário Coimbra, que "define crité- I - entre as 20 (vinte) horas e as 4 (quatro) ho-
rios para a programação das emissoras de radiodifu- ras, os classificados como inadequados para meno-
são sonora e de sons e imagens". A proposta transfor- res de 12 (doze) anos;
ma em lei as disposições constantes do Capítulo 11 do 11- entre as 22 (vinte e duas) horas e as 4 (qua-
Código de Ética da Radiodifusão Brasileira, editado tro) horas, os classificados como inadequados para
pela ABERT - Associação Brasileira de Emissoras de menores de 14 (quatorze) anos:
Rádio e Televisão. Estabelece, assim, urna classifica- 111_ entre as 23 (vinte e três) horas e as 4 (qua-
ção dos horários de exibição de filmes e programas tro) horas, os classificados corno inadequados para
na televisão, em função do conteúdo veiculado. So- menores de 18 (dezoito) anos.
mos, pois, favoráveis à aprovação da proposição, nos
termos do substitutivo que apresentamos. § 2" As emissoras de rádio e televisão não pode-
rão divulgar ou fazer chamadas de programas fora
c) Projeto de Lei n° 1.347, de 1995, proposto dos horários estabelecidos para cada faixa etária.
pelo ilustre Deputado João Pizzolatti, que "dispõe so-
bre a defesa da pessoa e da família em relação à pro- Art. 3" Na definição da classificação disposta no
artigo anterior, deverão ser observados, entre outros,
gramação de rádio e televisão que contrarie valores
os seguintes critérios:
éticos e sociais". Com a iniciativa, espera o nobre au-
tor regulamentar os dispositivos do art. 220, § 3", inci- a) a obra ou o programa terá seu conteúdo avali-
so 11, da Constituição Federal. Reconhecemos o méri- ado integralmente, não cabendo a efetivação de cor-
to da proposição e somos pela sua aprovação, na for- tes ou modificações;
ma do substitutivo que apresentamos. b) predominância de caráter educativo ou cultu-
Aprovamos, em suma, a proposição principal, ral da obra ou programa, para sua classificação ade-
Projeto de Lei n° 298, de 1995, e as propostas apen- quada a todas as faixas etárias;
sadas, Projetos de Lei n° 752, de 1995, n° 1.053. de c) inadequação para menores de 18 (dezoito)
1995 e art. 1.347, de 1995, na forma do substitutivo anos, de obras ou espetáculos que se caracterizem
que oferecemos. pelo incitamento à violência e ao crime e pelo desres-
Sala da Comissão, de de 1995 _ Deputado peito aos valores éticos e sociais da pessoa e da fa-
mília.
João Iensen, Relator.
Art. 4° A natureza da obra ou espetáculo, a clas-
1° SUBSTITUTIVO OFERECIDO PELO RELATOR sificação e, quando couber, a faixa etária a que não se
recomenda, deverão ser apresentadas, de forma des-
Dispõe sobre a classificação indica- tacada:
tiva de diversões e espetáculos públicos,
I - antes do início e durante os intervalos de
programas de rádio e televisão e filmes
apresentação, quando se tratar de programas de rá-
oferecidos para venda ou locação, e dá
dio e televisão;
outras providências.
11 - nos materiais de publicidade, em bilheteria,
Art. 1" Compete ao Poder Público emitir a classi- e locais de acesso, quando se tratar de espetáculos e
ficação indicativa das diversões e espetáculos públi- diversões públicas;
cos, dos programas de rádio e televisão e dos filmes 111 - no invólucro dos filmes ofarecidos para ven-
oferecidos para venda ou locação, prevista no art. da ou locação.
220, § 3°, da Constituição Federal, informando sobre Art. 5° Constitui inflação administrativa a divul-
a natureza deles, as faixas etárias a que não se reco- gação, comercialização ou apresentação de diver-
mendem, locais e horários em que sua apresentação sões e espetáculos públicos, programas de rádio e te-
se mostre inadequada. levisão e filmes para venda ou locação em condições
Art. 2° Ficam as diversões e espetáculos públi- que contrariem as disposições desta lei e da Lei n°
cos, os programas de rádio e televisão e os filmes ofe- 8.069, de 13 de julho de 1990, que "dispõe sobre o
recidos para venda ou locação classificados, para fins Estatuto da Criança e do Adolescente, e dá outras
de delimitação de faixa etária, como livres ou inade- providências" .
Agusto de 200 I DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Scxta-Il:ira 31 41047
Parágrafo único. Aplicam-se, no caso da infra- Gouveia, objetiva regulamentar o § 3° do art. 220 da
ção, as penas previstas nos artigos 252 a 256 da Lei Constituição Federal, que dispõe sobre o assunto.
n° 8.069, de 13 de julho de 1990, que "dispõe sobre o Preocupa-se o ilustre colega com os abusos na pro-
Estatuto da Criança e do Adolescente, e dá outras gramação das emissoras de rádio e televisão, bem
providências" . como nos filmes e espetáculos públicos, em termos
Art 6° O Poder Executivo regulamentará esta lei da veiculação de conteúdo inapropriado ao público
n° prazo de 60 (sessenta) dias após a sua publicação. que os consome. "Destinados a proporcionar entrete-
Art. 7° Esta lei entra em vigor na data de sua pu- nimento sadio, promover a cultura e se tornarem ins-
blicação. trumentos auxiliares do processo educacional, esses
inportantes segmentos podem exercer papel distorci-
Art. 8° Revogam-se as disposições em contrário.
do, estabelecendo influências negativas, sobretudo
Sala da Comissão, de de 1999. - Deputado
junto à juventude, pelos mais exemplos que exibem,
João Iensen, Relator.
destaca o nobre autor.
COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA A proposta foi encaminhada a esta Comissão
COMUNICAÇÃO E INFORMÁTICA para exame, nos turnos do art. 3°, inciso 11, do Regi-
mento Interno desta Casa. Transcorrido o prazo regi-
TERMO DE RECEBIMENTO DE EMENDAS
mental de cinco sessões, não foram apresentadas
PROJETO DE LEI N° 295/95 emendas à mesma.
Nos termos do art. 119, caput, 11 do Regimento À proposição principal foram apensadas as se-
Interno da Câmara dos Deputados, o Sr. Presidente guintes iniciativas:
determinou a abertura - e divulgação na Ordem do a) Projeto de Lei n° 752, de 1995, apresentado
Dia das Comissões - de prazo para apresentação de pelo ilustre Deputado Ivo Mainardi, que "regulamenta
emendas, a partir de 25-9-95, por cinco sessões, es- o inciso I, § 3°, do artigo 220, da Constituição Federal.
gotado o prazo, não foram recebidas emendas ao Preocupa-se o autor com os abusos na programação
Substitutivo oferecido pelo Relator. da mídia e um influência sobre os espectadores, em
Sala da Comissão, 4 de outubro de 1995. - Ma- especial crianças e adolescentes.
ria Ivone do Espírito Santo, Secretária. b) Projeto de Lei n° 1.053, de 1995, de autoria
Paragráfo único. Aplicam-se, no caso de infla- do nobre Deputado Hilário Coimbra, que "define crité-
ção, as penas previstas nos artigos 252 a 256 da Lei rios para a programação das emissoras de radiodifu-
n° 3.069, de 13 de julho de 1990, que "dispõe sobre o são sonora e de sons e imagens". A proposta transfor-
Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras pro- ma em lei as disposições constantes do Capitulo 11 do
vidências" . Código de Ética da Radiodifusão Brasileira, editado
Art 6° O Poder Executivo regulamentam em lei pela ABERT - Associação Brasileira de Emissoras de
no prazo de 60 (sessenta) dias, apos a publicação. Rádio e Televisão.
Art. 7° Esta lei entra em vigor na data de sua pu- c) Projeto de Lei n° 1.347, de 1995, proposto
blicação. pelo ilustre Deputado João Pizzolatti que "dispõe so-
Art. 8° Revogam-se as disposições em contrá- bre a defesa da pessoa o da família em relação à pro-
rio. gramação de rádio e televisão que contrarie valores
Sala da Comissão, de de 199. - Deputado João éticas e sociais". Com a iniciativa, espera o nobre au-
Iensen, Relator. tor regulamentar os dispositivos do art. 220. § 3°, inci-
so 11, da Constituição Federal.
PARECER DA COMISSÃO DE CIÊNCIA E No parecer que submetemos a esta douta Co-
TECNOLOGIA. COMUNICAÇÃO E INFORMÁTICA missão, consideramos que a iniciativa do nobre cole-
PARECER REFORMULADO ga Paulo Gouvêa é oportuna, pois permite aperfeiço-
ar os critérios estabelecidos no Estatuto da Criança e
I - Relatório do Adolescente (Lei n° 3.069. de 13 de julho de 1990)
O Projeto de Lei n° 293, de 1995, que "dispõe em relação ao assunto. Fomos, pois, pela aprovação
sobre a classificação indicativa de diversões e espe- da matéria.
táculo públicos, programas de rádio e televisão e fil- No intuito de aperfeiçoar - proposta. inserimos
mes oferecidos para venda ou locação, e dá outras algumas modificações, na forma do substitutivo que
providências", de autoria do nobre Deputado Paulo oferecemos. Em especial. nos preocupamos em pre-
4104S Sexta-feira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agllsto de 2001
servar as disposições do Estatuto da Criança e do Art. 2° Ficam as diversões e espetáculos publi-
Adolescente no que se refere ao procedimento classi- cas. os programas de rádio e televisão e os filmes ofe-
ficatório, ás obrigações do exibidor. distribuidor ou recidos para venda ou locação classificados, para fins
produtor do espetáculo ou diversão pública e às pe- dc delimitação de faixa etária, como livres ou inade-
nalidades para a veiculação ou apresentação de quados para menores de 12 (doze), 14 (quatorze) ou
evento ou material em desacordo com a sua classifi- 18 (dezoito) anos.
cação. § 1° Os programas de rádio e televisão só pode-
Nosso parecer foi, portanto, favorável à aprova- rão ser exibidos nas seguintes faixas de horário:
ção da proposição principal. Projeto de Lei n° 298, de I - entre as 20 (vinte) horas e as 4 (quatro) ho-
1995, e das propostas apensadas. Projetos de Lei n° ras, os classificados como inadequados para meno-
752, de 1995, n° 1.053, de 1995 e n° 1.347, de 1995, res de 12 (doze) anos:
na forma do substitutivo que oferecemos.
11- entre as 22 (vinte e duas) horas e as 4 (qua-
Entretante, a fase de discussão da maioria nes- tro) os classificados como inadequados para meno-
ta Comissão foi bastante proveitosa tendo possibilita- res de 14 (quatorze) anos:
do o surgimento de novos elementos acerca do tema
111- entre as 23 (vinte e três) horas e as 4 (qua-
em exame. Destaca-se, entre estes, a manifestação
tro) horas, os classificados como inadequados para
escrita de voto do ilustre Deputado Wagner Rossi, fa-
menores de 18 (dezoito) anos.
vorável à aprovação da matéria com emenda aditiva
ao parágrafo 2° do artigo 2° do Substitutivo. § 2° As emissoras de rádio e televisão não pode-
rão, ao divulgar ou fazer chamadas de programas fora
É o relatório.
dos horários estabelecidos para cada faixa etária, uti-
11 - Voto do Relator lizar sons ou imagens dos programas ou filmes a se-
rem veiculados.
Considerando os novos elementos ora disponí-
veis, que justificam uma revisão do posicionamento Art. 3° Na definição da classificação disposta no
inicialmeme assumido, precedemos ao exame da ma- artigo anterior. deverão ser observados. entre outros,
téria e decidimos reformular nosso parecer anterior, os seguintes critérios:
acolhendo a sugestão do nobre Deputado Wagner a) a obra ou o programa terá seu conteúdo avali-
Rossi Para maior clareza, incorporamos ao substituti- ado integralmente. não cabendo a efetivação de cor-
vo, em nova redação, o texto aditado. tes ou modificações:
Somos, em suma, pela aprovação do Projeto de b) predominância de carater educativo ou cultu-
Lei n° 298, de 1995. e das propostas apensadas, Pro- ral da obra ou programa, para sua classificação ade-
jetos de Lei n° 752. de 1995, n° 1.053, de 1995 e n° quada a todas as faixas etárias:
1.347, de 1995, na forma do substitutivo que oferece- c) inadequação para menores de 18 (dezorto)
mos, com emenda ao artigo 2°, § 2°. anos, de obras ou espetáculos que se caracterizem
Sala da Comissão, 12 de junho de 1996. - De- pelo incitamento à violência e ao crime e pelo desres-
putado João Iensen, Relator. peito aos valores éticos e sociais da pessoa e da fa-
mília.
2° SUBSTITUTIVO OFERECIDO PELO RELATOR Art. 4° A natureza da obra ou espetáculo, a clas-
Dispõe sobre a classificação indica- sificação e, quando couber, a faixa etária a que não se
tiva de diversões e espetáculos públicos, recomenda, deverão ser apresentadas, de forma des-
programas de rádio e televisão e filmes tacada.
oferecidos para venda ou locação, e dá I - antes do início e durante os intervalos de
outras providências. apresentação, quando se tratar de programas de rá-
dio e televisão:
Art. 1° Compete ao Poder Público emitir a classi-
ficação indicativa das diversões e espetáculos públi- 11 - nos materiais de publicidade, em bilheterias
cos, dos programas de rádio e televisão e dos filmes e locais de acesso, quando se uatar de espetáculos e
oferecidos para venda ou locação, prevista no art. diversões públicas:
220, § 3°, da Constituição Federal, informando sobre 111 - no invólucro dos filmes oferecidos para ven-
a natureza deles, as faixas etárias a que não se reco- da ou locação.
mendem, locais e horários em que sua apresentação Art. 5° Constitui infração administrativa a divulga-
se mostre inadequada. ção, comercialização ou apresentação de diversões e
Agosto de 20(JI DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS SeX\1l-lcira 31 41049
espetáculos públicos, programas de rádio e televisão e SUBSTITUTIVO ADOTADO
filmes para venda ou locação em condições que con- PELA COMISSÃO
trariem as disposições desta lei e da Lei n° 8.069, de
Dispõe sobre a classificação indica-
13 de julho de 1990, que dispõe sobre o Estatuto da
tiva da diversões e espetáculos publicos,
Criança e do Adolescente, e dá outras providências. programas de rádio e televisão e filmes
Parágrafo único. Aplicam-se, no caso de infra- oferecidos para venda ou locação, e dá
ção, as penas previstas nos artigos 252 a 256 da Lei outras providências.
n° 8.069, de 13 de julho de 1990. que "dispõe sobre o
Estatuto da Criança e do Adolescente, e dá outras Art. 1° Compete ao Poder Público emitir a classi-
providências" . ficação indicativa das diversões e espetáculos públi-
cos, dos programas de rádio e televisão e dos filmes
Art. 6° O Poder Executivo regulamentará esta
oferecidos para venda ou locação, prevista no art.
lei no prazo de 60 (sessenta) dias após a sua publi-
220, § 3°, da Constituição Federal, informando sobre
cação.
e natureza deles, as faixas etárias a que não se reco-
Art. 7° Esta lei entra em vigor na data de sua pu- mendem, locais e horários em que sua apresentação
blicação. se mostre inadequada.
Art. 8° Revogam-se as disposições em contrá- Art. 2° Ficam as diversões e espetáculos públi-
rio. cos, os programas de rádio e televisão e os filmes ofe-
Sala da Comissão, 12 de junho de 1996. - Depu- recidos para venda ou locação classificados, para fins
tado João Iensen, Relator. de limitação de faixa etária, como livres ou inadequa-
dos para menores de 12 (doze), 14 (quatorze) 18 (de-
zoito) anos.
11I- Parecer de Comissão § 1° Os programas de rádio e televisão so pode-
A Comissão de Ciência e Tecnologia. Comu- rão ser exibidos nas seguintes faixas de horário:
nicação e Informática, em Reunião Ordinária reali- I - entre as 20 (vinte) horas e as 4 (guatro) ho-
zada hoje, aprovou, por unanimidade, o Projeto de ras, os classificados como inadequados para meno-
Lei nO 298/95 e os de nO 752/95, 1053/95 e res de 12 (doze) anos.
1347/95, apensados, com Substitutivo, nos termos 11 - entre as 22 (vinte e duas) horas e as 4 (qua-
do Parecer Reformulado do Relator Deputado tro) horas, os classificados como inadequados para
João Iensen, com voto em separado do Deputado menores de 14 (quatorze) anos.
Wagner Rossi. 111- entre as 23 (vinte e três) horas e as 4 (quatro
Estiveram presentes os seguintes Deputa- horas) os classificados como inadequados para me-
dos: Ney Lopes - Presidente; Luiz Moreira. Carlos nores de 18 (dezoito) anos.
Apolinário e Wagner Salustiaxto - Vice-Presiden- § 2° As emissoras de rádio e televisão não pode-
tes; Antônio Joaquim Araújo, Arolde de Oliveira, rão, ao divulgar ou fazer chamadas de programas fora
João Iensen, Maluly Netto, Paulo Cordeiro, Paulo dos horários estabelecidos para cada faixa etária, uti-
Ffeslautder, Bosco França, Cássio Cunha Lima, lizar sone ou imagens dos programas ou filmes a se-
Edinho Araujo, Hélio Rosas, João Almeida, Pedro rem veiculados.
Irujo, Roberto Valadão, Corauci Sobrinho, Edson Art. 3° Na definição da classificação disposta no
Queiroz, José Janene, Laprovita Vieira, Pauder- artigo anterior, deverão ser observados, entre outros,
ney Avelino, Antônio Carlos Pannunzio, Domin- os seguintes critérios.
gos Leonelli, Koyu lha, Roberto Santos, Jaques a) a obra ou o programa terá seu conteúdo avali-
Wagner, Jorge Wilson. Ricardo Izar, Euripedes ado integralmente, não cabendo a efetivação de cor-
Mirando e Leonel Pavan, membros titulares; Cé- tes ou modificações;
sar Bandeira. Luciano Pizzatto, Mauricio Najar, b) predominância de caráter educativo ou cultu-
Philemon Rodrtgues, António Brasil, Nau Souza, ral da obra ou programa, para sua classificação ade-
Zaire Rezende, Renato johnsson, Silvernani San- quada a todas as faixas etárias.
tos, Itamar Serpa e Marconi Perillo, membros su- c) inadequação para menores de 18 (dezoito)
plentes. anos, de obras ou espetáculos que se caracterizem
Sala da comissão, 12 de junho de 1996. - De- pelo incintamento a violência e ao crime e pelo des-
putado Ney Lopes, Presidente. respeito aos valores éticos da pessoa e da família.
41050 Sexta-feira 31 DIÁRiO DA CÀMARA DOS DEPUTADOS Agostu de 200 I
Art. 4° A natureza da obra ou espetáculo, a clas- ou fazer chamadas de programas fora dos horários
sificação e, quando couber, a faixa etária a que não se estabelecidos para cada faixa etária, referido pará-
recomenda, deverão ser apresentadas de forma des- grafo impede a mera divulgação de programas que
tacada. serão veiculados nas faixas de horário adequados e,
I - antes do início e durante os intervalos de portanto, limita o acesso do público alvo a programas
apresentação, quando se tratar de programas de rá- proibidos para menores. Entendemos que a preocu-
dio e televisão; pação do relator é compreensível, pois verdadeiros
,,- nos materiais de publicidade, em bilheterias abusos têm sido cometidos pelas emissoras de televi-
e locais de acesso, quando se tratar de espetáculos e são que, muitas vezes, escolhem as cenas mais explí-
diversões públicas; citas de sexo e violência para divulgar ou fazer cha-
111- no invólucro dos filmes oferecidos para ven- madas de programas fora dos horários recomenda-
da ou locação. dos.
Art. 5° Constitui infração administrativa a divul- Dessa forma, optamos pela apresentação de
gação ou comercialização ou apresentação de diver- proposta de nova redação para o referido artigo que,
sões e espetáculos públicos, programas de rádio e te- a nosso ver, contempla as limitações necessárias
levisão e filmes para venda ou locação em condições para tornar eficaz o projeto de lei em questão:
que contrariem as disposições desta lei e da Lei n° "Art. 2° .
8.069, de 13 de julho de 1990, que "dispõe sobre o § 2° As emissoras de rádio e televisão não pode-
Estatuto da Criança e do Adolescente, e dá outras rão, ao divulgar ou fazer chamadas de programas fora
providências" . dos horários estabelecidos para cada faixa etária, uti-
Parágrafo único. Aplicam-se, no caso de infra- lizar sons ou imagens dos programas ou filmes a se-
ção, as penas previstas nos arts. 253 a 256 da Lei na rem veiculados.
8.069, de 13 de julho de 1990, que "dispõe sobre o Esperamos contar com o apoio do ilustre relator
Estatuto da Criança e do Adolescenle, e dá outras da matéria e de nossos pares na Comissão para in-
providências". corporar essa nossa sugestão que, com certeza, apri-
Art. 6° O Poder Executivo regulamentará esta lei morar o substitutivo e resguarda as necessárias res-
no prazo de 60 (sessenta) dias após a sua publicação. trições sobre a veiculação de programa, pelas emis-
Art. ]O Esta lei entra em vigor na data de sua pu- soras de rádio e televisão.
blicação. Sala da Comissão, de de 1999. - Deputado
Art. 8° Revogam-se as disposições em contrá- Wagner Rossi.
rio.
Sala da Sessões, 12 de junho de 1996. - Ney
Lopes, Presidente. COMISSÃO DE EDUCAÇÃO,
CULTURA E DESPORTO
VOTO EM SEPARADO
Do Deputado Wagner Rossi
O Projeto de Lei n° 298, de 1995, de autoria do TERMO DE RECEBIMENTO DE EMENDAS
nobre Deputado Paulo Gouvêa pretende regulamen-
tar o § 3° do art. 220 da Constituição Federal que dis-
põe sobre a classificação indicativa de diversões e PROJETO DE LEI N° 298, DE 1995
espetáculos públicos, programas de rádio e televisão
e filmes oferecidos para venda ou locação.
Analisando o mérito do projeto, o Relator desig- Nos termos do art. 119, caput, I, do Regimento
nado por esta Comissão, Deputado João Iensen, Interno da Câmara dos Deputados, o Sr. Presidente
apresentou parecer favorável na forma de um substi- determinou a abertura - e divulgação na Ordem do
tutivo que aprimorou a proposta inicial. Dia das Comissões - de prazo para apresentação de
No entanto, consideramos que a redação dada emendas ao projeto, a partir de 9 de agosto de 1996,
ao § 2° do art. 2° não se coaduna com o espírito do por cinco sessões. Esgotado o prazo, não foram rece-
substitutivo que trata de forma bastante equilibrada o bidas emendas ao projeto.
citado preceito constitucional. Ao estabelecer que as Sala da Comissão, 19 de agosto de 1996. - Cé-
emissoras de rádio e televisão não poderão divulgar lia Maria de Oliveira, Secretária.
Agusto de 2001 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Scxla-lcira31 41051
PARECER DA COMISSÃO de comunicação, que estimulam a violência, o uso de
DE EDUCAÇÃO, CULTURA E DESPORTO drogas, ou agridem a consciência moral ou religiosa da
populacão tem sido parte do cotidiano brasileiro.
I - Relatório
A defesa da sociedade contra as práticas acima
O Projeto de Lei n° 298, de 1995 de autoria do descritas encontra uma clara base jurídica na Consti-
nobre Deputado Paulo Gouvêa, busca regulamentar tuição Federal, em seus art. 220, § 3° e 221.
o § 3° do art. 220 da Constituição Federal. Reza o art. 220, § 3° que "compete à lei federal re-
Ao projeto de lei acima referido foram apensa- gular as diversões e espetáculos públicos, cabendo ao
dos os Projeto de Lei n° 752, de 1995, n° 1.053 e Poder Público informar sobre a natureza deles, as faixas
1995, e n° 1.347, de 1995. etárias a que não se recomendem, locais e horários em
O Projeto de Lei n° 752, de 1995, apresentado que sua apresentação se mostre inadequada".
pelo nobre Deputado Ivo Mairnardi, "regulamenta o in- Já o art. 221 da Carta Magna estabelece que as
ciso I, parágrafo 3°, do art. 220 da Constituição Fede- emissoras de rádio e televisão atenderão a certos
ral". Esta proposição procura coibir abusos na progra- princípios, em sua programação, dentre os quais, "o
mação da mídia em função de sua influência sobre os respeito aos valores éticos e sociais da pessoa e da
espectadores, em especial crianças e adolescentes. família".
O Projeto de Lei n° 1.053, de autoria do ilustre A matéria, conforme demonstra o ilustre Relator
Deputado Hilário Coimbra, "define critérios para a na Comissão de Ciência, Tecnologia, Comunicação e
programação das emissoras de radiodifusão sonora e Informática, Deputado João Iensen, não se ressente
de sons e imagens". A proposta transforma em lei as de falta de regulamentação.
disposições constantes do Capítulo 11 do Código de
O Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei n°
Ética da Radiodifusão Brasileira.
8.609, de 13 de Julho de 1990) aborda a questão em
O Projeto de Lei n° 1.347, de 1995, proposto
diversos de seus artigos. Da mesma forma, uma por-
pelo nobre Deputado João Pizzolati, "dispõe sobre a
taria do Ministério da Justiça procura disciplinar a exe-
defesa da pessoa e da família em relação à progra-
cução de medidas pertinentes ao assunto. Todos os
mação de rádio e televisão que contrarie valores éti-
artigos daquele diploma legal relativos ao tema, como
cos e sociais". Pretende o autor regulamentar art.
a portaria acima referida, são citados no parecer do
220, § 3°, 11, da Constituição Federal.
ilustre Relator, Deputado João Iensen.
Apreciada no âmbrto da Comissão de Ciência,
Embora já regulamentada, saudita o nobre De-
Tecnologia, Comunicação e Informática, a Proposição
putado João Iensen que a aprovação do proposta, na
não recebeu emendas. Relatou-a no âmbito dessa Co-
forma do substitutivo por ele apresentado, represen-
missão, o ilustre Deputado João Iensen, que emitiu pa-
taria um aperfeiçoamento dos procedimentos estabe-
recer favorável, com apresentação de substitutivo.
lecidos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente.
Neste subsautivo, o Relator procurou compatibilizar a
proposta com o disposto no Estatuto da Criança e do Nosso ponto de vista coincide com o do ilustre
Adolescente que, também, regula a matéria. Deputado João Iensen. A aprovação da iniciativa, na
Considerando a pertinência do voto em separa- forma do substitutivo apresentado, representaria um
do do nobre Deputado Wagner Rossi, que aperfeiçoa aperfeiçoamento dos critérios dispostos na Lei n°
um aspecto relevante do projeto de lei, resolveu o 8.609, de 13 de Julho de 1990.
ilustre Relator no âmbito daquela Comissão, reformu- Deve ser, ainda, acrescido o argumento de que a
lar seu parecer, incluindo no substitutivo as sugestões aprovação do projeto de lei em teia representa uma for-
ali apresentadas. ma de tornar clara a preocupação da sociedade e do
Na Comissão de Educação, Cultura e Desporto, patiamento com um problema social da maior gravida-
esgotado o prazo regimental não foram apresentadas de, que o Poder Executivo, com os instrumentos norma-
emendas. tivos de que dispõe, não tem sido capaz de resolver.
Por todas essas razões, nosso parecer é favorá-
11 - Voto do Relator vel à aprovação do projeto de lei principal e dos proje-
A necessidade de um procedimento indicativo tos de lei apensados, na forma do substitutivo apre-
aos pais ou responsáveis sobre o tipo de informação sentado pelo Deputado João Iensen na Comissão de
divulgado pela "mídia" escrita ou falada é algo que se Ciência, Tecnologia, Comunicação e Informática.
faz sentir há muito tempo em nosso País. De fato, a di- Sala da Comissão, 20 de novembro de 1996. -
vulgação de espetáculos pela televisão ou outro meios Deputado Costa Ferreira, Relator.
411152 Sexta-feira 31 DIÁRIO DA CÂMAI<A DOS DEPUTADOS Agnsh.l de 2001
111 - Parecer da Comissão nos termos dos arts. 58, § 4°, e 164, § 4°
do RICD, respectivamente. Oficie-se ao
A Comissão de Educação, Cultura e Desporto,
requerente e, após, publique-se.
em reunião )rdinária realizada hoje, aprovou, unani-
memente, nos termos do parecer do Relator, Deputa- Em 30-6-99. - Michel Temer, Presi-
do Costa Ferreira o PL na 298/95 e os de nas 752/95, dente.
1.053/95 e 1.347/95, apensados, na forma do substi- REQUERIMENTO
tutivo da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comuni- (Do Sr. João Pizzolatti)
cação e Informática.
Estiveram presentes os Senhores Deputados: Mo- Requer o desarquivamento de pro-
acyr Andrade, Presidente; Maurício Requião, Vice-Presi- posições
dente; Ubiratan Aguiar, Luciano Castro, Severino Alves, Senhor Presidente,
Djalma de Almeida Cesar, Marisa Serrano, Padre Roque, Nos termos do art. 105, parágrafo único, do Re-
Dolores Nunes, Esther Grossi, Mário de Oliveira, Maria
gimento Interno da Câmara dos Deputados, requeiro
Elvira, Jairo Carneiro Costa Ferreira, Itamar Serpa, a Vossa Excelência o desarquivamento das proposi-
Osmânio Pereira, Paulo Lima, Ricardo Gomyde, Pedro ções de minha autoria, a seguir relacionadas:
Wilson, Osvaldo Coelho e Eurico Miranda.
PEC na 257/95, PL na 1.347/95, PL na 1.707196,
Sala da Comissão, 20 de novembro de 1996. - PL na 1.708/96, PL na 2.201 /96, PL n° 2.433/96, PL na
Deputado Severino Alves, Presidente em Exercício. 2.434/96. PL na 2.812197, PL na 2.813/97, PL na
(art. 40, caput, in fine) 2.940/97, PL na 3.505/97, PL na 3.506/97, PL na
COMISSÃO DE CONSTITUiÇÃO 4.472/98, PL na 4.625/98, PL na 4.626/98, PLP na
E JUSTiÇA E DE REDAÇÃO 119/96, PLP na 231/98, PLP n0238/98, PRC n079/96.
Sala das Sessões, 30 de junho 1999. - Deputado
TERMO DE RECEBIMENTO DE EMENDAS João Pizzolatti.
PROJETO DE LEI N° 298-8/95
TERMO DE RECEBIMENTO DE EMENDAS
(Apensados os Projetos de Lei nOs 752/95,
1.052/95 e 1.347/95) PROJETO DE LEI N° 298-A/95

Nos termos do art. 119, caput, I do Regimento Nos termos do art. 119, caput, inciso I do Regi-
Interno da Câmara dos Deputados, alterado pelo art. 10, mento Interno da Câmara dos Deputados, alterado
I, da Resolução na 10/91, o Senhor Presidente determi- pelo art. 10, I, da Resolução na 10/91, O Senhor Presi-
dente determinou a abertura e divulgação na Ordem
nou a abertura - e divulgação na Ordem do Dia das Co-
do Dia das Comissões, prazo para recebimento de
missões - de prazo para apresentação de emendas a
emendas a partir de 14-6-00, por cinco sessões.
partir de 9-12-96, por cinco sessões. Esgotado o prazo,
Esgotado o prazo, não foram apresentadas emendas
não foram recebidas emendas ao projeto. ao projeto e aos seus apensados.
Sala da Comissão, 18 de março de 1997. - Sér- Sala da Comissão, 21 de junho de 2000. - Sér-
gio Sampaio Contreiras de Almeida, Secretário. gio Contreiras de Almeida, Secretário.

Defiro em parte. Desarquivem-se as TERMO DE RECEBIMENTO DE EMENDAS


seguintes proposições, juntamente com PROJETO DE LEI N° 752195
as que eventualmente estejam a elas
apensadas: PEC n° 257/95; PL nOs Nos termos do art. 119, caput, inciso I do Regi-
1.347/95, 1.708/96, 2.201196, 2.433/96, mento Interno da Câmara dos Deputados, alterado
2.434/96, 2.812/97, 2.813/97, 2.940/97, pelo art 10, I, da Resolução na 10/91, O Senhor Presi-
4.472/98, 4.625/98, PLP nOs 119/96, dente determinou a abertura e divulgação na Ordem
231/98, 238/98. Indefiro o pedido quanto do Dia das Comissões, prazo para recebimento de
ao PRC n° 79/96 e quanto aos PL nOs emendas a partir de 14-6-00, por cinco sessões.
1.707/96 e 3.505/97, porque já foram de- Esgotado o prazo, não foram apresentadas emendas
sarquivados. Outrossim, indefiro o pedi- ao projeto.
do quanto aos PL nOs 3.506/97 e 4.626/98 Sala da Comissão, 21 de junho de 2000. - Sér-
que foram arquivados definitivamente, gio Contreiras de Almeida, Secretário.
Agosto d.: 200\ DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-teira 31 41053
I - Relatório suspensão e cassação da concessão ou permissão
das emissoras. A cassação da outorga deverá ser ob-
Para redação do parecer ao Projeto de Lei n°
298, de 1995, foi designado anteriormente o Deputado tida mediante decisão judicial, consoante o § 4° do
art. 223 da Constituição Federal.
Vilmar Rocha, cujo parecer não chegou a ser aprecia-
do nesta sede. Este Relator faz seu o referido parecer, O último apenso, o Projeto de Lei nO 1.347, de
que será aqui aproveitado. 1995, dispõe, em seu art. 1°, que "a produção e a pro-
Pelo projeto em exame, atribui-se ao Ministério gramação das emissoras de radiodifusão sonora e de
da Justiça a competência para classificação indicativa sons e imagens atenderão ao princípio do respeito aos
das diversões e espetáculos públicos, dos programas valores éticos e sociais da pessoa e da família, nos ter-
de rádio e televisão e dos filmes oferecidos em venda mos desta lei". O projeto elenca exaustivamente as situ-
ou locação, consoante previsão do art. 220, § 3° da ações em que se daria - no rádio ou na TV - o desres-
Constituição Federal. peito aos valores éticos e sociais da pessoa e da família.
O art. 2° define os critérios a serem observados Em seu art. 3°, o projeto assegura, a qualquer pessoa, a
nas classificações, quais sejam: defesa contra a veiculação de programa em situação
que caracterize desrespeito aos valores éticos e sociais
a) a obra ou programa terá seu conteúdo avalia-
da pessoa e da família. Em seu art. 6°, o projeto dispõe
do integralmente, não cabendo a efetivação de cortes
que a veiculação de programa em desacordo com as
ou modificações;
suas disposições sujeitará o infrator às penalidades dos
b) a predominância de caráter educativo ou cul- arts. 252 a 256 da Lei n° 8.069, de 13 de julho de 1990,
tural da obra ou programa, para sua classificação
que "dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adoles-
adequada a todas as faixas etárias;
cente, e dá outras providências".
c) a inadequação, para menores de dezoito anos,
Na Comissão de Ciência e Tecnologia, Comuni-
de obras ou espetáculos que se caracterizem pelo inci-
cação e Informática, o Projeto de Lei n° 298/95 e os
tamento à violência e ao crime e pelo desrespeito aos
seus apensos (Projetos de Lei nOs 752/95, 1.053/95 e
valores éticos e sociais da pessoa e da família.
1.347/95) foram aprovados nos termos do parecer re-
Há também disposições obrigando indicar, na
formulado do Relator, Deputado João Iensen, na for-
apresentação do ítem oferecido, de forma clara, as
ma de substitutivo ofertado.
restrições de ordem etária a ele concernentes.
Em seu art. 5°, o projeto criminaliza a apresenta- O substitutivo distribui os itens de que cuida o
ção de diversões e espetáculos públicos, programas projeto em faixas etárias e de horários. Ao se divulga-
de rádio e televisão e a oferta de filmes para venda ou rem chamadas de programas fora dos horários esta-
locação em condições que contrariem as suas dispo- belecidos para cada faixa etária, as emissoras de rá-
sições. Dispõe, por final, que o Poder Executivo deve- dio e televisão não poderão utilizar sons ou imagens
rá regulamentá-lo no prazo de 60 (sessenta) dias dos programas ou filmes a serem veiculados. Tam-
após a sua publicação. bém se exige, neste substitutivo, que a "natureza da
obra ou espetáculo, a classificação e, quando couber,
À proposição foram apensados os Projetos de Lei
a faixa etária a que não se recomenda deverão ser
n° 752 , de 1995, n01.053, de 1995, e n01.347, de 1995.
apresentadas de forma destacada".
O Projeto de Lei n° 752, de 1995, dispõe que as
programações de televisão deverão ser exibidas em O substitutivo dispõe ainda que constituem in-
horários compatíveis com as faixas etárias. Nenhuma fração administrativa a comercialização ou a apre-
emissora de televisão poderá exibir quaisquer tipos sentação de diversões e espetáculos públicos, pro-
de programas sem prévia classificação, oferecida gramas de rádio e televisão e filmes para venda ou lo-
pelo Ministério da Justiça. cação em condições que contrariem as suas disposi-
Pelo seu art. 3°, o Projeto de Lei n0752, de 1995, ções e da Lei n° 8.069, de 13 de julho de 1990, que
dispõe que aqueles que o infringirem se sujeitarão às "dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescen-
penalidades previstas nos arts. 17 e 19 da Lei n° te, e dá outras providências".
5.250, de 9 de fevereiro de 1967. Por sua vez, a Comissão de Educação, Cultura
Por sua vez, o Projeto de Lei n° 1.053, de 1995, e Desporto aprovou, por unanimidade, parecer do
traz uma série de detalhistas prescrições que deverão Relator, Deputado Costa Ferreira, na forma do substi-
ser atendidas para exibição de programas no rádio ou tutivo da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comuni-
na televisão. Como penalidades aos transgressores, cação e Informática.
a proposição estabelece as penas de advertência, É o relatório.
41054 Sçxta-fcira 31 DIÁRIO DA CÁMARA DOS DEPUTADOS Agnsln de 20()1
11 - Voto do Relator 11 - estabelecer aos meios legais que
garantam à pessoa e à família a possibilidade
Cabe à Comissão de Constituição e Justiça e de de se defenderem de programas ou progra-
Redação, pela alínea a do inciso 111, do art. 32 do Re- mações de rádio e televisão que contrariem o
gimento Interno, apreciar os projetos, quanto à consti- disposto no art. 221, bem como da propagan-
tucionalidade, à juridicidade e à técnica legislativa. da de produtos, práticas e serviços que pos-
No caso do Projeto de Lei n° 298, de 1995, há sam ser nocivos à saúde e ao meio ambiente.
problemas quanto à constitucionalidade, nos arts. 1° e
6°. Esses dispositivos, nascendo do Poder Legislati- Dispõe, por sua vez, o art. 221 da
vo, constituem nítida violação do princípio de separa- mesma Carta Magna:
ção dos Poderes, previsto nos art. 2° e 6° da Carta "Art. 221 A produção e a programação
Magna, este na alínea e do seu § 1°. das emissoras de rádio e televisão atende-
Quanto à juridicidade, o projeto exibe problema no rão aos seguintes princípios:
seu art. 5°, onde aparece um tipo criminal sem a respec- I - preferência a finalidades educado-
tiva cominação. Com efetto, não há sentido em definir ras, artísticas, culturais e informativas;
uma infração, sem a sanção penal correspondente. 11- .
111- .
No que concerne à técnica legislativa, caberia
IV - respetto aos valores éticos e sociais
retirar do texto a expressão traille que foge ao verná-
da pessoa e da família."
culo. É perfeitamente substituível por "chamada publi-
citária". Desse modo, não se deve alegar, no caso dos
O substitutivo ao Projeto de Lei n° 298, de 1995, projetos aqui relatados, desrespeito à liberdade de
por sua vez, é, ao ver deste Relator jurídico, de boa pensamento (art. 5°, IV, da Constituição Federal),
técnica legislativa e constitucional, salvo quando dá quando eles simplesmente cumprem comandos
atribuição a Ministério (art. 1°) ou quando invade o po- constitucionais.
der regulamentar do Executivo (art. 6°). Ante o exposto, este Relator vota pela constitucio-
nalidade, juridicidade e boa técnica legislativa do Proje-
O Projeto de Lei n° 752, de 1995, exibe os mes-
to de Lei n° 298, de 1995, desde que acolhidas as
mos problemas, quanto à constitucionalidade, verifi-
emendas que seguem anexas; vota, outrossim, pela
cados no PL n° 298, de 1995. Há, ainda, problemas
constitucionalidade, juridicidade e boa técnica legislati-
quanto à juridicidade, quando se fazem restrições ao
va do substitutivo ao Projeto de Lei n° 298, de 1995, nos
exercício da vida civil a maiores de vinte e um anos.
termos das emendas apresentadas; vota também pela
Com efetto, as leis específicas que cuidam da matéria
constitucionalidade, juridicidade e boa técnica legislati-
da capacidade civil ou penal- o Código Civil e o Códi-
va do Projeto de Lei n° 752, de 1995, nos termos das
go Penal, respectivamente - não podem ser derroga-
emendas ofertadas; vota, ainda, pela constitucionalida-
das por leis que apenas tangenciam a matéria. O pro-
de, juridicidade e boa técnica legislativa dos Projetos de
jeto é de boa técnica legislativa.
Lei n° 1.053, de 1995, e n° 1.347, de 1995.
Quanto ao Projeto de Lei n° 1.053, de 1995, este Sala da Comissão, 17 de novembro de 2000. -
relator não vislumbra problemas quanto à constitucio- Deputado Bispo Rodrigues, Relator.
nalidade, à juridicidade e à técnica legislativa. Também,
em relação ao Projeto de Lei n° 1.347, de 1995, esta re- PROJETO DE LEI ti' 298, DE 1995
latoria não reconheceu problemas quanto à constitucio- Dispõe sobre a classificação indica-
nalidade, à juridicidade e à técnica legislativa. tiva de diversões e espetáculos públicos,
De se observar que as restrições a exibições de programas de rádio e televisão e filmes
filmes e programas no rádio e televisão não constituem oferecidos para venda ou locação, e dá
afronta à liberdade de pensamento. A própria Carta outras providências.
Magna, no inciso 11, do § 3° do art. 220, assim dispõe: EMENDA N° 1
"Art. 220 . Dê-se ao art. 1° do projeto a seguinte redação:
"Art. 1° Esta lei regula o § 3°, do art.
220 da Constituição Federal."
§ 3° Compete à lei federal: Sala da Comissão, 17 de novembro de 2000. -
1- . Deputado Bispo Rodrigues, Relator.
Agosto dI: 200! DIÁRIO DA CÀMARA DOS DEPUTADOS Sl:xla-lcira 3\ 4\055
PROJETO DE LEI N" 298, DE 1995 cos, programas de rádio e televisão e filmes
Dispõe sobre a classificação indica- para venda ou locação em condições que
tiva de diversões e espetáculos públicos, contrariem as disposições desta lei e da Lei
programas de rádio e televisão e filmes n° 8.069, de 13 de julho de 1990, que "dis-
oferecidos para venda ou locação, e dá põe sobre o Estatuto da Criança e do Ado-
outras providências. lescente, e dá outras providências."
Sala da Comissão, 17 de novembro de 2000. -
EMENDA N° 2
Deputado Bispo Rodrigues, Relator.
Dê-se ao caput do art. 2° a seguinte redação: PROJETO DE LEI N° 298, DE 1995
"Art. 2° A classificação indicativa das diversões
e espetáculos públicos, dos programas de rádio e te- Dispõe sobre a classificação indica-
tiva de diversões e espetáculos públicos,
levisão e dos filmes oferecidos para venda ou locação
observará os seguintes critérios: programas de rádio e televisão e filmes
oferecidos para venda ou locação, e dá
a) .
outras providências.
b) .
c) .. EMENDA N° 5
Sala da Comissão, 11 de novembro de 2000. - Suprima-se o art. 6° do projeto, re-
Deputado Bispo Rodrigues, Relator. numerando-se os demais.
PROJETO DE LEI N° 298, DE 1995 Sala da Comissão, 17 de novembro de 2000. -
Deputado Bispo Rodrigues, Relator.
Dispõe sobre a classificação indica-
tiva de diversões e espetáculos públicos, PROJETO DE LEI N° 752, DE 1995
programas de rádio e televisão e filmes
Regulamenta o inciso I, do parágra-
oferecidos para venda ou locação, e dá
fo 3° do art. 220, da Constituição Federal.
outras providências.
EMENDA N° 1
EMENDA N° 3
Dê-se ao caput do art. 1° do projeto a seguinte
Dê-se ao § 2° do art. 3° do projeto a seguinte re- redação:
dação:
"Art. 1° As telenovelas, os filmes, os
"Art. 3° . documentários e os desenhos só poderão
ser exibidos, pelas emissoras de televisão,
segundo adequação das faixas etárias aos
§ 2° O conteúdo dos resumos de pro- respectivos horários:
gramas e as chamadas publicitárias, duran-
te os intervalos da programação de rádio e d) ..
televisão, deverão obedecer ao disposto no Sala da Comissão, 17 de novembro de 2000. -
parágrafo anterior, inclusive com a indica- Deputado Bispo Rodrigues, Relator.
ção de sua classificação."
Sala da Comissão, 17 de novembro de 2000. - PROJETO DE LEI N° 752, DE 1995
Deputado Bispo Rodrigues, Relator. Regulamenta o inciso 11, do parágra-
PROJETO DE LEI N° 298, DE 1995 fo 3° do art. 220, da Constituição Federal.
Dispõe sobre a classificação indicativa de di- EMENDA N° 2
versões e espetáculos públicos, programas de rá-
Dê-se à alínea d do art. 1° do projeto a seguinte
dio e televisão e filmes oferecidos para venda ou
redação:
locação, e dá outras providências.
"Art. 1° ..
EMENDA N° 4
Dê-se ao art. 5° do projeto a seguinte redação: d) acima de 21 anos: das 22:00 até às
"Art. 5° Constitui infração administrati- 7:00 horas."
va a divulgação, comercialização ou apre- Sala da Comissão, 17 de novembro de 2000. -
sentação de diversões e espetáculos públi- Deputado Bispo Rodrigues, Relator.
41056 Sexta-feira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Ag.llsto de 200 I
PROJETO DE LEI N° 752, DE 1995 Ferraço, Vicente Arruda, Zulaiê Cobra, Aldir Cabral,
Regulamenta o inciso I, do parágrafo 30, do Antônio Carlos Konder Reis, Jaime Martins, Paes Lan-
dim, Paulo Magalhães, Reginaldo Germano, Vilmar
art. 220, da Constituição Federal. Rocha, Cezar Schirmer, Coriolano Sales, Geovan Fre-
EMENDA N° 3 itas, José Priante, Renato Vianna, Roland Lavigne,
Suprima-se o art. 20 do projeto, re- Geraldo Magela, José Genoíno, Augusto Farias, Ale-
numerando-se os seguintes. xandre Cardoso, Sérgio Miranda, Fernando Coruja,
Jos~ Roberto I?atochio, Bispo Rodrigues, Léo Alcânta~
Sala da Comissão, 17 de novembro de 2000. - ra, Atila Lira, Atíla Lins, Cláudio Cajado, Maria Lúcia,
Deputado Bispo Rodrigues, Relator. Mauro Benevides, Orlando Fantazzini e Ary Kara.
Sala da Comissão, 17 de maio de 2001. - Depu-
SUBSTITUTIVO DA CCTCI AO tado Inaldo Leitão, Presidente.
PROJETO DE LEI W 298, DE 1995
PROJETO DE LEI W 298-B, DE 1995
Dispõe sobre a classificação indica-
EMENDAS ADOTADAS - CCJR
tiva de diversões e espetáculos públicos,
programas de rádio e televisão e filmes N°l
oferecidos para venda ou locação, e dá Dê-se ao art. 1° do projeto a seguinte redação:
outras providências. "Art. 1° Esta lei regula o § 3°, do art.
EMENDA N° 1 220 da Constituição Federal."
Dê-se ao art. 1° do projeto a seguinte redação: Sala da Comissão, 17 de maio de 2001. - Depu-
Art. 1°. Esta lei regula o § 3°, do art. 220 da tado Inaldo Leitão, Presidente.
Constituição. PROJETO DE LEI N° 298-B, DE 1995
Sala da Comissão, 17 de novembro de 2000. -
EMENDAS ADOTADAS - CCJR
Deputado Bispo Rodrigues, Relator.
W2
SUBSTITUTIVO DA CCTCI
AO PROJETO DE LEI N° 298, DE 1995 Dê-se ao caput, do art. 2° do projeto a seguinte
redação:
Dispõe sobre a classificação indica-
tiva de diversões e espetáculos públicos, "Art. 2° A Classificação indicativa das
programas de rádio e televisão e filmes diversões e espetáculos públicos, dos pro-,
oferecidos para venda ou locação, e dá gramas de rádio e televisão e dos filmes
outras providências. oferecidos para venda ou locação observará
os seguintes critérios:
EMENDA N° 2 a) .
Suprima-se o art. 6° do substitutivo ao projeto, b) ..
renumerando e os demais. c) "
Sala da Comissão, 17 de novembro de 2000. - Sala da Comissão, 17 de maio de 2001. - Depu-
Deputado Bispo Rodrigues, Relator. tado Inaldo Leitão, Presidente.
11I - Parecer da Comissão PROJETO DE LEI N° 298-B, DE 1995
A Comissão de Constituição e Justiça e de Reda- EMENDAS ADOTADAS - CCJR
ção, em reunião ordinária realizada hoje, opinou unani- N°3
memente pela constitucionalidade, juridicidade e técni-
Dê-se ao § 2°, do art. 3° do projeto a seguinte redação:
ca legislativa, com emendas, Projeto de Lei n° 298-8/95,
do Substitutivo da Comissão de Ciência e Tecnologia, "Art. 3° .
Comunicação e Informática, com subemendas, do de n°
752/95, apensado, com emendas, e dos de nOs "§ 2° O conteúdo dos resumos de pro-
1.053/95 e 1.347/95, apensados, nos termos do pare- gramas e as chamadas publicitárias, duran-
cer do Relator, Deputado Bispo Rodrigues. te os intervalos da programação de rádio e
Estiveram presentes os Senhores Deputados: televisão, deverão obedecer ao disposto no
Inaldo Letlão - Presidente; Zenaldo Coutinho, Robson parágrafo anterior, inclusive com a indica-
Tuma e Osmar Serraglio - Vice-Presidentes; André ção de sua classificação."
Benassi, Fernando Gonçalves, Murilo Domingos, Nel- Sala da Comissão, 17 de maio de 2001 . - Depu-
son Marchezan, Nelson Otoch, Nelson Trad, Ricardo tado Inaldo Leitão, Presidente.
A~()sto de 20()l DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-li:ira 31 41057
PROJETO DE LEI N° 298-8, DE 1995 PROJETO DE LEI ND 752, DE 1995
EMENDAS ADOTADAS - CCJR EMENDAS ADOTADAS - CCJR
N°4 N°3
Dê-se ao art. 5° do projeto a seguinte redação: Suprima-se o art. 2° do projeto, renu-
"Art. 5° Constitui infração administrati- merando-se os seguintes.
va a divulgação, comercialização ou apre- Sala da Comissão, 17 de maio de 2001. - De-
sentação de diversões e espetáculos públi- putado Inaldo Leitão, Presidente.
cos, programas de rádio e televisão e filmes PROJETO DE LEI N° 298-B, DE 1995
para venda ou locação em condições que SUBSTITUTIVO DA CCTCI
contrariem as disposições desta Lei e da Lei SUBEMENDAS ADOTADAS - CCJR
n° 8.069, de 13 de julho de 1990, que "dis-
N° 1
põe sobre o Estatuto da Criança e do Ado-
lescente, e dá outras providências)." Dê-se ao art. 1° do substitutivo a seguinte redação:

Sala da Comissão, 17 de maio de 2001. - De- "Art. 1° Esta lei regula o § 3°, do art.
putado Inaldo Leitão, Presidente. 220 da Constituição FederaL"
PROJETO DE LEI N° 298-B, DE 1995 Sala da Comissão, 17 de maio de 2001. - De-
putado Inaldo Leitão, Presidente.
EMENDAS ADOTADAS - CCJR
PROJETO DE LEI N° 298-B, DE 1995
N°5
SUBSTITUTIVO DA CCTCI
Suprima-se o art. 6° do projeto, renu- SUBEMENDAS ADOTADAS - CCJR
merando-se os demais.
N°2
Sala da Comissão, 17 de maio de 2001. - De-
putado Inaldo Leitão, Presidente. Suprima-se o art. 6° do substitutivo, re-
numerando-se os demais.
PROJETO DE LEI ND 752, DE 1995
Sala da Comissão, 17 de maio de 2001. - De-
EMENDAS ADOTADAS - CCJR
putado Inaldo Leitão, Presidente.
N° 1 RECURSO N° 169, DE 2001
Dê-se ao caput do art. 1° do projeto a seguinte (CONTRA DECISÃO CONCLUSIVA DE
redação: COMISSÃO)
"Art. 1° As telenovelas, os filmes, os do- (Do Sr. Paulo Octávio e Outros)
cumentários e os desenhos só poderão ser Requer, na forma do art. 58, § 3° clc
exibidos, pelas emissoras de televisão, segun- o art. 132, § 2°, do Regimento Interno,
do adequação das faixas etárias aos respecti- que o Projeto de Lei n° 3.672-A, de 2000,
vos horários: com parecer favorável da comissão de
mérito, seja apreciado pelo Plenário.
d) a) " (Publique-se. Subemeta-se ao Plenário)
Sala da Comissão, 17 de maio de 2001. - RECURSO NO 169 DE 2001
Deputado Inaldo Leitão, Presidente. (Do Sr. Deputado Paulo Otávio e outros)
PROJETO DE LEI ND 752, DE 1995 Recorrem da apreciação conclusiva, pela
EMENDAS ADOTADAS - CCJR Comissão de Constituição e Justiça e de Re-
W2 dação, do Projeto de Lei n° 3.672, de 2000,
que "Dispõe sobre as atribuições dos serviços
Dê-se à alínea d do art. 1° do projeto a seguinte notariais e do 3° Ofício de Registro Civil, Títu-
redação:
los e Documentos e Pessoas Jurídicas do Pa-
"Art. 1° . ranoá DF, criados pela Lei n° 8.185, de 14 de
maio de 1991, com as alterações feitas pelas
d) acima de 21 anos: das 22:00 até às Leis nOs 8.407, de 10 de janeiro de 1992,
7:00 horas." 9.248, de 26 de dezembro ae 1995 e 9.699, de
Sala da Comissão, 17 de maio de 2001. - 8 de setembro de 1998".
Deputado Inaldo Leitão, Presidente. Sala das Sessões, 28 de agosto de 2001.
41058 Sexta-feira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Ap,osto de 20() I

.....

I SGM - SECAP (7503) Conferência de Assinaturas·


I
29/08/01 9:22:05 PágÚla: 001

Tipo da Proposição: REC


Autor da Proposição: PAULO OCTÁVIO E OUTROS
Data de Apresentação: 28/08/01
Ementa: Recorre contra a apreciação conclusiva, pela Comissão de
Constituição e Justiça e de Redação, ao Projeto de Lei 3672/00.
Possui Assinaturas Suficientes: SIM
Totais de Assinaturas: !Confirmadas 057 1
iNão Conferem 000
--------
iFora do Exercício: 001
;Repetidas 000,
~lIegíveis OOOi
Retiradas 000:
----------------

Assinaturas Confirmadas
1 AGNELO QUEIROZ PCdoB DF
2 ALE>< CANZIANI PSDB PR
3 ANDRÉ BENASSI PSDB SP
4 ARNALDO FARIA DE sÁ PPB SP
5 ASDRUBAL BENTES PMDB PA
6 AVENZOAR ARRUDA PT PB
7 BARBOSA NETO PMDB GO
8 BISPO RODRIGUES PL RJ
9 CLOVIS VOLPI PSDB SP
10 CORIOLANO SALES PMOB BA
11 ELlSEU RESENDE PFL MG
12 FREIRE JÚNIOR PMDB TO
13 GASTÃO VIEIRA PMOB MA
14 GONZAGA PATRIOTA PSB PE
15 GUSTAVO FRUET PMDB PR
16 HAROLDO LIMA pedoS BA
17 IVAN PAIXÃO PPS SE
18 JOÃO CALDAS PL AL
19 JOÃO COSER PT ES
20 JOÃO HENRIQUE PMDB PI
21 JOÃO LEÃO PPB BA
22 JOÃO SAMPAIO PDT RJ
23 JORGE KHOURY PFL BA
24 JORGE PINHEIRO PMDB DF
25 JOSÉ CARLOS ALELUIA PFL BA
26 JOSÉ CARLOS FONSECA JR. PFL ES
Agosto de 200 I DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-Ieira 31 41059

27 JOSÉ DIRCEU PT SP
28 JOSÉ GENOíNO PT SP
29 JOSÉ íNDIO PMDB SP
30 JOSÉ MILlTÃO PSDB MG
31 LAEL VARELLA PFL MG
32 LUCIANO CASTRO PFL RR
33 MAGNO MALTA PL ES
34 MANOEL VITÓRIO PT MS
35 MARCOS AFONSO PT AC
36 MÁRIO NEGROMONTE PSDB BA
37 MENDES RIBEIRO FILHO PMDB RS
38 NELSON MEURER PPB PR
39 NEY LOPES PFL RN
40 NILTON CAPIXABA PTS RO
41 NORBERTO TEIXEIRA PMDB GO
42 ooiuo BALBINOnl PSDB PR
43 OLAVO CALHEIROS PMDB AL
44 OLlMPIO PIRES PDT MG
45 PAULO OCTÁVIO PFL DF
46 PEDRO CELSO PT DF
47 PEDRO VALADARES PSB SE
48 PROFESSOR LUIZINHO PT SP
49 RENATO VIANNA PMOB SC
50 RICARDO FIUZA PPB PE
51 RONALDO VASCONCELLOS PL MG
52 SOCORRO GOMES PCdoS PA
53 VANESSA GRAZZIOTIN PCdoS AM
54 VITTORIO MEDIOLl PSOB MG
55 WELLlNGTON DIAS PT PI
56 WILSON SANTOS PMDB MT
57 ZENALDO COUTINHO PSDB PA

Assinaturas de Deputados(as) fora do Exercício


1 ALBERTO FRAGA PMDB DF
410ú() Sexla-feira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS Di.':I'UTADOS Agllsto de 2()() I
Oficio nP 150/2001 - parecer reformulado
Brasília, 29 de agosto de 2001 - parecer do relator
- emendas adotadas pela Comissão (4)
A Sua Senhoria o Senhor
Dr. Mozart Vianna de Paiva
Secretário-Geral da Mesa O Congresso Nacional decreta:
Nesta Art. 1° Todos os Serviços Notariais e o 3° Ofício
Senhor Secretário-Geral: de Registro Civil. Títulos e Documentos e Pessoas Ju-
Comunico a Vossa Senhoria que o Recurso do rídicas do ParanoáíDF, criados pela Lei nO 8.185, de
Sr. Deputado PAULO OCTAVIO E OUTROS, que "Re- 14 de maio de 1991, e alterações posteriores, com
corre contra a apreciação conclusiva, pela Comissão área de atuação fixada pela Resolução n° 04, de 25
de Constituição e Justiça e de Redação, ao Projeto de de outubro de 991, do TJDFT, passam a exercer cu-
Lei 3672/00", contém número suficiente de signatári- mulativamente as atribuições previstas no art. 11 da
os, constando a referida proposição de: Lei n° 8.935, de 18 de novembro de 1994. e na Lei n°
57 assinaturas confirmadas; 9.492, de 10 de setembro de 1997, conforme dispõe o
1 deputado licenciado. parágrafo único do art. 26 da Lei 8.935194.
Atenciosamente, Cláudia Neves C. de Souza, Art 2° Além das atribuições referidas no art. 1°
Chefe. desta lei, o 3° Ofício de Registro Civil, Títulos e Docu-
mentos e Pessoas Jurídicas do ParanoálDF, acumu-
PROJETO DE LEI N° 3.672-A, DE 2000 lará. ainda, as do art. 7° da Lei n]8.935/94.
(Do Tribunal de Justiça do Distrito Federal Art. 3° Esta Lei entra em vigor na data de sua pu-
e dos Territórios) blicação, revocadas as disposições em contrário.
Dispõe sobre as atribuições dos Exposição de Motivos Tenho a honra de sub-
Serviços Notariais e do 3° Ofício de Re- meter à elevada consideração de Vossa Excelência o
gistro Civil, Títulos e Documentos e Pes- texto de anteprojeto de lei dispondo acerca das atri-
soas Jurídicas do ParanoálDF, criados buições dos Ser iços Notariais e do 3° Ofício de Re-
pela Lei n° 8.185, de 14 de maio de 1991, gistro Civil, Títulos e Documentos e Pessoas Jurídi-
com as alterações feitas pelas Leis nOs cas do ParanoálDistrito Federal, criados por força da
8.407, de 10 de janeiro de 1992, 9.248, de Lei n° 8.185, de 14 de maio de 1991, com as altera-
26 de dezembro de 1995 e 6.699, de 08 de ções que lhe foram promovidas pelas Leis de n°
setembro de 1998; tendo parecer da Co- 8.407, de 10 de janeiro de 1 992.9.248, de 26 de de-
missão de Constituição e Justiça e de zembro de 1995 e, 6.699, da 08 de setembro de 1998.
Redação, pela constitucionalidade, juridi- A Lei n° 8.935/94, que regulamenta o art. 236 da
cidade, técnica legislativa e, no mérito, Constituicão Federal, dispõe taxativamente, em seu
pela aprovação deste, com emendas e da art. 26, que "não são acumuláveis os serviços enume-
emenda de n° 2, e pela rejeição da emen- rados no art. 5° do mesmo diploma, quais sejam, os ta-
da de n° 1, ambas apresentadas na Co- beliães de notas, tabeliães e oficiais de registro de con-
missão (Relator: Deputado Sérgio Miran- tratos marítimos, tabeliães de protesto de títulos, ofici-
da). ais de registro de imóveis, oficiais de registro de títulos
(À Comissão de Constituição e Justiça e documentos e civis das pessoas jurídicas, oficiais de
e de Redação - Art. 24, 11) registro civil das pessoas naturais e de interdições e tu-
teias e oficiais de registro de distribuição.
SUMÁRIO Todavia, em muitas localidades as serventias
que não acumulam atribuições trabalham com renda
I - Projeto Inicial
muito baixa, tomando até mesmo, não raro, inviável o
11 - Na Comissão de Constituição e Justiça e de
serviço, situação essa especialmente agravada após
Redação:
o advento da Lei n° 9.534, de 10 de dezembro de
- emendas apresentadas na Comissão (2)
1997, que acresceu o inciso VI ao art. 1° da Lei n°
- termo de recebimento de emendas 9.265, de 12 de fevereiro de 1996, es aôelecendo a
- parecer do relator gratuidade do reoistro civil de nascimento e do assen-
- emendas oferecidas pelo relator (4) to de óbito, bem como a primeira certidão respectiva,
- complementação de voto por se tratarem de atos necessários ao exercício da
A)!,llSIO de 2001 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexla-lcira 31 41061
cidadania regulamentando, assim. o art. 5°, inc. importância da aprovação do Projeto de Lei em co-
LXXVI, alíneas 'a' e 'b', da Constituição Federal de mento.
1988. São estas. Senhor Presidente, as razões que re-
Por essa razão, a própria Lei n° 8.935/94 previu, comendam a aprovação do presente anteprojeto de lei.
no parágrafo único do art. 26 citado, que "poderão,
Desembargador Edmundo Minervino Dias,
con udo, ser acumulados nos Municípios que não
Presidente do Tribunal de Justiça do
comportarem, em razão do volume dos serviços ou
Distrito Federal e dos Territórios
da receita, e instalação de mais de um dos seiviços",
excetuados, obviamente, os cartórios de registro de PODER JUDICIÁRIO
imóveis. TRIBUNAL DE JUSTiÇA DO DISTRITO
A situação excetuada no dispositivo supra FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS
vem ao encontro dos objetivos precípuos do Poder Gabinete da Presidência
Judiciário de eliminar as tão propaiadas mazelas Ofício/GPR/N° 3.026
do nosso sistema, buscando celeridade e melho-
rando a prestação dos serviços judiciais e extraju- Brasília-DF, 17 de outubro de 2000
diciais que vêm sendo oferecidos aos jurisdiciona- A Sua Excelência
dos. Senhor Deputado Federal Michel Temer
As instituições jurídicas, como um todo, passam DD. Presidente da Câmara dos Deputados
no momento por significativas mudanças e nenhum Nesta
esforço tem sido olvidado para que se possa solucio-
nar a crise acarretada pelo congestionamento de pro- Excelentíssimo Senhor,
cessos, pela carência de juízes e pelo ritualismo exa- Tenho a honra de submeter à elevada conside-
cerbado exigido pela lei procedimental Todavia, ração de Vossa Excelência o texto de anteprojeto de
como o problema não se restnnge à esfera judicial, lei, dispondo acerca das atribuições dos Serviços No-
fazse necessário o implemento de mudanças tam- tariais criados por força da lei n° 8.185, de 14 de maio
bém na seara extrajudicial, in casu, na atividade car- de 1991, com as alterações que lhe foram pomovidas
torária. pelos diplomas legais subseqüentes, bem como as
No Distrito Federal, 12 (doze) foram os servi- razões justificadoras de sua propositura.
ços notariais e de registro criados por lei, a maioria Na eventualidade de serem necessários escla-
deles acumulando diversas atribuições; 04 (qua- recimentos, coloco-me à sua inteira disposição.
tro) apenas encontram-se restritos tão-somente á Atenciosamente, Desembargador Edmundo
atividade notarial: o 4°, o 5°, o 6° e o 7° Ofícios de Minervino, Presidente do Tribunal de Justiça do Dis-
Notas, situados na Asa Norte, em Taguatinga e em trito Federal e dos Territórios
Samambaia, respectivamente. Todavia, tem-se
constatado com a experiência que essas serventi- COMISSAO DE CONSTITUiÇÃO
as proporcionam baixos rendimentos, sem qual- E JUSTiÇA E DE REDAÇÃO
quer equivalência com os demais cartórios, o que, PROJETO DE LEI N° 3.672, DE 2000
por si só, já bastaria para justificar a acumulação
autorizada pela exceção. EMENDA MODIFICATIVA - ~ 1
Além disso, essa descentralização toma o pro-
testo de títulos mais acessível á população de todo o
Distrito Federal, dotando. inclusive, a Asa Norte e a Dê-se ao art 1° do projeto a seguinte redação:
Samambaia de tabeliães de protestos de títulos, mor- "Art. 1° O 3° Ofício de Registro Civil,
mente se consideradas as características urbanísti- Títulos e Documentos e Pessoas Jurídicas
cas dessa unidade federativa, as distâncias entre as do ParanoálDF, criado pela Lei n° 8.185, de
cidades satélites e as dificuldades inquestionáveis de 14 de maio de 1991, e alterações coste-
transporte, que tornam incômoda a locomoção dos nores. com área de atuação fixada peta
usuários. Resolução n° 4, de 25 de outubro de
Em verdade, o objetivo maior de todas as re- 1991, do TJDFT passa a exercer cumula-
formas que vêm sendo implementadas no Poder Ju- tivamente as atribuições previstas nos
diciário é melhor servir ao cidadão e, diante desse arts. ]O e 11 da Lei n° 8.925. de 18 de no-
contorno prefaciai, já se toma possível mensurar a vembro de 1994, e na Lei n° 9.492, de 10
41 n(,2 Sexta-feira 31 DIÁRIO DA CÂMAI'A
, ]JOS' '·)I'.','.I'lJ'I'AI)(.)'-,"
" Agosto l Ie 2nn I
de ~etembr~ ~e 1997. conforme disp~e q naturais e de interdições e tutelas e, por fim, de regis-
paragrafo UnlCO do art. 26 da Lei n tro de distribuição.
8.935/94." Ent retant o, o paragra
. ,.
fo UnlCO .
excepclona a re-
Justificação gra geral da não acumulabilidade desses serviços,
em duas hipóteses:
Com o advento da Lei n° 9.534 de 10 de dezem-
a) quando um município não comporte a instala-
bro de 1997, que acresceu o inciso VI ao art. 1° da Lei
n° 9.265, de 12 de fevereiro de 1996, estabelecendo a ção de mais de um serviço em razão do volume dos
serviços;
gratuidade do registro civil de nascimento e do assen-
to de óbito, bem como a primeira certidão respectiva, b) quando um município não comporte a instala-
por se tratarem de atos necessãrías ao exercício da ção de mais de um serviço em razão da receita a ser
cidadania, regulamentando, assim, o art. 5°, inciso arrecadada, fruto da percepção dos respectivos emo-
LXXVI, alíneas a e b da Constituição Federal, os ser- lumentos.
viços de Registro Civil, Títulos e Documentos e Pes- As exceções previstas consideram, como se ob-
soas Jurídicas, de todo o país, sofreram expressivo serva, realidades estafistica e econômicas
decréscimo em suas receitas, muitos, inclusive, foram Não consta da Exposição de Motivos sequer um
inviabiiizados e fechados. dado estatístico ou econômico que possa oferecer
Outra evidência desse quadro encontra-se no avaliação segura e idônea da necessidade do afasta-
não preenchimento por concurso público de provi- menio da regra do caput do art. 26 da Lei n08.935/94.
mento de titularidade, desse tipo de registro, já que in-
Inexiste, também, em âmbito do Distrito Federal,
viável. Inúmeros são os cartórios vagos, em todos os
qualquer norma que estabeleça critérios de avaliação
estados brasileiros.
numérica dos serviços notariais e/ou de registros.
Já no que diz respeito aos serviços notariais, ci-
bem como de suas receitas, mesmo porque são exer-
tados no projeto em tela, não há corno incluí-los,
cidos em caráter privado.
como consta da redação original, já que em funciona-
mento há mais de nove anos, o que torna patente sua É preciso estabelecer critérios objetivos, com
viabilidade econômica. Se fosse o contrário, todos enunciados claros, conditio sine qua non para uma
eles já estariam fechados. inafastâvei prestação desses serviços públicos, com
qualidade e imunes de qualquer influência política da-
Ademais, afigura-se evidente o equívoco da pro-
nosa, que não observe o interesse público, em detri-
posta em exame ao incluir os serviços notorias que
mentos de interesses privados.
menciona expressamente, corno destinatários do re-
cebimento de mais uma atribuicão, no caso a de pro- Analisando a primeira hipótese autorizadora da
testo de títulos, quando em cotejo com o que dispõe o acumulação de serviços notariais e/ou de registros,
art 26 e seu parágrafo único, da Lei n08.935, de 18 de ou seja, o volume de serviços, tem-se que a melhor
novembro de 1994, que "Regulamenta o Art. 236 da exegese para tal expressão é a que pondera o núme-
Constituição Federal, dispondo sobre Serviços Noto- ro de atos notariais e/ou registrários, considerados
rias e de Registro". por espécie em relação à média do Estado ou, no
Peço vênia para transcrever a íntegra desse dis- caso, do Distrito Federal, tomando por base índices
positivo legal: populacionais da região e sua respec iva repercussão
na economia estadual ou distrital.
"Art. 26. Não são acumuláveis os ser-
Convém salientar que há, no Distrito Federal,
viços enumerados no art. 5°.
urna peculiaridade imposta pelo art. 32, da Constitui-
Parágrafo único. Poderão, contudo,
ção Federal, o qual veda sua divisão em Municípios.
ser acumulados nos Municípios que não
comportarem, em razão do volume dos ser- Portanto, no Distrito Federal, por analogia e
viços ou da receita, a instalação de mais de para os fins da Lei n° 8.935/94, os Municípios podem
um dos serviços." ser comparados a Regiões Administrativas e Circuns-
O caput estabelece a regra geral quanto á não crições Judiciárias, sendo que estas últimas são pa-
acumulabilidade dos serviços enumerados no art. 5° râmetros para fixação, v.g., da competência territorial
da Lei, que são os seguintes: de notas, de registro de dos serviços notariais ou registrais.
ccntratos marítimos, de protesto de títulos, de registro A Lei n° 8.185, de 14 de maio de 1991, com as
de imóveis, de registro de títulos e documentos e civis alterações posteriores, criou 12 (doze serviços notari-
das pessoas jurídicas de registro civil das pessoas ais e de registrais.
Agosto tI<: 2001 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Scxta-lCira 31 41063
Entretanto, o presente projeto de ei tem como A intenção do projeto de lei do TJDFT só
destinatários somente 5 (cinco) desses serviços em restaria aoroveitável para o 3° Ofício de Registro Civil,
especiífico, ou seja, os 4°,5°,6° e 7° Oficias de Notas, Títulos e Documentos e Pessoas Jurídicas, do Para-
situados, respectivamente, na Asa Norte, Taguatinga noá, caso tivesse sido instalado, cara se saber se viá-
e Samambaia. velou não.
O 7° Ofício de Notas, de Samambaia, foi criado Se, como consta da Exposição de Motivos do
inicialmente para Taguatinga mas instalado em Sa- TJDFT, "essas serventias proporcionam baixos rendi-
mambaia, em razão do surgimento dessa novel cidade. mentos, sem qualquer equivalência com os demais
Se subsiste qualquer dúvida quanto à rentabili- cartórios" for um motivo que autorize a "socialização"
dade desse Oficio de Notas, de Samambaia, mor- de receitas de serventias mais rentáveis, esta Casa e
mente a falta de dados estatísticos e econômicos esta Comissão amanhã estará às voltas com o en-
concretos, a solução mais adequada seria a anexa- frentamento de mais iniciativas idênticas, originàrias
ção á ele do O Ofício de Registro Civil, Títulos e Docu- de todos os Estados da Federação, apresentando
mentos e Pessoas Jurídicas, já criado e ainda não idêntico pleito, para atender os mais variados padrões
instalado, como autoriza expressamente o art. 44, ca- de lucro ideal, todos. certamente, permeados ce inte-
put, da Lei n° 8.935/94, in verbis resses particulares, sem nenhum atendimento ao in-
teresse público ou ao bem-estar coletivo.
Art. 44. Verificada a absoluta impossi- A Constrtuição Federal em seu art. 236 estabelece
bilidade de se prover, através de concurso que os serviços notariais e de registros são exercidos
público, a titularidade de serviço notarial ou em caráter privado, por delegação do poder público.
de registro, por desinteresse ou inexistência
Também o poder público, como prevê o art. 223,
de candidatos, o juízo competente proporâ à
da Constituição Federal disporá sobre a outorga e reno-
autoridade competente a extinção do servi-
vação de concessões, permissões e autorizaçôe- para
ço e a anexação de suas atribuições ao ser-
o serviço de radiodifusão sonora e de sons e imagens.
viço da mesma natureza mais próximo ou
Imaginem, se amanhã ou depois, estaremos to-
àquele localizado na sede do respectivo Mu-
dos aqui, nesta mesma Comissão, discutindo um proje-
nicípio ou de Município contíguo.'
to de lei que 'socialize" receitas de determinada emisso-
Já os 5° e 6° Ofícios de Notas, de Taguatinga, vi- ra de rádio ou televisão, tendo em vista que outras da
eram para ampliar a oferta de serviços notariais, em mesma região não têm os mesmos lucros. Seria o caos.
razão do volume de serviços, numa cidade com uma Não se justifica a divisão de atribuições hoje espe-
população de aproximadamente 250.000 habitantes, cificas de cartórios de protestos de títulos para fazer ra-
que ostenta uma das maiores rendas per capita do teio com cartório de notas, porque estes ú~imos julgam
Distrito Federal, além de ser uma das que mais cres- que pouco auferem com suas atividades, como se pode
ce em demanda por serviços. Caso não comportasse depreender da exposição de motivos do Judiciário do
a criação desses serviços, não teriam sido instalados, Distrito Federal, sem trazer qualquer prova substancial
uma vez que já existia o 3° Ofício de Notas. que demonstre, de forma inequívoca, tal srtuação.
Vale lembrar que o 3° Oficio de Notas acumula, E se dessa repartição de atribuições resultar a
também, o Registro Civil das pessoas Naturais, inclu- inviabilidade do cartório do qual se está, por via de
sive mantendo, somente para esse fim, sucursal em conseqüência, subtraindo receitas?!
Ceilândia. Portanto, atende á uma população aproxi- Todos esses serviços são públicos, mas exerci-
mada de 800.000 (oitocentos mil) habitantes, já que dos em caráter privado. Portanto, os atuais titulares
abrange, além de Taguatinoa e Ceilândia. Samamba- dos cartórios de notas. citados expressamente na ex-
ia e Recanto das Emas. E, sem dúvida, um pesado posição de motivos do projeto em discussão, conheci-
ônus face à vigente gratuidade dos registros de nasci- am as regras de remuneração quando assumiram os
mento e óbito e respectivas certdões referidos serviços.
Como se vê, só foi possível criar os 5° e 6° Ofíci- Convém relembrar, que a não satisfação com
os de Notas, em Taguatinga, porque há demanda por eventual ganho aquém de qualquer expectativa de foro
esses serviços, que, inclusive, lhes dá suporte econô- íntimo deve ser sanada pela via do concurso público,
mico, tomando-os viáveis, já que em funcionamento externo ou de remoção, para um cartório mais rentável
há cerca de 9 (nove) anos. que o que se esteja ocupando, não pela via legislativa,
O mesmo raciocínio é válido para o 4° Oficio de com objetivo de subtrair receitas de outros cartórios,
Notas, da Asa Norte. sob pena de inviabilizar o que está funcionando bem.
41064 S.:xta-Icira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto li.: 2001
Sala da Comissão, 16 de novembro de 2000. - Apontava, ainda, a acumulação adicional, no 3°
Deputado Paulo Otavio Pereira Oficio de Registro Civil, Títulos e Documentos e Pes-
soas Jurídicas do ParanoálDF, das atribuições previs-
EMENDA SUPRESSIVA N° 2
tas no art. 7° da Lei n° 8.935/94, a saber, as compe-
Suprima-se o art 2° do projero. renu- tências destinadas com exclusividade para tabeliães
merando-se o atual art. 3° para art. 2° de notas.
subtraindo-se, de sua redação original a Segundo aquele egrégio Tribunal, em sua Justi-
expressa0 "revogadas as disposições ficação, é evidente que "em muitas localidades as
em contrário". serventias que não acumulam atribuições trabalham
Justificação com renda muito baixa, tomando até mesmo, não
raro, inviável o serviço, situação esta especialmente
Esta proposição é necessária em razão da pri- agravada após o advento (...) da gratuidade do regis-
meira emenda modificativa da redação da art. 1° do tro civil de nascimento e do assento de óbito, bem
projeto e, também, para atender o disposto no art. 90 , como a primeira certidão respectiva".
da Lei Complementar n° 95, de 26 de fevereiro de
Afirmam ali que é esse o caso do Distrito Fede-
1998, que "Dispõe sobre a elaboração, a redação, a
ral, onde ''tem-se constatado que diversas serventias
alteração e a consolidação das leis, conforme deter-
proporcionam baixos rendimentos, sem qualquer
mina o par grafa único do art. 59 da Constituição Fe-
equivalência com os demais cartórios, o que, por si só
deral, e estabelece normas para a oonsolidação dos
já bastaria para justificar a acumulação autorizada
atos normativos que menciona.
pela exceção."Ademais, argumentam. "essa descen-
Sala da Comissão, 16 de novembro 2000 - tralização toma o protesto de títulos mais acessível à
Deputado - Paulo Octavio Pereira população de todo o Distrito Federal", sendo o objeti-
COMISSÃO DE CONSTITUiÇÃO E JUSTiÇA E DE vo das reformas "melhor servir ao cidadão".
REDAÇÃO O ilustre Deputado Paulo Octávio Pereira apre-
sentou Emenda Modificativa do art. 1°, restringindo o
TERMO DE RECEBIMENTO DE EMENDAS
seu alcance, e incluindo em sua redação o disposto
PROJETO DE LEI W 3.672/00 no art. 2° do Projeto.
Nos termos do art. 119, caput e inciso I do Regi- O próprio Tribunal cuidou, também, em um pri-
mento Interno da Câmara dos Deputados, alterado meiro momento, de, através de emendas, modificar a
pelo art. 10 da Resolução n° 10/91, o Senhor Presiden- redação do art. 1° e suprimir a parte final do art. 2°,
te determinou a abertura e divulgação na Ordem do que continha cláusula revogatóiia genérica.
Dia das Comissões, prazo para recebimento de Posteriormente, o TJDFT encaminhou a este re-
emendas a partir de 8-11-00, por cinco sessões. lator proposta de Emenda Substitutiva global, em que
Esgotado o prazo, foram apresentadas 2 (duas) "altera o art. 78 da Lei n° 8.185, de 14 de maio de
emendas ao projeto. 1991, que dispõe sobre a Organização Judiciária do
Sala da Comissão, 20 de novembro de 2000. - Distrito Federal, com as alterações que lhe foram pro-
Sergio Sampaio Contreiras de Almeida, Secretário movidas pelas Leis nOs 8.407, de 10 de janeiro de
1992,9.248, de 26 de dezembro de 1995 e 9.699, de
I - Relatório 8 de setembro de 1998".
O projeto de lei em epígrafe, de autoria do Tribu- Nessa proposta de Emenda. opta-se por fazer
nal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios - as alterações pretendidas diretamente no corpo da
TJDFT, pretendia originalmente fazer acumular em Lei na 8.185/91, em vez de implementá-Ias em lei es-
todos os Serviços Notariais e especificamente no 3° pecífica, à parte, como resultava da proposição origi-
Ofício de Registro Civil, Títulos e Documentos e Pes- naI. Ao invés de estender a todos os serviços extraju-
soas Jurídicas do ParanoálDF as atribuições previs- diciais a possibilidade de acumulação de atribuições,
tas no art. 11 da Lei na 8.935/94 e na Lei na 9.492/97 essa proposta substituta determina que essa acumu-
(protesto de títulos), conforme dispõe o parágrafo úni- lação se restrinja a algumas serventias apenas. Ade-
co do art. 26 da Lei n° 8.935194, que permite tais acu- mais, cria duas novas Circunscrições Judiciárias do
mulações, por exceção, "nos Municípios que não Distrito Federal, correspondentes a duas novas re-
comportarem, em razão do volume dos serviços ou giões Administrativas surgidas após o advento da Lei
da receita, a instalação de mais de um dos serviços". na 8.185/91.
Agosto de 200 I DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-Icira 31 41065
Compete a esta Comissão de Constituição e O texto ora submetido ao crivo de Vos-
Justiça e de Redação, nos termos regimentais, anali- sa Excelência, bem como dessa incuta
sar a proposta sob os aspectos de constitucionalida- Casa Legislativa, é uma compilação dos
de, jurídicidade, técnica legislativa e também quanto textos de lei disciplinadores da criação, ins-
ao mérito, sendo a tramitação conclusiva. talação e localização dos Serviços de Notas
É o Relatório. e Registro do Distrito Federal, sendo que as
únicas alterações propostas dizem respeito,
11- Voto do Relator exclusivamente, às atribuições do 30 e 60
Examinando os aspectos sobre os quais cabe a Ofícios de Registro Civil, Títulos e Docu-
esta Comissão se pronunciar, verifica-se, em primeiro mentos e Pessoas Jurídicas do Distrito Fe-
lugar, que a matéria é de competência da União, (art. deral, cujas instalações estão previstas na
22, XVII, da Constituição Federal). Da mesma forma, Resolução n° 4/91, para as Regiões Admi-
estão obedecidos os preceitos pertinentes à iniciativa nistrativas de Paranoá e Samambaia, res-
privativa dos Tribunais no que tange à organização de pectivamente.
seus serviços auxiliares (art. 96, I, b, da CF) e à atri- Impõe-se, para os Serviços prefalados,
buição especifica dos Tribunais de Justiça para a alte- a acumulação das atribuições de notas e
ração da organização e da divisão judiciárias (art. 96, protesto para o 30 Ofício e somente de pro-
11, d, da CF). testo para o 60 Ofício de Registro Civil, Títu-
As alterações pretendidas pelo TJDFT em sua los e Documentos e Pessoas Jurídicas do
organização judiciária e nos serviços cartoriais e de DF. Tal acumulação tem como fundamento
registro não conflitam com nenhuma norma constitu- primeiro a inconteste inviabilidade financeira
cional nem com os princípios que regem o nosso or- daqueles, em razão das atuais atribuições e
denamento jurídico, estando, portanto, estabelecida a das pecuriaridades das Regiões Administra-
sua escorreita juridicidade. tivas em que devem ser instalados.
Com o argumento da inviabilidade, su-
A proposta de Emenda Substitutiva do TJDF
pera-se o óbice oposto pelo caput do art. 26
vem resolver um problema detectado na proposição
da Lei dos Notários e Registradores - Lei n°
original: o fato de que algumas Serventias, embora
8.935, de 18 de novembro de 1994 -, pois
efetivamente existentes, constituíam-se formalmente
insere a situação descrita na exceção pre-
em meros desdobramentos dos mesmos serviços
vista no parágrafo único do mesmo disposi-
existentes em outras Circunscrições Judiciárias, des-
tivo legal, que permite a acumulação das
dobramentos esses que foram realizados por meio da
atribuições do art. 50 daquela Lei, em hipó-
Resolução n° 4, de 25 de outubro de 1991, daquele
tese de "municipios" que não comportem,
Tribunal, não constando da Lei de Organização Judi-
em razão do volume dos serviços ou da re-
ciária. E o caso do Oficio de Protesto de Títulos, Re-
gistro Civil, Títulos e Documentos e Pessoas Jurídi- ceita, a instalação de um dos servicos.
cas de Samambaia e do Ofício de Notas, Protesto de Ademais, os usuários dos Serviços
Títulos, Registro civil, Títulos e Documents e Pessoas Extrajudiciais, moradores do Paranoá e Sa-
Jurídicas do Paranoá, ambos situados em Regiões mambaia, com as atribuições que hoje de-
Administrativas que se contam entre as mais carentes têm os 3D e 6D Ofício citados, são obrigados
do Distrito Federal. ao deslocamento para as cidades satélites
mais próximas, de molde a lhes serem dis-
Com a emenda supracitada, essas serventias
ponibilizados Serviços de Notas e Protesto
passam a fazer parte integrante da Lei n° 8.185/91.
de Títulos.
Atualiza-se ali, ademais, a divisão judiciária do Distri-
to Federal, com a incorporação de duas novas Cir- Assim, a modificação de atribuições
cunscrições Judiciárias. correspondentes às respecti- proposta tem, também e principalmente,
motivação social, buscando-se a melhora da
vas Regiões Administrativas, criadas após o advento
qualidade dos serviços prestados à comuni-
daquela Lei.
dade do Distrito Federal."
Na mensagem em que encaminhou a este Rela-
tor a Emenda Substitutiva acima citada, o Tribunal se Embora perseguindo as mesmas finalidades
expande sobre os motivos que o levaram a propor tais que o projeto original, a Emenda Substitutiva do
alterações, razões essas que incorporamos ao nosso TJDF percorre um caminho diferenciado e mais con-
Relatório, pedindo vênia para citá-Ias in extenso: sentâneo com a melhor técnica legislativa, fazendo
410(i(, Sexta-feira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2001
inserir o conteúdo das alterações propostas em Lei Sala da Comissão, 6 de junho de 2001 . - Depu-
já existente, evitando a multiplicidade de diplomas tado Sérgio Miranda.
legais, a que sempre é de bom tom refugir.
Saliente-se que, embora seja defesa a divisão EMENDA N° 1 (SUBSTITUTIVA)
do Distrito Federal em Municípios, ocorre a sua des- Dê-se à ementa do Projeto de Lei n° 3.672, de
centralizacão, no que tange ao Poder Executivo, sob a 2000, a seguinte redação:
forma da divisão do seu território em Regiões Admi-
"Altera o art. 78 da Lei 8.135. de 14 de
nistrativas, com grande autonomia, sendo essa divi-
maio de 1991. que dispõe sobre a Organiza-
são seguida, grosso modo, pela criação. por iniciativa
ção Judiciária do Distrito Federal. com as
do Poder Judiciário, de Circunscrições Judiciárias, modificacões que Lhe foram promovidas pe-
que por força de lei se sobrepõem aos limites territori-
las Leis n° 8.407. de 10 de janeiro de 1992.
ais daquelas. A essas Regiões Administrativas apli-
9.248, de 26 de dezembro de 1995 e 9.699,
ca-se plenamente a referência que o parágrafo único
de 8 de setembro de 1998."
do art. 26 da Lei 8.935/94 faz a "Municípios", para res-
salvar a possibilidade de acumulação de atribuições Justificação
das serventias que funcionarem em localidades de
A proposição. conforme o substitutivo encami-
renda mais baixa.
nhado pelo Tribunal de Justiça do Disnito Federal e
No mérito, parece-nos que as alterações pro- dos Territórios, tem como fulcro a alteração da Lei
postas atingem seus objetivos de assegurar a viabili- 3.135/91, pelo que a ementa deve se referir a isso.
dade econômica de serventias estabelecidas em lo-
Sala das Sessoes, 6 de junho de 2001 . - Depu-
calidades de população mais carente e de propiciar
tado Sérgio Miranda.
melhor atendimento aos usuários desses serviços ex-
trajudiciais. EMENDA N° 2 (SUBSTITUTIVA)
Ressalte-se que embora em certos aspectos a Redija-se assim o art. 1° do Projeto de Lei na
Emenda Substitutiva proposta pelo TJDF melhore 3.672, de 2000:
substancialmente a proposta original, parece-nos que
"Art. 10 . O art. 78. seus incisos e alíneas, da Lei
alguns aspectos relevantes daquela primeira proposi-
n° 8.185. de 14 de maio de 1991. passam a vigorar
ção foram inexplicavelmente suprimidos, pelo que
com a seguinte redação:
nos preocupamos em recuperar alguns deles, que re-
putamos mais importantes. "Art. 78. São os seguintes os Serviços
No que tange à técnica legislativa, também, Notariais e de Registro no Distrito
a proposição precisa ser adaptada aos ditames Federal:
da Lei Complementar n° 95/98. A forma de Emen- I - Circunscriçào Judiciária de Brasilia:
da Substitutiva proposta pelo TJDFT, no entanto, a) três Oficios de Notas e Protesto de
não nos parece ser a melhor, no que tange a es- Títulos;
ses aspectos, pelo que optamos por alterar o Pro- b) um Oficio de Notas:
jeto original através de emendas de nossa auto- c) dois Oficios de Protesto de Títulos:
ria, que englobam o conteúdo das propostas do d) um Oficio de Notas, Registro Civil,
TJDF e as alterações redacionais que reputamos Protesto de Títulos, Títulos e Documentos e
necessá rias. Pessoas Jurídicas
Nesse processo, entendemos ter contemplado, e) dois Ofícios de Registro Civil e Ca-
também, as preocupações expressas pelo deputado samento, Títulos e Documentos e Pessoas
Paulo Otávio, pelo que julgamos prejudicada a sua Jurídicas;
emenda, assim como as primeiras emendas encami- f) três Oficios de Reg-stro de Imóveis;
nhadas pelo TJDF, anteriores à sua proposta de
Emenda Substitutiva. 11 - Circunscrição Judiciária de Tagua-
tinga.
Isso posto, votamos pela constitucionalidade, juridi-
cidade e boa técnica legislativa do projeto de Lei em a) dois Oficios de Notas e Protesto de
apreço e, no mérito, pela sua aprovação, na forma das Títulos;
emendas que apresentamos em anexo; e pela prejudici- b) um Oficio de Notas. Protesto de Tí-
alidade das demais emendas apresentadas nesta Co- tulos, Registro Civil, Títulos e Documentos e
missão. Pessoas Jurídicas;
Agosto de 200! DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-Icira 31 41067
c) um Oficio de Registro de Imóveis; Em conseqüência, incorporamos como nossas
d) um Oficio de Registro Civil Títulos e as Justificativas expendidas na Mensagem que enca-
Documentos e Pessoas Jurídicas. minhou aquela proposição, da qual destacamos parte
111 - Circunscrição Judiciária de Sa- fundamental em nosso Parecer.
mambaia: Sala das Sessões, 6 de junho de 2001 . - Depu-
a) um Oficio de Protesto de Títulos, tado Sérgio Miranda
Registro Civil. Títulos e Documentos e Pes-
EMENDA N° 3 (SUPRESSIVA)
soas Jurídicas:
b) um Oficio de Notas. Suprima-se o art. 2° do Projeto de Lei
IV - Circunscrição Judiciária do Gama n° 3.672, de 2000.
a) dois Oficios de Notas e Protesto de
Justificação
Títulos:
b) um Oficio de Registro Civil. Títulos e O conteúdo desse artigo fica prejudicado, com a
Documentos e Pessoas Jurídicas; adoção da Emenda Substitutiva (n° 2).
c) um Oficio de Re21stro de lmovets. Sala das Sessões, 06 de junho de 2001 . - Depu-
V - Circunscrição Judiciária de Ceilãn- tado Sérgio Miranda.
dia
EMENDA N° 4 (MODIFICATIVA)
a) um Oficio de Notas e Protesto de Tí-
tulos; Redija-se assim o art. 3° do Projeto de Lei n°
b) um Oficio de Registro Civil Títulos e 3.672, de 2000:
Documentos e Pessoas Juridicas. "Art. 3° Esta Lei entra em vigor na data
c) Um Oficio de Registro de Imoveis. de sua publicação."
VI - Circunscrição Judiciária de Sobra-
dinho: Justificação
a} um Oficio de Notas e Protesto de Tí- A presente emenda visa adequar a Proposição
tulos; aos termos da Lei Complementar n° 95/98, que veda
b) um Oficio de Notas, Registro Civil, a inclusão de cláusula revogatória genérica.
Títulos e Documentos e Pessoas Juridicas. Sala das Sessões, 6 de junho de 2001 . - Depu-
c) um Oficio de Registro Civil, Títulos e tado Sérgio Miranda.
Documentos e Pessoas Jurídicas;
d) um Oficio de Registro de Imoveis. COMPLEMENTAÇÃO DE VOTO
VII - Circunscrição Judiciária de Pla- Por erro material, a emenda n° 2 (substitutiva),
naltina que reproduzia a divisão das serventias extrajudiciais
a) um Oficio de Notas e Protesto de Tí- pelas diversas circunscrições judiciárias do Distrito
tulos; Federal, anexada ao nosso Relatório, não consignou
b) um Oficio de Registro Civil, Títulos e a Circunscrição Judiciária de Brazlândia e seus cartó-
Documentos e Pessoas Jurídicas; rios, pelo que solicitamos a sua substituição pela
c) um Oficio de Registro de Imoveis. emenda que ora anexamos, com o mesmo número,
VIII- Circunscrição Judiciária do Para- reparada em tempo a falha.
noa: Sala das Sessões, 12 de junho de 2001. - Depu-
a) um Oficio de Notas, Protesto de Tí- tado Sérgio Miranda, Relator
tulos. Registro Civil, Títulos e Documentos e
Pessoas Jurídicas. EMENDA W2 (SUBSTITUT1VA)
Justificação Dê-se ao art. 1° do Projeto de Lei n° 3.672, de
2000, a seguinte redação:
Com pequenas alterações, a presente emenda
"Art. 1°. O art. 78, seus incisos e alíneas, da Lei
corresnonde à Emenda Substitutiva encaminhada
n° 8.185, de 14 de maio de 1991, passam a vigorar
pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Terri-
com a seguinte redação:
tórios. As serventias aqui delineadas já existem, e se
busca uma nova configuração dos seus serviços, de Art. 78. São os seguintes os Serviços
forma a racionalizar e facilitar a prestação de serviços Notariais e de Registro no Distrito Federal:
à comunidaàe do Distrito Federal. I - Circunscrição Judiciária de Brasília:
4106l.\ Sexta-feira 31 DIÁRIO DA CÁMARA DOS DEPUTADOS Agoslo de 20() I
a) três Ofícios de Notas e Protesto de a) um Ofício de Notas e Protesto de
Títulos; Títulos;
b) um Ofício de Notas; b) um Ofício de Registro Civil, Títulos
c) dois Ofícios de Protesto de Títulos; e Documentos e Pessoas Jurídicas;
d) um Ofício de Notas, Registro Civil, c) um Ofício de Registro de Imóveis.
Protesto de Títulos, Títulos e Documentos e VIII - Circunscrição Judiciária de Braz-
Pessoas Jurídicas lândia:
e) dois Ofícios de Registro Civil e Ca- a) um Ofício de Notas, Protesto de Tí-
samento, Títulos e Documentos e Pessoas tulos, Registro Civil, Títulos e Documentos e
Jurídicas; Pessoas Jurídicas;
f) três Ofícios de Registo de Imóveis; b) um Ofício de Registo de Imóvéis.
II - Circunscrição Judiciária de Tagua- IX - Circunscrição Judiciária do Para-
tinga: noá:
a) dois Ofícios de Notas e Protesto de a) um Ofício de Notas, Protesto de Tí-
Títulos; tulos, Registo Civil, Titulas e Documentos e
Pessoas Jurídicas. '"
b) um Ofício de Notas, Protesto de Tí-
tulos, Registo Civil, Títulos e Documentos e Justificação
Pessoas Jurídicas;
Com pequenas alterações, a presente
c) um Ofício de Registro de Imóveis; emenda corresponde à Emenda Substitutiva en-
d) um Ofício de Registo Civil, Títulos e caminhada pelo Tribunal de Justiça do Distrito
Documentos e Pessoas Jurídicas. Federal e dos Territórios. As serventias aqui deli-
111 - Circunscrição Judiciária de Sa- neadas já existem, e se busca uma nova configu-
mambaia: ração dos seus serviços, de forma a racionalizar
a) um Ofício de Protesto de Títulos, e facilitar a prestação de serviços à comunidade
Registro Civil, Títulos e Documentos e Pes- do Distrito Federal.
soas Jurídicas:
Em conseqüência, incorporamos como nossas
b) um Ofício de Notas. as Justificativas expendidas na Mensagem que en-
IV - Circunscrição Judiciária do Gama caminhou aquela proposição, da qual destacamos
a) dois Ofícios de Notas e Protesto de parte fundamental em nosso Parecer.
Títulos; Sala das Sessões, 12 de junho de 2001 . - Depu-
b) um Ofício de Registro Civil, Títulos tado Sérgio Miranda.
e Documentos e Pessoas Jurídicas;
c) um Ofício de Registro de Imóveis. PARECER REFORMULADO
V - Circunscrição Judiciária de Ceilân- I - Relatório
dia:
O Projeto de Lei em epigrafe, de autoria do Tri-
a) um Ofício de Notas e Protesto de
bunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios
Títulos;
- TJDFT, pretendia originalmente fazer acumular
b) um Ofício de Registro Civil, Títulos
em todos os Serviços Notariais as atribuições pre-
e Documentos e Pessoas Jurídicas;
vistas no art. 11 da Lei n° 8.935/94 e na Lei n°
c) Um Ofício de Registro de Imóveis. 9.492197 (protesto de títulos), conforme dispõe o pa-
VI - Circunscrição Judiciária de Sobra- rágrafo único do art. 26 da Lei 8.935/94, que permite
dinho: tais acumulações, por exceção, "nos Municípios que
a) um Ofício de Notas e Protesto de não comportarem, em razão do volume dos serviços
Títulos; ou da receita, a instalação de mais de um dos Servi-
b) um Ofício de Notas, Registro Civil, ços".
Títulos e Documentos e Pessoas Jurídicas; Apontava, ainda, a acumulação adicional, no
c) um Ofício de Registro Civil, Títulos e 3° Ofício de Registro Civil, Títulos e Documentos e
Documentos e Pessoas Jurídicas; Pessoas Jurídicas do Paranoá/DF, das atribuições
d) um Ofício de Registo de Imóveis. previstas no art. r da Lei 8.935/94, a saber, as
VII - Circunscrição Judiciária de Pla- competências destinadas com exclusividade para
naltina: tabeliães de notas.
Ag.os!o de 2001 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 31 41069
Segundo aquele egrégio Tribunal, em sua sar a proposta sob os aspectos de constitucionalida-
Justificação, é evidente que "em muitas localida- de, jurídicidade, técnica legislativa e também quanto
des as serventias que não acumulam atribuições ao mérito. sendo a tramitação conclusiva.
trabalham com renda muito baixa, tomando até É o Relatório.
mesmo, não raro, inviável o serviço, situação esta
especialmente agravada após o advento (...) da 11 - Voto do Relator
gratuidade do registro civil de nascimento e do as- Examinando os aspectos sobre os quais
sento de óbito, bem como a primeira certidão res- cabe a esta Comissão se pronunciar, verifica-se,
pectiva". em primeiro lugar, que a matéria é de competên-
Afirmam ali que é esse o caso do Distrito cia da União, (art. 22, XVII, da Constituição Fede-
Federal, onde "tem-se constatado que diversas ral). Da mesma forma, estão obedecidos os pre-
serventias proporcionam baixos rendimentos, ceitos pertinentes à iniciativa privativa dos Tribu-
sem qualquer equivalência com os demais cartó- nais no que tange à organização de seus serviços
rios, o que, por si só, já bastaria para justificar a auxiliares (art. 96, I, "b", da CF) e à atribuição es-
acumulação autorizada pela exceção." Ademais, pecifica dos Tribunais de Justiça para a alteração
argumentam, "essa descentralização toma o pro- da organização e da divisão judiciárias (art. 96, li,
testo de títulos mais acessível à população de d, da CF).
todo o Distrito Federa I", sendo o objetivo das re- As alterações pretendidas pelo TJDFT em
formas "melhor servir ao cidadão". sua organização judiciária e nos serviços cartoria-
O ilustre Deputado Paulo Octávio Pereira apre- is e de registro não conflitam com nenhuma norma
sentou Emenda Modificativa do art. P, restringindo constitucional nem com os princípios que regem o
o seu alcance, e incluindo em sua redação o dispos- nosso ordenamento jurídico, estando, portanto,
to no art. 2° do Projeto. estabelecida a sua escorreita juridicidade.
O próprio Tribunal cuidou, também, em um pri- A proposta de Emenda Substitutiva do TJDF
meiro momento, de, através de emendas, modificar vem resolver um problema detectado na proposi-
a redação do art. 1° e suprimir a parte final do art. 2°, ção original: o fato de que algumas Serventias,
que continha cláusula revogatória genérica. embora efetivamente em funcionamento, constitu
iam-se formatmente em meros desdobramentos
Posteriormente, o TJDFT encaminhou a
dos mesmos serviços existentes em outras Cir-
este relator proposta de Emenda Substitutiva glo-
cunscrições Judiciárias, desdobramentos esses
bal, em que "altera o art. 78 da Lei 8.185, de 14
que foram realizados por meio da Resolução n°
de maio de 1991, que dispõe sobre a Organiza-
04, de 25 de outubro de 1991, daquele Tribunal,
ção Judiciária do Distrito Federal, com as altera-
não constando da Lei de Organização Judiciária.
ções que lhe foram promovidas pelas Leis nO
É o caso do Ofício de Protesto de Títulos, Regis-
8.407, de 10 de janeiro de 1992, 9.248, de 26 de
tro Civil, Títulos e Documentos e Pessoas Jurídi-
dezembro de 1995 e 9.699. de 8 de setembro de
cas de Samambaia e do Oficio de Notas, Protesto
1998".
de Títulos, Registro civil, Títulos e Documentos e
Nessa proposta de Emenda, opta-se por fa- Pessoas Jurídicas do Paranoá, ambos situados
zer as alterações pretendidas diretamente no cor- em Regiões Administrativas que se contam entre
po da Lei 8.185/91, em vez de implementá-Ias em as mais carentes do Distrito Federal.
lei específica, à parte, como resultava da proposi-
ção original. Ao invés de estender a todos os ser- Com a emenda supracitada, essas serventias
viços extrajudiciais a possibilidade de acumula- passam a fazer parte integrante da Lei n° 8.185/91.
ção de atribuições, essa proposta substituta de- Atualiza-se ali, ademais, a divisão judiciária do Dis-
termina que essa acumulação se restrinja a algu- trito Federal, com a incorporação de duas novas Cir-
mas serventias apenas. Ademais, cria duas no- cunscrições Judiciárias, correspondentes às respec-
vas Circunscrições Judiciárias do Distrito Fede- tivas Regiões Administrativas, criadas após o ad-
ral, correspondentes a duas novas regiões Admi- vento daquela Lei.
nistrativas surgidas após o advento da Lei n Na mensagem em que encaminhou a este Re-
8.135/91. lator a Emenda Substitutiva acima citada, o Tribunal
Compete a esta Comissão de Constituição e se expande sobre os motivos que o levaram a pro-
Justiça e de Redação, nos termos regimentais, anali- por tais alterações, razões essas que incorporamos
41 070 S~xla-Icira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto d~ 2001
ao nosso Relatório, pedindo vênia para citá-Ias in Embora perseguindo as mesmas finalidades
extenso: que o projeto original, a Emenda Substitutiva do
TJDF percorre um caminho diferenciado e mais
o texto ora submetido ao crivo de consentâneo com a melhor técnica legislativa, fa-
Vossa Excelência, bem como dessa incli-
zendo inserir o conteúdo das alterações propos-
ta Casa Legislativa, é uma compilação
tas em Lei já existente, evitando a multiplicidade
dos textos de lei disciplinadores da cria-
de diplomas legais, a que sempre é de bom tom
ção, instalação e localização dos Servi-
refugir.
ços de Notas e Registro do Distrito Fede-
ral, sendo que as únicas alterações pro- Saliente-se que, embora seja defesa a divi-
postas dizem respeito, exclusivamente, são do Distrito Federal em Municípios, ocorre a
às atribuições do 3° e 6° Ofícios de Regis- sua descentralização, no que tange ao Poder
tro Civil, Títulos e Documentos e Pessoas Executivo, sob a forma da divisão do seu territó-
Jurídicas do Distrito Federal, cujas insta- rio em Regiões Administrativas, com grande au-
lações estão previstas na Resolução n° tonomia, sendo essa divisão seguida, grosso
4/91, para as Regiões Administrativas de modo, pela criação, por iniciativa do Poder Judi-
Paranoá e Samambaia, respectivamente. ciário, de Circunscrições Judiciárias, que por for-
Impõe-se, para os Serviços prefala- ça de lei se sobrepõem aos limites territoriais da-
dos, a acumulação das atribuições de no- quelas. A essas Regiões Administrativas apli-
tas e protesto para o 3° Ofício e somente ca-se plenamente a referência que o parágrafo
de protesto para o 6° Ofício de Registro único do art. 26 da Lei 8.935/94 faz a "Municípi-
Civil, Títulos e Documentos e Pessoas os", para ressalvar a possibilidade de acumula-
Jurídicas do DF. Tal acumulação tem ção de atribuições das serventias que funciona-
como fundamento primeiro a inconteste rem em localidades de renda mais baixa.
inviabilidade financeira daqueles, em ra- No mérito, parece-nos que as alterações pro-
zão das atuais atribuições e das peculiari- postas atingem seus objetivos de assegurar a viabi-
dades das Regiões Administrativas em lidade econômica de serventias estabelecidas em
que devem ser instalados. localidades de população mais carente e de propici-
Com o argumento da inviabilidade, ar melhor atendimento aos usuários desses serviços
supera-se o óbice oposto pelo caput do extrajudiciais.
art. 26 da Lei dos Notários e Registrado-
No que tarige à técnica legislativa, no entan-
res - Lei n° 8.935, de 18 de novembro de
to, a nova formulação precisa ser adaptada aos
1994 -, pois insere a situação descrita na
ditames da Lei Complementar n° 95/98, o que
exceção prevista no parágrafo único do buscamos fazer nas emendas em anexo, que en-
mesmo dispositivo legal, que permite a
globam o conteúdo das propostas do TJDF e as
acumulação das atribuições do art. 5° da-
alterações redacionais que reputamos necessári-
quela Lei, em hipótese de "municípios"
as.
que não comportem, em razão do volume
dos serviços ou da receita, a instalação Nesse processo, entendemos ter contempla-
de um dos serviços. do, também, as preocupações expressas pelo de-
Ademais, os usuários dos Serviços putado Paulo Otávio, pelo que julgamos prejudi-
Extrajudiciais, moradores do Paranoá e Sa- cada a sua emenda, assim como as primeiras
mambaia, com as atribuições que hoje de- propostas de emendas encaminhadas pelo TJDF
têm os 3° e 6° Oficio citados, são obrigados a este Relator, anteriores à sua proposta de
ao deslocamento para as cidades satélites Emenda Substitutiva por nós acatada.
mais próximas, de molde a lhes serem dis- Isso posto, votamos pela constitucionalida-
ponibilizados Serviços de Notas e Protesto de, juridicidade e boa técnica legislativa do proje-
de Títulos. to de Lei em apreço e, no mérito, pela sua apro-
Assim, a modificação de atribuições vação, com a incorporação das emendas que
proposta tem, também e principalmente, apresentamos, e pela rejeição da emenda do de-
motivação social, buscando-se a melhora da putado Paulo Otávio.
qualidade dos serviços prestados à comuni- Sala da Comissão, de de 2001. - Deputado
dade do Distrito Federal." Sérgio Miranda, Relator.
Ag.osto d0 2001 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-lcira 31 41071
EMENDA N° 1 (SUBSTITUTIVA) a) um Oficio de Protesto de Títulos,
Registro Civil, Títulos e Documentos e Pes-
Dê-se à ementa do Projeto de Lei n° 3.672, de
soas Jurídicas;
2000, a seguinte redação:
b) um Oficio de Notas.
"Altera o art. 78 da Lei 8.185, de 14 de IV - Circunscrição Judiciária do Gama:
maio de 1991, que dispõe sobre a Organiza- a) dois Oficios de Notas e Protesto de
ção Judiciária do Distrito Federal, com as Títulos;
modificações que lhe foram promovidas pe- b) um Oficio de Registro Civil, Títulos e
las Leis nO 8.407, de 10 de janeiro de 1992, Documentos e Pessoas Jurídicas;
9.248, de 26 de dezembro de 1995 e 9.699, c) um Oficio de Registro de Imóveis.
de 8 de setembro de 1998." V - Circunscrição Judiciária de Ceilân-
Justificação dia:
a) um Oficio de Notas e Protesto de Tí-
A proposição, conforme o substitutivo encami-
tulos;
nhado pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e
b) um Oficio de Registro Civil, Títulos e
dos Territórios, tem como fulcro a alteração da Lei
Documentos e Pessoas Jurídicas;
8.185/91, pelo que a ementa deve se referir a isso.
c) Um Oficio de Registro de Imóveis.
Sala das Sessões, de junho de 2001 . - Depu-
VI - Circunscrição Judiciária de Sobra-
tado Sérgio Miranda. dinho:
EMENDA N° 2 (SUBSTUTIVA) a) um Oficio de Notas e Protesto de Tí-
tulos;
Dê-se ao art. 1° do Projeto de Lei n? 3.672, de
b) um Oficio de Notas, Registro Civil,
2000, a seguinte redação:
Títulos e Documentos e Pessoas Jurídicas;
"Art. 10 O art. 78, seus incisos e alíneas, da Lei
c) um Oficio de Registro Civil, Títulos e
n? 8.185, de 14 de maio de 1991, passam a vigorar Documentos e Pessoas Jurídicas;
com a seguinte redação:
d) um Oficio de Registro de Imóveis.
"Art. 78. São os seguintes os Serviços Notariais VII - Circunscrição Judiciária de Pla-
e de Registro no Distrito Federal: naltina:
I - Circunscrição Judiciária de Brasilia: a) um Oficio de Notas e Protesto de Tí-
a) três Oficios de Notas e Protesto de tulos;
Títulos; b) um Oficio de Registro Civil, Títulos e
b) um Oficio de Notas; Documentos e Pessoas Jurídicas;
c) dois Oficios de Protesto de Títulos; c) um Oficio de Registro de Imóveis.
d) um Oficio de Notas, Registro Civil, VIII - Circunscrição Judiciária de Braz-
Protesto de Titulas, Títulos e Documentos e lândia:
Pessoas Jirídicas; a) um Oficio de Notas, Protesto de Tí-
e) dois Oficios de Registro Civil e Ca- tulos, Registro Civil, Títulos e Documentos e
samento, Títulos e Documentos e Pessoas Pessoas Jurídicas:
Jurídicas; b) um Oficio de Registro de Imóveis.
f) três Oficios de Registro de Imóveis; IX - Circunscrição Judiciária do Para-
11 - Circunscrição Judiciária de Tagua- noá:
tinga: a) um Oficio de Notas, Protesto de Tí-
a) dois Oficios de Notas e Protesto de tulos, Registro Civil, Títulos e Documentos e
Títulos; Pessoas Jurídicas. (NR)
b) um Oficio de Notas, Protesto de Tí- §1 ° Um Oficio de Protesto de Títulos
tulos, Registro Civil, Títulos e Documentos e e um Oficio de Registro de Imóveis da
Pessoas Jurídicas; Circunscrição Judiciária de Brasília, de-
c) um Oficio de Registro de Imóveis; nóminados, respectivamente, 2? Oficio de
d) um Oficio de Registro Civil, Títulos e Protesto de Títulos do Distrito Federal e
Documentos e Pessoas Jurídicas. 4? Oficio de Registro de Imóveis do Distri-
111 - Circunscrição Judiciária de Sa- to Federal, têm sua localização na Região
mambaia: Administrativa do Guará.
41072 Sexta-feira 31 DIÁRIO DA CÂMAI{A DOS DEI)lJTADOS Agosto de 2()() 1
§ 2° O Oficio de Notas, Registro Ci- dicidade, técnica legislativa e, no mérito, pela
vil, Protesto de Títulos, Títulos e Docu- aprovação, com emendas, do Projeto de Lei n?
mentos e Pessoas Jurídicas da Circuns- 3.672/00 e da emenda de n? 2, e pela rejeição da
crição Judiciária de Brasília tem sua loca- emenda de n? 1, ambas apresentadas nesta Co-
lização na Região Administrativa do Núcleo missão, nos termos do parecer reformulado, com
Bandeirante. complementação de voto, do Relator, Deputado
Sérgio Miranda.
Justificação
Estiveram presentes os Senhores Deputados:
A presente emenda corresponde à Emenda
Inaldo Leitão Presidente, Osmar Serraglio
Substitutiva encaminhada pelo Tribunal de Justi-
Vice- Presidente, André Benassi, Custódio Mat-
ça do Distrito Federal e dos Territórios, com as
tos, Fernando Gonçalves, Murilo Domingos, Nel-
alterações je redação para adequá-Ias aos pre-
son Marchezan, Ricardo Ferraço, Antônio Carlos
ceitos da Lei Complementar n? 95, 26 de feverei-
Konder Reis, Jaime Martins. Moroni Torgan, Ney
ro de 1998. As serventias aqui delineadas já exis-
Lopes. Paes Landiín, Paulo Magaihães, Vilmar
tem, e se busca uma nova configuração dos seus
Rocha, Coriolano Saies, Roland Lavigne, Geraldo
serviços, de forma a racionalizar e facilitar a pres-
Magela, José Dirceu, José Genoíno, Luiz Eduar-
tação de serviços à comunidade do Distrito Fede-
do Greenha1gh., Edmar Moreira, Eurico Miran-
ral.
da., Sérgio Miranda, Fernando Coruja. Bispo Ro-
Em conseqüência, incorporamos como nossas drigues, Luciano Bivar, Átila Lira. Bomfácio de
as Justificativas expendidas na? Mensagem que en- Andrada, Edir Oliveira. Léo Alcântara, Luiz Antô-
caminhou aquela proposição, da qual destacamos nio Fleurv, Átila Lins, Luis Barbos& Mauro Bene-
parte fundamental em nosso Parecer. vides. Nelo Rodolfo, TFhemístocles Sampaio,
Sala das Sessões, de junho de 2001 . - Deputado Wilson Santos e Orlando Fantazzini.
Sergio Miranda. Sala da Comissão, 13 de junho de 2001. -
Deputado Inaldo Leitão, Presidente.
EMENDA N° 3 (SUPRESSIVA)
Suprima-se o art. 2° do Projeto de Lei n° 3.672, EMENDAS ADOTADAS - CCJR
de 2000. N° 1
Justificação Dê-se à ementa do projeto a seguinte redação:
O conteúdo desse artigo fica prejudicado, com a "Altera o art. 78 da Lei n? 8.185, de 14
adoção da Emenda nO 2 (modificativa). de maio de 1991, que dispõe sobre a Orga-
Sala das Sessões, de junho de 2001 . - Deputado nização Judiciária do Distrito Federal, com
Sérgio Miranda. as modificações que lhe foram promovidas
pelas Leis n?s 8.407, de 10 de janeiro de
EMENDA W 4 (MODIFICATIVA) 1992, 9.248, de 26 de dezembro de 1995 e
Redija-se assim o art. 3? do Projeto de Lei n° 9.699, de 8 de setembro de 1998."
3.672, de 2000: Sala da Comissão, 13 de junho de 2001 - Depu-
"Art. 3° Esta Lei entra em vigor na data de sua tado Inaldo Leitão Presidente.
publicação.
N°2
Justificação
Dê-se ao art. 1° do projeto a seguinre redação:
A presente emenda visa adequar a proposição Art. 1° O art. 78, seus incisos e alíneas, da Lei n?
aos termos da Lei Complementar n° 95/98. que
8.185, de 14 de maio de 1991 , passam a vigorar com
veda a inclusão de cláusula revogatória genérica.
a seguinte redação:
Sala das Sessões, de junho de 2001. - Deputado
"Art 78. São os seguintes os Serviços Notariais
Sergio Miranda.
e de Registro no Distrito Federal:
11I - Parecer da Comissão I - Circunscrição Judiciária de Brasília:
A Comissão de Constituição e Justiça e de a) três Ofícios de Notas e Protesto de
Redação, em reunião ordinâria realizada hoje, opi- Títulos;
nou unanimemente pela constitucionalidade, juri- b) um Ofício de Notas;
Agosto de 2001 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEI'UTADOS Sexta-lcira31 41073
c) dois Ofícios de Protesto de Títulos; b) um Ofício de Registro Civil, Títulos
d) um Ofício de Notas, Registro Civil, e Documentos e Pessoas Jurídicas;
Protesto de Titujos, Tituios e Documentos e c) um Ofício de Registro de Imóveis.
Pessoas Jurídicas; VIII - Circunscrição Judiciária de Braz-
e) dois Ofícios de Registro Civil e Ca- lândia:
samento, Títulos e Documentos e Pessoas a) um Ofício de Notas, Protesto de Tí-
Jurídicas; tulos, Registro Civil, Títulos e Documentos e
f) três Ofícios de Registro de imóveis; Pessoas Jurídicas;
b) um Ofício de Registro de Imóveis.
11 - Circunscrição Judiciária de Tagua-
tinga: IX - Circunscrição Judiciária do Para-
noá:
a) dois Ofícios de Notas e Protesto de
a) um Oficio de Notas, Protesto de Tí-
Títulos;
tulos, Registro Civil, Títulos e Documentos e
b) um Ofício de Notas, Protesto de Tí-
Pessoas Jurídicas. (NR)
tulos, Registro Civil, Títulos e Documentos e
Pessoas Jurídicas; § 1° Um Ofício de Protesto de Títulos e um Ofí-
c) um Ofício de Registro de Imóveis; cio de Registro de Imóveis da Circunscrição Judiciá-
d) um Oficio de Registro Civil, Títulos e ria de Brasília, denominados, respectivamente, 27
Documentos e Pessoas Jurídicas. Oficio de Protesto de Títulos do Distrito Federal e 47
111 - Circunscrição Judiciária de Sa- Ofício de Registro de Imóveis do Disüito Federal.
mambaia: têm sua localização na Região Administrativa do
a) um Ofício de Protesto de Títulos, Guará.
Registro Civil, Títulos e Documentos e Pes- § 2° O Ofício de Notas, Registro Civil, Protesto
soas Jurídicas; de Títulos, Títulos e Documentos de Pessoas jurídi-
b) um Ofício de Notas. cas da Circunscrição Judiciária de Brasília tem sua
IV - Circunscrição Judiciária do Gama: localização na Região Administrativa do Núcleo
a) dois Ofícios de Notas e Protesto de Bandeirante.
Títulos; Sala da Comissão, 13 de junho de 2001 - Depu-
b) um Ofício de Registro Civil, Títulos tado Inaldo Leitão Presidente.
e Documentos e Pessoas Jurídicas; Suprima-se o art. 2° do projeto, renumerando-se
c) um Ofício de Registro de Imóveis. o atual art. 37 para art. 2? subtraindo-se, de sua reda-
V - Circunscrição Judiciária de Ceilàn- ção original a expressão "revogadas as disposições
dia: em contrário".
a) um Ofício de Notas e Protesto de Sala da Comissão, 13 de junho de 2001. -
Títulos; Deputado Inaldo Leitão Presidente.
b) um Oficio de Registro Civil, Títulos e Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação."
Documentos e Pessoas Jurídicas; Sala da Comissão, 13 de junho de 2001. -
e) Um Ofício de Registro de Imóveis. Deputado Inaldo Leitão Presidente.
VI - Circunscrição Judiciária de Sobra-
CÂMARA DOS DEPUTADOS
dinho.
a) um Ofício de Notas e Protesto de RECURSO N° 170, DE 2001
Títulos; (CONTRA DECISÃO CONCLUSIVA
b) um Ofício de Notas, Registro Civil, DE COMISSÃO)
Títulos e Documentos e Pessoas Jurídicas; (Do Sr. Arnaldo Madeira e Outros)
c) um Ofício de Registro Civil, Títulos e Requer, na forma do art. 58, ? 37, ele
Documentos e Pessoas Jurídicas; o art. 132, § 2Q do Regimento Interno, que
d) um Ofício de Registro de Imóveis. o Projeto de Lei n? 2.786-8, de 1997, com
VII - Circunscrição Judiciária de Pla- parecer favorável da comissão de mérito,
naltina: seja apreciado pelo Plenário.
a) um Ofício de Notas e Protesto de (Publique-se. Submeta-se ao Plenário)
Títulos; Nome Parlamentar Assinatura
41074 Sexta-feira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS AgllSto de 200 I

--------·CÂMl\MOOSOOPUTADOS
SGM - SECAP (7503) ==========
Conferência de Assinaturas
29/08/0\ 9:35:46 Página: 001
. _ - - - - - - _ .._ - - -

Tipo da Proposição: REC


Autor da Proposição: ARNALDO MADEIRA E OUTROS
Data de Apresentação: 28/08/01
Ementa: Requer que seja submetido ao Plenário o Projeto de Lei n°
2786/97.
Possui Assinaturas Suficientes: SIM
Totais de Assinaturas: IconfirmadaS-- i 0~~1
INãOConferem.1 001
Fora do Exercício I -.o~J
IRepetidas i 0031
I"egiveis ~_O~~I
IReti~~~ ~

Assinaturas Confirmadas
1 ANDRÉ BENASSI PSDB SP
2 ANIVALDO VALE PSDB PA
3 ANTONIO CARLOS PANNUNZIO PSDB SP
4 ARISTON ANDRADE PFL BA
5 ARNALDO FARIA DE SÁ PPB SP
6 ARNALDO MADEIRA PSDB SP
7 ARNON BEZERRA PSDB CE
8 AUGUSTO NARDES PPB RS
9 BARBOSA NETO PMDB GO
10 BASiLIO VILLANI PSDB PR
11 BONIFÁCIO DE ANDRADA PSDB MG
12 CELCITA PINHEIRO PFL MT
13 CORIOLANO SALES PMDB BA
14 CUSTÓDIO MATTOS PSDB MG
15 DARClslO PERONDI PMDB RS
16 DR. HELENO PSDB RJ
17 DUILlO PISANESCHI PTB SP
18 ELlSEU RESENDE PFL MG
19 EULER RIBEIRO PFL AM
20 EURICO MIRANDA PPB RJ
21 FEU ROSA PSOB ES
22 FRANelSTÓNIO PINTO PFL BA
23 GERVASIO SILVA PFL se
24 HERÁCLITO FORTES PFL PI
25 IÉDIO ROSA S.PART. RJ
26 INoeE:Nelo OLIVEIRA PFL PE
Agüsto de 20tH DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-Icira 31 41075

27 JAIME MARTINS PFL MG


28 JOÃO LEÃO PP8 BA
29 JOÃO TOTA PP8 AC
30 JORGE KHOURY PFL BA
31 JOSÉ CARLOS FONSECA JR. PFL ES
32 JOSÉ INDIO PMDB SP
33 JOSÉ MÚCIO MONTEIRO PFL PE
34 JOVAIR ARANTES PSDB GO
35 JULIO SEMEGHINI PSDB SP
36 LAEL VARELLA PFL MG
37 LUIZ ANTONIO FLEURY PTB SP
38 LUIZ CARLOS HAULY PSDB PR
39 MARÇAL FILHO PMD8 MS
40 MÁRCIO REINALDO MOREIRA PPB MG
41 MÁRIO NEGROMONTE PSD8 BA
42 MORONI TORGAN PFL CE
43 MUSSADEMES PFL PI
44 NARC\O RODRIGUES PSDB MG
45 NELSON MARQUEZELLI PTB SP
46 NEY LOPES PFL RN
47 OLAVO CALHEIROS PMD8 AL
48 OSMAR TERRA PMDB RS
49 PAUDERNEY AVELlNO PFL AM
50 PAULO DE ALMEIDA PST RJ
51 PAULO MAGALHÃES PFl BA
52 PEDRO CORR~A PPB PE
53 RICARDO BARROS PPB PR
54 RICARTE DE FREITAS PSDB MT
55 ROBERTO JEFFERSON PTB RJ
56 ROMEL ANIZIO PPB MG
57 RONALDO VASCONCELLOS PL MG
58 SILVIO TORRES PSDB SP
59 SIMÃO SESSIM PPB RJ
60 URSICINO QUEIROZ PFL BA
61 VIC PIRES FRANCO PFL PA
62 VILMAR ROCHA PFL GO
63 VITTORIO MEDIOLl PSDB MG
64 ZENALDO COUTINHO PSOB PA

Assinaturas que Não Conferem


1 ROBSONTUMA PFL SP

Assinaturas Repetidas
1 ELlSEU RESENDE PFL MG
2 PAULO MAGALHÃES PFL BA
3 SILVIO TORRES PSDB SP
4\ 076 Scxta-li:ira:' I DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Ag\)S\ll d-: 200\

Ofício n° 151/2001 O Congresso Nacional decreta:


Brasília, 29 de agosto de 2001 Art. 1° As pessoas jurídicas que se dedicam a
atividade sazonal poderão determinar a base de cál-
A Sua Senhoria o Senhor culo do imposto de renda e da contribuição social so-
Dr. Mozart Vianna de Paiva
bre o lucro, a que se referem os arts. 2?, 25, 27, 29 e
Secretário-Geral da Mesa
30 da Lei n? 9.430, de 27 de dezembro de 1996, to-
Nesta
mando por base o valor médio da receita bruta calcu-
Senhor Secretário-Geral,
lado segundo o disposto nesta lei.
Comunico a Vossa Senhoria que o Recurso do
Parágrafo único. Considera-se, para os efeitos
Sr. Deputado Arnaldo Madeira e Outros, que "Requer
desta lei, atividade sazonal aquela que rende à pes-
que seja submetido ao Plenário o Projeto de Lei n°
soa jurídica, no mínimo, setenta por cento de sua re-
2.786/97", contém número suficiente de signatários,
ceita bruta no primeiro semestre do ano-calendário.
constando a referida proposição de:
64 assinaturas confirmadas; Art. 2° O valor médio da receita bruta será calcu-
lado de acordo com os procedimentos descritos nos
1 assinatura não confirmada;
parágrafos deste artigo.
3 assinaturas repetidas.
§1" Determina-se o coeficiente de participação
Atenciosamente, Cláudia Neves C. de Souza, da receita bruta acumulada de cada período, que vai
Chefe.
de janeiro até cada um dos meses subseqüentes, em
PROJETO DE LEI W 2.786-B, DE 1997 relação à receita bruta total do ano-calendário anteri-
(Do Sr. Edison Andrino) or.
Dispõe sobre a determinação da § 2° Multiplica-se o valor da receita bruta acu-
base de cálculo do imposto de renda e mulada, efetiva, de cada período do ano-calendário,
da contribuição social sobre o lucro das que vai de janeiro até o mês, ou até o mês que encer-
pessoas jurídicas que se dedicam a ativi- ra o trimestre, para o qual se deseja apurar a base de
dades sazonais; tendo pareceres: da Co- cálculo do imposto ou contribuição social, pelo inver-
missão de Finanças e Tributação, pela so do coeficiente do mesmo período de tempo do
não-implicação da matéria com aumento ano-calendário anterior, determinado de acordo com
o §1°.
ou diminuição da receita ou da despesa
públicas, não cabendo pronunciamento § 3° Divide-se o resultado da operação a que se
quanto à adequação financeira e orça- refere o § 2° por doze.
mentária e, no mérito, pela aprovação § 4° Multiplica-se o resultado da operação a que
(Relator: Deputado Roberto Brant); e da se refere o § 3° pelo número de meses transcorridos,
Comissão de Constituição e Justiça e de até o mês, ou até o mês que encerra o trimestre, para
Redação, pela constitucionalidade, juridi- o qual se deseja apurar a base de cálculo do imposto
cidade e técnica legislativa (Relator: De- ou da contribuição social.
putado Fernando Coruja). § 5° Na hipótese de a pessoa jurídica não ter au-
(Às Comissões de Finanças e Tributa- ferido receita bruta no ano-calendário, ou na hipótese
ção (Mérito e Art. 54); e de Constituição e de a pessoa jurídica ter auferido receita bruta em de-
Justiça e de Redação (Art. 54) - Art. 24, 11)). terminado período do ano-calendário sem que tenha
SUMÁRIO auferido receita até o mesmo período do
ano-calendário anterior, considera-se como valor mé-
I - Projeto Inicial dio da receita bruta o valor correspondente a tantos
11- Na Comissão de Finanças e Tributação: duodécimos da receita bruta do ano-calendário ante-
- termo de recebimento de emendas rior, quantos sejam os meses transcorridos até o pe-
- parecer do Relator ríodo, mensal ou trimestral, para o qual se deseja
- parecer da Comissão apurar a base de cálculo do imposto ou contribuição
11I - Na Comissão de Constituição e Justiça e de social.
Redação: § 6" Obtêm-se o valor médio da receita bruta a
- termo de recebimento de emendas ser utilizado na apuração da base de cálculo do im-
- parecer do Relator posto ou contribuição social, diminuindo-se, do resul-
- parecer da Comissão tado da operação a que se refere o § 4° ou o § 5°, o va-
Agosto de 200! DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sextu-lCira31 41077
lor da receita bruta já computado na determinação da portariam os custos extraordinários de abertura e de
base de cálculo do imposto ou da contribuição social encerramento anuais.
dos meses ou trimestres anteriores,. Se tais empresas optassem pela decisão de fe-
Art. 3° A opção pelo regime de pagamento de char e reabrir a cada temporada, os custos de encer-
que trata esta lei será manifestada pelo recolhimento ramento e reabertura seriam computados na determi-
do imposto de renda e da contribuição social sobre o nação de seu lucro real, visto que, na determinação
lucro, relativos ao mês de janeiro ou ao primeiro tri- do lucro real, são considerados todos os custos ne-
mestre do ano-calendário, calculados segundo as re- cessários para o desempenho das atividades.
gras definidas no art. 2°. Ora, mantendo-se tais empresas constituídas
§ 1° A opção pela tributação com base no valor durante o ano todo, é plausível que possam conside-
médio da receita bruta será obrigatoriamente aplica- rar os custos fixos anuais na determinação do lucro
da em relação a todo o ano-calendário. real do período sazonal de atividades. Isto implica
§ 2° No caso de encerramento de atividades, a computar o lucro médio dos vários meses do ano, ou
parcela da receita bruta que não tenha sido computa- dos vários trimestres do ano, como base para incidên-
da na determinação das bases de cálculo dos meses cia das obrigações tributárias, em vez do lucro efetivo
ou trimestres anteriores será considerada como do úl- de cada mês ou de cada trimestre.
timo mês ou último trimestre de atividades. Nesse contexto, não se mostra apropriado o
Art. 4° Esta lei entra em vigor na data de sua pu- atual mecanismo de pagamento do imposto com
blicação. base na receita bruta mensal, ou trimestral, com a
previsão de ajuste anual. Pois, devendo tais empre-
Justificação sas pagar o imposto imediatamente ao encerra-
A legislação atual do imposto de renda, que de- mento do período de atividades sazonais, ficam su-
termina a incidência do imposto sobre a renda auferi- jeitas a encargos financeiros até que possam re-
da em períodos trimestrais, ou mensais, como consta querer restituição, após a entrega da declaração
da Lei nO 9.430/96, não se mostra adequada para as anual de ajustes.
pessoas jurídicas que se dedicam a atividades sazo- O projeto prevê, em síntese, uma forma de pa-
nais. gamento do imposto de renda e da contribuição social
Essas empresas conseguem registrar fatura- sobre o lucro desvinculada do efetivo ingresso de re-
mento considerável nos poucos meses do ceitas. As empresas com atividades sazonais, exerci-
ano-calendário em que operam efetivamente. Alcan- das no primeiro semestre do ano-calendário, poderão
çam, então, lucros que poderiam ser considerados ratear o pagamento do imposto e da contribuição so-
bons, se atribuídos exclusivamente ao pequeno pe- cial pelos doze meses do ano-calendário, em função
ríodo de atividades. Mas, como referidas empresas da proporção do volume da receita bruta de cada pe-
permanecem inativas durante a maior parte do ríodo verificada no ano-calendário anterior. Com isso,
ano-calendário, o lucro razoável obtido no período de dilata-se o pagamento de parte dos referidos tributos
atividade, ao ser atribuído para o ano-calendário todo, para meses posteriores aos meses de ingresso das
quando não chega a se converter em prejuízo atual, receitas.
dilui-se ao longo do ano-calendário em lucros mensa- A fórmula de cálculo adotada apóia-se na pre-
is médios reduzidos. missa de que a receita efetiva de cada mês ou trimes-
Isto ocorre porque tais empresas, a despeito de tre representa uma proporção da receita total do
reduzirem os custos variáveis durante o período de ano-calendário, igual à proporção da receita do mes-
inatividade, vêem-se na contingência de suportar os mo mês ou trimestre do ano-calendário anterior, em
custos fixos durante o ano todo, na medida em que relação à respectiva receita total.
decidem manter-se constituídas para terem condi- O projeto não contempla as empresas que exer-
ções de operar na '1emporada" seguinte. cem atividades sazonais no segundo semestre do
Como alternativa à decisão de se manterem ano-calendário, pois o pagamento do imposto de ren-
constituídas durante o ano todo, suportando custos fi- da e da contribuição social sobre o lucro médio, men-
xos anuais, tais empresas poderiam, teoricamente, sal ou trimestral, implicaria antecipação do pagamen-
optar pelo encerramento de atividades a cada final de to dos tributos em relação ao período do ingresso das
temporada e conseqüente reabertura na temporada receitas.
seguinte. Nessa hipótese, todavia, em vez de supor- Sala das Sessões, 25 de fevereiro de 1997. -
tarem os custos fixos do período de inatividade, su- Deputado Edison Andrino.
4107S Sexta-Ieira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2001
LEGISLAÇÃO CITADA ANEXADA PELA § 2° A parcela da base de calculo, apurada men-
COORDENAÇÃO DE ESTUDOS LEGISLATIVOS - salmente, que exceder a R$20.000,00 (vinte mil reais)
CeDI ficará sujeita a incidência de adicional de imposto de
renda à alíquota de dez por cento.
lEI ND 9.430, DE 27 DE DEZEMBRO DE 1996
§ 3° A pessoa jurídica que optar pelo pagamento
Dispõe sobre a legislação tributária do imposto na forma deste artigo deverá apurar o lu-
federal, as contribuições para a segurida- cro real em 31 de dezembro de cada ano, exceto nas
de social, o processo administrativo de hipóteses de que tratam os §§ 1° e 2° do artigo anteri-
consulta e dá outras providências. or.
§ 4° Para efeito de determinação do saldo de im-
O Presidente da República, posto a pagar ou a ser compensado, a pessoa jurídica
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e poderá deduzir do imposto devido o valor:
eu sanciono a seguinte lei: I - dos incentivos fiscais de dedução do impos-
CAPíTULO I to, observados os limites e prazos fixados na legisla-
Imposto de Renda - Pessoa Jurídica ção vigente, bem como o disposto no § 40 do art. 3° da
lei na 9.249, de 26 de dezembro de 1995;
Seção I 11 - dos incentivos fiscais de redução e isenção
Apuração da Base de Cálculo do imposto, calculados com base no lucro da explora-
Período de Apuração Trimestral ção;
Art. 1° A partir do ano-calendário de 1997, o im- 111 - do imposto de renda pago ou retido na fon-
posto de renda das pessoas jurídicas será determina- te, incidente sobre receitas computadas na determi-
do com base no lucro real, presumido, ou arbitrado, nação do lucro real;
por períodos de apuração trimestrais, encerrados nos IV - do imposto de renda pago na forma deste
dias 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 artigo.
de dezembro de cada ano-calendário, observada a le-
gislação vigente, com as alterações desta lei.
Seção VI
§ 1° Nos casos de incorporação, fusão ou cisão, Lucro Presumido
a apuração da base de cálculo e do imposto de renda
devido será efetuada na data do evento, observado o Determinação
disposto no art. 21 da lei n? 9.249, de 26 de dezem- Art. 25. O lucro presumido será o montante de-
bro de 1995. terminado pela soma das seguintes parcelas:
§ 2° Na extinção da pessoa jurídica, pelo encer- I - o valor resultante da aplicação dos percentu-
ramento da liquidação, a apuração da base de cálculo ais de que trata o art. 15 da lei n° 9.249, de 26 de de-
e do imposto devido será efetuada na data desse zembro de 1995, sobre a receita bruta definida pelo
evento. art. 31 da Lei n° 8.981, de 20 de janeiro de 1995, aufe-
Pagamento por Estimativa rida no período de apuração de que trata o art. 1° des-
ta lei;
Art. 2° A pessoa jurídica sujeita a tributação com
11 - os ganhos de capital, os rendimentos e ga-
base no lucro real poderá optar pelo pagamento do nhos líquidos auferidos em aplicações financeiras, as
imposto, em cada mês, determinado sobre base de
demais receitas e os resultados positivos decorrentes
cálculo estimada, mediante a aplicação, sobre a rece- de receitas não abrangidas pelo inciso anterior e de-
ita bruta auferida mensalmente, dos percentuais de
mais valores determinados nesta lei, auferidos na-
que trata o art. 15 da Lei n° 9.249, de 26 de dezembro
quele mesmo período.
de 1995, observado o disposto nos §§ 1° e 2° do art. 29
e nos arts. 30 a 32,34 e 35 da lei n? 8.981, de 20 de
janeiro de 1995, com as alterações da lei n° 9.065, de Seção VII
20 de junho de 1995. Lucro Arbitrado
§ 1° O imposto a ser pago mensalmente na for-
Determinação
ma deste artigo será determinado mediante a aplica-
ção sobre a base de cálculo, da alíquota de quinze por Art. 27. O lucro arbitrado será o montante deter-
cento. minado pela soma das seguintes parcelas:
AgOSlOdc 2001 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Scx(a-leira 31 41079
I - O valor resultante da aplicação dos percentuais 2° fica, também, sujeita ao pagamento mensal da
de que trata o art.16da Lei n° 9.249, de 26 de dezembro contribuição social sobre o lucro líquido, determinada
de 1995, sobre a receita bruta definida pelo art. 31 da mediante a aplicação da alíquota a que estiver sujeita
Lei n° 8.981 , de 20 de janeiro de 1995, auferida no pe- sobre a base de cálculo apurada na forma dos incisos
ríodo da apuração de que trata o art. 1° desta Lei; I e 11 do artigo anterior.

11 - os ganhos de capital, os rendimentos e ga-


nhos auferidos em aplicações financeiras, as demais
receitas e os resultados positivos decorrentes de re-
COMISSÃO DE FINANÇAS E TRIBUTAÇÃO
ceitas não abrangidas pelo inciso anterior e demais
valores determinados nesta Lei, auferidos naquele
mesmo período. TERMO DE RECEBIMENTO DE EMENDAS
§ 1° Na apuração do lucro arbitrado, quando não PROJETO DE LEI N° 2.786/97
conhecida a receita bruta, os coeficientes do que tra-
tam os incisos 11,111 e IV do art. 51 da Lei n? 8.931, de Nos termos do art. 119, I, do Regimento Inter-
20 de janeiro de 1995, deverão ser multiplicados pelo no da Câmara dos Deputados, o Sr. Presidente de-
número de meses do período de apuração. terminou a abertura e divulgação na Ordem do Dia
das Comissões de prazo para apresentação de
emendas, a partir de 2-4-97, por cinco sessões.
CAPITULO 11 Esgotado o prazo, não foram recebidas emendas
Contribuição Social Sobre o ao projeto.
Lucro Líquido
Sala da Comissão, 10 de abril de 1997. ? Maria
Linda Magalhães, Secretária.
Seção I
Apuração da Base de Cálculo e Pagamento
COMISSÃO DE FINANÇAS E TRIBUTACÃO
Empresas sem Escrituração Contábil
I - Relatório

Art. 29. A base de cálculo da contribuição social


sobre o lucro líquido, devida pelas pessoas jurídicas Com a proposição em epígrafe, pretende-se
tributadas com base no lucro presumido ou arbitrado instituir fórmula especial de determinação da base
e pelas demais empresas dispensadas de escritura- de cálculo do imposto sobre a renda das pessoas
ção contábil, corresponderá à soma dos valores: jurídicas, e da contribuição social sobre o lucro, be-
neficiando aquelas empresas que se dedicam a ati-
I - de que trata o art. 20 da Lei n° 9.249, de 26 de
vidade sazonal concentrada no primeiro semestre
dezembro de 1995;
do ano civil.
11 - os ganhos de capital, os rendimentos e ga-
Preconiza-se excepcionar o tratamento con-
nhos líquidos auferidos em aplicações financeiras, as
sagrado nos arts. 2°, 25, 27, 29 e 30 da Lei n?9.430,
demais receitas e os resultados positivos decorrentes
de 27 de dezembro de 1996, introduzindo-se meca-
de receitas não abrangidas pelo inciso anterior e de-
nismo de cálculo do "valor médio da receita bruta",
mais valores determinados nesta Lei, auferidos na-
pelo qual os valores sazonais de pico se diluiriam
quele mesmo período.
ao longo do período anual, evitando-se assim a an-
Pagamento Mensal Estimado tecipação de imposto a maior a ser restituído muito
tempo depois por ocasião da declaração final de
ajuste, o que tem transformado esse tipo de empre-
Art. 30. A pessoa jurídica que houver optado sas, nesse ínterim, em financiadoras forçadas do
pelo pagamento do imposto de renda na forma do art. Tesouro.
41080 S.:xta-leira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agoslo de 200 I
o feito vem a esta Comissão, na forma regimen- Pelas razões expostas, nosso voto é, quanto ao
tal, para verificação preliminar da compatibilidade ou mérito pela aprovação do Projeto de Lei n° 2.786, de
adequação financeira e orçamentária, bem como, se 1997, não cabendo a esta comissão afirmar se a pro-
for o caso, para apreciação do mérito, constando não posição é adequada ou não, por não ter implicações
terem sido apresentadas emendas no prazo. financeiras e orçamentárias,
Sala da Comissão, 6 de maio de 1998. - Depu-
11 - Voto do Relator
tado Roberto Brant, Relator.
Do ponto de vista preliminar da compatibilidade
111 - Parecer da Comissão
ou adequação financeira e orçamentária, embora a
matéria envolva diretamente a forma de arrecadação A Comissão de Finanças e Tributação, em reu-
de uma das importantes receitas da União, que é o nião ordinária realizada hoje, concluiu, unanimemen-
imposto de renda das pessoas jurídicas, está claro te, pela não-implicação da matéria com aumento ou
que o mecanismo proposto não tem nenhum efeito diminuição da receita ou da despesa públicas, não
quantitativo sobre o montante da obrigação tributária, cabendo pronunciamento quanto à adequação finan-
mas afeta exclusivamente a distribuição das parcelas ceira e orçamentária e, no mérito, pela aprovação do
em que o pagamento se consuma, equilibrando-as e Projeto de Lei n° 2.786/97, nos termos do parecer do
uniformizando-as ao longo do tempo, sem alterar a ar- Relator, Deputado Roberto Brant.
recadação efetiva, nem a respectiva estimativa orça- Estiveram presentes os Senhores Deputados
mentária. Germano Rigotto, Presidente; Neif Jabur, Fetter Júni-
Portanto, não se vislumbrando reflexos sobre or e Júlio César, Vice-Presidentes; Augusto Viveiros,
os orçamentos públicos, nem qualquer implicação fi- Manoel Castro, Maurício Najar, Messias Góis, Osório
nanceira, não cabe a esta Comissão manifestar-se Adriano, Antonio Kandir, Arnaldo Madeira, Luiz Car-
sobre a adequação do projeto, conforme dispõe o los Hauly, Silvio Torres, Veda Crusius, Edinho Bez,
art. 97 da Norma Interna desta Comissão pertinente Gonzaga Mota, Hermes Parcianello, Delfim Netto,
ao assunto. Fernando Ribas Carli, Basilio Villani, Firmo de Castro,
Vanio dos Santos, Zaire Rezende, José Augusto,
Quanto ao mérito, é preciso reconhecer que se
José Carlos Vieira, Mareio Fortes, Mário Negromonte
trata de um mecanismo engenhoso que aperfeiçoa a
e Paulo Ritze!.
lei, ao adequar seu espírito a uma hipótese específica
que ela não previu. Sala da Comissão, 3 de junho de 1998. - Depu-
tado Germano Rigotto, Presidente.
É claro que refoge à lógica da tributação da
renda das pessoas jurídicas, assim como à intenção TERMO DE RECEBIMENTO DE EMENDAS
do legislador da lei n79.430, de 1996, obrigar as em-
PROJETO DE LEI N° 2.786-AJ97
presas dedicadas a atividades sazonais, no primeiro
semestre do ano civil, continuando inativas no se- Nos termos do art. 119, caput e inciso I do Regi-
gundo semestre, a continuar a recolher imposto a mento Interno da Câmara dos Deputados, alterado
maior do que o devido, no período da inatividade, pelo art. 17, I, da Resolução n'l10/91 , o Senhor Presi-
com base nas cifras de receitas auferidas durante a dente determinou a abertura e divulgação na Ordem
estação ativa, para só um ano depois obter restitui- do Dia das Comissões, prazo para recebimento de
ção do indébito; seria igualmente ilógico e contrário emendas a partir de 14-06-00, por cinco sessões.
ao espírito da lei forçar tais empresas, alternativa- Esgotado o prazo, não foram apresentadas emendas
mente, a iniciar e extinguir atividades respectiva- ao projeto.
mente no início e no fim de cada "saison", para evitar Sala da Comissão, 21 de junho de 2000. - Sér-
a distorção mencionada, acarretando um custo buro- gio Sampaio Contreiras de Almeida, Secretário.
crático para a Administração, um custo financeiro e
aborrecimento para as empresas, que extrapolam a I - Relatório
filosofia do imposto. Pelo Projeto de Lei n° 2.786, de 1997, propõe
Por outro lado, está certo o proponente ao ob- o nobre Deputado Nelson Andrino uma fórmula na
servar que esses cuidados não se estendem a contri- determinação da base de cálculo do imposto de
buintes com atividades sazonais no segundo semes- renda e da contribuição social sobre o lucro das
tre, já que, r.esse caso, a proximidade do ajuste torna pessoas jurídicas que se dedicam a atividades sa-
supérflua a aplicação da fórmula. zonais.
Agnsto de 200! DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEI'UTAI)OS Sexta-feira 31 41 Og I
Fundamenta sua proposta com o preenchimen- res, José Antônio Almeida, Sérgio Miranda, Fernan-
to de uma lacuna normativa sobre as atividades sazo- do Coruja, José Roberto Batochio, Bispo Rodrigues,
nais, previstas, atualmente, só para um semestre no Átila Lira, Odilio Balbinotti, Raimundo Santos, Vic Pi-
período anual. res Franco, Osvaldo Reis, Themistocles Sampaio,
A proposta foi à Comissão de Finanças e Tribu- Ary Kara, lédio Rosa, Wolney Queiroz e Bispo Wan-
tação onde, sem emendas, teve parecer favorável, no derval.
mérito, não cabendo àquele órgão, por não ter impli- Sala da Comissão, 20 de junho de 2001. -
cações financeiras e orçamentárias, verificar sua Deputado Inaldo Leitão, Presidente.
adequação.
ERRATA
Desarquivado por despacho da Presidência,
(Republica-se em virtude de novo despacho do
em 26 de fevereiro de 1999, vem a esta Comissão
Sr. Presidente)
para exame dos pressupostos regimentais. Trans-
ONDE SE LÊ:
correu in albis o prazo de emendas.
É o Relatório. PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUiÇÃO
N°553, DE 1997
11 - VOTO DO RELATOR
(Do Sr. Ivan Valente e Outros)
O Projeto de Lei n° 2.786, de 1997, afeiçoa-se à
Acrescenta parágrafo ao artigo 211
competência e inciativa legislativa do rol constitucio- da Constituição Federal.
nal. (Apense-Se A Pec N° 177/95)
Insere-se, também, no sistema jurídico (jundici- LEIA-SE:
dade), sem colisões, o que lhe empresta, também, le-
galidade. PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUiÇÃO
Observados os requisitos regimentais, não tem N° 553, DE 1997
reparos na sua técnica legislativa. (Do Sr. Ivan Valente e Outros)

Em face do exposto, meu VOTO é pela apro- Acrescenta parágrafo ao artigo 211
vação do Projeto de Lei n° 2.786, de 1997, dada sua da Constituição Federal.
constitucionalidade, jundicidade, legalidade, regi- (Apense-se à PEC N° 78/95)
mentalidade e técnica legislativa. ERRATA
Sala da Comissão, 29 de maio de 2001. - Depu-
tado Fernando Coruja Relator (Republica-se em virtude de novo despacho do
Sr. Presidente)
111- PARECER DA COMISSÃO
ONDE SE LÊ:
A Comissão de Constituição e Justiça e de Re-
PROJETO DE LEI N" 233, DE 1999
dação, em reunião ordinária realizada hoje, opinou
unanimemente pela constitucionalídade, jurídicidade (Da Sra. Rita Camata)
e técnica legislativa do Projeto de Lei n° 2.786-A/97, Modifica a redação dos artigos 83 e
nos termos do parecer do Relator, Deputado Fer- 84 da Lei n° 8.069, de 13 de julho de 1990
nando Coruja. - Estatuto da Criança e do Adolescente.
Estiveram presentes os Senhores Deputados: (À Comissão de Seguridade Social e
Inaldo Leitão - Presidente, Robson Tuma e Família; e de Constituição e Justiça e de
Osmar Serraglio - Vice-Presidentes, André Benassi, Redação (Art. 54) - Art. 24,11)
Custódio Mattos, Fernando Gonçalves, Murilo Do- LEIA-SE:
mingos, Nelson Marchezan, Nelson Otoch, Ricardo
PROJETO DE LEI N" 233, DE 1999
Ferraço, Vicente Arruda, Zulaiê Cobra, Aldir Cabral,
(Da Sra. Rita Camata)
Antônio Carlos Konder Reis, Jaime Martins, Moroni
Torgan, Paes Landim, Paulo Magalhães, Vilmar Ro- Modifica a redação dos artigos 83 e
cha, Coriolano Sales, Geovan Freitas, José Priante, 84 da Lei n° 8.069, de 13 de julho de 1990
Mendes Ribeiro Filho, Renato Vianna, Roland Lavig- - Estatuto da Criança e do Adolescente.
ne, Geraldo Magela, José Dirceu, José Genoíno, (À Comissão de Seguridade Social e
Luiz Eduardo Greenhalgh, Marcos Rolim, Augusto Família; e de Constituição e Justiça e de
Farias, Edmar Moreira, Eurico Miranda, Gerson Pe- Redação - Art. 24,11)
41082 Sexta-feira ~ I DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Aguslo de 2001
ERRATA No Estado da Paraíba, especialmente nos Muni-
cípios de Cajazeiras e Sousa, na região do Alto Ser-
(Republica-se em virtude de novo despacho do
tão, tem acontecido algo que causa indignação. O Go-
Sr. Presidente)
verno, por intermédio de coordenação especial criada
ONDE SE LÊ: exatamente para resolver o problema, estabelece um
PROJETO DE LEI N° 4.941, DE 2001 número de bolsas-renda, depois exige que uma co-
(Do Poder Executivo) missão faça a seleção, com critérios mais definidos.
MSC - 698/01 O que acontece? A comissão faz a seleção. Che-
Dispõe sobre a incidência das Con- ga-se à conclusão de que, por exemplo, quinhentas fa-
tribuições para o PIS/Pasep e da Contri- mílias estão em condições de risco e precisam receber
buição para o Financiamento da Seguri- cesta básica e bolsa-renda. Só que o número destina-
dade Social nas operações de venda de do à cesta básica e à bolsa-renda é de apenas cem
gás natural e de carvão mineral. unidades. O que fazer com as quatrocentas restantes?
(Às Comissões de Finanças e Tributa- O Governo exige que a comissão exclua do programa
ção; e de Constituição e Justiça e de Reda- as pessoas excedentes. Ela, evidentemente, dirá que
ção (Art. 54)) não. Como já falei anteriormente, isso vira "lista de
Schindler", ou seja, para saber quem vai morrer. Diante
LEIA-SE:
do impasse, qual a resposta do Governo? Não distribu-
PROJETO DE LEI N° 4.941, DE 2001 ir unidades a todas as famílias cadastradas.
(Do Poder Executivo) Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, aonde
MSC - 698/01 vamos chegar? Temos cestas básicas armazenadas,
Dispõe sobre a incidência das Con- certamente recursos disponíveis também para bol-
tribuições para o PIS/Pasep e da Contri- sa-renda. Por que não são distribuídos? Porque a co-
buição para o Financiamento da Seguri- munidade, num gesto de dignidade e de solidarieda-
dade Social nas operações de venda de de, não aceita que haja seleção para excluir pessoas
gás natural e de carvão mineral. que preencham os mesmos critérios. Não é compre-
(Às Comissões de Minas e Energia; de ensível que o Congresso silencie diante de situação
Finanças e Tributação; e de Constituição e como essa. Teremos de convocar o Sr. Ministro Raul
Justiça e de Redação (Art. 54)) Jungmann, que sempre ocupa páginas com manche-
tes especiais, para explicar o quadro caótico em que
O SR. PRESIDENTE (Themístocles Sampaio)
- Finda a leitura do expediente, passa-se às se encontram essas pessoas. O que faremos? Esta-
belecem-se critérios objetivos. O Governo simples-
IV - BREVES COMUNICAÇÕES mente diz que não há bolsa-renda e cesta básica para
Concedo a palavra ao Sr. Deputado Marcelo atender àquelas famílias e exige que a comunidade
Teixeira. local as exclua do programa.
O SR. MARCELO TEIXEIRA (PMDB - CE. Sem Sr. Presidente, sinceramente, não podemos to-
revisão do orador.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputa- lerar a situação. Não podemos assistir a tudo isso pa-
dos, quero solidarizar-me com o Prefeito de Fortaleza cificamente.
pela nota publicada ontem nos jornais sobre o bárbaro Espero que o Parlamento, ao invés de se curvar
crime em que seis portugueses foram assassinados. às ordens do Poder Executivo, tenha coragem de de-
Esse é um fato a lamentar. Com certeza, o povo fender questão básica de integração nacional, não
brasileiro entendeu o problema. Os responsáveis por permitir que nenhum brasileiro passe fome e viva em
esse bárbaro crime serão punidos e nosso turismo situação humilhante, corno ocorre hoje com as pesso-
continuará crescendo a cada dia. as a que me referi, o que desintegra a Nação. É falta
Muito obrigado. de espírito nacional. E, não tendo capacidade de rea-
O SR. AVENZOAR ARRUDA (PT - PB. Sem re- ção, urna vez que não pressionam, essas pessoas
visão do orador.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parla- podem morrer de fome e, talvez, não atinjam a popu-
mentares, mais uma vez estamos aqui para denunci- laridade do Sr. Presidente da República. Se isso não
ar o que está acontecendo com o chamado Programa acontecer, essas pessoas simplesmente não existem
de Convivência com o Semi-Árido, que distribui cesta ou apenas venham a existir estatisticamente, como
básica, bolsa-renda no Nordeste do Brasil. números ou voto no período eleitoral.
i\gosto de 2001 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 31 410S3
A situação agrava-se com a greve dos servido- gitar. Enfrentamos os grandes interesses do mercado,
res públicos da saúde e está chegando a estado de a Organização Mundial do Comércio e os Estados
calamidade pública. As pessoas estão morrendo nas Unidos, que questionavam a Lei de Proteção da Pro-
filas dos hospitais. A população precisa de assistên- priedade Industrial, também conhecida como Lei de
cia e não a encontra porque os órgãos federais estão Patentes, em especial o artigo 68, caput, que permite
paralisados. O Governo não negocia com o setor, não o licenciamento compulsório de patente, se o deten-
envia projeto de lei a esta Casa para que o façamos e tor desta "exercer os direitos dela decorrentes de for-
comporta-se como se nada estivesse acontecendo. ma abusiva ou por meio dela praticar abuso do poder
Lembro-me de ter visto charge do Angeli que di- econômico (. ..)".
zia: "Eu juro que ali tem um presidente". O chargista Ignorando protestos dos grandes grupos farma-
tem toda razão. Precisamos fazer visita ao Palácio do cêuticos, seis laboratórios estatais passaram a produ-
Planalto para saber se o Presidente da República lá zir sete tipos de medicamentos fundamentais no com-
se encontra e se há governo no País. Já começo a du- bate à AIDS, a custos 70% inferiores. Se tivéssemos
vidar. À medida que não há vontade política para re- de importar todos esses remédios, os gastos não se-
solver absolutamente nada, o Governo deve ter saí- riam nunca inferiores a US$530 milhões, e a cobertu-
do, e não estamos sabendo. ra, tal como é feita no momento, estaria inviabilizada.
O SR. HÉLIO COSTA (PMDB - MG.) - Sr. Presi- O programa vem provar que a doença, ainda
dente, inicialmente congratulo-me com a Mesa da Câ- sem cura, é controlável, e, mais importante, tornou-se
mara dos Deputados pela sessão solene que será re- tratável como drama social contemporâneo. No Bra-
alizada hoje à tarde em homenagem a um dos maio- sil, portadores da AIDS, principalmente os mais ca-
res vultos da política de Minas Gerais, o criador dos rentes, não morrem mais por falta de atendimento.
Diários Associados de Minas Gerais, Pedro Aleixo. Esse enorme avanço social e humanitário, Sr.
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, apesar Presidente, decorre tão-somente da vontade política,
de estigmas sociais terríveis que ainda nos amarram que tem propiciado pesados investimentos não ape-
inexoravelmente ao atraso, não obstante os baixíssi- nas no programa de fornecimento de remédios, mas
mos indicadores sociais que continuamos a exibir, te- sobretudo em campanhas nacionais e em diversas
mos, nos últimos tempos, algo concreto a comemorar. modalidades de prevenção.
Tornamo-nos referência mundial no combate à AIDS. Segundo o Ministro da Saúde, os recursos anu-
Estamos demonstrando que, por mais terrível que almente aportados situam-se na ordem de R$1 bi-
seja, essa doença é hoje tratável também nos países lhão. É preciso, pois, aderir ao trabalho que judiciosa-
em desenvolvimento. mente vem sendo feito e, mais que isso, reconhecê-lo
Graças ao programa de distribuição gratuita e uni- pelo elevado mérito que possui.
versal dos chamados medicamentos anti-retrovirais, Aliás, o reconhecimento, muitas vezes negado
conduzido de forma corajosa pelo Ministro da Saúde, no Brasil, tem surgido na própria opinião pública inter-
José Serra, desde 1997, aí está uma vitória que nos or- nacional, como exemplifica a matéria publicada no
gulha verdadeiramente: no ano 2000, cerca de 95 mil início do ano, no jornal The New York Times, em que
pessoas foram atendidas, em 424 unidades de distribui- se detalhou e louvou o programa brasileiro.
ção, a um custo de US$303 milhões. Um acordo firmado entre o Brasil e quatro países
Do ponto de vista humanitário, a iniciativa confe- africanos (Angola, Moçambique, Guiné-Bissau e São
re uma nova dimensão existencial aos pacientes, com Tomé), sobre cooperação e assistência, igualmente re-
substanciais melhorias na sua qualidade de vida. vela a projeção adquirida pelo País na matéria.
Mais aptos fisicamente, resgatados do sofrimento Dos avanços, o maior, contudo, Sr. Presidente,
moral, esses pacientes voltam a ter planos, passam a diz respeito ao acordo há pouco celebrado entre o
viver com mais dignidade e retomam o exercício dos Brasil e os Estados Unidos, na Organização Mundial
direitos de cidadãos que o preconceito quase sempre do Comércio, a OMC, pondo fim aos ataques nor-
lhes negava. Trata-se portanto, nobres colegas, de ini- te-americanos à Lei de Patentes brasileira. Os Esta-
ciativa de grande relevância social. dos Unidos encerraram assim, ao menos por ora, o
Do ponto de vista da soberania, da au- processo contra o Brasil naquele foro internacional,
to-afirmação brasileira perante a comunidade interna- numa admissão forçosa de que a norma em vigor
cional, conseguimos, Sr. Presidente - e o Congresso está correta.
Nacional foi um dos responsáveis por esse feito -, Foi um recuo estratégico dos Estados Unidos,
algo que no passado alguns sequer se atreviam a co- sem dúvida. Duas forças principais motivaram esse re-
410X4 Sexta-feira 31 DIÁRIO DA CÀMARA DOS DEPUTADOS AguslO de 2001
cuo. De um lado, o êxrto do programa brasileiro, que tem Pela localização e grande fertilidade do seu
servido de modelo a muitos países em situação seme- solo, igualou superior à fertilidade do Rio Nilo, cujas
lhante. Do outro, a opinião pública mundial, que tem terras dão vida ao Egito, essas áreas eram procura-
questionado os altos preços cobrados pelos fabricantes das por muitos agricultores e pecuaristas, que aí se
dos remédios usados no combate ao HIV, que ensejam estabeleceram ordeira e pacificamente.
lucros abusivos, chegando à casa dos 1.000%. O INCRA, após os levantamentos e análises ne-
Há no planeta, Sras. e Srs. Deputados, cerca de cessários, veio a legitimar a ocupação das terras pela
36 milhões de pessoas infectadas pela AIDS. Desse outorga de título definitivo de propriedade, mediante o
total, 25 milhões estão na África Subsaariana, dese- pagamento do valor estabelecido, aos ocupantes que
nhando um mapa terrível de sofrimento e morte. atendessem às exigências.
No Brasil, estima-se que existam 196 mil soro- Lamentavelmente, o INCRA, por demora buro-
positivos. Em 2000, foram registrados 8.600 novos ca- crática, não outorgou o título definitivo de propriedade
sos. De 1980 a 2000, as autoridades sanitárias com- das terras ocupadas a muitos agricultores e pecuaris-
putaram um total de 203 mil casos. tas nas mesmas condições daqueles que tiveram a
São números realmente assustadores, em face ventura de recebê-lo.
dos quais cresce a nossa responsabilidade, avultam Com a criação do Parque Nacional de Ilha Gran-
os deveres da sociedade, aumenta a necessidade de de, os ditos ilhéus foram obrigados a deixar suas pro-
participação do Estado, seja no papel de educador, priedades e impedidos de retornar às mesmas, inclu-
seja no de regulamentador, seja no de provedor dos sive com ameaças e agressões.
meios para abrandar os estigmas da doença. Os proprietários e ocupantes das terras foram
Muito já foi alcançado. Cada vitória traz consigo delas expulsos sem que lhes fosse paga qualquer in-
uma renovação de esperança. E, como bem disse um denização, o que concretizou um verdadeiro confisco,
ilustre conterrâneo de Minas Gerais, o poeta Murilo figura abominada pelo direito pátrio.
Mendes, sem esperança não acontece o inesperado. Alheio à situação e às condições a que foram jo-
Era o que tinha a dizer. gados esses agricultores e pecuaristas, o Poder PÚ-
O SR. DILCEU SPERAFICO (PPB - PRo Pro- blico, até hoje, vilipendiando o direito deles, não lhes
nuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Sras. e pagou a indenização devida nem os socorreu por
Srs. Deputados, notícia publicada no jornal O Estado qualquer outro modo, nem mesmo com uma cesta bá-
do Paraná", tradicional órgão da imprensa do meu sica, apesar de pedidos feitos à Primeira-Dama, Da.
Estado, no último dia 21 de agosto, e que passou qua- Ruth Cardoso.
se despercebida da mídia nacional é que impõe mi- Muitas famílias passaram a viver na periferia
nha presença nesta tribuna. das cidades da região, partindo diversas delas para
Hoje, mais do que nunca, é necessário um aler- outros Estados, à procura de meio de vida e, por não
ta veemente a todas as autoridades responsáveis terem qualificação profissional urbana, outras passa-
pelo meio ambiente e pela preservação da natureza, ram a engrossar a multidão de bóias-frias, procuran-
sejam federais, sejam estaduais, sejam municipais. do outras, ainda, os acampamentos dos sem-terras.
Relata o "Estado do Paraná" a ocorrência de in- Diversos desses agricultores, que atingiram a
cêndio que teve início na Ilha Grande, no Rio Paraná, idade suficiente para tanto, não conseguiram aposen-
cuja área integra o Parque Nacional de Ilha Grande. tar-se por não poderem provar atividade agrícola, por
Esse parque foi criado pelo Decreto n. o 139/97, falta de nota de produtor rural.
de 30 de setembro de 1997, compreendendo 266 Em qualquer dessas situações, são vítimas de
ilhas e 120 quilômetros de várzeas do Rio Paraná, to- arbitrariedade inominável do Poder Público Federal.
talizando 78 mil hectares. Ao invés do respeito ao direito de propriedade
Além da criação do Parque Nacional de Ilha assegurado, foi-lhes negada a proteção constitucio-
Grande, foi instituída a Área de Proteção Ambiental- nal- ressalte-se, da Constituição cidadã - para o re-
APA, englobando toda a área desse parque e o Pontal cebimento de prévia e justa indenização pela desa-
do Paranapanema, tendo sido incumbido ao IBAMA o propriação de seus bens:
encargo de implantar o parque. Foram jogados na rua da amargura, vivendo a
Da criação do Parque Nacional de Ilha Grande é sopitar sua revolta contra o Poder Público, revolta que
que surgiu o grave problema de que passo a dar co- é considerada da sua impotência ante a indiferença
nhecimento aos nobres Deputados. do Poder Público Federal, que os levou a tão dramáti-
Agosto de 200 I DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-lcira 31 410S5
ca situação e aí os esqueceu, como se tal esqueci- A muito custo os diretores de associações de
mento de desrespeito aliviasse seu sofrimento ilhéus, assumindo todos os riscos decorrentes, têm
Vêem o Estado como seu algoz, carrasco de refreado o intento de seus associados invadirem as
suas famílias, e não como o garantidor dos seus direi- ilhas, visando retornar às suas propriedades.
tos que deveria ser. Desejam os ilhéus voltar às suas atividades
Considere-se que o homem sem trabalho, muito agrícolas e isso é um direito deles: tirando da terra o
mais se seus meios de trabalho foram-lhe tomados sustento da família, com os excedentes ajudar a dimi-
arbitrariamente, como no caso que ora relato a V. nuir os problemas do País com a alimentação dos bra-
Exas., sente-se humilhado, não se considera um cida- sileiros.
dão completo, vendo a si mesmo como um chefe de Muitos ilhéus encaminharam pedidos de indeni-
família incompetente. zação diretamente ao IBAMA, esperando que fossem
Veja-se a arbitrariedade também concretizada atendidos por via administrativa, porque assim lhes
no fato de o IBAMA até hoje não ter pedido a imissão fora prometido.
de posse das áreas de terras dos ilhéus. Os pedidos foram protocolados, e não se pas-
Retarda o Poder Público a propositura da ne- sou disso, pois nenhuma satisfação foi dada aos re-
cessária ação de desapropriação dessas terras no in- querentes.
tuito, por certo, de impor aos ilhéus uma indenização No final do ano 2000, chegou a ser publicado na
cujo importe fique muito abaixo da realidade dos valo- imprensa que o dinheiro necessário para o pagamen-
res imobiliários da região, que não lhes possibilitará a to das indenizações das terras do ilhéus estava depo-
compra de um trato de terra onde viver. Isso seria ile- sitado, à disposição do IBAMA.
gal, indecente, imoral, seria o calote total. Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, essa é a
Felizmente, tais manobras hão de ser barradas triste realidade vivida pelos nossos concidadãos arbi-
pela Justiça, única esperança dos ilhéus a esta altura trariamente expulsos de suas terras pelo Poder Públi-
dos acontecimentos. co Federal para que elas passassem a integrar a área
Muitas foram as promessas, por parte das auto- do Parque Nacional de Ilha Grande.
ridades, de solução pronta para os problemas decor- Seus bens, na prática, estão submetidos a um
rentes da criação do Parque Nacional de Ilha Grande. confisco, pois até hoje não lhes foi paga a indeniza-
Até o Sr. Ministro do Meio Ambiente, José Sar·· ção devida.
ney Filho, quando, no início de setembro de 1999, vi- Nosso brado, nosso apelo, é para que essa arbi-
sitou o Parque Nacional de Ilha Grande, prometeu so- trariedade tenha fim, porquanto a postura de indife-
lução imediata para o problema da indenização das rença do Governo Federal em face do problema rela-
terras do Ilhéus. tado concretiza inominável injustiça, e esta apequena
Já se vão dois anos dessa visita e nada de con- o Estado e denigre a imagem dos responsáveis pela
creto se viu para tal solução. Promessas, só promes- sua ocorrência.
sas, é o que resta. Já está na hora de o Governo Federal, através
Daí não se tome por surpresa o fato de as matas dos órgãos competentes do Ministério do Meio Ambi-
do Parque Nacional de Ilha Grande transformarem-se ente, pôr um fim a esta situação, resolvendo o proble-
um dia num grande incêndio, chamas soltas em rolos, ma de vários brasileiros que esperam do Governo
flavos, manifestação da revolta dos injustiçados pelo uma solução e não esta arbitrariedade.
Poder Público, nomeadamente pelo IBAMA. Esperando ter tocado o sentimento de V. Ex"s.,
Então, a notícia de um grande incêndio e não de pedimos apoio, assim como o desta Casa, na busca
um pequeno incêndio, como o ora noticiado no Esta- de solução para tão aflitiva situação vivida por conci-
do do Paraná correrá o mundo, revelando a incúria e a dadãos nossos.
irresponsabilidade das autoridades que têm a obriga- Era o que tinha a dizer.
ção de incrementar a implantação do Parque Nacio- O SR. L1NCOLN PORTELA (Bloco/PSL - MG.
nal da Ilha Grande, iniciando pelo pagamento de justa Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente,
indenização aos que foram expulsos, arbitrariamente, Sras. e Srs. Deputados, ao que parece, não teremos
de suas terras para a formação desse santuário de uma situação confortável nos próximos meses.
preservação. Segundo notícia veiculada no jornal Hoje em
Que dirá, então, o mundo todo disso? Que ima- Dia de 27 de agosto, "o mercado de trabalho deve
gem será feita do Brasil? passar por uma situação delicada, com expectativa
41086 Sexta-feira 31 DIÁRIO DA CÁMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 20() 1
de queda ou pelo menos de estagnação na oferta de Pastare acrescenta, contudo, que to-
novas vagas. Considerando as expectativas mais das as opções que em geral antecedem
pessimistas - que incluem atraso de investimento no esse tipo de decisão já foram tomadas em
setor elétrico - e a projeção privada de crescimento setores fortes de grandes cadeias produti-
do Produto Interno Bruto (PIB) entre 1% e 2% no ano, vas, como férias coletivas, banco de horas e
os cargos que deixam de ser criados, somados aos planos de demissão voluntária. O exemplo
cortes, podem atingir um total de 800 mil postos de mais claro vem da indústria automobilística.
trabalho este ano, de acordo com previsão da Central Nos setores de telecomunicações e eletroe-
Única dos Trabalhadores (CUT) e de cálculos aproxi- letrônicos a situação é ainda mais crítica. A
mados do professor José Pastare". própria Associação Brasileira da Indústria
Ainda segundo a matéria: Elétrica e Eletrônica (Abinee) prevê corte de
cerca de 500 vagas até o fim do ano. Várias
Numa tendência que contraria a sazo-
empresas ligadas a esses setores dispensa-
nalidade, estima-se que no segundo semes-
ram funcionários recentemente, como Nor-
tre de 2001 os índices de desemprego não
tel, Furukawa e GloboCabo.
apresentem o ritmo tradicional de queda em
conseqüência do aquecimento da economia Por mais que se diga o contrário, Sr. Presiden-
que sempre ocorre no período. Isso porque, te, Sras. e Srs. Deputados, estamos no fundo do
este ano, tudo indica que o nível de ativida- poço. Se não forem tomadas medidas urgentes, não
de do primeiro semestre supere o previsto haverá mais tempo para que o Brasil saia dessa po-
para o segundo. sição de desconfiança não só perante os brasileiros,
A previsão da CUT é de que 400 mil mas perante o mundo todo.
vagas deixem de ser criadas em todo o País Era o que tinha a dizer.
e seu presidente, João Felício, estima que Muito obrigado.
postos sejam fechados em igual número.
O SR. JAIR BOlSONARO (PPB - RJ. Sem re-
Isso sem considerar os que já estejam de-
visão do orador.) - Sr. Presidente, estou dando pros-
saparecendo, acrescenta o Presidente da
seguimento ao meu pronunciamento de ontem, tendo
Força Sindical, Paulo Pereira da Silva. No
em vista mais uma injusta medida tomada por este
Centro de Solidariedade ao Trabalhador, da
Governo contra militares da União, companheiros da
Força, a média de ofertas de vagas por dia
Marinha, da Aeronáutica, do Exército, seus pensio-
caiu de 8.500, em junho, para 4.200 na se-
nistas e ex-combatentes.
mana passada.
Haverá alteração no cenário, alerta o Na medida provisória original que trata da remu-
especialista José Pastore, só se os investi- neração dos militares estava previsto que em janeiro
mentos no setor elétrico, previstos em cerca de 2002 teríamos aumento de 5% nos contrache-
de R$1 bilhão apenas para este ano, vierem ques, ou seja, mais uma migalha. Agora, na reedição
o mais rápido possível. Segundo ele, caso a dessa medida, o Governo transferiu-o para 2003, sem
verba só saia no ano que vem, o quadro do conhecimento dos chefes militares.
emprego será muito preocupante. Tal medida visa, entre outras coisas, Sr. Presi-
Pastare lembra ainda que, em geral, o dente, aumentar superávit primário - foi ordem do
dado usado pelo mercado é de que cada FMI - para pagamento de juros da dívida externa e
1% de crescimento do PIB crie de 350 mil a destinar dinheiro às eleições do ano que vem. Sabe-
400 mil postos de trabalho. Além disso, ele mos que ordem do FMI não se discute: cumpre-se.
explica que, tradicionalmente, cerca de 40% Ordem do Supremo Tribunal Federal pode-se ignorar.
do PIB vêm do resultado da atividade eco- É o prenúncio do fim da democracia no País!
nômica do primeiro semestre e os outros Houve grande corte também no Ministério dos
60%, do segundo. Assim, se no início do Transportes, ocupado pelo PMDB. Não basta o parti-
ano previa-se crescimento econômico entre do ter tempo na televisão. Com o corte, fica sem muni-
4% e 4,5%, a queda de dois pontos percen- ção, fazendo com que desista da idéia de candidatura
tuais desse indicador resultaria no cancela- própria.
mento do surgimento de pelo menos 700 mil O Governo foi benevolente com os Ministérios
vagas. Os próprios trabalhadores já come- da Saúde e da Educação, porque José Serra e Paulo
çam a prever mais dificuldades. Renato são pré-candidatos do PSDB.
Agosto (k 20(H DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 31 41087
Quanto ao corte nos demais Ministérios, isso foi bem comum e não ao bem de poucos, prepotentes ou
feito no varejo. No caso específico do Ministério da apaniguados.
Defesa, era quase impossível haver corte. Do orça- O passo a que me refiro, Sr. Presidente, Sras. e
mento global, 85% são destinados a pagamento de Srs. Deputados, foi a sanção do Projeto de Lei n°
pessoal. E para a vida vegetativa dos quartéis e inves- 3.242, de 2000, originário do Poder Executivo, do qual
timento em instrução, 15%. Era impossível cortar tive a honra e a satisfação de ser Relatora. Em ato so-
15%. Repito: era impossível! Resolveram, então, tirar lene no Palácio do Planalto, o referido projeto foi
da folha de pagamento. E o Governo teve a idéia de transformado em lei, sancionado pelo Sr. Presidente
transferir a migalha de 5% para 2003, reajuste que se- da República.
ria concedido em janeiro de 2002. O que seria cortado Não se pode negar a coragem e a decisão do Sr.
em outra parte foi retirado dos proventos dos milita- Fernando Henrique Cardoso de se contrapor, de for-
res. Tiraram o pão da boca dos filhos dos sargentos, ma incisiva, à grilagem de terras que, desde à época
dos cabos e dos praças para atender ao Fundo Mone- da colonização, tem concentrado riquezas e distribuí-
tário Internacional. do misérias. Coragem que a sociedade toda, inde-
As autoridades insensíveis do País estão acos- pendentemente de ideologia político-partidária, apla-
tumadas a se utilizar da disciplina do militar para sub- ude.
jugá-lo e humilhá-lo. Mas nos resta ainda a esperança Mas a Presidência da República não é somente
que depositamos nos chefes militares - aceitarão o Sr. Fernando Henrique. É urna equipe que deve ser
passivamente mais este tapa na cara em nome de harmônica e coesa, como o é. Uma equipe que intera-
uma falsa disciplina? ge e que se completa na consecução dos objetivos
Para concluir, Sr. Presidente, temos informa- propostos. Portanto, nada mais justo do que trazer a
ções de que a medida que chegou ontem aos quar- este plenário, à presença de meus nobres pares, os
téis hoje já está causando grande inquietação no nomes do Dr. Raul Selens Jungmann, Ministro de
meio militar. Venho apelando a meus companheiros Estado do Desenvolvimento Agrário; do Dr. José
da Casa e há sete meses discursando contra as me- Abraão, Secretário Executivo do Ministério do Desen-
didas do Governo. O Congresso está omisso. A Co- volvimento Agrário, e do Dr. Sebastião Azevedo, Pre-
missão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, sidente do Instituto Nacional de Colonização e Refor-
por exemplo, nega-se a convocar o Dr. Geraldo Quin- ma Agrária, o INCRA.
tão para prestar esclarecimentos sobre a atual crise Na qualidade de Relatora do projeto que se
que os militares atravessam. Se a Casa continuar se transformou em lei, posso, de viva voz e de forma se-
omitindo dessa maneira, vai ser surpreendida. gura e convicta, assegurar aos senhores presentes e
Mais uma vez apelo aos companheiros para à Nação brasileira o esforço, o empenho e a dedica-
que não se omitam, porque estamos à beira de uma ção com que se lançaram nesta ingente tarefa de,
crise militar séria, estamos à beira do caos. Ouçam a melhorando e aperfeiçoando o sistema registral brasi-
voz muda dos militares das casernas que são discipli- leiro, pôr termo às fraudes dominiais, às falcatruas
nados, patriotas, honestos e decentes. Se a crise ul- perpetradas por alguns magistrados e registradores
trapassar os muros dos quartéis, pode acabar no no exercício de suas atribuições. Anote-se, a bem da
Congresso. clareza, que não estamos generalizando quando nos
A SRA. ZILA BEZERRA (PTS - AC. Sem revi- referimos aos atos iníquos de magistrados e de oficia-
são da oradora.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputa- is registradores. Não se pode lançar nódoas na digni-
dos, um passo decisivo foi dado, terça-feira última, dia dade de todos os oficiais registradores e membros da
28 de agosto, para a solução de muitos problemas magistratura somente porque alguns não se fizeram
que assolam o meio rural brasileiro. Um passo que so- dignos da função que o Estado lhes delegou.
mente pessoas comprometidas com a causa pública, Voltando à lei recentemente sancionada, acredi-
com o bem-estar social e com a inclusão dos que vi- tamos que, com ela, uma nova fase se inicia nas rela-
vem à margem da economia, da sociedade e da cida- ções fundiárias. Uma fase em que o Estado, dispondo
dania podem dar. Um passo firme e decidido, capaz de mecanismos adequados, atuará mais decisiva-
de modificar sistemática secular que somente benefi- mente na profilaxia e na punição dos atos ilícitos que
cia o forte em detrimento do débil econômico do meio envolvam a posse e o domínio de terras rurais, tanto
rural. Um passo corajoso porque não se intimidou di- públicas como privadas.
ante do poder do grileiro, do usurpador das terras, Quisemos, no início de nossa abordagem, dei-
que, por serem públicas, devem ser destinadas ao xar consignada, tornar pública, nossa homenagem ao
410XS Scxtil-Icira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto (10 200 I
Sr. Presidente da República e a seus colaboradores finitiva para se levar condição de vida condigna à po-
mais diretos pela lei sancionada. Mas não seria justo pulação dos Municípios do semi-árido piauiense.
deixar de fazer, nesta sede, especial referência ao Dr. Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, o Muni-
Caio Hilton de Freitas Teixeira, membro da Consulto- cípio de Pio IX tem cerca de 16 mil habitantes: 6 mil na
ria Legislativa desta Casa, onde exerce também a zona urbana e 10 mil no interior. A cidade é de uma
função de Coordenador da Área de Direito Agrário. E pobreza tremenda no que diz respeito a abastecimen-
o fazemos por entender que sem sua colaboração to de água, mas há regiões de chapada onde é feito
atenta e equilibrada, sem a cobertura de seu profun- plantio intensivo do caju. Dá gosto andar por lá e ver o
do conhecimento do Direito Agrário, do Direito Regis- contraste: são mais de 60 mil hectares plantados,
trai e de seu conhecimento das questões fundiárias, uma produção espetacular.
talvez não tivéssemos nós, a sociedade brasileira, O Município de Santo Antônio de Lisboa, de
muitos benefícios que dessa lei advirão. pouco mais de 400 quilômetros quadrados, está ex-
Portanto, Sr. Presidente, que fique consignado portando cerca de 15 mil caixas de caju por dia. Mas
nos Anais da Casa nosso respeito e admiração por não é só. A economia do Município está centrada
esse profissional que só engrandece a Consultoria também no feijão e na mandioca. Agora estamos tra-
Legislativa. balhando com apoio do Ministério da Agricultura na
Muito obrigada. retomada da cotonicultura em toda a região.
O SR. B. SÁ (PSDB - PI. Sem revisão do ora- Sr. Presidente, o povo só quer água para de uma
dor.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, ontem vez por todas se estabilizar. Já provaram que são ca-
compareci a audiência com o Ministro Raul Jung- pazes de produzir e crescer. Não estão lá pedindo o
mann e, dentre outros assuntos, convidei-o para visita tal dinheiro do Bolsa-Renda. Querem instrumentos,
ao Município de Pio IX, no Estado do Piauí, que está meios para viver com independência sem os abalos
sofrendo tremendamente com a falta de água, até da falta de água na época de pouca chuva.
mesmo para consumo humano. O açude que o abas- Fiz por escrito convite ao Sr. Ministro Raul Jung-
tecia, construído pelo DNOCS em 1948, secou de mann e espero que S.Exa. vá em breve conhecer
vez. Essa é urna região de pouca quantidade de chu- essa situação, com toda a bancada do Estado do Pia-
vas e de solo cristalino, com chances de obtenção de uí e o Sr. Governador. Em vez de gastar fortunas com
água em aqüíferos subterrâneos muito pequenas. carros-pipa, deveria investir numa solução definitiva
Quero que o Ministro vá ao Município Pio IX não para o problema, construindo uma barragem no Rio
para que S. Exa. veja mais um povo a sofrer pela falta Marçal, no Município de Pio IX.
de água, mas para que constate a necessidade ur- Era o que tinha a dizer.
gente de apoio do Governo Federal, por meio do Mi- O SR. PADRE ROQUE (PT - PR. Pronuncia o
nistério Extraordinário denominado Ministério da seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. De-
Seca, para a solução do abastecimento de água não putados, já estamos adentrando o mês de setembro
só daquele Município, mas de outros pequenos em e, mais urna vez, os agricultores familiares do Brasil
derredor, como Alagoinha, Campo Grande, Vila Nova, estão à espera de definições do Governo Federal
Santo Antônio de Lisboa, Monsenhor Hipólito e Fran- para poder semear a terra. É uma triste ladainha que
cisco Santos. Esses Municípios, que englobam um to- se repete todos os anos. O Governo e sua burocracia
tal de 63 mil habitantes, necessitam urgentemente de atrasam a liberação dos recursos e quem paga a con-
água. A solução é a construção de urna barragem de ta são nossos colonos, que não conseguem ter aces-
porte maior no Rio Marçal, que drena a maior bacia so aos financiamentos para viabilizar o plantio de
hidrográfica da região e que, com certeza, acumulará suas lavouras.
a cada ano mais de 60 milhões de metros cúbicos de Neste ano de 2001, a situação foi pior que nos
água, o suficiente para abastecer os Municípios que anteriores, pelo menos para nossos agricultores fami-
acabei de citar. liares. Já para os grandes fazendeiros o Governo fez
Ora, Sr. Presidente, os Governos Federal, Esta- uma clara deferência: anunciou a liberação dos recur-
duais e Municipais, não só este ano, mas em anos sos para o financiamento da safra no início de julho.
passados em que se deu a seca, gastaram verdadei- Para os agricultores familiares, porém, o anúncio só
ras fortunas trazendo água de distâncias enormes por foi feito na metade de agosto.
intermédio de carros-pipa, fazendo enormes despe- E, mesmo após o anúncio do pacote de medi-
sas. E o mais curioso: a água não era de boa qualida- das para o PRONAF, o Governo ainda não liberou re-
de. Então, fui fazer ver ao Ministro que há solução de- cursos para o plantio, o chamado financiamento para
Ap.oslo de 2001 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Scxta-li.:ira 31 41089
custeio da safra, o que aumenta o grau de dificulda- FRENTE SUL DA AGRICULTURA FAMILIAR
des do nosso homem do campo.
Cansados de esperar promessas não
Não bastasse a falta de garantia do preço mí- cumpridas, nós agricultores familiares mais
nimo, a falta de um seguro agrícola que garanta a uma vez precisamos deixar o trabalho na la-
produção do agricultor contra as intempéries, a falta voura e tomar as ruas e cidades para de-
de estoques reguladores, nosso agricultor familiar nunciar nossa situação para a sociedade.
ainda tem de enfrentar uma série de dificuldades A situação não é nova, e nos entriste-
para obter um mísero financiamento para o plantio ce o fato do governo não reconhecer que
de sua lavoura. A começar pela burocracia. São tan- somos mais de quatro milhões de famílias,
tos os documentos exigidos para se obter financia- que em quase todas as pequenas cidades
mento que metade dos agricultores familiares não somos a principal economia, que podemos
consegue ter acesso ao crédito junto ao banco. ser a principal solução para os problemas
Some-se a isso a demora do Governo para liberar sociais dos grandes centros urbanos, que
os recursos, que chegam ao agricultor sempre de- produzimos mais de 80% da alimentação
pois da época de plantio. Tudo isso desestimula básica do país.
nosso agricultor, que acaba migrando do campo É preciso lutar novamente, assumimos
para a cidade. esta posição pública depois de inúmeras ten-
Mas nosso Governo não tem nenhuma sensibili- tativas de negociação através da Frente Sul
dade pelos problemas sociais. A área econômica só da Agricultura Familiar junto ao Governo Fe-
tem olhos e recursos para o Fundo Monetário Interna- deral que permanece respaldando a Agricul-
cional - FMI. Para pagar os juros, há uma infinidade tura Patronal pela Bancada Ruralista, as
de recursos, seja do Tesouro, seja do Orçamento. Só Grandes Cooperativas e Bancos Cooperati-
não tem dinheiro para a agricultura, só não tem dinhe- vas e o FMI através do Ministério da Fazen-
iro para a produção. Produzir alimentos e riqueza não da. Para nós Agricultores/as Familiares restou
é prioridade deste Governo. A ele só interessam os uma agenda de promessas não cumpridas:
banqueiros internacionais, os agiotas, os megaespe- Primeiro: Apresentação do
culadores. PRÉ-PLANO DE SAFRA 2001 com a pro-
messa, em resposta a audiência da
A prova do descaso com que o Governo tem tra-
FRENTE SUL, de disponibilização dos re-
tado os agricultores familiares pode ser sentida quan-
cursos para início de julho de 2001, dos
do mantemos contato com as entidades que repre-
quais 15% seriam repassados diretamente
sentam nossos pequenos e miniprodutores rurais.
às Cooperativas de Crédito dos Agricultores
Ontem, em meu gabinete, recebi a visita de uma re-
Familiares - PROMESSA NÃO CUMPRIDA.
presentação da Frente Sul da Agricultura Familiar, or-
Segundo: Saem recursos para a agri-
ganização que congrega diversas entidades sindica-
cultura patronal em JULHO DE 2001, com
is, associações, ONGs, que lutam em defesa da agri-
aumento de quase 40% no volume de recur-
cultura familiar. Estão em Brasília negociando e pres-
sos, para a Agricultura Familiar nada -
sionando a área econômica do Governo Federal para
PROMESSA NÃO CUMPRIDA.
que atenda a algumas de suas reivindicações que re-
solveriam em parte os problemas enfrentados pelos Terceiro: Saem as normas do Plano
2001/2002 em agosto para a Agricultura Fa-
nossos agricultores.
miliar, sem recursos para Assistência Técni-
A Frente Sul lançou carta denunciando o desca- ca, sem o crédito para as Cooperativas de
so do Governo com a agricultura familiar, setor res- Crédito dos Agricultores/as Familiares
ponsável por mais de 80% da produção nacional de (SISTEMA CRESOL), e sem definir quanto
alimentos. dinheiro e quando será disponibilizado -
Por concordar em gênero, número e grau com PROMESSA NÃO CUMPRIDA.
a avaliação da Frente Sul da Agricultura Familiar, Quarto: O Governo ameaça cortar
leio a carta para que fique registrada nos Anais da 40% dos recursos da Agricultura Familiar.
Casa. Espero que ela chegue aos ouvidos dessa in- Os recursos da safra passada não estão ga-
sensível equipe econômica, que se nega a ouvir o rantidos.
clamor dos que produzem o pão que alimenta nos- Diante desta triste realidade, pedimos
sa Nação. a esta autoridade local que nos apoie, reme-
410l)O Sexta-feira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DI21'UTADOS Agosto de 200\
tendo as reivindicações a seguir para as ins- Homem de profunda sensibilidade pelo social e,
tâncias competentes do banco do Brasil e juntamente com sua esposa, D. Alice Carneiro, sem-
do ministério da fazenda, para que no prazo pre devotado à faina de oferecer melhor qualidade de
máximo de 10 (dez) dias a contar desta vida às populações pobres, vítima da exclusão social,
data, todas sejam solucionadas: Rui Carneiro foi se tornando cada vez mais digno do
1 - Liberação imediata de recursos, respeito e da admiração do povo paraibano, conse-
em quantidade suficiente, para atender as guindo a tarefa singular de, a partir de 1950, elegerse
demandas dos agricultores/as familiares. quatro vezes ao Senado Federal, aí permanecendo
2 - Imediata publicação das portarias durante 27 anos.
de equalização do ministério da fazenda, Somente a morte, nos idos de 1977, conseguiu
para que possa ser iniciado as contrata- interromper essa vitoriosa seqüência de mandatos
ções; eletivos majoritários, conquistados em sucessivos
3 - Imediata assinatura do convênio pleitos, nos quais, a cada eleição que processava, era
do Banco do Brasil com o SISTEMA cada vez maior a consagração popular recebida nas
CRESOL de Cooperativas de Crédito. umas.
Francisco Beltrão, PR, 27 e 28 de Na vida privada, durante algumas décadas, Rui
agosto de 2001. Carneiro foi Presidente de uma corporação financeira
Sr. Presidente, solicito a V. Exa que meu pro- multinacional- o Banco Hipotecário Lar Brasileiro-,
nunciamento seja divulgado em A Voz do Brasil. pertencente ao grupo Larraigotti e, posteriormente,
Muito obrigado. ao banqueiro norteamericano David Rockfeller, mas
O SR. WILSON BRAGA (Bloco/PFL - PB. Pro- apesar de seus vínculos com esses setores financei-
nuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Sras. e ros internacionais, jamais deixou de defender os inte-
Srs. Deputados, desejo registrar a passagem do cen- resse do Brasil e, particularmente, do seu Estado.
tenário de nascimento do Senador Rui Carneiro, De sua família despontam ilustres homens pú-
ocorrida no último dia 20 de agosto, tendo sido alvo blicos, ainda hoje prestando relevantes serviços à Pa-
das mais expressivas comemorações em todo o terri- raíba, podendose citar entre esses o Dr. Antônio Car-
tório paraibano. neiro Amaud, seu sobrinho, duas vezes Deputado Fe-
Peço a atenção dos ilustres pares, principal- deral e posteriormente eleito Prefeito de João Pes-
mente dos que não tiveram a honra de conhecer a soa. Como médico, notabilizou-se por sua luta precur-
vida pública desse grande paraibano, um dos políti- sora contra o câncer, na Paraíba, tendo sido respon-
cos que sempre honraram o País e a política brasilei- sável, juntamente com o falecido Deputado Janduhy
ra, desde o momento que nela ingressou, sob a Iide- Carneiro, pela criação da Fundação Napoleão Laure-
rança de Getúlio Vargas, empunhando armas para fa- ano.
zer vitoriosa a grande revolução nacionalista de 1930. Outro exemplo de homem público entre os fami-
Após vitorioso o momento revolucionário, no iní- liares do Senador Rui Carneiro é o ilustre Desembar-
cio dos anos 40, foi nomeado pelo Presidente Vargas gador Raphael Carneiro Amaud, jurista emérito, que
Interventor na Paraíba, fase em que lançou os funda- recentemente exerceu a Presidência do Tribunal de
mentos de uma política de assistencialismo às popu- Justiça do Estado e a Presidência do Tribunal Regio-
lações carentes, inédita no Estado, e com a qual nal Eleitoral, um paradigma de vida devotada à justiça
consolidou sua liderança política, a qual foi sempre e ao interesse público do nosso Estado.
marcada por um populismo irresistível, solidário e Quero deixar bem vivo na memória dos meus
inovador. pares que o Senador Rui Carneiro foi, enfim, um ho-
Apesar de ter governado a Paraíba durante a vi- mem público de tão elevado conceito no Senado Fe-
gência do Estado Novo, em que as liberdades e ga- deral e na política paraibana que os grandes líderes
rantias individuais estiveram suspensas, Rui Carneiro do nosso Estado sempre o tiveram como modelo de
conduziu o Estado num clima de tolerância e de res- comportamento e dele sempre fizeram um paradig-
peito à liberdade do cidadão, a ponto de merecer de ma, tal foi a grandeza de sua personalidade e a impor-
um dos maiores adversários do regime, Carlos Lacer- tância de sua vida pública.
da, a ressalva de que a Paraíba, sob seu comando, Ao finalizar, Sr. Presidente, requeiro seja regis-
pode ser denominada Suíça brasileira, por se consti- trado nos Anais da Casa o voto de reconhecimento da
tuir num oásis no deserto de liberdade imposto pelo Paraíba a esse ilustre paraibano, que tantos serviços
regime autoritário de então. prestou àquele Estado e ao Brasil. Esta homenagem
AgllSlo de 2001 DIÁRIO DA CÁMARA DOS DEPUTADOS Sexta-leira3\ 4\091
que ora prestamos é feita em meu nome e no de toda Central eleva a taxa de juros, o que restringe os inves-
a bancada federal do meu Estado. timentos e dificulta a expansão dos negócios. O nível
Sr. Presidente, solicito que meu pronunciamen- de emprego, então, pára de crescer. Assim, pois, o
to seja endereçado aos familiares de Rui Carneiro, déficit da balança comercial está diretamente ligado à
principalmente ao Desembargador Rafael Carneiro, taxa de câmbio, à taxa de juros e ao ritmo de cresci-
um dos ilustres representantes dessa família em meu mento da economia e do emprego.
Estado. O déficit da balança comercial tem um outro efe-
Era o que tinha a dizer. ito talvez ainda mais perverso, pois quando este cres-
O SR. FRANCISTÔNIO PINTO (Bloco/PFL - ce eleva-se o Risco Brasil, já que investidores e cre-
BA. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, dores externos passam a questionar a capacidade do
Sras. e Srs. Deputados, o excepcional desempenho País de honrar seus compromissos. O spread - que é
da agricultura na safra que está sendo colhida mere- o adicional sobre os juros, a título de cobertura de ris-
ce algumas reflexões. Em primeiro lugar, cumpre sali- co, das captações de recursos no mercado financeiro
entar a magnitude do crescimento da produção. De internacional - eleva-se e aumenta o custo da rola-
82,5 milhões de toneladas de grãos em 1999/2000, a gem da dívida externa. Em síntese, toda a economia
produção deve saltar, no corrente ano agrícola, para entra em um círculo vicioso de declínio, que, no pas-
92 milhões de toneladas, um crescimento, portanto, sado, só foi revertido com a intervenção do FMI e
de 10,4%. Todavia, ainda mais auspicioso que o salto suas exigências, as famosas "condicionalidades",
na produção é a forma como esta foi realizada, pois que tanto sacrifício impuseram ao povo brasileiro.
os mais de 10% de crescimento da produção foram O que quero mostrar com esta análise, Sr. Presi-
obtidos numa área que cresceu apenas 2%. Em ou- dente, é que o saldo da balança comercial tornou-se o
tras palavras, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, calcanhar-de-aquiles da economia brasileira. E é jus-
os dados já computados do Ministério da Agricultura tamente neste ponto que reside a vital importância do
demonstram, de forma inequívoca, o grande avanço setor agrícola, pois enquanto nossa balança comerci-
tecnológico de nossa agricultura. Pode-se dizer o que ai tem sido cronicamente deficitária, a balança comer-
se quiser da agricultura brasileira, mas não se pode ciai de produtos agrícolas é fortemente superavitária.
negar que nossos agricultores estão ficando cada vez Alguns dados ilustram a afirmativa: em 1999, as
mais competentes. exportações agrícolas renderam 11,9 bilhão de dóla-
E competência, obviamente, gera dividendos. res ao País, enquanto as importações custaram-nos
Competência repercute no bolso do agricultor e traz 1,99 bilhão em divisas, deixando-nos um saldo positi-
ganhos que se espraiam por toda a sociedade. Se- vo de quase 10 bilhões de dólares. Em 2000, o saldo
gundo dados do IBGE e da Fundação Getúlio Vargas, de exportações sobre importações caiu para 8,6 bi-
a renda nominal de lavouras e pecuária foi de 49 bi- lhões, principalmente por causa da queda de preços
lhões de reais, em 1998; cresceu 15,6% no ano se- das mais importantes commodities agrícolas no
guinte e outros 9,4% em 2000. Com isso, a renda agrí- mercado internacional. No ano em curso, com a recu-
cola atingiu 56.7 bilhões de reais em 1999 e saltou peração de alguns preços e o aumento dos volumes
para 62 bilhões em 2000. A expectativa para o ano em exportados, a expectativa é de que, mais uma vez, a
curso é de que o crescimento da renda agrícola agricultura venha contribuir de forma ainda mais vigo-
acompanhe o ótimo desempenho da safra e que, com rosa que no passado para o equilíbrio de nossas con-
esta, se ampliem os benefícios que a agricultura tem tas externas.
trazido para a economia e a sociedade brasileiras. O substancial crescimento da produção agrícola
O impacto mais visível da boa safra será sobre a nacional como o observado na presente safra se, de
balança comercial. Atualmente, o crescimento da um lado, é uma boa notícia, como acabamos de mos-
economia brasileira está sendo restringido de forma trar, de outro, põe em evidência a enorme fragilidade
dramática pela limitada disponibilidade de divisas. Em de nossa infra-estrutura econômica. Nada mais em-
outras palavras, o fraco desempenho do balanço de blemático das deficiências de nossa estrutura de
pagamentos impede a renda nacional de crescer transportes e armazenagem do que as longas filas de
mais rapidamente. Se a renda cresce, as importações caminhões estacionados nas rodovias de acesso aos
acompanham e, como há grande escassez de divi- portos. A verdade é que não temos armazéns sufici-
sas, uma vez que as reservas estão baixas, a taxa de entes para guardar os grãos - e por isso os armaze-
câmbio eleva-se, pressionando os preços internos. namos em caminhões às margens das estradas -,
Para impedir que a inflação fuja ao controle, o Banco como corretamente diagnosticou um representante
410'.12 S<:xta-kim 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto lk 2001
dos caminhoneiros a caminho do Porto de Parana- vadores militares, a despeito da tímida atitude no que
guá. A verdade, ternos de afirmar e reafirmar, é que a se refere à questão agrária.
expansão de nossa produção agropecuária ainda Em período recente, ao setor agrícola têm sido
continua restringida pela nossa limitada capacidade destinados recursos em torno de 5 a 8 bilhões de dó-
de escoamento da produção. lares, contra 21 bilhões de dólares no fim da década
O transporte rodoviário é notoriamente caro e de 1970.
deficiente; o transporte ferroviário é limitado a poucas Fernando Homem de Melo, Professor titular da
regiões; e o mais barato de todos, o transporte hidro- Universidade de São Paulo - USP, em "O Declínio da
viário, inexplicavelmente quase não existe, com exce- Política Agrícola" (Gazeta Mercantil - 09/10/2000),
ção da Hidrovia Tietê-Paraná, a única em operação bem salienta:
realmente relevante. A menos que o País tome as pro- Uma boa política agrícola tem vários
vidências que a situação requer para eliminar este
componentes, que variam entre países. O
gargalo, estará, sem sombra de dúvida, renunciando componente crédito agrícola deve ser im-
ao crescimento de seu produto agrícola e, em conse- portante para nós, entre outras razões, pelo
qüência, sacrificando o próprio crescimento da eco- fato de o Brasil dos últimos 20 anos ter sido
nomia.
caracterizado por elevadas taxas de juros
Por último, mas não menos importante, a gran- reais no mercado financeiro. Adicionalmen-
de safra de 2001 deixa às claras a fragilidade dos me- te, mesmo depois de várias reduções, a
canismos governamentais de apoio à comercializa- taxa Selíc, do Banco Central, ainda é eleva-
ção. As Aqu' ~~ições e Empréstimos do Governo Fede- da, de 16,5%, considerando-se a taxa pre-
ral, os Programas de Escoamento da Produção e os vista de inflação: 4% para o IPCA em 2001.
leilões de compra de contratos de opção estão no li- Isso, sem dúvida, limita a implementação de
mite da disponibilidade de recursos. Se esta é urna outros mecanismos de financiamento, me-
boa notícia, porque, de certa forma, mostra a preocu- nos dependentes da intervenção oficial.
pação do Governo com o bom uso do dinheiro públi- A adoção de inovações tecnológicas,
co, ao contrário do passado em que a comercializa- na ausência de recursos próprios dos agri-
ção tinha sido praticamente estatizada, dando mar- cultores, depende da disponibilidade de fi-
gem a toda sorte de falcatruas e a pedidos de CPI, nanciamentos para a compra de insumos.
por outro lado, deixa exposta a precariedade da situa- Essa é uma das relações entre crédito e
ção: por causa da diminuição dos meios e dos recur- crescimento agrícola. Entretanto, o que tem
sos para o financiamento da comercialização, cor- acontecido é uma sistemática redução dos
re-se o risco de que uma superoferta venha a provo- financiamentos disponíveis, especialmente
car a depreciação exagerada dos preços. Além de um nos anos 90, excetuando-se os concedidos
desastre financeiro para os agricultores, o rebaixa- à agricultura familiar, por meio do inovador
mento de preços neste ano colocará em risco a safra PRONAF. Essa redução é uma possível ex-
do ano que vem. plicação para o bastante modesto comporta-
São essas, Sr. Presidente, as reflexões que eu mento da produção agrícola (vegetal) brasi-
quis dividir com os nobres colegas e com o povo bra- leira nos anos 90. A de produtos animais
sileiro. teve melhor desempenho, mas ela sempre
foi menos dependente do crédito oficial.
Peço a V. Ex" que meu pronunciamento seja di-
E acrescenta:
vulgado em A Voz do Brasil.
As reduções dos financiamentos con-
O SR. JOSÉ CARLOS ELIAS (PTB - ES. Pro- cedidos pelo Sistema Nacional de Crédito
nuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Sras. e Rural, num período de dez anos, são alar-
Srs. Deputados, a agricultura brasileira necessita ur- mantes. Mesmo em um período mais curto,
gentemente de urna mudança radical da postura go- a redução foi expressiva. Comparando-se o
vernamental com relação ao setor. período do Plano Real, 1995/99, com os di-
Inicialmente, cabe ressaltar que o setor agrícola fíceis anos do Plano Collor, 1990/92, a dimi-
nacional não foi devidamente contemplado nos pro- nuição foi de 15,4 bilhões de reais para 10,1
gramas do período da industrialização pesada dos bilhões de reais (-34,6%). Embora outras
Governos Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek, en- fontes de financiamento tenham sido ampli-
tretanto, mereceu certo apoio dos governos conser- adas, como a indústria de insumos, esses
Agosto de 200\ DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sext:.J-feira 31 41093
números evidenciam as dificuldades dos sos parceiros comerciais, dentre outras recomenda-
produtores nos anos recentes. ções. Só assim poderão ser evitadas crises como a da
É importante salientar também que, a partir do cafeicultura, que vêm empobrecendo os agricultores.
início da década de 90, os Governos do País efetua- Sr. Presidente, peço que meu discurso seja di-
ram uma rápida abertura comercial de nossa agricul- vulgado nos meios de comunicação da Casa.
tura à concorrência com os importados, expondo pro- O SR. MARCOS DE JESUS (Bloco/PL - PE.
dutos sensíveis de nossa agropecuária à concorrên- Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs.
cia com países que subsidiam suas agriculturas. Deputados, Nação brasileira, viemos agradecer a pla-
Contudo, a diferença não se restringe aos subsí- ca de honra ao mérito que recebemos no Município
dios. Nos países desenvolvidos, o setor agrícola é de Afogados da Ingazeira, Pernambuco, por iniciativa
protegido por tarifas alfandegárias maiores que as do Vereador Hamilton Marques, do PFL daquele Le-
nacionais e por seguros agrícolas que asseguram gislativo Municipal. A homenagem foi feita numa ses-
renda aos agricultores na ocorrência de queda de sa- são comandada pelo Presidente da Câmara de Vere-
fra, o que propicia acesso fácil às fontes privadas de adores, José Erickson Torres Lopes, e é o reconheci-
crédito. mento de que realmente trabalhamos em favor da-
Ademais, os governos mantêm estoques regu- quele Legislativo, que muitas vezes tem sido injustiça-
ladores que asseguram, de alguma forma, a estabili- do pela imprensa. Não se pode condenar todo um
dade de preços. segmento por conta de alguns ladrões do Erário. Isso
"Nada disso existe no Brasil", destaca Simone existe em todos os setores.
Biettler Mateos, em "Conflitos podem aumentar por Fomos recebidos com muito carinho e amor por
falta de política agrícola" - O Estado de S.Paulo, em todos que compõem aquele Parlamento. Os anseios
25/09/2000: e as necessidades daquele povo são muito grandes.
O Sertão do Pajeú tem sofrido com falta de verbas
Alguns poucos seguros agrícolas ga- para promover seu desenvolvimento e dar assistência
rantem o pagamento do financiamento ban- a uma população que tanto sofre com a seca. Só mes-
cário, mas não a renda dos produtores. mo quem vive na região sabe o quanto padece no
Mesmo os estoques reguladores, que prati- Sertão do Pajeú, no Sertão do Araripe, no Sertão do
camente todos os países do mundo man- Moxotó, no Agreste, no Agreste Meridional.
têm, deixaram de funcionar há alguns anos,
Agradecemos aos nobres Vereadores a luta que
depois de muitas denúncias de desvios de têm empreendido em favor do seu povo.
recursos.
Sr. Presidente, essa moção de aplauso, essa
A questão dos subsídios é um dos as-
homenagem que nos fizeram, como disse, foi apoiada
pectos mais claros da falta de política agrí-
por todos os Vereadores. Todos - Oposição e Situa-
cola. No Brasil, os únicos existentes são os
ção - concordaram em nos oferecer aquela placa.
embutidos nos créditos do PRONAF, que
Toda honra e toda glória para o Senhor Jesus!
representam, em média, pouco mais de 100
Sabemos das dificuldades que enfrenta o Muni-
reais ao ano para cada um dos 4,2 milhões
cípio de Afogados da Ingazeira, especialmente no to-
de estabelecimentos agrícolas familiares.
cante ao Programa Renda Mínima. Uma quantidade
Diante disso, é fácil perceber que essas medi- muito pequena de bolsas-escola foi distribuída àquela
das deprimiram a renda dos agricultores, gerando o população de mais de 34 mil habitantes. Numa cidade
aumento dos níveis de inadimplência e negligência com alto índice de desemprego, além da grave seca,
no que se refere ao manejo e tratos culturais das la- só foram concedidas 1.200 bolsas. Quando fui a São
vouras. A conseqüência foi a redução do grau de José do Egito, os Vereadores reclamaram do mesmo
auto-suficiência de importantes produtos agrícolas, problema. Também em Sertânia, onde fomos home-
como arroz, trigo, algodão e até de algumas pautas nageados pelos Vereadores, a dificuldade é a de
nas quais o Brasil sempre foi superavitário, a exem- sempre.
plo do cacau e do café. Mas quero ater-me a Afogados da Ingazeira.
Impõe-se, assim, uma total revisão da postura Naquela reunião, todos os Vereadores diziam que
do Governo, a qual deve conter, obrigatoriamente, mais de 800 inscritos infelizmente não foram benefici-
maiores gastos em pesquisa e difusão tecnológica, ados. Em Petrolina, 1.300 pessoas foram cortadas.
infra-estrutura de transportes, crédito a juros interna- Mas elas precisam se alimentar, tanto quanto os ou-
cionais e exigência de reciprocidade por parte de nos- tros.
41094 Sexta-feira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADUS Agosto de 2001
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, estamos extrema competência, grande poeta, com quem con-
aqui para registrar a angústia de todo o povo do Ser- vivi algum tempo, buscou de J.G. de Araújo Jorge o
tão do Pajeú. consentimento para prefaciar uma de suas obras de
Agradecemos aos Vereadores que fazem parte poesia.
daquele Legislativo Municipal: Aline da Fonseca; Luiz No Rio Grande, principalmente no litoral, tive-
Alves dos Santos; Augusto Severo Martins da Fonse- mos momentos de grandeza daquela alma, fazendo
ca; Hamilton Marques da Silva - autor da proposição serenatas à noite com Noel Guarany, extraordinário
de homenagem -; Luiz Gonzaga da Silva; Renaldo tradicionalista e nativista, que também já nos deixou.
Lima Silva; Cícero Ramos de Souza; José lone de Dilamar Machado cantava, e bem; tinha ritmo, melo-
Almeida; Braz Emídio de Vasconcelos e Raul Cajuei- dia e vocação. Eu, cada vez que cantava, era um de-
ro de Albuquerque. sastre amazônico, porque não tinha ritmo e voz, mas
Deixo a eles meu abraço amigo e fraterno. tinha coragem de andar com Noel Guarany e Dilamar
Solicito ao Sr. Presidente da República que trate Machado, companheiro que, lamentavelmente, fale-
com carinho o Bolsa-Renda. S.Exa. também tem fi- ceu aos 65 anos.
lhos, esposa e netos. Embora não viva a mesma situ- Ditamarfoi velado na Câmara dos Vereadores, e
ação do povo do sertão, tem idéia do que lá acontece. todos os partidos, inclusive os adversários de ontem,
Só quem passa fome e enfrenta dificuldades sabe do foram levar os pêsames a Léa, Anderson, Alceu, Álva-
real sofrimento. ro e André, que é um extraordinário radialista e pro-
Sr. Presidente, agradeço a oportunidade a toda fessor universitário.
a sociedade do Sertão do Pajeú, especialmente ao Não sei o que mais poderia dizer para traduzir a
Legislativo Municipal de Afogados da Ingazeira, que . amargura e a tristeza que os humanos sofremos prin-
nos recebeu com muito carinho. cipalmente em decorrência de não termos a concep-
Muito obrigado, Sr. Presidente. ção correta do que é a morte. Será que a morte é o
O SR. ALCEU COLLARES (Bloco/PDT - RS.) fim? Pessoalmente, não acredito na morte. Acredito
- Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, o Rio Gran- na vida e, conseqüentemente, em outras paragens no
de do Sul perdeu, no dia 23, o companheiro Dilamar campo da ascensão espiritual da criatura humana.
Machado, uma das figuras políticas de maior relevo, Quando nos perguntarmos quem somos nós, de onde
dada sua coerência, verticalidade e maneira muito viemos, para onde vamos, o que estamos fazendo
fraterna e extremamente generosa. Foi radialista, jor- aqui e tivermos capacidade de responder com algu-
nalista, político e Vereador em Porto Alegre. ma lógica, estaremos, sem dúvida alguma, cami-
Tive a alegria de estar com Dilamar Machado, nhando para a compreensão do que é a passagem
sempre trabalhista e brizolista. Em qualquer circuns- em busca de outras paragens no campo da espiritua-
tância, tinha voz tranqüila e serena para tentar con- lidade.
sertar e construir harmonia partidária. Foi um dos O SR. PAULO GOUVÊA (Bloco/PFL - SC. Pro-
mais competentes jornalistas e radialistas de progra- nuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Sras. e
mas populares de enorme alcance. Quando resolveu Srs. Deputados, no último dia 28, o Município de Gua-
candidatar-se à Vereador, obteve a maior votação da ramirim celebrou 52 anos de emancipação políti-
história do Legislativo de Porto Alegre. co-administrativa. A data foi comemorada festivamen-
Sofreu também as conseqüências de uma dita- te pelos guaramirenses, que podem se orgulhar de vi-
dura cega e violenta, que tantos males causou à Na- ver em um Município de grandes perspectivas de de-
ção brasileira. Teve coragem de denunciar, da tribuna senvolvimento.
da Câmara de Vereadores, que a ditadura ou alguém Guaramirim recebeu seus primeiros colonizado-
ligado a ela havia assassinado o Sargento Manoel, res alemães na segunda metade do século XIX, na
que apareceu boiando no Rio Guaíba. Durante muito esteira aberta com a chegada de imigrantes em Join-
tempo sofreu por ter sido cassado, devido à coragem ville e Blumenau. A colonização começou efetivamen-
de fazer a acusação, mas nunca perdeu a maneira te em 1887, por imigrantes liderados pelo Prof. Gusta-
tranqüila, fraterna e generosa de conviver com seus vo Doubrawa. Aos alemães juntaram-se depois tam-
amigos. bém descendentes de portugueses e italianos. Nos
Extraordinário Vereador, Deputado, jornalista, primeiros anos, a colônia recebeu o nome de Bana-
radialista, Dilamar Machado podia perder um amigo, nal, que o Presidente Getúlio Vargas mudou por de-
mas não perdia uma piada. Contador de histórias com creto, em 1944, para Guaramirim - nome de origem
Agosto dl: 200 I DIÁRIO DA CÂMARA DOS DI:iI'UTADOS Sl:xta-/õ:ira 31 41095
indígena que significava garça (guará) pequena (mi- Itajaí. Quarenta e sete anos depois, em 1897, a ação
rim). colonizadora atingia o Alto Vale do Itajaí, formava
A localização de Guaramirim é privilegiada. O onze distritos, incluindo a sede, e abrangia uma área
Município está situado no maior pólo econômico de de 10 mil quilômetros quadrados.
Santa Catarina, constituído por Joinville, Blumenau e Sob o comando firme do Dr. Blumenau, os colo-
Jaraguá do Sul. Seu território é cortado pela BR-280, nos dedicaram-se ao trabalho da terra, embora hou-
um corredor de exportação que liga o porto de São vesse profissionais artesãos entre os primeiros imi-
Francisco do Sul ao planalto norte catarinense. Sua li- grantes. O amor à liberdade marcou desde o início a
gação com Blumenau e com o Vale do Itajaí é feita colônia: ao viajante que tivesse escravos em sua
pela SC-413, que tive a oportunidade de reformar in- companhia, apenas 48 horas lhe eram concedidas
tegralmente durante a administração do para permanecer no povoado. Educar os filhos era es-
ex-Governador Vilson Kleinubing, da qual participei sencial, nem que para isso fosse preciso importar pro-
como Secretário de Estado dos Transportes e Obras. fessores da terra natal e instalar uma escola para
Guaramirim teve três fases em seu crescimento. cada pequeno número de famílias.
A primeira em 1910, com a inauguração da estação Liberdade, trabalho e educação - esses os valo-
ferroviária, que fortaleceu o comércio local. Em 1930 res que alimentaram a vida da colônia e que constitu-
veio o ciclo da industrialização, com destaque para a em o grande legado dos pioneiros a seus descenden-
cana-de-açúcar e para a cerâmica. Na década de 70 tes. Com base neles, o Município cresceu e se desen-
surgiram as indústrias moveleiras, de conservas, de volveu.
massas alimentícias, metalúrgicas, tintas e vernizes. Hoje, Blumenau é responsável pelo segundo
Na agricultura, predominam o arroz irrigado, a bana- maior PIB de Santa Catarina: em 2000, o PIB anual
na e a oleiricultura. de Blumenau foi de R$3,5 bilhões (9,02% do PIB ca-
Neste início de século, o Município inaugura tarinense), ficando atrás apenas de Joinville (pIB de
uma nova era de desenvolvimento. A construção da R$5,2 bilhões ou 13,3% do PIB estadual). Tal desem-
termelétrica do norte catarinense, a pavimentação da penho deve-se, ainda, à força da indústria têxtil, res-
rodovia Guaramirim-Joinville, os investimentos priva- ponsável por 38% da economia local. Desde o início
dos que se aceleram prenunciam uma época de mui- da crise do setor, em 1994, Blumenau experimenta
to progresso, com prosperidade e qualidade de vida gradual diversificação de sua economia. Comércio e
para sua gente. serviços, turismo de eventos e informática vêm au-
Tudo que o Município é hoje se deve ao povo mentando sua importância na geração de emprego e
guaramirense, competentemente liderado pelo Prefe- renda. E isso é benéfico, de acordo com o Presidente
ito Mário Sérgio Peixer. É o povo que saúdo e ao qual do Sindicato das Indústrias Têxteis, Ulrich Kuhn:
presto homenagem, com meus efusivos cumprimen- 'Toda a economia dependente de uma só atividade
tos ao Prefeito e aos Vereadores. Homenagem pelo corre perigo porque uma crise no setor abala a região
que já realizaram. Saudação pelo que ainda realiza- inteira".
rão. Festejar uma data é, sobretudo, celebrar valores: Nos últimos dez anos, o setor de informática for-
trabalho, dedicação e alegria de viver. É isso que os taleceu-se em Blumenau: tornou-se o segundo pólo
guaramirenses estão comemorando no aniversário de tecnologia do Estado e um dos principais do País.
de seu Município. Hoje o setor congrega 494 empresas, movimen-
Parabéns, Guaramirim. ta R$150 milhões/ano e emprega 4,5 mil trabalhado-
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, passo a res, respondendo por 7% do ISS. Importante e decisi-
abordar outro assunto. va contribuição para isso vem sendo dada pelo
No próximo dia 2 de setembro, Blumenau come- BLUSOFT - Blumenau Pólo de Informática, criado
mora seus 151 anos de fundação: 151 anos de uma em 1992. Já passaram pelo BLUSOFT 28 empresas,
história marcada pelo pioneirismo, pela bravura, pelo das quais 19 permanecem no mercado.
trabalho sério e persistente; uma história que traz no Mais de 54% da população economicamente
rosto as marcas da dignidade, da honradez, do prazer ativa prestam serviços para o setor terciário, sobretu-
de fazer bem feito. do no comércio e no turismo. A participação do co-
Foi em 1850 que dezessete imigrantes alemães, mércio no ICMS está aumentando gradativamente:
tendo à frente o Dr. Hermann Bruno OUo Blumenau, no período de janeiro a junho deste ano teve um
então com menos de 30 anos, deram início à coloni- acréscimo de 19,11 % contra 16% no mesmo período
zação de algumas terras adquiridas no Médio Vale do do ano passado. O setor que mais arrecada está vin-
410l)6 Sl:xt,I-\cira 3 I DIÀKIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto til: 2()O I
culado à vocação de Blumenau, o comércio de con- portantes e indispensáveis à população no seu cotidi-
fecções, que é o maior segmento da cidade em núme- ano bem servir.
ro de estabelecimentos. É inacreditável o tipo de tratamento que tem
O turismo de eventos é outro segmento que sido dispensado aos taxistas de Boa Vista pela Prefe-
apresenta taxas médias de crescimento de 30% ao ita da Capital, Teresa Jucá. Nas eleições municipais
ano. Desde 1996, foram realizados 303 eventos de do último ano, esses taxistas que são agora persegui-
grande e médio porte. Alguns eventos estão consoli- dos foram aliados declarados da então candidata Te-
dados em Blumenau: a Feira de Informática do Cone resa Jucá.
Sul - CONINFO, a Feira Internacional da Indústria Da tribuna, gostaria de fazer breve relato, dese-
Têxtil - FEMATEX, a Feira da Indústria da Habitação jando que seu eco alcance aquela autoridade munici-
- HABITACON, a Feira de Produtos Agrícolas, a Feira pal, para que a Prefeita se sensibilize e redefina seus
Catarinense para Condomínios e a Feira de Sonori- atos políticos, evitando maiores prejuízos aos taxis-
zação de Automóveis. tas. Trata-se de classe constituída de pais de famílias
Blumenau, porém, não é só trabalho. e trabalhadores responsáveis, que buscam o susten-
to diário de maneira justa e honrosa, muita vezes ar-
Blumenau é também educação e cultura. A alfa-
betização atinge índices situados entre os melhores riscando a própria vida neste tempo de quase incon-
trolável violência urbana.
do País, o ensino primário e médio está ao alcance de
todos os interessados. No ensino superior, o Municí- Ultimamente, apareceram alguns microônibus
pio conta com a Fundação Universidade Regional de em circulação na Capital, sem licença da Câmara Mu-
Blumenau - FURB, resultado da parceria entre a inici- nicipal, concorrendo de forma ilegal com os tá-
ativa privada e o Poder Público. Nela estudam 15 mil xis-lotação, veículos importantes para a população,
alunos, distribuídos em 32 cursos de graduação e 38 por serem meio de deslocamento mais rápido e de
cursos de especialização e/ou mestrado. melhor conforto.
A cultura tem seu lugar assegurado em Blume- Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, não pre-
nau. Conta com um excelente teatro - Teatro Carlos tendemos contestar o conforto dos microônibus, até
Gomes- e com a Escola Superior de Música. O Muni- equipados com ar-condicionado, mas a prática desi-
cípio conta também com grupos folclóricos, artistas gual e desleal de concorrência, ainda mais que não
plásticos de projeção nacional e internacional, arte- têm autorização da Câmara Municipal, torna esse
sãos, escritores, pesquisadores, corais, dois museus episódio muito estranho.
(da família colonial e de História Natural) e mais de Outro fato questionável diz da necessidade de a
trinta clubes de caça e tiro, que preservam as tradi- Prefeita de Boa Vista explicar as razões de ter cassa-
ções das festas de rei e rainha, do tiro ao alvo, do bo- do o alvará de aproximadamente vinte taxistas, que já
Ião e da bocha. tinham sido pagos até o ano fiscal de 2002. Essa me-
dida tem causado sérios transtornos àqueles que, na
Mais importante que tudo isso é constatar com
sua maioria, estão com os táxis alienados e se vêem
orgulho que Blumenau jamais se afastou do maior pa-
no desespero por não poderem honrar suas presta-
trimônio que possui: o sentido da liberdade, o amor ao
ções. Esse assunto tem gerado revolta em toda a
trabalho, o cultivo da educação e o gosto de viver.
classe.
É isso sobretudo que se acelera no próximo do- Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, quere-
mingo, dia 2. Muitos desafios terão ainda de ser venci- mos que a Prefeita de nossa Capital atenda de uma
dos. E o serão, como foram os anteriores, porque Blu- forma coletiva aos agentes sindicais, a fim de permitir
menau jamais se dobrou diante de qualquer problema que todos eles, de forma ordeira e pacífica, façam
ou dificuldade. Sua história é a prova mais concreta suas reivindicações à Chefe do Executivo Municipal.
de que isso ocorrerá. E é preciso que se deixe bem claro que S. Exa. tem-se
Parabéns à minha querida Blumenau. Ontem, recusado, peremptoriamente, a recebê-los. As regras
hoje e sempre Blumenau merece o melhor. de operação para os microônibus devem ser do co-
O SR. FRANCISCO RODRIGUES (Bloco/PFL - nhecimento público e com a devida aprovação do Po-
RR. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, der Legislativo Municipal.
Sras. e Srs. Deputados, gostaria de falar a respeito de Gostaria de dirigir indagações à senhora Prefei-
assunto que vem preocupando toda uma classe de ta solicitando esclarecimentos. Primeiro: por que os
trabalhadores do meu Estado, Roraima, representa- microônibus não transportam idosos nem deficientes
da pelos taxistas. São trabalhadores laboriosos, im- (passes livres) e nem aceitam vale-transporte? Se-
AW)sto de 200 I DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-leira 31 41097
gundo: por que os referidos veículos só circulam nos por etapa, evoluindo em escala crescente para, den-
bairros centrais e nos principais corredores, onde é tro em breve, chegar à invejável posição de área livre
maior o número de passageiros? E, por último: qual a de febre aftosa por vacinação.
política do Município para amenizar as dificuldades Mesmo sendo um Parlamentar de oposição ao
ainda maiores que serão enfrentadas pelos quase Governo do Estado, não me constranjo em elogiar as
400 taxistas, que, na sua maioria, operam tá- ações exitosas, ainda mais por ter enfrentado um pro-
xis-lotação? blema da dimensão da febre aftosa, que perturba e
Para concluir, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Depu- abala até países desenvolvidos da Europa e grandes
tados, gostaria de conclamar toda a classe pol ítica de produtores como o Uruguai e Argentina.
Roraima para união em defesa dessa laboriosa clas- Em Rondônia, o dever de casa foi feito e será
se profissional de nosso Estado, os taxistas, e, por continuado. É o que desejo e em que confio.
conseguinte, toda a população por eles servida nas Era o que tinha a dizer.
24 horas do dia e durante os 365 dias do ano, a fim de O SR. ANTONIO CAMBRAIA (PSDB - CE.
que solicitem a S.Exa. a Prefeita de Boa Vista, Teresa Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs.
Jucá, detalhamentos acerca desse seu posiciona- Deputados, volto a ocupar a tribuna para prestar ho-
mento, que se configura muito, mas muito estranho. menagem especial às mulheres, às mulheres traba-
Muito obrigado. lhadoras rurais, que tanto se têm destacado na luta
O SR. CONFÚCIO MOURA (PMDB - RO. Pro- incessante do dia-a-dia para o sustento de suas famí-
nuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Sras. e lias em todo o nosso imenso Brasil.
Srs. Deputados, cumprimento, através deste pronun- Jovens pescadoras, quebradeiras de coco,
ciamento, o Dr. Irineu Barbieri, Presidente da Agência camponesas, pequenas agricultoras, dentre outras,
de Defesa Sanitária Agrossilvopastoril do Estado de têm sobrevivido frente as condições mais precárias
Rondônia - IDARON, pelo excelente trabalho que existentes em nossa sociedade, principalmente na
vem apresentando à frente dessa instituição, que teve área rural. Na maioria das vezes, têm sido vítimas de
papel extraordinário na melhoria da imagem do Esta- um modelo socioeconômico e cultural deveras arcai-
do com o movimento de controle da febre aftosa. co, que, por vezes, estimula práticas discriminatórias
Recebi dados estatísticos encaminhados em 25 machistas.
de junho, contendo o relatório da primeira etapa de Além da dupla jornada no lar e no trabalho, a
vacinação do mês de maio de 2001, com detalhamen- participação da mulher na formação da renda familiar
to Município a Município, a idade do gado vacinado e tem sido pouco valorizada. Talvez pelo fato do seu tra-
também os não-vacinados. O total de bovinos naque- balho ter sido constantemente rotulado como trabalho
le mês foi de 7.079.472 cabeças, e destas foram imu- não gerador de renda monetária. Na realidade, elas
nizadas 6.870. 814 - resultado espetacular, se se são produtoras de vida, de dignidade. E estão empre-
considerar o tempo efetivo de trabalho do IDARON e gadas em todos os tipos de atividades: na horta case-
a necessidade de mobilização dos diversos setores ira, no bosque, para garantir o fornecimento de lenha;
da sociedade produtiva que, mais tarde, se envolve- no pomar, para fornecer frutas; no lago, para apanhar
ram nos mesmos objetivos: erradicar a febre aftosa do o peixe; na criação de pequenos animais para consu-
Estado. mo próprio e na necessidade, para gerar renda extra,
O modelo rondoniense foi inovador. Além dos na produção de queijos, conservas e doces. São es-
esforços do Governo do Estado, que aplicou significa- tas as atividades exercidas quase que exclusivamen-
tivos recursos próprios, contou com o apoio do Minis- te pelas trabalhadoras rurais. São elas as donas da
tério da Agricultura. O mais importante foi a participa- fertilidade da espécie humana, que estão alastrando
ção ativa do setor privado, que se integrou às ações seu domínio também para a fertilidade da terra, trans-
do Governo: criou o FEFA - Fundo Estadual de Febre formando-a em celeiros prósperos de vidas.
Aftosa, que juntou os recursos financeiros que viabili- É bem verdade que a maioria das atividades
zaram o cadastramento das propriedades rurais. exercidas pelas mulheres não são reconhecidas
Além disso, o ilustre Presidente Irineu Barbieri, como produtivas pelo sistema financeiro. Quando
pela sua seriedade e notório conhecimento, criou sis- abordo o assunto, refiro-me, em especial, aos respon-
temas participativos de envolvimento da sociedade, sáveis pela concessão de créditos, que, segundo in-
os comitês municipais de febre aftosa. Com todo esse formações obtidas, demonstram, além da aversão ge-
trabalho, o Estado de Rondônia, considerado até o rai à agricultura familiar - em face da pouca rentabili-
ano 2000 como de risco desconhecido, vem, etapa dade, numa perspectiva de acumular lucros com fi-
4109g Sçxta-fçira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto dç 20!) I
nanciamentos -, também a desqualificação a que pública, eles ainda não conseguiram alcançar as con-
são submetidas essas mulheres quando de seus pe- dições ideais de trabalho, não só no Brasil como em
didos de liberação de créd~o. todo mundo. Só para exemplificar, citarei o exemplo
Na oportunidade, quero registrar, sensibilizado, dos Estados Unidos, que hoje amarga uma carência
que até mesmo nos longínquos rincões do meu Esta- de profissionais dessa área, pois os jovens universitá-
do, o Ceará, as mulheres têm-se unido em prol de sua rios não têm sido atraídos para as faculdades de en-
categoria. Ainda no início deste mês de agosto, acon- fermagem por conta da falta do devido reconhecimen-
teceu na minha querida cidade de Crateús, no cen- to dos enfermeiros e enfermeiras. No geral, são pro-
tro-oeste cearense, o Encontro Regional das Mulhe- fissionais que muito trabalham e não ganham o sufici-
res Trabalhadoras da Região. O evento reuniu cerca ente para lhes compensarem a dedicação. Resultado:
de cinqüenta participantes. o número de pacientes é altamente desproporcional
Na pauta desse Encontro, foram discutidos te- ao número de profissionais disponíveis, promovendo
mas da maior relevância para a agricultura, tais como um caos dentro do sistema de saúde.
a estiagem, a inclusão das mulheres nos programas No Brasil, esses profissionais têm enfrentado
governamentais de combate à seca e a identidade da problemas. Apesar das diversas universidades exis-
trabalhadora rural, enfocando nesse prisma a valori- tentes no País, na grande maioria federais, poucos
zação de sua auto-estima e a profissionalização da são os cursos de alta qualidade profissional. O núme-
categoria. ro de faculdades particulares ainda é menor, e a quali-
Ao finalizar, Sr. Presidente, gostaria de parabe- dade dos cursos não é satisfatória, ainda que as men-
nizar as mulheres pelas batalhas travadas no salidades sejam altíssimas.
dia-a-dia, quer no seio familiar, quer na realização de Fora as dificuldades encontradas ainda nos
uma carreira profissional, em prol da melhoria da qua- anos de formação, o enfermeiro e o auxiliar de enfer-
lidade de vida dos seus entes queridos e, enfim, da magem se deparam com um mercado de trabalho
sociedade como um todo. não muito propício para a excelência profissional. Bai-
Eram estas as minhas palavras. xos salários e carga horária desgastante têm impedi-
do que o profissional da enfermagem se sinta confor-
Muito obrigado, Sr. Presidente.
tável em sua posição. Muitos deles desistem da carre-
O SR. GUSTAVO FRUET (PMDB - PR. Sem re- ira, preferem atuar em urna outra área, entrando no
visão do orador.) - Sr. Presidente, quero registrar a serviço público ou partindo para outra área mais re-
apresentação de pedido de informações ao Ministério compensadora.
da Fazenda sobre incentivos fiscais para reciclagem e
A categoria já sugeriu diversas vezes que se re-
reutilização de resíduos sólidos, assunto que debate-
formule a política de carreira dos enfermeiros. Entre
mos em conferência realizada nesta Casa.
as principais reivindicações dos profissionais estão a
O SR. CARLOS DUNGA (PTB-PB. Sem revi- melhoria da remuneração em relação as horas traba-
são do orador.) - Sr. Presidente, associo-me à preo- lhadas, reconhecimento do profissional como parte
cupação do ilustre Deputado Antonio Cambraia com integrante da equipe multiprofissional de saúde, um
relação ao Nordeste, especialmente com o sertão, incentivo para compensar o desgaste físico e mental,
devido à exclusão do morador da periferia no Progra- regularização do duplo vínculo no serviço público,
ma Bolsa-Renda. como acontece com os médicos, diminuição da carga
Estamos solicitando ao Governo que estenda horária semanal de 40 para 30 horas semanais, entre
esse benefício a todos. outros.
O 5R. ANTÔNIO DO VALLE (PMDB - MG. Hoje, o profissional da enfermagem encontra-se
Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. desatualizado, pois não há tempo viável que possibili-
Deputados, venho a esta tribuna solidarizar-me com te uma especialização ou reciclagem. Imaginem só o
uma categoria de profissionais extremamente impor- que acontece com os auxiliares de enfermagem, cu-
tante para a nossa sociedade, bem como relatar a jos salários são ainda mais reduzidos. Não nos pode-
atual situação desses profissionais que colaboram mos esquecer de que esses profissionais tratam de
com a melhoria do atendimento à saúde de nosso vidas humanas, e que por isso merecem todo o res-
povo. peito e dignidade, até para que nos possa ser garanti-
Estou falando dos profissionais da enfermagem. do um atendimento isento de qualquer ranço por con-
Sei que aqui compartilhamos da mesma idéia a res- ta das péssimas condições conferidas a esses profis-
peito desses profissionais. Apesar da grande utilidade sionais nos últimos anos.
Agusto de 2001 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-Icira 31 410<)9
É importante destacar o excelente trabalho que Peço que seja inserida, nos Anais da Casa, para
vem sendo realizado pelo Conselho Federal de Enfer- que a família de Oswaldo Amorim dela tome conheci-
magem - COFEN, em especial a Resolução n° 256, mento, matéria em que Oliveira Mello presta sincera
de 2001 , de 12 de julho de 2001, que autoriza o uso homenagem a este jornalista.
do título de Doutor pelos enfermeiros, considerando, Para encerrar, reafirmo a necessidade de que a
dentre outros aspectos, que o uso de título de Doutor situação dos enfermeiros e auxiliares de enfermagem
tem por fundamento procedimento isonômico, sendo, seja discutida de maneira séria, mas serena, nesta
em realidade, a confirmação da autoridade científica Casa.
profissional perante o paciente. Sr. Presidente, solicito a V. Ex" que faça divulgar
Precisamos atentar para as falhas desse nosso este meu pronunciamento nos órgãos de comunica-
Sistema Único de Saúde, precisamos de uma nova ção da Casa.
política de carreiras na área de saúde que beneficie Muito obrigado.
todos os profissionais que a compõem, para que pos- MA TÉRIA A QUE SE REFERE O
samos criar um todo mais forte e harmonioso, com a ORADOR
finalidade de promover melhor assistência a todos
aqueles que necessitam de cuidados e tratamentos OSWALDO, NA ETERNIDADE"
hospitalares. OLIVEIRA MELLO
Faço um apelo ao Ministro da Saúde, José Serra Tudo foi muito depressa. De uma hora para outra
- que tem feito extraordinário trabalho à frente daque- Oswaldo Amorim, fisicamente, envelheceu. Aquela jo-
le Ministério, dando nova dinâmica à saúde pública-, vialidade facial enganava a idade que carregava. O
e ao Ministro do Trabalho e Emprego, Francisco Dor- espírito, no entanto, continuava jovem. Sonhando
nelles, no sentido de que atendam às reivindicações sempre com uma Patos de Minas cada dia mais gran-
da classe dos enfermeiros no País. diosa. Esquecia-se de si mesmo e vivia preocupado
É preciso analisar com cuidado os projetos de com o outro.
lei que tramitam na Casa, em especial os de n°'2.264, Na sua teimosia de sonhador, como era visto,le-
de 1996, 969, de 1999, e 2.295, de 2000. São notórias vantou uma porção de sugestões que se diziam im-
as dificuldades enfrentadas por aquela importante ca- possíveis de realização. A maioria delas, porém, se-
tegoria no contexto da saúde pública, seja no acesso não todas, foram concretizadas. Os que as realiza-
à universidade e às condições de trabalho, seja na ram, porém, não admitiam, ou fingiam que não sabi-
questão crucial da remuneração. am terem sido por ele sugeridas. Os seus sonhos não
Esta Casa, que defende os interesses da popu- eram utopias, mas visões de quem se encontrava mu-
lação, precisa ficar atenta a esse problema, cuja solu- ito à frente dos homens de seu tempo. Quanta coisa
ção vem sendo postergada. ele sonhou e não se realizou porque os mandatários
da terra não acreditaram nele ou então não tiveram a
Não vou me alongar no assunto, em razão dos
capacidade de atingir os seus sonhos.
inúmeros oradores inscritos, mas peço às autorida-
Entre muitos, basta citar a Avenida JK. Foi logo
des competentes que considerem a categoria dos en-
depois de inaugurada a nossa primeira estrada de as-
fermeiros com o devido respeito.
fano, a BR-354, popularmente conhecida como Rodo-
Sr. Presidente, também quero registrar o faleci- via do Milho. Nem conhecida ainda era como Avenida
mento, no último dia 15 de agosto, em minha cidade, JK, mas como início da sonhada Rodovia, cujo quilô-
Patos de Minas, do jornalista Oswaldo Amorim. Pro- metro zero estava fincado ali, no final da Major Gote.
fissional de altíssima estirpe, brasileiro sonhador, pre- Desde então, ele a previa, se não tomassem os devi-
gava a igualdade entre as pessoas, acreditava na jus- dos cuidados, como um corredor. Foi até ao seu ami-
tiça social, acima de tudo, e entendia que o nosso go, Prof. Radamés Teixeira, urbanista respeitado, pro-
País é o melhor do mundo. fessor da Escola de Arquitetura da UFMG, e dele soli-
Deu sua colaboração a grandes órgãos de im- citou um estudo para evitar a sua previsão. O Prol. Ra-
prensa do País, como aos jornais Tribuna da Impren- damés atendeu ao pedido do amigo. Oswaldo o trou-
sa, O Estado de S.Paulo, O Globo, Jornal do Bra- xe a Patos de Minas para ver a situação in re, antes da
sil, Última Hora, Diário do Commercio, Diário de instalação dos novos bairros margeando-a. Não lhe
Notícias e também às revistas O Cruzeiro, Manche- deram ouvido, nem importância ao estudo elaborado
te, Realidade, Visão, Cigarra e Veja. Ao falecer, pelo urbanista Radamés. Talvez achassem que a ci-
prestava serviço à RADIOBRÁS, em Belo Horizonte. dade não andasse ao lado da Rodovia re-
411(J() Sexla-Ieira 31 DIÁRIO I)A CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2()(J I
cém-inaugurada. Mas ela andou, e muito rapidamen- Filho do farmacêutico Sebastião de Castro
te. A Rodovia foi transformada em Avenida, toman- Amorim e Maria Pereira Guimarães (Dona Fia).
do-se, de fato, num imenso corredor. Estudou no Grupo Escolar Marcolino de Barros,
E a urbanização da Lagoa Grande? Quem pri- na Escola de Dona Madalena e no Ginásio Benedito
meiro sugeriu? E o alerta para a Prefeitura não permi- Valadares.
tir loteamento margeando o Córrego do Monjolo, nas Em Patos de Minas iniciou a sua vida de jorna-
proximidades do Paranaíba, no hoje conhecido Bairro lista, colaborando com a imprensa local e da região,
Jardim Paulistano? As enchentes, como bem previu o de maneira amadora. Em 1 de janeiro de 1955, com o
"sonhador", vieram, cobriram casas e criaram inúme- advogado Mário da Fonseca Filho, lança o primeiro
ros problemas sociais para as administrações futuras. número do semanário "Correio de Patos", que circula
E a Universidade, que caminha a passos rápi- durante todo o ano.
dos, foi a previsão do Oswaldo que, quando candidato
Transfere-se para Belo Horizonte, em 1957, e,
a deputado federal, adotou o slogan "Oswaldo é a
durante algum tempo, graciosamente, trabalha no jor-
Universidade". Uma alerta aos eleitores, se eleito, nal Diário de Minas. A partir de então trabalhou nos
tudo faria para que não houvesse apenas uma Fafipa, seguintes jornais do País: Tribuna da Imprensa, Esta-
mas uma Universidade em Patos de Minas. Ele so-
do de São Paulo, O Globo, Jornal do Brasil, Ultima
nhou e ainda pôde ver o seu sonho realizado, apesar Hora, O Binômio, Diário do Comércio, Diário de Notí-
de não ter sido ele~o. Foi para a eternidade poucos cias. Trabalhou também nas revistas Alterosa, Rodo-
dias antes da instalação do Centro Universitário. via, Manchete, Realidade, Visão, Mundo Ilustrado, a
No seu sonho, acreditou, desde a primeira Festa Cigarra, Veja, O Cruzeiro (de que foi Diretor da Sucur-
do Milho, em 1959, em sua continuidade. Tanto acreditou sal, em São Paulo). Ultimamente trabalhava na esta-
que, neste mesmo ano, levou ao Brasil, através de um tal Radiobrás, onde permaneceu durante 22 anos, até
Suplemento de edição nacional, da "Tribuna da Impren- a sua morte.
sa", a capacidade criadora do povo de sua terra. Dentro
Colaborador assíduo da imprensa patense.
de mais algum tempo, voltou, através das páginas da re-
Escreveu, sobretudo, no Jornal dos Municípios, Folha
vista "0 Cruzeiro", com ilustrações coloridas, a mostrar
Diocesana, Novo Tempo, Correio Patense e na revista
aos brasileiros que a festa tinha vindo para ficar e enri-
A Debulha.
quecer o calendário turístico do Estado e do próprio País.
Já se prepara para a realização da sua 44a Festa. Além das colunas dos jornais locais, semanal-
mente, usava dos microfones da Rádio Clube nas ma-
O "Patense desvairado", como gostava de ser
nhãs dos sábados e no programa Café das Quatro.
chamado, procurava todos os meios de sempre estar
Era o momento utilizado para cobrar das autoridades
mostrando as potencialidades de Patos de Minas e a
administrativas do Município realizações em favor do
capacidade de trabalho de sua gente. Muitos dos
povo.
seus conterrãneos o taxavam de visionário, mas sem-
pre andando pelos caminhos de seus sonhos, trans- Grande defensor da ecologia, muito falou e lutou
formando-os em realidade. E, quando não os segui- pela criação e efetivação do Parque do Paranaíba.
am, como os cuidados com a Avenida JK, como o lo- Também via a importância da urbanização das lagoas
teamento à beira do Córrego, passaram a ter proble- do Trevo da Pipoca, principalmente a pertencente do
mas, e muito sérios. Posto Patão.
O "visionário" se foi. Justamente quando sentia Realizou memoráveis reportagens com intelec-
que todos os horizontes lhe estavam sendo fechados. tuais como Afonso Arinos, João Cabral de Melo, so-
Justamente nesse instante, Deus abriu-lhe o amplo bre índios etc. Como repórter, andou por todo o Brasil,
horizonte da eternidade. Foi serenamente, sem um fazendo coberturas de diversos assuntos e aconteci-
gemido, nem um ai de lamúria ou de ressentimento, mentos. Viajou pelo mundo, principalmente vários pa-
numa bonita tarde de 15 de agosto. Foi como viveu, íses europeus. Foi à Grécia, onde teve oportunidade
tranqüilo, esquecido de si mesmo, com a certeza de de visitar os principais locais da sua cultura milenar e
que não só o impossível é digno de ser sonhado. também aos Estados Unidos.
• Publicado no semanário Folha Patense, de 18 de agosto de Durante 22 anos, tempo em que trabalhou na Ra-
2001. diobrás, e residiu em Brasília e Belo Horizonte, respec-
DADOS BIOGRÁFICOS tivamente, semanalmente enfrentava a viagem notur-
Oswaldo Guimarães Amorim nasceu em Patos na de sexta-feira para estar presente em meio à cidade
de Minas, em 10 de janeiro de 1931. que mais amou no mundo: Patos de Minas.
Agosto de ZUOI DIÁRIO DA CÁMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 31 41101
Já debilitado, só não viaJou nas duas sex- Isso, por si só, já é muito grave. Mas me causou
tas-feiras que antecederam à sua morte, porque as espécie o projeto de lei aprovado no Senado que per-
suas condições fisicas não mais permitiram. mite aos hospitais universitários facultarem 25% dos
Foi candidato a Prefeito Municipal de Patos de seus leitos públicos à clientela pagante. Ora, Sras. e
Minas, obtendo expressiva votação e também a De- Srs. Deputados, essa esdrúxula forma é mais um
putado Federal. Como suplente, na época da ditadu- acinte à clientela massacrada do SUS.
ra, como majoritário da região, teve grande participa- O argumento de que esses recursos virão para
ção em muitas realizações a favor da região. favorecer o deficiente financiamento do SUS é mais
Foi casado, em primeiras núpcias, com a senho- um sofisma para ludibriar a consciência dos de
ra lolanda Garcez Chaves, com quem teve o filho boa-fé. Analisemos com imparcialidade o engodo que
Oswaldo Guimarães Amorim Filho, mestre em música nos querem fazer engolir.
e residente nos Estados Unidos. Em segundas núpci- É certo que a excelência desses hospitais é in-
as, com a senhora Maria de Fátima da Silva, com discutível, mas também é certo que os excelentes
quem teve dois filhos, Maíra e Marco Antônio. profissionais que lá militam são egressos de faculda-
Foram seus irmãos: Wilson Sebastião, Tioca (fa- des públicas, tiveram seus títulos de residentes, mes-
lecido), Carminha, Newton (falecido), Delza, Hélio e tres, doutores, tudo pago com o dinheiro público, nele
Elza. inclusos os mirrados recursos dos pobres e da classe
média. Os prédios suntuosos foram construídos com
Faleceu, de enfarte, às 15 horas de 15 de agos- dinheiro público; os equipamentos comprados com
to de 2001 e foi sepultado, no dia seguinte, no cemité- recursos públicos; os honorários e atuais pagamen-
rio de Santa Cruz, sob comoção de familiares e ami- tos pelos procedimentos lá efetuados têm um plus
gos. A beira da sepultura fizeram pronunciamento de que varia de 25 a 75%. Uma AIH (Autorização de
despedida o Prof. Oliveira Mello e o Deputado Estadu- Internação Hospitalar) nos hospitais universitários é 5
ai, Dr. Hely Tarquínio. O Prefeito José Humberto, de a 10 vezes maior que a dos hospitais filantrópicos,
Patos de Minas, decretou luto oficial, de tres dias, no dos contratados e dos conveniados pelo SUS. E mais
Município e a Rádio Clube prestou-lhe homenagens ainda: todo o recurso humano destes nosocômios é
especiais, logo que foi noticiado o seu falecimento e pago por verba extra do Ministério da Educação.
durante todo o período de seu velório.
Nada mais lucrativo para um docente, que se
O SR. PRESIDENTE (Themístocles Sampaio) - serve da estrutura do hospital universitário, de seus
Concedo a palavra ao Sr. Deputado José Linhares. equipamentos, de seus residentes, de outras vanta-
O SR. JOSÉ UNHARES (PPB - CE. Sem revi- gens e de sua própria reputação, do que atender paci-
são do orador.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputa- entes privados e cobrar honorários.
dos, há uma grande preocupação nacional com a so- Mais uma vez o Governo apresenta um argu-
brevivência do SUS - Sistema Único de Saúde, já que mento para colocar menos dinheiro nesses hospitais
os recursos aportados para sustentar a atenção que com a prática da segunda porta.
atualmente ele dispensa sobretudo aos mais caren- Na hora que subtraio 25% de leitos dos hospita-
tes, por vários fatores, vêm-se tornando exíguos e in- is universitários, estou excluindo 25% dos procedi-
suficientes. mentos diagnósticos e terapêuticos mais complexos
A título de exemplo, consideremos o corte, nes- dos usuários do SUS. Hoje, uma cirurgia de alta com-
te ano, de 1,2 bilhão que a área econômica anuncia, plexidade ingressa numa fila infinda para um dia,
em nome de uma interpretação dada pela Advocacia sabe Deus quando, ser realizada. Avalie-se como
Geral da União - AGU, fajutamente, para a nossa de- será com menos 25%. Hoje, se alguém portador de
cantada PEC n° 29, da Saúde, votada por todos os plano de saúde é atendido por hospital do SUS - to-
Congressistas e aprovada por unanimidade nesta dos nós sabemos -, o plano se obriga a ressarcir ao
Casa. SUS as despesas efetuadas.
A valer a interpretação dada pela AGU, até o Não alcançamos o valor destas fundações que
ano 2004 teremos um corte de 4 bilhões no orçamen- nascem dentro de hospitais públicos para priorizar os
to da Saúde e, como conseqüência lógica e natural, pagantes. Temos de ficar alertas, mais um golpe se
menos recursos, menos assistência, mais doença, prepara para asfixiar o que já está em fase de extin-
mais sofrimento para os infelizes deserdados da for- ção, o nosso SUS.
tuna, que se vêem mais uma vez espoliados de direi- Por isso, Deputado Carlos Mosconi, Sras. e Srs.
tos que lhe foram outorgados pela Constituição. Deputados, nós, os defensores do SUS, portanto, dos
41102 S.:xla-J\:ira 31 DIARIO DA ('AMARA DOS DEPUTADOS Agllslo de 2001
excluídos, temos de lutar contra esse corte de 1 mi- deu 11 Municípios; em 2001, teve sua ação ampliada
Ihão e 200 mil e temos também de ser contra esses para 20 Municípios, incluindo agora Plácido de Cas-
25% retirados, mais uma vez, dos hospitais universi- tro.
tários para dar à clientela privilegiada pagante. O Governo Estadual do Acre promoveu a adoção
Muito obrigado, Sr. Presidente. dos protocolos e firmou parceria com o programa.
O SR. PRESIDENTE (Themístocles Sampaio) A negociação do protocolo no Município vem
- Solicito aos Deputados que desejam dar seus pro- ocorrendo, desde janeiro de 2001, em diversas reu-
nunciamentos como lidos que tenham um pouco de niões dos segmentos da sociedade, tanto na zona ur-
paciência, porque os inscritos para falar neste mo- bana, quanto na área rural.
mento estão reclamando que se inscreveram cedo e Nas reuniões, a comunidade levantou propostas
querem ter seu direito garantido. e compromissos para o uso do fogo, com o foco prin-
Darei a palavra a todos, mas solicito que espe- cipal voltado para a redução de acidentes e a substi-
rem sua vez. tuição da queimada por tecnologias viáveis, ao alcan-
Concedo a palavra pela ordem ao nobre Depu- ce dos produtores.
tado Carlos Mosconi. Na assinatura do protocolo, a sociedade está
O SR. CARLOS MOSCONI (PSDB - MG. Pela consolidando os acordos obtidos durante as reuniões
ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, de- que o antecederam.
sejo apenas cumprimentar o Deputado José Linhares Além dos representantes dos vários setores da
pela lucidez de suas palavras. sociedade local, participarão do evento o Prefeito
Muito obrigado. Francisco Tavares de Souza, o diretor da organiza-
O SR. MARCOS AFONSO - Sr. Presidente, ção Amigos da Terra - Amazônia Brasileira, Roberto
peço a palavra pela ordem. Smeraldi, o Secretário de Meio Ambiente do Acre,
Carlos Edgard de Deus, a Superintendente do
O SR. PRESIDENTE (Themístocles Sampaio) -
IBAMA do Acre, Idelcleide Rodrigues de Lima, e a
Tem V. Ex a a palavra.
representante da Secretaria de Coordenação da
O SR. MARCOS AFONSO (PT - AC. Pela or- Amazônia do Ministério do Meio Ambiente, Débora
dem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Sras. e Almeida.
Srs. Deputados, venho a esta tribuna, para divulga-
O engenheiro agrônomo Judson Ferreira Valen-
ção em todos os meios de comunicação desta Casa,
tim, da EMBRAPA (AC), ministrará uma palestra so-
comunicar que no dia 31 de julho de 2001 foi divulga-
bre "Manejo de Pastagens sem Uso do Fogo", seguin-
do, no Portal da Amazônia "Amigos da Terra", o Proto-
do-se a apresentação a respeito das negociações do
colo de Prevenção ao Fogo, que se expande no Vale
protocolo, com discussão em grupos.
do Rio Acre.
No final da tarde, haverá uma programação cul-
Diversos setores da sociedade civil no Municí-
tural com apresentação de artistas locais, exposição
pio de Plácido de Castro (AC) assinaram, na sexta-fe-
de artesanato, degustação de comidas típicas e apre-
ira, dia 3 de agosto, o Protocolo sobre Uso do Fogo no
sentação de fotografias das atividades do programa
Município. Depois de Xapuri e Acrelândia, que desde durante as negociações do protocolo.
o ano passado contam com um protocolo bem suce-
O evento será celebrado na Pousada Rapirrã.
dido, este modelo de pactuação local está-se expan-
dindo no Alto e Baixo Vale do Rio Acre (no dia 17 de Era isso o que tínhamos a dizer no plenário des-
agosto será a vez do Município de Capixaba). ta Casa sobre tão relevante tema.
Entre os objetivos do protocolo, há o de atingir o Sr. Presidente, aproveito a oportunidade para
comprometimento da sociedade para evitar que o anunciar a apresentação de três requerimentos de in-
fogo das queimadas se transforme em incêndios flo- formações, um ao Ministro de Minas e Energia e dois
restais. ao Ministro do Meio Ambiente.
A assinatura do protocolo faz parte do Programa Muito obrigado.
Fogo: Emergência Crônica, da organização Amigos O SR. PRESIDENTE (Themístocles Sampaio)-
da Terra - Amazônia Brasileira, com apoio da Coope- Concedo a palavra ao nobre Deputado Euler Morais.
ração Italiana. O programa Fogo: Emergência Crônica O SR. EULER MORAIS (PMDB - GO. Pronun-
atua, desde o ano 1999, em diversos Municípios da cia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs.
região amazônica na adoção de medidas de combate Deputados, as últimas décadas marcaram a consoli-
e prevenção a incêndios. Em 2000, o programa aten- dação do turismo como uma das atividades econômi-
Agnslo de 20() I DIÁRIO DA CÁMARA DOS DEPUTADOS Sexla-leira31 41103
cas mais importantes no País. O potencial de cresci- que aceitou participar do projeto, viabilizando a im-
mento, no entanto, ainda é subexplorado por falta de plantação da obra. A entidade já atua na área de pro-
investimentos, políticas de incentivo e mão-de-obra fissionalização há vários anos, inclusive com um pro-
adequada. Os cursos profissionalizantes para o setor grama de qualificação e treinamento para adolescen-
ainda são poucos e os esforços para a qualificação tes. Os recursos do convênio devem ser liberados ain-
dos trabalhadores são descontínuos. da este ano.
Na área de ecoturismo, mais recente, os obstá- Quero ressaltar aqui o envolvimento do Prefeito
culos são ainda maiores. O cerrado e suas de São Miguel do Araguaia, Pe. Manuca Neres Brito,
sub-regiões apresentam um dos maiores potenciais e do Diretor-Geral da Fundação Pró-Cerrado, Adair
de visitação nesta área, mas as iniciativas ainda são Antonio de Freitas Meira, que foram fundamentais
embrionárias. Os esforços públicos locais se restrin- para a viabilização do projeto. É preciso lembrar, ain-
gem a ações isoladas. da, que a obra começou a ser gestada na administra-
Desde o início de meu mandato, tenho discutido ção municipal anterior, quando o ex-Prefeito Luís Pei-
com vários setores iniciativas para estimular o turis- xoto doou a área onde será construída a escola.
mo e o ecoturismo no cerrado, particularmente no Iniciativas como esta devem multiplicar-se, para
Estado de Goiás. garantir mão-de-obra especializada para os empre-
Em agosto, o primeiro resultado destes esforços endimentos que começam a ser desenvolvidos na
se materializou com um convênio entre o Ministério área de ecoturismo e para os projetos de expansão
da Educação e uma entidade privada para a constru- na área do turismo tradicional. A maioria das proje-
ção da primeira escola de ecoturismo e preservação ções apontam a área turística como a atividade com
ambiental de Goiás. A unidade de ensino vai ser im- maior potencial econômico para garantir a retomada
plantada no Município de São Miguel do Araguaia, lo- do crescimento do País, com a geração de empregos
calizado na região do Vale do Araguaia. e renda. Os esforços para estimular o turismo, portan-
O convênio entre o Ministério da Educação e a to, devem tornar-se prioridade das políticas públicas
Fundação Pró-Cerrado para a construção da escola para viabilizar um canal alternativo de desenvolvi-
profissionalizante foi assinado no último dia 21, em mento econômico e integrar regiões e populações
Brasília. São Miguel do Araguaia foi a única cidade marginalizadas da economia nacional.
goiana incluída no Programa de Expansão da Educa- Sr. Presidente, peço que este discurso seja en-
ção Profissional do MEC. Vão ser investidos na obra 3 caminhado aos órgãos de divulgação da Casa.
milhões, 78 mil, 539 reais. Muito obrigado.
As gestões que fiz para viabilizar os recursos A SRA. ANA CORSO (PT - RS. Pronuncia o
para a instalação da escola foram norteadas pela in- seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. De-
tenção de garantir a implantação de um centro de en- putados, o Presidente Fernando Henrique Cardoso,
sino capaz de formar mão-de-obra especializada de certo modo, resumiu sua visão sobre a saída para
para o mercado de trabalho da região. a grave crise que o País vive atualmente com a frase:
Serão oferecidos três cursos técnicos nas áreas "Exportar ou morrer". É uma afirmação mais dramáti-
de hotelaria, turismo e agropecuária e 81 cursos bási- ca do que a inventada pelo regime militar (1964 e
cos, como os de preservação ambiental, meio ambi- 1984), quando foi forçado a iniciar o pagamento da dí-
ente, ecoturismo, garçom, cozinha, comércio, infor- vida externa contraída para fazer o chamado "milagre
mática, imagem pessoal (cabeleireiro, manicure e pe- econômico" dos anos setenta. Na época, 1982, sob o
dicure), indústria eletroeletrônica, agricultura, irriga- comando do então Ministro da Fazenda, Delfim Netto,
ção, fruticultura, pecuária e piscicultura. o Governo lançou o lema "Exportar é o que importa".
A obra, com 3 mil e 800 metros quadrados, será Será que "exportar ou morrer" é uma nova forma
construída em terreno cedido pela Prefeitura Munici- de dizer que só existe uma bala para vencer os per-
pal, com 21 mil metros quadrados de área. A escola calços da economia gerenciada por FHC e Malan?
terá capacidade para atender 2 mil, 670 alunos ainda O povo brasileiro está cansado de viver no limi-
no primeiro ano de funcionamento. te. Contribui, economiza e sacrifica-se, para no fim os
O envolvimento da Fundação Pró-Cerrado, enti- governantes irem a público dizer que "se correr o bi-
dade socioeducativa e ambiental, com sede em Goiâ- cho pega, se ficar o bicho come". Não nos podemos
nia, foi fundamental para a viabilização do projeto. submeter a uma concepção de governo e de econo-
Com a impossibilidade de a Prefeitura operacio- mia que parecem estar dominados por princípios an-
nalizar sozinha todos os cursos, procurei a Fundação, tagônicos e irredutíveis. É preciso enxergar saídas
41 104 Sexta-feira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 200 I
para além do bem ou do mal, do exporta ou morre, do Mas e para o PT e a coligação de forças à es-
contrário em pouco tempo não haverá garganta para querda do centro - como PSB, PDT, PPS, PCdoB e
"engolir os sapos". mesmo partes do antigo PMDB em várias regiões,
A palavra de ordem de FHC é auto-explicativa e onde tem uma proposta nacionalista? O que o mode-
desesperada. Vem de um governante que, no fundo, lo chinês tem a ensinar para esse bloco?
não acredita no País, no seu próprio povo, no amplo Os neoliberais, quando se voltam para a China
mercado interno que tem, que é uma de suas maiores para atacar a esquerda, dizem que o país tem bolsa
riquezas. Se for adotada, o mais provável é que, em de valores, mercados futuros, preços comandados
2010, o Brasil se estará lamentando por mais uma dé- pelo mercado, ampla abertura para o capital estran-
cada de atraso, como a dos anos 80, de crescimento geiro, mecanismos de concorrência cada vez mais
econômico mínimo, na transição da ditadura militar amplos - o que é verdade. Mas não são essas, no en-
para o regime democrático conservador que se se- tanto - assim como não é saber se os chineses conti-
guiu, ou a dos anos 90, de crescimento menor ainda, nuam sendo ou não socialistas - , as questões bási-
quando a democracia brasileira tornou-se neoliberal e cas da China de hoje que interessam aos que querem
ainda mais precária. encontrar um caminho alternativo para o Brasil no
mundo globalizado e em crise.
O Presidente da República parece que vê o Bra-
sil amarrado a um esquema de globalização implacá- A partir de 1978, a China fez dois movimentos
vel, com capitais flutuantes - até mesmo covardes -, estratégicos e relacionados: uma ampla reforma
que nos atingem implacavelmente, para o qual não agrária e uma ampla abertura externa.
existe alternativa aparente, no qual certas politicas - As comunas rurais, que produziam e distribuíam
estabilidade monetária, responsabilidade fiscal, res- os resultados levando em conta critérios sociais con-
peito às regras das organizações internacionais - são siderados mais avançados, foram substituídas por co-
universais e inevitáveis. munidades rurais nas quais os camponeses passa-
ram a ter mais iniciativa, apoiados em contratos de ar-
Quando falam a S. Exa que existe um país, a
rendamento das terras públicas por prazos longos. Ao
China, que cresce a um ritmo entre 8 a 10% ao ano,
mesmo tempo, a uma liberação controlada e generali-
há 20 anos, e que parece uma alternativa ao esque-
zada de seus preços internos e à reorganização com-
ma seguido por seu Governo, S. Ex a descarta dizendo pleta da política cambial chinesa, seguiu-se um enor-
simplesmente que a China é diferente.
me desenvolvimento do comércio externo do país,
Por que a China é diferente? Os próprios chine- que levou a China à condição de 5° maior exportador
ses não se consideram modelo para ninguém e insis- do mundo.
tem nas peculiaridades de seu desenvolvimento e no E é esse enorme saldo comercial que vem per-
de cada país. Seu regime político é, de fato, muito di- mitindo à China pagar o custo dos empréstimos exter-
ferente. Há mais de meio século o país é dirigido por nos e da tecnologia estrangeira, que veio através de
um poderoso Partido Comunista e os oito pequenos incontáveis associações, também controladas, com
partidos que o ajudaram a tomar o poder. O PCCh as multinacionais, e que permite também a manuten-
continua reafirmando teses consideradas hoje com- ção de um volume extraordinário de reservas em mo-
pletamente extravagantes, como a da "ditadura do edas fortes - mais de 150 bilhões de dólares - , com
proletariado". Os chineses têm uma civilização mile- o que o país manteve sua moeda estável em meio às
nar, uma população gigantesca. E, mais que tudo, fi- cinco crises financeiras internacionais desencadea-
zeram uma revolução socialista que, a despeito de to- das desde 1995 - México, Ásia, Rússia, Brasil e
das as transformações operadas no país desde a Argentina.
morte de Mao Tsetung, há 25 anos, e das reformas Os chineses consideram que estão na "etapa
econômicas comandadas por Deng Tsiaoping, a par- primária do socialismo" e que essa etapa pode durar
tir de 1978, ainda mantêm toda a terra, grande parte "dezenas de gerações". Não parecem muito dispos-
da propriedade imobiliária urbana e cerca de 300 mil tos a grandes discussões ideológicas. Um dos lemas
empresas sob controle estatal. favoritos de Deng Tsiaoping, referindo-se à questão
Que inspiração os neoliberais iriam buscar num dos técnicos e da tecnologia, era o de que "não impor-
país onde o papel do Estado é tão crucial assim? É ta a cor do gato, desde que ele cace ratos".
natural, portanto, que para o Governo FHC e a coliga- Muitos políticos brasileiros que vêem o País as-
ção de partidos que o apóiam a China nada tenha a solado pela tormenta da crise do modelo neoliberal
ensinar. deveriam olhar a experiência atual do milenar povo
Ag()sto de 200\ DIÁRIO DA CÁMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 3 I 4 I lOS
chinês pelo menos com o mesmo pragmatismo: não está exposta e exige providências no sentido de ver
importa a cor do regime, se vermelho ou se cor de resolvida essa grave questão.
rosa; o que importa é que ele se apóie no mercado in- Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente.
terno do país, onde está sua maior força, e abra suas O SR. CORIOLANO SALES (PMDB - BA. Pro-
fronteiras para a internacionalização em busca do nuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Sras. e
que os outros têm de melhor, com determinação e in- Srs. Deputados, no último dia 23, realizou-se na Câ-
dependência. mara de Vereadores de Vitória da Conquista, na Ba-
Por fim, quero ressaltar que faço esta compara- hia, uma importante sessão especial para discussão
ção para afirmar, mais uma vez, que alternativas exis- das dívidas dos pequenos produtores rurais junto ao
tem e não são poucas. É preciso relacionar-se com o Banco do Nordeste do Brasil (BNB) e ao Banco do
mundo globalizado levando à frente nosso potencial Brasil (BB), que têm sido objeto de negociação frus-
humano, nossas riquezas e nossa força. É necessária trada entre as partes.
a formulação de políticas dirigidas para combater A reunião na Câmara de Vereadores foi requeri-
nossas contradições: a seca e a geada, a miséria e da pela Associação de Pequenos Produtores Rurais
concentração de renda, os sem-terra e os latifúndios da Região Sudoeste - APROS, com apoio do Movi-
improdutivos, dentre outras. mento de Produtores Agrícolas - MPA e do Movimen-
E para que isto aconteça, precisamos mais do to dos Trabalhadores Rurais Sem Terra - MST.
que exemplos, precisamos de atitude. No dia anterior à sessão especial, os pequenos
Sr. Presidente, solicito a V. Exa que divulgue este produtores rurais fizeram intenso movimento na cida-
pronunciamento nos órgãos de comunicação da de, em frente à agência do BNB, distribuindo "cerca
Casa. de 6 mil litros de leite e 500 quilos de café em protesto
Muito obrigada. contra as medidas recessivas adotadas pelo Governo
Federal que, segundo eles, são responsáveis pela fa-
O SR. WElINTON FAGUNDES (PSDB - MT.
lência de mais da metade do segmento e inadimplên-
Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs.
cia de cerca de 98% dele", conforme o Diário do Su-
Deputados, quero registrar desta tribuna visita que fiz
doeste de 21 do corrente. "Os 2% que restam", disse
ontem à Caixa Econômica Federal e à ENGEA, onde
o Presidente da APROS, Alípio Correia, "ainda estão
fui muito bem recebido.
em dia porque não venceram os prazos de pagamen-
O Estado do Mato Grosso, sempre preocupado tos".
com a questão moradia, solucionou há algum tempo,
Em verdade, além dos fatores recessivos provo-
a dívida dos moradores dos conjuntos residenciais
cados pelo Plano Real, que fez da agropecuária a sua
Jardim Atlântico e Jardim Europa, em Rondonópolis,
âncora verde, destruindo preços e restringindo mer-
por meio de programa de incentivo junto à COHAB.
cados, toda a do região do sudoeste esteve afetada
Agora está em negociação mais um programa por longos períodos de secas sucessivas que dizima-
de incentivo. Desta vez, o conjunto residencial Mare- ram lavouras, plantações e rebanhos, provocando
chal Rondon, motivo da visita que fiz ontem. Restará o prejuízos irreparáveis aos produtores, sobretudo os
conjunto residencial São José. pequenos, que não tiveram como honrar os seus
Gostaria de contar mais uma vez com o apoio compro missos.
da Caixa Econômica Federal e da ENGEA no sentido A questão de fundo de endividamento está, por-
de estudarem a possibilidade de estender esse incen- tanto, baseada em duas situações: a defasagem dos
tivo aos habitantes do São José, que, ansiosos, preços, a alta dos insumos para a agropecuária e o
aguardam solução para o seu problema. aumento dos encargos financeiros; e as secas que
Outro assunto, Sr. Presidente. Há poucos dias, afetaram a produção a níveis inferiores, bastante infe-
realizamos nesta Casa sessão solene em homena- riores às expectativas dos produtores.
gem ao Sistema Brasileiro de Televisão pelo transcur- A realidade dos fatos milita a favor dos produto-
so dos vinte anos de sua fundação. Seu proprietário, o res em busca de uma negociação satisfatória, que
empresário Sílvio Santos, neste momento, encon- prorrogue seus débitos junto aos agentes financeiros
tra-se refém do seqüestrador de sua filha em sua pró- do Governo Federal, o Banco do Nordeste e o Banco
pria residência. do Brasil, com recálculo das obrigações, desembuti-
Preocupa a todos os brasileiros essa avalanche mento e revisão dos encargos. Sem isso, dificilmente
de seqüestros no País, particularmente em São Pau- as dívidas serão pagas e os bancos serão obrigados
lo. A sociedade sofre com a falta de segurança a que a executar os seus créditos, penhorar milhares de
41106 S~xw-tt:ira 31 DIÁRIO DA CÁMARA DOS DEPUTADOS Agosl0 d~ 200[
propriedades renais e sacrificar famílias que vivem geração de empregos e riquezas do País e, em espe-
quase que exclusivamente da lavoura de subsistência cial, de nossa sofrida Região Nordeste.
e da pequena pecuária, hoje suficiente para manuten- Buscávamos viabilizar, por exemplo, projetos de
ção da família. capital importância para nosso desenvolvimento,
O quadro da produção agrícola sugere que o como a construção de uma nova refinaria de petróleo
Governo desenvolva um programa arrojado de apoio para o Nordeste, tantas e tantas vezes adiada, em ra-
à agricultura familiar, com juros subsidiados, ínfimos, zão de infindáveis estudos de viabilidade técnica -
e amparo técnico como forma de garantir o homem no esta, de óbvia comprovação e dispensando estudos-
campo. Fora disso é provocar o êxodo rural dirigido e insanáveis dúvidas quanto à melhor localização
para os centros urbanos, onde os problemas sociais e para o empreendimento, através dos quais a
a própria criminalidade tendem a aumentar, desarti- PETROBRAS justificava a continuada postergação
culando as cidades e fazendo crescer o exército de da obra, enquanto não somente se planejava, mas
desempregados desqualificados. logo se passava à ação, quando se tratava de investir
É uma situação grave, que o Governo Federal na modernização e na ampliação das refinarias do
precisa enfrentar sem mais delongas. Os produtores Centro-Sul do País.
não podem esperar. A Região Nordeste possui, até hoje, unicamente
Espero que o Governo adote as providências a Refinaria Landulfo Alves, na Bahia, para realizar o
essenciais para atendimento ao apelo dos produto- abastecimento de derivados de petróleo de todo o
res, que têm o meu integral apoio. seu território; o CentroSul do País conta com dez refi-
Concluo este pronunciamento com o anúncio de narias, que têm continuamente passado por proces-
encaminhamento de indicação ao Ministério da Fa- sos de modernização e melhoria, visando ampliar sua
zenda para determinar ao Banco do Nordeste e ao capacidade de refino.
Banco do Brasil a renegociação das dívidas dos pro- Urge, pois, sanar imediatamente tão grave injus-
dutores rurais e a conseqüente revisão das taxas de tiça, com a implantação, sem maiores delongas, de ou-
juros, com o recálculo do saldo devedor, desembutin- tra refinaria de petróleo em território nordestino, agora
do os encargos que fizeram essas obrigações prati- com a bem-vinda participação do capital privado do
camente impagáveis. grupo alemão Thyssen, não só para fazer frente às ne-
SI'. Presidente, aproveito o ensejo para manifes- cessidades de abastecimento de seus habitantes,
tar minha solidariedade ao empresário Sílvio Santos, como para auxiliar na redução dos custos de distribui-
que, neste momento, está sendo vítima de brutal se- ção de combustíveis, por evitar as longas viagens dos
qüestro. Encontra-se refém do seqüestrador em sua derivados de petróleo desde as refinarias do Sul e do
própria residência. Sudeste até os nossos mercados consumidores.
Muito obrigado. Compreendemos bem e consideramos como
O SR. COSTA FERREIRA (Bloco/PFL - MA. mais do que justas as aspirações de muitos dos Esta-
Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, dos do Nordeste em sediar essa nova refinaria, bus-
Sras. e Srs. Deputados, há alguns anos, quando nes- cando ampliar o seu desenvolvimento econômico e
ta Casa emprestamos nosso decidido apoio ao Go- expandir a oferta local de empregos; no entanto, for-
vemo Federal na votação das emendas constitucio- çoso é também lembrar que numa época de conten-
nais que garantiriam a realização das tão necessárias ção de gastos orçamentários para aplicação nos in-
reformas da ordem econômica nacional, nós o fize- vestimentos de maior prioridade, a alocação das ver-
mos tendo em vista a concretização de um antigo so- bas deve ser feita de forma a contemplar os projetos
nho: o de que pudéssemos, a partir de tal atitude, atin- que ofereçam as maiores vantagens competitivas.
gir finalmente uma época de desenvolvimento harmô- No caso que especificamente vimos analisando,
nico e sustentado do País, com oportunidades real- cremos que o Maranhão é o Estado que apresenta as
mente iguais para todos. melhores condições para a instalação da nova refina-
Mais tarde, quando aprovamos a nova lei regu- ria de petróleo do Nordeste.
lamentadora das atividades da indústria petrolífera Dentre as muitas vantagens oferecidas pelo
nacional, buscávamos, através da permissão a outras Estado do Maranhão, poderíamos citar sua localiza-
empresas, além da PETROBRA8, para explorar as ção geográfica privilegiada, estrategicamente situado
atividades englobadas no monopólio estatal do petró- entre o Norte e o Nordeste, e sua proximidade das ro-
leo, atrair capitais privados para atuarem nesse im- tas marítimas de petroleiros do Caribe, dos írnportan-
portante setor de nossa economia e contribuir para a tes mercados consumidores dos Estados Unidos e da
Agosto de 2UO I DIÁRIO D/\ CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-li:ir<J31 41107
América Central e de grandes produtores e exporta- Sr. Presidente, solicito a V. Ex" que autorize a di-
dores de petróleo, como a Venezuela e o México. vulgação deste pronunciamento através dos órgãos
Porém, uma das maiores vantagens que oferece de comunicação da Casa.
o Maranhão para a implantação da nova refinaria é, Na oportunidade, manifesto nossa solidarieda-
sem sombra de dúvida, o Porto de Itaqui, um dos maio- de ao empresário Sílvio Santos.
res do País quanto à tonelagem de mercadorias movi- Era o que tinha a dizer.
mentadas e maior escoadouro de produtos de todo o O SR. EURípEDES MIRANDA (Bloco/PDT -
Nordeste. Graças a sua grande profundidade natural, RO. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Sras. e
este porto achase apto a receber navios de grande to- Srs. Deputados, a Comissão da Amazônia e de De-
nelagem e calado, sem a necessidade de realização senvolvimento Regional realizou, ontem, audiência
de qualquer obra, em uma das mais privilegiadas situ- pública para tratar de assuntos de interesse dos servi-
ações portuárias em todo o mundo, sendo superado dores dos ex-Territórios Federais.
apenas pelo Porto de Rotterdam, na Holanda. O requerimento que deu origem à audiência pú-
Enquanto isso, estimase que, para os demais blica é de minha autoria e tratava da convocação dos
portos da Região Nordeste, seriam necessárias Ministros da Fazenda, Pedro Malan, e do Planeja-
obras orçadas em vários milhões de reais para reali- mento, Martus Tavares. Entretanto, houve acordo
zar as adaptações necessárias, a fim de garantir as para que comparecessem à referida audiência o Se-
mesmas condições de operação existentes em Itaqui. cretário de Recursos Humanos do Ministério do Pla-
Portanto, a implantação de uma refinaria de pe- nejamento, Dr. Capela, e a Subsecretária de Planeja-
tróleo no Maranhão é de fundamental importância mento do Ministério da Fazenda, Ora. Gildenora, ten-
para nosso Estado, não só pelo vulto dos investimen- do em vista essa secretaria e subsecretaria trabalha-
tos a serem feitos, da ordem de dois bilhões de reais, rem diretamente com os servidores dos ex-territórios.
como pelo fantástico efeito multiplicador de que se re- Também estiveram presentes à audiência o Se-
veste uma obra de tamanha envergadura. Não so- cretário-Gerai da CONDSEF e representantes dos
mente é importante para a geração de empregos dire- seguintes sindicatos, SINDSEF, SINTERO,
tos como para a diversificação das oportunidades de SINSEPOL e SINPFETRO, que trouxeram as reivindi-
trabalho, em uma região tradicionalmente dependen- cações dos segmentos por eles representados. Den-
te da agricultura e da pecuária, mesmo assim quando tre as reivindicações, foi muito discutida a questão
não castigada pelo flagelo da seca, época em que o dos anuênios, das progressões, da isonomia salarial
homem do campo se vê, como na atual quadra, obri- e de plano de saúde.
gado a abandonar sua terra e sua família e aventurar- Os representantes dos servidores dos
se em atividades de pouco rendimento e futuro incer- ex-territórios disseram ao Dr. Capela e à Ora. Gildeno-
to, quando não, à falta de melhores perspectivas, ra que são tratados como servidores de segunda ca-
abandonar sua terra e migrar para o Sul do País. tegoria.
Além do mais, a operação de uma nova refinaria Os Parlamentares presentes apresentaram as
certamente trará em seu bojo a implantação de ativi- mesmas queixas dos representantes dos servidores
dades afins, como a petroquímica e a produção de públicos, bem como reclamaram da morosidade dos
fertilizantes; de um lado, gerarseá um grande incenti- ple~os. Disseram ainda que os servidores foram e são
vo para a industrialização local e, de outro, fomentar- muito importantes para a região amazônica, pois estão
seá a vocação agrícola da imensa região sob sua distribuídos na maior parte do território brasileiro, que
área de influência, que poderá, dentro de muito pouco é a Amazônia, tão cobiçada pelo mundo inteiro.
tempo, transformarse em um dos principais celeiros O Dr. Capela e a Ora. Gildenora responderam a
de gêneros alimentícios de todo o Brasil e, quem todos os questionamentos, bem como se propuseram
sabe, do mundo. a analisar caso a caso na maior brevidade possível,
Por tudo isso, concitamos, do alto dessa tribuna, além de reconhecerem que, em muitos casos, são
todos os representantes da bancada maranhense nes- justas as reclamações tanto dos Parlamentares como
ta Casa a juntaremse a nós neste momento, para bus- dos servidores.
carmos trazer para nossa terra um empreendimento Sr. Presidente, solicitei a audiência em questão
que certamente representará um significativo impulso para dar aos servidores públicos a oportunidade, por
para nosso desenvolvimento e garantirá a melhoria da intermédio dos seus sindicatos, e ao lado dos Parla-
qualidade de vida de nosso tão sofrido povo. mentares dos seus respectivos Estados, de apresen-
41108 S..:xla-fcira]1 DIÁRIO DA CÁMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2001
tarem diretamente aos Ministérios do Planejamento e Informa-se que, na semana passada, a balança
da Fazenda suas reivindicações, em campo neutro, já comercial brasileira manteve a trajetória de recupera-
que a presente audiência foi realizada na Câmara dos ção. O superávit acumulado no ano atingiu 352 mi-
Deputados, ou seja, na "Casa do povo". Dessa forma, lhões de dólares.
as partes estavam muito à vontade para fazer suas O cenário mundial indica o que os paises ricos
avaliações a respeito do relacionamento do Ministério estão empurrando nações emergentes, como o Brasil
com os servidores públicos. e Argentina, para a recessão. Os Estados Unidos, por
Para concluir, espero realmente que os gestores exemplo, depois de quase dez anos de crescimento
dos Ministérios do Planejamento e da Fazenda tenham permanente, perdeu fôlego. No trimestre passado,
se sensibilizado com a situação de abandono em que cresceu apenas 0,7%, a menor taxa desde o primeiro
se encontram os servidores dos ex-territórios. trimestre de 1993. E isso acabou se refletindo nas
economias asiáticas.
Não tenho dúvidas de que os pleitos serão aten-
didos, pela forma cordial como se apresentaram na Qual o resultado prático disso?
audiência pública o Dr. Capela e a Ora. Gildenora, As importações são rebaixadas a níveis consi-
ocasião em que aproveito para agradecê-los pela pre- deráveis e os países emergentes, como Brasil, aca-
sença. bam ressentindo-se pela queda das exportações,
prejudicando a sua balança comercial e, por via de
Sr. Presidente, também quero aproveitar a opor-
conseqüência, o mercado interno recebe o impacto.
tunidade para registrar minha solidariedade ao em-
presário Sílvio Santos, vítima de seqüestro. A questão envolve uma gama de fatores, pois
não são apenas conjunturais. Dizem até que falta cul-
Muito obrigado.
tura exportadora, que resulta em soluções no mínimo
O SR. ALMIR SÁ (PPB - RR. Pronuncia o se- vagarosas.
guinte discurso.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputa- O Governo brasileiro tem feito esforços para pa-
dos, nas últimas semanas, muito se tem falado da gar a dívida social, embora muitos digam que a rota
economia do nosso País. econômica está equivocada. Entendem que os inves-
O próprio Presidente da República, ao dar pos- timentos internos deveriam ser priorizados. O Presi-
se ao Embaixador Sérgio Amaral no Ministério do De- dente Fernando Henrique Cardoso tem feito alertas
senvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, convo- para que o Brasil não mude a rota. Mas é preciso fazer
cou o País a exportar mais, sob pena de comprome- algo para defender o País e seu povo dos efeitos des-
termos o nosso desenvolvimento. "Exportar ou mor- ta recessão exportada.
rer", disse o Presidente. Sr. Presidente, solicito que seja dada a este pro-
O Presidente Fernando Henrique Cardoso, nunciamento a devida divulgação.
mesmo antes de ser Ministro das Relações Exterio- Muito obrigado.
res, depois, como Ministro da Fazenda e, agora, como O SR. NEIVA MOREIRA (Bloco/PDT - MA. Pro-
primeiro mandatário da Nação, sabe as razões pelas nuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Sras. e
quais emitiu essa sentença. A frase foi por muitos criti- Srs. Deputados, temos a exata dimensão da crise ins- .
cada e até considerada um apelo inútil, senão dramá- titucional que assola o País. A imposição de modelo
tico. que sacrifica toda a sociedade, transferindo renda
Assistimos, nas últimas semanas, a algo verda- dos menos aquinhoados aos mais favorecidos pelo
deiramente espantoso, senão preocupante. É inevitá- perverso mecanismo dos juros extorsivos, da desna-
vel fazer comparações. Se não, vejamos: Hong Kong cionalização da indústria nacional, da desenfreada
- que é menor do que o Rio de Janeiro - exporta o do- importação que elimina os postos de trabalho e lança
bro do que o Brasil. A Coréia - que é um quarto do ao desemprego parcela significativa da população
Brasil - exporta duas vezes mais do que nós. Tudo brasileira.
isso porque estes países inventaram uma dezena de O Brasil ocupa a nada honrosa terceira posição
marcas globais, ou seja, os chamados Tigres Asiáti- no ranking dos países com maior desemprego. Be-
cos inovaram, foram criativos. A expansão daqueles nefícios previdenciários são suprimidos, salários são
países foi crescente. No ano passado, atingiram 37 contidos - nunca o salário mínimo alcançou patama-
pontos percentuais no comércio mundial, enquanto a res tão baixos em nosso País.
comparação, no mesmo período, aponta o Brasil com Seguindo essa lógica, as reformas empreendi-
regressão, chegando ao ano 2000 a 0,9% negativos. das no aparelho do Estado centraram-se em dois el-
Agosto de 200 I DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sextu-feira 31 41109
xos: de um lado, a reforma patrimonial, caracterizada não-financeiras. Em 1995 essa participação era de
pela privatização de empresas estatais, ampliação do 18%, passando a 15% em 2000 e 13,5% em 2001.
espectro de serviços públicos concedidos, redução Ainda segundo estudo do DIEESE, a relação de
da participação acionária dos entes públicos; de outro despesas com pessoal, em face da receita corrente lí-
lado, a minimização de custos com pessoal consubs- quida, vem decrescendo drasticamente ao longo dos
tanciado em programas de demissão voluntária, e, últimos seis anos. Essa relação, que era de 56,21 %
basicamente, no arrocho remuneratório dos servido- em 1995, encontra-se hoje na faixa de 36,31 %, o que
res públicos, que, há cerca de seis anos, não têm demonstra brutal achatamento salarial da maioria dos
seus vencimentos reajustados. O último reajuste de servidores públicos civis da União.
22,07%, equivalente à variação do IPCr de julho a de- Torna-se evidente o posicionamento do atual
zembro de 1994, foi concedido em janeiro de 1995, Governo Federal de privilegiar o pagamento dos juros
ainda no Governo Itamar Franco. e serviços da dívida, em detrimento da estruturação e
A perda do poder aquisitivo dos servidores al- aparelhamento do Estado, para bem servir aos cida-
cança sacrificado patamar de 75,48% desde 1995. dãos, e também em detrimento da qualificação e dig-
Os tributos federais são indexados à variação da nificação dos servidores públicos.
UFIR, e as tarifas públicas de empresas concedidas Ressalte-se que de há muito vem sendo travada
foram reajustadas nos últimos seis anos em 166,64%, uma luta para que a remuneração dos servidores e o
segundo o índice de Custo de Vida -ICV do DIEESE, salário benefício dos trabalhadores alcancem os pa-
com o beneplácito do Governo Federal, sob o falacio- tamares exigidos pela realidade social e pelo texto
so argumento de não afugentar o capital estrangeiro. constitucional.
Todos os itens que compõem a cesta básica de Não assistimos inertes à desmoralização do
qualquer cidadão, segundo o ICV do DIEESE, obtive- funcionalismo e a ruptura de seus padrões mínimos
ram significativos reajustes nos últimos seis anos: re- de dignidade remuneratória.
médios (113,71%), educação (164,26%), aluguel Dentre as diversas medidas de natureza parla-
(150,26%), alimentação (33,06%), transportes mentar e judicial adotadas pelo PDT, destacamos a
(116,98%), dentre outros, o que contribui para o deli- Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão nO
neamento desse dramático quadro de penúria em 2.061, ajuizada em parceria com o Partido dos Traba-
que se encontram os servidores públicos, ativos e lhadores, que produziu histórica decisão do Supremo
aposentados. Tribunal Federal ao considerar que o Presidente da
República encontra-se em mora constitucional desde
Dados do Ministério do Planejamento e Orça-
agosto de 1999, por não ter encaminhado projeto de
mento indicam que, do total de 1 milhão e 700 mil ser-
lei prevendo reajuste geral e sem distinção de índice a
vidores públicos federais, incluindo os ativos (829 mil)
todos os servidores públicos federais, por força do in-
e os aposentados e pensionistas (871 mil), cerca de 1
ciso X do art. 37 da Constituição Federal, na forma da
milhão e 300 mil- 76% do total - não receberam ne-
redação conferida pela Emenda Constitucional n° 19,
nhum centavo de reajuste nos últimos seis anos.
de 1998 - emenda da reforma administrativa.
Em contrapartida, segundo os dados do
Essa ação, que objetivou resgatar direito consti-
DIEESE, os cargos em comissão tiveram aumentos tucional e inalienável de todos os servidores públicos
que variaram de 149% a 204%, bem como algumas
federais, constitui-se em mais uma das inúmeras vitó-
carreiras específicas tiveram reajuste diferenciado
rias obtidas pelos partidos de oposição, a despeito de
que, em certos casos, chega ao patamar de 100%.
todas as restrições existentes, contra um modelo eco-
São reestruturadas carreiras específicas ou con- nômico que sufoca a produção, gera o desemprego,
cedidas gratificações diferenciadas que beneficiam arrocha os vencimentos dos servidores públicos e en-
parcela qualificada, porém reduzida de servidores. divida o País.
A análise do Orçamento da União permite, ain- No entanto, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parla-
da, segundo detalhado estudo do DIEESE, a consta- mentares, numa atitude de desrespeito à decisão da
tação que, se de um lado a participação dos juros, en- Suprema Corte do País, o Governo anuncia reajuste
cargos e amortização da dívida tem crescido, numa linear de 3,5% aos servidores civis, a ser encaminha-
perspectiva histórica de 1995 a 2001 , em relação às do em projeto de lei juntamente com a proposta orça-
despesas não-financeiras, observa-se comportamen- mentária para 2002.
to diverso com relação às despesas com pessoal e Em face de uma perda do poder de compra da
encargos sociais em face das chamadas despesas remuneração que se situa em 75,24%, o Governo
41110 Sexta-feira 31 DIÁRlO DA CÂMAI{A DOS DEPUTADOS Agusto de 200 I
acena com reajuste de 3,5%1 Trata-se de um desafio is, sem que houvesse licitação, para realização de
ao cumprimento da decisão judicial que considerou obras e serviços para a Prefeitura.
inconstitucional a mora do Presidente da República. A irmã, o cunhado e o sobrinho da Secretária
Tentaremos combater essa nova injustiça. Luta- Municipal de Saúde são funcionários contratados da
remos, no Parlamento, pela concessão de reajuste Prefeitura. O Prefeito Antônio Imbassahy, depois de
digno aos servidores públicos. De outro lado, recorre- feitas muitas denúncias, exonerou a irmã da Secretá-
remos ao Supremo Tribuna Federal contra essa dissi- ria; o cunhado e o sobrinho continuam no emprego.
mulação que contraria sua decisão soberana de con- A Secretária Municipal foi à Câmara dizer que
ceder, desde 1999, revisão geral da remuneração dos estava tudo certo; o Prefeito exonerou seus assesso-
servidores. res.
Nossa proposta é e continuará sendo em defesa Terceiro: o filho da gerente do Centro de Zoono-
da justiça e da dignidade daqueles que, por vocação, ses e sobrinho da Secretária Municipal de Saúde é
emprestam sua força de trabalho ao Estado, em bus- sócio da sobrinha do Prefeito da cidade de Salvador
ca do bem comum. na empresa Hype Tecnologia em Informática Ltda.,
O SR. NELSON PELLEGRINO (PT - BA. Sem prestadora de serviço na Secretaria Municipal de Sa-
revisão do orador.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. De- úde, com sede em Dias D'Ávila e filial em Salvador.
putados, primeiramente, ao agradecer ao Deputado Todos esses contratos foram feitos com dispensa de
Orlando Fantazzini a gentileza de permutar comigo o licitação.
horário de inscrição, registro nossa solidariedade ao Quarto: a Secretária realizou dois contratos com
empresário Sílvio Santos, que, neste momento, é víti- a empresa Warner Distribuidora de Medicamentos,
ma de seqüestro. sem licitação, um no valor de 691 mil, 268 reais, e ou-
Mas, Sr. Presidente, lamento que, mais uma tro no valor de 318 mil, 407 reais. Esses dois contra-
vez, tenha de vir à tribuna desta Casa para denunciar tos, juntos, somam mais de 1 milhão de reais. A Se-
desmandos administrativos da Secretária Municipal cretária comprou os medicamentos sem licitação, ale-
de Saúde do Município de Salvador, Aldely Rocha, gando emergência, quando outras empresas do ramo
cuja Secretaria está envolvida até o pescoço em de- poderiam fornecer os produtos a preços bem meno-
núncias de corrupção. O Prefeito Antônio Imbassahy res.
tem sido conivente com essa situação. Apenas quan- Quinto: a Secretária firmou um contrato de mais
do os argumentos são irrefutáveis, exonera assesso- de 1 milhão de reais com a Fundação José Silveira,
res da Secretária. Embora a Secretária Municipal de uma pequena fundação, para fornecimento de banhe-
Saúde tenha ido à Câmara Municipal dizer que tudo o iros e outros equipamentos tubulares utilizados du-
que fez e faz é legal, o Prefeito continua exonerando rante o carnaval, embora houvesse outras empresas
apenas seus assessores. Se a Secretária vai à Câma- especializadas no setor. A Fundação José Silveira,
ra Municipal dizer que está tudo certo e o Prefeito que atua na área de pesquisa científica, não tem es-
exonera seus assessores, quem está errado? Cabe trutura. Está claro, portanto, que ela acabou servindo
ao Prefeito ou à Secretária dizer. de biombo. Sendo uma fundação respeitável, o con-
Passo a relacionar algumas irregularidades hoje trato foi firmado, porém com dispensa de licitação; os
existentes na Secretaria Municipal de Saúde de Sal- serviços foram terceirizados a empresas que certa-
vador. mente fazem parte do esquema da Secretária Munici-
Primeiro: a Secretária Aldely Rocha autorizou a pal de Saúde.
contratação da Stratus Comércio de Produtos de Lim- É inaceitável que apesar de comprovado o ne-
peza e Serviços Ltda., cujo motorista é dono da em- potismo e outras irregularidades que envolvem a Se-
presa e seu testa-de-ferro. A Secretária não soube cretaria Municipal de Saúde de Salvador, praticadas
justificar. pela Secretária Aldely Rocha e seus assessores, o
Segundo: a empresa Ártico Instalações Térmi- Prefeito Antônio José Imbassahy da Silva ainda a
cas Ltda. firmou contrato com a Prefeitura Municipal mantenha no cargo, embora venha exonerando os
de Salvador, por intermédio do Liceu de Artes e Ofíci- assessores que estejam envolvidos em irregularida-
os, sem que houvesse licitação. Quem são os proprie- des. Denunciei, na época da campanha, fato que le-
tários dessa empresa? O filho da Secretária Munici- vou à exoneração de seu chefe de almoxarifado. Mas
pal de Saúde e o irmão do Diretor do Liceu de Artes e o cargo já foi preenchido: hoje é chefe de almoxarifa-
Ofícios. Está clara a conexão. Ambos montaram a em- do a esposa do dono da Warner, empresa que forne-
presa que firmou contrato de mais de 1 milhão de rea- ceu medicamentos à Secretaria Municipal de Saúde.
Agosto de 2001 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexla-lCira 31 41111
~s irre~u~aridades continu~m ~ gra~sar na Se- saúde e atendimento à criança, por exemplo, premia-
cretana MunIcIpal, mas o Prefeito e cOnivente com dos por organismos internacionais e nacionais.
essa situação" pois ~antém no cargo a ~ecretária Transparência e forte vínculo com seu povo são
~Idely_ Rocha. E precls? colocar ur:n p~nto final nessa marcas indeléveis da administração do Prefeito Octá-
sltuaça~, nessa I~orahdad~ ~ue, infelizmente, acon- vio Carneiro, que define obras e metas ouvindo críti-
tece hOJe na Prefeitura Municipal de Salvador. cas e sugestões das pessoas simples, em suas ca-
sas, em seus bairros, com um projeto de gabinete iti-
Durante o discurso do Sr. Nelson Pel- nerante denominado "O Governo é Você".
legrino, o Sr. Themístocles Sampaio, § 2°
As reuniões mensais do projeto "O Governo é
do art. 18 do Regimento Interno, deixa a ca-
deira da presidência, que é ocupada pelo Você" contam com a presença do Prefeito Octávio
Carneiro e de todos os seus secretários, e são reali-
Sr. Marçal Filho, § 2° do art. 18 do Regi-
zadas, a cada vez, em comunidades diferentes do
mento Interno.
Município, sendo a última a recebê-lo a de Santa Rita,
O 5R. PRESIDENTE (Marçal Filho) - Tem a pa- também com a participação de moradores das locali-
lavra o Deputado Paulo Feijó. dades de Morrinhos e Santa Francisca.
O SR. PAULO FEIJÓ (PSDB - RJ. Pronuncia o As reuniões traduzem o esforço do Prefeito
seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. De- Octávio Carneiro em estabelecer canais regulares de
putados, tendo sido eleito Deputado Federal por dois diálogo com o povo de Quissamã, ouvindo deste suas
mandatos consecutivos, pelo desejo dos Municípios principais demandas para apresentação de propos-
do interior fluminense, mantenho, sempre que possí- tas que possam ser absorvidas pela administração
vel, a postura de apresentar nesta distinta Casa de municipal e aplicadas dentro das limitações que pos-
leis assuntos afetos aos interesses do norte, noroeste sam existir na órbita das legislações em vigor.
e centro-norte do Estado do Rio de Janeiro. A gestão do Prefeito Octávio Carneiro, em seu
Esta minha caminhada, como Parlamentar de terceiro mandato, é responsável pela percepção des-
perfil basicamente distrital, regional, permite-me um tes anseios populares da comunidade quissamaense,
contato direto com diferentes Municípios, e desejo, e desta, por sua vez, encontra total respaldo na exe-
neste momento, tecer alguns comentários a respeito cução de seus programas públicos.
da excepcional administração que vem sendo execu- Como Deputado Federal, mantenho o compro-
tada na cidade de Ouissamã, norte fluminense, por metimento regional de servir os Municípios do norte,
seu Prefeito Octávio Carneiro. noroeste e centro-norte fluminense com o intuito de fi-
Refiro-me a Ouissamã com incomparável consi- xar, neste egrégio Parlamento, um canal para exposi-
deração, por respeito ao seu povo e aos seus repre- ção das principais mazelas, das maiores necessida-
sentantes políticos, aos seus homens públicos, que des do povo aguerrido e trabalhador do interior do
têm construído, passo a passo, um Município com Estado do Rio de Janeiro.
melhor qualidade de vida para os seus, explorando Em face deste compromisso, Sr. Presidente,
seu potencial econômico de maior relevo, a agricultu- não me furto de fazer menção a diferentes administra-
ra e o turismo, com as suas atividades decorrentes. ções públicas do interior do Estado do Rio de Janeiro,
Tem sido o Prefeito Octávio Carneiro um incan- que tanto contribuem com o desenvolvimento de seus
sável administrador a serviço de sua gente, desenvol- Municípios, a exemplo do que é feito pelo Prefeito
vendo, com preocupação permanente, programas Octávio Carneiro, em Ouissamã.
que, ao longo dos últimos anos, têm provocado a am- Gostaria de encerrar este pronunciamento reite-
pliação dos equipamentos públicos de suporte nas rando o meu respeito pela administração do Prefeito
áreas de infra-estrutura, saneamento, saúde, entre Octávio Carneiro, meu companheiro de partido e meu
tantas outras a receberem maciços investimentos da aliado na luta conjunta que desenvolvemos pela indu-
administração municipal. ção do desenvolvimento do norte fluminense, em que
Apesar do perfil de Município de pequeno porte, Ouissamã, em conjunto com outros Municípios, exer-
as idéias tocadas pela administração do Prefeito ce papel de elevada importância.
Octávio Carneiro e dos capazes colaboradores de Era o que tinha a dizer.
seu 5taf1 alcançam a dimensão da grandeza que se O 5R. FLÁVIO ARN5 (PSDB - PR. Sem revisão
deve, respeitosamente, a toda a população de Ouis- do orador.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados,
samã. São dezenas de projetos, alguns na área de tenho acompanhado atentamente, com a responsabi-
41 112 SlJxl<J-J'lJira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2001
Iidade da minha representação popular e como mem· rão, mas fazemos tudo para que vivam em guetos,
bro da Comissão de Direitos Humanos desta Casa, a sem fiscalizar a maneira como é imposta à maioria
questão da segurança pública no Brasil, em particu- absoluta deles a propalada disciplina hierárquica.
lar, no meu Estado, o Paraná. Desta maneira, o que se vem processando é a
Questiono o porquê de tantos movimentos por gradativa civilidade das polícias militares do Brasil
salários e condições de trabalho afetando as áreas para que, ao longo de um processo histórico próprio,
presidiais, penitenciárias, da Polícia Civil, mais preo· mesmo adotando a estrutura militar como forma orga-
cupante ainda, da Polícia Militar. nizacional, se aproximem cada vez mais da urbanida-
Entretanto, vencida a perplexidade, é indispen- de civilista, embora contendo pequenos segmentos
sável que se comece a trabalhar efetivamente nessa especiais de elite militarizados, utilizados para com-
área da segurança pública e que tenhamos real con- bate a assaltos a cidadelas e controle de tumultos e
tribuição para dar, como caixa de ressonância que so- distúrbios civis.
mos das preocupações da Nação brasileira. Entretanto, contrariamente, dentre as propostas
Não posso deixar de constatar que as polícias dos Governadores reunidos pelo Exmo. Sr. Fernando
militares do Brasil constituem o derradeiro segmento Henrique Cardoso, assístimos à apresentação de
social a receber os influxos das verdadeiras liberda- propostas militaristas puras, das quais várias se en-
des democráticas conquistadas por todos os demais. caminham para militarização das polícias civis, ao in-
Realmente, importantes avanços aconteceram vés de conceder e regulamentar o direito de sindicali-
nos mais diversos setores do tecido social pátrio, pré zação e greve para os policiais militares.
e pós-Constituição de 1988, que vão desde assuntos Ora, Srs. Deputados, os encapuzados, os mo-
ligados à terra, passando pelo Ministério Público e tins, a desobediência são fruto da repressão, do atra-
mesmo o Judiciário, mas só agora chegando ao apa- so do gueto em que a sociedade brasileira vem man-
relho estatal encarregado de fazer cumprir as leis, tendo as instituições, a quem se atribuiu a nobre mis-
seja pela apuração dos delitos ou pela manutenção são de cuidar da ordem e segurança públicas dos
da ordem e segurança públicas. Como tal, e em res- Estados-membros do Brasil.
peito à própria natureza das suas funções públicas, Aproveito a oportunidade, Sr. Presidente, para
não podem ser eles, por si mesmos, condutores dos prestar também minha solidariedade ao empresário
processos democráticos liberalizantes, sob pena de Sílvio Santos neste momento difícil.
se tornarem inúteis ao sistema a que servem. Era o que linha a dizer.
Assim, somente agora chamam a atenção para A SRA. VANESSA GRAZZIOTIN (Blo-
si, no momento em que exercitam o sagrado dever de co/PCdoB - AM. Sem revisão da oradora.) - Sr. Presi-
todos os estamentos sociais, que é o de praticar a au- dente, Sras. e Srs. Deputados, ontem, a CPI destina-
todefesa dos seus interesses. da à investigação da ocupação ilegal de terras públi-
Verdadeiramente, não é imaginável que ainda cas na Amazônia, conhecida como CPI da Grilagem,
exista no Brasil grupo social que não tenha regula- depois de um ano e meio de trabalho, conseguiu votar
mentado o número de horas semanais trabalhadas, o e aprovar o relatório final, que, penso, tem importân-
que tem permitido que os Governos estaduais e a cia significativa não só para a região amazônica, mas
própria hierarquia das corporações imponham condi- para todo o Brasil.
ções desumanas de trabalho, sem considerar a ne- Como em toda CPI, enfrentamos na CPI da Gri-
cessidade que todo profissional tem de cuidar da ati- lagem problemas sérios de ordem política. Ainda on-
vidade, é claro, mas, também, da sua família, do lazer, tem, pela manhã, tivemos a ameaça da
da cultura, da saúde física e mental, enfim, da sobre- não-aprovação do relatório - trabalhado pelo Relator
vivência digna a que faz justiça. e mais cinco Sub-Relatores - ou a de vê-lo derrotado
Temos sido pródigos em impedi-los de ter um e substituído por outro, que certamente não retrataria
segundo emprego (o bico), mas não lhes provemos o conjunto das investigações realizadas, repito, du-
condições para ter um salário digno. Igualmente, para rante um ano e meio.
impedi-los de se sindicalizarem e fazerem greve, mas Conversamos com todos os Deputados daquela
sem criar mecanismos que lhes permitam a defesa CPI e conseguimos manter o importante conteúdo do
dos direitos como pessoa humana. relatório. Estado por Estado, trabalhamos em alguns
Ternos sido generosos com o Estado, mas pa- dos casos mais gritantes, mais importantes, e que vi-
drastos com o cidadão policial militar, de quem quere- nham dificultando, sem dúvida alguma, a situação
mos respeito e garantias de que não se insubordina- fundiária.
Agosto li.: 200 I DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS S.:xta-leira31 41113
Para que todos tenham idéia, a partir da instala- deste ano, durante o recesso parlamentar, na Polícia
ção da CPI da Grilagem, o Tribunal de Justiça do Federal do Distrito Federal.
Estado do Amazonas mudou de forma radical sua Nesse depoimento, o Senador afirma categori-
postura. O Tribunal, que até então se omitia em rela- camente que todos os processos de desapropriação
ção à questão fundiária, e, quando agia, o fazia incor- chegavam prontos, formatados, e que S.Exa. apenas
retamente, passou a fazer correções em vários Muni- dava a decisão final. Mentira! Temos telegramas do
cípios. Ao mudar de postura, o Tribunal conseguiu, Senador Jader Barbalho, Ministro àquela época, re-
em poucos meses, cancelar registros de terras, che- querendo para si processos que não estavam pron-
gando a um total de aproximadamente 37 milhões de tos, que não estavam formatados. O Senador Jader
hectares até o final da CPI. Essas terras eram regis- Barbalho pedia os processos, atropelava o curso nor-
tradas em cartório, em nome de particulares, quando, mal dos mesmos, aumentava em mais de 1.000% o
na realidade, pertenciam à União, Sr. Presidente. valor das terras e, dessa forma, as desapropriava.
Apesar de termos mantido íntegro o relatório, Grande parte dessas áreas, desapropriadas amiga-
com todas as investigações realizadas, não consegui- velmente pelo ex-Ministro, com valores superfatura-
mos, no final, manter na totalidade as propostas de in- dos, não servem para absolutamente nada em rela-
diciamentos de pessoas envolvidas no processo da ção à reforma agrária.
grilagem; pessoas que, direta ou indiretamente, foram Sr. Presidente, semana que vem, em que pese a
responsáveis por danos e prejuízos causados à retirada do indiciamento do Senador e de outras pesso-
União na região amazônica. Infelizmente, na votação as, vamos encaminhar todas as ilegalidades por eles
relativa aos indiciados, os Deputados, na sua maioria, cometidas ao Ministério Público e à Comissão de Ética
pautaram-se não pela imparcialidade, não pelo espíri- do Senado Federal, além de outros órgãos.
to de decididamente fazer justiça, mas pela parciali-
Muito obrigada.
dade; quer dizer, movidos por dois pesos e duas me-
didas. O SR. ÁTILA LINS (Bloco/PFL - AM. Sem revi-
são do orador.) - Sr. Presidente, apenas fazer um bre-
Cartorários do Pará e do Amazonas e pessoas
ve registro.
envolvidas em grilagem, que não detêm poder econô-
mico e político, foram mantidos na listados indiciados. Quero destacar a solenidade realizada em Ma-
Enquanto isso, empresários e pessoas que detêm po- naus, onde a empresa Manaus Energia assinou con-
der econômico e político foram todos retirados da re- trato, na presença do Governador Amazonino Men-
lação dos indiciados. des, para a construção de Linhão subaquático que vai
ligar Manaus a Manacapuru, com investimentos em
Do Estado do Amazonas, por meio de um desta-
torno de 25 milhões de reais.
que de votação em separado, foram retirados os no-
mes de um desembargador, de cinco juízes e de dois O SR. ROBÉRIO ARAÚJO (Bloco/PL - RR.
empresários envolvidos. Um deles, Mustaf Said, en- Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente,
volvido nos casos mais graves analisados pela CPI, Sras. e Srs. Deputados, como acontece em todo final
vem sendo processado na Justiça Federal daquele de semestre, os jornais abriram manchetes mostran-
Estado. O Ministério Público, nas suas alegações fi- do os monstruosos lucros que todos os bancos brasi-
nais, já se pronunciou pela condenação desse cida- leiros tiveram, alguns com quantias realmente astro-
dão. A CPI foi mais além, ao detectar outras irregulari- nômicas.
dades cometidas por esse cidadão. Mesmo assim, Até aí, nada demais. O grande problema é que a
ele, que já foi Prefeito de um Município do interior e sociedade brasileira e mais precisamente os clientes
pertence a um partido político, teve seu nome retirado dessas instituições bancárias não sabem para onde
da relação dos indiciados. vai todo esse dinheiro, transformado em milhões de
E o pior: do Estado do Pará, o nome do Senador reais.
Jader Barbalho também foi retirado da lista dos indici- Esses lucros, como bem atestam os economis-
ados. A CPI provou que o Senador foi responsável, e tas - nem é preciso ser profissional da área econômi-
continua sendo, à época em que esteve à frente da ca, todos sabem -, são provenientes dos altos juros
Pasta da Reforma Agrária, pelos maiores arbítrios re- cobrados, com a conivência do Governo Federal.
alizados e praticados naquele Ministério. Provamos, Além do mais, são taxas e mais taxas debitadas nas
com dados antigos e novos, que o Senador continua a contas bancárias que os usuários não sabem como
mentir por aí afora. Temos aqui o depoimento presta- surgem e que só servem para engrossar cada vez
do pelo Senador Jader Barbalho, no dia 10 de julho mais os lucros dos bancos.
41 114 Sexlil-Icira:1 I DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 200 I
Apesar de todo o dinheiro que arrecada, o que Quero deixar registrada minha total solidarieda-
se vê é o atendimento bancário cada vez pior. O clien- de ao Sr. Sílvio Santos, que tem prestado relevantes
te não é respeitado e tem que ficar horas na fila, per- serviços à sociedade brasileira.
dendo seu precioso tempo. Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, são no-
Mas o que surge como mais grave é a questão tórias em nosso País as carências no campo da saú-
salarial dos funcionários dos bancos. Muito pior do de pública. Educação e saúde constituem, na verda-
que isso são as injustiças praticadas por algumas ins- de, o binômio que configura o real progresso de uma
tituições bancárias, como o BRADESCO. sociedade. O Brasil, reconhecidamente considerado
Ontem, o Secretário-Geral do Sindicato dos Nação em desenvolvimento, alcançou notáveis avan-
Bancários de Roraima, Wilson Pedro Rabelo, denun- ços em alguns setores, mas com gritantes desigual-
ciou, em Boa Vista, que o BRADESCO vem demitindo dades sociais, pois carece de mudanças profundas
naquele Estado, desde 1996, todas as mulheres com nas políticas de educação e de saúde, para que o
filhos. Quando retornam da licença maternidade, elas povo brasileiro possa incluir-se entre os que desfru-
recebem o aviso de demissão. tam de bons padrões de qualidade de vida.
Essa decisão do BRADESCO merece todo nos- Hoje vou falar especificamente da saúde pública.
so repúdio. Por isso, apoiamos a atitude tomada on- Em Recife está em curso obra de grande signifi-
tem pelos bancários de Boa Vista, que chegaram a fa- cação para a população de Pernambuco, que é o
zer uma manifestação em protesto ao que aquele Pronto Socorro Cardiológico de Pernambuco (o
banco vem fazendo, ao deixar pessoas honestas e PROCAPE Prof. Luiz Tavares), que já se encontra na
trabalhadoras desempregadas. fase final de acabamento, com grande parte dos equi-
Concluindo, também quero registrar a presença pamentos já adquiridos e em processo de licitação.
desde ontem, em Brasília, de um grupo de docentes Destinado a ser o segundo centro cardiológico
das instituições federais de ensino superior que veio do Brasil, o PROCAPE Prol. Luiz Tavares, como infor-
pedir ao Ministro da Educação, Paulo Renato Souza, mou o diretor do Hospital Universitário Oswaldo Cruz,
que abra um canal de negociações para que suas rei- Prot. Enio Lustosa Cantarelli, uma das pessoas mais
vindicações sejam atendidas. distintas de Pernambuco, pela sua obsessão, pela
Dentre os pleitos dos professores das universida- sua maneira de conduzir os destinos desse grande
des públicas que estão em greve desde o dia 22 do cor- hospital, ainda precisa de recursos para conclusão e
rente estão a realização de concurso público, reposição aquisição de equipamentos. Está prevista sua inau-
das perdas salariais, com índice de reposição de guração parcial para dezembro deste ano.
75,48%, incorporação das gratificações, manutenção Trata-se de obra fundamental para o progresso
dos direitos de aposentadoria, defesa da previdência da medicina em Pernambuco. Constitui um centro de
social pública e defesa dos direitos sindicais. excelência, composto de hospital e centro de estudos
Todos esses pleitos são justos e têm nossa e pesquisas. Aparelhos para a realização de exames
aprovação. como tomografia, ressonância magnética, medicina
Muito obrigado. nuclear e outros de menor porte ainda não foram ad-
O SR. SEVERINO CAVALCANTI (PPB - PE. quiridos por falta de disponibilidade financeira.
Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Por essa razão, há grande expectativa, no meu
Deputados, antes de iniciar o pronunciamento que me Estado, em torno da posição a ser tomada pela ban-
traz a esta tribuna, desejo hipotecar irrestrita solidari- cada pernambucana no Congresso Nacional durante
edade ao grande empresário Sílvio Santos, que está a votação do Orçamento da União.
sendo vítima do descaso do Poder Público. É fundamental, para a conclusão da importante
Não podemos concordar nem ficar indiferentes, obra do Recife - o Pronto Socorro Cardiológico de
porque poderemos ser as próximas vítimas. Vemos Pernambuco - a aprovação da emenda de bancada
um homem com tantas atividades, com tanto aparato, ao Orçamento de 2002 no valor de 12 milhões de rea-
ser vencido por um tresloucado, que ameaça sua pró- is. Com tais recursos, estará assegurada a realização
pria existência após já ter seqüestrado sua filha. de tão expressiva conquista para a medicina de Per-
É necessário que o Governo torne providências nambuco e do Nordeste.
enérgicas e procure amparar a sociedade. A socieda- Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, para que
de não pode ficar à mercê de criminosos e assassi- se possa avaliar o que o PROCAPE representará para a
nos, como está acontecendo atualmente. nossa região, transm~o alguns dados esclarecedores.
Agosto de 200[ DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-Ieíra 31 41115
Sua estrutura compreenderá dois edifícios de Instituto de Ciências Biológicas e Faculdade de Enfer-
quatro e sete pavimentos interligados, incluindo gara- magem Nossa Senhora das Graças.
gem para 190 veículos. O PROCAPE contará com Há previsão de atendimento a mil pacientes por
205 leitos, emergência cardiológica com vinte boxes, dia.
unidade coronária, unidade de cuidados intermediári- Eram estas, Sr. Presidente, as informações bá-
os, UTls pós-operatórias e quatro andares de enfer- sicas que desejava trazer à Câmara dos Deputados
marias, com 140 leitos. sobre uma obra que engrandece a medicina de Per-
Terá ainda duas salas de hemodinâmica, medi- nambuco e do Nordeste.
cina nuclear, ressonância magnética, tomógrafo, áre- Na votação da emenda citada, os Srs. Parla-
as para realização de todos os exames complementa- mentares saberão, estou certo, apoiar a decisão da
res em cardiologia, laboratório de análises clínicas, bancada pernambucana. O PROCAPE engrandece-
ginásio de fisioterapia, centro cirúrgico com quatro rá, também, o acervo de conquistas da medicina car-
salas, centro de cirurgia experimental, centro de estu- diológica de todo o Brasil, ampliando consideravel-
dos com auditório para duzentas pessoas, cinco salas mente as áreas de assistência social, de aprimora-
de aula, biblioteca, restaurante, lanchonete e centro mento do ensino médico e de enfermagem, enfim,
administrativo. fortalecendo um setor em que ainda há tanta carên-
O PROCAPE é um empreendimento nascido na cia, tanta demanda e tanta necessidade.
Universidade de Pernambuco, através do Hospital O PROCAPE é um gesto vigoroso que nasce na
Universitário Oswaldo Cruz (HUOC), em terreno doa- cidade do Recife e tende a transformar-se em iniciati-
do pela Prefeitura da Cidade do Recife nas gestões va paradigmática, em modelo para todo o País, a indi-
de Jarbas Vasconcelos e Roberto Magalhães. Conta car a preocupação dos nossos médicos, dos nossos
com recursos do Ministério da Saúde, através das governantes, da nossa sociedade com uma realidade
emendas ao Orçamento, além da contrapartida do que não pode mais ser ignorada ou dissimulada, tal a
Governo do Estado de Pernambuco. sua gravidade.
Sr. Presidente, trago, aqui, depoimento para que Cuidar da saúde é proteger a vida, o bem maior
fique registrado nos Anais desta Casa. Reporto-me que Deus nos deu.
ao entusiasmo e à determinação com que o Prol. Enio O SR. ORLANDO FANTAZZINI (PT - SP. Sem
Lustosa Cantarelli, diretor do HUOC, cuida da concre- revisão do orador.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. De-
tização do projeto, um sonho que se transforma em putados, a Constituição Federal considera a criança e
realidade. o adolescente prioridade absoluta. Percebemos, en-
Ele não esconde o sorriso quando aponta o que tretanto, que a nossa Carta Magna merece reparo,
já foi feito e se emociona quando prevê, em breve, o fi- porque, na prática, a prioridade absoluta do Governo
nal da construção e o início do funcionamento do tem sido o atendimento aos desígnios do Fundo Mo-
PROCAPE. É movido por um sentimento de justiça e netário Internacional.
de reconhecimento, pelo que presto singela homena- Digo isso porque, quando analisamos os recursos
gem ao Prol. Enio Cantarelli. Mas quero declarar que destinados ao suprimento das necessidades da criança
o maior reconhecimento ao trabalho de S.Sa. é asse- e do adolescente no Orçamento da União, observamos
gurar a aprovação da emenda de 12 milhões de reais, que, se verdadeira fosse essa premissa, os investimen-
para que o PROCAPE seja concluído e comece a fun- tos no setor seriam bem maiores. No Brasil, são cons-
cionar plenamente. tantes as denúncias de abuso sexual envolvendo crian-
Como já afirmamos, o referido pronto-socorro ças e adolescentes e de prostituição infantil.
compreenderá estrutura física de 16 mil metros qua- Retornei esta semana de Campina Grande,
drados de construção, o que corresponde a um hospi- onde estive em missão oficial da Comissão de Direi-
tal de porte significativo. tos Humanos para apurar in loco o aliciamento de
Cabe também ressaltar que o empreendimento, adolescentes para a prostituição infantil. Depois de
segundo o Prof. Cantarelli, deverá, oportunamente, ser denunciaram os aliciadores, essas adolescentes vêm
transformado em fundação, vinculada à Universidade sofrendo ameaças de morte.
de Pernambuco. Dessa forma, suas atividades extrava- Lamentavelmente, não são tomadas, por parte
sarão o caráter assistencial, devendo o PROCAPE as- dos Poderes constituídos, medidas para que cessem
sumir relevante função educacional como campo de en- essas ameaças. E sabemos o porquê. No longo diálo-
sino e pesquisas da Faculdade de Ciências Médicas, go que mantivemos, várias dessas adolescentes nos
41 II (i S.:xla-Icira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEl'LJTADOS Agusto de 200 I
declararam que a classe política está envolvida nessa Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente.
prática, assim corno policiais e grandes empresários. O SR. ANTONIO FEIJÃO (PSDB - AP. Sem re-
Dias após o Ministério Público tomar incisiva ati- visão do orador.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Depu-
tude no sentido de conseguir a decretação da prisão tados, no último dia 27 foi protocolada, no Superior
preventiva de uma aliciadora, seis advogados compa- Tribunal de Justiça, ação popular contra cinco De-
receram à delegacia onde ela estava presa oferecen- sembargadores do Tribunal de Justiça do Estado do
do seus serviços. Segundo o Ministério Público nos Amapá.
informou, a aliciadora, pessoa de poucos recursos, Se referida ação tivesse como titular um cida-
não tinha como contratar seis advogados. Mais al- dão do meu Estado, um Parlamentar do meu Estado,
guns dias se passaram, e o que se observou foi justa- não nos causaria estranheza. Acontece que o Secre-
mente o relaxamento da prisão dessa senhora. tário de Saúde da Prefeitura Municipal de São Paulo,
Consta do processo fita em que as meninas gra- o nobre colega Arlindo Chinaglia, foi quem ingressou
varam as denúncias, mas a Polícia científica diz não com essa ação. Ele pede que sejam afastados dos
poder fazer a degravação porque a ela faltam grava- cargos cinco dos sete Desembargadores do Tribunal
dor e fitas K-7. de Justiça do Estado do Amapá, entre eles o nosso
Trata-se de rede de aliciadores que tem o res- digníssimo Dr. Carmo Antônio, Presidente daquele
paldo e a conivência dos Poderes constituídos, o que egrégio Tribunal.
impossibilita que os aliciadores sejam presos e que O Dr. Carmo Antônio entrou na magistratura por
esse tipo de violência cesse em nosso País. concurso público, em que obteve o primeiro lugar na
Mais lamentável é o aspecto cultural. Grande classificação; fez concurso nacional para o Ministério
parcela da sociedade vê com a maior naturalidade e Público e classificou-se entre os primeiros colocados;
considera muito normal o fato de que meninas quei- fez concurso para o cargo de Assessor Legislativo
ram se prostituir - meninas de 11, 12, 13 anos. desta Casa e foi muito bem classificado; exerceu to-
Ontem, em audiência pública realizada a pedido das as prerrogativas de juiz e cumpriu todos os
do Deputado Regis Cavalcante, aqui presente, discu- pré-requisitos para ser nomeado Desembargador.
tíamos o tráfico de crianças e de adolescentes para Sr. Presidente, estranha-me que um Secretário
exploração sexual. Protestamos veementemente jun- da maior cidade da América Latina, da atribulada
to ao Ministério da Justiça, que tem permitido a exibi- Pasta da Saúde, saia de seus cuidados para imiscu-
ção da minissérie "Presença de Anita", um estímulo ir-se em assunto de outro Estado, embora pareça não
para que adolescentes enveredem no campo da pros- ter tido tempo de denunciar o escândalo do lixo da
tituição. O Ministério da Justiça, aliás, não tem progra- Prefeitura de São Paulo, objeto de uma Comissão
mas para garantir a assistência do Governo às ado- Parlamentar de Inquérito.
lescentes que queiram deixar essa vida ou que não O que pretende o Deputado Arlindo Chinaglia
queiram ser aliciadas para a prostituição. ao agredir um Tribunal de Justiça laureado pelo Go-
Para que duas das adolescentes que ouvimos verno da Alemanha, que tem o reconhecimento de
em Campina Grande não continuem a correr risco de todo o País, que implantou no Estado a Justiça Itine-
vida, a Comissão de Direitos Humanos da Câmara rante? Aquela corte judiciária é também laureada
dos Deputados teve de interceder solicitando ao Mi- pela implantação do Projeto Pirralho, que busca res-
nistério Público sua inclusão no Programa de Prote- gatar crianças que trabalham quando deveriam estar
ção à Testemunha - esperamos obter êxito. Aqueles na escola.
que querem contribuir para o fim do aliciamento de O Deputado Arlindo Chinaglia presta grande
crianças e adolescentes, em vez de serem protegi- desserviço ao seu Município, porque recebe dinheiro
dos, estão sendo expostos publicamente e deixados dos munícipes para dedicar seu tempo às ações per-
como presas fáceis para os que querem enriquecer tinentes à Saúde e não para, como jurista, tentar de-
por meio da exploração sexual. sestabilizar as relações institucionais do Judiciário,
Não vemos nenhuma ação nesse sentido por do Executivo e do Legislativo do Estado do Amapá.
parte da EMBRATUR, que possibilita aos hotéis do Fico muito triste em saber desse fato, porque o
País receberem essas adolescentes; não vemos Secretário Arlindo Chinaglia teve bela passagem por
igualmente ações do Itamaraty no exterior com o ob- esta Casa. Imaginem, amanhã, um vereador do Ama-
jetivo de coibir o turismo sexual. Enfim, não vemos pá pedir a instalação de uma CPI para investigar irre-
qualquer ação concreta que vise pôr fim à prostituição gularidades cometidas pela Prefeita Marta Suplicy.
infantil em nosso País. Que tipo de chacota não fariam desta tribuna os De-
Agoslo de 2001 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-lcira 31 41117
putados do PT de São Paulo? Mas o Deputado Arlin- co, mais uma vez, seja usado de forma irresponsável,
do Chinaglia criou o precedente. como quer fazer o Sr. Governador da Bahia.
Por isso, Sr. Presidente, para defender o traba- Apelo aos Srs. Vereadores de Jequié no sentido
lho digno, probo e sério de todos aqueles Desembar- de que tenham a mesma coragem dos Vereadores de
gadores, vimos, em nome do PSDB do meu Estado, Ilhéus, outra grande e importante cidade da Bahia, e
manifestar nosso apoio ao Tribunal de Justiça do derrubem o projeto do Governador César Borges, se-
Estado do Amapá e repudiar a ação do Deputado pultando de vez essa mania de querer vender o patri-
Arlindo Chinaglia. Sugiro que S.Exa. dedique seu mônio público estadual.
tempo a propor ações na Justiça para combater a cor- Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente.
rupção e os atos ilícitos da Prefeitura da qual é Secre- O SR. WELLlNGTON DIAS (PT - PI. Pronuncia o
tário de Estado. seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Depu-
O SR. ROLAND LAVIGNE (PMDB - BA. Sem tados, o assunto que nos traz a esta tribuna é a greve
revisão do orador.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. De- dos seNidores públicos, especialmente a dos professo-
putados, há dois dias assistimos a um gesto que o res e funcionários das universidades públicas federais.
Brasil repudia: o uso da Polícia Militar para reprimir Sr. Presidente, a greve das universidades públicas
manifestações pacíficas. atinge hoje 45 instituições federais, abrangendo o corpo
O fato ocorreu em Jequié, uma das grandes ci- docente e funcionários que decidiram aderir ao movi-
dades do Estado da Bahia, a mando do Sr. Governa- mento em defesa de seus direitos, pela reposição salarial
dor. Jovens manifestantes e políticos idealistas esta- e melhores condições de ensino em nosso País.
vam na Câmara Municipal daquela cidade para, com Apenas para se ter uma idéia, Srs. Parlamenta-
9 mil assinaturas populares, tentar convencer os Ve- res, durante os anos do Governo FHC, os recursos
readores a votarem contra o projeto de privatização para as universidades públicas diminuíram a cada
da empresa de saneamento público da Bahia, a ano. Em preços médios de 1999, foram gastos, em
EMBASA - Empresa Baiana de Águas e Saneamento 1995, R$6,1 bilhões; em 1996, R$5,6 bilhões; em
SA Para nossa surpresa e para surpresa da demo- 1997, R$5,3 bilhões; em 1998, R$4,8 bilhões e, final-
cracia brasileira, lá estavam os policiais militares, a mente, em 1999, houve pequeno aumento em rela-
mando do Sr. Governador, a reprimir, a espancar jo- ção ao ano anterior, R$5,5 bilhões. Esses números in-
vens e adolescentes que lá se encontravam defen- dicam que, cumulativamente, o Governo reduziu em
dendo legitimamente suas teses. R$3,2 bilhões os recursos para as universidades pú-
Repudiamos ações dessa natureza. Não é pos- blicas entre os anos de 1995 a 1999.
sível que, em plena democracia, se queira manter no Em conseqüência, a oferta de vagas públicas e
Estado da Bahia um regime de exceção, Deputado gratuitas no ensino superior corresponde a apenas cer-
Leur Lomanto. ca de 40% das matrículas. Não houve até agora preocu-
pação efetiva em expandir o número de vagas do setor
Estaremos sempre vigilantes para denunciar atos
público, de tal modo a tornar a freqüência nas universi-
dessa natureza. O Governador precisa entender que
dades privadas opção e não uma necessidade.
não é dono do povo, não é dono do Estado da Bahia, é
A greve, de acordo com a FASUBRA - Federa-
apenas um gestor temporário das ações de governo.
ção de Sindicatos de Trabalhadores das Universida-
Com profundo pesar, diversos Parlamentares des Brasileiras, possui os seguintes eixos: reposição
que fazem oposição ao Governo do Estado da Bahia salarial, autonomia com democracia, plano único de
ocuparam esta tribuna para denunciar ao Brasil o cer- carreira e salários, defesa dos hospitais universitários
ceio à liberdade de pessoas que querem se manifes- e contra a lei de regulamentação do emprego público.
tar em defesa do patrimônio público.
Como não poderia deixar de ser, a questão da re-
Não queremos, Deputado Leur Lomanto, de Je- posição salarial se mostra cruciante (os seNidores rei-
quié, que se faça com a EMBASA o que se fez com a vindicam um reajuste de 75,48%, equivalente às perdas
COELBA, vendida a preço irrisório para serem os re- ocorridas entre o período de janeiro de 1995 a dezem-
cursos aplicados em obras que hoje não mais vemos bro de 2000), pois o funcionalismo público está há sete
na Bahia. As obras estruturais não foram alcançadas. anos sem qualquer tipo de reajuste, como não se can-
A venda da EMBASA tem por objetivo, neste sam de repetir os seNidores em greve e mesmo muitos
instante, preparar o caixa do Governo do Estado para Parlamentares desta Casa, mesmo os da base de sus-
as próximas eleições para Governador. Nós, aqui tentação do Governo FHC, que reconhecem o inédito
nesta Casa, não vamos permitir que o dinheiro públi- arrocho salarial vivido pelos seNidores públicos.
411l!l Sexla-Icira 31 DIÁRiO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Aguslu de 200 I
No que se refere aos docentes, a situação não é car a execução de obras, não só da Hidrelétrica de Tu-
menos grave. Como se pode perceber pela maciça ade- curuí, mas também a questão relacionada com o
são dos docentes federais à greve, a compressão sala- poço de Urucu, no Estado do Pará, e principalmente
rial também atingiu patamares insuportáveis. É lamen- das eclusas de Tucuruí, que foi o objetivo principal do
tável que as universidades públicas estejam paradas e requerimento que fizemos para que a Comissão da
que milhares de alunos fiquem prejudicados com o pos- Amazônia e de Desenvolvimento Regional e a Câma-
sível cancelamento do semestre acadêmico, num preju- ra Federal tivessem oportunidade de verificar, in
ízo incalculável para o País e para os alunos. loco, a execução daquelas obras.
Objetivando a obtenção de superávits primários a As eclusas de Tucuruí, obra iniciada em 1981,
todo custo, o Governo FHC não poupou os servidores inacabada, ainda hoje preocupa todos nós da Região
públicos. O controle de gastos com pessoal foi funda- Centro-Oeste, do Estado do Pará, e toda a grande ba-
mentai para a obtenção de resu~ados da ordem de R$70 cia de navegação dos Rios Araguaia e Tocantins. Qu-
bilhões nos anos de 1999 e 2000 e tudo leva a crer que ando a barragem para a execução de Tucuruí foi
em 2001 o superávit primário será de R$34 bilhões. construída, num rio com 2.500 metros de largura, não
Como se vê, a prioridade deste Governo é obter se possibilitou a passagem da navegação. Essas
resultados para que sobrem recursos para o paga- obras até hoje não foram concluídas. Constatamos
mento dos juros das dívidas interna e externa. Há, que estão em ritmo lento, vivendo de promessas.
portanto, no orçamento federal, margem de manobra Sr. Presidente, ao trazer a esta Casa a real situ-
relativamente grande para que seja concedido reajus- ação das eclusas, peço a todos os Deputados, não só
te maior do que as migalhas de 3,5% que o Governo aos da minha Comissão, mas também aos de todas
pretende incluir no Orçamento de 2002. as outras, apoio para que criemos um grupo de traba-
É bem verdade que parcela signfficativa de servi- lho, a fim de acompanhar a etapa de construção de
dores públicos, aproximadamente 150 mil, já tiveram re- Tucuruí 2, uma obra distinta, que vai ser concluída em
composições remuneratórias, porém grande parte, aí in- dezembro de 2002.
cluídos a maioria dos servidores técnico-administrativos, Pelo andamento das obras e pela liberação dos
está com os salários congelados desde 1995. recursos, pudemos confirmar que essas eclusas não
É preciso lembrar também que todas as recorn- serão concluídas na mesma época em que será con-
posições salariais não foram estendidas aos servido- cluída a obra de Tucuruí 2.
res aposentados, ferindo, portanto, o disposto no § 8° Trazemos o nosso depoimento, uma vez que
do art. 40 da Constituição Federal de 1988. constatarnos, juntamente com os próprios técnicos que
Na discussão do Orçamento para 2002, esta a estão construindo, que a obra está ern ritmo lento.
Casa terá também a grande responsabilidade de, a Contamos com o apoio dos Deputados Nicias Ri-
exemplo do que foi feito com o salário mínimo, ao bus- beiro e José Priante, que se encontram presentes, e de
car no orçamento meios para elevação do piso mínimo tantos outros do Estado do Pará. Os Deputados Asdru-
brasileiro, encontrar no orçamento federal os recursos bal Bentes e Anivaldo Vale estiveram comigo nessa visi-
para melhor recomposição dos salários dos servido- ta. Com certeza a bancada do Pará, assim como as ou-
res. Este deve ser um compromisso desta Casa para tras da Comissão da Amazônia e de Desenvolvimento
com aqueles que ajudam a construir o Brasil. Regional, acompanharão essas obras.
Era o que tinha a dizer. As eclusas de que tanto se fala nada mais são
Muito obrigado. do que uma espécie de elevador hidráulico para que a
O SR. HAROLDO BEZERRA (PSOB - PA. Sem passagem da navegação se dê ao longo do Rio To-
revisão do orador.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. De- cantins, que foi barrado em 1984. Reiniciadas em
putados, nos dias 16 e 17 do corrente fizemos uma vi- 1998, as obras estão em ritmo lento.
sita aos Municípios de Tucuruí, no Estado do Pará, e Naquela região há produção de mais de cinco
Coari, no Estado do Amazonas, para acompanhar- milhões de toneladas de grãos para serem exporta-
mos a execução das obras da Hidrelétrica de Tucuruí. dos e conduzidos ao longo do rio, fazendo um passeio
Em missão especial da Comissão da Amazônia de dois mil quilômetros no rumo do Porto de Parana-
e de Desenvolvimento Regional, um Grupo de Traba- gUá, saindo pelo Mato Grosso. São dois mil quilôme-
lho composto pelos Deputados Asdrubal Bentes, do tros de descida e dois mil de volta, encarecendo o
Pará; Airton Cascavel, de Roraima, e Vanessa Graz- custo do transporte e não permitindo que o nosso
ziotin, do Amazonas, tivemos oportunidade de verifi- País tenha realmente condição de competir com o
Agosto de 20Dl DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 31 41119
mercado internacional, a preço justo, e colocar o nos- este lado da questão, acabem por levar mais e mais
so produto na Europa, na Ásia e nos Estados Unidos. desespero, sobretudo, aos pequenos produtores de
Agradeço-lhe, Sr. Presidente, a oportunidade e algodão do meu Estado, Alagoas, que tem naquela la-
conto com o apoio de todos os Deputados desta Casa voura a única tábua de salvação.
para criarmos esse grupo de trabalho. Sr. Presidente, para esta lavoura, inclusive reto-
Muito obrigado. mada naquele Estado, já que no passado tínhamos pro-
O SR. REGIS CAVALCANTE (Bloco/PPS - AL. dução significativa, os médios e pequenos agricultores
Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. recebem a semente, sobretudo agricultores familiares.
Deputados, primeiro, foi a cana. O Nordeste encon- E o que acontece? Na hora do socorro da assistência
trou nessa cultura o que parecia ser sua redenção, técnica, no âmbito dos Governos Estadual e Federal, há
mas, não obstante a dinheirama daí resultante, pro- visão ambígua desses dois setores, cada um jogando
duziu um dos mais grotescos processos de explora- culpa nos meios burocráticos, esquecendo-se de que
ção de mão-de-obra barata e farta. Depois, vieram o produtor rural, principalmente do agreste, da região de
algodão e o cacau; aquele, transformando o Nordeste Arapiraca, em Alagoas, necessita de atenção imediata.
em seu maior produtor, e este, gerando fabulosas for- O Ministério da Agricultura neste País é virtual e
tunas na região cacaueira do sul da Bahia. precisa, sim, que se apresentem propostas concretas
A cana prossegue seu caminho, mas todos enten- para que agricultores tenham apoio direto do setor gover-
dendo que a monocultura, ocupando vastas regiões em namental, principalmente na área da assistência técnica.
cada Estado, tem seus dias contados, havendo neces- Basta dessa exclusão absurda que estamos vi-
sidade de reformulação desse processo com a diversifi- vendo. É necessária a contribuição dos Governos es-
cação de lavouras. O cacau foi quase dizimado pela tadual e federal, no que se refere à agricultura do meu
vassoura-de-bruxa, mas, como resultado de uma políti- Estado.
ca permanente e pertinente, consegue ir saindo pelo Muito obrigado pela atenção.
menos da parte mais profunda daquela crise.
O algodão enfrenta problemas de várias espécies. Durante o discurso do Sr. Regis Caval-
Já nem nos referimos à carência de créditos bancári- cante, o Sr. Marçal Filho, § 2° do artigo 18
os. Impossível aceitar que os Bancos do Brasil e do do Regimento Interno, deixa a cadeira da
Nordeste continuem atuando apenas como bancos presidência, que é ocupada pelo Sr. Wilson
comerciais naquela área, deixando de lado o sentido Santos, 4° Suplente de Secretário.
desenvolvimentista que, por exemplo, tinha a Carteira
de Crédito Agrícola do Banco do Brasil. E, para cúmu- O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) - Conce-
lo dessas agruras, surge, com furor, a praga do bicu- do a palavra ao Deputado Nilson Mourão.
do, que vai dizimando imensos algodoais, levando o O SR. NILSON MOURÃO (PT - AC. Pronuncia
desespero a milhares e milhares de agricultores, fa- o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. De-
zendo com que ainda sejam maiores a pobreza e a putados, um dos graves problemas no Brasil para a
exclusão naquela área tão sofrida. realização da reforma agrária, que pode ser caracteri-
Atendendo aos justos reclamos de várias enti- zado como grilagem, é o processo de reconcentração
dades classistas, encaminhamos requerimento ao de terras nos assentamentos do INCRA, permitindo
Ministério da Agricultura solicitando agilidade na libe- que não-beneficiários da reforma agrária, como fa-
ração dos agrotóxicos necessários ao combate da- zendeiros, comerciantes, políticos, médicos, se apro-
quela praga, sem o que, impossível negar, frus- priem de terras a ela destinadas.
trar-se-iam todas as tarefas de produção e manuten- A Superintendência Regional do INCRA, no
ção da fibra, que ainda é fator de desenvolvimento da Estado do Acre, administra 63 projetos de assenta-
economia nordestina. mentos, com aproximadamente 15.766 famílias em
O Governo Federal já teria autorizado o Gover- um pouco mais de 1.500.000 hectares.
no do Estado a dar início à liberação, mas, pelo que Segundo o relatório da Operação Coleta de Da-
temos sabido, a atuação do Governo Estadual é vaci- dos SIPRA 2000, promovida pela autarquia, foram
lante, ambígua, mesmo sem que possamos definir, identificados nos projetos 1.292 parcelas ocupadas
de pronto, que interesses estaria defendendo o Sr. por não-beneficiários da reforma agrária. As ocupa-
Ronaldo Lessa. ções irregulares se acentuam, pela ordem: Projeto de
O que não é possível é que práticas de descami- Colonização Pedro Peixoto (300), Projeto de Assen-
nhos burocráticos, para nos prendermos apenas a tamento Benfica (157), Projeto de Colonização Qui-
41120 Sexta-feira 31 DIÁRIO DA CÁMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 200!
xadá (157), Projeto de Colonização Humaítá (103), rio, a destinação das terras para a reforma agrária, ar-
Projeto de Assentamento Caquetá (66). recadadas ou desapropriadas, desvirtua-se dos prin-
Caso exemplar merece ser mencionado: o Projeto cípios constitucionais, que destinam expressamente
Benfica. O seringal Benfica ou Casco do Benfica, com áreas desapropriadas por interesse social para fins
uma área de 5.127 hectares, situado nos Municípios de de reforma agrária aos agricultores sem-terras, a não
Rio Branco e Senador Guiomard, pertencia a Tufic ser que se modifique a finalidade do instituto de desa-
Assmar e outros, tendo sido objeto de desapropriação propriação para reforma agrária .
por interesse social para fins de reforma agrária no ano Recomenda-se ao INCRA, como órgão condu-
de 1991. Ali seria instalado o PA Benfica, sob condução tor da reforma agrária, a eleição de áreas propícias e
do INCRA, visando o assentamento de 450 parceleiros, viáveis de concentração de produtores rurais em con-
beneficiários do Programa de Reforma Agrária. dições de produção, comercialização e acesso à saú-
Dada sua proximidade dos núcleos urbanos, es- de e educação e não o patrocínio de áreas extrema-
pecialmente da Capital, aconteceram ocupações ile- mente distantes e desprovidas de condições reais
gítimas, na maior parte das vezes por políticos, em- para garantir o êxito de um projeto de assentamento.
presários, comerciantes, sem qualquer prévia autori- Recomenda-se ainda, após a imissão de posse
zação do INCRA, e se constituem em ocupantes de nos imóveis desapropriados, ação imediata, visando
terras públicas, afetadas ao assentamento de traba- o assentamento dos parceleiros previamente selecio-
Ihadores sem-terra. Aí edificaram mansões, chácaras nados, em razão de que a demora para implantação
com piscinas, restaurantes, fazendas, num ato acinto- do Projeto de Reforma Agrária conduz à ocupação
so, tendo merecido inclusive recentemente duras crí- desordenada por terceiros e até à transferência de di-
ticas do Ministro Raul Jungmann. reitos possessórios.
Em vistoria rural, o INCRA constatou a presen- Era o que tinha a dizer.
ça de cerca de 157 situações de posses constituídas O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) _ Solicito
após a edição do decreto expropriatório, criando situ-
às Sras. e Srs. Deputados que venham ao plenário, a
ações irregulares por beneficiarem pessoas físicas e fim de darmos início à Ordem do Dia.
até jurídicas sem qualquer amparo legal.
Diante desse fato, intentou ação reivindicatória Há 280 Parlamentares na Casa e apenas 240
perante a Justiça Federal no ano de 1993/94, julgada registraram presença no painel do plenário.
procedente em primeira instância contra cerca de 40 O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) - Conce-
ocupantes sem-título, para recuperar as terras irregu- do a palavra ao Deputado Salomão Gurgel, que dis-
larmente detidas. porá de até cinco minutos na tribuna.
Mais recentemente, ajuizou cerca de dezenove O SR. SALOMÃO GURGEL (Bloco/PDT - RN.
ações reivindicatórias e estão em curso mais quaren- Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Sras. e
ta procedimentos judiciais para retomada das posses Srs. Deputados, venho a esta tribuna tratar de tema mu-
pertencentes a um público que não necessita de ter- ito importante do ponto de vista ético e histórico, que ca-
ras. Pior ainda, às custas de terras desapropriadas rece de reflexão por toda a sociedade civil e principal-
para fins de reforma agrária. É um claro exemplo de mente por nós que estamos nesta Casa, configurada
que os instrumentos legais de desepropriação por in- como o espaço privilegiado de diversidade de pensa-
teresse social podem ser utilizados para beneficiar os mentos e práticas que, advindas dos Estados, proporci-
antigos proprietários, bem como os de posses ilegíti- onam repercussões nos âmbitos nacional e internacio-
mas, e não os destinatários da distribuição da terra. nal: a sustentabilidade no Nordeste.
Esta srtuação nos projetos de assentamento do Hoje, muito se tem falado sobre o sustentável; e
INCRA no Estado do Acre é um fato e, ao mesmo tempo, a compreensão que tenho de sustentabilidade pode
um problema que requer o encaminhamento de solução, ser traduzida, em princípio, na paridade de oportuni-
pois a destinação das terras administrativas pela autar- dades e de direitos para todos. Não compreendo sus-
quia deve ser, priomariamente, para beneficiários da re- tentabilidade sem que existam participação, alternati-
forma agrária, segundo disciplina a legislação. vas, escolhas e vivências plenas de cidadania.
A solução para as irregularidades encontradas Portanto, o alcance de uma política sustentável
é a promoção da reintegração de posse das parcelas para o espaço chamado Nordeste deverá compreen-
ocupadas por não-beneficiários da reforma agrária, der, em sua formulação, a teia das relações políticas,
com indenização das benfeitorias úteis e necessári- sociais, culturais e ecológicas, então estabelecidas.
as, naquilo que couber. Assim manda a lei. Do contrá- Não é a compreensão disto ou daquilo, de forma des-
Agosto de 20() 1 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-Içira 31 41121
vinculada e fragmentada. É uma combinação de to- Esta é outra dimensão importante a ser obser-
das essas variáveis presentes no cotidiano de cada vada nesta temática: a ética e o compromisso estabe-
um, nordestino e nordestina. lecido entre Poder Público e sociedade civil, no que
Este é um desafio que precede as variáveis es- diz respeito à importância dada à materialização de
tatísticas de mais ou menos recursos disponíveis e in- processos promotores de sustentabilidade local, hu-
vestidos. Pois o que conta para milhares de homens e mana e solidária.
mulheres que se encontram em situação de exclusão, Essa dimensão ética deverá fornecer respostas
desamparo e vulnerabilidade material e social, são as ao "sentimento disseminado de que o cargo público é
realidades que aviltam ou melhoram suas condições uma variedade do direito à propriedade" , tão divulga-
de vida; se a vida que têm é sinônimo de dignidade e do nos escândalos políticos, nos quais o dinheiro pú-
decência ou não. blico que poderia servir para promover desenvolvi-
É necessário para isso que as ações de promo- mento e sustentabilidade do público coletivo, toma
outro destino: o do privado egoísta e envilecedor da
ção da sustentabilidade humana, local e solidária per-
dignidade humana do outro.
mitam à população sentir-se cidadão e cidadã e, portan-
to, responsável pelo destino do local e do global. Isso Muito obrigado pela atenção.
significa muito mais do que fiscalizar, significa executar O SR. DIVALDO SURUAGY (Bloco/PST - AL.
a tarefa de propor e monitorar recursos públicos, articu- Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Sras. e
lando o público com o privado, as necessidades com as Srs. Deputados, a deterioração das perspectivas eco-
potencialidades, a inteligência contextual com a sabe- nômicas é algo mais que conjuntural. Novamente incer-
doria cultural, o homem e a mulher com a natureza. tezas externas repercutem no Brasil com intensidade
Significa investir recursos públicos, numerários, inquietante. Há fragilidades estruturais na economia
por vezes bem menores do que os que foram captados brasileira, problema ao qual o Governo Federal não de-
ilicitamente e desviados do TRT de São Paulo. Significa dicou energia suficiente ao longo de dois mandatos.
prestar atenção na Constituição, quando fala da digni- O mero contágio da crise argentina provocou
dade e do crescimento do País, entendendo o País - uma medida real da dificuldade brasileira de financiar
Brasil muito mais do que uma extensão territorial, e sim compromissos externos. Todos os motivos não teriam
como um espaço habitado por seres humanos que de- repercussão bastante não fosse mais do que conside-
pendem, muitas vezes, do discernimento e lucidez dos rável a fragilidade das contas externas.
que fazem esta Casa, para viver com a dignidade de se- Tal situação se deve à condução do Plano Real,
rem chamados brasileiros. que permitiu o aumento do déficit em conta corrente
Como prática de sustentabilidade significativa, para um nível superior ao considerado seguro, e à
em que exista participação, alternativas, escolhas e manutenção desse déficit em patamar perigoso.
vivências plenas de cidadania, é possível citar, entre O ajuste fiscal, as metas inflacionárias, a reto-
outras, os processos participativos que culminam mada do crescimento econômico, todo esse edifício
com a elaboração dos PDLS - Planos de Desenvolvi- ainda repousa sobre base precária. Fez-se pouco
mento Local Sustentável. Essa proposta de PDLS pela competitividade. Todo o modelo de estabilidade
consegue articular todos os setores da sociedade ci- induziu as empresas ora a endividar-se mais no exte-
vil organizada e Poder Público, com o objetivo de pen- rior, ora a importar mais.
sar o local (cidades e microrregiões) com o mais glo- Os mercados receberam as elevações de juros
bal (regiões, Estados e País). É um espaço propicia- pelo Banco Central com ceticismo. Volta-se a recorrer a
dor de formação para a cidadania ativa de todos os malabarismos que, no passado, foram capazes apenas
participantes; um investimento social que coaduna re- de, no máximo, protelar crises mais profundas.
cursos técnicos, financeiros, humanos, institucionais Não é a primeira crise enfrentada pelo Real. Houve
e ambientais, envolvendo respeito e tolerância às di- outras também graves: o México, em 1994; a Tailândia,
ferenças, preservando e valorizando o saber e suas em 1997; a Rússia, em 1998; e a ruptura da âncora brasi-
representações no imaginário dos participantes. leira, em 1999. Em todas elas, fa~ou ao Ministério da Fa-
Porém, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, zenda e ao Banco Central a capacidade de tratarem os
são processos participativos que fazem a sua parte, episódios como problemas estruturais. O Governo não
mas desconhecidos ou até mesmo ignorados pelo enfrentou as crises, buscando soluções duradouras para
Executivo e Legislativo, e têm dificuldades para sair as questões que afetam a competitividade do País e a
do papel e do imaginário de quem os construiu. sua capacidade de crescimento sustentável.
41 122 S,:xla-lCira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Al$osl<.1 LI.: 20() I
A limitação dos canais domésticos de financiar beração de 127 milhões de reais relativos à quarta
investimentos, a irracionalidade do sistema tributário etapa do programa de recuperação em andamento,
e a precariedade das políticas de estímulo às expor- dependendo apenas de votação no Senado Federal.
tações são evidências de um liberalismo demais obtu- O Presidente admitiu que as metas do Governo
so, a que falta bom-senso para recorrer a um conjunto são ousadas, mas que, ante o drama vivenciado pela
de políticas que contemplem uma intervenção do gente do cacau da Bahia, toda a ousadia é pequena.
Estado quando ela é necessária, para que se miti- A proposta é a de elevar a produtividade das planta-
guem os efeitos da turbulência internacional. ções dos atuais 230 quilos de cacau seco por hectare
A cada crise nos mercados globais, a resultante para 1,5 mil quilos/hectare. A produção baiana se si-
das ações do Governo foi o aumento da vulnerabilida- tuaria acima das 300 milloneladas de cacau por ano.
de externa, agravando o mal sob várias formas: do re- A cada ano estaria se formando, tomando como base
curso ao FMI à emissão de dívida pública indexada ao a atual produção da Bahia de 100 mil toneladas/ano
dólar, passando por concessões comerciais e abertu- excedentes em torno de 200 mil toneladas anuais.
ra crescente da economia. Sr. Presidente, não é demais lembrar que a produ-
Para ser forte, o Real precisa do apoio de vários ção baiana alcançou, no ano cacaueiro internacional de
pilares: responsabilidade no trato das contas externas e 1984/85, um recorde de produção de 457 mil toneladas.
capacidade de gerar divisas, de exportar e de substituir Nos últimos oito anos, a safra baiana diminuiu de
exportações. O descaso com as contas externas deixou 294.720 toneladas, em 1993/94, para as 98.580 tonela-
uma falha perene na economia brasileira. E ela ameaça das colhidas na safra 1999/00. No ano 2000/2001, pela
a moeda a cada ventania no mercado internacional. primeira vez, nos últimos cinco anos, a Bahia não regis-
O SR. NILTON CAPIXABA (PTB - RO. Pronun- trou queda em sua produção de cacau, e sím um au-
cia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. mento. É o que se pode inferir da leitura do Quadro 1.
Deputados, fazia muito tempo que a cacauicultura do O crescimento da safra 2000/01 foi de pouco
Estado da Bahia, e por que não dizer a cacauicultura mais de 3,42 mil toneladas, ou seja, 3,6% a mais sobre
nacional, não recebia uma injeção de alento, um so- a safra de 1999/00. O crescimento não é significativo,
pro de esperança da grandeza do que lhe foi aplicado mas para os especialistas não interessa no momento a
na última sexta-feira, dia 24 de agosto. quantidade. O que importa é o que parece ser uma in-
Nessa sexta-feira, 24 de agosto, em visita à sede versão de tendência. A leve mudança no quadro é atri-
da CEPLAC - Comissão Executiva do Plano da Lavou- buída à normalização das condições climáticas, depo-
ra Cacaueira, em Ilhéus, Bahia, o Presidente Fernando is de três anos seguidos de chuvas escassas. Outros
Henrique Cardoso anunciou a alocação de recursos observadores creditam a retomada às tímidas entra-
para a recuperação dos cacauais sul-baianos. das do cacau procedente de áreas renovadas com mu-
O novo programa de desenvolvimento para o se- das donadas de cacau a partir de 1997.
tor cacaueiro a ser implantado no sul da Bahia integra o Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, com as
Plano Agrícola e Pecuário, a partir de 2002, prevê a libe- "metas ousadas" o Governo espera voltar a contar e ele-
ração de 489 milhões de reais em três anos, para a re- var as receitas cambiais. É duro lembrar que o Brasil, de
novação de 200 mil hectares de cacauais. É importante tradicional País exportador, passou a importar cacau
destacar que, pela primeira vez, o cacau terá plano de para suas indústrias. Serão gerados 100 mil postos de
safra. Isso significa que os investimentos ocorrerão de trabalho, com pleno emprego durante todo o ano, e, ade-
forma permanente para toda a lavoura. rnais, manter a auto-sustentabilidade da produção caca-
Segundo o próprio Presidente Fernando Henri- ueira, com a preservação da Mata Atlântica e demais re-
que Cardoso, do total a ser liberado, 307 milhões se- cursos naturais da região.
rão investidos na substituição de plantações envelhe- O Ministro da Agricultura, Pecuária e do Abaste-
cidas, atacadas pela enfermidade vassou- cimento, Pratini de Morais, destacou que o conjunto
ra-de-bruxa, por mudas de clones resistentes à doen- de providências para recuperar a cacauicultura foi dis-
ça e pelo adensamento das novas plantações. cutido com a participação de lideranças baianas do
Serão aplicados 50 milhões de reais em equipa- PMDB e P8DB, e teve total apoio dos Ministros da Fa-
mentos de industrialização de subprodutos que pos- zenda, Pedro Malan, e do Planejamento, Gestão e
sam agregar valor e aumentar a renda do produtor. Orçamento, Martus Tavares.
Para o custeio e manutenção das áreas com planta- O Ministro Pratini de Morais acredita que, com o
ções já danadas, serão destinados mais 132 milhões novo plano anunciado em Ilhéus, pelo Presidente Fer-
de reais. Para este ano, o Presidente já aprovou a li- nando Henrique Cardoso, o Brasil voltará a ser o segun-
Agosto de 2001 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Scxta-leira3141123
do produtor mundial de cacau. Destacou ainda a impor- de Rondônia contratou empréstimos no valor de 10
tância da recente Resolução n° 2.848 do Conselho Mo- milhões de reais, que correspondeu a 19,2%. No
netário Nacional- CMN, que fixou normas para a repac- exercício de 2000, o BASA fez a maior aplicação de
tuação das dívidas dos produtores. Além de fixar os juros recursos do FNO, atingindo a marca dos 102 milhões
em 8,75% e restabelecer prazos de pagamento, entre de reais. Os projetos de Recuperação de Cacauais,
cinco e dez anos, a Resolução facilitou o acesso ao saldo de Implantação de Novos Cacauais, de Diversificação
remanescente de 127 milhões de reais do programa. e Infra-estrutura, somaram 11,9 milhões de reais,
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, todo o com uma correspondência da ordem de 11,2%.
arsenal de recursos de financiamento para a recupe- O crédito não será o fator limitante para a recu-
ração de cacauais infectados pela enfermidade vas- peração dos cacauais atacados pela vassou-
soura-de-bruxa, por via da clonagem e adensamento ra-de-bruxa, nem tão pouco para a ampliação das
das plantações, não atenderá à cacauicultura da áreas de implantação de novos cacauais. A limitação
Amazônia e, particularmente, à de Rondônia. maior poderá vir a ser continuidade da aplicação da
Na realidade, a alocação de recursos financei- Medida Provisória n° 2.166-66, que limita a área a ser
ros e a adequação desses recursos à capacidade de cultivada de cada propriedade em 20%, e a capacida-
absorção de crédito dos produtores teria de ser, como de operacional do quadro de extensionistas da
foi, focado na realidade da Bahia. CEPLAC/SUPOC, já sobrecarregado.
Como produtor rural, e como Deputado Federal Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, as boas
que dedica todas as suas energias e capacidade de notícias dadas pelo Presidente Fernando Henrique
trabalho aos negócios do campo, fico feliz e reconhe- Cardoso não ficaram restritas à recuperação dos ca-
cido pelo anúncio do Presidente Fernando Henrique cauais. O Presidente anunciou nova política salarial
Cardoso de efetivamente levar não somente esperan- para o órgão, que prevê aumento geral médio de 53%
ças, mas coisas práticas, bens materiais de financia-
para o funcionalismo e de até 80% no caso de pesso-
mentos para a sofrida lavoura cacaueira da Bahia. al especializado, mais qualificado da CEPLAC, com
No que se refere a financiamento, Rondônia título em nível de mestrado (MS) e doutorado (PhD).
está razoavelmente bem amparada. O Banco da
Esses pesquisadores especializados, com quin-
Amazônia vem seguidamente aplicando montante de
recursos substanciais, via FNO - Fundo Constitucio- ze e até vinte anos de experiência, ganham hoje em
nal de Financiamento do Norte, com uma taxa de ju- torno de R$ 1.500,00. Os salários da CEPLAC estão
ros de 4,5% ao ano; esta taxa de juros é quase a me- defasados há anos, e a maioria do seu corpo técnico
tade da taxa de empréstimo para a Bahia. está deixando o órgão, atraído por empresas priva-
das. A Universidade Estadual de Santa Cruz - UESC,
As aplicações de investimento do BASA têm um
a EMBRAPA e outras instituições de pesquisas têm
ritmo crescente: em 1997, foram aplicados 12 milhões
de reais; em 1998, as aplicações subiram para 32 mi- política salarial mais atrativa.
lhões; em 1999, alcançaram os 52 milhões. No ano O reconhecimento dos baixos salários, na
2000, as aplicações totalizaram 106 milhões. CEPLAC, partiu do Ministro da Agricultura, Pecuária e do
A partir do ano agrícola 1996/97, a CEPLAC lan- Abastecimento, Pratini de Morais, que, em audiência pú-
çou uma campanha de recuperação de cacauais que blica perante a Comissão de Agricultura e de Política Ru-
estivessem com alta incidência de vassou- ral da Câmara dos Deputados, na sessão do dia 10 de
ra-de-bruxa. Em 1997/98, iniciou um programa de im- maio de 2000, disse: "Nós temos PhD lá ganhando
plantação de novos cacauais, voltado para os Municí- R$1.200,00. Então, precisamos equacionar de uma vez
pios que plantavam cacau, sob a denominação de por todas esse problema de remuneração do pessoal de
"Pólos Espontâneos". nível superior da área de tecnologia. É um trabalho que
Em 1997 foram aplicados na cacauicultura 3,3 depende do Executivo e também do Congresso para não
milhões de reais, o que correspondeu a 27,5% do to- ficar também um trem da alegria; é perigoso".
tal aplicado pelo BASA em Rondônia. Em 1998, quan- Em razão das medidas anunciadas pelo Presi-
do as aplicações do BASA subiram para 32 milhões dente Fernando Henrique Cardoso, quando de sua vi-
de reais, a CEPLAC aprovou e contratou projetos de sita à CEPLAC, Ilhéus, e como anteriormente negoci-
recuperação e implantação de cacauais num montan- ado entre o órgão e os Ministérios da Agricultura, Pe-
te de 11,7 milhões, ou seja, 36,5%. cuária e do Abastecimento e do Planejamento, Orça-
No ano de 1999, quando as aplicações do mento e Gestão, foi autorizada a emissão de decreto
BASA foram de 52 milhões de reais, a cacauicultura concedendo 375 FCTs - Funções Comissionadas
41124 Sexta-feira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DFI'IJIA\)OS Agusto de 2001
Técnicas, nessa primeira etapa, ficando as 373 res- Cargos cujo enquadramento não foi autorizado:
tantes a serem publicadas ainda neste ano. Nível Superior- Advogado, agente de economia
No total, a CEPLAC fará jus a 748 FCTs, sendo 76 doméstica, bioquímico, engenheiro de segurança,
para a CEPLAC/SUPOC-Rondônia, 116 para a educador, extensionista, professor, secretário execu-
CEPLAC/SUPOR-Pará, 19 para a CEPLAC/DIRET-Brasí- tivo, técnico em planejamento e administração.
lia, e 537 para a CEPLAC/SUBES-Bahia e Espírrto Santo. Nível Médio/Auxiliar - Agente escolar, auxiliar
Toclas as unidades da CEPLAC receberão a metade das de manutenção, auxiliar de serviços gerais, auxiliar
vagas nesta primeira fase. de classificação de cacau, apontador, auxiliar de
A Função Comissionada Técnica - FCT foi cria- campo, auxiliar de escritório, classificador de cacau,
da pela Medida Provisória n° 2048 e "... é caracteriza- canoeiro, contramestre de obras, enumerador, fotó-
das pela complexidade e responsabilidade, somente grafo, fiscal de obras, governanta, gráfico, inspetor de
podendo ser exercida por servidor com qualificação, segurança, mecânico de máquina de escritório, oficial
capacidade e experiência". de manutenção, Secretária, professor horista, ser-
Os valores atribuídos a cada função variam do vente, tratorista, técnico em manutenção.
Nível 1, de R$ 3.800,00, até o Nível 15, com R$ Cargos considerados em extinção:
324,00. Esses valores, contudo, não serão pagos pela Nível Médio/Auxiliar - Auxiliar de copa e cozinha,
totalidade, mas apenas parcialmente, examinado auxiliar de topógrafo, contínuo, cozinheiro, motorista, téc-
caso a caso, na oportunidade da indicação dos ocu- nico em agrimensura, telefonista, topógrafo, vigilante.
pantes, de acordo com o perfil estabelecido e aprova- Em extinção estão os cargos do PCC - Lei n°
do para cada posto de trabalho. 5.645f70, para os quais o Governo não mais pretende
Além da concessão das 748 FCTs, que benefici- contratar e cujas atividades já estão sendo terceirizadas.
arão cerca de 30% do quadro efetivo da CEPLAC, No caso da CEPLAC, os cargos acima referidos serão
que é de um total de 2.500 servidores, o Presidente correlacionados com os do PCC, explicitando-se na por-
da República, autorizou a inclusão da CEPLAC Plano taria de enquadramento a expressão "cargo em extin-
de Cargos e Carreiras - Lei n° 5.645/1970. ção". Apenas os ativos, nesse caso, serão enquadrados,
Segundo análise do Ministério do Planejamento, já que os cargos de inativos já foram extintos.
Orçamento e Gestão, apresentada em nota técnica, al- Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, os com-
guns cargos do Plano da CEPLAC são passíveis de en- promissos assumidos pelo Presidente Fernando
quadramento em cargos com nomenclatura correlatas Henrique Cardoso, pactuados com os Ministros da
com os do PCC - Plano de Cargos e Carreiras. Agricultura, Pecuária e do Abastecimento e do Plane-
jamento, Orçamento e Gestão, com a participação de
A CEPLAC está fortemente empenhada, e ago-
expressivas lideranças políticas, tais como Governa-
ra com a posição do Presidente da República, fortale-
dor do Estado, Senadores, Deputados Federais, Pre-
cida, para providenciar o enquadramento desses car-
feitos e lideranças da sociedade civil organizada e or-
gos e, logo em seguida, trabalhar com a CRH - Coor-
ganizações não-governamentais, enchem-nos de es-
denadoria de Recursos Humanos, do Ministério da
perança para que, afinal, sejam resolvidos os proble-
Agricultura, Pecuária e do Abastecimento, na defesa
mas salariais, não somente dos pesquisadores, mas
de que o mesmo tratamento seja dado para os dema-
também de extensionistas, educadores, pessoal de
is cargos.
apoio administrativo, apoio operacional, enfim de todo
Cargos cujo enquadramento foi autorizado: o quadro funcional da CEPLAC.
Nível Superior - Analista de processamento de Não poderia deixar de fazer um apelo para que,
dados, arquiteto, assistente social, bibliotecário, con- dentre os cargos cujo enquadramento não foram autori-
tador, dentista, engenheiro civil, médico, psicólogo, zados, os cargos de extensionista, de educador/profes-
pesquisador, técnico em comunicação social, técnico sor, sejam, com urgência, autorizados. Como poderá ser
em educação física. ferta a importante tarefa da recuperação dos cacauais via
Nível Médio/Auxiliar - Assistente administrativo, clonagem e adensamento das plantações? Essa tarefa
auxiliar de laboratório, auxiliar de meteorologia, auxili- incorpora grande responsabilidade técnica e de integri-
ar de comunicação, assistente de comunicação, de- dade de caráter. Como cumpri-Ia sem a participação de
senhista, desenhista projetista, escriturário, operário extensionistas capacrtados, motivados e vinculados a
de campo, operador de computador, prático agrícola, urna instrtuição pública séria? As mudas donais devem
programador, tratador de animais, técnico agrícola, ser de boa procedência, devem ser mudas certificadas.
técnico em edificação, técnico de laboratório. Mudas produzidas em estações experimentais da
Agosto de 200\ DIÁRIO DA CÂMARA DOS DI:I'UTADOS Sexta-leira31 41125
CEPLAC, na Biofábrica, ou em viveiristas credenciados e ção ao Conselho de Desenvolvimento do Agronegó-
com bons antecedentes. Afinal, comentários são feitos cio do Cacau.
da ocorrência de "garimpeiros clonais" no sul da Bahia. O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) - Para-
Sr. Presidente, diante deste extenso pronunci- béns, Deputado Nilton Capixaba. Conhecemos V. Exa
amento a respeito de importantes decisões toma- de Rondônia e sabemos da importância desse plano
das, que por certo encaminharão a cacauicultura para a reativação de cultura tão importante como o
nacional, e, em especial a baiana, deixo para a pró- cacau.
xima oportunidade notícias e comentários com rela-
QUADRO A QUE SE REFERE O
ORADOR

QUADRO 1

OFERTA MAIOR: SAFRA BAIANA DE CACAU, 1993/94 A 2000/2001

(toneladas)
ANO TEMPORÃ PRINCIPAL TOTAL
I I
I 199311994 147.240 147.480 I 294.720
199411995 103.500 130.500 234.420

! 1995/1996 61.260 99.060 160.320


,
,I 199611997 101.460 75.840 177.300
\ i
,
I
i
1997/1998 85.200 I 67.140 152.340
I
I
1998/1999 78.840 55.440 134.280
1999/2000 51.600 46.980 98.580
I
58.380 43.620 102.000
IFonte:2000/2001
Combauba/Ba
41126 Sexla-kira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS AgllSlll de 20U!

O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) - Conce- O Telecomunidade, segundo o Ministro Paulo


do a palavra ao Deputado Dr. Heleno. Renato, representa um salto fantástico. "Imagine to-
O SA. DA. HELENO (PSDB - RJ. Pronuncia o dos os brasileiros chegando à idade adulta familiari-
seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. De- zados com a Internet".
putados, volto à tribuna para enumerar alguns dos O mais importante nesse programa é que a co-
avanços sociais que o Governo do Presidente Fer- munidade local também poderá usufruir dos compu-
nando Henrique Cardoso, através do Ministro da Edu- tadores fora do horário de aula dos alunos. Ele será
cação, Sr. Paulo Renato Souza, vem implementando mais um eficaz instrumento para a integração dos
no setor educacional brasileiro. Parabenizo o Presi- brasileiros à sociedade da informação, diminuindo as
dente por tal ferto. desigualdades sociais.
Com um recorde invejável de 97% das crianças Ao falar sobre o programa, o Ministro Paulo Re-
nas salas de aulas, fato nunca ocorrido, o grande de- nato assim se expressou: "A internet é um instrumen-
safio do Governo Federal agora vem sendo manter to de democratização e de participação do jovem na
em alta esse percentual, bem como trabalhar no com- sociedade. Segmentos até então afastados da socie-
bate às desigualdades sociais, que tantos malefícios dade poderão utilizar a internet como instrumento de
têm trazido ao povo brasileiro. participação. Através do FUST (Fundo de Universali-
O Exame Nacional do Ensino Médio, o chamado zação dos Serviços de Telecomunicações) consegui-
ENEM, é um exemplo vivo disso. Nesta sua quarta remos fazer uma coisa sensacional, uniformizar o en-
edição apresentou um recorde de 1.6 milhão de estu- sino médio".
dantes inscritos, o que foi outro ponto positivo do Go- Outro fator que deve ser enfatizado é que, ao
verno do Presidente Fernando Henrique Cardoso. permitir o acesso de todos à Internet estaremos reali-
Seu êxito não está apenas no comparecimento dos zando uma ação muito importante. "Os alunos das es-
80% dos candidatos ao exame, mas sim no crédito colas públicas terão as mesmas ferramentas dos que
que esse exame vem proporcionando perante o ensi- estudam em colégios particulares".
no do 30 grau. Se considerarmos que é nas escolas públicas
Em se falando em 30 grau, gostaria de parabeni- que encontramos a camada mais carente da popula-
zar o Governo do Presidente Fernando Henrique Car- ção e é também nela que está inserido maior percen-
doso, que, realmente preocupado com o combate às tual de nossos irmãos negros, esse programa há de
desigualdades sociais, acaba de tomar algumas atitu- produzir, num futuro não muito longínquo, bastante
des posrtivas que visam reservar uma percentagem frutos, aumentando o percentual dos mais carentes
de vagas para que tenhamos maior número de irmãos no ensino do 30 grau.
da raça negra cursando as universidades. Isto é ape- O Telecomunidade, ao dar acesso a diversas bi-
nas o início de uma série de medidas que visam ace- bliotecas nacionais e internacionais e ao contato com
lerar o resgate da dignidade desse brasileiro tão sofri- estudantes de outros Estados e até mesmo países, irá
do que tanto fez em proveito desta Nação. ser fator decisivo para a difusão de conhecimentos en-
Outro programa que deve revolucionar o setor tre os jovens estudantes, bem como integrar definitiva-
educacional brasileiro é o Telecomunidade. De parce- mente as sociedades por todo esse imenso território.
ria com o Ministério das Comunicações, ele tem me- Nota dez para o Governo Federal, que, reconhe-
tas realmente grandiosas. cendo a importância da globalização, decidiu imple-
O programa pretende beneficiar todas as esco- mental' tão importante programa destinado exclusiva-
las de ensino médio e profissionalizante até o final de mente a parcela de estudantes mais carentes do País.
2002, dotando-as de computadores, que estarão in- Parabéns aos estudantes de toda a Nação bra-
terligados através da Internet. Isso trará padronização sileira, os quais, no Governo do Presidente Fernando
ao ensino em todo o País, constituindo-se, portanto, Henrique Cardoso, vêm assistindo no dia-a-dia a uma
numa verdadeira revolução no setor. acelerada modernização do ensino, fator primordial
Segundo palavras do próprio Ministro das Co- para o combate às desigualdades sociais.
municações, Pimenta da Veiga, "a educação é o pri- Parabéns, Ministros Paulo Renato Souza e Pi-
meiro compromisso do Brasil. Temos aproxirnada- menta da Veiga pelo ousado projeto que se dispuse-
mente 180 milhões de habitantes e, se melhorarmos ram a pôr em prática. Isso só vem comprovar o alto
as condições culturais da população, isso terá conse- grau de sintonia reinante entre os membros do Exe-
qüência de grandiosa valia". cutivo deste Governo.
Agoslo de 2001 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 31 41127
Gostaria de salientar, ainda, Sr. Presidente, que produtos, contribuem para não aumentar a inflação,
Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, dá exemplo ao pagando a conta o povo que compra seus produtos.
Brasil com relação à educação. Tirou primeiro lugar De modo que é fantástico assistirmos, pelos
como a cidade que mais desenvolveu o ensino funda- meios de comunicação de massa, ao Governo dizer
mentai. que está tomando providências ao multar as empre-
Era o que tinha a dizer. sas ou ao averiguar se houve formação de quartel.
Muito obrigado. Repito, averiguando ainda, quando praticamente to-
das as marcas de papel higiênico diminuíram a metra-
O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) - Para-
gem de seus produtos. É fantástico. Não dá para brin-
béns a V. Exa, Dr. Heleno, ao Prefeito Zito e a toda a
car com essa questão.
população de Duque de Caxias.
O Governo não pode receber pessoas que prati-
Concedo a palavra ao Deputado Ivan Valente. cam crimes para se sentarem à mesa de um de seus
O SR. IVAN VALENTE (PT - SP. Sem revisão Ministérios. Isso é crime. Não se trata de ferir Código
do orador.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, de Defesa do Consumidor, é uma atitude criminosa e
quero, nesta oportunidade, comentar notícia veicula- assim deve ser tratada.
da nos jornais de hoje e amplamente ventilada na mí- Será que a mídia brasileira está poupando es-
dia, a de que o Governo, por meio da Secretaria de Di- sas grandes empresas por que também são grandes
reito Econômico do Ministério da Justiça, vem multan- anunciantes de jornais? O Governo, da mesma for-
do as empresas por maquiarem seus produtos e por ma, é conivente com isso, porque interessa a ele, em
formarem cartel, ou seja, acertado ajustes e condutas primeiro lugar, dizer que a inflação se manteve baixa,
para lesar o cidadão brasileiro. quando, na verdade, isso não aconteceu. Na prática,
Não estou querendo me referir ao consumidor, o que aconteceu foi que os preços subiram e o traba-
mas ao cidadão brasileiro, e digo que o Ministério da lhador brasileiro foi lesado.
Justiça tem atuado no sentido de que a ação dessas
empresas ferem o Código de Defesa do Consumidor. É preciso que se processem criminalmente os
Desta tribuna, como Parlamentar brasileiro, manifesto donos das empresas e que isso resulte em cadeia
grande indignação em relação a essa prática. A ma- para eles, e não só para o pobre ou aquele desvalido
quiagem de produtos realizada por essas empresas é que rouba uma maçã na quitanda ou no supermerca-
muito mais do que ferir o Código de Defesa do Consu- do. Esse cidadão comum, sim, é apenado, porque vai
midor, é roubar do povo. E roubar do povo é crime. E sofrer processo ou encaminhamento judicial que
esse tipo de crime tem que ser pago com encarcera- pode resultar, inclusive, em prisão, mas um dono de
mento. empresa, que conscientemente se reúne para lesar o
Já está provado que as empresas não só maqui- povo, é recebido no Ministério para dialogar e explicar
aram o produto, como também diminuíram sua quan- por que fez isso. A alegação é a de que não queria
tidade. O consumidor, o cidadão, em primeiro lugar, que a inflação subisse. Então, quem pagou a conta foi
compra um rolo de papel higiênico que não tem qua-
o consumidor.
renta metros, como consta na embalagem, mas, sim,
trinta, ou o pacote de biscoito que não tem cem gra- Sr. Presidente, devemos tomar uma atitude digna
mas, mas oitenta, ou seja, a empresa lucrou com isso. em relação a isso, para mostrar à população brasileira
O álibi das empresas é não querer aumentar preços. que este Congresso Nacional não fica calado frente às
No entanto, quem pagou a conta? O trabalhador, o ci- maracutaias de donos de empresas, que agem com a
dadão brasileiro. conivência do Governo e da mídia brasileira.
Este não é um problema para o Código de Defe- Muito obrigado, Sr. Presidente.
sa do Consumidor. Penso também que nem o Ministé- O SR. SERAFIM VENZON (Bloco/PDT - SC .
rio da Justiça nem a Secretaria de Desenvolvimento Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente,
Econômico têm que se sentar à mesa com pessoas Sras. e Srs. Deputados, não poderia haver melhor
que roubam o povo. São elas cidadãos de primeira momento para tratar de assunto tão importante para a
classe ou executivos de empresas? Não, Sr. Presi- Nação Brasileira.
dente. Acredito até que esta Casa tem que se mani- Num país em que as condições de vida são a de
festar sobre o assunto. uma nação pobre, ainda que o Brasil tenha a nona eco-
Tenho certeza de que o Governo está apenas nomia do mundo, é muito grande o número de pessoas
multando as empresas, porque elas, ao maquiarem os doentes. O pior é que esse número é proporcional aos
41128 Sexta-feira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPlJTADOS Agosto de 2001
altos preços dos produtos farmacêuticos que se desti- pelo cartel farmacêutico. Todos precisamos dizer
nam a curar ou amenizar as consequências das diver- "sim" aos medicamentos genéricos.
sas enfermidades que sofrem o brasileiro. Muito obrigado.
Faz-se importante uma ponderação: em nosso O SR. LUIZ RIBEIRO (PSDB - RJ. Pronuncia o
País, o número de pobres que necessitam de cuida- seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. De-
dos medicinais, ou seja, dos remédios ou drogas para putados, os médicos residentes de todo o País no pe-
se manterem vivos é, no mínimo, cem vezes maior ríodo de 3 a 5 de julho último paralisaram suas ativi-
que o número de pessoas ricas que precisam de igual dades em busca de melhorias para a categoria, atra-
tratamento. No entanto, nossa indústria farmacêutica vés da Campanha Nacional de Valorização da Resi-
é um dos setores que mais obtiveram lucro, especial- dência Médica.
mente na última década. Nem mesmo as determina- A paralisação dos médicos residentes recebeu
ções do Governo, que impediram o aumento dos me- o apoio do Conselho Nacional de Medicina e da Asso-
dicamentos durante curto período de tempo, foram ciação Nacional de Médicos Residentes. Como médi-
capazes de frear o alto rendimento do setor. co, apóio a iniciativa desses profissionais de saúde,
A atta nos preços dos medicamentos de marca é, cuja missão é árdua e as reivindicações pelas quais
portanto, um dos fatores que o Governo pretende evitar estão lutando são justas.
com a inserção maciça de produtos genéricos. Esses Passo a enumerá-Ias:
produtos, além da qualidade garantida, trarão oportuni-
• reajuste do valor da bolsa de estudo em 75%,
dade a vários brasileiros de poderem consumir os re-
passando dos atuais R$ 1.080,00 para R$
médios e produtos químicos que ajudam a combater as
1.890,00;
várias doenças, a um preço muito mais em conta. A
qualidade é garantida por testes de bioequivalência e • carga horária máxima de sessenta horas se-
biodisponibilidade, normatizados pela ANVISA. manais, com folgas após o plantão;
Hoje, na disputa de mercado, só o consumidor é • moradia e alimentação, com regulamentação
quem perde; ele é submetido a um bombardeio de de auxílio-moradia no valor de 30% da bolsa,
propagandas farmacêuticas que, em momento al- nos hospitais onde não existe essa modalida-
gum, visam a garantir alguma vantagem. Alem disso, de;
existem no mercado 6 mil produtos divididos em qua- • supervisão contínua da residência, com capa·
tro tipos: os medicamentos de marca, os similares citação e gratificação dos preceptores; e
sem nome fantasia, similares com nome fantasia e os • carga horária mínima de 10% de atividades
genéricos propriamente ditos. Estes últimos ainda em teórico-práticas durante a residência.
ínfima quantidade. Essa diversidade tem provocado Diante dessas reivindicações, podemos perce-
confusão aos consumidores, que preferem os remé- ber a preocupação dos jovens médicos, que vêem na
dios de marca. residência médica a continuidade da Faculdade; é
Como se não bastassem os altos preços, caros onde eles exercitam a prática profissional, fator im-
Parlamentares, a indústria farmacêutica não tem se- portante na sua formação. Ademais, a formação com
quer a preocupação com a saúde de seus consumi- qualidade trará resultados positivos no atendimento à
dores, pois não há fiscalização no que diz respeito à população.
venda dos medicamentos sem receita médica, au- Para que isso aconteça, Srs. Parlamentares,
mentando a prática da automedicação. Esse é um faz-se necessário que as residências médicas sejam
dos grandes vilões da saúde no Brasil. Portanto, a au- realizadas em hospitais que apresentem um serviço
tomedicação será mais um mal que a introdução do de qualidade. O bom seria que todos fossem de pri-
genérico visa exterminar. meira qualidade, dessa forma, teríamos profissionais
Não resta dúvidas de que os medicamentos ge- competentes em todos os serviços hospitalares.
néricos serão de suma importância para mudar esse Como Parlamentar e médico preocupado com a
triste quadro no Brasil. Não podemos mais aceitar a classe, venho a esta tribuna solicitar ao Governo Fe-
absurda variação de produtos, quando a apresenta- deral, por intermédio dos Ministérios da Educação e
ção e os laboratórios muitas vezes são os mesmos. da Saúde, que analise e avalie as reivindicações aci-
Quero deixar aqui uma semente que possa germinar ma citadas pois, melhorando as condições gerais de
de modo a aumentar o número de pares aliados nes- trabalho, teremos médicos satisfeitos e população
sa luta contra os abusos cometidos há anos e anos bem servida com serviços de qualidade.
Agosto de 2üOl DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-lei!'a 31 41129
Sr. Presidente, rogo a V. Exa que determine a di- turar o seqüestrador e ele na casa da sua própria víti-
vulgação deste no Programa A Voz do Brasil e no ma.
Jornal da Câmara. Temos de exigir dos Governos estaduais mais
Muito obrigado. segurança pública, porque nessa área eles deixam a
desejar. Não se importam com a segurança do cida-
O SR. MARÇAL FILHO (PMDB - MS. Sem revi-
dão.
são do orador.) - Sr. Presidente, recebi notícias, pelos
No meu Estado do Mato Grosso do Sul, os índi-
demais colegas Parlamentares, de uma situação tris-
ces de violência estão cada vez maiores, a criminali-
te que o empresário Sílvio Santos vem passando
dade cada vez mais atuante, e não há política de se-
mais uma vez, agora pela manhã, em sua casa em
gurança pública, não há punição dos culpados. Os
São Paulo. Isso nos deixa realmente estarrecidos e
policiais estão com as mãos a cada dia mais atadas.
revoltados com a segurança pública de nosso País.
Não querem enfrentar os marginais porque não po-
Tenho falado muito deste assunto na tribuna da dem agir contra eles. Os bandidos podem matar,
Câmara dos Deputados e nas entrevistas que conce- como fizeram ontem, mas o policial, se ferir o crimino-
do, ou seja, que é preciso reformular, a exemplo do so, certamente será constrangido pelos defensores
que houve no Código Civil Brasileiro, as leis penais, dos direitos humanos e correrá risco até mesmo de
em especial o nosso Código Penal de 1940. responder a inquérito administrativo, o que manchará
É preciso que nos crimes hediondos, como nos sua carreira. O que faz, então? Ele se acomoda.
casos específicos de seqüestro, o processo seja su- Sr. Presidente, deixo registrado meu repúdio a
mário, o julgamento aconteça rápido, para que o fato essa falta de segurança, muito bem retratada nesse
acontecido não saia do frescor da memória das pes- episódio de São Paulo. Mas a situação não é diferente
soas. Demora tanto para que o processo chegue ao fi- em outros Estados, e no Mato Grosso do Sul, que co-
nal, por ser rito ordinário, que, quando o julgamento é nheço bem, a segurança pública está a zero, e o cida-
fe~o, a mídia já não está mais com seus holofotes vol- dão cada vez mais temeroso da atuação dos margi-
tados para o caso e, às vezes, a punição não vem na nais.
forma devida. Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, passo
Precisamos modificar a lei que trata dos crimes agora a discorrer sobre outro assunto, qual seja, a in-
hediondos, fazendo com que o rito seja sumário, e dicação apresentada, ontem, a esta Casa: a inclusão
também discutir a prisão perpétua, a maioridade pe- do Município de Deodápolis, do Estado de Mato Gros-
naI. Não é possível deixar do jeito que está. so do Sul, no Programa Nacional Biblioteca da Escola
- PNBE, do Ministério da Educação.
Ontem, assistindo à televisão, vimos o empre-
Sras. e Srs. Parlamentares, é estabelecido pela
sário Sílvio Santos agradecer ao povo brasileiro, di-
Carta Magna de 1988 que o Estado tem o dever com
zendo da satisfação de o seqüestro da sua filha ter
a educação escolar de garantir o atendimento ao edu-
tido um desfecho tranqüilo. Agora, ele está nas mãos
cando, no Ensino Fundamental, através de progra-
dos mesmos seqüestradores.
mas suplementares, material didático, transporte, ali-
A segurança pública se tornou uma piada neste mentação e assistência à saúde.
País. Os Governos dos Estados não cuidam devida- Concernente a esse contexto, sou sabedor da
mente dessa área, não dão condições materiais nem existência do Programa Nacional Biblioteca da Esco-
liberdade para a Polícia trabalhar. A Polícia que andar la, criado pelo MEC, por meio da Portaria n° 584, de
armada pode imediatamente ser punida ou sofrer pro- 28 de abril de 1997. Pensando como Parlamentar
cesso administrativo. Então, os marginais agem da comprometido com a execução de uma política séria,
forma como bem entendem, como se fossem donos que se preocupa especialmente com a educação de
da situação, do poder, das autoridades, e isso nos re- nosso País, através de solicitação dos nobres Verea-
volta sobremaneira. As pessoas, de certa forma, es- dores Cícero Alexandre da Silva, Aparecida José
tão reféns em suas próprias residências, não poden- Martins Nascimento e Expedito Ponciano da Silva, re-
do sair às ruas, porque os marginais estão soltos. queri a inclusão do Programa no Município.
Vejam o caso em questão: trata-se de pessoa É preciso ressaltar que o tão esperado atendi-
pública, notória, que tem aparato de segurança, toda mento a esse pleito não somente contribuirá para que
uma proteção. Imaginem as pessoas que não possu- as escolas de Oeodápolis tenham livros nas pratelei-
em isso! Realmente, é estarrecedor o fato que ocor- ras, como também, tenho consciência, abrirá as por-
reu hoje. Parece brincadeira: a Polícia querendo cap- tas da imaginação e do saber para centenas de crian-
41 no Sexta-feira:\I DIÁRIO DA CÂMARA DOS DIiPUTAI)()S Ag<lsto de 200 I
ças e adolescentes, além de propiciar o mínimo de ra familiar. De 1994 até o ano 2000, os financiamentos
condições necessárias para o desenvolvimento do no setor primário chegaram à cifra de 232 milhões e
processo ensino - aprendizagem nas escolas. 225 mil reais, somente nas linhas de crédito do
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, baseado PRONAF, do PRORURAL, do PROCERA, do
nas apostas que tenho feito para prosperidade desta FUNCAFÉ, do FNO, do PROGER e do PRODEX, to-
cidade, afirmo que tudo farei, dentro do possível, em dos orientados pelos extensionistas da EMATER.
prol da educação que tanto soma na vida de cada ci- A memória viva e a reflexão são tônicas em
dadão, especialmente do querido cidadão sul-mato-gros- qualquer depoimento daqueles que juntos comemo-
sense. ram três décadas de lutas e conquistas. Extensionis-
Muito obrigado! tas, produtores rurais e técnicos administrativos re-
O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) - Antes lembram o passado de batalhas vitoriosas, de cami-
de conceder a palavra ao próximo orador, registro nhos nem sempre tranqüilos, mas que apontam para
com muito carinho a presença nesta Casa de dois ir- o futuro promissor. É preciso sempre atentar para o
mãos espanhóis, o Deputado Federal Rafael Mateo fato de que a assistência técnica e a extensão rural
Tari, que trabalha com uma fundação de combate às têm resultados positivos no setor primário da econo-
drogas, e a Profa. Carmen Vieites Conde. mia, especialmente num Estado corno Rondônia, em
Sejam muito bem-vindos ao Brasil. Que a esta- que mais de 90% de seus agentes estão na agricultu-
da dos senhores resulte em ações de parceria entre ra familiar.
nossos países no combate às drogas. Parabéns à EMATER/Rondônia.
Muito obrigado. Sr. Presidente, solicito a V. Exa que autorize a di-
O SR. VIRGíLIO GUIMARÃES - Sr. Presiden- vulgação do meu discurso no programa A Voz do
te, peço a palavra pela ordem. Brasil.
O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) - Tem V. Ex"
O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) - A Mesa
a palavra. dará ao pronunciamento de V. Exa, tão importante
O SR. VIRGíLIO GUIMARÃES (PT - MG. Pela para os pequenos proprietários, toda a divulgação ne-
ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, já há cessária.
quorum.
Concedo a palavra ao Deputado Bispo Rodri-
Solicito a V. Exa que inicie de imediato a Ordem gues.
do Dia, para apreciarmos as matérias que se encon-
O SR. BISPO RODRIGUES (Bloco/PL - RJ.
tram sobre a mesa.
Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs.
O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) - Conce-
Deputados, o Brasil inteiro está de olho na televisão.
do a palavra ao nobre Deputado Expedito Júnior.
O que estamos assistindo é patético. Custa-nos crer
O SR. EXPEDITO JÚNIOR (PSDB - RO. Pro- no que está acontecendo.
nuncia o seguinte discurso.) -Sr. Presidente, Sras. e
Srs. Deputados, ao completar 30 anos, a EMATER do Ao me levantar, liguei a televisão e vi que está
Estado de Rondônia está consolidando, através dos dentro da casa de Sílvio Santos um bandido com
seus parceiros institucionais, o atendimento à agricul- duas armas apontadas para a cabeça do empresário
tura familiar com o desenvolvimento rural sustentável. e uma bomba amarrada no próprio corpo. O mesmo
bandido que havia seqüestrado a filha de Sílvio San-
Com as Prefeituras Municipais, Cooperativas,
tos e matado ontem dois policiais está agora na casa
Associações e Sindicatos de Produtores, Colônias de
do apresentador.
Pescadores, Conselhos Municipais de Desenvolvi-
mento Rural, Agentes Financeiros, Instituições de A Polícia paulista está mostrando incompetên-
Desenvolvimento Regionais, Instituições Privadas e cia a toda prova: permitiu que um bandido matasse,
Órgãos dos Governo Federal e do Governo do Esta- sozinho, dois policiais, passasse a noite toda rodando
do, a EMATER vem implantando quinze projetos de carro em São Paulo e aparecesse de manhãzinha
agropecuários que contemplam metas específicas e na casa do empresário Silvio Santos, com duas ar-
que estão apresentando resultados esperados pelos mas e uma bomba.
produtores rurais do Estado de Rondônia. Precisamos rever as nossas leis e melhorar a
Sr. Presidente, o crédito rural tem sido um pode- segurança pública neste País. Se nem um homem tão
roso instrumento de apoio aos produtores, contribuin- rico como Silvio Santos consegue se proteger, só po-
do de forma decisiva com o crescimento da agricultu- demos esperar por Deus.
Agosto de 200\ DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-leira 31 41131
O SR. PRESIDENTE (Marçal Filho) - Deputado cos, tanto para a empresa quanto para os emprega-
Bispo Rodrigues, é bom ressaltar que o Secretário de dos. Entre outros, podem ser salientados os seguin-
Segurança Pública de São Paulo deu entrevistas on- tes:
tem em vários programas de televisão enaltecendo a - Diminuição dos acidentes de trabalho, do ab-
bela ação da Polícia de São Paulo. Ele estava feliz da senteísmo, dos atrasos e dos roubos.
vida nos programas de auditório, como se fosse um - Melhoria do moral dos funcionários e empre-
artista de televisão. E já hoje acontece isso, para nos gados e aumento da produtividade.
mostrar a total incompetência dele e de seus coman-
- Melhoria do estado de saúde dos empregados
dados. É um absurdo!
e mesmo de membros de sua família e diminuição da
O SR. BISPO RODRIGUES - Quando falha a procura de assistência médica.
segurança é que as pessoas se dão conta de que só
- Aumento dos incentivos relacionados com os
mesmo Deus pode guardar a nossa vida. A Polícia
não está guardando nada. prêmios de seguros e diminuição de pagamentos das
taxas correspondentes.
Durante o discurso do Sr. Bispo Rodri- Os empregados, seus representantes e os sin-
gues, o Sr. Wilson Santos, 4° Suplente de dicatos geralmente recebem de maneira positiva os
Secretário, deixa a cadeira da presidência, programas bem-feitos de prevenção. São vários os
que é ocupada pelo Sr. Marçal Filho, § 2° do componentes que devem ser considerados para um
artigo 18 do Regimento Interno. local de trabalho livre de drogas.
Entre outros, podem ser salientados os seguin-
O SR. PRESIDENTE (Marçal Filho) - Concedo
tes:
a palavra ao Deputado Elias Murad.
- Avaliação do problema.
O SR. ELIAS MURAD (PSDB - MG. Sem revi-
são do orador.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputa- Este é o primeiro passo. As necessidades de
dos, fiz um pronunciamento na semana passada so- uma empresa com cem empregados, com quarenta
bre o uso de drogas no local de trabalho. Dando conti- ou cinqüenta deles manobrando veículos, são dife-
nuidade a tão importante tema, quero ventilar hoje so- rentes das de outra empresa, com trinta empregados,
bre locais de trabalho livres de drogas. a maioria deles trabalhando em escritórios.
Sr. Presidente, caros colegas, o abuso de dro- - Desenvolvimento de uma política antidrogas
gas está espalhado em nossa sociedade. As drogas- na empresa.
tanto as legais ou lícitas, como o álcool e o tabaco, A empresa deve divulgar uma política clara em
quanto as ilegais ou ilícitas, como a maconha, a coca- relação ao abuso de álcool e outras drogas. Tal políti-
ína, o crack e outras - penetram em qualquer lugar e ca deve ser divulgada em toda a empresa com os fun-
atingem todas as classes sociais. cionários e empregados tomando conhecimento dela
Pesquisa que fizemos há algum tempo na não só por informações verbais de seus chefes imedi-
ABRAÇO - Associação Brasileira Comunitária para a atos, como também através de boletins difundidos
Prevenção do Abuso de Drogas - revelou que, dos para todos. Neles colocar-se-á, claro, que a empresa
nossos pacientes, 29,9% são carentes; 30,1% per- não aceita o abuso de drogas por aqueles que nela
tencem à classe média; e 40% à classe alta. trabalham. Muitos empresários acham útil e conveni-
O abuso de drogas pode afetar a sociedade de ente envolver supervisores, representantes de funcio-
várias maneiras e em vários locais, sendo um dos nários e dos trabalhadores, bem como representan-
mais importantes o local de trabalho. tes dos sindicatos na elaboração dessa política. Qu-
ando isso existe, a política antidrogas é bem aceita
Nenhum local de trabalho é imune ao abuso de
pela comunidade.
drogas. Pesquisa feita pouco tempo atrás pelo NIDA-
National Institute of Drug Abuse, o Instituto Nacional - Educação dos empregados.
de Abuso de Drogas dos Estados Unidos, mostrou Deve-se estabelecer um plano ou programa de
que 68% dos usuários de drogas ilícitas estão empre- informações sobre o abuso de álcool e outras drogas.
gados. Portanto, o local de trabalho é um ambiente de Os componentes educacionais devem fornecer os
risco em relação às drogas. fundamentos básicos sobre o abuso de bebidas al-
Tendo em vista esse fato, empresários vêm se cóolicas e outras drogas, contendo as implicações
mobilizando para estabelecer programas de preven- mais importantes provenientes desse abuso.
ção e eles têm relatado resultados altamente benéfi- - Treinamento de agentes multiplicadores.
41132 Sexta-teira 31 DJARIO l.l!\ CÂM ARA DOS DEPUTADOS Agoslo de 20(j I
Tais agentes mu~iplicadores dos programas de mos acompanhado pela imprensa, em âmbito nacio-
prevenção devem ser escolhidos, de preferência, entre nal, o drama dos servidores públicos em todos os
os funcionários e empregados que ocupam cargos de Estados e estamos solidários com a categoria pela
chefia, de supervisão, de gerenciamento, ou entre aque- luta na busca de melhores salários.
les que, em virtude das atividades que desenvolvem, es- Sr. Presidente, com muita satisfação vimos a
tão mais próximos dos trabalhadores. Essa equipe deve esta tribuna informar aos nobres pares sobre a situa-
ser bem treinada por especialistas no assunto e contar ção salarial do meu Estado, o Rio Grande do Sul, que
com seu suporte e apoio quando necessário. neste mês de agosto passa a ter o maior piso salarial
- Programa de assistência aos empregados. regional do País. Aprovado pela Assembléia Legislati-
É importante verificar que, quando se detecta va, o projeto, de autoria do Governador Olívio Dutra,
abuso de drogas em uma empresa, é importante dar visa a pagar todos os trabalhadores do setor privado
assistência ao usuário, para sua recuperação e rein- que cumprem jornada de 44 horas semanais, a partir
tegração social, familiar e no próprio emprego. Muitas deste mês, salário mínimo que oscila entre R$ 230,00
vezes é possível estabelecer parcerias com institui- e R$250,00. O Governador Olívio Dutra disse que
ções e órgãos que possam oferecer tratamento de esse projeto significa um avanço na construção de
farmacodependência, incluindo programa de preven- maior justiça e igualdade social através de melhor dis-
ção. É importante dar conhecimento a todos de que a tribuição de renda.
empresa possui esse programa de ajuda e que é de Como as Sras. e os Srs. Deputados podem ver,
seu interesse tratar do dependente e recuperá-lo ao o Rio Grande do Sul saiu na frente e hoje passa a ter o
invés de, simplesmente, mandá-lo embora da firma. maior salário básico dos trabalhadores brasileiros.
Análise do uso de drogas. Para orgulho de todos nós esta ação do Governo pe-
tista gaúcho é mais uma conquista da cidadania e dos
Consiste nos teste para detectar a presença de trabalhadores do Estado.
drogas na urina ou no sangue dos empregados sus-
peitos de serem usuários. Esses testes podem ser Segundo nossos cálculos, o novo salário irá
uma fonte de grandes controvérsias, porque não se atingir cerca de 550 mil trabalhadores e trará retorno
sabe bem até onde eles estariam invadindo a privaci- financeiro para a economia gaúcha superior a R$15
dade do indivíduo e violentando seus direitos. milhões de reais mensais, ou seja, mais de R$200 mi-
lhões ao ano decorrentes da nova massa salarial.
Pode surtir bom resultado para suplantar as di-
vergências, o estabelecimento de um acordo entre as Sr. Presidente, com o nosso pronunciamento,
empresas e os sindicatos ou associações dos empre- queremos alertar que o Rio Grande do Sul é o segun-
gados para que tais testes sejam realizados em casos do Estado do Brasil a aplicar a Lei Complementar n°
de suspeitas bem fundamentadas do uso de drogas. 103, de julho do ano passado. Perdemos apenas para
Por exemplo, mudança de comportamento, queda da nossos irmãos do Rio de Janeiro. Nosso projeto defi-
qualidade do trabalho, absenteísmo, principalmente ne R$230 como piso para os trabalhadores domésti-
após os fins de semana, agressividade, mau relacio- co, com jornada de 44 horas e de R$250,00 para os
trabalhadores dos setores metal-mecânico, indústria
namento com os colegas etc. Nesses casos, aí, sim,
pode-se, pa,a comprovar as suspeitas ou inocentar o química, construção civil e serviços.
empregado, solicitar exame de urina ou de sangue. Vejam, Sras. e Srs. Parlamentares, no intervalo
entre os dois pisos ficam os comerciários. Queremos
Sr. Presidente, de modo geral, as representa-
salientar ainda que este piso salarial não tem validade
ções dos empregados concordam que, nessas condi-
para os trabalhadores do setor privado que já tenham
ções, os testes sejam realizados, mantendo-se estrito acordo coletivo firmado.
sigilo e oferecendo-se ao empregado a opção do trata-
mento, uma vez que o uso de drogas no trabalho pode Ao contrário de outras administrações, a educa-
representar um risco não só para o usuário, como tam- ção hoje é tratada com seriedade, transparência e
bém para os colegas que com ele convivem. participação. Assim, o Governo do Estado do Rio
Grande do Sul, sem demitir, municipalizar ou privati-
Seguindo-se esses princípios, é possível às em- zar está propondo à Assembléia Legislativa aumento
presas manter o local de trabalho livre de drogas e, salarial de 25% para todos os professores que pode-
conseqüentemente, mais produtivo e saudável. rão receber entre 30% a 50% do salário básico. Nesse
Muito obrigado. contexto, o Governador Olívio Dutra negocia com res-
O SR. PAULO PAIM (PT - RS. Sem revisão do peito e faz grande esforço para recuperar salários em
orador.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, te- um quadro de grandes limitações financeiras. Para os
Agl1sto de 2001 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexla-leira 31 41 133
servidores da Segurança Pública, o percentual de au- A falta de liberação dos recursos para investi-
mento concedido no mês passado foi de 222%. mento afeta diretamente as populações de baixa ren-
Com este pronunciamento, esperamos ter apre- da e que moram em locais onde o saneamento é pre-
sentado ao Plenário fatos que comprovam o sucesso cário ou inexistente.
da administração do Partido dos Trabalhadores no É o caso das famílias que moram entre as qua-
Estado do Rio Grande do Sul. dras 7 e 22 da Expansão do Setor 0, no Distrito Fede-
Aproveito a oportunidade, Sr. Presidente, para ral, onde, há dez anos, corre um esgoto a céu aberto
solicitar a V. Exa seja colocado na pauta de votação ao lado das casas dessas pessoas. Esse esgoto é
projeto de minha autoria sobre o salário mínimo de foco de doenças e serve de lixeira e depósito de ani-
100 dólares, para o qual está solicitada urgência ur- mais mortos. Uma jovem de quinze anos, filha de um
gentíssima desde 1995. dos moradores, já teve meningite e hepatite causadas
É o que tinha a registrar no dia de hoje. pela proximidade com o esgoto. Além de conviverem
Muito obrigado. com doenças, vivem sob a constante ameaça dos as-
O SR. L1NCOLN PORTELA - Sr. Presidente, saltantes que se escondem no matagal.
peço a palavra pela ordem. Não é à toa que essas famílias sofrem há tanto
O SR. PRESIDENTE (Marçal Filho) - Tem V. Exa tempo. O 'Governo tem cortado investimentos para
atender exigências do FMI. Aqui, no Distrito Federal, o
a palavra.
programa de saneamento básico recebeu zero reais
O SR. L1NCOLN PORTELA (Bloco/PSL - MG.
até o dia 3 de agosto, dos 675 mil reais disponíveis. E
Pela ordem. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Pre-
o mesmo ocorreu com o programa de infra-estrutura
sidente, Sras. e Srs. Deputados, análises feitas pelo
urbana, que não recebeu nenhum centavo dos 760
Instituto de Estudos Socioeconômicos - INESC es-
mil reais disponíveis.
clarecem à população por que não estão chegando
Assim como esses, outros programas, dentro e
recursos para investimento nas áreas sociais, como
educação, habitação e saneamento. fora do Distrito Federal, não estão recebendo os re-
cursos previstos no Orçamento 2001 para investi-
O INESC é uma Organização Não-Governamen-
mento. A situação está crítica, pois há grande limita-
tal- ONG, que realiza estudos na área social.
ção financeira por parte da área econômica, impedin-
Desde 1998, quando o Governo Federal fechou
do a realização dos programas de investimento.
o acordo com o FMI, a política econômica nacional
Nosso povo não pode continuar servindo de
passou a se voltar para o pagamento de juros e en-
bode expiatório. É preciso que, neste um ano e meio
cargos da dívida pública, através de contenção de
que falta para a eleição, o Governo Federal tente mo-
gastos em todas as áreas de responsabilidade do
dificar um pouco a sua política econômica, para que o
Estado.
próximo Presidente não venha a sofrer de maneira
O INESC fez análise dos gastos públicos de tão pesada as conseqüências irresponsáveis dessa
1999 até agosto de 2001, em que ficou constatado gestão. Com as eleições presidenciais se aproximan-
que os pagamentos de juros da dívida pública, no pe- do, é necessário que essa política seja repensada
ríodo de 2001, foram 625% superiores aos gastos pelo próximo governante, já que, no ano que resta ao
atual Governo, não será possível consertar os erros
com investimentos.
dos últimos sete anos.
Até 3 de agosto deste ano, apenas 8,17% dos Era o que tinha a dizer.
18 bilhões e 990 milhões de reais destinados a inves- Muito obrigado.
timento foram utilizados. O programa de saneamento O Sr. Marçal Filho, § 2° do artigo 18 do
básico, considerado estratégico pelo Governo, tem 1 Regimento Interno, deixa a cadeira da presi-
bilhão e 537 milhões de reais de recursos alocados dência, que é ocupada pelo Sr. Wilson San-
no Orçamento deste ano, mas até 3 de agosto apenas tos, 4° Suplente de Secretário.
24 milhões e 310 mil reais foram liberados, isto é,
O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) - Conce-
1,58% do total.
do a palavra ao Deputado Hugo Biehl.
Outro importante programa, Saneamento é O SR. HUGO BIEHL (PPB - SC. Pronuncia o
Vida, tem recursos da ordem de 965 milhões e 500 mil seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. De-
reais para 2001 , dos quais nenhum centavo foi libera- putados, desejo registrar, desta tribuna, o expressivo
do até a presente data. sucesso de público, de conteúdo, de conclusões e de
41 134 Sexla-Icin.l 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Ag,OSIO de 200 I
resultados do 1° Seminário Internacional sobre De- Subachi Puri (desenvolvimento humano, social e am-
senvolvimento Local e Sustentável do Sul do Brasil, bientai); e do diretor-técnico nacional do SEBRAE, Vi-
recentemente encerrado em Chapecó, do qual tive a nicius Lummertz Silva (desenvolvimento econômico,
honra em participar. social, local, integrado e sustentável).
O evento reuniu Ministros, Governador e Secre- Também foram de grande significado as pales-
tários de Estado ao lado de empresários, gestores tras do sociólogo e docente da Universidade Federal
públicos, técnicos, pesquisadores e interessados no do Rio de Janeiro, Giuseppe Cocco (mecanismos de
tema, procedentes de doze Estados da Federação, integração do público e do privado na promoção do
além de Canadá, França e Portugal. desenvolvimento local na Europa); do engenheiro
Durante dois dias de atividades, um público su- pesquisador do Centro de Pesquisas de Energia Elé-
perior a 1.200 pessoas discutiu e debateu os mais mo- trica, Júlio Pedro Vaz Esmeraldo (o papel estratégico
dernos conceitos e avançadas tendências, traçando do setor energético no desenvolvimento local brasilei-
diretrizes de como os Estados de Santa Catarina, Pa- ro); e do industrial e presidente da FIESC, José Fer-
raná e Rio Grande do Sul e o Brasil podem incluir em nando Xavier Faraco (o papel da comunidade empre-
suas agendas propostas de intervenção para a promo- sarial no desenvolvimento local).
ção do desenvolvimento regional e sustentável. Foi apresentada urna série de doze "cases" pio-
O Seminário foi organizado pela Fundação neiros e inéditos de desenvolvimento local e sustentá-
UNOESC, SEBRAE nacional, ELETROBRÁS, vel, viabilizados em Santa Catarina, Paraná e Rio
BADESC, Governo de Santa Catarina e Rede Santa Grande do Sul.
Catarina de Comunicação/SBT, com patrocínio da A Carta de Chapecó, extraída do Seminário,
ELETROSUL, Caixa Econômica Federal e Telesc traz algumas importantes constatações: as identida-
Brasil Telecom com apoio da ADVB/SC, Prefeitura de des locais são reforçadas cada vez mais pelo fenôme-
Chapecó, BRDE, FCDL, FACISC, FECOMÉRCIO e no da globalização, e as regiões passam a ser o espa-
FIESC. Atuaram na coordenação central, Prof. Santo ço territorial com escala para superação dos proble-
Rossetto, Reitor da UNOESC e os administradores mas e aproveitamento das oportunidades advindas
Marcelo Petrelli e Gincarlo Tomelin. do processo. Desenvolvimento regional e sustentável
Contribuíram para o sucesso do Seminário as significa buscar a qualidade de vida na região, quali-
conferências do Ministro Francisco Dornelles, do Tra- dade essa medida em quatro dimensões: humana,
balho e Emprego, sobre as políticas do Governo Fe- social, econômica e ambiental.
deral para geração do desenvolvimento local e do Mi- São fatores essenciais para o desenvolvimento
nistro Ramez Tebet, da Integração Nacional, enfocan- regional e sustentável: postura ética, consciência
do a integração nacional, o desenvolvimento local e o ecológica e política de negociação - a sinergia entre
programa Mesorregião Grande Fronteira do esses fatores chama-se desenvolvimento negociado.
MERCOSUL. Só haverá efetivo desenvolvimento se houver o de-
Em um dos momentos mais importantes do senvolvimento negociado.
evento, o Senador e Ministro Ramez Tebet anunciou a Desenvolvimento não é papel apenas dos go-
liberação de R$ 1milhão e 500 mil neste semestre - vernos, mas de todos os atores de urna região: gover-
que serão transferidos ao Fórum Mesorregional - para nos, iniciativa privada e indivíduos. A sustentabilidade
a implementação dos seis projetos estruturantes: de- acontecerá pela sinergia entre Estado, mercado e so-
senvolvimento da agricultura familiar e do turismo, ge- ciedade civil.
ração e transferência de tecnologia, gestão ambiental, Não há fórmulas para a promoção do desenvol-
capacitação de recursos humanos e crédito. vimento regional. A solução dependerá das condi-
Ampla visão do desenvolvimento local, integra- ções primárias ambientais, sociais, econômicas e,
do e sustentável (DLlS), no Brasil e no mundo, foi pro- principalmente, humanas. O processo de desenvolvi-
porcionada pelas palestras do economista e profes- mento pode ser lento, mas deve ser sistematizado,
sor da Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais gradativo e com constância.
de Paris, Ignacy Sachs (o futuro da pequena produ- As micro e pequenas empresas são fator pri-
ção); de Augusto de Franco, presidente do Instituto de mordial no desenvolvimento regional pela possibilida-
Política Milleniun e conselheiro do programa Comuni- de de gerar empregos, empreendedorismo e distribui-
dade Solidária (o papel do DLlS na superação dos ção de renda.
problemas do desenvolvimento local no sul do Brasil); Os mercados globais, a evolução tecnológica e
do especialista em qualidade ambiental do Canadá, a informação difundida têm posto o ambiente em
Agosto de 200 I DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexl:.J-lcira 31 41135
constante mudança, e a inércia dos governos não tem car parceria para adensar as cadeias produtivas dos
possibilitado o acompanhamento adequado, gerando pólos produtivos e clusters.
desequilíbrios sociais. O Seminário concluiu que o desenvolvimento
As regiões podem proporcionar às pequenas regional sustentável depende de formação de redes
empresas as escalas de marca, de tecnologia e de lo- de confiança. O fator humano, portanto, é o mais im-
gística, fatores fundamentais na internacionalização portante e a mudança cultural é a mais difícil num pro-
das empresas, que isoladamente, jamais teriam con- cesso de desenvolvimento. A mudança de comporta-
dições de conquistar. mento grupal é a última numa escala muito mais do
que logarítmica que começa na mudança do conheci-
Em que pesem os bons propósitos e a qualida-
mento e passa pelas mudanças de pensamento e de
de dos programas direcionados ao desenvolvimento,
comportamento individual.
constata-se que grande parte dos programas, coor-
denados por governos, instituições de suporte, corpo- Só um fator de exceção, como uma guerra, tem
rações empresariais e ONGs, não têm sido suficien- condições de acelerar drasticamente o processo até
tes para reverter a crescente desfiguração do modelo a mudança do comportamento grupal. A globalização
catarinense de desenvolvimento, ícone nos anos 70 e é uma guerra! A consciência de que estamos numa
"guerra" sem volta pode ser o fator de mudança.
80.
Um processo de intervenção para o desenvolvi-
As instituições voltadas ao desenvolvimento
mento regional é demorado, os resultados iniciais em
normalmente priorizam programas e atuações isola-
qualquer região do Brasil poderão ser modestos, mas
das, quando deveriam fazê-lo de forma integrada, co-
desenvolvimento regional, antes de mais nada, é
operada e convergente para as estratégias de desen- constância, é persistência. Deve-se iniciá-lo o quanto
volvimento das regiões.
antes para não se perder tempo, e ter essa persistên-
O Brasil, bem como a maioria dos Estados, ain- cia, caso contrário o Brasil não estará inserido no blo-
da não tem clareza na sua política de incentivo ao de- co dos países desenvolvidos. A intervenção para o
senvolvimento regional, com diferentes propostas de desenvolvimento regional e a criação de mecanismos
vários ministérios. de integração regional, como as ADRs - Agências de
Entre as conclusões obtidas, incluem-se aque- Desenvolvimento Regional não são um modismo,
las segundo as quais o Governo e lideranças do setor mas efetiva necessidade para inserção territorial no
privado devem rever o conceito de fatores ambientais, mundo globalizado.
devem promover a articulação, através das redes de Era o que tinha a dizer.
relacionamentos, criar programas e formas de apoio à O SR. JAQUES WAGNER (PT - BA. Pronuncia
criação de mecanismos tipo plataforma interinstituci- o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. De-
onal nas microrregiões, que representam a forma putados, encaminhei hoje à Mesa desta Casa projeto
mais avançada de modelo de ADR - Agência de De- de lei que veda, em todo o território nacional, as exi-
senvolvimento Regional, além de terceirizar o desen- gências do reconhecimento de firma e da autentica-
volvimento por intermédio de entidades como as ção ou conferência da reprodução de documentos,
agências e foruns regionais. para sua validação.
Outras conclusões produzidas pelo Seminário Temos de romper com essa mentalidade carto-
são a necessidade de apoio ao desenvolvimento de rial e retrógrada, que serve somente para enriquecer
pólos produtivos e clusters, por meio do adensamen- os proprietários dos cartórios.
to de suas cadeias produtivas; políticas de apoio à Nobres pares, é um absurdo que o povo brasile-
agricultura familiar; apoio às pequenas e médias em- iro tenha de passar horas em filas intermináveis para
presas, através da simplificação geral de normas, ter um documento carimbado e validado por alguns
procedimentos e exigências; regulamentação do ca- senhores feudais. Não podemos também perder de
pítulo da garantia local de crédito do estatuto da mi- vista que todo esse ritual arcaico, que mantém mi-
croempresa; incentivo às empresas orientado aos lhões de brasileiros nas filas dos cartórios, tem um
dois terços da força de trabalho excluídos da justa re- custo altíssimo para o País.
muneração, privilegiando o emprego antes da econo- Sr. Presidente, também do ponto de vista jurídi-
mia; criação do programa de reserva de mercado nas co o reconhecimento de firma e a autenticação de do-
compras públicas para as micro e pequenas empre- cumentos não se sustentam, porquanto afrontam a
sas; e elaboração do estatuto do trabalhador autôno- presunção da inocência, erigida pelo constituinte ori-
mo. Governo e corporações empresariais devem bus- ginário como direito fundamental. Com efeito, com es-
41116 Sexta-feira 31 DIÁRIO DA CÁMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 20() I
sas exigências, parte-se do pressuposto de que a as- A solução para essa dificuldade adicional do
sinatura que a pessoa aponha a um documento, bem País não deve passar pela imposição de mais perda
como as cópias que porventura apresente não são nos proventos de inativos, que já sofrem com a falta
verdadeiras, consagrando-se, assim, a presunção de de reajustes ao longo dos últimos seis anos. Ademais,
culpabilidade e de desonestidade do cidadão. a receita que seria alcançada com a pretendida con-
Diga-se de passagem que as falsificações docu- tribuição não ultrapassaria 1,5 bilhão de reais por
mentais já são devidamente reprimidas no âmbito do ano.
direito penal, além de ensejarem, na esfera civil, inde- Para se ter idéia do que isso representa, somen-
nizações por eventuais danos materiais e morais de- te a queda de 1% na taxa anual de juros - hoje em
las decorrentes. 19% - resultaria em urna economia de gastos de 6 bi-
lhões de reais por ano. Em outras palavras, Sr. Presi-
Por tudo isso, solicito o apoio desta Casa para
dente, se o Governo baixasse para 18% ao ano a taxa
que possamos tratar deste relevante tema com a ne-
de juros que é aplicada sobre a dívida interna - hoje,
cessária urgência que a questão requer.
acima de 600 bilhões de reais -, obteria um valor
Tenho profunda convicção de que os membros quatro vezes superior àquele que busca retirar dos
do Congresso Nacional estão conscientes de que se aposentados.
trata de questão de cidadania e de justiça com os bra- Por isso a minha preocupação diante da insis-
sileiros. tência do Poder Executivo em manter tão elevado
Era o que tinha a dizer. custo de rolagem de dívida interna, ao mesmo tempo
O SR. FERNANDO GONÇALVES (PTB - RJ. em que impõe crescentes sacrifícios aos servidores
Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, públicos, ao propor insignificantes 3,5% de reajuste
Sras. e Srs. Deputados, o Poder Executivo está enca- para o próximo ano, e ainda intentando aplicar uma
minhando ao Congresso Nacional, no prazo previsto contribuição a quem recebe, de pleno direito, o bene-
constitucionalmente, o projeto de lei do Orçamento fício da aposentadoria.
Geral da União. Faço um apelo ao Governo, para que, em vez de
fazer ameaças e barganhas ao Legislativo, exerça
Segundo informações liberadas pelo Palácio do
sua capacidade de convencimento e de pressão junto
Planalto e noticiadas pela imprensa de todo o País,
ao FMI, dizendo claramente aos seus técnicos e à sua
durante os últimos dias, o Governo tem o propósito de
direção que os brasileiros não agüentam mais tanto
promover uma forte barganha junto aos Parlamenta-
sacrifício em favor dos banqueiros.
res, ameaçando realizar cortes em emendas individu-
Que se mantenha o princípio do ajuste fiscal,
ais e de bancada se não for aprovada a contribuição
para se evitar o desperdício e a má aplicação do di-
previdenciária dos servidores inativos.
nheiro público. Mas que o resultado do ajuste não seja
Ora, Sr. Presidente, tal posição, se confirma- à custa do empobrecimento cada vez maior dos servi-
da, irá revelar-se antidemocrática, injusta e, certa- dores, dos aposentados e da população em geral,
mente, inócua, uma vez que o Parlamento brasileiro nem seja usado para engordar os ganhos do sistema
já se recusou a aprovar tal matéria que tantos preju- financeiro, que tem no Brasil um verdadeiro paraíso
ízos causaria aos aposentados. É bem verdade que para o lucro fácil e exorbitante.
esta Casa, inicialmente, chegou a aprovar proposi- Era o que tinha a dizer.
ção nesse sentido, quando era grande o ímpeto re- O SR. PAULO MOURÃO (PSDB - TO. Pronun-
formista do Governo, que, à época, convenceu a cia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs.
maioria a votar favoravelmente pela taxação - pre- Deputados, a mudança do modelo econômico fechado
tensão a seguir barrada pelo Supremo Tribunal Fe- para o de economia de mercado refletiu negativamen-
deral. Agora, renova-se a tentativa, mais para aten- te nas cooperativas agropecuárias brasileiras, compro-
der à exigência do Fundo Monetário Internacional - metendo sua força desenvolvimentista no processo de
FMI do que propriamente pelo significado do mon- geração de renda e de novas oportunidades de traba-
tante a ser arrecadado. lho no campo, particularmente, em determinadas ca-
Diante do novo acordo recentemente firmado deias produtivas das regiões Norte e Nordeste.
com aquele organismo, o Governo brasileiro assumiu Temos que reconhecer o esforço das autorida-
o compromisso de gerar um superávit primário cor- des da área econômica, do Sistema Financeiro Naci-
respondente a 3,5% do PIB, valor que servirá para o onal, do próprio Governo Federal e do Legislativo em
pagamento de juros. equacionar esse problema. Mesmo assim, as coope-
Agoslo de 2()() I DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS SeXla-lcÍra31 41137
rativas e seus produtores associados continuam em Nesse sentido, os dirigentes sugerem a adoção de
situação crítica, com elevado grau de endividamento mudanças no texto da Medida Provisória n° 2.168-39, de
e reduzida capacidade competitiva, particularmente 26 de julho último, que regulamenta o assunto. A idéia é
num cenário de economia globalizada e acirrada con- fazer com que a linha de crédito de R$2,1 bilhões seja
corrência. destinada a financiar itens do RECOOP de interesse das
Ao longo dos últimos anos, inúmeras medidas cooperativas, cuja consulta prévia tenha sido acolhida
foram adotadas pelo Governo, a exemplo da securiti- até 31 de julho de 1998 pelo Com~ê Executivo instituído
zação de dívidas e outros programas específicos, pelo Governo em janeiro do mesmo ano.
como PESA, Revitalização das Cooperativas de Pro- Eles propõem, também, que as operações de
dução Agropecuária (RECOOP), Programa Nacional crédito do RECOOP sejam realizadas com a referida
de Agricultura Familiar (PRONAF), além de outras re- linha de crédito do Tesouro ou com recursos dos Fun-
lativas aos Fundos Constitucionais. dos Constitucionais, no caso das cooperativas locali-
Essas decisões governamentais visavam exata- zadas nas respectivas regiões. E os recursos seriam
mente a apoiar o setor agropecuário e a equacionar destinados à quitação de dívidas bancárias já exis-
pendências relativas ao endividamento do setor, ampli- tentes nos respectivos Fundos.
ando-lhe as condições de competitividade. Entretanto, No caso de cooperativas das regiões beneficia-
as medidas não foram suficientes para resolver defin~i­ das pelos referidos Fundos, seus dirigentes defen-
vamente a situação dos produtores e das cooperativas. dem que se aplique às operações de crédito realiza-
Desta forma, consideramos extremamente ne- das à conta dos Fundos os encargos financeiros usu-
cessária a adoção de outras medidas para equacio- almente por eles praticados.
nar de vez o problema e assegurar o equilíbrio social Segundo os produtores, essas propostas não
e econômico das cooperativas de produção agrícola. implicam recursos adicionais do orçamento monetá-
Com uma situação estável, será possível manter os rio ou fiscal da União nem novos comprometimentos
produtores no campo e conter a migração para os do Tesouro Nacional, já que será mantido o limite má-
grandes centros urbanos, o que poderia agravar o ximo da linha de crédito instituída pelo programa.
quadro de desemprego e os problemas sociais. Em relação ao Programa de Fortalecimento das
O RECOOP foi instituído exatamente com esse Instituições Financeiras Federais, objeto da Medida
objetivo. Utilizando recursos do Tesouro Nacional e Provisória n° 2.196-2, de 26 de julho último, os coope-
dos Fundos Constitucionais, no valor global de R$ 2,1 rados também sugerem modificações visando a reti-
bilhões, o programa destinava-se ao reforço do capi- rar dessas instituições o ônus de caixa e de regula-
tal de giro das cooperativas e ao saneamento bancá- mentação do Banco Central não apenas nas opera-
rio, fiscal e previdenciário dos produtores, além do ções de crédito rural mas, também, no caso do
alongamento ou securitização de dívidas do setor. RECOOP. Com isso, eles acreditam ser possível re-
Entretanto, problemas como risco de créd~o, verter a postura refratária dessas instituições em rela-
garantias oferecidas e a própria utilização mista e di- ção às operações com o RECOOP.
recionada dos recursos têm desestimulado os agen- Considerando a importância econômica e social
tes financeiros a operacionalizar o programa. Segun- do segmento produtivo envolvido e as conseqüências
do empresários do setor, mesmo instituições regiona- negativas do insucesso do RECOOP para o próprio
is (e oficiais) de desenvolvimento, como Banco da País, temos certeza de que o Governo, por intermédio
Amazônia e Banco do Nordeste, têm se retraído, pre- das autoridades da área econômica, se sensibilizará
ferindo destinar recursos dos Fundos Constitucionais com o problema e buscará alternativas de solução
para operações mais seguras, em prejuízo dos produ- para o grave endividamento das cooperativas de pro-
tores cooperados. dução agrícola, de forma a devolver a confiança e a
Segundo eles, o uso obrigatório dos Fundos tranqüilidade a um setor de vital importância para o
Constitucionais no RECOOP provocou o engessa- desenvolvimento não só da economia rural, mas do
mento dos processos das cooperativas localizadas Brasil como um todo.
nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, já que Muito obrigado.
seu saneamento financeiro depende da alocação O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ (PPB - SP.
desses recursos. Diante do impasse, os dirigentes de Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente,
cooperativas de produção agrícola defendem pronta Sras. e Srs. Deputados, por intermédio da imprensa
solução para o problema, sob pena de inviabilizar o tenho acompanhado matérias originadas em diversas
programa como um todo. áreas sobre a utilização, pelo Governo, de sistemas e
4113H Sexta-feira 31 DIÁRIO DA CÂMA RA DOS DEPUTADOS AgO,;lll de 200 I
programas de computadores, direta ou indiretamente, gramas não possuem variedade de aplicativos com-
a exemplo do que ocorre no programa específico de patíveis com eles e escritos na língua portuguesa.
apoio à informatização das escolas públicas, neste Por fim, devo lembrar que esses programas ge-
caso com recursos do FUST. ralmente surgem algum tempo após o lançamento
Nesta Casa tramitam alguns projetos ~e I~i sobre dos programas originais. Ou seja: trabalhar com soft-
o assunto, como o do Deputado Wa~er PI~h~lro, que wares abertos, significa trabalhar quase sempre com
obriga o uso dos chamados softwares de código fonte tecnologia defasada.
abert<: ou ~~ar~s livres pela Administraç~o P~blica. Tenho certeza de que, diante de tantos argumen-
A primeira Vista, parece uma deter~lnaçao que tos, V. Ex"s. analisarão com mais profundidade a maté-
só traria vantagens para o Governo, considerando que ria antes de se pronunciarem a favor da volta de uma
o custo inici~1 de aquisição desses sistemas ~ rotu~a?o reserva de mercado que determinaria privilégios espe-
como gratuito. Entretanto, ao procedermos a analise ,. . d t
.. . ~.. clflCOS a empresas sem compromisso com o pro u o
da questão, verificamos a eXlstencla de variantes com- d"b b t d t t 'd d
plexas e sutis, que gostaria de aqui esclarecer. que Istrl uern s~ o ma~ o e suposa gra UI a e.
Afinal, o que estaria por trás dessa suposta vanta- Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente.
gem, se ela vem por intermédio de legislação que torna A SRA. LAURA CARNEIRO (Bloco/PFL - RJ.
obrigatório aos administradores públicos sua adoção? Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Sras. e
Será que os administradores públicos não têm Srs. Deputados, a população do Estado do Rio de Jane-
competência para julgar a eficiência e eficácia dos iro já pode comemorar. O Governo Federal comprome-
sistemas e programas de computador existentes no teu-se a liberar verbas para a construção da Linha Três
mercado e escolher a melhor solução de informática do Metrô, ligando o Rio a Niterói e São Gonçalo. Basta
para seus órgãos? para isso um compromisso do Governo Federal de cus-
É importante ressaltar que os custos iniciais tear 50% da obra ou, então, um acordo com a iniciativa
perto de zero, a exemplo do que acontece no Sistema privada. Com investimentos previstos em R$2,3 bilhões,
Linux, sobem significativamente quando comparados o projeto é um antigo sonho de cariocas e fluminenses,
a outros sistemas operacionais, pois para operar um e é considerado uma das obras mais importantes para o
computador há os custos relativos à implantação, trei- Grande Rio. De imediato, vai beneficiar cerca de 1,5 mi-
namento e qualificação do,s p~ofissionais, ~I~m do in- Ihões de pessoas.
vestimento em suporte tecnlco e produtividade de A ligação metroviária vai facilitar o trânsito no cen-
?peraç~? D~ total dess~s cust~s'dost~~gramas de tro do Rio na Ponte Rio Niterói e nas principais vias de
Informatlca nao represen am mais e '. o, d _ São GOn~aIO Municipio com quase 859 mil habitantes,
E~ geral, todos os_custos menciona os sao a rnaior uia ão do Estado, depois da Capital. O per-
bem mais altos nas soluçoes de softwares abertos, pop ç ,_ "
como o LInux· ten do em VIS. ta varias
" carac tens't'Icas curso entre o centro do RIO e Sao Gonçalo . sera reduzl-
relevantes, tai~ como a falta de padronização, o pe- do de mais de duas horas para 35 minutos.
queno número de profissionais conhecedores desse A conquista foi resultado da mobilizaç~o da po-
sistema operacional e a incompatibilidade do progra- pulação, de Parlamentares de todos os partidos, e de
ma com vários aplicativos. Isso foi comprovado por re- empresários.
cente estudo realizado pelo Gartner Group, que Não temos dúvidas de que, mais uma vez, unidos,
aponta a existência de custo adicional por estação Li- vamos conseguir assumir o compromisso de custear
nux por volta de 1.700 dólares/ano, em comparação metade do custo da obra, seja com verba do Governo
com as tecnologias mais modernas enco~tra~as em Estadual, seja com recursos da iniciativa privada ou for-
softwar~s co~erciais que envolv.em conslderavel vo- mação de parceria entre os dois setores da sociedade.
lume de investimentos em pesquisa. Todos sabemos que o empreendimento é importante
Além dos problemas apontados, ?S softwa~es para a economia e desenvolvimento do Estado. O Presi-
livres padecem por não oferecer ~arantlas ao usua~rlo dente Fernando Henrique garantiu a inclusão do projeto
em termos de funcionamento, pOIS sofre~ I~terfere_n- no Orçamento da União de 2002 e, tenho certeza, o
cia permanente de pessoas no mundo Inteiro e sao Estado do Rio também vai fazer sua parte.
disponibilizados pela Internet. Os sistemas livres tam- F' I t L' h li" d M t o" I' sal'rdo pa
bem' nao- oferecem segurança pela nao-utl - '1'Izaçao
- de Ina" men e a In a res o e r va -
mecanismos de auditoria por pa~e das empresas dis- pel, depOIS ~e anos de es,pera. , . I
tribuidoras. Tudo isso sem mencionar que esses pro- Parabens a todos nos, cariocas e fluminenses.
AgllSlll de 200 I DIÁRIO DA CÁMARA DOS DEPUTADOS SexHI-lcira31 41139
Sr. Presidente, peço a Vossa Excelência que au- ral e com o Porto de Santos, em particular, foi cons-
torize a divulgação do meu pronunciamento no pro- tante em nossas ações, seja no encaminhamento de
grama A Voz do Brasil. propostas para minorar os efeitos nocivos de um pro-
Muito obrigada. cesso de privatização eivado de vícios, seja no senti-
A SRA. TELMA DE SOUZA (PT - SP. Pronuncia do de intermediar negociações entre trabalhadores,
o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. De- autoridades e empresários, durante as várias crises
putados, por motivos óbvios, primeiro surgiram os geradas por esse mesmo processo.
portos. Estes, por sua vez, deram origem às cidades, Pois bem. Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados,
que se desenvolveram em função deles. hoje a lei de privatização dos portos, eufemisticamente
Esse processo natural ocorreu também em nos- chamada de "lei de modernização", já se tornou realida-
so País, porém sob o que poderíamos chamar de "ví- de irreversível e, portanto, de nada adianta, nesta opor-
cio histórico", uma vez que tais cidades, em maior ou tunidade, vohar a enumerar seus pontos negativos.
menor escala, tiveram seu crescimento e desenvolvi- Nossa preocupação voha-se agora, no caso do
mento ditado não por seus próprios interesses e an- porto santista, para a condução do processo de regio-
seios de suas populações, mas, sim, pelas necessi- nalização daquele equipamento que começa a ser dis-
dades que os terminais portuários impunham, neces- cutido em âmbitos federal, estadual e municipal. Na
sidades em geral definidas em contexto distante da condição de única Deputada Federal da Baixada San-
realidade de cada Município em questão. tista, fui das primeiras pessoas a serem informadas so-
Esse procedimento tornou-se regra, chegando bre as transformações que iriam acontecer. O falecido
o Governo Federal, independentemente de quem o Governador de São Paulo, Mário Covas, me comunicou
estivesse exercendo, ao cúmulo de considerar as áre- sobre o sinal verde do Governo Federal para a regionali-
as ocupadas pelos portos como totalmente dissocia- zação e pediu minha colaboração no sentido de condu-
das dos limites territoriais dos Municípios onde os zir, dentro de minha área de atuação, as negociações
equipamentos estavam instalados. necessárias para que o projeto pudesse fluir da maneira
Ao longo do tempo, as Prefeituras desses Muni- a mais eficaz e rápida possível. Após seu falecimento,
cípios, às vezes por simples omissão, outras vezes esse direcionamento tem sido conduzido pelo atual Se-
por absoluta falta de alternativas, também passaram cretário Estadual de Transportes, Dr. Michael Zeitlin.
a ver os portos como realidades distintas dos respec- Desde então, grande parte de nossa atividade par-
tivos contextos municipais, não percebendo os riscos lamentar tem sido dedicada a essa tarefa, no afã de esta-
que tal comportamento trazia para o desenvolvimento belecer canais de comunicação entre as autoridades fe-
econômico e social local. derais e estaduais e autoridades municipais da região da
Felizmente essa situação mudou. Aos poucos, Baixada, sempre procurando enfatizar a necessidade de
os Municípios que abrigavam portos passaram a en- que a regionalização seja feita de forma harmônica, de
tender que podiam e deviam interferir nos destinos modo a não causar ainda mais prejuízos econômicos e
desses terminais. desemprego em nível regional, crescente tendência des-
Neste momento, Sr. Presidente, Sras. e Srs. De- de que se iniciou a privatização do porto santista.
putados, estamos frente ao início do processo de re- Uma de nossas ações mais recentes nesse sen-
gionalização do Porto de Santos. Todos nesta Casa tido foi garantir, por meio de contatos com o Ministro
sabem de minhas ligações políticas e afetivas com o dos Transportes, Eliseu Padilha, a participação de re-
referido Município, do qual tive a honra de ser Prefeita presentantes dos trabalhadores portuários na comis-
entre 1989 e 1992, e também da minha constante são criada para estabelecer os critérios pelos quais
preocupação com os destinos de seu porto, principal será norteada a regionalização. Já na última ter-
fonte de renda e emprego não só de Santos especifi- ça-feira, dia 28, a Subcomissão dos Portos desta
camente, mas de toda a Baixada Santista. Sempre Casa, por mim presidida, promoveu a primeira de
nos preocupamos com a necessidade de a Adminis- uma série de audiências públicas que pretendem
tração Municipal exercer o direito de influenciar os aprofundar os debates sobre as mudanças que ocor-
destinos daquele equipamento portuário, o mais im- rerão no Porto de Santos, de forma que todos os seto-
portante do País. Essa preocupação foi redobrada res envolvidos possam ser ouvidos e tenham como
com a sanção da Lei n° 8.630, que abriu caminho defender seus interesses ao longo do processo.
para a privatização do sistema portuário nacional. Durante esse primeiro encontro, ficou claro que al-
Desde nosso primeiro mandato na Câmara Fe- guns fatores devem ser respeitados e enfatizados du-
deral, a preocupação com o sistema portuário em ge- rante a regionalização. Dois deles devem ser destaca-
4114() SçxliI-t'eira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agos!<> dç 2()() I
dos: a elaboração de um plano metropolitano de ocupa- queda de 0,99%. Comparado ao mesmo trimestre do
ção das áreas ainda disponíveis dentro do porto organi- ano anterior, o PIB do segundo trimestre apresentou
zado e a ele vizinhas e a necessidade de maior autono- crescimento de 0,79%, e, considerando os últimos
mia da futura autoridade portuária, que deve ter carac- quatro trimestres, a taxa ficou em 3,55%.
terística pública e administrar todo o estuário santista. Para a variação de 2,49% no primeiro semestre
Sem dúvida, são duas preocupações importantes. de 2001, todos os setores apresentaram taxas positi-
No primeiro caso, embora sejam três os Municípios en- vas de crescimento. Para a agropecuária o cresci-
volvidos diretamente na regionalização - Santos, Cuba- mento foi de 2,24%; para a indústria, 2,99%, e para os
tão e Guarujá -, as transformações no porto santista serviços, 2,50%.
terão reflexos a curto prazo nas demais cidades da Bai- Na agropecuária, as taxas de crescimento dos
xada Santista. Daí a necessidade de um planejamento subsetores foram: lavouras, 2,10%; extrativa vegetal e
da ocupação do solo ainda disponível em nível metro- silvicultura, -2,72%, e produção animal, 4%.
politano. Caberá aos Municípios gerenciar o uso dessas Os subsetores da indústria apresentaram as se-
áreas, com o objetivo de preservá-Ias, em especial para guintes taxas de crescimento: transformação, 3,21%;
a instalação de indústrias destinadas ao processamen- extrativa mineral, 8,25%; serviços industriais de utili-
to local de matérias e produtos que chegam pelo porto, dade pública, 2,96%, e construção civil, 2,38%.
criando-se assim um pólo de geração de renda e em- O quadro resumo que anexo a este pronuncia-
prego, o que funcionaria como espécie de compensa- mento apresenta os principais resultados para o PIB, a
ção para os milhares de postos de trabalho perdidos preços de mercado, referentes aos cinco últimos trimes-
com a privatização da maior parte do cais santista. tres, do 2° trimestre de 2000 ao 2° trimestre de 2001.
No que diz respeito a maior autonomia da auto- O Gráfico 11.1, também anexo, apresenta as va-
ridade portuária que passará a atuar após a regionali- riações acumuladas no ano de 2001 do PIB a preços
zação, trata-se também de indicação pertinente. de mercado e de seus subsetores.
Hoje, a atual autoridade, exercida pela Companhia No segundo trimestre de 2001, a taxa acumula-
Docas do Estado de São Paulo (CODESP), tem muito da nos últimos quatro trimestres do PIB, a preços de
pouca independência em relação às decisões adota- mercado, foi de 3,55%. Observa-se uma queda na
das em nível federal. O órgão, inclusive, praticamente taxa do segundo trimestre de 2001 em relação à do
não exerce controle sobre trechos como o cais da primeiro trimestre.
Companhia Siderúrgica Nacional (COSIPA) e diver- O gráfico 11.2 apresenta os dados a partir do
sas áreas excluídas do chamado porto organizado quarto trimestre de 1992.
pela Portaria n° 94. Com a regionalização, espera-se No segundo trimestre de 2001 , a preços de mer-
que a nova autoridade portuária possa ter a indepen- cado, o PIB registrou crescimento de 0,79% em rela-
dência necessária para gerir os negócios portuários ção ao mesmo trimestre de 2000. Por esse indicador,
a agropecuária e a indústria registraram crescimentos
em mais estreita sintonia com os interesses munici-
de 0,18% e de 0,41%, respectivamente, enquanto o
pais e regionais, inclusive no que se refere a eventua-
setor de serviços cresceu 2,24%. Os impostos sobre
is negociações trabalhistas. produtos registraram queda de 2,64%. Todas as vari-
Enfim, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, pre- ações em relação ao mesmo trimestre de 2000 po-
cisamos, todos nós, ficar atentos ao processo de regio- dem ser observadas no gráfico 11.3.
nalização do Porto de Santos, pois as transformações Os dados apresentados mostram o crescimento
que forem ali adotadas terão reflexos em todo o sistema do PIS no primeiro semestre de 2001.
portuário nacional. Precisamos também, mais do que Quero parabenizar o IBGE pelo excelente traba-
tudo, lembrar que atrás de cada porto sempre existe urna lho efetuado, que deixa a população e os órgãos de
cidade. E, no caso do Porto de Santos, existem murtas ci- fiscalização informados sobre a situação e atentos às
dades inseridas em uma das regiões mais importantes mudanças econômicas.
do Estado de São Paulo - a Baixada Santista. Por fim, Sr. Presidente, solicito seja este pronun-
Muito obrigada, Sr. Presidente. ciamento registrado nos Anais desta Casa, para ser-
vir de suplemento de pesquisa aos inúmeros estu-
O SR. EDINHO BEZ (PMDB - SC. Pronuncia o
dantes e estudiosos que a freqüentam, além de divul-
seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. De-
gá-Ia nos órgãos de imprensa.
putados, no primeiro semestre de 2001, a preços de
Era o que tinha a dizer.
mercado, o PIB apresentou variação, em volume, de
2,49% em relação ao primeiro semestre de 2000, QUADRO E GRÁFICOS A QUE SE
mas, do primeiro para o segundo trimestre, houve REFERE O ORADOR
Agosto til: 2001 DIÁHIO DA CÁMARA DOS DEPUTADOS Sexla-lúira 31 41141

1 "}

Taxas 2°Trim 3° Trim 4°Trim 1°Trim 2°Trim

2000 2000 2000 2001 2001

Acumulado ao longo do anal


4,30 4,58 4,46 4,28 2,49
Mesmo período do ano anterior

Ultimas Quatro tnmestres f quatro


3,11 4,29 4,46 4,51 3,55
trimestres imediatamente anteriores

Tnmestre I mesmo tnmestre do ano


4,51 5,11 4,11 4,28 0,79
anterior

Trimestre f tnmestre Imediatamente


1,42 1,15 0,34 0,40 -0,99
anterior (com ajuste sazonal)

Valor do tJl~pm no tnmestre (milhões


268.900 281.884 290.355 279.068 -
de reais)

Valor do PIBpm acumulado ao longo


517.449 799.333 1.089.6E 279.068 -
do ano (milhões de Reais)
41142 Scxla-li;ira 31 DIÁRIO DA CAfvlARA DOS DEPUTADOS Aposto de 2001

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Agllslo de 2001 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Scxla-leira 31 41143
O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) - Conce- preito de gratidão, deixar de evocar neste
do a palavra ao Deputado Jorge Khoury. instante de renascimento da saga do cacau
O SR. JORGE KHOURV (Bloco/PFL-BA. Pronun- a figura de Antonio Carlos Magalhães.
cia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs.
Na segunda-feira, ao parabenizá-lo pela postu-
Deputados, a Bahia sempre tem dado exemplos ao Bra-
ra, disse-me S.Exa. que fazia aquilo com a maior na-
sil. Quer seja por ter sido a primeira terra brasileira civili-
turalidade, o que aumentou mais ainda a minha admi-
zada, quer por ter miscigenação racial sem igual no ração pelo contemporâneo da Escola Politécnica.
País, quer pelos filhos que se destacaram nos mais dife-
Já no domingo, dia 25, na terra que homenage-
rentes segmentos da sociedade, como Ruy Barbosa e
ou Ruy Barbosa adotando o seu nome, um filho seu,
Castro Alves, Otávio e João Mangabeira , Simões Filho
que tem o privilégio de ter nascido na mesma data de
e Miguel Calmon, Irmã Dulce e Mãe Menininha, Jorge
sua terra, 28 de agosto, OUo Alencar, Vice e futuro
Amado e tantos outros. Aliás, sempre que buscamos
Governador da Bahia, presenciou outro desagravo.
elogiar alguém, somos inclinados a citar os mortos.
Desta feita, o Senador Paulo Souto afastou todas as
Devemos, no entanto, ter a coragem de realçar intrigas da sexta e do sábado - bastante repercutidas
os vivos, pois eles é que estão escrevendo a História. na imprensa - , dizendo, com a clareza que lhe é pe-
Assim, acrescentei à minha lista de baianos que são culiar e com a emoção que só os honestos de propó-
referência Noberto Odebrechet, Elcimar Coutinho e sito têm, que pertence a um grupo que tem comando.
Antonio Carlos Magalhães - e é sobre este que pre-
Afirmou S.Exa.:
tendo me alongar.
Como político, conheço-o o suficiente para con- Por isso participamos aqui, Senador
siderá-lo exemplo que a Bahia dá para o Brasil. Já são Antonio Carlos, deste momento de alegria.
uma grife as suas iniciais - ACM -, e já virou jargão E eu tenho certeza de que é isso que conta
traduzi-Ias como "Ação, Competência e Moralidade". para o senhor, não interessa o que tenham
Não bastasse tamanha referência para a História, feito de injustiça, o que interessa são sem-
acresceria a sua indubitável capacidade de agregar, pre essas manifestações, porque o povo da
formar grupo, sob a égide da hierarquia, da disciplina Bahia lhe tem dado atenção, dizendo para o
e da fidelidade. E este último adjetivo talvez seja a senhor ir em frente, dizendo para continuar
mais forte característica do grupo carlista. lutando pela terra, dizendo para vencer os
A turbulência que incita os momentos pré-eleito- obstáculos.
rais não tem poupado, Sr. Presidente, Sras. e Srs. De- Foi uma reafirmação de sua lealdade. Aliás, nin-
putados, a busca da instabilidade do referido grupo. guém deu tanta demonstração de fidelidade como o
No último final de semana, em dois palcos diferentes, Senador Paulo Souto, que se afastou do Governo em
tivemos clara demonstração do quanto é monolítico 1998 para dar passagem àquele que seria o nosso
esse grupo. E sabe a Oposição baiana que só poderá Governador hoje e Presidente da República em 2002,
ter expectativa de vitória alimentando a intriga em re- se não fossem outros os desígnios de Deus: o Depu-
lação ao referido grupo. tado Luis Eduardo.
Na sexta-feira passada, dia 24, em Ilhéus, as li- A manutenção da unidade do grupo é a chave
deranças oposicionistas da Bahia, reforçadas pelo da sucesso. A unidade está mantida, e a vitória virá.
Presidente da República, tentaram levar avante seus
Era o que tinha a dizer.
planos, mas esbarraram no Menino de Jequié, que
não deixa se deslumbrar com o cargo de Governador O SR. ARNON BEZERRA (PSDB - CE. Pro-
ou com qualquer tipo de elogios do primeiro mandatá- nuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Sras. e
rio do País, mantendo intacto o grupo. Srs. Deputados, é com imensa alegria que registra-
mos a premiação nacional conferida ao Projeto Pingo
Perante todos, afirmou o Governador César
d'Água, desenvolvido no Município de Quixeramobim
Borges:
em parceria com o Governo do Estado do Ceará.
Os dias de promissão, como o que vi- Implantado em 1998 no Vale da Forquilha, região
vemos hoje, no entanto, não seriam possí- mais seca de Quixeramobim, o projeto Pingo d'Água
veis sem a presença marcante dos constru- teve apoio da Universidade Estadual do Ceará e de
tores dos nossos tempos, alguns dos quais universidades francesas e hoje é considerado uma das
aqui presentes. Não pretendo nominá-Ios, opções econômicas de convívio permanente com a
mas é impossível, até por ato de justiça e seca, uma de suas características mais importantes.
41144 SeXla-ll:ira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2DUI
Enquanto a perfuração mecânica de um poço, água permitirá a implantação, entre 2002 e 2003, de 7
em média, custa 6 mil reais, os poços artesanais do mil hectares irrigados, beneficiando 125 mil agriculto-
Pingo d'Àgua são entregues à comunidade a um cus- res.
to unitário de 200 reais. Muito obrigado, Sr. Presidente.
Com a tecnologia de irrigação por gotejamento O SR. WALTER PINHEIRO (PT - BA. Pronuncia o
possibilitada pelo projeto, os agricultores de Quixera- seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputa-
mobim têm produzido melancia, melão e outras fru- dos, o Brasil tem problemas cujo enfrentamento nos exi-
tas. Segundo o Prefeito do Município, Cirilo Pimenta, ge coragem. Aliás, precisamos de coragem até mesmo
dois hectares irrigados são mais do que suficientes para reconhecer sua existência. Entre esses problemas
para uma família da região dispor de boa renda. secretos que nos envergonham e que se mantêm ocul-
Encanta-nos nesse projeto a viabilização da tos devido à postura de avestruz que mu~os adotam,
agricultura em pleno semi-árido, sem que sejam ne- está o racismo, prática que peca contra a humanidade.
cessários programas megalomaníacos. É apenas um Ao discriminar alguém por ter outra cor de pele
procedimento barato, porém de largo alcance social: ou outra etnia, agimos contra os mais elementares
atende aos pequenos agricultores. princípios da humanidade. Racista é aquele que apli-
ca o que há de mais primitivo, de mais cruel, de mais
Mais importante do que o prêmio e o reconheci-
ordinário, de mais vil no ser humano.
mento inst~ucional ao Pingo d'Água é sua extensão a
mais de cem Municípios localizados em regiões de se- Estes comentários vêem a propósito de pesqui-
mi-árido ou que tiverem decretado estado de emergên- sa publicada hoje pelo jornal A Tarde, sobre a discri-
cia ou de calamidade pública no Estado do Ceará, num minação praticada contra os negros no mercado de
total de 5 mil novos poços. Daqui a trinta dias terão início trabalho. É fato que o trabalhador, por ser negro, rece-
as perfurações, mediante convênio entre as Prefe~uras be a metade do que é pago a pessoa de cor branca
e a Secretaria de Agricu~ura Irrigada do Ceará. que ocupe a mesma função. Isto é, o negro, a princí-
pio, terá um salário menor que o de seu colega bran-
Os poços são cavados em áreas de aluviões,
co, embora na mesma atividade.
caracterizadas como aquelas que possuem depósito
O estudo foi apresentado na 3 3 Conferência Mun-
de cascalho, localizadas às margens dos rios. e ria-
dial contra o Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia
chos temporários, com profundidade de 7 a 12 me-
e Formas Conexas de Intolerância, que está acontecen-
tros. O Governo do Ceará entrará com 80% do investi-
do em Durban, África do Sul. Trata-se de retrato mundi-
mento, e os Municípios com 20%.
al, mas que se aplica inteiramente ao Brasil.
Os pequenos proprietários do semi-árido terão A discriminação pela cor faz com que o empre-
acesso, no programa Nacional de Agricultura Familiar- go seja primeiro para o branco. A maioria dos de-
PRONAF, a financiamentos de até 15 mil reais para a sempregados é negro: o desemprego atinge 21,7%
compra de equipamentos de irrigação, como motores e dos negros e 15,7% dos nãonegros. A discriminação
borrachas. O financiamento será fe~o por intermédio do é ainda maior quando verificamos o gênero: o de-
Banco do Nordeste ou de um fundo de aval solidário, semprego atinge 25,1% das mulheres negras e
que consiste em dois ou três avalistas, sem penhor. 18,9% das não-negras. A mulher negra sofre dupla
Reconhecemos no Projeto Pingo d'Água a atua- discriminação: por ser mulher (o mercado paga me-
ção decisiva das instituições públicas em parceria lhor ao homem) e por ser negra (paga melhor à bran-
com tecnologias que se baseiam na criatividade po- ca). Ser homem e negro não altera muito a situação:
pular e na pesquisa acadêmica. Essas parcerias vi- o desemprego atinge 19% dos negros e 13,2% dos
sam apoiar a geração de renda para o agricultor em nãonegros.
seu local de origem e, com isso, eliminar a migração, Ser mulher é mesmo uma condição ruim neste
as humilhantes distribuições de esmolas e a ocupa- planeta machista. A pesquisa mostra que o salário
ção dos sertanejos em trabalhos sem sentido, corno médio das mulheres é 62% do salário médio dos ho-
as antigas frentes de serviço. mens. Ou seja, além de racista, machista.
São ações como o Pingo d'Água que queremos Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, tudo
ver prosperar no semi-árido, um projeto que dá a famílias isso nos incomoda e nos deixa indignados. Mais
de pequenos agricultores acesso a água para consumo ainda pelo fato de sermos da Bahia, onde a marca
humano e animal e para a irrigação. Com sua extensão, da negritude, a força da raça negra está presente
esse projeto poderá viabilizar urna oferta de 180 milhões no ar, na terra, na cultura, no sangue de todos de
de metros cúbicos de água por ano. E esse volume de lá.
Agostll de 2001 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Scxta-I~jra 31 41145
Pesquisas como esta, além de mostrarem a discriminar os que são ig uais a nós, mas, pelo contrá-
nossa realidade, mostram que precisamos mudar o rio, aceitando as diferenças.
quadro. Não podemos continuar sendo um País racis- Era o que tinha a dizer.
ta e, portanto, atrasado do ponto de vista de humani-
dade. Devemos encarar o tema de frente, debater e v- ORDEM DO DIA
assumir nossa identidade mestiça, negra, branca, ín- PRESENTES OS SEGUINTES SRS
dia, amarela e tudo o mais de que somos feitos, sem DEPUTADOS:

Partido Bloco
RORAIMA
Alceste Almeida PMDB
Almir Sá PPB
Francisco Rodrigues PFL PFL/PST
Luciano Cast...o PFL PFL/PST
Luis Barbosa PFL PFL/PST
Robério A ...aújo PL PL/PSL
Presentes de Roraima ; 6
AMAPÁ
Antonio Feijão PSDB
Badu Picanço PSDB
Dr. Benedilo Dias PPB
Edua."do Seabra PTB
.Ju...andil Juarez PMDB
Sérgio Barcellos PFL PFL/PST
Presentes de A .....apã : 6
PARÁ
Anivaldo Vale PSDB
Asdrubal Bentes PMDB
Babá PT
Deusdeth Pantoja PFL PFLlPST
Ge...son Peres PPB
Giovanni Queiroz PDT POT/PPS
Haroldo Bezerra PSDB
José Prlante PMDB
Nlclas Ribeiro PSDB
Renildo Leal PTB
Soco o Gomes PCdoB PSB/PCDOB
Vic Pi es Franco PFL PFL/PST
Presentes de Pará ; .. 2
AMAZONAS
Atlla Lins PFL PFLlPST
Euler Ribeiro PFL PFL/PST
Silas CãrTlara PTB
Vanessa G ...a=iolin PCdoS PSB/PCDOB
Presentes de A~zonas : 4
RONDONIA
Agnaldo Muniz PPS PDT/PPS
Confúcio Moura PMDB
Eurlpedes Miranda PDT POT/PPS
Expedito Júnior PSDB
NUton Capixaba PTB
Sérgio Carvalho PSDB
Presentes de Rondonia ; 6
ACRE
IIdefonço Cordeiro PFL PFL/PST
JoGoo Tota PPB
41146 Sexta-feira 31 DiÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agoslo de 200 I
Partido Bloco
Márcio Bittar PPS PDT/PPS
Marcos Afonso PT
Nilson Mourão PT
Zila Bezerra PTe
Presentes de Acre : 6
TOCANTINS
Darci Coelho PFL PFUPST
Osvaldo Reis PMDB
Pastor Amarildo PPB
Paulo Mourão PSDB
Presentes de Tocantins: 4
MARANHÃO
Albérico Filho PMDB
Cesar Bandeira PFL PFUPST
Costa Ferreira PFL PFUPST
Joêo Castelo PSOB
José Antonio Almeida PSB PSB/PCDOB
Mauro Fecury PFL PFL/PST
Neiva Moreira POT PDT/PPS
Nice Lobão PFL PFUPST
Pedro Fernandes PFL PFUPST
Pedro Novais PMDB
Presentes de Maranhão : 10

CEARÁ
Almeida de Jesus PL PUPSL
Aníbal Gomes PMDB
Antonio Cambraia PSDB
Inácio Arruda PCdo8 PSB/PCDOB
José Linhares PPB
José Pimentel PT
Léo Alcântara PSDB
Manoel Salviano PSDB
Marcelo Teixeira PMDB
Moroni Torgan PFL PFUPST
Nelson Otoch PSDB
Pinheiro Landim PMDB
Raimundo Gomes de Matos PSDB
Sérgio Novais PSB PSB/PCDOB
Vicente Arruda PSD8
Presentes de Ceará : 15
Agosto de 200 I DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexla-feira31 41147
PIAuí
B.Sã PSDB
João Henrique PMDB
Themlstocles Sampaio PMOB
Wellinglon Dias PT
Presentes de Piauí : 4
RIO GRANDE DO NORTE
Carlos Alberto Rosado PFL PFUPST
Lavoisier Maia PFL PFLlPST
Ney Lopes PFL PFLlPST
Salomll.o Gurgel POT PDT/PPS
Presentes de Rio Grande do Norta : 4
PARAIBA
Adauto Pereira PFL PFUPST
Armando Abilio PSDB
Avenzoar Arruda PT
Canos Dunga PTB
Damião Feliciano PMOB
Domiciano Cabral PSDB
Efraim Morais PFL PFUPST
Enivaldo Ribeiro PPB
Inaldo Leilão PSOB
Presente5 de Paraíba : 9

PERNAMBUCO
Clemenlíno Coelho PPS POT/PPS
Gonzaga Patriota PSB PSB/PCDOB
Inocêncio Oliveira PFL PFUPST
Joel De Hollanda PFL PFUPST
José Chaves PMOB
José Múcio Monteiro PFL PFUPST
Luciano Bivar PSL PLlPSL
Luiz Piauhylino PSDB
Marcos de Jesus PL PUPSL
Osvaldo Coelho PFL PFLlPST
Pedro Corrêa PPB
Pedro Eugênio PPS PDTIPPS
Severino Cavalcanti PPB
PllIsenles de Pernambuco: 13
AlAGOAS
Divaldo Suruagy PST PFUPST
Helenildo Ribeiro PSDB
Joêo Caldas PL PUPSL
José Thomaz NonO PFL PFLlPST
Regis Cavalcante PPS PDT/PPS
Presentes de Alagoas : 5
SERGIPE
Cleonâncio Fonseca PPB
Ivan Paixão PPS POT/PPS
Jorge Alberto PMDB
41148 Sexta-feira 31 DIÁR1U DA CÁMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 200\
Partido Bloco
José Teles PSDB
Sérgio Reis PTS
Presentes de Sergipe :5
BAHIA
Ariston Andrade PFL PFUPST
Claudio Cajado PFL PFUPST
Coriolano Sales PMDB
Francistônio Pinto PFL PFUPST
Jaques Wagner PT
João Carlos Bacelar PFL PFLlPST
Jorge Khoury PFL PFL/PST
José Carlos Aleluia PFL PFLlPST
José Lourenço PMDB
José Rocha PFl PFlIPST
Jutahy Junior PSDB
Leur Lomanto PMDB
Luiz Moreira PFL PFLlPST
Mário Negromonte PSDS
Milton Barbosa PFL PFLlPST
Nelson Pellegrino PT
Paulo Braga PFL PFLlPST
Paulo Magalhlles PFL PFUPST
Pedro lrujo PFL PFlIPST
Roland Lavigne PMDB
Saulo Pedrosa PSDB
Ursicino Queiroz PFL PFUPST
Waldir Pires PT
Presentes do Bahia : 23
MINAS GERAIS
Aécio Neves PSDB
Anlõnio do Valle PMDB
Carlos Mosconi PSDS
Custódio Mattos PSDB
Danilo de Castro PSDB
Eduardo Barbosa PSOS
Elias Murad PSDB
Fernando Diniz PMDB
Gilmar Machado PT
Hélio Costa PMDB
Herculano Anghinetti PPB
Ibrahim Abi-Ackel PPB
Jaime Martins PFL PFlIPST
Jo30 Magalhaes PMDB
João Magno PT
José Milita0 PSOB
linceln Porteia PSL PUPSL
Marcos Lima PMDB
Maria Elvira PMDB
Agosto de 200l DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-Icira 31 41149
Mario Assad Júnior PFL PFL/PST
Mário de Oliveira PMDB
Narcio Rodrigues PSDB
Nilmario Miranda PT
Odelmo Leão PPB
Olímpio Pires POT PDT/PPS
Osmênio Pereira PSDB
Philemon Rodrigues PL PUPSl
Rafael Guerra PSDB
Romel Anízio PPB
Romeu Queiroz PSDB
Ronaldo Vasconcellos PL PUPSl
Saraiva Felipe PMDB
Saulo Coelho PSDB
Sérgio Miranda PCdoB PSB/PCDOB
Tilden Santiago PT
Virgllio Guimarães PT
Walfrido Mares Guia PTB
Presentes de Minas Gerais : 37

EsplRITO SANTO
José Carlos Elias PTB
José Carlos Fonseca Jr. PFL PFLlPST
Luiz DUra0 PFL PFUPST
Max Mauro PTB
Ricardo Ferraço PPS POT/PPS
Presentes de Espírito Santo :5
RIO DE JANEIRO
Alexandre Cardoso PSB PSB/PCOOB
A1merinda de Carvalho PPB
Arolde de Oliveira PFL PFUPST
Bispo Rodrigues Pl PUPSL
Carlos Santana PT
Or. Heleno PSDB
Fernando Gonçalves PTS
lédio Rosa S.Part.
Jair Bolsonaro PPB
João Mendes PMDB
João Sampaio PDT PDT/PPS
Luíz Ribeiro PSOB
Luiz Sérgio PT
Márcio Fortes PSOB
Milton Temer PT
Minam Reld PSB PSB/PCDOB
Paulo Baltazar PSB PS8/PCDOB
Paulo de Almeida PST PFUPST
Paulo Feijó PSDB
Reinaldo Gripp PL PLlPSL
Roberto Jefferson PTB
Rubem Medina PFL PFLlPST
41 ISO Sexla-lilira 31 UlÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 21)(j I
Simão Sessim PPB
Valdeci Paiva PSL PUPSL
Wanderley Martins PSB PSB/PCDOB
Presentes de Rio de Janei ro : 25

SÃO PAULO
Aldo Rebelo PCdoB PSB/PCDOB
Aloizio Mercadante PT
Arnaldo Madeira PSDB
Ary Kara PPB
Bispo Wanderval PL PUPSL
Chico Sardelli PFL PFUPST
Corauci Sobrinho PFL PFLlPST
De Velasco PSL PUPSL
Delfim Netto PPB
Oullio Pisaneschi PTB
Fernando Zuppo PSDC
Iara Bernardi PT
Ivan Valente PT
Jair Meneguelli PT
João Eduardo Dado PMDB
João Paulo PT
Jorge Tadeu Mudalen PMDB
José Genolno PT
Julio Semeghini PSDB
Kincas Mattos PSB PSB/PCDOB
Luciano Zica PT
Marcelo Barbieri PMDB
Marcos Cintra PFL PFLlPST
Michel Temer PMDB
Milton Monti PMDB
Orlando Fantazzini PT
Paulo Kobayashi PSDB
Paulo Lima PMOB
Ricardo Izar PMOB
Robson Tuma PFL PFLlPST
Salvador Zimbaldi PSDB
Valdemar Costa Neto Pl PL/PSL
Wagner Rossi PMOB
Wagner Salustiano PPB
Presentes de São Paulo : 34
Agoslo de 2(0) DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 31 41151
Partido Bloco
MATO GROSSO
Celcila Pinheiro PFL PFUPST
Ricarte de Freitas PSDB
Telé Bezerra PMDB
Welinlon Fagundes PSDB
Wilson Santos PMDB
Presentes de Mato GroSllo : 5
DISTRITO FEDERAL
Jorge Pinheiro PMDB
Osório Adriano PFL PFLlPST
Pedro Celso PT
Presentes de Distrito Federal : 3
GoIÁs
Euler Morais PMOB
Jovair Aranles PSOB
Luiz Sittencourt PMDB
Norberto Teixaira PMDB
Pedro Chaves PMDB
Vilmar Rocha PFL PFLlPST
Presentes de Goiás :6
MATO GROSSO DO SUL
DI'. Antonio Cruz PMDB
João Grandão PT
Manoel Vitório PT
Marçal Filho PMOB
Marisa Serrano PSOB
Pedro Pedrossian PPB
Waldemir Moka PMOB
Presentes de Mato Grosso do Sul : 7

PARANÁ
Affonso Camargo PSDB
Airlon Roveda PSOB
Basílio Villaní PSDB
Chico da Princesa psoa
Dilceu Sperafico PPB
Flávio Arns PSDB
Gustavo Fruet PMDB
Iris Simões PTS
Ivanio Guerra PFL PFUPST
José Borba PMOB
José Carlos Martinez PTS
Luiz Carlos Hauly PSDB
Nelson Meurer PPS
Odilio Balbinolti PSDB
Osmar Serraglio PMDB
Padre Roque PT
Ricardo Barros PPB
Santos Filho PFL PFUPST
41152 Scxla-fcira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS I)EPU'l'AI)OS Agostu de 2001

Presentes de Paraná : 18
SANTA CATARINA
Antônio Carlos Konder Reis PFL PFUPST
Carlito Merss PT
Eni Voltolini PPB
Fernando Coruja por PDT/PPS
Gervásio Silva PFL PFUPST
Hugo Biehl PPB
João Pizzolatti PPB
Paulo Gouvêa PFL PFUPST
Serafim Venzon PDT PDT/PPS
Vicente Caropreso PSOB
Presentes de Santa Catarina : 10

RIO GRANDE DO SUL


Airton Dipp por PDT/PPS
Alceu Collares PDr PDT/PPS
Ana Corso PT
Edir Oliveira prB
Fetter Junior PPB
Fioravante PT
Jarbas Lima PPB
Mendes Ribeiro Filho PMDB
Nelson Proença PMDB
Orlando Oesconsi PT
Paulo Paim PT
Pompeo de Mattos PDT POT/PPS
Telmo Kirst PPB
Veda Cri sius PSOB
Presentes de Rio Grande do Sul :14
Agosto de 2DD\ DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Scxta-leira 31 41153
O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) - A lista Discussão, em turno único, do Projeto
de presença registra o comparecimento de 296 Se- de Decreto Legislativo n° 163, de 1999, que
nhores Deputados. aprova o texto do convênio sobre a recupe-
O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) - Vai-se ração de bens culturais roubados ou expor-
passar à apreciação da matéria que está sobre a tados ilicitamente, celebrado entre o Gover-
mesa e da constante da Ordem do Dia. no da República Federativa do Brasil e o go-
verno da República do Peru, em Brasília,
O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) - Sobre a em 26 de fevereiro de 1996; tendo parece-
Mesa Requerimento no seguinte teor: res das Comissões: de Educação, Cultura e
Senhor Presidente, Desporto, pela aprovação (Relator: Sr. Nelo
Nos termos do art. 155 do Regimento Interno da Rodolfo); de Finanças e Tributação, pela
Câmara dos Deputados, requeremos a V. Exa regime adequação financeira e orçamentária e, no
de urgência para tramitação do Projeto de Resolução mérito, pela aprovação (Relator: Sr. Arman-
n° 174, de 2001 do Monteiro); e de Constituição e Justiça e
Sala das sessões, em 21 de agosto de 2001. de Redação, pela constitucionalidade, juridi-
Assinam: Sérgio Novais, Vice-Líder do Bloco cidade e técnica legislativa (Relator: Sr. Ge-
Parlamentar PSB/PCdoB; Miriam Reid, Bloco raldo Magela).
PSB/PCdoB; Milton Temer, Vice-Líder do PT; Mendes O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos)
Ribeiro Filho, Vice-Líder do PMDB; Jutahy Junior, Lí- O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) - Para
der do PSDB; Odelmo Leão, Líder do PPB; Dr. Hélio, encaminhar a votação, concedo a palavra ao nobre
Vice-Líder do Bloco Parlamentar PDT/PPS; Inocêncio Deputado Virgílio Guimarães.
Oliveira, Líder do Bloco Parlamentar PFUPST; Lin- O SR. VIRGíLIO GUIMARÃES (PT - MG. Sem
coln Portela, Vice-Líder do Bloco Parlamentar revisão do orador.) _ Sr. Presidente, o Relator do proje-
PUPSL; e Roberto Jefferson, Líder do PTB. to é o companheiro do PT, Deputado Geraldo Magela.
O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) - A vota- Empenhamo-nos muito na aprovação de im-
ção deve ser nominal. Se houver unanimidade, vamos
portante instrumento de combate ao roubo ou ex-
adiantar o processo. portação ilícita de bens culturais. Afinal, toda a Amé-
Consulto as Lideranças se estão de acordo. rica Latina é vítima disso. O Peru, com seu imenso
O SR. VIRGíLIO GUIMARÃES - Sr. Presiden- acervo de cultura Inca, e o Brasil- Minas Gerais em
te, peço a palavra pela ordem. particular -, devido ao seu riquíssimo patrimônio
O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) - Tem V. Exa barroco, são vítimas desses crimes. Estamos assis-
a palavra. tindo a esse tipo de roubo ou contrabando de ima-
O SR. VIRGíLIO GUIMARÃES (PT - MG. Sem gens, santos, pinturas, esculturas e até objetos ar-
revisão do orador.) - Sr. Presidente, o PT está de queológicos.
acordo. É instrumento importante esse acordo internaci-
O SR. JOSÉ ANTONIO ALMEIDA (Bloco/PSB _ onal, que produzirá seus efeitos sem dúvida nenhuma
benéficos para a defesa do nosso importante patrimô-
MA. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, o Bloco nio histórico, artístico e cultural.
Parlamentar PSB/PCdoB vota "sim".
O PT relatou favoravelmente ao projeto e man-
O SR. LUIZ BITTENCOURT (PMDB - GO. Sem tém sua posição favorável.
revisão do orador.) - Sr. Presidente, o PMDB está de O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) _ Em vo-
acordo.
tação o Projeto de Decreto Legislativo n° 163, de
O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) - Não ha- 1999:
vendo divergências, a votação será simbólica. O Congresso Nacional decreta:
O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) - Em vo- Art. 1° Fica aprovado o texto do Convenio sobre a
tação o requerimento de urgência. Recuperação de Bens Culturais Roubados ou Exporta-
o SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) - Aque- dos llic~amente celebrado entre o Governo da Repúbli-
les que estiverem de acordo permaneçam como se ca Federativa do Brasil e o Governo da República do
acham. Peru, em Brasilia. em 26 de fevereiro de 1996.
Aprovado. Parágrafo único. Ficam sujeitos à considera-
o SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) -Item 1. ção do Congresso Nacional quaisquer atos que pos-
41 154 St:xla-lCin.l 3 I DIÁRIO DA CÁMARA DOS DEPUTADOS Agosto dt: 200 I
sam resultar em revisão do referido convênio. bem que aprova o texto da Convenção Internaci-
como quaisquer ajustes complementares que. nos onal n° 171, da Organização Internacional
termos do inciso I do artigo 49 da Constituição Fe- do Trabalho, relativa ao Trabalho Noturno;
deral, acarretem encargos ou compromissos gravo- tendo pareceres das Comissões: de Traba-
sos ao património nacional. lho, de Administração e Serviço Público pela
Art 2° Este decreto legislativo entra em vigor na aprovação (Relator: SI'. Herculano Anghinet-
data de sua publicação. ti); e de Constituição e Justiça e de Reda-
O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) - Aqueles ção pela constitucionalidade, juridicidade e
que estiverem de acordo permaneçam como se técnica legislativa (Relator: SI'. Régis de Oli-
acham. veira).
Aprovado.
O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos)
O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) - Há so-
bre a mesa e vou submeter a votos a seguinte O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) -Com a
palavra o Deputado Virgílio Guimarães, para enca-
REDAÇÃO FINAL: minhar a votação.
O SR. VIRGíLIO GUIMARÃES (PT - MG. Sem
REDAÇÃO FINAL DO PROJETO DE DECRETO
revisão do orador.) - SI'. Presidente, quero fazer um
LEGISLATIVO N° 163-C, DE 1999
esclarecimento.
Aprova o texto do Convênio sobre a
Recuperação de Bens Culturais Rouba- O projeto de lei refere-se exclusivamente à
dos ou Exportados Ilicitamente, celebra- Convenção Internacional n° 171. Nesse caso, o PT
do entre o Governo da República Federa- é favorável, pois não se trata da aprovação de todo
tiva do Brasil e o Governo da República o Protocolo, mas apenas do texto relativo ao traba-
do Peru, em Brasília, em 26 de fevereiro lho noturno, comprovadamente prejudicial ao traba-
de 1996. lhador, porque envolve stress, depressão, fadiga,
desgaste precoce e outros problemas.
O Congresso Nacional decreta:
Por esse motivo, o Partido dos Trabalhadores
Art. 10 Fica aprovado o texto do Convênio so- encaminha favoravelmente.
bre a Recuperação de Bens Culturais Roubados ou O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) - Em vo-
Exportados Ilicitamente, celebrado entre o Governo
tação o Projeto de Decreto Legislativo.
da República Federativa do Brasil e o Governo da
República do Peru, em Brasília, em 26 de fevereiro O Congresso Nacional decreta:
de 1996. Art. 1° É aprovado o texro da Convencão n° 171,
Parágrafo único. Ficam sujeitos à aprovação da Organização Internacional do Trabalho, relativa ao
do Congresso nacional quaisquer atos que possam Trabalho Noturno.
resultar em revisão d referido Covênio, bem como Parágrafo único Serão sujeitos à apreciação
quaisquer ajustes complementares que, nos termos do Congresso Nacional quaisquer atos que possam
do inciso I do art. 49 da Constituição Federal, acar- resultar em revisão da referida Convençao, assim
retem encargos ou compromissos gravosos ao patri- como quaisquer ajustes complementcres que, nos
mônio nacional. termos do inciso I, do artigo 49. da Constituição Fe-
Art. 2° Este decreto legislativo entra em vigor na deral, acarretem encargos ou compromissos gravo-
data de sua publicação. sos ao patrimônio nacional.
Sala das Sessões, 30 de agosto de 2001. - Pro- Art. 2° Este decreto legíslaíívo entra em vigor na
fessor Luizinho, Relator. data de sua publicação.
O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) - Aqueles Art. 3° Revogam-se as disposiÇões em contrá-
que estiverem de acordo permaneçam como se rio.
acham. O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) - Aque-
Aprovada. les que estiverem de acordo permaneçam como se
A matéria vai ao Senado Federal. acham.
O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) - Item 2. Aprovado.
Discussão, em turno único, do Projeto O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) - Há
de Decreto Legislativo nO 164-A, de 1995, sobre a mesa e vou submeter a votos a seguinte
Agosto de 20() I DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 31 41155
REDAÇÃO FINAL: questão seja mantida, que diz respeito à transferência
de tecnologia, antes obrigatória, mas que agora os
REDAÇAO FINAL DO PROJETO DE DECRETO países subdesenvolvidos têm de procurar a preço de
LEGISLATIVO N° 164-C, DE 1995 mercado, o que os coloca em situação extremamente
Aprova o texto da Convenção n° desigual.
171, da Organização Internacional do Essa ressalva é importante. Por isso, apresenta-
Trabalho, relativa ao trabalho Noturno. mos emenda, que adia a votação do projeto, pois ele
terá de retornar à Comissão.
O Congresso Nacional decreta:
O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) - V. Exa
Art. 1° Fica aprovado o texto da Convenção n°
tem plena razão, Deputado Virgílio Guimarães.
171, da Organização Internacional do Trabalho, relati-
va ao Trabalho Noturno. O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) - Ten-
Parágrafo único. Ficam sujeitos à aprovação do do sido oferecida 01 emenda ao Projeto de Decre-
Congresso Nacional quaisquer atos que possam re- to Legislativo n° 278-A, de 1999, em discussão,
sultar em revisão da referida Convenção, assim como em turno único, volta o mesmo às Comissões: de
quaisquer ajustes complementares que, nos termos Defesa do Consumidor, Meio Ambiente e Minori-
do inciso I do art. 49 da Constituiçãc Federal, acarre- as; de Minas e Energia; e de Constituição e Justi-
tem encargos ou compromissos gravosos ao patrimô- ça e de Redação.
nio nacional. PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO
Art. 2° Este decreto legislativo entra em vigor na N° 278, DE 1999
data de sua publicação.
Sala das Sessões, 30 de agosto de 2001 . - Pro- Emenda Modificativa n° 1
fessor Luizinho, Relator. Dê-se ao art. 1° do presente PDL a seguinte re-
O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) - Aqueles dação:
que estiverem de acordo permaneçam como se Art. 1° Fica aprovado o texto do Acordo Rela-
acham. tivo à Imp1 ementação da Parte XI da Convençào
Aprovada. das Nações Unidas sobre o Direito do Mar de 10
A matéria vai ao Senado Federal. de dezembro de 1982, concluído em Nova Iorque,
O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) -Item 3. em 29 de julho de 1994, ressalvada a Seção 5 do
seu Anexo.
Discussão, em turno único, do Projeto
de Decreto Legislativo n° 278, de 1999, que Sala das Sessões, 30 de agosto de 2001. -
aprova o texto do Acordo Relativo à Imple- Professor Luizinho - Vice-Líder do PT - Lincoln
mentação da Parte XI da Convenção das Porteça - Vice-Líder do Bloco Parlamentar PUPSL
Nações Unidas sobre o Direito do Mar, de - José Antonio Almeida - Vice-Líder do Bloco Par-
10 de dezembro de 1982, concluído em lamentar PSB/PCdoB - Pedro Eugênio - Vi-
Nova York, em 29 de julho de 1994; tendo ce-Líder do Bloco Parlamentar PDT/PPS
pareceres das Comissões: de Defesa do O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) - Item 4.
Consumidor, Meio Ambiente e Minorias, Discussão, em turno único, do Projeto
pela aprovação (Relator: Sr. Luciano Pizzat- de Decreto Legislativo n° 284-A, de 1996,
to); de Minas e Energia, pela aprovação que aprova o texto do Segundo Protocolo
(Relator: Sr. Pedro Bittencourt); e de Consti- ao Acordo Geral sobre o Comércio de Servi-
tuição e Justiça e de Redação, pela consti- ços da Organização Mundial de Comércio;
tucionalidade, juridicidade e técnica legislati- tendo pareceres das Comissões: de Econo-
va (Relator: Sr. José Antonio Almeida) mia, Indústria e Comércio, pela aprovação
O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) (Relator: Sr. Arolde de Oliveira); e de Cons-
O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) - Com a tituição e Justiça e de Redação pela consti-
tucionalidade, juridicidade e técnica legislati-
palavra o Deputado Virgílio Guimarães, para encami-
nhar a votação. va (Relator: Sr. Nilson Gibson).
O SR. VIRGíLIO GUIMARÃES (PT - MG. Sem O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) - Há so-
revisão do orador.) - Sr. Presidente, o PT é favorável bre a mesa o seguinte requerimento:
ao projeto. No entanto, temos emenda, que fazemos Senhor Presidente,
41156 S<:xta-ICinI31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agl)sto d<: 2001
Requeremos a V. 8<", nos termos regi- O SR. VIRGíLIO GUIMARÃES - Sr. Presidente,
mentais, a retirada do PDC n° 284-B, de 1996, peço a palavra.
constante da pauta da presente sessão. O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) - Tem V. Exa
Sala das Sessões, 30 de agosto de 2001. a palavra.
Assina: Professor Luizinho, Vice-Líder do PT. O SR. VIRGíLIO GUIMARÃES (PT - MG. Sem
revisão do orador.) - Sr. Presidente, o Deputado Pro-
O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) - Conce-
fessor Luizinho está presente.
do a palavra ao Deputado Virgílio Guimarães.
O SR. VIRGíLIO GUIMARÃES (PT - MG. Sem O requerimento de retirada tornou-se inócuo,
porque o prazo de validade do Protocolo está venci-
revisão do orador.) - Sr. Presidente, na condição de
do e há um novo, pior que o atual.
Vice-Líder do partido em exercício, solicito a retirada
do requerimento. O PT quer mostrar sua posição contrária ao
acordo firmado, por se tratar de instrumento neolibe-
Votaremos contra a matéria apenas para regis-
ral que leva o Brasil ao desastre.
trar nossa posição quanto à atitude do Governo brasi-
leiro. Ela deixará de tramitar, porque já foi aprovado o Por isso, votaremos contra o projeto, mas a
Quinto Protocolo, ainda mais permissivo. luta em torno desse Protocolo não é essencial neste
momento, porque ele já está, infelizmente, superado
Pedimos a retirada do requerimento, porque se
pelos fatos.
tornou inócuo. Vamos votar contra o projeto, mas sem
a necessidade de retirá-lo, porque não tem qualquer Se algum partido de oposição achar importan-
te a retirada do projeto de pauta, poderemos manter
efeito prático.
o requerimento, mas o Deputado Professor Luizi-
O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) - A Mesa nho, que está presente, concorda com a posição da
atende ao pedido da Liderança do PT e retira o reque- Liderança.
rimento. Retiramos o requerimento e votamos contra o
O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) - Conce- projeto, par aregistrar nossa inconformidade com
do a palavra pela ordem ao Deputado José Antonio esse acordo entreguista.
Almeida. SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) - A Mesa já
O SR. JOSÉ ANTONIO DE ALMEIDA (Blo- acatou o pedido da Liderança do PT e retirou o reque-
co/PSB - MA. Sem Revisão do Orador.) - Sr. Presi- rimento.
dente, existe uma data fatal- 30 de junho de 1996- SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) - Em vota-
para a ratificação desse acordo pelo Congresso Naci- ção o Projeto de Decreto Legislativo n° 284, de 1996:
onal. Portanto, parece-me que esta perdeu o objeto. O Congresso Nacional decreta:
Apresento essa questão à Mesa para que ela Art. 1° É aprovado o texto do Segundo Protocolo
analise se o acordo retornará à pauta em data próxi- do Acordo Geral sobre o Comércio de Serviços da
ma, uma vez que, segundo seus próprios termos, ele Organização Mundial do Comércio.
só teria valor se ratificado até aquela data. Parágrafo único. Serão sujeitos à aprovação do
O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) - Caso Congresso Nacional quaisquer atos que possam re-
haja divergência quanto ao projeto, as respectivas sultar em revisão do referido Protocolo, assim como
bancadas do Senado poderão fazer as emendas ne- quaisquer ajuste complementares que, nos termos do
cessárias. art. 49, Inciso I, da Constituiçã Federal, acarretem en-
o SR. JOSÉ ANTONIO DE ALMEIDA - Sr. Pre- cargos ou compromissos gravosos do patrimônio na-
sidente, peço pela ordem. cional.
O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) - Tem V. Exa Art. 2° Este Decreto Legislativo entra em vigor
a palavra. na data de sua publicação.
O SR. JOSÉ ANTONIO DE ALMEIDA (Blo- O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) - Aqueles
co/PSB - MA. Sem Revisão do Orador.) - Sr. Presi- que estiverem de acordo permaneçam como se
dente, não há requerimento? acham.
O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) - A lide- Aprovado.
rança do PT o ratificou. Registramos o voto contrário das bancadas do
O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) - Não ha- PT e do Bloco Parlamentar PSB/PCdoB.
vendo oradares inscrito, declaro encerrada a discus- O SR. JOSÉ ANTONIO ALMEIDA - Sr. Presi-
são. dente, peço a palavra pela ordem.
Agosto de 200 I DIÁRIO DA CÁMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 31 41157
O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) - Tem V. Exa de Serviços da Organização Mundial do
a palavra. Comércio.
O SR. JOSÉ ANTONIO ALMEIDA (Bloco/PSB - O Congresso Nacional decreta:
MA. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, meu voto Art. 1° Fica aprovado o texto do Segundo Proto-
é "não', mas quero que V. EX" anuncie a resposta à mi- colo ao Acordo Geral sobre o Comércio de Serviços
nha questão de ordem no sentido de que o projeto está da Organização Mundia1 do Comércio.
prejudicado, porque perdeu o objeto, uma vez que deve- Parágrafo único. Ficam sujeitos a aprovação do
ria ter sido ratificado até 30 de junho de 1996. Congresso Nacional quaisquer atos que possam re-
Segundo o art. 137 do Regimento Interno, toda sultar em revisão do referido Protocolo, assim como
proposição recebida e prejudicada deverá ser devol- quaisquer ajustes complementares que, nos termos
vida ao autor em qualquer fase do procedimento. do inciso I do art. 49 da Constituição Federal, acarre-
tem encargos ou compromissos gravosos ao patrimô-
O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) - Isso nio nacional.
ocorre no recebimento, Deputado.
Art. 2° Esta decreto legislativo entra em vigor na
A Mesa acatou a questão de ordem de V. ExB data de sua publicação.
e a submeteu ao Plenário, que resolveu votar a ma- Sala das Sessões, em 30 de agosto de 2001. -
téria e, por maioria, aprová-Ia. Professor Luizinho, Relator.
Orientamos as respectivas bancadas do Sena- Relator
do Federal para que façam as correções necessári- O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) - Aqueles
as no projeto. que estiverem de acordo permaneçam como se
O SR. JOSÉ ANTONIO ALMEIDA - Então, acham.
V. Ex a não acatou, mas rejeitou minha questão de Aprovada.
ordem para não se fazer a votação. A matéria vai ao Senado Federal.
O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) - Item 5.
O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) - A Mesa
ouviu a questão de ordem de V. Exa e a submeteu à Discussão, em turno único, do Projeto
votação do Plenário, que acabou aceitando-a. de Decreto Legislativo n° 519, de 2000, que
aprova o texto das emendas aos artigos 7°
O SR. JOSÉ ANTONIO ALMEIDA - Então,
(20 de maio de 1965), 24 e 25 (16 de maio
devo entender que V. Exa rejeitou a questão de or-
de 1998) e 74 (18 de maio de 1978) da
dem. Constituição da Organização Mundial de
O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) - Indefe- Saúde, concluída em Nova York, em 22 de
rimos. julho de 1946; tendo pareceres das Comis-
O SR. JOSÉ ANTONIO ALMEIDA - Quero sões: de Seguridade Social e Família, pela
manifestar aqui recurso da decisão de V. Exa , para aprovação (Relator: Sr. Rafael Guerra); e de
que seja submetido à Comissão de Constituição e Constituição e Justiça e de Redação, pela
Justiça e de Redação, no entendimento do que a constitucionalidade, juridicidade e técnica le-
aplicação do art. 137 do Regimento Interno prevê. gislativa (Relator: Sr. José Dirceu).

O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) - A O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) - Conce-


Mesa acolhe o recurso de V. Exa e o encaminhará à do a palavra ao Deputado Virgílio Guimarães, para
Comissão de Constituição e Justiça e de Redação. discutir a matéria.
O SR. VIRGíLIO GUIMARÃES (PT - MG. Sem
O SR. JOSÉ ANTONIO ALMEIDA - Obrigado. revisão do orador.) - Sr. Presidente, chamo a atenção
O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) - Há para a importância e até para o simbolismo da vota-
sobre a mesa e vou submeter a votos a seguinte ção que ora fazemos.
REDAÇÃO FINAL: Trata-se de emendas ao funcionamento da
Organização Mundial de Saúde, importante organis-
REDAÇAO FINAL DO PROJETO DE DECRETO mo das Nações Unidas, que valorizam a presença
LEGISLATIVO N° 284-C, DE 1996 de países do Terceiro Mundo. Por exemplo, incorpo-
ram o árabe como uma das línguas oficiais da Orga-
Aprova o texto do Segundo Proto- nização Mundial de Saúde, junto com o espanhol, o
colo ao Acordo Geral sobre o Comércio chinês, o russo, o inglês e o francês.
41 158 Sexta-lCira 31 D1Ál{IO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2001
Sr. Presidente, quero chamar a atenção, neste missos gravososou patrimônio nacional, nos termos
momento, para aquela emenda que proíbe a qual- do inciso I do art. 49 da Constituição Federal.
quer Estado-membro praticar discriminação racial, Art. 2° Este decreto legislativo entra em vigor na
sob pena de ser excluído da Organização Mundial
data de sua publicação.
de Saúde. Isso tem um simbolismo, sobretudo ago-
ra, às vésperas da conferência da ONU sobre a dis- O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) - Aqueles
criminação racial. que estiverem de acordo permaneçam como se
acham.
Informo que há medidas práticas que podem
Aprovado.
ser tomadas. Em vários países do mundo já houve
governos que eventualmente e por questão de con- O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) - Há so-
cepção praticaram a discriminação em formas mais bre a mesa e vou submeter a votos a seguinte
abertas ou mais dissimuladas de racismo. Dada a
importância da Organização Mundial de Saúde, a REDAÇÃO FINAL:
exclusão de um Estado-membro que praticar o ra- REDAÇAO FINAL DO PROJETO DE DECRETO
cismo torna-se também instrumento de cobrança LEGISLATIVO N° 519-8, DE 2000
para que o mundo inteiro, e cada país em particular,
possa se ver livre de tão odiosa postura, que é a Aprova o texto das Emendas dos ar-
discriminação racial. tigos 7° (20 de maio de 1965), 24 e 25 (16
Portanto, o PT vota a favor e chama a atenção de maio de 1998) e 74 (18 de maio de
para a importância desse voto. 1978) da Constituição da Organização
O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) - Conce- Mundial de Saúde, concluída em Nova
do a palavra ao Deputado José Antonio Almeida, para Iorque, em 22 de julho de 1946.
discutir a matéria. O Congresso Nacional decreta:
O SR. JOSÉ ANTONIO ALMEIDA (Blo- Art. 1° Fica aprovado o texto das Emendas dos
co/PSB-MA. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, artigos ]O (20 de maio de 1965). 24 e 25 (16 de maio
também quero registrar, seguindo a mesma linha do de 1998) e 74 (18 de maio de 1978) da Constituição
Deputado Virgílio Guimarães, a importância desse da Organização Mundial de Saúde, concluída em
acordo no momento em que se discute a questão do Nova Iorque, em 22 de julho de 1946.
racismo numa conferência mundial,. Esse acordo pre- Parágrafo único. Ficam sujeitos a aprovação do
vê a aplicação de sanção aos países que praticam o Congresso Nacional quaisquer atos que possam re-
racismo. sultar em alteração ou revisão da referida Constitui-
O Bloco PSB/PCdoB também vota favoravel- ção, ou que acarretem encargos ou compromissos
mente ao acordo. gravosos ao patrimônio nacional, nos termos do inci-
O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) - Parabe- so I do art. 49 da Constituição Federal.
nizo os partidos e informo que a Mesa está autorizan- Art. 2° Este decreto legislativo entra em vigor na
do a viagem de doze colegas Deputados à África do data de sua publicação.
Sul para participarem desse grande encontro mundial Sala das Sessões, 30 de agosto de 2001. - Pro-
das minorias. fessor Luizinho, Relator.
O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) - Aqueles
O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) - Em vo- que estiverem de acordo permaneçam corno se
tação o Projeto de Decreto Legislativo n° 519, de acham.
2000: Aprovada.
O Congesso Nacional decreta: A matéria vai ao Senado Federal.
Art. 1° Fica aprovado o teto das Emendas dos O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) -Item 6.
artigos ]O (20 de maio de 1965), 24 e 25 (16 de maio Discussão, em turno único, do Proje-
de 1998) e 74 ( 18 de maio de 1978) da Constituição to de Decreto Legislativo na 520, de 1997,
da Organização Mundial de Saúde, concluída em que aprova o texto do Tratado de Extradi-
Nova York, em 22 de julho 1946. ção celebrado entre o Governo da Repú-
Parágrafo único. Ficarão sujeitos à aprovação blica Federativa do Brasil e o governo da
do Congresso Nacional quaisquer atos dos quais República Francesa, em Paris, em 28 de
possam resultar alteração ou revisão da referida maio de 1996; tendo parecer da Comis-
constituição, ou que acarretem ancargos ou compro- são de Constituição e Justiça e de Reda-
Agosto dI: 2()O! DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 31 41159
ção pela constitucionalidade, juridicidade EMENDA DE PLENÁRIO AO
e técnica legislativa, e, no mérito, peta PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO
aprovação. (Relator: Sr. Silvio Pessoa.) N° 520-A, DE 1997
O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) - Há ora- Aprova o texto do Tratado de Extra-
dores inscritos para discutir a matéria. dição, celebrado entre o Governo da Re-
pública Federativa do Brasil e o Governo
Concedo a palavra ao Deputado Virgílio Guima- da República Francesa, em Paris, em 28
rães.
de maio de 1996.
O SR. VIRGíLIO GUIMARÃES (PT - MG. Sem
revisão do orador.) - Sr. Presidente, o PT é favorável Emenda Supressiva n°
ao projeto. Já discutimos exaustivamente esse acor-
Suprima-se a expressão "ou um fato conexo a
do na Comissão de Relações Exteriores e de Defesa
uma infração" da alínea "a" do Art. 4° do projeto.
Nacional. À época, eu representava o PI.
Sei que outros partidos da Oposição abordarão Justificativa
esse aspecto, mas chamo a atenção para o fato de A expressão supracitada consta de significado
que esse Tratado tramitou paralelamente ao acordo impreciso que dá margem à elisão do item 1 do art. 2°.
do Brasil com os Estados Unidos da América. Isto significa dizer que há possibilidade, segundo a re-
Utilizamos esse acordo como paradigma, para dação atual, de um subjetivismo tal que um crime pra-
mostrar como o Itamaraty foi submisso aos interes- ticado pode escapar ao alcance da extradição ds levi-
ses da diplomacia americana, ao estabelecer cláu- anamente sustentado em razões políticas.
sulas diferentes daquelas nele previstas. Esse acor- Sala das Sessões, 28 de janeiro de 1998 - De-
do, sim, é equânime Há respeito mútuo, inclusive no putado Neiva Moreira - Bloco Parlamentar PDT/PPS
que se refere à igualdade entre os países. - Virgilio Guimarães - Vice-Líder do PT -Inocêncio
Nesse sentido, até por coerência com as posi- Oliveira - Líder do Bloco Parlamentar PFUPSI.
ções que já defendemos na Comissão de Relações O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) - Item 7.
Exteriores e de Defesa Nacional, o PT vota favora- Discussão, em turno único, do Projeto
velmente à aprovação do acordo. de Resolução n° 12, de 1999, que cria o
O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) - NÃO Grupo Parlamentar Brasil-Peru; tendo pare-
HAVENDO MAIS ORADORES INSCRITOS, cer da Mesa pela aprovação. (Relator: Sr.
DECLARO ENCERRADA A DISCUSSÃO. Heráclito Fortes)
PASSA-SE À VOTAÇÃO DA MATÉRIA. O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos)-
O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) - Conce-
O SR. JOSÉ ANTONIO ALMEIDA - Sr. Presi-
do a palavra ao Sr. Deputado Marcos Afonso, para en-
dente, peço a palavra pela ordem.
caminhar a favor.
O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) - Tem O SR. MARCOS AFONSO (PT - AC. Sem revi-
V. Exa a palavra. são do orador.) - Sr. Presidente, com muita honra,
O SR. JOSÉ ANTONIO ALMEIDA (Bloco/PSB sou autor do presente projeto de resolução.
- MA. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, in- Nos dois últimos dias, ao lado do nosso
formo que o Deputado Neiva Moreira, meu conterrâ- Vice-Líder, Professor Luizinho, do PT, elaboramos
neo do PDT, apresentou emenda a esse projeto. uma saudável engenharia política neste plenário.
Conversamos com todos os Líderes - Inocêncio Oli-
Sendo assim, parece-me que o projeto deve veira, Geddel Vieira Lima, Mendes Ribeiro Filho,
voltar às Comissões. Odelmo Leão, Antonio Carlos Pannunzio, o Líder do
O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) - Perfei- Governo, Arnaldo Madeira ?, especialmente com o
Presidente Aécio Neves, e conseguimos um con-
to, Deputado. O projeto foi emendado.
senso: formar imediatamente o Grupo Parlamentar
O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) - Tendo BrasiVPeru, por ser um projeto contemporâneo.
sido oferecida 01 emenda ao Projeto de Decerto Le- Está sendo construída a Estrada do Pacífico,
gislativo n° 520-A, de 1997, em discussão, em turno um corredor estratégico para as economias brasilei-
único, volta o mesmo à Comissão de Constituição e ra e peruana. É necessário também, Sr. Presidente,
Justiça e de Redação. que tenhamos uma estratégia política à altura. A
41 160 Sexta-feira 31 IJIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPlJTAIJOS Agosto de 2001
instituição do Grupo Parlamentar Brasil-Peru coadu- mori. Quem sabe esteja próximo o término do gover-
na-se com essa ação de relação econômica entre no neoliberal no Brasil?
os dois países. O SR. MARCOS AFONSO ? Muito obrigado,
Então, para honra da nossa Câmara e alegria Deputado.
do povo brasileiro, nosso projeto de relação de es- O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) - Em vo-
treitamento de laços apresenta três pontos que,
tação o Projeto de Resolução n° 12, de 1999:
hoje, neste mundo globalizado e excludente, são
consensuais nas relações internacionais entre todos A Câmara dos Deputados resolve:
os povos. O primeiro diz respeito à universalização Art. 1° Fica criado, como serviço de cooperação
de nossas cidadanias; o segundo, à garantia das interparlamentar, o Grupo Parlamentar Brasil-Peru.
nossas sustentabilidades, especialmente a susten- Parágrafo único. O Grupo Parlamentar será
tabilidade ambiental da Amazônia brasileira e da composto por membros do Congresso Nacional que a
Amazônia peruana; e o terceiro, à ampliação das ele aderirem.
nossas democracias, notadamente a do nosso País
Art. 2° O Grupo Parlamentar reger-se-á pelo seu
irmão, o Peru.
estatuto,a ser aprovado na primeira assembléia geral
Finalmente, Sr. Presidente, solicito aos nobre ordinária, cujas disposições deverão respeitar a legis-
Pares a aprovação do meu projeto de resolução, lação interna em vigor, e atuará sem ônus para a Câ-
porque no dia 4 de setembro, ao lado do Governa-
mara dos Deputados.
dor do Acre, o companheiro Jorge Viana, estarei em
audiência com o Presidente Alejandro Toledo, em Art. 3° Esta resolução entra em vigor na data de
Lima, no Peru, e quero ter a satisfação imensa de sua publicação.
entregar a ele esse projeto já aprovado pela Casa, O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) - Aqueles
bem como ao presidente do Congresso peruano. que estiverem de acordo permaneçam como se acham.
Muito obrigado. Aprovado.
O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) - Para- O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) - Há so-
béns, Deputado Marcos Afonso. Tive o privilégio de bre a mesa e vou submeter a votos a seguinte
conviver com V. Ex" na formação também de uma
frente com a Bolívia. V. Ex" estreita as relações com o REDAÇÃO FINAL:
Peru e faz renascer o grande sonho de Simon Bolívar: REDAÇÃO FINAL DO PROJETO DE RESOLUÇÃO
a integração de todo o continente sul-americano. N° 174-A, DE 2001
O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) - Conce-
Denomina "Plenário Milton Santos"
do a palavra ao Sr. Deputado Moroni Torgan, para en-
o Plenário da Comissão de Desenvolvi-
caminhar a favor.
mento Urbano e Interior -CDUI.
O SR. MORONI TORGAN (Bloco/PFL - CE. Sem
revisão do orador.) - Sr. Presidente, quero parabenizar A Câmara dos Deputados resolve:
o Deputado Marcos Afonso e dizer que considero fun- Art. 1° Fica o Plenário da Comissão de Desen-
damentai acordo dessa natureza. Mesmo porque outros volvimento Urbano e Interior denominado "Plenário
acordos estão sendo firmados, inclusive de combate ao Milton Santos".
crime. É importante haver essa união parlamentar. Te- Art. 2° Esta Resolução entra em vigor na data de
mos de abrir defin~ivamente essa porta para o Oceano sua publicacão.
Pacífico. O momento é este. Sala das Sessàes, 13 de s.etenibro de 2001 -
Ressalto à Relatoria, do Deputado Heráclito Deputado Paulo Magalhães, Relator.
Fortes, do nosso partido, a sugestão de que também O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) - Aqueles
venha ao encontro de todas as propostas de V. Ex". que estiverem de acordo permaneçam como se
O SR. MARCOS AFONSO - Muito obrigado. acham.
O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) - Conce- Aprovada.
do a palavra ao Sr. Deputado José Antonio Almeida, A matéria vai à promulgação.
para encaminhar a votação da matéria. O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) - Consi-
O SR. JOSÉ ANTONIO ALMEIDA (Bloco/PSB- dero Promulgada, nesta sessão, a seguinte
MA. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, quero
aplaudir a iniciativa do Deputado Marcos Afonso e di- RESOLUÇAO ND 23, DE 2001
zer que realmente é hora de se estreitarem laços, Cria o Grupo Parlamentar Brasil -
principalmente porque, no Peru, não existe mais Fuji- Peru.
Agosto de 200! DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexla-Icira 31 41161
Faço saber que a Câmara dos Deputados apro- abandono de subestações elétricas da Rede Ferro-
vou e eu promulgo a seguinte Resolução: viária Federal S. A. (RIC nO 3.655/01).
Art. 1° Fica criado, como serviço de cooperação Requerimento de Informação - Solicita informa-
interparlamentar, o Grupo Parlamentar Brasil- Peru. ções ao Sr. Ministro do Meio Ambiente a respeito das
Parágrafo único. O Grupo Parlamentar será irregularidades encontradas no Bwana Parque. (MC
composto por membros do Congresso Nacional que a n° 3.656/0 1).
ele aderirem. LUIS BARROSA e OUTROS - Proposta de
Art. 2° O Grupo Parlamentar reger-se-á pelo seu Emenda à Constituição - Acresce o parágrafo 9° ao
estatuto, a ser aprovado na primeira assembléia geral artigo 39 da Constituição Federal. (PEC n° 4.10/01).
ordinária, cujas disposições deverão respeitar a legis- ENI VOLTOLlNI e OUTROS - Proposta de
lação interna em vigor, e atuará sem ónus para a Câ- Emenda à Constituição - Altera o Ato das Disposi-
mara dos Deputados. ções Constitucionais Transitórias, introduzindo arti-
Art. 3° Esta resolução entra em vigor na data de gos que criam a Reserva Social de Emergência, no
sua publicação. âmbito do Fundo de Participação dos Municípi-
CAMARA DOS DEPUTADOS, 30 de agosto de os.(PEC n04.11/01).
2001. L1NCOLN PORTELA - Projeto de Lei - Altera a
O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) - Deputa- redação do art. 39 da Lei n° 8078, de 11 de setembro
do Marcos Afonso, V. Ex", ao encontrar-se com o Pre- de 1990 (Código de Defesa do Consumidor). (PL. N°
sidente do Peru, poderá levar em mãos o documento 5.259/01).
da Câmara Federal. PEDRO EUGÊNIO - Requerimento de Informa-
O SR. MARCOS AFONSO - Agradeço a V. Ex a ção - Solicita informações ao Excelentíssimo Senhor
a sensibilidade. Ministro do Planejamento, sobre os critérios adotados
nas transferências do pessoal da extinta SUDENE
O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) - Apre-
para outros órgãos. (RIC 3.657/01).
sentação de proposições.
Os Senhores Deputados que tenham proposi- FEU ROSA - Indicação - Sugere a celebração
ções a apresentar queiram fazê-lo. de convênios com os municípios, para a realização de
trabalhos de manutenção e restauração rodoviária.
APRESENTAM PROPOSiÇÕES OS (INC n° 1.980/01).
SRS: IVAN VALENTE - Requerimento de Informação
- Solicita informações ao Sr. Ministro da Educação a
BADU PJCANÇO - Projeto de Lei - Dá nova re-
respeito das despesas com a publicidade do progra-
dação ao § 5° do artigo 22 da Lei 4591, de 16 de de- ma "Bolsa-Escola". (RIC nO 3.658/01).
zembro de 1964. (PL. n° 5.257/01).
LAURA CARNEIRO - Projeto de Lei - Altera a
GUSTAVO FRUET - Requerimento de Informa-
Lei n° 8069, de 13 de julho de 1990, incluindo artigo
ção - Solicita informações ao Sr. Ministro da Fazenda
após o art. 197 e inserindo §§ 3° e 4° n° art. 214. (PL.
com o objetivo de obter dados referentes à tributação
n° 5.260/01).
de produtos reciclados junto à Receita Federal.(RIC
n° 3.653/01). ALMERINDA DE CARVALHO - Projeto de Lei-
Institui o "Dia do Desarmamento Nacional. (PL.
JAQUES WAGNER - Projeto de Lei - Veda, em
n05.261/01).
todo o território nacional, as exigências do reconheci-
mento de firma e de autenticação ou conferência de Projeto de Lei - Dispõe sobre a obrigatoriedade
reprodução de documentos, para a validade dos mes- de estabelecer valores de produtos anunciados nos
mos. (PL. n° 5.258/01). veículos de comunicação e dá outras providências.
(PL. n° 5.262/01).
MARCOS AFONSO - Requerimento de Infor-
mação - Solicita do Senhor Ministro de Minas e Ener- FLÁVIO ARNS - Requerimento de Sessão So-
gia esclarecimentos sobre a diferença nas tarifas e lene - Requer a convocação de Sessão Solene da
conseqüentes reajustes que a AN EEL está propondo Câmara dos Deputados para o dia 22 de agosto de
para os grandes consumidores. (RIC n° 3.654/01). 2002, às 10:00 horas.
Requerimento de Informação - Solicita informa- VANESSA GRAZZIOTIN - Projeto de Lei -
ções ao Sr. Ministro do Meio Ambiente sobre os riscos Dispõe sobre a manifestação dos Conselhos Fede-
de contaminação da população em decorrência de rais na criação de novos cursos de Medicina, Odon-
41162 Sexta-feira 31 mARIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agnstll de 2001
tologia, Farmácia, Fisioterapia, Medicina Veterinária, O SR. LUIZ BITTENCOURT - Sr. Presidente,
Psicologia e Direito. (PL. n° 5.263/01). peço a palavra pela ordem.
Projeto de Lei - Altera o Decreto-Lei n° 1804, O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) - Tem V. Ex"
de 3 de setembro de 1980, permitindo a aquisição a palavra.
de mercadorias procedentes da Zona Franca de Ma- O SR. LUIZ BITTENCOURT (PMDB - GO. Pela
n~us enviadas. a? t~rritório naocional por via postal e ordem. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presi-
da outras providencias. (PL. n 5.264/01). dente, Sras. e Srs. Deputados, ocupamos a tribuna
Projeto de Lei - Altera o artigo 282 do decre- para, com muita honra e satisfação, prestar homena-
to-lei n° 2848, de 07 de dezembro de 1940. (PL. n° gem à Comunidade Bahá'í brasileira, que comemora
5.265/01). este ano 80 anos de presença em nosso solo.
Projeto de Lei - Acrescenta inciso ao art. 20 Numericamente, podemos até dizer que é pe-
da Lei n° 8036, de 11 de maio de 1990, para permitir quena a Comunidade Bahá'í no País, se comparados
a movimentação da conta vinculada do FGTS a par- os números aos dos fiéis de outras religiões mais co-
tir de vinte anos de tempo de serviço.(PL. n° nhecidas. Porém, tanto na esfera social quanto na reli-
5.266/01). . giosa, o que mais importa não é a quantidade, mas
Requeriment~ - :olicita a reti~ada do ~e.qu~~I- sim a qualidade. Então, podemos dizer que se trata de
mento de Informaçao n 3542/01, enviado ao Mlnlsteno uma comunidade da mais alta valia para o Brasil, pela
da Educação indevidamente. (conferindo assinaturas). formação peculiaríssima que oferece àqueles que se-
Requerimento - Solicita a retirada do Requeri- guem os ensinamentos de Bahá'u'lIáh.
mento de Informação n03538/01, enviado ao Ministério Permitam-me, antes de me reter na ação da Co-
da Educação indevidamente. (conferindo assinaturas). munidade Bahá'í no Brasil, fazer um relato, ainda que
Requerimento de Informação - Solicita ao Se- breve, a respeito da Fé Bahá'í no mundo, desde o seu
nhor Ministro da Ciência e Tecnologia informações nascimento.
acerca dos recursos do Conselho Nacional de De- A origem da Fé Bahá'í remonta aos meados do
senvolvimento Científico e Tec~o.lógico (C.~Pq) des- século XIX - mais precisamente, 1844 -, na Pérsia, o
tinados.~s pesquisas naoAmazonla, espeCificamente atual Irã. Nesse ano, Siyyd Ali Muhammad, que viria a
na Reglao Norte. (RIC n 3.659/01). ser conhecido como o Báb, começa a falar do prenún-
Requerimento de Informação - Solicita ao Se- cio de uma nova era. Começa a anunciar - como João
nhor Ministro da Ciência e Tecnologia informações Batista anunciou Cristo - que um novo Profeta, o Pro-
sobre bolsas de estudo para o exteri.or destin~da~ metido de todas as religiões reveladas, estava para se
pelo Conselho Nacional de Desenvolvlmen!o_Clentl- manifestar. E esse era Mirza Hussayn Ali, que viria a
fico e Tecnológico (CNPq~, para InstltUlçoes do ser conhecido como Bahá'u'lIáh, ou a "Glória de
Estado do Amazonas.(RIC n 3.660/01). Deus", o Fundador da Revelação Bahá'L
Requerimento de In.for~açã<:> - Solic~a ao Se- A mensagem precursora do Báb foi logo re-
nhor Ministro das Comunlcaçoes, Informaçoes sobr~ chaçada pelo clero muçulmano conservador como
o Programa - TELECOMUNIDADE. (RIC n blasfêmia e afronta ao Islã. Não compreenderam os
3.661/01). extremistas islâmicos de então que Bahá'u'lIáh não
Requerimento de Informação - Solicita ao ~e- ~i~~a ao ~undo para acab~r com est~ ou aquela.!e-
nhor Ministro da Saúde, informações sobre o Projeto Iiglao, senao para completa-Ias. Por Sinal, a religla~,
Alvorada. (RIC n° 3.662/01). no pensamento bahá'í, não é estanque, mas evolutl-
. _. . va. As revelações se seguem umas às outras, num
R~guenmento de Inf~rmaçao =- SoliCita ao Se- constante processo de aperfeiçoamento do ser hu-
nhor ministro da Fazenda Inf?rma~oes sobre o Pro- mano, num incessante moto do homem em direção
g~ama de Arrendamento ReSidenCial - PAR. - (RIC a Deus _ um Deus único, sim, r:n as que se m~nifes-
n 3.663/01). ta, através dos séculos, por meio de seus enViados.
RONALDO VASCONCELLOS - Projeto de Lei E, entre esses, os bahá'ís incluem Moisés, Buda,
- Altera a Lei n° 7357 de 02 de setembro de 1985 e Cristo, Maomé e, por fim e especialmente, Ba-
dá outras providências. (PL. n° 5.267/01). há'u'lIáh, todos eles seres superiores, viventes hu-
. - manos na Terra, mas com o mandato divino de con-
RUBENS BUENO - Indlcaçao - Sugere. a ad.?- duzir a todos os outros seres humanos ao grande
ção de medidas urgentes para .resolver a sltuaçao reino de paz e felicidade eternas.
de precariedade e abandono VIVida pelo Departa- . . , . .
mento de Informática da Universidade Estadual de O destino do Bab e tambe~ de seus p~lmel~os
Maringá, no Paraná. (INC n° 1.981/01). seguidores, que já somavam mais de 20 mil, fOI o
Agosto de 2001 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-Ieim 31 41163
martírio, mas a semente fora lançada à terra; e a sua Senão, vejamos. A base da Fé Bahá'í é a con-
mensagem, apenas precursora, se destinava tão-só a vicção na unidade do ser humano. O dístico básico da
abrir caminhos para o Profeta que viria após ele. Fé Bahá'í prega que "a Terra é um só país e os seres
É bom ter em mente que Báb significa porta, humano~, ~eus cidad.ã~s", o que resu,me es~e concei-
ou seja, um meio de passagem, algo que leva a al- to, O obJetivo da rehglao, portant~: e a unld~d~ dos
gum lugar mais importante; um meio, em resumo, homens e a sua natural ~ cons~ue.nte concordla ~a
não um fim. Este, o fim da pregação do Báb, seria Terra. Mas, para tanto, ~ Impresclndlv~l_que se extln-
Bahá'u'láh. gam todos os preconceitos .e superstlço~~_ e que.•se
estabeleça uma real harmOnia entre a rehglao, a clen-
Mirza Hussayn Ali descendia de família nobre cia e a razão. E isso só será obtido através da educa-
e influente na corte persa. Filho de um Ministro do ção universal e obrigatória, outro princípio básico da
Xá, o futuro lhe prometia a opulência e o prestígio Fé Bahá'í. Por sinal, um dos pontos que, na Pérsia
peculiares à sua situação social, não fosse a revela- dos meados do século XIX, mais escandalizou a soci-
ção divina e a ordem de divulgá-Ia ao mundo. Do edade foi a defesa ferrenha da educação universal por
mesmo modo que aquele que o precedeu, Ba- parte de Bahá'u'lIáh e seus seguidores; educação
há'u'lIáh foi perseguido e condenado não à morte, essa estendida, naturalmente, às mulheres. Se mes-
por sua condição social, mas à tortura e ao exílio, mo hoje, em certas partes do mundo onde vigem as
que duraria quase quarenta anos. doutrinas fundamentalistas, a mulher ocupa posição
Em 1863, proclamou-se, longe de sua terra na- i,nferiorà.do.ho.me~ e, como não d~zer, mu~as.~ezes,
tal, em Bagdá, o prometido pelo Báb, aquele cuja che- a dos animaiS, Ima~lne-se a revoluçao que signifiCOU a
gada todas as religiões reveladas do passado anunci- postura da nova Fe.
ava_m como a revelação maior ~~ Deus. A partir d~ Universalista, a Fé Bahá'í logo encontraria a
entao começa a escrever e a codificar as bases da Fe simpatia de todos os povos do mundo. Por isso,
e a arrebanhar adeptos por onde passava. hoje se encontra disseminada nos cinco continen-
Encontrou o último repouso, como que por re- tes.. ~reocupada não apenas com. o lado purame~te
compensa de Deus, na Terra Santa, então parte do espiritual do homem, mas tamb~m, e de m~nelra
grande Império Otomano, vindo a encerrar a vida destaca?a, com ~ 'prowesso social, a Comunidade
terrena em 1892. Seu túmulo na cidade de Acre, no Internacional Baha I sena chamada a emprestar sua
atual Estado de Israel, é o ~onumento mais sagra- colab~raç?o aos ~rgã9s internaci~nais, ~, de modo
do para seus seguidores de todo o mundo. especial, a Organlzaçao das Naçoes Unidas, como
. .,. . organização não-governamental, desde 1948, com
Os funda.mentos da F? ~aha I, ??r:n? disse, f~- representações acreditadas na sede, em Nova lor-
ram estabelecidos pelo propno ~aha u lIah, ~~s .t l- que, e nos órgãos específicos, sobretudo os que li-
veram nos seus descendentes diretos seus fieiS In- dam com direitos humanos relacionados à saúde à
térpretes. E hoje os ensinamentos e escritos de seu infância e ao meio ambiente como o Conselho E~o-
fiI~o, Abbas Eff~~d!: conhecido como Abdul.Bahá o~ nâmico e Social, o UNICEF,' a Organização Mundial
o Servo da Glor~~ , e de ~e~ neto, Sh09hl Effendl, de Saúde e o Programa para o Meio Ambiente.
nomeado "Guardlao da Fe", Juntam-se as palavras
inspiradas de Bahá'u'lIáh como um conjunto uno de Tem sido extremamente atuante nessas áreas,
doutrina. Os escritos bahá'í's, por sinal, se configu- lutando ferrenhamente contra a discriminação por
ram como uma obra ímpar, na história das religiões, motivos ideológicos, raciais e religiosos e pela ex-
uma vez que todos eles foram testemunhados, en- tensão do direito à educação para crianças e adul-
contrando-se preservados no Centro Mundial Ba- tos, homens e mulheres. Tem tido participação des-
há'í, em Haifa, no Monte Carmelo, próximo ao San- tacada nas conferências internacionais promovidas
tuário do Báb. pela ONU, como as mais recentes, em Beijing, so-
. _ .. . . bre a situação da mulher, ou a ECO-92, no Rio de
. Qual~ .sao os pnn.clplos fund~mentals dessa Janeiro sobre meio ambiente.
Fe, transmitida de maneira clara e direta pelo funda- '
dor e por seus descendentes? Quem não os conhe- Ganhou respeito, nestas últimas cinco déca-
ce poderá imaginar tratar-se de doutrina extrema- das, como órgão de consulta, por suas posições
mente hermética, esotérica, restrita a iniciados. Mas equilibradas e objetivas, não se preocupando, nessa
a verdade é bem outra. A doutrina de Bahá'u'lIáh, participação, com o proselitismo, mas tão-somente
apesar de nascida no seio do islamismo, espa- com o aperfeiçoamento do ser humano, não impor-
Ihou-se pelos quatros cantos do mundo, tanto no tando a nacionalidade, etnia ou religião, de acordo
Oriente quanto - e sobretudo - no Ocidente, justa- com os ensinamentos do próprio Bahá'u'lIáh: "Não
mente por sua universalidade, por se tratar de men- se vanglorie quem ama seu próprio país, mas sim
sagem aplicável a qualquer ser humano, indepen- quem ama o mundo inteiro". E também: "A glória do
dentemente de lugar, de etnia e de condição social. homem está em seu conhecimento, em sua conduta
41 164 S,:xla-Icira:\ I DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto d.: 2DD I
reta, em seu caráter louvável e em sua sabedoria, e Diz a mensagem da Casa Universal de Justiça:
não em sua nacionalidade ou posição".
Nossos corações estão repletos de
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, foi amor e de apreço por essa ação da Câmara
essa mensagem que chegou ao Brasil em 1921,
dos Deputados, uma iniciativa que sentimos
pela palavra e ação de Leonora Armstrong, come-
çando por Salvador e continuando pelo Rio de Jane- ter profunda significação espiritual e social
iro e por São Paulo. Hoje, encontra-se presente em para o povo brasileiro. Trata-se também de
mais de 1.200 cidades brasileiras, e os seus proje- um arrebatador lembrete da importância que
tos sociais se espalham por vários Estados. Bahá'u'lIáh atribui aos corpos legislativos e
Basta, para exemplificar, que se mencionem a aos representantes eleitos pelo povo, os
Escola das Nações, aqui em Brasília; a Escola Vo- quais deveriam, conforme Ele escreveu,
cacional Masrour, em Manaus; o Instituto Politécnico "considerar a si próprios como os represen-
Rural, em Iranduba, também no Amazonas; o Cen- tantes de todos os que habitam na Terra".
tro Educacional de Salvaterra, na Ilha de Marajó. (... )
A Comunidade Bahá'í do Brasil tem sido uma A longa e multifacetada história do
importante ~arceira da sociedade brasileira, como Brasil e a rica diversidade da composição
órgão de consulta, nos mais diferentes setores. Não étnica do país dotam vossa nação com um
poderia deixar de mencionar a participação que em- potencial capaz de dar expressão exemplar
presta a esta Casa, constantemente, sempre que os à perspectiva gloriosa que é prometida pelo
mais importantes temas sociais estão em pauta. princípio central de Bahá'u'lIáh.
Por ocasião da Assembléia Nacional Constitu- É assim, Sr. Presidente, que nos sentimos na
inte, editou um documento intitulado "Os Bahá'ís e a obrigação de prestar esta homenagem. Trata-se do
Constituinte", distribuído a todos os Deputados e nosso reconhecimento à Comunidade Bahá'í do
Senadores que iriam escrever a nova Carta. Mais Brasil pelo muito que têm feito os bahá'ís em nosso
recentemente, aqui mesmo na Câmara dos Deputa- País já há oitenta anos.
dos, a Comunidade Bahá'í colaborou na promoção
do Seminário "Desenvolvendo uma Cultura de Paz", Saudamos, portanto, todos os membros da
Comunidade Bahá'í do Brasil e expressamos a eles
promovido pela Frente Parlamentar para a Paz. Par-
ticipou também da Comissão Geral realizada neste nossa admiração e nosso reconhecimento.
plenário para oferecer subsídios ao Presidente da Dirigimos uma mensagem especial à Comuni-
República para a Cúpula do Milênio da ONU, como dade Bahá'í mundial, que no próximo dia 22 estará
foi denominada a Assembléia Geral das Nações em festa, reunida, física ou espiritualmente, no Mon-
Unidas de 2000, com a brilhante participação da re- te Carmelo, em Haifa, para inaugurar os novos jar-
presentante da Comunidade Bahá'í Internacional, dins do Santuário do Báb, esse lindo monumento,
Sra. Nikoo Mahboubian. cartão-postal da cidade e centro de peregrinação de
todos os bahá'ís, por abrigar os restos mortais do
Por sinal, este plenário, Sr. Presidente, já foi
Precursor de Bahá'u'lIáh.
palco de dois momentos marcantes na história da
Comunidade Bahá'í brasileira. O primeiro, em 28 de Aceitem, portanto, os bahá'is do mundo, em
maio de 1992, quando a Câmara dos Deputados especial os do Brasil, as nossas saudações e a nos-
promoveu sessão solene em homenagem ao cente- sa disposição de continuarmos abertos ao diálogo
nário do passamento de Bahá'u'lIáh; e o segundo, nesta Casa, sinônimo de cooperação no trabalho
em 14 de agosto de 1996, quando, em outra sessão que aqui fazemos em prol do povo brasileiro.
solene, a Casa recebeu a Sra. Ruhíyyih Rabbani, vi- Muito obrigado.
úva do bisneto de Bahá'u'lIáh, a figura mais impor- O SR. ADÃO PREITO - Sr. Presidente, peço a
tante de então da Comunidade Bahá'í mundial. palavra pela ordem.
A sessão solene de 1992 repercutiu no mundo O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) - Tem V. Ex<'
bahá'j de modo especial. A Câmara dos Deputados a palavra.
recebeu mais de duas dezenas de mensagens de
congratulações provenientes de comunidades locais O SR. ADÃO PREITO (PT - RS. Pela ordem.
Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Sras. e
dos cinco continentes. Em especial, ressalto a men- Srs. Deputados, informo que no domingo estaremos
sagem que a Casa Universal de Justiça, órgão admi- comemorando, no Rio Grande do Sul, os vinte anos
nistrativo máximo da Fé Bahá'í, sediado em Haifa, en- da retomada da luta pela terra, que vem desde o
viou ao Presidente da Casa, e me permito citar um tempo da descoberta do Brasil, interrompida durante
pequeno trecho dessa mensagem, que traduz com o Golpe Militar. Após o Golpe, há vinte anos, reco-
perfeição o impacto que o evento causou. meçamos a luta pela terra na Encruzilhada Natalino,
Agosto de 20() I DIÁRIO DA CÂMARA DOS DliPUTADOS Sexla-feira31 41165
no Município de Ronda Alta, Rio Grande do Sul. Ministro Weffort, que já foi patrulhado, não faz distin-
Esse movimento ficou famoso em toda a América ção entre vanguarda e tradição e "no ano que vem
Latina como o Acampamento Natalino. será candidato a voltar a seu trabalho de sempre,
como professor e pesquisador".
Das 1.200 famílias que ali acamparam, apenas
260 resistiram e foram assentadas. O famoso Coro- O ressurgimento do cinema nacional, nos últi-
nel Curió, do Pará, foi levado para o Rio Grande do mos seis anos, por exemplo, e diversos outros pro-
Sul, a fim de desmontar aquele acampamento e ten- dutos e eventos artísticos recentes devem ser credi-
tar levar as famílias para o Mato Grosso, mas 260 tados à utilização da Lei do Audiovisual e da Lei
famílias resistiram. Portanto, no domingo estaremos Rouanet, mecanismos que o Ministro procurou man-
comemorando os vinte anos dessa conquista. ter ativos em prol das manifestações da cultura naci-
Anuncio esse ato e convido o povo brasileiro onal e de sua difusão, em obediência ao princípio
que estiver disponível a comparecer à comemoração. da cidadania cultural, inscrito na Constituição Fede-
Seremos recepcionados pelos assentados do Rio ral (art. 215, caput).
Grande do Sul, que abaterão quarenta bois gordos. Registro, pois, o meu voto de louvor - e sei
O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) - Feito o que posso falar em nome da maioria dos colegas -
registro, parabenizo V. Exa , esperando vê-lo, num pró- ao profícuo e inteligente desempenho do Ministro de
ximo Governo, se a Esquerda vencer, Ministro da Re- Estado da Cultura, Dr. Francisco Corrêa Weffort,
forma Agrária. Tenho certeza de que essa questão que entra para a história, até agora, como o mais
longevo dos Ministros da Cultura do País.
estará totalmente resolvida.
O SR. ADÃO PRETTO - Estou à disposição. A propósito, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Depu-
tados, devo mencionar minha participação no incen-
O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) -Informo
tivo a promoções e iniciativas de cunho cultural, com
que já vamos encerrar a sessão.
emendas orçamentárias para o Festival de Teatro
Gostaria, portanto, que os Srs. Parlamentares fi- de Londrina (FILO), exemplo da intensa produção
zessem seus pronunciamentos com a maior brevida- cultural paranaense, para a recuperação do Museu
de possível. Histórico de Londrina, para Bandas Municipais e Bi-
O SR. LUIZ CARLOS HAULY - Sr. Presidente, bliotecas Públicas Municipais.
peço a palavra pela ordem. Destaco também a marcante presença do Se-
O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) - Tem V. Ex" cretário de Estado e ex-Deputado Federal Octávio
a palavra. Elísio, fundador do Partido da Social Democracia
Brasileira - PSDB, como parceiro das conquistas do
O SR. LUIZ CARLOS HAULY (PSDB - PRo
setor ao longo dos últimos tempos, assim como assi-
Pela ordem. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. nalo a iniciativa do Canal Brasil, que leva produções
Presidente, Sras. e Srs. Deputados, a consolidação
culturais para um público aficionado da TV brasileira,
da Lei Rouanet (Lei n° 8.313, de 23 de dezembro de
com responsabilidade do Ministério da Cultura.
1991) e da Lei do Audiovisual (Lei n° 8.401, de 8 de
janeiro de 1992) são dois feitos do Ministro Francis- Tendo presentes as dificuldades de acesso de de-
co Corrêa Weffort, titular da Pasta da Cultura há terminadas camadas da população a bens culturais,
sete anos e responsável também pela reestrutura- apresentei projeto de lei que assegura a distribuição
ção administrativa do Ministério - um dos envolvidos gratu~a de produção cinematográfica às salas de exibi-
no Programa de Modernização do Poder Executivo ção de entidades culturais sem fins lucrativos e aos ci-
Federal. neclubes, bem como a apresentação de projetos cultu-
Atualmente, o Ministério da Cultura conta com rais relacionados com as artes cênicas em cidades de
quatro Secretarias finalísticas - do Patrimônio, Muse- médio e pequeno portes, desde que sejam beneficiados
us e Artes Plásticas; da Música e Artes Cênicas; do com os incentivos previstos na Lei Rouanet.
Audiovisual; e do Livro e Le~ura -, que trabalham em Quanto ao cinema nacional, em face do dis-
harmonia com as instituições a ele vinculadas: Funda- posto no art. 29 da Lei n° 8.401, de 1992, e no De-
ção Biblioteca Nacional - FBN; Instituto do Patrimônio creto n° 3.811, de 4 de maio de 2001, que '1ixa o nú-
Histórico e Artístico Nacional - IPHAN; Fundação Na- mero de dias para a exibição de obras cinematográ-
cional de Artes - FUNARTE; Fundação Cultural Pal-
ficas brasileiras durante o ano de 2001, e dá outras
mares - FCP e Fundação Casa de Rui Barbosa.
providências", estou ultimando a elaboração de pro-
Em meio a um clima de permanente cobrança jeto de lei que preconiza medidas tendentes a trans-
por parte de produtores e agentes culturais e ao si- formar o cinema em indústria, o que exigirá, segun-
lêncio da opinião pública quanto às leis de incentivo do o Ministro Francisco Weffort, a criação de um ór-
cultural, é altamente positivo o saldo da atuação do gão próprio, a Secretaria do Cinema.
411 (,6 Sexta-ICira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTA!JOS Agosto de 2001
No plano externo, a meu ver, o Brasil tem de apo- Da mesma forma, Sr. Presidente, Sras. e Srs.
iar os países que fazem parte da Comunidade dos Paí- Deputados, a indignação dos funcionários da Previ-
ses de Língua Portuguesa, para difundir nossa cultura dência (INSS) é manifesta, com a proposta salarial
e nossa língua, prestigiando o português em lugares encaminhada ao Congresso pelo Executivo, na
longínquos como o Timor Leste, que por ele fez opção, base dos 3,5%, que não repõem sequer as perdas
depois de longo período sob o domínio da Indonésia. dos servidores em um ano - o que dizer de sete
Outra proposta é a de que o Brasil coloque sua televi- anos, que é o período em que se encontram sem re-
são pública educativa e cultural em rede de satéltle que ajuste salarial.
abranja as comunidades brasileiras na Ásia, na África, Como se não bastasse a defasagem salarial,
na Oceania, na Europa e nas Américas, como maneira estão ainda os previdenciários com a ameaça de
de difundir nossa produção cultural. perder o Plano de Carreira, Cargos e Salários -
Registro meu voto de louvor a toda a equipe PCCS, até agora não implementado -, gratificação
do Ministério e das Secretarias, ao ex-Deputado que representa, hoje, 47,11 % de remuneração dos
Octávio Elísio, a Joatan Vilela e à Secretária Execu- funcionários de nível médio.
tiva Maria Emília.
Para compensar a perda dessa gratificação, o
Muito obrigado. Governo acena com a possibilidade de concessão de
O SR. CLOVIS ILGENFRITZ - Sr. Presidente, uma outra gratificação, esta de desempenho - somen-
peço a palavra pela ordem. te para os ativos -, em torno de 20% do vencimento
O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) - Tem V. [Xi básico dos servidores, o que redundaria, na prática,
a palavra. urna redução na remuneração de R$ 401,70 mensais.
O SR. CLOVIS ILGENFRITZ (PT - RS. Pela or- A União Gaúcha dos Servidores da Arrecada-
dem. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presiden- ção, Fiscalização e Procuradoria da Previdência Soci-
te, Sras. e Srs. Deputados: al - AGASALAF, através de seu presidente, reclama
que os trabalhadores da Previdência Social têm, com-
Faz escuro, mas eu canto, pulsoriamente, ao longo desses sete anos, ajudado o
vale a pena trabalhar. Governo Federal a cumprir os ajustes ditados pelo
Faz escuro, mas eu canto, Fundo Monetário Internacional, vindo, agora, o Execu-
porque a manhã vai chegar tivo tentar a retirada do PCCS dos seus salários.
(Tiago de Mello) Desta forma, propugnamos, através desta expo-
sição, expor o contraditório que essa ditadura econô-
Os servidores técnico-administrativos do sistema mica tem negado à classe previdenciária e tentar sen-
federal de ensino, vinculado à Federação dos Sindica- sibilizar o Ministério do Planejamento, Orçamento e
tos de Trabalhadores nas Universidades Brasileiras - Gestão, no equacionamento do problema, de funda-
FASUBRA, estão em greve desde 25 de julho. mentai importância para a manutenção do bom aten-
A greve já atinge 41 instituições federais, com dimento na Previdência Social e para a população
alto índice de adesão, inclusive dos hospitais universi- brasileira, a maior interessada nos serviços do INSS.
tários. As reivindicações da categoria são basicamen- Além dos servidores técnico-administrativos
te reposição salarial, autonomia com democracia, das universidades e dos funcionários da Previdência
plano único de carreira e salários, defesa dos hospita- aqui referidos, acrescentamos que essa bancada
is universitários, contra a regulamentação do empre- participa também da luta dos servidores públicos fe-
go público. derais que reivindicam uma reposição salarial de
Os servidores federais consideram, e com ra- 75%, referente aos sete anos sem reajuste para a ca-
zão, uma "piada" o reajuste anunciado pelo Governo tegoria, contra a pífia proposta dos 3,5% do Governo
para a categoria: de 3,5%. Federal.
Ora, depois de sete anos sem aumento e com É o que exige.
uma defasagem de 75,48%, e inaceitável, para não O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) - A Mesa in-
dizer irrisória, a proposta de 3,5%. forma a V. Ex", Deputado Clovis IIgenfritz, que hoje de
O PT e partidos de oposição cogitam entrar com manhã a Direção Nacional da FASUBRA e a da ANDES
processo por crime de responsabilidade contra o Pre- estiveram reunidas com o Senador Carlos Bezerra, Pre-
sidente Fernando Henrique Cardoso, por não ter sidente da Comissão Mista de Orçamento.
cumprido a Constituição e a determinação do Supre-
Estamos tentando abrir canais de entendimen-
mo Tribunal Federal de conceder reajuste anual aos
to para a solução da crise que proporcionou esta
servidores, aguardando apenas a chegada no Con-
gresso da Lei Orçamentária Anual- LOA, com a pre- grande greve.
visão do reajuste dos servidores, para protocolar O SR. MORONI TORGAN - Sr. Presidente,
essa denúncia. peço a palavra pela ordem.
Agosto de 2()O\ DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Scxta-/eíra 31 41167
o SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) - Tem V. Nessa condição, participei ativamente de todas
Ex a a palavra. as reuniões da Comissão. Foram colhidas manifes-
O SR. MORONI TORGAN (Bloco/PFL - CE. tações de quase todos os Estados brasileiros, de
Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, entidades ligadas à matéria, de diversos convida-
desejo dar conhecimento a esta Casa de dois proce- dos, havendo sido recebida farta documentação re-
dimentos deste Parlamentar em relação ao problema ferente a encontros e trabalhos publicados por re-
de seqüestros, que estamos vendo acontecer diaria- presentantes da categoria.
mente.
Depois de uma longa e árdua caminhada, a
A primeira providência tomada foi o envio ao Mi- Comissão concluiu seus trabalhos, enfocando deta-
nistro da Justiça de documento solicitando a imediata Ihadamente todos os aspectos que envolvem o pro-
criação da Escola Superior de Segurança, a fim de jeto, tanto em relação à sua constitucionalidade,
propiciar o aperfeiçoamento técnico e tecnológico das quanto em relação à sua juridicidade.
nossas Polícias, pois vimos a seqüência de erros co-
metidos durante o seqüestro em andamento na cida- Houve avanços, sobretudo no que diz respeito
de de São Paulo. O que poderia ser uma vitória, infe- ao direito à vida; à saúde; ao fornecimento gratuito
lizmente, está se transformando numa derrota. de medicamentos; ao atendimento prioritário; à indi-
Outra ação, que já está na Assessoria Legislati- cação de curador para decidir sobre o tratamento de
va, em consonância com idéias do Deputado Ibrahim saúde, quando não tiver condições de se manifes-
Abi-Ackel, que tem sido um grande companheiro, visa tar; à obrigatoriedade de denunciar casos de suspei-
a estabelecer o rito sumário para procedimentos que ta ou confirmação de maus-tratos, vedando a discri-
envolvam brutalidades contra a vida, porque na ver- minação nos planos de saúde em razão da idade; à
dade os seqüestradores estão se beneficiando de um educação; à profissionalização e ao trabalho; à as-
rito demorado, que muitas vezes leva dez anos para sistência social; à habitação; ao transporte; à ali-
ser concluído. Têm até saído da Lei do Crime Hedion- mentação; ao acesso à Justiça etc.
do, conseguindo, muitas vezes, liberdade durante o
processo, o que é impossível, de acordo com essa lei. Quanto ao acesso à Justiça, o substitutivo
apresentado propõe a alteração dos arts. 275 do
Muito obrigado. Código de Processo Civil, com reflexo direto no art.
3° da Lei n° 9.099, de 1995, estabelecendo, em am-
O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) - Para-
bos os casos, rito sumário para as causas que en-
béns a V. Exa, Deputado Moroni Torgan, que é da
volvam o idoso. De igual forma, propõe alterações
área de segurança, pelas sugestões apresentadas.
na legislação penal aplicável, passando a ser crime
A SRA. ALMERINDA DE CARVALHO - Sr. qualquer forma de discriminação, humilhação, aban-
Presidente, peço a palavra pela ordem. dono, exposição a perigo da vida, integridade e saú-
de física ou psíquica do idoso; submetê-lo a condi-
O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) - Tem
ções desumanas, privando-o de alimentos e cuida-
V. Ex a a palavra. dos indispensáveis ou sujeitando-o a trabalho ex-
A SRA. ALMERINDA DE CARVALHO cessivo; impedir-lhe acesso a cargo público por cau-
(PPB-RJ. Pela ordem. Pronuncia o seguinte discurso.) sa da idade; negar-lhe emprego ou trabalho pelo
- Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, este é o meu mesmo motivo; dificultar-lhe a internação ou deixar
primeiro cargo eletivo. Porém, sempre estive ligada à de prestar-lhe assistência médico-hospitalar; apro-
assistência comunitária. Na comunidade assistida - priar-se indevidamente de pensão ou desviar rendi-
aqueles menos favorecidos pela sorte -, preocu- mento; reter cartão magnético para movimentar apo-
pa-me de forma especial o idoso. sentadoria ou qualquer outro documento; exibir ou
Por acreditar que poderia contribuir de forma di- veicular informações, imagens depreciativas e indu-
reta para amenizar a situação daqueles a quem sem- zir o idoso a passar procuração para administrar
pre assisti, aceitei o desafio de concorrer a um cargo seus bens. Essas práticas sujeitam o infrator à pena
político, tendo obtido êxito, com votação expressiva, de até quatro anos de prisão e multa.
sendo eleita na primeira participação. Assim, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados,
No exercício de meu mandato, tive a satisfa- penso que o trabalho levado a termo e o substitutivo
ção de ser indicada como membro titular da Comis- apresentado representam um verdadeiro avanço na
são Especial destinada a apreciar o Projeto de Lei causa do idoso, estando portanto a merecer toda nos-
n° 3.561, de 1997, que versa sobre o Estatuto do sa atenção em sua tramitação e aprovação final.
Idoso e dá outras providências, instituída em 24 de Por tudo isso, quero cumprimentar o Presidente,
maio de 2000, sob a presidência e relatada pelos pela eficiência na condução dos trabalhos, o Relator,
ilustres Parlamentares Eduardo Barbosa e Silas pela magnitude do substitutivo apresentado, e todos
Brasileiro, respectivamente. os que contribuíram para a conclusão dos trabalhos.
411 (,8 Sexta-feira 31 DIARIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agustu de 2001
Agradeço também a oportunidade de ter integrado rização quase que diária do dólar, as contas públicas
tão importante Comissão Parlamentar de Inquérito. viram seu endividamento crescer em 24 bilhões de re-
Quero cumprimentar os destinatários finais do ais. Se a eles adicionarmos os 18 bilhões decorrentes
trabalho, os idosos, de forma particular, e o faço na da elevação da taxa referencial de juros internos, va-
pessoa do Sr. Rubens Coutinho Filgueiras - meu pai-, mos ver que esse acréscimo de endividamento este-
que, com quase 82 anos, ainda trabalha o dia todo no ve acima, muito acima dos 15 bilhões de reais de su-
escritório de uma fábrica no Rio de Janeiro, goza de perávit primário que com imenso sacrifício temos ob-
plena saúde e desfruta do convívio de seus familiares. tido.
Entendo que esse exemplo deveria ser o modelo Essa política monetarista que aí está, menina dos
de velhice ideal. Entretanto, pela minha atuação na ativi- olhos da dupla Malan e Fraga, colocou o País num cír-
dade assistencial, tenho conhecimento de que não é culo do qual está difícil sair. Necessitamos de investi-
esta a realidade de nossos idosos. Porém, acredito que mentos externos e por isso colocamos a taxa de juros
o trabalho ora concluído e apresentado pela Comissão na estratosfera, com o que mais e mais nos endivida-
possa vir a amenizar o sofrimento daqueles que tanto fi- mos. E é uma dívida inercial que se vai fazendo maior a
zeram para a constituição de sua família e para o desen- cada instante, sem que, em contrapartida, se consiga
volvimento de nosso País, dignificando-os. investimento público em infra-estrutura, em educação,
Muito obrigada. em saúde, em segurança etc.
O SR. RUBENS BUENO - Sr. Presidente, peço Mas essa dívida não é óbice maior para que o
a palavra pela ordem.
investidor venha para cá. O que preocupa é a corrup-
O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) - Tem V. ção, é a violência, é a miséria, é o pressentimento de
Ex a a palavra.
que isto aqui é um barril de pólvora prestes a explodir,
O SR. RUBENS BUENO (Bloco/PPS - PRo Pela
não sendo, portanto, muito seguro fazer investimen-
ordem. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presi-
tos em nossa economia.
dente, Sras. e Srs. Deputados, a crise de energia tem
permitido que surjam com mais clareza questões que, Na verdade, esses investidores não chegam a
no mais das vezes, seguem guardadas nas gavetas ter maiores preocupações com essas dívidas. Entre
desses gabinetes em que se decide sobre os desti- os países mais ricos, a Itália, por exemplo, deve mais
nos do País. A dívida pública é um desses fantasmas. de 100% de seu PIB. Mas seus papéis estão sendo
colocados de vinte a quarenta anos, a juros que não
Organismos internacionais que cuidam da ma-
ultrapassam os 7% anuais, o que lhes permite folga
téria já chegaram à conclusão de que esse endivi-
bastante para investir e reinvestir com recursos assim
damento inviabiliza qualquer programa de cunho so-
captados.
cial nos países mais pobres e naqueles, corno o
Brasil, em que há má distribuição de renda - somos Não sabemos por que nossas autoridades fi-
os campeões mundiais nesse sentido. nanceiras não conseguem se dar conta de que o Bra-
Quando o Sr. Camdessus anunciou que o plane- sil tem peso político suficiente para fazer o que outras
ta enfrenta uma ameaça sistêmica e que essa amea- economias menores estão fazendo, que é a renegoci-
ça era a fome, o chamado G-7/8, os países mais ricos ação da dívida, hoje sem possibilidade real de ressar-
do mundo e a Rússia, entendeu melhor perdoar cerca cimento, para que enfim retomemos o desenvolvi-
de 100 bilhões de dólares desse endividamento, mas mento, tenhamos maior geração de empregos, maior
excluiu o Brasil, afinal a décima maior economia do nível de consumo no mercado interno e, em decorrên-
mundo. Se bem examinarmos a situação, talvez este- cia disso tudo, mais recursos para enfrentar e vencer
jamos entre os maiores exportadores de capital, den- os percalços do endividamento. Se o investidor es-
tro do sistema financeiro internacional. Basta que se trangeiro perceber, com a sensibilidade que sempre
veja que, de 1994 até o ano passado, já remetemos demonstra ter, que o Brasil pode trilhar esse caminho,
para o exterior, na forma de juros e amortizações, que a corrupção já não é mais endêmica e que a vio-
quase 180 bilhões de dólares, dinheiro mais que sufi- lência, afinal, fruto da miséria, pode ser pelo menos
ciente para que mantivéssemos todas as nossas cri- contida, voltará a aplicar aqui seus capitais, porque a
anças na escola e a elas oferecêssemos, bem como a ele interessam os retornos e não as promessas.
toda a sociedade carente, um serviço de saúde públi- Era o que tinha a dizer.
ca e um sistema de saneamento que reduzissem em
muito os índices de mortalidade, a recidiva de molés- VI - ENCERRAMENTO
tias, como a tuberculose e a febre amarela, enfim,
para que reduzíssemos em muito a dívida social que O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) - Nada
o Estado tem com a Nação. mais havendo a tratar, vou encerrar a sessão.
E as perspectivas não são nada estimulantes. O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) -
Somente no primeiro trimestre deste ano, com a valo- COMPARECEM MAIS OS SRS:
Agosto de 200 I DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-lcira31 41169

Partido Bloco
RORAIMA
Salomão Cruz PPB
Presentes de Roraima : 1
AMAPÁ
Fátima Pelaes PSDB
Presentes de Amapá : 1
PARÁ
Josué Bengtson PTB
Zenaldo Coutinho PSOB
Presentes de Pará :2
AMAZONAS
Arthur Virgílio PSOB
Luiz Fernando PPB
Presentes de Amazonas :2
TOCANTINS
Antônio Jorge PTB
Freire Júnior PMDB
Igor Avelino PMOB
Presentes de Tocantins :3
MARANHÃO
Francisco Coelho PFL PFUPST
Gastão Vieira PMDB
Sebastião Madeira PSOB
Presentes de Maranhão :3
CEARÁ
Adolfo Marinho PSOB
Arnon Bezerra PSOB
Eunício Oliveira PMOB
Rommel Feijó PSOB
Presentes de Ceará :4
4 J 170 Sexta-feim 31 DIÁRIO DA CÁMARA DOS DEPUTADOS Agustu de 20(H

Partido Bloco
RIO GRANDE DO NORTE
Ana Catarina PMDB
Laíre Rosado PMDB
Múcio Sá PTB
Presentes de Rio Grande do Norte : 3
PARAíBA
Ricardo Rique PSDB
Wilson Braga PFL PFUPST
Presentes de Paraíba : 2
PERNAMBUCO
Djalma Paes PSB PSB/PCDOB
Eduardo Campos PSB PSB/PCDOB
Fernando Ferro PT
João Colaço PMDB
Maurilio Ferreira Lima PMDB
Presentes de Pernambuco ; 5
ALAGOAS
Augusto Farias PPB
Luiz Dantas PST PFUPST
Olavo Calheiros PMDB
Presentes de Alagoas : 3
BAHIA
Jaime Fernandes PFL PFUPST
Jairo Carneiro PFL PFUPST
Jonival Lucas Junior PMOB
Walter Pinheiro PT
Presentes de Bahia : 4
MINAS GERAIS
Aracely de Paula PFL PFUPST
Bonifácio de Andrada PSOS
Cabo Júlio S.Part.
Cleuber Carneiro PFL PFUPST
Eliseu Resende PFL PFUPST
Márcio Reinaldo Moreira PPB
Maria do Carmo Lara PT
Mauro Lopes PMOS
Presentes de Minas Gerais : 8
eSpíRITO SANTO
Feu Rosa PSDS
Rita Camata PMDB
Presentes de Espírito Santo: 2
Agosto de 2001 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 31 41171

Partido Bloco
RIO DE JANEIRO
Aldir Cabral PFL PFUPST
Alexandre Santos PSOB
Oino Fernandes psoa
Jorge Bittar PT
Jorge Wilson PMOB
Laura Carneiro PFL PFUPST
Mattos Nascimento PST PFUPST
Miro Teixeira PDT PDT/PPS
Rodrigo Maia PFL PFUPST
Vivaldo Barbosa PDT PDT/PPS
Presentes de Rio de Janeiro: 10
SÃO PAULO
Alberto Goldman PSDB
Angela Guadagnin PT
Antonio Carlos Pannunzio PSDB
Arnaldo Faria de Sá PPB
Celso Russomanno PPB
Clovis Volpi PSDB
Cunha Bueno PPB
Gilberto Kassab PFL PFUPST
José Indio PMDB
José Roberto Batochio PDT POT/PPS
Luiz Antonio Fleury PTB
Luiza Erundina PSB PSB/PCDOB
Medeiros PL PUPSL
Professor Luizinho PT
Rubens Furlan PPS PDT/PPS
Sampaio Dória PSOB
Teima de Souza PT
Xico Graziano psoa
Presentes de São Paulo : 18
MATO GROSSO
Murilo Domingos PTa
Pedro Henry PSDB
Presentes de Mato Grosso : 2
DISTRITO FEDERAL
Geraldo Magela PT
Paulo Octávio PFL PFUPST
Wigberto Tartuce PPB
Presentes de Distrito Federal :3
GOIÃS
Aldo Arantes PCdoS PSB/PCDOB
Juquinha PSDB
Lúcia Vânia PSOB
Ronaldo Caiado PFL PFUPST
Presentes de Goiás : 4
41172 Sexta-feira 31 DIÁRIO DA CÁMARA DOS DEPUTADOS Agusto de 2001

Partido Bloco
PARANÁ
Alex Canziani PSDB
Hermes Parcianello PMDB
Márcio Matos PTS
Moacir Micheletto PMDB
Rubens Bueno PPS PDT/PPS
Presentes de Paraná : 5
SANTA CATARINA
Edinho 8ez PMD8
João Matos PMDB
Pedro 8ittencourt PFL PFUPST
Presentes de Santa Catarina : 3
RIO GRANDE DO SUL
Adão Pretto PT
Clovis IIgenfritz PT
Paulo José Gouvêa PL PUPSL
Roberto Argenta PHS
Presentes de Rio Grande do Sul : 4

DEIXAM DE COMPARECER OS SRS:


AgostLl de 200 I DIÁRIO DA CÁMARA DOS DEPUTADOS Scxlil-lCira 31 41173

Partido Bloco
RORAIMA
Airton Cascavel PPS PDT/PPS
Total de Ausentes: 1
AMAPÁ
Evandro Milhomen PSB PSB/PCDOB
Total de Ausentes: 1
PARÁ
Elcione Barbalho PMDB
Paulo Rocha PT
Raimundo Santos PFL PFUPST
Total de Ausentes: 3
AMAZONAS
Francisco Garcia PFL PFUPST
Pauderney Avelino PFL PFUPST
Total de Ausentes: 2
RONDONIA
Marinha Raupp PMDB
Oscar Andrade PL PUPSL
Total de Ausentes: 2
ACRE
José Aleksandro PSL PUPSL
Sérgio Barros PSDB
Total de Ausentes: 2
TOCANTINS
Kátia Abreu PFL PFUPST
Total de Ausentes: 1
MARANHÃO
Antonio Joaquim Araújo PPB
Eliseu Moura PPB
Paulo Marinho PFL PFUPST
Remi Trinta PL PUPSL
41174 Sexla-Icira 31 DIÁRIO DA CÁMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 20()1
Partido Bloco
MARANHÃO
Roberto Rocha PSDB
Total de Ausentes: 5
CEARÁ
Chiquinho Feitosa PSD8
Pimentel Gomes PPS PDT/PPS
Roberto Pessoa PFL PFLlPST
Total de Ausentes: 3
PIAuf
Átila Lira PSDB
Ciro Nogueira PFL PFLlPST
Heráclito Fortes PFL PFUPST
Marcelo Castro PMDB
Mussa Demes PFL PFUPST
Paes Landim PFL PFUPST
Total de Ausentes: 6
RIO GRANDE DO NORTE
Iberê Ferreira PTB
Total de Ausentes: 1
PARAíBA
Marcondes Gadelha PFL PFUPST
Total de Ausentes: 1
PERNAMBUCO
Armando Monteiro PMD8
Carlos Batata PSDB
Joaquim Francisco PFL PFLlPST
José Mendonça Bezerra PFL PFLlPST
Ricardo Fiuza PPB
Salatiel Carvalho PMDB
Wolney Queiroz PDT PDT/PPS
Total de Ausentes: 7
ALAGOAS
Givaldo Carimbão PSB PSB/PCDOB
Total de Ausentes:
SERGIPE
Augusto Franco PSDB
Pedro Valadares PSB PSB/PCDOB
Tânia Soares PC doS PSB/PCDOB
Total de Ausentes: 3
BAHIA
Benito Gama PMDB
Eujácio Simões PL PUPSL
Félix Mendonça PTB
Agosto de 2()(JI DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Scxla-Ieira 31 41175
Partido Bloco
BAHIA
Geddel Vieira Lima PMOB
Gerson Gabrielli PFL PFUPST
Haroldo Lima PCdoB PSB/PCDOB
João Almeida PSOB
João Leão PPB
Luiz Alberto PT
Nilo Coelho PSOB
Reginaldo Germano PFL PFUPST
Yvonilton Gonçalves PFL PFLlPST
Total de Ausentes: 12
MINAS GERAIS
Edmar Moreira PPB
Glycon Terra Pinto PMOB
Lael Varella PFL PFLlPST
Maria Lúcia PMOB
Paulo Delgado PT
Silas Brasileiro PMDB
Vittorio Medioli PSDB
Zezé Perrella PFL PFUPST
Total de Ausentes: 8
EspíRITO SANTO
João Coser PT
Magno Malta PL PUPSL
Rose de Freitas PSOB
Total de Ausentes: 3
RIO DE JANEIRO
Alcione Athayde PSB PSB/PCOOB
Candinho Mattos PSDB
Camélia Ribeiro PL PL/PSL
Eber Silva PL PUPSL
Eurico Miranda PPB
Fernando Gabeira PV
Itamar Serpa PSOB
Jandira Feghali PCdoB PSB/PCDOB
José Carlos Coutinho PFL PFUPST
José Egydio PL PUPSl
Luisinho PST PFUPST
Total de Ausentes: 11
SÃO PAULO
André Benassi PSDB
Antonio Kandir PSDB
41176 Sexta-feira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agllstn de 200 I

Partido Bloco
SÃO PAULO
Dr. Hélio POT PDT/PPS
Emerson Kapaz PPS PDT/PPS
João Herrmann Neto PPS PDT/PPS
José Aníbal PSDB
José de Abreu PTN
José Dirceu PT
Lamartine Posella PMDB
Luiz Eduardo Greenhalgh PT
Moreira Ferreira PFL PFUPST
Nelo Rodolfo PMDB
Nelson Marquezelli PTB
Neulon Lima PFL PFLlPST
Ricardo Berzoini PT
Silvio Torres PSDB
Vadão Gomes PPB
Zulaiê Cobra PSDB
Total de Ausentes: 18
MATO GROSSO
Uno Rossi PSDB
Total de Ausentes: 1
DISTRITO FEDERAL
Agnelo Queiroz PCdoB PSB/PCDOB
Tadeu Filippelli PMDB
Total de Ausentes: 2
GOlAS
Barbosa Neto PMOB
Gaovan Freitas PMDB
Udia Quinan PSDB
Nair Xavier Lobo PMDB
Pedro Canedo PSDB
Roberto Balestra PPB
Zé Gomes da Rocha PMOB
Total de Ausentes: 7
MATO GROSSO DO SUL
Nelson Trad PTB
Total de Ausentes: 1
PARANÁ
Abelardo Lupion PFL PFUPST
Dr. Rosinha PT
José Janene PPB
Luciano Pizzatto PFL PFUPST
Agosto de 2001 DIÁRIO DA CÁMARA DOS DEPUTADOS Scxta-Icira 31 41177

Partido Bloco
PARANÁ
Max Rosenmann PSDB
Oliveira Filho PL PUPSL
Werner Wanderer PFL PFUPST
Total de Ausentes: 7
SANTA CATARINA
Edison Andrino PMDB
Luci Choinacki PT
Renato Vianna PMDB
Total de Ausentes: 3
RIO GRANDE DO SUL
Augusto Nardes PPB
Cezar Schirmer PMDB
Darcisio Perondi PMDB
Enio Bacci PDT PDT/PPS
Esther Grossi PT
Ezidio Pinheiro PSB PSB/PCDOB
Germano Rigotto PMDB
Henrique Fontana PT
Luis Carlos Heinze PPB
Marcos Rolim PT
Nelson Marchezan PSDB
Osmar Terra PMDB
Osvaldo Biolch i PMOB
Total de Ausentes: 13
41178 Sl:xta-Il:ira 31 DIÁRIO DA CÁMARA DOS DEPUTADOS Agosto (Il: 20() 1
O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) - Encerro a sessão, convocando outra para amanhã, sexta-feira, dia
31, às 9 horas.

AVISOS N° 917-A/01 - (COMISSÃO DE CIÊNCIA E


PROPOSiÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE TECNOLOGIA, COMUNICAÇÃO E INFORMÁTICA)
EMENDAS OU RECURSOS °
- Aprova ato que renova a permissão outorgada à
Televisão Liberal Ltda., para explorar serviço de
I-EMENDAS radiodifusão sonora em freqüência modulada, na
cidade de Belém, Estado do Pará.
DECURSO:3u SESSÃO
\I - RECURSOS ÚLTIMA SESSÃO: 04-09-01

1.CONTRA APRECIAÇÃO CONCLUSIVA DE N° 921-A/01 - (COMISSÃO DE CIÊNCIA E


COMISSÃO (Art. 24, 11) TECNOLOGIA, COMUNICAÇÃO E INFORMÁTICA)
PRAZO PARA APRESENTAÇÃO DE RECURSO: - Aprova o ato que outorga permissão à Rádio Clarim
(art. 58, §1!!) de Palmas Ltda., para explorar serviço de
INTERPOSiÇÃO DE RECURSO: radiodifusão sonora em freqüência modulada, na
(art. 58, §3º combinado com art.132, §2!!) localidade de Paracuru, Estado do Ceará.
DECURSO: 3 1 SESSÃO
1.1 COM PARECERES FAVORÁVEIS ÚLTIMA SESSÃO: 04-09-01

PROJETOS DE LEI: N° 927-AJ01 - (COMISSÃO DE CIÊNCIA E


TECNOLOGIA, COMUNICAÇÃO E INFORMÁTICA)
N° 2.589-A/OO - (EDISON ANDRINO) - Altera o - Aprova o ato que autoriza a Rádio Comunitária
disposto no parágrafo único do art. 541 do Código de Educadora FM - RACElFM a executar serviço de
Processo Civil - Lei n!! 5.869, de 11 de janeiro de radiodifusão comunitária. na cidade de Santa Rita
1973, para admitir as decisões disponíveis em mídia Estado da Paraíba. •
eletrõnica, inclusive na Internet, entre as suscetiveis DECURSO:3@SESSÃO
de prova de divergência jurisprudencial, para os fins ÚLTIMA SESSÃO: 04-09-01
do art. 105, 111, alínea "c" da Constituição Federal.
DECURSO: 3ª SESSÃO N° 931-A/01 - (COMISSÃO DE CIÊNCIA E
ÚLTlMA SESSÁO: 04-09-01 TECNOLOGIA, COMUNICAÇÃO E INFORMÁTICA)
- Aprova o ato que autoriza a Associação
N° 2.958-6/00 - (NELSON PROENÇA) - Institui o Comunitária Cajueiro a executar serviço de
Programa Voluntário de Vacinação - PVV, e dá radiodifusão comunitária, na localidade de Cajueiro,
outras providências. Estado de Alagoas.
DECURSO: 3!! SESSÃO DECURSO:3~SESSÃO
ÚLTIMA SESSÃO: 04-09-01 ÚLTIMA SESSÃO: 04-09-01

PROJETOS DE DECRETO LEGISLATIVO: N° 987-A/01 - (COMISSÃO DE CIÊNCIA E


TECNOLOGIA, COMUNICAÇAo E INFORMÃTICA)
N° 977-A/D1 - (COMISSÃO DE CI~NCIA E - Aprova o ato que autoriza a Associação Cultural
TECNOLOGIA, COMUNICAÇÃO E INFORMÃTICA) Comunitária de Diamantino a executar serviço de
. - Aprova o ato que outorga permissão à Rádio Jornal radiodifusão comunitária, na localidade de
a Crítica ltda. para explorar serviço de radiodifusão Diamantino, Estado de Mato Grosso.
sonora em freqüência modulada, na localidade de DECURSO:3~SESSÃO
Presidente Figueiredo, Estado do Amazonas. ÚLTIMA SESSÃO: 04-09-01
DECURSO:3~SESSÃO
N° 1.004-A/01 - (COMISSÃO DE CIÊNCIA E
ÚLTIMA SESSÃO: 04-09-01
TECNOLOGIA, COMUNICAÇÃO E INFORMÁTICA)
- Aprova o ato que autoriza a Fundação Assistencial
N° 907-A/01 - (COMISSÃO DE CIÊNCIA E
Maria do Carmo Pedrosa Mendes - FUMACPEM a
TECNOLOGIA, COMUNICAÇÃO E INFORMÁTICA)
executar serviço de radiodifusão comunitária, na
- Aprova o ato que autoriza a Associação de
localidade de Nazarezinho, Estado da Paraíba.
Radiodifusão de Cumaru-PE a executar serviço de
DECURSO:3~SESSÃO
radiodifusão comunitária, na localidade de Cumaru,
ÚLTIMA SESSÃO: 04-09-01
Estado de Pernambuco.
DECURSO:3~SESSÃO
ÚLTIMA SESSÃO: 04-09-01
Agosto de 2001 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 31 41179

I - COMISSÕES PERMANENTES COMISSÃO DE CIÊNCIA E


TECNOLOGIA, COMUNICAÇÃO E
COMISSÃO DE AGRICULTURA E
pOLíTICA RURAL INFORMÁTICA
AVISOS
AVISOS

PROPOSIÇÓES EM FASE DE
PROPOS,ÇÕES EM FASE DE
RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)
RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)
Decurso: 4 a Sessão
Decurso:4 a sessão Última Sessão: 03/09/01
Última Sessão: 03/09/01 Projetos de lei (art. 119, I e § 10 )
PROJETO DE LEI Nº 2.599-A/OO - da Sra. Marinha
Projetos de lei (art. 119, 'e § 1°) Raupp - Que "dispõe sobre a criação de selo
comemorativo do Dia Intemacional da Mulher'.
RELATORA: Deputada NAIR XAVIER LOBO
PROJETO DE LEI NQ 1.201/99 - do Sr. Oliveira Filho -
que "estabelece em favor de famílias cujos chefes PROJETO DE LEI NQ 4.670/01 - do Sr. Oliveira filho -
sejam idosos, cota das vagas em projetos de que "altera o art. 11, § 2º do Decreto nº 52795 de 31 de
assentamento de reforma agrária." outubro de 1963".
RELATOR: Deputado THEMfsTOCLES SAMPAIO RELATOR: Deputado NELSON PROENÇA

PROJETO DE LEI Nº 4.895/01 - do Sr. Telmo Kirst - que PROJETO DE LEI Nº 4.681/01 - do Sr. Aldo Rebelo -
"veda a discriminação contra os plantadores de fumo na que "dispõe sobre a dublagem de filmes estrangeiros
concessão de créditos do Programa Nacional de importados para exibição através de radiodifusão de
Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF)." sons e imagens (televisão) por assinatura e fitas ou
RELATOR: Depuiado WAlDEMIR MOKA discos para vídeo".
RELATOR: Deputado BISPO WANDERVAL

PROJETO DE LEI NQ 4.710/01 - do Sr. Pedro Henry-


PROJETO DE LEI Nº 4.897/01 - do Sr. Rornmel Feijó - que "dispõe sobre a obrigatoriedade das prestadoras de
que "dispõe sobre assentamentos rurais em programas seNiço telefônico fixo comutado manterem posto de
de reforma agrária no semi-árido." atendimento nas localidades por elas atendidas".
RELATOR: Deputado SAULO PEDROSA RELATOR: Deputado AROLDE DE OLIVEIRA
41lHO Sllxla-lcira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPU lADOS Agllsto (\ll 200 I
PROJETO DE LEI Nº 4.787/01 - do Sr. Robério Araújo Decurso: 4 a sessão
- que "proíbe a exclusividade na cobertura televisiva de '. -. 'l 9."01
eventos desportiv06, culturais e artlsticos realizados no UltIma Sessao. 03,0 '11
PaIs",
Q
RELATOR: Deputado MAURíLIO FERREIRA LIMA Projetos de Lei (art.119, I e § 1 )

PROJETO DE LEI N° 4.835/01 - do Sr, Luiz Moreira - PROJETO DE LEI N2 3.245/00 - do Sr. Ricardo de
que "suprime o art. 19 da Lei nO 9.637, de 15 de maio de Rezende Ferraço . que "estabelece programa de
1998, que 'dispõe sobre a qualificação de entidades desenvolvimento das regiões centro e sul do estado do
corno organizações sociais, a criação do Programa Espírito Santo, e da outras providências ".
Nacional de Publicização, a extinção dos órgãos e RELATOR: Deputado GUSTAVO FRUET
entidades que menciona e a absorção de suas
atividades por organizações sociais. e dá outras PROJETO DE LEI N° 3.071/00 - do Sr. Renato Silva·
providências". que "dispõe sobre destinação de percentual da renda
RELATORA: Deputada LUIZA ERUNDINA das loterias exploradas pela CEF as prefeituras
municipais" .
PROJETO DE LEI N° 4.867/01 - do Sr. Bispo Rodrigues RELATOR: Deputado SÉRGIO NOVAIS
- que "veda às empresas prestadoras de serviços de
telefonia, que têm números de identificação coincidentes PROJETO DE LEI N2 4.634/01 . do Sr. Heráclito Fortes
com os números de identificação de partidos políticos . que "disciplina a utilização de recursos federais pelas
registrados no Tribunal Superior Eleitoral, realizar preleituras municipais".
qualquer tipo de publiCidade, entre 6 de julho e 30 de RELATOR: Deputado EDIR OLIVEIRA
novembro de 2002, em todo o território nacional".
(Apensado: PL nO 4.912/01)
RELATOR: Deputado DA. HELIO
COMISSÃO DE eCONOMIA,
PROJETO DE LEI N° 4.904/01 - do Sr. Salvador INDÚSTRIA E COMÉRCIO
Zimbaldi - que "cria o serviço de Distribuição de Sinais
de TB Aberta - DTVA' .
RELATOR: Deputado SI LAS CÂMARA
AVISOS
COMISSÃO DE DEFESA DO
PROPOSiÇÕES EM FASE DE
CONSUMIDOR, MEIO AMBIENTE E RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)
MINORIAS
Decurso:3 a sessão
AVISOS Última sessão: 04/09/01
PROJETO DE LEI N° 4.790/01 • do Sr. Jair Meneguelli -
PROPOSiçÕeS SUJEITAS A que "dispõe sobra a obrigatoriedade de dispositivo
RECEBIMENTO DE EMENDAS, A PARTIR "billoltagem' nos aparelhos elétricos € eletrônicos de
DE SEGUNDA FEIRA (DIA 03109/01) uso doméstico comercializados no território nacional."
RELATOR: Deputado ALMEIDA DE JESUS
Projetos de Lei (art. 119, I e § 1°)
PROJETO DE LEI Nº 4.879/01 - do Sr. João Coser -
que "torna obrigatório a proteção contra contaminação
PROJETO DE LEI N2 4.679/01 - do Sr. Aldo Rebelo - das embalagens de produtos comercializados como
que "dispõe sobre a obrigatoriedade de adição de prontos para o consumo." (Apensado: PL 4916/01)
farinha de mandioca refinada, de farinha de raspa de RELATOR: Deputado OSÓRIO ADRIANO
mandioca ou de fécula de mandioca à farinha de trigo".
RELATOR: Deputado INÁCIO ARRUDA
Decurso:Sasessão
PROJETO DE LEI N° 4.836/01 - do Poder Executivo - Última sessão: 31/08/01
que "cria a aularquia federal Instituto de Pesquisas
Jardim Botânico do Rio de Janeiro, e dá outras Substitutivo (A.rt. 119, li e §1°)
providências".
RELATOR: Deputado FERNANDO GABEIRA
AS PROPOSIÇÓES ABAIXO SOMENTE RECEBERÃO
EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA
COMISSÃO DE COMISSÃO

DESENVOLVIMENTO URBANO E PROJETO DE LEI N° 513/99 - do Sr Cunha Bueno - que


"institui o ressarcimento obrigatório aos
INTERIOR estabelecimentos públicos de saúde, pelas indústrias de
cigarros e derivados do tabaco, das despesas com o
AVISOS tratamento de pacientes portadores de doenças
provocadas ou agravadas pelo fumo e seus derivados."
(Apensados: PL 708/99. PL 798/99, PL 1.383199 e PL
PROPOSiÇÕES EM FASE DE 3.129/00)
RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES) RELATOR: Deputado JURANDIL JUAREZ
Agosto de 200 I DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 31 41181
Projetos de Lei (Art.119,1 e § 1°) situado no Panteão da Liberdade e da Democracia, e dá
outras providências."
PROJETO DE LEI Nº 3.398/00 - do Sr José Carlos RELATOR: Deputado BONIFÁCIO DE ANDRADA
Martinez - que "modifica a Lei nO 8.977, de 06 de janeiro
de 1995.' (Apensado: PL 4.933/01) PROJETO DE LEI Nº 4.812101 - da Sra Emília
RELATOR: Deputado NELSON PROENÇA Femandes - que "Acrescenta dispositivos à Lei n2 9.394,
da 20 de dezembro de 1996, que estabelece as
diretrizes e bases da educação nacionaL"
COMISSÃO DE EDUCAÇÃO, RELATOR: Deputado GASTÃO VIEIRA
CULTURA EDESPORTO PROJETO DE LEI NQ 4.823101 . do Sr. Nelson
Marquezelli - que 'Institui o Dia do Acupunturista."
RELATORA: Deputada IARA BERNARDI
AVISOS
PROJETO DE LEI N" 4.824/01 - do Sr. José Janene -
que "Dispõe sobre o ensino profissionalizante nas
PROPOSiÇÕES EM FASE DE escolas públicas."
RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES) RELATOR: Deputado GILMAR MACHADO

PROJETO DE LEI Nº 4.837/01 - do Sr. Wilson Santos -


Decurso: 5 a sessão que "Cria fundo com os recursos com os recursos que
Última Sessão: 31/08/01 especifica para o financiamento de pesquisa nas
Instituições Federais de Ensino Superior."
Projetos de Lei (Art. 119, I e §1°) RELATOR: Deputado PROFESSOR LUIZINHO

PROJETO DE LEI N° 4.841/01 - do Sr. Wigberto


PROJETO DE LEI N2 1.816/99 - do Sr. Raimundo
Tartuce - que 'Institui a Semana Nacional da Mulher."
Gomes de Matos - que "Institui o "Dia Nacional dos
RELATORA: Deputada MIRIAM REID
Agentes Comunitários de Saúde".
RELATOR: Deputado CLEMENTINO COELHO PROJETO DE LEI N° 4.880/01 - do Sr. João Coser·
que "Considera Patrimônio Nacional a "Pedra do
PROJETO DE LEI N2 4.192101 - do Sr. Alberto Fraga - Penedo", situada no Município de Vila Velha, Estado do
que "Dispõe sobre o Ensino na Polícia Militar do Distrito Esplrito Santo."
Federal e dá outras providências." RELATORA: Deputada TÂNIA SOARES
RELATOR: Deputado AGNELO QUEIROZ
PROJETO DE LEI Nº 4.899/01 - do Sr. Nelson Proença
PROJETO DE LEI N2 4.549/01 - do Sr. Bispo Rodrigues - que "Dispõe sobre os limites do uso de açúcar refinado
- que "Dá nova redação ao art. 21 da Lei nO 7.210, de 11 nos cardápios dos programas de alimentação escolar,
de julho de 1984, que "institui a Lei de Execução Penal". sob a responsabilidade dos Estados, do Distrito Federal
RELATOR: Deputado PASTOR AMARILDO e dos Municípios:
RELATOR: Deputado AGNELO QUEIROZ
PROJETO DE LEI Nº 4.707/01 - do Sr. Ivan Valente -
que "Modifica o inciso 11, do art. 67, da Lei nU 9.394, de COMISSÃO DE FINANÇAS E
20 de dezembro de 1996, e dá outras providências."
RELATOR: Deputado EDUARDO SEABRA TRIBUTAÇÃO
PROJETO DE LEI Nº 4.735/01 - do Sr. Ivan Valente -
que 'Dá nova redação ao art. 30, da Lei nQ9.394, de 20
AV I S OS
de dezembro de 1996."
RELATOR: Deputado FLÁVIO ARNS PROPOSiÇÕES SUJEITAS A
RECEBIMENTO DE EMENDAS A PARTIR
PROJETO DE LEI N° 4.743/01 - do Sr. Lincoln Portela - DE SEGUNDA-FEIRA (DIA 03109101)
que "Acrescenta incisos aos arts. 36 e 43 da Lei n2
9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as Projetos de Lei (art. 119, I e § 1°)
diretrizes e bases da educação nacional."
RELATOR: Deputado COSTA FERREIRA
A· Da Análise da Adequação Financeira e
PROJETO DE LEI N° 4.749/01 - do Sr. João Matos - Orçamentária (art. 54):
que "Institui o Dia Nacional da Adoção."
RELATOR: Deputado OSVALDO BIOLCHI PROJETO DE LEI N° 4.014-A/01 - do Poder Executivo
(MSC 28/01) - que "concede pensão especial a Luiz
PROJETO DE LEI Nº 4.757/01 - do Sr. Ricardo Ferraço Felippe Monteiro Dias".
- que 'Editoras do país ficam obrigadas a enviar, RELATOR: Deputado EDINHO BEZ
anualmente, três exemplares de cada lançamento, seja
literário, biogréfico ou histórico, para cada uma das B - Da Análise da Adequação Financeira e
bibliotecas públicas do país." Orçamentária e do Mérito:
RELATORA: Deputada ESTHER GROSSI
PROJETO DE LEI N" 4.577-A/98· do Sr. Serafim
PROJETO DE LEI N" 4.793/01 - do Sr. Wolney Queiroz Venzon - que "torna dedutível no calculo da Confins e
- que "Dispõe sobre critérios para inscrição de da CSSL a despesa com a contribuição previdenciária".
personagens históricos no Livro dos Heróis da Pátria, RELATOR: Deputado GERMANO RIGOTTO
41lR2 S..:xta-fcira3\ DIÁRIO DA CÁMARA DOS DEPUTADOS Agoslo d..: 2001
PROJETO DE LEI N° 1.660-A/99 - do Sr. Albeno B - Da Análise da Adequaçlo Financeira e
Mourão - que "exclui dos efeitos da intervenção ou Orçamentéria e do Mérito:
liquidação extrajudicial de instituição financeira os
depósitos e aplicações de entidades filantrópicas e
PROJETO DE LEI N" 1.24tJ-A/99· do Sr. Dino
assistenciais".
Fernandes - Que "dispõe sobre incentivos fiscais e
RELATOR: Deputado JORGE KHOUAY
instítulçAo de fundo para a segurança e saúde do
traba.lhador, e dá outras providências".
PROJETO DE LEI N" 2.654-A/OO - do Sr Hélio Costa -
RELATOR: Deputado GERMANO RIGOTTO
que "Institui isenção do Imposto sobre Produtos
Industrializados (IPI) nas aquisições de ambulâncias, A PROPOSIÇAo ABAIXO SOMENTE RECEBERA
lurgões, camionetas, camlntllles, tratores, máquinas e EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA
equipamentos rodoviários, feitas por municípios que
COMissAO
trabalhem com reciclagem de lixo".
RELATOR: Deputado PAUDERNEY AVELlNO
Substitutivos (art. 119, 11 e § 1")

PROJETO DE LEI N" 3.604-A/OO - do Sr. Ronaldo A - Da Anélis8 da Adequaçio Financeira e


Vasconcellos - que 'institui o Programa Nacional de Orçamentária e do Mérito:
Apoio ao Meio Ambiente - PRONAMA - e dá outras
providências". (Apensos: PLs nOs 3.747/00 e 4.063/01)
RELATOR: Deputado JORGE KHOURY PROJETO DE LEI N" 2.660-A/OO - do Sr. Ricardo
Serzoini - que "dispõe sobre leilão de bens apreendidos
PROJETO DE LEI N° 4.306-A/Ol - da Sra. Nair Xavier pela Receita Federal'.
Lobo - que 'altera o art. ,~ da Lei nU 9.531, de 10 de RELATOR: Deputado PEDRO EUG~NIO
dezembro de 1997, que 'cria o Fundo de Garantia para
Promoção da Competitividade - FGPC, e dá outras COMISSÃO DE MINAS E ENERGIA
providências'''.
RELATOA: Deputado JOSÉ CARLOS FONSECA
JÚNIOR AVISOS
PAOJETO DE LEI NU 4.930/01 • do Sr. Rubens 8ueno- PROPOSIÇOES EU FASE DE
que "concede isenção da CPMF na devoluçAo do
Imposto de Renda'.
RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSOES)
RELATOR: Deputado JORGE KHOURY
Decurso:S·sessão
A PROPOSIÇ/5,O ABAIXO SOMENTE RECEBERA
EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA
Última Sessão: 31/08/01
COMISsAo
Projeto de Lei (ilrt. 119, I e § 1°)
Substitutivos (art. 119,11 e § 1°)
PROJETO DE LEI N" 4.760/01 - do Sr. Wlgberto
Tartuce - que "dispõe sobre a aplicação dos recursos
A-O. Análise da A.dequa~o Financeira e provenientes da cobrança da sobretaxa incidente sobre
Orçamentária e do Mérito: as tarifas de energia elétrica.'
RELATOR: Deputado JUQUINHA
PROJETO DE LEI Nll 1.914-A/96 - do Sr. João
Fassarella - que "aflara a leg~slaçdo do imposto de
renda para substituir os incentivos fiscais às dOBÇOOS a COMISSÃO DE SEGURIDADE
entidades filantrópicas por incentivos fiscais às doações
a Fundos de Assistência Social', SOCIAL E FAMíLIA
RELATOR: Deputado LUIZ CARLOS HAUL Y
AVISOS
PROPOSIÇOES EM FASE DE
RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES) PROPOSIÇOES EM FASE DE
RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSOES)
Decurso:4 a sessão
Decurso: 1a Sessão
Última Sessão: 03/09/01
Última Sessão: 06/09/01
Projetos de Lei (.rt. 119, I e § 1°) Substitutivos (Art. 119, 11 8 t 1°)

A - Da Análise da Adequação Financeira e PROJETO DE LEI N° 2.696100 - do Sr. Pompeo de


Orçamentária (art. 54): Mattos - que • Determina á autoridade policial e aos
órgãos de segurança pública 8 busca imediata de
pessoa desaparecida menor de 16 anos (dezllSseis)
PROJETO DE LEI N° 2.147-Al99· do Sr. Sebastião anos ou pessoa de qualquer idade portadora. de
Madeira· que "dispõe sobre isenção de preservativos "~o deficiência flsica, mental e ou sensorial ".
RELATOR: Deputado JOSÉ PIMENTEL RELATORA: Deputada TETÉ BEZERRA
Agosto de 2001 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-10ira 31 41183
Decurso: 4 8 Sessão Decurso:4~Sessão
Última Sessão: 03/09/01 Ultima Sessão: 31/08101
Projetos de Lei (art. 119; I e § 1°)

PROJETO DE LEI N" 4.230-A/01 - do Sr. Clementino PROJETO DE LEI N" 4.680101 - dos Sr. Aldo Rebelo -
Coelho - que "destina recursos oriundos oas que -regulamenta o exercício das atiVidades de Yõga e
privatizaçôes para a educação e saúde públicas ou cria os Conselhos Federal e R~ionais de VOga".
outros obletlvos de polltlca social, e dA outras RELATOR. Oepu\ado FREIRE JUNIOR
providências" .
RELATOR: Deputado UASICINO QUEIROZ PROJETO DE LEI N" 4.654/01- do Sr. Mário de
Oliveira - que "dispõe sobre o exercício da profissão de
PROJETO DE LEI N" 4.777/01 - do Sr. Jovair Antunes Desenhista".
- que 'dispõe sobre a proibição, em todo o território RELATOR: Deputado FREIRE JÚNIOR
nacional, da produção. do uso e comercialização de
fibras à base de acetato de pollvinila • PVA, destinadas
ao fabrico de fibrocimento. ou o seu uso como isolantes COMISSÃO DE VIAÇÃO E
acústicos e térmicos."
RELATOR: Deputado DA. ROSINHA
TRANSPORTES
PROJETO DE LEI N" 4.898/01 - do Sr. Nelson AVISOS
Pellegrino - que "altera a Lei n" 8.080, de 19 de
setembro de 1990 a fim de inserir capitulo sobre PROPOSIÇOEs SUJEITAS A
atenção à saúde dos dependentes de drogas".
RELATOR: Deputado ELIAS MURAD
ReCEBIMENTO DE EMENDAS, A PARTIR
DE SEGUNDA-FEIRA (DIA 03/09/01)
PROJETO DE LEI N" 4.901/01 - do Sr. Marcos Rolim
- que " regulamenta restritivamente o emprego da Projetos de Lei (art. 119,1, do RICO.
Eletroconvulaoterapia (ECT) e dá outras providência!)" .
RELATOR: Deputado SALOMÃO GURGEL PROJETO DE LEI NV 1.967-A/99 - do Senado Faderal
(PLS N" 480/99) - que "faculta o acesso gratuito de
PROJETO DE LEI N" 4.929/01 - do Sr. Arnaldo Faria idosos a Parques Nacionais, e dá outras providências"
de Sá - qlJe " dispõe sobre a complementação da (apensados os PLs. nlls 1.193195, 2.740197, 3.475/97,
aposentadoria a ex-servidores autárquicos do extinto 3.670/97, 3.695197, 3.706197, 4.316198, 4.644198,
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatfstica - IBGE e 387/99, 608199, 901/99. 909199. 979199. 1.106199.
~ outras providências", 2.021/99, 2.321/00. 2.697/00, 3.024/00, 3.149/00 e
RELATOR: Deputado VICENTE CAROPRESO 3.192/00).
RELATOR: Deputado CHICO DA PRINCESA
COMISSÃO DE TRABALHO, DE PROJETO DE LEI N!I 4.689/01 - do Sr. Wigberlo
ADMINISTRAÇÃO ESERViÇO Tartuce - que "dispõe sobre o horário de tráfego dos
veículos de carga nas rodovias federais".
PÚBLICO RelATOR: Deputado HAROLDO BEZERRA

PROJETO DE LEI Nl' 4.731101 - do Sr. Marcelo Teixeira


- que "denomina Rodovia Padre C/cerD RoroSo Batista
AVISOS o trecho da BR-116 compreendido entnl os viadutos da
Av. Treze de Mala e Cidade dos Funcionários. no
PROPOSIÇÕeS EM FASE DE Município de Fortaleza, Estado do Ceará".
RELATOR: Deputado ALBÉRICO FILHO
RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSOES)
PROJETO DE LEI NQ 4.739101 - do Sr. Ary Kara - que
Decurso: 1- Sessão "altera o art. 261 da Lei n" 9.503. ele 23 ele setembro de
1997, que institui o ~ de Trânsito Brasileiro".
UI"" Sessão: 06/09/01 RELATOR: Deputado PAU~GbUVt:A

Substitutivos (art. 119,11 e § 1°) PROJETO DE LEI NV 4.741/01 - do Sr. Alberto Fraga-
que "acrescenta dispositivos à Lei nQ 9.503, de 23 de

A.SP@QPOS/ÇOES ABA/XO SOMENTE RECEBERA O


setembro de 1997. Código * Trtlnsito Brasileiro".
RELATOR: Deputado NEL~ PELlEGRINO
EMENf'JAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA
COM/ssAo PROJETO DE LEI Nll 4.748101 - do SI. Jooué
BengiSon - que "modifica a redação do art. 230 do
PROJETO DE LEI N" 3.804100 - do Poder executivo - Código de Trêneito Brasileiro - Lei n" 9.503, de 23 de
(MSC n" 1.781/00) que "dispõe sobre a criação de setembro de 199r. RELATOR: DeputadO ELISEU
empregos no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos RESENDE
Recursos Naturais Renováveis - IBAMA e na Agência
Nacional de Àguas - ANA, e dá outras providências". PROJETO DE LEI NU 4.755/01 - do Sr. João Caldas -
REL.ATOR: Deputado LUCIANO CASTRO que "denomina FRANCO MONTORO a ponte rodoviliria
41184 Sexta-feira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 200 I
sobre o tio Grande, entre os Eatados de São Paulo e Subatltutlvo (art. 118.11, do RlCD)
MInas Gerais" .
RELATOR: Deputado PEDAO CHAVES A PROPOSIÇAo ABAIXO SOMENTE ~ECEBfPA
EMENDAS APRESENtADAS POR MEMaROS f1f!!:'f'A
PROJETO DE l.EI N9 4.778101 - do Sr. Ccuracl COMIssA O
g
Sobrinho - que "acrescenta artigo à Lei n 9.503. de 23
de setembro de 1997. que institui o Código de Trênsito PROJETO DE l.EI N° 4.391/01 - do Sr. Bispo
Brasileiro". Wanderval - que "altere a Lei nO 9.503. de 23 de
RELATOR: Deputado NORBERTO TEIXEIRA setembro de 1997. que instttui o Código de T~nsiro
Brasileiro. pal'1l dispor sobre B Informação acerca da
PROJETO DE l.EI N" 4.829/01 - do Sr. Paulo Marinho - possibilidade de recebimento do Seguro Obngatório de
que "acrescenta artigo à l.ei nO 9.503. de 23 de Danos Pessoais causados por Velculos Automotores de
setembro de 1997, que institui o Código de Tnlnsito Via Terrestre - DPVAT.
Brasileiro". RELATOR: Deputado PAULO GDUVEA
RELATOR: Deputado MÁRCIO MATOS

PROJETO DE LEI N" 4.860101 - do Se Alberto Fraga -


11 - COMiSSÕeS TEMPORÁRIAS
que "altera a Lei nO 5.917 de 1Q de setembro de 1973
(entroncamento com a BR-02 ao entroncamento com a COMISSÃO ESPECIAL
BR-040. no Distrito Federal)".
RELATOR Oeputado PEDRO CHAVES PEC 289-A/OO
PROJETO DE LEI N1l4.870101 - do Sr. Ant6nlo FeiJão- POLICIAIS MILITARES - RONDÔNIA
que "altera 08 arts. 54 e 55 da Lei nO 9.503 de 23 de
setembro de 1997. que institui o Código de Trânsito
Brasileiro e regula o uso de capacetes de proteção"
AVISO
(apensado o Pl. nO 4.871/01).
RELATOR: Deputado CHIQUINHO FEITOSA PROPOSIÇÓES EM FASE DE
RECEBIMENTO DE EMENDAS (10
PROJETO DE LEI N° 4.882/01 - do SI. João C6eer -
que "Institui o Dia Nacional de Prevenção e Combate à SeSSÓES)
Viol. ncia no TrAnsito". -
RELATOR: Deputado ROBERTO ROCHA PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUiÇÃO
(Art. 202, § 3")
PROJETO DE LEI N" 4.883/01 - do Sr. Luiz Alberto -
que "denomina Aeroporto InfefTl8c1onal de S8/vador -
Dois de Julho o aeroporto da Cidade de Salvador. Decur.so:9·Sessão
Estado da Bahia". Última sessão: 03.09.01
RELATOR: Deputado ROMEU QUEIROZ
PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUiÇÃO na 289-A.
PROJETO DE LEI NR 4.916/01 - do Sr. Dlno Fernandes DE 2000· do Poder executivo - que 'screllC8ntlJ o artigo
- que "dispõe sobre o pagamento de divida da p8S808 79 ao ato das disposições constitucionais transitórias,
I íslca pare com o Poder Público na forma que especifica incOfporando os policiais militares do extinto terttterto
e dá outras provi~ncias. federal de Rondônia aos quadros da UnlAo.
RELATOR: Deputado PEDRO FERNANDES RELATOR: Deputado LUCIANO CASTRO

PROJETO DE LEI N" 4.920/01 - do Sr. Ronaldo


Vasconcelos - que "acres~nta parágrafo ao art. 42 da COMISSÃO ESPECIAL
Lei n" 8.666. de 21 de junho de 1993". PEC OS1-A/99 - FUNDO
RELATOR: Deputado SÉRGIO REIS
NACIONAL DE
Substitutivo (art. 119,11, do RICO)
DESENVOLVIMENTO DO SEMI-
AS PROPOS/ÇCES ABAIXQ. ~NTE RECEBERA O ÁRIDO ,.&~~.
EMENDAS APRESENTADAS"bR MEMBROS DESTA
COM/SSAO
AVISO
_*
PROJETO DE LEI N" 3.279/00 - do Sr. De Velasco -
que "EICrescenta § 21' ao alt lei n8 9.503. de 23 de
setembro de 1997, que insttlfit o Código de Tr4nsito
Brasileiro (apensado o PL n" 3.485/(0).
PROPOSIÇÓES
RECEBIMENTO
EM
DE
FASE
EMENDAS
:~~
' .....
(10
RELATOR: Deputado DulLlD PISANESCHI SESSÓES)
PROPOSiÇÃO EM FASE DE RECEBIMENTO PROPOSTA DE EMENDA ACONSTITUiÇÃO
DE EMENDAS (S SeSSOES) (Art. 202, § 30)

Decurso: 4 8 sessão DeculSo:S·Sessão


Última sessão: 03.09.01 Última sessão: 10.09.01
Agosto de 200 I DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexla-reira31 41185
PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUiÇÃO N2 57-A, PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO referente à
de 1999, do Sr João Leão e outros que "altera o art. 159 autorização de execução orçamentária de contrato
para instituir o Fundo Nacional de Desenvolvimento do relativo ao apresentado ao Subtltulo
Semi-Árido e prevê suas fontes de recursos'. 18.544.0515.1851.0123 - Construção e Recuperação
RELATOR: Deputado JOÃO MAGALHÃES de Obras de Infra-Estrutura Hrdrica - Adutora do Oeste
no Estado de Pemambuco, constante do Quadro V da
Lei n2 10.171, de 05 de janeiro de 2001.
11I - COMISSÕES MISTAS RELATOR: senador JOS~ COELHO.
VOTO: pela autorização da el(ecução orçamentária
consignada no Orçamento da União para 2001, na
COMISSÃO MISTA DE PLANOS, forma do Projeto de Decreto Legislativo apresentado.
ORÇAMENTOS PÚBLICOS E
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO referente à
FISCALIZAÇÃO execução orçamentária de contrato relativo ao Subtltulo
26.782.0229.5703.0006 - Construção de Trechos
Rodoviários no Corredor São Francisco - BR-1351MG -
ltacarambi - Manga - Montalvãnia, listado no Quadro V
AVISOS anexo à Lei Orçamentária para 2001.
RELATOR: Deputado ANTÔNIO DO VALLE
VOTO: pela autorização da execução do contrato PJU
PROPOSIÇOES EM FASE DE 22.054198, condicionada ao atendimento das
RECEBIMENTO DE EMENDAS (7 DIAS) determinações constantes da Decisão nO 214101-TCU -
1· Câmara, conforme projeto de decreto legislativo
Decurso: 3°dia apresentado.

Último Dia: 04/09/01

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO referente à


autorização de execução orçamentária de contrato
NOTA:
relativo ao apresentado ao Subtltulo
'. F()1111.~ULL 'IC r:.ARA EMEN :'AS DISP?l\li'{El.
26.782.0230.5704.0024 - Construção de Trechos
'. ~i.\S,':X· ;R'·~'·ARIMiJ)A~ ·::OMISS·.)ESI . .' .
Rodoviários no Corredor Leste - BR - 482/MG -
,;;.> HOF1ÀRIO' '~'E or,:oo."ÀS 12:0q E 13:30:As 18:30~' ,
Conselheiro Lafaiete (BR - 040) - Piranga -
FeNedouro, da Unidade Orçamentária 39.201 - ONER.
RELATOR: Deputado MÁRCIO REINALDO MOREIRA.
VOTO: pela autorização da execução do contrato PJU
22.065/88, no âmbito da dotação orçamentária
consignada no Orçamento da União para 2001, na (Encerra-se a sessão às 12 horas e minutos.)
forma do Projeto de Decreto Legislativo apresentado.
41186 Sexta-feira 31 DIÁ1{IO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 200 I

Ata da 157a Sessão, Solene, Vespertina,


em 30 de agosto de 2001
Presidência dos Srs.: Wilson Santos, 4° Suplente de Secretário; Bonifácio de
Andrada, § 2° do artigo 18 do Regimento Interno
1- ABERTURA DA SESSÃO taque no panteão em que figuram nomes como Tan-
(Às 16 horas e 18 minutos) credo Neves, Juscelino Kubitschek, Milton Campos,
José Maria Alkimim, Afonso Arinos de Melo Franco,
O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) - Declaro
Israel Pinheiro e Benedito Valadares.
aberta a sessão.
Ao longo de mais de cinco décadas de vida pú-
Sob a proteção de Deus e em nome do povo
blica, Pedro Aleixo esteve no centro das grandes deci-
brasileiro iniciamos nossos trabalhos.
sões nacionais. Desempenhou, com a mesma dedi-
O Sr. Secretário procederá à leitura da ata da cação e competência, a liderança parlamentar de go-
sessão anterior. vernos tão distintos como os de Getúlio Vargas, em
11 - LEITURA DA ATA 1934; de Jânio Quadros, em 1961, e de Castello
Branco, em 1964.
O SR. THEMíSTOCLES SAMPAIO, servindo
A defesa intransigente do Estado Democrático
como 2E Secretário, procede à leitura da ata da sessão de Direito e das liberdades individuais foi a marca de
antecedente, a qual é, sem observações, aprovada. sua longa militância política. Logo após o fechamento
O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) Passa-se da Câmara por Getúlio, em 1937, Aleixo recusou a
à leitura do expediente. oferta para ocupar a Prefeitura de Belo Horizonte, en-
111- EXPEDIENTE gajou-se imediatamente na resistência ao arbítrio e se
tornou, ao lado do jurista Milton Campos, dos principa-
Não há expediente a ser lido. is articuladores do "Manifesto dos Mineiros", em 1943,
O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) - Passa-se à primeiro golpe mortal contra a ditadura getulista.
Décadas depois, em reunião do Conselho de
IV - HOMENAGEM
Segurança Nacional realizada na manhã do dia 13 de
O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) - Esta dezembro de 1968, foi a única voz que se levantou
sessão solene destina-se a homenagear a memória contra a edição do AI-5, argumentando que a Consti-
do Deputado Pedro Aleixo, em decorrência do cente- tuição em vigor já continha todos os instrumentos ne-
nário de seu nascimento. cessários para contornar a crise institucional.
O autor do requerimento para sua realização é o Quando, em agosto do ano seguinte, foi comuni-
Deputado Bonifácio de Andrada. cado pela junta militar que não seria investido na Presi-
Convido a compor a Mesa D. José Freire Falcão, dência da República porque suspe~avam que seu pri-
Cardeal Arcebispo de Brasília (Palmas.); D. Alfio Rapi- meiro ato como Presidente seria a revogação do AI-5,
sarda, Núncio Apostólico da Santa Sé no Brasil e de- Pedro Aleixo declarou-se homenageado com a suspei-
cano do Corpo Diplomático (palmas); e o Padre José ção, uma vez que retratava fielmente suas intenções.
Carlos Aleixo, filho do homenageado (palmas). A consciência nacional é formada pelas marcas
O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) - Sras. e deixadas por atos corajosos tomados em momentos
Srs. Deputad~s, ilustres convidados, a homenagem delicados como este, atos que inscrevem no patrimô-
que esta Casa hoje presta à memória do mineiro Pe- nio simbólico da Nação imprescindível saber sobre o
dro Aleixo, por ocasião do centenário de seu nasci- que é transitório e o que é permanente, o que deve
mento, é mais do que justa. Trata-se de inescusável pairar acima das paixões imediatas e aquilo que não
reconhecimento do valor de um brasileiro que, duran- passa de vaidade vã dos governantes.
te sua longa e marcante presença no cenário político Pedro Aleixo foi um desses homens raros que
nacional, se notabilizou pela observância dos mais apontou caminhos e fez História, legando a seus pós-
elevados princípios éticos e democráticos. teros o testemunho de longa e apaixonada trajetória
Minas sempre foi pródiga em formar personali- de integral dedicação ao Brasil.
dades que marcaram de maneira indelével os rumos O Deputado mineiro Aécio Neves, na condição
da política nacional, e Pedro Aleixo tem lugar de des- de Presidente desta Casa um dia comandada por Alei-
Agoslo de 200 I DIÁRIO DA CÁMARA DOS DEPUTADOS SeXla-lCira 31 41187
xo, busca, na memória da atuação desse e de outros Percebi sempre em Pedro Aleixo uma formidá-
ilustres brasileiros que por aqui passaram, exemplo e vel força interior que se desdobrava, ora nos senti-
inspiração para seguir dignificando a longa tradição mentos religiosos do orgulhoso pai de um jesuíta, ora
democrática e humanista dos políticos de Minas e, as- no engajamento intenso e mesmo radical de certas
sim, honrando a elevada missão que lhe foi confiada. posições que assumia, dando tudo de si para, com o
O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) - Regis- talento de sua eloqüência e capacidade de conven·
tro as honrosas presenças de Maurício Brandi Aleixo, cer, alcançar os objetivos que tinha em vista.
filho do homenageado, da Sra. Heloisa Aleixo Lusto- Para mim, a sua trajetória política deixava trans-
sa, filha do homenageado, e das Sras. Mariza Aleixo parecer duas preocupações, entre muitas: a de cons-
Lustosa, Lúcia Aleixo e Eliane Aleixo Lustosa, netas truir a democracia no Brasil e a de combater a corrup-
do homenageado.
ção e os desvios do dinheiro público. Para isso ele era
Registro também a presença do Ministro do Su- muito sensível até nas formalidades do seu compor-
perior Tribunal de Justiça Fontes de Alencar e do Co- tamento quando dirigente público.
ronel do Exército Brasileiro Heliro de Araújo Nunes.
Participou Pedro Aleixo com entusiasmo, como
O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) - Conce-
jovem advogado e líder popular em Belo Horizonte -
do a palavra ao autor do requerimento e responsável
inclusive porque era sobrinho do conceituadíssimo
por esta homenagem, o valoroso Deputado Bonifácio
médico Dr. Antônio Aleixo - das lutas e das atividades
de Andrada.
renovadoras da política mineira logo no início da dé-
O SR. BONIFÁCIO DE ANDRADA (PSDB - MG.
cada de 30.
Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, De-
putado Wilson Santos, eminente D. José Freire Falcão, Causídico no escritório de Abílio Machado, seu
Arcebispo de Brasília; D. Alfio Rapisarda, decano do amigo dileto, ao lado também de Milton Campos, seu
Corpo Diplomático e Núncio Apostólico da Santa Sé querido e permanente companheiro, Pedro Aleixo se
no Brasil; Pe. José Carlos Aleixo; Srs. ex-Governado- projeta no cenário estadual e, juntamente com a
res de Minas Gerais, Senador Francelino Pereira, Dr. imensa maioria dos homens público de sua geração,
Rondon Pacheco; representante do Governo de Minas se integra às forças políticas que, apoiando o Gover-
Gerais, Dr. Israel Pinheiro; demais autoridades e meus no de então, vão ser superadas pela dupla VargasNa-
prezados amigos, José Carlos, Maurício e, sobretudo, ladares nos episódios da implantação do autoritaris-
Heloísa, relembrando aqui D. Mariquita, falo também mo com o golpe de 37.
em nome da Liderança do Governo, que me outorgou É curiosa esta fase da história política de Minas,
poderes para tanto, razão pela qual tenho mais alguns porque oitenta por cento das lideranças do Estado
minutos para utilizar nesta tribuna. aceitaram o apelo do jovem filho de Pará de Minas
Meus senhores, falar sobre Pedro Aleixo é re- que assumira a interventoria mineira por motivos de
lembrar uma personalidade das mais valorosas e in- suas qualidades, mas também por influência de fami-
fluentes da vida pública de Minas e do País a partir da liares de Vargas, atuando em nossas montanhas.
década de 30. Para mim, além disso, é recordar o
meu professor de Direito Penal da antiga UMG, de Daí para frente, Pedro Aleixo é um dínamo per-
profundos conhecimentos jurídicos, demonstrados manente na luta fervorosa e excessiva, até mesmo
em vários momentos da sua vida pública, e, sobretu- em prol da democracia brasileira. Começa nas elei-
do, o amigo e companheiro de meu pai, cuja amizade ções da OAB de Minas, depois na elaboração do Ma-
bem estreita iniciou-se nas duras lutas forenses e po- nifesto dos Mineiros, em seguida, na movimentação
líticas da resistência democrática contra a ditadura do contra a ditadura e, logo depois, com a democratiza-
Estado Novo, em Barbacena e - por que não dizê-lo? ção de 45, na criação da UDN, resultante de uma
- em todo território mineiro. grande concentração política ocorrida no Rio de Ja-
Nesta justa homenagem que a Câmara do De- neiro, cujo plenário foi por ele presidido.
putados presta ao seu ex-Presidente dos sombrios
dias de 1936 ao aguerrido líder das décadas de 60 e A eleição de Milton Campos e a implantação de
70, ao Vice-Presidente usurpado do poder, o que de- novos costumes democráticos sob o signo "mais da
sejo no momento é expressar a minha visão pessoal, lei que dos homens" em Minas, teve nele um dedicado
como espectador e participante da política do meu e atuante defensor, enfrentando os riscos de sérios
Estado, a respeito do inolvidável homem público de descontentamentos de companheiros políticos que
minha terra. recaíam sobre seus ombros.
411 l-Ig SeX[il-reira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 20t)!
Derrotado nas urnas como candidato a Vi- ço, para que o movimento de 31 de março não fosse
ce-Governador do Estado, incompreendido por mui- plenamente dominado por uma tendência militarista
tas lideranças na sua campanha para Deputado Fe- que, indiscutivelmente, estava no seu bojo.
deral em meados da década de 50, aos pouco, o ta- A batalha pessoal de Pedro Aleixo, como tam-
lento, a inteireza moral, a fidelidade democrática, a bém pude testemunhar a de meu pai - cada um a seu
capacidade de liderança, elevam Pedro Aleixo a no- modo -, para preservar o máximo possível do que
vos patamares e será Líder, nesta Casa, de coligação restava das instituições democráticas no Brasil, junta-
tão cheia de esperanças e depois tão desiludida da mente com outros líderes arenistas, constitui-se um
bancada governista de Jânio Quadros. trabalho avultado, perigoso, cansativo, extenuante,
Os graves momentos políticos por que passou o preocupante e, em alguns momentos, até mesmo an-
País, ao tempo de João Goulart, e depois o movimen- gustioso, dentro do sistema dominante.
to civil e militar de 1964, marcaram definitivamente Conseguiram, porém, que o Congresso Nacio-
uma nova fase na vida brasileira, que, a meu ver, será nal não fosse eliminado, que aquelas lideranças mili-
dominada por uma dialética entre o civilismo e o mili- tares de formação democrática alcançassem uma
tarismo, porém submetida, no tocante ao comporta- predominância que permitiu, sem o sangue de maio-
mento e às ações políticas e, sobretudo, às edifica- res confrontos, o pleno retorno às práticas da demo-
ções institucionais, a uma forte tendência para solu- cracia entre nós.
ções resultantes do velho positivismo de Comte, no Fora das vinculações com o Governo arenista,
início da República, misturadas às concepções adul- Pedro Aleixo, com seu temperamento, não poderia de-
teradas de Hans Kelsen. sistir, nem entregar a sua espada de batalhador incan-
É curioso como, no primeiro momento, o raciocí- sável. Continuou a seu modo a sua peleja, reunindo jo-
nio matemático dos vitoriosos de 64, civis e militares, vens e velhos camaradas, criando um terceiro partido,
entendia que seria fácil superar aquilo que considera- nem Arena nem MDB, numa disputa que o sistema do-
vam vicissitudes partidária, reunindo numa mesma minante, a cada passo, lhe dificultava, criando inúme-
agremiação política os adeptos dos antigos partidos, ras regras, muito ao feitio do positivismo político, a limi-
UDN, PSD, PR, PTB, PDC, PSP, PTN, PL e outros, tar-lhe os passos, tentando impedir-lhe a caminhada,
sob o abrigo de uma artificial entidade, que a figura mas nela ele continuou, dedicadamente, seguindo
notável de Castelo Branco denominaria de Aliança uma sina que o velho Otávio Mangabeira em outros
Renovadora Nacional - ARENA, mas que sepultou, tempos descrevera na tribuna: "Não meus senhores,
entre nós, a substanciosa realidade político-partidária uma andorinha faz verão, sim, não precisa existir mui-
então existente. tas." E ao fim das suas jornadas, o democrata, ilumina-
Este é um período que começa difícil para a mili- do espiritualmente pela lição de Bergson, de que a de-
tância e a acomodação dos democratas tradicionais mocracia é de essência evangélica, estava bem com a
do País. Lembro-me bem quando eu, jovem Deputado sua consciência, porque nunca abandonou os ensina-
Estadual, cheio de animação, observava nas ruas de mentos religiosos da sua gloriosa Mariana, terra natal,
Belo Horizonte a movimentação ostensiva da PM mi- e jamais se afastou da devoção aos preceitos políticos
neira, comandada pelo bravo e destemido coronel da democracia sempre sonhada da sua mocidade.
José Geraldo de Oliveira, a se movimentar, sob o Go- Em todos os postos que ocupou, nas mais altas
verno de Magalhães Pinto, para a incrível arrancada posições da República, em todos os lugares em que
de 31 de março. Estando, então, ao meu lado, meu esteve, até nos mais modestos do seu querido povoa-
pai, José Bonifácio, nas ruas belo-horizontinas, ele do marianense, Pedro Aleixo foi sempre um exemplar
entre dúvidas e meias esperanças me falava com al- humano de alta categoria, nitidamente mineiro no seu
gumas reticências indagativas: "Meu filho, outra revo- amor ao Brasil e especificamente de talento superior.
lução?. :'. Mais tarde, pude sentir que o velho Zezinho Com suas manifestações imorredouras de homem
Bonifácio, vindo das duras arrancadas revolucionári- público, passa a nossa História como uma das mais
as de 30, já estava diagnosticando as dificuldades do belas páginas de civismo do nosso povo.
futuro, sem que eu percebesse, então. À memória de Pedro Aleixo, as homenagens da
De 1964 até a posse da Junta Militar, em 1969, Câmara dos Deputados do Brasil. (Palmas.)
quando foi afastado, ilegal e injustamente do Gover- O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) -
no, Pedro Aleixo e o grupo de companheiros mais Concedo a palavra ao ex-Ministro e atual Deputado
conscientes da sua geração dentro do Governo are- Federal Eliseu Resende, que falará pelo PFL. S. Exa
nista participaram intensamente de' um grande esfor- dispõe de dez minutos na tribuna.
Agosto de 20tH DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Scxta-Icira 31 41189
O SR. ELlSEU RESENDE (Bloco/PFL - MG. res da literatura e da filosofia, as lindes do Direito de
Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, S,e e Srs. que se fazia defensor constante e intimorato, da justi-
Parlamentares, Sr. Senador Francelino Pereira, Sr. ça de que era cultor fervoroso e da lei na sua amplitu-
ex-Governador de Minas Gerais, Rondon Pacheco, se- de equânime e imperativa. Ele pensava como Mon-
nhoras e senhores familiares de Pedro Aleixo, minhas tesquieu, que dizia: "A lei deve ser tal qual a morte
senhoras e meus senhores, é honra das mais insignes que a ninguém distingue".
e inesquecíveis esta que me foi concedida de ser o in- Mas, na essência, é clara a personalidade sin-
térprete do Bloco Parlamentar PFUPST nas comemo- guiar de Pedro Aleixo, político idealista e puro nas
rações ao centenário de nascimento do saudoso e ín- suas virtudes, na sua absorvente preocupação com
clito brasileiro Pedro Aleixo, cuja existência, inspirada moral e a legalidade, constantes em sua vida pública
nas luzes da sua inteligência e do seu idealismo, é re- nos diversos cargos que ocupou. Foi Deputado à
verenciada pela Câmara dos Deputados nesta sessão Assembléia Nacional Constituinte, Presidente da Câ-
solene proposta pelo Deputado Bonifácio Andrada. mara dos Deputados, Vereador mais votado em Belo
Saúdo D. Alfio Rapisarda, Núncio Apostólico da Horizonte, Deputado Estadual na Constituinte Minei-
Santa Sé no Brasil; D. José Freire Falcão, Arcebispo ra, Secretário de Estado no Governo Magalhães Pin-
de Brasília, e o Padre José Carlos Aleixo, filho do ho- to, Deputado Federal pela segunda vez, Ministro de
menageado. Estado, Vice-Presidente da República, membro da
Se as solenidades desta importante data ocor- Academia Mineira de Letras, Presidente do Instituto
rem em vários locais, com apreço e estima à figura dos Advogados. Catedrático em Direito, foi respeitá-
ímpar do notável homem público Pedro Aleixo, na Câ- vel modelo dos advogados no foro de Belo Horizonte
mara dos Deputados, as celebrações tornam-se ain- e em todas as comarcas do Estado, mercê de seus
da mais vibrantes e consagradoras, por constituir esta atributos éticos, independência, talento, linguagem
Casa, digna integrante do Poder Legislativo, autêntica elevada e do trato ameno e compreensivo que dedi-
e significativa confluência das idéias e sentimentos cava a seus colegas, mormente quando adversários
democráticos do País. nas lides forenses, no caso específico, na área crimi-
Pedro Aleixo, nascido em São Sebastião, hoje nal em que foi mestre e expoente máximo.
Bandeirantes, no Município de Mariana, em Minas Nesse particular, quem melhor definiu Pedro
Gerais, expressa símbolo histórico de modéstia, equi- Aleixo com adequados conceitos foi o nosso saudo-
Iíbrio, lisura, clarividência e desassombro na política so e erudito conterrâneo Paulo Pinheiro Chagas,
de nosso Estado e, por certo, com ressonância em ex-Deputado Federal, no seu discurso de 11 de mar-
toda a Nação, que cultua os valores dedicados a dig- ço de 1974, ao receber, na Academia Mineira de Le-
nificá-Ia e engrandecê-Ia. tras, o grande líder político com estas palavras:
Tive oportunidade de conviver pessoalmente
com Pedro Aleixo no início da minha vida pública. Nos-
o primeiro motivo do vosso poder é a
palavra do orador. Na Cátedra, na tribuna
so homenageado era então um homem do segundo
do Júri ou do Parlamento, nos palanques
escalão do Governo Costa e Silva. No primeiro escalão
populares, a vossa facúndia acendeu luzes,
despontavam, como Chefe da Casa Civil, o ex-Gover-
convenceu juizes, traçou normas e indicou
nador Rondon Pacheco, e, como Ministro de Relações
rumos, porque vós não sois somente um
Exteriores, o ex-Governador Magalhães Pinto.
cultor da arte de dizer bem, com o vosso es-
Vivi exemplos de modéstia, de ponderação, de tilo castiço e vosso gosto ático, mas um po-
paciência, daquele equilíbrio dt~mocrático registrado eta da eloqüência.
por nós em 1969, quando o Vice-Presidente da Repú-
blica, encarregado de preparar a Constituição brasile- Pedro Aleixo representou durante a sua vida a
ira, teve de ceder aos ditames da ditadura mil~ar, Minas insubmissa ao arbítrio e à prepotência, a Mi-
abrindo mão do exercício da Vice-Presidência em fa- nas que, no passado, bebeu os ensinamentos de re-
vor da junta militar instituída na ocasião. beldia contra os dominadores e se inspirou sempre
A tranqüilidade democrática de Pedro Aleixo nas lutas intrépidas e heróicas de Tiradentes pela li-
nos impressionou profundamente. berdade; no martírio de Felipe dos Santos, tribuno do
Todavia, Sr. Presidente, S~ e Srs. Deputados, povo, enfrentando em Vila Rica o mandonismo dos fi-
não apenas na política se projetou Pedro Aleixo, dalgos opressores; em Teófilo Otoni, pioneiro da de-
abrangendo também a sua cultura enciclopédica, mocracia e em todos os inconfidentes de ontem e de
acostumada desde cedo a lidar com os vultos maio- hoje que se opõem aos governos despóticos.
41 190 Sexta-feira 3 I DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 200 I
Por isso Pedro Aleixo não se recusou a assinar o em Brasília e do ex-Governador de Minas Gerais, atu-
famoso Manifesto dos Mineiros, de enorme repercus- ai Senador da República, Francelino Pereira.
são nacional, oposto à ordem política vigorante. Como Convido o Deputado Bonifácio de Andrada para
se evidencia, ele foi, na mocidade e na fase madura, que assuma a Presidência desta sessão.
determinado e obstinado vigilante da liberdade e das
O Sr. Wilson Santos, 4° Suplente de Secretário,
instituições democráticas, avesso à demagogia, à cen-
deixa a cadeira da presidência, que é ocupada pelo
sura da imprensa e ao totalitarismo sob quaisquer for-
Sr. Bonifácio de Andrada, § 2° do art. 18 do Regimen-
mas, realçando-se nesse sentido como um dos funda-
to Interno.
dores do jornal Estado de Minas. Em razão desses
atributos, situa-se na galeria dos grandes homens pú- O SR. PRESIDENTE (Bonifácio de Andrada) -
blicos de Minas e do Brasil que cultivavam a política Com a palavra o Deputado Narcio Rodrigues, que fa-
com a idéia de servir à comunidade e ao interesse pú- lará pelo PSDB.
blico do Município, do Estado e da Nação. O SR. NARCIO RODRIGUES (PSDB - MG.
Assim, Sr. Presidente, S~ e Srs. Deputados, fa- Sem revisão do orador.) - Exmo. Deputado Bonifácio
miliares e amigos do homenageado, de forma sintéti- de Andrada, Presidente desta sessão e autor do ofí-
ca, porém carinhosa e justa, tentamos descrever o cio e da iniciativa que propõe esta justa homenagem;
perfil moral, jurídico e de cidadão atuante e exemplar ilustres integrantes da Mesa; D. Alfio Rapisarda, da
de Pedro Aleixo, sempre presente nas jornadas cívi- Nunciatura Apostólica da Santa Sé; D. José Freire Fal-
cas e democráticas de Minas e do Brasil, em defesa cão, Cardeal Arcebispo de Brasília; Pe. José Carlos
de idéias construtivas e benéficas, inspiradas em nos- Aleixo, filho do homenageado, na pessoa de quem
sa tradição humana e no apostolado da razão a servi- cumprimento todos os filhos, filhas, netos e familiares
ço da lei, da Justiça e do Direito, em louvor à imagem de Pedro Aleixo.
épica da liberdade de que nos fala Ruy Barbosa, seu Cumprimento nossos ilustres e sempre Gover-
patriarca e símbolo reluzente e destemido. nadores Francelino Pereira e Rondon Pacheco. É
Sua vida - a de Pedro Aleixo, de quem nos lem- uma alegria revê-los nesta tarde. Cumprimento tam-
bém nosso companheiro e ex-Deputado Israel Pinhei-
bramos muito - não palmilhou tão-somente caminhos
ro Filho.
de rosas, enveredou-se, isto sim, nas exaustivas pe-
lejas de sua nobre profissão, muitas vezes nos ense- O PSDB expressa neste momento a honra e a
satisfação de participar desta justa homenagem a um
jando momentos de alegria e glória; outras vezes, de
dos mais ilustres homens públicos de nossa História,
injustiças e ingratidões, mas sempre vencidas com
o notável Pedro Aleixo, sempre reconhecido como jor-
serenidade, com coragem e com equilíbrio.
nalista competente, que deixou, entre suas marcas, a
Entretanto, a verdade, Sr. Presidente, S~ e Srs. fundação do jornal Estado de Minas.
Parlamentares, é que Pedro Aleixo nunca se iludiu Advogado e professor renomado, eminente polí-
com as reiteradas vitórias e jamais se abateu com as tico que, com talento e extremado senso de justiça,
duras adversidades, qualidades que ornamentam a muito contribuiu para o processo de desenvolvimento
personalidade dos homens predestinados, razões pe- institucional brasileiro e para a construção das tradi-
las quais eles permanecem ainda mais vivos na His- ções políticas do nosso Estado, Minas Gerais, desta-
tória, na lembrança e no fervor das gerações contem- cou-se Pedro Aleixo como um dos maiores persona-
porâneas e vindouras. gens do século passado.
Muito obrigado. (Palmas.) Vereador de 1927 a 1930, e, em seguida, Depu-
tado Federal e membro da Assembléia Nacional
O SR. PRESIDENTE (Wilson Santos) - Re- Constituinte, exerceu, em 1937, a Presidência da Câ-
gistro a presença do Sr. Orlando Vaz, que aqui re- mara dos Deputados, até o fechamento da Casa pelo
presenta oficialmente o Instituto dos Advogados golpe que deu início ao Estado Novo, do qual Pedro
de Minas Gerais. Aleixo seria adversário ferrenho, inspirado pelas mes-
Registro também a presença da Sr" Maria do mas convicções liberais que o conduziram à condição
Carmo Rabelo Lara, Prefeita Municipal de Carmópo- de prócer da Revolução de 1930.
Iis de Minas. Ao longo de toda sua vida pública, distinguiu-se
Registro ainda a presença do Sr. Israel Pinheiro, como um liberal coerente, fiel aos ideais e princípios
chefe da Representação do Governo de Minas Gerais democráticos, praticando e perpetuando a verdade
Agosto dll 200\ DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sllxta-fcira31 41191
de suas palavras. É dele esta declaração de amor à li- ção, onde produziu pareceres históricos e notáve-
berdade democrática: is. Foi também autor de pronunciamentos brilhan-
Nunca permiti que dentro de mim mes- tes na tribuna desta Casa.
mo germinasse, crescesse, frondejasse, flo- Na incessante luta que travou contra os privilégi-
risse a insubmissão, a inconformação ou a os, defendia com veemência que se promovesse a li-
rebeldia contra a vontade do povo manifes- bertação do povo, ressaltando que "era necessário
tada nas urnas; nunca suportei a idéia de abolir todas as categorias, todas as ordens de opres-
converter-me em sequaz de ditadores, nun- são: a opressão econômica, a opressão social e a
ca tolerei as ditaduras, mesmo aquelas que opressão política."
se dizem inspiradas em razões de Estado Notabilizou-se Pedro Aleixo como intransigente
ou que se anunciam sob o pregão de que é defensor da ordem jurídica, dos juristas, do Congres-
preciso suprimir as liberdades públicas para so, do Estado de Direito e da democracia.
salvar a Pátria em perigo. É dele a memorável frase:
Em 1943, Pedro Aleixo foi um dos signatários do Se a riqueza não nos cativa, também o
Manifesto dos Mineiros, ao lado de Milton Campos, poder não nos seduz. Mais fácil é ele de ser
Virgílio e Afonso de Melo Franco, Arthur Bernardes e conquistado, quando se eliminam as com-
outros ilustres políticos e intelectuais. Reclamavam os petições, e mais tranqüilo o seu exercício
mineiros o plebiscito prescrito na Carta de 1937 e a quando se suprimem as críticas. Mas tal po-
redemocratização do País, que, uma vez em guerra der é força, não é direito, e só pelo direito o
contra os países do Eixo, não devia manter institucio- agente do poder ganha prestígio e adquire
nal idade fascista. autoridade incontestada.
Todos sabem: o Manifesto dos Mineiros foi o iní- Com efeito, são numerosos e expressivos os
cio do fim da ditadura Vargas e o ponto de partida da exemplos de sua atuação dedicada ao aperfeiçoa-
redemocratização do País. mento institucional do País.
Pedro Aleixo apoiou, em 1945, a candidatura A mesma consciência e desvelo demonstraria
oposicionista de Eduardo Gomes à Presidência da no exercício das relevantes funções às quais foi alça-
República. Dava-se início a um período de ressurrei- do posteriormente: Ministro da Educação e Cultura,
ção democrática. Com o surgimento da UDN - que Vice-Presidente da República, Presidente do Con-
abrigava os liberais que lutaram contra o Estado Novo gresso Nacional e, em caráter interino, Presidente da
-, coube a Pedro Aleixo presidir a primeira convenção República.
nacional da nova agremiação.
Vale lembrar, por exemplo, a histórica e corajosa
Como sempre, agindo com especial zelo pelas intervenção no Conselho de Segurança Nacional, em
leis e medidas moralizadoras, foi, de 1947 a 1950, plena ditadura militar, quando, opondo-se ao famige-
Constituinte, Deputado Estadual na Assembléia Le- rado AI-5, disse:
gislativa de Minas Gerais e, na maior parte desse pe-
ríodo, Secretário do Interior e Justiça do Governo de Sr. Presidente (...) da leitura que fiz do
Milton Campos, com o qual manteve a mais perfeita Ato Institucional, cheguei à sincera conclu-
sintonia - o que valeu, inclusive, o afetuoso título de são de que o que menos se faz nele é res-
"Pedro Primeiro", porque, antes de muitas decisões, o guardar a Constituição, que, no seu art. 1°,
Governador de então costumava dizer: "Consultarei o declara-se preservada (...) Da Constituição,
Pedro, primeiro". que é antes de tudo um instrumento de ga-
Quando Deputado Estadual, Pedro Aleixo, con- rantia dos direitos da pessoa humana e de
firmando a fé no povo, o amor devotado a Minas Gera- garantia de direitos políticos, não sobra, nos
is e a firmeza do espírito democrático, disse: artigos posteriores, absolutamente nada que
possa ser realmente apreciado como uma
Se as intituições periclitarem, estarei caracterização do regime democrático(...)
na primeira trincheira que se rasgar na terra Pejo Ato Institucional (...) estaremos (...) insti-
de Minas. tuindo um processo equivalente a uma pró-
Deputado Federal, de 1957 a 1967, empre- pria ditadura(...) Eu entendo que realmente o
endeu profícuo trabalho nas Comissões e no ple- Ato Institucional elimina a própria Constitui-
nário. Em todos os seus mandatos, pertenceu à ção (... ) Este, Sr. Presidente, Srs. Conselhei-
Comissão de Constituição e Justiça e de Reda- ros, é o meu ponto de vista. Eu o anuncio
41192 Sex liI-l~jra 31 DIÁRIO DA ('ÀMARA DOS DEPUTADOS Ago,to de 2001
com o maior respeito, mas com aquela certe- No Brasil, muitas vezes não vale o que está escri-
za de que estou cumprindo um dever comigo to. País em que por vezes se rasgaram Constituições
mesmo, para com V.Ex a , a quem devo a ma- corno se farrapos de papel fossem, e não a própria alma
ior solidariedade, um dever para com o Con- do Estado devessem refletir, há Vice-Presidentes da
selho e um dever para com o Brasil. República a quem se permite assumir a Presidência e
completar o término de seus mandatos.
Em 1969, com a doença que acometeu o Presi- Na segunda metade do século passado foram
dente Costa e Silva, Pedro Aleixo, que era francamen- exemplos Café Filho e João Goulart, que não chega-
te contra o AI-5 e favorável ao retorno à normalidade ram a concluir o mandato presidencial. Por outro lado,
política e à promulgação imediata da Emenda n° 1, foi José Sarney e Itamar Franco, sim.
impedido pelos militares de assumir a Presidência da Porém, pior, muito pior do que isso, ao Vi-
República. ce-Presidente Pedro Aleixo, de quem se comemora o
Desligou-se, então, da ARENA - Aliança Reno- centenário de nascimento em 1° de agosto, não per-
vadora Nacional, em 1970, e retomou as atividades de mitiram, contra os mais comezinhos princípios do Di-
magistério. Mesmo diante das represálias que sofreu reito, assumir o mais alto cargo da Federação.
por parte do regime vigente, continuou sua luta e pre- Seu único crime, eminentes Parlamentares: cora-
gação, defendendo, em artigos e conferências, a liber- gem, bravura que o levou a afrontar, com indisfarçáveI
dade de imprensa, a liberdade de expressão e pensa- denodo, o Conselho de Segurança Nacional? CSN, no
mento, a restauração democrática, o aperfeiçoamento auge do regime milrtar. E o fez de modo categórico.
das instituições nacionais, a garantia e a preservação
Ao redigir minuta das Disposições Transitórias da
dos direitos fundamentais individuais e coletivos.
Emenda na 1 à Constituição Federal de 1967, escreve-
Com o objetivo, então, de romper o bipartidaris- ra: "Ouvido o CSN, o Presidente da República revoga-
mo vigente desde 1965 e recompor a ordem constituci- rá o AI-5". E, ao escutar de Costa e Silva, que lhe tinha
onal, tornou-se o principal articulador da criação de um simpatia, que o CSN, qual imperador romano no Coli-
terceiro partido, o POR - Partido Democrático Republi- seu, apontaria o polegar, condenando a idéia à morte,
cano, cujo registro acabou obstruído dadas as dificul- reescreveu simplesmente: "O Presidente da República
dades impostas por uma legislação arbitrária. revogará o AI-5". Nunca lhe perdoaram.
Por tudo isso, justifica-se, pois, a presente home- O relato desse evento marca positivamente Pe-
nagem, celebrando o centenário de nascimento de Pe- dro Aleixo, engrandecendo ainda mais sua vida de
dro Aleixo e reconhecendo a importância de sua contri- luta. E vergonhosamente deslustra a História de um
buição ao processo de redemocratização no Brasil. País que não fez por merecer seu filho ilustre, esse
O PSDB nos dá, nesta oportunidade, a honra de imortal, a quem, em discurso de recepção na Acade-
poder - também como mineiro - renovar o merecido mia Mineira de Letras, Paulo Pinheiro Chagas cha-
tributo à sabedoria, ao caráter e ao exemplo legado mou de "legenda democrática." Legenda cujo potenci-
de Pedro Aleixo, motivo de honra e engrandecimento al desgraçadamente não vingou.
para a história do Poder Legislativo de Minas Gerais e Tivessem-na deixado vingar, a Pátria pouparia
do País. (Palmas.) vinte anos de regime militar de exceção: em vez de
O SR. PRESIDENTE (Bonifácio de Andrada) - 25, cinco. Com Pedro Aleixo Presidente, senhores, a
A Mesa registra a presença do Sr. José Antônio Leal abertura viria, com certeza, antes do final dos anos
Chaves, representante da Corregedoria-Geral da 60, não em meados dos anos 80, como aconteceu.
União; do ex-Deputado Carlos Murilo, personalidade Porque, insignes Deputados, outra não poderia
ilustre de Minas Gerais, e do Sr. Waldemar Lemes, ser a atitude de um Pedro cuja coerência de vida já o
Presidente da União dos Vereadores do Brasil. tinha levado, em 1937, em pleno advento do Estado
O SR. PRESIDENTE (Bonifácio de Andrada) - Novo, a enviar telegrama de intrépido protesto a Getú-
Concedo a palavra ao nobre Deputado Themístoc!es lio, no qual rezava em apertada síntese:
Sampaio, que falará em nome do PMDB. Com amarga surpresa verifiquei que a
O SR. THEMíSTOCLES SAMPAIO (PMDB - PI. Câmara dos Deputados foi ocupada por for-
Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, S~ e ças armadas. Na qualidade de seu Presi-
Srs. Deputados, nobres componentes da Mesa, senho- dente protesto contra o ato. Espero que o
ras e senhores convidados, em nome do Padre Aleixo, Brasil saiba fazer justiça à operosidade de
cumprimento e saúdo a todos os seus familiares. seus legítimos representantes.
Agosto de 20m DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-tCira 31 41193
É este o Pedro que homenageamos, o Pedro a O SR. RONALDO VASCONCELLOS (Bloco/PL -
quem o Governador Milton Campos? que o houvera MG. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Mesa Di-
nomeado Secretário do Interior e Justiça das Minas retora, senhoras e senhores, cumprimentos a todos os
Gerais? carinhosamente chamava de ?Pedro Primei- presentes. Não sou de fazer discursos competentes e
ro? Pedro Aleixo era de fato Primeiro-Ministro do Go- formais. Prefiro, na informalidade, dar meu testemunho
vemo das Alterosas. Ao compará-lo, nos idos dos verbal de admiração e reconhecimento às pessoas.
anos 40, com nosso primeiro Imperador, mal sabia Lembro a todos que, por enquanto, falaram vozes com-
Campos que Pedro Aleixo tentaria a reindependência petentes, respeitosas, mas vozes da UDN - União De-
do Brasil do jugo das forças antidemocráticas que, por mocrática Nacional. Quem sabe se do outro partido, o
décadas, viriam a vitimizá-Io. Como Tiradentes outro- PSD, não virão vozes ainda mais respeitosas, mais cari-
ra também o tentara, não o conseguiu. nhosas e - por que não dizer? - de maior admiração ao
É este o Pedro por cuja perda choramos. Pedro homem público que foi Pedro Aleixo.
que foi literalmente considerado o clarim, a clareira, o Fala agora alguém que tem sua origem no PSD.
clarão do Brasil. Clarim da denúncia das liberdades Quero dar às minhas palavras o testemunho de carinho,
perdidas, clareira da esperança de sua reconquista, admiração e reconhecimento público ao grande brasilei-
clarão que alumiou o caminho para reencontrá-Ias. ro que foi, e ainda o é, por sua história, Pedro A1eixo.
Tempestivas, sagazes, sólidas, suas atitudes Parabéns à família Aleixo por esta solenidade
soergueram os brios da gente, e certamente forjaram que se realiza hoje!
a semente que antecipou a Constituição cidadã. Conheço muito da história de Pedro Aleixo, por-
Cidadã e liberal, a ela e ao nosso homenagea- que convivi um pouco com ele, li muito sobre sua vida e
do, seu mentor post-mortem, aplicam-se as palavras sou de Ponte Nova, terra vizinha a Mariana, que o viu
do candidato civilista Ruy Barbosa de Oliveira, de nascer em 1901 - terra também de Mitton Campos, que
quem, segundo José Carlos Brandi Aleixo, Pedro era foi grande companheiro de Pedro Aleixo - e onde passo
admirador: todos os finais de semana. Durante os meus 50 anos de
idade, na infância, na juventude e na maioridade, na
Liberdade, entre tantos que te trazem condição de engenheiro e de político, passei pela cida-
na boca sem te sentirem no coração, eu de de Mariana, que foi, senhoras e senhores, a primeira
posso dar testemunho de tua identidade. cidade de Minas Gerais, a primeira Capital de Minas
Ruy e Pedro, ambos "baianeiros" e democratas. Gerais e a primeira sede do Arcebispado do Estado.
Com certeza a Águia de Haia, baiano de Salvador, Pois bem. Nessa cidade histórica e cultural nas-
endossaria sem hesitar as palavras de Pedro Aleixo, ceu alguém cuja trajetória se fez histórica e cultural
mineiro de São Caetano" falaram em São Sebastião, para todos nós, homens públicos de Minas Gerais e
mas aqui tenho dados de que ele nasceu em São Ca- do Brasil: Pedro Aleixo.
etano, não sei quem está com a verdade", as quais A solenidade de hoje é dirigida pelo competente
nesta alocução reproduzo: e presente Deputado Bonifácio de Andrada. E esta
Se os espertos soubessem quão bom Casa, hoje presidida pelo competente e destemido De-
é ser honesto, poderiam ser honestos por putado Aécio Neves, esteve sob a presidência, em
esperteza. 1937, do Deputado Pedro Aleixo, o que mostra o valor
dos homens de bem de Minas Gerais. Essa coincidên-
Probidade, honradez, liderança. Pedro Aleixo cia histórica, de 1937 para hoje, tem muito a ver com a
não foi senão um neo-inconfidente, com a diferença história política do nosso Estado de Minas Gerais.
de que sua neo-inconfidência, corajosamente solitá- Em nome do PL, faço este reconhecimento pú-
ria, gerou frutos bem mais cedo do que a Inconfidên- blico da dedicação a alguém que é um símbolo, sim,
cia original. E com a semelhança de que, como esta, mas também uma orientação para todos nós, políti-
veio também de Minas. As mesmas Minas de que Pe- cos que queremos conduzir a política de maneira éti-
dro, brasileiro e mineiro, com tanto orgulho e tanta ca, responsável e, acima de tudo, que responda aos
propriedade por inteiro resumia. anseios da população brasileira. Isso, às vezes, falta a
Era o que tinha a dizer. esta Casa - e senti essa falta muitas vezes durante
Muito obrigado, Sr. Presidente. meus mandatos de Vereador, em Belo Horizonte, e de
O SR. PRESIDENTE (Bonifácio de Andrada) - Deputado Estadual, em Minas Gerais.
Concedo a palavra ao Deputado Ronaldo Vasconcel- Quantos de nós deveriam ter a humildade de ler
los, que falará em nome do PL. mais Pedro Aleixo, ler mais sobre Pedro Aleixo, o políti-
41194 Sexta-feira 31 DIÁRIO nA CÂMARA DOS DEPUTADOS A}!,GstG de 2001
co, O advogado, o especialista em Direito Penal, o jor- ram brotando os frutos mais preciosos de sua admirável
nalista que ajudou a fundar o maior jornal de Estado de biografia. Há um provérbio chinês que diz que cada cri-
Minas Gerais, o Estado de Minas. O seu exemplo de se é um ponto de retorno para o nosso crescimento. E
pai e avô também serve de referência para todos nós. ele cresceu brilhantemente em meio às suas crises.
É preciso, Sr. Presidente Bonifácio de Andrada, Em dois momentos marcantes de sua vida públi-
dignificar, exaltar, elevar cada vez mais o nome desse ca, Pedro Aleixo acabou imortalizado como símbolo da
grande mineiro que foi e ainda é, pela sua história, Pe- resistência democrática e defensor da ordem constitu-
dro Aleixo. cional e dos direitos humanos. Tanto é assim que hoje,
Em 1984, um mineiro respeitoso e respeitado, quando comemoramos o centenário de seu nascimen-
um grande Governador daquele Estado - e, sou obri- to, percebemos a grande satisfação de todos os brasi-
gado a reconhecer, também da UDN -, Rondon Pa- leiros com a renovação de sua memória. Nela, pode-
checo, quando Deputado Federal, nesta Casa apre- mos exaltar o compromisso franco com as liberdades e
sentou o que denominamos projeto de resolução, garantias individuais, a fidelidade aos valores cristãos,
dando ao local mais silente, mais inteligente e talvez a intransigente filiação aos princípios humanistas que
mais freqüentado desta Casa, a Biblioteca da Câmara orientam o curso da civilização ocidental.
dos Deputados, o nome de Pedro Aleixo. O Relator Exaltamos o estadista que soube sempre avali-
desse projeto de resolução foi também respeitoso e ar com grande senso de responsabilidade suas deci-
respeitado Deputado Federal Paulino Cícero - cuja sões, colocando o interesse da Pátria acima de qual-
origem estava no PSD. quer interesse pessoal, resistindo quando era possí-
vel, cedendo quando a intransigência poderia condu-
Ao encerrar esta despretensiosa fala, quero que
zir a imprevisível confronto armado.
as senhoras e os senhores entendam o que é passar
vinte anos na vida pública, como tenho passado, com Graças a seu discernimento e a sua lucidez, foi
muita luta e determinação, vendo exemplos de com- possível manter acesa a chama da democracia que
portamento tão ruins entre nós, Parlamentares. É ne- hoje encontra campo favorável para crescer e ilumi-
cessário pensar, refletir sobre isso e elevar a alma à nar a condução dos negócios públicos do País.
história, à cultura, à tradição de um Pedro Aleixo. Por Mas, ao enaltecer o político, cometemos grave
que não pesquisar a árvore genealógica dessa famí- injustiça se não lembrarmos que Pedro Aleixo foi um
lia, e dela tirar, nos dias de hoje, um outro político da homem de cultura, na mais alta acepção do termo. O
estirpe do nível de Pedro Aleixo? brilhantismo acadêmico que impressionava os mes-
tres logo o transformaria em expoente do jornalismo e
Parabéns à família Pedro Aleixo!
do Direito, franqueando-lhe as portas de uma rápida
Muito obrigado, senhoras e senhores. (Palmas.) ascensão profissional, como bem lembrou o Deputa-
SR. PRESIDENTE (Bonifácio de Andrada) - do Ronaldo Vasconcellos.
Concedo a palavra ao Deputado Lincoln Portela, que A trajetória social e política do País nos últimos
falará em nome do P8L. anos, sobretudo após a promulgação da Carta de 1988,
O SR. L1NCOLN PORTE LA (Bloco/PSL - MG. veio ratificar grande parte das teses ardorosamente de c
Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente e au- fendidas por Pedro Aleixo. A própria Constituição cida-
tor do requerimento de realização desta sessão sole- dã, escrrta sob a inspiração de Ulysses Guimarães, en·
ne, Deputado Bonifácio de Andrada, mineiro como fatizou as garantias individuais, tantas vezes ameaça-
eu; autoridades eclesiásticas da Mesa, entre as quais das por impasses políticos e rupturas da ordem vigente.
destaco o nobre filho de Pedro Aleixo; demais familia- É por isso que, corno dizíamos, podemos consi-
res e autoridades presentes; minhas senhoras e derar como grande vitorioso o ilustre homem público
meus senhores, Pedro Aleixo pertenceu ao conjunto que hoje homenageamos. E bem o podemos fazer.
dos homens excepcionais, cujo saldo de realizações Suas derrotas, as derrotas de todos nós, foram pontu-
é contabilizado menos pelas circunstâncias da época ais, mas seus êxitos ultrapassaram os estreitos limi-
em que viveu e mais pela síntese abrangente e impla- tes do momento controverso e se projetaram nos co-
cável da nossa História. rações dos brasileiros, ajudando a escrever alguns
Nos campos de batalha que freqüentou ao lon- dos mais belos capítulos da História nacional.
go de trajetória rica em experiências de todo tipo, o Era o que tinha a dizer. (Palmas.)
ex-Presidente da Câmara dos Deputados colecionou vi- O SR. PRESIDENTE (Bonifácio de Andrada) -
tórias e crises de peso. Mas, curiosamente, foi das lutas Ao término desta reunião em que homenageamos a
em que saiu derrotado aos olhos humanos que acaba- memória do ex-Presidente desta Casa, ex-Vice-Pre-
Agosto de 2001 DIÁRIO DA CÀMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 31 41195
sidente da República, ex-Ministro de Estado, ex-De- V - ENCERRAMENTO
putado Federal, ex-Deputado Estadual, ex-Vereador,
O SR. PRESIDENTE (Bonifácio de Andrada) -
ex-líder popular em Minas Gerais Pedro Aleixo, cum-
Nada mais havendo a tratar, vou encerrar a sessão.
pre-me levar a todos os presentes os agradecimentos
O SR. PRESIDENTE (Bonifácio de Andrada) -
por participarem deste tão significativo momento para
Está encerrada a sessão.
a Câmara dos Deputados e, aos seus familiares, nos-
sos cumprimentos e homenagens. (Encerra-se a sessão às 17 horas e 22 minutos.)

ATOS DO PRESDIDENTE

o PRESIDENTE DA DOS
DEPUTADOS, no uso das ;,tribuiçees que lhe cOnfere! c

artigo l°, item 1, alj.nea "a tl


, de A:o da Mesa nO 205, de 28 ce
Junho de 1990,

RESOLVE exone::ar., de acordo com ü artigo

]5, .item I, da Lei nO 8.112, de 11 de dezembro de 1990, FÁBIO


JOSÉ PEREIRA, ponto nO 114.40\, do cargo de Assistente
Técnico ce Gabinece Adjunto D, CNE-1S, co Quadro de Pessoal da
Câmara dos Deputados, que exerce no Gabinete do Presidente.

cAMrv\A DOS DEPUTADOS, em~O cie agosto de 2001.

).~U:f'CIO NEVES
p:esHier:::e J

O PRESIDENTE DA CÂMARA DOS


DEPUTADOS, no uso das atribuições que lhe eoo (e re o

artigo la, item I, alinea "a", do Ato da Mesa na 20~, de 28 de


junho de 1990,

RESOLVE exoner.ar, de acordo com O artigo

35, ILem 1, da Lei nO 8.~~2, ce 11 de dezembro de 19SC,


HAROLDO SIQUEIRA LEONETTI, ponLO na 113.732, do cargo de
Asse.ssor Técnico Adjunto D, CNE-H, do QL:ad.ro de Pessoal da
C';mara d0S Deputados, que exerce no Gabinete do Líder do
Partido Trabalnista Brasileiro.

CÂt1ARA DOS DEPUTADOS, em 30 de agosto de 2001.

v,,~o~
~IO NEVES
/ ?resident.e
(
41 196 S<.:xla-li:ira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 200 I

o l?RESIDENTE DA DOS
DEPUTADOS, no uso das atribui.ções que. lhe confere o

artigo le, item r, alinea "a", do Ato da Mesa nU 20S, de 28 de


junho de 1990,

RESOLVE exonerar, de acordo com o artlgo


35, item 1, dê. Lei nO 8.112, de 11 de dezembro de 1990,
LUDMYLLA CHRYSTYAN SARAIVA GONDIM DE OLIVEIRA, ponto nO

114.289, do cargo de JI.ssistente Técnico de Gabinete Adjunto


D, CNE-15, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, que
exerce no Gabinete do Presiden~e.

cÂMARA DOS. DEPUTADOS, em 30 de agosto de 2001.

)
~.
~
9:;/ -

cro NEVES
. Pr:e::;.idente J

.....
o PRESIDENTE DA CAMARA DOS
DEPUTADOS, no uso c.as atribuições que :r.e confere o

artigo l°, item 1, alinea "a", do Ato da Mesa n° 205, de 28 de


:i unho de : 99:1,

RESOLVE exonera::-, de acordo com o artigo

35, ite~ 1, dê Lei n° 8.112, de 11 de dezerr~ro de 1990, NÍLVIA


PEREIRA DE AQUINO, ponto n° 112.501, do cargo de Assessor
Técnico Adjunto C, CNE-12, do Quadro àe Pessoal da Câmara dos
Deputados, que exerce no Gabinete do Líder do Partido do
Mcvimenu) Democrático Brasileinl.

cÂMA.~ DO~ DEPUTADOS, em 30 de de 2001.


Agosto de 200 I DIÁRIO DA CÁMARA DOS DEPUTADOS Sexta-leira31 41197

o PRESIDENTE DA CÂMARA DOS


DEPUTADOS, no uso das atribuições <;ue :..t!e confere o

artigo 1°, item I, alínea "a", do Ato da Mesa n° 205, de 28 de


j'Jnrw de 1990,

RESOLVE exonerar, de acoedo com o artigo

35, item T, da 1.ei nO 8.112, de 11 de dezembrc de 1990, PAULO

BUMMEL JúNIOR, ponto nO 114.292, do cargo de Assessor Técnico


Adjunto D, CN8-14, do Quadro de Pessoal da Câmara dos
Deputados, que exerce na Comissão de Agricultura e Política
Rural, na CoordenaçdO de Comissões Permanentes, do
Departamento de Comissóes.

cÂMARF. DOS DEPUTADOS, em 30 de agosto de 2001.

)-~07 CIO NEVES


Presidente
f
~

O PRESIDENTE DA CAMARA DOS


DEPUTADOS, no uso das atrihu~.çc;es que .lhe confere o

artigo 1°, item r, alínea "a", do AlO da Mesa n° 205, de 28 de


jur.~J de 199C,

RESOLVE exonerar, de acor:do com o artigo 35,


i.tem ::L, da Lei nO 8.112, de 11 de dezelrbro de 1990, SOLANGE

AMARAL SALUSTIANO DI DÁRIO, ponto nO 113.878, do cargo de


Assistente Técnico de Gabinete Adjunto D, CNE-15, do Quadro de
Pessoal da Câmara dos Deputados, que exer.ce no Gabj.nete do
Segundo Vice-Pres~àente.

CÂMARA DOS DEPUTADOS, em 30 de agosto de 2001.


41 198 Sexta-feira 31 DIÁHIO DA CÀMARA DOS DEPUTADOS I\gllsll' de 20tH

o PRESIDENTE DA cÂMARA DOS


DEPUTADOS, :w U:JO dôs atr~buiç:5es que be cor,fece c

artigo la, item l, alinea "a", do Ato da Mesa na 205, de 28 de


junho ~Ie :1990,

RESOLVE dispensar, O~ acordo com o art.igo

3~ , .i tem T
~ , da Lei 8. :112, 11 de dezembc:-o de 1990,
DULCENIRA MARIA DA SILVA, ocupante de car.ljO da Categoria
FUrlcio:laJ ce Técnico 1..e91 slat~ivo atribuiçao Agente àe
Servi ços Legislati.vos, Padrilo 26, ponto na 6.0-15, di.! função
comis~ionada de C!lefe da Seção de Apo.io Técnico, FC-05, do
Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, que exerc.ia na
Ccordenaç~o de Emergênci.as Médicas, do Ceç,aCLcHl\el1to t-íédico, a
partir. de 10 de setembro.do corrente ano.

C~L~RA :05 D[~UTADOS, em 30 de agosto de LQel.

O PRESIDENTE DA CÂMARA DOS


DEPUTADOS, no LSO das dt::'ibt.:ições que U',e confece o

artigo ]0, item 1, al.í.nea "a", do Ato ,ia Hesa na 205, de 28 de


~ U/lr~o de 199D,

RESOLVE dispensar:, de dcordo com o artigo

3:', :'-tem I, da Lei na 8.112, oe il de dezen:br:'o de 1990, MÔNICA


LOPES RODRIGUES MORENO, ocupante de car.go di! Categorla
Fu~cicnal de TécnIco Legislativo atribuiçao Operador de
Mãquin~s, PadrAo 30, ponto nO 5.450, da [unçAo comissionada de
Chefe do Núcleo de Testes e Hedidas, F'C-CS, co Quacro de
Pessüal da. Câmara dos Deputados, que exercia na Coordenação de
Treii}amen~c, do Centro de e
Aper.fejço?mento dos Servidores da Câmara dos Deputados, a
partir de :6 de agosto do corrente ano.

cÂMARJl. DOS DE:PLJ'J'AUOS, em 30 de agosto de 2001,


Agosto de 200 I DIÁRIO DA CÁMARA DOS DEPUTADOS Sexta-Ieira 31 411lJl)

o PRESIDENTE DA CÂMARA DOS

DEPUTADOS, no "Jso das at~ibuiçóe5 qUE :Lhe confere o

artigo ]C, item I, alínea "a", do Ato da Mes~ nO 205, de 28 de


j:lnr.o de 1990,

RESOLVE dispensar, de accrdo CGm o artigo

35, it.e:n l, da Lei n° 6.112, de 11 de dezembro de 1990,


TATIANA CLÁUDIA COSTA VELHO SIMÕES, ocupante de car::go da
Catego.::ia fur.cional de Técr.i,co Legislativo ôtribuiçilo
Adjunto Parlamentar, Padr:ào 30, ponto n° 4.726. da função
ccrniss::'o:Jada àe Assi,stente de Gabi:lete, F'C-OS, de Quadro de
Pessoal da Càma r.a dos Deputados, que exercia no Departamento
de Pessoal, 3 partir de la de setembro do corrente ano.

C~'1ARA DOS DEPUTI\j:)OS, em 30 de agosto de 2001.

,~ '->0J-?
Jcg NEVES I
/pcesidente /

O PRESIDENTE DA cÂMARA DOS


DEPUTADOS, no uso das ôtr2.buiç'5es que 11:8 :::o:lLer-e c

a['t.i.go lU,',tem l, alír,ea "a", do I'\l',o de. Mesa na 20~, de 28 de


ju[:hO ée 199C,

RESOLVE dispensar', de acordo (;OITi o artigo

35, ite:n 1, da Lei na 8 .1~2, de :~ de dezembro de 199C, TERESA


CRISTINA COSTA VELHO SIMÕES, ocupant:e de cargo da Categoria
Funcional de Técnico Legislativo
Parlamentar, Padrão 30, ponto nO 4.725, da fnnçao comissionada
Assistente de Ga~!nece, FC-OS, do Quad~8 de Pessoal da CAma~a

dos Deputados, que exercia [lO Departamento de Pessoal, a


pa.::tir de l° de setembro do corrente ano.

CÂNARA DOS DEPUTADOS, em 30 ,je agosto de 2001.


412()() Sexta-feinJ 31 I)IÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 20() I

o PRESIDENTE DA CÂMARA DOS


DEPUTADOS, no uso das at.ribuições que lhe confere o

artigo IO, item r, alinea na", do Ato da Hesa nU 20:), de 28 de


junho de 1990, e o artigo 6° da Lei nO 8.112, de 11 de
dezembro de 1990,

RESOLVE nomear, na forma do artigo 9°,

HeI\'. 11, da 1,ei nO 8.112, citada, AMILTON JOSÉ DE OLIVEIRA


par~ exercer, no Gabinete do LideI' do Partido Trabalhista
Brasileiro, o cargo de Assessor Técnico Adjunto D, CNE-14, do
Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, transformado pelo
artigo 10 da Resolução· na 12, de 27 de abril de 1983,
combi.nado com o parágrafo úni.co do urti.go l° do Ato da Mesa n°
01, de 24 de fevereiro de 1999.

cÂMARA nos DEPUTADOS, em 30 de agosto de 2001.

J~~-r
./pr:eSidente

O PRESIDENTE DA cÂMARA DOS

DEPUTADOS, no uso das atdbuições que lhe confere o


artigo 10, item 1, alínea na", do Ato da Mesa n° 205, de 28 de
junho de 1990, e o artigo 6° da Lei n V 8.112, de li de
dezembro de 1990,

RESOLVE nomear, na forma do artigo 9°, item


11, da Lei n° 8.112, citada, FÁBIO JOSÉ PEREIRA para exercer,
na Coordenação de Prugramas Especiais, do Departamento de
Pessoal, o carqo de Assessor Técnico A.djunto D, CNE-14, do
Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, criado pelo artigo
l° do Ato da Mesa nO 70, de 07 de junho de 2001.

cÂMJI.RA DOS DEPUTADOS, em 30 de agosto de 2001.

) _('~O
10 NEVES
P'.,ident. ~~
Agoslo de 2001 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexla-feira 31 4120 I

o PRESIDENTE DA CÂMARA DOS

DEPUTADOS, no uso das atribuições que lhe confere o

artigo l°, item 1, alinea "a", do Ato da Mesa n" 205, de 28 de


junho de 1990, e o artigo 6° da Lei nO 8.112, de 11 de
dezembro de 1990,

FU&SOL~ nomear, na forma do artigo 9°, item


ri, àa Lei n° 8.112, ci.tada, FÁBIO PAIVA GOMES para exercer,
no Gabinete do Presidente, o cargo de Assistente Técnico de
Gabinete Adjunto D, CNE-15, do Quadro de Pessoal da Câmar.a dos
Deputados, criado pelo. Ato da Mesa n° 34, de 13 de março de
1996, combinado com o parágrafo único do artigo Ieda Ato da
Mesa n° 01, de 24 de fevereiro de 1999.

cÂMARA DOS DEPUTADOS, em 30 de agosto de 2001.

o PRESIDENTE DA CÂMARA DOS

DEPUTADOS, no uso dêiS atribuições que lhe r.onfer.e o

artigo l°, item l, alínea "a", do Ato da Mesa nO 205, de 28 de


junbo de 199Q, e o artigo 6° da Lei n° 8.112, de Jl de
dezembro de 1990,

~SOL\n& nomear, na forma 00 artigo 9°, item


11, da Lei n° 8.112, citada, IRANILSON PINHO DUARTE para
exercer, no Gabinete do Presidente, o cargo de Assistente
Técnico de Gabinete Adjunto D, CNE-1S, do Quadro de Pessoal da
Câmara dos Deputados, transformado pelo artigo 3° do Ato da
Mesa nO 15, de 26 de maio de 1987, cor.~inado com o parágrafo
6nico do artigo l° do Ato da Mesa nO Dl, de 24 de fevereiro de
1999.

cÃMJ'.-RA DOS DEPUTADOS, em 30 de agosto de 200J..

)Q'~llf
..
cro NEVE
PI:e:údent
41202 Sexta-feira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Ap.oStc1 de 2001

o PRESIDENTE DA CÂMARA DOS


DEPUTADOS, no uso das alL'ibuições ::JUS lhe :::on:e.re o

artigo I", item r, alinea "a", do Ato da Mesa n° ~05, de 28 de


junrlo de 1990, e o artigo 6° da lei nO 0.112, de 1] de
dezembro de 1990,

RESOLVE nomear, na torma do artigo 9°,

i:em ':1, da Lei nO 8.112, citada, JESUS LUNA MACBADO pa!:a


exercer, na Comi ssão de Ag ricultura e Política Rural, na
Coordenaçac de ComissOes PenGanentes, do Departamento de
ComissOes, o cargo de Assessor Técnico Adjunto D, CNE-14, do
Quadro de Pessoal da Camara dos Deputados, transformado pelo
arcigo 4° do Ato da Mesa n° 04, de 20 de Eevereiro de 1991,
cOll'.Dinajo ~'()m o parágL'afo úni~:c do art.lgo 1" do Ato da Mesa 1,°
Dl, de 24 de fevereiro de 1999.

cJ...1'1APJ\. DOS DEPU7ADOS, em 30 de agosto ce /001.

;i!: ~/'"
, IÕ NEVES
-..' do· -":')
re~l .. enl ~'. I

O PRESIDENTE DA CÂMARA DOS


DEPUTADOS, no uso das atribui;6es que lhe confere o

artigo l°, item I, alinea "a", do Ato da Mesa nO 205, de 28 de


~unho de 1990, e o artígo 6" da Lei nO 8.112, de 11 de
dezembro de 1990,

RESOLVE nomear, na forma do arti.go 9°,

item rI, da Lei nO 8.112, citada, JOSÉ AN'l'ONIO MACHADO REGUFFE


para exercer, na Comissão de Legi.sl.açilo
Particlpativa, da Coordenaçilo de Comissóes Permanentes, do
Departamento de ComissOes, o cargo de Assessor Técnico Adjunto
C, CNE-12, do Quadro de Pessoal da Cámara dos Depu~adcs,

criado pelo Ato da Mesa nO 79, de 07 de junho de 200.1.

CÂc'1ARA DOS Dt:tOUTADOS, ",m 30 de agosto de 20::11.


Agosto de 200 I DIÁRIO DA CÁMARA DOS DEPUTADOS Sexla-tCira 31 41203

o PRESIDENTE DA CÂMARA DOS

DEPUTADOS, no \1S0 das atJ:ibui:;ães que lhe c~nfere o

artigo lO, item I, alínea "<l", <lu Ato da Mesa nO 205, de 28 [Je
jUf):Jo de 199J, e o ar·ti.go 6° do Lei ~o 13.112, de l' de
dezembro de 1990,

RESOLVE nomear, na for.ma do ar.tigo 9°,

item JI, da Lei ,1° 8.112, citada, JOSÉ MARIA DE ALMEIDA SOUSA
para exercer, no Gabinete do Segundo Vice-Presidente, o cargo
de Assistente Técnico de Gabinete 1'.éjunto 1), CNE-15, do Quadro
de Pessoal da C~mara dos Deputados, cr:iado pelo artigo lOdo
Ato da Mesa nO lO, de 29 de ma;:ço de 1995, combinado COlf. o
parágrafo anico do artigo l° do Ate da Mesa n° 01, de 24 de
fevereiro de 1999.

C]i.MAAA DOS Dl:;PUTADOS, em 30 de ago:!ito de 2001.

o PRESIDENTE DA CÂMARA DOS

DEPUTADOS, no uso das a tribuições que lhe confere o

artigo l°, item I, alinea na", do Ato da Mesa nO 205, de 28 de


junho de 1990, e o artigo 6° ela Lei nO 8_112, de 11 de
dezembro de 1990,

RESOLVE nomear, na forma do artigo 9°, item


lI, da Lei nU 8.112, citada, LUDMYLLA CHRYSTYAN SARAIVA GONDIM
OE OLIVEIRA para exercer, na Coordenaçào de Programas
E:õpeciai.s, do Departamento de Pessoal, o cargo de Assessor
Técnico Adjunto D, CNE-14, do Quadro de Pessoal da CAmara dos
Deputados, criado pele artigo l° do Ato da Mesa nO 70, de 07
de junho de 2001.

cAMARA DOS DEPUTADOS, em 3O de agos to de 2001.

)~~~ cro
Presidente
NEVES
!
41204 Sexta-feira 31 DlÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 200 I

o PRESIDENTE DA CÂMARA DOS


DEPUTADOS / no uso das atribuições que lhe cor. fere o

artigo l°, item I, alinea "a", do Ato da Mesa. n° 205, de 28 de


junho de 1990, e o a.(·tigo 6" da Lei :lo 8.112, de 11. de
dezembro de 1990,

RESOLVE nomear, na forma do ar:-tigo 9",

ite:n lI, da l.ei nO 8.112, citada, PAULO BUMMEL JÚNIOR para

exercer, na Comi.ssào Permanente de Legislaçào Participativa,


da Coordenação de Comissões Pennanentes, do Depart,Huento de
Comissões, o car:-go de Assessor Técnico Adjunto C, CNE-12, do
Quadro de Pessoal da C&mara dos Deputados, criado pelo Ato da
Mesa nO "19, de 07 de junho de 2001.

CÂMAH.A DOS DEPUTADOS, em 30 de agosto de 2001.

)t.@j
O PRESIDENTE DA cÂMARA DOS
DEPUTADOS, :10 uso das a;:riblliç:':"s lr.Je ItH~ cOllfere o

"'rt i.qo 1", .i.l~,.;IO 1, alíneiJ "Ct", ,jo Ato da Mesa nO 205, de 28 de
j:.Jnho de 1990,

RESOLVE de~,i qndr por acesso, na forma do

3<r~jg8 1J da Re~oluçã() n° 21, de 1992, CLÁOOJ:A ANDREA PRUNK


BRAGA, ()cupanr.e de carCJo da Categocia. t'unciona.l de Técni co

ü,gislar.ivo at~ibuiç;o Operador de MAquinas, 2adrlo 30,


ponto n° 5.218, para exercer, a partir de 16 de agasto do
corrente ano, na Coordenaçáo de Treinamento, do Cent~o de
Forrnaç,'io, Treinamento e Aperfeiçoamento dos SerllidOJ::es da
Câma ru dos Depu lados, a funç;:,c corr,i ss ionada de Chefe do Núcleo
de Te:n:es e Medidas, t'C-OS, Código C2140004, do Quadro de
F-esscal c:a Câmara dos Dep·-.ltac'.os, críadê. ge10 1'.to da l'!esa nO
69, de 10 de julho de 1997.

ChMARA DOS DEPUTADOS, em 30 de agosto de 201)1.


Agosto de 2001 DIÁRIO DA CÂMARA DOS IWPlJTAJ)()S Sexta-Ieira 31 41205

o PRESIDENTE DA cÂMARA DOS


DEPUTADOS, no uso das atribui.ções que lt:e cor fere o

arti.go l°, item I, alínea "a", do Ato da Mesa nO 205, de 2fl de


junho de 1990,

RESOLVE designar por- acesso, na formô do

artigo 13 da Res:)luçd0 :lo 21, de 04 de llovemb:-:o de 1992, HÉLIO


COELHO SILVA, ocupante de cargo da Categoria E'uncional de
Técni.co Legislativo - atribuiçào Assistente Aciministrat.ivo,
Padrão 28, ponto llo S. 777, par.a exercer, a partir de 10 de
setembro do corrente ano, no Departamento de Pessoal, '" funçào
comissionada c1e Assí'stente de Gabinete, E'C-OS, Código
C2230199. do Quadro de .Pessoal da Càrnara dos Deputados, criada
pelo artigo 10 do Ato da Mesa nO ]7, de 30 de maio de 2000.

CÂ."'IARA DOS rEPUTADCS, em 30 (ie agos to de 2Q01.

O PRESIDENTE DA CAMARA DOS


DEPUTADOS, nu uso das atribuiçõe3 que :")-,e contere o

artigo 1 Q , item 1. allnea "a", do Ato da Mesa n" 205, de 28 de


j'..l~lr.O de 1930, e o artigc 6° da Lei nO 8.112, de 11 de
dezembro de 1990,

RESOLVE designar por aCesso, na fama do

artigo 13 da Resolução nO 2:1, de 4 de novembro de 1992, JOSÉ


lINTONIO SILVA GOMES, ocupante de cargo da Categoria funcional
de Ana) ista Legislativo - atr.i.buiçào Enfermei.ro. Padrão 40,
pon to n° 6.032, para exercer., a part ir de ) o de setembro do
cor rente ano, na Coordenação de ::"mcrsênciac; tv!éc;i.cas. do
Departamento Médico, a função comis3ionada de Chefe da Seção
de lI.poio Técnico, FC-05, do Quadro de I?essoal ::l<i Câmara dos
Deputados. crIada pelo artigo la do Ato da Me3a n° 37, de 3D
de mai.o ':le 2000.

cfuJARA DOS DI':PUTADOS, em 30 GC agosto de 2001.

#?-~~~/;
~tio NEVES
. / Pre"",der.t:c
4120G Sexlil-t"llira 31 DIÁRIO DA CÀMARA DOS DEPUTADOS Agosto cfll 200 I

o PRESIDENTE DA CÂMARA DOS

DEPUTADOS, ;,0 uso das atribuições que Ele confere o

arLigo "] o, item I, alinea "a", do At.o da Me~ia na 205, de 28 de


junho àe 1990, e o artigo 6' da Lei n° 8.112, de 11 de
dezembro de 1990,
RESOLVE designar por acesso, na forma do

artigo 13 da Resoluçâo nO 21, de 4 de noven~ro de 1992.


MARÚCIA FERREIRA LIMA, ocupante de ca rgo da Categoria
Funcional de Analista Legislativo atribuiçi'lo Técnica
Legislativa, Padrão 45, ponto nO 4.416, para exercer, a partir
de 15 de agosto do corrente a:1O, na Comissão Permanente de
Legislação ParticipiJtiva. da Coordenação de Comissões
Permanentes, do Depadamento de Comissões, a função
comissionada de Assistente de Comissão, tC-05, do Quadro de
Pessoal àa Camara àos Deputados. ::riada pelo Ato da Mesa ,,0
79, de 07 de junho de 2001.
C.l\MARJI. DOS DEPUTADOS, em 30 de agosto de 2001.

/ -. ' j
), ../'~ \2-, .
10 NEVES
.//fJ::eSidente
..2(
~

O PRESIDENTE DA CAMARA DOS


DEPUTADOS, no uso da:.> atribuiçbes que lhe corJere o

artigo ]0, .item T, alinea "a", ,jo fI.lo da Mesa nO 20~, de 28 de


jU:100 de 199C,
RESOLVE designar por acp.sso, na foema do

art:go ~:: ela Resoluçáo nO 21, de "1992, MÔNICA LOPES RODRIGUES


MORENO, ocupante de cargo da Cat.egoria Funcional de Técnico
Legis1ativc atribuiçao Operador de Máquinas, Padri'lo 30,
ponto n° 5.450. para exercer, a partir de 16 de agosto do
corrente ano, na Coordenaçao de Treinam8nco, do Centro de
E'ürmaçao, Tr"einamento e Aperfeiçoamento dos Servi dores da
Ci1ma.ca dos Deputados, a função co:nissionada de Chefe do
Serviço de Consultoria de Recrutamento e Seleçào, FC-06.
Código C210QC07. do Quadro de Pessoal da Càmard dos Deputaoos.
cciada pelo Ato da Mesa na 69, de 10 de julho de 1991.

CÃi'li\RA DOS JEPUTADOS, em 30 de agosto de 2001.


Agosto (10 2001 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Scxta-lcira31 41207

o PRESIDENTE DA CÂMARA DOS


DEPUTADOS, no uso das atribuições que lhe confere o

artigo l°, item l, alínea "a", do Ato da Mesa n° 205, de 28 de


junho de 1990,

RESOLVE designar por acesso, na forma do

artigo 13 da Resolução nO 21, de 1992, RICARDO LIMA DE AGUIAR,


ocupante de cargo da Categoria Funcional de Técnico
Legislativo - atribuição Adjunto Parlamentar, Padrão 30, ponto
n° 4.755, para exercer, a partir de 16 de agosto do corrente
ano, na Coordenação de Recrutamento e Seleção, do Centro de
Formação, Treinamento e Aperfeiçoamento dos Servidores da
Câmara dos Deputados, a função comissionada de Chefe da Seção
de Execução, FC-05, Código C2040287, do Quadro de Pessoal da
Câmara dos Deputados, c~iada pelo artigo 1° do Ato da Mesa nO
37, de 30 de maio de 2000.

CÂMARA DOS DEPUTADOS, em 30 de agosto de 2001.

i~_/~~----rO
Jão NEVES
/preSidente "
!
41208 Sexta-feira 31 DIÁRIO D/\ CÂMARA DOS In:I'UlADOS /\\.!,osto de 200 I

COMISSÕES Plenário número doze do Anexo 11, da Câmara dos


ATAS DAS COMISSÕES Deputados, reuniu-se, ordinariamente, a Comissão
Especial destinada a proferir parecer à Proposta de
COMISSÃO DE ECONOMIA,
Emenda a Constituição n° 277-A/2000, do Poder Exe-
INDÚSTRIA E COMÉRCIO
cutivo, que "altera os arts. 149 e 177 da Constituição
SUBCOMISSÃO PERMANENTE DE TURISMO Federal'. Compareceram os Senhores Deputados
Airton Dipp, Antônio do Valle, Basílio Villani, Candi-
51 8 LEGISLATURA - 38 SESSÃO LEGISLATIVA nho Mattos, Carlos Santana, Chico Sardelli, Eliseu
Ata da sexta reunião ordinária, realizada em Resende, Fernando Gabeira, Gervásio Silva, Joel de
29 de agosto de 2001 Hollanda, José Borba, Luiz Antonio Fleury, Miriam
Às dezesseis horas e quarenta minutos do dia vinte Reid, Pedro Eugênio e Waldemir Moka, titulares; Edi-
e nove de agosto do ano de dois mil e um. reuniu-se a nho Bez, Fernando Gonçalves, IIdefonço Cordeiro,
Subcomissão Permanente de Turismo, na sala da Presi- Olimpio Pires e Rodrigo Maia, suplentes. Comparece-
dência da Comissão de Economia, Indústria e Comér- ram ainda os Senhores Deputados Carlos Alberto
cio da Câmara dos Deputados. A lista de presença re- Rosado, Márcio Fortes e Fernando Zuppo. Deixaram
gistrou o comparecimento dos Deputados Alex Canzi- de comparecer os Senhores Deputados Airton Rove-
ani, Presidente: Paulo Octávio, Vice-Presidente; Chi-
da, Badu Picanço, Bispo Rodrigues, Clovis Volpi, Fer-
co Sardelli, Léo Alcântara, Mansa Serrano e Walde-
nando Diniz, Flávio Derzi, Haroldo Lima, Jaques
mir Moka. Estava presente o Senhor Hermantino
Dias, Presidente da Empresa li & O Eventos. O Presi- Wagner, José Carlos Coutinho, José Janene, José
dente declarou abertos os trabalhos e colocou em dis- Priante, Luciano Zica, Pedro Pedrossian, Ricardo Fiu-
cussão a ata da reunião anterior, dispensando sua lertura za, Roberto Jefferson, Vadão Gomes e Vittorio Medi-
por haver sido distribuída. Em votação, foi aprovada una- oli. O Senhor Deputado João Hermann Neto encami-
nimemente. Ordem do Dia: O Presidente comunicou a nhou justificativa de sua ausência nas reuniões dos
data acordada, dias vinte e um a vinte e três de novem- dias 19 e 20, por estar em missão oficial. Ata - Após
bro, para a realização do 111 CBRATUR em Maceió. Dan- declarar abertos os trabalhos, o Senhor Presidente,
do prosseguimento, passou a palavra ao convidado para Deputado Eliseu Resende, colocou em apreciação
suas explanações e apresentação de transparências so-
Ata da sexta reunião, cuja leitura foi dispensada por
bre seu projeto para o 111 Congresso Brasileiro da Ativida-
de Turística - CBRATUR. Durante a apresentação, foram solicitação do Senhor Deputado Carlos Santana, ten-
fertas indagações ao senhor Hermantino que, pronta- do em vista a distribuição antecipada de cópias aos
mente, as esclarecia. Ficou acertado que a Secretaria da Senhores membros da Comissão. Em discussão e
Subcomissão tiraria cópias do projeto a fim de que os de- votação, a Ata foi aprovada. Ordem do Dia - Audiên-
putados interessados, não presentes à reunião, t;vessem cia Pública com a presença do Sr. Henri Philippe Re-
acesso ao mesmo. Foram distribuídas, aos parlamenta- ichstul, Presidente da Petróleo Brasileiro S/A. O Se-
res presentes, cópias da Formatação do boletim informa- nhor Presidente teceu considerações sobre o assunto
tivo que a Subcomissão apresentará como novo veículo da proposição em estudo e informou as normas regi-
de informação para o setor turístico nacional. Encerra- mentais que norteariam os trabalhos. Em seguida,
mento: Nada mais havendo a tratar, ás dezessete horas
e quinze minutos, o Presidente encerrou os trabalhos. E concedeu a palavra ao expositor, que fez a explana-
para constar, eu, Malena Tavares Nunes, Secretária, la- ção com a ajuda de transparências. No período desti-
vrei a presente '\TA, que depois de lida e aprovada, será nado aos debates, o Senhor Deputado Eliseu Resen-
assinada pelo Presidente e encaminhada à publicação de solicitou ao Presidente da Petrobras a indicação
no Diário da Câmara dos Deputados. Deputado Alex de um técnico para auxiliar os trabalhos da Relataria,
Cantian 1, Presidente. sendo designado, de imediato, o Dr. Albano de Souza
Gonçalves, Diretor daquela entidade. Interpelaram o
COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR
expositor os Senhores Deputados Basílio Villani, Car-
PARECER À PROPOSTA DE EMENDA À
los Santana, Edinho Bez, Joel de Hollanda, Luiz Anto-
CONSTITUiÇÃO N° 277-AJ2000, DO PODER
nio Fleury, Miriam Reid, Gervásio Silva e Eliseu Re-
EXECUTIVO, QUE "ALTERA OS ARTS. 149 E 177
sende. Às quinze horas e vinte minutos, assumiu a
DA CONSTITUiÇÃO FEDERAL'. (COMBUSTíVEIS).
presidência o Deputado Carlos Santana, Segundo
Ata da 78 reunião, realizada em 19 de junho Vice-Presidente. Às dezesseis horas e cinqüenta e
de 2001 seis minutos, o Senhor Deputado Eliseu Resende re-
Aos dezenove dias do mês de junho de dois mil assumiu a condução dos trabalhos. Participaram, ain-
e um, às quatorze horas e quarenta e dois minutos, no da, dos debates os Senhores Albano de Souza Gon-
Agosto de 2001 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS SeXla-lCira 31 41209
çalves e Júlio César do Carmo Bueno, Diretores da Esclareço que a reunião está sendo gravada.
Petróleo Brasileiro SA O expositor, Dr. Henri Philippe Solicito aos Srs. Deputados que falem ao microfone,
Reichstul, convidou os membros da Comissão para declinando o seu nome.
participar de reunião, a ser realizada às dezessete Queremos agradecer ao Presidente da
horas, no Senado Federal, ocasião em que fará expo- PETROBRAS a presença. s.sa vai trazer esclareci-
sição sobre "A Contribuição da Petrobras à Crise mentos importantes a respeito PEC n° 277-A, que
Energética". Nada mais havendo a tratar, às dezesse- tem íntima relação com o programa governamental
is horas e quarenta e cinco minutos, o Senhor Presi- de flexibilização do monopólio do petróleo.
dente encerrou a reunião, convocando a próxima para A participação da PETROBRAS para esclareci-
o dia vinte de junho do corrente ano, às quatorze ho- mento dos nobres Deputados é de grande importân-
ras, no plenário cinco, do Anexo 11, destinada à au- cia. Entendemos que a sua exposição trará contribui-
diência pública, com os Srs. Roberto Macedo, Presi- ções e subsídios úteis à nossa decisão sobre a apro-
dente do Sindicato Nacional das Empresas Distribui- vação dessa PEC.
doras de Gás e Liqüefeito de Petróleo-SINDIGAS, Concedo a palavra ao Dr. Henri Philippe Reichstul.
João Pedro Gouveia Vieira Filho, Presidente do Sindi- O SR. HENRI PHILlPPE REICHSTUL - Boa tar-
cato Nacional das Empresas Distribuidoras de Com- de, Deputado Eliseu Resende, Presidente desta Co-
bustíveis e Lubrificantes - SINDICOM e Aldo Guarda, missão, Deputado Basílio Villani, Relator, SrêE e Srs.
Primeiro Vice-Presidente da Federação Nacional do Deputados, membros do Congresso. Em primeiro lu-
Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes - Fe- gar, quero dizer da satisfação, como representante da
combustiveis. E, para constar, eu, Edla Calheiros PETROBRAS, de vir à Câmara dos Deputados apre-
Bispo, Secretária, lavrei a presente Ata que, lida e sentar esclarecimentos e opiniões. Esta é a sétima,
aprovada, será assinada pelo Presidente e encami- oitava ou décima vez que comparecemos ao debate
nhada à publicação no Diário da Câmara dos Depu- nesta Casa, que representa os anseios da população
tados, juntamente com as notas taquigráficas. brasileira. É com o maior prazer que debatemos ques-
tões que dizem respeito à maior empresa do Brasil.
O SR. PRESIDENTE (Deputado Eliseu Resende) Trata-se de uma empresa pública, estatal, que per-
- Declaro abertos os trabalhos da presente reunião. tence a todos os brasileiros e que, portanto, deve
Tendo em vista a distribuição de cópias da ata prestar satisfações à sociedade brasileira. Nada me-
da 6 a reunião a todos os membros, indago sobre a ne- lhor do que o Congresso Nacional para isso.
cessidade de sua leitura. Quero fazer um apanhado geral da situação do
O SR. DEPUTADO CARLOS SANTANA - Sr. refino e da distribuição de produtos derivados de pe-
Presidente, solicito a dispensa da leitura da ata. tróleo por parte da PETROBRAS, para depois abor-
dar as questões que nos preocupam, pelo menos as
O SR. PRESIDENTE (Deputado Eliseu Resen-
que consideramos mais relevantes com relação à
de) - De acordo com o pleito do Deputado Carlos
PEC nO 277.
Santana, está dispensada a leitura da ata.
Antes de fazer esta apresentação, gostaria de
Em discussão. dizer que a PETROBRAS, desde 1997, a partir da
Não havendo quem queira discuti-Ia, passamos nova Lei do Petróleo e com o fim do monopólio, pas-
à votação. sou a desenvolver o projeto de uma grande corpora-
Os Deputados que a aprovam permaneçam ção, vencedora num mercado absolutamente compe-
como se encontram. (Pausa.) titivo, tanto no Brasil como no exterior. Sua valoriza-
ção, em dois anos, passou de 11 para 33 bilhões de
A ata está aprovada.
dólares. Praticamente triplicou-se o valor de bolsa da
A presente reunião destina-se à realização de companhia.
audiência pública com a presença do Dr. Henri Philip-
Sua produção é crescente. A PETROBRAS não
pe Reichstul, Presidente da Petróleo Brasileiro S.A. teme, de forma alguma, nenhum tipo de abertura de
Conforme norma regimental, o nobre expositor mercado no Brasil. Ela está favorável a essa abertura
terá o tempo de vinte minutos, prorrogáveis a juízo da e acha que só tem a ganhar nessa situação, pois isso
Comissão, não podendo ser aparteado. Logo após, só vai consolidar sua posição de empresa vencedora
teremos oportunidade para os debates. Os Deputa- num cenário competitivo. Ela tem todas as condições
dos que quiserem debater a matéria poderão inscre- para ganhar essa parada e já está ganhando. Na situ-
ver-se junto à Secretaria. ação que estamos vivendo hoje, ela tem mais ônus do
41210 S0xta-feira 31 DIÁRIO DA CÁMAI{A DOS DEPUTADOS Agosto d0 200!
que bônus. Todos os outros mercados já estão libera- milhão, 750 mil barris. Contudo, como houve uma parte
dos, só falta, de fato, o mercado de gasolina e diesel. para exportação de produto e de importação, os pro-
A PETROBRAS está aumentando sua atuação dutos que refinamos e disponibilizamos para o merca-
no âmbito internacional, onde é compet~iva. A empre- do interno chegou a 82% do mercado brasileiro.
sa tem tido desenvolvimento e capacitação tecnológi- Considerando o próximo quadro, que acompa-
ca e um aumento de produtividade brutal nos últimos nha a evolução da demanda brasileira, temos hoje um
anos, o que faz com que tenha todas as condições de mercado em torno de 1 milhão, 750 mil barris ou 1 mi-
competir em igualdade de condições ou até em me- lhão, 800 mil barris, no mercado de produtos no Bra-
lhores condições numa situação de mercado aberto. sil. A nossa estimativa é a de que até 2005 chegue-
Portanto, consideramos urgente esse mercado mos a um mercado em torno de 2 milhões, 150 mil
vir a ser totalmente aberto, para que a PETROBRAS barris, presumindo que a economia cresça 4% do ano
não seja acusada ou carregue o ônus de ser monopo- 2000 até o ano 2005. Esta é a idéia de qual mercado
lista no mercado de gasolina e diesel. Não temos ne- vamos enconlrar em 2005: 2 milhões, 150 mil barris.
nhum problema quanto a isso. Achamos que este ano vamos conseguir chegar à au-
Feita esta declaração da atual gestão da to-suficiência, Deputado.
PETROBRAS, quero apresentar alguns dados. Só para fazer um comentário à parte, pois o con-
O SR. PRESIDENTE (Deputado Eliseu Resen- sidero importante, achamos que nossa produção, que
de) - Pergunto aos Srs. Deputados se estão de posse hoje está em torno de 1 milhão, 400 mil barris, vai che-
dos dados. (Pausa.) Neste caso, V. sa está liberado gar a 1 milhão, 900 mil barris em 2005 e, com as 45
para dar seqüência à sua exposição. parcerias que assinamos com mais de 25 empresas
nacionais e estrangeiras, provavelmente em 2005 es-
O SR. HENRI PHILlPPE REICHSTUL - Quero
taremos produzindo 250 mil barris, chegando, portan-
registrar que também viemos a um congresso na
to, o País à auto-suficiência tão desejada.
Casa e trouxemos uma equipe da PETROBRAS, para
que pudesse complementar as informações necessá- Estamos saindo de um mercado de 1 milhão,
rias. 750 mil para um mercado de 2 milhões, 150 mil. O que
isso representa, do ponto de vista de importações de
Estão comigo o Sr. Albano de Souza Gonçalvez,
produtos? No ano passado produzimos 1 milhão, 270
Diretor da Área de Distribuição, Refino e Transporte
mil barris e tivemos que importar petróleo bruto, de
da PETROBRAS; a S~ Ticiana Jerreissati de Araújo,
preferência leve, para usar no mix da nossa refinaria.
Assessora de s.sa; o Sr. Carlos Alberto Martins de
Importamos em torno de 300 mil barris de petróleo
Souza, Diretor-Gerente e Superintendente da
bruto; chegamos a refinar 1 milhão, 570 mil barris de
PETROBRAS; o Sr. Júlio César do Carmo Bueno, Di-
petróleo bruto; esses 1 milhão, 570 mil barris viraram
retor da BR Distribuidora. S.S!!E podem responder com
produto; 150 mil barris de produtos foram exportados,
mais precisão a algumas perguntas.
basicamente óleo combustível que produzimos além
Na primeira parte, vou mostrar um pouco do po-
da nossa demanda, e disponibilizamos para o merca-
sicionamento das nossas refinarias. do 1 milhão, 470 mil barris. Portanto, tivemos que im-
(Apresentação de transparências.) portar de 280 a 300 mil barris de produto. Quando fa-
Temos onze refinarias no Brasil e duas na Bolí- lamos em abertura de mercado de produtos, estamos
via. Essas refinarias estão colocadas em cima do falando de 280 mil barris ou 300 mil barris de produto,
mercado brasileiro e têm uma capacidade nominal de no ano passado.
1 milhão, 824 mil barris por dia. Caso não se construa nenhuma nova refinaria
Para que os senhores tenham uma idéia, a de hoje até 2005, em função da demanda crescente
PETROBRAS hoje, entre as empresas de capital de produtos, estimamos que teremos um aumento da
aberto, é a quinta maior refinadora do mundo, tirando demanda de produtos de derivados de petróleo de
a PEMEX, PDV, a ARAN, empresas 100% públicas de 280 mil barris, em 2000, para algo em torno de 500 mil
Estados e Nações, depois da ExxonMobil, Shell, BP e barris. São mais ou menos três ou quatro refinarias
da Total Fina Elf. Ela vai passar para sexto lugar quan- novas, que poderiam ser construídas com uma esca-
do a Chevron e a Texaco tiverem homologado a sua la de 120 ou 130 mil barris, ou 2,5 refinarias novas
fusão, mas ela é hoje a quinta refinadora entre as com uma escala de 200 mil barris, para atender ao
companhias internacionais. mercado brasileiro. Ou seja, haverá falta de produto
Essa produção atendeu ao equivalente a 92% do de derivado de petróleo em 2005 caso nenhuma nova
mercado brasileiro no ano de 2000, um mercado de 1 refinaria seja construída: em torno de 500 mil barris
Agoslo de 20(J I DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Scxla-Icira 31 41211
de produto. Por outro lado, achamos que, nesse mes- blema que já existe relativo à tributação. Na verdade,
mo ano de 2005, chegaremos à auto-suficiência de isso pode ser o veículo dos problemas apontados
petróleo bruto, que seria a auto-suficiência na equa- pela PECo
ção global de petróleo, não na equação de produtos. O outro extremo é a vinda de produtos de altíssi-
Tenho certeza de que a PETROBRAS, que hoje ma qualidade. Essa é uma preocupação sadia - ao
já tem 98% do refino brasileiro, não tem condições, contrário da anterior, que não é tão sadia - e para a
por causa das regras de concorrência de um mercado qual estamos montando um plano de investimento, a
aberto, de ser a indutora, de chefiar, de liderar a cons- fim de elevar os produtos da PETROBRAS ao nível
trução de novas refinarias. Chegaria a uma participa- dos melhores produtos internacionais. A companhia
ção de mercado que é totalmente não recomendada já está lançando um programa de investimento para
por todos os padrões de concorrência, tanto com rela- acabar com essa preocupação, que considero saudá-
ção ao Mercado Comum Europeu, como à economia vel. Os investimentos que estamos programando até
internacional como um todo. 2005 são da ordem de 4,5 bilhões de dólares apenas
Por outro lado, sentimos nos investidores priva- na área do refino, num total de 30 bilhões de dólares.
dos, que teriam o interesse em investir em novas Onde vamos investir? Primeiro, como eu havia menci-
plantas de refino, uma incerteza quanto ao quadro re- onado, na qualidade do diesel e da gasolina, reduzin-
gulatório do mercado de gasolina e de diesel. Portan- do o nível de enxofre, aumentando a octanagem e ou-
to, na PETROBRAS, entendemos que, se se resolver tro tipo de qualidades ambientais. Na medida em que
de forma satisfatória a legislação referente à liberda- estamos aumentando nossa produção de petróleo - e
de de importação de gasolina e diesel, por incrível o nosso petróleo, principalmente na Bacia de Cam-
que pareça, essa abertura de mercado deixará as re- pos, é pesado -, vamos fazer um novo programa de
gras absolutamente claras e poderá trazer um incenti- conversão das nossas refinarias, para aumentar a ca-
vo a investimentos privados no refino no Brasil. O pró- pacidade de absorção de petróleo pesado nas nos-
prio custo de transporte desses produtos pode gerar sas estruturas de refino.
margens interessantes para que grupos invistam em Para os senhores terem uma idéia, a última refi-
novas unidades de refino no Brasil. Pode ser de uma naria construída pela PETROBRAS no Brasil entrou
certa forma paradoxal o fato de que a abertura da im- em funcionamento em 1981, a REVAP - nossa mais
portação, na verdade, vá gerar um quadro regulatório nova refinaria. A produção de petróleo na Bacia de
muito mais claro, que vai ser de mercado livre, e um Campos, em 1981, era mínima, ou seja, todas as refi-
quadro tributário também mais claro, que pode dar narias construídas no Brasil são para refinar petróleo
segurança e tranqüilidade para o investidor de refino. leve. Passaram por sucessivos rev ups de investi-
Quais são as fontes prováveis de produtos? Os mentos, para absorverem o petróleo mais pesado,
produtos virão do Caribe - há várias refinarias que que exige investimentos diferentes e adicionais. O pe-
abastecem o mercado europeu -, da Venezuela, da tróleo pesado tem um desconto sobre o preço do pe-
Argentina, da Europa, da Noruega e algum produto tróleo leve. Em função da nossa perspectiva de des-
do Oriente Médio e da índia, basicamente diesel. contos no mercado futuro entre leve e pesado e do
Existe a possibilidade de se trazer diesel e ga- preço corrente de petróleo, decidimos gerar um novo
solina para o mercado brasileiro, pois existem instala- ciclo de investimentos com rendimentos decrescen-
ções portuárias. Isso nos preocupa em dois sentidos: tes, não tão mais decrescentes em relação aos inves-
nos dois extremos da qualidade do produto que pode timentos anteriores de conversão, mas ainda valendo
vir, independentemente da questão fiscal, de possíve- a pena, para absorver mais petróleo nacional no nos-
is sonegações e irregularidades no mercado de distri- so sistema de refino. Finalmente, também vamos in-
buição de petróleo. crementar os padrões de automação, tão importantes
Estamo-nos preparando, de um lado, para fazer para a segurança operacional da companhia.
com que restrições ambientais não permitam a che- O total de investimentos é da ordem de 4,5 bi-
gada no Brasil de gasolina abaixo dos padrões mini- lhões de dólares, sendo que mais de um terço diz res-
mamente aceitáveis, segundo a legislação ambiental peito à qualidade da gasolina e do diesel, justamente
brasileira. Existe uma série de refinarias em países para enfrentar essa concorrência sadia que pode ad-
que não obedecem a esses padrões, que têm capaci- vir com a importação de produtos com melhor quali-
dade e podem trazer produtos de baíxíssima qualida- dade.
de, com preços claramente aviltados. O que pode, de- Esta é uma apresentação sobre a distribuição
pendendo da solução da PEC n° 277, agravar um pro- da receita da venda de um litro ou um metro cúbico de
41212 Sexta-fcira:1\ DIÁRIO DA CÂMARA \)OS DEPUTADOS Agosto de 200 I
gasolina do tipo A, no dia 1 de junho deste ano, gaso-
0
Na coluna da direita não há recolhimento de
lina que é vendida na bomba a 1 real e 50 centavos e PPE nem de PIS/COFINS, na medida em que sobre o
que hoje representa uma receita para a PETROBRAS produto importado não incide nenhum desses dois
de 63 centavos. Ou seja, essa diferença, que é quase impostos. E há um agravante. Como se trata de um
de 1 real, diz respeito à carga tributária, à margem de produto importado, o ICMS é calculado "por fora", ao
distribuição existente entre o preço de venda na refi- contrário de um produto produzido no Brasil, que é
naria e o preço de venda ao distribuidor. calculado "por dentro". Essa desigualdade entre qual-
Como os senhores podem ver, a parte laranja é quer produto fabricado no Brasil e o produto importa-
a PPE, a origem dessa PEC n° 277, que hoje está em do é compensada, em geral, através de um imposto
um valor muito reduzido. Ela é uma espécie de conta de importação, que tende a dar pelo menos eqüidade
de ajuste entre o preço do barril do petróleo - refletido ou alguma proteção. Nesse caso, teríamos uma situa-
no preço da PETROBRAS, que recebe pelo seu litro ção absolutamente desvantajosa em relação ao
de gasolina na refinaria, o preço internacional -, e o ICMS também - o ICMS calculado "por fora".
preço de venda, incluindo a cascata de impostos es- Qual é o objetivo central da PEC n° 277? Evitar
taduais e federais incidente sobre o produto. distorções de natureza tributária entre o produto inter-
Então, vale a pena mencionar dois tributos fede- no e o produto importado. O que a PEC n° 277 con-
rais, a PPE e o PIS/COFINS, o laranja e azul, e o ver- templa na sua proposta original? Contempla a inci-
de e o marrom são o ICMS da PETROBRAS e o ICMS dência de uma contribuição na produção e na impor-
recolhido através da substituição tributária. Os senho- tação que, teoricamente, viabilizaria a substituição da
res vêem que o ICMS, praticamente, quase chega ao PPE e daria essa isonomia procurada; faria incidir o
preço da receita da venda de um litro de gasolina re- PIS/COFINS também na importação, o que atende-
cebido pela PETROBRAS. Toda atividade de explora- ria, em princípio, à questão da isonomia entre o nacio-
ção, produção e refino de petróleo custa 63 centavos nal e o importado; estabeleceria - são duas propos-
para o consumidor brasileiro. Por outro lado, ele vai tas - uma alíquota específica ou ad valorem para
pagar praticamente 50 centavos - um pouco abaixo essa contribuição, que é a atual PPE, dando flexibili-
do que a PETROBRAS recebe em ICMS -, haja vista dade ao Governo no sentido de adotar a alíquota
que a receita de ICMS em cima da gasolina hoje re- mais apropriada. Também permitiria que essa alíquo-
presenta a principal fonte de receita de todos os Esta- ta fosse alterada, possibilitando uma política de pre-
dos da Federação. Como eles não amortizam, como a ços do Governo. E contempla a destinação de uma
PPE faz, o aumento do preço do petróleo lá fora, qual- parte ou do total dos recursos dessa contribuição,
quer aumento de preço de petróleo é repassado ime- permitindo os subsídios cruzados em alguns casos.
diatamente ao ICMS. Portanto, o ICMS tem, nessa Por exemplo, o GLP hoje é um produto que ainda tem
questão de abertura de mercado, uma importância algum tipo de subsídio. Existem alguns subsídios
tão grande ou até maior do que a da PPE. Queria re- para regiões remotas do Brasil que envolvem trans-
gistrar também esta questão, às vezes um pouco es- porte, por exemplo. Enfim, daria flexibilidade ao Go-
quecida. verno para estabelecer uma política de subsídios cru-
O que representaria uma abertura do mercado zados, atendendo a demandas regionais ou sociais.
de importação de gasolina e diesel na estrutura tribu- Infelizmente, do ponto de vista de chegar a essa iso-
tária e jurídica atual? É a coluna da direita, ou seja, nomia absoluta entre o nacional e o importado, a inici-
urna grande empresa, trabalhando dentro dos pa- ativa da PEC, do jeito que se apresenta, vai na dire-
drões de legalidade e atendendo a todos os requisitos ção, mas não atende plenamente o conceito de isono-
fiscais, tributários e legais, passaria a poder importar mia, o que nos preocupa.
um litro de gasolina e colocá-lo no mercado distribui- Apresentamos no próximo quadro algumas pre-
dor a mais ou menos 1 real e 10 centavos, 1 real e 5 ocupações. Comparamos a situação do produto im-
centavos. E a PETROBRAS seria obrigada a vender portado, utilizando a forma que existe hoje no projeto
esse mesmo produto a 1 real e 50 centavos, caracteri- da PEC, e as possibilidades que o importador poderia
zando claramente uma situação absolutamente desi- usar, em função de algumas imperfeições existentes
gual. Daí nossa enorme preocupação com a forma ou na falta de algumas alterações que trariam urna
como essa abertura será feita. Não queremos ne- desvantagem entre o produto nacional e o produto im-
nhum subsídio, apenas condições iguais de concor- portado. Obviamente, essa desvantagem se reduz
rência. A PETROBRAS acredita que é uma condição em relação ao quadro anterior, que é o atual, mas ain-
justa em relação ao consumidor brasileiro. da são consideráveis em um mercado onde as mar-
Agosto de 200l DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS SeXla-lcira 31 41213
gens são diminutas, muito baixas, o volume é que im- Ihança do cigarro e da bebida, em função do volume
porta. Portanto, mesmo essa aparente pequena dife- de tributação demonstrado, recebemos 63 centavos
rença pode trazer uma situação de absoluta desigual- por um litro de gasolina. A carga fiscal eleva o preço a
dade no mercado, principalmente em relação à 1 real e 50 centavos. A questão fiscal é até mais im-
PETROBRAS, que é a única produtora hoje, 98% do portante do ponto de vista da receita total, em relação
refino no mercado brasileiro. ao que a PETROBRAS recebe ao produzir, refinar e
Por que isso? A principal razão é que o distribuir esse produto.
PIS/COFINS, que deve ser definido por lei comple- Além dessa proposta de incidência monofásica
mentar, tem uma base de cálculo diferente. Deveria da contribuição do PIS/COFINS e do ICMS, também
ter uma incidência "por dentro" e não "por fora"; não entendemos que precisaria haver uma alíquota espe-
está contemplado hoje na PECo E o ICMS também cífica da contribuição da CIDE e do ICMS. Isso evita-
está sendo calculado "por fora", não contemplado na ria a subvaloração do produto no caso da importação,
PEC também. Ou seja, para que houvesse uma iso- principalmente da gasolina, que pode vir do Leste Eu·
nomia tributária, uma perfeita equivalência entre o na- ropeu com qualidade ambiental a pior possível. Outra
cional e o importado, seriam necessárias algumas al- contribuição dessa alíquota específica é absorver,
terações: basicamente trazer o PIS/COFINS para um funcionar com um colchão em relação ao preço final
cálculo "por dentro". Em segundo lugar, trazer o ICMS do produto, em função das variações do preço do pe-
também para um cálculo "por dentro". tróleo. Como os senhores sabem, é ex1remamente cí-
Isso diz respeito a questões de isonomia tributá- clico. Já tivemos, nos últimos dois anos, petróleo sen-
ria. Há outras questões que nos preocupam tremen- do vendido a 10 e 30 dólares o barril. Vários países
damente, como a confiabilidade dessa tributação e o europeus montaram impostos específicos que ten-
controle que as várias instâncias de Poder Público dem a funcionar com um colchão amortecedor entre
têm sobre a cobrança desses impostos. Existe uma as variações do preço do petróleo e o preço final ao
série de imperfeições e algumas desigualdades no consumidor.
tratamento do ICMS, principalmente em relação ao Estamos apresentando três tabelas. A primeira é
Estado "a" ou "b", o que pode gerar uma distorção e do Reino Unido e mostra o imposto específico, que é a
uma guerra fiscal enorme. Essa guerra fiscal pode parte azul deste gráfico e funciona como um amorte-
prejudicar a PETROBRAS, além de prejudicar outros cedor. Ou seja, a variação do preço da gasolina no Rei-
Estados. Pode ter um efeito muito grave sobre a no Unido, no primeiro semestre de 2000, subiu 37%;
PETROBRAS. no segundo, caiu 18%. Com a adição do imposto espe-
Em relação a essas questões, não de isonomia cífico, que não é ad vaiarem, mas é um valor determi-
tributária, que já mencionei, de aperfeiçoamento da nado, essa variação de preço na subida foi de 12,4%
capacidade de tributação que os Estados e a União ao consumidor e na descida foi em torno de 6%.
têm sobre o produto gasolina e diesel, estamos tra- O próximo quadro é o da França. Houve uma va-
zendo uma proposta de incidência monofásica, tanto riação de preço de produto sem tributação de 35%
da CIDE, que é a atual PPE, como do PIS/COFINS, para cima e 22% para baixo, e se transforma, com o
como ICMS. Incidiria no produtor, no refinador, na pe- imposto específico, em 10% de aumento, no primeiro
troquímica, produzindo esse produto, no produtor de semestre, e 11 % de redução no segundo semestre.
gasolina natural no Brasil ou no importador. Isso difi- Tende a atenuar as amplificações nas pontas, diga-
cultaria a sonegação, reduziria o número de etapas mos assim, dos efeitos de variação de preço do pro-
na cadeia de contribuintes, facilitaria a arrecadação, duto petróleo.A Itália também tem um movimento se-
reduzindo o número de contribuintes, encerraria uma melhante, através de um imposto específico que ate-
discussão judicial sobre a validade do imposto, o que nua essas variações.
é muito importante. Portanto, entendemos que, além das vantagens
Por esse produto ter uma carga fiscal muito ele- do imposto específico em relação à qualidade da ar-
vada, à semelhança do que ocorre com o cigarro e recadação tributária e à possibilidade de evitar o sub-
com a bebida, há um enorme incentivo para se procu- faturamento, também tem o efeito amortecedor, que
rar brechas fiscais, legítimas ou não, que fazem com pode ser ex1remamente útil em um produto com uma
que valha a pena investir em transporte interestadual volatilidade tão conhecida.
de produtos, mesmo que não haja a menor necessi- Existe também uma proposta da PETROBRAS
dade desse transporte, fazer com que esses produtos em relação a essa PEC n° 277, sobre a isonomia de
sejam exportados ou reimportados. Enfim, à seme- tratamento de ICMS desses produtos dentro do Bra-
41214 Sexta-feira]1 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS AgllSll) de 2001
sil. Propor uma carga tributária única de ICMS com o O SR. HENRI PHILlPPE REICHSTUL - Pode
fim da imunidade interestadual, deixando muito claro ser o Diretor Albano de Souza Gonçalves.
que a arrecadação é para o Estado de consumo e O SR. PRESIDENTE (Deputado Eliseu Resen-
mantendo a arrecadação do ICMS no produtor ou no de) - Diretor Albano de Souza Gonçalves. A nossa
importador. Isso evitaria fraudes ou operações inte- idéia é ter um grupo que estará trabalhando, assesso-
restaduais fictícias, visando a uma alíquota mais be- rando o nosso Relator, Deputado Basílio Villani, para
néfica à operação. que possamos examinar, com mais profundidade, a
Para os senhores terem uma idéia, o diesel tem extensão dessa PEC, para contemplar não apenas o
tributação de 12 a 18% de ICMS, dependendo do tributo que está sendo criado, a Contribuição de Inter-
Estado; a gasolina de 25 a 30%; o QAV também vari- venção do Domínio Econõmico - CIDE, mas sermos
ou, trazendo movimentações absolutamente desne- um pouco mais abrangentes na tributação geral sobre
cessárias e um ônus para a sociedade também abso- combustíveis, particularmente o ICMS e o
lutamente desnecessário, incentivando uma guerra PIS/COFINS, para que alcancemos essa isonomia e
fiscal que, em um cenário de abertura e de competiti- eliminemos qualquer favorecimento de preço com re-
vidade, traria um enorme prejuízo para a lação à origem do produto produzido no Brasil ou im-
PETROBRAS, que não se beneficiaria com esse tipo portado.
de movimento. Vamos iniciar a fase dos debates. Primeiramen-
Finalmente, gostaria de trazer duas contribui- te, passo a palavra ao nobre Relator, Deputado Basí-
ções adicionais, uma para a redação da PEC. Ela pro- lio Villani.
põe a isenção da contribuição e dos impostos no caso O SR. DEPUTADO BASíLIO VILLANI- Sr. Pre-
da exportação desses produtos. É só uma alteração sidente; Dr. Henri Philippe Reichstul, nosso convida-
na redação, na medida em que uma parte da exporta- do e palestrante; Srs. Diretores da PETROBRAS, que
ção da PETROBRAS é através da BR Distribuidora. acompanho; Srs. Deputados, Sr. Presidente, confes-
Portanto, venderia esses produtos à BR Distribuidora so que cada dia vamos clareando as nossas mentes,
para posterior exportação. Estamos propondo uma al- vendo o quanto essa PEC n° 277 é importante para o
teração na redação, caracterizando receitas oriundas País e que vai dar uma movimentação muito grande.
de bens ou serviços destinados ao exterior, e não O SR. PRESIDENTE (Deputado Eliseu Resen-
apenas exportações. de) - Peço permissão, nobre Deputado, para fazer
Finalmente, temos uma proposição em relação uma interrupção.
ao destino de parte dos recursos da PEC n° 277. Que O SR. DEPUTADO BASíLIO VILLANI - Pois
parte desses recursos fossem destinados ao financi- não.
amento de programas de melhoria de qualidade de O SR. PRESIDENTE (Deputado Eliseu Resen-
combustíveis, que são hoje requeridos pela legisla- de) - O Presidente da Mesa está sendo convocado
ção ambiental; voltassem para o consumidor, através para comparecer à Comissão Especial da Agência
de pesquisas, de programas, que visassem a uma Nacional de Aviação Civil, que fica ao lado. Solicito ao
melhoria na qualidade do combustível, tanto no senti- nobre Deputado Carlos Santana, Vice-Presidente
do de potência e qualidade de octanagem desses desta Comissão, que assuma o meu lugar temporari-
produtos quanto na questão ambiental. amente.
Essas foram as contribuições que a o SR. DEPUTADO EDINHO BEZ - Solicitamos
PETROBRAS põde trazer a esta Comissão em rela- ao Presidente Deputado Carlos Santana que desli-
ção a PEC n° 277, e agradeço a atenção desta Mesa gue o microfone.
e dos Srs. Deputados. O SR. DEPUTADO BASíLIO VILLANI- Como
O SR. PRESIDENTE (Deputado Eliseu Resende) estava dizendo, Sr. Presidente, trata-se de um assun-
- Entendemos que foi muito útil a exposição do Presi- to bastante complexo. A cada palestra que temos
dente da PETROBRAS. Gostaria de informar que esse aqui, vemos as dificuldades que teremos pela frente.
material ficará na Comissão de posse do nosso nobre Essa é a grande preocupação. Antes de mais nada,
Relator. Gostaria também que o Presidente da temos um compromisso com o País e com esta Co-
PETROBRAS nos deixasse a indicação de um técni- missão, independentemente de cor partidária. Isso
co ou assessor seu, para que pudesse ficar à disposi- tem que estar pronto no dia 1° de janeiro de 2002. Ha-
ção do nosso Relator para um debate específico des- verá recesso no mês de julho, e essa é uma preocu-
sas proposições. pação. Tornamos conhecimento das propostas apre-
Agosto de 20tll DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 31 41215
sentadas e precisamos da colaboração dos técnicos Agradeço a participação à PETROBRAS.
da PETROBRAS no que se refere a esse assunto, O SR. PRESIDENTE (Deputado Carlos Santa-
porque essa PEC diz muito respeito ao trabalho da na) - Concedo a palavra ao nobre Deputado Edinho
Comissão da Reforma Tributária, que nunca andou Bez.
nesta Casa. Tenho a impressão de que a PEC nO 277
O SR. DEPUTADO EDINHO BEZ - Sr. Presi-
vai puxar a Comissão da Reforma Tributária, porque dente, Sr. Relator, desejo fazer um cumprimento e
há necessidade de acompanhá-Ia e revê-Ia. Até tenho
agradecimento especial ao Presidente da
entrado em contato com aquelas pessoas que enten- PETROBRAS.
dem do assunto, porque grande parte dos membros
Fiz este convite por duas razões. Primeiro, pela
desta Comissão não é de técnicos tributários. Procu-
importância da PETROBRAS para o País, a respeito
rei até mesmo o grande tributarista desta Casa, o no-
de um assunto de suma importância, discutido neste
bre Deputado Mussa Demes, para pedir a S.Exa , in-
momento nesta Casa, o que me deixou à vontade
clusive, que tivesse uma participação efetiva nesta
para fazer o convite ao Presidente da PETROBRAS,
Comissão. A nossa intenção é a de que, tão logo pos-
principalmente pelo fato de s.sa nunca se ter furtado
samos terminar - acredito que até o final deste mês
a comparecer a esta Casa.
terminaremos as audiências públicas -, efetuemos o
trabalho. Pediríamos a todos os membros que partici- Eu diria que isso deve servir de exemplo para
param junto com os nossos competentes técnicos tantos outros convidados, porque alguns levam vinte
desta Casa e desta Comissão e que têm conhecimen- dias, um mês, dois meses, para que aqui compare-
to muito profundo sobre o assunto que desenvolves- çam, e o Presidente da PETROBRAS, Sr. Henri Philip-
sem e fizessem um relatório com a participação de to- pe Reichstul, sempre colocou-se à nossa disposição.
dos. Talvez seja um trabalho inédito nesta Casa, um Quero fazer esse registro nesta Comissão, haja
trabalho com uma sala de aula, onde haja um quadro, vista que, inúmeras vezes, o Presidente esteve aqui
para discutirmos o assunto durante um ou dois dias, e com seus assessores para prestar esclarecimentos,
sair dessa reunião com um modelo pronto, com a par- colocando-se à disposição deste Parlamento. Repito
ticipação de todos. Todos, até agora, Dr. Henri Philip- meu agradecimento especial.
pe Reichstul, têm trazido contribuições de extrema Mas quero relembrar - e o faço de propósito - a
importância. capacidade de refino da PETROBRAS.
Nossa intenção é a de terminar o quanto antes Vou reler o seguinte: "a PETROBRAS controla
esse trabalho, porque ele tem de sair da Comissão, ir onze refinarias no Brasil, com capacidade de 1.824
ao plenário, ser votado em dois turnos na Câmara dos barris pordia. A PETROBRAS é a quinta maior refina-
Deputados, depois ser remetido ao Senado Federal e dora entre a companhias internacionais. A produção
ser votado lá em dois turnos, para que possamos apli- da refinaria da PETROBRAS atendeu 92% do merca-
car isso no dia 2 de janeiro de 2002. Essa é a nossa do brasileiro no ano de 2000".
preocupação. Tais dados são de suma importância para que
De antemão, agradeço ao nobre Deputado Edi- as pessoas, se possível todos os brasileiros, tomem
nho Bez a feliz idéia que teve de convidar V.Sa. para conhecimento da importância desse patrimônio brasi-
participar desta reunião. Agradeço-lhe as explicações leiro. Por isso V.Sa. foi convidado a vir aqui.
e estamos inteiramente à sua disposição. Esse as- Complementando, ainda, os investimentos pre-
sunto mexe muito com a PETROBRAS, está voltado vistos, a PETROBRAS investirá 4,3 bilhões de dóla-
para aquela empresa. Foi por isso que o nosso Presi- res, no período de 2001 a 2005, para aumentar a qua-
dente solicitou a colaboração de técnicos da lidade do diesel e da gasolina, ampliando a conven-
PETROBRAS, no sentido de que possamos, em con- ção de produtos pesados em produtos de maior valor,
junto com os demais técnicos que aqui estiveram incrementando a automação para padrões internacio-
apresentando sugestões, fazer um modelo ideal para nais, aumentando a capacidade de refino. Se hoje
o País. nossa produção para o mercado brasileiro é de 92%,
Sr. Presidente, não tenho perguntas a fazer. Tal- com esses investimentos, no mínimo, vamos manter
vez, quando efetuarmos essas reuniões com os técni- esse ranking, que é importante para o Brasil.
cos, teremos algumas dúvidas que surjam aqui, mas Tenho participado de diversos debates e pales-
não é o caso de fazê-lo nesta audiência. Não seria o tras, até na qualidade de Relator da Comissão do Sis-
caso de ocupar o tempo tão precioso do palestrante, tema Financeiro Nacional, e esse assunto vem à
Dr. Henri Philippe Reichstul. tona, muitas vezes, principalmente quando estamos
41216 Sexta-feira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2()() I

capengas, ro que tange à reforma tributária nesta bustível, há muita evasão de impostos. Há muita so-
Casa, tendo em vista a dúvida, que é uma incógnita, negação. O Governo do Estado de Pernambuco mes-
se o Poder Executivo vai arrecadar mais ou menos mo fez um grande esforço, através do Secretário da
com a reforma tributária. A preocupação do Governo Fazenda, e conseguiu em boa parte eliminar essa
obviamente inibe o avanço desta Comissão. questão. Mas, em relação ao álcool, persiste ainda
Sr. Presidente, quero fazer esse registro apenas uma preocupação muito grande com relação à sone-
para dizer que tomei a iniciativa de convidar o Presi- gação.
dente da PETROBRAS para esta reunião porque Indagaria de V. sa como é que vê a desoneração
também não deixa de ser uma oportunidade para a dos impostos sobre o álcool, de tal forma a só cobrar
empresa vir aqui e falar da importância desta institui- esses impostos da mistura do álcool e da gasolina,
ção, quando muitos brasileiros a desconhecem. mistura esta que hoje é aprovada. A idéia talvez seria
Não farei nenhuma pergunta, porque tudo o que simplificar a cadeia produtiva do álcool, de forma a
foi dito na sua palestra foi gravado e, com certeza, evitar essa sonegação.
contribuirá, em muito, para o trabalho desta Comis- Por último, indagaria de V. sa quais são as pers-
são e, em especial, para o nosso relatório. pectivas de adotarmos em nosso País - se V. sa tem
Em nome da Comissão, agradeço a V. sa por ter informações - os motores bicombustíveis, ou seja,
comparecido a esta reunião e pela presteza, caracte- aqueles motores que passam a possuir uma célula,
rística de V.S a , dos demais membros da Diretoria e como já existem nos Estados Unidos, para que o car-
dos técnicos. Sempre que eu e a Comissão de Minas ro pudesse ser abastecido simultaneamente por ga-
e Energia, da qual também sou membro, solicitamos solina ou álcool, em diferentes misturas. A nossa pre-
o comparecimento de V.S!!J., somos atendidos com ocupação é que o Programa Nacional do Álcool, que
muita presteza. tanta contribuição deu ao nosso País em termos de
Na qualidade de representante do povo brasilei- divisas, geração de emprego, contribuição para a me-
ro, afirmo que V.S!!J. estão prestando grande serviço à lhoria do meio ambiente, vem sendo ameaçado pelo
Nação. sucateamento da frota, sobretudo dos veículos a ál-
O SR. PRESIDENTE (Deputado Carlos Santa- cool. A cada ano diminui o número de veículos abas-
na) - Concedo a palavra ao nobre Deputado Joel de tecidos com o álcool e, conseqüentemente, o merca-
Hollanda. do para o álcool está ficando cada vez mais reduzido.
O SR. DEPUTADO JOEL DE HOLLANDA - Sr. Se já tivéssemos a possibilidade de usar veículos de
Presidente da Comissão, Sr. Presidente e Diretores da combustíveis que pudessem ser abastecidos, tanto
PETROBRAS que o acompanham, Srs. Parlamentares, por álcool quanto por uma mistura de gasolina e álco-
inicialmente, indagaria ao Sr. Presidente da ol, poderíamos, talvez, criar um mercado para esse
PETROBRAS como S.Sa. vê o projeto, no meu Estado produto, que é de tecnologia nacional e que o Brasil,
de Pernambuco, sobre a construção de uma refinaria entre os cem maiores produtores do mundo, ocupa o
de petróleo em Porto de Suape. Vimos que, pelas infor- primeiro lugar, com o menor custo mundial da produ-
mações que V. sa nos prestou, há espaço para ampliar ção desse produto.
as atuais refinarias já existentes no Brasil e também São as três indagações que faço a V. sa, como
para novas plantas industriais. Em função do compor- início do nosso debate.
tamento do mercado, como V. sa avalia a oportunidade O SR. PRESIDENTE (Deputado Carlos Santa-
ou não de Pernambuco, de empresas, de empresários na) - Vou aproveitar para fazer uma indagação, já que
pernambucanos procurarem ainda associações, inclu- o nobre Deputado Joel de Hollanda é o último Parla-
sive com parceiros internacionais, para tentar viabilizar mentar inscrito. Acho que, pelos debates que foram
uma planta de refinaria no Estado de Pernambuco, de feitos e que se produzem nesta Comissão, os dados
forma a aumentar a capacidade de refino em nosso que nos foram entregues são a partir de experiências
País? que estamos tendo. Acho importante compararmos o
A segunda indagação é sobre o álcool. V. sa quadro com o dos outros países em termos do impos-
chamou a atenção sobre a necessidade de reivindicar to que existe, da flexibilidade dessa questão.
as alíquotas do ICMS e dos demais impostos que inci- Essa PEC tem um aspecto importante: entrar-
dem sobre a gasolina. Sabemos que é por aí que exis- mos, hoje, realmente em todo o processo da não-so-
te uma grande evasão de impostos em nosso País. negação, fato que verificamos e estamos acompa-
Apesar de todo o esforço da Agência Nacional de Pe- nhando paulatinamente em vários Estados. Ao mes-
tróleo, das Secretarias Estaduais, no setor de com- mo tempo, uma questão de educação nossa, no sen-
Agosto de 2001 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-ll:ira 31 41217
tido da importação. Fatos não são ditos para a socie- o refino do petróleo pesado que continuamos a produ-
dade, e a PETROBRAS acaba pagando muito mais, zir, graças a Deus, e vamos produzir mais ainda. A
no final, do que qualquer produto importado interna- PETROBRAS empresarialmente tem interesse que
mente. Onde essa situação esbarra? O problema está haja um projeto de refino privado no Brasil e está dis-
no destino que vamos dar ao dinheiro. Quero deixar posta a mostrar esse interesse através de uma parti-
bem claro, está aqui a última frase do último parágra- cipação minoritária não operacional, condicionada à
fo: "incentivo à produção de produtos menos poluen- transformação do petróleo da PETROBRAS, o óleo
tes, visando à melhoria da qualidade do ar nos cen- bruto pesado.
tros urbanos". Ninguém é contra isso, mas temos que A situação no Nordeste claramente dará um dé-
aproveitar esse momento, porque existe uma grande ficit em 2005 de quanto, Albano?
crise na .área de transporte, tanto. de carga ~omo de O SR. ALBANO DE SOUZA GONÇALVES _
passageiros. Sou do Estado do RIo de Janeiro, onde Deve ter em torno de 200 250 mil barris de déficit.
b~rramente estão tent~ndo .fazer rodízio, como em O SR. HENRI PHILI~PE REICHSTUL _ A partir
Sao Paulo. . Temos que Investir em transporte de mas- d' de 2005 , tenamos,
" d os 500 ml'1 d e d e"f"t
ICI ,em torno de
sa e qualidade.
_ .Vamos aprofundar
_ bastante essa IS- 250'1 N d t 'b'l't
ml no or es e, o que pOSSI II ana . a const -
ruçao
cussao no sentido da proteçao, de termos a mesma d d f" li h' t d f
.. Q' - h " d' e uas re Inanas. emos con eClmen o e que 0-
Isonomia com produtos. uanto a ISSO nao avera 1- b d d d' . t d C " t d
- . b Ih E" ram a or a os OIS prOJe os, um o eara e ou ro e
vergenclas, vamos ter que tra a ar. extremamente P b Od C . t ". d d
. I d d f' I d ' emam uco. o eara es a mais avança o e o e
Importante termos c areza o pro uto ma esse Im- P b " . . . . t V" t ...
. . d I d' d emam uco e mais Inclplen e. anos po enClalS m-
posto, onde vamos aplica-lo, on e e e po era aten er t"d . d 'f t d' d r
melhor a sociedade. ves I ores pnva os manl es aram eseJo e ~na Isar,
. . .. estudar, consultar a PETROBRAS, se ela sena parce-
Esta mUito nltldo que,. no ~u.n~o, est,amos f~zen- ira. Temos dito que sim, condicionando a absorção do
do uma pequena reforma tnbutana Junto a questao da nosso Petróleo' nós teríamos interesse em incentivar
PEC n° 277. . .. o projeto de retino e dele participar. Estamos aguar-
a companheiro Gabelra gostana de fazer algu- dando coisas mais concretas em relação a isso.
ma intervenção?(Pa~sa.). A definição da PEC 277-A e as condições de
. Deputa~o Marclo Fortes gostana de fazer algu- mercado no Brasil são uma precondição para uma to-
ma mtervençao? (Pausa.) mada de definição de um grupo privado. É muito difícil
. Com a palavra o Presidente Henri Philippe Re- um grande investidor investir. Estamos falando de
Ichstul. custo de investimento de refino num projeto zero, que
O SR. HENRI PHILlPPE REICHSTUL - Vou tra- é em torno de 12 mil dólares o barril; estou falando de
tar do refino e dos motores e pedir ao Diretor da BR uma refinaria de 100 mil barris nova, de 1 bilhão e 200
Distribuidora para comentar a questão do álcool e da milhões de dólares, sem ter clareza de que preço ele
unificação das alíquotas de ICMS. Ele é um mistura- vai poder vender esse produto. A PETROBRAS, sen-
dor, no bom sentido. do uma empresa pública, não tem essa incerteza e
Como pode ser visto numa das tabelas apresen- isso já resulta de um histórico. Portanto, vejo como de
tadas, em função do plano de investimentos da fundamental importância a solução da questão da im-
PETROBRAS na área de refino, em 2005, claramente portação de gasolina, uma definição clara do que
haverá um déficit de produtos no mercado brasileiro será o mercado, com uma precondição para grupos
da ordem de 500 mil barris de petróleo/produto. Isso interessados. Nossas sensações foram bater um pou-
possibilita a construção de duas a três refinarias que co na questão regulatória. E falaram: "Olha, vamos
levam no mínimo quatro ou cinco anos entre o projeto, esperar um pouco." Estava para definir em 1° de janei-
licença ambiental e construção. Daí a importância de ro de 2000. Não se definiu e agora está para ser defi-
termos uma clareza por parte dos investidores de nido em 10 de janeiro de 2001, com graves riscos,
quais são as regras do jogo no mercado de derivados como disse o Relator de que isso possa não aconte-
no Brasil. A PETROBRAS já tem hoje 98% do refino e, cer. Será prejudicial ao consumidor, à indústria brasi-
portanto, não vai liderar um projeto novo de refino. A leira e à PETROBRAS. Nós hoje recebemos com a
OCDE limita como meta 40% de participação das em- PETROBRAS preços internacionais. Não temos
presas de gás, por exemplo, no processo de desregu- medo da concorrência, contanto que haja condições
lamentação de seus mercados. Seria muito temerário de igualdade de competição. Isso envolve tanto a con-
a PETROBRAS empresarialmente liderar um projeto tribuição quanto o ICMS, que é tão ou mais importan-
novo de refino. Entretanto, ela tem um problema que é te que a questão da contribuição. Não tenho dúvidas
41218 Sexta-feira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEI'UTi\DOS Agoslll de 2001
quanto a isso. Portanto, estamos plenamente prontos, célula de hidrogênio e obviamente o álcool é uma
já temos estratégias comerciais para nos adaptar a possibilidade nesta questão.
isso e não ficarmos com a pecha de sermos monopo- Espero que rapidamente os programas tenham
listas da importação de gasolina. Isso não nos traz ne- tempo para adquirir massa específica. Estamos alo-
nhuma vantagem, somente ônus. cando técnicos, pesquisadores, os recursos estão lá.
Portanto, com relação à refinaria de Pernambu- Os programas já foram definidos; levará um certo
co, é uma questão de identificar grupos de fato inte- tempo para que essa massa crítica comece a apre-
ressados numa atividade. sentar resultados. Estamos começando a nos inscre-
Com relação à questão de motores e do álcool, ver nos vários fóruns ambientais de discussão deste
a PETROBRAS, depois da verdadeira, posso dizer, tipo. Queremos liderar essa discussão como empre-
revolução - se o Gabeira me permite, em todos os sa. Logo teremos boas notícias neste sentido.
sentidos - ambiental, um conceito de segurança ope- Se o Presidente da Mesa permite, quero pedir
racional em meio ambiente, depois, principalmente ao Diretor Júlio César do Carmo Bueno que responda
do acidente na Baía de Guanabara. A empresa está sobre a unificação da incidência de ICMS no álcool.
fazendo um investimento de mais de 1 bilhão de dóla- O SR. JÚLIO CÉSAR DO CARMO BUENO -
res na área ambiental, quer liderar a discussão no Boa tarde.
Brasil como empresa, não como órgão público, de to- A questão do álcool tem de ser dividida em
das as discussões da fronteira da questão ambiental, duas. Primeiro, o álcool anidro, que é o misturado à
da questão do aquecimento, da questão das energias gasolina. Neste caso, a tributação é feita na gasolina,
renováveis. Nós, a partir deste ano, alocaremos 50 e não vemos nenhum problema, a não ser um que de-
milhões de reais todos os anos, até 2005, num pro- pois mencionarei. Mas regra geral, do ponto de vista
grama de energia renovável. Estamos instalando um da tributação, não há nenhuma questão a ser coloca-
programa de energia eólica no Rio Grande do Norte da. A questão que se põe é a do álcool hidratado,
para pesquisar, aprender, entender. Estamos desen- aquele que se utiliza nos carros como combustíveis.
volvendo vários programas de energia solar também, Vou solicitar alguns dados para mostrar como é
montando um anel de competência dentro da compa- importante essa questão. No Estado de São Paulo, a
nhia, usando o centro de pesquisas, para fazer vários nossa estimativa é de que cerca de 40% do álcool hi-
projetos com respeito à célula de hidrogênio, mencio- dratado, hoje comercializado em São Paulo, venha de
nada pelo Deputado Joel de Hollanda. origem desconhecída. Há uma evidência disso. A SR,
Claramente, nesta crise de energia elétrica que há cerca de dois anos, vendia em torno de 80 a 120
estamos vivendo, a energia renovável volta também à mil metros cúbicos por mês e hoje vende 30 mil me-
discussão. O sol é uma das maiores e melhores ener- tros cúbicos por mês. Todas as outras grandes distri-
gias renováveis que temos, segundo o Deputado Ga- buidoras do SINDICOM têm essa mesma trajetória e
beira. Portanto, a forma de utilizar o sol é através do não é uma posição específica da BR. Sugerimos nes-
plantio de biomassa, basicamente da cana. ta questão a solução clássica - um comércio que te-
O Brasil fez um enorme esforço no passado, não nha uma taxação muito elevada e uma grande
só os usineiros mas toda a sociedade, através de in- sonegação -: baixarmos as alíquotas. Diria que essa
centivos e de um programa de álcool extremamente seria a primeira medida. Por exemplo, no Estado de
bem-sucedido. Seria uma terrível pena e um desper- São Paulo, há uma conta do SINDICOM que, se a alí-
dício social para o País, justamente no momento em quota do álcool hidratado for baixada para 12%,
que esse típo de energia está sendo discutido nos pa- ter-se-ia a mesma receita, ou um pouco maior. Enfim,
íses de ponta, nos Estados Unidos, por exemplo, que isso aumentaria a base tributária.
perdêssemos o pé, tendo avançado tanto nesta ques- Há mais um dado importante: a estimativa do
tão. Apesar de ser um produto concorrente ao nosso, SINDICOM é de que cerca de 1 bilhão de reais por
não acreditamos que, segurando um concorrente, va- ano é perdido em sonegação do álcool hidratado.
mos ganhar. Temos que ser os melhores e esta tem A primeira questão que me parece evidente é que
sido a nossa norma. Não estamos segurando nada. se deveria reduzir a tributação do álcool hidratado.
Pelo contrário. Só vamos ganhar músculo, competên- A segunda questão que também é evidente:
cia, continuidade e sucesso a longo prazo, quando LIma maior fiscalização. Às vezes fico, como cidadão e
conseguirmos apresentar melhores soluções para contribuinte, imaginando por que não se tem uma fis-
nossos clientes: a sociedade brasileira. Portanto, co- calização rígida nesta questão do álcool. Há uma
meçamos um programa forte de pesquisa na área de questão que, na verdade, é um subitem. Provavel-
Agosto dll 200 I DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS SIlXla-l~ira 31 41219
mente, a melhor coisa neste momento seria acabar mos o risco de mais uma vez colocarmos a tranca de-
com a substituição tributária das distribuidoras no pois da porta arrombada.
caso do álcool hidratado, para dar responsabilidade Era o que queria dizer.
ao posto de gasolina, submetido a uma fiscalização:
O SR. HENRI PHILlPPE REICHSTUL - Apenas
ele teria de demonstrar que teria comprado de uma
para dizer que faço minhas as preocupações do De-
fonte legal.
putado Luiz Antonio Fleury. No início da exposição,
Com relação ao álcool anidro - fiquei de menci- ressaltei os dois tipos de preocupação com relação à
onar o problema -, ele é tributado apenas através da qualidade na abertura do mercado. Era uma preocu-
gasolina, volta e meia o mercado verifica que se adici- pação não sadia a vinda de uma gasolina de baixíssi-
ona água ao álcool, ou seja, se vende álcool anidro ma qualidade, sobretudo, ambientalmente falando.
como hidratado. Essa é uma informação importante. Há excesso de capacidade, principalmente de gasoli-
Enfim, esse é o resumo do quadro de sugestões na do leste europeu, de baixíssima qualidade, o que
que eu teria com relação ao álcool anidro: reduzir a tri- desmonta todo um trabalho histórico que tem sido de
butação e acabar com a substituição tributária das melhoria da qualidade da gasolina brasileira, que re-
distribuidoras no caso do álcool hidratado. presentou investimentos da PETROBRAS e benefíci-
O SR. PRESIDENTE (Deputado Eliseu Resen- os ao cidadão brasileiro.
de) - Pergunto aos Parlamentares se pretendem fa- Temos de tomar cuidado para que isso não seja
zer uso da palavra. (Pausa.) jogado fora, pois passou por um amadurecimento das
I
Com a palavra o Deputado Luiz Antonio Fleury. autoridades ambientais, das ONGs, da indústria auto-
O SR. DEPUTADO LUIZ ANTONIO FLEURY - mobilística brasileira, que vem acompanhando o pro-
Sr. Presidente, aproveito a presença do Henri Philippe cesso. É um trabalho, um esforço conjunto da indús-
Reichstul, Presidente da PETROBRAS, para fazer tria automobilística, instalada no Brasil, da
uma observação que me parece fundamental. Esta- PETROBRAS, na medida em que é a maior refinado-
mos tratando de uma questão muito importante, para ra, das autoridades ambientais, das ONGs. Tudo
que possamos assegurar a igualdade de condições pode ser jogado rapidamente no lixo, se não tomar-
entre a PETROBRAS e os competidores estrangei- mos cuidado.
ros. Refiro-me à proposta de emenda constitucional A outra preocupação, que é sadia, é a vinda de
de que estamos tratando. uma gasolina de excelente qualidade. Estamos inves-
No entanto, há outra questão que me preocupa: tindo para que o produto importado seja de excelente
a falta da definição do mínimo da qualidade dos com- qualidade.
bustíveis ou dos derivados de petróleo que entrarão O SR. PRESIDENTE (Deputado Eliseu Resen-
no Brasil a partir do próximo ano. Entendo que, embo- de) - Com a palavra a Deputada Miriam Reid.
ra isso seja função da Agência Nacional de Petróleo,
A SRA. DEPUTADA MIRIAM REID - Manifesto
a PETROBRAS poderia dar uma grande contribuição
a mesma preocupação do Deputado Luiz Antonio
a esta Casa se trouxesse os elementos técnicos ne-
Fleury.
cessários para que pudéssemos definir a qualidade
da gasolina e de outros derivados de petróleo, que se- Quando se prepara uma legislação, sem a ga-
rão importados a partir do ano que vem. O objetivo se- rantia de uma qualidade no nível da nossa, estamos
ria não corrermos o risco de receber aqui a gasolina na verdade colocando em risco os preços do nosso
que não é aceita em outros pa íses do mundo, como já produto, porque na medida em que se garante uma
aconteceu com pneus e uma série de outras importa- qualidade tem-se um investimento maior.
ções que acabaram sendo feitas. Como esta Comis- Se o lixo do mundo vier para cá, estaremos privi-
são está tratando de forma direta de assegurar que a legiando esses fornecedores, que, onde não têm
PETROBRAS tenha condições de competição atra- mercado, estarão tentando utilizar-se de um mecanis-
vés do estabelecimento da contribuição que vai subs- mo. Como legisladores, precisamos ter competência
tituir a PPE, entendo que não podemos perder essa de preparar medidas fiscalizadoras, porque depois
oportunidade. que houver a invasão do mercado será difícil modifi-
Sugiro a V.Ex.!!!! que possamos obter esses da- car o quadro. Ou preparamos agora critérios bem rígi-
dos técnicos da PETROBRAS, a fim de discutirmos, dos, rigorosos e uma forma de evitar que tal situação
no momento oportuno, com a ANP, qual o combustí- comece a acontecer, ou ficará incontrolável exigir boa
vel que queremos aqui importado, para não correr- qualidade para nossa gasolina.
41220 Sexta-feira 31 D[;\RIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS AgoSh\ de 20() [
Outra questão é com relação à tributação. Foi pa. É necessário que, simultaneamente à abertura do
dito que não haverá alteração nesse aspecto. mercado, haja uma legislação adequada, que dê iso-
Gostaria de dizer aos colegas Deputados que nomia tributária e igualdade de condições tanto ao
apresentei uma emenda relativa a esta questão. Atu- produto nacional quanto ao importado. E ao mesmo
almente, a tributação é toda no refino. Nós, Estados tempo que haja uma fiscalização rigorosa da entrada
produtores, não temos tributação na produção do pe- desses produtos, com uma limitação dos pontos onde
tróleo. Apresentamos uma emenda, que teve um am- poderão entrar, do tipo de documentação, das condi-
plo apoiamento, no sentido de que haja eqüidade, jus- ções de transporte e de chegada desses produtos.
tiça com os Estados produtores e tributação na fonte, O Deputado Gabeira não está aqui, mas é a
sem alterar, para a PETROBRAS, os valores. Seria questão do casco duplo, cuidados, segurança opera-
uma distribuição mais justa. cional e ambiental dos transportadores desses produ-
Atualmente, o que temos? O Estado do Rio de tos. É fundamental para dar igualdade de competição.
Janeiro, por exemplo, produz 1 milhão de barris de pe- Existe uma série de navios não fretados pela
tróleo. São Paulo tributa 750 mil barris e o Estado do PETROBRAS ou pelas empresas de primeira linha,
Rio apenas 250 mil, porque é o que comportam as mas que existem no mercado. Existem navios com tri-
nossas refinarias. Portanto, gostaria de ouvir a opi- pulações trabalhando em condições subumanas,
nião do Presidente da PETROBRAS sobre essas condições ambientais as piores possíveis, que têm
duas questões. um histórico de vazamentos enormes pelo mundo
Mais uma questão: a recente situação em que a afora e que podem vir a ser utilizados para trazer pro-
imagem da PETROBRAS está sendo exposta. A cada dutos ao Brasil, agravando mais ainda a baixa quali-
fim de semana, as manchetes dos jornais têm noticia· dade dos produtos que possam vir a trazer.
do acidentes com petróleo. Tivemos dois nas platafor- A SRA. DEPUTADA MIRIAM REID - Só uma
mas, com uma paralisação de doze a treze delas em sugestão. Seria interessante estudar uma forma de o
dois fins de semana. Tivemos mais dois acidentes em consumidor saber qual é a gasolina nacional e a im-
São Paulo que agitaram a opinião pública nacional. portada? Dessa forma, a população poderia optar.
Um atingiu um bairro elegante de São Paulo, com as O SR. HENRI PHllIPPE REICHSTUl - Seria
piscinas cheias de petróleo; agora, um bairro popular muito difícil, Deputada, porque a gasolina é um produ-
com 2 mil pessoas, tendo que alterar o seu fim de se- to homogêneo, ou seja, define-se um padrão de quali-
mana, sua vida. dade para o produto importado ou o nacional, é a
Penso, Sr. Presidente, que é preciso uma inves- mesma análise química, um produto é igual ao outro.
tigação mais rigorosa, porque a impunidade vem se Tenho mais preocupação em relação aos mecanis-
perpetuando. Na minha opinião, é preciso que haja mos de fiscalização na entrada dessa importação,
uma ação contundente e eficaz, no sentido não só de tanto relacionados com transporte, como com a quali-
esclarecer as causas dos acidentes, que ainda não fi- dade do produto e quanto à eqüidade tributária. É
caram esclarecidas, como também de punir os res- possível fazer? Sim. Há países que são só importado-
ponsáveis pelos prejuízos causados à imagem da res, como os países da Europa. Exceto a Noruega e a
PETROBRAS e também à Nação. Inglaterra, que não são produtores, ou seja, importam
Gostaria de ouvir a opinião de V. sa, as providên- todos os produtos, ou o petróleo bruto ou o produto.
cias que foram tomadas nesse sentido e também em A incidência fiscal na Europa é muito mais grave
relação ao mecanismo de controle da qualidade da do que no Brasil. Um litro de gasolina que hoje é ven-
gasolina, a fim de evitar que ela traga à Nação mais dido a R$1 ,60, na Inglaterra é vendido a R$3,OO. No
prejuízos em vez de benefícios. entanto, a refinaria da Shell, na Inglaterra, vende o li-
Gostaria que V. sa também se manifestasse a tro da gasolina a mais ou menos o mesmo preço da
respeito da tributação na produção do petróleo. PETROBRAS.
O SR. PRESIDENTE (Deputado Eliseu Resen- Esses países conseguem montar esquemas de
de) - Com a palavra o Presidente da PETROBRAS. internação desses produtos. Hoje, é em torno de
O SR. HENRI PHILlPPE REICHSTUl - Com R$3,OO o litro de gasolina na Inglaterra, na França; na
relação à qualidade, penso que fiz observações na Itália, talvez um pouco menos, R$2,60 ou R$2,aO. A
minha palestra, temos uma preocupação muito gran- carga fiscal é enorme. Na apresentação que fiz, a
de. Na medida em que representamos 98% da produ- PETROBRAS recebe por litro de gasolina 63 centa-
ção de produtos de petróleo no Brasil, estaremos dis- vos. Provavelmente a Shell também deve estar rece-
postos, de fato, a essa concorrência. Isso nos preocu- bendo 63 centavos na Inglaterra, na Franca ou em al-
Agosto de 200 I DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexla-lcira 31 4122 I
guma refinaria européia. Vender esse produto a 2,60, Hoje mostro com muito orgulho que temos nove
a carga fiscal é mais do que três vezes o preço origi- centros. Cada um deles tem de 2 mil a 3 mil metros
nai do produto. Há uma enorme possibilidade de so- quadrados de galpão construído, com equipamentos,
negação. No entanto, é possível montar um esquema bombas, barreiras, bóias, material absorvente, veícu-
de fiscalização que funcione. los, barcos. Cada um deles tem material equivalente
Não temos um estoque tão bom, vide as mistu- ao que foi necessário importar no acidente da Baía de
ras de produtos vendidos nos nossos postos. Mas Guanabara há um ano e meio.
penso que tem de haver um esforço adicional enorme Há um ano e meio, não tínhamos um Centro de
nessa questão; vale a pena fazer. Esse produto tem Defesa Ambiental. Devíamos ter no Rio de Janeiro
uma base fiscal fundamental para os Estados e a seis, sete quilômetros de barreira. Hoje, só no CDA do
União; tem essa característica, como o cigarro e a be- Rio, devemos ter mais de 20 ou 25 quilômetros de
bida, e portanto um aparelho fiscal deve ser montado. barreira e pessoal trabalhando, de prontidão, 24 ho-
ras por dia. Hoje temos nove desses centros instala-
Com relação à tributação na fonte, a própria De-
dos, funcionando.
putada mencionou ser uma questão que não afeta a
PETROBRAS, mas a redistribuição. Tem que haver É difícil passar essa informação, porque a co-
uma discussão do CONFAZ e dos Estados. Como a municação privilegia os defeitos e não as correções,
PETROBRAS tem atuação em todos os Estados, pre- mas nove centros estão funcionando 24 horas por dia
fere ficar fora dessa confusão, porque tem outros atualmente.
grandes problemas para tratar. O PEGASO está em curso. Os acidentes foram
mencionados, inclusive o de Tamboré. Há uma Co-
Finalmente, com relação à imagem da
missão Mista Estado e PETROBRAS que vai investi-
PETROBRAS, penso que a Deputada - que é da re-
gar se o desenho estava correto ou não. Mas qualquer
gião de Macaé, Campos, norte fluminense ,região
que seja a responsabilidade específica do segundo
onde a PETROBRAS atua - tem acompanhado, as-
acidente, o importante é que os dois dutos foram des-
sim como vários Deputados presentes, o trabalho da
ligados automaticamente peJo novo Sistema Escada,
PETROBRAS, no sentido de chegar no estado da
que está sendo introduzido em todos os 12 mil, 14 mil
arte na segurança operacional e no meio ambiente.
quilômetros de duto que a PETROBRAS tem.
São vinte, trinta anos de atraso que precisam ser re-
Nos dois acidentes do Paraná e da Baía de Gua-
cuperados e não se consegue isso de uma hora para
nabara, o petróleo foi fluindo durante duas horas e no
outra.
do Rio de Janeiro foram quatro horas. Por quê? Por-
Tenho dito e afirmado que a empresa tem hoje que não havia equipamento suficiente. Desses dois,
mais de 10 bilhões de reais em caixa; tem 2 bilhões e com o esquema de prontidão, uma hora depois do
meio de reais alocados para a questão ambiental; tem acidente de Tamboré, já tinha uma barreira no Rio Ti-
um programa que está em curso, o PEGASO, que foi etê, num córrego que passava por Tamboré que po-
reforçado recentemente por várias outras iniciativas, deria vir a chegar óleo lá; as barreiras já estavam
o Centro de Defesa Ambiental, um programa mais sis- montadas. Conseguimos evacuar 2 mil famílias, inde-
têmico de segurança, que vai fazer com que chegue- pendentemente da responsabilidade de quem era o
mos, a partir de 2003, nessa excelência que procura- problema, e as colocamos em hotéis, escolas, onde
mos. Infelizmente, não vamos conseguir chegar lá an- foi possível. O grau de prontidão que a empresa tem
tes de 2003. hoje - isso posso falar de boca cheia - é totalmente
Montamos mecanismos de suporte, de defesa, diferente do que existia há um ano e meio.
redes de proteção até 2003, na forma, por exemplo, Mas a excelência ambiental só vamos conseguir
dos Centros de Defesa Ambiental. Hoje existem nove em 2003. Vamos conviver, em alguns momentos, com
Centros de Defesa Ambiental funcionando em todo o acidentes. Temos que estar com a prontidão máxima.
Brasil. Seis foram inaugurados. Não consegui inaugu- Existem recursos, equipamentos, prontidão. Existe
rar os nove por problemas de agenda, mas o nosso um trabalho de revisão de tudo. Agora estamos revi-
compromisso era de ter os nove centros funcionando sando todo o processo de terceirização, que pode ser
e desde 10 de janeiro de 2001 estão funcionando. O um efeito indireto. Estamos terceirizando corretamen-
último que inaugurei foi em Manaus. A Deputada este- te ou não? Não somos contra a terceirização. Alguns
ve no de Macaé, o Deputado Luiz Antonio Fleury, no sindicatos o são por princípio, mas não temos a posi-
de São Paulo, alguns Deputados estiveram presentes ção de ser contra por princípio. Queremos fazer uma
em algumas dessas inaugurações. terceirização correta, nem mais, nem menos. Esta-
41222 Sexta-feira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2 (lI) I
mos revendo, não há tabu quanto a isso. Pode ser que PETROBRAS, porque hoje já é notada a ação imedia-
estejamos terceirizando demais e voltaremos atrás ta desta empresa, quando ocorre algum problema, al-
onde houve erro. Estamos terceirizando de menos, gum acidente e o esclarecimento que vem sendo
vamos terceirizar mais. Tenho dito: são todos brasilei- dado à opinião pública.
ros, registrados, pagando seus impostos, são iguais Na verdade, entendemos perfeitamente que
aos funcionários da PETROBRAS. Precisam ser trei- não é possível resgatar o que não foi feito em vinte,
nados igualmente também. trinta anos em um ano, mas hoje é notado pela opi-
Permita-me, Sr. Presidente, se esse assunto nião pública o que já foi feito e o que vem sendo fe~o.
foge um pouco do específico da 277-A, mas, corno a Quero, portanto, cumprimentar o Presidente da em-
PETROBRAS pertence a nós todos, e essa é uma presa. Nos dois últimos episódios em São Paulo, a
preocupação que a Deputada manifestou sobre a ação imediata, inclusive com sua presença horas
imagem, é uma preocupação geral. A quantidade de após a ocorrência do acidente, mostra a preocupação
iniciativas já tomadas, em vários estágios, umas pron- da PETROBRAS. Acidentes vão ocorrer, mas enten-
tas, outras em maturação, nessa área de segurança do que hoje a empresa vem dando resposta satisfató-
operacional e meio ambiente é enorme. ria à opinião pública.
Recentemente, contratamos a Prize Waterhou- É preocupante quando o Diretor Júlio Bueno diz
se para auditar a gestão do nosso programa ambien- que em São Paulo 40% do álcool hidratado é de ori-
tai, não o programa em si, mas como eu, os diretores, gem desconhecida, mas foi dito que de 110 mil me-
os superintendentes estão gerindo esse programa, tros cúbicos, a BR comercializa de 30 a 40 mil. Por-
estamos nos adequando às metas que estabelece- tanto, realmente, cerca de 70% do produto apresenta
mos. sonegação, vem de forma ilegal.
A Resolução n° 265, do CONAMA, que era a au- Então, Sr. Presidente, Deputado Eliseu Resende,
ditoria de todas as instalações da PETROBRAS, já já que estamos tratando de matéria tributária, seria in-
está terminada e, na próxima reunião, vamos entre- teressante também equacionar o problema na PEC
gar isso. Estamos com a certificação ISO 14000, BS 277. Hoje o que acontece em São Paulo é um retrato
8.800, em todas as unidades da PETROBRAS, e tam- do que acontece no Brasil com relação à comercializa-
bém estão no prazo. Vamos estar com o sistema de ção do álcool hidratado. Também existem problemas
automação em todos os nossos dutos principais até o na comercialização do álcool anidro, como sabemos,
final de 2001. Estamos contratando a nova unidade mas é mais acentuado na comercialização do álcool
de resfriamento da REDUC, parando de utilizar no fu- hidratado.
turo a água da Baía de Guanabara, cortando, portan- No meu Estado, Santa Catarina, por exemplo,
to, o canal que ligava a REDUC à Baía de Guanabara. 23% da arrecadação de ICMS do Estado é provenien-
É um investimento de 177 milhões de reais que está te do setor de combustíveis e derivados. É grande a
em curso. Está tudo em curso, Deputada. Se pudés- importância e o peso dessa arrecadação tanto na re-
semos assinar o cheque desse 1 bilhão de dólares, ceita dos Estados como na da própria União.
de chegar a essa excelência, se pudesse ser ama- Amanhã haverá audiência pública com as pre-
nhã, o dinheiro estaria disponível. Temos autoriza- senças do Sr. João Pedro Gouveia Vieira Filho, Presi-
ções necessárias, temos dinheiro em caixa, sabemos dente do SINDCOM; do Presidente da
quais são os projetos. Não há nenhum impedimento. FECOMBUSTíVEIS, Gil Siuffo; e eu entendo, Sr. Pre-
Não há Fundo Monetário Internacional que nos impe- sidente, que temos de correr para não chegarmos a
de. Nosso Conselho de Administração não nos impe- janeiro sem uma legislação que respalde a abertura
de. Estamos fazendo isso já, mas infelizmente leva do mercado. Minha preocupação, assim como a do
tempo. É difícil, porque tem um outro acidente, nossa Deputado Fleury e a dos que me antecederam, é
imagem sofre, mas temos de fazer o que tem de ser equacionar a questão tributária. Agora, a qualidade
feito. Não dá para escapar de fazer o que precisa ser do produto é muito preocupante, porque o mercado
feito. de combustíveis é altamente dinâmico e qualquer de-
a SR. PRESIDENTE (Deputado Eliseu Resen- sequilíbrio em preço desarruma o mercado. É o que
de) - Com a palavra o Deputado Gervásio Silva. estamos vivendo na questão do álcool. É impossível
a SR. DEPUTADO GERVÁSia SILVA - Sr. Pre- termos hoje em São Paulo o álcool em torno de 70
sidente Deputado Eliseu Resende, Presidente da centavos o litro na bomba do posto de gasolina.
PETROBRAS, Dr. Júlio César do Carmo Bueno, da Estava dizendo ao Diretor Júlio Bueno que pre-
BR, quero inicialmente cumprimentar o Presidente da cisamos nos preocupar também com a segurança
Agosto de 2001 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-Ieira 31 41223
ambiental nos postos revendedores. Hoje, nos postos cambial e não me parece que esse seja o papel da
revendedores do País, há equipamentos, tanques de empresa.
combustíveis com trinta, quarenta anos de uso, que O SR. HENRI PHILlPPE REICHSTUL - Eu que-
podem, de uma hora para outra, causar uma tragédia. ro aproveitar a oportunidade para convidá-los também
Também preocupa-me muito a forma de arma- para a próxima reunião, a realizar-se às 17 horas, da
zenamento dos combustíveis importados. Como re- Comissão Mista de Energia, da Câmara e do Senado,
ceber isso? As empresas estão preparadas? Há as da qual participarei para falar sobre a contribuição da
bases necessárias para receber esse combustível PETROBRAS na crise energética brasileira.
com segurança, com a preocupação que requer o Na questão do gás chegou-se a uma solução
meio ambiente? que acho bastante razoável para as térmicas de ener-
gia, a PETROBRAS e a equação da oferta de gás no
Era essa minha contribuição e, mais uma vez,
Brasil.
Presidente, meus cumprimentos pela ação da empre-
sa, diretoria e superintendentes da Petróleo Brasileiro O Brasil não é um grande produtor de gás, que
nos momentos em que têm ocorrido os acidentes. está concentrado nos Andes. O gás que produzimos é
associado ao petróleo. Existe um gasoduto construí-
O SR. PRESIDENTE (Deputado Eliseu Resen- do, Brasil-Bolívia, com capacidade de 30 milhões de
de) - Entendo que não poderíamos deixar passar a metros cúbicos. Com relação à compra de gás na Bo-
presença do Presidente da PETROBRAS. Fica uma lívia, outro país dolarizado, com o projeto de constru-
indagação do próprio Presidente da Mesa para uma ção do gasoduto, deve-se lembrar que o transporte
explicação rápida a respeito da contribuição que a chega a custar duas vezes mais do que a produção
PETROBRAS vem dando à questão da crise de ener- do gás, ao contrário do petróleo, cujo custo de trans-
gia elétrica brasileira, particularmente do gás natural, porte é de um a dois dólares o barril, que pode chegar
que alimentaria o programa de usinas térmicas no a 30 dólares. Quando o barril de petróleo estava a 10
Brasil. Já discutimos, inclusive, a conveniência de se dólares, a cesta de combustíveis que baseava o pre-
estender ou não essa destinação dos recursos da ço de gás comprado da Bolívia chegou a 90 centavos
contribuição de intervenção no domínio econômico, o milhão de BTUs, e tivemos de adicionar 1,50 dólar
no que diz respeito a pagamento de subsídios a deri- de custo de transporte.
vados de petróleo. Seria o caso de se estender tam- Então, o gás chegava a 2,40, o preço mais baixo
bém ao gás natural, porque há entendimento de que que compramos na Bolívia. Quase não compramos
esse problema das termelétricas não deslanchou por nada porque o gás vai ser comprado futuramente.
questão da internação do preço do gás importado, Portanto, o custo de transporte é fundamental em se
que é fixado em dólar, estabelecendo-se o mesmo tratando de gás natural. É mais importante do que o
tipo de problema dos derivados de petróleo. Qual teria custo de produção.
sido então a participação da PETROBRAS para a so-
Na medida em que o gasoduto foi feito através
lução do suprimento do insumo gás natural na instala-
de um projeto internacional, todos os contratos são
ção das térmicas brasileiras? É possível estender
dolarizados, os 2 bilhões de dólares de investimento
essa mesma solução ao agente privado? Ou seja, se
do próprio gasoduto. Então, qual a questão das térmi-
o investidor privado quiser participar da construção cas? Como um investidor em térmica vai comprar um
de térmicas à base de gás no Brasil, independente- produto, no caso o gás natural, em dólar, e vender
mente da PETROBRAS, qual o mecanismo adequa- energia elétrica em reais com reajustes anuais?
do para a questão cambial?
No limite, chegou-se à conclusão, as autorida-
O 5R. DEPUTADO LUIZ ANTONIO FLEURY- des do setor elétrico, o Governo e o Ministério da Fa-
Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem, apenas zenda, de que haveria a possibilidade, sem ferir a lei
para aproveitar a pergunta, que é exatamente na linha de criação do real, de reajuste anual da tarifa de ener-
que V. Ex" questiona. gia elétrica da térmica, a chamada VN, correspon-
Também gostaria de saber a opinião do Presi- dente não apenas à variação cambial, por causa da
dente da PETROBRAS sobre se a contribuição ser cesta de combustíveis que representa a formação de
estendida ao gás natural, inclusive é uma sugestão preços do gás boliviano, que fosse corrigido.
que apresentei como emenda à PEC que estamos A questão que passou a ser apresentada pelos
discutindo. Então, gostaria de saber se seria essa a investidores em térmica é: se houver algum problema
solução, já que o noticiário veicula a informação de cambial, uma grande alteração de preço de petróleo
que a PETROBRAS é que vai arcar com a variação ao longo do ano?
41224 Sexla-lCira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Ag,)stu de 200 I
Naquela época, há um ano e meio, decidimos conta financiada pela PETROBRAS com juros, amor-
correr o risco da variação da cesta de óleos, definindo tizados nos próximos doze meses. Ou seja, a
um preço fixo por vinte anos - 2,475 por milhão de PETROBRAS não tem nenhuma perda econômica,
BTUs -, e absorveríamos as variações cíclicas da ela é neutra do ponto de vista econômico, possui um
cesta de combustíveis. Em função do que imagina- processo de financiamento por 12 meses, que recu-
mos, haveria expansão do gasoduto e o transporte peramos nos 12 meses seguintes. Se por acaso hou-
adicional por planos de escala, já que o investimento ver urna valorização do real, pagamos nessa conta
inicial tinha sido feito, o que baratearia o transporte de também o SELlC. Recebemos SELlC e pagamos
tudo e recuperaríamos isso ao longo do tempo. SELlC.
Também como incentivo ao consumo de gás, O SR. PRESIDENTE (Deputado Eliseu
que representa de 2% a 3% da matriz energética bra- Resende) - Isso é entendido corno viável ou atrativo
sileira - não há uma cultura de consumo de gás no também pelo investidor privado?
País -, definimos ano passado que bancaríamos um O SR. HENRI PHILlPPE REICHSTUL - Com
preço fixo de vinte anos, que era de 2,475 e hoje é de que o investidor privado está preocupado? Em repas-
2,58, porque é reajustado pela inflação americana. sar esse aumento para o VN da térmica. A qualidade
Os investidores perguntaram o que aconteceria, de crédito desses investidores privados não precisa
porque ainda existia uma desvalorização intra-ano. de um financiamento da PETROBRAS, a Enron, EI
Na verdade, havia duas incertezas do ponto de vista Passo, Mario e Bene, Iber-Dolar, todas têm acesso ao
dos investidores: uma, a questão do que aconteceria crédito e não precisam desse financiamento. Acho
no intra-ano, no intradoze meses; e outra, mais grave que 90% do benefício dessa portaria garantem que,
que tudo, até que ponto a ANEEL permitiria o repasse passados os 12 meses, o VN será reajustado exata-
integral dessas variações de custo, passados os 12 mente de acordo com o aumento do preço do gás.
meses do VN, coisas sobre o que não havia clareza Essa incerteza era muito mais importante do que a
por parte da ANEEL. necessidade de financiamento de um gás pelo qual
Entre as várias soluções que apresentamos, a todos irão pagar SELlC. Portanto, o investidor de tér-
que finalmente foi adotada foi no sentido de que ban- mica está procurando isso.
caríamos, financeira e não economicamente, qual- O concorrente no fornecimento de gás da
quer variação cambial intra-ano. Ou seja, pegaríamos PETROBRAS, que não é necessariamente o mesmo
o preço do gás de 2,58 por milhão de BTU, em dólar, - pode ser o mesmo, pode ser um investidor de térmi-
assinaríamos um contrato com uma distribuidora, não ca ou qualquer outro -, também poderá trazer gás tér-
concentrando todos os contratos no dia 10 de janeiro, mico a esse preço, a portaria não é exclusiva da
mas ao longo do ano. Assim, garantiria um preço no- PETROBRAS, e terá de financiar essa diferença, mas
minal fixo em reais por 12 meses para essa térmica e irá recuperá-Ia mais à frente. Não é um mecanismo
iria pagando o gás boliviano em função da cesta e do que gera subsídio no preço do gás. Creio que a tarifa
câmbio. da termelétrica reflete a dificuldade de se obter o pro-
Se saio de um preço de câmbio de R$2,40, pos- duto, que é o gás natural importado, portanto, reflete
so até ter uma situação de valorização do câmbio, em corretamente esse preço.
vez de sua desvalorização, ao longo de 12 meses. Estamos falando em colocar mais 10 mil megas
Mas digamos que haja uma desvalorização do real num sistema que, em 2004, chegará a 100 mil megas:
nesse proCE" :>so, ou que o petróleo suba de preço - Itaipu terá 11 mil megas dolarizados, mais 10 mil me-
este é um risco de mercado que assumimos; não o gas de térmica dolarizados, onde 20% do seu sistema
estamos repassando para o final do ano -, tudo que elétrico serão baseados no dólar e 80% em reais. É
estivermos pagando a mais da Bolívia por conta des- perfeitamente possível nos colchões, até chegar ao
sa desvalorização cambial entra numa conta gráfica consumidor final, ...
onde aplicamos o SELlC diário, ou seja, existe uma O SR. PRESIDENTE (Deputado Eliseu
taxa de juros alocada a esse financiamento da Resende) - Fazer um mixo
PETROBRAS, semelhante à remuneração do caixa O SR. HENRI PHILlPPE REICHSTUL - ... fazer
da PETROBRAS no mercado financeiro. o mixo Por exemplo, no caso de térmica, na medida
Passados esses 12 meses, o preço do gás é re- em que o gás representa 50% do custo do VN, 20%
ajustado, principalmente o VN, de acordo com o novo de variação no preço do gás representa 1% de varia-
preço de gás, ao câmbio de 12 meses depois, mais ção na tarifa de energia elétrica no País. Perfeitamen-
um reajuste no preço do gás correspondente a essa te suportável. É um mecanismo de mercado; não há
Agosto (I\: 200 I DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS S~xta-f~ira 31 41225
necessidade de subsídio. É uma forma de usar esses direito de comprar aquela energia naquele preço, mas
recursos nas áreas social e ambiental. Creio que essa o privado, que fez a térmica, não quer vender a cin-
questão está resolvida. qüenta, mas vender no MAE a trezentos. Essa a sen-
A questão é se o investidor em térmica tem PPA sação que tivemos.
ou não, se corre o risco de fazer a térmica sem ter a Portanto, resistimos fortemente nos 30 milhões
venda, se vai para o MAE, que tem um preço spot de metros cúbicos. Acima de trinta, há livre concor-
muito alto. Será que esse preço spot será mantido? rência para quem conseguir trazer o gás mais barato.
Será que vai conseguir vender essa energia no MAE? Genuinamente, somos favoráveis a isso, estamos nos
Será que esse mercado vai permanecer livre durante posicionando nesse sentido. Achamos que ser o úni-
dois, três anos, ou vai buscar um PPA que garanta co fornecedor de um produto no País é o pior negócio.
dez anos? Os distribuidores irão ou não dar PPA? Se Já aprendemos com o petróleo, e também estamos
não, a ELETROBRÁS vai fazê-lo? Essas as dúvidas aprendendo com o gás. Toda vez em que reclamamos
de um investidor térmico. de algo pensamos que a PETROBRAS é monopolis-
Somos um grande investidor térmico, achamos ta, que está vendo apenas seus interesses etc. Onde
ser um bom negócio. É uma forma de agendar liqui- há dez, não é a PETROBRAS, mas os dez. Cada um
dez ao nosso gás, ou seja, a energia elétrica tem mais ouve a opinião, que nem na audiência pública de
liquidez que o gás, é mais fácil de vender. Transformar amanhã, onde ouviremos a opinião de um terceiro,
uma empresa de energia é uma convergência que um quarto e um quinto, e aí a PETROBRAS estará
existe nas empresas de petróleo por causa dessa li- mais protegida, mais robusta, com mais músculo para
gação gás-petróleo, produção de petróleo e gás, gás ser vencedora num mercado aberto.
natural e energia elétrica e térmica. O SR. PRESIDENTE (Deputado Eliseu Resen-
O SR. PRESIDENTE (Deputado Eliseu de) - Esperamos com ansiedade o Presidente da
Resende) - Sr. Henri, finalmente, uma discussão que PETROBRAS, cuja exposição foi extremamente con-
talvez seja interessante refere-se a uma questão que tributiva e esclarecedora, elucidando os membros da
sempre surge: o caso do investidor privado, do livre Comissão.
acesso e da neutralidade do sistema de transporte. O
Sr. Henri, vamos usar o Dr. Albano, indicado por
sistema de gasoduto é hoje de propriedade integral
V. sa, para nos assessorar nas providências subse-
da PETROBRAS. Como ela vê essa permissão da co-
qüentes. Agradecemos aos diretores da
brança de tarifa de transporte correspondente, desde
PETROBRAS e a V. sa pelas presenças, que foi um
que haja capacidade de transporte?
marco na nossa seqüência de audiência. Peço des-
O SR. HENRI PHILlPPE REICHSTUL - Somos
culpas pelo tempo tornado, pois V. sa tem de estar
totalmente favoráveis ao sistema de livre acesso no
presente em uma Comissão do Senado. Reitero, por-
mercado brasileiro. Temos um tabu, aquele gasoduto
tanto, nossos agradecimentos.
que fomos obrigados a fazer e no qual pusemos todos
os recursos, apesar de ter 51 % do (ininteligível) dele ga- Não havendo mais quem queira fazer uso da pa-
rantindo rentabilidade para os privados, para o qual as- lavra, convoco reunião para amanhã, dia 20 de junho,
sinamos contratos de transporte, corremos o risco do às 14 horas, no Plenário 5 deste Anexo, para ouvir-
transporte, assinamos os 30 milhões de metros cúbicos mos os Srs. Roberto Macedo, Presidente do Sindica-
de transporte na GTB e na TBG, que garantiu o financi- to Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Lí-
amento do gasoduto. O pessoal que construiu o gaso- qüefeito de Petróleo - SINDIGAS; João Pedro Gouve-
duto foi ao Banco Mundial para saber quem iria trans- ia Vieira Filho, Presidente do Sindicato Nacional das
portá-lo. Quem serão os que... (falha na gravação.) Empresas Distribuidoras de Combustíveis e Lubrifi-
Os privados não deram nenhuma garantia de cantes - SINDICOM, que, acredito, esteja represen-
transporte, que são os 49% de sócios que estão no tando também a BR Distribuidora. Ou não? (Pausa.)
gasoduto, pois não se antevia uma situação corno De qualquer modo, gostaríamos que a BR Distribui-
essa. Quem deu garantia de contrato firme e trans- dora também estivesse presente, com o Dr. Albano,
porte de 30 milhões de metros cúbicos foi a no contexto das proposições apresentadas pelo Pre-
PETROBRAS. Assim, nesse pedaço é uma coisa de sidente da PETROBRAS.
fígado, onde a PETROBRAS correu todos os riscos e O SR. JÚLIO CÉSAR DO CARMO BUENO -
onde deu o contrato de transporte, deu o PPA do Se o senhor me permite, a BR é anfótera, ou seja, se
transporte. É igual ao fato de a ELETROBRÁS dar o por um lado faz parte do SINDICOM, por outra, faz
PPA da térmica e chegar o momento em que ela teria parte do Governo. (Risos.)
41226 Sexta-feira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DHI'UTADOS AgllSh> de 2001
O SR. PRESIDENTE (Deputado Eliseu e Carlos Alberto Rosado. O Senhor Deputado Basílio
Resende) - Teremos a presença também de Aldo Gu- Villani, Relator, manifestou o desejo de reunir técni-
arda, Primeiro Vice-Presidente da Federação Nacio- cos da Petrobras, consultores legislativos e parla-
nal do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes - mentares para uma reunião informal a fim de analisar
FECOMBUSTíVEIS. e concluir o parecer. Participou dos debates o Senhor
Agradeço a todos e declaro encerrada a presen- Alisio Mendes Vaz, Diretor do Sindicato Nacional das
te reunião. Empresas Distribuidoras de Combustíveis e Lubrifi-
cantes - SINDICOM. Nada mais havendo a tratar, às
Ata da 8 8 reunião, realizada em 20 de junho
dezesseis horas e vinte minutos, o Senhor Presidente
de 2001
encerrou a reunião. E, para constar, eu, Edla Calhei-
Aos vinte dias do mês de junho de dois mil e ros Bispo, Secretária, lavrei a presente Ata que, lida
um, às quatorze horas e trinta e oito minutos, no Ple- e aprovada, será assinada pelo Presidente e encami·
nário número cinco do Anexo 11, da Câmara dos De- nhada à publicação no Diário da Câmara dos Depu-
putados, reuniu-se, ordinariamente, a Comissão
tados, juntamente com as notas taquigráficas.
Especial destinada a proferir parecer à Proposta de
Emenda a Constituição n° 277-N2000, do Poder Exe- Ata da 9 8 reunião, realizada em 7 de agosto
cutivo, que "altera os arts. 149 e 177 da Constituição de 2001.
Federal', sob a presidência do Senhor Deputado Eli- Aos sete dias do mês de agosto de dois mil e
seu Resende. Compareceram os Senhores Deputa- um, às quatorze horas e cinqüenta e sete minutos, no
dos Airton Dipp, Antonio do Valle, Basílio Villani, Can- Plenário número onze, do Anexo 11, da Câmara dos
dinho Mattos, Carlos Santana, Clovis Volpi, Eliseu Deputados, reuniu-se, ordinariamente, a Comissão
Resende, Gervásio Silva, Luciano lica, Luiz Antonio Especial destinada a proferir parecer à Proposta de
Fleury, Pedro Eugênio e Vittorio Medioli, titulares; Edi- Emenda a Constituição n° 277-N2000, do Poder Exe-
nho Bez, IIdefonço Cordeiro e Paulo Octávio, suplen- cutivo, que "altera os arts. 149 e 177 da Constituição
tes. Compareceram ainda os Senhores Deputados Federal", sob a presidncia do Senhor Deputado $Eli-
Carlos Alberto Rosado, Márcio Fortes e lulaiê Cobra. seu Resende. Compareceram os Senhores Deputa-
Deixaram de comparecer os Senhores Deputados dos airton Dipp, airton Roveda, Badu Picançu, Basílio
Airton Roveda, Badu Picanço, Bispo Rodrigues, Chi- Villani, Candinho Mattos, Carlos Santana, Clovis Vol-
co Sardelli, Fernando Diniz, Fernando Gabeira, Flávio pi, Eliseu Resende, Fernando Diniz, Joel de Hollanda,
Derzi, Haroldo Lima, Jaques Wagner, Joel de Hollan- José Borba, José Janene, Luciano lica, Luiz antonio
da, José Borba, José Carlos Coutinho, José Janene, Fleury, Miriam Reid, Pedro Eugênio, Ricardo Fiuza, e
José Priante, Miriam Reid, Pedro Pedrossian, Ricardo Waldemir Moka, titulares; Edinho B4ez, Ildefonço
Fiuza, Roberto Jefferson, Vadão Gomes e Waldemir Cordeiro, Luis Barbosa, Paulo Octávio, Roberto Ba-
Moka. Ata -Após declarar abertos os trabalhos, o Se- lestra, Rodrigo Maia, Salatiel Carvalho e Werner
nhor Presidente, Deputado Eliseu Resende, colocou Wanderer, suplentes. Compareceram ainda os Se-
em apreciação Ata da sétima reunião, cuja leitura foi nhores Deputados Fernando Coruja, João Caldas e
dispensada por solicitação do Senhor Deputado Pe- Philemon Rodrigues. Deixaram de comparecer os se-
dro Eugênio, tendo em vista a distribuição antecipada nhores Deputados Antonio do Valle, Bispo Rodrigues,
de cópias aos Senhores membros da Comissão. Em Chico Sardelli, Fernando Gabeira, Flávio Derzi, Ger-
discussão e votação, a Ata foi aprovada. Ordem do vásio Silva, Haroldo Lima, Jaques Wagner, José car-
Dia - Audiência Pública com os Senhores João Pedro los Coutinho, José Priante, Pedro Pedrosian, Roberto
Gouveia Vieira Filho, Presidente do Sindicato Nacio- Jefferson, Vadão Gomes e Vittorio Medioli. Ata - Após
nal das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e declarar abertos os trabalhos, o Senhor Presidente,
Lubrificantes - SINDICOM; Roberto Macedo, Presi- Deputado Eliseu Resende, colocou em apreciação
dente do Sindicato Nacional das Empresas Distribui- Ata da oitava reunião, cuja leitura foi dispensada por
doras de Gás e Liqüefeito de Petróleo-SINDIGAS; solicitação do senhor Deputado Luciano lica, tendo
Aldo Guarda, 1° Vice-Presidente da Federação Naci- em vista a distribuição antecipada de cópias aos Se-
onal do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes nhores membros da Comissão. Em discussão e vota-
- FECOMBUSTíVEIS. Após tecer considerações so- ção, a Ata foi aprovada. Ordem do Dia - Discussão do
bre a matéria e informar os preceitos regimentais dos parecer do Relator, Deputado Basílio Villani, que con-
trabalhos, o Senhor Presidente passou a palavra aos cluiu pela aprovação, com Substittivo, da Proposta de
expositores. No período dos debates, participaram os Emenda à Constituição n° 277-A, de 2000, do Poder
Senhores Deputados Basílio Villani, Carlos Santana Executivo, que altera os arts. 149 e 177 da Constitui-
Agosto de 20D I DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexla-lcira 31 41227
ção federal; pela admissibilidade das emendas de nOs da Mesa dos trabalhos; Sr. Roberto Macedo, Presiden-
1,2,3,4,5,6,7,8,9,10,11,12, e 13, e no mérito, te do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras
pela aprovação parcial das emdas de n~ 3,7,9, 11, de Gás Liqüeferto de Petróleo - SINDIGÁS, a quem
12, e 13, e pela rejeição das emendas de ~ 4, 5, 6, 8 estendo o convite para participar da Mesa dos traba-
e1 O. O Senhor Relator, no uso da palavra teceu consi- lhos; Sr. Aldo Guarda, 1° Vice-Presidente da Federa-
derações e agradecimentos aos parlamentares, auto- ção Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubri-
ridades e funcionários da Casa, pela colaboração ficantes, que é também nosso convidado para partici-
dada à confecção do parecer ora apresentado, proce- par da Mesa dos trabalhos.
dendo, em seguida, à leitura de trechos do relatório. Conforme norma regimental, os nobres exposi-
Nos termos do artigo 57, XVI, do Regimento Interno tores terão o tempo de 20 minutos prorrogáveis, a juí-
da Câmara dos Deputados, pediram vista conjunta do zo da Comissão, não podendo ser aparteados.
proceso, os Senhores Deputados Carlos Santana,
Luciano Zica, Joel de Hollanda, Luiz Antonio Fleury, Os Deputados que quiserem debater a matéria
salatiel Carvalho, Ricardo Fiuza, Roberto Balestra e poderão inscrever-se junto à Secretaria.
Werner Wanderer. Usaram da palavra ainda os Se- O período regimental de debates é de três minutos.
nhores Deputados Carlos Santana e Miriam Reid. Esclareço que a reunião está sendo gravada,
Nada mais havendo a tratar, às quinze horas e cin- portanto, solicito aos Srs. Deputados que, ao pedirem
qüenta e quatro minutos, o Senhor Presidente encer- a palavra, falem ao microfone, declinando o nome.
rou os trabalhos, convocando reunião para o dia qua- Iniciando as exposições, concedo a palavra ao
torze de agosto do fluente ano, às quatorze horas,
Sr. João Pedro Gouveia Vieira Filho, Presidente do
destinada à continuação da discussão do parecer do
SINDICOM.
relator. E, para constar, eU,Edla Calheiros Bispo,
Secretária, lavrei a presente ata que, lida e aprovada, O SR. JOÃO PEDRO GOUVEIA VIEIRA FILHO
será assinada pelo Presidente e encaminhada à pu- - Sr. Deputado Eliseu Resende, Presidente da Co-
blicação no Diário da Câmara dos Deputados, jun- missão, Sr. Deputado Basílio Villani, Relator da Co-
tamente com as notas taquigráficas. missão, Srs. Deputados, inicialmente, gostaria de
agradecer o convite desta Comissão Especial para
O SR. PRESIDENTE (Deputado Eliseu Resen-
apresentar a visão do SINDICOM - Sindicato Nacio-
de) - Declaro aberto os trabalhos da presente reu-
nal das Distribuidoras de Combustíveis sobre os im-
nião. Tendo em vista a distribuição de cópias da ata
pactos da PEC n 277 na abertura e na competitivida-
da 7a reunião a todos os membros presentes, indago
de do mercado brasileiro.
sobre a necessidade de sua leitura.
O SR. DEPUTADO PEDRO EUGÊNIO - Peço Nosso setor vem sofrendo profundas transfor-
dispensa, Sr. Presidente. mações desde a promulgação da Constituição Fede-
ral de 1988, visando o benefício do consumidor e da
O SR. PRESIDENTE (Deputado Eliseu Resen-
sociedade. Entretanto, é indispensável ressaltar aqui
de) - Em face do pedido da dispensa da leitura, colo-
as distorções que também ocorreram para que novos
co o assunto sob a apreciação do Plenário.
problemas sejam evitados.
Os Srs. Deputados que estiverem de acordo
Após quase seis décadas de preços de combus-
permaneçam como estão. (Pausa.)
tíveis controlados, teremos, a partir de 1° de janeiro
Está dispensada a leitura da ata.
de 2002, um mercado livre em toda a cadeia de co-
Em discussão. (Pausa.) mercialização de combustíveis - nas refinarias, na
Não havendo quem queira discuti-Ia, vamos importação, nas distribuidoras e para o consumidor fi-
passar à votação. nal. Será certamente uma data histórica para o Brasil
Os Srs. Deputados que aprovam permaneçam e acreditamos irreversível. Está prevista na Lei de Pe-
como estão. (Pausa.) tróleo, a Lei n° 9.478, de agosto de 1997, complemen-
A ata está aprovada. tada pela Lei n° 9.990, que prorrogou o seu pedido de
A presente reunião destina-se à audiência públi- transição até 31 de dezembro de 2001.
ca. Com murto prazer, informo que estão participando Para que essa data venha significar, de fato, um
desta reunião os seguintes convidados: Sr. João Pedro avanço, são necessárias importantes ações ora em
Gouveia Vieira Filho, Presidente do Sindicato Nacional curso e outras a serem desenvolvidas até o final do
das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e Lubri- ano corrente, de forma a implementar controles que
ficantes - SINDICOM, a quem convido para fazer parte garantam a livre competição e o comportamento ético
4122X Sexta-feira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agustn de 2()() I
dos diversos elos da cadeia setorial nesse novo cená- setor. Surgiram diversas novas distribuidoras, mas se
rio, em benefício da sociedade e do consumidor. constatou que aquela tributação recém-criada no final
A questão tributária tem-se mostrado um ponto dos anos 80 apresentava fragilidades.
frágil do setor, levando a artifício para burlar o paga- Por favor, a próxima transparência.
mento de impostos, tendo como conseqüência eleva- Essa fragilidade estourou com o aproveitamento
das perdas para a sociedade e um ambiente competi- das brechas para sonegar ICMS e o PIS/COFINS.
tivo distorcido no mercado de combustíveis. Houve uma verdadeira indústria de liminares contes-
A cobrança dos principais tributos incidentes so- tando a forma de arrecadação desses tributos.
bre combustíveis - o ICMS, o PIS e o COFINS - vem Houve uma reação, depois de algum tempo, das
sendo sistematicamente contestada na Justiça. Em que Procuradorias na Justiça. Conseguimos a cassação
pesem os esforços e o sucesso alcançados pelas Pro- de praticamente todas as liminares de ICMS, mas foi
curadorias estaduais, pela Procuradoria da Fazenda um período extremamente conturbado. Logo em se-
Nacional, pela ANP e mesmo por esta Casa para pro- guida, houve um aumento da COFINS. No início de
mulgar a nova forma de arrecadação do PIS/COFINS, 1999, a COFINS foi aumentada, fazendo com que o
na suspensão das decisões judiciais, ainda somos sur- peso do PIS e do COFINS chegasse a 10% do preço
preendidos por liminares que contestam sistemáticas final dos combustíveis.
de arrecadação e facilitam a sonegação. Tivemos, então, uma nova situação de crise,
Nossa missão é hoje alertar que a PEC na 277 que se estendeu até o ano passado, com liminares
deve ajustar toda a tributação incidente sobre com- contra a cobrança de PIS e COFINS. Em seguida,
bustíveis importados e não apenas a Contribuição de através da Lei na 9.990, votada nesta Casa, consegui-
Intervenção de Domínio Econômico - CIDE, de ma- mos alcançar uma nova forma de tributação de PIS e
neira que não sejam desperdiçados inúmeros avan- COFINS exclusivamente na refinaria, o que resolveu
ços já registrados, principalmente comprometida a o problema.
competitividade das refinarias nacionais. Chegamos ao atual momento, em que o setor ain-
Para facilitar a compreensão de V. Ex"-", temos da é conturbado, com crises um pouco menores do que
um roteiro de exposição. Solicito ao nosso Diretor de as anteriores, mas ainda um período de crise, em que
Defesa da Concorrência, Dr. Alizio Vaz, que faça essa temos adunerações, sonegação ainda ocorrendo, espe-
exposição. cialmente no caso do álcool, e algumas liminares ainda
sendo concedidas. Isso nos preocupa muito.
O SR. AlIZIO MENDES VAZ - Boa tarde, De-
O próximo passo previsto é a aprovação da PEC
putados. É um prazer estar aqui hoje. Vamos entrar
na 277. A nossa preocupação é que se o texto for
um pouco mais em detalhe naquilo que o Dr. João Pe-
aprovado sem ajustes, da forma como está, podere-
dro antecipou, mostrando que em diversas oportuni-
mos chegar a urna nova situação de crise. Com essa
dades em que houve constatação de brechas no se-
nova brecha que se abre, se não forem feitos os ajus-
tor, essas brechas foram utilizadas para distorcer a
tes necessários, teremos uma tributação inferior so-
competição. O nosso receio é o de que justamente
bre o produto importado do que sobre o produto pro-
uma nova brecha que se abre com a importação seja
duzido no Brasil. Isso gerará um desequilíbrio compe-
má utilizada e tenhamos, mais uma vez, um tumulto
titivo não só entre as distribuidoras, mas principal-
na nossa atividade.
mente para as refinarias nacionais. Isso gerará uma
Por favor, passe a transparência. concorrência desleal entre o produto importado e o
(Apresentação de transparências.) produto nacional.
Este quadro aqui busca sintetizar quase toda Vamos detalhar, então, alguns desses proble-
nossa preocupação. O setor sofreu uma grande trans- mas. No nosso setor, especificamente, até 1993, tí-
formação com a Constituição Federal de 1988, quan- nhamos cerca de dez distribuidores atuando; com a
do foi criada uma nova tributação para os combustíve- abertura do mercado, como falei, foram verificadas
is. Até então, os combustíveis eram tributados por um fragilidades na legislação tributária que facilitavam a
imposto único. A partir de 1988, houve a incidência do sonegação. Hoje, apesar de algumas brechas tampa-
ICMS, PIS e COFINS sobre a venda de combustíveis. das, temos ainda cerca de 50 ações correndo na Jus-
Naquela época, tínhamos uma rigorosa regulamenta- tiça questionando substituição tributária e a arrecada-
ção. ção de hoje.
Em seguida, passamos por um período em que Temos 210 empresas, o que, aparentemente,
a regulamentação foi flexibilizada, com a abertura do demostra uma concorrência bastante saudável.
Agostp de 2001 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 31 41229
Entretanto, verificamos que, dessas 210 empresas, um preço mais elevado do que pelo que o produto efe-
65 só têm registro na AN P por decisão judicial. São tivamente é vendido e isso gera uma possibilidade de
empresas que não se enquadram na regulamentação questionamento.
da ANP e que entram nesse setor de forma oportunis- Existe uma previsão constitucional de que as
ta justamente para usufruir dessas brechas, dessas operações interestaduais com combustíveis são imu-
fragilidades. Isso demonstra que existe um grupo, não nes de ICMS. Então, algumas empresas questionam
é maioria, mas existe um grupo de empresas que es- a substituição, alegando que vão levar o combustível
tão aí para aproveitar as brechas, as oportunidades para outro Estado e deveriam, então, comprar o com-
que aparecem para gerar uma competição predatória bustível sem nenhum ICMS.
e distorções na comercialização, com preços falsa- A própria sistemática do PIS e COFINS, que foi
mente baixos através da sonegação. criada com a Lei nO 9.990, também vem sendo questi-
Quais são essas distorções? Temos um proble- onada. Já tivemos cerca de cinco liminares contra
ma quase insolúvel: a sonegação do álcool hidratado. essa lei, que não fez nem um ano. Neste momento,
A sonegação no álcool se dá em praticamente todos existem duas liminares questionando a Lei n° 9.990,
os elos da cadeia. Não existe um recolhimento de tribu- gerando distorção.
tos antecipados, como existe na gasolina e no diesel, As misturas irregulares também não constituem
em que o recolhimento é feito na refinaria por substitui- assunto objeto desta Comissão, mas não custa nada
ção tributária. Não existe essa sistemática para o álco- realçar que existe, em função da carga tributária so-
ol. Sonega-se, eu diria, quase descaradamente os tri- bre os combustíveis, um grande estímulo à adultera-
butos do álcool. Estimamos em 900 milhões a 1 bilhão ção do combustível, seja com solventes, seja com ex-
a perda de arrecadação dos Estados e da União, cerca cesso de álcool anidro na gasolina. Para se ter uma
de 40% do potencial de arrecadação. A melhor solução idéia, tomando-se por base os preços médios de
que vemos para esse problema é a redução da tributa- abril, em São Paulo, vemos que cerca de 50% do pre-
ção do álcool. Sendo o álcool um produto genuinamen- ço da gasolina correspondem à arrecadação de Go-
te nacional, com tecnologias desenvolvidas, gerando verno: PPE, ICMS, PIS e COFINS. No diesel, 27%; no
emprego no campo, é um produto que produz menos preço correto do álcool, da ordem de 1 real e 10 cen-
poluição, portanto, não tem razão de ser tributado tavos, um terço desse valor seria impostos. Hoje, em
como a gasolina. São Paulo, encontra-se com facilidade álcool a me-
Não se insere na discussão de hoje, mas a nos- nos de 80 centavos, o que demonstra que essa parce-
sa proposta seria a redução da tributação do álcool. la não está sendo recolhida. E isso acontece não só
A sonegação do diesel, apesar de os impostos em São Paulo, mas em todo o Brasil.
serem recolhidos antecipadamente da refinaria, ain- Aqui está um detalhamento de como funciona a
da existe em função da existência de alíquotas dife- estrutura de preço por dentro. Quando a refinaria ven-
renciadas de ICMS entre os Estados, o que permite de um litro de gasolina A, ela é remunerada por uma
que se compre o diesel numa refinaria onde o Estado parcela de aproximadamente 50 centavos. Outros pro-
taxa com uma menor alíquota e que se transporte dutos derivados de petróleo, como o solvente rafinado,
para um Estado onde a alíquota é maior, sem o reco- o solvente tolueno, proporcionam remuneração mais
lhimento da diferença. alta para a refinaria, ou seja, pode até ser um produto
O que acontece com as operação fictícias de mais sofisticado, mais elaborado, mas, devido à pe-
vendas a grandes consumidores? Quando é feita a quena carga tributária, torna-se mais barato que a ga-
substituição tributária na refinaria, presume-se que o solina - e isso estimula sua mistura à gasolina.
combustível será vendido num posto. Se esse com- Aqui está o exemplo de como a liminar afeta o
bustível for vendido para uma grande empresa, uma mercado. Esse é um quadro que considero quase que
transportadora, por exemplo, parte do ICMS é ressar- chocante. Ele mostra uma distribuidora de São Paulo,
cido. Então, são feitas falsas vendas a essas grandes a MACOM. O ano é 1999; em azul, temos as compras
empresas, é ressarcido o ICMS e esse produto vai pa- dessa distribuidora de gasolina; em vermelho, o diesel.
rar num posto como os outros, gerando um preço arti- Vejam as compras de combustível dessa distri-
ficialmente baixo, sonegando-se a tributação. buidora na refinaria de Paulínia: ela comprava 2 mi-
Quanto a questionamentos judiciais, como já lhões de litros, conseguiu uma liminar e, em abril de
disse aqui, ainda existem liminares. Questiona-se a 2000, passou de aproximadamente 2 milhões de litros
substituição de ICMS, porque as margens presumi- por mês para cerca de 10 milhões de litros de gasoli-
das algumas vezes são excessivas, taxa-se mais por na. Com a Lei n° 9.990, a liminar perdeu o efeito, ela
41230 Sllxta-lCira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agnslll de 200 I
voltou para um patamar de 3 milhões de litros por seguir - não fica resolvida; subfaturamento na importa-
mês; conseguiu uma sentença, em janeiro de 2001, ção; fraude na imunidade interestadual e fraude no
para não pagar PIS e COFINS na sistemática prevista ICMS diferenciado entre os Estados; incerteza quanto
e, num pulo quântico, saltou de 3 milhões de litros à arrecadação dos Estados. Além disso, a ocorrência
para mais de 15 milhões de litros. Durante o mês de de dupla tributação da CIDE, na forma corno o texto
março, ela chegou a ter essa sentença suspensa, está no momento, torna-se possível.
caiu, mas recuperou a sentença e chegou a comprar Esse quadro mostra, no mês de maio, a gasoli-
30 milhões de litros de gasolina no mês de abril. Essa na A, pura, produzida por refinaria em São Paulo, ao
sentença foi suspensa no mês passado, no STF, e ela valor de 1 real e 48 centavos, com todos os impostos
despencou de novo. incluídos. Temos aqui todas as parcelas: isso aqui é a
O próximo quadro também é bastante impressi- remuneração da refinaria, PPE, PIS, COFINS, ICMS
onante: mostra que no mês de abril a distribuidora da refinaria e ICMS da substituição. Conforme está a
MACOM comprou em Paulínia 31 milhões de litros de PEC hoje, se chegarmos com um produto importado
gasolina, contra a BR Distribuidora, que comprou que custe o mesmo cobrado na refinaria, a PPE ou a
também em Paulínia, a maior refinaria do País, 22 mi- CIDE, no caso, com o mesmo valor, o PIS/COFINS
lhões de litros; a Ipiranga, 27; a Ess, 20; a Shell, 17; a seria menor, porque sua base de cálculo seria dife-
Texaco, 11. Então, essa empresa consegue ser maior rente, seria calculado por fora e não por dentro - es-
que distribuidores que há anos estão no mercado, tou usando o termo técnico de quem conhece tributa-
consegue superar inclusive a estatal, que é a maior ção: calcular por fora e por dentro -, o ICMS seria me-
distribuidora do mercado brasileiro. A contestação da nor, próprio da refinaria, e o de substituição, também.
tributação gera efeito danoso, que corrompe comple- Observação: a substituição não é prevista no produto
tamente a competição no mercado de combustíveis. importado, já existe uma proposta de emenda preven-
O potencial de arrecadação da gasolina e do di- do a substituição de ICMS no produto importado. De
esel é de cerca de 20 bilhões de reais por ano. Faça- qualquer forma, se tivéssemos tudo isso, o produto
mos simplesmente um exercício. Dez por cento de so- importado sairia 20 centavos por litro mais barato que
negação pode parecer pouco, mas movimenta 2 bi- o produto produzido na refinaria, o que gera distorção
lhões de litros. É uma conta óbvia: 10% de 20 bilhões e praticamente inviabiliza a refinaria. Caso o importa-
são 2 bilhões. Quero apenas mostrar que 10% de so- dor alegue que esse produto será consumido e não
negação gera fantástica quantidade de recursos. revendido em um posto, mas consumido pelo próprio
O SINDICOM visualiza um horizonte onde tere- importador, não haveria parcela de substituição, e o
mos um mercado livre, com as importações liberadas produto seria adquirido por cerca de 1 real e oito cen-
a partir de janeiro de 2002. Mas um mercado com re- tavos, permitindo que esse produto fosse internado
gras claras e permanentes que, se não impossibilite, no País e possivelmente levado para um posto. Se
pelo menos dificulte a sonegação de tributos como fa- houver subfaturamento no produto importado, redu-
tor de competitividade, para que tenhamos uma com- zindo artificialmente 10% do seu custo, teríamos uma
petição equilibrada, e a ética predomine no setor. diferença de 50 centavos no preço do litro de gasolina
Dessa forma, teremos preços competitivos, arrecada- importada e a nacional. É impossível uma refinaria
ção de impostos assegurada e o consumidor protegi- competir nessas condições.
do, os picaretas sairiam do mercado, e o consumidor A primeira alteração que sugeriríamos seria a
estaria comprando combustível com mais segurança. incidência monofásica da contribuição do PIS e
Em relação à PEC, entrando em área mais técni- COFINS e do ICMS. Ou seja, não teríamos mais
ca agora, o texto apresentado prevê a incidência da substituição tributária, mas uma alíquota cobrada na
Contribuição de Intervenção do Domínio Econômico, produção e na importação uma única vez. Acabando
em substituição à atual PPE, sobre a produção e im- com a substituição tributária para essas tributações,
portação, e a incidência de PIS e COFINS na importa- poríamos fim às fraudes praticadas quando se diz que
ção. São passos importantes e indispensáveis, mas o produto será vendido para um grande consumidor e,
não suficientes. Os problemas dos Estados não são na verdade, é vendido para um posto. A tributação se-
atendidos. Temos, como mencionei anteriormente, fra- ria a mesma, independente do destino da mercado-
udes nas vendas das grandes consumidores, que não ria, e os questionamentos da substituição tributária
serão resolvidas; o questionamento da distribuição tri- acabariam.
butária continuará existindo; a diferença de tributação Usamos neste quadro as cores verde e verme-
entre produto nacional e importado - e vou mostrá-Ia a lha para dizer o que se resolve com essa alteração:
Agosto de 200 I DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS ScxtiJ-leira 31 41231
poríamos fim ao questionamento da substituição tri- Evidentemente, essa questão fará parte do de-
butária, não existiria mais substituição tributária, mas bate, mas gostaria que se esclarecesse o que foi dito
uma incidência monofásica, ponto. A diferença de tri- acerca do cálculo de PIS/COFINS e ICMS por fora e
butação entre o produto nacional e o importado seria por dentro e o que acontecerá quando se estabelecer
parcialmente resolvida e continuaríamos com os ou- a tributação monofásica. Pergunto o que realmente
tros problemas. resolverá a questão do ICMS, que produz a diferenci-
Conseqüentemente, mais uma alteração seria a ação entre o produto importado e o nacional? O que
adoção de alíquotas específicas. Ou seja, alíquotas passa a definir o caráter monofásico do produto?
cobradas não como um percentual mas como um va- (Intervenção inaudível.)
lor por litro, que seria dividido entre contribuição, O SR. ALlZIO MENDES VAZ - A alíquota espe-
PIS/COFINS e ICMS. Com isso, não haveria diferen- cífica.
ça de tributação entre o produto nacional e o importa-
O SR. PRESIDENTE (Deputado Eliseu Resen-
do; seriam cobrados indiferentemente 20 ou 30 centa-
de) - Deixo o assunto pendente. Embora saiba que
vos por litro. O subfaturamento também não adianta-
não está na hora do debate, levantei o assunto apenas
ria de nada; pode haver redução do preço da merca-
para que não nos esqueçamos de debatê-lo depois.
doria, mas o valor do imposto é o mesmo. Mesmo as-
sim, continuaríamos com alguns problemas. Ouviremos em seguida o Sr. Aldo Guarda, repre-
sentante da FECOMBUSTíVEIS, e, depois, para finali-
Sugerimos mais duas alterações: o fim da imuni-
zar nosso debate, a palavra esperada do Dr. Roberto
dade interestadual, mantendo-se a arrecadação inte-
Macedo, não apenas na condição de Presidente do Sin-
gralmente para o Estado do consumo. Ou seja, não
dicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás,
muda nada. Muda apenas a redação do texto. A imu-
mas como autoridade que já pertenceu ao Govemo.
nidade interestadual foi a forma de redação adotada
S.Sa. foi Secretário-Executivo do Ministério da Econo-
na Constituição de 1988 para assegurar que toda a
mia e, certamente, nos trará mu~as contribuições.
tributação de ICMS fosse destinada ao Estado de
consumo, mas isso gerou possibilidade de esperteza. Com a palavra o Sr. Aldo Guarda.
Portanto, é melhor manter a situação de hoje, mas O SR. ALDO GUARDA - Sr. Presidente, Depu-
com uma nova redação, em que o ICMS é todo devido tado Eliseu Resende; Sr. Relator, Deputado Basílio
no Estado de destino, e alíquotas uniformes de ICMS Villani, demais Deputados, agradeço a todos a opor-
em todos os Estados, para acabar com a possibilida- tunidade de estar aqui e poder demonstrar nossa pre-
de de se comprar o produto em um Estado cujo ICMS ocupação.
é barato para vendê-lo em um onde é mais caro. A FECOMBUSTíVEIS representa hoje mais de
Assim, teremos todos os problemas resolvidos, res- 28 mil e 500 postos revendedores em todo o País. Fico
tando apenas mais um: a dupla incidência da contri- muito à vontade para falar sobre o tema. Sou provavel-
buição. mente o último em toda a cadeia da comercialização
O próximo quadro acrescenta que o petróleo, de dos derivados de petróleo, visto que a ANP já manifes-
forma técnica, hidrocarboneto em estado líquido, não tou sua posição, a PETROBRAS também já o fez, se-
seria taxado com a contribuição e sim o seu produto fi- guida pelo SINDICOM. Agora, é nossa vez.
nal. Não se comercializa petróleo, mas seus derivados. A felicidade é que não vemos nenhum ponto di-
E esses, sim, teriam a incidência na contribuição. vergente, todos são convergentes, todos têm a mes-
Com todos esses problemas resolvidos, o último ma preocupação: a ANp, a PETROBRAS, o
quadro resume o que falamos. A PEC, com os ajustes SINDICOM e a FECOMBUSTíVEIS. Isso nos deixa
que propomos, dá-nos a possibilidade de, em janeiro do bastante à vontade porque talvez seja esta a oportu-
2002, termos o mercado livre, sem sonegação, sem dis- nidade única e ímpar de podermos resolver o proble-
torções e sem desequilíbrio compe@vo, o que pratica- ma que aflige todo o mercado.
mente inviabiliza a produção interna de combustíveis. O problema, como o SINDICOM acabou de ex-
Agradeço a todos a oportunidade e coloco-me à por, passa pelo PIS, COFINS, PPE e ICMS. Nós, da
disposição para as perguntas. revenda, temos um problema ainda hoje bastante afli-
O SR. PRESIDENTE (Deputado Eliseu Resen- tivo e, de 1988 para cá, vivemos com soluços no nos-
de) - Ouvimos atentamente a exposição dos repre- so mercado. O que chamamos de soluços é a desor-
sentantes do SINDICOM. A palavra inicial foi do Dr. ganização do mercado, ou seja: abre-se uma porta,
João Pedro Gouveia Vieira Filho, seguido pelo Dr. Ali- cria-se uma tributação, e é questionada essa tributa-
zio Mendes Vazo ção. A revenda, que é o último elo dessa cadeia, sofre
41232 Sexla-lcira 3 I DIÁRIO DA CÁMARA DOS DEPUTADOS Agoslo de 20() I
perante o consumidor, que imagina ser ela a causa de ção e passamos imediatamente a palavra ao Dr. Ro-
toda essa distorção. Mas, na realidade, a causa dessa berto Macedo, que nos honra com a sua presença.
grande distorção sempre é o péssimo entendimento O SR. ROBERTO MACEDO - Boa tarde a to-
das legislações aplicadas. dos. Em primeiro lugar quero saudar os membros
Defendemos sempre que os impostos PIS e desta Comissão na pessoa do seu Presidente, Depu-
COFINS tivessem essa tributação arrecadada em tado Eliseu Resende, amigo e conhecido de longa
substituição tributária pelo produtor, que é a data além de conterrâneo de Minas Gerais, e do De-
PETROBRAS. Isto, no ano passado, deu algum alívio putado Basílio Villani, o Relator da matéria. Vejo na
ao mercado, embora ainda esteja sendo questionado platéia conhecidos de longo tempo, em particular o
na Justiça. Esse alívio foi de fundamental importância Deputado Carlos Santana, com quem tive oportuni-
para que a revenda pudesse sobreviver por mais al- dade de trabalhar quando da Lei dos Portos.
gum tempo.
Aqui estou na condição de Presidente do
Tivemos e temos ainda o questionamento do
SINDfGÁS. Devo esclarecer que sou de uma nova gera-
ICMS, que traz grandes distorções no mercado. Por
ção de executivos de entidades de classe, que são pro-
isso disse que provavelmente estejamos num mo-
fissionais e não necessariamente empresários. Não te-
mento ímpar para resolvermos todos esses proble-
nho uma empresa de GLP, mas estou acompanhado de
mas. A verdade é que sugerimos exatamente o que
dois diretores de empresas: o Dr. Paulo Barata Ribeiro,
todos já propuseram: que esses impostos sejam reco-
da MINASGÁS; e o Augusto Costa que representa a
lhidos monofasicamente; que a incidência do ICMS -
Butano, uma das empresas mais conhecidas no Nor-
e o Presidente Eliseu Resende vai questionar isso -
deste brasileiro. Eles estão aqui para me acompanhar e
tanto no produto importado como no produto produzi-
do aqui tenha as mesmas características e uma fixa- também para prestar esclarecimentos sobre questões
mais técnicas e detalhes sobre os quais não tenho co-
ção que não favoreça a ocorrência de distorção no
mercado. nhecimento adequado. Teríamos a presença de mais
dois diretores, mas eles ficaram retidos em São Paulo,
Com certeza, gostaríamos de ver uma uniformi-
cujo aeroporto hoje ficou fechado por algum tempo. Mi-
zação na arrecadação do PIS e COFINS, reforço, tan-
neiro que sou, cheguei mais cedo para não perder o
to no produto importado quanto no produto nacional.
avião, mas os que estavam na dependência do retorno
Muito pouco poderia complementar uma vez
dos aviões que saíram inicialmente ficaram retidos lá
que todos estão numa linha de convergência. Mas,
até mais tarde.
aproveitando essa oportunidade, a revenda deixa um
apelo: se por acaso a PEC for cuidar única e exclusi- Estamos aqui para discutir proposta de emenda
vamente da substituição de uma PPE por uma outra constitucional cujo objetivo é a substituição da cha-
tributação apenas para garantir essa arrecadação, a mada PPE. Sinceramente, entendo que ela deve ser
revenda gostaria de não ver isso acontecer. A reven- aprovada, e abordaremos certos detalhes em segui-
da gostaria até que ficássemos como estamos hoje. da. É inevitável que, com a retirada da PPE, que é um
Por quê? Porque hoje conhecemos todos os proble- acerto de contas junto com a PETROBRAS, se passe
mas do mercado, hoje estamos numa linha de ação a ter importação livre e se tenha de criar novo meca-
para que possamos combater os sonegadores, os nismo. Do contrário, quem importar diretamente esca-
adulteradores, enfim, todos aqueles que perturbam o pa desse acerto de contas, que é, essencialmente, de
mercado. tributação e subsídio.
Gostaríamos de ver esse momento aproveitado No caso da gasolina há uma cobrança a mais,
para englobar todos os impostos e tributos incidentes, cujos recursos são utilizados para subsidiar o gás,
ICMS, CIDE, PIS, CONFINS, num único imposto. Po- que é o nosso caso. Tem de haver realmente a apro-
deria ser em três impostos, mas que todos sejam ar- vação de uma medida como essa, se não o mercado
recadados num único elo da cadeia e que seja mono- fica desorganizado, o que entrar por fora da
fásico. PETROBRAS escapará dessa conta. Imaginem a difi-
Sr. Presidente, não tenho muito o que acrescen- culdade que a necessidade de se fazer uma conta
tar, visto que todos já expuseram as suas idéias, e com cada empresa traria.
elas, como disse, são quase todas convergentes. Vamos tratar do caso do gás liqüefeito de petró-
Muito obrigado. leo, o GLP. Não me refiro ao gás natural, esse é outro
O SR. PRESIDENTE (Deputado Eliseu Resen- sindicato. Temos algumas diferenças relativas aos de-
de) - Agradecemos ao do Dr. Aldo Guarda a participa- mais combustíveis, mas os senhores poderão ver que
Af!-uslO de 200 I DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexla-\cira31 41233
chegamos a conclusões semelhantes quanto às pro- me, alguns princípios de tributação, sem o que tam-
posições. bém o setor pode ficar desorganizado.
Vou aproveitar a oportunidade para falar um A marca não é objeto dessa proposta de emen-
pouco sobre o gás, que é um pouco desconhecido, in- da à Constituição, mas insistimos muito nesse ponto,
clusive porque não afeta tanto o orçamento da classe para que não haja a fraude que ainda ocorre no setor:
média nem aparece tanto na mídia. Há poucos dias, algumas pequenas empresas engarrafam botijões
fizemos uma pesquisa ocasional entre os professores dos outros. Elas, porém, não investem em botijão, não
da USP. Percebemos que uma família gasta usual- fazem manutenção, não se responsabilizam pela coi-
mente um botijão de gás por mês, que custa em torno sa, apenas enchem o botijão que tem a marca de ou-
de 15 a 20 reais dependendo de ser entrega automá- tro, soltam no mercado e, freqüentemente, conse-
tica ou não. Todos os professores, porém, gastam, em guem liminar para essa finalidade. Felizmente, é uma
combustíveis, de 200 a 300 reais por mês. O gasto prática minoritária do mercado, e temos conseguido
com combustível, portanto, é dez vezes maior. E isso combater isso. O sindicato gasta um bom dinheiro
faz com que esse item participe mais do orçamento correndo atrás dessas liminares. De certa maneira,
da classe média e mereça maior atenção por parte da então, isso não chegou a desorganizar, mas ameaça
mídia. fazê-lo, inclusive, porque, antes da substituição tribu-
tária PIS/COFINS, havia também muitas liminares de
Além disso, o gás não causa nem tem tantos
revendedores que tentavam evitar o pagamento de
problemas como os demais combustíveis, pelas ra-
impostos. E isso também abriria espaço para esses
zões que vou adiantar agora.
distribuidores mal capitalizados utilizarem as brechas
Comparemos com o caso dos combustíveis. Qu- tributárias para adquirir maiores condições de com-
alquer um pode montar uma distribuidora, arranjar um petitividade.
caminhão, que pode até ser alugado, ir lá e pegar o pro- Então, isso aí não ocorre, mas é bom que a pos-
duto. Arranja, então, uma liminar, como aconteceu du- sibilidade seja bem amarrada, para que não se concre-
rante muito tempo, e sai vendendo combustíveis para os tize.
postos. E o álcool e a gasolina são mais passíveis de al-
Passarei agora a fazer uma breve exposição.
teração. No caso do gás é diferente, os volumes transa-
Dado o meu hábito de professor, vou falar de pé, por-
cionados são menores, e ele atrai menos gente. Depois,
que desse modo vejo melhor o que está sendo mostra-
é preciso capital, é necessário que se tenha as instala-
do.
ções de armazenamento, engarrafamento, investimento
(Apresentação de transparência.)
em botijão, tanques de armazenamento, o que abre me-
nos espaço para aventureiros. Mostro alguns dados comparativos do acesso
ao GLP e a outros serviços, alguns bens duráveis,
Uma questão muito importante e pela qual o sin- para ressaltar como ele é importante para as famílias
dicato luta é relativa à marca. Os botijões têm uma brasileiras. Há dados sobre consumo doméstico e do
marca, se alguém comprar um combustível adulterado
setor de distribuição, consumo doméstico per capita
- embora seja complicado o processo de adulterar em países selecionados, inclusive o Brasil, que é um
GLP, pode-se comercializar botijões de menor peso, o dos maiores consumidores mundiais de gás, ficando
que é uma forma de adulteração muito clara, - isso se atrás apenas de países produtores, e o consumo do-
associa àquela marca e o consumidor pode reclamar.
méstico per capita por Estado, para vermos que é
No PROCON, fica uma coisa bem mais clara. mais ou menos homogêneo, o que demonstra que o
No caso dos combustíveis, se enchem o tanque gás penetra em todas as famílias e não se diferencia
do automóvel com produto adulterado, até o motor pipo- muito por classe de renda. Isso acontece porque o
car lá na frente, de certo, o consumidor já encheu o tan- gás é uma necessidade básica, ou seja, uma família
que novamente em outro posto, e a coisa se perde pe- mais rica não consome mais apenas por isso. O gás
los emaranhados das questões e da burla à lei. Por na- está muito ligado à atividade de alimentação.
tureza, nosso setor abre menos espaço a esses aventu- Depois, há a questão da cadeia de distribuição
reiros e para essa desorganização que aconteceu no de gás, que tem algumas implicações importantes na
caso dos combustíveis, em particular da gasolina. tributação do setor, e ainda as nossas propostas
Não obstante, ele é sujeito a riscos, e nós enten- quanto à tributação de GLP, as quais, como disse, co-
demos muito importante que sejam consagrados, incidem muito com as apresentadas anteriormente.
seja na legislação já adotada, mas também na pro- O gás não aparece muito na mídia, repito, talvez
posta de emenda à Constituição, para ficar mais fir- porque ele esteja funcionando bem. Só aparece
41234 Sexta-feira 31 DIÁRIO IJA CÂMARA DOS DEPUTADOS Ag()SIO de 20() I

quando há essas explosões, como aconteceu recen- evidentemente. E estamos lutando pela regulamenta-
temente em São Paulo, na margem da Castelo Bran- ção dessa atividade, que gera muitos empregos por
co, mas não temos nada a ver com isso. Estavam ba- causa dos revendedores e de todo o mundo que opera
tendo uma estaca e perfuraram um duto da nisso, cerca de 1O mil veículos são utilizados.
PETROBRAS. Vez por outra, acontecem algumas ex- Estou vindo de uma viagem ao Nordeste, onde
plosões de botijão, mas normalmente isso acontece vi motocicletas, que me lembraram o side-car que ha-
devido à falta de cuidado e, às vezes, esses acidentes via antigamente, carregando três ou quatro botijões,
estão ligados a esses engarrafamentos de outras numa entrega automática.
marcas.
Então, é um setor pulverizado. E ele não se de-
O Brasil tem 42 milhões de domicílios familiares, sorganizou, a exemplo do que ocorreu com os com-
34 milhões na área urbana e cerca de 8 milhões na bustíveis, como eu disse, pela questão de marca, es-
área rural. Em 94% desses domicílios há eletricidade; cala, e porque atrai menos aventureiros. Mas é preci-
em 64% há coleta de lixo e fossa céptica. Cerca de so que seja colocada uma armadura, para evitar jus-
80% são servidos por sistema público de água. tamente que venha a haver a desorganização do se-
Encontramos televisão em 87% e geladeira em 82%. tor. E já há alguns movimentos nessa direção, como
O gás chega a 97% dos domicílios. Quer dizer, pene- disse, com o engarrafamento de botijões de outras
tra mais do que a água encanada, a luz elétrica e ou- marcas e a obtenção de liminares.
tros itens, já que particularmente nas zonas rurais ele
É interesse constatar que o pessoal vem falando
substitui esses insumos. Em particular no que diz res-
de imposto monofásico. Acredito que, por causa da
peito à questão energética. crise de energia elétrica, estejam adotando urna ter-
O Brasil movimenta um volume de vendas totais minologia mais própria aos engenheiros. Que fique,
de 6 milhões de toneladas, a maior parte destinada ao então, monofásico ou substituição tributária, porque o
consumo doméstico, mas há cerca de 1 milhão de to- que queremos é que isso seja cobrado de uma única
neladas para uso industrial, o que é vendido a granel vez, para evitar essas liminares pela frente.
para as empresas. Em cerca de 41 milhões de domicí- O SR. DEPUTADO CARLOS SANTANA - Em
lios há fogão. O consumo médio por domicílio é de tudo o que é fácil de resolver coloca-se um nome difí-
133 quilos por ano, ou onze botijões. Grosso modo, as cil.
famílias gastam um botijão por mês. Rodando por aí,
há 85 milhões de botijões. Cada família tem o seu, o O SR. ROBERTO MACEDO - É mesmo, Depu-
que soma 40 milhões de botijões, e há os que estão tado. (Risos.)
em processo de substituição, passando pelas empre- Bem. Aqui temos o consumo doméstico de GLP
sas - alguns têm dois botijões para fim de reposição. per capita nos países selecionados. Vemos o México,
O número de engarrafadores e distribuidores é de que inclusive usa muito um outro sistema. Eles colo-
dez. Quer dizer, os senhores notam aí a diferença em cam tanques maiores em cima das residências e eles
relação ao caso dos demais combustíveis. O nlJmero são enchidos a granel, inclusive num processo mais
de revendedores é que é muito grande. À medida que barato, mas com outros riscos. A Venezuela vem em
o produto sai das distribuidoras, há uma série de re- seguida, o Chile, o Equador, a Argélia, o Egito e o Bra-
vendas de variados tamanhos. Há um distribuidor ofi- sil. Dos primeiros acima do Brasil, apenas o Chile não
cializado, mas tem gente que sai vendendo esses bo- se destaca como grande produtor. No Brasil, pode-se
tijões em favelas e há os chamados postintlos, que in- dizer, as famílias rodam a gás.
clusive estão em fase de regulamentação pela própria Em visita àqueles lados da Região Norte, da
Agência Nacional de Petróleo, uma vez que é difícil Transamazônica, perguntei a uma pessoa o que res-
haver controle dessa venda pulverizada. Mas abre-se tou da Transamazônica: "Sobraram uns caminhos aí
também muito espaço para o chamado mercado in- em que só passa cerveja e botijão. O resto não chega
formai, em que muitas pessoas pegam esses botijões a esses confins do Brasil." Esses produtos, que são
e saem vendendo por aí. realmente essenciais, acabam chegando lá.
Ainda esses dias, um radialista de São Paulo me Há facilidades de transporte, pois o Brasil é um
levou para ver alguém que amarrava nos postes os bo- País integrado. Eu estive em um seminário em que,
tijões que vendia na rua. Chamei-os de "botijões-ca- comparando-se o consumo do Brasil com o do Peru e
chorros", porque há uma corrente em torno deles, que da Colômbia, disseram: "Aqui há uma dificuldade,
são colocados juntos ao poste para serem vendidos a pois temos de subir com o botijão." Há grandes altitu-
quem passa por ali. Essa venda pulverizada tem riscos des. Então, a questão do transporte é muito mais
AKoslo de 200[ DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Scxta-Ieira 31 41235
complicada, mesmo quando tratada em termos de Já alcançando as propostas, vamos ver que, em
pequenas quantidades. função dessas características, temos sugestões se-
O Brasil, então, é um dos maiores consumidores melhantes às do pessoal de combustíveis. Temos
do mundo. Temos recebido visitas e perguntas a res- uma situação de PIS/COFINS com alíquota proporci-
peito de países da África, que estão tentando disse- onai. Queremos um imposto federal único sobre ope-
minar o consumo de GLP internamente. Surpreen- ração de venda com alíquota específica. Essa é outra
dentemente, num dos maiores produtores de GLP no terminologia, porque específico é um termo muito
mundo, a Nigéria, os cidadãos não usam gás, e lá há vago, mas, para quem é do ramo, é um imposto co-
dificuldade sobretudo de comercialização, de tributa- brado não ad valorem porcentagem, mas seria no
ção e de instalações. A África possui nações que ain- caso centavos ou reais por unidade de medida. No
da estão na base de sistemas tribais, de vilas, não de caso dos combustíveis, daria centavos por litro ou por
grandes aglomerações urbanas, o que dificulta muito quilo. Isso é muito importante. Gostaria de chamar a
a penetração do gás. atenção da Comissão para esse aspecto.
Aqui está um gráfico muito interessante do con- Estive acompanhando o que aconteceu recente-
sumo doméstico per capita - não é por família. GLP mente quando o preço do petróleo aumentou. Na Eu-
por Estados, em 1999, em quilograma. Os senhores ropa, o preço não aumenta tanto assim, porque o im-
notam que entre o mínimo e o máximo, cerca de vinte posto é específico, fica fixo, aí o aumento no preço não
e cinqüenta, temos uma média em torno de trinta e é proporcional. Aqui o Poder Público se beneficia mui-
poucos. Quer dizer, não há grande variação como, por to. É um sócio da OPEP, como costumo dizer. Aumenta
exemplo, no nível de renda entre esses Estados, por- o preço do petróleo, o imposto é ad valorem, e se vai
que as famílias usam esse produto como necessida- arrecadando mais. No dia que o preço voltar, dizem
de básica. que não podem diminuir a arrecadação. Aí, inventam
O gás, os senhores sabem, tem uso restrito. Há um aumento, não da alíquota em si, mas do que eles
o gás de cozinha, há o industrial a granel, mas não há, chamam de margem de valor adicionado, que é o meio
por exemplo, uso automotivo. Alguns levantam a sus- utilizado para contar essas sucessivas fases de co-
peita de que alguns Estados, como Goiás, Rio Gran- mercialização.
de do Sul e Tocantins, teriam consumo acima da mé- Então, seria muito melhor ter o imposto específi-
dia por algum desvio dessa utilização. co, e essa inclusive seria uma forma de o Congresso
Considerando a cadeia de distribuição de GLP e Nacional acompanhar melhor esses preços de com-
já pensando na nova sistemática, temos aqui o impor- bustível já que teríamos a coisa definida em unidades
tador e a refinaria. Hoje é só refinaria. Vamos poder de real por volume ou peso de combustível.
ter importação direta quando da liberação. Aquilo vai Quais as razões disso? Uniformizaria a legisla-
para a distribuidora, e uma parte vai a granel para o ção, otimizaria a sistemática de arrecadação e fiscali-
consumidor que utiliza isso como insumo de produ- zação e evitaria aumento de impostos quando há alta
ção. Por exemplo, em fábrica de cerâmica é muito uti- de preço. Dessa forma, haveria maior controle sobre
lizado gás para fins industriais e secagem de forno. essas coisas.
Da distribuidora, vai para a primeira revenda, depois a Como os senhores viram, são as mesmas apre-
segunda, terceira e, às vezes, quarta e quinta, até sentadas pelo setor de combustíveis. No caso de
chegar ao consumidor doméstico. ICMS, imaginávamos que essa PEC seria só para o
Uma das dificuldades da tributação do gás - e caso do imposto federal, embora seja criada a CIDE,
sofremos muito nos Estados - deve-se ao fato de eu já ouvi conversas no sentido de que, eventualmen-
que calculam a cadeia produtiva muito na base na te, ela pode incorporar o PIS/COFINS. No texto, pode
venda ao consumo doméstico, que é o preponderan- substituir o PIS/COFINS e ficar um imposto único so-
te. No caso do consumidor, que usa como insumo, a bre os combustíveis. Não sei se os nobres Deputados
cadeia produtiva é bem menor. E eles cobram impos- vão querer amarrar isso de forma melhor, mas como
to supondo uma cadeia produtiva mais extensa, com PIS/COFINS, o aumento do valor da alíquota geraria
várias revendas. Acaba-se tendo direito à restituição algumas complicações.
tributária, e só um ou dois Estados praticam o sadio No caso do ICMS, se tiver algum movimento
ato de devolver o imposto arrecadado a maior. Te- nessa direção, gostaríamos que fosse na mesma li-
mos um problema nessa área, e é uma das proposi- nha. Estamos defendendo um princípio: alíquota es-
ções que vamos fazer é no sentido de homogeneizar pecífica e unificada entre os Estados - hoje, cada
esses critérios entre Estados. Estado tem sua alíquota -, não tanto nos 17% ou
41236 Sexta-feira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Ap,oslo de 2()() I

14%, mas diferentes margens de valor agregado, pe- res a granel, como é o caso da cerâmica. Os Estados,
las quais se contam os sucessivos passos da cadeia às vezes, cobram com margem de valor agregado
de comercialização. Cada Estado arbitra isso. maior do que aquele que vai para o consumidor do-
Recentemente, quando o preço do gás foi libe- méstico, em que o número de passagens pelos reven-
rado nas Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, dedores é maior. Queremos a manutenção do ressar-
completando uma etapa de liberação, essa liberação cimento da diferença de imposto quando o preço pra-
ficou parada porque alguns Estados teriam de reduzir ticado é inferior ao presumido. Essa é situação atual.
a margem de valor agregado para evitar maior impac- Precisa haver um ressarcimento. Queremos que seja
to sobre os preços. Foi preciso que se fizesse uma re- mantido o ressarcimento pelo Estado de consumo,
união do CCI\lFAZ, e todos sabem que isso é uma coi- que chancela o valor e é compensado na importação
sa extremamente complicada. ou na refinaria.
No caso do ICMS, somos a favor também da ex- Conversando com o pessoal de combustíveis,
tinção dessa imunidade interestadual, conforme já foi verifico que, como o combustível chega mais próximo
proposto aqui. Isso é hábito. Tem muita margem para e não tem mais etapa de comercialização depois que
sonegação. Pega-se o caminhão com combustível, abastece o consumidor, eles não teriam grande preo-
diz-se que vai para outro Estado, e se tem imunidade cupação com a questão do ressarcimento, que é
tributária; quando, na verdade, aquilo é desovado em pago a maior. Para nós, porém, isso é muito importan-
algum lugar, simplesmente corno forma de sonega- te, porque há os consumidores industriais - e temos
ção. Isso manteria a arrecadação no Estado de con- direito ao ressarcimento.
sumo, evitaria a sonegação e daria transparência ao A tendência, à medida que se liberar o mercado,
destinatário do tributo. é a de que o gás possa ser usado para outros fins,
A alíquota específica do ICMS tem a grande eventualmente até para uso automotivo. Isso teria a
vantagem de eliminar a discussão sobre diferenciais vantagem do estilo do uso do gás nos processos pro-
de alíquota, que é algo absurdo. Tudo tem que passar dutivos, o reconhecimento desse segmento diferenci-
pelo CONFAZ, e alguns Estados ficam puxando suas ado, maior controle fiscal e agilidade na compensa-
alíquotas para terem ganhos tributários. Garante e ção do tributo.
padroniza o sistema de arrecadação, põe um fim à Gostaria de chamar a atenção dos senhores
guerra fiscal entre os Estados e permite a compensa- para o fato de que nossas sugestões batem muito
ção global. Pode-se utilizar o sistema para fins de com as feitas aqui pelo SI NDICOM, que são: a inci-
compensação entre os Estados. Fica urna coisa mais dência monofásica; as alíquotas específicas, seja da
clara do ponto de vista tributário e mais transparente. CIDE, do PIS-COFINS ou do ICMS; o fim da imunida-
No caso do ICMS e PIS/COFINS, a substituição de interestadual; alíquotas uniformes do ICMS com o
tributária na fornecedora, a proposta chamada mono- produto em todo o País. O ponto em que teríamos pe-
fásica, consolida o sistema atual. Essa foi urna grande quena divergência seria quanto à imunidade dos hi-
medida que o Governo adotou, pois eliminou boa par- drocarbonetos líquidos em estado natural.
te dessas liminares mas, na hora em que abrir a im- À primeira leitura da PEC, entendi que o petró-
portação, como os senhores ressaltaram, vão dizer leo em si estava isento, mas há um artigo - depois po-
que a importação é diferente e começarão aquela derei mostrar-lhes - que diz que não há tributação so-
guerra novamente. A meu ver, é urna coisa muito ar- bre os derivados e o outro que diz que há. Isso gerou
riscada. Mantém o impeditivo à sonegação e garante um pouco de confusão.
a arrecadação e a fiscalização. Agradeço aos senhores a atenção e fico à dis-
Queremos também, no caso do ICMS, se a PEC posição, juntamente com meus colegas das empre-
for entrar nessa área, uma MVA definida por Estado sas, para prestar os esclarecimentos adicionais ne-
com uma porcentagem do preço presumido. Quere- cessários. Agradeço novamente à Comissão que exa-
mos urna MVA nacional única, o que seria dispensá- mina a PEC a oportunidade.
vel se a alíquota fosse específica. Se tivéssemos uma Muito obrigado.
alíquota específica, não haveria o que discutir o que O SR. PRESIDENTE (Deputado Eliseu Resen-
vem nas etapas de comercialização. Isso teria a van- de) - Agradecemos ao Dr. Roberto Macedo a impor-
tagem, por ser o fim da guerra fiscal, de haver melhor tante exposição e, imediatamente, partimos para a
quantificação do percentual do tributo. fase dos debates.
Finalmente, falo de algo que é muito importante Daremos a palavra inicialmente ao nobre Rela-
para nós por causa desse fornecimento a consumido- tor, Deputado Basílio Villani.
Agosto de 2()() I DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexla-feira 31 41237
O SR. DEPUTADO BASíLIO VILLANI- Sr. Pre- vergentes e serão absorvidas por esta Relatoria, não
sidente, senhores expositores, Srs. Deputados, em tenho dúvida nenhuma.
cada audiência pública realizada vemos condições de Temos a felicidade de contar com o Presidente
enriquecer o trabalho desta PEC, que considero a Eliseu Resende, uma das pessoas mais experientes
mais importante deste semestre, talvez deste ano, no assunto no Brasil. Iremos contribuir, sim, com o
porque é de extrema importância para o País. Tenho a País, deixando pronta esta PEC até o dia 10 de agos-
convicção de que ela será a locomotiva que vai arras- to, do contrário, não vamos resolver o problema, por-
tar os demais tributos, porque todos desejamos a re- que o prazo fatal é o dia 2 de janeiro de 2002, quando
forma do sistema tributário, mas ela está empacada a matéria deverá ter sido aprovada em dois turnos
nesta Casa há bastante tempo. Acredito que, se reali- tanto no plenário desta Casa quanto no do Senado.
zarmos um trabalho inteligente em relação à PEC n° Aproveito, então, porque há algumas sugestões,
277, poderemos inclusive obter condições de avan- para formular uma pergunta. E a faço já pensando em
çarmos na reforma do sistema tributário. termos de futuro e em nível de mercado, com o gaso-
As palestras de hoje foram apresentadas com duto implantado, o gás natural implantado em alta es-
material muito bem elaborado e nos dão certa tran- cala. Quando se fala por exemplo em termos de evolu-
a
qüilidade, porque vimos muito poucas divergências ção das grandes empresas, Dr. Roberto Macedo, V. 5
nas propostas apresentadas. não vislumbra a substituição do gás liqüefeito pelo gás
natural?
Volto a frisar, Sr. Presidente, primeiro, a questão O SR. ROBERTO MACEDO _ Bem, sou do GLp,
do prazo. Infelizmente, poderíamos fazer um estudo mas, como santo de casa não faz milagre, sou consu-
bem mais profundo, mas não temos tempo. Vamos
midor do gás natural. Quanto ao gás natural, particu-
aprovar essa matéria no mais tardar - é um compro- larmente num país imenso como o Brasil e com um
misso meu - no máximo até o dia 10 ou 15 de agosto. grau de pobreza ainda muito grande, é muito cara a
Como no mês de julho entraremos em recesso, temos sua instalação, porque se tem de fazer toda a rede.
praticamente só a semana que vem. Hoje, encerra-
Ele deve ganhar espaço, mas a velocidade dis-
mos as audiências públicas; na semana que vem, tra- so não vai ser muito acelerada. Estamos encontrando
taremos de assuntos internos - pelo menos aqueles
uma competição maior em segmentos isolados, parti-
mais constantes e freqüentes na Comissão, porque cularmente os industriais, por onde passa a tubula-
quando se constitui uma Comissão todos pedem ao ção. E ela ainda é muito voltada para esses grandes
Líder para que sejam indicados, mas depois não apa- consumidores. Aí, passa a haver uma competição
recem. Por felicidade, temos companheiros acompa- muito forte em setores industriais como o da cerâmi-
nhando de perto os nossos trabalhos. E é minha in-
ca.
tenção, sim, fazer uma inovação nesta Casa.
Vemos que, com as dimensões continentais do
Como as apresentações foram todas conver- Brasil, o mercado está sempre crescendo, porque a
gentes, com os palestrantes trazendo sugestões mui- demanda do gás doméstico está muito ligada ao nú-
to importantes, tenho o desejo, Sr. Presidente, de fa- mero de domicílios. Num País que tem uma fronteira
zer um trabalho, não de microfone, um discurso políti- muito grande, vemos um mercado que, nesse está-
co - sim, porque este é um trabalho técnico e não po- gio, nesse horizonte que podemos contemplar, ainda
lítico -, mas no sentido da participação. Apesar do oferece espaço para os dois. Há muito espaço para
nosso recesso, acredito que o pessoal dos sindicatos, crescimento.
confederações, do Ministério dos Transportes e da Inegavelmente, o pessoal do GLP espera que a
PETROBRAS não terão recesso. Assim, comprome- instalação da nova rede seja compensada com a libe-
to-me, mesmo durante esse período, a fazer esse tra- ração do nosso gás para outros usos. Há países que o
balho grupal, para sairmos com um produto acabado utilizam no setor automotivo. Entretanto, por causa do
e de extrema importância, com pelo menos o rascu- subsídio, estamos tolhidos em relação a alguns usos
nho das leis, porque só a PEC será insuficiente. Tere- do gás. Com a liberação, pode ampliar o mercado,
mos de, por intermédio da PEC, produzir várias leis. E que teria espaço para ambos os produtos.
é o desejo e a intenção desta Relataria pelo menos O SR. DEPUTADO BASíLIO VILLANI- Um dos
deixar os rascunhos das leis prontos e discutidos com quadros apresentados aqui mostrou o consumo do-
a sociedade e com os maiores interessados. méstico per capita por Estado. Tenho absoluta con-
Não tenho muitas perguntas a fazer, porque as vicção, porque já vi veículos de Prefeituras transpor-
sugestões estão claras e, a princípio, todas são con- tando alunos com botijão de gás. É um absurdo, mas
41238 Sexla-Iciru 3\ DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Ag<ISltl de 2001
isso ocorre. Quando vejo essa diferença, em termos A partir dos debates desta PEC, outras preocu-
de Estados, penso que talvez isso seja a causa da di- pações surgiram, e passamos a buscar o que real-
ferenciação de alíquotas. Não seria? O sindicato fez mente queremos para a economia do País, para as in-
algum estudo sobre isso? dústrias, discutindo como trabalhar e, ao mesmo tem-
O SR. ROBERTO MACEDO - Não. Não temos po, que destino final queremos dar para a PPE.
um estudo para correlacionar isso com a alíquota. Te- Petista que sou, tenho clareza das necessida-
ria de ser uma tributação maior. Mas acredito que, des, cada vez maiores, das nossas empresas naciona-
nesse estágio, não, porque inclusive em boa parte is. Não participei desse debate na Comissão, mas, ob-
desses Estados, até recentemente, o produto era ta- servando as normas que o Constituinte inseriu na Car-
belado. Então não tem grande efeito. E V. Exa nota que ta Magna para disciplinar a forma como os produtos in-
os Estados em evidência são aqueles que se desta- ternacionais poderiam entrar no País, consigo ver a
cam pela agricultura: Tocantins, Goiás, Rio Grande do enorme diferença em relação ao que acontece hoje.
Sul, Mato Grosso. Nós, do PT, não somos culpados pela situação
O SR. DEPUTADO BASíLIO VILLANI - Deve- atual do mercado. Quando defendemos as indústrias
mos ter bastante veículos com botijão de gás nas car- nacionais, somos até chamados de dinossauros por
rocerias. aqueles que acreditam que modernidade é abrir o
mercado e deixar acontecer o que está ocorrendo.
O SR. ROBERTO MACEDO - Deve haver, mas Devemos, pois, fazer uma autocrítica, mas muitos que
temos de deixar isso para outra Comissão. ajudaram a fazer isso não fazem essa autocrítica. Mas
O SR. DEPUTADO BASíLIO VILLANI- Não te- acredito que há tempo de fazermos a reparação.
nha dúvida. O momento é importante para nos debruçar so-
Deixarei para depois a formulação de outras bre esse trabalho, até porque percebo, em todo os de-
perguntas. Agradeço ao Sindicato Nacional das bates de que venho participando, que não está ha-
Empresas Distribuidoras de Gás Liqüefeito de Petró- vendo discordância entre os ramos envolvidos. Deve-
leo, que inclusive tem feito um milagre, porque foi por mos, então, aproveitar essa unidade para entrarmos
intermédio do SINDIGÁS que se acabou com a quar- na elaboração final desse projeto.
ta-feira de cinzas no Brasil, uma vez que até São Pe- O SR. DEPUTADO BASíLIO VILLANI- Peço li-
dro comprou fogão a gás. (Risos.) cença a V. Exa para dizer que está havendo verifica-
Muito obrigado. ção de quorum na Comissão do Orçamento e que,
por isso, terei de me retirar por alguns momentos. Vol-
O SR. PRESIDENTE (Deputado E!iseu Resen-
tarei rapidamente.
de) - Com a palavra o nobre Deputado Carlos Santa-
O SR. DEPUTADO CARLOS SANTANA - Cre-
na.
io, portanto, que já ternos todas as condições de par-
O SR. DEPUTADO CARLOS SANTANA - Sr. tirmos para a elaboração final.
Presidente, S~ e Srs. Deputados, senhores membros Fico muito feliz em saber que o Dr. Roberto Ma-
da mesa, primeiramente quero elogiar o trabalho que
cedo está envolvido com a questão do GLP Entretanto,
V. Exas. fizeram, porque esta PEC é uma pequena re- tenho uma preocupação. Temos nesse setor uma
forma tributária. bomba de efeito retardado que está lá no final, no con-
Acompanho de perto a questão dos postos de sumo. V. sa é hábil, reconheço embora tenhamos diver-
gasolina e sei que os donos de postos de gasolina ho- gido em relação a muitos pontos da Lei Portuária.
nestos estão sofrendo por causa dos desonestos, Estou dizendo isso, porque moro no subúrbio do
que sonegam impostos e adulteram o combustível. Rio de Janeiro, na zona oeste, e sei o que é a distribui-
Sou responsável pelo recolhimento de assinaturas ção de gás para as pessoas. Hoje - desculpem-me a
para abertura de uma CPI só para discutir isso, por- expressão - é coisa de bandido distribuir gás da for-
que entendemos que o que perdemos com a adulte- ma como é ferta. Não por culpa da grande empresa,
ração da gasolina e do álcool é algo enorme. não, mas porque, quando o gás entra na cadeia de
Há um ano, venho acompanhando o processo e distribuição, para chegar ao consumidor é um proble-
todos esses números, tanto no que diz respeito à tri- ma. É padaria, é açougue, é farmácia, todo o mundo
butação nos Estados, quanto em relação à adultera- distribuindo gás, e o Município não faz nada, e o Esta-
ção, e estou muito satisfeito porque, até essa PEC, do, que deveria, com bombeiro e tudo, fazer a fiscali-
estávamos somente preocupados com a PPE - e te- zação, não faz, e assim sucessivamente. E ainda há
mos de fazer o nosso mea-culpa. uma máfia aí. Todo o mundo tem direito, e aí o sujeito
Agosto dlJ 2001 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS SlJxta-lcira 31 41239
quer entrar na distribuição, mas vem outro e diz: "Não, O SR. DEPUTADO CARLOS SANTANA - Eu es-
aqui o território é meu. Aqui só entra ou sai quem eu tou à disposição, assim como vários Deputados.
quero". E acabou. Digo isso porque é o que acontece O SR. ROBERTO MACEDO - Mas temos que
na Zona Oeste, de onde venho e que conheço - Ban- regulamentar, porque é uma oportunidade de trabalho
gu, Padre Miguel, Realengo, Campo Grande, região para mu~as dessas pessoas.
onde milito e onde resido. O SR. DEPUTADO CARLOS SANTANA - Não,
Então, é extremamente importante o sindicato não, isso eu acho que é...
a
começar a agir, e fico até feliz por saber que V.S está O 5R. ROBERTO MACEDO - Eles estão pres-
no sindicato; é importantíssimo começarmos o mais tando um serviço, porque levam o gás às vezes a áre-
rapidamente possível. Temos que saber como traba- as inacessíveis.
Ihar com a PEC para tentar uma amarração, mas acho
que vamos ter de trabalhar numa legislação espec ífica O 5R. DEPUTADO CARLOS SANTANA - Não,
também, o que certamente vai passar pelos Estados e é só para evitarmos abusos. O que eu acho que temos
Municípios, e os senhores já deveriam ter essa preocu- de fazer é uma regulamentação, porque hoje não há
pação, o mais rapidamente possível. E os companhei- como enquadrar ninguém. Qualquer um entra nesse
ros da área de postos de gasolina começaram a fazer mercado, e aí vale a força. É como o velho oeste. É a
um trabalho belíssimo, que foi um trabalho de denún. luta do velho oeste. E se isso acontece no Rio de Janei-
cia, digamos assim, contra as adulterações, todo um ro, imaginem o que acontece nos outros Estados. É pior
ainda.
processo que aconteceu, até para mostrar que existem
os honestos, para os quais a margem de lucro é extre- O SR. ROBERTO MACEDO - Vou falar aqui, ago-
mamente pequena, mas há os desonestos, que estão ra, como professor. Uma idéia que clicou na minha ca-
ganhando mu~o, que estão comprando internamente. beça é a de eventualmente usar-se a oportunidade des-
Então, acho que há também uma necessidade de o sa PEC para fazer uma reforma tributária, se fosse o
sindicato agir nesse sentido. caso. Nessa questão dos combustíveis, se se incluísse
Não tenho perguntas. Só quero agradecer o tra- o ICMS e se chegasse a um acordo nessa linha, talvez
balho extremamente importante que os senhores fi- fosse o caso de resolver por aqui e depois generalizar
zeram. Vejo aí o nosso Presidente, que é um especia- para o resto. Já que não dá para fazer para tudo, que
lista em tributação, como todos sabemos, e o Deputa- se comece do particular para o geral, certo? É o tal raci-
ocínio indutivo.
do Mussa Demes, a quem fiz ontem uma cobrança,
pois se tivesse continuado fazendo a reforma tributá- O 5R. DEPUTADO CARLOS SANTANA - Está
ria já teríamos definido isso há mais de dois anos. O certo.
problema é que não tiveram pe~o, não tiveram cora- O SR. PRESIDENTE (Deputado Eliseu Resen-
gem de fazer a reforma tributária, que incluía esta dis- de) - Com a palavra o nobre Deputado Carlos Alberto
cussão. E ontem eu passei a tarde conversando com Rosado.
o Deputado Mussa Demes, que é suplente nesta Co- O SR. DEPUTADO CARLOS ALBERTO
missão, e disse-lhe que poderia participar mais, pois ROSADO - Sr. Presidente, Dr. Roberto Macedo, Dr.
é uma pessoa que pode ajudar muito. João Pedro Gouveia Vieira e Dr. Aldo Guarda, agradeço
Então, quero só agradecer este momento. Espero as brilhantes explanações, que ajudaram esta Comis-
que o projeto seja levado à votação o mais rapidamente são a entender o problema com que estamos defron-
possível, porque eu acho que já está começando a ficar tando para fazer uma legislação específica sobre esse
maduro. assunto e a vivência, a conseqüência desses atos que
O SR. ROBERTO MACEDO - V. Ex" permite um estamos tomando aqui na vida do cidadão brasileiro. E é
esclarecimento, Deputado? Sobre essa questão dos importante que tenhamos sempre o cidadão brasileiro
vendedores, sabemos do problema. Inclusive não é como objetivo maior das ações desta Casa, tal como
só questão de saber. Temos todo um aparato jurídico prega o colega Deputado Carlos Santana.
que nos pressiona a tomar conhecimento do proble- Sr. Relator, Deputado Basílio Villani, o ouvido de
ma. Freqüentemente somos chamados ao Ministério Relator é o de que mais a gente gosta, o que a gente
Público, aos bombeiros do Rio de Janeiro, mas é um atinge com mais vontade. Portanto, agradeço sua votla
assunto que, no primeiro estágio, depende muito de rápida, porque eu gostaria de fazer também alguns co-
regulamentação por parte da ANP, e temos lutado por mentários a respe~o desse assunto.
isso. Eventualmente podemos até conversar e, se for Primeiro, há uma desconfiança terrível de que
o caso, ir lá. na verdade o Governo quer com isso inicialmente re-
41240 Sexta-kira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agustu de 2001
solver o problema da participação especial do petró- Nós tínhamos um problema de água e começa-
leo, mas depois aproveitar e enfiar a mão no bolso do mos a tentar resolvê-lo procurando atingir um lençol
consumidor mais uma vez. Na hora em que o Gover- que, lá na minha cidade, passa a mais de 1.200 metros
no cria essa contribuição de intervenção no domínio abaixo do reservatório, o Arenita Sul. E para conseguir-
econômico, que tem o objetivo de pagamento de sub- mos fazer isso perfuramos uma série de poços, e sem-
sídios ao preço do transporte de álcool carburante ou pre passamos por uma camada de petróleo, até que
de derivados do petróleo, estendido pelo Presidente um dia resolveram cavar um poço para criar um hotel,
para o gás também, com o que concordo, acho que é o Termal, lá na minha cidade, e no dia da inauguração
interessante, tudo bem; mas aí a gente vê que, na le- do hotel as piscinas amanheceram cheias de petró-
tra b, o Governo já pede financiamento de programas, leo. Estava descoberto o petróleo mossoroense.
fiscalização de qualidade de combustível. Ora, apro- A região hoje produz 150 mil barris de petróleo.
vamos aqui a Lei n° 9.478, que regulamentava exata- E, apesar de produzirmos tanto petróleo e gás natural
mente a comercialização do petróleo, e lá havia taxas - já abastecemos, no ramal que vem em direção ao
para a ANP executar exatamente essa atividade; Sul, os Estados da Paraíba e Pernambuco, e entra-
mas, como se está mexendo novamente e o Leão tem mos até em alguns Estados, como Alagoas, que tam-
urna boca muito grande, então o Governo, querendo bém produz, mas não beneficia, e nós beneficiamos;
dar uma nova mordida no bolso do consumidor, inclui agora estão terminando a construção do ramal que
esse dispositivo: "regulamentação das atividades de vai para o Norte e que atinge, no presente momento,
indústria do petróleo e gás natural"; '10mento das ati- Pecém, e a nossa expectativa é de uma produção de
vidades de transporte, energia e meio ambiente" - pa- 10 bilhões de metros cúbicos -, o que é que fica efetiva-
rece-me que essa letra b não tem um objetivo; ela mente para o Rio Grande do Norte dessa contribuição
foge, extrapola o objetivo da PECo decisiva que o petróleo dá ao desenvolvimento da Na-
ção? Absolutamente nada, porque, no sistema tributário
Portanto, quero deixar uma sugestão. E vou par- atual, não podemos tributar o petróleo bruto.
ticipar das discussões futuras da PEC, se Deus qui-
ser; infelizmente, não podemos garantir a participa- Sei que isso não é objeto desta Comissão, mas
ção, talo nível de atividade nesta Casa. O novo Presi- muito se falou aqui e nesta audiência de hoje que é
dente, Deputado Aécio Neves, teve uma dificuldade muito bom que o petróleo bruto não seja tributado. Ora,
na fase inicial, mas depois foi aprumando suas ações para o Rio Grande do Norte, para o desenvolvimento
e de repente abriu todo um conjunto de Comissões. do Estado, pela contribuição que o Rio Grande do
Confesso que não sou membro desta Comissão, mas Norte dá à Nação brasileira, é importantíssimo que o
petróleo seja tributado, possa ser tributado na forma de
sou Presidente de outra, que estava em reunião, e petróleo bruto, porque se conseguirmos estabelecer
membro de mais duas, mas precisava vir aqui dar que, desse ICMS do petróleo, 10% vão para o petróleo
este depoimento e discutir os assuntos que são de in- bruto, 7%, ou 3%, ou 4% vão para a refinaria e o res-
teresse da região e da população que represento tante vai para o Estado consumidor, o Rio Grande do
nesta Casa. Norte terá recursos adicionais para promover seu de-
Portanto, espero que o Sr. Relator seja sensível senvolvimento.
ao fato de que a letra b é absolutamente supérflua Choca-nos saber que o Governo quer que toda
nessa PEC e só tem o objetivo de tirar um pouco mais a sociedade brasileira contribua de forma a subsidiar
de dinheiro do consumidor. o consumo de cada região brasileira, mas não reser-
Um segundo ponto: falamos aqui a respeito da va um subsídio diferenciado para os Estados produto-
legislação tributária do petróleo no Brasil. Ela é extre- res. Tenho uma emenda nesse sentido, Sr. Relator,
mamente perversa com os Estados produtores de pe- propondo que esses recursos que serão arrecadados
tróleo. Há vinte anos, no meu Estado, o Rio Grande do com as taxas e intervenções cuja criação está em dis-
Norte, descobriu-se petróleo. Quando se criou a cussão neste momento possam subsidiar de forma
PETROBRAS - e havia um ex-funcionário da diferenciada o consumo nos Estados produtores.
PETROBRAS aqui, o Deputado Zica, que sabia des- Portanto, é de bom-tom e agradeço a boa nolí-
sa história -, o Governo começou a pesquisar petró- cia que recebi de que o Sr. Presidente desta Comis-
leo e contratou um técnico, Mr. Link, dos Estados Uni- são promoverá, a partir da próxima semana, rodadas
dos, que veio, fez uns furos no Rio Grande do Norte de discussão nesta Casa, quando poderemos esclare-
em 1954, mas infelizmente não descobriu petróleo cer de forma mais completa o objetivo da nossa emen-
naquela ocasião. da e o desejo do Rio Grande do Norte, com certeza
Agosto de 200 I DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-lcira3\ 41241
também do Espír~o Santo, com certeza também da Ba- tre o produto nacional e o importado, alcançando um
hia, Estados que produzem petróleo em terra mas não objetivo fundamental da nossa proposta, da PECo Mas
conseguem beneficiar-se dessa riqueza que a natureza ficam ainda algumas questões de subfaturamento, de
lhes deu. fraude, de imunidade interestadual, fraude do ICMS di-
Muito obrigado. Não tenho nenhuma pergunta ferenciado entre Estados, incerteza quanto à arrecada-
específica. ção do Estado e dupla tributação do petróleo. Vou deixar
O SR. PRESIDENTE (Deputado Eliseu Resen- para o final a extinção da imunidade interestadual e a
de) - Agradeço ao ilustre Deputado Marcio Fortes a alíquotas uniformes. Se for acrescentada a questão
presença. relacionada à imunidade ou ao diferimento, na saída
Não há mais nenhum Parlamentar inscr~o para da refinaria, dos tributos sobre os hidrocarbonetos lí-
debate. quidos e em estado natural, aí fica resolvida a ques-
O SR . DEPUTADO BASíLIO VILLANI- Sr. Pre- tão da dupla tributação.
sidente, fui citado pelo Deputado Carlos Alberto, aliás Bem, ficam as duas questões que gostaria de de-
Betinho, meu amigo. Inclusive gostaríamos de contar bater aqui, finalmente, para nossa orientação, para a
com V. Exa nesta Comissão, em razão da sua brilhan- orientação da Comissão como um todo: a questão do
te participação. Estamos de pleno acordo. Esta dis- fim da imunidade interestadual do ICMS e a questão
cussão, essa sua vontade, esse seu talento não po- das alíquotas uniformes do ICMS. São assuntos que
demos desperdiçar nesta Comissão. Então, pediria nos devem preocupar aqui política e tecnicamente.
que se somasse a este grupo de trabalho. Primeiro, nosso Relator enfatizou aqui que te·
O SR. PRESIDENTE (Deputado Eliseu Resende) mos um prazo a cumprir. A idéia é liberar as importa-
- Chamo a atenção da nossa assessoria legislativa ções já em janeiro do ano que vem. E o nosso Relator
para o fato de que as exposições, eu acho, foram princi- está falando na aprovação aqui desse nosso parecer,
palmente muito didáticas e podem esclarecer o Sr. Re- do seu relatório, na primeira quinzena de agosto, para
lator, na grande tarefa que terá pela frente para apre- depois haver duas votações em dois turnos, tanto na
sentar seu parecer a esta Comissão. Câmara quanto no Senado. Mas esse não é o fim do
Eu gostaria de voltar àquele ponto que levantei processo. Depois tem que vir a lei, e a lei tem que ser
anteriormente. O Dr. Roberto Macedo não gosta muito aprovada e publicada antes do fim do ano. Então, nosso
da expressão "monofásica", não é? (Risos.) Ou "unifá- cronograma é mu~o rígido, e faríamos um milagre se
sica". Significa que o tributo é aplicado uma única vez conseguíssemos ultimar isso nesse prazo. Mas temos
no processo, na cadeia produtiva. Foi d~o aqui que, se que tentar.
ao texto original incorporar-se a alteração correspon-
E quero esclarecer ao Deputado Carlos Santana
dente à incidência monofásica, ou seja, o imposto apli-
que o Relator da Lei do Petróleo fui eu, sou eu o respon-
cado uma única vez, tanto para a contribuição de inter-
sável, mas demos ao Governo um prazo de três anos
venção no domínio econômico quanto para o
para corrigir isso, a partir de agosto de 1997. Esse prazo
PIS/COFINS, quanto para o ICMS, eliminaríamos, da-
venceu em agosto do ano passado e o Governo não re-
quela seqüência de problemas, o problema relaciona-
do com a fraude em vendas a grandes consumidores, solveu; pediu uma prorrogação até dezembro de 2001 e
eliminaríamos o questionamento da substituição tribu- enviou esta PEC, que chegou em outubro do ano pas-
tária e resolveríamos parte do problema da diferença sado aqui, a esta Casa, e só agora estamos tratando
de tributação entre o derivado importado e o produzido dela, já no mês de junho, às vésperas do recesso de
no Brasil. E isso vem de acordo e em consonância com julho. E vamos chegar a um ponto, se não formos sufi-
o que foi exposto aqui ontem pelo Presidente da cientemente ágeis - e esta velocidade é quase mila-
PETROBRAS. Era grande a preocupação dele com grosa - em que o Governo vai ter de enviar uma men-
que não venhamos a prejudicar a PETROBRAS nessa sagem prorrogando novamente o prazo por lei. Então,
questão da comercialização de combustíveis no Brasil estamos com esse tipo de problema.
quando se promove a abertura para a importação. O que se propõe aqui? Basicamente - e este é o
Mas isso apenas resolve uma parte, pelo que ponto que gostaria de deixar enfatizado aqui, e temos
está indicado aqui. Se nós, então, adicionalmente à que nos reunir com o nosso Relator, com a assessoria
incidência monofásica, introduzirmos a característica legislativa, com aqueles todos que estão fazendo esta
da alíquota específica, em cima da CIDE, do proposição, no sentido de buscar a plena resolução de
PIS/COFINS e do ICMS, eliminaremos totalmente a todos esses problemas - precisamos discutir a questão
questão relacionada com a diferença de tributação en- das alíquotas uniformes do ICMS. Nesse ponto, preci-
41242 Sexta-feira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPIJIADOS Agus(u de 2001
saremos ter um pouco de sensibilidade, e não apenas mos a sociedade. Se uniformizarmos por baixo, mui-
técnica. tos Estados vão reclamar e não vão aprovar. E se um
Todos entenderam que, tecnicamente, é preciso do CONFAZ não aprovar, não haverá aprovação.
que isso aconteça. O próprio Governo já disse aqui, por Estamos aqui com aquele que já presidiu o CONFAZ
intermédio do Secretário Everardo Maciel, que o ideal várias vezes no Brasil.
seria que houvesse uma alíquota uniforme não só para O SR. ROBERTO MACEDO - Não, eu não che-
o combustível, mas para todos os produtos. Essa é uma guei a tanto. (Risos.) Mas já participei de várias reu-
questão que envolve outras esferas de poder, a dos niões. É um negócio complicado.
Estados, porque eles é que são os cobradores do O SR. PRESIDENTE (Deputado Eliseu Resende)
ICMS, que é a principal fonte de arrecadação estadual, _ O Ministro da Fazenda preside o CONFAZ, não é?
e o combustível é a principal base de arrecadação de
ICMS em cada Estado. Bom, teríamos nós condições _ O SR. ROBERTO MACEDO - É. mas na ausên-
e chamo atenção para isto - de resolver aqui, com cia dele é o Secretário de Política Econômica.
esta velocidade, esse problema? Se o resolvermos, O SR. PRESIDENTE (Deputado Eliseu Resen-
teremos todas as questões solucionadas. Se não o de) - Pois não. Então, eu levanto essa questão - e é
resolvermos, vamos ficar com o risco da incerteza por isso que estou chamando a atenção da nossa as-
quanto à arrecadação dos Estados, à fraude do ICMS sessoria técnica - porque se partirmos para uma so-
diferenciado entre os Estados e à fraude na imunida- lução ótima, de uma redação plena que resolva todos
de interestadual do ICMS. os problemas, daí teremos que partir principalmente
Dizem que às vezes o ótimo é inimigo do bom. para uma negociação com os Estados, definindo inclu-
Vamos partir para obter o ótimo? Teremos condições sive a alíquota, porque se algum Estado entender que
de obter o ótimo na velocidade desejada? Porque isso vai perder arrecadação...
vai envolver a participação dos Estados, vai envolver re- Gostaria, então, de ponderar sobre isso. Eviden-
uniões com o CONFAZ. temente, se dissermos que vamos considerar o Esta-
Tem a palavra o Deputado Rosado. do que cobra a maior alíquota de ICMS sobre os corn-
O SR. DEPUTADO CARLOS ALBERTO bustíveis e nivelar por cima, todos os Estados vão
ROSADO - Sr. Presidente, a questão atenta contra o querer, é claro, mas teremos a reclamação da socie-
princípio constitucional do pacto federativo, que é o dade, porque estaremos aumentando o preço dos
da autonomia dos entes federativos. Essa é uma ne- combustíveis.
gociação tão ampla e difícil que até implodiu a Comis- O SR. DEPUTADO CARLOS ALBERTO
são da Reforma Tributária. Se formos entrar nisso, não ROSADO - Sr. Presidente, vejo um pouco mais do
vamos sair do lugar. Então, vamos tangenciar o proble- que isso. Além de aumentar ou diminuir a receita tri-
ma, como V. E)(, está propondo. butária, há o poder do Estado de decidir sobre os fo-
O SR. PRESIDENTE (Deputado Eliseu Resende) mentos ou sobre o caminho do seu desenvolvimento
- É verdade. Minha preocupação é essa que V. E)(' econômico. Na hora em que se estabelece uma quota
levantou. única, ou um valor único, e impede-se o Estado de tra-
O SR. DEPUTADO BASíLIO VILLANI - Eu já balhar essa quota de ICMS, que é atribuição constituci-
tenho uma impressão diferente. Tenho a impressão onal dos Estados, estamos impedindo que o Estado
de que pelo menos temos de tentar, porque é um as- faça a sua política econômica. A questão é mais com-
sunto específico e de extrema necessidade. Se não plexa.
conseguirmos fazer isso, vamos ter dificuldades. Eu O SR. PRESIDENTE (Deputado Eliseu Resende)
acho que pelo menos temos de tentar. - A Constituição entra também na legislação tributária,
O SR. PRESIDENTE (Deputado Eliseu Resen- definindo o que compete aos Estados arrecadar, mas
de) - Prosseguindo, então, na minha ponderação, e essa é uma questão de emenda constitucional. Corno
os Srs. Deputados entenderam que o problema exis- vamos garantir a aprovação da nossa emenda consti-
te, como alcançaríamos, para a satisfação plena de tucional em plenário se porventura o Estado de São
todos os Estados, a uniformização da alíquota do Paulo acionar sua bancada para não aprová-Ia?
ICMS? A primeira afirmação que se faz é: para satis- Estou só exemplificando com o Estado de São Paulo,
fazer os Estados deve-se uniformizar por cima. Mas, mas poderia ser qualquer outro, como o Paraná, ou
se uniformizarmos por cima, estaremos aumentando mesmo todo o Nordeste. Então, temos que analisar
os preços dos derivados do petróleo, o que não é ob- isso, em face da velocidade que temos de imprimir aos
jetivo da sociedade nem nosso, nós que representa- nossos trabalhos.
Agosto d~ 2001 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS S~xta-Icira 31 41243
Quero dar a palavra para resposta, depois, ao consumo, como já acontece hoje, simplesmente para
SINDICOM, lembrando também que parece que está ev~ar aqueles artifícios de quem quer comprar sem
dentro da reforma tributária ou é do desejo do Gover- ICMS alegando que vai levar para outro Estado.
no enviar uma PEC especial, uma legislação especial O SR. PRESIDENTE (Deputado Eliseu Resen-
unificando a alíquota do ICMS sobre todos os produ- de) - Ou seja, isso parece consenso; não haveria pro-
tos no âmbito estadual. Não sei se é o caso, talvez, de blemas com relação a essa questão. Restaria apenas
esperarmos que esse assunto seja debatido em âm- a questão da unificação.
bito mais geral, em um processo, em um período de O SR. ALlZIO MENDES VAZ - É transparente, é
reflexão maior, mais longo. Assim, alcançaríamos indiferente para os Estados.
uma parcela importante do nosso propósito, porque O SR. PRESIDENTE (Deputado Eliseu Resen-
resolveríam~s a questão .d~ dif?renciação do preço de) _ Eu pergunto porque parece que esses pontos
do produto Importado, ehmmanamos a questao da estão elencados na emenda do Deputado Mareio For-
substituição tributária, eliminaríamos toda a questão tes, que, entretanto, envolve também a questão da uni-
da incidência de liminares; só ficaria pendente a formização do ICMS.
questão d~ tributação específica, que contempla as Bem, eu chamo a atenção da nossa assessoria
arrecadaçoes do Estado. técnica legislativa e do nosso Relator para que esse
Faço esta observação e gostaria de uma pala- assunto seja analisado tecnicamente. Ontem a
vra adicional do SINDICOM a respeito disso, ou do Dr. PETROBRAS deixou a sua assessoria técnica à dis-
Roberto Macedo, pois entendo que talvez esse seja o posição da Comissão, e creio que o SINDICOM tam-
ponto principal para que possamos dar seqüência aos bém assim como o SINDIGAS e o
nossos trabalhos. FECOMBUSTíVEIS deixaram toda a sua assessoria
Com a palavra V.Sa. técnica à disposição do Relator e da nossa assesso-
O SR. JOÃO PEDRO GOUVEIA VIEIRA FILHO - ria técnica legislativa, para que possamos passar
Sr. Presidente, V. Ex" fez duas sugestões: uma é quanto agora, finda a fase dos debates, para a questão rela-
ao fim da imunidade interestadual; a outra refere-se às cionada ...
alíquotas uniformes do ICMS. Evidentemente, estamos O SR. DEPUTADO BASíLIO VILLANI -
cientes da complexidade de se fazer aprovar essa uni- Comente aquilo que Betinho contestou, o ~em 111, o
formidade do ICMS, e eu acho que seria uma ousadia negócio de distribuição. É importante. Betinho fez um
da nossa parte, já que não somos políticos, dizer ou su- comentário sobre o (ininteligível).
gerir que se deva agir assim ou assado. Apenas esta- O SR. PRESIDENTE (Deputado Eliseu Resende)
a
mos dizendo que com isso, como V. Ex mencionou, _ O que eu estava dizendo é que podemos dar seqüên-
poderíamos resolver ou tornar muito mais difícil qual- cia aos nossos trabalhos em reuniões internas de deba-
quer sonegação. te, para que o Relator possa (e esse é o projeto dele)
Agora, quanto ao outro ponto, a imunidade inte- apresentar na primeira semana de agosto seu pare-
restadual, eu pelo menos não enxergo dificuldade de cer, que submeteremos à aprovação do plenário, para
se conseguir isso agora, com esta PECo Não sei se V. ver se até o 15 de agosto teremos o relatório aprova-
a
Ex está vendo dificuldade. E se ficar só o problema da do, para tentar colocá-lo na pauta de discussões da
uniformidade, talvez a solução, se for um consenso, Câmara, no plenário, ainda no mês de agosto, e -
uma decisão política a inviabilidade, fosse aguardar- quem sabe? - no mês de setembro no Senado; em no-
mos essa outra PEC que o Executivo parece que vai vembro cuidaremos da lei e em dezembro ela estará
enviar ao Congresso para uniformizar as alíquotas por publicada. (Risos.)
produto. Quanto à destinação, nosso Relator solicita que
Esta é uma posição pessoal, mas também é uma façamos um comentário a esse respe~o. Parece que há
decisão política. Eu acho que é mu~o difícil nos posici- o entendimento aqui, entre os Parlamentares que es-
onarmos. tão participando mais ativamente das reuniões da Co-
O SR. ALlZIO MENDES VAZ- Só confirmando o missão, de que a destinação não deva realmente co-
que o Dr. João Pedro disse, quando falamos no fim na brir a questão relacionada com o custeio. Fica impró-
imunidade interestadual, é bom que fique bem claro prio vincularmos constitucionalmente recursos para
que isso não altera a arrecadação dos Estados. Tra- cobrir custeio. Então, em princípio concordamos com a
ta-se simplesmente de um ajuste na redação da Cons- posição do Deputado Rosado. Teremos de discutir a
tituição, assegurando, de qualquer forma, que toda a sua emenda com relação à tributação dos hidrocarbo-
arrecadação vá para o Estado de destino, o Estado de netos em estado natural, que é considerada aqui como
41244 Sl)Xla-lcira 11 DIÁRIO DA CÂMARA DOS IWI'UTADOS Agoslu dl) 200 I
bitributação. O que importa é a destinação do ICMS, na Philemon Rodrigues. Deixaram de comparecer os Se-
legislação do ICMS, contemplando mais os Estados nhores Deputados Antonio do Valle, Bispo Rodrigues,
produtores. É uma filosofia de destinação da tributação, Chico Sardelli, Fernando Gabeira, Flávio Derzi, Ger-
porque, a menos dos royalties aplicados, a menos dos vásio Silva, Haroldo Lima, Jaques Wagner, José Car-
royalties que contemplam os superficiais - uma vitória los Coutinho, José Priante, Pedro Pedrossian, Rober-
do Rio Grande do Norte, que deve ser creditada ao De- to Jefferson, Vadão Gomes e Vittorio Medioli. Ata -
putado Carlos Alberto Rosado -, a tributação sobre os Após declarar abertos os trabalhos, o Senhor Presi-
combustíveis ou é a tributação relacionada com as dente, Deputado Eliseu Resende, colocou em apreci-
contribuições, que é um tributo federal, ou é a tributa- ação Ata da oitava reunião, cuja leitura foi dispensada
ção relacionada com o ICMS, que é um tributo esta- por solicitação do Senhor Deputado Luciano Zica,
dual. tendo em vista a distribuição antecipada de cópias
Acho que devemos então convocar, para o início aos Senhores membros da Comissão. Em discussão
dos debates internos, urna reunião desta Comissão e votação, a Ata foi aprovada. Ordem do Dia - Discus-
para a próxima terça-feira. são do parecer do Relator, Deputado Basílio Villani,
Não havendo mais quem queira fazer uso da pa- que concluiu pela aprovação, com Substitutivo, da
lavra, convoco a reunião para a próxima terça-feira, Proposta de Emenda à Constituição n° 277-A, de
na mesma hora. 2000, do Poder Executivo, que altera os arts. 149 e
Agradeço aos expositores a presença e parabe- 177 da Constituição Federal; pela admissibilidade das
nizo-os pelo caráter didático de suas apresentações, emendas de nOs 1,2,3,4,5,6,7, a, 9,10,11,12 e 13,
com a certeza de que continuaremos a contar com a e no mérito, pela aprovação das emendas de nOs 1 e
sua assessoria técnica e com suas importantes con- 2, pela aprovação parcial das emendas de nOs 3,7,9,
tribuições. Por certo são contribuições importantes 11, 12 e 13, e pela rejeição das emendas de nOs 4, 5,
para esta Comissão. 6, a e 10. O Senhor Relator, no uso da palavra teceu
Agradeço a todos a presença e declaro encerra- considerações e agradecimentos aos parlamentares,
da a presente reunião. autoridades e funcionários da Casa, pela colabora-
ção dada à confecção do parecer ora apresentado,
COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR
procedendo, em seguida, à leitura de trechos do rela-
PARECER À PROPOSTA DE EMENDA À
tório. Nos termos do artigo 57, XVI, do Regimento
CONSTITUiÇÃO N° 277-Al2000, DO PODER
EXECUTIVO, QUE "ALTERA OS ARTS. 149 E 177 DA Interno da Câmara dos Deputados, pediram vista
CONSTITUiÇÃO FEDERAL'. (COMBUSTíVEIS). conjunta do processo, os Senhores Deputados Car-
los Santana, Luciano Zica, Joel de Hollanda, Luiz
Ata da 9 8 reunião, realizada em 7 de agosto de Antonio Fleury, Salatiel Carvalho, Ricardo Fiuza, Ro-
2001 berto Balestra e Werner Wanderer. Usaram da pala-
Aos sete dias do mês de agosto de dois mil e vra ainda os Senhores Deputados Carlos Santana e
um, às quatorze horas e cinqüenta e sete minutos, no Miriam Reid. Nada mais havendo a tratar, às quinze
Plenário número onze, do Anexo 11, da Câmara dos horas e cinqüenta e quatro minutos, o Senhor Presi·
Deputados, reuniu-se, ordinariamente, a Comissão dente encerrou os trabalhos, convocando reunião
Especial destinada a proferir parecer à Proposta de para o dia quatorze de agosto do fluente ano, às qua-
Emenda a Constituição n° 277-Al2000, do Poder Exe- .torze horas, destinada à continuação da discussão do
cutivo, que "altera os arts. 149 e 177 da Constituição parecer do relator. E, para constar, eu, , Edla Calhei-
Federal', sob a presidência do Senhor Deputado Eli- ros Bispo, Secretária, lavrei a presente Ata que, lida e
seu Resende. Compareceram os Senhores Deputa- aprovada, será assinada pelo Presidente e encami-
dos Airton Dipp, Airton Roveda, Badu Picançu, Basí- nhada à publicação no Diário da Câmara dos Deputa-
lio Villani, Candinho Mattos, Carlos Santana, Clovis dos, juntamente com as notas taquigráficas.
Volpi, Eliseu Resende, Fernando Diniz, Joel de Hol-
landa, José Borba, José Janene, Luciano Zica, Luiz O SR. PRESIDENTE (Deputado Eliseu Resende)
Antonio Fleury, Miriam Reid, Pedro Eugênio, Ricardo - Declaro abertos os trabalhos da presente reunião da
Fiuza, e Waldemir Moka, titulares; Edinho Bez, IIde- Comissão Especial destinada a analisar a PEC n°
fonço Cordeiro, Luis Barbosa, Paulo Octávio, Roberto 227-AlOO - Combustíveis.
Balestra, Rodrigo Maia, Salatiel Carvalho e Werner Tendo em vista a distribuição de cópias da ata da
Wanderer, suplentes. Compareceram ainda os Se- aa reunião a todos os membros presentes, indago sobre
nhores Deputados Fernando Coruja, João Caldas e a necessidade de sua leitura.
Agosto dt: 2001 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS St:xta-Ieira 31 41245
O SR. DEPUTADO LUCIANO ZlCA - Sr. Agradeço, finalmente, o trabalho de todos os
Presidente, requeremos a dispensa da lertura da ata. integrantes da Secretaria desta Comissão Especial
O SR. PRESIDENTE (Deputado Eliseu Resende) que, comandados pela Sr Edla, procuraram sempre, e
- Dispensada a leitura da ata. com pleno êxito, tornar mais ameno o difícil caminho
Em discussão. (Pausa.) trilhado por todos nós. Dessa equipe, pode ter certeza,
Não havendo quem queira discuti-Ia, passamos à Sr. Presidente, sentirei saudades.
votação. Muitos convidados abrilhantaram as audiências
Os Srs. Deputados que a aprovam permaneçam públicas e aportaram importantes contribuições para
como se encontram. o perfeito entendimento das matérias aqui aprecia-
das. Tivemos a honra de receber os ensinamentos do
Aprovada. Ministro Eliseu Padilha e de vários dirigentes e espe-
A presente reunião destina-se à discussão do cialistas dos setores público e privado, cujos nomes
parecer do Relator, Deputado Basílio Villani. merecem ficar registrados neste parecer: Everardo
Com a palavra o Deputado Basílio Villani para Maciel, Secretário da Receita Federal; e não poderia
proceder à lertura do parecer. . também deixar de citar o Ricardo Pinheiro; Francisco
O SR. DEPUTADO BASíLIO VILLANI- Sr. Presi- de Assis Leme Franco, Secretário de Acompanha-
dente, S~ e Srs. Deputados, inicialmente, consulto os mento Econômico, Substituto, do Ministério da Fazen-
companheiros aqui presentes se todos receberam có- da; Luiz Octávio Koblitz, especialista em co-geração
pia do relatório enviada a todos os gabinetes pela ma- de energia; Luís Carlos de Carvalho, Assessor Técni-
nhã. (Pausa.) co da União dos Produtores de Açúcar e Álcool do
Pela competência da Secretaria desta Comis- Estado de São Paulo; David Zylberstajn, Diretor-Geral
são, tenho absoluta certeza de que todos a recebe- da Agência Nacional de Petróleo; Roberto Macedo,
ramo Assim sendo, vou me pronunciar apenas quanto Presidente do Sindicato Nacional das Empresas Dis-
ao voto e podemos ganhar tempo para melhor discutir tribuidoras de Gás Liqüefeito de Petróleo -
o relatório. SINDIGÁS; João Pedro Gouveia Vieira Filho, Presi-
Neste trabalho, Sr. Presidente, contamos com dente do Sindicato Nacional das Empresas Distribui-
grande colaboração dos nossos Parlamentares e, de doras de Combustíveis e Lubrificantes - SINDICOM;
modo geral, dos técnicos envolvidos no assunto. Com Aldo Guarda, 10 Vice-Presidente da Federação Naci-
as audiência públicas aqui realizadas, demos oportu- onal do Comércio de Combustíveis e Lubrificantes -
nidade a uma participação abrangente. Foi a metodo- FECOMBUSTíVEIS; e Henri Philippe Reichstul, Pre-
logia aplicada que nos levou ao presente Substitutivo, sidente da PETROBRAS.
este que não foi produzido pelo Relator, mas por to- É evidente que esses nomes citados são daque-
dos nós, sob orientação segura em razão da compe- les que aqui fizeram as apresentações, mas também ti-
tência do nosso Presidente, profundo conhecedor do vemos grande participação dos técnicos dessas em-
assunto. presas, que colaboraram diuturnamente com o traba-
Passo a ler o voto. lho.
"Voto do Relator. A Proposta de Emenda à Constituição que esta-
Desejo, inicialmente, destacar e agradecer o mos apreciando merece elogios por vários motivos.
apoio restrito e permanente recebido do nosso Presi- Primeiro, por sua oportunidade. Há muito se es-
dente, Deputado Eliseu Resende. S. Exa mostrou-se in- peram medidas que tornem nossos produtos e servi-
cansável, não só em relação à direção dos trabalhos, ços mais competitivos perante os importados.
mas também no aconselhamento, sempre pertinente, Segundo, porque as medidas tributárias propos-
dado a este Relator de maneira gentil e elegante, o que tas melhorarão a posição de nossos bens e serviços
contribuiu, sem dúvida, para reduzir o natural e neces- no mercado internacional, justamente no momento
sário esforço para relatar tão importante proposta. Por em que se avizinha a celebração de acordos que es-
quê? A matéria realmente é bastante complexa. treitarão nosso comércio com os países das Améri-
Não posso deixar de anotar também o auxílio re- cas e da Europa.
cebido de todos os colegas desta Comissão Especial Terceiro, porque o País realmente necessita de
que, nas emendas apresentadas e nas valiosas su- mecanismos ágeis que permitam auferir recursos para
gestões, oferecidas pessoalmente ou no decorrer dos investimentos na infra-estrutura de serviços públicos in-
debates, muito contribuíram para que chegasse a dispensáveis para o desenvolvimento econômico, na
bom termo a missão para a qual fui designado. produção de bens e serviços de consumo de massas.
41246 Sl:xla-/cira 31 DIÁRIO DA CÁMARA DOS DEI'UTADOS AgllSlll dI: 2()() I
Quarto, porque a aplicação das receitas decor- mente necessário para que a PETROBRAS possa
rentes da emenda foi detalhada de maneira quase participar em igualdade de condições de um mercado
perfeita. de livre concorrência.
O dispositivo que desonera as receitas decor- A PPE, instituída pela Portaria Interministerial n°
rentes de exportação das contribuições sociais e das 3, de 27 julho de 1998, dos Ministros da Fazenda e de
contribuições de intervenção no domínio econômico Minas e Energia, é exigida de todos os agentes res-
é bastante pertinente e até mesmo imprescindível, ponsáveis pela produção ou importação de combustí-
pois, dada a acirrada concorrência no comércio inter- veis derivados de petróleo. Exação de caráter não tri-
nacional, não se pode admitir qualquer forma de agre- butário, porque nem ao menos está amparada em lei,
gação de tributos a bens e serviços exportados. representa a diferença entre os preços de faturamen-
A incidência das contribuições sociais sobre a to dos combustíveis produzidos nas refinarias e os
importação de bens e serviços vem ao encontro dos seus preços de realização, acrescidos da carga tribu-
justos anseios da indústria nacional. tária federal, e visa a ressarcir as despesas com sub-
Hoje, os produtos aqui fabricados e os serviços sídios e combustíveis, a arrecadar os meios financei-
carregam o peso de contribuições como a COFINS e ros necessários para saldar, em atendimento ao dis-
a destinada ao PIS. As matérias-primas e os demais posto no art. 74 da Lei n° 9.478, de 6 de agosto 1997,
insumos e embalagens são igualmente alcançados os créditos da PETROBRAS com a União relativos à
por essas contribuições, enquanto que os produtos e Conta Petróleo, Derivados e Álcool, instituída pela Lei
serviços importados estão delas desonerados até que n° 4.452, de 5 de novembro de 1964, e a servir como
sujeitos a faturamento no território nacional. amortecedor das flutuações de preços do petróleo e
Just~icativa semelhante aplica-se à incidência, na seus derivados no mercado internacional, evitando mai-
importação, das contribuições de intervenção no domí- ores impactos sobre a economia nacional.
nio econômico. Não há dúvida de que a contribuição de Ao explicitar que as alíquotas da contribuição de
intervenção no domínio econômico, a ser criada em de- intervenção no domínio econômico relativa ao petróleo
corrência do novo § 4° que se acrescenta ao art. 177 e seus derivados, ao gás natural e ao álcool carburan-
da Constituição, deverá incidir na importação, sob te poderão ser ad vaiarem ou específicas, o texto pro-
pena de proporcionar vantagem tributária a produtos posto concede ao legislador ordinário louvável oportuni-
importados. dade de opção.
Cabe neste ponto, no entanto, uma observação. As alíquotas ad valorem favorecem a arrecada-
A boa técnica de redação legislativa e a clareza que ção, pois proporcionam elevação da receita sempre
se deve buscar atribuir ao texto constitucional exigem que se elevam os preços dos produtos tributados. As
compatibilidade entre o teor do art. 149, § 2°, item 11, alíquotas específicas tornam a arrecadação indepen-
no que se refere à indicação dos "derivados de petró- dente dos preços dos produtos tributados, não contri-
leo, combustíveis" e a redação proposta para o § 4° do buem para a elevação dos índices de inflação quando
art. 177, que se refere a "petróleo e seus derivados, os preços se elevam e tornam mais fácil a previsão de
bem assim de gás natural e álcool carburante". receita, urna vez conhecidos a produção, a importa-
Merece ser aceita, sem ressalvas, a incidência ção e o consumo. Além disso, impedem a prática do
das contribuições sociais e das contribuições de in- subfaturamento, como forma de evasão fiscal, e equi-
tervenção no domínio econômico nas importações libram a carga fiscal, no caso de impostos que têm in-
efetuadas por pessoa natural. Intensifica-se, cada vez cidência "por dentro" na cadeia produtiva nacional e
mais, a ocorrência dessas aquisições, facilitadas pela "por fora" sobre o produto importado. Acrescentese que
Internet, no chamado comércio B2C. Se desoneradas nos países desenvolvidos o excise tax incidente sobre
essas operações de prestações, o importador não combustíveis utiliza alíquotas específicas.
será alcançado pelas mencionadas contribuições, ao A referência apenas à contribuição de interven-
contrário do adquirente de produtos e serviços nacio- ção no domínio econômico, contudo, pode ensejar o
nais. entendimento de que essas características não se
A contribuição de intervenção no domínio econô- aplicariam a outros tributos e contribuições, o que não
mico incidente na "comercialização, decorrente de re- parece conveniente. Pelo contrário, tornase indispen-
venda ou refino, e de importação de petróleo e seus de- sável, a fim de alcançar plenamente os objetivos alme-
rivados, bem assim de gás natural e álcool carburante", jados com a Emenda Constitucional que ora se cogita
deverá permitir a revogação da "Parcela de Preço Espe- - vale dizer, de equiparar as cargas tributárias inciden-
cífico", conhecida como PPE. Isso se mostra extrema- tes sobre os combustíveis nacionais e os importados
Agosto de 200 I DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 31 41247
-, que se possam instituir alíquotas ad valerem ou ad estrutura de transportes, retirando do campo de pro-
rem, sobre a coisa, também para as contribuições so- gramas que poderão ser beneficiados com tais recur-
ciais, nomeadamente a COFINS e a do PIS/PASEP. sos a fiscalização da qualidade de combustíveis e a
O texto do Substitutivo proposto, ao trazer esses regulação das atividades da indústria de petróleo de
dispositivos para o art. 149 da Constituição, procura gás natural. Conforme bem ressaltaram seus autores,
solucionar esse problema, reafirmando a faculdade na justificativa da emenda, a Agência Nacional de Pe-
de o legislador infraconstitucional escolher livremen- tróleo já dispõe de recursos suficientes para essas
te, ao deliberar sobre as contribuições sociais ou de atividades, de maneira que a instituição de nova fonte
intervenção no domínio econômico, entre ambas as seria despicienda. (Isso, inclusive, foi apresentado
espécies de alíquotas. aqui na apresentação.)
A diferenciação das alíquotas por produto ou Devese ressaltar, além disso, que a racionaliza-
destinação concederá ao legislador ordinário a possi- ção do uso de combustíveis que o aperfeiçoamento
bilidade de utilizá-Ias com finalidade extrafiscal, o que da infraestrutura de transportes certamente há de
deve mesmo ser objetivo de uma contribuição de in- provocar terá reflexos bastante positivos, não apenas
tervenção no domínio econômico. Observese, contu- sobre a economia, mas também sobre o meio ambi-
do, o caráter dúbio do termo "destinação", que tanto ente e as condições de segurança dos usuários, tor-
se pode interpretar como significando 'finalidade" nandose, assim, desnecessário desviar recursos da
(como é o objetivo da proposta), como designando nova contribuição para também atender a esses ou-
"lugar". O Substitutivo proposto procura contornar tros setores.
essa possibilidade de dúvida, que poderia ser fonte As Emendas nOs 3 e 7 foram parcialmente con-
de futuras controvérsias hermenêuticas. templadas pelo texto do Substitutivo, uma vez que se
Os preços do petróleo - e, por conseguinte, dos retira o dispositivo que permitia a destinação para o fi-
combustíveis - são fixados pelo mercado internacio- nanciamento de dívidas dos recursos a serem arreca-
nal, com sensíveis e inesperadas alterações. Além dados com a nova contribuição.
disso, os preços internos são alterados, também, em A Emenda n° 4, da ilustre Deputada Miriam Reid e
função do valor do real em relação ao dólar. Por esses outros, tem vários objetivos importantes, tanto para cor-
motivos, se utilizada a alíquota ad valerem ou especifi- rigir possíveis distorções de preços entre os produtos
ca, mu~as vezes haverá necessidade de alterá-Ia de importados e os nacionais, quanto para favorecer os
imediato, para que se mantenham incólumes seus efei- Estados produtores de petróleo. De certa forma, parte
tos. Justificase plenamente, portanto, que a essa contri- dos objetivos da emenda foram contemplados, ao se
buição de intervenção no domínio econômico não se instituir a possibilidade da incidência única tanto do
aplique o princípio da anterioridade e que se perm~a ao ICMS quanto das contribuições, ainda que sem empre-
Pode Executivo reduzir e restabelecer as alíquotas. gar o mecanismo da substituição tributária. Quanto às
Devese lembrar que o princípio da anterioridade demais medidas propostas, infelizmente, o momento
também não é observado em casos de outros tributos atual não parece o mais adequado para implemen-
em que a agilidade para alterar alíquotas podese tá-Ias, a despeito de seus méritos. Por esses motivos,
mostrar conveniente, como os impostos sobre o co- optouse pela rejeição da emenda.
mércio exterior, o IPI e o IOF. Não pareceu conveniente, além disso, enrijecer,
Das emendas: no texto constitucional, a atribuição a refinadores e
As Emendas nOs 1 e 2 foram acatadas para inse- importadores da responsabilidade pelo pagamento
rir o gás natural no rol dos combustíveis que poderão dos tributos sobre combustíveis, motivo por que se
vir a ser subsidiados pelos recursos da nova contribu- julgou prudente rejeitar a Emenda n° 5.
ição. Atentando ainda para o alerta de técnicos e re- A Emenda n° 6, do Deputado Luiz Carlos Hauly,
presentantes do setor - inclusive da PETROBRAS -, também não pôde ser atendida, a despeito de seu in-
entendeuse conveniente fazer referência no texto do tento meritório de canalizar mais recursos para pro-
Substitutivo também aos derivados do gás natural. gramas de orientação sobre direitos dos consumido-
A Emenda n° 1, do ilustre Deputado Eliseu Re- res. Entendeuse que isso poderia diminuir a disponi-
sende e outros, objetiva também vincular os recursos bilidade para as outra finalidades prioritárias, ao me-
arrecadados com a nova contribuição, além de aos nos no contexto presente.
subsidios a preços e transportes dos produtos a que A Emenda n° 8, do Deputado Carlos Alberto Ro-
já se fez referência, específica e unicamente ao finan- sado, igualmente, não pôde merecer acolhida no Subs-
ciamento de programas de aperfeiçoamento da infra- t~utivo. Tratase de medida destinada a restringir os sub-
41248 Sexta-feira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 200 I
sídios a preços e a limM-los aos Estados produtores. Tais características são, basicamente: a possibili-
Ainda que se possam divisar méritos na proposta, entre dade de instituição de alíquotas específicas ou ad valo-
os quais o intuito de proteger região desfavorecida eco- rem, contemplada no inciso 111 do § 2°, acrescentado ao
nomicamente e muito necessitada, mais uma vez deve- art. 149 da Constituição, e a incidência, em uma única
se rejeitar a emenda. Não parece ser esse, com efeito, o vez, nas hipóteses definidas em lei, abrigada pelo § 3°
momento mais adequado para se tratar de medida des- do mesmo dispositivo.
se teor. Além disso, a extinção de subsídios nas regiões Dos debates havidos na Comissão, podese con-
não produtoras de petróleo e gás pode repercutir nega- cluir que se trata de aspectos essenciais para comba-
tivamente sobre produtos essenciais para a população, ter artifícios de que atualmente se valem algumas dis-
como o gás liquefeito de petróleo, por exemplo - o cha- tribuidoras, aproveitandose de falhas nos textos lega-
mado gás de cozinha -, elevando, insuportavelmente, o is e constitucional para obter vantagem sobre as que
custo de vida das famílias de baixa renda. operam dentro da lei.
A Emenda n° 9 foi parcialmente atendida para re- O art. 2° do Substitutivo emenda o art. 155 da
vogar imunidade das operações interestaduais com lu- Constituição Federal, no que trata do ICMS sobre
brificantes e combustíveis derivados de petróleo. Não combustíveis."
pareceu conveniente revogar as imunidades do petró- Faço aqui uma pausa para dizer que precisa-
leo e da energia elétrica, contudo. No primeiro caso, mos contar com a colaboração desta Comissão a fim
porque certamente repercutiria sobre a arrecadação de de darmos início à unificação. Vamos fazê-Ia aos pou-
ICMS dos Estados. No segundo, porque esta Comissão cos. Desta vez nós equalizamos o ICMS sobre os com-
destinase a tratar especificamente de problemas rela- bustíveis, o que já é um grande avanço.
cionados ao mercado de combustíveis. Atentese ain-
"A questão do ICMS merece atenção especial.
da que a revogação da imunidade interestadual das
O texto original da proposta do Executivo não trata do
operações sobre energia elétrica, quanto ao ICMS,
tema. Várias emendas Parlamentares desta Comis-
está contemplada na proposta encaminhada recente-
são, contudo, bem como o clamor dos técnicos e re-
mente ao Congresso pelo Poder Executivo, apelidada
presentantes do setor, ouvidos pela Comissão Espe-
pela imprensa de minirreforma fiscal. .
cial em audiências públicas, deixaram claro que muito
A Emenda n° 10 já está contemplada pelo objeti- pouco se avançaria no rumo de solucionar os proble-
vo da proposta ora em exame, motivo por que deve mas decorrentes do atual sistema de tributação sobre
ser rejeitada." combustíveis se não se corrigissem as mais sérias
Eu diria que ela não foi rejeitada, inclusive, tem o distorções que envolvem a aplicação do ICMS.
mérito do Deputado Luis Barbosa, que, mesmo antes Não se desconhecem as dificuldades políticas
de o Governo enviar esta PEC, já falava da necessida- que rodeiam a matéria. A despeito do relativo consen-
de de o País criar esse organismo. Tenho impressão de so, do ponto de vista técnico, tratase de alterar um
que o Governo deve ter copiado esse ponto da emenda dos mais delicados aspectos do nosso pacto federati-
de S.Exa, porque há muito tempo vejo V. Ex" citar o as- vo.
sunto nesta Casa. Parece-me, então, que o mérito é to- É impossível, no entanto, fugir a questão neste
talmente do ilustre Deputado conhecido no seu Estado momento. Dificilmente se apresentará outra ocasião
como "Luisinho" Barbosa. como esta, em curto prazo, para se corrigir um proble-
"Os objetivos das Emendas nOs 11, 12 e 13 fi- ma que tem trazido graves prejuízos ao País, conforme
cam acolhidos, embora não se tenha aproveitado o ficou reconhecido por todos os que se fizeram ouvir ao
seu teor literalmente. longo dos trabalhos, independentemente de filiação
Do Substitutivo: partidária ou tendência ideológica.
O art. 1° do Substitutivo, além de acrescentar a Procurou-se, assim, uma fórmula que, ao mes-
importação de gás natural e álcool carburante ao rol mo tempo em que solucionasse as falhas legais que
de eventos sobre os quais poderá incidir a futura con- têm permitido a fraude e a sonegação, envolvesse o
tribuição, procura também, como já mencionado no mínimo possível de alterações na distribuição de re-
item 14 acima, atender a emendas propostas com o ceitas entre os Estados.
objetivo de estender às contribuições sociais, quando A uniformização de alíquotas em todo o territó-
incidirem sobre combustíveis, algumas características rio nacional é, nesse passo, absolutamente indispen-
que se pretendem atribuir à contribuição de intervenção sável para se evitarem as operações insterestaduais
no domínio econômico sobre combustíveis. fraudulentas. Em consonância com o sistema já em
Ago~lo de 2001 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexla-l~ira 31 41249
vigor, atribuiu-se ao Senado Federal competência c) permitir a seletividade por produto ou finalida-
para definir essas alíquotas. de, bem como a aplicação de alíquotas específicas;
Teve-se a preocupação, contudo, de garantir que Esta Casa, cabe insistir, não poderia aceitar o
essa nova filosofia não trouxesse perdas para a arre- ônus político de deixar passar oportunidade tão signifi-
cadação de nenhum dos Estados, de maneira que se cativa para corrigir as enormes distorções que hoje
pode afirmar, com base em estudos técnicos que esti- afetam o mercado nacional de combustíveis, em detri-
mam a evasão fiscal do ICMS sobre combustível em mento de qualidade do produto, da arrecadação tribu-
um terço, que a alíquota uniforme, ainda que viesse a tária, da saúde financeira das empresas sérias e do
ser fixada em valor inferior ao da que vigora atualmen- bom desempenho da economia nacional, como um
te neste ou naquele Estado, traria aumento de recei- todo. O tema é importante demais, para que se possa
tas, ao coibir a sonegação em lugar de perdas. Assim, ao largo, mesmo tendo em conta a sua complexidade.
esses Estados certamente obterão ganhos. A orientação geral das alterações ora propostas
visa a contemplar os principais aspectos das emen-
Também se revelou indispensável a revogação
das apresentadas e das reivindicações e sugestões
da imunidade nas operações interestaduais com
trazidas a esta Comissão pelo setor, corroboradas in-
combustíveis, para evitar as fraudes, infelizmente ain-
clusive pelo órgão incumbido da sua fiscalização e re-
da bastante freqüentes.
gulamentação, a Agência Nacional de Petróleo.
Deve-se ressaltar, no entanto, a mesma preocu- Alterações como a que ora se pretende efetuar
pação de não alterar a distribuição de receitas em vi- no sistema tributário podem muitas vezes dar mar-
gor atualmente. Esse dispositivo poderia significar, gem ao surgimento de questões judiciais, buscando
em princípio, considerado isoladamente, menos rece- obter, ou com o auxílio de uma hermenêutica tortuo-
itas para os Estados onde ocorre o consumo, a quem sa, ou mesmo aproveitando-se de falhas de redação
hoje cabe integralmente a arrecadação do ICMS so- dos dispositivos legais, um diferencial competitivo -
bre combustíveis. Associado ao que dispõe o inciso I, bastante relevante, no caso dos combustíveis - em
do § 5°, que se acrescenta ao art. 155, da Constitui- face da significativa expressão dos tributos na compo-
ção, contudo - que atribui a arrecadação ao Estado sição dos preços. Deve-se tentar prevenir, portanto,
onde ocorre o consumo -, mantém na prática a mes- no momento da elaboração legislativa, o surgimento
ma configuração atual. A mudança no texto, para re- de distorções futuras.
vogar a imunidade, não trará, portanto, qualquer refle- Nesse sentido, a eventual opção pela alíquota
xo na distribuição dos recursos do ICMS sobre com- específica para as contribuições sociais que hoje inci-
bustíveis, mas apenas sobre as fraudes e a evasão dem sobre faturamento pode ensejar o surgimento de
fiscal. novas questões a respeito de sua constitucionalida-
A possibilidade de que a futura lei complementar de, baseadas no § 3° do art. 155, da Constituição.
institua alíquotas específicas tanto para a nova contribu- Procurou-se contornar esse problema dando nova re-
ição quanto pra o ICMS é, por sua vez, a única forma de dação ao parágrafo, de maneira que a imunidade tri-
se ev~arem, ao mesmo tempo, dois problemas impor- butária ali instituída se refira exclusivamente aos im-
tantes: de um lado, o subfaturamento do produto im- postos.
portado e, de outro, o diferencial quase se poderia in- No art. 3°, do Substitutivo, finalmente, que se
duzir entre o preço de venda do produto nacional e o destina a alterar o art. 177 da Constituição Federal,
do importado pela incidência "por dentro" do ICMS tratou-se de disciplinar especificamente a futura con-
naquele. tribuição para intervenção no domínio econômico so-
As idéias que orientaram a elaboração do Subs- bre combustíveis, definindo a possibilidade de que se
titutivo no que se refere ao ICMS foram, portanto, as instituam alíquotas seletivas por produto ou finalidade
seguintes: e afastando a aplicação do princípio da anterioridade.
Determina-se, além disso, a destinação dos recursos
a) revogar a imunidade das operações interesta- por ela arrecadados..
duais com lubrificantes e combustíveis líquidos e ga- O afastamento do princípio da anterioridade,
sosos derivados de petróleo; nesse caso específico, conforme já ficou explicado,
b) inst~uir alíquotas uniformes para o ICMS em justifica-se plenamente, como forma de se municiar o
todo o território nacional, nas operações com lubrifi- Poder Executivo com instrumentos aptos a intervir
cantes e combustíveis líquidos e gasosos derivados de imediatamente no mercado, em caso de necessida-
petróleo; de, para regular o seu funcionamento ou para minimi-
412S0 Sexta-feira 31 1)IÀRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS AguslU de 200 I
zar O impacto econômico interno de variáveis exter- Portanto, Sr. Presidente, quero hoje deixar claro
nas, cujo comportamento se tem caracterizado histo- um compromisso assumido, não com meu partido, com
ricamente pela imprevisibilidade e volatilidade, tais meu Líder, quando me indicou como Relator, mas com
como o câmbio e o preço internacional do petróleo. o País: nós, no dia 7, votaríamos essa emenda tão ne-
O Substitutivo proposto, assim, coroa um pro- cessária - teríamos ainda que aprová-Ia em plenário
cesso de amadurecimento bastante profícuo, que se duas vezes, na Câmara e no Senado -, a fim de que
desenrolou nas últimas semanas, ao longo dos traba- possamos produzir leis até o final do ano.
lhos desta Comissão, em que se recolheram contribu-
Dito isso, peço, com humildade, que me ajudem
ições das várias partes interessadas no problema e se
a aprovar este relatório, nesta tarde, em prol do País.
debateram exaustivamente os vários aspectos envolvi-
dos. Procurou-se dar abrigo às sugestões dos técnicos Muno obrigado.
do Governo e dos empresários do setor, sem esquecer O SR. DEPUTADO SALATIEL CARVALHO -
os aspectos políticos e econômicos, os interesses da Pela ordem, Sr. Presidente.
sociedade e a repercussão que o preço dos combustí- O SR. PRESIDENTE (Deputado Eliseu Resende)
veis pode ter sobre o crescimento e o progresso do - Tem a palavra o Deputado Salatiel Carvalho.
País.
O SR. DEPUTADO SALATIEL CARVALHO - Sr.
O texto ora apresentado representa um esforço
Presidente, estou inscrito para falar, sou o segundo
pela realização daquilo que é melhor para o Brasil."
na ordem de inscrição, mas desde já quero manifestar a
Sr. Presidente, Srs. Deputados, não houve aqui
intenção de pedir vista do Relatório do nobre Deputado
preocupação com aspectos partidários, se seria bom
Basílio Villani. Quero saber apenas se posso fazê-lo de
para o atual ou para o futuro Presidente. Houve preo-
pronto ou se devo aguardar minha vez de falar, para não
cupação não com a cor partidária, mas, sim, com o
País. perder o direito regimental que tenho de pedir vista.
"Cultiva a pretensão de reunir, em torno de si, in- O SR. PRESIDENTE (Deputado Eliseu Resende)
dependentemente de posições ideológicas, Oposição - O Deputado Salatiel Carvalho pretende pedir vista.
e Situação, ambas convencidas da necessidade de, Antes, porém, quero dar uma palavra em favor do pa-
ao mesmo tempo em que se permite a liberalização recer aqui lido pelo Deputado Basílio Villani.
do mercado nacional de combustíveis, corrigirem-se A meu ver, ele reflete fielmente todas as preocu-
distorções que há muitos anos vêm transtornando o pações, todas as manifestações nos sucessivos de-
seu bom funcionamento, com enormes prejuízos não bates nesta Comissão, desde quando recebemos a
só para quem exerce a atividade econômica da im- matéria para analisá-Ia e apreciá-Ia. O trabalho do
portação, refino, distribuição e comercialização de Deputado Basílio Villani, é claro, vai entrar em discus-
combustíveis, mas para toda a sociedade:' são - e os diferentes Parlamentares desta Comissão
Para fazer justiça, Sr. Presidente, quero deixar terão oportunidade de tecer suas considerações a
registrada a grande colaboração prestada pelo Depu- respeito - mas merece, de pronto e de início, todo o
tado Luciano Zica, que entende profundamente do nosso respeito e toda a nossa admiração. Um traba-
assunto, é da área e teve significativa participação em lho profundo que reflete a defesa do interesse público
todas as etapas dos trabalhos. e, acima de tudo, o pensamento que aqUi foi exposto
Com essa bênção, com esse apoio, tendo ao em sucessivas audiências públicas e nos debates ha-
lado um aconselhamento constante, uma orientação vidos nesta Comissão.
permanente do nosso Presidente, que conhece pro-
fundamente o assunto, e de um Deputado competen- No momento em que se registrou o pedido de
te como o Luciano Zica, peço a V. Exas. que me acom- vista do Deputado Salatiel Carvalho, pelas normas re-
panhem. gimentais...
"Isto posto, voto pela aprovação da PEC n° O SR. DEPUTADO CARLOS SANTANA - Sr.
277-A, de 2000, na forma do Substitutivo anexo". Fei- Presidente, sou o primeiro inscrito e não gostaria de
to, repito, não por este Relator, mas por todos nós: que fosse pedido. Pelo Regimento Interno, é certo
Presidente, Deputados e técnicos, não apenas do que o companheiro Basílio Villani tem todo o direito e
Governo, como também dos setores envolvidos. é a prática nesta Casa, mas eu gostaria de me posici-
Parece-me que, com a iluminação de Deus, tive- onar no momento certo e adequado, a fim de evitar o
mos oportunidade de criar algo que - tenho convicção encerramento desta reunião e podermos, pelo me-
e certeza - muito ajudará o País. nos, iniciar o debate.
Agosto de 20tH DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexla-Icira 31 41251
O SR. PRESIDENTE (Deputado Eliseu Resende) companheiros para discutir a matéria... Infelizmente,
- A menos que o Deputado Salatiel Carvalho abra mão não abro mão do meu pedido de vista.
do seu pedido de vista, regimentalmente... O SR. DEPUTADO CARLOS SANTANA - Sr.
O SR. DEPUTADO SALATIEL CARVALHO - Sr. Presidente, ...
Presidente, permita-me prestar alguns esclarecimentos. O SR. DEPUTADO BASíLIO VILLANI- Sr. Presi-
Em primeiro lugar, quero declarar o respeito que dente, se me permite, Deputado Carlos Santana, tenho
tenho por V. Ex" Somos colegas da Comissão de Mi- uma admiração profunda por V. Exa , porque somos
nas e Energia desde que estamos aqui nesta Casa. companheiros aqui desde a Constituinte e participa-
Sobre esses assuntos, não há como não estarmos mos ativamente.
envolvidos, trocando idéias, e tenho sido beneficiado Quero dizer que, apesar de não me sentir muito
pela sabedoria e pela experiência de V. Exa no campo. bem de saúde, eu não tive um dia de recesso. Vim tra-
Outro companheiro por quem tenho o maior respeito balhar todos os dias do mês, porque este é o meu so-
é o companheiro Basílio Villani, com quem temos nho, a minha vontade. V. Exa estava presente na
uma longa, fraterna e amistosa convivência. Constituinte, na sessão noturna em que perdemos o
Mas quero ressaltar, Sr. Presidente, que este é Fundo Nacional de Transportes. Para mim, aquele foi
um assunto que realmente interessa à Nação brasilei- um dia muito difícil. Por isso aceitei esta Relatoria,
ra, em vários aspectos, em todas as suas nuanças. mesmo com meus poucos conhecimentos, e procu-
Esta caminhada vem desde a Constituição de 1988 - rei, estimado companheiro Salatiel, durante todos os
V. Ex" sabe disso. dias, estudar o assunto e aprender, porque ele real-
Em 1995, a Comissão de Minas e Energia per- mente é bastante complexo.
tenceu ao partido o qual eu liderava nesta Casa e, na- Eu tinha certeza de que estaria aqui hoje. Já ha-
quela época, começamos essa abertura, já com as via conversado com todos os companheiros que fre-
previsões de futura criação de MP, abertura de merca- qüentaram a Comissão - e todos eles sentiram a hu-
do. Enfim, estabeleceu-se todo um cronograma para mildade deste Relator - a fim de que pudéssemos fa-
que finalmente houvesse total desregulamentação no zer o trabalho, o que seria uma glória para mim, eu,
setor de combustível. que estou praticamente encerrando minha função de
Então, eu gostaria de dizer que o meu pedido de Deputado. Eu até me vangloriava, porque tinha abso-
vista se baseia fundamentalmente em um aspecto luta convicção de que não teríamos nenhum pedido
muito simples: o fato de eu ter voltado do recesso na de vista, em virtude da maneira como o realizamos.
semana passada. Ao longo da semana passada, pro- Estranho a situação. Francamente, se eu soubes-
curei me informar e me inteirarde elementos para que se que V. Exa viria, eu já o teria procurado e dado todas
hoje pudesse estar mais subsidiado, mas sincera- as explicações que lhe darei. Quero um voto de confian-
mente, Sr. Presidente, só ontem, pela manhã, eu real- ça de V.Exa, porque ainda teremos oportunidade de
mente recebi alguns elementos indicativos do traba- discutir o assunto por duas vezes no plenário. Sabe V.
lho bem elaborado no Substitutivo hoje apresentado Exa do carinho deste Relator pela questão.
pelo Deputado Basílio Villani. Só hoje pela manhã, os Eu soube da inscrição de V. Exa para falar na
nossos gabinetes receberam uma versão final, mais Comissão praticamente hoje, às 14h. Por isso é que
acabada. não o procurei para lhe dar todas as informações ne-
Portanto, não tenho absolutamente nada contra cessárias. Garanto a V. Exa que este trabalho tem o
o projeto do Deputado Basílio Villani. O Regimento conhecimento profundo de todos os técnicos, o co-
Interno nos garante um prazo muito curto para esse nhecimento profundo do Deputado Luciano Zica, que
pedido de vista. A meu ver, precisamos conversar é do setor, do Presidente da Comissão, Deputado Eli-
com o Deputado Basílio Villani, o que vai até fortale- seu Resende. Como eu disse, este relatório não é do
cer o seu trabalho e o trabalho desta Comissão, presi- Relator, mas de todo o grupo, porque foi feito em con-
dida com a maior judiciosidade por V. Exa, por quem junto.
tenho o maior respeito e que considero meu professor Em razão disso, peço a sua compreensão. Tere-
nessa matéria. De forma que peço a compreensão do mos agora que esperar dois dias para que possamos
Relator para que leve em consideração o meu direito aprová-lo. Peço-lhe encarecidamente, Deputado Salati-
regimental de pedir vista e quero dizer que nada vai el: vamos aprová-lo hoje. Garanto que dirimirei as suas
obstaculizar os trabalhos. dúvidas e tenho absoluta certeza de que V. Exa ficará
Mantenho o pedido de vista, mas, se V. Ex", satisfeito. Portanto, eu imploro a sua compreensão, com
como Presidente, quiser conceder a palavra a outros a humildade que nunca me fa~ou. Em respeito ao seu
41252 Sexta-feira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agoslll de 200 I
conhecimento, que é profundo, peço-lhe um favor: que der que existe hoje um problema central no setor de
nos ajude. Estamos precisando de colaboração. infra-estrutura deste País. Não sabemos para onde
Muito obrigado, Salatiel. vai esse recurso. A partir de agora esse dinheiro vai
O SR. DEPUTADO CARLOS SANTANA - Sr. ter um destino conhecido. Vou poder dizer aqui nesta
Casa que o dinheiro foi retirado e vai para tal setor, o
Presidente, peço a palavra pela ordem.
que hoje não ocorre. Não sabemos para onde vai
O SR. PRESIDENTE (Deputado Eliseu Resende) esse dinheiro: vai para o cofre único da União? Não
- Tem V. Ex" a palavra. sabemos.
O SR. DEPUTADO CARLOS SANTANA- Esta- Este foi um trabalho fundamental. Claro que ha-
mos na 33a reunião desta Comissão. Quero dizer aos verá erros e acertos. Temos ainda duas oportunida-
companheiros que me debrucei sobre esta matéria. des de abordá-lo no plenário. E está aqui falando um
Nós, que somos, arduamente, defensores do Fundo homem que é da Oposição, que poderia dizer, por
Nacional de Transportes, temos em alguns momen- exemplo, que não houve discussão. É evidente que
tos posições diferentes. houve discussão e participação. Esta é a 33a reunião
Atualmente, o meu Estado, Rio de Janeiro, é um que realizamos nesta Comissão, e participei de qua-
dos que mais perdem dinheiro com essa questão do se todas elas. Então, peço ao companheiro e Deputado
ICMS, da forma como está sendo aplicado, da forma Salatiel Carvalho, que possamos dar andamento ao
como se está trabalhando. processo. O debate que queremos poderemos fazer no
Evidentemente, o meu Estado e vários outros plenário.
vêm sofrendo uma sonegação fiscal enorme, perden- Era essa a minha questão de ordem, Sr. Presi-
do milhões e milhões de recursos a cada momento. dente. Muito obrigado.
Basta pegarmos a matéria da revista ISTOÉ desta se- O SR. PRESIDENTE (Deputado Eliseu Resende)
mana ou a coluna, publicada na semana passada, do - Há aqui uma questão regimental a resolver. Antes,
Márcio Moreira Alves, que vem falando de toda a cadeia porém, concedo a palavra, novamente, ao Deputado
de liminares que são hoje concedidas no País. Acho Salatiel Carvalho.
que seria burrice dizer que o nosso projeto vai acertar
O SR. DEPUTADO SALATIEL CARVALHO - Sr.
100%. Não vai acertar, porque ainda vamos ter um
Presidente, com o maior respeito que tenho por V. Exa -
outro problema: a questão da adulteração.
é até desnecessário repetir -, assim como pelo Sr. Re-
É por isso que este Deputado, humildemente, lator, os dois homens mais sérios desta Casa, para
com o apoio de 250 outros Deputados, quer abrir uma que o trabalho da Comissão seja coroado de êxito, eu
CPI sobre a adulteração e a máfia do combustível que acredito que seria necessário uma semana a mais,
atua hoje no nosso País. Vamos resolver agora no para termos oportunidade de conversar com o Rela-
âmbito da legislação, mas a brecha vai permanecer. tor. Estamos voltando do recesso. Não apenas eu,
Estou fazendo um enorme esforço junto ao Presiden- mas creio que outros companheiros também teriam
te da Casa e aos Srs. Líderes do partido a fim de apre- colaborações da maior importância a dar.
sentarmos o mais rápido possível um projeto de resolu-
Peço, humildemente, que V. Ex" acate meu pedi-
ção para abrirmos essa CPI nesta Casa. Ontem mesmo do, baseado no art. 57, inciso XVI. Mantenho meu pedi-
tentei entrar em contato com o Delegado Humberto No- do de vista e espero contar com mais uma semana.
gueira, responsável por essa matéria na Polícia Federal.
O SR. PRESIDENTE (Deputado Eliseu Resende)
Há indícios de que até pessoas da Polícia Federal estão
- Mantido o pedido de vista.
envolvidas nessa máfia do óleo.
O SR. DEPUTADO WERNER WANDERER - Sr.
Quero dizer ao Deputado Salatiel Carvalho, com
todo o respeito - e sei da luta do companheiro. Estamos Presidente, pela ordem.
juntos sempre -, que aprendi muito com essa PECo Di- O SR. PRESIDENTE (Deputado Eliseu Resende)
zer que sou um especialista na questão fiscal e tributá- - Com a palavra V. Ex".
ria seria mentira da minha parte. Mas ela me incenti- O SR. DEPUTADO WERNER WANDERER -
vou, juntamente com algumas pessoas, a pegar do- Também quero pedir vista.
cumentos, livros, e estudar a matéria. O SR. PRESIDENTE (Deputado Eliseu Resende)
É um absurdo um País como o nosso não terfis- - Foi mantido o pedido de vista formulado pelo Depu-
calização num processo como esse. Como se perde tado Salatiel Carvalho, nos termos do art. 57 do Regi-
dinheiro no Brasil, um país miserável como o nosso! mento Interno da Câmara dos Deputados. Esta Presi-
Essa PEC vem nesse âmbito. Não podemos escon- dência concede vista ao processo, por duas sessões.
Agostl1 de 200] DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS SllXla-fl:ira 31 41253
A concessão de vista se estende também ao De- O SR. DEPUTADO LUIZ ANTONIO FLEURV -
putado Werner Wanderer. Luiz Antônio Fleury.
O SR. DEPUTADO LUCIANO ZICA - Sr. Presi- O SR. DEPUTADO RICARDO FIUZA - Ricardo
dente, pela ordem, quero, primeiramente, manifestar Fiuza.
meu apoio ao Sr. Relator, Deputado Basílio Villani, e O SR. DEPUTADO WERNER WANDERER -
também ao trabalho da assessoria, já citada pelo De- Werner Wanderer.
putado-Relator. O SR. PRESIDENTE (Deputado Eliseu Resende)
Com muita sabedoria, S. Exa foi capaz de ouvir - Fica concedida vista do processo, por suas sessões,
diferentes opiniões e elaborar um relatório, que, sem de acordo com o Regimento da Casa, aos nobres De-
dúvida, do meu ponto de vista, resolve o principal pro- putados Salatiel Carvalho, Werner Wanderer, Luciano
blema da fraude fiscal e até da qualidade dos nossos Zica, Luiz Antonio Fleury, Joel de Hollanda, Carlos
combustíveis. Ele estabelece a possibilidade de termos Santana, Roberto Balestra e Ricardo Fiuza.
a solução do que é uma das vergonhas fiscais do nosso Convoco reunião desta Comissão Especial a re-
País, as viagens virtuais de combustíveis que geram um alizar-se na próxima terça-feira, dia 14, às 14h, para
sem-número de atentados ao direito do consumidor e discussão da matéria.
do cidadão brasileiro. Declaro encerrada a reunião.
Com certeza, o relatório, da forma como foi elabo- O SR. DEPUTADO RICARDO FIUZA - Sr. Pre-
rado, retrata uma conduta que tive oportunidade de co- sidente, um minuto, por favor, para um esclarecimen-
nhecer no nobre Sr. Relator e que, do meu ponto de vis- to.
ta, resolve grave problema. Hoje, vários Estados brasi-
Incorporo-me ao pedido de vista por uma razão
leiros chegam a ter fraudes que atingem 50% dos im-
que quero deixar bem clara nesta Comissão e que to-
postos. O consumidor paga sem que o Estado brasile-
dos certamente vão entender.
iro receba os impostos pagos, porque o dinheiro vai
No art. 177, item 11, letra a, se diz o seguinte: "ao
parar na mão de meia dúzia de espertalhões.
pagamento de subsídios a preços ou transporte de ál-
Diante disso, quero dar um testemunho, no meu
cool combustível, gás natural e seus derivados e deri-
singelo ponto de vista, da qualidade desse produto, re-
vado de petróleo;"
sultante do trabalho desta Comissão. Contudo, já que
A redação que havia sido combinada inclusive
foi concedida vista ao Deputado Salatiel Carvalho, soli-
com o Secretário Everardo Maciel, para a qual quero
cito vista conjunta como, creio eu, outros Deputados o
chamar a atenção do Sr. Presidente e do Sr. Relator,
farão, para que possamos dar continuidade a esse es-
era a seguinte: "ao pagamento de subsídios a preços
forço coletivo patrocinado pelo nosso Relator.
e transporte ou de equalização de custos" (... ). Sem a
Sr. Presidente, solicito vista conjunta. expressão "ou equalização de custos", o agricultor do
O SR. PRESIDENTE (Deputado Eliseu Resen- Nordeste está acabado, porque a vida toda houve sub-
de) - Diante dos pedidos de vista ... sídio de equalização de custos. Se temos uma região
O SR. DEPUTADO LUIZ ANTONIO FLEURV- plana, por exemplo, São Paulo, e se temos um grande
Pela ordem, Sr. Presidente, também peço vista conjunta centro produtor, que é o Sul do País hoje, é porque sem-
do projeto. pre houve o subsídio de equalização de custo. Da forma
O SR. DEPUTADO WERNER WANDERER - Sr. como está, sem a expressão "equalização de custos",
Presidente, pela ordem. Eu também peço vista. não podemos deixar passar esse projeto, porque o Go-
vemo, simplesmente, vai retirar o subsídio de equaliza-
O SR. DEPUTADO JOEL DE HOLLANDA - Sr.
ção de custo.
Presidente, também peço vista.
Essa redação foi discutida com o Secretário Eve-
O SR. PRESIDENTE (Deputado Eliseu Resende)
rardo Maciel, que nos disse que concordava. Essa é a
- Os Deputados que desejam pedir vista declinem o
grande razão. Parece uma coisa pequena, mas não é.
nome, por favor.
Para o Nordeste, para as regiões que têm subsídios
O SR. DEPUTADO ROBERTO BALESTRA - de equalização é muito grave.
Roberto Balestra. O SR. PRESIDENTE (Deputado Eliseu Resende)
O SR. DEPUTADO CARLOS SANTANA - Carlos - O assunto será tratado na terça-feira, na discussão
Santana. da matéria, Deputado.
O SR. DEPUTADO JOEL DE HOLLANDA - Joel Quero dizer que já declarei encerrada a reunião.
de Hollanda. Não estamos mais na fase da discussão. Foi pedida vis-
41254 S<.:xla-feira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2001
ta ao processo, e, rep~o, a discussão terá seqüência na nário número quatro, do Anexo 11, da Câmara dos De-
próxima terça-feira. putados, reuniu-se, ordinariamente, a Comissão
A SRA. DEPUTADA MIRIAM REID - Sr. Presi- Especial destinada a proferir parecer à Proposta de
dente, quero apenas chamar a atenção dos Deputa- Emenda a Constituição n° 277-A/2000, do Poder Exe-
dos dos Estados produtores - Rio de Janeiro, Rio cutivo, que "altera os arts. 149 e 177 da Constituição
Grande do Norte, Espírito Santo, Bahia, Sergipe, Ala- Federa!', sob a presidência do Senhor Deputado Eli-
goas, Amazonas, Ceará e agora Pernambuco. seu Resende. Compareceram os Senhores Deputa-
Existe, na Constituição, uma cláusula que impe- dos Airton Dipp, Airton Roveda, Antonio do Valle, Ba-
de que a produção e a transferência de petróleo dos sílio Villani, Candinho Mattos, Carlos Santana, Clovis
Estados seja fato gerador de ICMS. Com isso, os Volpi, Eliseu Resende, Jaques Wagner, João Caldas,
Estados produtores estão tendo prejuízo muito gran- Joel de Hollanda, José Borba, José Priante, Luciano
de, porque toda a produção de petróleo é tributada no Zica, Luiz Antonio Fleury, Pedro Eugênio, Pedro Pe-
refino, o que só beneficia Amazonas, Bahia, Ceará, drossian, Vadão Gomes, Vitório Medioli e Waldemir
Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Pa- Moka, titulares; Almir Sá, Edinho Bez, Jovair Arantes,
raná e São Paulo. Então, de todos os Estados produ- Luis Barbosa, Romel Anizio e Werner Wanderer, su-
tores, apenas Rio, Bahia, Amazonas e Ceará, que ao plentes. Compareceram ainda os Senhores Deputa-
mesmo tempo produzem e refinam, ainda têm uma dos Fernando Coruja, Moreira Ferreira e José Carlos
compensação. Aleluia. Deixaram de comparecer os Senhores Depu-
O Estado do Rio de Janeiro, por exemplo, pro- tados Badu Picanço, Chico Sardelli, Fernando Diniz,
duz 1 milhão de barris por dia, o que corresponde a 30 Fernando Gabeira, Gervásio Silva, Haroldo Lima,
milhões de barris por mês. A 18%, o Estado perderia, José Carlos Coutinho, José Janene, Miriam Reid, Ri-
por dia, 5 milhões e 400 mil, um prejuízo de 150 mi- cardo Fiuza e Roberto Jefferson. A Senhora Deputa-
Ihões ao mês e de 1 bilhão e 800 milhões ao ano. da Miriam Reid justificou sua ausência, através do
Portanto, corno a minha emenda foi considerada Ofício n° 144, de 14 de agosto de 2001. Ata - Após
inoportuna pelo Relator, gostaria de ter o apoio desta declarar abe~os os trabalhos, o Senhor Presidente,
Comissão para a apresentação de emenda aglutinativa Deputado Eliseu Resende, colocou em apreciação
no plenário, a fim de que possamos corrigir esta injusti- Ata da nona reunião, cuja leitura foi dispensada por
ça com os Estados produtores, sem causar ônus algum solicitação do Senhor Deputado Luciano Zica, tendo
ao País. Haveria apenas a redistribuição em termos de em vista a distribuição antecipada de cópias aos Se-
percentuais. Basta tirarmos esse inciso da Constituição nhores membros da Comissão. Em discussão e vota-
e partirmos para a negociação. Atualmente, a tributação ção, a Ata foi aprovada. Expediente - O Senhor Presi-
da produção é zero, e apenas o refino é contemplado. dente informou o recebimento de: 1. Cópia do Ofício
Queremos justiça com os Estados produtores, n° 488, de 7 de ago.st.o d~ 200~, ~o Líder do PMDB,
queremos eqüidade, um percentual equivalente para Depu.tado Geddel Vieira Lima, indicando o Deputado
beneficiar tanto quem produz como quem refina. Salatlel Carvalho, como suplente, da Comissão;
O SR. PRESIDENTE (Deputado Eliseu Resende) 2:Cópia do Ofício n° 327, de 7 de agosto de 2001, do
_ A matéria será discutida na terça-feira Deputada lIder do Bloco PUPSL, Deputado Valdemar Costa
, . Neto, indicando o Deputado João Caldas (PLlAL),
d SA ~RA .. ~EPUTADA MIRIAM REID - Vou aguar- como titular, em substituição ao Deputado Bispo Ro-
ar, r. resl ente. drigues (PURJ); 3.0fício n° 323, de 2 de agosto de
O SR. PRESIDENTE (Deputado Eliseu Resen- 2001, do Deputado Chico Sardelli, comunicando via-
de) - Está encerrada a reunião. gem em missão oficial, à Inglaterra, no período de 3 a
COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR 18 do fluente mês; 4. Cópia do Ofício n° 420, de 14 de
PARECER À PROPOSTA DE EMENDA À agosto de 2001, do Líder do PSDB, Deputado Juthay
CONSTITUiÇÃO N° 277-A/2000, DO PODER Júnior, comunicando a indicação dos Deputados
EXECUTIVO, QUE "ALTERA OS ARTS. 149 E 177 DA Expedito Júnior, Itamar Serra, Juquinha, Nicias Ribei-
CONSTITUiÇÃO FEDERAL'. (COMBUSTíVEIS). roe Paulo Feijó, como membros suplentes, da Comis-
são; 5. Comunicou, ainda, com pesar, que deixou de
Ata da 1Q8 reunião, realizada em 14 de agosto participar da Comissão o Deputado Flávio Derzi, Pri-
de 2001 meiro Vice-Presidente, falecido no último domingo,
Aos quatorze dias do mês de agosto de dois mil dia 12 de agosto. Ordem do Dia - Continuação da Dis-
e um, às quatorze horas e cinqüenta minutos, no Ple- cussão do Parecer do Relator, Deputado Basílio Villa-
Agosto dI;: 20U I DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 31 41255
ni, que concluiu pela aprovação, com Substitutivo, da Informo aos Srs. Deputados que, para discussão
Proposta de Emenda à Constituição n° 277-A, de da matéria, está prevalecendo a lista de inscrição da
2000, do Poder Executivo, que altera os arts. 149 e última reunião.
177 da Constituição Federal; pela admissibilidade das Ao se inscrever junto à Secretaria, solicito a
emendas de nOs 1,2,3,4, 5,6, 7, 8, 9, 10, 11, 12 e 13, cada Parlamentar que informe se é contra ou a favor.
e no mérito, pela aprovação das emendas de nOs 1 e
Dando seqüência à discussão iniciada na ses-
2, pela aprovação parcial das emendas de nOs 3,7,9,
são anterior, concedo a palavra ao Sr. Deputado Carlos
11, 12 e 13, e pela rejeição das emendas de nOs 4, 5,
Santana, primeiro inscrito da lista.
6,8 e 10. Nos termos do artigo 57, incisos VI e VII, do
Regimento Interno, usaram da palavra os Deputados O SR. DEPUTADO CARLOS SANTANA - Sr.
Carlos Santana, Luis Barbosa, Luiz Antonio Fleury, Presidente, S~ e Srs. Deputados, chegaremos ao final
Pedro Eugênio, Joel de Hollanda, Jaques Wagner, deste trabalho com muita satisfação, porque o relatório
José Carlos Aleluia, Luciano lica e Moreira Ferreira. foi realizado com a participação de todos os setores en-
O Senhor Deputado Basílio Villani, Relator, solicitou volvidos da sociedade. Eu, que discuto esta matéria
proceder às respostas aos questionamentos, de há mais de dez anos, entendo que vamos conseguir
modo intercalado, objetivando esclarecer dúvidas resolver a situação tributária. No ano passado, solici-
suscitadas. O Senhor Deputado José Carlos Aleluia, tei a instalação de CPI para apurar tanto a sonegação
Vice-Líder do PFL, apresentou requerimento para do ICMS nos Estados como a adulteração de combus-
adiamento de votação, pelo prazo de 5 (cinco), ses- tível e a máfia do óleo.
sões. Em discussão e votação, foi aprovado o adia- Entendo que esse projeto amenizará um pouco a
mento de votação da matéria pelo prazo de 4 (quatro) situação interna na questão da máfia. Evidentemente,
sessões. O Senhor Presidente convocou os Deputa- sabemos que adulteração independe da legislação. A
dos Basílio Villani, Relator, Luiz Antonio Fleury, Lucia- adulteração interna, que vemos por todos os lados, ain-
no lica, Moreira Ferreira, José Carlos Aleluia e dema- da continuará Ao mesmo tempo, daremos um destino
is deputados que quisessem participar, para uma reu- a esse dinheiro, o que, para mim, é fundamental.
nião informal, às dezenove horas, no gabinete do lí- Estamos vendo a infra-estrutura do País, as estradas
der do Governo, Deputado Arnaldo Madeira. Nada e ferrovias cada vez mais deterioradas.
mais havendo a tratar, às dezessete horas e quinze Sou favorável ao relatório e espero que os par-
minutos, o Senhor Presidente encerrou os trabalhos, ceiros desta Comissão também o sejam. Acho que
convocando reunião para o dia vinte e um de agosto assim vamos dar início a um novo tempo.
do fluente ano, às quatorze horas, destinada à vota-
Já deveríamos ter resolvido essa questão há
ção do parecer do relator. E, para constar, eu, Edla
muito mais tempo, com outras PECs discutidas nesta
Calheiros Bispo, Secretária, lavrei a presente Ata
Casa. Com a PEC n° 82 já poderíamos ter soluciona-
que, lida e aprovada, será assinada pelo Presidente e
do esses problemas, mas nunca é tarde.
encaminhada à publicação no Diário da Câmara dos
Deputados, juntamente com as notas taquigráficas. Agradeço ao Relator o empenho e a paciência
A presente reunião destina-se à continuação da que teve comigo em vários debates internos, assim
como aos técnicos que acompanharam a Comissão.
discussão do parecer do Relator, Deputado Basílio
Villani, que concluiu pela aprovação com substitutivo à Espero que a questão tenha o desfecho que a socie-
Proposta de Emenda à Constituição n° 277, de 2000. dade brasileira necessita cada vez mais. Hoje, vários
Estados estão perdendo recursos por falta de uma le-
O parecer do Relator concluiu pela admissibili-
gislação coerente, como a que estamos tentando cons-
dade das Emendas nOs 1,2,3,4,5,6,7,8,9, 10, 11,
truir neste momento.
12 e 13. No mérito, S. Exa concluiu pela aprovação
das Emendas nOs 1 e 2, pela aprovação parcial das O SR. PRESIDENTE (Deputado Eliseu Resen-
Emendas de n° 3,7, 9, 11, 12 e 13 e pela rejeição das de) - Tem a palavra o segundo inscrito, Deputado Sa-
Emendas nOs 4, 5, 6, 8 e 10. latiel Carvalho. (Pausa.) Ausente.
Foi concedida vista conjunta do processo aos Tem a palavra o Sr. Deputado Luis Barbosa.
Deputados Carlos Santana, Joel de Holanda, Luciano O SR. DEPUTADO LUIS BARBOSA - Sr. Presi-
lica, Luiz Antonio Fleury, Ricardo Fiuza, Roberto Ba- dente, agradeço ao Relator. O que me traz a esta Co-
lestra, Salatiel Carvalho e Werner Wanderer. missão é uma emenda de grande importância para o
Vamos dar início à continuação da discussão do meu Estado, Roraima, que foi acatada pelo Relator.
parecer. Ontem, mais uma vez, fomos premiados com a energia
41256 S.:xla-I'cira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto d.: 2001
de Guri, e o Presidente Hugo Chávez disse que há com- O SR. PRESIDENTE (Deputado Eliseu Resende)
bustível para baratear o custo em Roraima. - Com a palavra o Deputado Luciano Zica. (Pausa.)
Gostaria de ouvir o nobre Relator a esse respei- Na ausência de S. Ex", concedo a palavra à De-
to, pois, em sua pauta, S. Exa diz que a emenda está putada Miriam Reid. (Pausa.)
contemplada pelo objetivo da proposta ora em exa- Na ausência de S. Exa , concedo a palavra ao De-
me, mas que ela foi rejeitada. putado Luiz Antonio Fleury.
O combustível da Venezuela vai baratear muito O SR. DEPUTADO LUIZ ANTONIO FLEURY -
o nosso custo, porque lá um litro de gasolina custa 0,4 Sr. Presidente, Sr. Relator, sem dúvida, essa proposta
centavos. Em Roraima, os atravessadores estão pe- de emenda à Constituição contribuirá, e muito, para
gando scanias, kombis, pampas e trazendo da Vene- que tenhamos a regularização e a abertura total do
zuela de 6 a 8 mil litros por dia. Isso está causando um mercado de combustíveis em nosso País.
prejuízo muito grande para o Estado, porque diminuiu Na minha opinião, foi providencial o adiamento
a arrecadação de ICMS. O nosso Estado é pequeno, da discussão para a data de hoje. Estive examinando
e a arrecadação do ICMS, que era de 11 milhões por cuidadosamente o substitutivo, tão bem elaborado por
mês, diminuiu para quase 2 milhões por mês. V. Exa Deixando claro que concordo com quase todo o
O relatório é perfetto. Como o colega Carlos relatório, não poderia deixar, entretanto, de fazer algu-
Santana me'1cionou, acabará com a pirataria no Bra- mas observações, que me parecem pertinentes.
sil. Poderemos até diminuir a alíquota do ICMS. Se A primeira delas diz respeito à criação dessa con-
tudo isso for regularizado, não vai acontecer o que tribuição de intervenção no domínio econômico. A sua
está acontecendo em Roraima, porque hoje, com 50 finalidade principal, todos sabemos, é substituir a Par-
reais, os atravessadores abastecem praticamente toda cela de Preço Específico - PPE, que não tem natureza
a cidade de Boa Vista. jurídica bem definida, o que acarretará uma competição
absolutamente desleal, já que a PETROBRAS é obriga-
Sr. Relator e demais companheiros, peço que da a recolhê-Ia, mas as demais empresas podem im-
analisem essa questão com carinho, porque Roraima portar combustível sem pagá-Ia.
é um Estado pobre, em crescimento. Gostaria de ou-
vir a opinião do Presidente e do Relator sobre essa Partindo desse princípio, desde logo me chama
a atenção o que dispõe o art. 149, § 2°, inciso 11. Diz o
emenda, muito importante para Roraima. texto que essa intervenção do domínio econômico
A população do Estado me pergunta o tempo poderá incidir sobre energia elétrica, serviços de tele-
todo: "Deputado, e o combustível?" Sempre respondo comunicações e álcool combustível.
que tenho certeza de que o Relator, o Presidente e os A importação de energia elétrica, hoje, não está
demais colegas da Comissão vão votar favoravel- sujeita ao pagamento da PPE. Parece-me que estare-
mente a essa emenda. mos criando mais um imposto sobre energia elétrica,
Muito obrigado, Presidente. que vai exatamente refletir sobre o preço final a ser
O SR. PRESIDENTE (Deputado Eliseu Resende) pago pelo consumidor. Podemos dizer o mesmo no
- Informo ao ilustre Deputado que o Relator está ano- caso das telecomunicações.
tando todas as contribuições dos Parlamentares nesta Quanto ao álcool combustível, sabemos que o
discussão e na réplica dará uma satisfação a V. ~. nosso País é um grande produtor desse produto. Por
O SR. DEPUTADO CARLOS SANTANA _ Sr. isso criamos o PROALCOOL, que infelizmente sofreu
os percalços que todos conhecemos.
Presidente, esqueci de dizer que ontem tive uma longa
discussão com o delegado da Polícia Federal responsá- E o art. 177, § 4° do substttutivo diz:
vel pela investigação da máfia do óleo, que atua em Art. 177 .
cinco portos do nosso País. Isso que o companheiro § 4° A lei que instituir contribuição de in-
de Roraima mencionou há pouco é uma coisa que tervenção no domínio econômico relativa às
está acontecendo não só lá, mas em quase todo o atividades de importação ou comercialização
Brasil. de petróleo e seus derivados, gás natural e
Quero que fique registrada a importância que seus derivados e álcool combustível (... )
tem essa PECo Sabemos que dela vai resultar uma le- Então, também sobre o álcool produzido no
gislação sobre o assunto, mas, ao mesmo tempo, os ór- Brasil, estamos criando mais um imposto. Esses são
gãos de fiscalização têm de atuar neste País, coisa que aspectos que me preocupam, porque jamais a PPE
não está acontecendo. incidiu sobre o álcool combustível. E aqui estamos
Agosto dI! 2001 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sl!xta-tcira 31 41257
criando uma contribuição que vai incidir não apenas sitivo que assegure que esse fato não ocorrerá. Deve-
sobre a importação de álcool, mas também sobre o mos deixar escrito na Constituição, para evitar exata-
álcool produzido e comercializado no próprio País. mente isso.
Essas são as duas preocupações que tenho ini- São as observações que gostaria de fazer,
cialmente. Gostaria de ouvir o Sr. Relator sobre o as- salientando o excepcional trabalho do Sr. Relator a
sunto, já que me parece que estamos indo além do respeito do assunto.
objetivo da equalização de preços do petróleo e seus O SR. DEPUTADO JOÃO CALDAS - Sr.
derivados. Presidente, questão de ordem.
Outro aspecto que me chama a atenção, Sr. O SR. PRESIDENTE (Deputado Eliseu Resende)
Presidente, Srs. Deputados, é o seguinte: o art. 177, § - Com a palavra o Deputado João Caldas.
4°, inciso I, alínea b, diz que lei vai instituir uma contri-
O SR. DEPUTADO JOÃO CALDAS - O relatório
buição que poderá ser reduzida - até aí concordamos
está causando certa celeuma. Se não houver consenso,
- e restabelecida por ato do Poder Executivo.
inevitavelmente esta discussão será levada ao plenário.
Acho que não estamos observando o princípio Não seria de bom alvitre esta Comissão postergar a dis-
da anualidade. Estamos deixando a critério do Poder cussão por mais duas ou três sessões? Dessa forma,
Executivo restabelecer ou não essa contribuição a
seriam dirimidas todas as dúvidas, e chegaríamos a um
seu bel-prazer e não estamos aplicando o princípio da entendimento, evitando, assim, a discussão no plenário.
anualidade. Portanto, o contribuinte fica praticamente Se não tomarmos essas atitudes, não daremos ao pro-
desguarnecido, já que é o princípio da anualidade que cesso a celeridade que ele exige.
dá garantias ao cidadão.
Gostaria que V. ~ Levase em consideração
Outra observação é que, com muita proprieda-
que, se não chegarmos a um consenso, inevitavel-
de, S. Ex a incluiu no texto um aspecto importante, as
mente a discussão será no plenário. Com as emen-
alíquotas, mas não sei se seria essa proposta de das de plenário, aí assim, haverá conturbação, com
emenda à Constituição o foro adequado para realizar-
muito mais pessoas discutindo o assunto, o que ter-
mos essa discussão. O substitutivo estabelece que
minará por inviablilizar o projeto.
elas serão uniformes em todo o território nacional e fi-
Peço que V. Exa Pondere o nosso argumento e
xadas pelo Senado Federal.
conceda maior prazo para a discussão, a fim de che-
Parece-me, data venia, que essa matéria é das
garmos a um consenso.
mais polêmicas, já que estamos retirando dos Estados
O Sr. PRESIDENTE (Deputado Eliseu Resen-
a possibilidade de fixar as alíquotas, sendo que esta-
de)) - Sr. Deputado, estamos com o processo de dis-
mos tratando aqui exatamente do ICMS, que é um im-
cussão já inicado e temos de ultimá-lo. Todos os Par-
posto estadual.
lamentares inscritos para discutir terão oportunidade
Confesso a V. ~ que tenho sérias dúvidas se po-
de falar. Haverá, em seguida, a réplca do Relator,
deríamos antecipar aqui a discussão da reforma tributá-
quando se discutirá então a sugestão de V. Exa.
ria. Defendo que as alíquotas sejam iguais para todos
os Estados, sou contra a diferenciação, mas me parece Concedo a palavra ao Deputado Pedro Eugênio.
também que estamos tratando de assunto altamente O SR. DEPUTADO BASíLIO VllLANI - Sr,
polêmico nessa proposta de emenda à Constituição. Presidente, gostaria que V. Ex a Me permitisse ir res-
Finalmente, Sr. Presidente, Srs. Deputados, pondendo aos Deputados, porque o assuntoé muito
uma observação que me parece importante é que não complexo. Pode haver, inclusive, perguntas repetidas.
temos nenhum dispositivo que garanta que a alíquota a Confesso que o entendimento do tema é muito
ser fixada para a contribuição de intervenção no domí- difícil. Então, para melhor andamento dos trabalhos,
nio econômico corresponderá aproximadamente ao va- acho que seria importante irmos respondendo e discu-
lor dos impostos que são cobrados na produção nacio- tindo as questões, quando eis surgissem, porque pode
nal. Poderíamos ter uma situação na qual, para atender ocorrer de um outro Deputado ter a mesma dúvida.
a determinado período de tempo, se fixe essa alíquota O SR. PRESIDENTE (Deputado Eliseu Resende)
de tal maneira que o produto importado saia mais bara- - Levaremos em consideração as ponderações do
to do que o produto nacional. Isso acarretaria prejuízos nobre Relator. Entretanto, já havia concedido a palavra
incalculáveis à PETROBRAS, que poderia até ficar invi- ao Deputado Pedro Eugênio.
abilizada economicamente. O SR. DEPUTADO PEDRO EUGÊNIO - Apenas
Parece-me que não devemos deixar para uma indago ao Sr. Relator sobre a prerrogativa dada ao
lei complementar o dever de regulamentar um dispo- Executivo de definir as alíquotas.
4125~ Sexla-lCira 31 IJIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 20DI

Diz O art. 177, § 4°, inciso I, alínea b, que a alíquo- Com referência à emenda do meu amigo Luis
ta da contribuição poderá ser reduzida e restabelecida Barbosa, está claro que, no relatório, não está transcrita
por ato do Poder Executivo. Sobre essa delegação ao a realidade. Houve participação ativa de S. Exa Quando
Executivo, Sr. Relator, V. Ex" examinaria a possibilidade nem conhecíamos a PEC, o Deputado já falava na ne-
de, por exemplo, conferir ao CONFAZ essa atribuição, cessidade de se fazer isso em razão do problema do
de maneira que os Estados fossem ouvidos nesse pro- seu Estado. Deveremos produzir no relatório uma erra-
cesso? Tenho percebido em alguns dos nossos pares a ta, dizendo que a sua emenda foi acatada na íntegra.
mesma preocupação. Colegas, seria muito bom que não houvesse
Era essa a indagação que gostaria de fazer, no discussões paralelas.
intuito de criar as condições para aprovação do projeto. Com referência às observações do Deputado
O SR. PRESIDENTE (Deputado Eliseu Resende) Luiz Antonio Fleury, S. Ex" não perguntou sobre a fi-
_ O nobre Relator optou por responder as questões nalidade da criação da CIDE. S. Ex'l explicou o assun-
formuladas até aqui. to, e muito bem: a CIDE veio subst~uir urna coisa cha-
mada PPE, que ninguém sabe o que é. Quando formos
Tem a palavra S. Ex'l. efetuar a lei, vamos dar um formato à CIDE. Tenho a im-
O SR. DEPUTADO BASíLIO VILLANI- Sr. Pre- pressão de que não perm~iremos que ela seja uma cai-
sidente, Srs. Deputados, inicialmente, agradeço ao xa-preta. Nós, Deputados, temos obrigação de dar mol-
Deputado Carlos Santana as palavras. S. Exa acom- dura à CIDE.
panhou de perto todas as nossas reuniões e pôde Quando se mexe em artigos tributários, realmente
constatar a forma bastante aberta, transparente a situação é mu~o complexa. Recentemente ouvimos a
corno procedemos na elaboração deste relatório. Comissão que trata desse assunto e vimos que há uma
Chamo a atenção do Deputado José Carlos Ale- série de dificuldades. Gostaria que V. ~ entendessem
luia, a quem respeito pela capacidade e competência, que estamos tentando colaborar com o País, fazendo
para a nossa tentativa de inovar. Junto com todos os praticamente uma minirreforma tributária, por setores.
setores envolvidos, fomos produzindo o substitutivo, Não adianta querermos abraçar tudo, achando que
porque, às vezes, podemos atender a um segmento vamos resolver a questão, porque teremos dificuldades.
em detrimento de outro. Então, provocamos as dis- Em relação aos combustíveis, Srs. Deputados, o
cussões. Deputado Carlos Santana disse bem: está havendo mu-
Por conta deste trabalho, não tive um dia sequer ita evasão de renda. É um negócio impressionante! Ve-
de recesso. Dediquei-me diuturna mente a ele em ra- jam bem, trata-se evasão de renda do Erário, porque o
zão do prazo que nos foi dado. A PEC está na Casa consumidor está pagando na bomba. Com toda a cora-
desde agosto do ano passado, mas esta Comissão só gem, digo que é vergonhoso o que está ocorrendo
foi constituída em maio. Ternos de votá-Ia em dois tur- hoje neste País.
nos no plenário da Câmara dos Deputados e em dois Quando o Governo enviou a esta Casa a PEC,
turnos no Senado Federal, para depois provocar a não incluiu o aspecto do ICMS, o que estamos fazen-
elaboração das leis. Se isso não ficar pronto até o dia do neste relatório, quando se fala de bens de serviço,
31 de dezembro, o País vai enfrentar muitas dificulda- energia elétrica, telecomunicações, álcool e proteção.
des. Em razão disso, peço a colaboração e a compre- A PEC que está desde outubro aqui fala exatamente
ensão de V. Ex.!!,:;. sobre esses assuntos. O Relator não recebeu nenhu-
Quando elaborei o substitutivo, não me detive ma emenda para retirar. Então, ficou mantido.
em ideologias, em absolutamente nada. Trabalhei em Como a PEC não contemplou o álcool, e sou ad-
conjunto, ouvindo - claro, não vou dizer que sou o mírador do setor sucroalcooleiro, resolvi incluí-lo, por-
todo-poderoso; pelo contrário - as pessoas experien- que ali ele terá proteção. É exatamente o inverso daqui-
tes no assunto. Então, houve um trabalho, que contou lo que V. Ex" comentou. Preocupo-me com a entrada de
com a participação muito ativa do Deputado Luciano um álcool mais barato no País, o que pode quebrar nos-
Zica, que pertence ao setor. Houve também participa- sas usinas.
ção ativa do Presidente. Fizemos esse relatório, que O SR. DEPUTADO LUIZ ANTONIO FLEURY - V.
não é do Deputado Basílio Villani. Ele veio de lá para Ex" me concede um aparte? O colega tem razão quan-
cá, com a participação do SINDICOM, do setor alcoo- do fala do inciso II do art. 149, mas não quando se refere
leiro, da PETROBRAS. Enfim, ouvimos todos os seto- ao art. 177, que fala de importação, comercialização de
res envolvidos. Quero deixar isso claro. petróleo, gás natural, seus derivados e álcool.
Agosto de 2001 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-Icim 31 41259
O SR. PRESIDENTE (Deputado Eliseu Resende) teríamos, em termos da variação do dólar, um proble-
- Gostaria de fazer uma intervenção, Deputado Luiz ma muito sério para o País. Então, não será ampliada.
Antonio Fleury? Será respeitado o princípio da anualidade, porém ela
O SR. DEPUTADO LUIZ ANTONIO FLEURV - será reduzida, já que atualmente está em oito. Em ra-
Acho que é aqui que o álcool está indevidamente co- zão de o preço ter ido para patamares inferiores, re-
locado. duzimos a taxa para quatro. Aí, digamos que houve
O SR. DEPUTADO BASíLIO VILLANI- Qual é o alteração no preço do petróleo. Então, a taxa será res-
artigo, Deputado? tabelecida. Em nove? Não, não pode ser. Ela pode
O SR. DEPUTADO LUIZ ANTONIO FLEURV _ chegar àquele patamar do ano.
Art. 177, § 4°. Creio que a redação é um pouco difícil, quando se
O SR. DEPUTADO BASíLIO VILLANI- Vou ler: trata de matéria constitucional. Na lei, serão forneci-
dos maiores detalhes.
Art. 177 .
Sobre o art. 155, § 4°, inciso 111, chamo inclusive
§ 4° A lei que instituir contribuição de in- a atenção do Presidente, porque, como disse aos Srs.
tervenção no domínio econômico relativa às
Deputados, está ocorrendo uma enorme sonegação.
atividades de importação ou comercialização
Resolver essa questão é quase condição sine qua non
de petróleo e seus derivados, gás natural e
para que seja feito um trabalho necessário e profundo.
seus derivados e álcool combustível deverá
Para tanto, acreditamos na capacidade desta Casa.
atender aos seguintes requisitos: (...)
Eu disse que deveríamos, talvez, fazer uma mi-
Veja bem, trata-se de álcool importado, que nirreforma constitucional por setores. Hoje, estamos
deverá ter uma CIDE, para se poder dar guarida ao resolvendo a questão dos combustíveis; amanhã po-
álcool nacional. deremos estudar a agricultura e, depois, outros as-
O SR. PRESIDENTE (Deputado Eliseu Resende) suntos.
- Perdoem-me a intervenção, mas temos um Regimen-
Houve uma solicitação veemente dos próprios
to a ser respeitado. Então, darei a palavra por um deter-
segmentos, a fim de evitarmos uma série de limina-
minado tempo aos Parlamentares que queiram discu-
res. Por isso, fomos corajosos e pretensiosos. Quere-
tir a matéria e, depois, ao Relator, no caso de réplica e
mos ser úteis ao País.
para o pronunciamento final. O Relator optou por dar
uma réplica a cada intervenção. Temos de evitar, nes- É necessário que os Deputados analisem e veri-
sas condições, o debate. O Deputado Luiz Antonio Fle- fiquem a questão. Disponho de estudos mostrando
ury já se pronunciou com muita clareza. que mesmo que o Estado baixe a alíquota do ICMS,
O SR. DEPUTADO LUIZ ANTONIO FLEURV - ele terá sua arrecadação ampliada. Faço esse desafio
Acatado, Sr. Presidente. Vamos ouvir com muita aten- a qualquer Estado. É claro que, posteriormente, na
ção o Sr. Relator. lei, será feito um estudo nesse sentido.
O SR. PRESIDENTE (Deputado Eliseu Resen- Como disse, necessitamos aprovar esse projeto
de) - Esperamos que o Sr. Relator também conduza com rapidez. Ou a lei estará pronta até o dia 31 de de-
as réplicas com muita clareza, a fim de que possamos zembro, ou se perde a finalidade.
passar a palavra aos demais inscritos para discutir a Estamos preparados para o caso de não haver
matéria. compreensão, colaboração. Se os Estados não quise-
O SR. DEPUTADO BASíLIO VILLANI - Essa é rem ampliar sua arrecadação, estamos prontos a aca-
minha explicação, com toda clareza. Realmente, nesse tar uma emenda de plenário que retire o assunto de
assunto, às vezes nos confundimos. Aqui, estamos pauta. Mas, nesse caso, estaremos fazendo um pés-
exatamente preservando o produtor do álcool nacional simo trabalho para o País.
e dando guarida a ele. Chamo a atenção de todos os Deputados no
V. Exa cita ainda o art. 177, § 4°, inciso I, alínea b, sentido de que façam estudos em seus Estados e ve-
que diz que a alíquota da contribuição poderá ser redu- rifiquem a ampliação da arrecadação. Creio que o
zida e restabelecida por ato do Poder Executivo, não se grande sonho de todos nós é que o ICMS seja iguali-
lhe aplicando o disposto no art. 150, inciso 111, alínea b. tário. Inclusive, o Governo enviou uma PEC a esta
O restabelecimento vai ficar claro na lei. Tenho Casa unificando todos os produtos. Nesse caso, creio
hoje oito e posso reduzir para cinco. Até oito, posso que teremos dificuldades, porque precisamos anali-
restabelecer. Ela não será ampliada, porque senão sar um segmento por vez.
41260 Sexla-kira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DFl'lJTADOS Agustu de 20D I
A minha colaboração nesse processo é a de aca- O SR. DEPUTADO JOSÉ CARLOS ALELUIA -
tar uma proposta baseada em estudos fe~os por técni- Sr. Presidente, o propósito do requerimento é exata-
cos da mais alta competência. Consideramos que, para mente permitir que as discussões se estendam, a fim
o País, tal projeto acaba com a sonegação e com a de que possamos evoluir nas negociações. Não tenho
guerra fiscal. Não há um Estado que irá baixar a sua ar- nenhum propósito de obstruir o trabalho de V. Exa,
recadação. Faço esse desafio. sempre um trabalho de excelência...
Com referência ao terceiro assunto, não me O SR. PRESIDENTE (Deputado Eliseu Resen-
lembro bem... de) - V. Exa terá a palavra no final da discussão.
O SR. DEPUTADO LUIZ ANTONIO FLEURY - É O SR. DEPUTADO JOSÉ CARLOS ALELUIA-
a questão de não haver a possibilidade de o produto es- ...e muito menos o trabalho do Deputado Basílio Villa-
trangeiro acabar tendo um preço inferior ao produzido ni. Agora, se V. Exa encerra a discussão, encerra, de
no Brasil pela PETROBRAS, algum tipo de garantia certa forma, as negociações.sta Comissão postergar
que se possa estabelecer. a discussão por mais duas ou três sessões? Dessa
O SR. DEPUTADO BASíLIO VILLANI- V. Exafa- forma, seriam dirimidas todas as dúvidas, e chegaría-
lou sobre a CIDE. Ali é a questão da lei, porque, se in- mos a um entendimento, evitando, assim, a discussão
serirmos aqui a questão do exercício, foi como expli- no plenário. Se não tomarmos essas atitudes, não da-
quei a V. Exa : a PPE hoje é uma situação, e temos de remos ao processo a celeridade que ele exige.
efetuar um estudo muito profundo sobre a CID E, por- O SR. PRESIDENTE (Deputado Eliseu Resende)
que é um assunto bastante complexo. Devemos indu- - Nós daremos seqüência à discussão.
sive, Deputado Fleury, fazer um estudo profundo so- O SR. DEPUTADO JOSÉ CARLOS ALELUIA-
bre o assunto e inclui-lo na lei, porque sempre vai haver Seria interessante que a discussão não fosse encerra-
modificações. Se nós inserirmos isso na Constituição, da.
cada vez que tivermos de dar uma mexida, vamos ter
O SR. PRESIDENTE (Deputado Eliseu Resen-
dificuIdades.
de) - Nós daremos seqüência a ela.
Eram essas as minhas modestas explicações.
Com a palavra o Deputado Carlos Alberto Rosa-
Com humildade, peço a V. E)(-!' que pensem muito bem
do. (Pausa.)
sobre o assunto do ICMS. Estou inteiramente à disposi-
Na sua ausência, tem a palavra o Deputado Ri-
ção para discutir o assunto, diuturnamente. Repito
cardo Fiuza. (Pausa.)
que não tive um dia de recesso, porque quero ajudar o
nosso País. Na ausência do Deputado Ricardo Fiuza, tem a
palavra o Deputado Fernando Coruja. (Pausa.)
Muito obrigado.
Em sua ausência, tem a palavra o Deputado
O SR. PRESIDENTE (Deputado Eliseu Resende)
Joel de Hollanda.
- Vamos dar seqüência à discussão. Temos inscritos
os Deputados Carlos Alberto Rosado, Ricardo Fiuza, O SR. DEPUTADO JOEL DE HOLLANDA - Sr.
Fernando Coruja, Joel de Hollanda, Jaques Wagner e Presidente, Sr. Relator, inicialmente gostaria de teste-
José Carlos Aleluia. munhar o empenho do Deputado Basílio Villani de re-
latar esta PEC a partir de um amplo debate, de uma
Há sobre a mesa requerimento do Deputado
ampla discussão com todos os setores envolvidos. Fui
José Carlos Aleluia, na qualidade de Vice-Líder do
e sou testemunha de que o Relator não teve recesso,
PFL, requerendo, nos termos do art. 193 do Regimen-
ficou detido na Câmara dos Deputados estudando a
to Interno, adiamento da votação da presente propo-
matéria e, com espírito democrático, acolheu todas as
sição pelo prazo de cinco sessões.
ponderações dos vários órgãos interessados nos des-
Colocaremos o requerimento do Deputado José
dobramentos dessa emenda constitucional.
Carlos Aleluia em votação, concluída a discussão.
Sr. Presidente, como alguém ligado ao setor su-
Respondendo à questão de ordem do Deputado
croalcooleiro, representante desse segmento nesta
João Caldas, colocaremos o assunto em votação Casa e que acompanha toda a luta dos produtores de
após a discussão.
álcool, sobretudo das regiões menos desenvolvidas,
Tem a palavra o Deputado Carlos Alberto Rosado. Norte e Nordeste, gostaria de, mais uma vez, solicitar
O SR. DEPUTADO JOSÉ CARLOS ALELUIA- ao Relator que contemple com maior clareza a desti-
Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem. nação dos recursos da CIDE, ou seja, da contribuição
O SR. PRESIDENTE (Deputado Eliseu Resende) de intervenção do domínio econômico, no que diz res-
- Com a palavra o Líder do PFL. peito aos subsídios para o álcool.
Agosto de 20() I DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexla-feira 31 41261
Com a entrada em vigor dessa emenda constitu- garante absolutamente nada. Então, o que ocorre?
cional, a PPE, que hoje subsidia o álcool, desaparece. Tive o cuidado de inserir no meu substitutivo o seguin-
Precisaríamos ter claro na Constituição a substituição te:
desses recursos pela contribuição de intervenção do
Art. 177 .
domínio econômico. Ou seja, que uma parcela dessa
contribuição seja destinada especificamente à equali-
§ 4.° .
zação dos custos de produção do álcool nas regiões 11 _ os recursos arrecadados serão
menos desenvolvidas do País, que empregam milha- destinados:
res e milhares de trabalhadores não-qualificados, mas a) ao pagamento de subsídios a preços
com todos os seus direitos assegurados, com a cartei- Para a fonnação de preço, entendam.
ra assinada, e que não têm outra alternativa econômi-
...ou transporte de álcool combustível,
ca a não ser a produção de álcool e de açúcar.
gás natural e seus derivados e derivados de
Portanto, Sr. Presidente, lamentando que as petróleo;
nossas ponderações não tenham sido acolhidas pelo
Relator, gostaria, mais uma vez, já que talvez tenha- Houve uma emenda sobre o gás natural, que aca-
mos o adiamento da votação desta matéria, que refle- tei, se não me falha a memória, de autoria do Deputado
tíssemos sobre a oportunidade de deixar claro no tex- Luiz Antonio Fleury, porque o gás natural não estava
to da emenda constitucional que uma parcela da sendo atendido.
CIDE será destinada ao subsídio do preço, do trans- Questiona-se falar sobre a equalização de cus-
porte e à equalização de custos do setor sucroalcoolei- tos. Confesso a V. Exa que este Relator ouviu diversos
ro, que hoje é uma conquista da nossa sociedade. técnicos e contou inclusive com a sabedoria e o co-
Todas as nações desenvolvidas colocam clara- nhecimento do nosso Presidente. O que significa
mente nos seus orçamentos o pagamento de subsídi- equalizar custos? Vou ter uma usina trabalhando com
os. A União Européia é campeã nesse aspecto. Os máquinas modernas e uma outra qualquer. Para
Estados Unidos fazem isso claramente nos orçamen- equalizar os custos, pego o custo de uma, que é de
tos anuais. E nós, no Brasil, precisamos ter a coragem dez, e o da outra, que é de trinta. Então, o custo pas-
de, reconhecendo uma situação diferenciada em rela- sou a ser de vinte. Isso significaria tabelar o preço.
ção à topografia, à produtividade, dispor uma parcela Quando falamos aqui que haverá subsídios para...
específica da CIDE para pagamento dos subsídios Inclusive, tentei achar um outro nome em vez de
para equalização do custo do álcool. subsídio, porque me parece até que isso prejudicaria o
Portanto, era essa a minha ponderação ao nobre setor sucroalcooleiro na exportação de açúcar. Fizemos
Relator, mais uma vez parabenizando-o pela dedica- todos os exercícios, dos quais V. Exa participou, para
ção, pela total entrega a esse esforço de construir o achar uma frase diferente e não conseguimos. Mas,
relatório. quando diz "ao pagamento de subsídios a preços",
Muito obrigado. está subsidiando para formar preço, dando muito
mais cobertura do que a própria PPE. É claro e evi-
O SR. PRESIDENTE (Deputado Eliseu Resende)
dente que no § 4° se diz que a lei que instituir contribu-
- Pergunto ao Relator se gostaria de fazer a réplica a
ição vai tratar desse assunto. Então, na lei vamos de-
cada Parlamentar.
talhar, vamos dizer que o subsídio da cana caiana é
O SR. DEPUTADO BASíLIO VILLANI - Sim. uma coisa, o subsídio da cana tal é outra coisa , o
O SR. PRESIDENTE (Deputado Eliseu Resende) subsídio daquilo é outra. Quer dizer, não podemos co-
- Tem a palavra o nobre Relator. locar na Constituição algo diferente.
O SR. DEPUTADO BASíLIO VILLANI- Deputado Confesso a V. Exa que, com satisfação e alegria,
Joel de Hollanda, inicialmente quero agradecer a V. Ex" a atendi, sim, ao setor sucroalcooleiro. O que puder fazer
participação efetiva nos trabalhos da Comissão. pelo setor sucroalcooleiro, farei.
Como no início não vi representantes do setor O SR. PRESIDENTE (Deputado Eliseu Resende)
alcooleiro, tomei a liberdade de verificar, porque tam- - Com a palavra o Deputado Jaques Wagner.
bém conheço o assunto, uma vez que sou do interior O SR. DEPUTADO JAQUES WAGNER - Sr. Pre-
do Paraná, e acho que temos de dar uma atenção sidente, Sr. Relator, primeiramente quero parabenizar o
toda especial ao álcool. Relator. Não acompanhei boa parte das reuniões, mas
Em primeiro lugar, a PPE, como comentou o De- tenho conhecimento, por intermédio do Deputado
putado Luiz Antonio Fleury, é uma caixa-preta e não Carlos Santana e do Deputado Luciano Zica, do es-
41262 Sexla-feira 31 IJIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agoslll de 2001
forço do Deputado Basílio Villani e do trabalho feito milar internamente? É bom que nos lembremos de
por S. Exa . que muitos dos importados são insumos para nossa
Sou ligado ao setor petroquímico e petroleiro e indústria, que depois irá exportá-los. A depender de
sei da necessidade de se aprovar urgentemente a ma- quanto sejam aumentadas as alíquotas dos importa-
téria, exatamente para que não se crie uma aberração dos que serão, repito, insumos para produtos finais,
com a abertura das importações nessa área. nós, no final, teremos um produto não competitivo
Quero ponderar com o Deputado Basílio Villani para a exportação.
o seguinte: no inciso 11 do § 2°, introduzido ao art. 149, Então, para manter a lógica daquilo que motivou
se diz: "poderão incidir sobre a importação de bens e primeiramente essa emenda constitucional, que é o
serviços..." equilíbrio em relação à questão do PPE, era preciso
Primeiro, quero dizer o óbvio. V. Exa já afirmou que o inciso 11 dissesse: "poderão, toda vez que hou-
isso várias vezes, e sei que é nesse sentido, tanto que ver desequilíbrio entre o pago pelo produto produzido
a motivação foi a questão do petróleo, especificamen- aqui e o importado". Aí, sim, poderão incidir. Caso
te, que a idéia é proteger o desequilíbrio entre taxa- contrário, penso que V. Exa abre uma janela sem limi-
ções pagas internamente e não pagas aos importa- tes para que o Poder Executivo tente criar qualquer
dos. Até aí estamos de acordo, e todos os que focam alíquota sobre produtos importados.
a questão petróleo, a questão PETROBRAS também. Era esta a ponderação que eu queria fazer a V.
O problema é que dizem: "poderão". Quem pode- Exa , Sr. Presidente, mesmo sabendo que meu compa-
rá? O Governo? O Poder Executivo poderá fazer incidir nheiro de bancada baiana pretende pedir adiamento
esses impostos? Qual é a nossa preocupação? Primei- dessa questão. Mas sou daqueles que comungam da
ro, isso é vago; segundo, a abrangência é elástica, es- angústia do Deputado Basílio Villani, ou seja, de que
tão abrangidos aqui vários segmentos; e, finalmente, deveremos acelerar o assunto para que essas coisas
o que demando é que a motivação que nos fez acor- possam estar prontas até o final do ano. Só pondero a V.
dar em relação ao segmento petróleo, que era o dese- Exa que a avenida aberta no inciso 11 é demasiadamen-
quilíbrio entre o importado e o produzido aqui dentro, te larga ao Poder Executivo.
não está inscrito no inciso 11. O SR. PRESIDENTE (Deputado Eliseu Resende)
Acho que deveria ficar "poderão", toda vez que - Com a palavra o Relator, Deputado Basílio Villani.
houver esse desequilíbrio", e não "poderão" sob qual- O SR. DEPUTADO BASíLIO VILLANI - Sr.
quer inspiração meramente de aumento de arrecada- Presidente, com referência a esse assunto, confesso ao
ção por parte do Governo Federal. E pretendo ser Go- Deputado Jaques Wagner que não tivemos esse tipo de
verno Federal a partir de 2003, mas nem ao meu Pre- preocupação, porque é evidente que quem vai tratar do
sidente quero deixar esse legado que acho extrema- imposto é o Poder Executivo. Mas é lógico que isso aqui,
mente perigoso. do jeito que está, é um campo aberto. Agora, quando V.
Quero insistir no raciocínio. Estamos legislando Exa comenta sobre um produto importado e que deve
na busca do equilíbrio do petróleo importado em rela- tal, penso que aí é uma questão de política de Governo.
ção ao nosso. Não podemos falar de mercado se so- Então, não houve essa preocupação, porque, in-
bre os produtos incidir uma alíquota - seja lá que de- clusive, esse texto já veio do Governo, consta da PECo
nominação tenha -, que não será cobrada para os Lembro até que comentamos o assunto com o Deputa-
que chegarem de fora. do Luciano Zica, mas, francamente, recorreria agora ao
V. Exa, no § 2° , inciso 11, diz "poderão incidir". conhecimento e à sabedoria do Presidente, para ver se
Pergunto: poderão incidir sob decisão de quem? Para S. Ex" poderia dar-nos alguma explicação com referên-
que esse inciso ficasse completo, deveria ter a se- cia à observação do Deputado Jaques Wagner. S. Ex"
guinte redação: "poderão incidir toda vez que houver prefere substituir a expressão "poderão incidir sobre a
discrepância entre o que é pago internamente para produção de bens ou serviços" por "poderão incidir
aquilo que será importado". Aí, tudo bem. Aí, V. Ex", toda vez que houver um acréscimo." Não sei se isso
omo respondeu o companheiro da área sucroalcoo - caberia na Constituição.
leira, estaria introduzindo esse inciso para proteger a Corno realizei esse trabalho com vários Deputa-
produção nacional. Não tenho nada contra. Mas se V. dos e com a Assessoria, gostaria de saber a opinião
Exa não determinar isso, quando não houver um pro- deles. Uma das observações é no sentido de que
duto nacional, poderá o Governo Federal incidir sobre quem cria a contribuição é a lei. A Constituição deve
a nafta, sobre qualquer importação com a alíquota permitir que a lei crie a contribuição. Se criarmos con-
que bem desejar, mesmo que não haja produção si- dições para essa permissão no texto constitucional,
Agosto de 200 I DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-lCira31 41263
estará aberta a porta para liminares contra a contribu- Aqui foram ouvidos os Ministros José Jorge, do
ição, o que desorganizará o mercado. Aliás, as limina- meu partido, e Eliseu Padilha, do PMDB; o Sr. David
res foram a grande preocupação. Quem cuidou do as- lylbersztajn, da ANP; o Sr. Everardo Maciel, Secretá-
sunto foi o Deputado Luciano lica - recordo-me bem rio da Receita Federal; o Sr. Cláudio Considera, Se-
da discussão. O que poderia explicar a V. Exa, Deputa- cretário de Acompanhamento Econômico; o Sr. Henri
do Jaques Wagner, seria isso. Philippe Reichstul, Presidente da PETROBRAS; o Sr.
O SR. PRESIDENTE (Deputado Eliseu Resende) João Pedro Gouveia Vieira Filho, do SINDUCON; o Sr.
- Concedo a palavra ao Deputado José Carlos Aleluia. Gil Siuffo, da Federação Nacional do Comércio Vare-
jista de Combustíveis; o Sr. Roberto Macedo, do
Antes, porém, quero dizer que o Deputado Lucia-
SINDIGÁS; o Sr. José Alberto Brito; o Sr. Luiz Carlos
no lica, que está inscrito, não estava presente na
de Carvalho, Assessor Técnico da União dos Produ-
hora da chamada, mas terá oportunidade de se mani-
tores de Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo, e o
festar ao final da discussão.
Sr. Luiz Octávio Koblitz, especialista em co-geração.
O SR. DEPUTADO JOSÉ CARLOS ALELUIA- Entretanto, nem um Secretário - nem mesmo do po-
Sr. Presidente, em primeiro lugar, quero dizer que te- deroso Estado de São Paulo - foi ouvido.
nho grande respeito pelo trabalho de V. Exa Portanto,
Portanto, requeiro o adiamento porque os Se-
não vim aqui meramente com objetivo protelatório.
cretários querem discutir a questão. Não faço isso de
Também quero dizer do meu respeito pelo De- moto próprio, mas ouvindo apelo do meu Estado, a
putado Basílio Villani. Conheço sua competência e sei quem devo obrigações.
da dedicação com a qual S. Exa tratou o assunto.
Ainda com relação à questão do gás, preocu-
Os deveres do meu mandato, porém, obrigam-me po-me no momento em que V. Exa impede o Mato
a trazer algumas considerações. Vou começar pedindo Grosso do Sul de prosseguir com as receitas decor-
permissão ao Deputado Carlos Eduardo Moreira Fer- rentes da importação de gás e no momento em que V.
reira para ler o citado trecho da correspondência que Exa impede o Rio de Janeiro de prosseguir com as re-
o Deputado enviou ao Sr. Presidente da República ceitas provenientes da exploração de gás. Os Esta-
tratando da questão: dos têm de fazer a conta. A Bahia até poderia se be-
A história da instituição das contribuições socia- neficiar, porque existe a tendência de vir a ser impor-
is em nosso País nos remete ao PIS/PASEP, ao tadora de gás. Não estou aqui, porém, para trazer pre-
COFINS e à CPMF, cujos efeitos comprometem a juízos aos outros Estados.
competitividade dos produtos brasileiros. A instituição Ainda com relação ao art. 155, Sr. Presidente,
de contribuições sociais incidentes sobre importa- há grande preocupação. Até entendo que se possa
ções de bens ou serviços a pretexto de dar um trata- transferir para o Senado Federal o estabelecimento
mento mais igualitário ao produto nacional em rela- de alíquotas, no inciso 11. No inciso 111, entendo que as
ção ao importado poderá, na verdade, criar mais em- alíquotas sejam uniformes e fixadas pelo Senado, mas
pecilhos ao banimento dos tributos em cascata, maio- não posso entender e aceitar o inciso IV, quando diz que
res responsáveis pela distorção do sistema atual. as alíquotas poderão ser específicas. Sr. Presidente,
A recente introdução de contribuições no domínio neste País em que os Estados estão com dificuldades
econômico não pode ser considerada uma panacéia para ajuste das contas e onde sabemos que o preço do
para a solução das questões tributárias setoriais que combustível é alterado anualmente - às vezes até men-
certamente escamoteiam o grave problema que aflige salmente -, não é possível fixarmos alíquotas específi-
nossa economia. Uma eventual solução para a neces- cas. Isso significa que, se fixarmos a alíquota em 20
sária substituição da PPE certamente é desejável. centavos para a gasolina de R$ 1,50, quando o preço
A CNI e os empresários brasileiros se dirigem ao chegar a R$ 3,00 a alíquota continuará a ser de 20 cen-
Presidente da República, preocupados com a amplitu- tavos. Como o Estado vai cobrir essa dificuldade, mes-
de que se deu a essa PECo mo que se admitisse que o Senado voltará a rever a
E falo aqui também na condição de represen- questão? Haveria o princípio da anterioridade. Num
tante do Estado da Bahia. Gostaria, neste momento, Estado em que a estabilidade da moeda não atingiu a
de ser representante do Estado do Mato Grosso do perfeição, isso é uma loucura!
Sul, porque assim certamente teria muito mais moti- Indo para o art. 177, considero também impro-
vos para falar. O mesmo aconteceria se representas- priedade inconstitucional, ou seja, uma inconstitucio-
se o Rio de Janeiro, o Rio Grande do Norte ou o Ama- nalidade, a alínea b do § 4°, inciso I, quando diz: "re-
zonas, em potencial. duzida e restabelecida por ato do Poder Executivo,
41264 Sexta-feira 31 DIÁRIO DA CÁMARA DOS IJIJI'UTADOS Agoslo de 2()(J 1
não lhe aplicando o dispositivo do art. 150, inciso 111, Faço uma proposta. Este assunto é tão técnico,
alínea b. Isso significa violentar o contribuinte. Isso tão complexo, que gostaria de me reunir com V. Ex" e
significa banir a anterioridade. com o pessoal da CNI em local em que haja um qua-
Não venho para impedir a votação, mas faço ve- dro-negro para o discutirmos, não com discurso boni-
emente apelo aos Deputados e à tão bem formada to, porque discurso político não resolve o aspecto téc-
Mesa, no sentido de que a adiemos de forma a esta- nico. Pensemos em nosso País!
belecermos um acordo. E, de antemão, posso dizer Até concordo em adiarmos por cinco dias, por-
que essa emenda tem 22 votos contrários da banca- que para mim não tem horário. Inclusive coloco minha
da da Bahia. Não votaremos essa emenda como está. residência à disposição para discutirmos o assunto
E queremos negociar, porque queremos votá-Ia. Con- noite adentro, na tentativa de resolvê-lo da melhor
sideramos necessário tratar da questão do combustí- maneira possível. Foi o que fizemos. Peço encareci-
vel. Porém, da maneira como está redigido, Sr. Presi- damente, porém, pelo esforço que fizemos e pela ne-
dente, é reforma tributária, é tributo em aberto, como cessidade do País, que reflitam sobre isso, porque
disse o Deputado Jaques Wagner. adiar por cinco sessões vai trazer trabalho. Acredito
que não há necessidade desse adiamento. Talvez te-
"Poderão incidir sobre a importação" - poderão!
nhamos de corrigir algumas falhas, com o que estou
É importante entender. A língua é rica, mas é impor-
de pleno acordo. Ninguém é perfeito, pode haver fa-
tante entender. "Poderão incidir sobre a importação
lhas, e temos o dever e a obrigação de corrigi-Ias.
de bens ou serviços recebidos do exterior". Isto é defi-
Quando do meu pronunciamento sobre o art.
nitivo! A expressão "inclusive" é supérflua, e poderia
155, Deputado José Carlos Aleluia, V. Ex" não prestou
parar aí: "poderão incidir sobre todos os bens e servi-
atenção. Eu disse que nós, a pedido de todos os setores
ços recebidos do exterior"! A expressão "inclusive" é
presentes, a CNI não estava... Mas eu joguei aberto. To-
absolutamente supérflua, porque pode incidir sobre
dos os técnicos vieram, e o relatório veio de lá para cá,
tudo, e não sou um constitucionalista, embora tenha
não daqui para lá. Então, quero dizer o seguinte: o rela-
passado um ano aprendendo com os sábios compa-
tório não é meu, o relatório é nosso.
nheiros da Comissão de Constituição e Justiça. Aliás,
aqui está um dos sábios companheiros, o ex-Gover- Queremos, sim, Deputado Aleluia. Eu, desde a
nador de quem me orgulho de ser amigo, o Deputado Constituinte, antes de V. Ex a vir para esta Casa, já fa-
Luiz Antonio Fleury, que certamente concordará co- zia parte da Comissão Mista que tratou da questão tri-
butária. Se pudéssemos fazer a reforma tributária por
migo. Basta parar aí: 'poderão incidir sobre as impor-
tações de bens e serviços". Só falta o "todos", mas setores, teríamos sucesso.
está subentendido. Portanto, é fundamental adiar a Quero também, Deputado Aleluia, fazer um de-
votação e buscar o entendimento, porque senão serei safio. Não haverá um Estado que não vá ampliar a ar-
obrigado a votar contra. recadação do ICMS. Se me apontarem um Estado
que terá diminuída a arrecadação do ICMS, mesmo
O SR. PRESIDENTE (Deputado Eliseu Resende) na média que o Senado instituir na fixação da alíquo-
- Com a palavra o nobre Relator, Deputado Basílio ta, deixo de ser Deputado. Temos esse estudo, por-
Villani. que hoje, Deputado Aleluia, está um caos, está uma
O SR. DEPUTADO BASíLIO VILLANI- Sr. Presi- vergonha a sonegação.
dente, quero inicialmente dizer que conheço profunda- Caso não queiram ajudar o País no sentido de
mente a capacidade do Deputado José Carlos Aleluia. apresentarmos emenda de relatório, retirarei todo o
Porém, chamo a atenção para o fato de que essa PEC art. 155. Não vejo problema nenhum. Se não estiver
está na Casa desde agosto do ano passado, ou seja, há ajudando o País, não quero prejudicar. Isso já foi com-
aproximadamente um ano. E quem está falando é um binado e está preparado no substitutivo. É uma sim-
Deputado Constituinte que deu a maior atenção à ples apresentação de emenda do Deputado José
CNI. Fui um dos criadores do Centrão. Então, admi- Carlos Aleluia com referência ao art. 155. Este Rela-
ra-me muito, em primeiro lugar, o fato de que até hoje tor acatará, e, quanto às alíquotas dos ICMS, deixare-
a CNI não tenha procurado o Relator; não tenha dado mos que permaneça esse samba doido que estamos
um telefonema para o Relator. vendo em termos de sonegação do País.
Em segundo lugar, o Relator não alterou absolu- Quero apenas que me dêem oportunidade de
tamente nada. Depois de trabalharmos durante o re- mostrar que esse trabalho é muito complexo, sério e
cesso, adiarmos por cinco sessões para tratar desse feito em benefício de todos. Protelar, Sr. Presidente,
assunto?! traria sérios problemas, porque me comprometi com o
Agosto de 2001 DIÁRIO DA CÁMARA DOS DEPUTADOS Sexta-lcira 31 41265
Executivo a entregar esse relatório pronto. Foi um sa- impedirá o Governo de mandar projeto de lei com
crifício enorme, e V. Exa, que entende tão bem do as- esse objetivo.
sunto, sabe que não é fácil pegar um relatório no final de Julgo legítima a preocupação com a lim~ação nos
maio e deixá-lo pronto para votação em agosto. combustíveis, até porque soa como sendo manobra
Eram as minhas considerações, Sr. Presidente. oportunista o Governo usar a PEC dos Combustíveis,
O SR. PRESIDENTE (Deputado Eliseu Resen- a PEC n° 277, para, de fato, introduzir abrangente re-
de) - Com a palavra o Deputado Luciano Zica. forma tributária.
O SR. DEPUTADO LUCIANO ZICA - Sr. Presi- Conversei com o Dr. Ricardo Pinheiro, que tam-
dente, Sras. e Srs. Deputados, em primeiro lugar, que- bém representa o Governo, e fiz um questionamento
ro ressaltar o que já foi decantado em outras falas: o a S.Sa. Perguntei se o acolhimento da idéia da alíquo-
esforço da Assessoria Técnica desta Casa e a forma ta única do ICMS e, posteriormente, da cobrança mo-
como o Relator, Deputado Basílio Villani, encaminhou nofásica não poderia ser manobra para aprovar aqui
esse trabalho. na Comissão e depois sacar no plenário da Casa. Dis-
Infelizmente, embora a PEC esteja tramitando na se s.sa que não, que o Governo tem interesse na ins-
Casa desde agosto do ano passado, os trabalhos efeti- tituição da alíquota única e na cobrança monofásica.
vos se iniciaram apenas no mês de junho. E não é tra- E isso, para mim, é o grande aspecto positivo desta
dição nesta Casa, principalmente no caso de alteração PEC, porque institui o fim da fraude fiscal e possibilita
na Const~uição, tão curta tram~ação, até porque tem o maior controle na qualidade dos combustíveis, princi-
assunto importância especial na Constituição. palmente dos combustíveis importados.
Envolvi-me com grande intensidade neste deba- Hoje, Sr. Presidente, Sr. Relator, Sr!!! e Srs. De-
te com um objetivo específico: o estabelecimento da putados, em que pese o reconhecimento desse esfor-
cobrança, ou do substituto tributário, ou da cobrança ço coletivo e da dedicação da Assessoria Técnica da
monofásica, que acabou prevalecendo, e da alíquota Casa, não vejo, frente à manifestação deste Plenário,
única do ICMS, do ponto de vista da PEC dos combus- como evitar o adiamento dessa votação. E é legítimo
tíveis. No entanto, a PEC enviada pelo Governo traz al- que façamos o reenquadramento, com vistas a aten-
gumas pretensões talvez um tanto exageradas, na me- der apenas os combustíveis. Aí, sim, com a preocupa-
dida em que abre a incidência da CIDE sobre a impor- ção de assegurar a cobrança monofásica, de assegu-
tação de bens ou serviços de qualquer natureza. rar a alíquota única nacional, poderemos de fato dar
Até estranho que os setores que hoje se mani- importante contribuição para o fim das fraudes e -
festam contrariamente não o tenham feito anterior- quem sabe? - introduzir experiência que facilite a tra-
mente. E entendo descabida a inclusão de alguns mitação da reforma tributária, até por analogia.
pontos. Por exemplo, o petróleo como matéria-prima. Faço este registro, para não ser, primeiro, con-
De fato, não vejo sentido, pois se há tributação dife- traditório com a postura que mantive nestes meses de
renciada a sua inclusão torna-se desnecessária. trabalho no tema. Segundo, para ser coerente com o
Estava vendo agora que a mensagem original do Exe- pensamento que tenho desde a época em que deba-
cutivo não incluía o petróleo, mas apenas os deriva- tíamos nesta Casa a Lei nO 9.478, que regulamenta o
dos. Acredito descabida a inclusão do petróleo. setor petróleo e cujo Relator foi o nobre Deputado Eli-
Embora tenha havido grande esforço nesse seu Resende, que introduziu a preocupação com a li-
sentido - e reconheço a competência do nobre Rela- beração para importação de derivados.
tor, principalmente a sua sabedoria ao ouvir aqueles Evidentemente, se a importação de derivados
interessados em discutir a matéria -, vejo como muito for aberta sem a aprovação de uma política fiscal dife-
difícil a votação e a aprovação da matéria no dia de renciada para o setor, compensa para a
hoje. Sinto ser inevitável o adiamento e a retomada PETROBRAS fechar as refinarias e se transformar
dos debates. E acredito, inclusive, legítimos os que em importadora de derivados. Se não aprovarmos a
pleiteiam que a PEC se restrinja ao quesito "combus- abertura da importação de derivados, porém, fica in-
tíveis", embora haja o argumento de que a lei comple- viabilizada, até porque, repito, seria mais vantajoso
mentar irá regulamentar e instituir o que fez nas tele- para a Petróleo Brasileiro S.A importar derivados do
comunicações com o FUST: uma contribuição de inci- que refinar aqui, pagando tributação diferente.
dência e de domínio econômico, com limites estabe- Por outro lado, quero fazer um registro, pois sei
lecidos. Poderia ser feito isso no caso do petróleo. Da que há manifesta preocupação por parte dos empre-
mesma forma, outras contribuições poderão ser fei- sários do setor petroquímico por conta da nafta petro-
tas. O fato de não estar incluído na Constituição não química. Aliás, esse foi um produto comercializado
41266 Sexla-li;ira 31 DIÁI{)O DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agoslo de 200 I
pela PETROBRAS e subsidiado pelo Estado brasilei- beneficiário, não só dando condições de infra-estrutu-
ro durante muitos anos. A nafta petroquímica é maté- ra. Como V. Ex" transporta o gás? Não seria quase
ria-prima que tem as mesmas características da ga- por tanques de caminhões, mas por gasodutos.
solina. Ao estabelecermos a preocupação, o controle Portanto, fizemos todo o possível para que pu-
e a incidência da CIDE somente sobre os combustí- déssemos ter um trabalho perfeito. Outra coisa: quer
veis, vamos deixar em aberto a possibilidade da im- queira, quer não, é evidente que eu, que sou do
portação como se fosse da matéria-prima da nafta PSDB, não alteraria nada sem antes discutir com a
petroquímica e sua comercialização como gasolina equipe do Sr. Secretário da Receita Federal Everardo
de forma descontrolada, possibilitando fraude na ba- Maciel. E está presente nesta sala uma das pessoas
lança comercial, fraude fiscal e fraude na qualidade. que mais colaborou conosco, o Sr. Ricardo Pinheiro.
Portanto, é muito importante que, ao fazermos Mesmo não tendo horário, saía de reuniões para nos
essa revisão, tomemos cuidado para cobrir essas bre- atender. Destaco de público sua competência, que
chas, do contrário poderemos estar abrindo caminho está a toda prova. Graças a Deus, temos ao nosso
para criação de mercado altemativo para importação de lado pessoa com tanta capacidade e competência.
derivados na forma de matéria-prima, que seriam comer- Nobre Deputado, em vez de adiar a votação do
cializados como combustíveis no nosso mercado intemo. relatório, de acordo com o Regimento, vamos continu-
Temos grande responsabilidade nessa questão. ar com o trabalho técnico. Poderemos ajustá-lo, acer-
E, por isso, concordo que seja inevitável o adiamento tá-lo e chegar a um acordo. O Relator está amplamente
dessa votação pela manifestação do Plenário. E o Re- aberto a sugestões. Infelizmente, ainda não resolvemos
lator, com todo o respeito e a seriedade que possui, a questão dos acréscimos. Como não sei trabalhar de
com certeza, conduzirá esse debate com a Assesso- outra maneira, tenho os textos da Constituição e da
ria Técnica e, espero, com mais ampla participação, PEC em uma cor, e o texto que alterei na cor verde. To-
para que não tenhamos apenas meia dúzia de Depu- das as alterações feitas foram para atender a solicita-
tados nesses debates, corno foi o que aconteceu até ções. Trocamos idéias com o solicitante e com o pesso-
agora. Espero que o Relator não tenha de sofrer o al do Govemo, que foram fantásticos em nos atender e
desgaste de não ter discutido com as pessoas duran- estar presentes.
te a elaboração do relatório e depois seja obrigado a Eram as minhas observações.
engolir a discussão de forma artificial e forçada. O SR. PRESIDENTE (Deputado Eliseu Resende)
Muito obrigado. - Com a palavra o Deputado Moreira Ferreira.
O SR. DEPUTADO BASíLIO VILLANI - Para O SR. DEPUTADO MOREIRA FERREIRA - Sr.
responder, Sr. Presidente. Presidente, Sr. Relator, o Deputado José Carlos Alelu-
ia, muito apropriadamente, expôs a necessidade de
O SR. PRESIDENTE (Deputado Eliseu Resende)
adiamento da discussão e votação da PEC n° 277.
- Concedo a palavra ao nobre Relator.
Com todo o respeito que eu e a nossa entidade, a
O SR. DEPUTADO BASíLIO VILLANI- Sr. Presi- CNI, temos pelo Relator, Parlamentar de primeira
dente, quero deixar claro que sempre fui muito aberto a qualidade, honesto, competente, que realmente tem
todos que me procuraram. Quando comecei a discutir dado invejável contribuição ao Brasil - recordo-me
esse assunto se falava em petróleo bruto. Hoje, sei que perfeitamente dos trabalhos de S. Exa por ocasião da
não existe petróleo bruto, mas derivados do petróleo. votação da Constituição de 1988 -, neste caso específi-
Portanto, é urna matéria bastante complexa, cada li- co, o que se está fazendo é misturar as coisas.
nha e cada assunto são muitos complexos. Uma coisa é a necessidade da votação de criação
Disse que era importante a participação dos téc- dessa nova tributação dos combustíveis, com a qual
nicos, lamentavelmente, os Deputados não assistiram concordamos perfeitamente; outra é efetivamente ge-
aos debates dos técnicos. Foi até muito interessante a neralizar o Imposto de Importação sobre todos os
metodologia que adotamos na Casa. Não alterei uma produtos, de bens e serviços de qualquer natureza.
frase, uma vírgula sem que a participação do Deputa- Há, aí, extrapolação dos objetivos, um exagero, uma
do Luciano Zica e do Deputado Eliseu Resende. fúria para arrecadar, e estamos habituados a isso.
Também conversei muito com o Deputado Luiz O Sr. Relator menciona que não foi procurado
Antonio Fleury. Se não fosse sua emenda, até podería- pela Confederação Nacional da Indústria. Mas não é
mos esquecer, como esquecemos a situação da nafta, bem assim, porque S.Exa recebeu em seu gabinete, no
a questão do gás natural. Fui além, porque há necessi- dia 24 de abril, o posicionamento da Confederação Na-
dade de colaborar com a questão do gás, para facilitar o cional de Indústria. Encaminhamos a todos os Parla-
Agosto de 200 I DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira]1 41267
mentares a Agenda da Indústria, onde está a nossa rir-me à participação de técnicos, que ficou totalmen-
posição contrária à PEC n° 277, nos termos em que te aberta; inclusive procuramos ouvir todos os seg-
foi proposta. mentos.
Portanto, todos os Srs. Senadores e Deputados A metodologia que apliquei foi essa. É evidente
receberam o lobby mais expl ícito que existe nesta que, com os afazeres que V. Exa tem como proprietá-
Casa, que é o lobby da Confederação Nacional da rio de indústria, não é este o caso. Coloquei os técni-
Indústria. Inclusive, convidamos todos os Parlamenta- cos para trabalhar, e geramos esse texto.
res para o lançamento, e murtos nos deram a honra de Também sou da base do Governo - sou do
lá estar. Enviamos um texto com ementa, mostrando ex- PSDB - e também fui indicado pela minha Liderança.
plicrtamente nossa posição. Se V. Exa observar o texto da PEC, do qual V. Exa dis-
Portanto, nunca houve nenhum tipo de omissão. a corda, verá que não acrescentei uma vírgula. Estou res-
que aconteceu é que não fomos convidados pela Co- peitando o que veio de lá, uma vez que, estando a pro-
missão - nem pelo Presidente, nem pelo Relator. Só fo- posta na Casa desde agosto do ano passado, este Re-
ram convidados setores diretamente vinculados ao pro- lator não recebeu sequer um telefonema para falar so-
blema combustível. Mas importação de bens e serviços bre esse ou aquele artigo.
de toda a natureza implica universo fantasticamente O SR. DEPUTADO MOREIRA FERREIRA -
aberto e muito maior. Não podemos concordar com Permite-me V. Exa um aparte, Sr. Relator?
isso. Também não foram convidados outros setores,
como a Confederação Nacional da Agricultura, Confe- O SR. DEPUTADO BASíLIO VILLANI - Claro,
deração Nacional do Comércio, a Confederação Naci- com muito prazer.
onal das Instituições Financeiras. Nenhuma entidade O SR. DEPUTADO MOREIRA FERREIRA -
das centrais sindicais foi convidada. Não houve ne- Quero dizer a V. Exa que depois de contato que manti-
nhum tipo de negociação mais ampla, razão do pedi- ve com o Deputado Eliseu Resende, nosso Presiden-
do de adiamento que ora é formulado na direção de te e meu particular amigo, de quem sou admirador há
aperfeiçoarmos o brilhante trabalho do Sr. Relator. muitos anos por militar no setor de energia, e que foi
a que queremos não é contestação nem poster- meu Ministro de Minas e Energia, tivemos a oportuni-
a
gação. que queremos é evitar que, no plenário, en- dade de, por intermédio de nossos técnicos, realizar
contremos insanável dificuldade. Se o projeto cami- reuniões com o pessoal, com os companheiros da
nhar do jeito que está, será muito difícil ajudar o setor Receita Federal, todos muito corretos, muito probos e
de combustível, o qual, todos reconhecemos, precisa muito decentes. Porém, não tivemos eco, em hipótese
ser contemplado com tributação diferente. alguma, porque eles querem porque querem fazer a
Portanto, Sr. Presidente e Sr. Relator, peço a com- coisa de maneira ampla. Isso que é se chama a "refor-
preensão dos nobres Parlamentares porque desejamos ma fatiada" que o Governo deseja, desconhecendo e
que sejam isolados os dois objetivos, para que essa ini- tentando esquecer que a Comissão Especial da Re-
ciativa legislativa do Governo possa vir a ser aprovada. forma Tributária, da qual tive a honra de participar, fez
E eu estou muito tranqüilo porque sou do PFL, partido um trabalho, ali, sim, muito mais abrangente, muito
da base do Govemo. Quero melhorar o trabalho tão mais correto, tendo ouvido todos os Governadores de
competentemente apresentado pelo ilustre Relator. Estado e chegado a consenso geral.
Muito obrigado. Aqui, não. Aqui se vai num fatiamento. Houve in-
O SR. PRESIDENTE (Deputado Eliseu Resen- clusão de assunto dentro de uma PEC com o que não
de) - Com a palavra o Relator. podemos concordar, na forma como o Executivo de-
seja.
O SR. DEPUTADO BASíLIO VILLANI- Sr. Presi-
dente, não tenho dúvida alguma sobre o comentado A minha observação jamais se dirige ao traba-
pelo Deputado Moreira Ferreira, a quem conheço pro- lho de V. Exa - quero deixar isso muito claro. As nos-
fundamente, sabendo de sua capacidade. Falei em ter- sas equipes estiveram reunidas com a equipe da Re-
mos dos convrtes, Deputado, talvez pela minha forma- ceita Federal, mas sem sucesso.
ção: sempre fui um homem voltado para organização e O SR. DEPUTADO BASíLIO VILLANI- Deputa-
métodos. Na Casa, quando se vai tratar de assunto do Moreira Ferreira, este Relator tem para mostrar a V.
como esse, é muito comum convidar o Presidente, cuja Exa , se não me falha a memória, 13 emendas. Se hou-
nomeação, às vezes, foi política. Ele não tem pleno co- vesse uma emenda suprimindo ou alterando o art. 149,
nhecimento da matéria e, então, apresenta quatro ou eu teria tido imenso prazer em discuti-Ia. Sei que as
cinco lâminas. Quando falei da participação, quis refe- leis são feitas nesta Casa, mas não tive possibilidade
41268 Sexla-feinl 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS UEPUTAI)OS Agosto de 200 I
de atender. Confesso a V. Ex" que também estou de 100% é burrice, mas pretendemos nos aproximar
pleno acordo e até comungo dessa preocupação de V. desse percentual, para, evidentemente, aprimorar a
Exa É evidente que agora passei a ser como um maris- conjuntura.
co, indo de um lado para outro, batendo na rocha, por- Nesse sentido, para não parecer que algum se-
que tenho a CNI de um lado e o Governo de outro. tor ficou fora da discussão, vejo que nós, bancada de
Apesar dos pesares, deveremos nos reunir com a Oposição, vamos ter De nos reunir. Se mudar a reda-
Liderança do Governo e dizer que há um impasse. Tal- ção do texto, vamos ter de mudar tudo. Se é para chu-
vez tenha de preparar uma emenda de Relator. tar o pau da barraca, vamos fazê-lo. Não vai ter meio
Não tenho preocupação com referência à ques- termo, podemos até perder no plenário. Corno abri-
tão eleitoral, porque, em primeiro lugar, não sou can- mos mão de várias posições nossas, se é para chutar
didato. Já estou há quatro mandatos nesta Casa, e a o pau da barraca, vamos fazê-lo, repito
minha contribuição já foi dada. Estou sendo curto e grosso, num linguajar bem
Há uma emenda que V. Ex" conhece há muito popular, porque abrimos mão de muitas idéias nossas
tempo referente à questão da energia elétrica que o nessa PECo No entanto, consideramos legítimo qual-
Paraná produz. O Estado onde V. Exa reside aboca- quer Parlamentar de qualquer partido chegar aqui e
nha os impostos. Fiquei numa situação muito difícil e fazer questionamentos. Isso é legítimo, e lutamos por
complicada diante da existência de emenda da ban- isso. As minorias, evidentemente, devem falar a qual-
cada do Paraná, porque, se acatasse essa emenda, quer momento. Agora, pensamos que há uma confu-
não teríamos esse trabalho pronto no prazo desejado. são enorme na base do Governo. Um quer uma coisa,
A minha preocupação, Deputado, é com o prazo que outro quer outra.
quero cumprir. Em vez de cinco sessões, podíamos optar por três
sessões. Podíamos sugerir que fosse na terça-feira e
Parece-me prudente não considerarmos o re-
ganhar uma semana. Assim, na próxima terça-feira, ou
querimento para suspender os trabalhos por cinco
fechamos um acordo, ou enviamos a matéria para ple-
sessões da Câmara - e eu consulto V. Ex" Se suspen-
nário. A questão deverá ser decidida democraticamen-
dermos os trabalhos, quando vamos aprovar esse rela-
te, quem receber mais votos leva. Se formos derrotados
tório, Sr. Deputado? Sugiro darmos um sinal amarelo,
na Comissão, no plenário vamos ser derrotados nova-
termos calma e pensarmos no que é melhor para o nos-
mente. Mas penso que temos condições de na próxi-
so País.
ma terça-feira, num prazo de três sessões, votar essa
O SR. DEPUTADO CARLOS SANTANA - Sr. matéria que é extremamente importante para nós.
Presidente, pela ordem.
Fico triste, porque algumas pessoas podem es-
O SR. PRESIDENTE (Deputado Eliseu Resende) tar acompanhando apenas esta reunião, que não é a
- Pela ordem, concedo a palavra ao Deputado Carlos primeira - não me refiro aos Parlamentares - e distor-
Santana. cer algumas coisas ditas, publicando na imprensa no-
O SR. DEPUTADO CARLOS SANTANA - Sr. tícias do tipo: "Vão criar imposto novo", "Estado tal vai
Presidente, é legítimo - fico até meio triste porque esta perder recurso tal", porque não acompanharam todo o
é a 34a reunião de que participo nesta Comissão - qual- processo. É claro que quem vai fazer a matéria não tem
quer Parlamentar, a qualquer momento, levantar dúvi- obrigação de ter amplo entendimento do assunto, mas
das. Por isso estamos nesta Casa. Mas, com tristeza, é preferível sentar e discuti-lo. Quero deixar isso bem
gostaria de dizer que acompanhei arduamente esse tra- claro porque tinha dúvida enorme em relação ao Estado
balho e estou me sentindo meio enganado; enganado do Rio de Janeiro e fui atrás de especialistas para saber
porque havia uma linha de conduta nesse projeto de ex- o que íamos ou não íamos perder. Se o Rio de Janeiro
trema importância para mim. V.Ex"..E podem verificar que fosse perder algum real, seria contra, por isso fui atrás
os companheiros da chamada base não-governista en- de tributaristas para discutir a questão.
contram mais acordo em torno do relatório, porque se Se conseguirmos acabar com a sonegação do
aprofundaram mais na matéria e têm o claro objetivo de ICMS, que está sendo um grande mal para o País, já va-
combater a sonegação existente, a adulteração que mos ajudar bastante para resolver a situação interna-
ocorre internamente e os incidentes relativos à importa- mente. É claro que vamos ter de resolver outras ques-
ção, para que as indústrias nacionais não percam mais tões, mas tudo isso deverá ser amplamente discutido.
recursos como está acontecendo hoje. Sr. Presidente, desculpe-me, mas quero deixar
Portanto, temos uma linha de ação. Acredttamos bem clara minha posição. Penso que cinco sessões é
que não vamos resolver o problema 100%, porque muito, podemos fechar em três sessões, para, na pró-
Agosto de 200! DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-leira31 41269
xima terça-feira, no prazo de uma semana, chegar- Moreira Ferreira ao Presidente da República, na qua-
mos a uma negociação interna. O Relator tem um lidade de Presidente da Confederação Nacional da
grande coração. Aliás, na Zona Oeste, em Bangu, Indústria, contradiz a aplicação das contribuições so-
quando passa um camburão, as pessoas dizem que bre importação de bens e serviços em geral.
entra todo mundo porque é igual a coração de mãe. O É o reparo que gostaria de fazer - já o fiz pesso-
Relator, posso dizer, é igual a um camburão: aceita almente - ao pronunciamento do Deputado José Car-
tudo, discute e depois elabora o relatório. los Aleluia.
Obrigado, Sr. Presidente. Nesse enfoque e lembrando o que foi dito pelo
O SR. PRESIDENTE (Deputado Eliseu Resende) nosso Relator, não houve uma emenda sequer que se
- Não havendo mais oradores, declaro encerrada a aplicasse ao que foi discutido aqui hoje. Então, colo-
presente discussão. car em votação fere o Regimento Interno, porque não
Vamos, agora, iniciar a votação de requerimento podemos ter destaque para votação em separado
para adiamento... que não esteja lastreada, quer na mensagem inicial
O SR. DEPUTADO JOSÉ CARLOS ALELUIA - do Poder Executivo, quer no substitutivo do Relator ou
Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem. em qualquer uma das emendas apresentadas. É uma
questão de ordem regimental.
O SR. PRESIDENTE (Deputado Eliseu Resen-
de) - Pela ordem, tem V. Ei' a palavra o Deputado A mudança que houver, portanto, terá de ser inspi-
José Carlos Aleluia. rada em complementação de voto do Relator, de acordo
com o Regimento Interno.
O SR. DEPUTADO JOSÉ CARLOS ALELUIA-
Houve uma proposta de conciliação, e entendo que, se Por outro lado, o Relator deixou claro que o inciso
houver consenso, podemos concordar que sejam qua- 11 do § 2° do art. 149 não possui modificação relevante
tro sessões: as três desta semana e mais a de segun- em seu substitutivo, está na íntegra da mensagem do
da-feira. E voltaríamos na terça-feira. Poder Executivo. Nesse caso, para que, depois da vo-
tação do requerimento de adiamento da votação, não
Não há problema algum. Quatro sessões é um
vonemos nas mesmas condições em que nos encon-
número certo, e não precisaríamos votar porque há
tramos hoje, terá de haver um trabalho interno da
consenso.
Casa, a discussão com a Liderança do Governo, para
O SR. PRESIDENTE (Deputado Eliseu Resen- que cheguemos a um texto comum que possa ser abri-
de) - Antes de colocar em votação, a Presidência gado pelo Relator no seu complemento de voto.
gostaria de fazer uso da palavra.
Gostaria de deixar isso claro. Vamos trabalhar
Os pontos considerados aqui têm importante amanhã, talvez não trabalhemos na quinta-feira na
profundidade conceitual. O que pretendemos é che- plenitude do dia e voltaremos na terça-feira para vota-
gar, no menor prazo possível, ao texto que será vota- ção, conforme o resultado do adiamento.
do por esta Comissão Especial. A prorrogação, por
Então sugiro que os Deputados mais interessa-
três, quatro ou cinco sessões, será colocada em vota-
dos no debate dessa matéria acompanhem o Relator e
ção, mas é importante que, ao término deste terceiro,
o Presidente da Comissão em uma reunião com o Líder
quarto ou quinto dia, tenhamos alguma coisa para votar
do Governo na Casa, para discutirmos a possibilidade
e não mais estejamos no ponto em que nos encontra-
de acordo. É a sugestão de ordem prática que faço an-
mos agora. A matéria é realmente de muita complexida-
tes de colocar em votação.
de técnica e tributária, principalmente.
O SR. DEPUTADO LUIZ ANTONIO FLEURY -
Quero lembrar aos Deputados Moreira Ferreira
Pela ordem, Sr. Presidente.
e José Carlos Aleluia as proposições de mérito aqui
apresentadas. O Deputado Moreira Ferreira acompa- O SR. PRESIDENTE (Deputado Eliseu Resende)
nhou o trabalho na Comissão da Reforma Tributária, - Com a palavra o Deputado Luiz Antonio Fleury.
onde ambos fomos titulares. E essa matéria da PPE foi O SR. DEPUTADO LUIZ ANTONIO FLEURY-
ali apresentada, aprovada e absorvida pelo Relator Sr. Presidente, concordo plenamente com V. Ex", mas
Mussa Demes, referindo-se tão-somente aos combustí- gostaria que, marcada a reunião, fôssemos avisados a
veis automotivos. tempo e hora para conciliarmos nossos compromis-
Quando veio a PEC do Poder Executivo, na verda- sos. V. Ex" sabe que temos uma verdadeira maratona,
de, o inciso 11 do § 2° do art. 149 estendeu a incidência uma verdadeira gincana durante todo o dia.
das contribuições para todas as importações. A carta O SR. PRESIDENTE (Deputado Eliseu Resen·
lida pelo Deputado José Carlos Aleluia, do Deputado de) - Em princípio, Deputado Fleury, essa reunião já
41270 Scxta-lCinl31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Ag,Llsto de 2otl!
está marcada para as 19h, desde que adiemos a vota- Deputado Moreira Ferreira, peço atenção espe-
çáo. cial para a necessidade de sua presença nesses dias.
O SR. DEPUTADO LUIZ ANTONIO FLEURY - Dirijo apelo, mesmo dramático, no sentido de
Perferto. Obrigado. contar com o conhecimento, a sabedoria, a inteligên-
O SR. PRESIDENTE (Deputado Eliseu Resende) cia e a capacidade do meu amigo José Carlos Aleluia
_ Enalteço não apenas a presença essencial, primor- ao meu lado, para poder lidar com esse assunto, que
dial, fundamental do Relator, mas também dos Depu- é bastante complexo e não está tendo algumas inter-
tados que aqui se manifestaram, assim como o Líder pretações necessárias. Quando S.Exa. disse que foi
do PFL, que requer o adiamento da votação; o Deputa- adotada alíquota seletiva e específica, devemos en-
do Moreira Ferreira, autor da carta encaminhada ao tender que é uma questão de opção. A lei que for tratar
Presidente da República; o Deputado Fleury, que levan- do assunto pode ser ad valorem ou específica.
tou a questão das telecomunicações e da energia elétri- Assim, tivemos a preocupação de incluí-Ia, dando
ca, e o Deputado Luciano Zica. Procuraremos contato condições para que, quando fôssemos efetuar e tratar
com o Líder do Govemo, Deputado Arnaldo Madeira, da lei, tivéssemos oportunidade de escolher quais alí-
para que possamos chegar a um acordo. Isso não é in- quotas desejamos.
vento do nosso Relator, mas uma mensagem do Execu- Com referência ao art. 155, isso fica bastante
tivo. Trata-se de uma reforma da Constrtuição. Precisa- claro. Chamo a atenção de todos para isso. Sinto-me
mos de três quintos dos votos duas vezes no Plenário totalmente frustrado com relação a esse assunto por-
da Câmara e duas vezes no Plenário do Senado. Se que V.Exas. não imaginam minha situação. Por exem-
não chegarmos a algo perto de consenso entre esta pio, recebi telefonema de um Deputado me pedindo
Casa, esta Comissão e o Govemo, dificilmente teremos que lhe enviasse o relatório, depois, S. Exa disse-me
êxito em promover o objetivo principal dessa matéria, não haver entendido nada e que o pessoal estava bra-
que é substituir a PPE até o fim do próximo ano. vo. Perguntei por quê e disse que precisava saber
a
Assim, coloco em votação o requerimento para para alterar. Aí, S. Ex explicou que agora não ia ser
adiamento da votação, levando em conta a questão mais possível sonegar. Eu disse que aí, nessa altura,
de ordem do Deputado Carlos Santana. não ia poder fazer absolutamente nada. A resposta
Com a palavra o Deputado José Carlos Aleluia. foi: "Ah, então, espera um pouquinho."
O SR. DEPUTADO JOSÉ CARLOS ALELUIA _ O assunto é bastante difícil. Quero cortar. Sei
da liderança e do trabalho de V. Exa nesta Casa. Se eu
Por quatro sessões. disser que o Deputado José Carlos Aleluia apôs o seu
(Intervenção inaudível.) visto e concordou com esse trabalho, sentir-me-ei re-
O SR. PRESIDENTE (Deputado Eliseu Resen- alizado. Estou tranqüilo e tenho absoluta convicção de
de) - De qualquer maneira, a Presidência ressalta a que, se nos der oportunidade de explicar item por item e
irrelevância da fixação de três ou quatro sessões, por- mostrar os dados que temos - sim, porque colhemos e
que, em assim sendo, marcaremos a reunião para a estamos colecionando dados -, V. Exa vai compreender
próxima terça-feira. muita coisa. Estou certo disso.
O SR. DEPUTADO JOSÉ CARLOS ALELUIA - Com referência ao assunto da CNI, por vias não
V. Exa, como matemático, sempre faz as contas. Mas oficiais, fiquei informado. Sei lá se estou antecipando,
prefiro que sejam quatro sessões. mas vamos ter uma reunião com a Liderança. Esque-
O SR. DEPUTADO CARLOS SANTANA - Mar- cendo que sou do PSDB, esquecendo que sou Gover-
caremos a reunião para terça-feira que vem. no e esquecendo que sou do Paraná, temos de fazer
O SR. PRESIDENTE (Deputado Eliseu Resen- algo que não prejudique os nossos comerciantes e as
nossas indústrias, com a mesma visão que tive para
de) - E aí é irrelevante serem três ou quatro sessões. com o consumidor.
O SR. DEPUTADO BASíLIO VILLANI- Sr. Pre- O que acontece é o seguinte: não é a empresa
sidente, peço a palavra pela ordem. que está sonegando. É o contribuinte que está pagan-
O SR. PRESIDENTE (Deputado Eliseu Resende) do. O comerciante está recebendo hoje o imposto dos
- Com a palavra o Relator. combustíveis e não o está repassando para o Gover-
O SR. DEPUTADO BASíLIO VILLANI- Sr. Presi- no. Mas o contribuinte, lá na bomba, está pagando.
dente, é evidente que nossa ocupação na Casa é mu- Então, é um absurdo.
ito profunda. Às vezes, temos de jogar, bater escante- Não tenho restrição alguma em relação a rever
io e cabecear, pois as dificuldades são muito grandes. esse assunto que V. Exa levanta. Estou totalmente
Agosto de 2001 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-Icira 31 41271
aberto e quero deixar claro que V. Ex" tem grande manter isonomia e eliminar-se a sonegação e haja
dose de razão quando levanta a questão. determinados princípios inseridos no art. 155, válidos
Obrigado. para o ICMS só no caso de combustíveis.
O SR. DEPUTADO JOSÉ CARLOS ALELUIA - A discussão básica apresentada pelo Presiden-
Peço a palavra pela ordem, Sr. Presidente. te do CNt é relativa à ex1ensão das contribuições às
O SR. PRESIDENTE (Deputado Eliseu Resen- importações de bens e serviços gerais. Vamos discutir
de) - Com a palavra o Deputado José Carlos Aleluia. essa matéria, deixando bem claro que o importante é
O SR. DEPUTADO JOSÉ CARLOS ALELUIA- dirigi-Ia tão-somente para combustíveis automotivos, ou
Quero dizer que tenho absoluta certeza de que, além de combustíveis, tal como se precetluou no 155 e no 177, e
manter essa mesma filosofia ou característica também
mim, o Deputado Moreira Ferreira e todos os presentes
para 0149.
estão aqui com o objetivo de inibir, proibir ou impedir a
Vou colocar em votação o adiamento, como re-
sonegação. Nenhum dos Companheiros aqui defende a
querido, pelo prazo de quatro sessões.
sonegação. Todos defendem a tributação, mas também
defendo o contribuinte. E o espírtlo de defesa do contri- Em votação.
buinte é importante. É fundamental que o cidadão, Aqueles que estão de acordo com o adiamento
como consumidor e como contribuinte, tenha tratamen- da votação por quatro sessões permaneçam como es-
tão. (Pausa.)
to decente. Portanto, quando fiz minhas observações foi
no sentido de não permtlir que proposta relativa a com- Está aprovado.
bustíveis abrisse o espectro e cobrisse toda a economia O SR. DEPUTADO LUIZ ANTONIO FLEURY -
brasileira. Apresentei a tese de que poderíamos parar Sr. Presidente, parece-me da maior importância que
dizendo apenas "incide sobre as exportações de todos se faça o registro do falecimento do nosso companhe-
iro, Deputado Flávio Derzi, Vice-Presidente desta Co-
os bens e serviços", porque o "inclusive" é excedente.
missão.
Seria como se disséssemos que todos os presentes na
Muito obrigado.
sala vão se retirar, inclusive os da Mesa. Evidentemen-
te, esse '1nclusive" é apenas uma peça literária, não tem O SR. PRESIDENTE (Deputado Eliseu Resende)
nenhum valor pragmático. Não tem valor no que V. Exa , - Já tivemos a oportunidade, Deputado Fleury, de prestar
Sr. Presidente, conhece mutlo bem, na teoria dos con- homenagens a S. Ex" no início dos trabalhos. Mas é mui-
juntos. São conjunto superpostos. to bem-vinda a manifestação reiterada de V. Ex".
E é por isso que consigo entender um pouco das Antes que os Parlamentares se dispersem, que-
leis, porque conheço um pouco de matemática, não ro renovar o convite para a reunião que se realizará às
tanto quanto V. Ex", é verdade. 19h, no gabinete do Líder do Governo, Deputado
Não ouvi aqui nenhum discurso em defesa a so- Arnaldo Madeira, aos Deputados Basílio Villani, Luiz
negação, até porque trabalhei para que as contribui- Antonio Fleury, Luciano Zica, Moreira Ferreira e José
ções fossem, todas elas, na origem. Foi uma das for- Carlos Aleluia, sem impedimento de qualquer outro
mas mais eficazes de reduzir a sonegação. Tenho in- Deputado que também queira participar dessa reu-
teresse, na condição de defensor do meu Estado, na nião em que iremos discutir a matéria. Esperamos ob-
redução da sonegação, em que pese a Bahia ser um ter mais sólido embasamento para a continuidade da
dos Estados em que há menos sonegação, pela eficiên- votação do relatório na próxima reunião.
cia da máquina arrecadadora. O SR. DEPUTADO BASíLIO VILLANI - A pre-
Estou à disposição para a negociação, como sença do Deputado Joel de Hollanda também é im-
está à disposição o Relator, o que nos alegra mutlo. portante.
Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Deputado Eliseu Resen-
O SR. PRESIDENTE (Deputado Eliseu Resende) de) - Se o Deputado Joel de Hollanda assim enten-
- Deputado José Carlos Aleluia, por falar em análise ló- der, será bem-vindo.
gica cartesiana da matéria, temos três pontos essenci- Desde já convoco a próxima reunião para o dia
ais: o 149, o 155 e o 177. O 177 consta da indústria do 21 de agosto, terça-feira, no Plenário 3, às 14h, quan-
petróleo; no 155, lidamos com o ICMS só para com- do votaremos o parecer do Relator.
bustíveis, no momento em que há necessidade de se Está encerrada a reunião.
41272 Sexta-feira 31 DIÁl{IO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Ag'ISlu de 200\
COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR Betinho Rosado, Maria do Carmo Lara, Professor Luizi-
PARECER AO PROJETO DE LEI N° 2.763,DE 2000, nho, Sérgio Novais, Simão Sessim, Iara Bernardi, Paulo
QUE "DISPÕE SOBRE A POLíTICA NACIONAL DE Kobayashi, Pedro Eugênio e Milton Monti. Os deputados
SANEAMENTO, SEUS INSTRUMENTOS E DÁ solic~aram ao Presidente da Comissão um prazo maior
OUTRAS PROVIDÊNCIAS", E AO PROJETO DE para a le~ura cuidadosa do Parecer, que ora seria apre-
sentado. Retomando a palavra o Deputado Rodrigo Maia
LEI N°4.147, DE2001, QUE "INSTITUI reafirmou sua intenção anteriormente exposta, no que
DIRETRIZES NACIONAIS PARA O SANEAMENTO diz respe~o à discussão da matéria, respeitando é claro,
BÁSICO E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS", os dispositivos regimentais e constitucionais cabíveis.
APENSADO. (POLíTICA NACIONAL DE Em seguida passou a palavra ao Deputado Adolfo Mari-
SAN EAM ENTO) nho para que apresentasse seu parecer. Com a palavra o
Relator agradeceu a participação e colaboração dos par-
Ata da vigésima primeira reunião, realizada em lamentares e dos convidados nas audiências públicas,
30 de agosto de 2001 que através de suas manifestações contribuíram na ela-
Aos trinta dias do mês de agosto de dois mil e um, boração do seu Subst~utivo. Passou então à leitura dos
às dez horas e quinze minutos, no plenário cinco do Ane- pontos fundamentais do seu parecer. Encerrada a apre-
xo " da Câmara dos Deputados, reuniu-se, ordinaria- sentação o Senhor Presidente retomou a palavra, comu-
mente, a Comissão Especial destinada a proferir parecer nicando que atendendo às solicitações dos parlamenta-
ao Projeto de Lei nO 2763 de 2000, que "dispõe sobre a res não daria início, naquele momento, à discussão da
política nacional de saneamento, seus instrumentos e dá matéria, marcando o início dos debates para a próxima
outras providências", e ao Projeto de Lei n° 4147 de reunião. Nada mais havendo a tratar o Deputado Rodrigo
2001 , que "institui diretrizes nacionais para o saneamen- Maia, encerrou a reunião às onze horas e quarenta e cin-
to básico e dá outras providências", apensado. Compare- co minutos, antes porém convocando a próxima reunião
ceram os senhores Deputados Adolfo Marinho, Alexan- para o quatro de setembro, terça-feira, às quatorze horas,
dre Cardoso, Antônio Carlos Pannunzio, Carlos Alberto para a discussão do parecer do Relator. A presente reu-
Rosado, Custódio Mattos, Djalma Paes, Eni Voltolini, Gil- nião foi gravada e suas notas taquigrafadas, após deco-
berto Kassab, João Sampaio, Jorge Alberto, Leur Lo- dificadas farão parte integrante desta Ata, e para constar,
manto, Marcio Fortes, Marcos Cintra, Maria do Carmo
eu Ana Lucia Ribeiro Marques, secretária, lavrei a pre-
Lara, Milton Monti, Paulo Kobayashi, Pedro Fernandes,
sente Ata que depois de lida e aprovada, será assinada
Professor Luizinho, Ricardo Ferraço, Rodrigo Maia, Ro-
pelo Senhor Deputado Rodrigo Maia, Presidente e en-
naldo Vasconcellos, Sérgio Novais, e Simão Sessim,
membros titulares; Antônio Cambraia, Dr. Bened~o Dias, caminhada à publicação.
Fetter Junior, Iara Bernardi, Inácio Arruda, Julio Semeg- Deputados inscritos, por metade do prazo previsto
hini, Mário Assad Júnior, e Pedro Eugênio, membros su- para as matérias em tramitação normal- art. 157, § 3°,
plentes; Sérgio Miranda, deputado não membro da Co- do Regimento Interno.
missão. Deixaram de comparecer os senhores Deputa-
Os Srs. Deputados que desejarem apresentar voto
dos Benito Gama, Eliseu Moura, Ivan Paixão, José Car-
los Aleluia, José Chaves, Luciano Pizzatto, Nilmário Mi- em separado e fazer sua le~ura, farão na sua vez de usar
randa, e Pinheiro Landim. Sob a presidência do Senhor da palavra, de acordo com a lista de inscrição e pelo pra-
Deputado Rodrigo Maia, foram abertos os trabalhos. zo acima estabelecido, não podendo falar novamente.
Prosseguindo o Sr. Presidente colocou em discussão a Solicito aos Srs. Deputados que tenham voto em
ata da vigésima reunião, realizada no último dia nove de separado que os encaminhe à Mesa a fim de ser feita
agosto do corrente ano. Não havendo quem quisesse a devida reprodução e distribuição e para que os vo-
discuti-Ia foi colocada em votação. Em votação foi apro- tos constem no processo.
vada. O Deputado Rodrigo Maia passou então a Ordem
do Dia, comunicando que a reunião havia sido convoca- Informo aos senhores membros da Comissão
da para a apresentação e discussão do parecer do Rela- que a partir deste momento e até o início da votação a
tor Deputado Adolfo Marinho, em relação aos projetos de Secretaria estará recebendo requerimentos de desta-
lei 2.763 de 2000 eao 4.147 de 2001. Prosseguindo o Sr. que para votação da matéria.
Presidente, Deputado Rodrigo Maia lembrou algumas Antes de encaminhar a palavra ao nobre Rela-
normas regimentais a serem respeitadas durante a dis-
tor, Deputado Adolfo Marinho, esclareço aos mem-
cussão da matéria, ressaltando sempre que a proposi-
ção se encontrava em urgência constitucional. Antes de bros da Comissão que é do interesse tanto do Presi-
passar a palavra ao relator, o Sr. Presidente comunicou a dente como do Relator que todos os Parlamentares
disposição em se debater da forma mais ampla possível possam discutir e debater exaustivamente o projeto,
o Substnutivo do Relator. Concedida a palavra aos parla- para que o votemos na Comissão a partir do momen-
mentares, houve manifestação dos senhores deputados to que todas as dúvidas forem sanados pelo Relator.
Agosto dI.: 200 I DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sl.:xta-lcira 31 41273
Apesar do pedido de urgência não permitir vis- tanta rapidez e que nós teremos de discutir, como repre-
tas e outros encaminhamentos dos Parlamentares, há sentantes da população, em diversos fóruns, pelo me-
da Presidência todo interesse de que o relatório seja nos durante a semana que vem, esse projeto. Portan-
exaustivamente discutido, para que saiamos da Comis- to, na eventualidade de uma votação na próxima se-
são com um relatório que tenho certeza - não tive opor- mana, que se daria na quarta ou na quinta-feira, su-
tunidade de lê-lo - já representa o entendimento da ma- ponho que essa discussão estaria prejudicada, por-
ior parte dos Parlamentares desta Comissão. que teríamos praticamente os dias de amanhã até se-
O SR. DEPUTADO CARLOS ALBERTO gunda-feira. Então, é fundamental, para que possa-
ROSADO - Pela ordem. mos aqui votar, tendo discutido amplamente este pro-
jeto, que não corramos o risco de ter a votação esta-
O SR. PRESIDENTE (Deputado Rodrigo Maia) -
belecida. Gostaria, portanto, de reforçar essa solicita-
Tem V. Exa a palavra.
ção já feita, e que o Presidente se comprometa com o
O SR. DEPUTADO CARLOS ALBERTO Plenário desta Comissão no sentido de não levar o pro-
ROSADO - Sr. Presidente, entendendo as dificuldades jeto à votação na próxima semana.
que surgem quando o projeto tramita em regime de ur-
O SR. PRESIDENTE (Deputado Rodrigo Maia)
gência, para que a discussão seja feita nesta Casa, e
- Não haverá votação de projeto sem que antes todos
a garantia que o senhor está dando a respeito dos
os Parlamentares tenham feito suas sugestões, de
prazos para essa discussão ser feita, indago à Presi-
termos ouvido as explicações do Relator, das suges-
dência se podemos ter a garantia de que vamos atra-
tões serem discutidas. Temos de votar o relatório com
vessar toda a próxima semana discutindo o projeto e
a maior brevidade, mas também com todos os pontos,
fazermos a votação na semana seguinte.
item por item, artigo por artigo, discutidos pelos mem-
O SR. PRESIDENTE (Deputado Rodrigo Maia)- bros desta Comissão.
Se for necessário, passaremos toda a semana que
Concedo a palavra à Deputada Maria do Carmo
vem discutindo o projeto, e a votação será no momen-
Lara.
to em que a Comissão tiver feito todas as discussões
A SRA. DEPUTADA MARIA DO CARMO LARA
e em que todos os encaminhamentos tiverem sido es-
- Sr. Presidente, Sr. Relator, quero lembrar que esta-
clarecidos pelo Deputado Adolfo Marinho.
mos sob um regime de urgência constitucional. Esse
O SR. DEPUTADO CARLOS ALBERTO regime de urgência constitucional não é da Comissão,
ROSADO - Sr. Presidente, gostaria de ser mais espe- nem do Presidente da Casa. É do Executivo. Se a ur-
cífico, se o senhor me permitir. gência constitucional persistir, esse projeto tranca a
Vamos ter de levar esse documento para discutir pauta da Casa no dia 14 de setembro. E uma norma
que não depende só da Comissão ou só da Presidên-
nas nossas bases, com as Prefeituras, com aos Gover-
cia da Comissão.
nos Estaduais e o prazo até sexta-feira da próxima se-
Ontem, um grupo de Deputados, a Frente Nacio-
mana é pequeno. Então, gostaria de receber da Presi-
nal de Saneamento, estivemos com o Presidente da
dência a garantia de que na próxima semana, efetiva-
Casa, Deputado Aécio Neves, pedindo a S.Exa que faça
mente, esse projeto não será votado. É possível? uma intermediação com o Executivo, para que tenha-
O SR. PRESIDENTE (Deputado Rodrigo Maia) - mos tempo de discutir o projeto, porque apenas duas
Sr. Deputado, tudo é possível. Agora, peço ao Depu- semanas - haverá um feriado na próxima semana -
tado que informe aos Prefeitos - o senhor tem a relação vai dificultar o debate do projeto.
-, ao Governador do seu Estado que o relatório estará Então, o apelo que faço é no sentido de que se
disponível na Internet a partir de hoje. Assim, todos discuta com o Executivo a possibilidade de prorroga-
terão o relatório à disposição, antes mesmo que este- ção de prazo, para que possamos discutir e votar este
jamos na nossa base, nos nossos Municípios, entre- projeto este ano. Todos nós queremos votar a regula-
gando pessoalmente uma cópia do projeto. Isso o torna ção do saneamento. Não há interesse de não votá-Ia.
de ampla e rápida divulgação, e todos poderão anali- Esperamos contar com o apoio da nossa Mesa, da
sá-lo e apresentar propostas a cada um dos Parlamen- Presidência desta Comissão para que possa, junta-
tares desta Comissão. mente com o Executivo, trabalhar essa questão da ur-
O SR. DEPUTADO PEDRO EUGÊNIO - Sr. Pre- gência constitucional. Se ele não retira ou se não há um
sidente, apenas para reforçar a preocupação do nobre alongamento do prazo, chegará o dia 14 e o projeto
colega que acaba de usar a palavra. Lembro que embo- trancará a pauta da Casa.
ra a Internet seja um meio bastante prático de divulga- O SR. DEPUTADO PROFESSOR LUIZINHO-
ção, nem todos têm a possibilidade de acessá-Ia com Sr. Presidente, permite-me usar da palavra?
41274 Sexta-feira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS AlJ,llshl lI.; 2DDI
o SR. PRESIDENTE (Deputado Rodrigo Maia) - cordam, que buscam emendas, para que tenhamos
Pois não, Deputado Professor Luizinho. essa matéria votada até o dia 30 de novembro.
O SR. DEPUTADO PROFESSOR LUIZINHO - A Essa é, então, a sugestão que faço, e V. Ex", na
nobre Deputada Maria do Carmo foi objetiva ao dizer condição de Presidente, tem um papel fundamental, jun-
que independe da vontade do Presidente, do nosso Re- tamente com outras forças políticas, de não deixar que
lator, de qualquer Parlamentar desta Comissão a urgên- essa matéria entre pelo beco sem saída, que é o ''beco
cia constitucional. Mas podíamos assumir o compro- dos quinze dias". Se assim ocorrer, teremos de radicali-
misso - e é o que espero do Presidente e Relator-, zar posições, porque é impossível analisar isso em três,
que é fundamental para nós, de que este projeto não quatro ou cinco dias. O Presidente Aécio Neves também
vá para Plenário sem que o relatório tenha sido discu- concorda com isso. Lembro também que o movimento
tido e votado nesta Comissão. Depois de todo esse social também não concorda com isso. Como ele rece-
caminhar, não podemos ter o projeto em Plenário sem berá o impacto de uma possível privatização do setor de
parecer da Comissão. Será um desastre para nós todos. saneamento, votando a matéria em quinze dias?
Então, esta garantia é fundamental. Portanto, esse é o caminho mais inteligente para
O SR. PRESIDENTE (Deputado Rodrigo Maia)- aqueles que estão no rumo da privatização do setor de
Com a palavra o Deputado Sérgio Novais, depois o saneamento no Brasil, aqueles que não concordam,
Deputado Simão Sessim. porque têm convicção de que isso é um profundo mal
para o País, chegando a ser uma irresponsabilidade.
O SR. DEPUTADO SÉRGIO NOVAIS - Sr. Presi-
Estão aí os exemplos da telefonia, da energia. Esses
dente, Srs. Parlamentares, o Relator teve seis meses, a
processos estão levando o País a uma desnacionaliza-
partir de todas as sugestões, viagens, participação de
ção profunda.
diversas entidades, para apresentar o substitutivo.
Portanto, é inconcebível que em cinco dias de traba- O SR. DEPUTADO PAULO KOBAYASHI - Sr.
lho - sabemos como é o ritmo de trabalho na Câmara; Presidente, peço a palavra para uma reclamação.
trabalhamos efetivamente matéria desse porte um ou Isso é uma questão de ordem ou manifestação ideoló-
dois dias por semana - possamos apreciar um relató- gica-doutrinária?
rio que demorou seis meses para ser elaborado. Tra- O SR. DEPUTADO SÉRGIO NOVAIS - É um po-
ta-se de uma matéria profunda, polêmica, que envol- sicionamento, Deputado, que tenho direito de fazer.
ve Prefeitos, Governos de Estados, pacto federativo, O SR. PRESIDENTE (Deputado Rodrigo Maia) -
enfim, toda uma complexidade de fatores. O Deputado Sérgio Novais tem todo o direito de se
Dissemos tudo isso ao Presidente da Casa on- manifestar e nós temos o prazer de ouvi-lo.
tem. Poderá haver uma guerra desnecessária, porque é O SR. DEPUTADO SÉRGIO NOVAIS - Se V. Exa
impossível, por mais esforço que façamos, embora a não gostar, infelizmente o que posso fazer?
Comissão esteja empenhada nisso, em duas ou três re- O SR. DEPUTADO PAULO KOBAYASHI- Tenho
uniões - já que nesta Casa administramos paralela- o direito da mesma resposta.
mente diversos problemas e é impossível dedicarmos
O SR. DEPUTADO SÉRGIO NOVAIS - Vou ouvir
toda a semana a esta matéria - fazermos uma avalia-
V. Ex" com a maior paciência.
ção e votarmos a matéria até o dia 14 de setembro, in-
clusive lembrando que haverá um feriado na próxima O SR. DEPUTADO PAULO KOBAYASHI- Esta-
semana, o que causará um impacto nesta Casa. mos encaminhando para um alinhamento de natureza
partidária. Estamos falando de um projeto concreto.
A sugestão encaminhada pela Frente Nacional ao
Deputado Aécio Neves - e para deixar oficialmente, em O SR. PRESIDENTE (Deputado Rodrigo Maia) -
nome da Frente Nacional, a V. Ex", ao Relator e aos de- O Deputado Paulo Kobayashi terá o tempo necessá-
mais Deputados - é para que a votação ocorra na se- rio para sua exposição.
gunda quinzena de novembro. Portanto, com um tempo O SR. DEPUTADO SÉRGIO NOVAIS - Deputa-
razoável para o debate e a discussão da matéria. Por do Paulo Kobayashi, vou ouvir V. Ex" também com pa-
que não em dezembro? Porque este é um mês extre- ciência e espero que V. Ex a também tenha essa míni-
mamente complexo, pois ocorre a votação do Orça- ma tolerância de me ouvir. Já vou concluir.
mento e de uma série de outras matérias. A partir daí, Essa é a discussão que trago, a fim de construir
abrimos um processo de discussão já na próxima se- um caminho de interesse do Brasil. Falo em nome de
mana, inclusive com um cronograma de trabalho com alguns companheiros da Frente Nacional de Sanea-
as entidades que estão aqui, que concordam ou dis- mento, que estão aqui.
Agosto de 20Dl DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS ScXla-lllira 31 41275
O SR. PRESIDENTE (Deputado Rodrigo Maia) - Então, gostaríamos que o Presidente também
Concedo a palavra ao Deputado Simão Sessim. atentasse para o fato de que precisamos de tempo
O SR. DEPUTADO SIMÃO SESSIM - Sr. Presi- para oferecer o parecer e estudar com a devida aten-
dente, pedi a palavra para apoiar a proposta do Deputa- ção o relatório final do Deputado. Caso contrário, ele
do Carlos Alberto Rosado, para que na próxima sema- não receberá, inclusive, a atenção que merece. Qu-
na, tendo em vista o feriado, as condições mínimas de ando discutíamos, as pessoas ainda falavam do pro-
discussão desse projeto nas bases, que ela fosse de- jeto anterior. Temos de falar agora do relatório do De-
finitivamente sepultada com relação à votação. V. Exa putado, uma etapa completamente nova, para a qual
tem conduzido os trabalhos de maneira democrática. precisamos de tempo, mas reitero ser inadmissível que
O Relator tem sido paciente ao nos ouvir. por apressamento ou por questão regimental vá a ple-
Depois das várias manifestações - e a Deputa- nário sem a manifestação desta Comissão, que tanto se
da Maria do Carmo Lara disse muito bem que há até interessou por este assunto.
uma expectativa, segundo o Deputado Sérgio Novais, O SR. PRESIDENTE (Deputado Rodrigo Maia)-
de o Presidente da Casa intervir e proporcionar, quem Pela necessidade de ouvirmos o relatório do Deputa-
sabe, um tempo maior, tendo em vista a derrubada da do Adolfo Marinho, encerro, passando a palavra ao
urgência ou a negociação com o Governo para a mo- Deputado Paulo Kobayashi e, depois, ao Deputado
dificação dessa urgência urgentíssima. Adolfo Marinho.
Em função de tantas manifestações, que pare- O SR. DEPUTADO PAULO KOBAYASHI - Sr.
cem ser da maioria, Sr. Presidente, pretendemos que Presidente, não posso decidir pela Liderança do Gover-
V. Ex" decida e sepulte definitivamente: semana que no ou pela Presidência da Casa, é claro. Pelas proximi-
vem não teremos votação, mas somente discussão, dades e pelo diálogo que temos travado, posso anteci-
para não sermos surpreendidos com uma proposta de par que essa preocupação, praticamente unânime dos
encerramento de discussão e votação na véspera de que se manifestaram até agora, de não votar apressa-
um feriado. Essa é a preocupação. Acredito que V. Ex" damente essa questão dentro da atual urgência a que
vá decidir pela maioria, como sempre fez e tem feito nas está submetido, o que é mais ou menos consensual,
várias reuniões que realizamos. também é do Governo e da Presidência da Casa.
Obrigado, Sr. Presidente. Então, a questão básica é: retira-se ou não a ur-
O SR. PRESIDENTE (Deputado Rodrigo Maia) - gência? Lembrando que entre uma retirada e uma re-
Concedo a palavra à Deputada Iara Bernardi. convocação - como disse a mim o Deputado Milton
A SRA. DEPUTADA IARA BERNARDI- Sr. Pre- Monti -, regimentalmente há um prazo de 45 dias, o
sidente, nesta manhã recebemos o relatório do Depu- que remeterá a discussão e a votação para o mês de
tado Adolfo Marinho. Entramos numa etapa totalmen- outubro. Mas posso, se a Presidência e o Plenário me
te nova de discussão sobre o saneamento e a sua re- autorizarem, fazer gestões junto ao Líder do Governo e
gulamentação. A reunião de hoje mostra o interesse de à Presidência no sentido de se retirar essa urgência e
todos os setores envolvidos neste tema, no relatório do propiciar essa discussão neste tempo todo. O Presiden-
Deputado Adolfo Marinho, que só estamos lendo agora. te Aécio Neves afirmava ontem, e a Liderança certa-
Reitero, então, a questão levantada pelos outros mente vai querer a certeza de um novo cronograma de
Deputados. O Presidente usou a expressão "a maior votação, que esse assunto não será postergado para
brevidade possível" para votarmos. Como disse o De- além deste ano. Deveremos votar, portanto, em outubro
putado Professor Luizinho, é inadmissível que isso ou novembro.
vá, por algum motivo regimental, a plenário sem uma Nesse sentido, concordamos, em nome do
manifestação da Comissão. PSDB e no do Governo, com essa solicitação da Co-
Precisamos também de tempo. Por isso, estive- missâo para que se tenha todo o prazo possível para
mos ontem, reafirmo, com o Presidente Aécio Neves debater e todas as entidades poderem se manifestar
pedindo mais tempo. Não é nossa intenção não votar- novamente a respeito do parecer do Relator.
mos o projeto ou uma regulamentação para o sanea- O SR. PRESIDENTE (Deputado Rodrigo Maia) -
mento, mas que tenhamos tempo suficiente para es- Para encerrar a discussão, faço lembrar à Comissão
tudar o relatório do Deputado. Pelo que lemos apres- que na última semana do semestre anterior, nesta
sadamente aqui, ele traz profundas modificações nos Comissão, quando havia poucos Deputados, tínhamos
projetos apresentados pela Deputada Maria do Car- fechado um acordo com a presença do Deputado
mo Lara e Sérgio Novais ao PL n° 4.147, do Governo. Professor Luizinho, no sentido de que o relatório seria
41276 Sexta-feira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agusto de 2001
apresentado dia 5 de agosto e votado até o dia 22 do O SR. DEPUTADO MILTON MONTI- Eu só que-
mesmo mês, prazo semelhante ao atual. ria observar, numa questão de ordem. Ouvindo todas as
Mas não é do meu interesse colocar o projeto em sugestões que a Comissão está apresentando, e até
votação de forma açodada nesta Comissão. Acho que imaginando a hipótese saudável de esticarmos um pou-
represento as idéias de todos os Parlamentares. Se for co mais a discussão, eu queria que esta Comissão ti
do interesse da maioria, podemos discutir até a retirada vesse acordado também, por uma questão regimen-
da urgência. Prefiro esperar a le~ura do relatório, o início tal, que, mesmo hão havendo inscrição de Parlamen-
das discussões na terça e na quarta-feira, e, após isso, tares - porque sem ela a discussão estaria encerrada
a Comissão possa chegar à conclusão de que o tem- - que a Comissão não a considere encerrada.
po até o dia 14 é pouco ou tentar fazer um acordo com Pode ser que venhamos a receber a visita de
o Presidente Aécio Neves, a fim de que possamos se- outras pessoas fora da Comissão e que ela não consi-
guir nos trabalhos da Comissão. dere, então, mesmo sem a inscrição de Parlamenta-
A urgência tranca a pauta, mas não impede que res, a discussão encerrada, para que todos possam
possamos, na terça e quarta-feira da semana seguinte apresentar os seus destaques, as suas emendas, as
ao dia 14, votar o projeto. Teríamos, então, duas sema- suas sugestões no prazo regimental.
nas, até porque o feriado é sexta-feira e tenho certeza O SR. PRESIDENTE (Deputado Rodrigo Maia) -
de que, pelo menos na Comissão de Saneamento - e O tempo para discussão e apresentação dos destaques
o projeto é de interesse de todos nós e de toda a socie· é regimental e será garantido a todos os Parlamentares.
dade - haverá quorum tanto na terça quanto na quarta Deputado Professor Luizinho...
e quinta-feira da próxima semana e ainda teremos a O SR. DEPUTADO PROFESSOR LUIZINHO _
outra semana, a do dia 14, dias 11, 12 e 13. Podere- a
mos colocar em votação na Comissão no dia 18 ou 19. Sr. Presidente, por favor, fui citado por V. Ex , que fez
uma afirmação. Só quero... Não vou brigar. Sempre fui
Acho que é tempo suficiente, mas prefiro esperar a muito calmo.
le~ura do relatório, a análise de cada Parlamentar no final
de semana, para que na próxima semana voltemos a O SR. PRESIDENTE (Deputado Rodrigo Maia) -
discutir sobn~ a urgência, até porque tínhamos dado um Eu também.
prazo de 15 ou 20 dias - e posso estar errado nisso, va- O SR. DEPUTADO PROFESSOR LUIZINHO -
mos verificar nos Anais -, que era necessário, já que dis- Só estou pedindo um esclarecimento a V. Exa.
cutimos exaustivamente durante seis meses o projeto do O SR. PRESIDENTE (Deputado Rodrigo Maia) -
Governo, novas propostas, novas idéias sugeridas por Vou pedir à Secretária da Comissão...
todos os Parlamentares e pela sociedade civil. O SR. DEPUTADO PROFESSOR LUIZINHO -
Para encerrar, reafirmo que discordo do Deputado Trinta segundos!
Sérgio Novais, quando S.Exa. diz que o projeto trata de O SR. PRESIDENTE (Deputado Rodrigo Maia)-
privatização. O projeto não trata de privatização. A con- ...que levante os registros nesta Casa, e que na próxi-
cessão do setor já é permitida pela Const~uição. Então, ma semana cheguemos a essa conclusão.
isso está na Constituição. Só se mudarmos a Consti- O SR. DEPUTADO PROFESSOR LUIZINHO _
tuição por meio de uma PECo Essa é a minha opinião.
Tenho certeza de que com a regulação do projeto os Sr. Presidente...
Prefeitos e os Governadores que tiverem a sua titula- O SR. PRESIDENTE (Deputado Rodrigo Maia) -
ridade poderão realizar seus investimentos com re- Deputado Professor Luizinho...
cursos próprios ou até com recursos próprios ou até O SR. DEPUTADO PROFESSOR LUIZINHO -
com recursos de terceiros. Sr. Presidente...
Passo a palavra ao Deputado Adolfo Marinho. O SR. PRESIDENTE (Deputado Rodrigo Maia) -
O SR. DEPUTADO PROFESSOR LUIZINHO - Deputado, V. Exa vai me ouvir e depois vai falar!
Sr. Presidente, peço a palavra para um esclarecimento. O SR. DEPUTADO PROFESSOR LUIZINHO
O SR. PRESIDENTE (Deputado Rodrigo Maia) - - V. Exa é o Presidente da Comissão.
Passo a palavra ao Deputado Adolfo Marinho. O SR. PRESIDENTE (Deputado Rodrigo Maia) -
O SR. PRESIDENTE (Deputado Rodrigo Maia) - Derrubou o copo d'água?!
Deputado Milton Monti. O SR. DEPUTADO PROFESSOR LUIZINHO -
O SR. DEPUTADO PROFESSOR LUIZINHO Eu não; quem derrubou foi o nobre Deputado que
- V. Exil me citou nominalmente. passou aqui.
Aguslu de 2001 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTI\I)(lS Scxta-tCira 31 41277
O SR. PRESIDENTE (Deputado Rodrigo Maia) - A complexidade maior desse projeto reside na
Vou deixar V. E)(! falar, mas tem de me ouvir primeiro. mudança das relações das esferas de poder, que em
O SR. DEPUTADO PROFESSOR LUIZINHO - um governo militar tem uma formatação e numa demo-
Pois não, Presidente. cracia há a exigência da sociedade de que as relações
O SR. PRESIDENTE (Deputado Rodrigo Maia) _ sejam outras.
Só para esclarecer, nobre Deputado Professor Luizi- Outro traço importante de todo esse projeto é a
nho. Vou consultar os Anais da Casa e, na próxima mudança da relação do Governo com a sociedade.
semana, vou trazer aqui. Se V. Exa estiver certo, vou Num governo militar, com todo o poder, com toda con-
me desculpar e dizer que V. Exa está certo. Se eu esti- centração de recursos, a sociedade sempre foi tratada
ver certo, vai ficar registrado nesta Casa. como beneficiária. Nesse projeto, há o interesse ex-
Deputado Professor Luizinho com a palavra. presso por todos de uma relação mais participativa da
O SR. DEPUTADO PROFESSOR LUIZINHO _ sociedade, principalmente através dos seus segmen-
tos organizados. É evidente que esse projeto levou em
Em primeiro lugar, tendo essa garantia, já fico tranqüilo; consideração toda a evolução que houve durante o go-
isso já me deixa totalmente sossegado. O Plenário des- vemo militar, e, não obstante o País tem experimenta-
ta Comissão já tentou discutir os prazos de várias for- do um crescimento explosivo demograficamente, sal-
mas. Nunca houve um comprometimento da Oposição
com o calendário prévio em nenhum momento. Este ~~~~~ d~h~~~:~~~~~~~~t:s~~m~~~~~:~~~:~7~b~~~
Deputado, inclusive, na reunião de Líderes, na sala do tecimento de água ao redor de 90% da população.
Presidente, foi levar o encaminhamento de que a Co-
missão achava que deveria ser retirada a urgência. Nós não podemos, porém, mesmo fazendo justi-
O Líder do Govemo, num momento, tentou cons- ça ao esforço e aos resultados, obscurecer a situação
muito difícil do saneamento no Brasil. O saneamento
truir um calendário, projetando para a segunda quinze-
é o setor de maior dívida social neste País, com impli-
na de agosto ou a primeira semana de setembro. Disse-
cações profundas nos indicadores de saúde pública,
mos que não havia condições, porque não sabemos no IDH. É um setor que discrimina. Falta serviço de
como chegar ao término do processo. O Líder disse que
a urgência lhe dava condição de prazo. Disse-lhe que água e esgoto de uma forma hierárquica, atingindo,
era verdade. Com o calendário do Governo, é verdade com perversidade, os mais pobres. O setor do sanea-
que a urgência lhe dera a condição de seu calendário. mento é o responsável pela poluição das águas no
Brasil, em cada Estado, em cada Município. O setor do
Tudo isso é para prestar esclarecimentos hoje, saneamento não tem uma estrutura, uma organização,
porque muitos que aqui estão não estarão na semana de tal forma que nós possamos ter uma interlocução,
que vem. Fico feliz que V. Exatraga a gravação, para que uma coordenação das ações do setor. E o setor do sa-
possamos ouvir a ma dessa sessão. neamento não dispõe de uma regulação e de uma fis-
O SR. PRESIDENTE (Deputado Rodrigo Maia) - calização, de tal maneira que nós possamos ter a salvo
Com certeza. os interesses e os direitos do consumidor.
Passo a palavra ao Deputado Ado~o Marinho. Neste momento em que vou submeter o projeto à
O SR. DEPUTADO ADOLFO MARINHO - Sr. apreciação da Comissão, preciso destacar o processo
Presidente, Deputado Rodrigo Maia, S~ e Srs. Parla- de trabalho. Tivemos, durante esses meses, o maior in-
mentares, quero que meu primeiro registro seja para teresse, o maior empenho de auscultar os diversos
expressar a satisfação que tenho, na condição de segmentos da sociedade brasileira, através de discus-
membro e Relator desta Comissão, com o momento sões temáticas e de audiências públicas. Os membros
histórico para o saneamento, para o Brasil. desta Comissão e o próprio relator tiveram o empenho
O PL n° 4.147/01, de iniciativa do Governo Fe- e a aplicação de visitar e participar de debates, de au-
deral, motiva, modela, mobiliza um rito de passagem diências públicas, em países diversos pelo mundo e
de uma era que se cumpriu para um tempo novo a ser principalmente em 14 Estados brasileiros.
construído pela sociedade brasileira. Importante também frisar o agradecimento e o re-
Essa transição já ocorreu em outros setores da conhecimento que tenho pelo apoio do Presidente e dos
infra-estrutura e da vida pública nacional, mas o setor membros da Mesa desta Comissão, pela competência,
de saneamento continua, na sua essência, com tra- pela forma ética, pela forma solidária com que fui tratado
ços de um governo de força, e esse projeto deve ter o por todos os membros desta Comissão. Quero agrade-
objetivo de fazer a travessia para uma ambiência de- cer também pela maneira sempre correta com que os in-
mocrática. tegrantes do Governo Federal trataram o processo de
41278 Sl:xtil-fl:ira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto lk 2001
trabalho desta Comissão; aos Srs. Ministros José Serra, De tal modo que nós chegamos, na página 30, à
Ovídio de Angelis, Aloysio Nunes, pela maneira com que conclusão de que, por orientação da consultoria legis-
buscaram fazer a harmonia entre os Poderes com o res- lativa - e eu aproveito para agradecer à nossa compa-
peito à independência entre os Poderes. Também quero nheira de trabalho Ana Lúcia e aos consultores Sueli
agradecer à comissão técnica de elaboração, ao ProL Vaz, José Sena e ao Sanches - deve ser lida, o que
Gerson Kelman, ao Marcos Tadeu. Agradeço de modo vou fazer com rapidez.
especial aos Governadores Geraldo Alckmin, Tasso Je- 'Verificamos, segundo os fundamentos apre-
reissati, aos Srs. Prefeitos Cesar Maia, Tarso Genro, Luiz sentados em nossa análise, a inadequação financeira
Paulo, ao Vice-Prefeito Fernando Pimentel, que procura- e orçamentária dos artigos 2°, 9°, 14, 16, 17 e 18 do
ram ativamente participar desse processo PL 2.763, de 2000, e dos arts. 6° e 35 do PL 4.147, de
Quero agradecer aos Secretários de Estado, na 2001 , bem como das emendas - e essa numeração
pessoa do Presidente do Fórum, Secretário Tame. Que- pode ser acompanhada no quadro anexo das emen-
ro agradecer a representação de todas as entidades, das-nos1 a37, 108,218e221.
das associações, das companhias de água e esgoto, Verificamos, ainda, vícios de inconstitucionali-
da federação, da SEMAE. dade nas emendas nOs 37, 49 e 210. Tais inadequa-
Quero agradecer também pelas inúmeras cola- ções, quando o mérito indica a conveniência ou neces-
borações, principalmente dos membros desta Comis- sidade de aproveitamento do dispositivo, foram sana-
são, que procuraram enriquecer e aprimorar o traba- das no substitutivo que propomos à superior delibera-
lho com uma quantidade enorme de emendas e de ção da Comissão.
sugestões após vencido o prazo regimental.
Diante do exposto, votamos pela constitucionali-
Dessa forma, eu tenho consciência do desafio e dade, juridicidade, boa técnica legislativa, adequação
da responsabilidade, mas quero revelar satisfação e financeira e orçamentária e, no mérito, pela aprova-
tranqüilidade porque eu procurei, durante todo esse ção do PL 2.763, de 2000, e do PL 4.147, de 2001, na
trabalho, ser o relator do pensamento, das aspira- forma do Substitutivo do Relator.
ções, dos interesses os mais diversos dispersos no
Quanto às emendas ao Projeto de Lei n° 4.147,
tempo e no lugar que eu pude colher da sociedade
de 2001, encaminhamos nosso voto:
brasileira.
Dessa forma, estou apresentando, neste mo- a) pela constitucionalidade, juridicidade e boa
mento, o parecer ao Projeto de Lei 2.763, de 2000, de técnica legislativa de todas as emendas, exceto as de
autoria do Deputado Sérgio Novais e da Deputada Ma- nOs 37,49 e 210;
ria do Carmo Lara, e ao Projeto de Lei n° 4.147, de b) pela constitucionalidade, juridicidade e boa téc-
2001, de iniciativa do Poder Executivo. nica legislativa da emenda n° 37, na forma do Substi-
O relatório compõe-se de diversas partes, e eu tutivo do Relator;
gostaria de ser objetivo e não cansar a todos que es- c) pela rejeição, por inconstitucionalidade e inju-
tão aqui. Os senhores têm o documento em mãos. ridicidade, das emendas nOs 49 e 210;
Num primeiro momento, ele faz a análise do conteúdo d) pela adequação financeira e orçamentária de
do PL 2.763, de 2000. A seguir, faz a avaliação do todas as emendas, exceto as de nOs 1, 37, 108, 218 e
conteúdo do PL 4.147, de 2001. Já na página 8, há
221;
um comentário sobre as emendas que foram apre-
sentadas ao PL 4.147, por sinal um número muito e) pela adequação financeira e orçamentária
grande de emendas; e faz também uma descrição das emendas de nOs 1, 37, 218 e 221, na forma do
dos trabalhos da Comissão na página 11 . À página 13 Substitutivo do Relator;
começa o voto do relator, onde a primeira observação f) pela rejeição, por inadequação financeira e or-
é sobre o mérito dos dois projetos. çamentária, da emenda n° 108;
A seguir, nós temos, na página 21 , uma aprecia- g) pela rejeição, quanto ao mérito, das emendas
ção sobre a adequação orçamentária e financeira; em denos2,4, 12, 13, 14,25,45,48,49,51,52,54,67,69,
primeiro lugar, do Projeto n° 2.763/00 e, em seguida, 7",72,85,87,88,89,90,98, 100, 101, 107, 108,110,
do Projeto n° 4.147/01. 111,112,114,115,117,118,119,120,121,122,123,
Na seqÜência, há análises e comentários sobre 124,125,126,129,130,131,132,135,137,138,140,
as emendas. E, na página 26, há um posicionamento 141, 142,144, 146,148,157,159, 160,162, 166, 167,
sobre a constitucionalidade, juridicidade e técnica le- 174,175,176,180,181,187,188,195,202,206,207,
gislativa. 208,209,210,211,212, 220,222 e 224;
Agoskl de 200 I DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-leira 31 41279
h) pela aprovação, quanto ao mérito, na forma do mento Urbano como Secretaria Executiva, remetendo
Subst~utivo do Relator, das emendas nOs 1, 3, 7, 8, 9, para regulamentação posterior a composição do Con-
10,15,16,17,21,22,23,27,28,29,31,32,33,34,35, selho. Estamos colocando que os Estados, o Distrito
36,37,38,39,41,46,47,55,56,57,61,62,65,68,70, Federal e os Municípios também terão os seus conse-
73,75,76,77,78,79,80,81,83,84,92,93,95,99,102, lhos - os conselhos estaduais, com a participação dos
104,105,106,109,113,116,134,136,143,145,149, Municípios prestadores e dos usuários; e os conselhos
150,151,152,153,154,155,156,161,163,165,169, municipais com os prestadores e usuários, além, evi-
177,178,179,183,185,186,189,190,192,193,194, dentemente, da participação dos t~ulares. Estamos fa-
197,198,199,200,201,204,205,213,214,215,216, lando da criação do Sistema Nacional de Informações
217,218,219,221 e 223. de Água e de Esgoto e recomendando a articulação
É o nosso voto. desse Sistema com o sistema de informações dos re-
Sala da Comissão. Deputado Adolfo Marinho. cursos hídricos. Estamos propondo que os Estados e o
Sr. Presidente, neste momento, gostaria - e por Distrito Federal também tenham o seu sistema de infor-
isso apressei o que estava contido nas páginas ante- mações. Estamos propondo a atuação de diversas enti-
riores - de fazer, de modo sucinto, a apresentação do dades integrantes da estrutura administrativa do Gover-
Substitutivo. no Federal na implementação, descrevendo as atribui-
ções do Ministério da Saúde e chamando a atenção
O Substitutivo, no seu Capítulo I, optou por insti-
para o fato de que estamos propondo que o Ministério
tuir a política nacional de água e de esgoto e diretri-
da Saúde coordene os trabalhos dos Estados e dos Mu-
zes nacionais para a prestação, a regulação, a fiscali-
nicípios na adoção de soluções individuais e coordene
zação do serviço público de água e de esgoto.
também o monitoramento da observância dos padrões
No seu Capítulo I, art. 1° e parágrafo único, foi
de potabilidade. Estamos propondo atribuições para a
feito o acréscimo da legislação, ou seja, a Constitui-
Agência Nacional de Água - ANA e chamando atenção
ção Federal e demais lei que respaldam o disposto
para o fato de que a Agência terá o grave dever de ga-
nesse substnutivo. No art. 2° há alterações nas defini-
rantir suprimento hídrico aos prestadores em volume
ções, notadamente de interesse local e de interesse co-
suficiente e quantidade satisfatória, ressalvadas as res-
mum. Há a inserção do termo '1itular", que vai ser usado
trições constantes da outorga. Estamos falando de atri-
durante todo o texto. Há alteração no que diz respeito à
buições do Ministério do Meio Ambiente, incluindo aí o
universalização, retirando-se a exigência de pagamento
cuidado com o lançamento de esgoto no oceano. Esta-
de tarifas. Há uma nova apresentação de gestão com-
mos, a seguir, detalhando as atribuições que deverá ter
partilhada, que é compulsória, e de gestão associada,
a SEDU em apoio ao conselho, objetivando a imple-
que é voluntária.
mentação da política.
No § 1° há a exclusão do manancial na considera-
ção de serviço de interesse local e de interesse co- No Capítulo 111 estamos tratando de titularidade,
mum, e há, no § 2°, a abertura, visando à universali- que, sem dúvida, é o assunto que monopoliza as aten-
zação, para que sejam utilizadas duas formas de ções. Iniciamos por obedecer com fidelidade ao que
prestar serviços, um serviço público em rede e com está disposto na Constituição. E estamos contem-
adoção de soluções individuais. plando, de forma explícita na lei, a prestação direta
Optamos pela introdução do capítulo de política através de seus titulares. E, evidentemente, também
contemplando a possibilidade de concessão, prerro-
como segundo capítulo, para que nós possamos, a
princípio, definir o contexto em que todas as outras gativa constitucional dos titulares.
atividades vão se situar. E, no tocante à política nacio- Procuramos, nesse sentido, ater-nos exclusiva-
nal, conservamos a sua formulação e estamos apre- mente ao que está escrito na Constituição sem dar
sentando as suas diretrizes. margem a interpretações, com fidelidade ao que está
Estamos sugerindo que os Estados, os Municípi- escrito. Por isso, podemos ler que a titularidade com-
os e Distr~o Federal também definam e formulem sua petirá ao Município quando o serviço for caracteriza-
política. Estamos apresentando os instrumentos de im- do de interesse local, conforme inciso V do art. 30, e
plementação de política no art. 7°. Estamos falando da ao Distrito Federal em conformidade com o § 1° do
criação de um Conselho Nacional de Água e Esgoto, de art. 32. E, a seguir, colocamos o conteúdo da política
caráter deliberativo, que terá a grave responsabilidade a ser implementada pelo titular.
de implementar e acompanhar a política nacional. Esta- No art. 16 tratamos da exceção, porque no artigo
mos descrevendo as competências do Conselho. Esta- anterior estamos tratando da realidade generalizada no
mos propondo a definição da Secretaria de Desenvolvi- terr~ório nacional. No art. 16 tratamos da circunstância
412XO Sexta-kira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosil' de 200 I
em que o serviço exige a complementaridade entre ser- No art. 23, por exemplo, nós estamos colocando
viço de interesse local e serviço de interesse comum. E, exigências com relação à prestação dos serviços direta-
nesse caso de complementaridade, o que está sendo mente pelo titular, ou seja, por departamentos, autar-
sugerido é o que já existia no Projeto de Lei na 4.147/01 : quias ou qualquer outra opção tomada pelo titular.
uma gestão compartilhada. Mas enfatizamos que, nes- No art. 24, nós procuramos incorporar de mane-
se caso, compete aos Municípios organizar e prestar di- ira explícita uma realidade comum no País: o convê-
retamente, ou sob regime de concessão, as etapas de nio que há, com base no art. 241, de cooperação en-
interesse local, em obediência ao prescrito na Constitui- tre entes federados e, o que é mais comum, entre os
ção. E compete aos Estados organizar e prestar direta- Estados e os Municípios.
mente as etapas de interesse comum, em obediência
Introduziu-se que o convênio entre os entes fe-
ao § 10 do art. 25 da Constituição.
derados deve ser adicionado por um contrato de ges-
Para o exercício da gestão compartilhada há, tão entre o ente federado e o prestador, de tal modo
como já havia no Projeto de Lei na 4.147/01, a propos- que fiquem implícitas as responsabilidades e que isso
ta de um conselho deliberativo com a participação sirva como referencial para a entidade reguladora que
dos Estados e dos titulares das diversas etapas. vai trabalhar, baseando-se em responsabilidades as-
E, para a tomada de decisões, estamos propon- sumidas contratualmente entre o titular e o prestador,
do a esta Comissão um sistema de votação pelo qual tendo dessa forma um referencial explícito para poder
o Estado terá um terço dos votos, enquanto os Muni- atuar na salvaguarda da sociedade.
cípios, dois terços. E nenhum Município poderá ter Nos casos de prestação via concessão, apenas
mais do que 50% dos votos totais dos Municípios, já repetimos o que diz a Constituição: a concessão preci-
que haverá uma ponderabilidade e o Município se re- sa de lei autorizativa; a concessão deve ser feita atra-
presentará em conformidade à sua população. vés de licitação e deve ser formalizada em contrato.
Estamos propondo que ao Estado caiba a Se- No art. 27, página 51, estamos nos reportando
cretaria Executiva do Conselho Deliberativo como po- aos editais de licitação. Confesso que na minha pri-
der de decisão em caso de empate. meira leitura achei que o PL 4.147/01 estava sendo
excessivo. Mas, ao percorrer o País, achei que era ab-
Estamos colocando no art. 17 a competência do
solutamente necessário para dar aos Prefeitos dos
Conselho Deliberativo, chamando a atenção para o mais de 5 mil Municípios brasileiros um respaldo legal
seguinte: aqui no art. 17 está excluída a prerrogativa na hora de fazer a sua alternativa e fazer com que os
que tem o titular de prestar diretamente ou sob con- editais que venham a ser feitos Brasil afora resguardem
cessão os seus serviços. os interesses da sociedade e dos consumidores.
No art. 18, nós destacamos que há Municípios No tocante à licitação, fizemos uma modificação.
onde a sede tem um serviço prestado de forma com- Achamos que tal como estava posto poderíamos estar
plementar. Mas os demais Distritos do Município de- pondo em risco a tarifa. Daí introduzimos o § 2°, dizendo
vem continuar com a titularidade isolada do próprio que a avaliação entre o investimento e a tarifa não pode
Município. ser prejudicial à garantia da tarifa. E, na avaliação da lici-
No art. 19 e no art. 20 procuramos detalhar a tação (art. 28, § 20 , página 52), estamos dizendo que
gestão associada, que é um ato voluntário dos titula- quando o serviço público de água e esgoto não estiver
res. É matéria tratada no Projeto de Lei na 4.147/01, universalizado, para definição de nota que vai avaliar a
mas que precisava de um detalhamento maior, para licitação, a atribuição ao valor de um investimento não
que pudesse se efetivar. pode ser inferior a 50%. Mas, em hipótese alguma, o va-
lor atribuído à tarifa pode ser inferior a 40%, porque
No Capítulo IV, "Da Prestação dos Serviços", mesmo que haja um interesse de maior investimento,
nós tomamos como diretriz que a prestação dos ser- não podemos comprometer o valor da tarifa.
viços de competência de titular pode se dar de diver-
sas formas, a critério do titular. Porém, do ponto de O art. 31 repete o que o PL já dizia: uÉ vedada a
vista do usuário, de direito do consumidor, as regras concessão onerosa".
devem ser as mesmas, seja para departamento, au- O art. 32 fala da disponibilidade hídrica e tam-
tarquia, companhias. entidades públicas ou privadas. bém do ato de outorga. Mas introduz sanções a se-
Do ponto de vista do consumidor, o que interessa é um rem aplicadas às partes, no ato de outorga, tanto ao
serviço prestado com a melhor qualidade e com a maior prestador que está recebendo água para tratar e está
presteza. Essa é a diretriz. Daí por que uma série de exi- lançando esgoto, como também ao gestor da água,
gências estão explícitas, seja para o prestador público em relação à responsabilidade que tem de garantir o
ou para o prestador privado. suprimento em volume e qualidade.
Agosto de 2001 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS SCXla-lcira 31 41281
Quero destacar também, na página 55, que a É impossível pensar-se em universalização se
venda de ações, uma prerrogativa do titular, do con- não tivermos dispositivos, como esse, que, por sinal,
trolador, comporta-se como uma concessão. Por isso, já consta do PL n° 4.147/01. Neste momento estou
deve obedecer ao dispositivo constitucional que está apenas realçando e chamando a atenção para algo
aqui descrito no art. 22, § 2°. que é da maior importância para o usuário brasileiro.
E no caso de venda em bloco de ações é de vital Outro aspecto que gostaria de enfatizar é o caso
importância que a lei autorizativa defina os termos da em que o titular do serviço público contrata organiza-
venda, principalmente no que diz respeito à aplicação ções de sociedade civil e de interesse público ou or-
dos recursos e à governança corporativa. ganizações sociais para prestarem os serviços. Qual-
Na página 56, gostaria de enfatizar o art. 36: "A quer que seja o prestador as responsabilidades são as
infra-estrutura de água e esgoto provida por terceiros, mesmas, e não podemos deixar espaço vazio para que
pessoas físicas ou jurídicas" - ou seja, pela Prefeitu- práticas c1ientelistas sejam efetivadas à luz desse artigo.
ra, pelas companhias de habitação, pelos investido- Então, é preciso que, mesmo dispensada a lic~ação,
res - "vai integrar-se ao patrimônio do titular, ficando uma ONG preste o serviço de acordo com a lei autoriza-
afetada ao uso do prestador." tiva que regule o procedimento do titular, e que o usuá-
rio não tenha nenhum dos seus direitos subtraídos.
Mas no parágrafo único nós estamos propondo
O art. 46, página 61, também tem uma importân-
que o valor do investimento, relativo a implantação da
cia muito grande. Quando a prestação do serviço públi-
infra-estrutura por terceiros seja ressarcido pelo pres-
tador. O que não mais estamos mais suportando no co de água e esgoto envolver diferentes prestadores -
e são n casos - deverá ser celebrado o contrato entre o
Brasil é que o mutuário de habitação popular seja o fi-
nanciador dos serviços de água e esgoto, e que a sua prestador responsável pela distribuição e cobrança. O
contrato é entre este prestador responsável pela distri-
prestação, dessa forma, fique insuportável.
buição e cobrança ... O contrato é entre este prestador
No art. 40, página 57, estamos colocando que a e cada um dos outros prestadores. Nesse contrato há
remuneração será feita por tarifa. E, como a lei trata uma série de condições, e uma delas é a garantia do
água e esgoto como um serviço único, dessa maneira pagamento prestado. Evidentemente, um prestador
poderemos dar um encaminhamento melhor a uma cobra a tarifa, mas ele deve ter um contrato com todos
série de pendências que aleguem inconstitucionalida- os demais prestadores, com garantia de pagamento
de na cobrança. Um fato importante é que essa lei re- dos serviços prestados pelos demais prestadores.
afirma que a tarifa será fixada pelo titular. O titular é
No Capítulo V tratamos de regulação e fiscaliza-
quem fixa a tarifa, e, naturalmente, esta será avaliada ção. No art. 48, estamos colocando que a regulação e
pela agência reguladora. fiscalização são obrigatórias, qualquer que seja o pres-
Quanto a revisões previstas, periódicas e extra- tador, de natureza pública ou privada. Ou seja, os ser-
ordinárias, praticamente estamos repetindo o que es- viços prestados pelas autarquias, pelos departamen-
tava inserido no PL n° 4.147/01. tos, também serão regulados pela entidade regulado-
ra. E, naturalmente, terão como âmbito da sua atua-
A fatura deverá ser entregue ao usuário tal como
ção tudo que envolver a prestação, evidentemente
está descrito aqui. Os direitos e deveres dos usuários envolvendo também titulares, conselhos deliberati-
estão referidos no art. 44. vos, prestadores e usuários.
Gostaria de chamar a atenção para a página 60, E mais: no § 2°, estamos colocando que a regu-
no que diz respeito aos §§ 1° e 2°: "O prestador do ser- lação deve acontecer de forma articulada com as enti-
viço é obrigado a prestá-lo a quem o solicite em sua dades de defesa do consumidor, com as entidades de
área de atuação, na forma das normas legais, regula- recursos hídricos, de desenvolvimento urbano, de sa-
mentares e contratuais". úde pública e de defesa da concorrência.
Portanto, na área de atuação é obrigado. Não O art. 49 define os objetivos da regulação; o art.
50 atribui aos titulares a prerrogativa de definir nor-
podemos, hoje, ter mais concessões que envolvam mas de procedimento; o art. 51 fala das competências
todo o território do Município. O prestador deve assu- da entidade reguladora; e no 52, página 64, diz que
mir a concessão daquela área onde pode exercer, em nas gestões compartilhadas e associadas, mesmo
regime de monopólio, a prestação dos serviços. E que haja diversos prestadores, a regulação e fiscali-
mais ainda no §2°: "A não prestação do serviço a qual- zação serão feitas por uma só entidade.
quer solicitante na sua área de atuação, implicará o pa- Quanto ao Capítulo VI, este não existia antes.
gamento pelo prestador de compensação financeira Gostaria de chamar bem a atenção de todos os
aos solicitantes não-atendidos." companheiros desta Comissão e de todos que aqui
412l-\2 Sl;xl~-J\:ira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS AC"Slll (\t; 2001
nos prestigiam com sua presença neste ato. Pare- ção popular. Nós estamos propondo que o saneamen-
ceu-nos - e isso foi visível durante todo o processo; to venha merecer 40% do total das aplicações, ao lado
esta Comissão chegou a realizar uma audiência espe- de 40% para a habitação popular. Porque todo investi-
cífica sobre o financiamento do setor - que havia uma mento em saneamento necessariamente é investi-
lacuna, não só nos projetos de dispositivo legal, mas mento em habitação. Mas é primordial que haja um es-
também na própria discussão. Se todo o arcabouço forço de todos para que possamos dispor de recursos
normativo for elaborado, aí, embora indispensável, provenientes do Fundo de Garantia, a fim de que se-
isso é insuficiente para que os objetivos sejam alcan- jam aplicados em água e esgoto no Brasil.
ç~dos, ou seja, de universalizar o atendimento,no Bra- Estamos propondo que os recursos do FAT, que
Sll. ?ptamos, ~ortan!o, em apresentar um capitulo es- estão sob a responsabilidade do BNDES tenham pelo
peclflco sobre Investimentos. De modo a buscar de for- _ .. .'
ma efetiva, prática, concreta, a viabilização do nosso ~enos u,ma fraçao obngato~lamente destinada ao ser-
objetivo maior: universalizar o saneamento no Brasil. ViÇO de agua e esgoto. E nos estamos propondo uma
Evidentemente, nesse capítulo não há tantas inova- fração de 10% das aplicações do FA! ~ ~N.?ES. E es-
ções. Há o mérito de sistematizar as diversas fontes e tamos acrescentando que as outras InstltUlçoes contro-
formas que podem e devem ser utilizadas nesse esfor- ladas pela União possam participar.
ço da sociedade b.r~si.leira. dos Gover~os F.edera!, Mas é da maior importância que possamos com-
Estadual e dos Munlclplos de faze~ atraçao de Investl- preender que o objetivo explícno, e sincero, do Gover-
ment?s para o saneamento. O ~~pltul? co~eça no ~rt. no Federal, com essa lei, é promover a universaliza-
54, dizendo de que forma a Unlao vai participar de In- ã i d -se I' d "d d t I d -
vestimentos não onerosos e de investimentos onero- ç o, n o . a em a pn?n a e men a e e coraçao,
sos. No art. 55 criam-se critérios; aí optamos por dar mas q~e seja uma pnorldade expressa em recursos
prioridade aos Municípios de menor recena pública, dlsponlvels para o setor.
elegendo isso como um indicador importante. Proble- Uma outra questão que gostaria fosse vista com
mas há em todos os Municípios, mas a prioridade, a grande cuidado: é preciso viabilizar investimentos
nosso ver - e submetemos isso à Comissão -, deve para entidades da Administração Direta, é preciso vi-
ser conferida aos Municíp!os que não tên:' como ':lva.n- abilizar investimentos para mais de quinze companhi-
ç~r dentro ~e~sa perspectl~a. E, no ~ue diz respeito as as estaduais que atravessam dificuldades enormes
dl~ersas pn~nd~des, mantlv~mo.s ~r~as onde predo- para contrair empréstimos' estão inabilitadas para real i-
minam eXlgenclas de soluçoes indiViduais, camadas _.. '_
populacionais de menor renda, área de menor cober- zar ?~~raç.?es de cr~~dJtc:. Entao estamos propondo u~a
tura de maior risco ou onde há necessidade de trata- flexlblllzaçao na apllcaçao dos recursos do FGTS, hOJe
me~to de esgoto, Municípios participantes de gestão destinados exclusivamente a operações de crédito. Pr~-
compartilhada, Municípios - e quero chamar atenção pomos que, com recursos do FGTS, possam ser adqul-
para isso - em que a Agência Nacional de Água - ANA ridas debêntures, certificados de venda a termo ou ou-
tenha suas responsabilidades. Mas precisamos tam- tros valores mobiliários que não impliquem a alteração
bém ter todo o cuidado de oferecer à ANA meios para da composição societária. Estamos propondo também
que possa honrar os seus compromissos que estão a securitização de recebíveís como forma de antecipar
contidos na ou!o~ga. A ANA precisa investir para prover recenas. Mas estamos sugerindo que todos os recursos
de recursos hldncos c~m volume e qualidade a todos sejam aplicados na expansão do serviço ou naquelas
os prestadores de serviço. . atividades diretamente ligadas ao atendimento do
Estamos_no art. 56 fal.~ndo da neceSSidade de usuário. Que sejam observados critérios definidos pelo
uma cooperaç~o e~tre a ~nl':l0 e os en.t es federados Conselho Curador e os do FGTS, e que essa aplicação
para uma atuallzaçao da tecnlca gerenciai, para o de- , ' . . .
senvolvimento de ações conjuntas e para pesquisa, es- de recurso~ - ~I estou col~and~ expllcitam~nte - ?estl-
tudo e capacitação. ne-se ~nontanamente .ao fl~a~clamen.t0 de Investl~en-
No tocante aos recursos onerosos, esta questão to de titulares do serviço p~b~ICO de ag~a e esgo o ou
está a exigir de todos nós uma po~ição mais firme. p~estad~res de natureza pubh~~ a ele vlncu.lados, que
A União atua através da Caixa Econômica Fede- n~o estao ~~ste mo~ento ha,b~htados a re~lIzar opera-
ral e do BNDES. Mas, além do contingenciamento re- ço~s de crédito. I~so e algo seno, porque nao po~er:nos
conhecido por todos, há uma exiguidade, há uma es- deixar sem soluça0 os prestadores de natureza publica.
cassez de recursos. E estamos propondo - e nas dis- No art. 59 há uma outra possibilidade para a Ca-
posições transitórias essa proposta está mais explícita ixa e o BNDES, que atuam com recursos públicos e
- modificação na lei do FGTS, que hoje destina 60% são responsáveis por operações de crédno. Essa ta-
das aplicações para habitação popular e diz que as refa gigantesca de universalizar o saneamento no
aplicações em saneamento básico preferencialmente Brasil não pode prescindir de recursos do setor priva-
devem estar ligadas aos empreendimentos de habita- do. Precisamos, evidentemente, nos esmerar na defi-
Agosto de 200 I DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sext<J-leira 31 412~3

nição de critérios, de procedimentos para salvaguar- lhos. E, como sempre estivemos disponíveis a acatar su-
dar os superiores interesses do País e da sociedade. gestões, censuras, críticas, continuaremos assim até o
Mas não podemos ser refratários a essa possibilida- restante desta etapa; naturalmente, cumprindo o Regi-
de. Estamos colocando que, além de realizar opera- mento, mas da maneira mais solícita, mais disponível, ao
ções de crédito, o BNDES e a Caixa atuem - já o fa-
inteiro dispor de todos quantos têm o interesse de que o
zem, mas queremos reforçar ao colocar isso no Subs-
Brasil possa contar com uma lei de saneamento capaz
titutivo - na captação de recursos financeiros proveni-
entes de organismos multilaterais em operações ga- de iniciar um novo tempo neste País.
rantidas pelo Tesouro. E possam também - e aí é Agradeço a todos.
novo - estimular a participação de instituições do sis- O SR. PRESIDENTE (Deputado Rodrigo Maia) -
tema financeiro nacional, de entidades abertas ou fe- Conforme li anteriormente, há urna lista de inscrição.
chadas de previdência complementar. Não podemos
Pergunto à Comissão se há interesse de começar a
esquecer que a Lei da Previdência Complementar vai
discussão hoje ou na terça-feira.
multiplicar o ativo disponível nessas entidades, recur-
sos que podem e devem ser aplicados no saneamen- O SR. DEPUTADO PAULO KOBAYASHI- Pela
to, que tem liquidez e que tem todas as condições de ordem, Sr. Presidente, vamos requerer, já que esse
ser uma boa aplicação de recursos dos Fundos de documento tem 113 páginas, 75 artigos, o que vai de-
Pensão e das seguradoras. mandar uma análise bem calma, que suspendamos a
Desejamos que essa parceria entre o BNDES e reunião a partir de hoje e retornemos na terça-feira
a Caixa se faça em operações de crédito, em provisão para iniciarmos o procedimento de debate.
de garantia, bem como na prestação de assessoria
O SR. PRESIDENTE (Deputado Rodrigo Maia) -
técnica e financeira. Estamos também propondo que
a participação de instituições do sistema financeiro, De acordo; até porque o nobre Deputado tem à sua
de entidades abertas ou fechadas e de entidades se- disposição toda a assessoria do Governo do Estado,
guradoras, possa acontecer na aquisição de ações, da SABESP, para engrandecer as suas informações.
debêntures, certificados de venda a termo, securitiza- Agradeço a todos.
ção de recebíveis e também na produção de empre- Convoco a próxima reunião para terça-feira, às
endimentos próprios destinados à terceirização pelos
14h30min.
prestadores de saneamento no Brasil, que vão ter o
prazo máximo de dois anos para se adequarem ao Está encerrada a reunião.
disposto nesta lei.
PARECERES
Os demais artigos contêm a modificação das
leis que estão em vigor. *PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUiÇÃO
Sr. Presidente, neste momento em que estou N<> 308-C, DE 1996
encerrando a leitura do Relatório, quero me congratu-
lar com o Governo Federal pela sua iniciativa de man- Redação do Vencido em Primeiro
dar a esta Casa um projeto de lei relativo ao serviço de Turno de Discussão da Proposta de
água e esgoto. O Presidente Fernando Henrique inicia, Emenda à Constituição n° 308-8, de 1996,
como disse no início, um rito de passagem, de tal forma que "Dá Nova Redação à Alínea c do Inci-
que o serviço de água e esgoto no Brasil tenha uma so XVI do Art. 37 da Constituição Fede-
modelagem capaz de viver os novos tempos de de-
ral".
mocracia, protegendo o patrimônio natural, garantin-
do os direitos de cada cidadão brasileiro. Proposta inicial publicada no OCO do dia 08/02196
Congratulo-me com esta Casa, com o Presiden- - Parecer da Comissão de Constituição e Justiça e de Redação pu-
te Aécio Neves, que nos tem dado plenas condições blicado no OCO de 16/12/99
para que o trabalho transcorra, levando em conside- - Parecer da Comissão Especial publicado no OCO de 07112/00
ração os seus objetivos superiores. As Mesas da Câmara dos Deputados e do Sena-
Agradeço, mais uma vez, ao Sr. Presidente e do Federal, nos termos do § 30 do art. 60 da Constitui-
aos membros da Mesa-Diretora; agradeço penhora- ção Federal, promulgam a seguinte emenda ao texto
damente a participação de cada companheiro desta constitucional.
Comissão, principalmente aqueles que tiveram o inte- Art. 10 A alínea c do inciso XVI dci art. 37 da
resse de apresentar emendas ao projeto, como a De- Constituição Federal passa a vigorar com a seguinte re-
putada Maria do Carmo e o Deputado Sérgio Novais, dação:
sobretudo pela quantidade e qualidade das emendas
que estes apresentaram, e também a participação do "Art. 37 .
Plenário de forma sempre a contribuir com nossos traba- XVi .
41284 Sexta-Icira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Ago,tu de 200 I

c) a de dois cargos ou empregos privati- SUMÁRIO


vos de profissionais de saúde, com profis- 1- Proposta Inicial
sões regulamentadas". 11- Proposta apensada: PEC N° 288/00
Art. 2° Esta emenda entra em vigor na data de 11I - Na Comissão de Constituição e Justiça e de
sua publicação. Redação:
Sala da Comissão, 29 de agosto de 2001. - De- - parecer do relator
putado Claudio Cajado, Presidente. - Deputado José - emenda oferecida pelo relator
Teles - Relator. - parecer da Comissão
- emenda adotada pela Comissão
11I - Parecer da Comissão As Mesas da Câmara dos Deputados e do Sena-
do Feueral, nos teiu'os do §3° do art. 60 da Constitui-
A Comissão Especial Destinada a Proferir Pare- ção Federal, promulgam a se uinte emenda ao exto
cer à Proposta de Emenda à Constituição n° 30S-A, constitucional:
de 1996, da SI"" Deputada Jandira Feghali, que "dá Art. 1° O inciso 11, do §1°, do art. 40 da Constitu-
nova redação à alínea c do inciso XVI, do art. 37 da içle Federal, com a redação dada pela Emenda à
Constituição Federa!", em reunião ordinária realizada Constituição n° 20, de 1998, passa a vigorar com a
hoje, aprovou unanimemente, a redação do vencido seguinte redação:
em primeiro turno de discussão, da Proposta de "Art. 40 .
Emenda à Constituição n° 30S-B, de 1996, oforecida § 1° .
pelo Relator. 11 - compulsoriamente, aos setenta e
Participaram da votação os Senhores Depu- cinco anos de idade, com proventos propor·
cionais ao tempo de contribuição;
tados: Cláudio Cajado, Presidente; Luiz Dantas,
Vice-Presidente; José Teles, Relator; Agnaldo Mu-
Art. 2° Esta Emenda à Constituiçãe entra em vi-
niz, Antônio Jorge, Avenzoar Arruda, Djalma Paes, gor na data de sua publicação.
Eduardo Seabra Fátima Pelaes, Jandira Feghali, Sala das Sessões, 9 de dezembro de 1999. - De-
Luciano Castro, Manoel Vitório, Mário Assad Júni- putado Mendes Ribeiro Filho, PMDB/RS.
or, P hilemon Rodrigues e Vanessa Grazziotin, titu- Justificativa
lares; Agnelo Queiroz, Almerinda de Carvalho,
A União e os Estados estão desenvolvendo
Hugo Biehl, Robson Tuma, suplentes. projetos que possam afastar o fantasma da inadim-
Sala da Comissão, 29 de agosto de 2001. - plência dos Tesouros Nacional e Estaduais com o
Deputado Claudio Cajado, Presidente. - Deputado combate às aposentadorias precoces que são meras
Jose Teles, Relator. decorrências do direito.
É constrangedor ao legislador tentar definir idade
PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUiÇÃO lim~e para a aposentadoria, tendo por base a capacida-
~ 179-A, DE 1999 de intelectual do servidor a urna certa idade, e não a
(Do Sr. Mendes Ribeiro Filho e Outros) simples viabilidade financeira dos cofres públicos. Sa-
bemos todos que os indices de mortalidade estão sen-
Dá nova redação ao inciso 11, do § do enfrentados pelo Governo e que a idade de vida mé-
1°, do art. 40 da Constituição Federal, dia do brasileiro, em especial em algumas regiões do
com a redação dada pela Emenda à país, tem aumentado. Não seria justo que não procurás-
Constituição n° 20/98, estabelecendo a semos corrigir o inciso 11 do § 1° do art .. 40 da CF, que
idade de setenta e cinco anos para a apo- determina que a aposentadoria compulsória para o ser-
sentadoria compulsória no serviço públi- vidor público seja aos setenta anos de idade.
co; tendo parecer da Comissão de Cons- Acredito que com esta iniciativa, qual seja, per-
tituição e Justiça e de Redação, pela ad- mitir que o servidor se afaste de forma compulsória
missibilidade desta e da de n° 288/00, aos 75 anos de idade. e não aos 70, poderemos dar
apensada, com emenda (Relator: Deputa- ao servidor a possibilidade de continuar prestando
do Nelson Otoch). sua colaboração aos Estados e à União com sua ca-
(À Comissão de Constituição e Justiça e pacidade e experiência, bem como beneficiando os
de Redação) cofres públicos de maneira significativa.
Agosto de 20111 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Scxta-lcira31 41285

Tipo da Proposição: PEC


Autor da Proposição: MENDES RIBEIRO FILHO E OUTROS
Data de Apresentação: 09/12/99
Ementa: Dá nova redação ao inciso II do § ! o.do art. 40 da Constituição
Federal, com a redação dada pela Emenda à Constituição n°
20/98, estabelecendo a idade de setenta e cinco anos para a
aposentadoria compulsória no serviço público.
Possui Assinaturas Suficientes: SIM
Totais de Assinaturas: I Confirmadas 188
NãO Conferem 013
.Licenciados
Repetidas
Ilegíveis
:Retiradas

Assinaturas Confirmadas
1 ADÃO PREITO PT RS
2 ADEMIR LUCAS PSDB MG
3 AFFONSO CAMARGO PFL PR
4 AGNALDO MUNIZ POT RO
5 AIRTON DIPP POT RS
6 ALBERTO FRAGA PMOB DF
7 ALBERTO GOLDMAN PSDB SP
8 ALBERTO MOURÃO PMOB SP
9 ALCESTE ALMEIDA PMDB RR
10 ALCIONE ATHAYDE PPB RJ
11 ALDIR CABRAL PFL RJ
12 ALOlzlO SANTOS PSDB ES
13 ANDRÉ BENASSI PSDB SP
14 ANGELA GUADAGNIN PT SP
15 ANíBAL GOMES PMOB CE
16 ANTONIO CAMBRAIA PSOB CE
17 ANTONIO CARLOS BISCAIA PT RJ
18 ANTÔNIO CARLOS KONDER REIS PFl SC
19 ANTÔNIO DO VALLE PMOB MG
41286 Sext<J-feira ~ I DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUIAIX)S I\gostu de 2001
20 ANTÔNIO GERALDO PFL PE
21 ANTÔNIO JORGE PTB TO
?" ANTONIO KANDIR
~"- PSDB SP
23 AROLDO CEDRAZ PFL BA
24 ARYKARA PPB SP
25 ATILALlNS PFL AIV1
26 ÁTILA LIRA PSDB PI
27 AUGUSTO FARIAS PPB AL
28 AUGUSTO NARDES PPB RS
29 AYRTON XERÊZ PPS RJ
30 B.SÁ PSDB PI
31 BISPO RODRIGUES PL RJ
32 BISPO WANDERVAL PL SP
33 CAIO RIELA PTB RS
34 CELCITA PINHEIRO PFL MT
35 CELSO GIGlIO PTB SP
36 CELSOJACOB PDr RJ
37 CEZAR SCHIRMER PMDB RS
38 CLEUBER CARNEIRO PFL MG
39 CLOVIS VOLPI PSDB SP
40 CONFÚCIO MOURA PMDB RO
41 CORAUCI SOBRINHO PFL sp
42 CORIOLANO SALES PMDB BA
43 DAMIÃO FELlCIANO PMDB PB
44 DARCI COELHO PFL TO
45 DARCíSIO PERONDI PMDB RS
46 DE VELASCO psr SP
47 DEUSDETH PANTOJA PFL PA
48 DILCEU SPERAFlCO PPB PR
49 DINO FERNANDES PSDB RJ
50 DR. EVILÃSIO PSB SP
51 DR. ROSINHA PT PR
52 EBERSILVA PDT RJ
53 EDINHO ARAÚJO PPS SP
54 EDISON ANDRINO PMDB SC
55 EDUARDO BARBOSA PSDB MG
56 EDUARDO PAES PTB RJ
57 EDUARDO SEABRA PTB AP
58 ESTHER GROSSI PT RS
59 EULER MORAIS PMDB GO
60 EUNiclO OLIVEIRA PMDB CE
61 EURípEDES MIRANDA PDT RO
62 EXPEDITO JÚNIOR PFL RO
63 FÁTIMA PELAES PSDB AP
64 FÉLIX MENDONÇA PTB BA
65 FERNANDO CORUJA PDT SC
66 FERNANDO ZUPPO PDT SP
Agosto de 2001 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta· feira 31 412X7
67 FETTER JÚNIOR PPB RS
68 FLÁVIO DERZI PMD8 MS
69 FREIRE JÚNIOR PMD8 TO
70 GERALDO MAGELA PT DF
71 GERMANO RIGOTIO PMDB RS
72 GERSON PERES PP8 PA
73 GIVALDO CARIMBÃO PSB Al
74 GONZAGA PATRIOTA PS8 PE
75 HÉLIO COSTA PMDB MG
76 HENRIQUE EDUARDO ALVES PMDB RN
77 HENRIQUE FONTANA PT RS
78 HUGO BIEHL PPB SC
79 IBRAHIM ABI-ACKEL PPB MG
80 IÉDIOROSA PMDB RJ
81 INALDO LEITÃO PSOB PB
82 IRISSIMÕES PT8 PR
83 IVANIO GUERRA PFL PR
84 JAIR BOLSONARQ PPB RJ
85 JOÃO HENRIQUE PMDB PI
86 JOÃO HERRMANN NETO PPS SP
87 JOÃO MAGALHÃES PMDB MG
88 JOÃO MENDES PMDB RJ
89 JOAQUIM FRANCISCO PFL PE
90 JOEL DE HOLLANDA PFL PE
91 JORGE ALBERTO PMDB SE
92 JOSÉ BORBA PMD8 PR
93 JOSÉ CARLOS COUTINHO PFL RJ
94 JOSÉ CARLOS ELIAS PTB ES
95 JOSÉ CHAVES PMDB PE
96 JOSÉ íNDIO PMDB SP
97 JOSÉ LOURENÇO PFL BA
98 JOSÉMIUTÃO PSOB MG
99 JOSÉ PIMENTEL PT CE
100 JOSÉ ROBERTO BATOCHIO PDT SP
101 JOSÉ THOMAZ NONÔ PFL AL
102 JOVAIR ARANTES PSDB GO
103 JÚLIO REDECKER PPB RS
104 JUQUINHA PSDB GO
105 JURANDIL JUAREZ PMDB AP
106 LAURA CARNEIRO PFL RJ
107 LÉO ALCÂNTARA PSDB CE
108 L1DIA QU\NAN PSDB GO
109 UNO ROSSI PSOB MT
110 lUIS BARBOSA PFl RR
111 LUIS CARLOS HEINZE PPB RS
112 Luis EDUARDO PDT RJ
41288 Sex ta-li:ira :3 I DIÁRIO I)A CÂMARA DOS I)HI'UTADOS Agoslo de 2001
113 LUIZ ANTONIO FLEURY PTB SP
114 LUIZ BITTENCOURT PMDB GO
115 LUIZ MAINARDI PT RS
116 LUIZ PIAUHYLlNO PSDB PE
117 LUIZ SALOMÃO PDT RJ
118 MANOEL SAL VIANO PSDS CE
119 MARÇAL FILHO PMDB MS
120 MARCia FORTES PSDB RJ
121 MARCONDES GADELHA PFL F3
122 MARCOS CINTRA PL SP
123 MARCOS LIMA PMDB MG
124 MARCOS ROLlM PT RS
125 MARCUS VICENTE PSDS ES
126 MARIA ABADIA PSDB DF
127 MARIA ELVIRA PMDB MG
128 MARISA SERRANO PSDB MS
129 MEDEIROS PFL SP
130 MENDES RIBEIRO FILHO PMDB RS
131 MILTON MONTI PMDB SP
132 MORONI TORGAN PFL CE
133 MÚCIOsA PMDB RN
134 NEIVA MOREIRA PDT MA
135 NELSON MARCHEZAN PSDB RS
136 NELSON MARQUEZELLl PTS SP
137 NELSON MEURER PPB PR
138 NELSON OTOCH PSDS CE
139 NELSON PROENÇA PMDS RS
140 NEY LOPES PFL RN
141 NILSON MOURÃO PT AC
142 OSMÂNIO PEREIRA PMDB MG
143 OSMAR SERRAGLlO PMDB PR
144 OSVALDO BIOLCHI PMDB RS
145 PAES LANDIM PFL PI
146 PAUDERNEY AVELlNO PFL AM
147 PAULO SALTAZAR PSB RJ
148 PAULO FEIJÓ PSDB RJ
149 PAULO JOSÉ GOUVÊA PL RS
150 PAULO MAGALHÃES PFL BA
151 PAULO MARINHO PFL MA
152 PAULO PAIM PT RS
153 PAULO ROCHA PT PA
154 PEDRO BITTENCOURT PFL se
155 PEDRO CHAVES PMDB GO
156 PEDRO NOVAIS PMDB MA
157 POMPEO DE MATIOS POT RS
158 RAIMUNDO COLOMBO PFL SC
159 RAIMUNDO GOMES DE MATOS PSDB eE
Agosto de 200 I DIÁRIO DA CÀMARA DOS DEPUTADOS Sexta-!cira 31 41289

160 RENATO VIANNA PMDB SC


161 RICARDO FIUZA PFL PE
162 RICARDO MARANHÃO PSB RJ
163 RICARDO NORONHA PMDB DF
164 RITA CAMATA PMDB ES
165 ROBERTO ARGENTA PHDBS RS
166 ROBERTO BALESTRA PPB GO
167 ROBERTO BRANT PFL MG
168 RODRIGO MAIA PTB RJ
169 ROMEL ANIZIO PPB MG
170 ROMEU QUEIROZ PSDB MG
171 RONALDO VASCONCELLOS PFL MG
172 SANTOS FILHO PFL PR
173 SAULO PEDROSA PSOB BA
174 SIMÃO SESSIM PPB RJ
175 SYNVAL GUAZZELLI PMDB RS
176 TETÉ BEZERRA PMDB MT
177 THEMíSTOCLES SAMPAIO PMDB PI
178 URSICINO QUEIROZ PFL BA
179 VICENTE CAROPRESO PSOB SC
180 VITTORIO MEDIOU PSDB MG
181 WALDEMIR MOKA PMDB MS
182 WALDIR SCHMIDT PMDB RS
183 WALDOMIRO FIORAVANTE PT RS
184 WANDERLEY MARTINS PDT RJ
185 WElINTON FAGUNDES PSDB MT
186 WELLlNGTON DIAS PT PI
187 YEDA CRUSIUS PSDB RS
188 ZENALDO COUTINHO PSDB PA

Assinaturas que Não Conferem


1 AIRTON ROVEDA PFL PR
2 ALCEU COLLARES PDT RS
3 DR. BENEDITO DIAS PPB AP
4 EMERSON KAPAZ PPS SP
5 GUSTAVO FRUET PMDB PR
6 HERÁCLITO FORTES PFL PI
7 JOÃO CALDAS PL AL
8 LUCIANO BIVAR PSL PE
9 LUCIANO CASTRO PFL RR
'lO LUIZ CARLOS HAULY PSDB PR
11 NElO RODOlFO PMDB SP
12 ROBSON TUMA PFL SP
13 WALDIR PIRES PT BA
412lJ(J Sexta-feira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 200 I

Assinaturas de Deputados(as) Licenciados(as)


1 MARCELO CASTRO PMDB PI

Assinaturas Repetidas
1 ALBERTO FRAGA PMDB DF
2 ANDRÉ BENASSI PSDB SP
3 BISPO RODRIGUES PL RJ
4 CLEUBER CARNEIRO PFL MG
5 DR. BENEDITO DIAS PPB AP
6 EUNíCIO OLIVEIRA PMDB CE
7 LUCIANO CASTRO PFL RR
8 LUIZ CARLOS HAULY PSDB PR
9 NELSON PROENÇA PMDB RS
10 PEDRO CHAVES PMDB GO
11 ROMEU QUEIROZ PSOB MG
12 TETÉ BEZERRA PMDB MT
13 YEDA CRUSIUS PSDB RS

SECRETARIA-GERAL DA MESA
Seção de Registro e Controle e de Análise de Proposição

Ofício n° 299/99 Brasília, 14 de dezembro de 1999.

Senhor Secretário-Geral:

Comunico a Vossa Senhoria que a Proposta de Emenda à


Constituição do Sr. Deputado MENDES RIBEIRO FILHO E OUTROS. que "dá nova
redação ao inciso 11 do § 1°,do art. 40 da Constituição Federal, com a redação dada
AgllSlo de 20() I DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Scxta-lCira 31 41291
pela Emenda à Constituição n° 20/98. estabelecen- Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efeti-
do a idade de setenta e cinco anos para a aposenta- vos da União dos Estados, do Distrito Federal e dos
doria compulsória no serviço público", contém nú- Municípios, incluidas suas autarquias e fundações, é
mero suficiente de signatários, constando a referida assegurado regime de previdência de caráter contri-
proposição de: butivo, observado.3s critérios que preservem o equilí-
brio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo.
'Artigo, caput com redação dada pela Emenda Constituci-
188 assinaturas confirmadas; onal n° 20, de 15/12/998.
013 assinaturas não confirmadas; § 1° Os servidores abrangidos pelo regime de
001 deputado licenciado; previdência de que trata este artigo serão aposenta-
013 assinaturas repetidas. dos. cauculados os seus proventos a partir dos valo-
res fixados na forma do § 3°.
I - por invalidez permanente, sendo os proven-
Atenciosamente, - Claudia Neves C. de Souza - tos proporcionais ao tempo de contribuição, exceto se
Chefe decorrente de acidente de serviço, moléstia profissio-
nal ou doença grave, contagiosa ou incurável, especifi-
cadas em lei;
A Sua Senhoria o Senhor
11 - compulsoriamente, aos setenta anos de
Dr. Mozart Vianna de Paiva
Secretário-Geral da Mesa idade, com proventos proporcionais ao tempo de
Nesta contribuição;

TíTULO IV
LEGISLAÇÃO CITADA ANEXADA PELA
Da Organização dos Poderes
COORDENAÇAO DE ESTUDOS LEGISLATIVOS -
CeDI
CAPíTULO I
Do Poder Legislativo
CONSTITUiÇÃO
REPÚBLICA FEDERATIVA
DO BRASIL
1988
SEÇÃO VIII
Do Poder Legislativo
TíTULO 111
Da Organização do Estado

SUBSEÇÃO 11
CAPíTULO VII Da Emenda à Constituição
Da Administração Pública

Art. 60. A Constrtuição poderá ser emendada me-


diante proposta:

SEÇÃO 11 I - de um terço, no mínimo, dos mem-


Dos Servidores Públicos bros da Câmara dos Deputados ou do Se-
*Seção " com redação dada pela nado Federal
Emenda Constitucional n° 18, de 0502 1998. 11 - do Presidente da República;
41292 Sexta-feira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agusto de 2001

111 - de mais da metade das Assem- "Art.40 .


bléias Legislativas das unidades da Federa- § 1° .
ção. manifestando-se, cada urna delas,
ti - compulsoriamente, aos setenta e cinco anos
pela maioria relativa de seus membros.
de idade, com proventos proporcionais ao tempo de
§ 1° A Constituição não poderá ser
contribuição;
emendada na vigência de intervenção fede-
ral. de estado de defesa ou de estado de
sítio. Justificação
§ 2° A proposta será discutida e vota-
da em cada Casa do Congresso Nacional,
em dois turnos, considerando-se aprovada Nada justifica a presunção legal de incapacidade
se obtiver, em ambos, três quintos dos vo- dos heptagenários. Inúmeros cidadãos continuam con-
tos dos respectivos membros. tribuindo valorosamente para a sociedade, a despeito
§ 30 A emenda à Constituição será
de sua idade avançada. Muitas vezes, inclusive, a ba-
promulgada pelas Mesas da Câmara dos
gagem intelectual e moral adquirida ao longo de sete
Deputados e do Senado Federal, com o res-
décadas tornam a velhice o período mais protícuo da
pectivo número de ordem.
§ 4° Não será objeto de deliberação a vida.
proposta de emenda tendente a abolir: Ressalte-se, ainda, o quanto o avanço científico,
I - a forma federativa de Estado; nestes últimos anos, tem determinado um expressivo
11 - o voto direto, secreto, universal e crescimento da expectativa de vida dos brasileiros.
periódico: Com a melhoria das condições físicas da pes-
111- a separação dos Poderes; soa, prolongaram-se, também, as suas potencialida-
IV - os direitos e garantias individuais. des mentais.
§ 5° A matéria constante de proposta
de emenda rejeitada ou havida por prejudica-
Do ponto de vista financeiro, a implementação
da não pode ser objeto de nova proposta na
da providência proporcionaria a redução da despe-
mesma sessão legislativa.
sa pública, já que seria adiado o momento a partir
do qual a seguridade social assume o ônus pelo pa-
gamento dos proventos de inatividade e, ainda, a
remuneração do novo servidor ocupante da vaga
PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUiÇÃO aberta.
ND 288 DE 2000
(Do Sr. Synvat Guazelli e outros) Finalmente, ressalte-se que a elevação do limite
de idade para aposentadoria compulsória não preju-
dicará qualquer direito ou expectativa de direito, urna
Eleva para setenta e cinco anos a vez que o servidor já detém a prerrogativa de se apo-
idade para aposentadoria compulsória de sentar proporcionalmente aos setenta e cinco anos de
servidor público. idade, para os homens, ou aos sessenta, para as mu-
(Apense-se à Proposta de Emenda à
lheres.
Constituição n° 179, de 1999)

Trata-se, como se vê de uma proposta de inegá-


As Mesas da Câmara dos Deputados e do Se- veis méritos, merecedora do apoio de nossos nobres
nado Federal, nos termos do art. 60 da Constituição
Pares.
Federal, promulgam a seguinte emenda ao texto
constitucional:
Plenário Ulysses Guimarães, 2 de agosto de
2000. - Deputado Synval Guazzelli. Dê-se tramita-
Artigo Único. O inciso 11 do § 11 do § 1° art. 40 da
Constituição Federal passa a vigorar com a seguinte ção.
redação: Em: 2-8-00 Presidente
Agosto de 2()() I DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 31 41293

Tipo da Proposição: PEC


Autor da Proposição: SYNVAL GUAZELLI E OUTROS
Data de Apresentação: 13/09/00
Ementa: Eleva para setenta e cinco anos a idade para aposentadoria
compulsória de servidor público.
Possui Assinaturas Suficientes: SIM
Totais de Assinaturas: Confirmadas 173
:Não Conferem 005
•Li cenci ados 004
:Repetidas 022,
Ilegíveis 000
··Retiradas 000

Assinaturas Confirmadas
1 ALBERTO FRAGA PMDB DF
2 ALBERTO MOURÃO PMDB SP
3 ALCESTE ALMEIDA PMDB RR
4 ALDO ARANTES PCdoS .GO
5 ALDO REBELO pedoS ?3p
6 AlEX CANZIANI PSDB PR
7 ALMIR SÁ PPB RR
8 ALOizlO SANTOS PSDB ES
9 ANGELA GUADAGNIN PT SP
10 ANíBAL GOMES PMDB CE
11 ANTONIO CAMBRAIA PSDB CE
12 ANTÔNIO CARLOS KONDER REIS PFL se
13 ANTÔNIO DO VALLE PMDB MG
14 ANTONIO FEIJÃO PST AP
15 ANTÔNIO JORGE PTS TO
16 ARACELY DE PAULA PFL MG
17 ARMANDO ABíLlO PMOB PB
18 ARNON BEZERRA PSDB CE
19 AROLOO CEDRAZ PFL BA
20 ÁTILA LINS PFL AM
21 AUGUSTO NARDES PPB RS
22 AVENZOAR ARRUDA PT PB
4121.)4 S<.:x.la-leira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agustu ti..: 200 l
23 BABÁ PT PA
24 BONIFÁCIO DE ANDRADA PSDB MG
25 CARLlTO MERSS PT SC
26 CARLOS SANTANA PT RJ
27 CELSO GIGLlO PTB SP
28 CELSOJACOB PDT RJ
29 CELSO RUSSOMANNO PPB SP
30 CEZAR SCHIRMER PMOB RS
31 CHICO DA PRINCESA PSDB PR
32 CLEUBER CARNEIRO PFL MG
33 CLOVIS VOLPI PSDB SP
34 CONFÚCIO MOURA PMOB RO
35 CORIOLANO SALES PMOB BA
36 CORONEL GARCIA PSDB RJ
37 COSTA FERREIRA PFL MA
38 DAMIÃO FELlCIANO PMOB PB
39 DANILO DE CASTRO PSOB MG
40 DE VELASCO PSL SP
41 DINO FERNANDES PSDB RJ
42 DR. EVILÂSIO PSB SP
43 DR. HÉLIO PDT SP
44 DUILlO PISANESCHI PTB SP
45 EBER SILVA PDT RJ
46 EDINHO ARAÚJO PPS SP
47 EDIR OLIVEIRA PTB RS
48 EDUARDO BARBOSA PSDB MG
49 EDUARDO CAMPOS PSB PE
50 ELlSEU RESENDE PFL MG
51 ESTHER GROSSI PT RS
52 EULER MORAIS PMOB GO
53 EULER RIBEIRO PFL AM
54 EURICO MIRANDA PPB RJ
55 EURipEDES MIRANDA PDT RO
56 EVANDRO MILHOMEN PSB AP
57 FERNANDO CORUJA PDT SC
58 FERNANDO GABEIRA PV RJ
59 FERNANDO GONÇALVES PTB RJ
60 FETTER JÚNIOR PPB RS
61 FRANCISCO GARCIA PFL AM
62 FRANCISCO SOUSA POT MA
63 GERALDO SIMÕES PT BA
64 GILBERTO KASSAB PFL SP
65 GIVALOO CARIMBÃO PSB AL
66 GONZAGA PATRIOTA PSB PE
67 GUSTAVO FRUET PMDB PR
68 HENRIQUE EDUARDO ALVES PMDB RN
69 HERCULANO ANGHINETTI PPB MG
Agosto de 2001 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Scxta-Icira 31 41295
70 IARA BERNARDI PT SP
71 IBERÊ FERREIRA PPB RN
72 ILDEFONÇO CORDEIRO PFL AC
73 INALDO LEITÃO PSDB PB
74 JAIME MARTINS PFL MG
75 JAIR MENEGUELLI PT SP
76 JOÃO CALDAS PL AL
77 JOÃO COLAÇO PMOB PE
78 JOÃO COSER PT ES
79 JOÃO FASSARELLA PT MG
80 JOÃO MAGALHÃES PMDB MG
81 JOÃO PAULO PT SP
82 JOÃO PIZZOLATII PPB se
83 JOÃO SAMPAIO POT RJ
84 JORGE COSTA PMOB PA
85 JORGE KHOURY PFL BA
86 JOSÉ BORBA PMOB PR
87 JOSÉ CARLOS ELIAS PTB ES
88 JOSÉ CHAVES PMOB PE
89 JOSÉ MILlTÃO PSDB MG
90 JOSÉ THOMAZ NONÔ PFL AL
91 JÚLIO DELGADO PMDB MG
92 JULIO SEMEGHINI PSD8 SP
93 JURANDIL JUAREZ PMOB AP
94 LAIRE ROSADO PMDB RN
95 llD1A QU1NAN PSD8 GO
96 LUCIANO BIVAR PSL PE
97 LUIS BARBOSA PFL RR
98 LUIS CARLOS HEINZE PP8 RS
99 LUIZ BITIENCOURT PMOB GO
100 LUIZ MAINARDI PT RS
101 LUIZ SÉRGIO PT RJ
102 MAGNO MALTA PTB ES
103 MÁRCIO MATOS S.PART. PR
104 MARCONDES GADELHA PFL PB
105 MARIA DO CARMO LARA PT I\I'G
106 MÁRIO NEGROMONTE PSDB BA
107 MARISA SERRANO PSOB MS
108 MAURO BENEVIDES PMOB CE
109 MAX MAURO PTS ES
110 MEDEIROS PFL SP
111 MIRO TEIXEIRA POT RJ
112 MURILO DOMINGOS PT8 MT
113 MUSSA DEMES PFL PI
114 NAIR XAVIER LOBO PMDB GO
115 NELO RODOLFO PMOB SP
116 NELSON MARCHEZAN PSOB RS
412% Sl!xta-li:ira 3 I DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto dI! 200 I
117 NELSON MEURER PPB PR
118 NELSON PROENÇA PMDB RS
119 NELSON TRAD PTB MS
120 NILTON BAIANO PPB ES
121 t'JORBERTO TEIXEIRA PMDB GO
122 OLlMPIO PI RES POT MG
123 OSMÂNIO PEREIRA PMDB MG
124 OSMAR SERRAGLlO PMD8 PR
125 PADRE ROQUE PT PR
126 PAES LANDIM PFL PI
127 PAULO BALTAZAR PSB RJ
128 PAULO FEIJÓ PSDB RJ
129 PAULO KOBAYASHI PSDB SP
130 PAULO LIMA PMDB SP
131 PAULO OCTÁVIO PFL DF
132 PAULO PAIM PT RS
133 PEDRO CORRÊA PP8 PE
134 PEDRO NOVAIS PMDB MA
135 PEDRO VALADARES PSB SE
136 POMPEO DE MATTOS PDT RS
137 RAIMUNDO SANTOS PFL PA
138 REGIS CAVALCANTE PPS AL
139 RENATO SILVA PSDB PR
140 RENATO VIANNA PMDB se
141 RICARDO BERZOINI PT SP
142 RICARDO IZAR PMDB SP
143 ROBERTO ARGENTA PHS RS
144 ROBERTO BRANT PFL MG
145 ROBERTO PESSOA PFL CE
146 RODRIGO MAIA PTB RJ
147 RUBENS FURLAN PPS SP
148 SALATIEL CARVALHO PMOB PE
149 SAULO COELHO PSOB MG
150 SEBASTIÃO MADEIRA PSOB MA
151 SERAFIM VENZON POT SC
152 SÉRGIO BARCELLOS PFL AP
153 SÉRGIO CARVALHO PSDB Rü
154 SÉRGIO MIRANDA PCdoB MG
155 SERGIO NOVAIS PSB CE
156 SILAS BRASILEIRO PMOB MG
157 SIMÃO SESSIM PPB RJ
158 TELMA DE SOUZA PT SP
159 URSICINO QUEIROZ PFL BA
160 VALDIR GANZER PT PA
161 VICENTE ARRUDA PSDB CE
162 VIRGíLIO GUIMARÃES PT MG
163 VIVALDO BARBOSA POT RJ
Agosto de 2001 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-Ieim 31 41297
164 WALDEMIR MOKA PMD8 MS
165 WALDIR PIRES PT SA
166 WALDIR SCHMIDT PMDB RS
167 WANDERLEY MARTINS PDT RJ
168 WELLlNGTON DIAS PT PI
169 WERNER WANDERER PFL PR
170 XICO GRAZIANO PSDB SP
171 YEDA CRUSIUS PSDB RS
172 ZÉ GOMES DA ROCHA PMDB GO
173 ZENALDO COUTINHO PSDB PA

Assinaturas que Não Conferem


1 CARLOS DUNGA PMDB PB
2 DR. BENEDITO DIAS PPB AP
3 EDUARDO PAES PTS RJ
4 PAULO DELGADO PT MG
5 RICARDO RIQUE PSDB PB

Assinaturas de Deputados(as) Licenciados(as)


1 ALMEIDA DE JESUS PL CE
2 CAIO RIELA PTB RS
3 UNO ROSSI PSDB MT
4 PEDRO WILSON PT GO

Assinaturas Repetidas
1 ALBERTO MOURÃO PMDB SP
2 ALCESTE ALMEIDA PMDB RR
3 ALMEIDA DE JESUS PL CE
4 ALMIR sÁ PPB RR
5 COSTA FERREIRA PFL MA
6 DAMIÃO FEUCIANO PMDB PB
7 DE VELASCO PSL SP
8 DI NO FERNANDES PSDB RJ
9 GONZAGA PATRIOTA PSB PE
10 JAIR MENEGUELU PT SP
11 JOÃO CALDAS PL AL
12 JOÃO COLAÇO PMDB PE
13 JOSÉ MILlTÃO PSDB MG
14 lAIRE ROSADO PMDB RN
15 NELSON MARCHEZAN PSOB RS
16 OSMAR SERRAGLlO PMDB PR
17 RODRIGO MAIA PTB RJ
18 RUBENS FURLAN PPS SP
19 SÉRGIO CARVALHO PSDB RO
20 TELMA DE SOUZA PT SP
21 WANDERLEY MARTINS POT RJ
22 ZÉ GOMES DA ROCHA PMDB GO
DIÁRIO DA CÁMARA DOS DEPUTADOS AW'oih' de 200 I
41298 Sexla-feira 3 I

Seção de Registro e Controle e de Análise de Proposições

Ofício 11.° 198 I 2000


Brasília, 20 de setembro de 2000.

Senhor Secretário-Geral:

Comunico a Vossa Senhoria que a Proposta de Emenda à


Constituição do Sr. Deputado SYNVAL GUAZELLI E OUTROS, que "Eleva
para setenta e cinco anos a idade para aposentadoria compulsória de
servidor público", contém número suficiente de signatários, constando a
referida proposição de:

173 assinaturas confirmadas;


005 assinaturas não confirmadas;
004 deputados licenciados;
022 assinaturas repetidas.

Atenciosamente,

!CLÁUDIA
~iTvt§~Jf6uZA
_ _ _--IC."..lhl'+l;e •

A Sua Senhoria o Senhor


Dr. MOZART VIANNA DE PAIVA
Secretário-Geral da Mesa
NESTA
Ag0510 de 200] DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexla-tcira 31 41299
LEGISLAÇÃO CITADA ANEXADA PELA
COORDENAÇÃO DE ESTUDOS LEGISLATIVOS-CeDI

CONSTITUIÇÃO
DA
REPÚBLICA FEDERATlfVA DO BRASIL
1988

TITIJLü lU
DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO

CAPÍTULO VII
DA ADMIN1STRAÇÃO PúBLICA

SEÇÃO II
Dos Servidores Públicos
* Seção]f com redação dada pela Emenda Constitucional nO 18, de OY02'1998.

Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos


Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e
fundações, é assegurado regime de previdência de caráter contributivo,
observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o
disposto neste artigo.
'" Artigo, "caput" com redação dada pela Emenda Constitucional n° 20, de
/5.'12//998.
§ 10 Os servidores abrangidos pelo regime de previdência de que
trata este artigo serão aposentados, calculados os seus proventos a partir dos
valores fixados na fonua do § 3°:
I - por invalidez pennanente, sendo os proventos proporcionais ao
tempo de contribuição, exceto se decorrente de acidente de serviço, moléstia
profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, especificadas em lei;
II - compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com proventos
proporcionais ao tempo de contribuição;
IH - voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo de dez
anos de efetivo exercício no serviço público e cinco anos no cargo efetivo em
que se dará a aposentadoria, observadas as seguintes condições:
4130() Sexta-feira 31 DIÁRIO DA CÁM/\R/\ DOS DEPUT/\\)OS /\goslLl de 2001

a) isessenta anos de idade e trinta e cinco de contribuição, se


homem, e cinqüenta e cinco anos de idade e trinta de contribuição, se
mulher;
b) sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de
idade, se mulher, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição.
* § 1 com redação dada pela Emenda Const itucional nO 20, de 15 112 '1998.
U

§ 2° Os proventos de aposentadoria e as pensões, por ocasião de sua


concessão, não poderão exceder a remuneração do respectivo servidor, no
cargo efetivo em que se deu a aposentadoria ou que serviu de referência para
a concessão da pensào.
,.. § ]O com redação dada pela Emenda Constitucional nO 20, de J5/12/ J998.
§ 3° Os proventos de aposentadoria, por ocasião da sua concessão,
serão calculados com base na remuneração do servidor no cargo efeiívo em
que se der a aposentadoria e, na forma da lei, corresponderão à totalidade da
remuneraçâo.
>I: § 3° com redação dada pela Emenda Constitucional n° 20, de 15/12/1998.
§ 4° É vedada a adoçâo de requisitos e critérios diferenciados para a
concessão de aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este
artigo, ressalvados os casos de atividades exercidas exclusivamente sob
condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física,
definidos em lei complementar.
"' § 4° com redação dada pela Emenda Constitucional nU 20, de ) 5-']2 'J 998.
§ 5° Os requisitos de idade e de tempo de contribUição serão
reduzidos em cinco anos, em relação ao disposto no § l°, 111, "a", para o
professor que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício das
funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio.
* § 5° com redação dada pela Emenda ConstlJucional nO 20, de 15:12/1998.
§ 6° Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos
acumuláveis na fonna desta Constituição, é vedada a percepção de mais de
uma aposentadoria à conta do regime de previdência previsto neste artigo.
* § 6° com redação dada pela Emenda Comi ituciona/ n° 20, de 151 J 2,'/998.
§ 7° Lei disporá sobre a concessão do beneficio da pensão por
morte, que será igual ao valor dos proventos do servidor falecido ou ao valor
dos proventos a que teria direito o servidor em atividade na data de seu
falecimento, observado o disposto no § 3°.
* § r acrescido pela Emenda Constitucional n 20, de /5'12/1998.
Q

§ 8° Observado o disposto no art.37, XI, os proventos de


aposentadoria e as pensões serão revistos na mesma proporção e na mesma
data, sempre que se modificar a remuneração dos servidores em atividade,
sendo também estendidos aos aposentados e aos pensionistas quaisquer
beneficios ou vantagens posterionnente concedidos aos servidores em
Agosto de 2001 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTAD< >S Scxta-tCira 31 4130 I
atividade, inclusive quando decorrentes da der aos seus respectivos servidores titulares de cargo
transformação ou reclassificação do cargo ou função efetivo.
em que se deu a aposenradoria ou que serviu de • § 15 acrescido pela Emenda Constitucional nO 20. de
referência para a concessão da pensão, na forma da 15/12/1998.
lei. § 16. Somente mediante sua prévia e expressa
• § 8° acrescido pela Emenda Constitucional n020, de 15"12 opção, O disposto nos §14 e 15 poderá ser aplicado ao
7998. servidor que tiver ingressado no serviço público até a
§ 9° O tempo de contribuição federal, estadual ou data da publicação do ato de instituição do
municipal será contado para efeito de aposentadoria e o correspondente regime de previdência complementar.
tempo de serviço correspondente para efeito de • § 16 acrescido pela Emenda Constitucional n020, de
15/12/1998.
disponibilidade.
• § 9° acrescido pela Emenda Constitucional n020, de 15 '12
1998.
TíTULO IV
§ 10. A lei não poderá estabelecer qualquer forma
Da Organização dos Poderes
de contagem de tempo de contribuição fictício.
• § 10 acrescido pela Emenda Constitucional n020, de 1512 CAPíTULO I
1998.
Do Poder Legislativo
§ 11. Aplica-se o limite fixado no art 37, XI, à soma
total dos proventos de inatividade, inclusive quando de-
correntes da acumulação de cargos ou empregos pú- SEÇÃO VIII
blicos, bem como de outras atividades sujeitas a con- Do Processo Legislativo
tribuição para o regime geral de previdência social, e
ao montante resultante da adição de proventos de ina-
tividade com remuneração de cargo acumulável na for- SUBSEÇÃO 11
ma desta Constituição, cargo em comissão declarado Da Emenda à Constituição
em lei de livre nomeação e exoneração, e de cargo eleti-
vo. Art. 60. A Constituição poderá ser emendada me-
• § 11 acrescido pela Emenda Constitucional na 20 de § 12. diante proposta:
Além do disposto neste artigo, o regime de previdência dos servido-
res públicos titulares de cargo efetivo observará, no que couber,
1- de um terço, no mínimo, dos membros da Câ-
os requisitos e critérios fixados para o regime geral de previdên- mara dos Deputados ou do Senado Federal;
cia social. 11 - do Presidente da República;
• § 12 acrescido pela Emenda Constitucional na 20, de
15/12/1998. III - de mais da metade das Assembléias legis-
§ 13. Ao servidor ocupante, exclusivamente, de lativas das unidades da Federação, manifestando-se
cargo em comissão declarado em lei de livre nomea- cada uma delas, pela maioria relativa de seus mem-
ção e exoneração bem como de outro cargo tempora- bros.
rio ou de emprego público, aplica-se o regime geral de § 1° A Constituição não poderá ser emendada
previdência social na vigência de intervenção federal, de estado de defe-
• § 13 acrescido pela Emenda Constitucional n 020, de sa ou de estado de sitio.
15/12//1998.
§ 2° A proposta será discutida e votada em cada
§ 14. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, consi-
Municípios, desde que instituam regime de previdência derando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quin-
complementar para os seus respectivos servidores ti- tos dos votos dos respectivos membros.
tulares de cargo efetivo, poderão fixar, para o valor
das aposentadorias e pensões a serem concedidas § 30 A emenda à Constituição será promulgada
pelo regime de que trata este artigo, o limite máximo pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado
estabelecido para os beneficios do regime geral de Federal, com o respectivo número de ordem.
previdência social de que trata o art.201. § 4° Não será objeto de deliberação a proposta
• § 14 acrescido pela Emenda Constitucional, n020 de de emenda tendente a abolir:
15/12/1998.
I - a forma federativa de Estado;
§ 15. Observado o disposto no art.202, lei com-
11 - o voto direto secreto, universal e periódico;
plementar disporá sobre as normas gerais para a ins-
tituição de regime de previdência complementar pela 111 - a separação dos Poderes;
União, Estados. Distrito Federal e Municipios. para aten- IV - os direitos e garantias individuais.
413112 Scxla-lCira 31 DIÁRiO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agllslll de 21101

§ 5° A matéria constante de proposta de emenda ao final do dispositivo, que apresento em emenda


rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto anexada a esta.
de nova proposta na mesma sessão legislativa. Inexistindo objeção de ordem política como inter-
.................................................................................... venção federal, de estado de defesa ou de estado de
COMISSÃO DE CONSTITUiÇÃO E JUSTiÇA sitio, meu Voto é pela admissibilidade da Proposta de
E DE REDAÇÃO Emenda à Constituição n° 179, de 1999, com a emen-
da de técnica legislativa, bem como quanto a viabili-
I - Relatório dade da Proposta que lhe está apensa.
Propõe o nobre Deputado Mendes Ribeiro Filho Sala da Comissão,em 13 de dezembro de 2000. -
com a presente Proposta a modificaçâo da idade limite Deputado Nelson Otoch, Relator.
para a aposentadoria compulsõria no serviço público
EMENDA ADITIVA N°
para setenta e cinco anos, com proventos proporcio-
nais ao tempo de contribuição. Acrescente-se ao dispositivo proposto, ao final,
Na Justificativa, pondera que é constrangedor aexpressão: (NR)
ao legislador tentar definir idade limite para a aposen- Sala da Comissão, 13 de dezembro de 2000. -
tadoria, tendo por base a capacidade intelectual do Deputado Nelson Otoch, Relator.
servidor a uma certa idade, e não a simples viabilida-
de financeira dos cofres públicos. 11I - Parecer da Comissão
Depois de indicar que a idade de vida média do A Comissão de Constituição e Justiça e de Reda-
brasileiro, especialmente em algumas regiões do ção, em reunião ordinária realizada hoje, opinou unam-
país, tem aumentado, afirma: memente pela admissibilidade da Proposta de Emenda
"Acredito que com esta iniciativa, qual seja, per- à Constituição n° 179/99 e da de nO 288/00, apensada,
mitir que o servidor se afaste de forma compuisória com emenda, nos termos do parecer do Relator, De-
aos 75 anos de idade, e não os 70, poderemos dar ao putado Nelson Otoch.
servidor a possibilidade de continuar prestando sua Participaram da votação os Senhores Deputados:
colaboração aos Estados e à União com sua capaci-
Inaldo Leitão - Presidente, Zenaldo Coutinho,
dade e experiência, bem como beneficiando os cofres
Robson Tuma e Osmar Serraglio, Vice-Presidentes,
públicos de maneira significativa".
Alexandre Cardoso, André Benassi, Antônio Carlos
No curso da tramitação desta Proposta, outra, Konder Reis, Augusto Farias, Bispo Rodrigues, Cezar
de igual teor e justificativa similar - Proposta de Schirmer, Coriolano Sales, Custódio Mattos, Edmar
Emenda à Constituição n° 288, de 2000 - subscrita Moreira, Fernando Coruja, Fernando Gonçalves, Ge-
pelo nobre Deputado Synval Guazzelli, vindo a ser ovan Freitas, Geraldo Magela, Gerson Peres, Ibrahim
anexada à presente nos termos regimentais. Abi-ackel, Jaime Martins, Jarbas Lima, José Antonio
Certifica a Secretaria Geral da Mesa, para a Almeida, José Genoíno, José Priante, José Roberto Ba-
PEC 179, de 1999, a confirmação de 188 assinaturas tochio, Luciano Bivar, Luiz Eduardo GreenhaLh, Men-
e, para a PEC 288, de 2000, 173 firmas válidas. des Ribeiro Filho, Moroni Torgan, Murilo Domingos, Nel-
É o Relatório. son Marchezan, Nelson Otoch, Ney Lopes, Paes Lan-
dim, Paulo Magalhães, Ricardo Ferraço, Roland Lavig-
11 - Voto do Relator ne, Sérgio Miranda, Vicente Arruda, Vilmar Rocha, Zu-
Nos termos do artigo 32, inciso 111, alínea b do Re- laiê Cobra, Ary Kara, Claudio Cajado, Domiciano Ca-
gimento Interno, cabe a esta Comissão manifestar-se bral, Edir Oliveira, Jairo Carneiro, Nelo Rodolfo, Osvaldo
sobre a admissibilidade das Propostas. Reis, Professor Luizinho e Wolney Queiroz.
Superado está, de plano, o quorum determinado Sala da Comissão, em 29 de agosto de 2001 . -
pelo inciso I, do artigo 60 da Carta Fundamental, legiti- Deputado Inaldo Leitão, Presidente
mando seu curso.
EMENDA ADOTADA - CCJR
As Propostas não vulneram princípios alberga-
dos pelas cláusulas pétreas, enunciadas nos incisos I Acrescente-se ao final do dispositivo proposto a
a IV do § 4° do mesmo artigo 60. expressão: NR)
Em atenção à técnica legislativa, carece a Pro- Sala da Comissão. 29 de agosto de 2001. - De-
posta de adendo formal, incluindo-se a expressão (NR) putado Inaldo Leitão, Presidente.
Agostu de 200 I DIÁRIO DA CÁMARA DOS DEPUTADOS Sexta-lÍ!ira 31 41303
*PROJETO DE LEI N" 8.606-B, DE 1986 111 - Na Comissão de Agricultura e Política Rural:
(Do Senado Federal) - parecer do relator
PLS N° 221/85 - parecer da Comissão
Dispõe sobre isenção do Imposto IV - Na Comissão de Finanças e Tributação:
Territorial Rural para propriedades até 300 - parecer do relator
hectares na Amazônia Legal, e dá outras - parecer da Comissão
providências tendo pareceres: da Comis- V - Na Comissão de Constituição e Justiça e de
são de Constituição e Justiça e de Reda- Redação:
ção, pela constitucionalidade, juridicidade - parecer do relator
e técnica legislativa (Relator: Deputado - parecer da Comissão
Mendes Ribeiro); da Comissão de Agricul-
tura e Política Rural, pela aprovação (Re- EMENDAS DE PLENÁRIO
lator: Deputado Paulo Mourão); da Comis-
EMENDA N° 1 (Do PDT)
são de Finanças e Tributação, pela apro-
vação, com emendas (Relator: Deputado "Art. 1° É isenta do pagamento do
Luiz Gushiken). Pareceres à Emenda de Imposto T err~orial Rural a gleba cuja área
Plenário: da Comissão de Defesa do Con- não exceda a 4 (quatro) módulos fiscais, des-
sumidor, Meio Ambiente e Minorias, pela de que seu proprietário não possua outro
aprovação, com subemenda (Relator: De- imóvel e a explore só ou com sua família,
putado Fábio Feldmann); da Comissão de admitida a ajuda eventual de terceiros".
Agricultura e Política Rural, pela aprova- Justificação
ção, com adoção da subemenda da Co-
missão de Defesa do Consumidor, Meio A emenda resgata a proposta inicial da Comissão
Ambiente e Minorias (Relator: Deputado de Finanças e Tributação cujo objetivo era generalizar
Giovanni Queiroz); da Comissão de Fi- para todo o território Nacional o que o PL original res-
nanças e Tributação, pela não implicação tringia apenas a Amazônia Legal. Ademais, de acordo
da matéria com aumento ou diminuição com a Lei n° 8.629/93, pequena propriedade é o imóvel
da receita ou da despesa públicas, não rural de área compreendida entre 1 (uin) e 4 (quatro)
cabendo pronunciamento quanto à ade- módulos fiscais. Além disso, apesar de que o veto pre-
quação financeira e orçamentária e, no sidencial retirou da mencionada Lei a referência a "ex-
mérito, pela rêjeição (Relator: Deputado ploração direta e pessoal pelo agricultor e sua família"
Milton Monti); e da Comissão de Constitu- pensamos que é conveniente mentê-Ia, pois assim se
ição e Justiça e de Redação, pela consti- adequa ao espírito do Art. 153, parágrafo 4° da Cons-
tucionalidade, juridicidade e técnica legis- tituição Federal.
lativa (Relator: Deputado Osvaldo Melo). Por último, suprimimos o parágrafo único que
(Às Comissões de Defesa do Consu- estava contido na emenda n° 1 (um) daquela Comis-
midor, Meio Ambiente e Minorias (Audiên- são, por prejudicialidade, uma vez que já houve a re-
cia); de Agricultura e Política Rural; de Fi- gulamentação de que tratava o mesmo.
nanças e Tributação; e de Const~uição e Of. TP. n° 24/93
Justiça e de Redação)
Brasília, em 30 de março de 1993
'Projeto inicial publicado no OCN1 de 06/12/86
- Pareceres das Comissões de Constituição e Justiça e de Redação, Senhor Presidente,
de Agricultura e Polflica Rural e de Finanças e Tributação publicados Nos termos regimentais, solicito a V. EJ<'l a gentile-
no OCN1 06/12/90. za de conceder a esta Comissão audiência do Projeto
SUMÁRIO de Lei n° 8.GOG-A/86 - Senado Federal (PLS. n°
221/85) - que "dispõe sobre isenção do Imposto Terri-
1- Emenda Oferecida em Plenário torial Rural para propriedades até 300 hectares na
11 - Na Comissão de Defesa do Consumidor, Meio Amazônia Legal, e dá outras providências", e das
Ambiente e Minorias (Audiência): emendas oferecidas em Plenário.
- parecer do relator É de amplo conhecimento da naçãoo o fato de
- subemenda oferecida pelo relator que a Floresta Amazônica vem sendo submetida a um
- parecer da Comissão processo acelerado, desordenado e, não raro, predató-
41304 Sexta-feira 31 DIÁRIO DA CÁMARA DOS DEPUTADOS Agllsto de 200 I
rio de desmatamento. A despeito dos esforços governa- O projeto recebeu parecer favorável das Comis-
mentais, e de uma significativa redução na taxa de des- sões de Constituição e Justiça e de Redação, de Agri-
matamento observada nos últimos anos, continua se cultura e Política Rural e de Finanças e Tributação,
derrubando na região cerca de 10 mil quilômetros tendo recebido, nesta última, duas emendas impor-
quadrados de florestas por ano. Isso sem contar a ex- tantes, de autoria do Deputado Luiz Gushiken:
ploração florestal seletiva, não detectada pelos satéli- A primeira estende a isenção proposta a todas
tes, que causa uma grande depredação e está, inclu- as glebas, em todo o território nacional, cuja área não
sive, ameaçando de extinção espécies valiosas como exceda a três módulos fiscais, desde que seu proprie-
o mogno. tário não possua outro imóvel e a explore só ou com
Não é necessário lembrar aqui as desastrosas sua família, admitida a ajuda eventual de terceiros.
conseqüências ecológicas, sociais e econômicas que A emenda proposta procura ajustar o projeto ao
advirão da remoção desordenada da floresta. disposto na Constituição. O § 4° do att. 153 diz que o
Diante deste quadro, não pode o poder público ITR "não incidirá sobre pequenas glebas rurais, defi-
se desfazer de nenhum instrumento de política que nidas em Lei, quando as explore, só ou com sua famí-
lhe permitia promover o desenvolvimento econômico lia, o proprietário que não possua outro imóvel". Não se
em bases sustentáveis, isto é, apoiado no uso racio- justificaria, assim, restringir a isenção apenas à Amazô-
nal e equilibrado dos recursos naturais. nia Legal. A nova redação assegura também que ape-
O imposto sobre a propriedade territorial rural, nas aqueles que forem de fato pequenos proprietários
de que trata o projeto de lei n° 8.6ü6-A/86, tem por se beneficiarão da medida.
função desestimular o mau uso da propriedade rural, A segunda emenda suprime o artigo que retirava
isto é, o uso que contrarie a sua função social. Ora, do IBAMA a faculdade de coibir os atos danosos ao
dentre os requisitos a que a propriedade rural de aten- meio ambiente praticados nas propriedades em ques-
der para cumprir com a sua função social, estabeleci- tão. A proposta não se justificaria na medida em que
dos pela Constituição Federal, inclui-se exatamente a grandes depredações podem ser cometidas indepen-
"utilização adequada dos recursos naturais disponíveis dentemente das dimensões da propriedade.
e a preservação do meio ambiente" (Art. 186, inciso 11). Uma vez aprovado nas comissões temáticas o
É preciso, portanto, analisar com cuidado de que projeto foi enviado para apreciação em Plenário. Na
forma se poderá beneficiar os pequenos proprietários ocasião o Deputado Miro Teixeira apresentou uma
na Amazônia sem no entanto, retirar do Poder Público emenda propondo a ampliação da área das proprie-
um instrumento valioso para a promoção do desen- dades beneficiadas com a isenção do ITR de três
volvimento agrário em harmonia com os princípios da para quatro módulos fiscais. Isto porque a Lei n°
conservação. 8.629/93 já estabelece que pequena propriedade é o
Certo de contar com a atenção de V. Ex a , subs- imóvel rural de área compreendida entre 1 (um) e 4
crevo-me, (quatro) módulos fiscais.
Atenciosamente, - Deputado Marco Penaforte, Neste interim, esta Comissão de Defesa do
Presidente. Consumidor, Meio Ambiente e Minorias solicitou à
presidência da Casa, nos termos regimentais, a con-
Defiro, exclusivamente, com relação às cessão de audiência para análise do mérito do projeto
Emendas de Plenário. e das emendas apresentadas em plenário.
Em 4-5-93. - Inocêncio de Oliveira,
É essencial lembrar que, na verdade, o projeto
Presidente.
em questão deveria ter sido distribuído a esta Comissão
COMISSÃO DE DEFESA DO CONSUMIDOR, desde o início da sua tramitação nesta Casa, uma vez
MEIO AMBIENTE E MINORIAS que o mesmo tem evidentes implicações na área ambi-
entaI. O projeto original, inclusive, fazia referência ex-
I - Relatório plícita ao IBDF, hoje IBAMA.
O presente projeto propõe que, na Amazônia Le- Uma vez emendado, o projeto retornou às co-
gai, as glebas de área não excedente a 300 hectares missões competentes.
sejam isentas de pagamento do Imposto Territorial É o relatório.
Rural.
11 - Voto do Relator
Além disso, retira do IBAMA o poder para punir
os respectivos proprietários no caso de infração à le- O presente projeto, na forma aprovada pelas co-
gislação ambiental. missões temáticas desta casa e submetida à aprecia-
Agosto de 2001 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 31 41305
ção do plenário, tem por objetivo regulamentar o § 4° do cumpra sua função social, o que exige, .repetimos, a
art. 153 da Constituição Federal que estabelece, como utilização ad~quada. dos recursos naturais e a preser-
dito, que o Imposto Territorial Rural não incidirá sobre vação do meio ambiente.
pequenas glebas rurais. O propósito evidente do dis- O ITR constitui, neste particular, um importa~te
positivo constitucional é proteger o pequeno produtor instrumento para assegurar que a pequena propne-
rural, diminuindo as dificuldades que o mesmo, por dade rural cumpra com sua função social, especial-
sua própria condição, tem já naturalmente que en- mente no que se refere à preservação ambiental.
frentar. Perceba-se que o ITR pode ser utilizado para in-
Por tratar de assunto de inegável importância so- centivar a preservação ambiental em dois sentidos:
cial, que responde, inclusive, a um preceito const~ucio- penalizando o produtor rural que usa mau sua propri-
nal, o presente projeto é merecedor de nossa aprova- edade, cobrando ou aumentando o valor do imposto,
ção. ou beneficiando aquele que a utiliza adequadamente,
É oportuno, porém, lembrar alguns aspectos que concedendo-lhe a isenção.
passaram despercebidos e que devem ser considera- Esta última alternativa foi a adotada na lei n°
dos com especial atenção. 8.171, de 1991, que dispõe sobre a política agrícola.
O mesmo § 4° do art. 5° da Constituição Federal O art. 104 da lei diz que: "São isentas de tributação e
que isenta as pequenas glebas rurais do ITR estabe- do pagamento do Imposto Territorial Rural as áreas
Ieee que um dos objetivos do imposto é desestimular dos imóveis rurais consideradas de preservação per-
a manutenção de propriedades improdutivas. manente é de reserva legal, previstas na lei nO 4.771,
Por improdutivas não se deve entender aqui ape- de 1965, com a nova redação dada pela lei n° 7.803,
nas as propriedades não cultivadas, mas também de 1989:'
aquelas mau utilizadas, de tal forma que sua capacida- Porém, no momento em que se isenta totalmen-
de produtiva termina sendo diminuída ou destruída. te o pequeno proprietário do pagamento do ITR, a
Toda propriedade rural, pequena ou grande, tem isenção prevista na lei Agrícola deixa de funcionar,
uma função social. A Constituição Federal estabele- neste caso, como um estímulo para a manutenção
ce, no art. 186, que "a função social é cumprida quan- das áreas de preservação permanente e da reserva
do a propriedade rural atende, simultaneamente, se- legal da propriedade.
gundo critérios e graus de exigência estabelecidos Entendemos, portanto, que a concessão de
em lei", alguns requisitos, dentre os quais o seguinte: isenção do ITR àpequena propriedade rural deve ser
"utilização adequada dos recursos naturais disponí- condicionada ao cumprimento de alguns requisitos
veis e preservação do meio ambiente" (inciso 11). de natureza ambiental. Mesmo porque, o propósito
Um dos instrumentos para assegurar que a pro- dos regulamentos ambientais é assegurar que a pro-
priedade rural cumpra sua função social é a desapropri- priedade rural, que constitui o meio de subsistência
ação. O art. 184 da Const~uição diz, textualmente que: do homem do campo, se mantenha produtiva. O que
"Compete à União desapropriar por interesse social, se pretende com a utilização criteriosa do ITR, como
para fins de reforma agrária, o imóvel rural que não es- instrumento de política ambiental, é o mesmo preten-
teja cumprindo sua função social". dido pelo legislador constituinte ao determinar a isen-
Acontece, porém, que a pequena propriedade ru- ção, isto é, assegurar melhores condições de vida
ral é "insusceptível de desapropriação para fins de refor- para o pequeno produtor rural.
ma agrária" (art. 185, I). Isto é, o Poder Público não dis- Estamos propondo, assim, que a isenção do ITR
põe deste instrumento para assegurar que a pequena para as pequenas propriedades rurais esteja condici-
propriedade rural cumpra com sua função social. onada à manutenção das áreas de preservação
O mesmo acontece com a propriedade média e
permanente e da reserva legal da propriedade,
a propriedade produtiva, que também são insusceptí- conforme o disposto no Código Florestal (lei n0
veis de desapropriação. A Constituição, neste último
caso, diz que "A Lei (...) fixará normas para o cumpri- 4.271, de 15 de setembro de 1965).
mento dos requisitos relativos à sua função social". Nosso voto, portanto, é pela aprovação da
Embora o texto se refira explicitamente à propriedade emenda apresentada em plenário ao Projeto de lei nO
produtiva, é lícito deduzir que o mesmo se aplica às pe- 8.606-N86, de autoria do Deputado Miro Teixeira, po-
quenas propriedades, tanto quanto às médias. rém na forma da subemenda apresentada em anexo.
Isto é, é necessário que a lei fixe normas específi- Sala da Comissão, 30 de junho de 1993. -
cas para a pequena propriedade rural para que esta Deputado Fábio Feldmann, Relator.
41306 Sexla-fcira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agusto de 2001
SUBEMENDA Além disso, o ilustre parlamentar, suprime pará-
grafo único do art. P, apresentado pela Comissão de Fi-
Acrescente-se ao art. 1° do projeto 8.606/93,
nanças e Tributação, uma vez que já houve a regula-
conforme redação dada pela emenda de plenário n° 1,o
mentação do assunto nele contido.
seguinte parágrafo único:
A Comissão de Defesa do Consumidor, Meio
"Art. 1° . Ambiente e Minorias solicitou à Presidência da Casa
Parágrafo único. A isenção de que trata audiência para analisar o projeto, no que foi atendida
esta lei está condicionada à manutenção das apenas quanto à emendas de Plenário:
áreas de preservação permanente e da re- Esta Comissão aprovou a emenda de Plenário
serva legal da propriedade, previstas na Lei
após enfatizar a imnportância do ITR como instru-
n° 4.771, de 1965, com a nova redação
mento par incentivar a pequena progriedade a cum-
dada pela Lei n° 7.803, de 1989".
prir com sua função social, especialmente quanto à
Sala da Comissão, 30 de junho de 1993. - De- preservação ambiental apresentando-lhe uma sube-
putado Fábio Feldmann, Relator. menda em que acrescenta ao art. 1° um parágrafo
único do seguinte teor:
11I - Parecer da Comissão
"Parágrafo único. A isenção de que
A Comissão de Defesa do Consumidor, Meio
trata esta lei está condicionada à manuten-
Ambiente e Minorias, em reunião ordinária realizada
ção das áreas de preservação permanente e
hoje, opinou, unanimemente, pela aprovação da
da reserva legal da propriedade, previstas n°
Emenda Oferecida em Plenário ao Projeto de Lei n°
Lei n° 4.771, de 1965, com a nova redação
8.606-A/86, nos termos do Parecer do Relator, com
dada pela Lei n° 7.803, de 1989."
submenda.
Estiveram presentes os Senhores Deputados É o relatório.
Marco Pena forte, Presidente, Luciano Pizzatto e Mau-
11- Voto do Relator
rício Calixto, Vice-Presidentes, Virmondes Cruvinel,
lila Bezerra, Amaral Netto, Telmo Kirst, Aroldo Coes, É atribuição deste órgão técnico manifestar sobre
Tuga Angerami, Sandra Starling, Euclides Mello, So- o mérito da Emenda de Plenário, do Deputado Miro Tei-
corro Comes, Sidney de Miguel, Rita Camata, Valdir xeira. Sob esse aspecto, entendemos que essa propo-
Collatto, Avelino Costa, Elias Murad e José Fortunati. sição merece nossa aprovação, mas com a subemen-
Sala da Comissão, 27 de outubro de 1993. - da da Comissão de Defesa do Consumidor, Meio
Deputado Marco Penaforte, Presidente, Deputado Ambiente e Minorias.
Fábio Feldmann, Relator. Concordamos com essa Comissão quando ale-
COMISSÃO DE AGRICULTURA ga a necessidade de se fixar normas que garantam o
E POLíTICA RURAL cumprimento da função social da pequena proprieda-
de, vez que ela é insusceptível de desapropriação. E
I - Relatório
os regulamentos ambientais realmente têm o propósi-
A presente proposta, aprovada pelo Senado Fe- to de assegurar a subsistência humana.
deral, tem por objetivo isentar as propriedades de até Parece-nos, pois, que é necessário utilizar ITR
300 ha do Imposto Territorial rural, quando situadas na criteriosamente para que o pequeno proprietário rural
Amazônia Legal, retirando do IBAMA o poder de polí-
possa manter as áreas de preservação permanente e
cia sobre elas.
de reserva legal a seu próprio benefício e de sua famí-
O projeto recebeu parecer favorável nas Comis-
lia.
sões de Constituição e Justiça e de Redação, de Fi-
nanças e Tributação com duas emendas e nesta. Pelo Exposto, somos pela aprovação da Emen-
da de Plenário, apresentada pelo Deputado Miro Tei-
Aprovado nos órgãos técnicos da Casa, o proje-
to foi encaminhado para apreciação do Plenário, onde xeira, ao Projeto de Lei n° 8.606-A/86, com a subemen-
recebeu uma emenda do Deputado Miro Teixeira am- da da Comissão de Defesa do Consumidor, Meio Ambi-
pliando a área das glebas a serem beneficiadas com ente e Minorias.
a isenção do ITR de três para quatro módulos fiscais, Sala da Comissão, 27 de abril de 1994. - Deputa-
para adequá-lo à Lei n° 8.629/93. do Giovanni Queiroz, Relator.
Agosto de 200! DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Scxta-lcira 31 41307
111 - Parecer da Comissão Rural. Em relação à imunidade garantida pelo art.
153, § 4° da Constituição Federal, ela está agora
A Comissão de Agricultura e Política Rural, em
Reunião Ordinária realizada hoje, opinou, por unanimi- estabelecida em hectares, de acordo com o art. 2°
da Lei n° 9.393, de 19 de dezembro de 1996.
dade, pela aprovação da Emenda oferecida em Ple-
nário ao Projeto de Lei nO 8.606-A, de 1986, com ado- Portanto, a aprovação da emenda, dando isen-
ção da Subemenda da Comissão de Defesa do Con- ção por módulos fiscais, ficaria sem parâmetros de
sumidor, Meio Ambiente e Minorias, nos termos do quantificação, mostrando-se mesmo inócua, assim
Parecer do Relator, Deputado Giovanni Queiroz. como o projeto de lei.
Estiveram presentes os Senhores Deputados: Diante do exposto, somos pela não implicação
Nelson Marquezelli - Presidente, Adauto Perei- da matéria em aumento ou diminuição da receita ou
ra, Aldo Pinto, Amo Magarinos, Aroldo Cedraz, Aveli- da despesa pública, não cabendo pronunciamento
no Costa, Beraldo Boaventura, Carlos Cardinal, De- quanto à adequação financeira e orçamentária, e, no
jandir Dalpasquale, Deni Schwartz, Etevalda G. de mérito, votamos pela rejeição da emenda de Plenário
Menezes, Francisco Coelho, Giovanni Queiroz, Hélio n° 1 ao Projeto de Lei n° 8.606-A, de 1986.
Rosas, Hugo Biehl, Ivo Mainardi, Jonas Pinheiro, Luiz Sala da Comissão, em de 2001. - Deputado Mil-
Girão, Maviael Cavalcanti, Moacir Micheletto, Naphta- ton Monti, Relator.
li Alves de Souza, Odacir Klein, Pascoal Novaes, Pedro
Abrão, Pedro Tonelli, Roberto Torres, Romel Anísio, Ro- 111 - Parecer da Comissão
naldo Caiado, Rose de Freitas, Tadashi Kuriki, Valdir
A Comissão de Finanças e Tributação, em reunião
Colatto, Victor Faccioni, Waldir Guerra e, ainda, João
ordinária realizada hoje, opinou, unanimemente, pela
Tota, José Aldo, José Rezende, Roberto Balestra e Wil-
não implicação da matéria com aumento ou diminuição
son Moreira.
da receita ou da despesa públicas, não cabendo pro-
Sala da Comissão, 11 de maio de 1994. - Depu- nunciamento quanto a adequação financeira e orça-
tado Nelson Marquezelli, Presidente. - Deputado Gio- mentária e, no mérito, pela rejeição da Emenda de
vanni Queiroz, Relator. Plenário ao Projeto de Lei nO 8.606-A/86, nos termos
COMISSÃO DE FINANÇAS E TRIBUTAÇÃO do parecer da relator, Deputado Milton Monti.
Estiveram presentes os Senhores Deputados
I - Relatório
Jorge Tadeu Mudalen, Presidente em exercício; José
Indo a Plenário, o Projeto de Lei n° 8.606-A, de Carlos Fonseca Jr. e José Pimentel, Vice-Presiden-
1986, recebeu emenda propondo a seguinte redação tes; Félix Mendonça, José Militão, Sampaio Dória,
para o art. 1°: Sebastião Madeira, Sílvio Torres, Chico Sardelli, João
Carlos Bacelar, Jorge Khoury, Pauderney Avelino,
"Art. 1° É isenta do pagamento do
Armando Monteiro, João Eduardo Dado, Milton Monti,
Imposto Territorial Rural a gleba cuja área
Pedro Novais, Carlito Merss, João Coser, Ricardo
não exceda a 4 (quatro) módulos fiscais,
Berzoini, Edinho Bez, Enivaldo Ribeiro, Fetter Júni-
desde que seu proprietário não possua ou-
tro imóvel e a explore só ou com sua famí- or, João Mendes, Pedro Eugênio, Eujácio Simões,
lia, admitida a ajuda eventual de terceiros." Roberto Argenta, Luiz Carlos Hauly, Antonio Cam-
braia, Walfrido Mares Guia, Juquinha, Nice Lobão,
É o relatório. Osório Adriano e Emerson Kapaz.
11- Voto do Relator Sala da Comissão, em 29 de agosto de 2001. -
Deputado Jorge Tadeu Mudalem - Presidente em
Cabe a esta Comissão, além do exame do exercício.
mérito, apreciar a proposição quanto à sua compati-
bilidade e adequação com o plano plurianual, a lei de COMISSÃO DE CONSTITUiÇÃO E
diretrizes orçamentárias e o orçamento anual. JUSTiÇA E DE REDAÇÃO
O projeto volta a esta Comissão, onde já havia
I - Relatório
sido aprovado, com emendas, em 1990. Tanto o proje-
to aprovado por esta Comissão, quanto a emenda de Trata-se de emenda oferecida em Plenário ao
Plenário, estabelecem limites de isenção por mó- Projeto de Lei n° 8606, de 1986, propondo alteração,
dulos fiscais, sistemática que já não é mais adota- de três para quatro módulos fiscais, da área máxima
da no âmbito da legislação do Imposto Territorial das glebas a serem beneficiadas com a isenção do
41308 Séxta-\cira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS A\.(oslo dé 2001

ITR. A emenda propõe, ainda, supressão do parágrafo randa, Euclydes Mello, Armando Viola, Fernando Diniz,
único do art. 10 do projeto. Mário Chermont, Liberato Caboclo, José Genoíno, Nil-
Na justificação apresentada, observa o Autor que mério Miranda, Israel Pinheiro e Edi Siliprandi.
a Lei na 8.62Q/93 definiu como pequena propriedade o Sala da Comissão, 14 de abril de 1994. - Depu-
imóvel rural de área compreendida entre um e quatro tado José Thomaz Nonõ, Presidente. - Deputado
módulos fiscais, devendo ser alterado o limite cons- Osvaldo Melo, Relator.
tante do caput do art. 10 De outra parte, o parágrafo
único do art. 10 teria perdido sua razão de ser com a *PROJETO DE LEI N"3.561-A, DE 1997
(Do Sr. Paulo Paim)
promulgação da referida Lei, devendo ser suprimido.
É o relatório. Dispõe sobre o Estatuto do Idoso e
dá outras providências: tendo parecer:
11 - Voto do Relator
da Comissão Especial, pela constitucio-
A esta Comissão compete examinar a constitucio- nalidade, juridicidade, boa técnica legis-
nalidade, juridicidade e técnica legislativa da proposi- lativa e, no mérito, pela aprovação, deste
ção, nos termos regimentais. e dos de nOs 183/99, 942199, 2.420/00,
A emenda atende aos requisitos constitucionais 2.421/00, 2.426/00, 2.427/00 e 2.638/00,
relativos à competência legislativa da União, às atri- apensados, com substitutivo. (Relator:
buições do Congresso Nacional e à legitimidade da Deputado Silas Brasileiro).
iniciativa parlamentar ( cf.arts. 22, 48 e 61 da Consti- 'Projeto inicial publicado no OCO de 16/10/99
tuição Federal). Projetos apensados: PL 183199 (OCO de 20/03199); PL 942/99 (OCO
A técnica legislativa utilizada é adequada, não de 09/06/99)

havendo reparos a serem feitos à redação. SUMÁRIO


Isto posto, nosso voto é pela constitucionalidade,
juridicidade e boa técnica legislativa da Emenda de PARECER DA COMISSÃO ESPECIAL
Plenário na 1, oferecida ao Projeto de Lei na 8.606/86. I - Projeto inicial
É O parecer. 11 - Projetos apensados sem publicação no OCO:
Sala da Comissão, 6 de abril de 1994. - Deputa- PLs nOs, 2.420/00, 2.421/00, 2.426/00, 2.427/00 e
do Osvaldo Melo, Relator. 2.638/00
111- Na Comissão Especial:
111 - Parecer da Comissão - parecer do relator
A Comissão de Constituição e Justiça e de Reda- - substitutivo oferecido pelo relator
ção, em reunião ordinária realizada hoje, opinou unani- - parecer da Comissão
memente pela constitucionalidade, juridicidade e técni- - substitutivo adotado pela Comissão
ca legislativa da Emenda oferecida em Plenário ao
Projeto de Lei na 8.606-A/86, nos termos do parecer PROJETO DE LEI N" 2.420, DE 2000
do Relator. . (Do Sr. Lamartine Poselia)
Estiveram presentes os Senhores Deputados: Dispõe sobre o monitoramento e a
José Thomaz Nonô - Presidente, José Dutra, supervisão das entidades responsáveis
Vil mar Rocha e Carlos Kayath - Vice-Presidentes, por idosos carentes e pelo bem estar de
Ary Kara, José Natal, José Luiz Clerot, Mendes Ribei- seus assistidos.
ro, Nelson Jobim, Nestor Duarte, Vaner Pereira, Antô- (Apense-se ao Projeto de Lei n° 3.561,
nio dos Santos, Délio Braz, Ivan Burity, Maurício Calix- de 1997.)
to, Maurício Najar, Ney Lopes, Tony Gel, Tourinho Dan-
tas, Cerson Peres, Ibrahim Abi-Ackel, José Burnett, O Congresso Nacional decreta:
José Maria Eymael, Osvaldo Melo, Prisco Viana, Vasco Art. 1° O capítulo 111, da Lei n° 8.842, de 4 de janei-
Furlan, Edmundo Galdino, José Abrão, Luiz Máximo, ro de 1994, passa a vigorar acrescido do Artigo 9°
Moroni Torgan, Sigmaringa Seixas, Benedito Domin-
CAPíTULO 111
gos, Edison Fidélis, Marcos Medrado, Valdenor Gue-
Da Organização e Gestão
des, Benedito de Figueiredo, Paulo Ramos, Edésio Pas-
sos, Helvécio Castello, Bonifácio de Andrada, Oscar Art. 9° Compete ao município, por intermédio do
Travasses, Robson Tuma, Roberto Franca, Sérgio Mi- Conselho Municipal de Assistência Social, o monitora-
Agoslo de 2001 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-Ieira 31 41309
mento e a supervisão das entidades responsaveis por encontra. E a sociedade local que deve zelar por seus
idosos carentes e pelo bem-estar de seus assistidos. idosos. De nossa pane, a aprovação desta lei, ja repre-
Parágrafo Primeiro - A entidade que descumprir sentaria um grande avanço e, para isso, conto com o
a política nacional do idoso ou que estiver em desa- apoio dos Estimados Companheiros Parlamentares.
cordo com as normas do Conselho Nacional do Idoso, Sala das Sessões, 9 de fevereiro e 200. -
estará sujeita as penas da lei. Deputado Lamartine Posella.
Parágrafo Segundo - Em caso de negligência
LEGISLAÇÃO CITADA ANEXADA PELA
por parte do município, o assunto ficará a cargo do
COORDENAÇÃO DE ESTUDOS LEGISLATIVOS -
Conselho Estadual de Assistência Social que, num
CeDI
prazo de 24 horas, destituirá a diretoria, colocando
outra, internamente, até que a normalidade seja res- LEI N° 8.842, DE 4 DE JANEIRO DE 1994
tabelecida.
Dispõe sobre a Política Nacional do
Art. 2° Esta lei entra em vigor na data de sua pu-
Idoso, Cria o Conselho Nacional do Idoso
blicação.
e da outras Providências.
Art. 3° Revogam-se as disposições em contrário.
O Presdente Da República,
Justificação Faco saber cue o Congresso Nacional decreta e
Dentro dos critérios de modernidade e de iustica eu sanciono a seguinte lei:
social. buscamos um modelo assistencial onde cada
família tomara conta dos seus idosos, ou então, aque- CAPíTULO I
les que não têm família própria, seriam adotados por
Da Finalidade
outra, que lhe compensasse o amor, a atenção, o cari- Art. 1° A pol ítica nacional do idoso tem por objetivo
nho, enfim, que lhes suprisse todas as necessidades assegurar os direitos sociais do idoso, criando condi-
sócio-econômicas, seguindo os belos exemplos que ções para promover sua autonomia, intenção e parti-
temos em alguns Países do oriente, onde a presença cipação efetiva na sociedade.
de um "velhinho" dentro de casa, sugnifica luz, sabe- Art. 2° Considera-se idoso, para os efeitos desta
doria e paciência. E paciência como regra número 1 lei, a pessoa maior de sessenta anos de idade.
da sabedoria. Onde os jovens cultuam desde tenra
idade, o respeito e o aconselhamento com seus an- CAPíTULO 11
ciãos em busca de paz, equilíbrio e estabilidade emo- Dos Princípios e das Diretrizes
cionaI. SEÇÃO I
Neste ponto, desejo questionar o Governo, o Dos Princípios
Congresso Nacional e toda a sociedade brasileira so-
bre como estão sendo notados os nossos país, os Art. 3° A política nacional do idoso reger-se-á pe-
nossos avos, os nosso tios, o nosso vizinho idoso? los seguintes princípios:
Estaremos nos cumprindo o sagrado dever de ampa- I - a família. a sociedade e o estado têm o dever
rá-los ou estamos jogando-os em depósitos fétidos, de assegurar ao idoso todos os direitos da cidadania,
sem alimentação adequada, sem remédios, sem higi- garantindo sua participação na comunidade, defen-
ene, sem amor, sem carinho? dendo sua dignidade, bem-estar e o direito à vida.
É urgente que os nossos filhos tomem conheci- 11 - o processo de envelhecimento diz respeito á
mento da gravidade desta questão social, porque sociedade em geral. devendo ser objeto de conheci-
amanhã, os velhos seremos nos. mento e informação para todos:
Em visita a algumas entidades asilares consta- 111 - o idoso não deve sofrer discriminação de
tei pessoalmente, o precário nível de atendimento e a qualquer natureza.
falta de higiene, sem falar na ausência total de uma in- IV - o idoso deve ser o principal ausente e o
fra-estrutura mínima, que dê um pouco de conforto a destinatário das transformações a serem efetivadas
esses nossos irmãos. através desta política;
Não é daqui, de dentro deste Plenário ou de V - as diferenças econômicas, sociais, regionais
dentro do Palácio do Planalto, que conseguiremos mo- e, particularmente, as contradições entre o meio rural e
nitorar um pequeno quarto de asilo, onde estão deposi- o urbano do Brasil deverão ser observadas pelos pode-
tados vários seres humanos, a espera de atenção. Esta res públicos e pela sociedade em geral. na aplicação
obrigação a rigor, cabe a localidade onde o problema se desta lei.
4131 () SexUl-lCira 31 DIÁRIO DA CÀMAIU\ DOS DEPUTADOS Agosto d..: 2()()1
SEÇÃO 11 Art. 7° Compete aos conselhos de que trata o
Das Diretrizes artigo anterior a fornulacão, coordenacão, supervisão e
avaliação da política nacional do idoso, no âmbito das
Art. 4° Constituem diretrizes da política nacional
respectivas instâncias político-administrativas.
do idoso:
Art. 8° À União, por intermédio do ministério res-
1- viabilizacão de formas alternativas de partici-
ponsável pela assistência e promoção social, compe-
pação, ocupação e Convívio do idoso, que proporcio-
te:
nem sua integração às demais gerações;
I - coordenar as ações relativas à política nacio-
11- participação do idoso, através de suas orga-
nal do idoso;
nizações representativas, na formulação, implemen-
tação e avaliação das políticas, planos, programas e II - participar na formulação, acompanhamento
projetos a serem desenvolvidos; e avaliação da política nacional do idoso;
111 - priorização do atendimento ao idoso atra- 111- promover as articulacões intraministeriais e
interministeriais necessárias à implementação da
vés de suas próprias famílias, em detrimento do aten-
dimento asilar, à exceção dos idosos que não possu- política nacional do idoso;
am condições que garantam sua própria sobrevivên- IV - (vetado;)
cia; V - elaborar a proposta orçamentária no âmbito
IV - descentralização político-administrativa; da promoção e assistência social e submetê-Ia ao
Conselho Nacional do Idoso.
V - capacitação e reciclagem dos recursos hu-
manos nas áreas de geriatria e gerontologia e na Parágrafo único. Os ministérios das áreas de saú-
prestação de serviços; de, educação, trabalho, previdência social, cultural es-
porte e lazer devem elaborar proposta orçamentária no
VI- implementação de sistema de informações
âmbito de suas competências, visando ao financia~en­
que permita a divulgação da política, dos serviços
to de programas nacionais compatíveis com a política
oferecidos, dos planos, programas e projetos em
nacional do idoso.
cada nível de governo;
Art. 9° (Vetado.)
VII - estabelecimento de mecanismos que favo-
reçam a divulgação de informações de caráter educa- Parágrafo único. (Vetado.)
tivo sobre os aspectos biopsicossociais do envelheci- CAPíTULO IV
mento; Das Ações Governamentais
VIII - priorização do atendimento ao idoso em
Art. 10. Na implementação da política nacional do
órgãos públicos e privados prestadores de serviços,
idoso, são competências dos órgãos e entidades pú-
quando desabrigados e sem família;
blicos:
IX - apoio a estudos e pesquisas sobre as ques-
I - na área de promoção e assistência social:
tões relativas ao envelhecimento.
a) prestar serviços e desenvolver ações voltadas
Parágrafo único. É vedada a permanência de
para o atendimento das necessidades básicas do ido-
portadores de doenças que necessitem de assistên-
so, mediante a participação das famílias, da socieda-
cia médica ou de enfermagem permanente em institui-
de e de entidades governamentais e não-governa-
ções asilares de caráter social.
mentais;
CAPíTULO 111 b) estimular a criação de incentivos e de alternati-
Da Organização e Gestão vas de atendimento ao idoso, como centros de convi-
Art. 5° Competirá ao órgão ministerial responsável vência, centros de cuidados diurnos, casas-lares. ofi-
cinas abrigadas de trabalho, atendimentos domiciliares
pela assistência e promoção social a coordenação geral
da política nacional do idoso, com a participação dos e outros;
conselhos nacionais, estaduais, do Distrito Federal e c) promover simpósios, seminários e encontros
municipais do idoso. específicos;
Art. 6° Os conselhos nacional, estaduais, do d) planejar, coordenar, supervisionar e financiar
Distrito Federal e municipais do idoso serão órgãos estudos, levantamentos, pesquisas e publicações so-
permanentes paritátrios e deliberativos, compostos, bre a situação social do idoso;
por igual número de representantes dos órgãos e enti- e) promover a capacitação de recursos para
dades públicas e de organizações representativas da atendimento ao idoso.
sociedade civil ligadas a área. 11 - na área de saúde:
i\g,oslo d.: 200 I DIÁRIO Di\ CÂMARA DOS DEPUTi\DOS Scxta-lcira31 41311
a) garantir ao idoso a assistência à saúde, nos V - na área de habitação e urbanismo:
diversos níveis de atendimento do Sistema Único de a) destinar, nos programas habitacionais, unida-
Saúde; des em regime de comodato ao Idoso, na modalidade
b) prevenir, promover, proteger e recuperar a sa- de casas-lares;
úde do idoso, mediante programas e medidas profilá- b) incluir nos programas de assistência ao idoso
ticas; formas de melhoria de condicões de habitabilidade e
c) adotar e aplicar normas de funcionamento às adaptação de moradia, considerando seu estado físi-
instituições geriátricas e similares, com fiscalização co e sua independência de locomoção;
pelos gestores do Sistema Único de Saúde; c) elaborar critérios que garantam o acesso da
d) elaborar normas de serviços geriátricos hos- pessoa idosa à habitação popular;
pitalares; d) diminuir barreiras arquitetônicas e urbanas;
e) desenvolver formas de cooperação entre as
VI - na área de justiça:
Secretarias de Saúde dos Estados, do Distrito Fede-
ral, e dos Municípios e entre os Centros de Referência a) promover e defender os direitos da pessoa
em Geriatria e Gerontologia para treinamerno de equi- idosa;
pes interprofissionais; b) zelar pela aplicação das normas sobre o ido-
f) incluir a Geriatria como especialidade clínica so determinando ações para evitar abusos e lesões a
para efeito de concursos públicos federais, estaduais, seus direitos;
do Distrito Federal e municipais; VII - na área de cultura, esporte e lazer:
g) realizar estudos para detectar o caráter epide-
a) garantir ao idoso a participação no processo de
miológico de determinadas doenças do idoso, com
vistas à prevenção, tratamento e reabilitação; e produção, reelaboração e fruição dos bens culturais;
h) criar serviços alternativos de saúde para o b) propiciar ao idoso o acesso aos locais e even-
idoso. tos culturais, mediante preços reduzidos, em âmbito
111 - na área de educação: nacional;
a) adequar currículos, metodologias e material c) incentivar os movimentos de idosos a
didático aos programas educacionais destinados ao desenvolver atividades culturais;
idoso; d) valorizar o registro da memória e a transmis-
b) inserir nos currículos mínimos, nos diversos são de informações e habilidades do idoso aos mais
níveis do ensino formal, conteúdos voltados para o jovens, como meio de garantir a continuidade e a iden-
processo de envelhecimento, de forma a eliminar pre-
tidade cultural;
conceitos e a produzir conhecimentos sobre o assunto:
c) incluir a Gerontologia e a Geriatria como dis- e) incentivar e criar programas de lazer, esporte
ciplinas curriculares nos cursos superiores; e atividades físicas que proporcionem a melhoria da
d) desenvolver programas educativos, especial- qualidade de vida do idoso e estimulem sua participa-
mente nos meios de comunicação, a fim de informar a ção na comunidade.
população sobre o processo de envelhecimento; § 1° É assegurado ao idoso o direito de dispor de
e) desenvolver programas que adotem modali- seus bens, proventos, pensões e benefícios, salvo
dades de ensino à distância adequados às condições nos casos de incapacidade judicialmente comprova-
do idoso; da.
f) apoiar a criação de universidade aberta para a § 2° Nos casos de comprovada incapacidade do
terceira idade, como meio de universalizar o acesso idoso para gerir seus bens, ser-Ihe-á nomeado Cura-
às diferentes formas do saber. dor especial em juízo.
IV - na área de trabalho e previdência social: § 3° Todo cidadão tem o dever de denunciar à au-
a) garantir mecanismos que impeçam a discri- toridade competente qualquer forma de negligência ou
minação do idoso e aumento e a sua participação no desrespeito ao idoso.
mercado de trabalho, no setor público e privado;
CAPíTULO V
b) priorizar o atendimento do idoso nos benefícios
previdenciários; Do Conselho Nacional
c) criar e estimular a manutenção de programas Art. 11. (Vetado.)
de preparação para aposentadoria nos setores públi- Art. 12. (Vetado.)
co e privado com antecedência mínima de dois anos Art. 13. (Vetado.)
antes do afastamento; Art 14. (Vetado.)
DIÁRIO DA CÁMARA DOS DEPUTADOS AgllSlo de 200\
Art. 15. (Vetado.) do assim uma grave lacuna a ser urgentemente pre-
Art. 16. (Vetado) enchida, razão do presente projeto de lei.
Art. 17. (Vetado.) Em análise muito simples, verificamos que a saú-
Art. 18. (Vetado.) de bucal tem que fazer parte deste contexto, com vis-
tas à prevencão, tratamento e reabilitação dentária,
CAPíTULO VI pois é justamente na terceira idade que o problema se
Das Disposições Gerais agrava.
Quanto a relevância e o grande alcance social
Art. 19. Os recursos financeiros necessários à im-
desta proposição, são dispensáveis quaisquer co-
plantação das ações afetas às áreas de competência mentários. Conto apenas com o julgamento e o apoio
dos governos federal, estaduais, do Distrito Federal e dos Nobres Parlamentares.
municipais serão consignados em seus respectivos Sala das Sessões, 9 de fevereiro de 2000.
orçamentos.
Art. 20. O Poder Executivo regulamentará esta LEGISLAÇÃO CITADA ANEXADA PELA
lei no prazo de sessenta dias, a partir da data de sua COORDENAÇÃO DE ESTUDOS LEGISLATlVOS-
publicação. CeDI
Art. 21. Esta lei entra em vigor na data de sua lEI N° 8.842, DE 4 DE JANEIRO DE 1994
publicação.
Dispõe sobre a Política Nacional do
Art. 22. Revogam-se as disposições em contrá-
Idoso, Cria o Conselho Nacional do Idoso
rio.
e dá outras Providências.
Brasilia 4 de janeiro de 1994, 173° da Indepen-
dência e 106° da República. O Presidente da República
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e
PROJETO DE LEI ~ 2.421 , DE 2000
eu sanciono a seguinte lei:
(Do Sr. lamartine Poselia)
Acrescenta alínea ao inciso 11 do art. CAPíTULO I
10, da Lei n° 8.842, de 4 de janeiro de 1994, Da Finalidade
Criando a assistência médico-odontológi- Art. 10 A pol ítica nacional do idoso tem por objetivo
ca gratuita à pessoa idosa. assegurar os direitos sociais do idoso, criando condi-
(Apense-se ao Projeto de lei n° 3.561, ções para promover sua autonomia, integração e par-
de 1997.) ticipação efetiva na sociedade.
O Congresso Nacional decreta: Art. 2° Considera-se idoso, para os efeitos desta
Art. 1° Acrescente-se ao Inciso 11, do Art. 100, da lei, a pessoa maior de sessenta anos de idade.
lei n° 8.842, de 4 de janeiro de 1994, a seguinte alínea: CAPíTULO 11
Art. 10° .. Dos Princípios e das Diretrizes
11- . SEÇÃO I
i) prestar atendimento médico-odontoló- Dos Princípios
gico gratuito a pessoa idosa, em toda rede de
atendimento do Sistema Único de Saúde. Art. 30 A política nacional do idoso reger-se-á pe-
los seguintes princípios:
Art. 2° O Poder Executivo regulamentará esta 1- a família, a sociedade e o estado têm o dever
lei no prazo de 60 dias, a partir da data de sua publi- de assegurar ao idoso todos os direitos da cidadania,
cação. garantindo sua participação na comunidade, defen-
Art. 3° Esta lei entra em vigor na data de sua pu- dendo sua dignidade, bem-estar e o direito à vida;
blicação 11 - o processo de envelhecimento diz respeito à
Art. 4° Revogam-se as disposições em contrário. sociedade em geral, devendo ser objeto de conheci-
Justificação mento e informação para todos;
111 - o idoso não deve sofrer discriminação de
A lei n° 8.842, de 4 de janeiro de 1994, que dis-
põe sobre a política nacional do idoso, cria o Conse- qualquer natureza;
lho Nacional do Idoso e dá outras providências, em IV - o idoso deve ser o principal agente e o des-
seu art. 1° inciso 11, que trata da área da saúde, não tinatário das transformações a serem efetivadas
menciona o atendimento odontológico ao idoso, deixan- através desta política;
Agosto de 200 I DIÁRIO DA CÂMARA DOS IWPUTADOS Sexta-li:ira 31 41313
v- as diferenças econômicas, sociais, regionais e Art. 6° Os conselhos nacional, estaduais, do
particularmente, as contradições entre o meio rural e o Distrito Federal e municipais do idoso serão órgãos
urbano do Brasil deverão ser observadas pelos poderes permanentes, paritários e deliberativos, compostos
públicos e pela sociedade em geral, na aplicação desta por igual número de representantes dos órgãos e en-
lei. tidades públicas e de organizações representativas
da sociedade civil ligadas à área.
SEÇÃO 11
Art. 7° Compete aos conselhos de que trata o ar-
Das Diretrizes
tigo anterior a formulação, coordenação, supervisão e
Art. 4° Constituem diretrizes da política nacional avaliação da política nacional do idoso, no âmbito das
do idoso: respectivas instâncias político-administrativas.
1- viabilização de formas alternativas de partici- Art. 8° À União, por intermédio do ministério res-
pação, ocupação e convívio do idoso, que proporcio- ponsável pela assistência e promoção social compe-
nem sua integração às demais gerações; te:
11- participação do idoso, através de suas orga- I - coordenar as ações relativas à política nacio-
nizações representativas, na formulação, implemen- nal do idoso;
tação e avaliação das políticas, planos, programas e 11 - participar na formulação, acompanhamento
projetos a serem desenvolvidos; e avaliação da política nacional do idoso;
111 - priorização do atendimento ao idoso 111 - promover as articulações intraministeriais e
através de suas próprias famílias, em detrimento do interministeriais necessárias à implementação da po-
atendimento asilar, à exceção dos idosos que não lítica nacional do idoso;
possuam condições que garantam sua própria sobre- IV - (vetado;)
vivência; V - elaborar a proposta orçamentária no âmbito
IV - descentralização político-administrativa; da promoção e assistência social e submetê-Ia ao
V - capacitação e reciclagem dos recursos hu- Conselho Nacional do Idoso.
manos nas áreas de geriatria e gerontologia e na Parágrafo único. Os ministérios das áreas de saú-
prestação de serviços; de, educação, trabalho, previdência social, cultura, es-
VI - implementação de sistema de informações porte e lazer devem elaborar proposta orçamentária, no
que pertnita a divulgação da politica. dos serviços ofe- âmbito de suas competências, visando ao financia-
recidos. dos planos. programas e projetos em cada ni- mento de programas nacionais compatíveis com a
vel de governo; política nacional do idoso.
VII - estabelecimento de mecanismos que favo- Art. 9° (Vetado.)
reçam a divulgação de informações de caráter educa- Parágrafo único. Vetado.
tivo sobre os aspectos biopsicossociais do envelheci-
CAPíTULO IV
mento;
Das Ações Governamentais
VIII - priorizaçào do atendimento ao idoso em
órgãos públicos e privados prestadores de servicos. Art. 10. Na implementação da política nacional do
quando desabrigados e sem família; idoso, são competências dos órgãos e entidades pú-
IX - apoio a estudos e pesquisas sobre as ques- blicos:
tões relativas ao envelhecimento. 1- na área de promoção e assistência social:
Parágrafo único. É vedada a permanência de a) prestar serviços e desenvolver ações volta-
portadores de doenças que necessitem de assistência das para o atendimento das necessidades básicas do
médica ou de enfermagem permanente em instituições idoso, mediante a participação das familias, da socieda-
asilares de caráter social. de e de entidades governamentais e não-governamen-
tais;
CAPíTULO 111 b) estimular a criação de incentivos e de alternati-
Da Organização e Gestão vas de atendimento ao idoso, como centros de convi-
Art. 5° Competirá ao órgão ministerial respon- vência, centros de cuidados diurnos, casas-lares, ofi-
sável pela assistência e promoção social a coorde- cinas abrigadas de trabalho, atendimentos domiciliares
nação geral da política nacional do idoso, com a parti- e outros;
cipação dos conselhos nacionais, estaduais, do c) promover simpósios, seminários e encontros
Distrito Federal e municipais do idoso. específicos;
41314 Sexta-li.:ira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2()() I

d) planejar, coordenar, supervisionar e financiar IV - na área de trabalho e previdência social:


estudos, levantamentos, pesquisas e publicações so- a) garantir mecanismos que impeçam a discrimi-
bre a situação social do idoso; nação do idoso quanto a sua participação no merca-
e) promover a capacitação de recursos para aten- do de trabalho, no setor público e privado;
dimento ao idoso; b) priorizar o atendimento do idoso nos benefíci-
11- na área de saúde: os previdenciários;
a) garantir ao idoso a assistência à saúde, nos di- c) criar e estimular a manutenção de programas
versos níveis de atendimento do Sistema Único de de preparação para aposentadoria nos setores públi-
Saúde; co e privado com antecedência mínima de dois anos
b) prevenir, promover, proteger e recuperar a antes do afastamento;
saúde do idoso, mediante programas e medidas pro- V - na área de habitação e urbanismo:
filáticas; a) destinar, nos programas habitacionais, unida-
c) adotar e aplicar normas de funcionamento às des em regime de comodato ao idoso, na modalidade
instituições geriátricas e similares, com fiscalização de casas-lares;
pelos gestores do Sistema Único de Saúde; b) incluir nos programas de assistência ao idoso
d) elaborar normas de serviços geriátricos hos- formas de melhoria de condições de habitabilidade e
pitalares; adaptação de moradia, considerando seu estado físi-
e) desenvolver formas de cooperação entre as co e sua independência de locomoção;
Secretarias de Saúde dos Estados do Distrito Fede- c) elaborar critérios que garantam o acesso da
ral, e dos Municípios e entre os Centros de Referênc- pessoa idosa a habitação popular, diminuir barreiras
ta em Genoma e Gerontologia para treinamento de arquitetônicas e urbanas.
equipes interprofissionais; VI- na área de justiça:
f) incluir a Geriatria como especialidade clínica, a) promover e defender os direitos da pessoa
para efeito de Concursos Públicos Federais, estaduais, idosa;
do Distrito Federal e municipais; b) zelar pela aplicação das normas sobre o ido-
g) realizar estudos para detectar o caráter epide- so determinando ações para evitar abusos e lesões a
miológico de determinadas doenças do idoso, com vis- seus direitos.
tas a prevenção, tratamento e reabilitação: e VII- na área de cultura, esporte e lazer:
h) criar serviços alternativos de saúde para o a) garantir ao idoso a participação no processo
idoso; de produção, reelaboração e fruição dos bens cultu-
111- na área de educação: rais;
a) adequar currículos, metodoloaias e material b) propiciar ao idoso o acesso aos locais e even-
didático aos programas educacionais destinados ao tos culturais, mediante preços reduzidos, em âmbito
idoso; nacional;
b) inserir nos currículos mínimos, nos diversos c) incentivar os movimentos de idosos a desenvol-
níveis do ensino formal, conteúdos voltados para o ver atividades culturais;
processo de envelhecimento, de forma a eliminar pre- d) valorizar o registro da memória e a transmis-
conceitos e a produzir conhecimentos sobre o assun- são de informações e habilidades do idoso aos mais
to; jovens, como meio de garantir a continuidade e a
c) incluir a Gerontologia e a Geriatria como disci- identidade cultural;
plinas curriculares nos cursos superiores; e) incentivar e criar programas de lazer, esporte
d) desenvolver programas educativos, especial- e atividades físicas que proporcionem a melhoria da
mente nos meios de comunicação, a fim de informar a qualidade de vida do idoso e estimulem sua participa-
população sobre o processo de envelhecimento; ção na comunidade.
e) desenvolver programas que adotem modali- § 10 É assegurado ao idoso o direito de dispor de
dades de ensino à distância adequados às condições seus bens, proventos, pensões e benefícios, salvo nos
do idoso: casos de incapacidade judicialmente comprovada.
f) apoiar a criação de universidade aberta para a § 20 Nos casos de comprovada incapacidade do
terceira idade, como meio de universalizar o acesso idoso para gerir seus bens, ser-Ihe-á nomeado Cura-
às diferentes formas do saber. dor especial em juízo.
Ag,LlS\O de 200! DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-!cira 31 41315
§ 3° Todo cidadão tem o dever de denunciar à au- Justificação
toridade competente qualquer forma de negligência ou
A Organização das Nações Unidas - ONU, ele-
desrespe~o ao idoso.
geu 1999 como Ano Internacional dos Idosos e, com
CAPíTULO V o apoio da Organização Mundial da Saúde, vem pro-
Do Conselho Nacional movendo eventos voltados para a conscientização da
população mundial em relação as questões do enve-
Art. 11. (Vetado.) lhecimentos humano.
Art. 12. (Vetado.) No Brasil a Fundação Oswaldo Cruz muito opor-
Art. 13. (Vetado.) tunamente, pensando nesse segmento populacional
Art. 14. (Vetado.) realizou um trabalho em cima de projeções que mos-
Art. 15. (Vetado.) tram para o ano 2.025, um crescimento da população
Art. 16. (Vetado.) mundial idosa estimado em 224%.
Art. 17. (Vetado.)
Em um outro estudo, tenho a informação de que
Art. 18. (Vetado.)
ao chegarmos no ano 2000, os idosos já representam
CAPíTULO VI 10% da nossa população.
Das Disposições Gerais Diante disto, é urgente que nós parlamentares
nos preocupemos em levar uma assistência social
Art. 19. Os recursos financeiros necessários à im-
efetiva a esta parcela da nossa sociedade e, de ma-
plantação das ações afetas às áreas de competência
neira muito especial a assistência à saúde, não ape-
dos governos federal, estaduais, do Distrito Federal e
nas no momento da enfermidade mas, principalmente
municipais serão consignados em seus respectivos
a medicina sanitarista e preventiva.
orçamentos.
Nos Estados Unidos, apesar da assistência aos
Art. 20. O Poder Executivo regulamentará esta
idosos estar entre as três melhores do mundo, cada
lei no prazo de sessenta dias, a partir da data de sua
epidemia de gripe chega a matar 30.000 pessoas
publicação.
com mais de 65 anos. No Brasil, ainda não consegui
Art. 21. Esta lei entra em vigor na data de sua
levantar estes números com precisão, estou procu-
publicação. rando uma fonte confiável para me orientar a esse
Art. 22. Revogam-se as disposições em contrá- respeito. Porém, já tenho informações de que o qua-
rio. dro é muito grave.
Brasília, 4 de janeiro de 1994.173° da Indepen- Conto portanto, com o apoio dos Nobres Parla-
dência e 106° da República. mentares para a aprovação desta matéria.
PROJETO DE LEI N° 2.426, DE 2000 Sala das Sessões, 9 de fevereiro de 2000. - De-
(Do Sr. Lamartine Posella) putado Lamartine Posella.

Dispõe sobre a criação do programa PROJETO DE LEI N° 2.427, DE 2000


de vacinação anti-pneumocócica em to- (Do Sr. Lamartine Posella)
dos os centros de saúde, para atender Altera a alínea h do inciso 11 do art.
aos idosos com mais de sessenta anos. 10. da Lei n° 8.842, de 4 de janeiro de
(Apense-se ao Projeto de Lei n° 3.561, 1994, que dispõe sobre a política nacio-
de 1997) nal do idoso, cria o Conselho Nacional
O Congresso Nacional decreta: do Idoso e dá outras providências.
Art. 1° É assegurada em todos os centros de saú- (Apense-se ao Projeto de Lei n° 3.561,
de pública, a vacinação anti-pneumocócica gratuita, de 1997)
aos idosos com mais de sessenta anos. O Congresso Nacional decreta:
Art. 2° O Poder Executivo regulamentará esta lei Art 1° O art. 10 da Lei n° 8.842, de 4 de janeiro
no prazo de sessenta dias, a partir da data de sua pu- de 1994, passa a vigorar com a seguinte alteração:
blicação. Art. 10 ..
Art. 3° Esta lei entra em vigor na data de sua pu- 11- ..
blicação. h) Criar serviços alternativos de saúde
Art. 4° Revogam-se as disposições em contrá- para o idoso, inclusive atendimento médi-
rio. co-domiciliar periódico à pessoa idosa resi-
41316 Sexta-feira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS AgllSlll de 2()() I

dente na zona urbana ou rural que em virtu- LEGISLAÇÃO CITADA ANEXADA PELA
de de seu estado físico ou de saúde, não COORDENAÇÃO DE ESTUDOS LEGISLA TIVOS
possa se deslocar até os postos de atendi- CeDI
mento médico-hospitalares.
LEI N° 8.842, DE 4 DE JANEIRO DE 1994
Art. 2° O Poder Executivo regulamentará esta
lei no prazo de sessenta dias, a partir da data de Dispõe sobre a política nacional do
sua publicação. idoso, cria o conselho nacional do idoso,
Art. 3° Esta lei entra em vigor na data de sua pu- e dá outras providências.
blicação.
Art 4° Revogam-se as disposições em contrário.
CAPíTULO IV
Justificação Das Ações Governamentais

A Lei n° 8.842, de 4 de janeiro de 1994, que dis- Art. 10. Na implementação da política nacional
põe sobre a Política Nacional do Idoso, cria o Conse- do idoso, são competências dos órgãos e entidades
lho Nacional do Idoso e dá outras providências, repre- públicos:
sentou um grande avanço na busca de um melhor
atendimento a esta importante parcela da nossa soci- 11 - na área de saúde:
edade. Porém, não obstante a sua enorme relevância a) garantir ao idoso a assistência à saúde, nos
e o caráter de modernidade e justiça social atingidos diversos níveis de atendimento do Sistema Único de
pela norma é imprescindível que ela seja aperfeiçoa- Saúde;
da em alguns dos seus aspectos mais importantes b) prevenir, promover, proteger e recuperar a sa-
como este que trata especificamente daquele idoso úde do idoso, mediante programas e medidas profilá-
que já não tem condições físicas ou de saúde, para ticas;
deslocar-se até os postos de atendimento médi- c) adotar e aplicar normas de funcionamento às
co-hospitalares. instituições geriátricas e similares, com fiscalização
Esclareço ainda aos Nobres Parlamentares que pelos gestores do Sistema Único de Saúde;
ao propor a alteração da alínea h, não citei o adjetivo d) elaborar normas de serviços geriátricos hos-
carente na composição da expressão idoso carente, pitalares;
por considerar que o estado de carência está implícito e) desenvolver formas de cooperação entre as
na condição de ser um idoso debilitado em decorrên- Secretarias de Saúde dos Estados, do Distrito Fede-
cia da idade e da precária condição de saúde. ral, e dos Municípios e entre os Centros de Referência
E neste ponto, haveremos de considerar que, em Geriatria e Gerontologia para treinamento de
mesmo nos casos em que se tratar de pessoa idosa equipes inter-profissionais;
com confortável situação financeira é nosso dever le- 1) incluir a Geriatria como especialidade clínica
varmos até ela a atenção e o carinho fundamentais à para efeito de concursos públicos federais, estaduais,
sua longevidade. Está comprovado cientificamente do Distrito Federal e Municipais;
que o amor é o melhor remédio para todos os males g) realizar estudos para detectar o caráter epi-
em todas as idades. demiológico de determinadas doenças do idoso, com
Reflrto linda, sobre um outro aspecto desta ques- vistas à prevenção, tratamento e reabilitação; e
tão social, ou seja, se a sociedade auxiliar a família des- h) criar serviços alternativos de saúde para o
te idoso a mantê-lo em seu própio lar, será menos um idoso.
ser humano "depositado" em asilo a espera da morte. 111 - na área de educação:
Submeto o presente projeto de lei à considera- a) adequar currículos, metodologias e material
ção do Congresso Nacional certo de merecer o apoio didático aos programas educacionais destinados ao
unânime dos Nobres Parlamentares. idoso.
Sala das Sessões, 9 de fevereiro de 2000. - De-
putado Lamartine Posella.
Ap,OSIO dl: 2001 DIÁRIODACÂMARADOSDEPUTADOS S,::xllJ-leim31 41317
Ofício n° 213/2000 - P Assiste-se, neste final de século, a ascensão
Brasília, 29 de agosto de 2000 deste segmento populacional, em âmbito mundial,
evidenciando-se no Brasil um crescimento superior
À Sua Excelência o Senhor ao do restante da população. Hoje representam cerca
Deputado Michel Temer de 15 milhões de idosos: no ano 2020, as projeções
Presidente da Câmara dos Deputados apontam para além de trinta milhões.
Nesta
Essa tendência é naturalmente, fruto dos cres-
Senhor Presidente, centes avanços da medicina no combate a grande nú-
Solicito a Vossa Excelência determinar, segun- mero de enfermidades e sobretudo, nos cuidados
do dispõem os artis. 142 e 143 do Regimento Interno, com a sua prevenção.
a tramitação conjunta dos Projetos de lei nOs
Refletindo um conto altamente positivo para o
2.638/2000, do Sr. Luiz Bittencourt, que "altera a lei País, frente ao conjunto das Nacões, requer entretan-
n° 8.842, de 4 de janeiro de 1994, que dispõe sobre a to uma priorização do atendimento desses cidadãos
Política Nacional do Idoso, para prever a reserva de
nas políticas sociais, de modo a poderem desfrutar
vagas nos estacionamentos públicos e privados", e
com dignidade o restante de suas vidas.
3.561/97, do Sr. Paulo Paim, que "dispõe sobre o
Estatuto do Idoso e dá outras providências", por ver- Estamos cientes das conquistas já obtidas no
sarem matéria análoga, consoante Requerimento do sentido da proteção aos idosos, como bem atestam a
Deputado José Unhares, cópia em anexo. Constituição Federal (art. 230) e a lei n° 8.842, de
Atenciosamente, - Deputado Cleuber Carnei- 1994, que instituiu a Política Nacional do Idoso.
ro, Presidente. Não obstante, entendemos que avanços deve-
rão ser perseguidos, como o que se propõe, visando
PROJETO DE LEI N° 2.638, DE 2000 assegurar maior liberdade de locomoção aos cida-
(Do Sr. Luiz Bittencourt) dãos idosos, garantindo-lhes um acesso especial aos
Altera Lei n° 8.842, de 4 de janeiro estabelecimentos públicos e privados, por meio da re-
ae 1994, que dispõe sobre a Política Na- serva de vagas, em percentual mínimo, nos estacio-
cional do idoso, para prever a reserva de namentos.
vagas nos estacionamentos públicos e Por essas razões, esperamos o apoio aos ilus-
privados. tres Pares a este projeto de lei.
(Às Comissões de Seguridade Social e
Sala das Sessões, 22 de março de 2000. - De-
Família; e de Constituição e Justiça e de
putado Luiz Bittencourt.
Redação (art. 54) - art. 24, 11)
O Congresso Nacional decreta: LEGISLAÇÃO CITADA ANEXADA PELA
Art. 1° O inciso V do art. 10 da lei n° 8.842, de 4 COORDENAÇÃO DE ESTUDOS LEGISLATlVOS-
de janeiro de 1994, passa a vigorar acrescido da se- CeDI
guinte alínea e: CONSTITUiÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA
Art. 10 . DO BRASil 1988
V - na área de Habitação e urbanismo:

e) adotar as providências necessárias TíTULO VIII


para que, nos estacionamentos públicos e Da Ordem Social
privados, sejam reservadas cinco por cento
das vagas para os idosos.
CAPíTULO VII
Art. 2° Esta lei entra em vigor na data de sua Da Família, da Criança, do Adolescente
publicação. e do Idoso
Justificação
Art. 203. A família, a sociedade e o Estado tem o
Dispensável dizer da relevância da medida para dever de amparar as pessoas idosas, assegurando
a população idosa, haja vista a significativa posição sua participação na comunidade, defendendo sua
que vem assumindo, nas últimas décadas, no dese- dignidade e bem-estar e garantindo-lhes o direito à
nho demográfico do País. vida.
41318 Sexta-feira]l IJIÂRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 20UI
§ 1° Os programas de amparo aos idosos serão Idoso, tendo posteriormente sido deferida a sua desa-
executados referencialmente em seus lares. pensação.
§ 2° Aos maiores de 65 anos é garantida a gra- Em 24 de maio de 2000, por Ato da Presidência
tuidade dos transportes coletivos urbanos. da Câmara dos Deputados, foi instituída a Comissão
................. Especial destinada a apreciar e proferir Parecer a
.................................................................................... esse Projeto de Lei e aos demais que lhe foram apen-
sados: Projeto de Lei n° 183, de 1999, do Deputado
LEI N° 8.842, DE 4 DE JANEIRO DE 1994 Fernando Coruja, que também dispõe sobre o Estatu-
Dispõe sobre a política nacional do to do Idoso; Projetos de Lei nOs 2.420,2.421,2.426 e
idoso, cria o conselho nacional do idoso, 2.427, de 2000, do Deputado Lamartine Posella; e
e dá outras providências. Projeto de Lei na 2.638, de 2000, do Deputado Luiz
Bittencourt, os quais dispõem sobre medidas comple-
mentares à Política Nacional do Idoso.
CAPíTULO IV O Projeto de Lei n° 3.561, de 1997, do Deputado
Das Ações Governamentais Paulo Paim, institui o Estatuto do Idoso, destinado a
regular os direitos especiais das pessoas maiores de
Art. 10. Na implementação da política nacional
sessenta anos. Dispõe sobre os direitos fundamenta-
do idoso são competências dos órgãos e entidades
is e de cidadania do idoso, quais sejam os relativos a
públicos:
vida e saúde; habitação, alimentação e convivência
1- na área de promoção e assistência social:
familiar e comunitária; profissionalização e trabalho;
educação, cultura, esporte e lazer; previdência e as-
V - na área de habitação e urbanismo: sistência social e assistência judiciária. Institui o Con-
a) destinar, nos programas habutacionais, uni- selho Nacional do Idoso e seus congêneres nos Esta-
dades em regime de comodato ao idoso, na modali- dos, Distrito Federal e Municípios, atribuindo-lhes
dade de casas-lares; competência para formulação, coordenação, supervi-
b) incluir nos programas de assislência ao idoso são e avaliação da política do idoso. Atribui à União a
formas de melhoria de condições de habitabilidade e coordenação da Política Nacional do Idoso, bem
adaptação de moradia, considerando seu estado físi- como da proposta orçamentária da área, ouvido o
co e sua independência de locomoção; Conselho Nacional respectivo. Prevê a punição, na
c) elaborar critérios que garantam o acesso da forma da lei, de toda forma de negligência, discrimi-
pessoa idosa à habitação popular; nação, exploração, violência, crueldade ou opressão
aos direitos fundamentais do idoso, impondo a todo
d) diminuir barreiras arquitetônicas e urbanas.
cidadão o dever de denunciar a ocorrência dessas
práticas. Define os crimes de discriminação, precon-
ceito ou constrangimento praticados contra os idosos,
COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A APRECIAR por agentes públicos ou privados, sujeitando o infrator
E PROFERIR PARECER AO PROJETO DE lEI N° à pena de reclusão, na forma da lei. Assegura o aces-
3.561, DE 1997, QUE "DISPÕE SOBRE O so à Defensoria Pública, ao Ministério Público e ao
ESTATUTO DO IDOSO E DÁ OUTRAS Poder Judiciário; a tramitação preferencial dos pro-
PROVIDÊNCIAS" E AOS APENSADOS. cessos; bem como a isenção de custas para os ido-
(ESTATUTO DO IDOSO) sos que sejam isentos do Imposto de Renda.
O Projeto de lei n° 183, de 1999, apensado, do
I - Relatório Deputado Fernando Coruja, dispõe, outrossim, sobre
O Projeto de lei n° 3. 561, de 1997, do Deputado o Estatuto de Idoso, enfatizando medidas no âmbito
Paulo Paim, que "dispõe sobre o Estatuto do Idoso e da justiça, a exemplo do Estatuto da Criança e do
dá outras providências", foi apresentado nesta Casa, Adolescente. Estabelece a proteção integral do idoso,
em 1997, tendo recebido despacho inicial para apre- especificando também os seus direitos fundamentais
ciação nas Comissões de Seguridade Social e Famí- e sociais. Aborda a política de prevenção à violação
lia e Comissão de Constituição e Justiça e de Reda- desses direitos, por entidades de atendimento, im-
ção. Inicialmente, esteve apensado ao Projeto de lei pondo exigências para o seu funcionamento, fiscali-
n° 3.594/97, do Senado Federal (PlS na 159/96), que zação e infrações administrativas. Dispõe sobre a
altera a lei n° 8.842, de 1994 - Política Nacional do competência do Ministério Público na área, os Conse-
Agosto de 2001 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 31 41319
lhos do Idoso, O acesso à Justiça, a proteção dos inte- Laura Carneiro propôs a expedição de ofícios aos
resses individuais, coletivos ou difusos, assim como a Conselhos Estaduais do Idoso e às Prefeituras Muni-
tipificação dos crimes em espécie. Institui isenção do cipais, pedindo informações sobre o trabalho realiza-
Imposto de Renda para as doações aos Fundos dos do e o número de beneficiários.
Direitos do Idoso; determina a divulgação do Estatuto, Em atendimento ao Ofício, manifestaram-se os
por edição da Imprensa Nacional; revoga a Lei na Estados do Acre, Bahia, Ceará, Goiás, Minas Gerais,
8.842, de 1994, que instituiu a Política Nacional do Mato Grosso do Sul, Rondônia, Roraima, Santa Cata-
Idoso, bem como o art. 258, inciso 11, do Código Civil, rina, São Paulo e Sergipe, assim como as Prefeituras
que determina a separação de bens no casamento, Municipais de Belém, Campo Grande, Cuiabá, Floria-
para o homem maior de sessenta e a mulher maior de nópolis, Fortaleza, Macapá, Maceió, Porto Velho, São
cinqüenta anos. Luís, São Paulo e Vitória, além do Conselho Nacional
O Projeto de Lei na 942, de 1999, do Deputado de Gestores Municipais da Assistência Social -
Gustavo Fruet, prevê a reserva de 3% dos imóveis CONGEMAS.
para o idoso nos programas habitacionais. Os Conselhos Estaduais, ou órgãos congêne-
Os Projetos de Lei nas 2.420, 2.421, 2.426 e res, apresentaram as seguintes informações:
2.427, de 2000, do Deputado Lamartine Poselia, alte- Acre: instituição do Conselho Estadual do Idoso
ram a Lei na 8.842, de 1994, para dispor sobre o moni- e de 18 Fóruns Municipais permanentes; realização
toramento e a supervisão das entidades que cuidam do I Fórum Estadual, em 1999 (80% dos Municípios).
de idosos carentes, assistência médico-odontológica Na Assistência Social, aponta 7 Grupos de Atendi-
gratuita, programa de vacinação anti-pneumocócica, mento; Convênio para os regimes asilar e centro-dia,
serviços alternativos de saúde e atendimento domici- com a Sociedade São Vicente de Paulo; e Projeto
liar nas áreas urbana e rural. "Vencendo Barreiras na 3a Idade", em implantação, vi-
O Projeto de Lei n02.638, de 2000, do Deputado sando ao atendimento domiciliar, esporte, recreação,
Luiz Bittencourt , altera a Lei na 8.842, de 1994, para lazer e oficinas-modelo de trabalho. Total de idosos
prever a reserva de 5% das vagas nos estacionamen- atendidos: 195.
tos públicos e privados. Bahia: aponta os projetos Atenção à Saúde do
Em 30 de maio d~ 2000, foi instalada a Comis- Idoso (900 idosos); Atenção Especializada em Geria-
são Especial e eleitos o Presidente e os Vice-Presi- tria e Gerontologia (3.000 idosos/mês); Atendimento
dentes, ficando a seguinte composição: Presidente, asilar em 34 abrigos (613 idosos); Centros de Convi-
Deputado Eduardo Barbosa; 1° Vice-Presidente, De- vência (1.400 idosos); Universidade Aberta à Terceira
putada Nice Lobão; 20 Vice-Presidente, Deputado Idade (2.500 idosos); Clube da Melhor Idade (1.440
Arlindo Chinaglia; 3 0 Vice-Presidente, Deputado idosos) e Reintegração Social do Idoso (3.000 ido-
Arnaldo Faria de Sá. Demais membros Titulares: De- sos), em implantação.
putados Almerinda de Carvalho, Celso Russomanno, Ceará: convênio MPAS/SEAS: Projeto Conviver
Coriolano Sales, Darcísio Perondi, Djalma Paes, Edu- e atendimento asilar (19.348 idosos); com recursos
ardo Jorge, Euler Morais, Fátima Pelaes, Fernando do Estado, programas de saúde, lazer, cultura e turis-
Coruja, João Matos, José Unhares, Laura Carneiro, mo e de capacitação em recursos humanos; criação
Lídia Quinam, Lúcia Vânia, Marcondes Gadelha, Ma- do Conselho Estadual do Idoso e do Plano Estratégi-
ria Abadia, Maria do Carmo Lara, Max Mauro, Medei- co de Atenção à Terceira Idade, em andamento.
ros, Moroni Torgan, Nice Lobão, Rafael Guerra, Rai- Goiás: Convênio MPAS/SEAS (10.933 idosos);
mundo Gomes de Matos, Remi Trinta, Rubens Bueno, com recursos do Estado (2.800 idosos).
Roberto Argenta, Tetê Bezerra, Themístocles Sam- Minas Gerais: Plano Estadual de Atenção à Pes-
paio e Ursicino Queiroz; e Suplentes: Deputados soa Idosa, com apoio à família, por meio de Ca-
Antônio Joaquim Araújo, Carlito Merss, Carlos Mos- sas-Lares, Centros de Convivência e Centros-Dia,
coni, Celcita Pinheiro, Eduardo Seabra, Expedito Jú- em articulação com o benefício de prestação continu-
nior, Flávio Arns, Geraldo Magela, Dr. Hélio, Joel de ada da LOAS; programa de geração de renda; e revi-
Hollanda, Lavoisier Maia, Luiz Barbosa, Marcos de talização da rede de serviços.
Jesus, Osvaldo Biolchi, Paulo Paim, Roland Lavigne, Mato Grosso do Sul: Conselho dos Direitos da
Saulo Pedrosa e Wellington Dias. Pessoa Idosa e Fórum Permanente do Idoso; atendi-
O Deputado Fernando Coruja sugeriu à Comis- mento assistencial em Centros de Convivência e Asi-
são solicitar a apensação dos demais projetos de lei, los (3.171 idosos); na Saúde, distribuição de órteses
em tramitação, sobre o idoso, bem assim a Deputada e próteses; capacitação e reciclagem de recursos hu-
4132U Sexta-tCira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agusto de 20lll
manos; edição da Cartilha de Política Social do Idoso; Educação em Diabetes (7.255 cadastrados); Progra-
Clube da Melhor Idade, para atividades de cultura, la- ma de Controle e Educação em Hipertensão Arterial
zer e turismo; Universidade da Melhor Idade. (17.294 cadastrados); acompanhamento familiar nas
Rondônia: Centro de Convivência para a Tercei- internações; Programa de Preparo para a Aposenta-
ra Idade, para atendimento nas áreas de assistência doria; Programa Cidadão Experiente, visando o con-
social, saúde, lazer e cidadania (200 idosos), em im- tato com os trabalhos do legislativo; gratuidade no
plantação. transporte intermunicipal para as cidades limítrofes;
Roraima: apresenta estudo sobre "Políticas de reserva de assento no transporte coletivo; Programa
Envelhecimento no Estado", apontando: Atendimento Campo Grande para Todos, visando a divulgação de
Asilar (56 idosos) e Centros de Convivência; Progra- normas técnicas de acessibilidade a edificações e
mas Atenção à Saúde do Idoso, Médico em Casa, equipamentos urbanos.
Zona Livre de Catarata, Prevenção de Hipertensão Cuiabá: Conselho Municipal de Defesa dos Direi-
Arterial, Educação para Adultos; passe livre, a partir de tos da Pessoa Idosa e Fundo Municipal de Apoio à Po-
60 anos, no transporte urbano; e gratuidade de duas lítica do Idoso; atendimento em centros de convivência
passagens mensais no transporte intermunicipal. (250 idosos) e centros comunitários (3.294 idosos); na
Santa Catarina: informa sobre projeto de lei que Saúde. prioridade de atendimento, campanha de vaci-
dispõe sobre a Política Estadual do Idoso, contendo: nação, distribuição de medicamentos e, em implanta-
políticas sociais básicas, prevenção e atendimento da ção, o Centro de Referência para a Pessoa Idosa, com
exclusão social, complementação de renda, elimina- prioridade para as doenças crônico-degenerativas, ori-
ção das discriminações quanto a emprego e salário, entação nutricional e educação física preventiva; ativi-
integração das atividades com as organizações não dades educativas, culturais e de lazer, com meia entra-
governamentais. da em cinemas, teatros e outros; gratuidade no trans-
Sergipe: atendimento de 1.868 idosos pela Fun- porte coletivo urbano e intermunicipal; prioridade de
dação de Desenvolvimento Comunitário de Sergipe - atendimento nas agências bancárias.
Fundese, com atividades físicas, artísticas, culturais e Florianópolis: Conselho Municipal do Idoso, Po-
educativas; encaminhamento para a obtenção do be- lítica Municipal do Idoso, Programa de Garantia de
nefício de prestação continuada junto ao MPAS; e en- Renda Familiar Minima para Atendimento de Idosos
caminhamento a centros de saúde, para exames of- em Situações Especiais de Saúde, concedendo 1 sa-
talmológicos e vacinação. lário mínimo destinado à compra de remédios e mate-
As Prefeituras Municipais encaminharam as se- riais para tratamento de doenças graves, benefician-
guintes informações: do famílias com renda inferior a 3 salários mínimos;
Belém: Centros de Convivência da 3a Idade e gratuidade no transporte coletivo urbano; preferência
no atendimento em estabelecimentos comerciais, de
entidades comunitárias (1.000 idosos); articulação
serviços e similares.
com as políticas de Saúde, Previdência, Cultura e Tu-
rismo; Projeto "Ampliação e Manutenção de Coleções Fortaleza: Projeto de Assistência ao Idoso, em
Botânicas com o auxílio da Terceira Idade", em parce- parceria com a ONG Operação Fortaleza, em 21 cen-
ria com o Museu Emílio Goeldi, Embrapa, UFPA e tros de convivência (3.500 idosos). com atividades
FCAP, empregando vinte idosos; participação em Fo- voltadas ao bem-estar físico e mental, criatividade e
runs, Congressos e Seminários, bem como no Comi- produção artística, trabalho sócioeducativo e orienta-
tê Internacional do Idoso. ção sobre o processo de envelhecimento.
Campo Grande: Política Municipal do Idoso, na Macapá: Centro Arte Vida da 3a Idade (230 ido-
qual constam: Projeto de Apoio à Pessoa Idosa em sos), com atividades educativas, esportivas, sociais,
centros de convivência e grupos Conviver (1.700 ido- de lazer, capacitação e participação na comunidade;
sos/mês); Programa de Alfabetização e Escolariza- encaminhamento aos centros de saúde; encaminha-
ção para o Idoso (322 idosos); Educação Física na mento para obtenção do benefício de prestação conti-
Melhor Idade (90 idosos); Jogos Abertos da 3 a Idade nuada do MPAS; atendimento psicológico.
(1.000 idosos); meia entrada nos teatros, cinemas e Maceió: Conselho Municipal do Idoso; atendi-
demais diversões; roda de viola/baile (300 idosos/se- mento assistencial com recursos do FNAS, em cen-
mana); Projeto "Meu Cantinho", visando a construção tros de convivência (1.040 idosos) e casas asilares
de edículas para habitação individual do idoso em (182 idosos), e a 50 idosos, com recursos municipais.
imóvel de familiares; Programa de Assistência à Saú- Porto Velho: Programa de Apoio à Pessoa Ido-
de do Idoso (811 idosos); Programa de Controle e sa, com atividades educativas, cívicas e artesanais
Ago~to de 200 I DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 31 41321

(1.297 idosos); Projeto Idoso Prioridade Máxima, com nho de 2000, em que foram debatidos os avanços e
atividades psicossociais, terapêuticas, recreativas, dificuldades na execução da Política Nacional de
desportivas, culturais, turísticas e de geração de ren- Assistência Social, frente ao papel dos Estados e dos
da; garantia de consulta nos postos de saúde próxi- Municípios, o co-financiamento, a partilha e o controle
mos aos centros de convivência; concessão de ces- dos recursos do FNAS, a participação dos Conselhos
tas básicas de alimentos balanceados. e das entidades filantrópicas, os programas criados
São Luís: Conselho Municipal de Proteção ao pela SEAS, a capacitação de gestores municipais e
Idoso; atendimento asilar ou em casas-lares; prote- os efeitos da Lei de Responsabilidade Fiscal.
ção de direitos e fiscalização de entidades pelo Minis- Na 2a Reunião, realizada em 4 de outubro de
tério Público; orientação jurídica pela OAB; Shopping 2000, o Presidente informou alterações na composi-
do Cidadão, para a obtenção da documentação bási- ção da Comissão: saída, por motivo justificado, dos
ca; orientação para o benefício de prestação continu- Deputados Arnaldo Faria de Sá, Nice Lobão, Joel
ada do MPAS; Disque-Idoso, para denúncia e orienta- Hollanda, Nilmar Ruiz, Remi Trinta e Marcos de Je-
ção; Universidade Integrada da Terceira Idade; Pro- sus; inclusão dos Deputados Darci Coelho; Lincoln
grama Vida Ativa, em centros de convivência, colônia Portela, Robério Araújo e Alcione Athayde. Eleição da
de férias, centro de artes e Clube da Melhor Idade; Deputada Almerinda de Carvalho, para 1a Vice-Presi-
orientação, prevenção e assistência à saúde. dente, e do Deputado Celso Russomano, para 30
São Paulo: Grande Conselho Municipal do Ido- Vice-Presidente. Foi discutida e aprovada a agenda
so, composto por 45 idosos eleitos pelas 5 macrorre- de trabalhos da Comissão, assim como aprovado re-
giões da cidade, com a função de subsidiar as políti- querimento de Audiência Pública com a Secretária de
cas públicas para os idosos, tem a participação da Estado da Assistência Social, D~ Wanda Engel, em
Comissão Permanente de Acessibilidade, Comissão 10 de novembro.
de Análise da Mortalidade do Idoso, Programa de Mo- Na 3 a Reunião, em 10 de novembro de 2000, o
nitoramento da Situação de Vida e Saúde do Idoso, Presidente, Deputado Eduardo Barbosa, comunicou
Fórum Permanente contra Maus-Tratos aos Idosos; a participação do Deputado Paulo Paim, como mem-
campanha de sensibilização para a reserva de assen- bro Titular, pelo PT, em razão da autoria do primeiro
tos nos transportes urbanos; divulgação do trabalho projeto, e iniciou a Audiência Pública com o Dr. Álvaro
realizado por pessoas ou empresas em favor dos ido- Machado, representante da Dr Wanda Engel, Secre-
sos; Núcleo de Atividades Vo~adas ao Idoso - NAVI, tária de Estado da Assistência Social.
da Secretaria de Cultura, atende a 62.651 idosos, em O Dr. Álvaro Machado reportou-se, inicialmente,
Bibliotecas Públicas, Casas de Cultura e Centro Cul- à Lei n' 8.842, de 1994, como fruto de processo parti-
tural São Paulo, em parceria com o Grande Conselho, cipativo, iniciado com o Fórum Nacional do Idoso, em
Secretarias Municipais e Estaduais; Programa de 1989. Sobre o trabalho da SEAS com o idoso, afirmou
Atendimento à Terceira Idade - PATI, da Secretaria de que compõe o Plano Integrado da Política Nacional
Assistência Social, mantém Centros de Convivência
de Assistência Social, contando com 18 Conselhos
(3.554 idosos), Núcleos Intergeracionais (26 idosos), Estaduais do Idoso, 268 Conselhos Municípios, 5 Fó-
Grupos Informais (6.409 idosos) e Casas-Lares (55
runs Regionais e 21 Fóruns Estaduais. Ressaltou a
idosos); e Projeto Leite para a Vovó, destinado a to-
importância da Caminhada de Abraço ao Mundo, pa-
dos os inscritos no PATI. trocinada pela ONU, no Ano Internacional do Idoso
Vitória: Programa de Atenção à Terceira Idade, (1999). Especificou os Programas, quais sejam: 1) na
reúne o Projeto Conviver, o Centro de Referência de Saúde, programa de atenção básica, cesta de medi-
Atendimento ao Idoso e o Serviço de Orientação ao camentos, vacinação, campanhas para cirurgias (ex.
Exercício, com atividades físicas, recreativas e artísti- da catarata), permissão de acompanhante nos hospi-
cas; alfabetização, treinamento de liderança, eventos tais, campanha de desospitalização; 2) na Assistên-
e seminários; atendimento ambulatorial, programas cia Social, concessão do Benefício de Prestação
do climatério e hipertensão, campanhas de vacina- Continuada a 411.726 idosos, no valor de 1 salário
ção; qualificação profissional, inserção no mercado mínimo, ao custo de 644 milhões de reais, em 2000;
de trabalho, complementação de renda, implantação Projeto Conviver, atende a 27.725 idosos em ca-
de microunidades produtivas. sas-lares, centros-dia e repúblicas; 3) na Habitação,
O Conselho Nacional de Gestores Municipais padrões de financiamento para os idosos; 4) na Edu-
da Assistência Social - CONGEMAS encaminhou cação, projetos de Universidade Aberta; 5) na Justiça,
documento do IV Encontro Nacional, realizado em ju- esclarecimento da população para o respeito aos di-
41322 SexW-lilira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DI2PUTADOS Agustu de 2001
reitos humanos e combate à violência familiar; e 6) no nicipais do Idoso, bem como da criação de Comissão
Trabalho, formação de recursos humanos em Geria- para análise dos Projetos de Estatuto do Idoso. Posi-
tria e Gerontologia. cionam-se essas Entidades pela rejeição parcial do
Acerca dos Projetos de Estatuto do Idoso, infor- Estatuto do Idoso, com aproveitamento dos pontos
mou a posição da SEAS, no sentido da manutenção que aprimorem a Lei nO 8.842/94, e pela imediata cria-
da Política Nacional do Idoso, entendendo que os ção do Conselho Nacional do Idoso, com pedido de
princípios e diretrizes da atuação governamental são emprenho à Comissão Especial.
matéria da Política Nacional, cabendo ao Estatuto a Na 4a Reunião, realizada em 22 de novembro de
defesa de direitos. Indica pontos negativos nos Proje- 2000, discutiu-se a agenda da Comissão, apresenta-
tos, como a criação de três tipos de Conselho (Conse- da por esta Relatoria, contendo a previsão de dois
lhos Nacional, Estaduais, do Distrito Federal e Munici- Seminários Nacionais, com a participação da socie-
pais do Idoso, Conselho de Defesa dos Direitos do dade civil, organizações não-governamentais, Minis-
Idoso e Conselho Tutelar do Idoso) e detalhamento tério Público e IPEA, para um debate sobre as condi-
excessivo na fiscalização de entidades e na presta- ções de vida e direitos dos idosos no Brasil e avalia-
ção de contas. Entende que deva haver apenas um ção dos Projetos de Estatuto do Idoso. Proposta a re-
Conselho do Idoso em cada esfera de Governo, com alização de Encontros Regionais de Comitiva Repre-
poder para a defesa de direitos. sentativa da Comissão, para conhecimento da expe-
O Deputado Fernando Coruja pronunciou-se, riência com os idosos. As Deputadas Maria do Carmo
mostrando a relevância do Estatuto do Idoso como Lara e Maria Abadia e o Deputado Paulo Paim apre-
instrumento único na defesa de direitos, a exemplo do sentaram requerimento com sugestões de participan-
Estatuto da. Criança e do Adolescente. Ressaltou a tes dos Seminários.
sua importância na atuação do Ministério Público, na Relação de convidados: representante do IPEA;
prevenção e repressão de delitos e para o cumpri- representantes do Ministério Público; Otávio Merca-
mento da prestação de alimentos pelos filhos. Aponta dante, do Ministério da Saúde; João Batista Lima Fi-
discriminação da velhice na Constituição, restrita aos lho; Nara Rodrigues da Costa, Presidente da Associa-
Direitos Sociais, de 2a geração, o que reclama por um ção Nacional de Gerontologia; Wandir da Silva Ferrei-
novo direito, a partir destes. ra, Promotor de Justiça do DF; Maria Laís Monsinho
O Deputado Darcísio Perondi cumprimentou o Guidi, do Núcleo de Estudos da 3a Idade/UnB; Neidil
representante da SEAS e lembrou a responsabilida- Espínola da Costa, Coordenadora do Programa do
de do Estatuto frente à mudança demográfica que Idoso do Ministério da Justiça; Eduardo Rovagui, da
vem ocorrendo no País, de modo a garantir o acesso Universidade de Santa Maria; João Estevam da Silva,
dos idosos aos direitos básicos. Promotor de Justiça de São Paulo; Luiz Antônio de
A Associação Nacional de Gerontologia sugeriu Souza, Promotor de Justiça do Espírito Santo; Rosa-
um estudo comparativo da Lei n° 8.842, de 1994, com na Beraldi Bevervanço, Promotora de Justiça do Pa-
o Projeto de Lei n° 183, de 1999, do Deputado Fer- raná; Maria Luciana Barros Leite, Presidente da
nando Coruja, entendendo que o Projeto contém ANG/DF; Maria José Lima C. Barroso, Presidente da
equívocos técnicos e jurídicos, e que representa um Associação Cearense Pró-Idosos; Neuza Mendes
retrocesso para a condução da Política Nacional do Guedes, do Núcleo de Estudos da Terceira Ida-
Idoso. Argumentou que a Lei da PNI teve a participa- de/UFSC; Flávio da Silva Fernandes; Gilson Assis
ção de técnicos e dirigentes de entidades sociais, ido- Dayrell, representante do Ministério do Trabalho e
sos, voluntários e estudantes, num processo demo- Emprego na Política Nacional do Idoso; Tânia Almei-
crático, constituindo grande conquista na valorização da, Diretora do Departamento de Direitos Humanos
dos idosos brasileiros, o que impõe sua efetiva imple- do Ministério da Justiça; Elizabeth Viana, Presidente
mentação. da Sociedade Brasília de Geriatria e Gerontologia;
Foi recebido por esta Comissão documento Susana Medeiros, Coordenadora da Pós-Graduação
subscrito por representantes do 11 Encontro Nacional em Gerontologia da PUC/SP; Maria Betânia Jatobá,
de Conselheiros de Idosos, 11 Fórum Capixaba sobre representante do Fórum Região Norte, Fundação Dr.
Envelhecimento, VII Fórum Regional Sudeste da Polí- Thomás; Sérgio Antônio, Presidente do Conselho do
tica Nacional do Idoso, 11 Debate sobre Conselhos de Idoso/RS; Paula Machado, Presidente do Conselho
Idosos da Região Sudeste, informando a aprovação do Idoso/PE; Elizabeth Kososki, Presidente do Con-
de proposta de trabalho junto aos novos prefeitos e selho do Idoso/SC; Carlota Cardoso da Silva, Presi-
vereadores, no sentido da criação dos Conselhos Mu- dente do Conselho do Idoso/SP; Serafim Fortes, re-
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presentante do Fórum Região Sudeste; Maurício evolução da expectativa de vida no Brasil, que passou
Gama, UNIR 10; Renato Guimarães Maia, Médico Ge- de 32 anos, no início deste Século, para 68 anos, atu-
riatra do HUB/DF; Ivair Augusto dos Santos, da Se- almente, fato decorrente de transformações na estru-
cretaria Nacional de Direitos Humanos/MJ; Vilma tura social, tais como o papel da mulher e seu ingres-
Araújo Ribeiro, Coordenadora do Programa do Idoso, so no mercado de trabalho e a queda na taxa de fe-
Belo Horizonte; Marcelo Antônio Salgado, SESC/SP; cundidade, de 6,2 filhos, em 1960, para 2,4 em 2000,
Clari Munhoz, Presidente do Conselho do Idoso/DF; com reflexos na pirâmide populacional; e a redução
Maria Lúcia Silva Oliveira, da Subsecretaria do Ido- da taxa de mortalidade, evidenciada pelos 14,2 mi-
so/DF, e Cleonice de Alencar Bahia, Presidente do lhões de pessoas maiores de 60 anos na virada do
Fórum Estadual do Idoso/MG. Século. Acerca da dependência econômica dos ido-
Em 5 de dezembro de 2000, iniciou-se o I Seminá- sos, afirmou ser mais grave para as mulheres que não
rio Nacional, com a participação da sociedade civil, or- tiveram emprego formal, ressalvando as viúvas que
ganizações não-governamentais, representantes do recebem pensão. Ressalta a importância do idoso na
Ministério Público, do Ministério da Previdência e Assis- família, em razão da aposentadoria, que representa
tência Social e do IPEA, para discussão e avaliação dos 68% da renda familiar, no contexto de desemprego do
Projetos de Estatuto do Idoso e dos apensados. País. Quanto ao trabalho do idoso, destacou que no-
O Sr. Presidente, Deputado Eduardo Barbosa, vas oportunidades, como a ocupação de office-boy
ressanou a importância da Comissão Especial, para o idoso, pode confundir-se com exploração, em vista da
aprofundamento da legislação do idoso, pretenden- gratuidade dos transportes e da prioridade de atendi-
do-se uma referência legal única, para a efetividade dos mento, mas reconhece a importância do trabalho
direitos dos idosos. Manifestou ser imprescindível a par- para o idoso, sobretudo face à queda no valor da apo-
ticipação da sociedade organizada, de modo a contribu- sentadoria. Reportou-se, finalmente, à importância
ir na avaliação dos Projetos. Esclareceu a sistemática a da Previdência Social na distribuição de renda aos
ser adotada no Seminário, a iniciar-se com a exposição carentes, especialmente no meio rural e em Municípi-
da DI'" Ana Amélia Camarano, representante do IPEA, os do Nordeste.
acerca dos indicativos sociais e condições de vida dos Iniciados os trabalhos dos grupos temáticos, co-
idosos no Brasil, seguindo-se a discussão, por Grupos ordenados por Deputados da Comissão: Grupo 1 -
Temáticos e Sub-Relatorias, e apresentação, no segun- Direito à Vida e à Saúde, Habitação, Alimentação e
do dia, das conclusões dos grupos. Convivência Familiar e Comunitária, Deputados Euler
O Deputado Paulo Paim manifestou a sua satis- Morais e Maria Abadia; Grupo 2 - Profissionalização
fação em participar do evento, lembrando que apre- e Trabalho, Previdência e Assistência Social, Deputa-
sentou o Projeto de Estatuto do Idoso em 1997, quan- dos Paulo Paim e Darcísio Perondi; Grupo 3 - Educa-
do percebeu a ocorrência de inúmeras propostas ção, Cultura, Esporte e Lazer, Deputadas Maria do
nesta Casa sobre o tema dos idosos, ressaltando o Carmo Lara e Celcita Pinheiro; Grupo 4 - Assistência
trabalho da COBAP e do MOSAP, em defesa dos apo- Judiciária, Deputado Fernando Coruja.
sentados e da Terceira Idade, e demonstrando sua No dia 6 de dezembro de 2000, procedeu-se à
preocupação com o reajuste do salário mínimo, com exposição das conclusões dos Grupos Temáticos.
reflexos negativos para os aposentados e pensionis- O Grupo 1 - Do Direito à Vida e à Saúde, da Ha-
tas, em vista da defasagem na sistemática adotada bitação e da Convivência Familiar questionou a ne-
pela Previdência Social. cessidade do Estatuto do Idoso, em face da legisla-
O Deputado Fernando Coruja ressaltou a im- ção moderna e abrangente, produto de ampla discus-
portância da Comissão para a questão do idoso no são com a sociedade civil organizada (Lei n° 8.842/94
Brasil, vez que a Política Nacional do Idoso não tem e Decreto n° 1.848/96). Posicionou-se contra a substi-
produzido a eficácia esperada. Entende que a Lei n° tuição da Lei, entendendo necessária a sua imple-
8.842, de 1994, deve ser melhorada pelo Estatuto. mentação e aperfeiçoamento posterior, impondo-se a
Referiu-se ao crescimento da população idosa, o que instituição do Conselho Nacional do Idoso, rejeitado o
reclama por instrumento eficaz na defesa de seus di- Conselho Tutelar do Idoso, por configurar-se amputa-
reitos. ção da cidadania. E aponta a necessidade de partici-
A Df" Ana Amélia Camarano, representante do pação dos Gestores de Saúde nas propostas orça-
IPEA, enfocou o envelhecimento populacional como a mentárias da área.
grande conquista da Humanidade no Século XX, a Apresentadas sugestões ao PL n° 3.561/97: 1-
exigir mudança nas políticas públicas. Apresentou a competência da União para a formulação, acompa-
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nhamento e avaliação da Política Nacional do Idoso "Art. 3°. É dever da família, do Estado e da sociedade
(art. 6°,11); 11 - participação dos Conselhos na formu- assegurar ao idoso os direitos fundamentais da pes-
lação, coordenação, supervisão e avaliação da Políti- soa humana, contidos na Declaração Universal dos
ca Nacional do Idoso (art. 5°); 111 - atenção integral à Direitos do Homem, garantindo, ainda, o atendimento
saúde dos idosos pelo SUS, por meio de: 1) promo- prioritário às pessoas idosas, de modo a preservar
ção do envelhecimento saudável; 2) prevenção das sua cidadania, participação na comunidade, os direi-
doenças mais freqüentes nos idosos; 3) novos mode- tos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à mora-
los de atendimento, como hospital-dia, centro-dia e dia, ao lazer, ao bem-estar e defesa de sua dignidade
atendimento domiciliar, com equipes multidisciplina- e valores éticos, religiosos e culturais"; IV - no Capí-
res; 4) reabilitação orientada pela Geriatria e Geron- tulo 111 - Da Profissionalização e do Trabalho: 1) re-
tologia, para minimizar as seqüelas decorrentes do missão à Constituição Federal, para reafirmação des-
agravo da saúde; 4) estímulo à desospitalização do se direito, ficando assim o art. 10: "Os idosos, confor-
idoso e manutenção em sua família; 5) normas de me previsto no art. 6° da Constituição Federal, têm di-
funcionamento das instituições de saúde para os ido- reito ao exercício de atividade profissional, respeita-
sos; 6) capacitação dos profissionais do SUS e treina- das suas condições físicas, intelectuais e psíquicas";
mento de cuidadores familiares, informais e institucio- 2) quanto a programas de preparação para a aposen-
nais; 7) estímulo à formação de grupos de auto-ajuda tadoria, vê perigo de distorções, a exemplo dos PDV,
e cuidados informais; 8) criação de protocolo de aten- propondo nova redação para o art. 11 , inciso IV: "Criar
ção para os agravos mais freqüentes; 9) promoção de e estimular, nos espaços de trabalho, programas para
estudos e pesquisas sobre o envelhecimento (art. 8°); os trabalhadores, em especial aqueles em vias de
IV - sobre a Habitação, propõe moradia digna com a aposentadoria, preparando-os para a nova etapa da
família ou em família substituta, financiada pelo poder vida, sobre os Direitos Sociais, Previdenciários e de
público; requisitos para as instituições asilares, que Cidadania, e estimulando-os a novos projetos sociais,
darão preferência aos desabrigados e sem família; conforme seus interesses"; 3) rejeição do art. 13, vez
padrões sanitários mínimos; pessoal capacitado; con- que se afasta dos objetivos da Lei do Idoso, ao propor
tribuição proporcional à renda, limitada a 70% (seten- reserva de mercado de trabalho para os maiores de
ta por cento) dos idosos atendidos; fiscalização pelo 45 anos; V - na Previdência Social: 1) importância da
Poder Público, através do órgão sanitário, do Ministé- reativação do Conselho Nacional de Seguridade So-
rio Público e dos Conselhos de Idosos (art. 9°); V - cial, extinto por Medida Provisória; 2) imediata criação
estímulo ao acolhimento de até três idosos, em situa- do Conselho Nacional do Idoso, conforme moção do
ção de risco social, por adulto ou núcleo familiar, ca- II Encontro Nacional de Conselheiros de Idosos, em
racterizada a dependência, para os efeitos legais (art. Olinda, PE, sugerindo redação que cria o Conselho
9°). Nacional do Idoso e estabelece sua composição pari-
Sobre o Projeto de Lei nO 193/99, do Deputado tária, situa os Conselhos de Idosos na organização
Fernando Coruja, propõe o seguinte: 1 - no art. 4°, administrativa dos três níveis da Federação e estabe-
caput, a expressão "efetivação de todos os direitos lece suas competências; 3) defende a equiparação do
de cidadania", e no parágrafo único, alínea b, "formu- valor do provento da aposentadoria, em número de
lação de política social pública específica"; II - no art. salários mínimos, ao da época de sua concessão,
6°, a retirada da expressão: "como pessoa em fase propondo a seguinte redação ao art. 21, inciso 11: "as
especial da vida"; 111 - supressão dos capítulos 11,111 e aposentadorias e pensões em manutenção serão re-
IV, que tratam dos Alimentos, do Direito ao Transporte ajustadas, em caráter permanente, de modo a asse-
e do Atendimento. gurar a equiparação de seu valor, em número de salá-
O Grupo 2 - Da Profissionalização e do Traba- rios mínimos, ao da época de sua concessão"; 4) pro-
lho, da Previdência Social e da Assistência Social, co- põe a rejeição do art. 22, em virtude dos desdobra-
ordenado pelos Deputados Paulo Paim e Darcísio Pe- mentos da política sindical, com a criação de sindica-
rondi, apresentou sugestões ao Projeto de Lei n° tos de aposentados pela Centrais Sindicais, fato que
3.561/97: 1 - retirar a expressão "direitos especiais", não contribui para o reconhecimento de entidades
que pode denotar privilégio aos idosos (art. 1°); 11 - como a COBAP e o MOSAP. Aproveita-se o artigo
substituir a expressão "para os efeitos desta Lei" por para imprimir norma que proíba o desconto de contri-
"para os efeitos da Lei", para maior alcance da norma buições previdenciárias de aposentados e pensionis-
(art. 2°); III - remissão à Declaração Universal dos Di- tas, com a seguinte redação: "Os proventos ou bene-
reitos do Homem, no art. 3°, com a seguinte redação: fícios de aposentadoria ou pensão não poderão so-
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frer descontos de contribuições para a seguridade so- O Grupo 4, Da Assistência Judiciária, coordena-
cial, em nenhuma hipótese"; VI - na Assistência Soci- do pelo Deputado Fernando Coruja, contou com a
al, assegura o pagamento do benefício assistencial participação de membros do Ministério Público dos
de 1 (um) salário mínimo, instituído pela Constituição Estados do Rio de Janeiro, Dr Maria da Conceição
Federal (art. 203, V), aos idosos carentes, a partir de Nogueira da Silva; de São Paulo, Dr. João Estevam
60 anos, desde que não cumulativo com outro benefí- da Silva; do Espírito Santo, Dr. Luiz Antônio de Souza;
cio previdenciário, estabelecendo com limite de po- do Paraná, Dr Rosana Beraldi Bevervanço; do Distri-
breza a renda familiar per capita de um salário míni- to Federal, Dr. Wandir da Silva Ferreira; e de uma re-
mo. O dispositivo se justifica em face da regulamenta- presentante do Ministério da Justiça, Dr Elaine Ino-
ção restritiva da Lei Orgânica da Assistência Social, cêncio.
que impõe o limite de idade em 67 anos e o parâmetro Os membros do Ministério Público expuseram
de pobreza em !4 do salário mínimo per capita. Em as dificuldades encontradas no trato com os direitos
defesa do Projeto, ressalta-se a posição da Organiza- do idoso, pela falta de legislação específica e outros
ção Mundial de Saúde, que considera idoso, no Bra- elementos, alguns atinentes à Política Nacional do
sil, a pessoa de 60 anos, fato bastante evidenciado Idoso, como os seguintes: inexistência do Conselho
pelo envelhecimento precoce da população carente, Nacional do Idoso; necessidade de legislação dispon-
e, quanto ao parâmetro de pobreza, de 1 salário míni- do sobre a fiscalização de entidades de atendimento
mo per capita, já é consenso desde a 1a Conferência ao idoso, hoje regida pela Portaria n° 81 O, do Ministé-
Nacional de Assistência Social, em 1996. Outro ponto rio da Saúde, bastante precária; carência de especifi-
ressaltado pelo Grupo refere-se à imposição de revi- cação, na Política Nacional do Idoso, da legitimidade
são do benefício, de 2 em 2 anos, "para avaliação da do Ministério Público para a Ação Civil Pública e ou-
continuidade das condições que lhe deram origem" tras individuais indisponíveis; necessidade de tipos
(art. 21 da LOAS). Tal fato se configura um desrespei- penais específicos, passíveis de ação penal pública
to para com idoso, por gerar constante insegurança incondicionada, para criminalizar a discriminação e o
quanto a renda mensal, até porque, segundo o IPEA, preconceito, o desprezo e a injúria em relação ao ido-
a renda do idoso é preponderante para a subsistência so, bem como as publicidades preconceituosas e inju-
familiar. Por último, impõe-se impedir que o benefício riosas. Dificuldades em tipificar o abandono do idoso
previdenciário recebido por outro membro da família em hospitais, clínicas, asilos e outras entidades assis-
não anule o direito do idoso ao benefício assistencial. tenciais; na punição de parentes das vítimas, existin-
Em vista do exposto, propõe-se a seguinte redação do isenção de pena por crimes contra o patrimônio,
para o art. 23: "Art. 23. De acordo com o art. 203, inci- na forma do art. 181 do Código Penal, agravada pela
so V, da Constituição Federal, é assegurando, em ca- resistência do idoso em denunciar um parente próxi-
ráter permanente, o pagamento mensal de 1 (um) sa- mo; o Código Penal não permite a abrangência ne-
lário mínimo, ao idosos, com 60 (sessenta) anos ou cessária no que diz respeito aos maus-tratos pratica-
mais, que comprovem não possuir renda própria e dos contra o idoso.
cuja família não tenha condições de prover o seu sus- O grupo concordou que a lei deve dispor sobre a
tento. § 10. O benefício de que trata este artigo não po- fiscalização das entidades de atendimento; os ele-
derá ser acumulado, pelo idoso, com nenhum outro mentos indispensáveis ao seu funcionamento, asilar
da seguridade social e de qualquer regime previden- ou não; quem detém a competência fiscalizadora, se
ciário. § 2°...". o Ministério Público, a Vigilância Sanitária, o Ministé-
O Grupo 3, Da Educação, Cultura, Esporte e La- rio do Trabalho ou outro órgão. Deve definir as penali-
zer, coordenado pelas Deputadas Maria do Carmo dades pelas infrações.
Lara e Celcita Pinheiro, agradeceu a iniciativa de pos- Concluiu, ainda, que a Lei nO 8.842/94 já dispõe
sibilitar a discussão de projetos sobre o idoso, reco- sobre a criação e as competências dos conselhos.
nhecendo que a lei é instrumento eficaz na defesa e Embora os arts. 11 a 18 da lei tenham sido vetados,
garantia dos direitos sociais, especialmente a Lei n° os arts. 42, inciso li, 6°, 7° e 8°, inciso V, direcionam à
8.842/94, verdadeira conquista de direitos da pessoa imediata instalação desses conselhos. O art. 8°, prin-
idosa, concretização de uma luta de quase vinte anos. cipalmente, dispõe que ao ministério responsável
Entende que o "Estatuto do Idoso" só se justifica se pela assistência e promoção social incumbe elaborar
traduzir o que preconiza a Lei do Idoso, impondo-se a a proposta orçamentária e submetê-Ia ao Conselho
vontade política e a locação de recursos para sua via- Nacional do Idoso. Se isto não está ocorrendo, cria-se
bilização e fortalecimento." óbice intransponível às necessidades orçamentárias
41326 Sexta-feira 31 DIÁRIO DA CÀMARA DOS DEPUTADOS Agosto dc 200 I
e, desde 1995, há irregularidades nessa questão, a O Sr. Valdir das Mercês Melo Alves fez um apelo
ser sanada com a máxima urgência. para que os parlamentares trabalhem no sentido de
A proposta final apresentada consiste no se- não permitir o desconto previdenciário do aposentado.
guinte: A Deputada Maria do Carmo Lara requereu ao
1. Existência de um diploma legal que aproveite presidente o encaminhamento de ofício, pela instala-
a Política Nacional do Idoso, acrescentando-se novos ção imediata do Conselho Nacional do Idoso.
dispositivos; Esta relatoria reconheceu a importância do se-
2. Instalação do Conselho Nacional do Idoso; minário, cujas sugestões serão consideradas na ela-
boração do relatório preliminar, a ser submetido à
3. Explicitação da legitimidade do Ministério PÚ-
blico na Política Nacional do Idoso para propositura de apreciação dos participantes, no segundo seminário,.
para o fechamento das sugestões, antes da redação
ação civil pública e outras individuais indisponíveis;
final.
4. Criminalização do preconceito e outras con-
dutas ofensivas ao bem-estar e dignidade do idoso; O Sr. Presidente, Deputado Eduardo Barbosa,
agradecendo a participação no seminário, mostrou in-
5. Regulamentação criteriosa do funcionamento
teresse em agendar audiência com o Presidente da
de entidades asilares e não-asilares ante a insatisfa-
República, para solicitar a instalação do Conselho
toriedade da Portaria na MS - 810, vez que tal legisla-
Nacional do Idoso.
ção deverá especificar o que devem essas entidades
disponibilizar para a clientela (funcionários, instala- O Conselho Estadual do Idoso de São Paulo en-
ções, etc.), bem como quem deverá fiscalizar, apli- caminhou à Comissão, em 5 de abril de 2001, suges-
cando-se penalidade em razão de eventual desídia tões ao Projeto de Lei na 3.561, de 1997, e apensa-
do órgão fiscalizador, e, ainda, a previsão de punição dos, nos seguintes termos:
para a entidade infratora; Projeto de Lei na 3.561/97, do Deputado Paulo
6. Criação e manutenção de apenas um Conse- Paim: 1) o atendimento médico domiciliar à população
lho Federal, Conselhos Estaduais, Municipais e do idosa rural (art. 8il , inciso V) deve ser estendido às zo-
Distrito Federal do Idoso. nas urbanas, tendo em vista as distâncias que se veri-
ficam em grandes cidades, como São Paulo; 2) a fis-
Manifestaram-se, ainda, os seguintes partici-
calização das entidades de atendimento (art. 90 , § 3 0 ,
pantes:
inciso V) deve ser efetuada pelo órgão sanitário com·
O Dr. Serafim Fortes, Professor da Universidade petente, tendo em vista que os Conselhos Municipais
Federal Fluminense, Coordenador do Fórum Perma- não dispõem de profissionais habilitados para a ativi-
nente/RJ, Membro do Conselho Estadual/RJ e da Co- dade.
missão Nacional Intersetorial da PNI, que discorreu
Projeto de Lei na 183/99, do Deputado Fernando
sobre a importância dos Conselhos Estaduais e Mu-
Coruja: 1) a obrigação de assistência ao idoso, incluí-
nicipais do Idoso e dos diversos fóruns já instalados, da a alimentar, pelos descendentes e colaterais (arts.
em nível nacional, para o encaminhamento da ques- 14 e 15) já se encontra no Código Civil (arts. 399 e
tão do idoso no País. seg.), não sendo necessário constar do estatuto; 2)
A Sr" Isabel Monteiro, Presidente do Conselho na reserva de 10% dos lugares, nos transportes cole-
Estadual/RJ, propugnou pela instalação imediata do tivos urbanos (art. 18, § 2 0 ), deve-se acrescentar que
Conselho Nacional do Idoso, tendo em vista sua legi- se localizem antes do bloqueio ou roleta; 3) está pre-
timidade na Lei na 8.842194. vista responsabilização pela inobservância das nor-
O Sr. Emídio Rebelo Filho, referiu-se ao aumen- mas de prevenção, nos termos da lei (art. 33), mas
to da expectativa de vida do brasileiro e à participação não propõe sanção a ser aplicada; 4) enaltece a idéia
dos idosos na população brasileira - 9,1 % - fato que de constar do estatuto o fornecimento de medicamen-
reclama a inserção de conteúdos sobre o envelheci- tos, próteses, órteses e outros recursos (art. 8 0 , § 10 ),
mento nos currículos de todos os níveis de ensino. vez que somente são fornecidos aos portadores de
A Sr" Josepha Britto, membro do Movimento deficiência.
Organizado de Aposentados e da Frente Parlamentar Projeto de Lei na 942/99, do Deputado Gustavo
e de Entidades em Defesa da Previdência Social PÚ- Fruet: entende coerente e necessário o mérito do pro-
blica, agradeceu a iniciativa de chamamento da soci- jeto, em vista das dificuldades para o idoso, no enfren-
edade civil organizada para discussão do Estatuto do tamento de filas em condições de igualdade com os
Idoso. mais jovens.
Agosto de 2()() I DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS SeXlél-!i;ira 31 41327
Projeto de Lei n° 2.420/00, do Deputado Lamar- havido no primeiro seminário foi de que o momento
tine Posella: 1) sugere que o monitoramento das enti- atual seria de discussão sistemática nas regiões, para
dades de atendimento deve ser feito por profissionais preparação do segundo seminário, pelo que o conse-
habilitados, cabendo aos Conselhos Municipais de lho aguarda providências da Comissão Especial, no
Assistência Social apenas a supervisão; 2) a penali- sentido de assegurar uma discussão ampla e demo-
zação das entidades pelo descumprimento das nor- crática sobre os direitos sociais do idoso.
mas do Conselho Nacional do Idoso esbarra em dois Os Encontros Regionais da Comissão Especial
problemas: a) aguardar a criação do Conselho; b) não do Idoso tiveram a finalidade de conhecer as experiên-
está explicitada a pena a aplicar; 3) o controle do Con- cias das diferentes regiões do País, com vistas a uma
selho Estadual de Assistência Social sobre o municí- democratização do debate e a coleta de subsídios
pio negligente se confronta com duas questões: a) há para o Parecer ao Projeto de Lei n03.561 , de 1997, que
possibilidade desse controle? b) os Conselhos Muni- dispõe sobre o Estatuto do Idoso, e seus apensados.
cipais se reportam às prefeituras ou às câmaras?
O Primeiro Encontro Regional realizou-se no dia
Projeto de lei nO 2.421/00, do Deputado Lamarti- 3 de abril de 2001, em Manaus - AM, contando com a
ne Posella: o atendimento médico-odontológico gra- participação do Ministério Público Estadual, que dis-
tuito em toda a rede do Sistema Único de Saúde - correu sobre os seguintes temas: 1) a proteção ao
SUS - é compatível com a Política Nacional do Idoso. idoso nos instrumentos normativos internacionais ra-
Projeto de Lei n° 2.426/00, do Deputado Lamar- tificados pelo Brasil, especialmente o Protocolo Adici-
tine Posella: a vacinação antipneumocócica, a partir onai à Convenção Interamericana sobre Direitos Hu-
de 60 anos é ponto positivo, vez que só atinge os mai- manos em Matéria de Direitos Econômicos, Sociais e
ores de 65 anos, mas cabe verificar o problema orça- Culturais "Protocolo de San Salvador", de 1998, no
mentário para tanto. qual se propugna por proporcionar instalações ade-
Projeto de Lei n° 2.427/00, do Deputado Lamar- quadas, alimentação e assistência médica especiali-
tine Posella: os serviços alternativos de saúde e o zada aos idosos carentes; executar programas traba-
atendimento médico domiciliar, nas zonas urbana e lhistas destinados a essas pessoas e promover a for-
rural, para o idoso que não possa se deslocar até o mação de organizações sociais destinadas a melho-
posto de saúde, já estão contemplados no Decreto n° rar a qualidade de vida dos idosos; 2) na Política Naci-
1.948, de 1996, que regulamenta a Lei n° 8.842/94, onal do Idoso (Lei n° 8.842, de 1994, e Decreto n°
da Política Nacional do Idoso. 1.948, de 1996), ressalta lacunas e falhas, sobretudo
Projeto de Lei n02.638/00, do Deputado Luiz Bit- quanto à descentralização político-administrativa;
tencourt: entende que a reserva de 10% das vagas restrição da Política do Idoso ao âmbito da Segurida-
nos estacionamentos públicos e privados para os ido- de Social; silêncio da lei quanto à omissão do Poder
sos é desnecessária, tendo em vista que os idosos Público e da família como forma de discriminação e
que podem dirigir veículo têm melhor saúde que os necessidade de sanções; dificuldades quanto aos re-
outros, além do que, lembra já haver a reserva de va- cursos para a Política do Idoso, sugerindo a criação
gas para os portadores de deficiência, mais necessi- de um Fundo Especial, nas três esferas de governo,
tados, em face do que restaria bastante diminuído o sob o controle dos respectivos Conselhos, assegura-
número de vagas comuns. da a participação da sociedade. Referindo-se ao Pro-
Recebido do Conselho Estadual de Defesa dos jeto de Lei n° 3.561/97, do Deputado Paulo Paim,
Direitos da Pessoa Idosa do Estado do Espírito Santo, aponta o seguinte: a) ausência de disposição relativa
ofício que ratifica as conclusões do Encontro de Olinda ao financiamento da Política do Idoso, indicando a ne-
- PE, em agosto de 2000; do VII Fórum da Política Na- cessidade de criação do Fundo respectivo; b) nas
cional Região Sudeste e do 11 Encontro Nacional de atribuições dos Conselhos, entende que devam for-
Conselheiros do Idoso, realizados em Vitória, em outu- mular os planos de aplicação dos recursos, consoan-
bro de 2000; e do Seminário Nacional da Comissão te os programas e políticas inscritos no Conselho,
Especial, na Câmara dos Deputados, em dezembro de bem como o poder de deliberação e controle; c) na
2000, ao qual compareceram o presidente deste con- competência da União, sugere "prestar apoio técnico
selho e um representante do Ministério Público esta- e financeiro aos estados e municípios para a imple-
dual, nos quais ficou marcada posição no sentido da mentação da Política do Idoso" (art. 6°); d) considera-
manutenção da Lei nO 8.842, de 1994, que trata da Po- ção com a população indígena idosa; e) alerta para a
lítica Nacional do Idoso, e imediata instalação do Con- impropriedade dos termos, no art. 9°, ''família natural"
selho Nacional do Idoso. Afirma que o entendimento e "ambiente residencial mantido pelo Poder Público",
41328 Sexta-kira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS A gust" de 200 I
que não deixam claro quem são os familiares respon- Nacional de Gerontologia-ANG/CE, Secretaria Esta-
sáveis pelo idoso, assim como não se referem às ins- dual do Trabalho e Ação Social- SETAS -, represen-
tituições asilares; f) demonstra preocupação quanto tantes dos Conselhos Estaduais do Idoso de Pernam-
ao acolhimento de idosos carentes "por adulto ou nú- buco, Rio Grande do Norte e Sergipe; dos Poderes
cleo familiar", com o incentivo da dependência econô- Executivo e Legislativo estadual e municipal; e da
mica, para efeitos legais (art. 9°, § 2°), vez que a idéia, OAB-Seccional Ceará. As considerações ou suges-
já adotada no Estatuto da Criança e do Adolescente, tões apresentadas referem-se ao Projeto de Lei na
não tem tido receptividade, além do que explicita a 183/99, do Deputado Fernando Coruja: 1) o projeto
que órgão está afeta a atribuição de reconhecer o não faz qualquer referência à Lei na 8.842/94, da Polí-
acolhimento; g) no art. 11, a discriminação no merca- tica Nacional do Idoso, com total desconhecimento de
do de trabalho (inciso I) já contém proibição de discri- sua legitimidade, fruto de mobilização e debates, em
minação quanto à idade (inciso 11); e h) no Capítulo Fóruns nacionais, limitando-se a indicar a sua revoga-
"Da Assistê.lcia Judiciária" (art. 24), entende que a ção; 2) a garantia dos direitos dos idosos, no projeto, é
matéria está melhor posta no outro Projeto de Estatu- uma reafirmação daqueles já consagrados na Consti-
to, do Deputado Fernando Coruja, como "crimes con- tuição, não estando indicadas as obrigações do Po-
tra o idoso", e sugere a tipificação, como crime de res- der Público na matéria; 3) na "absoluta prioridade" ao
ponsabilidade, para a omissão, negligência ou desvio idoso (art. 4°) há referência a ''formas alternativas de
de finalidade, praticados por autoridades ou agentes participação", sem considerar as já existentes e que
públicos na Política do Idoso. Quanto ao Projeto de funcionam; 4) no que tange às entidades de atendi-
Lei n° 183/99, do Deputado Fernando Coruja, critica mento (arts. 40, 41 e 42), há ênfase na descentraliza-
que o Estatuto do Idoso tenha sido inspirado no Esta- ção, com atribuição de excessivos poderes (planeja-
tuto da Criança e do Adolescente, vez tratarem-se de mento, execução e avaliação), em detrimento do pa-
segmentos sociais distintos, destacando os seguintes pei do Poder Público; 5) ao referir-se ao registro de
aspectos: a) não há necessidade de registro de enti- entidades no Conselho Municipal do Idoso, não trata
dade de atendimento não-governamental perante a dos requisitos para o registro, apenas de sua nega-
autoridade judiciária (art. 41), visto que a questão do ção; 6) questiona a necessidade de um Estatuto do
idoso deve ser resolvida no âmbito administrativo, ca- Idoso, especialmente tendo como paradigma o Esta-
bendo ao judiciário tão-somente os conflitos de inte- tuto da Criança e do Adolescente, que foi criado por-
resses; b) ao contrário do princípio da excepcionali- que inexistia lei de proteção específica, ressaltando
dade do atendimento asilar, já adotado na Política Na- que a Lei da Política Nacional do Idoso reafirma a má-
cional do Idoso, o projeto dá ênfase a esse tipo de xima jurídica onde o costume precede a lei; 7) houve
atendimento, com extenso disciplinamento (arts. 42 e consenso de que deve ser mantida a Lei n° 8.842, de
43); c) a prioridade de atendimento ao idoso (art. 40 ), 1994, que instituiu a Política Nacional do Idoso, junta-
por ser cópia do mesmo dispositivo do ECA, pode le- mente com a Lei Orgânica da Assistência Social -
var a situação de conflito entre "prioridades absolu- LOAS -, devendo-se proceder à sua revisão e imple-
tas", cabendo observar a prioridade para a criança e o mentação.
adolescente, constante do art. 227 da Constituição A Secretaria do Trabalho e Ação Social- SETAS
Federal; d) critica a multiplicidade de Conselhos (Tu- -, do Ceará, apresentou análise comparativa da Lei
telar do Idoso, dos Direitos do Idoso, de Defesa dos n° 8.842/94 e do Projeto de Lei na 183/99, observan-
Direitos do Idoso e de Proteção do Idoso), sem distin- do: 1) referência à Política Nacional do Idoso no art. 1°
ção nem aplicabilidade; e) em conclusão, sugere seja do estatuto; 2) no tópico dos Direitos Fundamentais
considerada a Lei na 8.842/94 na elaboração do esta- (arts. 9 0 e 13 a 29), há conformidade com a Política
tuto; mantidos os princípios gerais, os direitos funda- Nacional do Idoso, mas omissão quanto a "Habitação
mentais e os especiais; instituição de mecanismos e Urbanismo"; 3) na prevenção e política de atendi-
para a formulação das políticas e garantia de sua exe- mento (arts. 30 a 46), a semelhança com Estatuto da
cução; os crimes cometidos contra idosos, inclusive Criança e do Adolescente, resulta em equívocos: re-
por autoridades ou agentes públicos e respectivas ferência a "prevenção especial", não cabível para o
sanções. idoso (art. 32); diversidade de Conselhos (De Direitos,
O Segundo Encontro Regional realizou-se em De Defesa de Direitos e Tutelar); no registro de entida-
Fortaleza, CE, em 4 de abril de 2001, com a mesma des, necessário estabelecer os requisitos (art. 41); 4)
Comitiva de Deputados retro mencionada e participa- definição da origem, gestão e aplicação dos recursos
ção da Associação Cearense Pró-Idosos, Associação (art. 45), devendo o Conselho do Idoso participar da
Agosto de 2001 DIÁRIO DA CÁMARA DOS DEPUTADOS Sextil-I()ira 31 41329
elaboração da proposta orçamentária (art. 52); 5) na forma as conclusões de Reunião Ampliada, realizada
escolha dos membros do Conselho, a participação do em 4 de abril de 2001, em virtude da realização dos
Ministério Público (art. 54); 6) exclusão do depósito Encontros Regionais. Entende que os Encontros não
bancário provisório das multas decorrentes de des- observaram o que foi acordado no Seminário e enca-
cumprimento de decisão judicial (art. 75, § 2°); 7) novo minha Documento-Manifesto, nos seguintes termos:
tipo penal relativo à apropriação indébita dos recur- 1) manutenção da Lei n° 8.842, de 1994, e rejeição do
sos do idoso (art. 90). Estatuto do Idoso; 2) descaracterização da participa-
Nesse Encontro, foram encaminhados os se- ção do Movimento do Idoso nos Encontros Regionais,
guintes documentos: 1) do Conselho Estadual dos Di- não ouvidos a Comissão Nacional e os Fóruns Regio-
reitos do Idoso de Pernambuco, posicionando-se con- nais da PNI; 3) o Seminário evidenciou a manutenção
trariamente ao Estatuto do Idoso; pelo fortalecimento da Lei n° 8.842, de 1994, e imediata instalação do
das Políticas Nacional e Estaduais do Idoso, e suge- Conselho Nacional do Idoso, para o que foi acordado
rindo a unificação da idade de 60 (sessenta) anos encaminhamento junto ao Presidente da República;
para toda a legislação do idoso; 2) do Sr. João Artur 4) consideração das posições do Movimento do Ido-
Façanha de Albuquerque, do "Projeto Agente Repas- so, a partir dos Fóruns Nacional, Regionais e Estadu-
sador de Informes da Terceira Idade" manifestan- ais, e dos Encontros Nacionais de Conselheiros de
do-se totalmente contrário aos Projetos do Estatuto Idosos, constantes de documento encaminhado à
do Idoso, vez que irão prejudicar a Política Nacional Comissão. Subscreveram o Manifesto as seguintes
do Idoso. entidades: Conselho Estadual de Defesa dos Direitos
O Terceiro Encontro Regional foi realizado em da Pessoa Idosa do RJ, Comissão para Assuntos da
Belo Horizonte, no dia 5 de abril de 2001 , teve a parti- Criança, Deficientes Físicos e Idosos da Assembléia
cipação dos Deputados Estaduais Antônio Júlio, Pre- Legislativa do RJ, Departamento de Aposentados do
sidente da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, e Sindicato dos Bancários, Associação dos Parentes e
Maria Olívia, representante da ALEMG no Conselho Amigos dos Portadores de Alzheimer e outras Depen-
Estadual do Idoso, bem como da Presidente do Con- dências, Escola de Serviço Social da Universidade
selho Estadual do Idoso, SI"" Cleonice de Alencar Ba- Federal Fluminense, Fundação Getúlio Vargas, Fede-
hia. A Comissão Especial do Idoso esteve representa- ração das Associações de Aposentados e Pensionis-
da pelos Deputados Federais Eduardo Barbosa, Pre- tas do Estado do RJ, Cooperativa de Cuidadores de
sidente, Silas Brasileiro, Relator, e Maria do Carmo Idosos do RJ, Clube da Terceira Idade "Reconhecen-
Lara. Dada a palavra à DI"" Cleonice de Alencar Bahia, do o Amanhã", Associação dos Aposentados de Fur-
foi lido documento do Conselho Estadual do Idoso, nas Centrais Elétricas SIA, Hospital Gafrée e Guinle,
que, primeiramente, registra os primeiros movimen- Pastoral da Terceira Idade - Grupo Amizade, Associ-
tos, em defesa do idoso, há cerca de quarenta anos, ação das Velhas Guardas das Escolas de Samba do
em razão das mudanças demográficas que já se fazi- RJ, Comitê da Terceira Idade, Associação dos Apo-
am sentir; alerta que a extinção dos Escritórios Regio- sentados e Pensionistas da Previdência, Centro Bra-
nais do Ministério da Previdência e Assistência Soci- sileiro de Cooperação e Intercâmbio em Serviços So-
al, em 1999, trouxe prejuízo para a Política Nacional ciais, Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontolo-
do Idoso, sobretudo pelo despreparo dos Municípios gia-RJ, UFF - Espaço Avançado, Centro de Convi-
para asssumirem a descentralização, carecendo de vência da Terceira Idade do Estado do RJ, Associa-
legislação específica que imprima a obrigatoriedade ção Nacional de Gerontologia - Seção RJ, Secretaria
das ações; e considera premente a criação do Conse- de Estado de Ação Social e Cidadania/Fundação
lho Nacional do Idoso, para promover a articulação Leão XIII, União de Juristas Católicos do RJ, Rotary
das entidades locais com o poder central, entenden- Clube Ipanema-RJ, Universidade Aberta da Terceira
do que o Estatuto do Idoso pode favorecer o cumpri- Idade da Universidade do Estado do Rio de Janeiro,
mento da Lei 8.842/94, mas faz-se necessária maior Secretaria Municipal de Integração, Cidadania e Pro-
discussão da matéria. moção Social de Niterói, Secretaria Municipal de De-
Documento do Fórum Permanente da Política senvolvimento Social do RJ, Fórum Municipal da Polí-
Nacional e Estadual do Idoso do Estado do Rio de Ja- tica Nacional do Idoso de Niterói-RJ, Abrigo Cristo
neiro, em conjunto com o Conselho Estadual de Defe- Redentor da Cidade do RJ, Pastoral da Terceira Idade
sa da Pessoa Idosa do Rio de Janeiro e a Comissão de Bento Ribeiro - Grupo Sem Medo de Ser Feliz,
para Assuntos ligados à Criança, ao Deficiente e ao Grupo de Convivência Curtindo a Vida, Sindicato dos
Idoso da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro, in- Contabilistas do Rio de Janeiro, Centro-Dia Casa de
41 :no Sexta-feira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Ag,Ostll de 200 I

Santa Ana, Fórum dos Servidores e Técnicos da Uni- profissional, pautam-se pela transmissão de informa-
versidade Federal do Rio de Janeiro, Secretaria de ções que ajudem o idoso a modificar suas ações nos
Estado de Ação Social e Cidadania do Rio de Janeiro, meios social e cultural, estimulando a criatividade; Pre-
Sociedade Assistencial e Filantrópica à Criança, ao paração para a Aposentadoria, atua por meio de mó-
Adolescente e à Terceira Idade, Departamento de dulos temáticos, teórico-práticos, visando informar so-
Educação Física da Universidade Federal Fluminen- bre o processo de envelhecimento, aspectos psicosso-
se. ciais, legais e previdenciários, cuidados preventivos
Foram apresentadas sugestões dos participan- com higiene e saúde e recursos de atendimento da co-
tes do Encontro, destacando-se a relevância da inici- munidade, bem como aproximar os idosos das gran-
ativa, em face do crescimento do segmento dos ido- des questões nacionais, que interferem na qualidade
sos no Brasil, que hoje soma 14 milhões de pessoas e de vida. Finalmente, informou que o SESC/SP atende
se projeta para 40 milhões em 2025, manifestando a mais de 50 mil idosos, em 52 cidades.
confiança na atuação dos Parlamentares no sentido No debate, o Deputado Arnaldo Faria de Sá pa-
de ampla discussão da matéria. Sobre os projetos do rabenizou o SESC/SP pelo trabalho realizado com os
Estatuto do Idoso, apresentam as seguintes conside- idosos, indagando das razões pelas quais, nos dema-
rações: 1) o Projeto de Estatuto do Idoso pretende ser is estados, a entidade não apresenta resultado seme-
uma consolidação de seus direitos, mas carece de lhante. Em resposta, o Dr. Danilo lembrou o volume de
análise jurídica profunda, visto apresentar artigos dis- recursos do SESC/SP (45% do total), dada a estrutu-
persos e incompletos; 2) necessidade de conscienti- ra econômica do estado, ressaltando, todavia, o inter-
zação das implicações "jurídicas, político-institucio- câmbio praticado com os demais entes da Federação.
nais, sociais e econômico-financeiras" e da conve- Em seguida, o Deputado Paulo Paim referiu-se
niência histórica da matéria; 3) as normas do Estatuto à necessidade de mudança da imagem do idoso na
devem ser auto-aplicáveis, vez que a pendência de sociedade brasileira; a situação nos estados, em que
regulamentação posterga a sua aplicação; 4) a Lei n° o benefício, previdenciário ou assistencial, é indis-
8.842, de 1994, reflete as demandas dos idosos, ten- pensável para o custeio da entidade asilar; e desta-
do sido enaltecida por diversos países, pelo caráter cou a deterioração do valor dos benefícios, em razão
ético e humanístico e universalidade de direitos; 5) a da política de reajuste do Governo, conclamando a
Comissão deve proceder a estudo comparativo das Comissão a essa luta no âmbito do Estatuto do Idoso.
leis estaduais e municipais da Política do Idoso, a A Promotora de Justiça do Estado do Paraná,
exemplo de São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande Dr" Hosana Beraldi Bevervanço, apresentou suges-
do Sul, visando a detecção das dificuldades na corre- tões ao Estatuto do Idoso, em 11 de junho de 2001,
lação com a PNI; 6) comparação com outras leis fede- nos seguintes termos: explicitação da legitimidade do
rais sobre a matéria, para evitar superposições ou Ministério Público, na defesa dos interesses coletivos
contrad ições. e difusos do idoso, a exemplo da nO 7.853, de 1989
Foi realizada Audiência Pública com o Dire- (direitos dos portadores de deficiência); no âmbito do
tor-Regional do Serviço Social do Comércio/SP, Dr. Direito Civil, a ampliação da competência, no que tan-
Danilo Santos de Miranda, que apresentou, em primei- ge aos alimentos e à revogação dos instrumentos
ro lugar, um breve histórico das atividades do órgão, procuratórios, em face das situações de hipossufi-
criado em 1946, no intuito de participação efetiva da ciência do idoso para pleiteá-los em juízo ou cassar
empresa nos destinos da coletividade. Destacou o tra- procuração fornecida a descendentes ou outros pa-
balho desenvolvido nas áreas de lazer, cultura, espor- rentes, em razão do temor de rompimento dos já pre-
tes e atividades físicas, recreação, alimentação, saú- cários laços afetivos; no âmbito Penal, aponta o se-
de, odontologia preventiva e curativa, férias e turismo guinte: 1) a tipificação do abuso e da negligência, físi-
social, educação infantil informal e Terceira Idade. Do cos e psicológicos, que provocam estresse ou lesão
trabalho com os idosos, nos últimos 37 anos, apontou emocional ao idoso, além do abuso financeiro, atra-
três linhas de ação, quais sejam: Centros de Convivên- vés do mau uso, exploração ou desatenção aos bens
cia, que atendem às necessidades associativas, de e recursos do idoso; 2) o preconceito, conforme a Lei
confraternização e de convívio com pessoas de hábi- do Portador de Deficiência, embora careça de apri-
tos e valores semelhantes, por meio de atividades so- moramento, por não prever o preconceito praticado
ciais, recreativas, esportivas, culturais e campanhas em clubes, condomínios e outras formas de convívio
educativas e assistenciais na comunidade; Escolas social; 3) o abandono do idoso, por seus familiares, e,
Abertas da Terceira Idade, sem caráter de formação asilos, clínicas, hospitais ou entidades assistenciais;
Agosto de 200 I DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sextll-feira 31 41331
4) adequação do crime de maus-tratos ao idoso, no der aos anseios da população idosa do Brasil. Ressal-
art. 136 do CP; 5) não deve imperar, no caso do idoso, tou a colaboração recebida das organizações repre-
a isenção de pena prevista no art. 181 do Código Pe- sentativas dos idosos, demonstrando abertura para o
nai, relativa a crimes contra o patrimônio. No tocante recebimento das sugestões que venham enriquecer o
às entidades de atendimento, aponta a precariedade Substitutivo, nesse Seminário. Acatou sugestão do
da Portaria n° 81 O/MS; necessidade de consideração Deputado Paulo Paim, no sentido da apreciação preli-
da multiplicidade de personalidades jurídicas e perfis minar da matéria, por grupos temáticos, para análise
econômicos das entidades de atendimento, atentan- e debate do Substitutivo.
do-se ao fato de que o atendimento asilar deve ser ex- A seguir, foi dada a palavra ao Deputado Distri-
cepcional; e ainda, a necessidade de contrato de tal Jorge Cauhy, que discorreu sobre o Projeto de Lei
prestação de serviços, com especificação do que é n° 1.547, de 1997, que institui o Estatuto do Idoso do
oferecido e do preço, quando for o caso. Distrito Federal.
Do Município de Patrocínio - MG, foram recebi- O Grupo da Assistência Judiciária, coordenado
dos os seguintes documentos: 1) da Câmara de Vere- pelo Deputado Fernando Coruja, teve a participação
adores, com sugestões do Sr. João Cunha, propondo do Ministério Público do DF, Drs. Wandir da Silva Fer-
mudança no sistema de arrecadação da Previdência reira e Sandra Julião Bonfá; do Espírito Santo, Dr. Luiz
Social; 2) do Dr. João Teixeira Júnior, Defensor Públi- Antônio de Souza Silva; de São Paulo, Dr. João Este-
co, propondo alterações no Código Penal, para subs- vam da Silva; e do Paraná, Dr Rosana Beraldi Bever-
tituir, para sessenta anos, a idade de setenta anos vanço. Foram apresentadas diversas sugestões téc-
constante de diversos dispositivos, além de outras nicas relativas às entidades de atendimento, à com-
considerações. petência do Ministério Público e à parte referente às
O Promotor de Justiça de São Paulo, Dr. João infrações penais e administrativas. Manifestou-se
Estevam da Silva, apresentou nova sugestão, em 21 também contra a revogação do inciso 11 do art. 258 do
de junho de 2001 , acerca da compatibilização da ida- Código Civil, que dispõe sobre a obrigatoriedade da
de prevista na Lei n° 10.048, de 2000, de sessenta e separação de bens no casamento do homem maior
cinco para sessenta anos. de 60 e da mulher maior de 50 anos.
O Promotor de Justiça de São Paulo, Dr. Roque Foi suscitada, pela Dr Neidhil Espínola, a ques-
José Stringhini, apresentou sugestões ao Estatuto do tão das diferenças quanto à idade: na Constituição, 65
Idoso, indicando ser conveniente um microssistema anos, e na Lei do Idoso, 60 anos, tendo o Ministério
jurídico para defesa do idoso, espelhado no Estatuto Público esclarecido que o limite constitucional refe-
da Criança e do Adolescente. Entende necessário re-se apenas à gratuidade nos transportes coletivos,
abordar questões como a responsabilidade da famí- estando na Lei da Política Nacional do Idoso a defini-
lia, da sociedade e do Estado; a correlação da presta- ção legal do idoso.
ção de alimentos com a assistência social e da habi- Pelo Grupo de Trabalho, Previdência e Assistên-
tação com as entidades de atendimento; a política de cia Social, manifestou-se o Sr. Serafim Fortes Paes, re-
atendimento; competências do Ministério Público; a presentante do Fórum da PN I no Rio de Janeiro, ques-
tutela jurisdicional; e tipificação de novos crimes, den- tionando, inicialmente, a omissão dos crimes de cárce-
tre outros. re privado e abusos sexuais; da previsão de penas al-
Realizado, em 19 de junho de 2001 , o Seminário ternativas para os crimes contra idosos, tendo-se es-
Nacional - 2a Parte, para apresentação da versão clarecido já haver previsão no Código Penal para es-
preliminar do Substitutivo aos Projetos de Estatuto do ses crimes; a adoção de penas alternativas está pre-
Idoso. Na abertura dos trabalhos, o Sr. Presidente, vista no Substitutivo, pela referência à Lei n09.099.
Deputado Eduardo Barbosa, noticiou sobre os conta- Sobre Trabalho, o Grupo sugeriu que se asse-
tos havidos com o Ministério da Previdência e Assis- gure uma cota de, no mínimo, 5% dos empregos pú-
tência Social, acerca da instalação do Conselho Naci- blicos e privados aos idosos não aposentados; que os
onal do Idoso, tendo o Ministro informado já estar a programas de geração de emprego e renda, sobretu-
matéria em andamento na Secretaria de Estado da do os que utilizam os recursos do FAT, devam benefi-
Assistência Social. ciar, prioritariamente, os idosos que apresentem pro-
Esta Relatoria manifestou satisfação com o de- jetos economicamente viáveis; a manutenção de pro-
senvolvimento dos trabalhos da Comissão, conside- gramas de profissionalização especializada para os
rando a importância de se produzir um documento idosos, aproveitando suas habilidades para ativida-
que realmente possa ser aprovado e que venha aten- des regulares e remuneradas.
41332 Scxlil-lCira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 200 I
No tocante à aposentadoria, propõe a prepara- gumento de representar segregação do idoso. Questi-
ção dos trabalhadores, com antecedência mínima de onou o atendimento domiciliar por unidades móveis,
um ano, estimulando-os a novos projetos sociais, de alegando ser inadequado indicar o meio desse aten-
acordo com seus interesses, e esclarecendo sobre os dimento, vez que elimina outras possíbilidades. Tam-
direitos sociais e de cidadania; propugna que a con- bém foi questionado o atendimento especializado ao
cessão e o reajustamento das aposentadorias e pen- idoso portador de deficiência, uma vez que este per-
sões observem a sua equivalência, em termos do va- tence a uma categoria específica. Quanto à proibição
lor do menor benefício de aposentadoria da Previdên- de cobrança diferenciada pelos planos de saúde, o
cia Social. Grupo entende não ser matéria pertinente ao Estatu-
Com relação à Assistência Social, sugeriu a in- to. A proposta relativa aos planos de saúde foi apre-
clusão de novo artigo, com a seguinte redação: "o sis- sentada pelo representante do Ministério Público do
tema de atenção ao idoso, no campo da Assistência Estado Espírito Santo, que formulou considerações
Social, será constituído de benefícios, serviços, pro- em defesa da manutenção do dispositivo.
gramas e projetos, de acordo com os princípios e di- Terminada a discussão, o Sr. Presidente, Eduar-
retrizes da Lei n° 8.742, de 1993 - LOAS, da Lei nO do Barbosa, em comum acordo com este Relator, co-
8.842, de 1994 - Política Nacional do Idoso, da Lei n° municou que o Parecer da Comissão será disponibili-
8.080, de 1990 - Sistema Único de Saúde, e demais zado pela Internet, pelo prazo de dez dias, de modo a
legislações em vigor'. Sugeriu, ainda, que se caracte- possibilitar uma maior divulgação do Substitutivo pro-
rizasse como "vitalício", o benefício mensal da Assis- duzido, ocasião em ainda serão aceitas sugestões no
tência Social, para evitar que o idoso seja submetido sentido do aprimoramento do Estatuto do Idoso. E,
a revisão bienal do benefício, sujeito ao corte do mes- declarando haver sido bastante satisfatório o Seminá-
mo. Houve também sugestão da Sra Alba Maria, da rio, agradeceu a presença de todos, encerrando a
SEAS, no sentido da inclusão de dispositivo que esta- sessão.
beleça a organização, gestão e financiamento da O Dr. José Eduardo Sabo Paes, Diretor-Geral do
Assistência Social ao idoso, a ser elaborado e envia- Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, en-
do à Comissão. caminhou à Comissão novas sugestões relacionadas
A S~ Isabel Monteiro, Presidente do Conselho às infrações administrativas praticadas pelas institui-
do Idoso do Rio de Janeiro, defendeu o detalhamento ções de atendimento ao idoso.
de todos os direitos do idoso no Estatuto, a exemplo A Federação das Associações de Aposentados
do Estatuto da Criança e do Adolescente, para facili- e Pensionistas do Estado do Pará enviou diversas su-
tar o conhecimento dos idosos sobre os seus direitos, gestões, atinentes aos capítulos da liberdade, respei-
tendo o Ministério Público aduzido a dificuldade de to e dignidade, saúde, educação e transporte.
trazer todas as normas pertinentes do Código Penal Por fim, os Deputados Paulo Paim, Maria do
para o Estatuto. Carmo Lara, Welington Dias, Marcos Afonso, Ângela
O Grupo da Educação, Cultura, Esporte e Lazer, Guadagnin, Padre Roque, Carlito Merss e Geraldo
representado pela S~ Maria José Barroso, da Associ- Magela, do Partido dos Trabalhadores, encaminha-
ação Cearense para Idosos, manifestou preocupação ram sugestões adicionais, referentes à alteração de
com os recursos financeiros para assegurar a execu- certas expressões contidas no Substitutivo, sem alte-
ção das ações propostas no Estatuto. Entende que ração de seu conteúdo.
devam ser criados espaços sociais para o idoso, onde Compete a esta Comissão o exame da constitu-
possa contribuir com suas habilidades, experiência e cionalidade, juridicidade, técnica legislativa e mérito
cultura. Propõe a inserção de conteúdos relativos ao das Proposições apresentadas.
valor da vida, em todos os níveis de ensino, e inclusão É o relatório.
da Gerontologia e Geriatria nos cursos superiores. E
propõe redução superior a 50% nos ingressos para 11 - Voto do Relator
eventos culturais e artísticos. Os Projetos de Estatuto do Idoso apresentados
O Grupo da Saúde, representado pela S~ Jus- nesta Casa, pelos nobres Deputados Paulo Paim e
sara Rauth da Costa, propôs alterações ao art. 10, no Fernando Coruja, estão embasados na concepção da
sentido da garantia da saúde integral aos idosos. Po- necessidade de aglutinação, em norma legal abran-
sicionou-se contrariamente à obrigatoriedade de gente, de todas as postulações dos idosos do País,
atendimento geriátrico em ambulatórios e manuten- assim entendidas as linhas de ação das Políticas PÚ-
ção de unidade geriátrica em cada hospital, sob o ar- blicas essenciais e a atuação do Ministério Público e
Agostu de 200 I DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sext~-lcir~31 41333
do Poder Judiciário, na defesa dos direitos desses ci- ços públicos, criação, estruturação e atribuições dos
dadãos. Ministérios e dos órgãos da Administração Pública.
A medida assume especial importância, ao con- Além disso, ferem a Constituição Federal ao
siderarmos as significativas mudanças no perfil de- propor a inserção de dispositivo que estabelece prazo
mográfico brasileiro, nas últimas décadas. O aumento para a regulamentação da lei, pelo Poder Executivo,
da longevidade, em decorrência sobretudo dos avan- impondo ou autorizando a prática de atos que já são
ços da Medicina na prevenção da saúde, a par da visí- próprios de sua competência.
vel queda no número de filhos por família, trouxe Nessa matéria, cumpre lembrar posição do Su-
como conseqüência um aumento da taxa de cresci- premo Tribunal Federal, nas Ações Diretas de Incons-
mento, relativamente maior, da população idosa. titucionalidade nOs 546-4, de 11-3-1999, e 805-6, Me-
Tais mudanças repercutem significativamente dida Liminar, em que prolatou decisão no sentido de
no planejamento e execução das Políticas Públicas, que a fixação, pelo Poder Legislativo, de prazo para o
exigindo um redirecionamento de prioridades e atua- exercício de atribuição privativa do Poder Executivo
ção, mormente no que se refere à proteção dos direi- constitui forma de usurpação de sua competência,
tos básicos, como saúde, educação, trabalho, previ- além de violar o art. 2° da Constituição Federal quanto
dência social, assistência social, cultura, esporte e la- à separação dos Poderes.
zer, assim como os meios indispensáveis ao acesso à A exigência de registro, nos Conselhos de Direi-
Justiça. to do Idoso, para funcionamento de entidades
Consideráveis avanços já foram obtidos, com a não-governamentais de atendimento aos idosos, que
edição da Lei n° 8.842, de 1994, que instituiu a Políti- não sejam subsidiadas com recursos públicos, viola o
ca Nacional do Idoso. Esta lei tem o mérito de repre- inciso XVIII do art. 52 da Constituição Federal, que
sentar a vanguarda da proteção aos idosos na ordem dispõe:
jurídica brasileira. Todavia, cuida essencialmente da
"XVIII - a criação de associações e, na
atuação do Poder Público na promoção das políticas
forma da lei, a de cooperativas independem
sociais básicas de atendimento ao idoso.
de autorização, sendo vedada a interferên-
Nesse sentido, os Projetos de Lei nOs 3.561, de
cia estatal em seu funcionamento;"
1997, e 183, de 1999, propugnam pela consolidação
dos direitos já assegurados ao idoso na Constituição As entidades de atendimento são registradas na
Federal, mas sobretudo na concretização de instru- forma estabelecida pela lei civil, como sociedades ou
mento legal capaz de coibir a violação desses direitos associações. Quando subsidiadas por recursos públi-
e promover a proteção integral do idoso em situação cos, submetem-se aos requisitos exigidos para as
de risco social. Retratam, assim, as novas exigências Entidades de Fins Filantrópicos (Lei n° 8.212, de
da sociedade brasileira para o atendimento da popu- 1991, art. 55); para as Organizações da Sociedade
lação idosa, sob o pressuposto da manutenção da Civil de Interesse Público, pessoas jurídicas de direito
Política Nacional do Idoso, como norma orientadora privado, sem fins lucrativos, que se submetem ao
da atuação governamental na área. controle do Tribunal de Contas respectivo (Lei n°
Sob o aspecto da análise de constitucionalida- 9.790, de 1999); havendo, ainda, aquelas sob a forma
de, o Projeto de Lei n° 3.561, de 1997, e seus apen- de serviços sociais autônomos, que recebem contri-
sos, atendem à Constituição Federal quanto às atri- buições parafiscais ou verbas orçamentárias. De
buições do Congresso Nacional para legislar sobre qualquer forma, não pode o Estatuto do Idoso impor
Direito Civil, Direito Penal, do Trabalho, Processual e exigências que violem o princípio da não interferência
sobre Seguridade Social (arts. 48, 22, 1, e 23 da CF), estatal nas de caráter exclusivamente privado.
e quanto à iniciativa de leis ordinárias (art. 61, caput, Tais inconstitucionalidades, constantes dos arts.
da CF), em parte. 4°,5°,6°,11, parágrafo único do art. 13,20,27 e 28 do
Todavia, os projetos apresentam algumas in- Projeto de Lei n° 3.561, de 1997, e arts. 27, 41, 47 a
constitucionalidades, formais ou materiais, a seguir 55,92,93, §§ 2° e 3°, 94, parágrafo único e 96 do Pro-
assinaladas. jeto de Lei n° 183, de 1999, art. 9° do Projeto de Lei n°
Os Projetos de Lei nOs 3.561, de 1997, 183, de 2.420, de 2000, e artigo 2° dos Projetos de Lei nOs
1999, e 2.420, de 2000, violam o art. 61, § 1° , 11, alíne- 2.421,2.426, e 2.427, de 2000, devem ser extirpadas.
as b e e, da Constituição Federal, que trata da iniciati- Sob o aspecto material, a proteção ao idoso, a
va privativa do Presidente da República para leis que exemplo da proteção à criança, ao adolescente e ao
disponham sobre a organização administrativa, servi- portador de deficiência, não viola o princípio da isono-
41334 Sexta-feira 31 DIÁRIO DA CÂMARA nos DEPUTADOS Agoslu de 2001
mia, tendo em vista a sua condição de fragilidade em prioridade a efetivação dos direitos, iniciando-se com
relação às demais pessoas, tornando-os sujeitos a os direitos fundamentais, sem repetição, todavia, do
maiores dificuldades. que já consta da legislação civil.
O Projeto de Lei n° 2.420, de 2000, contém in- No direito à vida procurou-se caracterizar a pro-
constitucionalidade, por atribuir competência ao mu- teção à velhice como um direito social e a própria ve-
nicípio, por intermédio do Conselho Municipal de lhice como um direito personalíssimo, o que não sig-
Assistência Social, para o monitoramento e a supervi- nifica um comando do homem sobre o seu futuro, da
são das entidades responsáveis por idosos carentes. mesma forma que não pode prolongar a sua vida,
Essa medida constitui uma interferência na autono- mas o envelhecimento depois de conquistado com os
mia municipal, ferindo o art. 30, I, da Constituição Fe- recursos à disposição da pessoa humana, transfor-
deral, que estipula ser competência dos municípios mado em direito inerente à pessoa e com o amparo
legislar sobre assuntos de interesse local. da sociedade e do Estado.
O Projeto de Lei n° 183, de 1999 (art. 44) outor- No direito à saúde, reafirmam-se as diretrizes
ga ao Judiciário o poder de fiscalizar as entidades de de atendimento integral ao idoso pelo Sistema Único
atendimento ao idoso, governamentais e não-gover- de Saúde - SUS, constantes da Política Nacional do
namentais. Essa fiscalização não é atividade própria Idoso, enfatizando as ações de prevenção, promoção
do Poder Judiciário. No caso da criança e do adoles- e recuperação da saúde. A par disso, prevê-se o aten-
cente, a Justiça da Infância e da Juventude possui dimento odontológico e a reabilitação orientada por
competência para aplicar penalidades administrati- profissionais de Geriatria e Gerontologia, de sorte a
vas nas ocorrências de infrações contra norma de reduzir as seqüelas decorrentes de certas doenças.
proteção. Nesse caso, a medida se justifica devido à O fornecimento gratuito de medicamentos cons-
exigência de maior tutela do Estado, com a participa- titui a satisfação de necessidade básica, visto que à
ção efetiva do Poder Judiciário, inclusive pela existên- medida que a pessoa avança em idade consome
cia de adolescentes infratores. mais medicamentos, especialmente na época em que
Compete aos Tribunais de Justiça dos Estados possui menor poder aquisitivo.
e do Distrito Federal a iniciativa das leis de organiza- O atendimento prioritário ao idoso de forma a
ção judiciária, o que possibilita a criação de Varas lhe proporcionar um mínimo de precedência é funda-
Especializadas competentes para as causas relativas mentai para prevenir o sofrimento do idoso nas filas
aos idosos, podendo ser ampliada a competência da de espera.
magistratura. Caso o idoso não tenha condições de decidir so-
Quanto à juridicidade, os projetos em foco não bre o seu tratamento de saúde, foi especificado quem
violam princípios de direito, sanados os vícios já men- poderá substituí-lo nessa decisão: o curador, os fami-
cionados. liares, o médico, em caso de risco de vida, quando
Em relação à técnica legislativa, deve ser aplica- não puder ser contactado, ou não houver, curador ou
da a Lei Complementar nO 95, de 1998, alterada pela familiar conhecido. Assim, em caso de emergência e
Lei Complementar n° 107, de 2001, eliminando-se as sendo necessária cirurgia, até o próprio médico pode
cláusulas de revogação genérica proibidas pelo art. decidir para salvar a vida do idoso.
9°, constantes dos arts. 30, do PL n° 3.561/97, 3° do Por outro lado, impõe-se aos profissionais de sa-
PL n° 2.420/2000,4° dos PL nOs 2.421/2000,2.426 e úde a obrigação de comunicar os casos de suspeita ou
2.427/2000, observando-se os preceitos relativos às confirmação de maus-tratos a idoso aos órgãos com-
alterações de leis. petentes, sob pena de responsabilidade. Essa medida
Passando-se à análise de mérito das Proposi- constitui uma segurança a mais para essas pessoas,
ções, convém que se estabeleça uma Carta de Direi- vulneráveis às ações prejudiciais de terceiros.
tos dos idosos que, em grande parte, constituem par- Finalmente, veda-se a discriminação ao idoso
cela da população excluída da sociedade e em rela- nos planos de saúde, pela cobrança de valores dife-
ção à qual há carência de normas legais em sua defe- renciados em razão da idade, amplamente praticado
sa, para serem aplicadas à diversidade de situações atualmente.
degradantes que ocorrem no dia-a-dia, exigindo-se Quanto à educação, cultura, esporte e lazer, os
tratamento prioritário, a exemplo do Estatuto da Cri- dispositivos procuram proporcionar ao idoso facilida-
ança e do Adolescente. de de acesso a cursos especiais, programas voltados
Assim, foi ressaltado o dever da família, da soci- para os idosos nos meios de comunicação, avanços
edade e do Estado, assegurando-se, com absoluta tecnológicos, valorização dos conhecimentos sobre
Agoslo de 20() I DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS SeXla-I'cira 31 41335
processo de envelhecimento, respeito ao idoso e sua importante nessa área consiste na adequação da exi-
maior participação nas comemorações de caráter cí- gência de renda familiar per capita. Conforme a
vico e cultural, assim como o desconto mínimo de LOAS, só pode postular o benefício o idoso cuja famí-
50% nos ingressos para eventos diversos. Acrescen- lia possua renda inferior a um quarto do salário míni-
te-se que o esporte e o lazer são fundamentais para a mo por pessoa, limite esse bastante restritivo, ante a
saúde física e mental do idoso. realidade social do País, que apresenta cerca de trin-
Cabe destacar que <lA educação ao longo de ta milhões de indigentes. Propomos a elevação desse
toda a vida" foi proclamada nas Diretrizes do Plano valor para um salário mínimo per capita, para ampliar
Nacional de Educação, Lei n° 10.172, de 2001, e no o número de idosos beneficiários. Acolhemos, ade-
Relatório da UNESCO - Comissão Internacional so- mais, a proposta de incentivo ao acolhimento de ido-
bre Educação para o século XXI, intitulado "Educa- sos carentes, ficando reconhecida a dependência
ção, um tesouro a descobrir", de Jacques Delors e ou- econômica, para os efeitos legais.
tros, com a seguinte afirmação: "O conceito de educa- No que tange a Habitação, preocupa-nos a ga-
ção ao longo de toda a vida é a chave que abre as rantia de moradia digna ao idoso, preferencialmente
portas do século XXI. Ultrapassa a distinção tradicio- no seio da família, entendo-se que a modalidade asi-
nal entre educação inicial e educação permanente. lar deve restringir-se aos casos de inexistência de vín-
Aproxima-se dum outro conceito proposto com fre- culos familiares. Em vista disso, propõe-se a priorida-
qüência: o da sociedade educativa, onde tudo pode de para o idoso na aquisição de imóvel para moradia
ser ocasião para aprender e desenvolver os próprios própria, com a reserva de três por cento das unidades
talentos". residenciais, nos programas habitacionais subsidia-
Na profissionalização e trabalho, o direito do dos com recursos públicos.
idoso de exercer atividade profissional não está sujei-
Na área de Transportes, propomos medidas que
to ao limite de idade. O trabalho deve ser estimulado
beneficiam o idoso. Nos transportes urbanos e
também ao longo de toda a vida, condizente com
semi-urbanos, é reduzida para sessenta anos a idade
suas aptidões e condições físicas, sem discrimina-
mínima para a gratuidade, assegurada a reserva de
ção. Daí a necessidade de programas de geração de
dez por cento dos assentos. Nos transportes interes-
renda e emprego e o conseqüente estímulo às em-
taduais e intermunicipais, garante-se a reserva de
presas privadas a assimilarem o trabalho do idoso.
duas vagas gratuitas, por veículo, e desconto de cin-
Importa também a preparação para a aposentadoria,
com antecedência mínima de um ano, para estimular qüenta por cento no valor da passagem, para os de-
o idoso o exercício de uma atividade diversa e conti- mais. Por último, propõe-se a reserva de cinco por
nuar sendo socialmente útil. cento das vagas nos estacionamentos públicos e pri-
vados, facilitando a mobilidade do idoso.
Na área da Previdência Social, visamos conser-
var o valor real dos benefícios de aposentadoria e Consideramos da maior importância os disposi-
pensão, visto ser direito constitucional, que vem sen- tivos do Estatuto que tratam das medidas de proteção
do desrespeitado, em razão dos baixos valores dos ao idoso em situação de risco social, assim como
proventos e pensões, completamente defasados, le- aquelas que cuidam da regulamentação das entida-
gando aos idosos a situação de penúria. O reajusta- des de atendimento. Não obstante a diretriz de que o
mento das aposentadorias e pensões deve observar atendimento asilar deve restringir-se aos casos extre-
o mesmo percentual de reajuste aplicado à menor mos, a realidade brasileira tem demonstrado situa-
aposentadoria, sendo essa a única forma de se ga- ções de abandono do idoso em asilos, por seus famili-
rantir o valor real desses benefícios. Além disso, fica ares, caso em que, por vezes, resulta relegado a con-
estipulado o dia 10 de maio como data-base dos apo- dições inaceitáveis, em flagrante desrespeito aos
sentados e pensionistas, coincidindo com a data de seus direitos fundamentais.
reajuste salarial dos trabalhadores. As entidades de atendimento a idosos ficam su-
Quanto à Assistência Social, considera-se rele- jeitas a diversas obrigações, não só relacionadas
vante a redução da idade, de sessenta e sete para com o atendimento das necessidades básicas, como
sessenta e cinco anos, para recebimento do benefício alimentação suficiente e vestuário, como as condi-
de um salário mínimo pelos idosos carentes. Essa ções sanitárias do imóvel destinado a servir de abrigo
medida restabelece o patamar de idade previsto na a essas pessoas, a preservação dos laços familiares,
Lei Orgânica da Assistência Social, derrogada por o atendimento personalizado, os cuidados médicos e
medida provisória já transformada em leL Outro ponto odontológicos, o oferecimento de atividades culturais,
41336 Sexta-Ieira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2()() I

esportivas e do lazer e a manutenção de profissionais municado ao Ministério Público, para as providências


com formação específica. cabíveis, conforme sua competência, outorgando-se
Ao receber o idoso, a entidade fica obrigada a poderes a esse órgão para promover a suspensão
firmar contrato escrito de prestação de serviços, dei- das atividades ou dissolução da entidade, com a proi-
xando bem claro o tipo de atendimento, as obrigações bição de atendimento a idosos, a bem do interesse
da entidade, as prestações decorrentes do contrato e público.
o preço, se for o caso. O instrumento contratual pro- As sanções administrativas podem recair sobre
porciona ao idoso maior segurança para reivindicar o médico ou responsável por estabelecimento de sa-
na Justiça, se necessário, os seus direitos. úde que não comunicar à autoridade competente os
Outrossim, deve a entidade fornecer comprovan- casos de maus-tratos de que tiver conhecimento,
te de depósito de bens móveis que receber dos idosos, para coibir sofrimentos desnecessários por parte de
manter arquivo com os dados pessoais e circunstânci- pessoas idosas, vítimas silenciosas desses delitos.
as do atendimento, providenciar os documentos ne- Estão previstas penalidades para as hipóteses
cessários ao exercício da cidadania, para o idoso que de omissão em conceder ao idoso prioridade no aten-
não os possuir, ou solicitar ao Ministério Público que os dimento e os benefícios relativos a educação, cultura,
requisite. Todas essas facilidades constituem meios de esporte, lazer, profissionalização, trabalho, habitação
proteção especial essenciais à pessoa idosa, em situ- e transporte, para a sua efetividade.
ação de carência e dependência. No que concerne ao acesso à Justiça, a lei que
O cumprimento dessas obrigações será fiscali- dá prioridade ao idoso nos procedimentos judiciais
zado pelos Conselhos do Idoso, pelo Ministério Públi- não estabeleceu um rito célere para a solução dos
co ou pela Vigilância Sanitária, ficando as entidades conflitos judiciais dos idosos. Em razão disso, o Subs-
infratoras sujeitas a diversas penalidades, no âmbito titutivo incluiu essas causas, qualquer que seja o seu
administrativo ou judicial. valor, no rito sumário previsto no art. 275 do Código
As sanções administrativas graduam-se desde de Processo Civil.
a advertência e multa até o afastamento dos dirigen- Assim, em relação às ações em que for parte ou
tes, suspensão do repasse de verbas públicas ou fe- interveniente pessoa com idade igualou superior a
chamento da entidade, a bem do interesse público, sessenta anos, foi alterado o art. 275 do Código de
além da proibição de atendimento a idosos. Essas pe- Processo Civil, para incluir, no inciso li, as causas do
nalidades são necessárias para a garantia do cumpri- idoso. Entretanto a Lei n09.099, de 26 de setembro de
mento das obrigações por parte das entidades de 1995, que dispõe sobre os Juizados Especiais Cíveis
atendimento. e Criminais, no art. 32, estabelece a competência do
Na apuração administrativa de infração às nor- Juizado Especial Cível para as causas de menor com-
mas de proteção ao idoso, o procedimento se inicia plexidade, inclusive as enumeradas no art. 275, inciso
por requisição do Ministério Público ou auto de infra- 11, do Código de Processo Civil (art. 3° inciso 11 da Lei
ção de servidor efetivo. Se for necessário o processo n° 9.099, de 26-9-95).
administrativo contra servidor público, o rito será o da Entre as funções institucionais do Ministério PÚ-
Lei n° 9.784, de 1999, e, quanto ao processo relativo à blico, disciplinadas no art. 129 da Constituição Fede-
autuação, será aplicável a Lei n° 6.437, de 1977, am- ral, encontra-se a de promover o inquérito civil público
bas subsidiariamente. e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio
No art. 58 foi ampliada a competência dos Con- público e social e de outros interesses difusos e cole-
selhos, prevista n° 8.842/94, para permitir a ação fis- tivos (art. 129, 111), podendo exercer outras funções
calizadora desses Conselhos e a aplicação das pena- que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com
lidades cabíveis, sem a qual não há garantia de atua- sua finalidade, sendo-lhe vedada a representação ju-
ção legal das entidades, em prol dos idosos. dicial e a consultoria jurídica de entidades públicas
Na esfera administrativa, as sanções estão pre- (art. 129, IX).
vistas no art. 60, ressaltando-se que na aplicação das Desse modo, a competência do Ministério Públi-
penalidades serão consideradas a natureza e a gravi- co foi ampliada para proteger o idoso, especialmente
dade da infração cometida, os danos que dela provie- nos casos em que, embora não seja incapaz para a
rem para o idoso e as circunstâncias agravantes ou prática de atos na vida civil que o leve a ser interdita-
atenuantes e os antecedentes da entidade. do, encontra-se em situação de verdadeira carência e
Em caso de reiteradas infrações que coloquem dependência diante de seus descendentes ou paren-
em risco os direitos dos idosos, o fato deverá ser co- tes que sejam devedores de alimentos.
Agosto de 20()( DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 31 41337
A legitimidade para atuar como substituto pro- Tornou-se necessário alterar também o art. 183
cessual nesse caso, poderá trazer mais segurança e do Código Penal, para incluir os delitos praticados
proteção ao idoso quanto à efetividade de seu direito, contra idoso, em relação aos crimes contra o patrimô-
embora não seja pessoa incapaz nos termos da lei. nio previstos nesse Código, que dependem de repre-
A competência do Ministério Público foi também sentação ou são praticados em prejuízo das pessoas
ampliada para abranger os direitos e interesses indi- enumeradas nos arts. 181 e 182.
viduais homogêneos do idoso, na instauração do in- Os crimes de omissão de socorro e maus-tratos
quérito civil e da ação civil pública. foram adaptados ao idoso, tendo em vista que nor-
A competência do Ministério Público para promo- malmente não é incapaz, não estando sob guarda, vi-
ver a revogação de instrumentos procuratórios, espe- gilância ou autoridade, mas necessita, não raras ve-
cialmente para recebimento de pensões e aposenta- zes, de cuidados e assistência em razão de sua con-
dição física.
dorias, incluída no Subst~utivo, é importante para coi-
bir situações em que os outorgados, parentes ou co- Assim, os novos delitos foram tipificados para
nhecidos deixam de prestar contas e se apropriam de protegê-lo das condutas lesivas a seus direitos, dis-
valores, ficando os idosos em situação de penúria. criminatórias ou abusivas, no acesso a contratações,
operações bancárias, meios de transporte, no traba-
Quanto à tipificação de novos delitos em prote-
lho, imposição financeira diferenciada em razão da
ção ao idoso, o Ministério público carece de instru-
idade, violência física, psíquica, patrimonial, retenção
mentos para lidar com a diversidade de situações, fi-
de seu cartão magnético de conta bancária e veicula-
cando muitas vezes sem poder promover a ação pe-
ção pelos meios de comunicação de imagens depre-
nai porque as condutas lesivas são atípicas. Destarte,
ciativas e injuriosas ao idoso.
foram instituídos novos crimes, como a discriminação,
o preconceito, o abandono em clínicas, casas de saú- Em relação aos crimes, será utilizado o procedi-
mento dos Juizados Especiais Criminais, previsto na
de e outros, constantes do Substitutivo. Foram altera-
das certas disposições do Código Penal que benefici- Lei n° 9.099, de 26 de setembro de 1995, abrangendo
am o idoso de setenta anos, substituindo-se essa ida- os delitos cuja pena máxima privativa de liberdade é
de para "sessenta anos", ficando compatível com a le- de quatro anos. A vantagem da aplicação dessa lei
consiste na celeridade de seu procedimento e maior
gislação do Idoso.
possibilidade de composição social por meio de pe-
O art. 61 do Código Penal que trata das circuns- nas alternativas ou substitutivas. A ampliação da
tâncias agravantes, estabelece na alínea h do inciso 11 pena máxima de um ano prevista nessa lei, para que
como agravante da pena a circunstância de ter sido o o crime seja considerado de menor potencial ofensi-
crime praticado contra "criança, velho, enfermo ou vo, para quatro anos, é socialmente benéfica, consi-
mulher grávida". O termo "velho" segundo Celso Del- derando que em muitos delitos praticados contra ido-
manto, em Código Penal Comentado, deve referir-se sos o agente é pessoa da família. Esse limite já foi ul-
ao conceito biológico e não à idade de setenta anos trapassado em alguns crimes de trânsito (CIB - Lei
(utilizada no Código), pois a vítima com esta idade n° 9.503, de 23 de setembro de 1997, art. 291, pará-
pode não ser velha e outros com menos idade podem grafo único).
apresentar condições de velhice.
As lacunas da lei merecem ser preenchidas
Como esse conceito depende de avaliação das para alcançar situações não previstas, proporcionan-
condições biológicas, melhor seria estabelecer uma do aos idosos maior segurança na sociedade e ampa-
ficção jurídica, considerando-se idoso o maior de ses- ro àqueles em situação de risco, por ação ou omissão
senta anos. O estabelecimento dessa ficção no cam- da sociedade ou do Estado, por falta, omissão ou abu-
po do direito não é nova, já tendo sido utilizada na fi- so da família, curador ou entidade de atendimento ou
xação da idade para os inimputáveis. em razão de sua condição pessoal.
Os crimes definidos no Substitutivo relativos ao Destarte, devemos reconhecer a necessidade
idoso passam a ser de ação pública incondicionada, de aperfeiçoamento da legislação protetora do idoso.
não lhes sendo aplicáveis os arts. 181, que trata de Vale lembrar a justificação do Projeto do Deputado
isenção de pena quando os crimes contra o patrimô- Fernando Coruja, no sentido de que, quando se trata
nio são praticados em prejuízo de cônjuge, na cons- de criança maltratada, todas as instituições e meios
tância da sociedade conjugal, ascendente ou descen- de comunicação se movimentam em função do ocor-
dente, e 182 do Código Penal, que exige a represen- rido, tendo em vista a existência do Estatuto da Crian-
tação como condição de procedibilidade. ça e do Adolescente. Em relação ao idoso, cheio de
4133l:\ Sexta-feira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agl.lsh.> de 21101
escaras, desnutrido, sem os medicamentos necessá- O Congresso Nacional decreta:
rios, talvez porque os responsáveis tenham gasto os
TíTULO I
seus recursos de aposentadoria ou pensão ou porque
Das Disposições Preliminares
o Estado não cumpriu sua obrigação constitucional,
ninguém se movimenta, considerando o tato como Art. 1° Fica instituído o Estatuto do Idoso, desti-
normal. Asilos e outras entidades de atendimento são nado a regular os direitos assegurados às pessoas
denunciados pela imprensa pela negligência com que com idade igualou superior a sessenta anos.
tratam os idosos, vítimas de vários delitos ou abando- Art. 2° O idoso goza de todos os direitos funda-
nados por seus familiares, mesmo doentes, em abri- mentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da
gos e hospitais. proteção integral de que trata esta lei, asseguran-
Assim, torna-se necessário instituir os instru- do-se-Ihe, por lei ou por outros meios, todas as opor-
mentos que possam garantir a proteção efetiva aos tunidades e facilidades, para preservação de sua saú-
idosos, com a atuação valiosa do Ministério Público de física e mental e seu aperfeiçoamento moral, inte-
da Defensoria Pública e dos Conselhos de Idosos na lectual, espiritual e social, em condições de liberdade
e dignidade.
luta em defesa de seus direitos.
Art. 3° É dever da família, da comunidade, da so-
Foram incluídas, no Substitutivo, as matérias de
ciedade em geral e do Poder Público assegurar ao
proteção ao idoso dos diversos projetos, as suges-
idoso, com absoluta prioridade, a efetivação dos direi-
tões dos vários segmentos da sociedade que não
tos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à edu-
contrariam a Constituição e introduzidos novos dispo-
cação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à
sitivos para aperfeiçoamento das proposições.
cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à
Finalmente, cuidamos do provimento de recur- convivência familiar e comunitária.
sos adicionais para o atendimento ao idoso, no âmbi- Parágrafo único. A garantia de prioridade com-
to da Assistência Social, determinando que o corres- preende:
pondente a vinte por cento dos recursos das loterias, I - atendimento preferencial e individualizado
arrecadados pela Caixa Econômica Federal, sejam junto aos órgãos públicos e privados prestadores de
destinados ao Fundo Nacional da Assistência Social, serviços à população.
para aplicação em programas de amparo aos idosos 11- preferência na formulação e na execução de
carentes, até que seja instituído o Fundo Nacional do políticas sociais públicas específicas;
idoso. informações do Ministério da Previdência e 111 - destinação privilegiada de recursos públi-
Assistência Social apontam que a Seguridade Social cos nas áreas relacionadas com a proteção ao idoso;
recebe da arrecadação das loterias cerca de quatro- IV - viabilização de formas alternativas de parti-
centos e cinqüenta milhões de reais, anualmente, de cipação, ocupação e convívio do idoso com as dema-
onde se infere que possa a Política do Idoso se bene- is gerações;
ficiar com algo em torno de noventa milhões de reais. V - priorização do atendimento do idoso por sua
própria família, em detrimento do atendimento asilar,
Pelo exposto, VOTO pela constitucionalidade,
exceto dos que não a possuam ou careçam de condi-
juridicidade e boa técnica legislativa do Projeto de Lei
ções de manutenção da própria sobrevivência;
n° 3561, de 1997 e seus apensos: PL nOs 183/1999,
VI - capacitação e reciclagem dos recursos hu-
942/1999, 2.420/2000, 2.421/2000, 2.426/2000,
manos nas áreas de geriatria e gerontologia e na
2.427/2000, 2.638/2000, e, no mérito, pela aprova- prestação de serviços aos idosos;
ção, na forma do Substitutivo em anexo. VII - estabelecimento de mecanismos que favo-
Sala da Comissão, 29 de agosto de 2001. - De- reçam a divulgação de informações de caráter educa-
putado Silas Brasileiro, Relator. tivo sobre os aspectos biopsicossociais do envelheci-
SUBSTITUTIVO AO PROJETO DE LEI mento;
N° 3.561 DE 1997 VIII - garantia de acesso à rede de serviços de
e aos Apensos PL nOs 183/99, 942/99, 2.421/00, saúde e de assistência social locais.
2.421/00,2.426/00,2.427100 e 2.638/00 Art. 4° Nenhum idoso será objeto de qualquer
forma de negligência, discriminação, violência, cruel-
Dispõe sobre o Estatuto do Idoso e dade ou opressão, punido na forma da lei qualquer
dá outras providências. atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos.
Agosto de 2001 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sext<J-ti::ira 31 41339
§ 1 É dever de todos prevenir a ameaça ou vio-
0
Art. 12. O respeito consiste na inviolabilidade da
lação aos direitos do idoso. integridade física, psíquica e moral, abrangendo a pre-
§ 2° As obrigações previstas nesta lei não exclu- servação da imagem, da identidade, da autonomia,
em da prevenção outras decorrentes dos princípios dos valores, dos espaços e dos objetos pessoais.
por ela adotados. Art. 13. É dever de todos zelar pela dignidade do
Art. 5° A inobservância das normas de preven- idoso, pondo-o a salvo de qualquer tratamento desu-
ção importará em responsabilidade à pessoa física mano, violento, aterrorizante, vexatório ou constran-
ou jurfdica nos termos da lei. gedor.
Art. 6° Todo cidadão tem o dever de comunicar à CAPíTULO 111
autoridade competente qualquer forma de violação a Dos Alimentos
esta lei que tenha testemunhado ou tomado conheci-
mento. Art. 14. Os alimentos serão prestados ao idoso
na forma da lei civil.
Art. ]O Os Conselhos Nacional, Estaduais, do
Distrito Federal e Municipais do Idoso, previstos na Art. 15. A obrigação alimentar é solidária, po-
lei n° 8.842, de 4 de janeiro de 1994, zelarão pelo dendo o idoso optar entre os prestadores.
cumprimento dos direitos do idoso, definidos nesta Art. 16. As transações relativas a alimentos po-
lei. derão ser celebradas perante o Promotor de Justiça,
que as referendará, e passarão a ter efeito de título
TíTULO 11 executivo extrajudicial nos termos da lei processual
Dos Direitos Fundamentais civil.
CAPíTULO I Art. 17. Se o idoso ou seus familiares não possu-
Do Direito à Vida írem condições econômicas de prover o seu sustento,
impõe-se ao Poder Público esse provimento, no âmbi-
Art. 8° A velhice é um direito personalíssimo e a to da Assistência Social.
sua proteção um direito social, nos termos desta lei e
da legislação vigente. CAPíTULO IV
Art. 9° Ao idoso é garantida a proteção à vida e à Do Direito à Saúde
saúde, mediante efetivação de políticas sociais públi- Art. 18. É assegurada a atenção integral à saúde
cas que permitam um envelhecimento saudável e em do idoso, por meio do Sistema Único de Saúde -
condições de dignidade. SUS, garantindo-se-Ihe o acesso universal e igualitá-
CAPíTULO 11 rio, em conjunto articulado e contínuo das ações e
Do Direito à Liberdade, ao Respeito serviços, para a prevenção, promoção, proteção e re-
e à Dignidade cuperação da saúde, compreendendo:
1- programas especiais de assistência médica e
Art. 10. Ao idoso serão assegurados a liberdade, odontológica;
o respeito e a dignidade, como pessoa humana e su-
11 - atenção especial às doenças que afetam
jeito de direitos civis, políticos, individuais e sociais,
preferencialmente os idosos;
garantidos na Constituição e nas leis.
111 - fornecimento obrigatório de vacina, confor-
Art. 11. A liberdade compreende os seguintes
me recomendação da autoridade sanitária.
aspectos:
§ 1° A prevenção e a manutenção da saúde do
I - faculdade de ir, vir e estar nos logradouros
idoso serão efetivadas por meio de:
públicos e espaços comunitários, ressalvadas as res-
I - cadastramento da população idosa em base
trições legais;
territorial;
11 - opinião e expressão;
11 - atendimento geriátrico e gerontológico em
111 - crença e culto religiosos; ambulatórios;
IV - prática de esportes e de diversões; 111 - unidades geriátricas de referência, com
V - participação na vida familiar e comunitária; pessoal especializado nas áreas de geriatria e geron-
VI - participação na vida política, na forma da tologia social;
lei; IV - atendimento domiciliar, incluindo a interna-
VII - faculdade de buscar refúgio, auxílio e ori- ção, para a população que dele necessitar e esteja
entação. impossibilitada de se locomover, inclusive para idosos
41340 S~xla-fcira 3I DIÁRIO DA CÁMARA DOS DEI'UTADOS Agnslo d~ 21)0 I
abrigados e acolhidos por instituições públicas, filan- movendo o treinamento e a capacitação dos profissio-
trópicas ou sem fins lucrativos e eventualmente con- nais, assim como orientação a cuidadores familiares
veniadas com o Poder Público, nos meios urbano e e grupos de auto-ajuda.
rural; Art. 22. Os casos de suspeita ou confirmação de
V - reabilitação orientada pela geriatria e geron- maus-tratos a idoso em instituições de saúde serão
tologia, para redução das seqüelas decorrentes do obrigatoriamente comunicados, sob pena de respon-
agravo da saúde. sabilidade, a quaisquer dos órgãos:
§ 20 Incumbe ao Poder Público o fornecimento I - Autoridade Policial;
gratuito de medicamentos aos idosos, em especial os 11- Ministério Público;
de uso continuado, assim como próteses, órteses e 111- Conselho Municipal do Idoso;
outros recursos relativos ao tratamento, habilitação
IV - Conselho Estadual do Idoso;
ou reabilitação.
V - Conselho Nacional do Idoso.
§ 30 É vedada a discriminação do idoso nos pIa-
nos de saúde, pela cobrança de valores diferenciados CAPíTULO V
em razão da idade. Da Educação, Cultura, Esporte e Lazer
§ 40 Os idosos portadores de deficiência ou com
Art. 23. O idoso tem direito a educação, cultura,
limitação incapacitante terão atendimento especiali-
esporte, lazer diversões, espetáculos, produtos e ser-
zado, nos termos da lei.
viços que respeitem sua peculiar condição de idade.
§ 50 A prioridade no atendimento à saúde do
Art. 24. O Poder Público deve criar oportunida-
idoso pelos Serviços Públicos de Saúde consiste em:
des de acesso do idoso à educação, adequando cur-
I - assistência imediata, sempre que possível, rículos, metodologias e material didático aos progra-
ou o oferecimento de acomodações adequadas, mas educacionais a ele destinados.
quando indispensável a espera;
§ 1° Os cursos especiais para idosos devem in-
II - disponibilização de locais exclusivos para a cluir conteúdo relativo às técnicas de comunicação,
marcação de consultas, exames e demais procedi- computação e demais avanços tecnológicos, para
mentos médicos. sua integração à vida moderna.
Art. 19. O idoso internado ou em observação § 20 Os idosos participarão das comemorações
tem direito a acompanhante, em tempo integral e con- de caráter cívico ou cultural, para transmissão de co-
dições adequadas, segundo o critério médico. nhecimentos e vivências às demais gerações, no sen-
Parágrafo único. Nos casos de impedimento da tido de preservação da memória e da identidade cul-
presença do acompanhante, o profissional de saúde turais.
responsável deverá apresentar a justificação, por es- Art. 25. Nos currículos mínimos dos diversos ní-
crito. veis de ensino formal devem ser inseridos conteúdos
Art. 20. Quando o tratamento de saúde possibili- voltados ao processo de envelhecimento, ao respeito
tar alternativas de procedimentos médicos, cabe ao e à valorização do idoso, com o objetivo de eliminar
idoso que esteja no domínio de suas faculdades men- preconceitos e disseminar esses conhecimentos.
tais o direito de opção. Art. 26. Ao idoso é assegurado o desconto de,
Parágrafo único. Não estando o idoso em condi- no mínimo, cinqüenta por cento na aquisição de in-
ções de proceder à opção, esta será feita: gressos para eventos artísticos, culturais, esportivos
I - pelo curador, quando o idoso for interditado; e de lazer, bem como o acesso preferencial aos res-
11- pejos familiares, quando o idoso não tiver cu- pectivos locais.
rador ou este não puder ser contactado, em tempo Art. 27. Os meios de comunicação devem man-
hábil; ter espaços ou horários especiais voltados aos ido-
111 - pelo médico, quando ocorrer iminente risco sos, com finalidade informativa, educativa, artística e
de vida e não houver tempo hábil para consulta a cu- cultural e, ao público, sobre o processo de envelheci-
rador ou familiar; mento.
IV - pelo médico, quando não houver curador ou Art. 28. O Poder Público apoiará a criação de
familiar conhecido, caso em que deverá comunicar o universidade aberta para as pessoas idosas e incenti-
fato ao Ministério Público. vará a publicação de livros e periódicos, de conteúdo
Art. 21. As instituições de saúde devem atender e padrão editorial adequados ao idoso, considerada a
aos critérios mínimos para atendimento ao idoso, pro- natural redução da capacidade visual.
Agosto de 2(J() 1 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexla-teíra 31 41341
CAPíTULO VI Social observará sempre a equivalência, em número,
Da Profissionalização e do Trabalho com o valor da menor aposentadoria.
Art. 29. O idoso tem direito ao exercício de ativi- Art. 37. O pagamento dos benefícios de aposen-
dade profissional, respeitadas suas condições físi- tadoria e pensão efetuado com atraso, por responsa-
cas, intelectuais e psíquicas. bilidade da Previdência Social, será efetuado com os
Art. 30. Na admissão do idoso em qualquer tra- acréscimos legais incidentes sobre as contribuições a
balho ou emprego, é vedada a discriminação e a fixa- esse Regime pagas com atraso.
ção de limite máximo de idade, inclusive para concur- Art. 38. O Dia Mundial do Trabalho, 10 de Maio, é
sos. a data-base dos aposentados e pensionistas.
Parágrafo único. O primeiro critério de desem- CAPíTULO VIII
pate em concurso público será a idade, dando-se pre- Da Assistência Social
ferência à idade mais elevada.
Art. 31. O Poder Público criará e estimulará pro- Art. 39. A assistência social aos idosos será
gramas de: prestada, de forma articulada, conforme os princípios
1- profissionalização especializada para os ido- e diretrizes previstos na Lei Orgânica da Assistência
sos, considerados seus potenciais e habilidades para Social, na Política Nacional do Idoso, no Sistema Úni-
atividades regulares e remuneradas; co de Saúde e em normas correlatas.
11 - preparação dos trabalhadores para a apo- Art. 40. Aos idosos, a partir de sessenta e cinco
sentadoria, com antecedência mínima de um ano, anos, que não possuam meios para prover sua sub-
com o objetivo de estimular novos projetos sociais, de sistência, nem de tê-Ia provida por sua família, é as-
seu interesse, e de informar sobre os direitos sociais segurado o beneficio mensal de um salário mínimo.
e de cidadania; § 1° Considera-se ausência de meios para pro-
111- estímulo às empresas privadas para admis- ver à própria subsistência a falta de acesso do idoso a
são de idosos ao trabalho. qualquer tipo de fonte de renda.
Art. 32. As pessoas jurídicas de direito público e § 2° Considera-se incapaz de prover a subsis-
de direito privado, prestadoras de serviços públicos, tência do idoso a família cuja renda mensal per capi-
reservarão para os idosos não aposentados a cota ta seja igualou inferior a um salário mínimo.
mínima de cinco por cento de seus empregos, proce-
§ 3° O beneficio não poderá ser acumulado com
dendo a concurso ou seleção pública.
qualquer outro da Seguridade Social ou de qualquer
Art. 33. Os programas governamentais de gera- regime previdenciário, recebido pelo próprio idoso.
ção de emprego e renda devem contemplar os traba-
§ 4° Não prejudica o direito do idoso o recebi-
lhadores idosos, especialmente no financiamento de
mento do benefício por outro membro da família.
micro-unidades produtivas.
Art. 34. As entidades governamentais e não go- § 5° Caso o idoso resida em abrigo ou pensão
vernamentais devem estimular e priorizar o desempe- protegida, a instituição não poderá reter mais do que
nho de trabalho voluntário pelos idosos. setenta por cento do valor do seu benefício, previden-
ciário ou assistencial, exceto nos casos de incapaci-
CAPíTULO VII dade absoluta, comprovada por equipe de saúde.
Da Previdência Social Art. 41. O acolhimento de idosos, em situação
Art. 35. Os benefícios de aposentadoria e pen- de risco social, por adulto ou núcleo familiar, caracte-
são do Regime Geral da Previdência Social terão seu riza a dependência econômica, para os efe-os legais.
valor convertido, na data da concessão, em número
CAPíTULO IX
que expresse a equivalência com o valor da menor
Da Habitação
aposentadoria.
Parágrafo único. Os benefícios de aposentado- Art. 42. O idoso tem direito a moradia digna, no
ria e pensão mantidos pela Previdência Social terão seio da família natural ou substituta, ou desacompa-
seus valores revistos, na data da publicação desta lei, nhado de seus familiares, quando assim o desejar,
para que seja assegurada a equivalência, em núme- ou, ainda, em instituição pública ou privada.
ro, com o valor da menor aposentadoria. § 1° A assistência integral, nas modalidades de
Art. 36. O reajustamento dos benefícios de apo- abrigo ou pensão protegida, deverá ser prestada
sentadoria e pensão do Regime Geral da Previdência quando verificada a inexistência de grupo familiar,
4 U42 Sexta-Icira 3\ DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS AgLl,lo de 200\

abandono ou carência de recursos financeiros própri- TíTULO 111


os ou da família. Das Medidas de Proteção
§ 2° As instituições públicas de atendimento a CAPíTULO I
idoso acolherão, preferencialmente, os desabrigados Das Disposições Gerais
sem família e sem rendimentos.
Art. 48. As medidas de proteção ao idoso são
§ 3° A instituição de atendimento ao idoso deve
aplicáveis sempre que os direitos reconhecidos nesta
atender às exigências legais e manter identificação
lei forem ameaçados ou violados:
externa visível, sob pena de interdição.
I - por ação ou omissão da sociedade ou do
§ 4° As instituições que abriguem idosos devem
Estado;
observar as exigências do art. 55, sob as penas da lei.
11 - por falta, omissão ou abuso da família, cura-
Art. 43. Nos programas habitacionais, públicos dor ou entidade de atendimento;
ou subsidiados com recursos públicos, o idoso goza
111 - em razão de sua condição pessoal.
de prioridade para a aquisição da moradia própria,
observado o seguinte: CAPíTULO 11
I - reserva de três por cento das unidades resi- Das Medidas Específicas de Proteção
denciais para os idosos; Art. 49. As medidas de proteção ao idoso previs-
11 - implantação de equipamentos urbanos co- tas nesta lei poderão ser aplicadas, isolada ou cumu-
munitários voltados ao idoso; lativamente, bem como substituídas, a qualquer tem-
111- eliminação de barreiras arquitetônicas e ur- po, e levarão em conta os uns sociais a que se desti-
banísticas, para a garantia de acessibilidade ao ido- nam e o fortalecimento dos vínculos familiares e co-
so; munitários.
IV - critérios de financiamento compatíveis com Art. 50. Verificada qualquer das hipóteses pre-
os rendimentos de aposentadoria e pensão. vistas no art. 48, o Ministério Público ou o Poder Judi-
ciário, a requerimento daquele, poderá determinar,
CAPíTULO X dentre outras, as seguintes medidas:
Do Transporte I - encaminhamento à família ou curador, medi-
Art. 44. Aos maiores de sessenta anos fica asse- ante termo de responsabilidade;
gurada a gratuidade nos transportes coletivos públi- 11 - orientação, apoio e acompanhamento tem-
cos, urbanos e semi-urbanos. porários;
§ 1° Para o acesso à gratuidade, é suficiente a 111- requisição de tratamento médico, odontoló-
apresentação de documento pessoal que faça prova gico, psicológico ou psiquiátrico, em regime ambula-
torial, hospitalar ou domiciliar.
da idade.
IV - inclusão em programa oficial ou comunitá-
§ 2° Nos veículos de transporte coletivo de que rio de auxilio, orientação e tratamento a alcoólatras e
trata este artigo, serão reservados dez por cento dos toxicômanos, ao próprio idoso ou pessoa de sua con-
assentos para os idosos, devidamente identificados. vivência que lhe cause perturbação;
Art. 45. No sistema de transporte coletivo inter- V - abrigo em entidade.
municipal e interestadual observar-se-á:
TíTULO IV
I - a reserva de duas vagas gratuitas para ido- Da Política de Atendimento ao Idoso
sos, por veículo;
CAPíTULO I
11 - o desconto de cinqüenta por cento, no míni-
Disposições Gerais
mo, no valor das passagens, para os idosos que exce-
derem as vagas gratuitas; Art. 51. A política de atendimento ao idoso
far-se-á através do conjunto articulado de ações go-
Art. 46. Fica assegurada a reserva, para os ido- vernamentais e não governamentais, da União, dos
sos, de cinco por cento das vagas nos estacionamen- Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
tos públicos e privados, posicionadas de forma a ga- Art. 52. São linhas de ação da política de atendi-
rantir maior comodidade; mento:
Art. 47. É assegurada a prioridade de embarque I - políticas sociais básicas, previstas na lei n°
ao idoso no sistema de transporte coletivo. 8.842, de 4 de janeiro de 1994;
Agosto de 200\ DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexla-tcíra 31 41343
II - políticas e programas de assistência social, VI - preservação da identidade e oferecimento
em caráter supletivo, para aqueles que necessitarem; de ambiente de respeito e dignidade.
111 - serviços especiais de prevenção e atendi- Parágrafo único. O dirigente de instituição pres-
mento às vítimas de negligência, maus-tratos, explo- tadora de atendimento ao idoso responderá civil e cri-
ração, abuso, crueldade e opressão; minalmente pelos atos que praticar em detrimento do
IV - serviço de identificação e localização de pa- idoso, sem prejuízo das sanções administrativas.
rentes ou responsáveis por idosos abandonados em Art. 55. Constituem obrigações das entidades
hospitais e entidades de permanência prolongada; de atendimento:
V - proteção jurídico-social por entidades de de- I - celebrar contrato escrito de prestação de ser-
fesa dos direitos dos idosos; viço com o idoso, especificando o tipo de atendimento
VI - mobilização da opinião pública no sentido e os serviços oferecidos, com os respectivos preços,
da participação dos diversos segmentos da socieda- se for o caso;
de no atendimento do idoso. II - fornecer alimentação e vestuário adequa-
dos;
CAPíTULO II
Das Entidades de Atendimento ao Idoso 111 - oferecer instalações físicas em condições
adequadas de habitabilidade;
Art. 53. As entidades de atendimento são res-
IV - oferecer atendimento personalizado;
ponsáveis pela manutenção das próprias unidades,
V - oferecer acomodações apropriadas para re-
observadas as normas de planejamento e execução
cebimento de visitas;
emanadas do órgão competente da Política Nacional
do Idoso, conforme a lei n° 8.842, de 4 de janeiro de VI - proporcionar cuidados médicos, psicológi-
1994. cos, odontológicos e farmacêuticos;
Parágrafo único. As entidades governamentais e VII- promover atividades educacionais, esporti-
não-governamentais de assistência a idoso ficam su- vas, culturais e de lazer;
jeitas à inscrição de seus programas junto ao órgão VIII- propiciar assistência religiosa àqueles que
competente da Vigilância Sanitária e ao Conselho desejarem, conforme suas crenças;
Municipal do Idoso, ou, na falta deste, perante o Con- IX - proceder a estudo social e pessoal de cada
selho Estadual ou Nacional do Idoso, especificando caso;
os regimes de atendimento, observados os seguintes
X - comunicar à autoridade competente de saú-
requisitos:
de a ocorrência de doenças infecto-contagiosas;
I - oferecer instalações físicas em condições
XI - providenciar a documentação básica do
adequadas de habitabilidade, higiene, salubridade e
idoso que não a possua ou solicitar a requisição ao
segurança;
Ministério Público, na forma da lei;
11 - apresentar objetivos estatutários e plano de
XII - fornecer comprovante de depósito dos
trabalho compatíveis com os princípios desta lei;
bens móveis recebidos dos idosos;
111- estar regularmente constituída;
XIII- manter arquivo em que constem data e cir-
IV - demonstrar a idoneidade de seus dirigen-
cunstâncias do atendimento, nome do idoso, respon-
teso
sável, parentes, endereços, cidade, relação de perten-
Art. 54. As entidades que desenvolvam progra-
ces, bem como o valor das contribuições, e suas alte-
mas de abrigo ou pensão protegida deverão adotar os
rações, se houver, e demais dados que possibilitem a
seguintes princípios:
identificação e individualização do atendimento;
I - preservação dos vínculos familiares;
XIV - comunicar ao Ministério Público, para as
11 - atendimento personalizado e em pequenos
grupos; providências cabíveis, a situação de abandono moral
ou material por parte dos familiares;
111- manutenção do idoso na mesma instituição,
salvo em caso de força maior; XV - manter, no quadro de pessoal, profissionais
IV - participação do idoso nas atividades comu- com formação específica.
nitárias, de caráter interno e externo; Art. 56. As instituições filantrópicas ou sem fins
V - observância dos direitos e garantias do ido- lucrativos prestadoras de serviço ao idoso terão direi-
so; to à assistência judiciária gratuita.
41344 Sexta-Ieira 31 DIARIO DA CAMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2110 I
CAPíTULO 111 ou dissolução da entidade, com a proibição de atendi-
Da Fiscalização das Entidades de Atendimento mento a idosos a bem do interesse público.
Art. 57. As entidades governamentais e não-go- § 4° Na aplicação das penalidades, serão consi-
vernamentais de atendimento ao idoso serão fiscaliza- deradas a natureza e a gravidade da infração cometi-
das pelos Conselhos do Idoso, Ministério Público, sis- da, os danos que dela provierem para o idoso, as cir-
tema de Vigilância Sanitária e outros previstos em lei. cunstâncias agravantes ou atenuantes e os antece-
Art. 58. O art. 70 da lei na 8.842,de 4 de janeiro dentes da entidade.
de 1994, passa a vigorar com a seguinte redação: CAPíTULO IV
"Art. r Compete aos Conselhos de Das Infrações Administrativas
que trata o art. 6° desta lei a formulação, co-
Art. 61. Deixar, a entidade de atendimento, de
ordenação, supervisão, avaliação e fiscali- cumprir as determinações do art. 55 desta lei:
zação da política nacional do idoso, assim
Pena - multa de quinhentos a três mil reais, po-
como a aplicação das penalidades cabíveis,
dendo haver a interdição do estabelecimento até que
no âmbito das respectivas instâncias políti-
sejam cumpridas as exigências legais.
co-administrativas." (NR)
Parágrafo único. Havendo interdição da entida-
Art. 59. Será dada publicidade das prestações de de atendimento, os idosos abrigados serão trans-
de contas dos recursos públicos e privados recebidos feridos a outra instituição às expensas do estabeleci-
pelas entidades de atendimento. mento interditado, enquanto durar a interdição, po-
Art. 60. As entidades de atendimento que des- dendo a autoridade competente adotar outra medida
cumprirem as determinações desta lei ficarão sujei- mais adequada para os idosos.
tas, sem prejuízo da responsabilidade civil e criminal
Art. 62. Deixar o médico ou responsável por es-
de seus dirigentes ou prepostos, às seguintes penali-
tabelecimento de saúde, de abrigo, pensão protegida
dades, observado o devido processo legal:
ou similar, de comunicar à autoridade competente os
I - as entidades governamentais: casos de crimes contra idoso de que tiver conheci-
a) advertência; mento.
b) afastamento provisório de seus dirigentes; Pena - multa de quinhentos a três mil reais, apli-
c) afastamento definitivo de seus dirigentes; cada em dobro no caso de reincidência.
d) fechamento de unidade ou interdição de pro- Art. 63. Deixar de cumprir as determinações
grama. desta lei sobre a prioridade no atendimento ao idoso,
11 - as entidades não-governamentais: salvo por motivo justificado:
a) advertência; Pena - multa de quinhentos a mil reais e multa
b) multa; civil, a ser estipulada pelo juiz, conforme o dano sofri-
e) suspensão parcial ou total do repasse de ver- do pelo idoso, sendo devida aos herdeiros do idoso
bas públicas; que vier a falecer em conseqüência da omissão.
d) interdição de unidade ou suspensão de pro- Art. 64. Deixar de conceder ao idoso os direitos
grama; assegurados nesta lei quanto a educação, cultura, es-
c) proibição de atendimento a idosos a bem do porte e lazer, habitação, profissionalização e trabalho
interesse público. e transportes:
§ 1° Havendo graves danos aos idosos abrigados Pena - multa de quinhentos a mil reais.
ou qualquer tipo de fraude em relação ao programa, Art. 65. Os valores monetários expressos neste
caberá o afastamento provisório dos dirigentes ou a in- Capítulo serão atualizados, anualmente, na forma da
terdição da unidade e a suspensão do programa. lei.
§ 2° A suspensão parcial ou total do repasse de
CAPíTULO V
verbas públicas ocorrerá quando verificada a má apli-
Da Apuração Administrativa de Infração
cação ou desvio de finalidade dos recursos.
às No rmas de Proteção ao Idoso
§ 3° Na ocorrência de reiteradas infrações por
entidade de atendimento, que coloquem em risco os Art. 66. O procedimento para a imposição de pe-
direitos assegurados nesta lei, será o fato comunicado nalidade administrativa por infração às normas de
ao Ministério Público, para as providências cabíveis, proteção ao idoso terá início por requisição do Minis-
inclusive para promover a suspensão das atividades tério Público ou auto de infração elaborado por servi-
Agosto de 2l)()1 DIÁRIO DA CÁMARA DOS DEPUTADOS Scxta-lcira 31 41345
dor efetivo, assinado por duas testemunhas, se possí- Art. 74. Apresentada a defesa, o juiz procederá
vel. na conformidade do artigo 73 ou, se necessário, de-
§ 1° No procedimento iniciado com o auto de in- signará audiência de instrução e julgamento, delibe-
fração poderão ser usadas fórmulas impressas, espe- rando sobre a necessidade de produção de outras
cificando-se a natureza e as circunstâncias da infra- provas.
ção. § 1° Salvo manifestação em audiência, as par-
§ 2° Sempre que possível, à verificação da infra- tes e o Ministério Público terão cinco dias para ofere-
ção seguir-se-á a lavratura do auto, ou será lavrado cer alegações finais, decidindo a autoridade judiciária
dentro de vinte e quatro horas, por motivo justificado. em igual prazo.
§ 2° Em se tratando de afastamento provisório
Art. 67. O autuado terá prazo de dez dias para a
ou definitivo de dirigente de entidade governamental,
apresentação da defesa, contado da data da intima-
a autoridade judiciária oficiará a autoridade adminis-
ção, que será feita:
trativa imediatamente superior ao afastado, fixan-
I - pelo autuante, no instrumento de autuação, do-lhe prazo de vinte e quatro horas para proceder à
quando for lavrado na presença do infrator; substituição.
11 - por via postal, com aviso de recebimento. § 3° Antes de aplicar qualquer das medidas, a
Art. 68. Havendo risco para a vida ou à saúde do autoridade judiciária poderá fixar prazo para a remo-
idoso, a autoridade competente aplicará à entidade ção das irregularidades verificadas. Satisfeitas as exi-
de atendimento as sanções regulamentares, sem gências, o processo será extinto, sem julgamento do
prejuízo da iniciativa e das providências que vierem a mérito.
ser adotadas pelo Ministério Público ou pelas demais § 4° A multa e a advertência serão impostas ao
instituições legitimadas para a fiscalização. dirigente da entidade ou ao responsável pelo progra-
Art. 69. Nos casos em que não houver risco para ma de atendimento.
a vida ou a saúde da pessoa idosa abrigada, a autori- Art. 75. Aplica-se, subsidiariamente, às disposi-
dade competente poderá fixar prazo para que sejam ções deste Capítulo, o procedimento sumário previsto
sanadas as irregularidades. no Código de Processo Civil, naquilo que não contra-
Art. 70. Aplicam-se, subsidiariamente, ao proce- rie os prazos previstos nesta lei.
dimento administrativo de que trata este Capítulo as TíTULO V
disposições das leis nOs 6.437, de 20 de agosto de Do Acesso à Justiça
1977, e 9.784, de 29 de janeiro de 1999.
CAPíTULO I
CAPíTULO V Das Disposições gerais
Da Apuração Judicial de Irregularidades
em Entidade de Atendimento Art. 76. O Poder Público poderá criar varas es-
pecializadas e exclusivas do idoso.
Art. 71. O procedimento de apuração de irregu- Art. 77. É assegurada prioridade na tramitação
laridades em entidade governamental e não-governa- dos processos e procedimentos e na execução dos
mental de atendimento ao idoso terá início mediante atos e diligências judiciais em que figure como parte
petição fundamentada de pessoa interessada ou ini- ou interveniente pessoa com idade igualou superior a
ciativa do Ministério Público. sessenta anos, em qualquer instância.
Art. 72. Havendo motivo grave, poderá a autori- § 1° O interessado na obtenção da prioridade a
dade judiciária, ouvido o Ministério Público, decretar que alude este artigo, fazendo prova de sua idade, a
liminarmente o afastamento provisório do dirigente da requererá à autoridade judiciária competente para
entidade ou outras medidas que julgar adequadas, decidir o feito, que determinará as providências a se-
para evitar lesão aos direitos do idoso, mediante deci- rem cumpridas, anotando-se essa circunstância em
são fundamentada. local visível na autuação do processo.
Art. 73. O dirigente da entidade será citado para, § 2° A prioridade não cessará com a morte do
no prazo de dez dias, oferecer resposta escrita, poden- beneficiado, estendo-se em favor do cônjuge supérs-
do juntar documentos e indicar as provas a produzir. tite, companheiro ou companheira, com união está-
Parágrafo único. Não apresentada a defesa, a vel, maior de sessenta anos.
autoridade judiciária dará vista dos autos ao Ministé- § 3° A prioridade se estende aos processos e
rio Público, por cinco dias, decidindo em igual prazo. procedimentos na Administração Pública, empresas
41346 Sexta-feira 31 DIÁRIO))1\ CÂMARA DOS DEPUTADOS Agoslu de 200!
prestadoras de serviços públicos e instituições finan- VI- instaurar sindicâncias, requisitar diligências
ceiras, ao atendimento preferencial junto à Defenso- investigatórias e a instauração de inquérito policial,
ria Pública da União, dos Estados e do Distrito Fede- para a apuração de ilícitos ou infrações às normas de
ral em relação aos Serviços de Assistência Judiciária. proteção ao idoso;
§ 4° Para o atendimento prioritário será garanti- VII- zelar pelo efetivo respeito aos direitos e ga-
do ao idoso o fácil acesso aos assentos e caixas, rantias legais assegurados ao idoso, promovendo as
identificados com a destinação a idosos em local visí- medidas judiciais e extrajudiciais cabíveis;
vel e caracteres legíveis. VIII - inspecionar as entidades públicas e parti-
Art. 78. O inciso 11 do art. 275 da lei n° 5.869, de culares de atendimento e os programas de que trata
11 de janeiro de 1973, Código de Processo Civil, pas- esta lei, adotando de pronto as medidas administrati-
sa a vigorar acrescido da seguinte alínea h: vas ou judiciais necessárias à remoção de irregulari-
"Art. 275 . dades porventura verificadas;
11- . IX - requisitar força policial, bem corno a colabo-
h) em que for parte ou interveniente ração dos serviços de saúde, educacionais e de as-
pessoa com idade igualou superior a ses- sistência social, públicos, para o desempenho de
senta anos." (NR) suas atribuições.
X - referendar transações envolvendo interes-
CAPíTULO 11 ses e direitos dos idosos previstos nesta lei.
Do Ministério Público
§ 1° A legitimação do Ministério Público para as
Art. 79. As funções do Ministério Público, previs- ações cíveis previstas neste artigo não impede a de
tas nesta lei, serão exercidas nos termos da respecti- terceiros, nas mesmas hipóteses, segundo dispuser a
va lei Orgânica. lei.
Art. 80. Compete ao Ministério Público: § 2° As atribuições constantes deste artigo não
1- instaurar o inquérito civil e a ação civil pública excluem outras, desde que compatíveis com a finali-
para a proteção dos direitos e interesses difusos ou dade e atribuições do Ministério Público.
coletivos, individuais indisponíveis e individuais ho- § 3° o representante do Ministério Público, no
mogêneos do idoso; exercício de suas funções, terá livre acesso a toda en-
11 - promover e acompanhar as ações de ali- tidade de atendimento ao idoso.
mentos, de interdição total ou parcial, de designação Art. 81. Nos processos e procedimentos em que
de curador especial, em circunstâncias que justifi- não for parte, atuará obrigatoriamente o Ministério
quem a medida e oficiar em todos os feitos em que se Público na defesa dos direitos e interesses de que cu-
discutam os direitos de idosos em condições de risco; ida esta lei, hipóteses em que terá vista dos autos de-
III - atuar como substituto processual do idoso pois das partes, podendo juntar documentos, reque-
em situação de risco, conforme o disposto no art. 48 rer diligências e produção de outras provas, usando
desta lei; os recursos cabíveis.
IV - promover a revogação de instrumento pro- Art. 82. A intimação do Ministério Público, em
curatório do idoso, nas hipóteses previstas no art. 48 qualquer caso, será feita pessoalmente.
desta lei, quando necessário ou o interesse público Art. 83. A falta de intervenção do Ministério PÚ-
justificar; blico acarreta a nulidade do feito, que será declarada
V - instaurar procedimento administrativo e, de ofício pelo juiz ou a requerimento de qualquer inte-
para instruí-lo: ressado.
a) expedir notificações, colher depoimentos ou Art. 84. As manifestações processuais do repre-
esclarecimentos e, em caso de não comparecimento sentante do Ministério Público deverão ser funda-
injustificado da pessoa notificada, requisitar condu- mentadas.
ção coercitiva, inclusive pela Polícia Civil ou Militar;
b) requisitar informações, exames, perícias e do- CAPíTULO 111
cumentos de autoridades municipais, estaduais e fe- Da Proteção Judicial dos Interesses Difusos,
derais, da administração direta e indireta, bem corno Coletivos e Individuais Indisponíveis ou
promover inspeções e diligências investigatórias; Homogêneos
c) requisitar informações e documentos particu- Art. 85. Regem-se pelas disposições desta lei as
lares de instituições privadas. ações de responsabilidade por ofensa aos direitos as-
Agusto de 2001 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-lCira 31 41347
segurados ao idoso, referentes à omissão ou ao ofe- § 1° Sendo relevante o fundamento da demanda
recimento insatisfatório de: e havendo justificado receio de ineficácia do provi-
I - acesso às ações e serviços de saúde; mento final, é licito ao juiz conceder a tutela liminar-
II - atendimento especializado ao idoso porta- mente ou após justificação prévia, na forma do art.
dor de deficiência ou com limitação incapacitante; 273 do Código de Processo Civil.
111 - atendimento especializado ao idoso porta- § 2° O juiz poderá, na hipótese do parágrafo an-
dor de doença infecto-contagiosa; teriorou na sentença, impor multa diária ao réu, inde-
IV - de serviço de assistência social visando ao pendentemente do pedido do autor, se for suficiente
amparo do idoso. ou compatível com a obrigação, fixando prazo razoá-
vel para o cumprimento do preceito.
Parágrafo único. As hipóteses previstas neste
artigo não excluem da proteção judicial outros inte- § 3° A multa só será exigível do réu após o trânsi-
resses difusos, coletivos, individuais indisponíveis ou to em julgado da sentença favorável ao autor, mas será
homogêneos, próprios do idoso, protegidos em lei. devida desde o dia em que se houver configurado.
Art. 86. As ações previstas neste capítulo serão Art. 90. Os valores das multas previstas nesta lei
propostas no foro do domicílio do idoso, cujo juízo terá reverterão ao Fundo de Assistência Social do respec-
competência absoluta para processar a causa, res- tivo Município, ficando vinculados ao atendimento do
salvadas as competências da Justiça Federal e a idoso.
competência originária dos Tribunais Superiores. Parágrafo único. As multas não recolhidas até
Art. 87. Para as ações cíveis fundadas em inte- trinta dias após o trânsito em julgado da decisão se-
resses difusos, coletivos, individuais indisponíveis ou rão exigidas através de execução promovida pelo Mi-
homogêneos, consideram-se legitimados, concorren- nistério Público, nos mesmos autos, facultada igual
temente: iniciativa aos demais legitimados em caso de inércia
1- o Ministério Público; daquele.
11 - a União, os Estados, o Distrito Federal e os Art. 91. O juiz poderá conferir efeito suspensivo
Municípios; aos recursos, para evitar dano irreparável à parte.
111 - a Ordem dos Advogados do Brasil; Art. 92. Transitada em julgado a sentença que
IV - as associações legalmente constituídas há impuser condenação ao Poder Público, o juiz determi-
pelo menos um ano e que incluam entre os fins institu- nará a remessa de peças à autoridade competente,
cionais a defesa dos interesses e direitos da pessoa para apuração da responsabilidade civil e administra-
idosa, dispensada a autorização da assembléia, se tiva do agente a que se atribua a ação ou omissão.
houver prévia autorização estatutária. Art. 93. Decorridos sessenta dias do trânsito em
§ 1° Admitir-se-á litisconsórcio facultativo entre julgado da sentença condenatória favorável ao idoso
os Ministérios Públicos da União e dos Estados na sem que o autor lhe promova a execução, deverá
defesa dos interesses e direitos de que cuida esta lei. fazê-lo o Ministério Público, facultada igual iniciativa
§ 2° Em caso de desistência ou abandono da aos demais legitimados, como assistentes ou assu-
ação por associação legitimada, o Ministério Público mindo o polo ativo, em caso de inércia desse órgão.
ou outro legitimado deverá assumir a titularidade ativa. Art. 94. Nas ações de que trata este Capítulo,
Art. 88. Para defesa dos interesses e direitos não haverá adiantamento de custas, emolumentos,
protegidos por esta lei, são admissíveis todas as es- honorários periciais e quaisquer outras despesas.
pécies de ação pertinentes. Parágrafo único. Não se imporá sucumbência ao
Parágrafo único. Contra atos ilegais ou abusivos Ministério Público.
de autoridade pública ou agente de pessoa jurídica Art. 95. Qualquer pessoa poderá e o servidor de-
no exercício de atribuições de Poder Público, que le- verá provocar a iniciativa do Ministério Público, pres-
sem direito liquido e certo previsto nesta lei, caberá tando-lhe informações sobre fatos que constituam ob-
ação mandamental, que se regerá pelas normas da jeto de ação civil e indicando-lhe os elementos de
lei do mandado de segurança. convicção.
Art. 89. Na ação que tenha por objeto o cumpri- Art. 96. Os agentes públicos em geral, os juízes
mento de obrigação de fazer ou não fazer, o juiz con- e tribunais, no exercício de suas funções, quando tive-
cederá a tutela específica da obrigação ou determina- rem conhecimento de fatos que possam configurar
rá providências que assegurem o resultado prático crime de ação pública contra idoso ou ensejar a pro-
equivalente ao adimplemento. positura de ação para sua defesa, devem encaminhar
41348 Sext,I-lcira 31 DIÁRIO IM CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 200 I
as peças pertinentes ao Ministério Público, para as CAPíTULO 11
providências cabíveis. Dos Crimes em Espécie
Art. 97. Para instruir a petição inicial, o interes- Art. 102. Discriminar pessoa idosa, impedindo
sado poderá requerer às autoridades competentes as ou dificultando seu acesso a operações bancárias,
certidões e informações que julgar necessárias, que aos meios de transporte, ao direito de contratar ou por
serão fornecidas no prazo de dez dias. qualquer outro meio ou instrumento necessário ao
Art. 98. O Ministério Público poderá instaurar exercício da cidadania, por motivo de idade.
sob sua presidência, inquérito civil, ou requisrtar, de Pena - Reclusão de seis meses a um ano e mul-
qualquer pessoa, organismo público ou particular, ta.
certidões, informações exames ou perícias, no prazo
§ 1° Na mesma pena incorre quem desdenhar,
que assinalar, o qual não poderá ser inferior a dez
humilhar, menosprezar ou discriminar pessoa idosa,
dias.
por qualquer motivo.
§ 1° Se o órgão do Ministério Público, esgotadas
§ 2° A pena será aumentada de um terço se a ví-
todas as diligências, se convencer da inexistência de
tima se encontrar sob os cuidados ou responsabilida-
fundamento para a propositura da ação civil ou de pe-
de do agente.
ças informativas, determinará o seu arquivamento, fa-
zendo-o fu ndamentadamente. Art. 103. Deixar de prestar assistência ao idoso,
quando possível fazê-lo sem risco pessoal, em situa-
§ 2° Os autos do inquérito civil ou as peças de
ção de iminente perigo, sem justa causa, ou não pedir
informação arquivados serão remetidos, sob pena de
o socorro da autoridade pública:
se incorrer em falta grave, no prazo de três dias, ao
Conselho SI.perior do Ministério Público ou à Câmara Pena - detenção de seis meses a um ano e mul-
ta.
de Coordenação e Revisão do Ministério Público.
Parágrafo único. A pena é aumentada de meta-
§ 3° Até que seja homologada ou rejeitada a
de, se da omissão resulta lesão corporal de natureza
promoção de arquivamento, em sessão do Conselho
Superior do Ministério Público ou por Câmara de Co- grave, e triplicada, se resulta a morte.
ordenação e Revisão do Ministério Público, poderão Art. 104. Abandonar o idoso em hospitais, casas
as associações legitimadas apresentar razões escri- de saúde, abrigos ou congêneres, ou não prover suas
tas ou documentos, que serão juntados ou anexados necessidades básicas, quando obrigado por lei ou
às peças de informação. mandato.
§ 4° Deixando o Conselho Superior ou da Câ- Pena - detenção de seis meses a três anos e
mara de Coordenação e Revisão do Ministério Públi- multa.
co de homologar a promoção de arquivamento, será Art. 105. Expor a perigo a vida, a integridade e a
designado outro membro do Ministério Público para o saúde, física ou psíquica, do idoso, submetendo-o a
ajuizamento da ação. condições desumanas ou degradantes ou privando-o
Art. 99. Aplicam-se subsidiariamente, no que de alimentos e cuidados indispensáveis, quando obri-
couber, as disposições da lei n° 7.347, de 24 de julho gado a fazê-lo ou, ainda, sujeitando-o a trabalho ex-
de 1985. cessivo ou inadequado.
Pena - detenção de seis meses a um ano e mul-
TíTULO VI ta.
Dos Crimes § 1° Se do fato resulta lesão corporal de nature-
CAPíTULO I za grave:
Disposições Gerais Pena - reclusão de um a quatro anos.
Art. 100. Nos crimes previstos nesta lei, cuja
§ 2° Se resulta a morte:
pena máxima, privativa de liberdade, não ultrapasse Pena - reclusão de quatro a doze anos.
de quatro anos, aplica-se o procedimento previsto na Art. 106. Constitui crime punível com reclusão
lei n09.099, de 26 de setembro de 1995, e, subsidiari- de seis meses a um ano e multa:
amente, as disposições dos Códigos Penal e de Pro- I - obstar o acesso de alguém a qualquer cargo
cesso Penal, no que couber. público por motivo de idade, salvo as determinações
Art. 101. Os crimes definidos nesta lei são de legais;
ação penal pública incondicionada, não se lhes apli- 11- negar a alguém, por motivo de idade, empre-
cando os arts. 181 e 182 do Código Penal. go ou trabalho;
Agosto de 2001 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Scxta-Icira 31 41349
III - recusar, retardar ou dificultar assistência à TíTULO VII
saúde ou deixar de prestar assistência hospitalar, am- Das Disposições Finais e Transitórias
bulatorial ou domiciliar, sem justa causa, a pessoa
Art. 116. O Decreto-lei n° 2.848, de 7 de dezem-
idosa;
bro de 1940, Código Penal, passa a vigorar com as
IV - deixar de cumprir, retardar ou frustrar, sem seguintes alterações:
justo motivo, a execução de ordem judicial expedida
na ação civil a que alude esta lei; "Art. 61 .
V - recusar, retardar ou omitir dados técnicos in-
dispensáveis à propositura da ação civil objeto desta 11- .
lei, quando requisitados pelo Ministério Público. h) contra criança, maior de sessenta
Art. 107. Deixar de cumprir, retardar ou frustrar, anos, enfermo ou mulher grávida; (NR)
sem justo motivo, a execução de ordem judicial expe-
dida nas ações em que for parte ou interveniente o "Art. 121 .
idoso.
Pena - Detenção de seis meses a um ano e § 4° No homicídio culposo, a pena é
multa. aumentada de um terço, se o crime resulta
Art. 108. Apropriar-se ou desviar bens, proven- de inobservância de regra técnica de profis-
tos, pensão, ou qualquer outro rendimento do idoso, são, arte ou ofício, ou se o agente deixa de
dando-lhe aplicação diversa de sua finalidade. prestar imediato socorro à vítima, não pro-
cura diminuir as conseqüências do seu ato,
Pena - reclusão de um a quatro anos e multa.
ou foge para evitar prisão em flagrante.
Art. 109. Negar o acolhimento ou a permanência
Sendo doloso o homicídio, a pena é aumen-
do idoso, como abrigado, por recusa deste em outor-
tada de um terço se o crime é praticado
gar procuração à entidade de atendimento:
contra pessoa menor de quatorze ou maior
Pena - detenção de seis meses a um ano e multa. de sessenta anos. (NR)
Art. 110. Reter o cartão magnético de conta ban-
cária relativa a benefícios, proventos ou pensão do "Art. 133 ..
idoso, bem como qualquer outro documento com ob- § 3° ..
jetivo de assegurar recebimento ou ressarcimento de
dívida.
111 - se a vítima é maior de sessenta
Pena - detenção de seis meses a dois anos e
anos. (NR)
multa.
Art. 111. Exibir ou veicular, por qualquer meio de "Art. 140 .
comunicação, informações ou imagens depreciativas
ou injuriosas à pessoa do idoso.
§ 3° Se a injúria consiste na utilização
Pena - detenção de um a três anos e multa.
de elementos referentes a raça, cor, etnia,
Art. 112. Induzir pessoa idosa sem discernimen- religião, origem ou a condição de pessoa
to de seus atos a outorgar procuração para fins de ad- portadora de deficiência ou com idade igual
ministração de bens ou deles dispor livremente: ou superior a sessenta anos: (NR)
Pena - reclusão de dois a quatro anos. "Art. 141 .
Art. 113. Coagir, de qualquer modo, o idoso a
doar, contratar, testar ou outorgar procuração. IV - contra pessoa maior de sessenta
Pena - reclusão de dois a cinco anos. anos ou portadora de deficiência, exceto no
Art. 114. lavrar ato notarial que envolva pessoa caso de injúria. (N R)
idosa sem discernimento de seus atos, sem a devida "Art. 148 .
representação legal: § 1° .
Pena - reclusão de dois a quatro anos. I - se a vítima é ascendente, descen-
Art. 115. Impedir ou embaraçar ato do represen- dente, cônjuge do agente ou maior de ses-
tante do Ministério Público ou de qualquer outro senta anos. (NR)
agente fiscalizador: "Art. 159 ..
Pena - reclusão de seis meses a um ano e mul- § 1° Se o seqüestro dura mais de vinte
ta. e quatro horas, se o seqüestrado é menor
41350 Sexta-reira 31 DIÁRIO DA Ci\MARA DOS DEPUTADOS Agosto de 200!
de dezoito ou maior de sessenta anos, ou capacidade de discernimento ou de autode-
se o crime é cometido por bando ou quadri- terminação; (NR)
lha. (NR)

"Art. 183 . Art. 120. O art. 1° da Lei n° 10.048, de 8 de no-


vembro de 2000, passa a vigorar com a seguinte re-
111 - se o crime é praticado contra pes- dação:
soa com idade igualou superior a sessenta
anos." "Art. 1° As pessoas portadoras de defi-
"Art. 244. Deixar, sem justa causa, de ciência, os idosos com idade igualou supe-
prover a subsistência do cônjuge, ou de filho rior a sessenta anos, as gestantes, as lac-
menor de dezoito anos ou inapto para o tra- tantes e as pessoas acompanhadas por cri-
balho, ou de ascendente inválido ou maior anças de colo terão atendimento prioritário,
de sessenta anos, não lhes proporcionando nos termos desta lei." (NR)
os recursos necessários ou faltando ao pa-
gamento de pensão alimentícia judicialmen- Art. 121. O montante de vinte por cento da recei-
te acordada, fixada ou majorada; deixar, ta bruta dos concursos de prognósticos administra-
sem justa causa, de socorrer descendente dos pela Caixa Econômica Federal fica destinado ao
ou ascendente, gravemente enfermo: (NR) Fundo Nacional de Assistência Social, para aplicação
em programas e ações relativos ao idoso, até que
seja criado o Fundo Nacional do Idoso.
Art. 117. O art. 21 do Decreto-Lei n° 3.688, de Art. 122. Serão incluídos nos censos demográfi-
3 de outubro de 1941, Lei das Contravenções Pena- cos dados relativos à população idosa do País.
is, passa a vigorar acrescido do seguinte parágrafo
Art. 123. Esta Lei entra em vigor após decorridos
único:
noventa dias de sua publicação oficial.
"Art. 21 . Sala da Comissão, 29 de agosto 2001 . - Depu-
Parágrafo único. Aumenta-se a pena tado Silas Brasileiro, Relator.
de um terço até a metade se a vítima é mai-
or de sessenta anos." (NR) 11I - Parecer da Comissão
Art. 118. O inciso 11 do § 4° do art. 1° da Lei n° A Comissão Especial destinada a proferir pare-
9.455, de 7 de abril de 1997, passa a vigorar com a cer ao Projeto de Lei n° 3.561, de 1997, que "dispõe
seguinte redação: sobe o Estatuto do Idoso e dá outras providências" e
"Art. 1° .. apensados, em reunião ordinária, realizada hoje, opi-
nou, unanimemente, pela constitucionalidade, juridici-
§ 4° . dade, boa técnica legislativa e, no mérito, pela aprova-
ção, dos Projetos de Lei nOs 3.561, de 1997, 183, de
II - se o crime é cometido contra crian- 1999, 942, de 1999, 2.420, de 2000, 2.421, de 2000,
ça, gestante, portador de deficiência, ado- 2.426, de 2000, 2.427, de 2000 e 2.638, de 2000, com
lescente ou maior de sessenta anos; (NR) subst~utivo, nos termos do parecer do Relator.

Participaram da votação os Deputados Almerin-


Art. 119. O inciso 111 do art. 18 da Lei n° 6.368, da de Carvalho, Darcísio Perondi, Eduardo Barbosa,
de 21 de outubro de 1976, passa a vigorar com a Fátima Pelaes, Fernando Coruja, Laura Carneiro, Lin-
seguinte redação: coln Portela, Maria do Carmo Lara, Paulo Paim, Silas
"Art. 18 . Brasileiro, Wellington Dias, Angela Guadagnin, Carli-
to Merss, Cecilta Pinheiro, Eduardo Júnior, Expedito
111 - se qualquer deles decorrer de as- ,Júnior, Feu Rosa, Freire Júnior, Nelson Marchezan,
sociação ou visar a menores de vinte e um Padre Roque e Saulo Pedrosa.
anos ou a pessoa com idade igualou supe- Sala da Comissão, 29 de agosto de 2001. - De-
rior a sessenta anos ou a quem tenha, por putado Eduardo Barbosa, Presidente - Deputado
qualquer causa, diminuída ou suprimida a Silas Brasileiro, Relator.
Agú~I.O de 2001 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 31 41351
PROJETO DE LEI N° 3.561, DE 1997 tivo sobre os aspectos biopsicossociais do envelheci-
(Apensos Pl nOs 183/99, 942/99,2.420/00, mento;
2.421/00,2.426/00,2.427/00 e 2.638/00) VIII - garantia de acesso à rede de serviços de
SUBSTITUTIVO ADOTADO PELA COMISSÃO saúde e de assistência social locais.
Art. 4° Nenhum idoso será objeto de qualquer
Dispõe sobre o Estatuto do Idoso e forma de negligência, discriminação, violência, cruel-
dá outras providências. dade ou opressão, punido na forma da lei qualquer
atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos.
O Congresso Nacional decreta: § 1° É dever de todos prevenir a ameaça ou vio-
TíTULO I lação aos direitos do idoso.
Das Disposições Preliminares § 2° As obrigações previstas nesta lei não exclu-
em da prevenção outras decorrentes dos princípios
Art. 1° Fica instituído o Estatuto do Idoso, desti- por ela adotados.
nado a assegurados às pessoas com idade igualou Art. 5° A inobservância das normas de preven-
superior a sessenta anos. ção importará em responsabilidade à pessoa física
Art. 2° O idoso goza de todos os direitos funda- ou jurídica nos termos da lei.
mentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da Art. 6° Todo cidadão tem o dever de comunicar à
proteção integral de que trata esta lei, asseguran- autoridade competente qualquer forma de violação a
do-se-Ihe, por lei ou por outros meios, todas as opor- esta lei que tenha testemunhado ou tomado conheci-
tunidades e facilidades, para preservação de sua saú- mento.
de física e mental e seu aperfeiçoamento moral, inte-
Art. 7° Os Conselhos Nacional, Estaduais, do
lectual, espiritual e social, em condições de liberdade
Distrito Federal e Municipais do Idoso, previstos na
e dignidade. Lei n° 8.842, de 4 de janeiro de 1994, zelarão pelo
Art. 3° É dever da família, da comunidade, da so- cumprimento dos direitos do idoso, definidos nesta
ciedade em geral e do Poder Público assegurar ao lei.
idoso, com absoluta prioridade, a efetivação dos direi-
tos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à edu- TíTULO 11
cação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à Dos Direitos Fundamentais
cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à
CAPíTULO I
convivência familiar e comunitária.
Do Direito à Vida
Parágrafo único. A garantia de prioridade com-
preende: Art. 8° A velhice é um direito personalíssimo e a
sua proteção um direito social, nos termos desta lei e
I - atendimento preferencial e individualizado
da legislação vigente.
junto aos órgãos públicos e privados prestadores de
serviços à população; Art. 9° Ao idoso é garantida a proteção à vida e à
saúde, mediante efetivação de políticas sociais públi-
11 - preferência na formulação e na execução de
cas que permitam um envelhecimento saudável e em
políticas sociais públicas específicas;
condições de dignidade.
111 - destinação privilegiada de recursos públi-
cos nas áreas relacionadas com a proteção ao idoso; CAPíTULO 11
IV - viabilização de formas alternativas de parti- Do Direito à Liberdade, ao Respeito
cipação, ocupação e convívio do idoso com as dema- e à Dignidade
is gerações; Art. 10. Ao idoso serão assegurados a liberdade,
V - priorização do atendimento do idoso por sua o respeito e a dignidade, como pessoa humana e su-
própria família, em detrimento do atendimento asilar, jeito de direitos civis, políticos, individuais e sociais,
exceto dos que não a possuam ou careçam de condi- garantidos na Constituição e nas leis.
ções de manutenção da própria sobrevivência; Art. 11. A liberdade compreende os seguintes
VI - capacitação e reciclagem dos recursos hu- aspectos:
manos nas áreas de geriatria e gerontologia e na I - faculdade de ir, vir e estar nos logradouros
prestação de serviços aos idosos; públicos e espaços comunitários, ressalvadas as res-
VII - estabelecimento de mecanismos que favo- trições legais;
reçam a divulgação de informações de caráter educa- 11 - opinião e expressão;
41352 Sl:xta-kira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agllslo til: 20() I
lI! - crença e culto religiosos; 11 - atendimento geriátrico e gerontológico em
IV - prática de esportes e de diversões; ambulatórios;
V - participação na vida familiar e comunitária; 111 - unidades geriátricas de referência, com
pessoal especializado nas áreas de geriatria e geron-
VI - participação na vida política, na forma da
tologia social;
lei;
IV - atendimento domiciliar, incluindo a interna-
VII - faculdade de buscar refúgio, auxílio e ori-
ção, para a população que dele necessitar e esteja
entação.
impossibilitada de se locomover, inclusive para idosos
Art. 12. O respeito consiste na inviolabilidade da abrigados e acolhidos por instituições públicas, filan-
integridade física, psíquica e moral, abrangendo a pre- trópicas ou sem fins lucrativos e eventualmente con-
servação da imagem, da identidade, da autonomia, veniadas com o Poder Público, nos meios urbano e
dos valores, dos espaços e dos objetos pessoais. rural;
Art. 13. É dever de todos zelar pela dignidade do V - reabilitação orientada pela geriatria e geron-
idoso, pondo-o a salvo de qualquer tratamento desu- tologia, para redução das seqüelas decorrentes do
mano, violento, aterrorizante, vexatório ou constran- agravo da saúde.
gedor.
§ 2° Incumbe ao Poder Público o fornecimento
CAPíTULO 111 gratuito de medicamentos aos idosos, em especial os
Dos Alimentos de uso continuado, assim como próteses, órteses e
outros recursos relativos ao tratamento, habilitação
Art, 14. Os alimentos serão prestados ao idoso ou reabilitação.
na forma da lei civil.
§ 3° É vedada a discriminação do idoso nos pia-
Art. 15. A obrigação alimentar é solidária, po- nos de saúde, pela cobrança de valores diferenciados
dendo o idoso optar entre os prestadores. em razão da idade.
Art. 16. As transações relativas a alimentos po- § 4° Os idosos portadores de deficiência ou com
derão ser celebradas perante o Promotor de Justiça, limitação íncapacitante terão atendimento especiali-
que as referendará, e passarão a ter efeito de título zado, nos termos da lei.
executivo extrajudicial nos termos da lei processual § 5° A prioridade no atendimento à saúde do
civil. idoso pelos Serviços Públicos de Saúde consiste em:
Art. 17. Se o idoso ou seus familiares não possu- I - assistência imediata, sempre que possível,
írem condições econômicas de prover o seu sustento, ou o oferecimento de acomodações adequadas,
impõe-se ao Poder Público esse provimento, no âmbi- quando indispensável a espera.
to da Assistência Social. II - disponibilização de locais exclusivos para a
CAPíTULO IV marcação de consultas, exames e demais procedi-
Do Direito à Saúde mentos médicos.
Art. 19. O idoso internado ou em observação
Art. 18. É assegurada a atenção integral à saúde tem direito a acompanhante, em tempo integral e con-
do idoso, através do Sistema Único de Saúde - SUS, dições adequadas, segundo o critério médico.
garantindo-se-Ihe o acesso universal e igualitário, em
Parágrafo único. Nos casos de impedimento da
conjunto articulado e contínuo das ações e serviços,
presença do acompanhante, o profissional de saúde
para a prevenção, promoção, proteção e recuperação
responsável deverá apresentar a justificação, por es-
da saúde, compreendendo:
crito.
1- programas especiais de assistência médica e Art. 20. Quando o tratamento de saúde possibili-
odontológica; tar alternativas de procedimentos médicos, cabe ao
11 - atenção especial às doenças que afetam idoso que esteja no domínio de suas faculdades men-
preferencialmente os idosos; tais o direito de opção.
111 - fornecimento obrigatório de vacina, confor- Parágrafo único. Não estando o idoso em condi-
me recomendação da autoridade sanitária. ções de proceder à opção, esta será feita:
§ 1° A prevenção e a manutenção da saúde do I - pelo curador, quando o idoso for interditado;
idoso serão efetivadas por meio de: 11- pelos familiares, quando o idoso não tiver cu-
I - cadastramento da população idosa em base rador ou este não puder ser contactado, em tempo
territorial; hábil;
Agosto de 2001 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 31 41353
111- pelo médico, quando ocorrer iminente risco sos, com finalidade informativa, educativa, artística e
de vida e não houver tempo hábil para consulta a cu- cultural e, ao público, sobre o processo de envelheci-
rador ou familiar; mento.
IV - pelo médico, quando não houver curador ou Art. 28. O Poder Público apoiará a criação de
familiar conhecido, caso em que deverá comunicar o universidade aberta para as pessoas idosas e incenti-
fato ao Ministério Público. vará a publicação de livros e periódicos, de conteúdo
Art. 21. As instituições de saúde devem atender e padrão editorial adequados ao idoso, considerada a
aos critérios mínimos para atendimento ao idoso, pro- natural redução da capacidade visual.
movendo o treinamento e a capacitação dos profissio-
CAPíTULO VI
nais, assim como orientação a cuidadores familiares
Da Profissionalização e do Trabalho
e grupos de auto-ajuda.
Art. 22. Os casos de suspeita ou confirmação de Art. 29. O idoso tem direito ao exercício de ativi-
maustratos a idoso em instituições de saúde serão dade profissional, respeitadas suas condições físi-
obrigatoriamente comunicados, sob pena de respon- cas, intelectuais e psíquicas.
sabilidade, a quaisquer dos órgãos: Art. 30. Na admissão do idoso em qualquer traba-
I - Autoridade Policial; lho ou emprego, é vedada a discriminação e a fixação
11 - Ministério Público; de limite máximo de idade, inclusive para concursos.
111 - Conselho Municipal do Idoso; Parágrafo único. O primeiro critério de desem-
IV - Conselho Estadual do Idoso; pate em concurso público será a idade, dando-se pre-
V - Conselho Nacional do Idoso. ferência à idade mais elevada.
Art. 31. O Poder Público criará e estimulará pro-
CAPíTULO V
gramas de:
Da Educação, Cultura, Esporte e Lazer
I - profissionalização especializada para os ido-
Art. 23. O idoso tem direito a educação, cultura, sos, considerados seus potenciais e habilidades para
esporte, lazer, diversões, espetáculos, produtos e ser- atividades regulares e remuneradas;
viços que respeitem sua peculiar condição de idade.
11 - preparação dos trabalhadores para a apo-
Art. 24. O Poder Público deve criar oportunida-
sentadoria, com antecedência mínima de um ano,
des de acesso do idoso à educação, adequando cur-
com o objetivo de estimular novos projetos sociais, de
rículos, metodologias e material didático aos progra-
seu interesse, e de informar sobre os direitos sociais
mas educacionais a ele destinados.
e de cidadania.
§ 10 Os cursos especiais para idosos devem in-
cluir conteúdo relativo às técnicas de comunicação,
111- estímulo às empresas privadas para admis-
computação e demais avanços tecnológicos, para são de idosos ao trabalho.
sua integração à vida moderna. Art. 32. As pessoas jurídicas de direito público e
§ 20 Os idosos participarão das comemorações de direito privado, prestadoras de serviços públicos,
de caráter cívico ou cultural, para transmissão de co- reservarão para os idosos não aposentados a cota
nhecimentos e vivências às demais gerações, no sen- mínima de cinco por cento de seus empregos, proce-
tido de preservação da memória e da identidade cul- dendo a concurso ou seleção pública.
turais. Art. 33. Os programas governamentais de gera-
Art. 25. Nos currículos mínimos dos diversos ní- ção de emprego e renda devem contemplar os traba-
veis de ensino formal devem ser inseridos conteúdos lhadores idosos, especialmente no financiamento de
voltados ao processo de envelhecimento, ao respeito micro unidades produtivas.
e à valorização do idoso, com o objetivo de eliminar Art. 34. As entidades governamentais e não go-
preconceitos e disseminar esses conhecimentos. vernamentais devem estimular e priorizar o desempe-
Art. 26. Ao idoso é assegurado o desconto de, nho de trabalho voluntário pelos idosos.
no mínimo, cinqüenta por cento na aquisição de in-
CAPíTULO VII
gressos para eventos artísticos, culturais, esportivos
Da Previdência Social
e de lazer, bem como o acesso preferencial aos res-
petivos locais. Art. 35. Os benefícios de aposentadoria e pen-
Art. 27. Os meios de comunicação devem man- são do Regime Geral da Previdência Social terão seu
ter espaços ou horários especiais voltados aos ido- valor convertido, na data da concessão, em número
41354 Sexta-feira 31 DIÁRIU DA CÂMAI{A DOS DEPUTADUS Ag,llslo de 2001
que expresse a equivalência com o valor da menor CAPíTULO IX
aposentadoria. Da Habitação
Parágrafo único. Os benefícios de aposentado- Art. 42. O idoso tem direito a moradia digna, no
ria e pensão mantidos pela Previdência Social terão seio da família natural ou substituta, ou desacompa-
seus valores revistos, na data da publicação desta lei, nhado de seus familiares, quando assim o desejar,
para que seja assegurada a eqüivalência, em núme- ou, ainda, em instituição pública ou privada.
ro, com o valor da menor aposentadoria.
§ 1° A assistência integral, nas modalidades de
Art. 36. O reajustamento dos benefícios de apo- abrigo ou pensão protegida, deverá ser prestada
sentadoria e pensão do Regime Geral da Previdência quando verificada a inexistência de grupo familiar,
Social observará sempre a equivalência, em número, abandono ou carência de recursos financeiros própri-
com o valor da menor aposentadoria. os ou da família.
Art. 37. O pagamento dos benefícios de aposen- § 2° As instituições públicas de atendimento a
tadoria e pensão efetuado com atraso, por responsa- idoso acolherão, preferencialmente, os desabrigados
bilidade da Previdência Social, será efetuado com os sem família e sem rendimentos.
acréscimos legais incidentes sobre as contribuições a § 3° A instituição de atendimento ao idoso deve
esse Regime pagas com atraso. atender às exigências legais e manter identificação
Art. 38. O Dia Mundial do Trabalho, 1° de Maio, é externa visível, sob pena de interdição.
a data-base dos aposentados e pensionistas. § 4° As instituições que abriguem idosos devem
CAPíTULO VIII observar as exigências do art. 55, sob as penas da lei.
Da Assistência Social Art. 43. Nos programas habitacionais, públicos
ou subsidiados com recursos públicos, o idoso goza
Art. 39. A assistência social aos idosos será de prioridade para a aquisição da moradia própria,
prestada, de forma articulada, conforme os princípios observado o seguinte:
e diretrizes previstos na lei Orgânica da Assistência
I - reserva de três por cento das unidades resi-
Social, na Política Nacional do Idoso, no Sistema Úni-
denciais para os idosos;
co de Saúde e em normas correlatas.
11 - implantação de equipamentos urbanos co-
Art. 40. Aos idosos, a partir de sessenta e cinco munitários voltados ao idoso;
anos, que não possuam meios para prover sua sub-
111 - eliminação de barreiras arquitetônicas e ur-
sistência, nem de tê-Ia provida por sua família, é as-
banísticas, para a garantia de acessibilidade ao idoso;
segurado o benefício mensal de um salário mínimo.
IV - critérios de financiamento compatíveis com
§ 1° Considera-se ausência de meios para pro-
os rendimentos de aposentadoria e pensão.
ver à própria subsistência a falta de acesso do idoso a
qualquer tipo de fonte de renda. CAPíTULO X
§ 2° Considera-se incapaz de prover a subsis- Do Transporte
tência do Art. 44. Aos maiores de sessenta anos fica asse-
idoso a família cuja renda mensal per capita gurada a gratuidade nos transportes coletivos públi-
seja igualou inferior a um salário mínimo. cos, urbanos e semi-urbanos.
§ 3° O beneficio não poderá ser acumulado com § 1° Para o acesso à gratuidade, é suficiente a
qualquer outro da Seguridade Social ou de qualquer apresentação de documento pessoal que faça prova
regime previdenciário, recebido pelo próprio idoso. da idade.
§ 4° Não prejudica o direito do idoso o recebi- § 2° Nos veículos de transporte coletivo de que
mento do benefício por outro membro da família. trata este artigo, serão reservados dez por cento dos
§ 5° Caso o idoso resida em abrigo ou pensão assentos para os idosos, devidamente identificados.
protegida, a instituição não poderá reter mais do que Art. 45. No sistema de transporte coletivo inter-
setenta por cento do valor do seu benefício, previden- municipal e interestadual observar-se-á:
ciário ou assistencial, exceto nos casos de incapaci- I - a reserva de duas vagas gratuitas para ido-
dade absoluta, comprovada por equipe de saúde. sos, por veículo;
Art. 41. O acolhimento de idosos, em situação 11 - o desconto de cinqüenta por cento, no míni-
de risco social, por adulto ou núcleo familiar, caracte- mo, no valor das passagens, para os idosos que exce-
riza a dependência econômica, para os efeitos legais. derem as vagas gratuitas.
Agosto de 200 I DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexla-kira 31 41355
Art. 46. Fica assegurada a reserva, para os ido- vernamentais e não-governamentais, da União, dos
sos, de cinco por cento das vagas nos estacionamen- Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
tos públicos e privados, posicionadas de forma a ga- Art. 52. São linhas de ação da política de atendi-
rantir maior comodidade. mento:
Art. 47. E assegurada a prioridade de embarque I - políticas sociais básicas, previstas na lei nO
ao idoso no sistema de transporte coletivo. 8.842, de 4 de janeiro de 1994;
II - políticas e programas de assistência social,
TíTULO 111
em caráter supletivo, para aqueles que necessitarem;
Das Medidas de Proteção
111 - serviços especiais de prevenção e atendi-
CAPíTULO I mento às vitimas de negligência, maus-tratos, explo-
Das Disposições Gerais ração, abuso, crueldade e opressão;
Art. 48. As medidas de proteção ao idoso são IV - serviço de identificação e localização de pa-
aplicáveis sempre que os direitos reconhecidos nesta rentes ou responsáveis por idosos abandonados em
lei forem ameaçados ou violados: hospitais e entidades de permanência prolongada;
I - por ação ou omissão da sociedade ou do V - proteção jurídico-social por entidades de de-
Estado; fesa dos direitos dos idosos;
VI - mobilização da opinião pública no sentido
11- por falta, omissão ou abuso da família, cura-
da participação dos diversos segmentos da socieda-
dor ou entidade de atendimento;
de no atendimento do idoso.
111- em razão de sua condição pessoal.
CAPíTULO 11
CAPíTULO 11 Das Entidades de Atendimento ao Idoso
Das Medidas Especificas de Proteção
Art. 53. As entidades de atendimento são res-
Art. 49. As medidas de proteção ao idoso previs- ponsáveis pela manutenção das próprias unidades,
tas nesta lei poderão ser aplicadas, isolada ou cumu- observadas as normas de planejamento e execução
lativamente, bem como substituídas, a qualquer tem- emanadas do órgão competente da Política Nacional
po, e levarão em conta os fins sociais a que se desti- do Idoso, conforme a lei n° 8.842, de 4 de janeiro de
nam e o fortalecimento dos vínculos familiares e co- 1994.
munitários.
Parágrafo único. As entidades governamentais e
Art. 50. Verificada qualquer das hipóteses pre-
nãogovernamentais de assistência a idoso ficam su-
vistas no art. 48, o Ministério Público ou o Poder Judi-
jeitas à inscrição de seus programas junto ao órgão
ciário, a requerimento daquele, poderá determinar,
dentre outras, as seguintes medidas: competente da Vigilância Sanitária e ao Conselho
I - encaminhamento à família ou curador, medi- Municipal do Idoso, ou, na falta deste, perante o Con-
ante termo de responsabilidade; selho Estadual ou Nacional do Idoso, especificando
II - orientação, apoio e acompanhamento tem- os regimes de atendimento, observados os seguintes
porários; requisitos:
111- requisição de tratamento médico, odontoló- I - oferecer instalações físicas em condições
gico, psicológico ou psiquiátrico, em regime ambula- adequadas de habitabilidade, higiene, salubridade e
torial; hospitalar ou domiciliar. segurança;
IV - inclusão em programa oficial ou comunitá- 11 - apresentar objetivos estatutários e plano de
rio de auxílio, orientação e tratamento a alcoólatras e trabalho compatíveis com os princípios desta lei;
toxicômanos, ao próprio idoso ou pessoa de sua con- 111 - estar regularmente constituída;
vivência que lhe cause perturbação; IV - demonstrar a idoneidade de seus dirigentes.
V - abrigo em entidade. Art. 54. As entidades que desenvolvam progra-
TíTULO IV mas de abrigo ou pensão protegida deverão adotar os
Da Política de Atendimento ao Idoso seguintes princípios:
I - preservação dos vínculos familiares;
CAPíTULO I
11 - atendimento personalizado e em pequenos
Disposições Gerais grupos;
Art. 51. A política de atendimento ao idoso til - manutenção do idoso na mesma instituição,
far-se-á através do conjunto articulado de ações go- salvo em caso de força maior;
41356 Sexla-feim 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agoslo de 200 I
IV - participação do idoso nas atividades comu- Art. 56. As instituições filantrópicas ou sem fins
nitárias, de caráter interno e externo. lucrativos prestadoras de serviço ao idoso terão direi-
V - observância dos direitos e garantias do idoso; to à assistência judiciária gratuita.
VI - preservação da identidade e oferecimento CAPíTULO 111
de ambiente de respeito e dignidade. Da Fiscalização das Entidades de Atendimento
Parágrafo único. O dirigente de instituição pres-
tadora de atendimento ao idoso responderá civil e cri· Art. 57. As entidades governamentais e não-go-
minalmente pelos atos que praticar em detrimento do vernamentais de atendimento ao idoso serão fiscaliza-
idoso, sem prejuízo das sanções administrativas. das pelos Conselhos do Idoso, Ministério Público, sis-
tema de Vigilância Sanitária e outros previstos em lei.
Art. 55. Constituem obrigações das entidades
Art. 58. O art. ]O da lei n° 8.842, de 4 de janeiro
de atendimento:
de 1994,passa a vigorar com a seguinte redação:
1- celebrar contrato escrito de prestação de ser-
viço com o idoso, especificando o tipo de atendimento "Art. 7° Compete aos Conselhos de
e os serviços oferecidos, com os respectivos preços, que trata o art. 6° desta lei a formulação, co-
se for o caso; ordenação, supervisão, avaliação e fiscali-
11 - fornecer alimentação e vestuário adequados; zação da política nacional do idoso, assim
como a aplicação das penalidades cabíveis,
111 - oferecer instalações físicas em condições
no âmbito das respectivas instâncias pol íti-
adequadas de habitabilidade;
co-administrativas." (NR)
IV - oferecer atendimento personalizado;
V - oferecer acomodações apropriadas para re- Art. 59. Será dada publicidade das prestações
cebimento de visitas; de contas dos recursos públicos e privados recebidos
VI - proporcionar cuidados médicos, psicológi- pelas entidades de atendimento.
cos, odontológicos e farmacêuticos; Art. 60. As entidades de atendimento que des-
VII- promover atividades educacionais, esporti- cumprirem as determinações desta lei ficarão sujei-
vas, culturais e de lazer; tas, sem prejuízo da responsabilidade civil e criminal
VIII- propiciar assistência religiosa àqueles que de seus dirigentes ou prepostos, às seguintes penali-
desejarem, conforme suas crenças; dades, observado o devido processo legal:
IX - proceder a estudo social e pessoal de cada I - as entidades governamentais:
caso; a) advertência;
X - comunicar à autoridade competente de saú- b) afastamento provisório de seus dirigentes;
de a ocorrência de doenças infecto-contagiosas;
c) afastamento definitivo de seus dirigentes;
XI - providenciar a documentação básica do
d) fechamento de unidade ou interdição de pro-
idoso que não a possua ou solicitar a requisição ao
grama;
Ministério Público, na forma da lei;
11 - as entidades não-governamentais:
XII - fornecer comprovante de depósito dos
bens móveis recebidos dos idosos; a) advertência;

XIII- manter arquivo em que constem data e cir- b) multa;


cunstancias do atendimento, nome do idoso, respon- c) suspensão parcial ou total do repasse de ver-
sável, parentes, endereços, cidade, relação de perten- bas públicas;
ces, bem como o valor das contribuições, e suas alte- d) interdição de unidade ou suspensão de pro-
rações, se houver, e demais dados que possibilitem a grama;
identificação e individualização do atendimento; e) proibição de atendimento a idosos a bem do
XIV - comunicar ao Ministério Público, para as interesse público.
providências cabíveis, a situação de abandono moral § 1° Havendo graves danos aos idosos abrigados
ou material por parte dos familiares; ou qualquer tipo de fraude em relação ao programa,
XV - manter, no quadro de pessoal, profissiona- caberá o afastamento provisório dos dirigentes ou a in-
is com formação específica. terdição da unidade e a suspensão do programa.
Agostll de 200 I DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-Ieira 31 41357
§ 2° A suspensão parcial ou total do repasse de Art. 65. Os valores monetários expressos neste
verbas públicas ocorrerá quando verificada a má apli- Capítulo serão atualizados, anualmente, na forma da
cação ou desvio de finalidade dos recursos. lei.
§ 3° Na ocorrência de reiteradas infrações por CAPíTULO V
entidade de atendimento, que coloquem em risco os Da Apuração Administrativa de Infração
direitos assegurados nesta lei, será o fato comunica- às Normas de Proteção ao Idoso
do ao Ministério Público, para as providências cabíve-
Art. 66. O procedimento para a imposição de pe-
is, inclusive para promover a suspensão das ativida-
nalidade administrativa por infração às normas de pro-
des ou dissolução da entidade, com a proibição de
teção ao idoso terá início por requisição do Ministério
atendimento a idosos a bem do interesse público.
Público ou auto de infração elaborado por servidor efe-
§ 4° Na aplicação das penalidades, serão consi- tivo, assinado por duas testemunhas, se possível.
deradas a natureza e a gravidade da infração cometi-
§ 1° No procedimento iniciado com o auto de in-
da, os danos que dela provierem para o idoso, as cir-
fração poderão ser usadas fórmulas impressas, espe-
cunstâncias agravantes ou atenuantes e os antece-
cificando-se a natureza e as circunstâncias da infra-
dentes da entidade.
ção.
CAPíTULO IV § 2° Sempre que possível, à verificação da infra-
Das Infrações Administrativas ção seguir-se-á a lavratura do auto, ou será lavrado
Art. 61. Deixar, a entidade de atendimento, de dentro de vinte e quatro horas, por motivo justificado.
cumprir as determinações do art. 55 desta lei: Art. 67. O autuado terá prazo de dez dias para a
Pena - multa de quinhentos a três mil reais, po- apresentação da defesa, contado da data da intima-
dendo haver a interdição do estabelecimento até que ção, que será feita:
sejam cumpridas as exigências legais. I - pelo autuante, no instrumento de autuação,
Parágrafo único. Havendo interdição da entida- quando for lavrado na presença do infrator;
de de atendimento, os idosos abrigados serão trans- 11- por via postal, com aviso de recebimento.
feridos a outra instituição às expensas do estabeleci- Art. 68. Havendo risco para a vida ou à saúde do
mento interditado, enquanto durar a interdição, po- idoso, a autoridade competente aplicará à entidade
dendo a autoridade competente adotar outra medida de atendimento as sanções regulamentares, sem
mais adequada para os idosos. prejuízo da iniciativa e das providências que vierem a
Art. 62. Deixar o médico ou responsável por esta- ser adotadas pelo Ministério Público ou pelas demais
belecimento de saúde, de abrigo, pensão protegida ou instituições legitimadas para a fiscalização.
similar, de comunicar a autoridade competente os ca- Art. 69. Nos casos em que não houver risco para
sos de crimes contra idoso de que tiver conhecimento. a vida ou a saúde da pessoa idosa abrigada, a autori-
Pena - multa de quinhentos a três mil reais, apli- dade competente poderá fixar prazo para que sejam
cada em dobro no caso de reincidência. sanadas as irregularidades.
Art. 63. Deixar de cumprir as determinações Art. 70. Aplicam-se, subsidiariamente, ao proce-
desta lei sobre a prioridade no atendimento ao idoso, dimento administrativo de que trata este Capítulo as
salvo por motivo justificado: disposições das leis nOs 6.437, de 20 de agosto de
1977, e 9.784, de 29 de janeiro de 1999.
Pena - multa de quinhentos a mil reais e multa
civil, a ser estipulada pelo juiz, conforme o dano sofri- CAPíTULO VI
do pelo idoso, sendo devida aos herdeiros do idoso Da Apuração Judicial de Irregularidades
que vier a falecer em conseqüência da omissão. em Entidade de Atendimento
Art. 64. Deixar de conceder ao idoso os direitos Art. 71. O procedimento de apuração de irregu-
assegurados nesta lei quanto a educação, cultura, es- laridades em entidade governamental e não-governa-
porte e lazer, habitação, profissionalização e trabalho mental de atendimento ao idoso terá início mediante
e transportes: petição fundamentada de pessoa interessada ou ini-
Pena - multa de quinhentos a mil reais. ciativa do Ministério Público.
41358 Sexta-feira 31 DIARIO DA CAMARA DOS DEPUTADOS Agllsto de 200!

Art. 72. Havendo motivo grave, poderá a autori- Art. 77. É assegurada prioridade na tramitação
dade judiciária, ouvido o Ministério Público, decretar dos processos e procedimentos e na execução dos
liminarmente o afastamento provisório do dirigente da atos e diligênicas judiciais em que figure como parte
entidade ou outras medidas que julgar adequadas, ou interveniente pessoa com idade igualou superior a
para evitar lesão aos direitos do idoso, mediante deci- sessenta anos, em qualquer instância.
são fundamentada. § 1° O interessado na obtenção da prioridade a
Art. 73. O dirigente da entidade será citado para, que alude este artigo, fazendo prova de sua idade, a
no prazo de dez dias, oferecer resposta escrita, po- requererá à autoridade judiciária competente para
dendo juntar documentos e indicar as provas a produ- decidir o feito, que determinará as providências a se-
zir. rem cumpridas, anotando-se essa circunstância em
Parágrafo único. Não apresentada a defesa, a local visível na autuação do processo.
autoridade judiciária dará vista dos autos ao Ministé- § 2° A prioridade não cessará com a morte do
rio Público, por cinco dias, decidindo em igual prazo. beneficiado, estendo-se em favor do cônjuge supérs-
Art. 74. Apresentada a defesa, o juiz procederá tite, companheiro ou companheira, com união está-
na conformidade do artigo 73 ou, se necessário, de- vel, maior de sessenta anos.
signará audiência de instrução e julgamento, delibe- § 3° A prioridade se estende aos processos e
rando sobre a necessidade de produção de outras procedimentos na Administração Pública, empresas
provas. prestadoras de serviços públicos e instituições finan-
§ 1° Salvo manifestação em audiência, as par- ceiras, ao atendimento preferencial junto à Defenso-
tes e o Ministério Público terão cinco dias para ofere- ria Pública da União, dos Estados e do Distrito Fede-
cer alegações finais, decidindo a autoridade judiciária ral em relação aos Serviços de Assistência Judiciária.
em igual prazo. § 4° Para o atendimento prioritário será garanti-
§ 2° Em se tratando de afastamento provisório do ao idoso o fácil acesso aos assentos e caixas,
ou definitivo de dirigente de entidade governamental, identificados com a destinação a idosos em local visí-
a autoridade judiciária oficiará a autoridade adminis- vel e caracteres legíveis.
trativa imediatamente superior ao afastado, fixan- Art. 78. O inciso 11 do art. 275 da lei n° 5.869, de
do-lhe prazo de vinte e quatro horas para proceder à 11 de janeiro de 1973, Código de Processo Civil, pas-
substituição. sa a vigorar acrescido da seguinte alínea h:
§ 3° Antes de aplicar qualquer das medidas, a "Art. 275 .
autoridade judiciária poderá fixar prazo para a remo- 11- .
ção das irregularidades verificadas. Satisfeitas as exi- h) em que for parte ou interveniente
gências, o processo será extinto, sem julgamento do pessoa com idade igualou superior a ses-
mérito. senta anos." (NR)
§ 4° A multa e a advertência serão impostas ao
CAPíTULO 11
dirigente da entidade ou ao responsável pelo progra- Do Ministério Público
ma de atendimento.
Art. 79. As funções do Ministério Público, previs-
Art. 75. Aplica-se, subsidiariamente, às disposi-
tas nesta lei, serão exercidas nos termos da respecti-
ções deste Capítulo, o procedimento sumário previsto
va lei Orgânica.
no Código de Processo Civil, naquilo que não contra-
rie os prazos previstos nesta lei. Art. 80. Compete ao Ministério Público:
I - instaurar o inquérito civil e a ação civil públi-
TíTULO V
ca para a proteção dos direitos e interesses difusos
Do Acesso à Justiça
ou coletivos, individuais indisponíveis e individuais
CAPíTULO I homogêneos do idoso;
Das Disposições Gerais 11 - promover e acompanhar as ações de ali-
Art. 76. O Poder Público poderá criar varas es- mentos, de interdição total ou parcial, de designação
pecializadas e exclusivas do idoso. de curador especial, em circunstâncias que justifi-
Agosto de 20tH DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-Ieím 31 41359

quem a medida e oficiar em todos os feitos em que se § 3° O representante do Ministério Público, no


discutam os direitos de idosos em condições de risco; exercício de suas funções, terá livre acesso a toda en-
tidade de atendimento ao idoso.
111 - atuar como substituto processual do idoso
em situação de risco, conforme o disposto no art. 48 Art. 81. Nos processos e procedimentos em que
desta lei; não for parte, atuará obrigatoriamente o Ministério
Público na defesa dos direitos e interesses de que cu-
IV - promover a revogação de instrumento pro-
ida esta lei, hipóteses em que terá vista dos autos de-
curatório do idoso, nas hipóteses previstas no art. 48
pois das partes, podendo juntar documentos, reque-
desta lei, quando necessário ou o interesse público
rer diligências e produção de outras provas, usando
justificar;
os recursos cabíveis.
V - instaurar procedimento administrativo e,
Art. 82. A intimação do Ministério Público, em
para instruí-lo:
qualquer caso, será feita pessoalmente.
a) expedir notificações, colher depoimentos ou
Art. 83. A falta de intervenção do Ministério PÚ-
esclarecimentos e, em caso de não comparecimento blico acarreta a nulidade do feito, que será declarada
injustificado da pessoa notificada, requisitar condu- de ofício pelo juiz ou a requerimento de qualquer inte-
ção coercitiva, inclusive pela Policia Civil ou Militar;
ressado.
b) requisitar informações, exames, perícias e do- Art. 84. As manifestações processuais do repre-
cumentos de autoridades municipais, estaduais e fe- sentante do Ministério Público deverão ser funda-
derais, da administração direta e indireta, bem como mentadas.
promover inspeções e diligências investigatórias;
CAPíTULO 111
c) requisitar informações e documentos particu-
Da Proteção Judicial dos Interesses
lares de instituições privadas; Difusos, Coletivos e Individuais
VI - instaurar sindicâncias, requisitar diligências Indisponíveis ou Homogêneos
investigatórias e a instauração de inquérito policial,
Art. 85. Regem-se pelas disposições desta lei as
para a apuração de ilícitos ou infrações às normas de
ações de responsabilidade por ofensa aos direitos as-
proteção ao idoso; segurados ao idoso, referentes à omissão ou ao ofe-
VII - zelar pelo efetivo respeito aos direitos e ga- recimento insatisfatório de:
rantias legais assegurados ao idoso, promovendo as I - acesso às ações e serviços de saúde;
medidas judiciais e extrajudiciais cabíveis; II - atendimento especializado ao idoso porta-
VIII- inspecionar as entidades públicas e parti- dor de deficiência ou com limitação incapacitante;
culares de atendimento e os programas de que trata 111 - atendimento especializado ao idoso porta-
esta lei, adotando de pronto as medidas administrati- dor de doença infecto-contagiosa;
vas ou judiciais necessárias à remoção de irregulari-
IV - de serviço de assistência social visando ao
dades porventura verificadas;
amparo do idoso;
IX - requisitar força policial, bem como a colabo- Parágrafo único. As hipóteses previstas neste
ração dos serviços de saúde, educacionais e de as- artigo não excluem da proteção judicial outros inte-
sistência social, públicos, para o desempenho de resses difusos, coletivos, individuais indisponíveis ou
suas atribuições. homogêneos, próprios do idoso, protegidos em lei.
X - referendar transações envolvendo interes- Art. 86. As ações previstas neste capítulo serão
ses e direitos dos idosos previstos nesta lei. propostas no foro do domícilio do idoso, cujo juízo terá
§ 1° A legitimação do Ministério Público para as competência absoluta para processar a causa, res-
ações cíveis previstas neste artigo não impede a de salvadas as competências da Justiça Federal e a
terceiros, nas mesmas hipóteses, segundo dispuser a competência originária dos Tribunais Superiores.
lei. Art. 87. Para as ações cíveis fundadas em inte-
§ 2° As atribuições constantes deste artigo não resses difusos, coletivos, individuais indisponíveis ou
excluem outras, desde que compatíveis com a finali- homogêneos, consideram-se legitimados, concorren-
dade e atribuições do Ministério Público. temente:
413(j() Sexla-lcira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS AW'S() de 2()(J I

I - O Ministério Público; Art. 91. O juiz poderá conferir efeito suspensivo


11 - a União, os Estados, o Distrito Federal e os aos recursos, para evitar dano irreparável à parte.
Municípios; Art. 92. Transitada em julgado a sentença que
111 - a Ordem dos Advogados do Brasil impuser condenação ao Poder Público, o juiz determi-
IV - as associações legalmente constituídas há nará a remessa de peças à autoridade competente,
pelo menos um ano e que incluam entre os fins institu- para apuração da responsabilidade civil e administra-
cionais a defesa dos interesses e direitos da pessoa tiva do agente a que se atribua a ação ou omissão.
idosa, dispensada a autorização da assembléia, se Art. 93. Decorridos sessenta dias do trânsito em
houver prévia autorização estatutária. julgado da sentença condenatória favorável ao idoso
§ 10 Admitir-se-á litisconsórcio facultativo entre sem que o autor lhe promova a execução, deverá
os Ministérios Públicos da União e dos Estados na fazê-lo o Ministério Público, facultada igual iniciativa
defesa dos interesses e direitos de que cuida esta lei. aos demais legitimados, como assistentes ou assu-
§ 2 0 Em caso de desistência ou abandono da mindo o pólo ativo, em caso de inércia desse órgão.
ação por associação legitimada, o Ministério Público Art. 94. Nas ações de que trata este Capítulo,
ou outro legitimado deverá assumir a titularidade ativa. não haverá adiantamento de custas, emolumentos,
Art. 88. Para defesa dos interesses e direitos honorários periciais e quaisquer outras despesas.
protegidos por esta lei, são admissíveis todas as es- Parágrafo único. Não se imporá sucumbência ao
pécies de ação pertinentes. Ministério Público.
Parágrafo único. Contra atos ilegais ou abusivos
Art. 95. Qualquer pessoa poderá e o servidor de-
de autoridade pública ou agente de pessoa jurídica
verá provocar a iniciativa do Ministério Público, pres-
no exercício de atribuições de Poder Público, que le-
tando-lhe informações sobre fatos que constituam ob-
sem direito líquido e certo previsto nesta lei, caberá
jeto de ação civil e indicando-lhe os elementos de
ação mandamental, que se regerá pelas normas da
convicção.
lei do mandado de segurança.
Art. 89. Na ação que tenha por objeto o cumpri- Art. 96. Os agentes públicos em geral, os juízes
mento de obrigação de fazer ou não fazer, o juiz con- e tribunais, no exercício de suas funções, quando tive-
cederá a tutela específica da obrigação ou determina- rem conhecimento de fatos que possam configurar
rá providências que assegurem o resultado prático crime de ação pública contra idoso ou ensejar a pro-
equivalente ao adimplemento. positura de ação para sua defesa, devem encaminhar
as peças pertinentes ao Ministério Público, para as
§ 10 Sendo relevante o fundamento da demanda
providências cabíveis.
e havendo justificado receio de ineficácia do provi-
mento final, é licito ao juiz conceder a tutela liminar- Art. 97. Para instruir a petição inicial, o interes-
mente ou após justificação prévia, na forma do art. sado poderá requerer às autoridades competentes as
273 do Código de Processo Civil. certidões e informações que julgar necessárias, que
serão fornecidas no prazo de dez dias.
§ 20 O juiz poderá, na hipótese do parágrafo an-
terior ou na sentença, impor multa diária ao réu, inde- Art. 98. O Ministério Público poderá instaurar sob
pendentemente do pedido do autor, se for suficiente sua presidência, inquérito civil, ou requisitar, de qual-
ou compatível com a obrigação, fixando prazo razoá- quer pessoa, organismo público ou particular, certi-
vel para o cumprimento do prece~o. dões, informações exames ou perícias, no prazo que
§ 3° A multa só será exigível do réu após o trânsi- assinalar, o qual não poderá ser inferior a dez dias.
to em julgado da sentença favorável ao autor, mas será § 10 Se o órgão do Ministério Público, esgotadas
devida desde o dia em que se houver configurado. todas as diligências, se convencer da inexistência de
Art. 90. Os valores das muttas previstas nesta lei re- fundamento para a propositura da ação civil ou de pe-
verterão ao Fundo de Assistência Social do respectivo ças informativas, determinará o seu arquivamento, fa-
Município, ficando vinculados ao atendimento do idoso. zendo-o fundamentadamente.
Parágrafo único. As muttas não recolhidas até trin- § 2 0 Os autos do inquérito civil ou as peças de
ta dias após o trâns~o em julgado da decisão serão exi- informação arquivados serão remetidos, sob pena de
gidas através de execução promovida pelo Ministério se incorrer em falta grave, no prazo de três dias, ao
Público, nos mesmos autos, facultada igual iniciativa Conselho Superior do Ministério Público ou à Câmara
aos demais legitimados em caso de inércia daquele. de Coordenação e Revisão do Ministério Público.
Agosto de 200! DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sl:xli\-lcira 31 41361
§ 3° Até que seja homologada ou rejeitada a Parágrafo único. A pena é aumentada de meta-
promoção de arquivamento, em sessão do Conselho de, se da omissão resulta lesão corporal de natureza
Superior do Ministério Público ou por Câmara de Co- grave, e triplicada, se resulta a morte,
ordenação e Revisão do Ministério Público, poderão Art. 104. Abandonar o idoso em hospitais, casas
as associações legitimadas apresentar razões escri- de saúde, abrigos ou congêneres, ou não prover suas
tas ou documentos, que serão juntados ou anexados necessidades básicas, quando obrigado por lei ou
às peças de informação. mandato.
§ 4° Deixando o Conselho Superior ou da Câ- Pena - detenção de seis meses a três anos e
mara de Coordenação e Revisão do Ministério Públi- multa.
co de homologar a promoção de arquivamento, será Art. 105. Expor a perigo a vida, a integridade e a
designado outro membro do Ministério Público para o saúde, física ou psíquica, do idoso, submetendo-o a
ajuizamento da ação. condições desumanas ou degradantes ou privando-o
Art. 99. Aplicam-se subsidiariamente, no que de alimentos e cuidados indispensáveis, quando obri-
couber, as disposições da lei n07.347, de 24 de julho gado a fazê-lo ou, ainda, sujeitando-o a trabalho ex-
de 1985. cessivo ou inadequado.
TíTULO VI Pena - detenção de seis meses a um ano e multa.
Dos Crimes § 1° Se do fato resulta lesão corporal de nature-
za grave:
CAPíTULO I
Disposições Gerais Pena - reclusão de um a quatro anos.
§ 2° Se resulta a morte:
Art. 100. Nos crimes previstos nesta lei, cuja
pena máxima, privativa de liberdade, não ultrapasse Pena - reclusão de quatro a doze anos.
de quatro anos, aplica-se o procedimento previsto na Art. 106. Constitui crime punível com reclusão
lei n09.099, de 26 de setembro de 1995, e, subsidiari- de seis meses a um ano e multa:
amente, as disposições dos Códigos Penal e de Pro- 1- obstar o acesso de alguém a qualquer cargo
cesso Penal, no que couber. público por motivo de idade, salvo as determinações
Art. 101. Os crimes definidos nesta lei são de legais;
ação penal pública incondicionada, não se lhes apli-
11- negar a alguém, por motivo de idade, empre-
cando os arts. 181 e 182 do Código Penal.
go ou trabalho;
CAPíTULO 11 111 - recusar, retardar ou dificultar assistência à
Dos Crimes em Espécie saúde ou deixar de prestar assistência hospitalar, am-
Art. 102. Discriminar pessoa idosa, impedindo bulatorial ou domiciliar, sem justa causa, a pessoa
ou dificultando seu acesso a operações bancárias, idosa;
aos meios de transporte, ao direito de contratar ou por IV - deixar de cumprir, retardar ou frustrar, sem
qualquer outro meio ou instrumento necessário ao justo motivo, a execução de ordem judicial expedida
exercício da cidadania, por motivo de idade. na ação civil a que alude esta lei;
Pena - Reclusão de seis meses a um ano e multa. V - recusar, retardar ou omitir dados técnicos in-
§ 1° Na mesma pena incorre quem desdenhar, dispensáveis à propositura da ação civil objeto desta
humilhar, menosprezar ou discriminar pessoa idosa, lei, quando requisitados pelo Ministério Público.
por qualquer motivo. Art. 107. Deixar de cumprir, retardar ou frustrar,
sem justo motivo, a execução de ordem judicial expe-
§ 2° A pena será aumentada de um terço se a ví-
dida nas ações em que for parte ou interveniente o
tima se encontrar sob os cuidados ou responsabilida- idoso:
de do agente.
Pena - Detenção de seis meses a um ano e
Art. 103. Deixar de prestar assistência ao idoso, multa.
quando possível fazê-lo sem risco pessoal, em situa- Art. 108. Apropriar-se ou desviar bens, proven-
ção de iminente perigo, sem justa causa, ou não pedir tos, pensão, ou qualquer outro rendimento do idoso,
o socorro da autoridade pública: dando-lhe aplicação diversa de sua finalidade.
Pena - detenção de seis meses a um ano e multa. Pena - reclusão de um a quatro anos e multa.
413(,2 Scxta-ICira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 20111

Art. 109. Negar o acolhimento ou a permanência ou foge para evitar pnsao em flagrante.
do idoso, como abrigado, por recusa deste em outor- Sendo doloso o homicídio, a pena é aumen-
gar procuração à entidade de atendimento: tada de um terço se o crime é praticado
Pena - detenção de seis meses a um ano e mu~a. contra pessoa menor de quatorze ou maior
de sessenta anos. (NR)
Art. 110. Reter o cartão magnético de conta ban-
cária relativa a benefícios, proventos ou pensão do
"Art. 133 .
idoso, bem como qualquer outro documento com ob-
§ 3° .
jetivo de assegurar recebimento ou ressarcimento de
111 - se a vítima é maior de sessenta
dívida:
anos. (NR) .
Pena - detenção de seis meses a dois anos e
multa. "Art. 140 .
Art. 111. Exibir ou veicular, por qualquer meio de
comunicação, informações ou imagens depreciativas § 3° Se a injúria consiste na utilização
ou injuriosas à pessoa do idoso. de elementos referentes a raça, cor, etnia,
Pena - detenção de um a três anos e multa. religião, origem ou a condição de pessoa
Art. 112. Induzir pessoa idosa sem discernimen- portadora de deficiência ou com idade igual
to de seus atos a outorgar procuração para fins de ad- ou superior a sessenta anos: (NR)
ministração de bens ou deles dispor livremente: "Art. 141 ..
Pena - reclusão de dois a quatro anos.
IV - contra pessoa maior de sessenta
Art. 113. Coagir, de qualquer modo, o idoso a
anos ou portadora de deficiência, exceto no
doar, contratar, testar ou outorgar procuração:
caso de injúria. (NR)
Pena - reclusão de dois a cinco anos.
"Art. 148 .
Art. 114. lavrar ato notarial que envolva pessoa
§ 1° .
idosa sem discernimento de seus atos, sem a devida
I - se a vítima é ascendente, descen-
representação legal:
dente, cônjuge do agente ou maior de ses-
Pena - reclusão de dois a quatro anos.
senta anos. (NR)
Art. 115. Impedir ou embaraçar ato do represen- "Art. 159 ..
tante do Ministério Público ou de qualquer outro agente
§ 1° Se o seqüestro dura mais de vinte
fiscalizador: e quatro horas, se o seqüestrado é menor
Pena - reclusão de seis meses a urn ano e multa. de dezoito ou maior de sessenta anos, ou
TíTULO VII se o crime é cometido por bando ou quadri-
Das Disposições Finais e Transitórias lha. (NR)

Art. 116. O Decreto-lei n° 2.848, de 7 de dezem- "Art. 183 .


bro de 1940, Código Penal, passa a vigorar com as
seguintes alterações:
111 - se o crime é praticado contra pes-
"Art. 61 . soa com idade igualou superior a sessenta
11- . anos."
h) contra criança, maior de sessenta "Art. 244. Deixar, sem justa causa, de
anos, enfermo ou mulher grávida; (NR) prover a subsistência do cônjuge, ou de filho
menor de dezoito anos ou inapto para o tra-
"Art. 121 . balho, ou de ascendente inválido ou maior
de sessenta anos, não lhes proporcionando
§ 4° No homicídio culposo, a pena é os recursos necessários ou faltando ao pa-
aumentada de um terço, se o crime resulta gamento de pensão alimentícia judicialmen-
de inobservância de regra técnica de profis- te acordada, fixada ou majorada; deixar,
são, arte ou ofício, ou se o agente deixa de sem justa causa, de socorrer descendente
prestar imediato socorro à vitima, não pro- ou ascendente, gravemente enfermo: (NR)
cura diminuir as conseqüências do seu ato,
Agosto de 2()() I DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-Ieira 31 41363
Art. 117. O art. 21 do Decreto-Lei n° 3.688, de Art. 123. Esta lei entra em vigor após decorridos
3 de outubro de 1941, Lei das Contravenções Pena- noventa dias de sua publicação oficial.
is, passa a vigorar acrescido do seguinte parágrafo Sala da Comissão, 29 de agosto 2001. - Depu-
único:
tado Eduardo Barbosa, Presidente - Deputado SUas
"Art. 21 . Brasileiro, Relator.
Parágrafo único. Aumenta-se a pena
de um terço até a metade se a vítima é mai- *PROJETO DE LEI3.704-B, DE 1997
or de sessenta anos." (NR) (Do Sr. Aldo Rebelo)

Art. 118. O inciso II do § 4° do art. 1° da Lei n° Cria os Conselhos Federal e Regio-


9.455, de 7 de abril de 1997, passa a vigorar com a nais de Sociólogos e dá outras providên-
seguinte redação: cias; tendo pareceres: da Comissão de
Trabalho, de Administração e Serviço PÚ-
"Art. 1° .
blico, pela aprovação (Relatora: Deputa-
da Vanessa Grazziotin); e da Comissão
§ 4° . de Constituição e Justiça e de Redação,
II - se o crime é cometido contra crian- pela constitucionalidade, juridicidade e
ça, gestante, portador de deficiência, ado- técnica legislativa, com emenda (Relator:
lescente ou maior de sessenta anos; (NR) Deputado Sérgio Miranda).
(Às Comissões de Trabalho, de Admi-
Art. 119. O inciso 111 do art. 18 da Lei n° 6.368, nistração e Serviço PÚblico; e de Constitui-
de 21 de outubro de 1976, passa a vigorar com a ção e Justiça e de Redação (art. 54) - art.
seguinte redação: 24,11 )
'ProJeto inicial publicado no DCO de 6-12-97
"Art. 18 ..
SUMÁRIO
111 - se qualquer deles decorrer de as-
sociação ou visar a menores de vinte e um I - Parecer da Comissão de Trabalho, de Admi·
anos ou a pessoa com idade igualou supe- nistração e Serviço Público:
rior a sessenta anos ou a quem tenha, por - termo de recebimento de emendas - 1997
qualquer causa, diminuída ou suprimida a - termo de recebimento de emendas - 1999
capacidade de discernimento ou de autode- - parecer da relatora
terminação; (NR) - parecer da Comissão
11 - Parecer da Comissão de Constituição e Justi-
Art. 120. O art. 1° da Lei n° 10.048, de 8 de no- ça e de Redação:
vembro de 2000, passa a vigorar com a seguinte re- - termo de recebimento de emendas
dação:
- parecer do relator
"Art. 1° As pessoas portadoras de defi- - emenda oferecida pelo relator
ciência, os idosos com idade igualou supe- - parecer da Comissão
rior a sessenta anos, as gestantes, as lac-
- emenda adotada pela Comissão
tantes e as pessoas acompanhadas por cri-
anças de colo terão atendimento prioritário, COMISSÃO DE TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO
nos termos desta leL" (NR) E SERViÇO PÚBLICO
Art. 121. O montante de vinte por cento da recei- TERMO DE RECEBIMENTO DE EMENDAS
ta bruta dos concursos de prognósticos administra-
PROJETO DE LEI N° 3.704/97
dos pela Caixa Econômica Federal fica destinado ao
Fundo Nacional de Assistência Social, para aplicação Nos termos do art. 119. caput, I, do Regimento
em programas e ações relativos ao idoso, até que Interno da Câmara dos Deputados, o Sr Presidente
seja criado o Fundo Nacional do Idoso. determinou a abertura - e divulgação na Ordem do
Art. 122. Serão incluídos nos censos demográfi- Dia das Comissões - de prazo para apresentação de
cos dados relativos à população idosa do País. emendas, a partir de 7-11-97, por cinco sessões.
41364 Sexta-feira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2001
Esgotado o prazo, não foram recebidas emendas ao COMISSÃO DE TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO
projeto. E SERViÇO PÚBLICO
Sala da Comissão, 19 de novembro de 1997. - 1- Relatório
Talita Veda de Almeida, Secretária. O nobre Deputado Alda Rebelo propõe a cria-
ção dos Conselhos Federal e Regional de Sociólo-
Defiro, nos termos do art. 105, pará-
gos, estabelecendo sua composição, forma de elei-
grafo único, do RICD, o desarquivamento
ção e dispondo sobre suas rendas, inscrição de pro-
das seguinte proposições: PL: 4.502/94,
fissionais, infrações e penalidades.
4.731/94, 284/95, 2.861/97, 3.704/97,
4060/98,4.224/98, 4.488/98. Publique-se. Na justificativa, esclarece o autor que a Lei n°
Em 16-3-99. - Michel Temer, Presi- 6.888, de 10 de dezembro de 1980, que regulamenta a
dente. profissão de sociólogo, sendo um marco importante na
luta e na história desses profissionais, é, não obstante,
REQUERIMENTO incompleta, por ter deixado a questão do registro pro-
(Do Sr. Aldo Rebelo) fissional a cargo das delegacias do Ministério do Tra-
balho, sem fazer, ademais, nenhuma referência à fis-
Requer o desarquivamento de pro-
calização do exercício da profissão. Dessa forma, o
posições.
projeto em exame tenta reparar um erro histórico, vin-
Sr. Presidente, do ao encontro do desejo dos sociólogos, expresso
Nos termos do art. 105, parágrafo único, do Re- unanimemente no X Congresso Nacional dos Sociólo-
gos, realizado entre 9 e 13 de setembro de 1996, e na
gimento Interno da Câmara dos Deputados, requeiro
reunião do Conselho Deliberativo da Federação Nacio-
a V Ex a o desarquivamento das proposições de minha
nal dos Sociólogos, realizada entre 7 e 9 de março de
autoria a seguir relacionadas:
1998, nos quais aprovaram a criação dos Conselhos.
PL n° 4.502/94
11 - Voto da Relatora
PL n° 4.731/94
PL n° 284/95 Na forma do Regimento Interno da Casa (art.
PL n02.861/97 32, XIII, m), cabe a esta Comissão Permanente a
análise de matéria que verse sobre regulamentação
PL n° 3.704/97
do exercício das profissões.
PL nO' 4.060/98
A proposição visa atender reivindicação da ca-
PL n° 4.224/98
tegoria, aperfeiçoando a organização desta e permi-
PL n° 4.488/98 tindo melhor fiscalização do seu exercício profissio-
Sala das Sessões, de de 1999. - Deputado nal, o que redundará, igualmente, em benefício do pú-
Aldo Rebelo. blico usuário e em elevação do prestígio da profissão.
COMISSÃO DE TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO Somos, portanto, de parecer favorável à aprova-
E SERViÇO PÚBLICO ção do projeto sub examen, em nosso entender alta-
mente relevante e oportuno.
TERMO DE RECEBIMENTO DE EMENDAS Sala da Comissão, de de 1999. - Deputada Va-
nessa Grazziotin, Relatora.
PROJETO DE LEI N° 3.704/97
m- Parecer da Comissão
Nos termos do art 24, § 1°, combinado com o
art. 166, e do art. 119, caput, I, do Regimento Interno A Comissão de Trabalho, de Administração e
da Câmara dos Deputados, o Sr Presidente determi- Serviço Público, em reunião ordinária realizada hoje,
nou a reabertura - e divulgação na Ordem do Dia das aprovou, unanimemente, o Projeto de Lei n° 3.704/97,
Comissões - de prazo para apresentação de emen- nos termos do parecer da Relatora, Deputada Vanes-
das, a partir de 17-5-99, por cinco sessões. Esgotado sa Grazziotin.
o prazo, não foram recebidas emendas ao projeto. Estiveram presentes os Senhores Deputados:
Sala da Comissão, 25 de maio de 1999. - Ana- José Múcio Monteiro, Presidente; Laire Rosado
mélia Ribeiro Correia de Araújo, Secretária. e Jair Meneguelli, Vice-Presidentes; Augusto Nardes,
Agosto ti.: 20D\ DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexla-\cira 31 41365
Paulo Rocha Medeiros, Avenzoar Arruda, Herculano O projeto foi aprovado, unanimemente, sem
Anghinetti, Roberto Argenta, Luciano Castro, Fátima emendas, na Comissão de Trabalho, de Administra-
Pelaes, Luiz Antônio Fleury, José Militão, Pinheiro ção e Serviço Público. Vem agora a esta Comissão,
Landim, Jovair Arantes, Valdomiro Meger, José Car- para exame de sua constitucionalidade e juridicidade
los Vieira, Eduardo Campos, Pedro Eugênio, Pedro e da técnica legislativa.
Celso, Vanessa Grazziotin, Pedro Henry, Vivaldo Bar- Esgotado os prazos regimentais, a Secretaria
bosa, Zaire Rezende, Pedro Corrêa e José Pimentel. desta Comissão atesta que não foram recebidas
emendas ao projeto.
Sala da Comissão, 11 de agosto de 1999. - De- É o relatório.
putado José MÚcio Monteiro, Presidente.
COMISSÃO DE CONSTITUiÇÃO E JUSTiÇA 11 - Voto do Relator
E DE REDAÇÃO Não se enxergam no projeto óbices constitucio-
TERMO DE RECEBIMENTO DE EMENDAS nais, sendo a matéria de competência legislativa da
União (art. 22, inciso XIII, CF), e cabendo a iniciativa
PROJETO DE LEI N° 3.704-N97 concorrente (art. 61, CF).
Nos termos do art. 119, caput, inciso I, do Regi- A proposição não padece de injuridicidade, coa-
mento Interno da Câmara dos Deputados, alterado pelo dunando-se com toda uma plêiade de normas simila-
art. 1°, I, da Resolução n° 10/91, o Senhor Presidente res, para criação de Conselhos profissionais, e a ma-
determinou a abertura e divulgação na Ordem do Dia téria é de competência desta Comissão, a teor do art.
das Comissões, prazo para apresentação de emendas 32, 111, a, do Regimento Interno desta Casa.
a partir de 17/11/99, por cinco sessões. Esgotado o pra- No que se refere à técnica legislativa, observa-
zo, não foram recebidas emendas ao projeto. mos tão-somente o defeito consistente na existência
Sala da Comissão, 23 de novembro de 1999.- de cláusula revogatória genérica, em descompasso
Sérgio Sampaio Contreiras de Almeida, Secretário. com o que preconiza a Lei Complementar nO 95/98, o
que pode ser facilmente sanado por via de emenda,
I - Relatório que apresentamos em anexo.
A proposição legislativa em apreço, de autoria do Isso posto, damos pela constitucionalidade, juri-
nobre Deputado Aldo Rebelo, institui o Conselho Fe- dicidade e boa técnica legislativa do projeto em tela,
deral e os Conselhos Regionais de Sociólogos, indi- com a emenda por nós proposta.
cando o modo de eleição de seus membros, suas com- Sala da Comissão, de de 2000. - Deputado Sér-
petências, as rendas constitutivas, bem como dispõe gio Miranda, Relator.
sobre o exercício da profissão, as infrações disciplina-
EMENDA
res e penalidades, adotando, ademais, normas para a
escolha da primeira diretoria daquelas entidades. Suprima-se o art. 21 do projeto de lei.
Na justificativa, o autor afirma que a Lei n06.888, Sala da Comissão, de de 2000. - Deputado
Sérgio Miranda, Relator.
de 10 de dezembro de 1980, que regulamentou a pro-
fissão de sociólogo, ainda que seja um marco impor- 111 - Parecer da Comissão
tante na luta e na história dessa categoria, ficou in-
A Comissão de Constituição e Justiça e de Re-
completa, pois deixou de se referir à questão do regis- dação, em reunião ordinária realizada hoje, opinou
tro e fiscalização do exercício da profissão, tendo ex- unanimemente pela constitucionalidade, juridicidade
cluído a existência dos Conselhos, que têm, por força e técnica legislativa, com emenda, do Projeto de Lei
de lei federal, competência para a fiscalização e nor- n° 3.704-N97, nos termos do parecer do Relator, De-
matização desse exercício. putado Sérgio Miranda.
Ressalta, também, que as entidades ora pro- Participaram da votação os Senhores Deputados:
postas constituem um serviço público não governa- Inaldo Leitão - Presidente, Zenaldo Coutinho,
mental, não estando ligadas ao Ministério do Trabalho Robson Tuma e Osmar Serraglio, Vice-Presidentes,
ou a qualquer órgão da administração pública, sendo Alexandre Cardoso, André Benassi, Antônio Carlos
entidades autônomas e democráticas. Konder Reis, Augusto Farias, Bispo Rodrigues, Cezar
41366 Sex,"I-leira 31 DIÁRIO DA CÁMARA DOS DEI'UTADOS Agosto de 20111
Schirmer, Coriolano Sales, Custódio Mattos, Edmar - termo de recebimento de emendas ao substi-
Moreira, Fernando Coruja, Fernando Gonçalves, Geo- tutivo
van Freitas, Geraldo Magela, Gerson Peres, Ibrahim - complementação de voto
Abi-Ackel, Jaime Martins, Jarbas Lima, José Antonio - parecer da Comissão
Almeida, José Genoíno, José Priante, José Roberto Ba- - substitutivo adotado pela Comissão
tochio, Luciano Bivar, Luiz Eduardo Greenhalgh, Men- 11 - Parecer da Comissão de Constituição e Justi-
des Ribeiro Filho, Moroni Torgan, Murilo Domingos, Nel- ça e de Redação
son Marchezan, Nelson Otoch, Ney Lopes, Paes Lan- - termo de recebimento de emendas
dim, Paulo Magalhães, Ricardo Ferraço, Roland Lavig- - parecer do relator
ne, Sérgio Miranda, Vicente Arruda, Vilmar Rocha, Zu- - subemendas oferecidas pelo relator (2)
laiê Cobra, Ary Kara, Claudio Cajado, Domiciano Ca- - parecer da Comissão
bral, Edir Oliveira, Jairo Carneiro, Nelo Rodolfo, Osvaldo _ subemendas adotadas pela Comissão (2)
Reis, Professor Luizinho e Wolney Queiroz.
Sala da Comissão, 29 de agosto de 2001 . - De- COMISSÃO DE TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO
putado Inaldo Leitão, Presidente. E SERViÇO PÚBLICO

EMENDA ADOTADA - CCJR soa LEGISLATURA - 48 SESSÃO LEGISLATIVA

Suprima-se o art. 21 do projeto. TERMO DE RECEBIMENTO DE EMENDAS


Sala da Comissão, 29 de agosto de 2001 . - De- PROJETO DE LEI W 3.752/97
putado Inaldo Leitão, Presidente.
Nos termos do art. 119, caput, I, do Regimento
·PROJETO DE LEI W 3.752-8, DE 1997 Interno da Câmara dos Deputados, o Sr. Presidente
(Do Sr. Arnaldo Faria de Sá) determinou a abertura - e divulgação na
Ordem do Dia das Comissões - de prazo para
Cria o Conselho Federal e os Conse- apresentação de emendas, a partir de 1°-4-98, por
lhos Regionais dos Despachantes e dá
cinco sessões. Esgotado o prazo, não foram recebi-
outras providências: tendo pareceres: da das emendas ao projeto.
Comissão de Trabalho, de Administração
Sala da Comissão, 14 de abril de 1998. - Talita
e Serviço Público, pela aprovação, com
de Almeida, Secretária.
substitutivo (Relator: Deputado José Car-
los Vieira); e da Comissão de Constitui- Defiro, nos termos do art. 105, pará-
ção e Justiça e de Redação, pela constitu- grafo único, do RICO, o desarquivamento
cionalidade, juridicidade e técnica legisla- das seguintes proposições: PL.: 294/95,
tiva deste e do substitutivo da Comissão 295/95, 861/95, 1641/96, 2.053/98,
de Trabalho, de Administração e Serviço 2.196/98, 2.528/96, 2.529/90, 2.538/90,
Público, com subemendas (Relator: Depu- 2.539/90, 2.837/97, 3.511/07, 3.595/97,
tado Antônio Carlos Konder Reis). 3.587/97, 3.752/97, 3.874/97, 3.900/97,
(Às Comissões de Trabalho, de Admi- 3.967/91, 4.176/98, 4.186/98, 4.274/98,
nistração e Serviço Público; e de Constitui- 4.491/98, 4.660/98, 4.743/98, 4.744/98,
ção e Justiça e de Redação (art. 54) - art. 4.745/98,4.746/08,4.774/98. Publique-se.
24,11) Em 31-3-99. - Michel Temer, Presi-
'Projeto inicial publicado no DGD de 29-10-97 dente.

SUMÁRIO Excelentíssimo Senhor Presidente da Câmara


Deputados
I - Parecer da Comissão de Trabalho, de Admi-
nistração e Serviço Público REQUERIMENTO
- termo de recebimento de emendas - 1998 (Do Sr. Arnaldo Faria de Sá)
- termo de recebimento de emendas - 1999 Nos termos do art. 105, parágrafo único, do Re-
- parecer do relator gimento Interno da Câmara dos Deputados, requeiro
- substitutivo oferecido pelo relator o desarquivamento dos Projetos de Lei abaixo, relaci-
- emenda apresentada ao substitutivo onados, que são de minha autoria:
Agosto de 20tll DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-lcim 31 41367

PROJETO DE LEI EMENTA

294/95 Acrescenta parágrafo ao an. 2" da Lei 6.321. de 14 de abril de 1976. pata esteDde~ a
aposentados e pensioniSlaS o alendimenlo pelos programas de alimentaÇão do
traballJador
295/95 Assegura preferência aos maiores de 60 anos na tr3JIlÍlaÇão de processos judiciais
cooua 3 om.;dência Social
861/95 Allaa a Lei 9.048. de 18 de maio de 1995. que loma obrigalória a existeocia de
instrumCll!05 de medição de peso DOS postos de revenda de gás liquefeito de petróleo
para uso"domêstico
1641196 Dispõe sobn: programas de ilU%llU\'O à dcmissao "oIWl1ária do pomo de \'iSla
tn1Juúrio
2053/96 Dispõe sobre a gmtuidadc de ingresso de aposentadOs a cspdáculos públims
2196/96 Dispõe: sobre medidas de prolCÇãD ao idoso. DOS lermOS do artigo 229 da
Constituição Federal·
2528/96 Altaa a Lei 5157, de 21 de OlJtIIbro de 1966, que: institui o Dia Oficial de Farmácia
2529/96 Revigora o an. 100 da Lei 8213. de 24 dcjulho de 1991, que dispõe sobn: os pIaDos
de BeDeficios da PrevideDcia Social e dá 0lIIr.lS providâu:ias. a fim de estabdca:r a
antccioacão do Da2lllllell1o de bcodicios
. 2538/96 Dá l1lIV3 raIaçâo ao parágrafo 5" do art. 50 da Lei 1060. de OS de fevereiro de 1956,
Çl<..~ estabelece UOnDaS oara cooccssão de assisleucia iudiciária aos necessitados
2539/96 Dispõe sobR: o indice a ser aplicada nos reajustes dos bendicf05 da Previdencia
Social e dá outras pnl\'idê1lcias
2837/97 Acrcsccnra parágrafo único ao an. 877 da Consoli....~o das Leis de Trabalho

3511/97 lustitui o Dia Nacional do Idoso a ser comemorado. anualmente. no dia 01 de


outubro
3565/97 AlICIa a Lei 8884, ~e_ 11. de jUJlho de 1994, acn:sa:ntando incisos aos anigos 21 e
23. e dá outras
3587/97 Asscgma a uaba1hadorcs.. ap05""3dos c pcnsionislas da PmridCDc::ia Socia1
traramento denlálio à do Sislema Único de Saúde-SUS
3752197 Cria o Consdgo Federal e os CGnsdhos Regionais cios Despacbantcs e dá 0UbaS
.orovidências
3874/97 Iosritui o dia da RefrigcI3ção c dá outrns providêocias

- 3900/97 Altera a Lei 6.226, de 14 de julho de 1975. qoc dispOe sobR: a lXlIll3ge1U n::dproca
de tempo de serviço público fccIcral c de aaividade privada, pala efeito de
ria. ,. .

3967/97 EsteDde a coJaSSão da gratificação nala1ina aos que se enooauam em g02Xl da


RezuIa Mensal Vitalícia
4176/98 ~ o an. 12 da Lá 9532, de 10 de dezembro de 1997

4186/9& Modifica a Lei 9612, de 19 de fevl:lám de 1998, que institui.o Serviço de


Radiodifusão Comunitária c dá 0Ulr.iIS orovidCncias
4274/98 AJLeIa o parágrafo 10 do art. 77 da Lei nO 9473197. que dispõe sobre a politica
eJJCrRélic:a nacional e dá ouuas providências
4491198 Dispõe sobre o aJngzClQnlC1dO de botijões de gás liquefeito de peaóleo-GLP e dá
0Ulr.iIS llt'lMdêD:cias
4660/98 Ptomlga prazo estipulado pela Lei 9526, de 08 de dc:zcmbro de 1997, que dispõe
sobre lCCIUSOS aao mamados com:spllDlk:ll1CS às CODlllS de dqlósitDs nao
M::Idasttadas.. c dá outr.IS ortMdências
- 4743/98 Admite a l'CDÍ1lICi3 da apnse m lW1mia jumo ao INSS
4744198 Modifica a Lei 8112, de 10 de dcz=obro de 1990, que dispõe sobre a l'CDÚIICia da
. de servido!' mibüco
4745/98 Disp6e sobre a rcgularizaç;lo fiscal de ,OQaIlOS c bens de proa:dênàa c:suaupa.
em siluaI:ao iJealoo Teiritório Nadooat c dá 0UU'aS .•.
4746/98 Dispc)e sobn: o c=dcio da protissao de Pelfa8ogo c dá ouuas prcMdências
4774198 la$liIui o dia 23 de julho como o dia nac:ioaaJ dos servidores dos ~ de
Estradas de Rodaeem do Brasil

de 1.999.
413GX Séxta-Icira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPlJlA\)OS Agosto dé 200 I
TERMO DE RECEBIMENTO DE EMENDAS Recife, Salvador e Rio de Janeiro, registrados nas
Juntas do Comércio.
PROJETO DE LEI W 3.752/97
III - Em 1809, o Príncipe Regente Dom João,
Nos termos do art. 24, § 10 , combinado com o nomeou Aleixo Paes Sardinha Despachante, com
art. 166, e do art. 119, caput, I, do Regimento Interno prerrogativas exclusivas para tratar de papéis, passa-
da Câmara dos Deputados, o Sr. Presidente determi- portes e outros documentos.
nou a reabertura - e divulgação na Ordem do Dia das IV - Desde 1732, havia regulamentados os Des-
Comissões - de prazo para apresentação de emen- pachantes D'Alfândega, tendo sido criado em 1854
das, a partir de 70-5-99, por cinco sessões. Esgotado pela Câmara da Corte, o quadro de Despachantes do
o prazo, não foram recebidas emendas ao proje- Rio de Janeiro, que serviu de modelo para outros es-
to. tados, constituindo-se em grupos desses exercentes.
Sala da Comissão, 14 de maio de 1999. - Ana- V - Nesse interregno, amparados no parágrafo
mélia Ribeiro Correia de Araújo, Secretária. único do art. 5° da Lei n° 5.314, de 11 de setembro de
1967, a qual determinou que compete aos governos
1- Relatório
estaduais legislar sobre as atividades de despachan-
O Projeto de Lei n0 3.752, de 1997, visa à criação tes estaduais, diversas legislações estaduais surgi-
e estruturação dos Conselhos Federal e Regionais dos ram qualificando os Despachantes como profissiona-
Despachantes, bem como dispõe sobre o funciona- is, dentre as quais destacam-se:
mento desses órgãos e sobre o exercício profissional • Lei na 7.104, de 28-11-1997, dispõe sobre a
de despachante. regulamentação das atividades dos Despa-
Para tanto, estabelece os requisitos de forma- chantes de Trânsito do Estado do Rio Grande
ção e condições para habilitação ao exercício da pro- do Sul;
fissão, relaciona as atividades de sua competência e • a Lei na 1.132, de 20-2-1987, que dispõe so-
define a estrutura e o funcionamento dos Conselhos bre os Despachantes Públicos do Estado do
Federal e Regionais dos Despachantes. Rio de Janeiro, cujos artigos 1° e 80 os qualifi-
O desarquivamento da proposição foi deferido cam como técnico de processamento admi-
pelo Sr. Presidente das Câmara dos Deputados, nos nistrativo e mandatário tácito de seus comi-
termos do art. 105 do Regimento Interno, mediante tentes;
requeriment) do autor. • Lei na 6.076, de 8-10-92, que dispõe sobre as
Cabe-nos agora, na Comissão de Trabalho, de atividades dos Despachantes do Estado do
Administração e Serviço Público analisar o mérito da Mato Grosso, as quais são qualificadas como
proposição, conforme disposto no art. 32, inciso XIII, "profissionais" nos termos de seu artigo 4 0 ;
do Regimento Interno desta Casa. • A Lei n° 8.107, de 27-10-1992, que dispõe so-
Esgotado o prazo regimental para apresentação bre a atividade dos Despachantes perante os
de emendas ao projeto, nenhuma foi recebida. órgãos da Administração Pública do Estado
É o relatório. de S. Paulo, ressaltando no parágrafo único
do artigo 3 0 tratarem-se de profissionais libe-
11 - Voto do Relator rais;
Com o projeto de lei sob comento, pretende o • Decreto na 434, de 12-08-1991, que dá nova
autor regulamentar o exercício da profissão de despa- regulamentação das atividades de Despa-
chante, bem como estruturar seus respectivos conse- chante de Trânsito de Santa Catarina;
lhos federal e regionais. • Lei na 387/92, dispõe sobre a regulamentação
Algumas informações históricas e etimológicas das atividades dos despachantes no Estado
são de grande valia neste relatório, quais sejam: de Rondônia, atribuindo-lhes prerrogativa de
I - O moderno despachante é sucessor do anti- representação independente de instrumento
go solicitador administrativo. Sua atual denominação procuratório (parágrafo único do art. 10 );
decorre dele realmente não se limitar a solicitar, mas • Lei na 6.616, de 18-06-1998, que dispõe so-
ao fato deste, sim, despachar (serve, resolve, remete bre as atividades de Despachantes Docu-
ou expede). mentalistas no Estado da Paraíba, reconhe-
11 - Despachantes já existiam no Brasil em 1548 cendo inclusive o CRDD-PB como um dos ór-
na forma de alealdador. Em 1702, trabalhavam em gãos normativos de concessão, cassação e
Agosto de 20!)1 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-Icira 31 41369
punição dos despachantes faltosos (vide art. O Congresso Nacional decreta:
4°); Art. 1° Os Conselhos Federal dos Despachantes
• Lei n° 1.887, de 17-8-1998, que dispõe sobre Documentalistas do Brasil (CFDD/BR) e os Conse-
as atividades de Despachantes de Trânsito do lhos Regionais dos Despachantes Documentalistas
Estado do Distrito Federal; (CRDD), dos estados e do Distrito Federal, são, por
• Lei n° 12.327, de 21-9-1998, que dispõe so- delegação do Poder Público, os órgãos normativos e
bre as atividades profissionais de Despa- de fiscalização profissional dos despachantes docu-
chantes de Trâns~o no Estado do Paraná, mentalistas, dotados de autonomia administrativa e
conforme art. 1°. patrimonial, com personalidade jurídica de direito pri-
vado.
A classe já possui sindicatos em todos os esta-
§ 1° O Conselho Federal (CFDD/BR), com sede
dos do Brasil, e Conselhos formados nos Estados
e foro na Capital da República, exerce jurisdição so-
de Alagoas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Mato
bre todo o território nacional.
Grosso, Paraíba, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul,
Rondônia, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe; § 2° Os Conselhos Regionais (CRDD) terão
além dos Estados do Amazonas, Maranhão, Para- sede e foro no Distrito Federal, na capital do Estado
ná, Pernambuco, Tocantins e Minas Gerais estarem ou do Território em cuja base territorial exercer jurisdi-
com assembléias para criação de seus Conselhos ção.
marcadas até o final deste ano. § 3° É expressamente vedada a criação de mais
Cabe lembrar, no entanto, que após a apresen- de um conselho regional para a mesma base territori-
tação do projeto em questão, foi editada a Lei n° al do estado ou do Distrito Federal.
9.649, de 27 de maio de 1998, a qual regulamentou, Art. 2° A organização, a estrutura e o funciona-
em seu art. 58, os serviços de fiscalização de profis- mento dos Conselhos Federal e Regionais de Despa-
sões regulamentadas. chantes Documentalistas serão disciplinados em
Segundo o dispos~ivo c~ado, a lei deve cuidar ex- seus estatutos e regimentos, mediante decisão do
clusivamente da delegação de competência para o plenário de seu conselho federal, composto pelos re-
exercício da fiscalização profissional, sendo que a orga- presentantes de todos os seus conselhos regionais.
nização, a estrutura e o funcionamento devem ser disci- Art. 3° O Conselho Federal de Despachantes
plinados mediante decisão do plenário do conselho fe- Documentalistas (CFDD) e os Conselhos Regionais
deral, garantindo-se que na composição deste sejam de Despachantes Documentalistas (CRDD), em seus
representados todos os seus conselhos regionais. respectivos âmbitos, são autorizados, dentro dos limi-
tes estabelecidos em lei, a fixar, cobrar e executar as
Desta forma, optamos pela apresentação do
contribuições anuais devidas por pessoas físicas ou
substitutivo que encaminhamos em anexo, o qual
jurídicas, bem como preços e serviços e multas, que
ajusta o projeto à Lei n° 9.649/98, ora vigente, bem
constituirão receitas próprias, considerando-se título
como a algumas sugestões encaminhadas a esta re- executivo extrajudicial a certidão relativa aos créditos
lataria pelo Conselho Federal dos Despachantes 00- decorrentes.
cumentalistas do Brasil, entidade criada sob a vigên-
Art. 4° O exercício da profissão de Despachan-
cia da medida provisória que deu origem à citada lei. tes Documentalistas é privativo das pessoas habilita-
Assim, diante do exposto, votamos pela aprova- das pelo Conselho Regional dos Despachantes 00-
ção, no mérito, do Projeto de Lei n° 3.752, de 1997, na cumentalistas de sua jurisdição, nos termos das nor-
forma do substitutivo apresentado em anexo. mas baixadas pelo Conselho Federal.
Sala da Comissão, 23 de novembro de 1999. - Art. 5° Não há hierarquia nem subordinação en-
Deputado José Carlos Vieira, Relator. tre os Despachantes Documentalistas, servidores e
SUBSTITUTIVO OFERECIDO PELO RELATOR funcionários públicos.
Art. 6° O Despachante Documentalista tem
PROJETO DE LEI N° 3.752, DE 1997 mandato presumido de representação na defesa dos
Dispõe sobre o Conselho Federal e interesses de seus comitentes, salvo para a prática
os Conselhos Regionais dos Despachan- de atos para os quais a lei exige poderes especiais.
tes Documentalistas e dá outras provi- Parágrafo único. O Despachante Documentalis-
dências. ta no desempenho de suas atividades profissionais,
41370 St:xta-fcira 31 mARIO IM CÂMARA DOS DEPUTADOS Agoslp d~ 2001
não praticará, sob pena de nulidade, atos privativos sa espécie acarretará, o que torna sua proposta, em
de outras profissões liberais definidas em lei. relação a esse aspecto, inatacável.
Art. 7° Os Conselhos Federal e Regionais terão Contudo, mesmo veredicto não se pode atribuir
90 (noventa) dias, contados a partir da data de vigên- à decisão de manter não apenas os Conselhos, mas
cia desta lei, para adequarem-se. também o respectivo grupo dirigente. Na realidade
Art. 8° Aplicam-se, subsidiariamente, no que sedimentada pelo novo diploma legal, essa não é
couber e não forem incompatíveis com esta lei, os es- uma medida recomendável, na medida em que exclui
tatutos as demais normas baixadas pelos Conselhos do esforço de consolidação dos novos entes fiscaliza-
Federal e Regionais dos Despachantes Documenta- dores boa parte dos atuais despachantes.
listas, as regras de Direitos Administrativos, de Direito A emenda que ora se subscreve tem, pois, a fi-
Comum Processual e as da Lei n° 8.960, de 4 de julho nalidade de aperfeiçoar o correto trabalho já desen-
de 1994. volvido pelo relator, impedindo que o instrumento que
Art. 9° Esta lei entra em vigor 30 (trinta) dias ora se pretende modificar sirva, indevidamente, para
após a data de sua publicação. a preservação e o encastelamento dos atuais líderes
da categoria.
Art. 10. Revogam-se as disposições em contrá-
rio. 1°-12-1999
Sala das Sessões, 23 de novembro de 1999. - TERMO DE RECEBIMENTO DE EMENDAS
Deputado José Carlos Vieira, Relator.
PROJETO DE LEI N° 3.752/97
EMENDA N° CTASP - 0001/SUBST.
Nos termos do art. 119, caput, 11 e § 1°, do Regi-
Emenda Modificativa ao Substitutivo do Relator. mento Interno da Câmara dos Deputados, o Sr. Presi-
Dê-se aos arts. 7° e 8° do substitutivo a seguinte dente determinou a abertura - e divulgação na
redação: Ordem do Dia das Comissões - de prazo para apre-
sentação de emendas, a partir de 26-11-99, por cinco
"Art. ]O A atual diretoria dos Conselhos sessões. Esgotado o prazo, foi recebida 1 (uma)
Federal e Regionais será substituída, no emenda ao Substitutivo oferecido pelo Relator.
prazo máximo de 120 (cento e vinte dias), a Sala da Comissão, 6 de dezembro de 1999. -
contar da publicação desta lei, por membros Anamélia Ribeiro Correia de Araújo, Secretária.
eleitos em sufrágio do qual participarão pro-
fissionais alcançados pelo disposto nesta lei COMPLEMENTAÇÃO DE VOTO DO RELATOR
já habilitados a atuar junto a órgãos públi- O nobre Deputado Arnaldo Faria de Sá apre-
cos, cuja inscrição junto ao respectivo Con- sentou emenda modificativa ao substitutivo a fim de
selho fica assegurada.
alterar o prazo para a substituição da atual Diretoria
Art. 8° Aplicam-se ao exercício da pro- dos Conselhos Federal e Regionais para 120 dias.
fissão de despachante, subsidiariamente, no
Entendemos que a emenda apresentada efeti-
que couber e não forem incompatíveis com
vamente contribui para o aperfeiçoamento do substi-
esta lei e com os estatutos e demais normas
tutivo.
editadas pelo Conselho Federal e pelos
Conselhos Regionais após a posse da dire- Diante do exposto, votamos pela aprovação do
toria e a que se refere o art. 7°, as normas PL n° 3.752/97, nos termos do substitutivo com a alte-
de Direito Administrativo, as de Direito Pro- ração prevista na emenda modificativa apresentada.
cessual Civil e a Lei n° 8.906, de 4 de julho Sala da Comissão, 8 de dezembro de 1999. -
de 1994." José Carlos Vieira, Relator.

Justificação Parecer da Comissão

No elogiável trabalho desenvolvido pelo relator A Comissão de Trabalho, de Administração e


da matéria ora sob emenda, são legitimados, como Serviço Público, em reunião ordinária realizada hoje,
aptos aos atos de fiscalização decorrentes da futura aprovou, unanimemente, com substitutivo, o Projeto
lei, os atuais Conselhos da profissão regulamentada de Lei n° 3.752/97, nos termos do parecer do Relator,
pelo projeto. Pensou Sua Excelência, certamente, na Deputado José Carlos Vieira.
economia de recursos e de esforços que decisão des- Estiveram presentes os Senhores Deputados:
Agosto de 200 I DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-lcira3I 41371
José Múcio Monteiro, Presidente; Laíre Rosado, executivo extrajudicial a certidão relativa aos créditos
Jair Meneguelli e Marcus Vicente, Vice-Presidentes; decorrentes.
Paulo Rocha, Medeiros, Avenzoar Arruda, Eunício Art. 4° O exercício da profissão de Despachan-
Oliveira, José Carlos Vieira, Pedro Henry, Vanessa tes Documentalistas é privativo das pessoas habilita-
Grazziotin, Zaire Rezende, João Tota, Pedro Eugênio, das pelo Conselho Regional dos Despachantes 00-
Alex Canziani, Júlio Delgado, Paulo Paim, Vivaldo cumentalistas de sua jurisdição, nos termos das nor-
Barbosa, Jovair Arantes, Luiz Antônio Fleury e Eduar- mas baixadas pelo Conselho Federal.
do Campos. Art. 5° Não há hierarquia nem subordinação en-
Sala da Comissão, 8 de dezembro de 1999. - tre os Despachantes Documentalistas, servidores e
Deputado José MÚcio Monteiro, Presidente. funcionários públicos.
SUBSTITUTIVO ADOTADO PELA COM ISSÃO Art. 6° O despachante documentalista tem man-
dato presumido de representação na defesa dos inte-
Dispõe sobre o Conselho Federal e resses de seus comitentes, salvo para a prática de
os Conselhos Regionais dos Despachan- atos para os quais a lei exige poderes especiais.
tes Documentalistas e dá outras provi· Parágrafo único. O despachante documentalista
dências. no desempenho de suas atividades profissionais, não
praticará, sob pena de nulidade, atos privativos de ou-
O Congresso Nacional decreta:
tras profissões liberais definidas em lei.
Art. 1° Os Conselhos Federal dos Despachantes
Art. 7° Os Conselhos Federal e Regionais terão
Documentalistas do Brasil
90 (noventa) dias, contados a partir da data de vigên-
(CFDD/BR) e os Conselhos Regionais dos Des- cia desta lei, para adequarem-se.
pachantes Documentalistas (CRDD), dos estados e
Art. 8° Aplicam-se, subsidiariamente, no que
do Distrito Federal, são, por delegação do Poder PÚ-
couber e não forem incompatíveis com esta lei, os es-
blico, os órgãos normativos e de fiscalização profissi-
tatutos as demais normas baixadas pelos Conselhos
onal dos despachantes documentalistas, dotados de
Federal e Regionais dos Despachantes Documenta-
autonomia administrativa e patrimonial, com persona-
listas, as regras de Direitos Administrativo, de Direito
lidade jurídica de direito privado.
Comum Processual e as da Lei n° 8.906, de 4 de julho
§ 1° O Conselho Federal (CFDD/BR), com sede de 1994.
e foro na Capital da República e exerce jurisdição so-
Art. 9° Esta lei entra em vigor 30 (trinta) dias
bre todo o território nacional.
após a data de sua publicação.
§ 2° Os Conselhos Regionais (CRDD) terão
Art. 10 Revogam-se as disposições em contrá-
sede e foro no Distrito Federal, na capital do Estado
ou do Território em cuja base territorial exercer jurisdi- rio.
ção. Sala da Comissão, 8 de dezembro de 1999. -
§ 3° É expressamente vedada a criação de mais Deputado José MÚcio Monteiro, Presidente.
de um conselho regional para a mesma base territori- COMISSÃO DE CONSTITUiÇÃO E JUSTiÇA
al do estado ou do Distrito Federal. E DE REDAÇÃO
Art. 2° A organização, a estrutura e o funciona-
mento dos Conselhos Federal e Regionais de Despa- TERMO DE RECEBIMENTO DE EMENDAS
chantes Documentalistas serão disciplinados em PROJETO DE LEI N° 3.752-A/97
seus estatutos e regimentos, mediante decisão do
plenário de seu conselho federal, composto pelos re- Nos termos do art. 119, caput inciso I do Regi-
presentantes de todos os seus conselhos regionais. mento Interno da Câmara dos Deputados, alterado
Art. 3° O Conselho Federal de Despachantes pelo art. 1°, I, da Resolução n° 10/91, o Senhor Presi-
Documentalistas (CFDD) e os Conselhos Regionais dente determinou a abertura e divulgação na Ordem
de Despachantes Documentalistas (CRDD), em seus do Dia das Comissões, prazo para recebimento de
respectivos âmbitos, são autorizados, dentro dos limi- emendas a partir de 5-4-00, por cinco sessões. Esgo-
tes estabelecidos em lei, a fixar, cobrar e executar as tado o prazo, não foram apresentadas emendas ao
contribuições anuais devidas por pessoas físicas ou projeto.
jurídicas, bem como preços e serviços e multas, que Sala da Comissão, 11 de abril de 2000. - Dama-
constituirão receitas próprias, considerando-se título ci Pires de Miranda, Secretária Substituta.
4.1372 Sexla-li.:ira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2()() 1
I - Relatório gislações, conforme reconhecido e registrado pela
douta Comissão de Trabalho, de Administração e Ser-
Trata-se de Projeto de Lei de iniciativa do nobre
viço Público.
Deputado Arnaldo Faria de Sá, apresentado em 1997
e desarquivado na forma regimental, que "cria o Con- De outra parte, não vejo no Substitutivo e nas
duas emendas modificativas que o acompanham a
selho Federal e os Conselhos Regionais dos Despa-
mácula da inconstitucionalidade, da injuridicidade ou
chantes e dá outras providências."
da ilegalidade, razão pela qual sou por sua aprova-
A Comissão de Trabalho, de Administração e ção.
Serviço Público, com base em substancioso relatório
Proponho, contudo, duas emendas de caráter
produzido pelo nobre Deputado José Carlos Vieira,
técnico-legislativo.
aprovou Substitutivo, para reduzir a oito os vinte e
A primeira, visa a adequar o prazo da entrada
dois artigos (excluídas as cláusulas de vigência e re-
em vigor da futura lei, fixado pelo Substitutivo em trin-
vogatória) do Projeto, que se apresentava deveras
ta dias contados de sua publicação, àquele de cento e
detalhista.
vinte dias, mais realista e prudente, previsto na emen-
O relatório produzido naquela Comissão de Mé- da modificativa ao art. 7°.
rito, a par de historiar o exercício da profissão de des-
A segunda, consiste na supressão do art. 10 do
pachante documentalista, no Brasil, desde o período
Substitutivo, pertinente à cláusula revogatória genéri-
colonial, põe em evidência que a categoria já possui
ca e desnecessária, nos termos do art. 9° da Lei Com-
sindicatos instalados em todos os Estados e no Distri-
plementar n° 95, de 1998, com a redação dada pela
to Federal e conselhos regionais na maioria das uni-
Lei Complementar n° 107, de 2001 .
dades da Federação, concluindo pela oportunidade e
É como voto.
relevância da iniciativa, na forma de Substitutivo, cu-
jos arts. 7° e 8° foram objeto de emendas modificati- Sala de Reuniões, 15 de agosto de 2001. -
vas propostas pelo autor do Projeto e também apro- Antônio Carlos Konder Reis, Relator.
vadas pela Comissão. SUBSTITUTIVO ADOTADO PELA COMISSÃO DE
O Substitutivo, com suas emendas modificati- TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO E SERViÇO
vas, dispõe sobre a criação do Conselho Federal e PÚBLICO
dos Conselhos Regionais dos Despachantes Docu- Dispõe sobre o Conselho Federal e
mentalistas, atribuindo-lhes personalidade jurídica de os Conselhos Regionais dos Despachan-
direito privado, para estabelecer que o exercício da tes e dá outras providências.
profissão de despachante documentalista, ressalva-
da a prática de atos para os quais a lei exige poderes SUBEMENDA MODIFICATIVA
especiais, é privativa dos habilitados perante os con- Dê-se ao art. 9° do Substitutivo da Comissão de
selhos regionais, observadas as regras baixadas pelo Trabalho, de Administração e Serviço Público a se-
Conselho Federal. guinte redação:
Distribuído o processo, nesta Comissão de Art. 9° Esta Lei entra em vigor na data de sua pu-
Constituição e Justiça e de Redação, ao nobre Depu- blicação.
tado José Ronaldo, sua excelência elaborou parecer Sala de Reuniões, 15 de agosto de 2001. -
favorável à proposição. Contudo, esse parecer, apre- Antônio Carlos Konder Reis, Deputado Federal.
sentado à secretaria da Comissão em 8 de junho de
2000, não foi submetido à votação. O nobre Deputado SUBSTITUTIVO ADOTADO PELA COMISSÃO DE
Inaldo Leitão pediu vista. Na sessão legislativa em TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO E SERViÇO
curso, o projeto me foi distribuído, uma vez eleito pre- PÚBLICO
sidente desta Comissão o nobre Deputado e eminen- Dispõe sobre o Conselho Federal e
te colega representante do Estado da Paraíba. os Conselhos Regionais dos Despachan-
É o relatório. tes e dá outras providências.
11 - Voto do Relator SUBEMENDA SUPRESSIVA
No mérito, estou, corno sempre estive, de acor- Suprima-se o art. 10 do Substitutivo da Comis-
do com a regulamentação do exercício da profissão são de Trabalho, de Administração e Serviço Público.
de despachante documentalista, praticada no territó- Sala de Reuniões, 15 de agosto de 2001. -
rio nacional sob as mais diversas modalidades e le- Antônio Carlos Konder Reis, Deputado Federal.
Ag.O~IO dl: 2001 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sl:xla-Icíra 31 41373
111- Parecer da Comissão ·PROJETO DE LEI N° 475-B, DE 1999
(Do Sr. Fernando Ferro)
A Comissão de Constituição e Justiça e de Re-
dação, em reunião ordinária realizada hoje, opinou Anistia os condutores multados por
unanimemente pela constitucionalidade, juridicidade infração ao art. 112 do Código de Trânsito
e técnica legislativa do Projeto de Lei n° 3.752-A/97 e Brasileiro; tendo pareceres: da Comissão
do Substitutivo da Comissão de Trabalho, de Adminis- de Viação e Transportes, pela aprovação
tração e Serviço Público, com subemendas, nos ter- deste, e pela rejeição do de n° 1.274/99,
mos do Parecer do Relator, Deputado Antônio Carlos apensado (Relator: Deputado Eliseu Re-
Konder Reis. sende); e da Comissão de Finanças e Tri-
Participaram da votação os Senhores Deputa- butação, pela compatibilidade e adequa-
dos: ção financeira e orçamentária e, no méri-
to, pela aprovação deste, e do de n°
Inaldo Leitão - Presidente; Zenaldo Coutinho,
1.274/99, apensado, com substitutivo (Re-
Robson Tuma e Osmar Serraglio, Vice-Presidentes;
lator: Deputado João Eduardo Dado).
Alexandre Cardoso, André Benassi, Antônio Carlos
(Às Comissões de Viação e Transpor-
Konder Reis, Augusto Farias, Bispo Rodrigues, Cezar
tes; de Finanças e Tributação; (Mérito e art.
Schirmer, Coriolano Sales, Custódio Mattos, Edmar
54); e de Constituição e Justiça e de Reda-
Moreira, Fernando Coruja, Fernando Gonçalves, Geo-
ção (art. 54) - Art. 24,11.)
van Freitas, Geraldo Magela, Gerson Peres, Ibrahim
inicial publicado no OCO de 13-4-99
• Projeto
Abi-Ackel, Jaime Martins, Jarbas Lima, José Antonio
- Projeto apensado publicado no OCO 10-9-99
Almeida, José Genoíno, José Priante, José Roberto Ba- (Parecer da Comissão de Viação e Transportes publicado no
tochio, Luciano Bivar, Luiz Eduardo Greenhalgh, Men- OCO de 10-8-00)
des Ribeiro Filho, Moroni Torgan, Murilo Domingos, Nel-
SUMÁRIO
son Marchezan, Nelson Otoch, Ney Lopes, Paes Lan-
dim, Paulo Magalhães, Ricardo Ferraço, Roland Lavig- Parecer da Comissão de Finanças e Tributação
ne, Sérgio Miranda, Vicente Arruda, Vilmar Rocha, Zu- - termo de recebimento de emendas
laiê Cobra, Ary Kara, Cláudio Cajado, Domiciano Ca- - parecer do relator
bral, Edir Oliveira, Jairo Carneiro, Nelo Rodolfo, Osvaldo - substitutivo oferecido pelo relator
Reis, Professor Luizinho e Wolney Queiroz. - termo de recebimento de emendas ao substi-
Sala da Comissão, 29 de agosto de 2001 . - De- tutivo
putado Inaldo Leitão, Presidente. - complementação de voto
SUBSTITUTIVO DA CTASP - parecer da Comissão
- substitutivo adotado pela Comissão
SUBEMENDAS ADOTADAS - CCJR
COMISSÃO DE FINANÇAS E TRIBUTAÇÃO
N° 1
TERMO DE RECEBIMENTO DE EMENDAS
Dê-se ao art. 9° do substitutivo a seguinte reda-
ção: PROJETO DE LEI N° 475-A/99
Nos termos do art. 119, I, do Regimento Interno
"Art. 9° Esta Lei entra em vigor na data da Câmara dos Deputados, o Sr. Presidente determi-
de sua publicação." nou a abertura e divulgação na Ordem do Dia das Co-
missões de prazo para apresentação de emendas, a
Sala da Comissão, 29 agosto de 2001. - Depu-
partir de 4-9-00, por cinco sessões. Esgotado o prazo,
tado Inaldo Leitão, Presidente. não foram recebidas emendas ao projeto.
SUBSTITUTIVO DA CTASP Sala da Comissão, 20 de setembro de 2000. -
Maria Linda Magalhães, Secretária.
SUBEMENDAS ADOTADAS - CCJR
I - Relatório
N° 2
O Projeto de Lei n° 475, de 1999, de autoria do
Suprima-se o art. 10 do substitutivo. ilustre Deputado Fernando Ferro, e seu apenso, Pro-
Sala da Comissão, 29 agosto de 2001. - Depu- jeto de Lei nO 1.274, de 1999, de autoria do nobre De-
tado Inaldo Leitão, Presidente. putado Flávio Derzi, visam anistiar as multas aplica-
41374 Sexta-feira 31 I)IÁI~IO DA CÂMAl{A DOS DEPUTADOS Ag,)stn de 200 I
das aos condutores de veículos automotores por des- dentes simplesmente não são devidas. Mais correta
cumprimento do que estabelecia o art. 112, do Códi- afigura-se-nos a terminologia utilizada na redação do
go de Trâns~o Brasileiro, revogado pela Lei n° 9.792, PL n° 1.274/99: '1icam canceladas as multas".
de 14 de abril de 1999. Indo à essência, entendemos fundamental exa-
Ambos os projetos prevêem o ressarcimento aos minar a factibilidade da aplicação da lei consectária
condutores multados dos valores correspondentes às dos projetos em comento, em termos de técnica orça-
multas pagas, além de não se computar, nos respecti- mentária. Assim procedendo, evitaremos estar apro-
vos prontuários, a pontuação correspondente. vando mais urna lei - que não é um título executivo -
Os projetos em apreço foram inicialmente exa- com a qual o cidadão que pagou multa cancelada aca-
minados pela Comissão de Viação e Transportes, bará por dirigir-se ao balcão de um Detran para exigir
que, por unanimidade, rejeitou o Projeto n° 1.274, de seu direito à devolução e receber a mais tradicional
1999, e aprovou o de n° 475, de 1999. Os projetos das respostas ouvidas pelo cidadão-contribuinte em
vêm a esta Comissão para exame do mérito e da ade- nosso País: reclame seu direito perante o Judiciário.
quação orçamentária e financeira, e deverão, a se- Adentrando, portanto, a matéria em maior deta-
guir, ser encaminhados à Comissão de Constituição e lhe, julgamos oportuno lembrar o que dispõem os arti-
Justiça e de Redação. Nesta Comissão, não foram re- gos do Código de Trânsito Brasileiro, que pertinem à
cebidas emendas no prazo regimental. arrecadação e à destinação das multas de trânsito.
É o relatório. Assim trata o art. 260 do CTB a questão da arre-
cadação, verbis:
11 - Voto do Relator
"Art. 260. As multas serão impostas e
O cidadão-contribuinte está hoje, no Brasil, des-
arrecadadas pelo órgão ou entidade de trân-
protegido diante de um Estado que o oprime com
sito com circunscrição sobre a via onde haja
crescentes imposições e cobranças, muitas vezes in-
ocorrido a infração, de acordo com a com-
devidas. As proposições em apreço possuem o gran-
petência estabelecida neste Código".
de mérito de dar urna contribuição, ainda que de al-
cance aparentemente restrito, para reverter essa de- E o art. 320, parágrafo único, tratando da reparti-
plorável situação. ção da arrecadação, estabelece, verbis:
Oportunas e convenientes, portanto, as iniciati-
"Art. 320 ..
vas dos ilustres Deputados Fernando Ferro e Flávio
Parágrafo único. O percentual de cinco
Derzi, de, mediante a apresentação de projetos de lei,
por cento do valor das multas de trânsito ar-
buscar corrigir dupla injustiça provocada pela legisla-
recadadas será depositado, mensalmente,
ção de trânsito: a primeira, a aprovação do art. 112,
na conta de fundo de âmbito nacional desti-
do Código de Trânsito Brasileiro, e a segunda, a
nado à segurança e educação de trânsito."
apressada aprovação da lei que o revogou, sem regu-
lar devidamente as iníquas situações criadas durante Da simples análise desses dispositivos, resulta
sua vigência. clara a implicação orçamentária, ainda que certa-
Sob o ponto de vista das finanças públicas, pa- mente de pequena monta, no que tange à devolu-
rece-nos inequívoco o entendimento de que não per- ção de valores arrecadados, sobre os Estados e o
tence ao Estado a receita resultante da aplicação de Distrito Federal, os quais detêm a incumbência de
um dispositivo legal despropositado, equivocado e impor multas instituídas pelo Código, arrecadá-Ias e
até mesmo malcheiroso - como foi tão noticiado à repassar uma parcela do produto dessa arrecada-
época -, e, por isso mesmo, rapidamente revogado. ção (cinco por cento) para a União.
Não deve ser realizada tal receita, se ainda não o foi, Em face disso, entendemos que a regulamenta-
e se já o foi, há de ser estornada, devolvida ao cida- ção da matéria, tal como proposta nos projetos em
dão que a recolheu aos cofres públicos. exame, ficaria ainda incompleta e seria talvez mesmo
Quanto à forma, consideramos imprecisa tecni- inócua para o cidadão prejudicado pelo pagamento
camente a expressão utilizada no art. 2° do PL n° de multa cancelada. Para corrigir tal situação, enten-
475-A, de 1999, onde se lê: '1icam livres do pagamento demos ser indispensável fazer acréscimo de dispositi-
da multa ...". Não nos parece que se trate de questão vo ao CTB (art. 320-A), estabelecendo regra clara
de liberdade. O pagamento simplesmente não deve para o procedimento a ser cumprido pela Administra-
ser feito, por ter sido produto de infração instituída le- ção nos casos de ressarcimento aos condutores dos
galmente, porém ilegitimamente. As multas correspon- valores correspondentes a multas canceladas.
Agusto de 2()() I DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-Icira 31 41375
E, para proteger o consumidor, não se pode dei- para os fins do alcance das metas fiscais estabeleci-
xar de fixar prazo razoável e condições para o cumpri- das na Lei de Diretrizes Orçamentárias.
mento, pelo Estado, da obrigação de pagar o que tiver Dessa forma, votamos pela compatibilidade e
arrecadado ilegitimamente do hoje desprotegido ci- adequação financeira e orçamentária do Projeto de
dadão-contribuinte, incluindo juros correspondentes Lei na 475-A, de 1999, bem como do apenso Projeto
ao período em que o valor indevidamente arrecadado de Lei na 1.274, de 1999, e, quanto ao mérito, somos
for retido e multa por atraso na efetivação do ressarci- pela sua aprovação, na forma do Substitutivo, de nos-
mento. sa autoria, anexo.
Por essas razões, elaboramos Substitutivo aos Sala da Comissão, 7 de agosto de 2001 . - De-
projetos em exame, que apresentamos em anexo, putado João Dado, Relator.
buscando tornar mais precisa tecnicamente sua reda-
ção e contemplar os aspectos supramencionados, o SUBSTITUTIVO AO PROJETO DE LEI
que, segundo cremos, servirá para evitar percalços N° 475-A, DE 1999
na aplicação de sua lei consectária. (Apenso Projeto de Lei na 1.274, de 1999)
Cabe a esta Comissão, além do exame de méri- Dispõe sobre o cancelamento das
to, apreciar as proposições quanto à sua compatibili- multas impostas por infração ao art. 112
dade ou adequação com o plano plurianual, a lei de do Código de Trânsito Brasileiro, e dá
diretrizes orçamentárias, o orçamento anual e nor- outras providências.
mas pertinentes à receita e despesa públicas, nos ter- O Congresso Nacional decreta:
mos do Regimento Interno da Câmara dos Deputa- Art. 1° Ficam canceladas as multas impostas
dos (RI, arts. 32, IX, h, e 53, 11) e de Norma Interna da aos condutores autuados por infração ao art. 112, do
Comissão de Finanças e Tributação, que "estabelece Código de Trânsito Brasileiro, revogado pela Lei na
procedimentos para o exame de compatibilidade ou 9.792, de 14 de abril de 1999.
adequação orçamentária e financeira", aprovada pela
§ 10 Será efetuada, nos termos do art. 20 , desta
CFT em 29 de maio de 1996.
Lei, a devolução aos condutores dos valores corres-
Inicialmente, destacamos que o projeto de lei pondentes às multas a que se refere o caput, que te-
prevê a anistia das multas aplicadas com base no arti- nham sido pagas até a data de publicação desta Lei.
go 112 do Código de Trânsito Brasileiro - CTB, que
§ 20 Não será computada nos prontuários dos
previa a exigência de porte nos veículos automotores
condutores a pontuação relativa ao cometimento da
de conjunto (kit) de primeiros socorros. Tal exigência
infração a que se refere o caput.
foi revogada pela Lei na 9.792, de 14 de abril de 1999.
Art. 20 Fica acrescido art. 320-A ao Código de
Considerando que o Código de Trânsito Brasilei-
Trânsito Brasileiro, com a seguinte redação:
ro, instituído pela Lei n0 9.503, de 23-9-97, somente en-
trou em vigor 120 dias após sua publicação, vemos "Art. 320-A. Os valores corresponden-
que a obrigatoriedade prevista no artigo 112 vigorou tes a multas canceladas serão devolvidos
durante aproximadamente 15 meses, período em que ao proprietário do veículo autuado que as
foram aplicadas as multas ora objeto do cancelamento. tenha pago, no prazo máximo de quarenta e
Na execução orçamentária do Departamento cinco dias, contados da data do pagamento,
Nacional de Estradas de Rodagens no ano de 1998 acrescidos de juros correspondentes a 12%
consta registrada a arrecadação de aproximadamente ao ano e multa por ultrapassagem do prazo
R$4,5 milhões, decorrentes de todas as multas previs- de devolução de 2% ao mês.
tas na legislação de trânsito. Desse montante sabe-se Parágrafo único. Poderá ser compen-
que apenas uma diminuta parcela corresponde a infra- sado pelo órgão de trânsito arrecadador,
ções por descumprimento da exigência contida no arti- nos repasses mensais efetuados ao fundo a
go 112 do CTB, já que na mencionada rubrica de recei- que se refere o parágrafo único do art. 320,
ta estão registradas multas decorrentes de diversas o montante equivalente a cinco por cento
outras modalidades de infrações ao CTB. das multas pagas e canceladas, que te-
nham sido efetivamente devolvidas."
Assim, tendo em vista o pequeno lapso tempo-
ral em que a exigência foi devida e, ainda, a pouca Art. 30 Esta Lei entra em vigor trinta dias após
significação dessa modalidade de arrecadação para a data de sua publicação.
as contas públicas, entendemos que o impacto do Sala da Comissão, 7 de agosto de 2001. -
projeto de lei sobre as finanças públicas é irrelevante, Deputado João Eduardo Dado, Relator.
41376 Sexta-feira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agustu de 2üOl
TERMO DE RECEBIMENTO DE EMENDAS do Código de Trânsito Brasileiro, e dá
AO SUBSTITUTIVO outras providências.
PROJETO DE LEI N° 475-N99 O Congresso Nacional decreta:
Nos termos do art. 119, 11, do Regimento Interno Art. 1° Ficam canceladas as multas impostas
da Câmara dos Deputados, o Sr. Presidente determi- aos condutores autuados por infração ao art. 112 do
nou a abertura e divulgação na Ordem do Dia das Co- Código de Trânsito Brasileiro, revogado pela Lei n°
missões de prazo para apresentação de emendas, a 9.792, de 14 de abril de 1999.
partir de 15-8-01, por cinco sessões. Esgotado o pra- § 10 Será efetuada a devolução, ao proprietário
zo não foram recebidas emendas ao substitutivo ofe- do veículo autuado, dos valores correspondentes às
recido pelo relator. multas a que se refere o caput, que tenham sido pa-
Sala da Comissão, 23 de agosto de 2001. - Ma- gas até a data da publicação desta Lei, no prazo má-
ria Linda Magalhães, Secretária. ximo de quarenta e cinco dias, com o acréscimo de ju-
ros de doze por cento ao ano e multa de dois por cen-
COMPLEMENTAÇÃO DE VOTO to, no caso de não atendimento do prazo.
Em reunião ordinária desta Comissão, realizada § 2° No início do prazo de que trata o § 10, o pro-
no dia 29 de agosto de 2001, tive a oportunidade de prietário do veículo autuado será devidamente notifi-
apresentar parecer pela compatibilidade e adequa- cado do ressarcimento a que faz jus, com o acréscimo
ção financeira e orçamentária do projeto de lei princi- dos encargos mencionados no mesmo dispositivo.
pal e de seu apensado; no mérito, sugeri a aprovação § 3° Não será computada nos prontuários dos
da matéria na forma do Substitutivo de nossa autoria. condutores a pontuação relativa ao cometimento da
Durante a discussão, ocorreu amplo debate so- infração a que se refere o caput.
bre o assunto, com manifestações unânimes no senti- Art. 2° Fica acrescido o art. 320-A ao Código de
do de sua aprovação, em face de sua oportunidade e Trânsito Brasileiro, com a seguinte redação:
mérito no contexto do aperfeiçoamento do Código de "Art. 320-A. Os valores corresponden-
Trânsito Brasileiro. tes a multas canceladas serão devolvidos
Na mesma ocasião, o nobre Ricardo Berzoini ao proprietário do veículo autuado que as
sugeriu a conveniência de incluir-se, em nosso Subs- tenha pago, no prazo de quarenta e cinco
titutivo, um dispositivo no qual a autoridade de trânsito dias, contados da data do pagamento,
comunicasse ao proprietário do veículo autuado, be- acrescidos de juros correspondentes de
neficiário do ressarcimento, os valores corresponden- 12% ao ano e multa de 2%, no caso de não
tes à devolução da multa e respectivos encargos. atendimento do prazo.
Entendi muito oportuna a lembrança daquele Parágrafo único. Poderá ser compen-
ilustre Deputado, com a qual, aliás, também concor- sado pelo órgão de trânsito arrecadador,
daram os demais parlamentares presentes à reunião. nos repasses mensais efetuados ao fundo a
Ademais disso, entendemos conveniente alterar que se refere o parágrafo único do art. 320,
a redação dada ao § 1° de nosso Substitutivo, a fim de o montante equivalente a cinco por cento
evitar dúvidas na aplicação da lei consectária à pro- das multas pagas e canceladas, que te-
posta. nham sido efetivamente devolvidas."
Em face do consenso formado entre os parla- Art. 3° Esta Lei entra em vigor trinta dias após
mentares presentes à discussão e com fundamento a data de sua publicação.
no inciso XI do art. 57 do Regimento Interno, resolve- Sala da Comissão, 29 de agosto de 2001. - De-
mos modificar o Substitutivo de nossa autoria. putado João Eduardo Dado, Relator.
Sala da Comissão, 29 de agosto de 2001. - De-
putado João Eduardo Dado, Relator. 111 - Parecer da Comissão

SUBSTITUTIVO AO PROJETO DE LEI A Comissão de Finanças e Tributação, em reu-


N° 475-A, DE 1999 nião ordinária realizada hoje, concluiu, unanime-
(Apenso o Projeto de Lei na 1.275, de 1999) mente, pela compatibilidade e adequação financeira
e orçamentária e, no mérito, pela aprovação do Proje-
Dispõe sobre o cancelamento das to de Lei n° 475-A/99 e do PL n° 1.274/99, apensado,
multas impostas por infração ao art. 112 com Substitutivo, nos termos do parecer do relator,
Agosto de 200! DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 31 41377
Deputado João Eduardo Dado, com complementa- 12% ao ano e multa de 2%, no caso de não
ção de voto. atendimento do prazo.
Estiveram presentes os Senhores Deputados Parágrafo único. Poderá ser compen-
Jorge Tadeu Mudalen, Presidente em exercício; José sado pelo órgão de trânsito arrecadador,
Carlos Fonseca Jr. e José Pimentel, Vice-Presiden- nos repasses mensais efetuados ao fundo a
tes; Félix Mendonça, José Militão, Sampaio Dória, que se refere o parágrafo único do art. 320,
Sebastião Madeira, Sílvio Torres, Chico Sardelli, João o montante equivalente a cinco por cento
Carlos Bacelar, Jorge Khoury, Pauderney Avelino, das multas pagas e canceladas, que te-
Armando Monteiro, João Eduardo Dado, Milton Monti, nham sido efetivamente devolvidas."
Pedro Novais, Carlito Merss, João Coser, Ricardo Art. 3° Esta Lei entra em vigor trinta dias após
Berzoini, Edinho Bez, Enivaldo Ribeiro, Fetter Júnior, a data de sua publicação.
João Mendes, Pedro Eugênio, Eujácio Simões, Ro- Sala da Comissão, 29 de agosto de 2001. - De-
berto Argenta, Luiz Carlos Hauly, Antonio Cambraia, putado Jorge Tadeu Mudalen, Presidente em exercí-
Walfrido Mares Guia, Juquinha, Nice Lobão, Osório cio.
Adriano e Emerson Kapaz.
Sala da Comissão, 29 de agosto de 2001 . - De- *PROJETO DE LEI N° 868-B, DE 1999
putado Jorge Tadeu Mudalen, Presidente em exercí- (Do Sr. Gilberto Kassab)
cio. Dispõe sobre a criação do Programa
SUBSTITUTIVO ADOTADO - CFT de Microdestilarias de Álcool
PROMICRO, e dá outras providências;
Dispõe sobre o cancelamento das tendo pareceres: da Comissão de Agri-
multas impostas por infração ao art. 112 cultura e Política Rural, pela aprovação
do Código de Trânsito Brasileiro, e dá (Relator: Deputado Roberto Balestra); e
outras providências. da Comissão de Finanças e Tributação,
O Congresso Nacional decreta: pela não implicação da matéria com au-
Art. 1° Ficam canceladas as multas impostas mento ou diminuição da receita ou da
aos condutores autuados por infração ao art. 112 do despesa pública, não cabendo pronunci-
Código de Trânsito Brasileiro, revogado pela Lei n° amento quanto à adequação financeira e
9.792, de 14 de abril de 1999. orçamentária, e, no mérito, pela aprova-
§ 1° Será efetuada a devolução, ao proprietário ção (Relator: Deputado Eni Voltolini).
do veículo autuado, dos valores correspondentes às (Às Comissões de Agricultura e Políti-
multas a que se refere o caput, que tenham sido pa- ca Rural; de Finanças e Tributação (mérito e
gas até a data da publicação desta Lei, no prazo má- art. 54); e de Constituição e Justiça e de Re-
ximo de quarenta e cinco dias, com o acréscimo de ju- dação (art. 54) - Art. 24,11)
ros de doze por cento ao ano e multa de dois por cen- 'Projeto inicial publicado no OCO de 30-8-99
(parecer da Comissão de Agricultura e Polftica Rural publicado no
to, no caso de não atendimento do prazo. OCO de 15-6-00)
§ 2° No início do prazo de que trata o § 1°, o pro-
prietário do veículo autuado será devidamente notifi- SUMÁRIO
cado do ressarcimento a que faz jus, com o acréscimo Parecer da Comissão de Finanças e Tributação
dos encargos mencionados no mesmo dispositivo. - termo de recebimento de emendas
§ 3° Não será computada nos prontuários dos - parecer do relator
condutores a pontuação relativa ao cometimento da - parecer da Comissão
infração a que se refere o caput.
Art. 2° Fica acrescido o art. 320-A ao Código de COMISSÃO DE FINANÇAS E TRIBUTAÇÃO
Trânsito Brasileiro, com a seguinte redação: TERMO DE RECEBIMENTO DE EMENDAS
"Art. 320-A. Os valores corresponden-
tes a multas canceladas serão devolvidos PROJETO DE LEI N° 868-N99
ao proprietário do veículo autuado que as Nos termos do art. 119, I, do Regimento Interno
tenha pago, no prazo de quarenta e cinco da Câmara dos Deputados, o Sr. Presidente determi-
dias, contados da data do pagamento, nou a abertura e divulgação na Ordem do Dia das Co-
acrescidos de juros correspondentes de missões de prazo para apresentação de emendas, a
41378 Scxta-lCira 3\ DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Ag.o,tu de 200\
partir de 27-6-00, por cinco sessões. Esgotado o pra- O projeto em apreciação propõe a obrigatorie-
zo, não foram recebidas emendas ao projeto. dade, ao BNDES, de abertura anual de linha de crédi-
Sala da Comissão, 2 de agosto de 2000. - Maria to de valor não inferior a R$200 milhões. Estabelece
Linda Magalhães, Secretária. também que os contratos de financiamento das mi-
crodestilarias de álcool sejam realizados com prazo
I - Relatório de 8 anos, com 2 anos de carência.
O Projeto de Lei n° 868, de 1999, do nobre De- Constatamos que o BNDES tem no Fundo de
putado Gilberto Kassab, estabelece a criação do Pro- Amparo ao Trabalhador (FAT) uma importante fonte
grama de Microdestilarias de Álcool - PROMICRO, de recursos. Para o corrente ano, a dotação autoriza-
destinado às cooperativas e aos pequenos produto- da na Lei Orçamentária por meio da ação "Financia-
res rurais, cujas propriedades sejam oriundas de pro- mento de Programas de Desenvolvimento Econômi-
jetos de assentamento do Incra. Para tal finalidade, co a Cargo do BNDES" é de R$3,5 bilhões.
propõe a abertura de linha de crédito do BNDES, no Notamos ainda que a citada Instituição adminis-
valor anual de R$200 milhões. tra diretamente um conjunto numeroso de programas
Na justificação apresentada, o ilustre Autor sali- de financiamento à atividade agropecuária e participa
enta a necessidade e conveniência de se criar novo de outros criados pelo Governo Federal. Entre os pri-
programa, em bases bem distintas do Proálcool, vi- meiros, citamos o "Programa de Modernização da
sando a produção de álcool etílico, com aproveita- Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associa-
mento da vinhaça para fertilização do solo ou produ- dos e Colheitadeiras", o "Programa Especial de Fi-
ção do biogás, da palha e do bagaço de cana. No seu nanciamento Agrícola", o "Programa de Financiamen-
entendimento, o Programa contribuirá significativa- to para Aquisição de Implementos Agrícolas e Manu-
mente para a fixação do homem ao campo, reduzindo tenção ou Recuperação de Máquinas, Tratores e
a procura por emprego nos centros urbanos. Equipamentos Agrícolas", entre outros. No segundo
Submetido à apreciação da Comissão de Agri- grupo, a título de exemplo, destacamos o Pronaf, o
cultura e Política Rural, o projeto foi aprovado unani- Prosolo, o Prodecap, o Procaju, o Prodamel, o Proca-
memente, nos termos do parecer do Relator, Deputa- moi, o Prodevinho, e o Provarzeasul.
do Roberto Balestra. Esses programas de financiamento, pelas nor-
Nos termos regimentais, compete-nos manifes- mas vigentes, não são obrigatoriamente discrimina-
tar sobre o mérito da proposição (art. 24, 11) e sobre dos em dotações próprias nas leis orçamentárias.
sua adequação financeira e orçamentária (art 53, 11). Portanto, a aprovação de proposta que determi-
na a criação de mais um programa de financiamento
11 - Voto do Relator do BNDES não deverá, em nosso entendimento, afe-
Somos favoráveis à aprovação da proposição tar as finanças públicas federais. Trata-se apenas de
em exame. Além das repercussões sobre os níveis de incluir a microdestilaria de álcool como item prioritário
emprego e renda, bem como da sustentabilidade dos nos contratos de financiamento do BNDES.
projetos de assentamento rural, consideramos conve- Desta forma, nos termos do art. 9° da Norma
niente a expansão da produção de álcool, e seus sub- Interna desta Comissão, não nos cabe manifestar so-
produtos, devido às oscilações do preço do petróleo bre a compatibilidade ou adequação orçamentária ou
no mercado internacional. Desta forma, apoiamos financeira da proposição em exame.
plenamente o parecer da Comissão de Agricultura e Por todo o exposto, somos pela não implicação
Política Rural. da matéria em aumento de despesa ou diminuição da
Por outro lado, compete a esta Comissão de Fi- receita, não cabendo a este órgão técnico realizar
nanças, além de manifestar-se sobre o exame de mé- exame de adequação quanto aos aspectos financeiro
rito, apreciar a proposta quanto à sua adequação or- e orçamentário públicos do projeto em apreciação.
çamentária e financeira, conforme prevêem os arts. Quanto ao mérito, opinamos pela aprovação do Pro-
32, IX, h, e 53, 11, do Regimento Interno da Câmara jeto de Lei n° 868, de 1999.
dos Deputados. Sala da Comissão, 23 de agosto 2001. - Eni
Na conformidade das disposições contidas no Voltolini, Relator.
RICO, somente aquelas proposições "que importem
111 - Parecer da Comissão
aumento ou diminuição de receita ou de despesa pú-
blica" estão sujeitas ao exame de compatibilidade ou A Comissão de Finanças e Tributação, em reu-
adequação orçamentária e financeira. nião ordinária realizada hoje, concluiu, unanimemen-
Agosto de 2001 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS SeXla-leira31 41379
te, pela não implicação da matéria com aumento ou Art. 2° Para os efeitos desta lei, a atuação dos
diminuição da receita ou da despesa públicas, não estudantes universitários no ensino fundamental
cabendo pronunciamento quanto à adequação finan- dar-se-á a partir da 5a série.
ceira e orçamentária e, no mérito, pela aprovação do Parágrafo único. Os estudantes que estejam
Projeto de Lei n° 868-A/99, nos termos do parecer do cursando licenciatura em Pedagogia, habilitação Ma-
Relator, Deputado Eni Voltolini. gistério para séries iniciais do ensino fundamental, ou
Estiveram presentes os Senhores Deputados curso de arte, ou que sejam portadores de diploma de
Jorge Tadeu Mudalen, Presidente em exercício; José curso profissionalizante de Pedagogia de nível médio,
Carlos Fonseca Jr. e José Pimentel, Vice-Presiden- poderão atuar nas quatro primeiras séries do ensino
tes; Félix Mendonça, José Militão, Sampaio Dória, fu ndamental.
Sebastião Madeira, Sílvio Torres, Chico Sardelli, João Art. 3° Serão selecionados para participar da ati-
Carlos Bacelar, Jorge Khoury, Pauderney Avelino, vidade prevista nesta lei os estudantes que estejam
Armando Monteiro, João Eduardo Dado, Milton Monti, no último ano de seus respectivos cursos e que te-
Pedro Novais, Carlito Merss, João Coser, Ricardo nham rendimento acadêmico acima da média de
Berzoini, Edinho Bez, Enivaldo Ribeiro, Fetter Júnior, aprovação nas disciplinas que deverão ensinar.
João Mendes, Pedro Eugênio, Eujácio Simões, Ro- Art. 4° Os sistemas de ensino estaduais e munici-
berto Argenta, Luiz Carlos Hauly, Antonio Cambraia, pais apresentarão às universidades de sua área geo-
Walfrido Mares Guia, Juquinha, Nice Lobão, Osório gráfica suas demandas até 30 de setembro do ano leti-
Adriano e Emerson Kapaz. vo anterior àquele em que os universitários atuarão.
Sala da Comissão, 29 de agosto de 2001. - Jor- Art. 5° Os estudantes selecionados para partici-
ge Tadeu Mudalen, Presidente em exercício. parem da atividade prevista nesta lei receberão, em
suas universidades, treinamento prévio em didática
·PROJETO DE LEI N°1.374-A, DE 1999
especial da disciplina que ensinarão.
(Do Sr. Rubens Bueno)
Art. 6° O sistema de ensino requisitante fornece-
Torna obrigatória a prestação de rá o transporte necessário ao deslocamento do estu-
serviços gratuitos como professor de en- dante universitário participante.
sino público fundamental e médio por Art. ]O O Poder Executivo regulamentará esta lei
parte de estudantes de universidades pú- no prazo de 90 (noventa) dias após sua publicação.
blicas; tendo parecer da Comissão de Art. 8° Esta lei entra em vigor na data de sua pu-
Educação, Cultura e Desporto, pela rejei- blicação.
ção deste, e do de nO 3.832/00, apensado Art. 9° Revogam-se as disposições em contrá-
(Relatora: Deputada Tânia Soares). rio.
(Às Comissões de Educação, Cultura
e Desporto; e de Constituição e Justiça e de Justificação
Redação (art. 54) - art. 24, 11) Esta proposição apresentada, pela primeira vez
SUMÁRIO em 1995, pelo então Deputado Marconi Perillo, e que,
por seus méritos, reapresentamos nesta oportunida-
I - Projeto Inicial de, tem por finalidade minorar o problema da falta de
11 - Projeto apensado: PL.n° 3.832/00 recursos humanos dos sistemas de ensino, estaduais
111 - Na Comissão de Educação, Cultura e Des- e municipais, no ensino fundamental e médio e, ao
porto: mesmo tempo, exigir dos alunos de nossas universi-
- termo de recebimento de emendas dades públicas uma retribuição modesta pelo ensino
- parecer da relatora superior gratuito que recebem da sociedade.
- parecer da Comissão , A previsão de apenas oito horas semanais de
aulas para cada estudante universitário leva em con-
O Congresso Nacional decreta: sideração o cuidado para não atrapalhar os estudos
Art. 1° Os estudantes de universidades públicas dos estudantes que serão selecionados para a ativi-
estão obrigados a dar 8 (oito) horas de aulas por se- dade proposta. Não pretendo, como se diz popular-
mana, gratuitamente, durante um ano letivo, em esco- mente "descobrir um santo para cobrir outro".
las públicas de ensino fundamental ou médio, nos ter- Para atuação nas quatro primeiras séries do en-
mos desta lei. sino fundamental só permitiremos aqueles estudan-
413lW Sexta-feira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agostu de 2()() 1
tes que estejam sendo formados especificamente PROJETO DE LEI N° 3.872, DE 2000
para esse nível, devido à grande dificuldade que as (Do Sr. Bispo Rodrigues)
pessoas em geral têm de lidar com crianças entre Proíbe a propaganda de acompa-
sete e dez anos, ou aqueles estudantes que já possu- nhantes, prostituição e outros serviços de
em formação específica de nível médio ou, ainda, os sexo nos meios de comunicação social.
que estão sendo formados em artes como música, ar- (Apense-se ao Projeto de Lei n° 3.330,
tes plásticas e ciências. Não devemos utilizar profes- de 2000)
sores inexperientes no ensino de crianças pois o pre-
juízo que causariam poderia ser bem maior que os O Congresso Nacional decreta:
benefícios. Art. 1° É proibida a propaganda de acompa-
nhantes, prostituição, telesexo e outros serviços que
Estou propondo que apenas os estudantes ma-
explorem o sexo, nos meios de comunicação social,
triculados no último ano de seus respectivos cursos nos termos desta lei.
sejam convocados a dar aulas, porque já terão adqui-
Art. 2° Nos jornais, revistas e demais veículos de
rido maior bagagem de conhecimentos e maior matu-
imprensa escrita, a proibição de que trata esta lei es-
ridade. Ademais, precisam ser alunos com rendimen-
tende-se aos anúncios classificados.
to acima da média exigida para aprovação, nas maté-
Art. 3° O art. 124 da Lei n° 4.117, de 30 de agos-
rias ou disciplinas que conheçam melhor. Não faz
to de 1962, que "institui o Código Brasileiro de Teleco-
sentido mandarmos para as escolas públicas, que já
municações", modificada pelo Decreto-Lei n° 236, de
têm problemas suficientes, pessoas com domínio
28 de fevereiro de 1967, passa a vigorar com a se-
apenas médio do conhecimento necessário. Isso ape-
guinte redação:
nas serviria para confirmar o dito popular do "quem
sabe faz, quem não sabe ensina". "Art. 124 O tempo destinado à propa-
ganda comercial, na programação das emis-
Os sistemas de ensino público que necessitem
soras de radiodifusão, não poderá exceder
dos serviços de estudantes universitários, na forma de vinte e cinco por cento do tempo total de
proposta neste projeto de lei, terão que solicitar o ser- operação, sendo vedada a propaganda de
viço até o último dia de setembro do ano letivo anteri- telesexo, serviços de acompanhante, prosti-
or ao ano de prestação do serviço, a fim de permitir tuição e demais serviços que explorem o
que as universidades selecionem os alunos e lhes sexo (NR)."
proporcionem treinamento mínimo em didática espe- Art. 4° A desobediência ao disposto no art. 2°
cial das disciplinas que eles deverão lecionar. Sem desta lei sujeitará o infrator à pena de multa, no valor
esse treinamento mínimo mas de boa qualidade, os de trezentos reais por peça ou anúncio veiculado, por
estudantes chegariam às escolas públicas como pro- dia.
fessores leigos, daqueles que sabem a matéria mas Art. 5° Esta lei entra em vigor na data de sua pu-
não têm nenhuma idéia de como as pessoas apren- blicação.
dem nem de como se ensina.
Justificação
Por último, mas não menos importante, propo-
Os veículos de comunicação social vêm, a cada
nho que o sistema de ensino que receber esses estu-
dia, cedendo mais espaço aos anúncios de produtos
dantes universitários, seja responsável pelo custo de e serviços de sexo, em especial a oferta de prostitui-
sua locomoção. Caso contrário, esse estudante esta- ção. Trata-se, por certo, de uma deformação do papel
ria pagando de seu bolso uma despesa extra, o que da imprensa que, em lugar de restringir-se àquelas
não seria justo. ações que lhe são essenciais, de informar, educar e
Acreditando que essa será uma troca justa e divulgar a cultura, torna-se veículo para a dissemina-
que ajudará nosso ensino público fundamental e mé- ção de práticas socialmente degradantes.
dio, além de prover uma experiência importante para Seria ingenuidade imaginar que isto decorra de
qualquer outro motivo que não o dinheiro. Na busca
os estudantes universitários, apresento esta proposi-
de receita, vende-se o espaço publicitário e de classi-
ção para cuja aprovação solicito o apoio dos ilustres
ficados para qualquer tipo de anúncio, sem conside-
pares.
ração pela ética, pela linha editorial do veículo e até
Sala das Sessões, 3 de agosto de 1999. - Depu- mesmo pelo leitor ou espectador. Estimativas recebi-
tado Rubens Bueno. das por este parlamentar situam a receita de um gran-
Agosln de 2l)ll] DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-lcira31 413S]
de jornal diário, apenas com os classificados de mas- I - a Lei nO 4.117, de 27 de agosto de 1962, sal-
sagistas, acompanhantes e prostitutas, na casa de vo quanto a matéria penal não tratada nesta Lei e
um milhão de reais por ano. quanto aos preceitos relativos à radiodifusão:
Trata-se de uma situação de completo descon- 11 - a Lei n° 6.874, de 3 de dezembro de 1980;
trole social, demandando um posicionamento eficaz 111- a Lei n° 8.367, de 30 de dezembro de 1991:
desta Casa. Com tal objetivo, apresentamos este pro- IV - os arts. 1°,2°,3°, r, 9° 10, 12 e 14, bem
jeto que proíbe os anúncios de sexo na imprensa es- como o caput e os §§ 1° e 4° do art. 8° da Lei n° 9.295,
crita, no rádio e na televisão. Trata-se, a meu ver, de de 19 de julho de 1996;
matéria que merece a nossa atenção e, conseqüente- V - o inciso I do art. 16 da Lei n° 8.029, de 12 de
mente, peço aos ilustres pares o apoio à iniciativa.
abril de 1990.
Sala das Sessões, 5 de dezembro de 2000. De-
Art 216. Esta Lei entra em vigor na data de sua
putado Bispo Rodrigues. publicação.
LEGISLAÇÃO CITADA ANEXADA PELA Brasília, 16 de julho de 1997; 176° da Indepen-
COORDENAÇÃO DE ESTUDOS LEGISLATIVOS - dência e 109° da República. - Fernando Henrique
CeDI Cardoso - Iris Rezende - Antonio Kandir - Sérgio
Motta - Cláudia Maria Costin.
LEI N° 4.117, DE 27 DE AGOSTO DE 1962
(A Lei n° 9.472, de 16-7-1997, revogou esta Lei, ex- DECRETO-LEI N° 136, DE 28 DE
ceto quanto à matéria penal e aos preceitos relati- FEVEREIRO DE 1967
vos à radiodifusão)
Complementa e modifica a Lei n°
Institui o Código Brasileiro de Tele- 4.117. de 27 de agosto de 1962.
comunicações
O Presidente da República, usando da atribui-
ção que lhe confere o artigo 9°, § 2°, do Ato Institucio-
nal n° 4, de 7 de dezembro de 1966,
CAPíTULO VIII
Decreta:
Das Taxas e Tarifas
Art 1° Respeitadas as disposições da Lei n°
5.250 de 2 de fevereiro de 1967 no que se referem à
Art. 124. O tempo destinado na programação radiodifusão, a presente Lei modifica e complementa
das estações de radiodifusão, à publicidade comerci- a Lei n° 4.117, de 27 de agosto de 1962.
ai, não poderá exceder de 25% (vinte e cinco por cen- Art 2° Os artigos 24 e 53 da Lei n° 4.117, de 27
to) do total. de agosto de 1962 que instituiu o Código Brasileiro de
• Vide Lei n° 9.472, de 16 de julho de 1997.
Telecomunicações, passarão a ter a seguinte reda-
ção:
"Art. 24. Das deliberações do Conse-
LEI N° 9.472 DE 16 DE JULHO DE 1997 lho caberá pedido de reconsideração para o
Dispõe sobre a organização dos mesmo e, em instância superior, recurso ao
serviços de telecomunicações, a criação Presidente da República.
e funcionamento de um órgão regulador § 1° As decisões serão tomadas por
e outros aspectos institucionais, nos ter- maioria absoluta de votos dos membros do
mos da Emenda Constitucional n° 8, de Conselho, em exercício, excluídos aqueles
1995. que estiverem ausentes em missão do Ofici-
ai do ConteI.
o Presidente da República, faço saber que o § 2° O recurso para o Presidente da
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguin- República ou o pedido de reconsideração
te Lei: deve ser apresentado no prazo de trinta (30)
dias contados da notificação feita ao interes-
DISPOSiÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS sado, por telegrama, ou carta registrada um
e outro com aviso de recebimento, ou da
publicação desta notificação feita no Diário
Art 215. Ficam revogados: Oficial da União.
41382 Sexta-feira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 200!
§ 3° O recurso para o Presidente da Redação, de acordo com o artigo 24, Inciso 11 do Re-
República terá efeito suspensivo. gimento Interno desta casa.
Art. 53. Constitui abuso, no exercício Este é o relatório.
de liberdade da radiodifusão, e emprego
desse meio de comunicação para a prática 11 - Voto do Relator
de crime ou contravenção previstos na le-
Nosso voto buscará abordar as questões peda-
gislação em vigor no País, inclusive:
gógicas, da falta de professores, do ensino superior
a) incitar a desobediência às leis ou
como privilégio ou direito do cidadão, sempre buscan-
decisões judiciárias:
do nortear-se pelos aspectos legais.
Do ponto de vista pedagógico, as incumbências
do exercício da docência estão previstas no artigo 13
COMISSÃO DE EDUCAÇÃO, CULTURA da Lei n° 9.394, de 20 de dezembro de 1996, neste os
E DESPORTO professores assumem um papel de articuladores das
famílias e da comunidade, assumem um compromis-
TERMO DE RECEBIMENTO DE EMENDAS
so com a qualidade do ensino, com recuperação dos
PROJETO DE LEI W 1.374, DE 1999 alunos e a atenção às diferentes histórias de vida. A
redescoberta do valor da escola, do professor e da
Nos termos do art. 119, caput, I e § 1°, do Regi-
participação da sociedade, nos termos da citada lei,
mento Interno da Câmara dos Deputados, a Sra. Pre-
retira o processo de escolarização do isolamento so-
sidenta determinou a abertura - e divulgação na
cial e da responsabilidade individual, insistindo na di-
Ordem do Dia das Comissões - de prazo para apre-
mensão coletiva do trabalho pedagógico e no caráter
sentação de emendas ao projeto, a partir de 25 de ou-
democrático de seus propósitos, de sua execução e
tubro de 1999, por cinco sessões. Esgotado o prazo,
avaliação.
não foram recebidas emendas ao Projeto.
Sala da Comissão, 3 de novembro de 1999. - O docente não é mais um mero repassador de
Carla Rodrigues de Medeiros, Secretária. teses e idéias, torna-se agente nos termos do art. 1°
do Título I da Lei de Diretrizes e Bases da Educação
I - Relatório Nacional (LDB) que dá ao educador e ao processo
O Projeto de Lei n° 1.374/1999, de autoria do formativo um caráter abrangente, entendendo que "A
ilustre Deputado Rubens Bueno, obriga aos estudan- educação abrange os processos formativos que se
tes de universidades públicas, no último ano de curso, desenvolvem na vida familiar, na convivência huma-
a ministrarem 8 (oito) horas de aula por semana, gra- na, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa,
tuitamente, durante um ano letivo, em escolas públi- nos movimentos sociais e organizações da sociedade
cas de ensino fundamental ou médio. civil e nas manifestações culturais".
Na justificação, o autor destaca: "...Tem porfina- Desta forma concluímos em relação aos aspec-
lidade minorar o problema de falta de recursos huma- tos pedagógicos, lembrando também os artigos 61 e
nos dos sistemas de ensino, estaduais e municipais, 62 da LDB que tratam da formação dos profissionais
no ensino fundamental e médio e, ao mesmo tempo, da educação, que na égide da nova legislação, não é
exigir dos alunos de nossas universidades públicas correto dar responsabilidades docentes, sem acom-
uma retribuição modesta pelo ensino superior que re- panhamento, a estudantes universitários, em conclu-
cebem da sociedade." são do curso, na forma descrita no PL, e sem primei-
Apenso ao projeto principal, temos o Projeto de ramente o cumprimento de toda grade curricular, que
Lei n° 3.832/2000 , do nobre Deputado Rafael Greca, pode possibilitar a compreensão ampla dos aspectos
que obriga aos universitários recém-formados presta- envolvidos no aprendizado daquela ciência, e tam-
rem serviços obrigatórios durante 180 dias. bém sem a previsão de um processo de preparação
O PL e apenso foram apreciados inicialmente didático-pedagógica completo, de acordo com a lei.
pelo Sr. Paulo Lima, com emenda, no entanto, redistri- É mais sensato a modalidade de estágio proba-
buído, o PL e apenso não receberam novas emendas tório remunerado e supervisionado por professores,
para análise. ainda mais que no artigo n° 65 da LDB determina-se
Esta proposição será apreciada quanto ao méri- que - "A formação docente, exceto para educação su-
to por esta comissão e quanto à constitucionalidade e perior, incluirá prática de ensino de, no mínimo, tre-
juridicidade pela Comissão de Constituição, Justiça e zentas horas".
Agostl) de 200\ DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 31 41383
Lembramos ainda, que vários cursos estabele- ca. Paralelo a este tipo de PL, somente a lei que insti-
cem no seu último ano atividades práticas, pedagogica- tui pena alternativa a criminosos.
mente adaptadas ao currículo, como no Direito, as práti- Concluímos pela rejeição dos PL supracitados.
cas forenses, e na medicina, o estágio em hospitais. Sala da Comissão, 29 de agosto de 2001 . - De-
Analisando a questão do prisma da necessida- putada Tânia Soares, Relatora.
de de professores, sendo o PL uma das propostas
para amenizar a falta de professores nas escolas pú- 111 - Parecer da Comissão
blicas do ensino fundamental e médio, entendemos A Comissão de Educação, Cultura e Desporto,
que este não deve ser o método, pois já temos dispo- em reunião ordinária realizada hoje, rejeitou, unani-
sitivos legais para acionar o Estado, como é o caso da memente, o Projeto de Lei n° 1.374/1999 e o Projeto
Lei de Diretrizes de Base da Educação, que no seu de Lei n° 3.832/2000, apensado, nos termos do pare-
artigo 25 versa "Será objetivo permanente das autori- cer da Relatora, Deputada Tânia Soares.
dades responsáveis alcançar relação adequada entre Estiveram presentes os Senhores Deputados
o número de alunos e professor, a carga horária e as Walfrido Mares Guia, Presidente; Celcita Pinheiro,
condições materiais do ensino". Devemos exigir das Vice-Presidente; Agnelo Queiroz, Bonifácio de Andra-
autoridades públicas brasileiras o estrito cumprimen- da, Costa Ferreira, Eduardo Seabra, Flávio Arns,
to da determinação legal, não devemos criar paliati- Gastão Vieira, Ivan Valente, João Matos, Jonival Lu-
vos para resolver o problema. cas Júnior, Luís Barbosa, Mansa Serrano, Míriam
O impacto desta medida seria a desvalorização Reid, Nelo Rodolfo, Nice Lobão, Osvaldo Coelho,
da carreira de magistério, redução dos concursos pú- Pastor Amarildo, Paulo José Gouvêa, Professor Luizi-
blicos para efetivação de novos professores e a que- nho, Tânia Soares, Wolney Queiroz, Zezé Perrella e
da da qualidade de ensino. Esta proposição, por mais Gilmar Machado.
meritória nos objetivos, cria um efeito colateral per- Sala da Comissão, 29 de agosto de 2001. - De-
verso, estamos dando um mecanismo aos governan- putado Walfrido Mares Guia, Presidente.
tes de redução de despesas com educação e protela-
ção da contratação de novos professores. *PROJETO DE LEI N" 2.550-8, DE 2000
Obrigar aos estudantes universitários brasilei- (Do Poder Executivo)
ros a dar aulas, baseado na idéia de que estes estari- MENSAGEM N° 272/00
am retribuindo à sociedade o privilégio que tiveram ao Dispõe sobre as ações ordinárias e
estudar em instituições superiores públicas, é inverter preferenciais não reclamadas correspon·
as prioridades e apresenta até indícios de inconstitu- dentes a participação acionária em socie-
cionalidade. dades anônimas de capital aberto; tendo
Em primeiro lugar, não devemos cristalizar o en- pareceres: da Comissão de Economia,
sino superior público como privilégio, e sim como uma Indústria e Comércio, pela aprovação des-
necessidade social de um país que deseja se posicio- te, com emendas, e pela rejeição da
nar independentemente com ciência, profissionais de emenda apresentada na Comissão; e da
alto nível e tecnologias de ponta para competirmos no Comissão de Finanças e Tributação, pela
cenário internacional e resolver nossos prementes compatibilidade e adequação financeira e
problemas sociais. Investir nos nossos jovens hoje é orçamentária deste, da emenda apresen-
investir no País, e a contribuição desses jovens é ser- tada na Comissão de Economia, Indústria
vir à sociedade com seu saber. e Comércio e das três emendas adotadas
Em segundo lugar, a educação é um direito do naquela Comissão, e, no mérito, pela
cidadão, não um privilégio, exigir uma contrapresta- aprovação deste, com emenda, e pela re-
ção de serviços, seria como instituir um pagamento jeição das quatro emendas da Comissão
indireto para algo que desejamos universalizar como de Economia, Indústria e Comércio, con·
um direito de todos. tra o voto do Deputado Ricardo Berzoini
Por fim, comparo a proposta como sendo uma (Relator: Deputado Rodrigo Maia).
espécie de penalidade, o estudante pelo simples fato (Às Comissões de Economia, Indústria
de estudar em uma instituição pública é obrigado a e Comércio; de Finanças e Tributação (mé-
trabalhar de graça, trabalhar por força de lei em algo rito e art. 54); e de Constituição e Justiça e
que não desejou, nem optou. É como se este tivesse de Redação (art. 54) - art. 24, 11)
cometido um crime ao estudar em uma escola públi- 'Projeto inicial publicado no DCD de 21-3-00
413l)4 Sexta-Ií:Jra 31 DIÁRIO DA CÁMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 21)() I

(parecer da Comissão de Economia, Indústria e Comércio publica- proposição quanto à sua compatibilidade ou adequa-
do no DCD de 24-8-00) ção com o Plano Plurianual, a Lei de Diretrizes Orça-
SUMÁRIO mentárias, o orçamento anual e as normas pertinen-
tes à receita e despesas públicas.
Parecer da Comissão de Finanças e Tributação
- termo de recebimento de emendas Esgotado o prazo regimental de cinco sessões,
não foram apresentadas emendas, nesta Comissão,
- parecer do relator
à proposição sob exame.
- emenda oferecida pelo relator
- parecer da Comissão 11 - Voto do Relator
- emenda adotada pela Comissão O Projeto objetiva solucionar a questão de uma
- voto em separado expressiva quantidade de ações de companhias
COMISSÃO DE FINANÇAS E TRIBUTAÇÃO abertas cujos titulares não se encontram devidamen-
te identificados nos registros das companhias, ou que
TERMO DE RECEBIMENTO DE EMENDAS não tenham sido localizados ao longo dos últimos
anos.
PROJETO DE LEI N° 2.550 AlOO
Na forma do parágrafo único do art. 2° da propo-
Nos termos do art. 119, I, do Regimento Interno sição, pretende destinar à União os dividendos ainda
da Câmara dos Deputados, o Sr. Presidente determi- não prescritos relacionados às ações ordinárias e
nou a abertura e divulgação na Ordem do Dia das Co- preferenciais, bem como às ações dos súditos ale-
missões de prazo para apresentação de emendas, a mães, japoneses e italianos 1 bloqueadas junto ao
partir de 27-9-00, por cinco sessões. Esgotado o pra- Banco do Brasil durante o período da 28 Guerra Mun-
zo, não foram recebidas emendas ao projeto. dial, com a finalidade exclusiva de destiná-los para o
Sala da Comissão, 11 de outubro de 2000. - Ma- abatimento da dívida pública mobiliária federal.
ria Linda Magalhães, Secretária. O Projeto de Lei n° 2.550/00 tem a finalidade
principal de transferir para a propriedade da União as
I - Relatório
ações ordinárias e preferenciais e respectivos divi-
O Projeto de Lei em epígrafe estabelece prazo dendos não prescritos, cujos titulares não estejam
de 120 dias, após chamada pública, para que acionis- identificados ou não localizados, ou, ainda, que não
tas de sociedades anônimas de capital aberto não tenham procurado reavê-Ias, no caso das ações blo-
identificados ou não localizados, regularizem sua si- queadas e depositadas no Banco do Brasil por força
tuação perante a empresa, repassando-se para a do Decreto-Lei n° 4.166, de 11 de março de 1942.
União Federal as ações não reclamadas bem como
os respectivos dividendos não prescritos. Os interes- 0
I Decreto-Lei n° 4.166, de 11-3-1942 - "Ar!. 1 Os bens e direitos

sados poderão reclamar as ações, diretamente à dos súditos alemães, japoneses e italianos, pessoas lfsicas ou jurf-
União, até cinco anos após a transferência das mes- dicas, respondem pelo prejufzo que, para os bens e direitos do
Estado Brasileiro, e para a vida, os bens e os direitos das pessoas
mas. lfsicas ou jurfdicas brasileiras, domiciliadas ou residentes no Brasil,
Aplicam-se as mesmas regras às ações deposi- resultaram, ou resultarem, de atos de agressão praticados pela
tadas no Banco do Brasil, pertencentes a súditos ale- Alemanha. pelo Japão ou pela Itália."
mães, japoneses e italianos, bloqueados em cumpri- Entendemos ser justificável a proposta, uma vez
mento ao disposto no Decreto-Lei n° 4.166, de 11 de que tais ações e dividendos equivalem, nos termos
março de 1942, que "Dispõe sobre as indenizações da legislação civil vigente no Brasil, abens abandona-
devidas por atos de agressão contra bens do Estado dos, já que por muito tempo foram esquecidos por
brasileiro e contra a vida e bens de brasileiros ou de seus titulares e/ou herdeiros, havia vista que os títulos
estrangeiros residentes no Brasil". ao portador foram extintos em 1990, tendo decorrido,
Na Comissão de Economia, Indústria e Comér- portanto, mais de 10 anos.
cio, a proposição foi aprovada na forma do parecer O Projeto estabelece um prazo, que julgamos
apresentado pelo ilustre Relator, Deputado Paulo suficiente, de cento e vinte dias para que os interessa-
Octávio, com a inclusão de três emendas de sua auto- dos atendam à chamada pública a ser realizada pelas
ria, tendo sido rejeitada a emenda apresentada pelo empresas emitentes das ações, de modo a evitar um
Deputado Walter Pinheiro. possível desconhecimento por parte dessas pessoas
Nesta Comissão de Finanças e Tributação, sob o pretexto da falta de publicidade desses atos.
compete-nos, além do exame do mérito, apreciar a Decorrido este prazo, os titulares da mencionadas
Agosto de 2001 DIÁRIO ))A CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-lcira 31 41385
ações não mais poderão reclamá-Ias junto às empre- tificados ou localizados não seriam prejudicados, já
sas que as emitiram, porém, na forma do art. 3° da que estes teriam tempo suficiente para procurarem as
proposição, fica assegurado ao acionista não identifi- companhias telefônicas com o propósito de receber
cado ou não localizado o direito de requerer, em juízo, seus direitos, antes que a transferência das referidas
a restituição da coisa assenhorada no caso as ações ações fosse efetivada para o Tesouro Nacional. Deste
até cinco anos a ós transcorrido este prazo de 120 modo, parece-nos que a proposição não fere os legíti-
dias previsto no caput do art. 1°. mos e justos interesses dos acionistas, além de per-
Em que pese concordarmos com as linhas gera- mitir ainda que durante o período de 5 anos após a
is da proposição, entendemos ser necessário propor transferência das ações para a União, o acionista não
duas emendas para aprimorá-Ia. identificado ou não localizado possa requerer a resti-
Primeiramente, no tocante ao procedimento da tuição destes valores assenhorados pela via judicial.
chamada pública, é oportuno acrescentarmos ao § 1° Cabe a esta Comissão, além do exame de méri-
do art. 1° da proposição, a obrigatoriedade de constar to, inicialmente apreciar a proposição quanto à sua
neste chamamento dos acionistas interessados, compatibilidade ou adequação com o plano plurianual,
sempre que for possível em decorrência de ordem a lei de diretrizes orçamentárias, o orçamento anual e
técnica, algum tipo de qualificação desses acionistas, as normas pertinentes à receita e despesas públicas,
como, aliás, já é exigido no momento da subscrição nos termos do Regimento Interno da Câmara dos De-
das ações, na forma do art. 85, da Lei n° 6.404/76. putados (RI, arts. 32, IX, h e 53,11) e de Norma Interna
Assim, conveniente e necessário para o sucesso da da Comissão de Finanças e Tributação, que "estabe-
chamada pública que constem, por exemplo, o núme- lece procedimentos para o exame de compatibilidade
ro de CPF ou do documento de identidade, além de ou adequação orçamentária e financeira", aprovada
outros dados que possam definitivamente facilitar o pela CFT em 29 de maio de 1996.
reconhecimento das ações pelos próprios acionistas. Como já observado acima, o projeto de lei sob
Os termos exatos da qualificação a ser inserida na análise estabelece, em suma, a transferência de
"chamada pública" serão determinados por instrução ações ordinárias e preferenciais, não reclamadas no
normativa da CVM, conforme já consta do formato prazo e na forma estabelecidos, emitidas por socieda-
original do projeto enviado pelo Poder Executivo. de anônima de capital aberto, bem como dos respec-
Em seguida, entendemos ser muito importante tivos dividendos à União. Além disso, os valores dos
ressaltar a destinação dos valores relativos aos divi- dividendos deveriam ser destinados exclusivamente
dendos não prescritos devidos aos titulares das cita- ao abatimento da dívida pública mobiliária federal. Ve-
das ações e que serão recolhidos à União. A proposi- rificamos, pois, que o projeto de lei na forma proposta
ção encaminhada pelo Poder Executivo determina, gera resultados positivos para as finanças públicas fe-
em seu art. 2°, parágrafo único, que os valores sejam derais, especialmente reforçando o pagamento da dí-
destinados exclusivamente ao abatimento da dívida vida pública e facilitando o alcance do parâmetro
pública federal, com a justificativa de que esta medida pré-ordenador das metas fiscais estabelecidas na
irá equacionar dificuldades administrativas detecta- LDO, a saber, a estabilização da relação dívida/PIB.
das nas sociedades anônimas oriundas da cisão do A emenda substitutiva n° 1/2000, apresentada
antigo sistema Telebrás. na Comissão de Economia, Indústria e Comércio,
Acreditamos que a medida proposta pelo Go- embora promova alterações na forma e no prazo de
verno Federal, diante da atual estabilidade econômi- reclamação dos dividendos, não altera a substância
ca no País, irá realmente minimizar o endividamento do projeto de Lei, pois mantém a transferência desses
público, por intermédio de um rígido controle de des- valores à conta do Tesouro Nacional, alterando, con-
pesas, acompanhado de um conseqüente aumento tudo, a destinação dos recursos arrecadados, pois
de receitas da União, uma vez que, aprovada esta são carreados para o financiamento das despesas
proposição, os haveres mobiliários das sociedades com educação, saúde, assistência social, meio ambi-
anônimas de capital aberto e os direitos sobre os divi- ente e reforma agrária. Na forma apresentada, enten-
dendos pertencentes a acionistas não identificados demos que nada há de incompatível ou inadequado
lhes serão transferidos. nessa emenda, uma vez que apenas aumenta as re-
Portanto, considerando que haverá a chamada ceitas da União que serão destinadas às áreas supra-
pública no prazo de 30 dias da publicação da futura mencionadas.
lei, acrescido do prazo de 120 dias posteriores, acre- Do mesmo modo, as três emendas apresenta-
ditamos que os direitos do acionistas ainda não iden- das pelo Relator e aprovadas na CEIC não trouxeram
413~6 Scxta-Icira 31 DIÁRIO DA CÁMARA DOS DEPUTADOS AgUSh) de 200 I

mudanças significativas à Proposição, razão pela Berzoini, Edinho Bez, Enivaldo Ribeiro, Fetter Júnior,
qual as consideramos adequadas e compatíveis. João Mendes, Pedro Eugênio, Eujácio Simões, Ro-
Diante de todo o exposto, voto pela compatibili- berto Argenta, Luiz Carlos Hauly, Antonio Cambraia,
dade e adequação financeira e orçamentária do Pro- Walfrido Mares Guia, Juquinha, Nice Lobão, Osório
jeto de Lei n° 2.550, de 2.000, bem como das três Adriano e Emerson Kapaz.
emendas adotadas pela Comissão de Economia, Sala da Comissão, 29 de agosto de 2001. - De-
Indústria e , no tocante ao mérito, nosso parecer é putado Jorge Tadeu Mudalen, Presidente em exercí-
pela aprovação do Projeto de Lei n° 2.550, de 2.000, cio.
com a única emenda que apresentamos em anexo, e
pela rejeição das quatro emendas apresentadas na EMENDA ADOTADA - CFT
Comissão de Economia, Indústria e Comércio. O § 10 do art. 10 do projeto passa a viger com a
Sala da Comissão, 8 de agosto de 2001. - De- seguinte redação:
putado Rodrigo Maia, Relator.
"§ 1o As sociedades anônimas de capi-
EMENDA DO RELATOR tal aberto procederão à verificação de seus
cadastros e empreenderão chamada públi-
O § 10 do art. 1° do projeto passa a viger com a
ca, constando, sempre que possível, a qua-
seguinte redação:
lificação completa dos acionistas, para for-
"§ 1o As sociedades anônimas de capi- malização ou complementação cadastral, no
tal aberto procederão à verificação de seus prazo de 30 (trinta) dias, observadas as ins-
cadastros e empreenderão "chamada públi- truções a serem expedidas pela Comissão
ca", constando, sempre que possível, a qua- de Valores Mobiliários, no prazo de 30 (trin-
lificação completa dos acionistas, para for- ta) dias a partir da publicação desta Lei".
malização ou complementação cadastral, no
Sala da Comissão, 29 de agosto de 2001. - De-
prazo de 30 (trinta) dias, observadas as ins-
putado Jorge Tadeu Mudalen, Presidente em exercí-
truções a serem expedidas pela Comissão
cio.
de Valores Mobiliários, no prazo de 30 (trin-
ta) dias a partir da publicação desta Lei." VOTO EM SEPARADO
(Do Deputado Ricardo Berzoini - PT/SP)
Sala da Comissão, 8 de agosto de 2001. - De-
putado Rodrigo Maia, Relator. O projeto pretende que as sociedades anôni-
mas de capital aberto realizem chamada pública e es-
111 - Parecer da Comissão tabeleçam prazo de 120 dias para que os acionistas
A Comissão de Finanças e Tributação, em reu- não localizados e não identificados reclamem suas
nião ordinária realizada hoje, concluiu pela compatibi- ações Findo este prazo, elas serão transferidas ao Te-
lidade e adequação financeira e orçamentária do Pro- souro, assim como os seus dividendos, os quais só
jeto de Lei n° 2.550-A/00, da emenda apresentada na poderão ser utilizados na amortização da dívida públi-
Comissão de Economia, Indústria e Comércio e das ca mobiliária federal. Bens acionários arrestados de
três emendas adotadas pela Comissão de Economia, súditos italianos, japoneses e alemães na segunda
Indústria e Comércio e, no mérito, pela aprovação do guerra também são atingidos. Os acionistas ainda
Projeto, com emenda, e pela rejeição das quatro contarão com cinco anos adicionais para reclamar
emendas da Comissão de Economia, Indústria e Co- seus haveres.
mércio, nos termos do parecer do relator, Deputado Na Comissão de Economia foram feitos ajustes
Rodrigo Maia, contra o voto em separado do Deputa- pontuais. A emenda lá apresentada pelo nobre depu-
do Ricardo Berzoini. tado Walter Pinheiro, sugerindo regras e prazos para
Estiveram presentes os Senhores Deputados tais chamadas públicas, foi rejeitada. Nesta Comissão
Jorge Tadeu Mudalen, Presidente em exercício; José de Finanças e Tributação, o projeto tem parecer favo-
Carlos Fonseca Jr. e José Pimentel, Vice-Presiden- rável do nobre relator deputado Rodrigo Maia, que
tes; Félix Mendonça, José Militão, Sampaio Dória, acrescenta a necessidade de se qualificar os acionis-
Sebastião Madeira, Silvio Torres, Chico Sardelli, João tas na chamada pública.
Carlos Bacelar, Jorge Khoury, Pauderney Avelino, Compreendemos a preocupação contida no
Armando Monteiro, João Eduardo Dado, Milton Monti, projeto. Mas, além de achar que ele está incompleto,
Pedro Novais, Carlito Merss, João Coser, Ricardo discordamos da destinação de recursos ali proposta.
Agosto de 2001 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-lcira 31 41387
O projeto peca por só tratar do estoque de ações não mos atuais, somos contrários ao Projeto n° 2.550-a e
- reclamadas, não introduzindo normas para as situa- Contra o Substitutivo oferecido nesta comissão.
ções futuras em que ocorra o mesmo problema. Ou Sala da Comissão, 28 de agosto de 2001. - De-
então teríamos que interpretar que a qualquer mo- putado Ricardo Berzoini, PT/SP
menta, sem nenhuma carência que tipificasse a não-
identificação do acionista, as empresas poderiam fa- ·PROJETO DE LEI N° 3.623-A, DE 2000
zer a chamada pública proposta, o que não é razoá- (Do Sr. José Carlos Martinez)
vel. O substitutivo do deputado Walter Pinheiro incor-
Modifica o Código Nacional de Trân-
re em falha oposta, ao criar regras somente para o pe-
sito e estabelece a obrigatoriedade de
ríodo vindouro. Mas tem o mérito de destinar os recur-
instalação de sinal de trânsito duplo: lu-
sos a atividades sociais, meio - ambiente e reforma
minoso e sonoro; tendo parecer da Co-
agrária.
missão de Viação e Transportes, pela re-
O projeto do governo tampouco informa o mon- jeição, contra os votos dos Deputados
tante de recursos atingidos pela proposição, apenas o Carlos Santana e Paulo Gouvêa (relator:
número de cerca de 660 mil acionistas no caso da Te- Dep. Chiquinho Feitosa).
lebrás, o que certamente implica um volume significa- (Às Comissões de Viação e Transpor-
tivo de recursos. Por fim, o pior aspecto do projeto é tes; e de Constituição e Justiça e de Reda-
destinar os recursos ao pagamento da dívida pública. ção (Art. 54) - Art. 24, 11».
Temos tido oportunidade de criticar reiteradamente
'Projeto inicial publicado no OCO de 6-10-00
essa prioridade obsessiva do governo, na verdade
fruto das escolhas e constrangimentos do Plano Real, SUMÁRIO
cujo sucesso poderia ter se dado em outras bases e
Parecer da Comissão de Viação e Transportes
com custos menores para o país.
- termo de recebimento de emendas
Vejamos alguns dados, sobretudo a partir de
- parecer do relator
1998, quando teve início o acordo com o FMI e a meta
de conter em 46,5% a relação dívida líquida/PIS (Já - parecer da Comissão
abandonada). Mesmo tendo obtido superávits primá- COMISSÃO DE VIAÇÃO E TRANSPORTE
rios fantásticos de R$31 ,1 bilhões em 1999 (3,2% do
PIS) e de R$38,2 bilhões em 2000 (3,5% do PIB), a TERMO DE RECEBIMENTO DE EMENDA
dívida líquida do setor público subiu de R$385,9 bi-
PROJETO DE LEI N° 3.623/00
lhões em 1998 (43,3% do PIB) para R$563,2 bilhões
no ano passado (49,5% do PIS). A dívida mobiliária Nos termos do art. 119, caput, I, do Regimento
federal cresceu de R$440,4 bilhões no final de 1998 Interno da Câmara dos Deputados, o Sr. Presidente
para R$530,7 bilhões no final do ano passado. O que determinou a abertura - e divulgação na Ordem do
aumenta essa dívida são as desvalorizações cambia- Dia das Comissões de prazo para apresentação de
is e, mais do que tudo, os juros pagos para financiá-Ia. emendas, a partir de 30-3-01, por cinco sessões.
Nos dois anos citados, consumiram-se, em ju- Esgotado o prazo, não foram recebidas emendas ao
ros, R$127 bilhões e R$87 bilhões (fluxos em doze projeto.
meses em dezembro; fonte: Bacen), 13,2% e 8,11 % Sala da Comissão, 6 de abril de 2001 . - Ruy
do PIB, respectivamente. Os números mais recentes Omar Prudêncio da Silva, Secretário.
vão na mesma direção. Nos doze meses encerrados
I - Relatório
em junho, o superávit primário atingiu quase 4% do
PIB, cerca de R$45 bilhões. Mas gastaram-se com ju- O presente projeto de lei acrescenta inciso ao
ros R$106,7 bilhões. Não surpreende, assim, que a art. 87 da Lei n° 9.503, de 23 de setembro de 1997,
dívida pública já representasse então 51,3% do PIB. que "institui o Código de Trânsito Brasileiro", pelo qual
Em resumo, sugerimos ao ilustre relator que, inclui, na classificação dos sinais de trânsito, um novo
preliminarmente, solicite do poder executivo a estima- tipo de sinal que chamou de "duplo", ou seja, o sinal
tiva de recursos envolvidos. Em seguida, proponha à ao mesmo tempo luminoso e sonoro.
destinação social dos recursos. O programa de erra- Estabelece que nenhum semáforo de via urba-
dicação da pobreza, por exemplo, seria um ótimo des- na será entregue ou aberto ao trânsito se não for du-
tinatário. Acolhidas essas sugestões, votaríamos a fa- plo, luminoso e sonoro, indicativo de abertura de trân-
vor do presente projeto. Do contrário, mantidos os ter- sito para o pedestre.
41388 Sllxla-feira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 200 I
Dispõe que o sinal sonoro será de uso optativo n° 3.623/00, contra os votos dos Deputados Carlos
do usuário e inscrição optativa em Braile. Santana e Paulo Gouvêa, nos termos do parecer do
Fixa um prazo de 180 dias para a instalação relator, Deputado Chiquinho Feitosa.
desse tipo de sinal nos semáforos já existentes no Estiveram presentes os seguintes Deputados:
trânsito urbano. Philemon Rodrigues - Presidente, Robério Ara-
O autor da proposição justifica sua iniciativa pelo újo Ary Kara e Mauro Lopes - Vice-Presidentes, Basí-
dever de se facilitar o trânsito aos deficientes visuais. lio Villani, Chico da Princesa, Haroldo Bezerra, Már-
cio Matos, Mário Negromonte, Roberto Rocha, Ro-
11- Voto do Relator
meu Queiroz, Sérgio Reis, Aracely de Paula, IIdefon-
Em que pesem as melhores e corretas inten- ço Cordeiro, Neuton Lima, Paulo Gouvêa, Pedro Fer-
ções humanitárias do autor da proposição, bem como nandes, Raimundo Santos, Damião Feliciano, Marce-
os direitos dos deficientes físicos, ternos que avaliar lo Teixeira, Norberto Teixeira, Pedro Chaves, Carlos
essa sua proposição do ponto de vista prático. Santana, Manoel Vitório, Teima de Souza, Albérico
O projeto de lei estabelece a instalação de sina- Filho, Asdrúbal Bentes, Gonzaga Patriota, Wanderley
lização sonora em todos os sinais luminosos já exis- Martins, Aírton Cascavel e Lael Varella - titulares, e
tentes. Isso representará investimentos muito eleva- Candinho Mattos, Carlos Dunga, Vittório Medioli, ígor
dos, em cada cidade, sem que nem se conheça exa- Avelino, Marcos Lima, Pedro Celso, Hugo Biehl, Si-
tamente o percentual de deficientes visuais em sua mão Sessim e João Tota - suplentes.
população. Nesse caso, quantas pessoas, em cada Sala da Comissão, 22 de agosto de 2001 . - De-
cidade, se beneficiariam com tal medida? Não se putado Philemon Rodrigues, Presidente.
sabe. Por isso, qualquer medida de caráter geral nes-
se sentido, seria difícil de justificar. *PROJETO DE LEI N° 3.8H-A, DE 2000
Consideramos importante o sinal sonoro, da (Do Sr. Geraldo Magela)
mesma maneira corno seriam importantes calçadas Altera o parágrafo 3° do art. 18 da
com pisos diferenciados para a melhor orientação Lei n° 8.313, de 23 de dezembro de 1991,
dos deficientes visuais (em Tóquio, isso já existe em alterada pela Lei n° 9.874. de 23 de no-
algumas estações de metrô). Contudo, não se pensa vembro de 1999, que "restabelece princí-
em calçar todas as ruas para orientar os deficientes pios da Lei n° 7.505, de 2 de julho de
visuais, porque, afinal, eles não estão impedidos de 1986, institui o Programa Nacional de
querer tomar qualquer caminho ... E as ruas onde não Apoio à Cultura - PRONAC e dá outras
há semáforo, como irão os cegos atravessá-Ias? providências", concedendo incentivo a
Gostaríamos de ressaltar que consideramos im- projetos culturais relacionados à produ-
portantíssimos todos os semáforos sonoros já insta- ção de curtas, médias e documentários e
lados nos principais cruzamentos urbanos. Esse tipo às obras de preservação da memória au-
de instalação pode, aliás, ser feita, gradualmente, diovisual nacional; tendo parecer da Co-
conforme as necessidades. missão de Educação, Cultura e Desporto,
O autor considera corno inconveniente os defici- pela aprovação deste e do de n° 3.920/00.
entes deper Jerem de pessoas normais para atraves- apensado, com substitutivo (relatora:
sarem nossas ruas. A nosso ver, não faz mal a nin- Dep. Miriam Reid).
guém ajudar outra pessoa que tenha dificuldades de (Às Comissões de Educação, Cultura
locomoção, a atravessar urna rua, a subir urna escada, e Desporto; de Finanças e Tributação (art.
etc. São pequenos gestos de solidariedade que não 54); e de Constituição e Justiça e de Reda-
devemos descartar, e que contam para que as pesso- ção (art. 54) - Art. 24,11)
as não se afastem de qualquer contato humano. 'Projeto inicial publicado no OCO de 30-11-00
Pelo exposto, somos pela rejeição do PL n° - Projeto apensado' PL n° 3.920/00 (OCO de 10-3-01)
3.623/00. É o voto.
SUMÁRIO
Sala da Comissão, 28 de junho de 2001. - De-
putado Chiquinho Feitosa, Relator. Parecer de Comissão de Educação, Cultura e
Desporto
111 - Parecer da Comissão - termo de recebimento de emendas
A Comissão de Viação e Transportes, em reu- - parecer do relator
nião ordinária realizada hoje, rejeitou o Projeto de Lei - substitutivo oferecido pelo relator
Agosto de 2001 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta- tCira 31 41389
- termo de recebimento de emendas ao substi- também, conceder incentivo a projetos culturais rela-
tutivo cionados à preservação, restauração e revitalização
- parecer da Comissão de cidades e sítios históricos nacionais reconhecidos
- substitutivo adotado pela Comissão como Patrimônio Cultural da Humanidade pela
UNESCO.
COMISSÃO DE EDUCAÇÃO, CULTURA E A autora da proposição salienta que o Brasil
DESPORTO possui 14 monumentos culturais e naturais conside-
TERMO DE RECEBIMENTO DE EMENDAS rados "Patrimônio da Humanidade" e que eles devem
ter um tratamento diferenciado de forma que a legisla-
PROJETO DE LEI N° 3.817/00 ção cultural lhes permita uma maior alocação de re-
(Apensado o PL nO 3.920/00) cursos financeiros e assistência técnica, para que
Nos termos do art. 191 caput, I e § 1° do Regi- possam se manter em toda a sua integridade.
mento Interno da Câmara dos Deputados, o Sr. Presi- Ambas proposições foram distribuídas para as
dente determinou a abertura - e divulgação na Comissões de Educação, Cultura e Desporto, de Fi-
Ordem do Dia das Comissões - de prazo para apre- nanças e Tributação e de Constituição e Justiça e de
sentação de emendas ao projeto, a partir de 6 de abril Redação. Nesta Comissão foi aberto o prazo para re-
de 2001, por cinco sessões. Esgotado o prazo, não fo- cebimento de emendas a partir de 6 de abril de 2001 .
ram recebidas emendas ao Projeto. Esgotado o prazo regimental, não foram ofereci-
Sala da Comissão, 17 de abril de 2001. - Carla das emendas aos Projetos. Cabe-nos, agora, por de-
Rodrigues de Medeiros, Secretária. signação da Presidência da CECD a elaboração do
respectivo parecer, onde nos manifestaremos acerca
I - Relatório do mérito cultural das proposições.
O presente projeto de autoria do ilustre Deputa- É o Relatório.
do Geraldo Magela pretende modificar a Lei n°
11- Voto da Relatora
9.874/99, que, por sua vez, havia modificado a lei fe-
deral de incentivo à cultura (Lei n° 8.313/91), median- As proposições acima relatadas têm como obje-
te a concessão de incentivo a projetos culturais relaci- tivo comum introduzir modificações ao § 3° do art. 18
onados à produção de curtas, médias e documentári- da Lei Federal de Incentivo à Cultura, mais conhecida
os e às obras de preservação da memória audiovisual como "Lei Rouanet", ampliando o leque de ações que
do País. possam merecer o mesmo percentual de incentivo
Na justificação, destaca o Autor: "Pretendemos estabelecido por esse dispositivo legal. Neste sentido,
ampliar o leque de ações que possam merecer o ambas as proposições permitem aos investidores em
mesmo percentual de incentivo estabelecido pelo art. projetos culturais a dedução de até 100% do imposto
18 da Lei n09.874/99. Consideramos que projetos cul- de renda, nas doações ou patrocínios, aos que incen-
turais relacionados à produção de curtas, médias e tivarem a realização de ações voltadas aos seguintes
documentários, bem como obras de restauração e segmentos culturais: cinema, com incentivo à produ-
preservação da memória audiovisual do país devam ção de curtas, médias e documentários, bem como
ter um tratamento diferenciado, de forma que possam obras de restauração e preservação da memória au-
contribuir para o desenvolvimento da indústria do ci- diovisual e ações de preservação, restauração e revi-
nema, ao mesmo tempo que possibilite o resgate da talização de cidades e sítios históricos nacionais con-
memória nacional, em um país que ainda não apren- siderados Patrimônio Cultural da Humanidade.
deu a valorizar a História como elemento de afirma- Do ponto de vista cultural, ambas proposições
ção da identidade nacional. O incentivo a projetos cul- são extremamente válidas e oportunas, pois objeti-
turais voltados à produção de curtas, médias e docu- vam a salvaguarda da memória nacional com incenti-
mentários constitui importante mecanismo para con- vo à ações de preservação, seja de obras cinemato-
solidação do cinema nacional, além de possibilitar o gráficas, seja de cidade e sítios históricos nacionais
surgimento de novos cineastas e o uso de linguagens reconhecidos internacionalmente. Por outro lado, a
cinematográficas de vanguarda, que ensejam a reno- primeira das proposições pretende, também, incenti-
vação da "sétima arte"". var o produto nacional, com o fomento à produção de
A esse projeto foi apensada uma outra proposi- curtas, médias e documentários e, com isso, fortale-
ção similar. Trata-se do PL n° 3.920, de 2000, de auto- cer o cinema nacional para que possa competir com a
ria da nobre Deputada Marisa Serrano, que pretende, produção cinematográfica mundial.
41390 Sexta-feira 31 DIÁRIO DA C/"MARA DOS DEPlJlADOS Agustu de 200 I

Vale ressaltar que ambos projetos de lei estão atenderão exclusivamente os seguintes se-
em consonância com a Constituição Federal que, no guimentos:
capítulo referente à Cultura, determina o dever do f) produção de curtas, médias e docu-
Estado no apoio e valorização às múltiplas manifesta- mentários;
ções culturais, bem como no estabelecimento de in- g) obras de restauração e preservação
centivos para a produção e o conhecimento de bens e da memória audiovisual;
valores culturais. h) preservação, restauração e revitali-
zação de cidades e sítios históricos nacio-
Ao propor incentivos às ações e projetos de
nais reconhecidos como Patrimônio Cultural
duas importantes áreas da cultural nacional - o cine-
da Humanidade pela UNESCO. (NR)".
ma e o patrimônio histórico - estaremos, como legis-
ladores, propiciando condições reais e efetivas para Art. 20 Esta lei entra em vigor na data de sua
que a atividade cultural em nosso País seja encarada publicação.
como algo importante no rol das políticas públicas go- Sala da Comissão, 22 de agosto de 2001. - De-
vernamentais. A aprovação de ambas proposições putada Miriam Reid, Relatora.
contribuem, com certeza, para o fortalecimento de ci- TERMO DE RECEBIMENTO DE EMENDAS
dadania e identidade cultural da nação brasileira.
Face ao exposto, emitimos parecer favorável PROJETO DE LEI W 3.817/00
(Apensado: PL na 3.920/00)
aos PL nOs 3.817, de 2000 e 3.920, de 2000, nos ter-
mos do substitutivo anexo. Nos termos do art. 119, caput, II e § la, do Regi-
Sala da Comissão, 22 de agosto de 2001 . - De- mento Interno da Câmara dos Deputados, o Sr. Presi-
putada Mirian Reid, Relatora. dente determinou a abertura - e divulgação na
Ordem do Dia das Comissões - de prazo para apre-
SUBSTITUTIVO AO PROJETO DE LEI sentação de emendas ao substitutivo, a partir de 18
N° 3.817, DE 2000 de maio de 2001, por cinco sessões. Esgotado o pra-
(Apenso PL NO 3.920, de 2000) zo, não foram recebidas emendas ao Substitutivo.
Altera o parágrafo 3° do art. 18 da Sala da Comissão, 25 de maio de 2001. - Carla
Lei n° 8.313, de 23 de dezembro de 1991, Rodrigues de Medeiros, Secretária.
alterada pela Lei nO 9.874, de 23 de no-
111 - Parecer da Comissão
vembro de 1999, que "restabelece princí-
pios da Lei n° 7.505, de 2 de julho de A Comissão de Educação, Cultura e Desporto,
1986, institui o Programa Nacional de em reunião ordinária realizada hoje, aprovou, unani-
Apoio à Cultura - PRONAC e dá outras memente, o Projeto de Lei na 3.817/2000, e o Projeto
providências, concedendo incentivo a de Lei nO 3.920/2000, apensado, com substitutivo, nos
projetos culturais relacionados à produ- termos do parecer da Relatora, Deputada Míriam Reid.
ção de curtas, médias e documentários, Estiveram presentes os Senhores Deputados
às obras de preservação da memória au- Walfrido Mares Guia, Presidente; Átila Lira, Vice-Pre-
diovisual nacional e revitalização de ci- sidente; Bonifácio de Andrada, Costa Ferreira, Eduar-
dades e sítios históricos nacionais reco- do Seabra, Esther Grossi, Flávio Arns, Gastão Vieira,
nhecidos como Patrimônio cultural da Ivan Valente, Jonival Lucas Júnior, Luís Barbosa, Mí-
Humanidade pela UNESCO. riam Reid, Nelo Rodolfo, Osvaldo Biolchi, Pastor
O Congresso Nacional decreta: Amarildo, Paulo Lima, Paulo José Gouvêa, Professor
Art. 1° O parágrafo 3° do art. 18 da lei na 8.313, Luizinho, Tânia Soares e Wolney Queiroz.
de 23 de dezembro de 1991, alterada pela Lei na Sala da Comissão, 22 de agosto de 2001. - De-
9.874, de 23 de novembro de 1999, passa a vigorar putado Walfrido Mares Guia, Presidente.
com a seguinte redação: SUBSTITUTIVO ADOTADO PELA COMISSÃO
"Art .
18 . PROJETO DE LEI N° 3.817, DE 2000
(apensado PL na 3.920/2000)
§ 30 As do ações e os patrocínios na Altera o parágrafo 3° do art. 18 da
produção cultural, a que se refere o § 1°, Lei n° 8.313, de 23 de dezembro de 1991,
Agosto de 2001 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-li.:ira 31 41391

alterada pela Lei I ,P"7'" rie 23 de no- SUMÁRIO


vembro de 1999, q _vr<::"e princí-
Parecer da Comissão de Educação, Cultura e
pios da Lei n° 7.1:1 ..4e 2 de julho de
Desporto
1986, institui o F 'ama Nacional de
- termo de recebimento de emendas
Apoio à Cultura - )NAC e dá outras
providências, CO". emdo incentivo a - parecer do relator
projetos culturais I Icionados à produ- - parecer da Comissão
ção de curtas, mé: i e documentáríos,
COMISSÃO DE EDUCAÇÃO. CULTURA E
às obras de presel :ão da memória au-
DESPORTO
diovisual nacional revitalização de ci-
dades e sítios hist I :os nacionais reco- TERMO DE RECEBIMENTO DE EMENDAS
nhecidos como F mônio cultural da
PROJETO DE LEI N° 4.059/2001
Humanidade pela li iCO.
Nos termos do art. 119, caput, I e § 10, do Regi-
O Congresso Nacional :reta:
mento Interno da Câmara dos Deputados, o Sr. Presi-
Art. 1° O parágrafo 3° de 18 da lei n08.313, de dente determinou a abertura - e divulgação na
23 de dezembro de 1991, ai da peta Lei n° 9.874, Ordem do Dia das Comissões - de prazo para apre-
de 23 de novembro de 199~ ~ssa a vigorar com a
sentação de emendas ao projeto. a partir de 3 de abril
seguinte redação: de 2001 , por cinco sessões. Esgotado o prazo, não fo-
"Art. 18 . ram recebidas emendas ao Projeto.
§ 3° As doaçe e os patrocínios na Sala de Comissão, 10 de abril de 2001. - Carla
produção cultural, é ue se refere o § 1°, Rodrigues de Medeiros, Secretária.
atenderão exclusiva. 'nte os seguintes se-
I - Relatório
guimentos:
O Projeto de Lei de autoria do nobre Deputado
f) produção de Irtas, médias e docu- Ronaldo Vasconcellos propõe a celebração do Dia
mentários; Nacional dos Supermercados.
g) obras de re~ nação e preservação Nos termos regimentais da Casa, O Projeto de
da memória audiovi~ I', Lei em apreço chega à Comissão de Educação, Cul-
h) preservaçã(, estauração e revitali- tura e Desporto - CECD. sem emendas, para exame
zação de cidades E 'tios históricos nacio- da matéria quanto ao mérito educacional e cultural.
nais reconhecidos c o Patrimônio Cultural 11 - Voto do Relator
da Humanidade pelé nesco. (NR)".
Reconheço a força socioeconômica do setor su-
Art. 2° Esta lei entra € vigor na data de sua permercadista brasileiro, como o faz o ilustre Autor da
publicação. proposta em epígrafe ao justificá-Ia.
Sala das Comissões, ~ je agosto de 2001. - Mas reconheço, também, a pujança de dezenas
Deputado Walfrido Mares (; 'I, Presidente. de setores bem organizados e desenvolvidos da eco-
nomia brasileira atual. E esse fato, na minha opinião,
*PROJETO DE LEI N° )59-A, DE 2001 não guarda qualquer conexão com os assuntos que
(do Sr. Ronaldo \ oconcellos) devemos discutir e apreciar na CECD.
Quero deixar claro que não vejo demérito eco-
nômico na iniciativa legislativa do meu ilustre colega
Institui o Dia acionai dos Super- nesta Casa, Deputado Ronaldo Vasconcellos. Contu-
mercados, nas con ?ões que especifica; do, tampouco vejo qualquer mérito educacional ou
tendo parecer da :>missão de Educa- cultural (desportivo? - certamente não !), - que são
ção, Cultura e Des. 10, pela rejeição (re- assuntos objeta desta Comissão para fins de discus-
lator: Dep.Paulo Jo Gouvêa). são e apreciação -, para poder me posicionar favora-
velmente à idéia do nobre Autor. Acresça-se a isso o
(Às Comissõe~ le Educação, Cultura
fato de o setor supermercadista brasileiro já contar,
e Desporto; e de Co . lituição e Justiça e de por sua própria iniciativa, com uma data comemorati-
Redação (art. 54)-1 :T. 24,11) va, como afirma na Justificação do PL, em exame o
'Projeto inicial publicado no OCO dt )-3-01 eminente Autor da proposta.
4131)2 Sex!;J-(eira 31 DIÁRIO DA ('AMARA DOS DEl'lJTADOS Agosto de 2()()1
Diante do exposto, voto pela não aprovação, no Ordem do Dia das Comissões - de prazo para apre-
mérito, no âmbito da CECD. do projeto de Lei n° sentação de emendas ao projeto, a partir de 10 de ju-
4.059, de 2001, do nobre parlamentar Ronaldo Vas- nho de 2001, por cinco sessões. Esgotado o prazo,
concellos. não foram recebidas emendas ao Projeto.
Sala da Comissão, 29 de agosto de 2001 . - De- Sala da Comissão, 8 de junho de 2001. _ Carla
putado Paulo José Gouvêa, Relator. Rodrigues de Medeiros, Secretária.
111- Parecer da Comissão
I - Relatório
A Comissão de Educação, Cultura e Desporto,
em reunião ordinária realizada hoje, rejeitou, unani- O projeto de lei em epígrafe, de autoria da Depu-
memente, o Projeto de Lei n° 4.059/2001, nos termos tada Tânia Soares, propõe uma alteração na legisla-
do parecer do Relator, Deputado Paulo José Gouvêa. ção de direitos autorais vigente no País, consubstan-
Estiveram presentes os Senhores Deputados ciada na Lei n° 9.610, de 1998. Pela proposição apre-
Walfrido Mares Guia, Presidente; Celcita Pinheiro, sentada, pretende-se incluir, no art. 28 do referido di-
Vice-Presidente; Agnelo Queiroz, Bonifácio de Andra- ploma legal, dispositivo determinando a obrigatorie-
da, Costa Ferreira, Eduardo Seabra, Flávio Arns, dade da numeração da obra artística, científica ou li-
Gastão Vieira, Ivan Valente, João Matos, Jonival Lu- terária, como forma de preservar os direitos do autor.
cas Júnior, Luís Barbosa, Marisa Serrano, Míriam
Reid, Nelo Rodolfo, Nice Lobão, Osvaldo Coelho, Nos termos do art. 54 do Regimento Interno
Pastor Amarildo, Paulo José Gouvêa, Professor Luizi- desta Casa, o projeto foi distribuído às Comissões de
nho, Tânia Soares, Wolney Queiroz, Zezé Perrella e Educação, Cultura e Desporto (CECD) e de Constitui-
Gilmar Machado. ção e Justiça e de Redação (CCJR).
Sala da Comissão, 29 de agosto de 2001 . - De- Durante o prazo regimental, não foram apresen-
putado Walfrido Mares Guia, Presidente. tadas emendas ao projeto. Cabe-nos, agora, por de-
signação da Presidência da CECD, a elaboração do
*PROJETO DE LEI N° 4.540-A, DE 2001 parecer, onde nos manifestaremos acerca do mérito
(Da S~ Tânia Soares) cultural da proposição.
Acrescenta artigo à Lei n° 9.610, de É o Relatório.
19 de fevereiro de 1998, dispondo sobre a
numeração da obra artística, científica ou 11 - Voto do Relator
literária: tendo parecer da Comissão de A Constituição Federal de 1988 trouxe algumas
Educação, Cultura e Desporto, pela apro- inovações no que concerne ao reconhecimento de
vação (relator: Dep. Fernando Gonçalves). determinados direitos e garantias fundamentais ao
(Às Comissões de Educação, Cultura exercício da plena cidadania. Entre esses direitos e
e Desporto: e de Constituição e Justiça e de garantias, figura-se o reconhecimento e proteção aos
Redação (art. 54) - Art. 24,11) direitos intelectuais, quando estabelece, no seu art.
'Projeto inicial publicado no DCD de 27-4-01 5°, inciso XXVII, que "aos autores pertence o direito
exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de
SUMÁRIO suas obras, transmissíveis aos herdeiros pelo tempo
Parecer da Comissão de Educação, Cultura e que a lei fixar".
Desporto O aparecimento de novos suportes de informa-
- termo de recebimento de emendas ção, a exemplo dos softwares e produtos multimídia,
- parecer do relator levou à necessidade de atualização da legislação re-
- parecer da Comissão ferente aos direitos do autor. Neste sentido, após dez
anos de um novo ordenamento constitucional, foi pro-
COMISSÃO DE EDUCAÇÃO, CULTURA E
mulgada a Lei n° 9.610/98, que "altera,e atualiza e
DESPORTO consolida a legislação sobre direitos autorais e dá ou-
TERMO DE RECEBIMENTO DE EMENDAS tras providências".
Em que pese a importância e atualização trazi-
PROJETO DE LEI N° 4.540, DE 2001
da por esse novo diploma legal, a autora da proposi-
Nos termos do art. 119, caput, I e § 1°, do Regi- ção, Deputada Tânia Soares, considera que a lei pre-
mento Interno da Câmara dos Deputados, o Sr. Presi- cisa ser aperfeiçoada para que, de fato, assegure os
dente determinou a abertura - e divulgação na direitos autorais dos artistas, cientistas e escritores.
Agosto d0 2001 DIÁRIO DA CÀMARA DOS DEPUTADOS Sexta-lei!"a 31 41393
Neste sentido, o presente projeto de lei determi- 'Projeto inicial publicado no OCO de 4-10-00
na que os exemplares postos à venda da obra artísti- SUMÁRIO
ca, científica ou literária devam conter, obrigatoria-
mente, numeração ordinal crescente, bem como a as- Parecer da Comissão de Finanças e Tributação
sinatura do autor. A adoção da numeração da obra ar- - parecer do relator
tística, científica ou literária permite aos autores sa- - parecer da Comissão
ber exatamente quantos exemplares de sua obra são
colocados à venda pelas editoras e gravadoras. I - Relatório
Com esta medida, possibilita-se um maior con- O projeto em exame pretende determinar que
trole na produção de obras por parte dos autores, se realize referendo para que os eleitores brasileiros,
uma vez que, ainda hoje, constata-se a existência de no pleno gozo dos seus direitos políticos, decidam so-
fraude e pirataria que ameaçam os direitos de propri-
bre a realização de auditorias da dívida externa, das
edade intelectual dos artistas, cientistas, escritores e
condições de pagamento da dívida externa e sobre a
intérpretes.
manutenção dos Acordos Internacionais entre o Go-
Face ao exposto, votamos pela aprovação do PL
verno Brasileiro e o Fundo Monetário Internacional -
n° 4.540, de 2001.
FMI.
Sala da Comissão, 29 de agosto de 2001. - De-
putado Fernando Gonçalves, Relator. O projeto define ainda as medidas complemen-
tares que deverão ser tomadas caso a vontade popu-
111 - Parecer da Comissão lar aprove alguma das medidas propostas.
A Comissão de Educação, Cultura e Desporto, Finalmente o art. 6° propõe: "O Tribunal Superior
em reunião ordinária realizada hoje, aprovou, unani- Eleitoral regulamentará este decreto legislativo, dan-
memente, o Projeto de Lei n° 4.540/2001 , nos termos do formas e baixando Resoluções adequadas para a
do parecer do Relator, Deputado Fernando Gonçal- realização e apuração do referendo".
ves.
Este o relatório.
Estiveram presentes os Senhores Deputados
Walfrido Mares Guia, Presidente; Celcita Pinheiro, 11 - Voto do Relator
Vice-Presidente; Agnelo Queiroz, Bonifácio de Andra-
da, Costa Ferreira, Eduardo Seabra, Flávio Arns, Gas- Cabe à Comissão de Finanças e Tributação -
tão Vieira, Ivan Valente, João Matos, Jonival Lucas Júni- CFT o exame dos "aspectos financeiros e orçamentá-
or, Luis Barbosa, Marisa Serrano, Míriam Reid, Nelo rios públicos de quaisquer proposições que importem
Rodolfo, Nice Lobão, Osvaldo Coelho, Pastor Arnarildo, aumento ou diminuição da receita ou da despesa pú-
Paulo José Gouvêa, Professor Luizinho, Tânia Soares, blica, quanto a sua compatibilização ou adequação
Wolney Queiroz, Zezé Perrella e Gilmar Machado. com o plano plurianual, a lei de diretrizes orçamentá-
Sala da Comissão, 29 de agosto de 2001. - De- rias e o orçamento anual", conforme estabelece o art.
putado Walfrido Mares Guia, Presidente. 53, inciso 11, combinado com o art. 32, inc. IX, letra h,
·PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO do Regimento Interno da Câmara dos Deputados.
N° 645-A, DE 2000 O Plano Plurianual para o período 2000/2003
(Do Sr. José Dirceu e Outros) (Lei n09.989, de 21 de julho de 2000), não prevê ação
Determina a realização de referendo relativa à proposta contida no projeto.
para que a população decida sobre a dí- A Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO para o
vida externa e manutenção dos Acordos exercício financeiro de 2001 (Lei n09 .995, de 25 de ju-
Internacionais entre o Governo Brasileiro lho de 2000), não prevê e não contém restrições à re-
e o Fundo Monetário Internacional alização do referendo em questão.
FMI; tendo parecer da Comissão de Fi-
nanças e Tributação pela inadequação fi- A Lei Orçamentária Anual para o exercício de
nanceira e orçamentária (Relator: Depu- 2001 (Lei n° 10.171, de 5 de janeiro de 2001), contu-
tado Eni Voltolini). do, não contém dotação suficiente para atender à de-
(Às Comissões de Finanças e Tributa- manda pretendida pelo projeto em exame, pois na
ção; e de Constituição e Justiça e de Reda- programação da Justiça Eleitoral a dotação existente
ção) é de apenas cem mil reais (R$100.000,00).
4)3~4 Sexta-feira 31 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agustu de 2()O)

Em face do exposto, opinamos pela Inadequa- são ao Furto e Roubo de Veículos e Cargas, e dá ou-
ção Financeira e Orçamentária do Projeto de Decreto tras providências".
Legislativo n° 645, de 2000. Jorge khoury - Projeto de Lei n° 4.783/01 - da
Sala da Comissão, 23 de agosto de 2001. - De- Sra. Almerinda de Carvalho - que "dispõe sobre a
putado Eni Voltolini, Relator. isenção de Imposto de Importação e do Imposto so-
bre Produtos Industrializados de peças e aparelhos
111 - Parecer da Comissão de geração de energia solar".
A Comissão de Finanças e Tributação, em reu- Ricardo Berzoini - Projeto de Lei Complementar
nião ordinária realizada hoje, opinou, unanimemente, n° 175/00 - do Senado Federal - (PLS 42/00) - que
pela inadequação financeira e orçamentária do Proje- "autoriza o Poder Executivo a criar a Região Adminis-
to de Decreto Legislativo n° 645/00, nos termos do pa- trativa Integrada de Desenvolvimento, e instituir o Pro-
recer da relator, Deputado Eni Voltolini. grama Especial de Desenvolvimento, da Foz do Velho
Estiveram presentes os Senhores Deputados Chico".
Jorge Tadeu Mudalen, Presidente em exercício; José Sala da Comissão, 30 de agosto de 2001. - Ma-
Carlos Fonseca Jr. e José Pimentel, Vice-Presiden- ria Linda Magalhães, Secretária.
tes; Félix Mendonça, José Militão, Sampaio Dória,
Sebastião Madeira, Silvio Torres, Chico Sardelli, João COMISSÃO DE FISCALIZAÇÃO
Carlos Bacelar, Jorge Khoury, Pauderney Avelino, FINANCEIRA E CONTROLE
Armando Monteiro, João Eduardo Dado, Milton Monti, Designação
Pedro Novais, Carlito Merss, João Coser, Ricardo
Berzoini, Edinho Bez, Enivaldo Ribeiro, Fetter Júnior, João Grandão - Proposta de Fiscalização e
João Mendes, Pedro Eugênio, Eujácio Simões, Ro- Controle n° 53/01 - do Sr. Wellington Dias e Ricardo
berto Argenta, Luiz Carlos Hauly, Antonio Cambraia, Berzoini - que "propõem que a Comissão de Fiscali-
Walfrido Mares Guia, Juquinha, Nice Lobão, Osório zação Financeira e Controle, fiscalize o Programa de
Adriano e Emerson Kapaz. Seguro-Desemprego no Estado do Ceará devido de-
núncia de fraude ocorrida nas últimas eleições de
Sala da Comissão, 29 de agosto de 2001. - Depu-
2000, com o objetivo de compra de votos".
tado Jorge Tadeu Mudalen, Presidente em exercício.
Em 30 de agosto de 2001 . - Maria Helena Pi-
DESIGNAÇÕES nheiro Monteiro.
COMISSÃO DE FINANÇAS E TRIBUTAÇÃO COMISSÃO DE TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO
O Presidente dessa Comissão, Deputado E SERViÇO PÚBLICO
Michel Temer, fez a seguinte Designação de Relatoria Designação
nesta data:
Freire Júnior - Projeto de Lei n° 1.491-A/99 - Po-
Designação der Executivo (MSC 920/99) - que "dispõe sobre a or-
Em 30-8-01 ganização do Sistema Nacional de Correios, do seu
Félix Mendonça - Projeto de Lei Complementar órgão regulador, e dá outras providências".
n° 187/97 - do Sr. Mario Negromonte - que "cria o Sis- Em 30 de agosto de 2001. - Anamélia Ribeiro
tema Nacional de Prevenção, Fiscalização e Repres- Correia de Araújo, Secretária.
(Biênio 2001/2002)

Presidente: 1° Suplente de Secretário:


AÉCIO NEVES - PSDB - MG 2 0 Secretário: PEDRO VALADARES - PSB - SE
Nilton Capixaba - PTS - RO
10 Vice-Presidente: 20 Suplente de Secretário:
Efraim Morais - PFL - PB SALATIEL CARVALHO - PMDB - PE
3 0 Secretário:
2 0 Vice-Presidente: PAULO ROCHA - PT - PA
3° Suplente de Secretario:
Barbosa Neto - PMDB - GO ENIO BACCI - PDT - RS

1° Secretário: 4° Secretário: 4 0 Suplente de Secretario:


Severino Cavalcanti - PPB - PE WILSON SANTOS - PMDB - MT
Ciro Nogueira - PFL - PI

PARTIDOS, BLOCOS E RESPECTIVAS João Mendes Ricardo Izar


BANCADAS, BLOCO PARLAMENTAR José Borba Wagner Rossi
Jorge Wilson Waldemir Moka
José Chaves Wilson Santos
Bloco (PFL, PST) José Lourenço
Líder: INOCÊNCIO OLIVEIRA
Vice-Líderes: PT
Abelardo Lupion Marcondes Gadelha Líder: WALTER PINHEIRO
Aracely de Paula Moroni Torgan
Ariston Andrade Mussa Demes Vice-líderes:
Cleuber Carneiro Nice Lobão Aloizio Mercadante João Grandão
Corauci Sobrinho Pauderney Avelino Carlito Merss João Paulo
Divaldo Suruagy Paulo Gouvêa Dr. Rosinha José Dirceu
Francisco Coelho Paulo Octávio Fernando Ferro Luiz Sérgio
Gilberto Kassab Pedro Fernandes Geraldo Magela Milton Temer
José Carlos Aleluia Ronaldo Caiado Henrique Fontana Professor Luizinho
José Carlos Fonseca Jr. Rubem Medina Iara Bernardi Virgflio Guimarães
José Rocha Santos Filho
José Thomaz Nonô Vilmar Rocha PPB
Lavoisier Maia Werner Wanderer líder: ODELMO LEÃO
Luciano Castro
Vice-Líderes:
Gerson Peres (1 0 Vice) Herculano Anghinetti
PSDB
Eurico Miranda Arnaldo Faria de Sá
Uder: JUTAHY JÚNIOR Felter Júnior Wagner Salustiano
Vice-Líderes: Hugo Biehl Romel Anfzio
Narcio Rodrigues (1 ° Vice) Jovair Arantes Nelson Meurer José Janene
Mareio Fortes Ricardo Rique
Carlos Batata Welinton Fagundes Bloco (POT. PPS)
B.Sá Nel son Otoch Líder: MIRO TEIXEIRA
Sebastião Madeira Ricarte de Freitas
Alex Canziani Xico Graziano Vice-Líderes:
Maria Abadia (Licenciada) Saulo Pedrosa Alceu Collares (1° Vice) Pedro Eugênio
Custódio Maltos Léo Alcântara Fernando Coruja Emerson Kapaz
Fátima Pelaes Silvio Torres Dr. Hélio Márcio Bittar
Chico da Princesa Antonio Kandir José Roberto Batochio Clementino Coelho
João Almeida Zulaiê Cobra
Antonio Carlos Pannunzio Eduardo Barbosa
PTB
Dr. Heleno Feu Rosa
líder: ROBERTO JEFFERSON

PMOB Vice-Uderes:
Líder: GEDDEL VIEIRA LIMA Fernando Gonçalves (1 0 Vice) Josué Bengtson
Eduardo Seabra Antônio Jorge
Vice-Líderes: Félix Mendonça José Carlos Elias
Albérico Filho Mendes Ribeiro Filho
Antônio do Valle Milton Monti Bloco (PSB, pedoB)
Armando Monteiro Nelson Proença líder: INÁCIO ARRUDA
Confúcio Moura Norberto Teixeira Vice-Líderes:
Damião Feliciano Osmar Serraglio Eduardo Campos José Antonio Almeida
Edinho Bez Pedro Novais Sérgio Miranda Sérgio Novais
Eunlcio Oliveira Pinheiro Landim Vanessa Grazziotin Miriam Reid
Fernando Diniz João Henrique Givaldo Carimbão
Bloco (PL, PSL) PTN
Líder: VALDEMAR COSTA NETO
Repr.: JOSÉ DE ABREU

Vice-Líderes: PHS
Bispo Rodrigues Eujácio Simões
Lincoln Portela Magno Malta Repr.: ROBERTO ARGENTA
Ronaldo Vasconcellos
LIDERANÇA DO GOVERNO
PARÁGRAFO 4°, ART. 9° - REGIMENTO INTERNO: Líder: ARNALDO MADEIRA
Vice-Líderes:
PV Duilio Pisaneschi Luciano Pizzatto
Repr.: FERNANDO GABEIRA Darcfsio Perondi Rafael Guerra
Ricardo Barros
,- DEPUTADOS EM EXERCíCIO ---,
Roraima Ildefonço Cordeiro PFL
Airton Cascavel PPS João Tota oPPB
Alceste Almeida PMDB José Aleksandro PSL
Almir Sá PPB Márcio Bittar PPS
Francisco Rodrigues o.. PFL Marcos Afonso PT
Luciano Castro PFL Nilson Mourão PT
Luis Barbosa PFL Sérgio Barros ' PSDB
Robério Araújo PL Zila Bezerra o PTB
Salomão Cruz PPB Tocantins
Amapá Antônio Jorge oPTB
Antonio Feijão PSDB Darci Coelho PFL
Badu Picanço PSDB Freire Júnior PMDB
Dr. Benedito Dias PPB Igor Avelino PMDB
Eduardo Seabra PTB Kátia Abreu PFL
Evandro Milhomen PSB Osvaldo Reis PMDB
Fátlllld PeIdes PSDB Pastor Amarildo _PPB
Jurandil Juarez PMDB Paulo Mourão PSDB
Sérgio Barcellos PFL Maranhão
Paz:·á Albérico Filho PMDB
Anivaldo Vale PSDS Antonio Joaquim Araújo PPB
Asdrubal Bentes PMDB Cesar Bandeira PFL
Babá PT Costa Ferreira. '" '" "" .. PFL
Deusdeth Pantoja '" .PFL Eliseu Moura PPB
Elcione Sarbalho PMDB Francisco Coelho PFL
GeL'son Peres PPB GaSta0 Vieira PMDB
Giovanni Queiroz PDT João Castelo PSDB
Haroldo Bezerra PSDB José Antonio Almeida '" PSB
José Priante PMDB Mauro Fecury PFL
Josué Bengtson PTB Neiva Moreira PDT
Nicias Ribeiro PSDB Nice Lobão PFL
Paulo Rocha PT Paulo Mar inho PFL
Raimundo Santos PFL Pedro Fernandes PFL
Renildo Leal PTB Pedro Novais PMDB
Socorro Gomes '" PCdaB R~ll\.i. TLillLd o •••••••••••••• PL
Vic Pires Franco PFL Roberto Rocha. o PSDB
Zenaldo Coutinho PSDB Sebastião Madeira PSDB
Amazonas Ceará
Arthur Virgílio PSDB Adolfo Marinho PSOB
Átila Lins PFL Almeida de Jesus PL
Buler Ribeiro Pr:'L Aníbal Gomes PMDB
Francisco Garcia PFL Antonio Cambraia PSDB
Luiz Fernando PPB Arnon Bezerra PSDB
Pauderney Avelino PFL Chiquinho Peitosa PSOB
Si las Câmara PTB Eunício Oliveira PMDB
Vanessa Grazziotin PCdoS Inácio Arruda PCdoB
Rondônia José Linhares PPB
Agnaldo Muniz PPS José Pimentel PT
Confúcio Moura PMDB Léo Alcântara PSDB
Eurípedes Miranda PDT Manoel Salviano o PSDB
Expedito JÚ~ior PSDB Marcelo Teixeira PMDB
Marinha Raupp PMDB Moroni Torgan PFL
Nilton Capixaba PTB Nelson Otoch o PSDD
Oscar Andrade PL Pimentel Gomes PPS
Sérgio Carvalho o PSDB Pinheiro Landim PMDB
Acre Raimundo Gomes de Matos P8DB
Roberto Pessoa PFL
Rorrunel Feijó PSDB Pedro Corrêa PPB
Sérgio Novajs PSB Pedro Eugênio PPS
Vicente Arruda PSDB Ricardo Fiuza PPB
Piauí Salatiel Carvalho PMnB
Átila Lira PSDB Severino Cavalcanti PPB
B. Sá PSDB Wolney Queiroz PDT
Ciro Nogueira PFL Alagoas
Heráclito Fortes PFL Augusto Farias PPB
João Henrique PMDB Divaldo Suruagy PST
Marcelo Castro PMDB Givaldo Carimbão PSB
Mussa Demes PFL Helenildo Ribeiro PSDB
Paes Landim PFL João Caldas PL
Themístocles Sampaio '" .PMDB José Thomaz Nonô PFL
Wellington Dias PT Luiz Dantas PST
Rio Grande do Norte Olavo Calheiros PMDB
Ana Catarina PMDB Regis Cavalcante PPS
Carlos Alberto Rosado PFL Sergipe
Iberê Ferreira PTB Augusto Franco FSDB
Laire Rosado PMDB Cleonâncio Fonseca PPB
Lavoisier Ma.la PFL Ivan Paixão PPS
Múcio sá PTB Jorge Alberto PMDB
Ney Lopes PFL José Teles PSDB
Salomão Gurgel PDT Pedro Valadares PSB
Paraiba Sérgio Reis PTB
Adauto Pereira PFL Tânia Soares PCdoB
Armando Abil io PSDB Bahia
Avenzoar Arruda PT Ariston Andrade PFL
Carlos Dunga PTB Beni to Gama PMDB
Damião Feliciano PMDB Claudio Cajado PFL
Domiciano Cabral PSDB Coriolano Sales PMDB
Efraim Morais PFL Eujácio Simões PL
Enivaldo Ribeiro PPB Félix Mendonça PTB
Inaldo Leitão PSDB Francistônio pinto PFL
Marcondes Gadelha PFL Geddel Vieira Lima PMDB
Ricardo Rique PSDB Gerson Gabrielli PFL
Wilson Braga PFL Haroldo Lima PCdoS
Pernambuco Jaime Fernandes PFL
Armando Monteiro PMDB Jairo Carneiro PFL
Carlos Batata PSDB Jaques Wagner PT
Clementino Coelho PPS João Almeida P8DB
Dj a lma Paes PSB João Carlos Bacelar PFL
Eduardo Campos PSB João Leão FPB
Fernando Ferro PT Jonival Lucas Junior PMDB
Gonzaga Patriota PSB Jorge Khoury PFL
Inocêncio Oliveira PFL José Carlos Aleluia PFL
João Colaço PMDB José Lourenço PMDB
Joaquim Francisco PFL José Rocha PFL
Joel de Hollanda PFL Jutahy Junior PSDB
José Chaves PMDB Leur Lomanto , PMDB
José Mendonça Bezerra PFL Luiz Alberto PT
José Múcio Monteiro PFL Luiz Moreira PFL
Luciano Bivar PSL Mário Negromonte P3DB
Luiz Piauhylino PSDB Milton Barbosa PFL
Marcos de Jesus PL Nelson Pellegrino PT
Maurilio Ferreira Lima PMDB Nilo Coelho PSDB
Osvaldo Coelho PFL Paulo Braga PFL
Paulo Magalhães PFL Saulo Coelho o ••••••••••••PSDB
Pedro Iruj o P!:,'L Sérgio Miranda PCdoB
Reginaldo Germano PFL Silas Brasileiro PMDB
Roland Lavigne PMDB Tilden Santiago o PT
••••••••

Saulo Pedrosa PSDB Virgílio Guimarães PT o •••

Ursicino Queiroz PFL Vittorio Medioli PSDB


Waldir pires PT Walfrido Mares Guia PTB
Wal ter pinheiro P'I' Zezé Perrella PFL
Yvonilton Gonçalves o o •••••• PFL Espirito Santo
Minas Gerais Feu Rosa PSDB
Aécio Neves o ••••••• PSDB João Coser o ••• PTo ••••••

Ant6nio do Valle o •• PMDB José Carlos Elias PTB


Aracely de Paula PFL José Carlos Fonseca Jr PFL
Bonifácio de Andrada 0 ••••••• PSDB Luiz Durão PFL
Cabo Magno Malta PL
Júlio S . PART. Max Mauro PTB
Carlos MOsconi PSDB Ricardo Ferraço PPS
Cleuber Carneiro PFL Rita Camata PMDB
Custódio Mattos PSDB Rose de Freitas PSDB
Danilo de Castro PSDB Rio de Janeiro
Edrnar Moreira PPB Alcione Athayde PSB
Eduardo Barbosa PSDB Aldir Cabral PFL
Elias Murad PSDB Alexandre Cardoso PSB
Eliseu Resende PFL Alexandre Santos PSDB
Fernando Diniz PMDB Almerinda de Carvalho PPB
Gilmar Machado PT Arolde de Oliveira '" .PFL
Glycon Terra Pinto PMDB Bispo Rodrigues PL
Hélio Costa PMDB Candinho Mattos PSDB
Herculano Anghinetti PPB Carlos Santana PT
I.brahim Abi--ackel PPB Cornélio Ribeiro '" .PL
Jaime Martins PFL Dino Fernandes PSDB
João Magalhães PMDB Dr. Heleno PSDB
João Magno. , PT Eber Silva PL
José Militão PSDB Eurico Miranda " .. PPB
Lael Varella PFL Fernando Gabeira PV
Lincoln Portela PSL Fernando Gonçalves 0 PTB
• • • • • • • • •

Márcio Reinaldo Moreira PPB Iédio


Marcos Lima PMDB Rosa S. PART.
Maria do Carmo Lara PT Itamar Serpa PSDB
Maria Elvira PMDB Jair Bolsonaro PPB
Maria Lúcia PMDB Jandira Feghali PCdoB
Mário Assad Júnior PFL João Mendes PMDB
Mário de Oliveira PMDB João Sampaio PDT
Mauro Lopes PMDB Jorge Bi t tar PT
Narcio Rodrigues PSDB Jorge Wilson PMDB
Nilmário Miranda PT José Carlos Coutinho PFL
Odelmo Leão PPB José Egydio PL
Olimpio Pires PDT Laura Carneiro PFL
Osm8nio Pereira PSDB Luisinho PST
Paulo Delgado PT Luiz Ribeiro PSDB
Philemon Rodrigues PL Luiz Sérgio PT
Rafael Guerra PSDB Márcio Fortes PSDB
Romel Anizio PPB Mattos Nascimento PST
Romeu Queiroz PSDB Milton Temer PT
Ronaldo Vasconcellos PL Miriam Reid PSB
Sara i va Felipe o PMDB
••••
Miro Teixeira PDT
Paulo Baltazar PSB Marcos Cintra PFL
Paulo de Almeida PST Medeiros PL
Paulo Feij6 PSDB Michel Temer PMDB
Reinaldo Grjpp PL Mi 1 ton Monti PMDB
Roberto Jefferson PTB Moreira Ferreira PFL
Rodrigo Maia PFL Nela Rodol fo PMDB
Rubem Medina PFL Nelson Marquezelli PTB
Simão Sessim PPB Neuton Lima PFL
Valdeci Paiva PSL Orlando Fantazzini PT
Vivaldo Barbosa PDT Paulo Kobayashi PSDB
Wanderley Martins PSB Paulo Lima PMDB
São Paulo Professor Luizinho PT
Alberto Goldman PSDB Ricardo Berzoini PT
Aldo Rebelo pedoB Ricardo Izar PMDB
Aloizio Mercadante PT Robson Tuma PFL
André Benassi PSDB Rubens Furlan PPS
Angela Guadagnin PT Salvador zimbaldi PSDB
Antonio Carlos Pannunzio PSDB Sampaio Dória PSDB
Antonio Kandir PSDB Silvia Torres PSDB
Arnaldo Faria de Sá PPB TeIma de Souza PT
Arnaldo Madeira PSDB Vadão Gomes PPB
Ary Kara.o ... o ••••••••••••••••••• PPB Valdemar Costa Neto. '" PL
Bispo Wanderval o ••••••••• PL Wagner Rossi PMDB
Celso Russomanno PPB Wagner Salustiano PPB
Chico Sardelli PFL Xico Graziano o •••••••••• PSDB
Clovis Volpi PSDB Zulaiê Cobra. . . . . . . . . . . . . . . . . PSDB
Corauci Sobrinho PFL Mato Grosso
Cunha Bueno PPB Celcita Pinheiro _ PFL
De Velasco PSL Lino Rossi PSDB
Delfim Netto PPB Murilo Domingos PTB
Dr. Hélio PDT Pedro Henry PSDB
Duilio pisaneschi. PTB Ricarte de Freitas PSDB
Emerson Kapaz PPS Teté Bezerra PMDB
Fernando Zuppo PSDC Welinton Fagundes PSDB
Gilberto Kassab PFL Wilson Santos PMDB
Iara Bernardi PT Distrito Federal
Ivan Valente PT Agnelo Queiroz _ _'. _ .. PenaS
Jair Meneguelli PT Geraldo Magela PT
João Eduardo Dado PMDB Jorge Pinheiro PMDB
Jo~o HerrmBnn Neto _ PPS 0::;01"io Adrümo. . . . .. . o •••••PFL
João Paulo PT Paulo Octávio PFL
Jorge Tadeu Mudalen PMDB Pedro Celso PT
José Anibal _ PSDR Tadeu Filippelli o •••••••• PMDB
o

José de Abreu PTN Wigberto Tartuce PPB


José Dirceu p'r Goiás
Jos~ Genoíno PT Aldo Arantes pedaB
José Índio PMDB Barbosa Neto PMDB
José Roberto Batochio PDT Euler Morais PMDB
Julio Semeghi~i PSDB Geovan Freitas _ PMDB
Kincas Mattos o •••••••• PSB Jovair Arantes o ••••••••••••• PSDB
Lamartine Posella PMDB Juquinha PSDB
Luciano Zica PT Lidia Quinan PSDB
Luiz Antonio Fleury PTB Lúcia Vânia P8DB
Luiz Eduardo Greenhalgh PT Luiz Bittencourt PMDB
Luiza Erundina PSB Nair Xavier Lobo _ o ••• PMDB
Marcelo Barbieri PMDB Norberto Teixeira PMDB
Pedro Canedc PSDB João Pizzolatti PPB
Pedro Chaves PMDB Luci Choinacki PT
Roberto Balestra PPB Paulo Gouvêa o PFL
Ronaldo Caiado PFL Pedro Bittencourt PFL
Vilmar Rocha PFL Renato Vianna PMDB
Zé Gomes da Rocha PMDB Serafim Venzon PDT
Ma.to Grosso do Su1 Vicente Caropreso o oo PSDB
Dr. Antonio Cruz PMDB Rio Grande do Sul
João Grandãc PT Adão Pretto PT
Manoel Vi tório PT Airton Dipp PDT
Marçal Filho PMDB Alceu Collares PDT
Marisa Serrano PSDB Ana Corso PT
Nelson Trad PTE Augusto Nardes PPB
Pedro Pedrossian PPB Cezar Schirmer PMDB
Waldemir Moka PMDB Clovis Ilgenfritz PT
Paraná Darcisio Perondi o o .. PMDB
Abelardo Lupion PFL Edir Oliveira PTB
Affonso Camargo PSDB Enio Bacci PDT
Airton Roveda PSDB Esther Grossi PT
Alex Canziani PSDB Ezidio Pinheiro PSB
Basilio Villani PSDB Fetter Junior PPB
Chico da Princesa PSDB Fioravante PT
Dilceu Sperafico PPB Germano Rigotto. o o PMDB
Dr. Rosinha PT Henrique Fontana PT
Flávio Arns PSDB Jarbas Lima PPB
Gustavo Fruet PMDB Luis Carlos Heinze o" o PPB
Hermes Parcianello PMDB Marcos Rolim o.. PT
Iris Simões oPTB Mendes Ribeiro Filho PMDB
Ivanio Guerra o 0 •••PFL Nelson Marchezan PSDB
José Borba PMDB Nelson Proença PMDB
José Carlos Martinez PTB Orlando Desconsi PT
José Janene PPB Osmar Terra o PMDB
Luciano Pizzatto o.PFL Osvaldo Biolchi. o o PMDB
Llli 7. Carlos Hallly PSDB Paulo ~Tosé Gouvêa PT.
Márcio Matos PTB Paulo Paim PT
Max Rosenmann PSDB Pompeo de Mattos o .. o o PDT
Moacir Micheletto PMDB Roberto Argenta PHS
Nelson Meurer o PPB Telmo Kirst PPB
Odilio Balbinotti o PSDB Yeda Crusius PSDB
Oliveira Filho PL
Osmar SerraSTlio PMDB
Padre Roque PT
Ricardo Barros PPB
Rubens Bueno o .. o PPS
Santos Filho o.PFL
Werner Wanderer PFL
Santa Catarina
Antônio Carlos Konder Reis PFL
Carlito Merss PT
Edinho Bez PMDB
Edison Andrino PMDB
Eni Voltolini PPB
Fernando Coruja PDT
Gervásio Silva PFL
Hugo Biehl o PPB
João Matos PMDB
COMISSÕES PERMANENTES

COMISSÃO DE AGRICULTURA Bloco (PDT, PPS)


E pOLíTICA RURAL Dilceu Sperafico (PPB) Agnaldo Muniz
Giovanni Oueiroz 2 vagas
Presidente: Luis Carlos Heinze (PPB) Pompeu de Mattos
1° Vice-Presidente: Ronaldo Caiado (PFL)
2° Vice-Presidente: Moacir Michelelto (PMDB) Bloco (PL, P5L)
3° Vice-Presidente: Josué Bengtson (PTB)
Romel Anfzio (PPB) Eujácio Simões
Titulares Suplentes
Salomão Cruz (PPB) Paulo José Gouvêa

Bloco (P5DB, PTB) Secretário: Moizes Lobo da Cunha


Local: Anexo 11, Térreo, Ala C, sala 36
Anivaldo Vale Antônio Jorge Telefones: 318-6916/6978/6979/6981 Fax: 318-2142
B.Sá Armando Abllio
Carlos Batata Carlos Mosconi COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA,
Carlos Dunga Félix Mendonça
Helenildo Ribeiro Júlio Semeghini COMUNICAÇÃO E INFORMÁTICA
José Carlos Elias Luiz Ribeiro Presidente: Cesar Bandeira (PFL)
Josué Bengtson Paulo Kobayash
1° Vice-Presidente: Francistônio Pinto (PFL)
Nelson Marquezelli Rose de Freitas
Nilo Coelho Sérgio Barros 2° Vice-Presidente: Júlio Semeghini (PSDB)
Odflio Balbinolti Sérgio Carvalho 3° Vice-Presidente:
Saulo Pedrosa Welinton Fagundes Titulares Suplentes
Xico Graziano lila Bezerra
Bloco (P5DB, PTB)

Bloco (PFL, P5T) Alberto Goldman Alex Canziani


Augusto Franco Átila Lira
Abelardo Lupion Carlos Alberto Rosado Domiciano Cabral José Anlbal
Adauto Pereira Gervásio Silva Iris Simões José Carlos Martinez
Francisco Coelho Jaime Martins João Almeida José Militão
Jaime Fernandes Joaquim Francisco Julio Semeghini Josué Bengtson
Joel de Hollanda José Múcio Monteiro Luiz Piauhylino Léo Alcântara
Kátia Abreu José Rocha Magno Malta (PST) Mareio Fortes
Luiz Durão l.uiz Dantas Maltos Nascimento (PL) Osmânio Pereira
Paulo Braga Marcondes Gadelha Narcio Rodrigues Roberto Rocha
Roberto Balestra (PPB) Reginaldo Germano Pedro Canedo Romeu Oueiroz
Roberto Pessoa Werner Wanderer Saulo Coelho Salvador limbaldi
Ronaldo Caiado lezé Perrella Silas Câmara Sérgio Reis

PMDB Bloco (PFL, P5T)


Confúcio Moura Abérico Filho Arolde de Oliveira Adauto Pereira
Igor Avelino Alberto Fraga Cesar Bandeira Ariston Andrade
Marcelo Castro Ana Catarina Corauci Sobrinho Francisco Coelho
Moacir Michelelto Darclsio Perondi Francistõnio Pinto Gerson Gabrielli
Nelson Meurer (PPB) Jurandil Juarez José Mendonça Bezerra Heráclito Fortes
Osvaldo Reis Múcio Sá José Rocha José Carlos Aleluia
Silas Brasileiro Olavo Calheiros Luiz Moreira Neuton Lima
Themlstocles Sampaio 3 vagas Mário Assad Júnior Ney Lopes
Waldemir Moka Santos Filho Paulo Magalhães
Wilson Santos Yvonilton Gonçalves Sérgio Barcellos
PT
Babá
PMDB
Adão Preito
João Grandão Jair Meneguelli Benito Gama Gastão Vieira
Luci Choinacki José Pimentel Hermes Parcianello Gilberto Kassab (PFL)
Nilson Mourão Orlando Desconsi Jorge Pinheiro Gustavo Fruet
Padre Roque Wellington Dias Marçal Filho Jonival Lucas Júnior
PPB Maurllio Ferreira Lima José Borba
Almir Sá Nair Xavier Lobo Leur Lomanto
Augusto Nardes
Enivaldo Ribeiro Nelson Proença Luiz Bittencourt
Cleonâncio Fonseca
Felter Júnior Pinheiro Landim Marcelo Barbieri
Hugo Biehl
Júlio Redecker (Licenciado) Ricardo Izar Marinha Raupp
Luis Carlos Heinze
Vadão Gomes 1 vaga Roland Lavigne
Telmo Kirst
PT
Bloco (P5B, pedoB) Ana Corso Adão Pretto
Babá Angela Guadagnin
Ezldio Pinheiro Eliseu Moura (PPB) Gilmar Machado Esther Grossi
Kincas Maltos João Tota (PPB) Jorge Biltar Luciano lica
Márcio Biltar (PPS) 1 vaga Marcos Afonso Paulo Delgado
PPB Dr. Antonio Cruz Michel Temer
Geovan Freitas Nelo Rodolfo
Francisco Silva (PL) (Licenciado) Arnaldo Faria de Sá Jarbas Lima (PPB) Osvaldo Reis
Márcio Reinaldo Moreira Ary Kara José Priante Predo Novais
Pedro Irujo (PFL) Gerson Peres Mendes Ribeiro Filho Rita Camata
Vic Pires Franco (PFL) Nelson Meurer Osmar Serraglio Themfstocles Sampaio
1 vaga Wigberto Tartuce Renato Vianna Wilson Santos
Ronald Lavigne 1 vaga
Bloco (PSB, PCdoB)
PT
Aldo Arantes Givaldo Carimbão
Luiza Erudina Kincas Mattos Geraldo Magela João Paulo
Valdeci Paiva (PSL) 1 vaga José Dirceu Nelson Pellegrino
José Genofno Orlando Fantazzini
Bloco (PDT, PPS) Luiz Eduardo Greenhalgh Professor Luizinho
Marcos Rolim Waldir Pires
Agnaldo Muniz Marcos de Jesus (PL)
Dr. Hélio Pimentel Gomes
PPB
Olimpio Pires Vivaldo Barbosa
Augusto Farias Ary Kara
Bloco (PL, PSL) Edmar Moreira Cleonâncio Fonseca
Eurico Miranda Dr. Benedito Dias
Bispo Wanderval Bispo Rodrigues Gerson Peres Roberto Balestra
Oliveira Filho José Egydio Ibrahim Abi·Hackel Wagner Salustiano

Secretária: Maria Ivone do Espirito Santo


Local: Anexo li, Térreo, Ala A, Sala 13 Bloco (PSB, PCdoS)
Telefones: 318-6906 a 318-6908 Fax: 318-2143 Alexandre Cardoso Aldo Arantes
José Antonio Almeida Aldo Rebelo
COMISSÃO DE CONSTITUiÇÃO E Sérgio Miranda lédio Rosa
JUSTiÇA E DE REDAÇÃO Bloco (PDT, PPS)
Presidente: Inaldo Leitão (PSDB) Alceu Collares João Herrmann Neto
1° Vice-Presidente: Zenaldo Coutinho (PSDB) Fernando Coruja Pompeo de Mattos
2° Vice-Presidente: Robson Tuma (PFL) José Roberto Batochio Wolney Queiroz
3° Vice-Presidente: Osmar Serraglio (PMDB)
Bloco (PL, PSL)
Titulares Suplentes
Bispo Rodrigues Bispo Wanderval
Luciano Bivar José Aleksandro
Bloco (PSDB, PTB)
Secretário: Sérgio Sampaio Contreiras de Almeida
André Benassi Anivaldo Vale Local: Anexo 11, Térreo, Ala, Sala 21
Cust6dio Mattos Átila Lira Telefone: 318·6922 a 318-6925 Fax: 318-2144
Fernando Gonçalves Bonifácio de Andrada
Inaldo Leitão Edir Oliveira COMISSÃO DE DEFESA DO CONSUMIDOR,
Murilo Domingos Edir Oliveira
Nelson Marchezan João Almeida MEIO AMBIENTE E MINORIAS
Nelson Otoch João Leão Presidente: Ana Catarina (PMDB)
Nelson Trad Léo Alcântara 1° Vice-Presidente: Tilden Santiago (PT)
Ricardo Ferraço Luiz Antonio Fleury
Sérgio Carvalho Nicias Ribeiro 2° Vice-Presidente: Glycon Terra Pinto (PMDB)
Vicente Arruda Odflio Balbinolli 3° Vice-Presidente: Luciano Pizzatto (PFL)
Zenaldo Coutinho Ricardo Rique Titulares Suplentes
Zulaiê Cobra Sampaio D6ria Bloco (PSDB, PTB)
Bloco (PFL, PST) Badu Picanço Dulio Pisaneshi
Aldir Cabral Átila Lins Clovis Volpi Elias Murad
Antônio Carlos Konder Reis Claudio Cajado Luiz Ribeiro Fátima Pelaes
Jaime Martins Corauci Sobrinho Ricarte de Freitas Iris Simões
Moroni Torgan Jairo Carneiro Salatiel Carvalho (PMDB) Max Rosenmann
Ney Lopes Luis Barbosa Welinton Fagundes Xico Graziano
Paes Landim Paulo Marinho Bloco (PFL, PST)
Paulo Magalhães Pedro Irujo José Carlos Coutinho Jaime Fernandes
Reginaldo Germano Raimundo Santos Luciano Pizzatto Laura Carneiro
Robson Tuma Ricardo Fiuza Milton Barbosa Paes Landim
Vil mar Rocha Vic Pires Franco Pedro Bitlencout Paulo Gouvêa
Ricardo Fiuza Pedro Pedrossian (PPB)
PMDB
PMDB
Cezar Schirmer Freire Júnior Ana Catarina João Colaço
Coriolano Sales Maria Lúcia Anfbal Gomes Mauro Lopes
Flávio Derzi Ricardo Izar Maria do Carmo Lara Henrique Fontana
Glycon Terra Pinto Silas Brasileiro
Luiz Bittencout Wagner Rossi
PPB

PT Eliseu Moura Moacir Micheletto (PMDB)


Simão Sessim 1 vaga
João Paulo Fernando Gabeira (PV)
Luiz Alberto Jaques Wagner Bloco (PSB, PCdoB)
Tilden Santiago Manoel Vitório
Djalma Paes Evandro Milhomen
PPB
Bloco (POT, PPS)
Celso Russomanno Cunha Bueno
José Borba (PMDB) José Janene João Sampaio Pedro Eugênio

Bloco (PSB, pedoB) Bloco (PL, PSL)


Inácio Arruda Sérgio Novais Socorro Gomes (PCdoS) Lincoln Portela
Paulo Baltazar Vanessa Grazziotlin
PV
Bloco (POT, PPS)
Nilmário Miranda (PT) Marcos Afonso (PT)
Rubens Bueno Ollmpio Pires
Secretário: Jorge Henrique Cartaxo de Arruda
Bloco PL, PSL
Local: Anexo 11, Pavimento Superior, Ala C, Sala 184
Ronaldo Vasconcellos Valdecí Paiva
Telefones: 318-7072 17073 Fax: 318-2147
Secretário: Aurenilton Araruna de Almeida
Local: Anexo 11, Pav. Superior, Ala C, Sala 150 COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS
Telefones: 318-6929 a 318-6935 Fax: 318-2146
Presidente: Nelson Pellegrino (PT)
COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO 1° Vice-Presidente: Padre Roque (PT)
URBANO E INTERIOR 2° Vice-Presidente: lédio Rosa (PSB)
3° Vice-Presidente: Regis Cavalcante (PPS)
Presidente: Djalma Paes (PSB) Titulares Suplentes
1° Vice-Presidente: Socorro Gomes (PCdoB)
2° Vice·Presidente: João Castelo (PSDB) Bloco (PSDB, PTB)
3° Vice·Presidente: Paulo Octávio (PFL) Danilo de Castro
Airton Roveda
Titulares Suplentes Fernando Gabeira (PV)
Ana Corso (PT)
Eduardo Barbosa Inaldo Leitão
Bloco (PSOB, PTB) Flávio Arns 3 vagas
Nelson Trad
Adolfo Marinho André Benassi Sebastião Madeira
Edir Oliveira Antonio Carlos Pannunzio
João Castelo Juquinha
João Leão Lúcia Vânia Bloco (PFL, PST)
Maria Abadia Mário Negromonte Jaime Martins Laura Carneiro
1 vaga Ricardo Rique Moroni Torgan
José Rocha
Marcondes Gadelha Nice Lobão
Bloco (PFL, PST) Neuton Lima 2 vagas
Reginaldo Germano
Luisinho Cesar Bandeira
Mauro Fecury Jorge Pinheiro (PMDB) PMDB
Paulo Octário Luiz Durão Alberto Fraga Alceste Almeda
Sérgio Barcellos Pedro Fernandes Jorge Pinheiro Freire Júnior
Sérgio Novais (PSB) Roberto Pessoa Lamartine Posella Maurflio Ferreira Lima
Nair Xavier Lobo 2 vagas
Rita Camata
PMOB
Euler Morais Asdrubal Bentes PT
Gustavo Fruet João Mendes
José Chaves Jorge Tadeu Mudalen Luiz Eduardo Breenhalgh Marcos Rolim
José índio Marcelo Teixeira Nelson Pellegrino Nilmário Miranda
1 vaga Norberto Teixeira Padre Roque Orlando Fantazzini

PT PPB

Clovis IIgenfritz Dr. Rosinha Arnaldo Faria de Sá De Velasco (PSL)


Iara Bernardi Fernando Ferro José Linhares José Janene
Bloco (PSB, PCdoB) Bloco (PL, PSL)
Agnelo Oueiroz José Antônio Almeida Almeida de Jesus Ronaldo Vasconcellos
lédio Rosa Paulo Baltazar
Secretária: Aparecida de Moura Andrade
Local: Anexo 11, Térreo, Ala A, Sala 27
Bloco (POT, PPS)
Telefones: 318-7024 a 318-7026 Fax: 318-2148
Regis Cavalcante 1 vaga
COMISSÃO DE EDUCAÇÃO,
Bloco (PL, PSL) CULTURA E DESPORTO
Cabo Júlio Oliveira Filho
Presidente: Walfrido Mares Guia (PTB)
Secretário: Mareio Marques de Araujo 1° Vice-Presidente: Átila Lira (PSDB)
Local: Anexo 11, Pavimento Superior, Ala A, Sala 185 2° Vice-Presidente: Dino Fernandes (PSDB)
Telefone: 318-8285 Fax: 318·2170 3° Vice-Presidente: Celcita Pinheiro (PFL)
Titulares Suplentes
COMISSÃO DE ECONOMIA,
INDÚSTRIA E COMÉRCIO Bloco (PSOB, PTB)
Presidente: Marcos Cintra (PFL) Átila Lira Fernando Gonçalves
1° Vice-Presidente: Gerson Gabrielli (PFL) Bonifácio de Andrada Udia Quinan
2° Vice-Presidente: Jaques Wagner (PT) Dino Fernandes Marcus Vicente
3° Vice-Presidente: Maria Abadia (PSDB) Eduardo Seabra Nelson Marchezan
Titulares Suplentes Flávio Arns Paulo Mourão
Marisa Serrano Rafael Guerra
Walfrido Mares Guia Raimundo Gomes de Matos
Bloco (PSOB, PTB)
Alex Canziani Badu Picanço Bloco (PFL, PST)
Arthur Virgllio Lidia Ouinan
Léo Alcântara Maria Abadia (Licenciada) Celcita Pinheiro Divaldo Suruagy
Mareio Fortes Marisa Serrano Costa Ferreira Ivan Paixão (PPS)
Sérgio Barros Ricardo Ferraço Luis Barbosa Joel de Hollanda
Zila Bezerra Veda Crusius Nice Lobão Mauro Fecury
Osvaldo Coelho Raimundo Santos
Zezé Perrella Santos Filho
Bloco (PFL, PST)
PMOB
Gerson Gabrielli Arolde de Oliveira Gastão Vieira Jonival Lucas Junior
Jairo Carneiro Chico Sardelli João Matos Maria Elvira
Marcos Cintra Francisco Garcia Nelo Rodolfo Milton Monti
Osório Adriano Paulo Octávio Osvaldo Biolchi Osmar Serraglio
Rubem Medina Ricardo Fiúza Paulo Lima 1 vaga
PT
PMOB Esther Grossi Gilmar Machado
Antônio do Valle Armando Monteiro Ivan Valente Iara Bernardi
Edison Andrino Elcione Barbalho Professor Luizinho Padre Roque
Jurandil Juarez Nelson Proença PPB
Múcio Sá Waldemir Moka Pastor Amarildo Antonio Joaquim Araújo
1 vaga 1 vaga Tânia Soares (PCdoB) Eurico Miranda
1 vaga José Linhares
PT
Divaldo Suruagy (PST) Bloco (PSB, PCdoB)
Aloizio Mercadante
Jaques Wagher Carlito Merss Agnelo Queiroz Djalma Paes
Virgflio Guimarães Ricardo Berzoini Miriam Reid Evandro Milhomen
PPB
Delfim Netto Augusto Nardes Bloco (POT, PPS)
João Pizzolatti Luiz Fernando
Wolney Queiroz Clementino Coelho
Bloco (PSB, PCdoB)
Bloco (PL, PSL)
Givaldo Carimbão Herculano Anghinetti (PPB)
Paulo José Gouvêa Luciano Bivar
Bloco (POT, PPS) Secretária: Carla Rodrigues de Medeiros
Emerson Kapaz João Sampaio Local: Anexo 11, Pavimento Superior, Ala C, Sala 170
Enio Bacci Rubens Bueno Telefones: 318-6900 a 6905/7011/7012 Fax: 318-2149
COMISSÃO DE FINANÇAS E PHS
TRIBUTAÇÃO Roberto Argenta 1 vaga
Presidente: Michel Temer (PMDB) Secretária: Maria Linda Magalhães
1° Vice-Presidente: Jorge Tadeu Mudalen (PMDB) Local: Anexo li, Pavimento Superior, Ala C, Sala 124
2° Vice-Presidente: José Carlos Fonseca Jr. (PFL) Telefones: 318-6960 a 6989/6955 Fax: 318-2150
3° Vice-Presidente: José Pimetel (PT)
Titulares Suplentes COMISSÃO DE FISCALIZAÇÃO
Bloco (PSOB. PTB) FINANCEIRA E CONTROLE
Antônio Kadir Adolfo Marinho
Félix Mendonça Anivaldo Vale
José Anfbal Antonio Cambraia Presidente: Wellington Dias (PT)
José Militão Basilio Villani 1° Vice-Presidente: João Magalhães (PMDB)
Max Rosenmann Juquinha 2° Vice-Presidente: Marcos de Jesus (PL)
Rodrigo Maia Luiz Carlos Hauly 3° Vice-Presidente: João Caldas (PL)
Sampaio D6ria Magno Malta (PST) Titulares Suplentes
Sebastião Madeira Walfrido Mares Guia
Silvio Torres 2 vagas
Veda Crussius Bloco (PSOB, PTB)
Dr. Heleno João Almeida
Bloco (PFL, PST) Expedito Júnior João Leão
Manoel Salvian o Márcio Matos
Chico Sardelli Darci Coelho Max Mauro Nelson Trad
Deusdeth Pantoja Euler Ribeiro Rommel Feij6 Zenaldo Coutinho
João Carlos Bacelar Marcos Cintra 1 vaga 1 vaga
Jorge Khoury Moreira Ferreira
José Carlos Fonseca Jr. Nice Lobão
Luiz Dantas Osvaldo Coelho Bloco (PFL, PST)
Mussa Demes Os6rio Adriano Affonso Camargo Deusdeth Pantoja
Pauderney Avelino 1 vaga João Caldas (PTB) José Carlos Coutinho
Wigberto Tartuce (PPB) Luisinho
PMOB 2 vagas Mário Assad Júnior
Ursicino Oueiroz
Armando Monteiro Benito Gama
Germano Rigotto João Henrique
João Eduardo Dado José Lourenço PMOB
Jorge Tadeu Mudalen 4 vagas Fernando Diniz Antônio do Valle
Michel Temer João Magalhães João Matos
Milton Monti Luiz Fernando (PPB) Salatiel Carvalho
Pedro Novais Wagner Rossi Saraiva Felipe
1 vaga 1 vaga
PT
PT
Carlito Merss Clovis IIgenfritz João Magno João Grandão
João Coser Geraldo Magela Waldomiro Banancelli Fioravante Milton Temer
José Pimentel Ivan Valente Wellington Dias Virgllio Guimarães
Ricardo Berzoini José Dirceu
PPB
PPB Iberê Ferreira Márcio Reinaldo Moreira
1 vaga Pedro Corrêa
Edinho Bez (PMDB) Delfim Netto
Enivaldo Ribeiro Eni Voltolini
Bloco (PSB, PCdoB)
Fet1er Júnior Francisco Dornelles
João Mendes (PMDB) Salomão Cruz 1 vaga Sérgio Miranda

Bloco (PSB, PCdoB) Bloco (POT, PPS)


2 vagas Gonzaga Patriota 1 vaga Regis Cavalcante
1 vaga
Bloco (PL, PSL)
Bloco (POT, PPS)
Marcos de Jesus Medeiros
Miro Teixeira Emerson Kapaz Fernando Zuppo (S. Partido)1 1 vaga
Pedro Eugênio Rubens Furlan
Secretária: Maria Helena Pinheiro Monteiro
Bloco (PL, PSL) Local: Anexo li, Pavimento Superior, Ala A, Sala 161
Eujácio Simões Francisco Silva (Licenciado) Telefones: 318-6888/6887 Fax: 318-2176
COMISSÃO DE MINAS E ENERGIA Titulares Suplentes

Presidente: Antonio Cambraia (PSDB) Bloco (PSDB, PTB)


1° Vice-Presidente: Salvador limbaldi (PSDB) Armando Abllio Custódio Mattos
2° Vice-Presidente: Francisco Garcia (PFL) Carlos Mosconi Eduardo Seabra
3° Vice-Presidente: Antonio Feijão Eduardo Barbosa Feu Rosa
Titulares Suplentes Udia Quinan Itamar Serpa
Lúcia Vânia Jovair Arantes
Osmânio Pereira Max Mauro
Bloco (PSOB, PTB) Rafael Guerra Pedro Canedo
Antonio Cambraia Chiquinho Feitosa Raimundo Gomes de Matos Ricarte de Freitas
Antônio Jorge João Almeida Reinaldo Gripp Rommel Feijó
Juquina Luiz Piauhylino Renildo Leal Saulo Coelho
Nicias Ribeiro Márcio Fortes Vicente Caropreso Saulo Pedrosa
Paulo Feijó Raimundo Gomes de Matos
Bloco (PFL, PST)
Salvador limbaldi Renildo Leal
Ariston Andrade Celcita Pinheiro
Bloco (PFL, PST) Cleuber Carneiro Costa Ferreira
Darci Coelho IIdefonso Cordeiro
Francisco Garcia Eliseu Resende Euler Ribeiro Ivanio Guerra
Gervásio Silva José Carlos Fonseca Jr. Laura Carneiro João Caldas (PL)
Gilberto Kassab Lael Varella Lavoisier Maia José Mendonça Bezerra
Ivanio Guerra Pedro Bitlencourt Marcondes Gadelha Kátia Abreu
Moreira Ferreira Yvonlton Gonçalves Remi Trinta Ronaldo Caiado
Ursicino Queiroz Wilson Braga
PMOB
PMOB
Antonio Feijão (PSDB) Anlbal Gomes
Arnaldo Faria de Sá (PPB) Dr. Antonio Cruz
Carlos Alberto Rosado (PFL) Edinho Bez
Darclsio Perondi Euler Morais
João Colaço Flávio Derzi
Jonival Lucas Júnior Jonival Lucas Júnior
Marcos Lima Jorge Wilson
Jorge Alberto Jorge Pinheiro
Rose de Freitas (PSDB) Salatiel Carvalho
Rita Camata Marcelo Castro
Salomão Gurgel (PDT) Waldemir Moka
PT Saraiva Felipe 2 vagas
Teté Bezerra
Fernando Ferro Avenzoar Arruda
Luciano lica Jorge Bittar PT
Luiz Sérgio Luiz Alberto
PPB Angela Guadagnin Ana Corso
Dr. Rosinha Luci Choinacki
José Janene Hadoldo Lima (PcdoB) Henrique Fontana Maria do Carmo Lara
Vadão Gomes Romel Anizio Orlando Desconsi Paulo Paim
Orlando Fantazzini Teima de Souza
Bloco (PSB, PCdoB)
PPB
José Carlos Aleluia (PFL) Jandira Feghali Antonio Joaquim Araújo Almerinda de Carvalho
Dr. Benedito Dias Ezidio Pinheiro (PSB)
Bloco (POT, PPS) Eni Voltolini Mirian Reid (PSB)
José Unhares Pastor Amarildo
Airton Dipp Olimpio Pires
Clementino Coelho Pedro Pedrossian (PPB) Bloco (PSB, PCdoB)
Eber Silva (PST) Agnelo Queiroz
Bloco (PL, PSL) Jandira Feghali Luiza Erundina
José Aleksandro Philemon Rodrigues Bloco (POT, PPS)
Secretária: Damaci Pires de Miranda Ivan Paixão Alceu Collares
Local: Anexo 11, Térreo, Ala C, Sala 56 Serafim Venzon Dr. Hélio
Telefones: 318-6944 a 318-6946 Fax: 318-2137
Bloco (PL, PSL)
COMISSÃO DE SEGURIDADE Elias Murad (PSDB) Marcos de Jesus
SOCIAL E FAMíLIA José Egydio Oliveira Filho
Sem Partido
Presidente: Laura Carneiro (PFL) Pimentel Gomes (PPS) 1 vaga
1° Vice· Presidente: José Linhares (PPB)
2° Vice-Presidente: Angela Guadagnin (PT) Secretário: Elofzio Neves Guimarães
3° Vice-Presidente: Vicente Caropreso (PSDB) Local: Anexo 11, Pavimento Superior, Ala A, Sala 155
Telefones: 318·7016 a 7021 Fax: 318·2156
COMISSÃO DE TRABALHO, DE Chiquinho Feitosa Candinho Mattos
Ouilio Pisaneschi Carlos Dunga
ADMINISTRAÇÃO E SERViÇO PÚBLICO Haroldo Bezerra Narcio Rodrigues
Márcio Matos Paulo Feijó
Presidente: Freire Júnior (PMOB)
Roberto Rocha Silas Câmara
1° Vice-Presidente: Lino Rossi (PSDB) Romeu Oueiroz Silvio Torres
2° Vice-Presidente: Luiz Antonio Fleury (PTB) Sérgio Reis Vitlorio Medioli
3° Vice-Presidente: Herculano Anghinelti (PPB) 2 vaga 2 vagas
Titulares Suplentes
Bloco (PSOB, PTB)
Alexandre Santos Arthur Virgflio Bloco (PFL, PSn
Candinho Maltos Bonifácio de Andrada
Fátima Pelaes Oino Fernandes Aracely de Paula Affonso Camargo
Jovair Arantes José Carlos Elias Eliseu Resende Antônio Carlos Konder Reis
Luiz Antonio Fleury Lúcia Vânia IIdefonço Cordeiro Francistônio Pinto
Pedro Henry Nárcío Rodrigues João Ribeiro Luiz Moreira
Ricardo Rique Nelson Marquezelli Neuton Lima Milton Barbosa
Oscar de Andrade Mussa Demes
Bloco (PFL. PST) Pauo Gouvêa Paulo Braga
Pedro Fernandes Rubem Medina
José Múcio Monteiro Almerinda de Carvalho Raimundo Santos 2 vagas
Luciano Castro Damião Feliciano (PMOB)
Pedro Celso (PT) João Ribeiro PMOB
Ricardo Barros (PPB) 1 vaga Asdrubal Bentes Glycon Terra Pinto
Wilson Braga Damião Feliciano Hermes Parcianello
1 vaga João Henrique Igor Avelino
Marcelo Teixeira João Magalhães
PMDB Mauro Lopes José Chaves
Norberto Teixeira Marcos Lima
Freire Júnior Coriolano Sales Olavo Calheiros Osmar Terra
João Tota (PPB) Edinho Bez Pedro Chaves 1 vaga
Laire Rosado Enivaldo Ribeiro (PPB)
Lino Rossi (PSDB) Nair Xavier Lobo PT
Zé Gomes da Rocha Osvaldo Biolchi
Carlos Santana Pedro Celso
PT Manoel Vitório João Coser
Nelson Pellegrino Luiz Sérgio
Avenzoar Arruda Carlos Santana Teima de Souza Nilson Moura
Jair Meneguelli João Magro
Paulo Paim Waldomiro Fioravante PPB
Albérico Filho (PMDB) Hugo Biehl
Almir Sá Jair Bolsonaro
PPB Ary Kara Simão Sessim
Mário Negromonte (PSDB) Telmo Kirst
Herculano Anghinetti Arnaldo Faria de Sá
Jair Bolsonaro Odelmo Leão Bloco (PSB, PCdoB)
Pedro Corrêa 1 vaga Gonzaga Patriota Pedro Valadares
Wanderley Martins 1 vaga
Bloco (PSB, PCdoB)
Evandro Milhomen Alcione Athayde Bloco (POT, PPS)
Vanessa Grazziotin Eduardo Campos
Airton Cascavel Giovanni Oueiroz
Bloco (PDT, PPS)
Lael Varella (PFL) João Sampaio
Vivaldo Barbosa Eurfpedes Miranda
Bloco (PL. PSL)
Bloco (PL, PSL) Philemon Rodrigues Cabo Júlio
Medeiros Almeida de Jesus João Tota (PPB)
Robério Araújo
Secretária: Anamélia Ribeiro Correia de Araújo PTN
Local: Anexo 11, Térreo, Ala C, Sala 46 José de Abreu 1 vaga
Telefones: 318-6987/6990/7004/7007 FAX: 318-2152
Secretário: Ruy Ornar Prudência da Silva
COMiSSÃO DE VIAÇÃO E TRANSPORTES Local: Anexo 11, Pavimento Superior, Ala A, sala 175
Telefones: 318-6973 a 318-6976 Fax: 318-2153
Presidente: Philemon Rodrigues (PL)
1° Vice-Presidente: Robério Araújo (PL) COMISSÃO DA AMAZÔNIA
2° Vice-Pre~idente: Ary Kara (PPB)
E DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL
3° Vice-Presidente: Mauro Lopes (PMDB)
Titulares Suplentes Presidente: Eurlpedes Miranda (POT)
Bloco (PSDB. PTB) 1° Vice-Presidente: Airton Cascavel
Basilio Villani Airton Roveda 2° Vice-Presidente: Elcione Barbalho (PMDB)
Chico da Princesa Alex Canziani 3° Vice-Presidente: Marcos Afonso (PT)
Titulares Suplentes Paulo Kobayashi Vicente Arruda
Paulo Mourão Vicente Caropreso
Bloco (PSOB, PTB) Vittório Medioli Zulaiê Cobra
Antonio Feijão Anivaldo Vale
Danilo de Castro Badu Picanço Bloco (PFL, PST)
Josué Bengtson Haroldo Bezerra Alceste Almeida (PMDB) Abelardo Lupion
Luiz Fernando (PPB) João Castelo Átila Lins Aldir Cabral
Ricardo de Freitas Márcio Matos Claudio Cajado Aracely de Paula
Sérgio Carvalho Marinha Raupp Francisco Rodrigues João Carlos Bacelar
Heráclito Fortes Jorge Khoury
Bloco (PFL, PST) Joaquim Francisco Luciano Castro
Airton Cascavel (PPS) Euler Ribeiro José Thomaz Nonõ Luciano Pizzatto
Átila Lins João Ribeiro Mário de Oliveira (PMDB) Robson Tuma
Luciano Castro Kátia Abreu Werner Wanderer Vilmar Rocha
Raimundo Santos Luisinho
Vic Pires Franco Sérgio Barcellos PMOB
Alberto Fraga Edison Andrino
Elcione Barbalho Eunrcio Oliveira
PMOB
Eunfcio Oliveira Fernando Diniz
Alceste Almeida Asdrubal Bentes Hélio Costa Flávio Derzi
Elcione Barbalho Confúcio Moura Jorge Wilson Germano Rigotto
Freite Júnior Marinha Raupp José Lourenço Laire Rosado
Jurandil Juarez Mário de Oliveira Leur Lomanto Lamarline Posella
Mauro Lopes Nair Xavier Lobo Maria Elvira Marcelo Barbieri
Maria Lúcia Paulo Lima
PT
Babá Avenzoar Arruda PT
Manoel Vitório Tilden Santiago Aloizio Mercadante José Genofno
Marcos Afonso Wellington Dias Fernando Gabeira (PV) Luiz Eduardo Greenhalgh
Milton Temer Marcos Rolim
Paulo Delgado Nilmário Miranda
PPB Waldir Pires Tilden Santiago
Dr. Benedito Dias Pastor Amarildo
Salomão Cruz 1 vaga PPB
Cunha Bueno Celso Russomanno
Bloco (PSB, PCdoB) Lincoln Portela (PSL) Edmar Moreira
Socorro Gomes Evandro Milhomen Marcelo Barbieri (PMDB) Jair Bolsonaro
Vanessa Grazziotin José Antonio Almeida Wagner Salustiano Ricardo Ferraço (PSDB)

Bloco (POT, PPS) Bloco (PSB, PCdoB)

Eurfpedes Miranda Márcio Bittar Aldo Rebelo Alexandre Cardoso


Haroldo Lima Delfim Netto (PPB)
Pedro Valadares Wanderley Martins
Bloco (PL, PSL)
Robério Araújo José Aleksandro Bloco (POT, PPS)

Secretário: James Lewis Gorman Júnior João Herrmann Neto Airton Dipp
Local: Anexo 11, Térreo, Ala A, Sala 55 Neiva Moreira Fernando Coruja
Telefones: 318-6998 /6999 e 6970 Fax: 318-2145 Rubens Furlan Salomão Gurgel

COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES Bloco (PL, PSL)


E DE DEFESA NACIONAL
Cabo Júlio Maltos Nascimento
Presidente: Hélio Costa (PMDB) De Velasco Robério Araújo
1° Vice-Presidente: Jorge Wilson (PMDB)
Secretária: Walbia Lóra
2° Vice-Presidente: Neiva Moreira (PDT)
Local: Anexo 11, Pavimento Superior, Ala A, Sala 125
3° Vice-Presidente: Haroldo Lima (PCdoB)
Telefones: 318-8266/6992 a 6996 Fax: 318-2125
Titulares Suplentes
Bloco (PSOB, PTB)
COMISSÃO DE LEGISLAÇÃO
Antonio Carlos Pannunzio Alberto Goldman PARTICIPATIVA
Arnon Bezerra Antonio Feijão Proposição: Autor: Mesa Diretora
Feu Rosa Antonio Kandir
Itamar Serpa Dr. Heleno Presidente: Llliza Erllndina (PSB)
José Carlos Martinez Manoel Salviano 1° Vice-Presidente: Ricardo Ferraço (PPS)
José Teles Murilo Domingos 2° Vice-Presidente: Ney Lopes (PFL)
Luiz Carlos Hauly Nelson Otoch 3° Vice-Presidente: Edmar Moreira (PPB)
Marcus Vicente Sérgio Reis
Titulares Suplentes PT
Avenzoar Arruda Fernando Ferro
Bloco (PSDB, PTB) João Paulo Geraldo Magela
Professor Luzinho Maria do Carmo Lara
Antônio Jorge Edir Oliveira
Bonifácio de Andrada Luiz Ribeiro
Feu Rosa Osmânio Pereira PPB
João Castelo Sebastião Madeira
Udia Quinan Sérgio Reis Almerinda de Carvalho Antonio Joaquim Araújo
Márcio Matos Veda Crusius Edmar Moreira 2 vagas
Vicente Arruda 2 vagas Pastor Amarildo
Zulaiê Cobra
Bloco (P5B. pedoB)
Bloco (PFL, PST)
Agnelo Queiroz Haroldo Lima
Gerson Gabrielli Celcita Pinheiro Luiza Erundina Sérgio Novais
Jaime Martins Costa Ferreira
José Thomaz Nonô Gervásio Silva Bloco (PDT, PPS)
Ney Lopes Ildefonço Cordeiro
Pedro Bittencourt Luiz Durão Pompeo de Mattos Fernando Coruja
Rodrigo Maia Zezé Perrella Ricardo Ferraço Regis Cavalcante

PMDB Bloco (PL. PSL)

Armando Monteiro Anfbel Gomes Lincoln Portela Eujácio Simões


Benito Gama Jorge Pinheiro
Gastão Vieira Jurandil Juarez Secretária: Cláudia Braga T. De Almeida
João Colaço Laire Rosado Local: Anexo 11, Térreo, Ala, sala T-40
João Magalhães Teté Bezerra Telefone: 318-7958
Silas Brasileiro 1 vaga
COMISSÕES TEMPORÁRIAS

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A Salomão Gurgel Neiva Moreira

PROFERIR PARECER À PROPOSTA DE


Bloco (Pl, P5l)
EMENDA À CONSTITUiÇÃO N° 53,
Eujácio Simões Ronaldo Vasconcelio
DE 1999, QUE "ALTERA O INCISO V DO ART.
163 E O ART. 192 DA CONSTITUiÇÃO
PV
FEDERAL, E O CAPUTDO ART. 52
Milton Temer (PT) Weliington Dias (PT)
DO ATO DAS DISPOSiÇÕES
CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS" Secretária: Maria Terezinha Donatí
Local: Servo Comissões Especiais, Anexo 11, Sala 165-B
Proposição: PEC n° 53/99 Autor: Senado Federal Telefone: 318-8783 Fax: 318-2140
Presidente: Max Rosenmann (PSDB)
1° Vice-Presidente:
COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A
2° Vice-Presidente: Ricardo Berzoini (PT) PROFERIR PARECER À PROPOSTA DE
3° Vice-Presidente: Enivaldo Ribeiro (PPB) EMENDA À CONSTITUiÇÃO, N° 76-A, DE 1999,
Relator: Rubem Medina (PFL)
QUE "INCLUI ARTIGO NO ATO DAS
Titulares Suplentes
DISPOSiÇÕES CONSTITUCIONAIS
Bloco (P50B, PTB)
TRANSITÓRIAS" - RECURSOS DA CIÊNCIA E
TECNOLOGIA PARA AS REGIÕES NORTE,
Antônio Kandir Adolfo Marinho
Danilo de Castro Antonio Cambraia NORDESTE E CENTRO-OESTE
Edir Oliveira Felix Mendonça Proposição: PEC 0076/99 Autor: Ubiratan Aguiar
Manoel Salviano Jovair Arantes e Outros
Max Rosenmann Luiz Carlos Hauly Presidente: Rommel Feijó (PSDB)
Murilo Domingos Nilo Coelho 1° Vice-Presidente: Luciano Castro (PFL)
Narcio Rodrigues Xico Graziano 2° Vice-Presidente: Babá (PT)
Veda Crusius Zila Bezerra 3° Vice-Presidente: Salomão Cruz (PPB)
Relator: Laire Rosado (PMDB)
Bloco (PFL, P5T) Titulares 5uplentes
Gerson Gabrielli Adauto Pereira
Marcos Cintra Chico Sardelii Bloco (P50B, PTB)
Paes Landim Francisco Coelho
Pedro Bittencourt Jairo Carneiro Adolfo Marinho Anivaldo Vale
Raimundo Santos Pedro Irujo Antônio Jorge Eduardo Seabra
Rubem Medina 1 vaga B.Sá Fátima Pelaes
Carlos Batata Jovair Arantes
Manoel Salviano Juquinha
PMOB Maria Abadia (Licenciada) Zenaldo Coutinho
Armando Monteiro Antônio do Valie Marisa Serrano 2 vagas
Benito Gama Coriolano Sales Rommel Feijó
Edinho Bez Euler Morais
João Mendes Nelson Proença Bloco (PMOB, P5T, PTN)
Paulo Lima Pedro Chaves
Pedro Novais Salatiel Carvalho Ana Catarina Pedro Chaves
Anfbal Gomes 6 vagas
Antonio Feijão (PSDB)
PT Armando Monteiro
Aloisio Mercadante Geraldo Magela Damião Feliciano
Orlando Desconsi João Coser Laire Rosado
Ricardo Berzoini José Pimentel Luiz Bíltencourt

PPB PFL

Delfim Netto Eliseu Moura Carlos Alberto Rosado César Bandeira


Enivaldo Ribeiro Herculano Anghinetti Celcita Pinheiro Francisco Coelho
Felter Júnior João Pizzolatli Francisco Garcia Gerson Gabrielli
IIdefonço Cordeiro José Thomaz NonO
Bloco (P5B, pedoB) José Mendonça Bezerra Luiz Durão
Agnelo Queiroz 2 vagas Luciano Castro Ronaldo Caiado
Alexandre Cardoso Osvaldo Coelho Vilmar Rocha

Bloco (POT, PP5) PT


Pedro Eugênio Emerson Kapaz Avenzoar Arruda Jorge Biltar
Babá 3 vagas Kátia Abreu Sérgio Barcellos
José Pimentel Paulo Braga 2 vagas
1 vaga Ronaldo Caiado
PMDB
PPB Confúcio Moura 6 vagas
João Colaço
Cleonânio Fonseca Roberto Balestra José índio
Salomão Cruz Yvonilton Gonçalves (PFL) Moacir Micheletto
Wigberto Tartuce 1 vaga Roland Lavigne
Silas Brasileiro
PDT
Enio Bacci Serafim Venzon PT
3 vagas 3 vagas
Bloco (PSB, PCdoB)
Inácio Arruda Sérgio Novais

PPB
Bloco (PL, PSL)
Dilceu Sperafico Eliseu Moura
Eujácio Simões Almeida de Jesus (Licenciado) Salomão Cruz João Tola
Vadão Gomes 1 vaga
PPS
Agnaldo Muniz João Hermann Neto Bloco (PSB. PCdoB)
Agnelo Queiroz 2 vagas
PV Ezrdio Pinheiro

Clementino Coelho (PPS) Pedro Eugênio (PPS)


Bloco (PDT, PPS)
Secretária: Angélica Maria Landim Fialho Aguiar
Agnaldo Muniz Márcio Bittar
Local: Anexo 11 - Pavimento Superior - Sala 165-B 1 vaga
Airton Dipp
Telefone: 318-8790 Fax: 318-2140

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A Bloco (PL. PSL)


APRECIAR E PROFERIR PARECER AO Eujácio Simões Bispo Rodrigues
PROJETO DE lEI COMPLEMENTAR N° 167, DE
2000, QUE "INSTITUI O NOVO ESTATUTO DA PHS
TERRA, QUE DISPÕE SOBRE A POlíTICA Hugo Biehl (PPB) 1 vaga
FUNDIÁRIA E AGRíCOLA, E DÁ OUTRAS Secretária: Fátima Moreira
Local: Anexo 11, Pavimento Superior, Sala 165·B
PROVIDÊNCIAS" Telefone: 318-7060 Fax: 318-2140
Proposição: PLP 167/00 Autor: Xico Graziano
Presidente: Carlos Batata (PSDB) COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A
1° Vice-Presidente: Silas Brasileiro (PMDB) PROFERIR PARECER À PROPOSTA DE
2° Vice-Presidente:
3° Vice-Presidente: Salomão Cruz (PPB)
EMENDA À CONSTITUiÇÃO N° 222-A, DE 2000,
Relator: Kátia Abreu (PFL) QUE "DÁ NOVA REDAÇÃO AO ART. 145,11,
Titulares Suplentes E § 20 DA CONSTITUiÇÃO FEDERAL"
(ILUMINAÇÃO PÚBLICA)
Bloco (PSDB, PTB) Proposição: PEC nO 222/00 Autor·. Juquinha e outros
Anivaldo Vale Carlos Dunga Presidente: Gervásio Silva (PFL)
Antônio Jorge Chiquinho Feitosa 1° Vice-Presidente: Luiz Ribeiro (PSDB)
Carlos Batata Luiz Carlos Hauly 2° Vice-Presidente: Padre Roque (PT)
Paulo Mourão Luiz Piauhylino 3° Vice-Presidente: Eni Voltolini (PPB)
Sérgio Barros Saulo Pedrosa Relator: Osmar Serraglio (PMDB)
Welinton Fagundes Sérgio Reis Titulares Suplentes
Xico Graziano 2 vagas
Zila Bezerra
Bloco (PSDB, PTB)

Bloco (PFL, PST) Antônio Jorge Jovair Arantes


Juquinha Saulo Coelho
Abelardo Lupion Celcita Pinheiro Luiz Carlos Hauly Sérgio Carvalho
Francisco Coelho Luis Barbosa Luiz Piauhylino 5 vagas
Jaime Fernandes Reginaldo Germano Luiz Ribeiro
Márcio Matos Proposição: PEC 254/00 Autor: Senador Federal e
Paulo Feijó Outros
Sérgio Barros Presidente: Pedro Chaves (PMDB)
1° Vice-Presidente: Jaime Fernandes (PFL)
Bloco (PFL, PST)
2° Vice-Presidente: Avenzoar Arruda (PT)
Cleuber Carneiro Costa Ferreira
3° Vice-Presidente: Pastor Amarildo (PPB)
Gervásio Silva Expedito Júnior Relator: João Castelo (PSDB)
Gilberto Kassab Neuto Lima Titulares Suplentes
Ivanio Guerra Osvaldo Coelho
Santos Filho Pedro Bitlencourt
Werner Wanderer Pedro Irujo Bloco (PSOB, PTB)
PMOB Antônio Jorge João Leão (PPB)
Anfbal Gomes Norberto Teixeira B.Sá Uno Rossi
Damião Feliciano 5 vagas Chiquinho Feitosa Ricardo Rique
Edison Andrino João Castelo Ricarte de Freitas
Marcelo Teixeira José Teles 4 vagas
Osmar Serraglio Murilo Domingos
Roland Lavigne Nilo Coelho
Paulo Mourão
PT
Bloco (PFL, PST)
Fernando Ferro Henrique Fontana
Luciano Zica Jorge Bitlar Ariston Andrade Cleuber Carneiro
Padre Roque Luiz Sérgio Darci Coelho Costa Ferreira
Jaime Fernandes Jairo Carneiro
Osvaldo Coelho Kátia Abreu
PPB
Ronaldo Caiado Paes Landim
Dilceu Sperafico Hugo Biehl Wilson Braga Vil mar Rocha
Eni Voltolini Salomão Cruz
Márcio Reinaldo Moreira 1 vaga PMOB
Marcelo Castro Euler Morais
Bloco (PSB, PCdoB)
Murilio Ferreira Lima Igor Avelino
José Antonio Almeida Gonzaga Patriota Osvaldo Reis Jonival Lucas Júnior
Tânia Soares 1 vaga Pedro Chaves Múcio Sá (PTB)
Teté Bezerra 2 vagas
1 vaga
Bloco (POT, PPS)
Airton Dipp João Sampaio PT
João Herrmann Neto 1 vaga
Avenzoar Arruda Fernando Ferro
João Grandão José Pimentel
Bloco (PL, P8L) Wellington Dias Manoel Vitório
Ronaldo Vasconcellos José Aleksandro
PPB
PTN Enivaldo Ribeiro Eliseu Moura
José de Abreu 1 vaga Pastor Amarildo Iberê Ferreira (PTB)
Roberto Balestra Mário Reinaldo Moreira
Secretário: Mário Dráusio Coutinho
Local: Anexo 11, Pavimento Superior, sala 165-B
Bloco (POT, PPS)
Telefone: 318-7058 Fax: 318-2140
Clementino Coelho Regis Cavalcante
COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A Neiva Moreira Wolney Queiroz
PROFERIR PARECER À PROPOSTA DE Bloco (P8B, PCdoB)
EMENDA À CONSTITUiÇÃO N° 254-A, DE 2000, Gonzaga Patriota 2 vagas
Sérgio Novais
DO PODER EXECUTIVO, QUE "ALTERA O ART.
42 DO ATO DAS DISPOSiÇÕES Bloco (PL, P8L)
CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS,
Eujácio Simões Marcos de Jesus
PRORROGANDO, POR DEZ ANOS, A
APLICAÇÃO, POR PARTE DA UNIÃO, DE PHS
Pauderney Avelino (PFL) 1 vaga
PERCENTUAIS MíNIMOS DO TOTAL DOS
RECURSOS DESTINADOS À IRRIGAÇÃO NAS Secretário: Estevam dos Santos Silva
Local: Serviço Comissões Especiais - Anexo 11- Sala 165-B
REGiÕES CENTRO-OESTE E NORDESTE" Telefone: 318-7064/318-7060 Fax: 318-2140
COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A Eurfpedes Miranda Giovanni Queiroz

"ACRESCENTAR O ART. 79 AO ATO DAS


Bloco (PL. PSL)
DISPOSiÇÕES CONSTITUCIONAIS
TRANSITÓRIAS, INCORPORANDO OS Oscar Andrade Robério Araújo

POLICIAIS MILITARES DO EXTINTO


PTN
TERRITÓRIO FEDERAL DE RONDÔNIA
AOS QUADROS DA UNIÃO" José de Abreu 1 vaga

Proposição: PEC na 289/00 Autor: Poder Executivo Secretária: Maria Terezinha Donati
Local: Anexo 11, Pavimento Superior, sala 165-B
Presidente: Expedito Júnior (PSDB) Telefone: 318-8783 Fax: 318-2140
1° Vice-Presidente: Marinha Raupp (PMDB)
2° Vice-Presidente: Nilson Mourão (PT) COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A
3° Vice-Presidente: Salomão Cruz (PPB) PROFERIR PARECER À PROPOSTA DE
Relator: Luciano Castro (PFL)
EMENDA À CONSTITUiÇÃO N° 30S-A, DE 1996,
Titulares Suplentes
QUE "DÁ NOVA REDAÇÃO AO PARÁGRAFO
20 DO ART. 17 DA CONSTITUiÇÃO FEDERAL"
Bloco (PSDB, PTB)
(ACUMULAÇÃO DE EMPREGO PÚBLICO)
Badu Picanço Antonio Feijão
Eduardo Seabra Candinho Mattos Proposição: PEC 308-Al96 Autor: Jandira Feghali
Expedito Júnior Itamar Serpa e Outros
Fátima Pelaes Josué Bengtson Presidente: Claudio Cajado (PFL)
Juquinha Nicias Ribeiro 1° Vice-Presidente: Luiz Dantas (PST)
Sérgio Barros Osmãnio Pereira 2° Vice-Presidente: Dr. Rosinha (PT)
Sérgio Carvalho Renildo Leal 3° Vice-Presidente Almir Sá (PPB)
Zila Bezerra Saulo Coelho Relator: José Teles (PSDB)
Titulares Suplentes
Bloco (PFL. P5T)
Bloco (PSOB, PTB)
Darci Coelho Aldir Cabral
Francisco Rodrigues Celcita Pinheiro Antônio Jorge Antonio Carlos Pannunzio
IIdefonço Cordeiro Francisco Garcia Dr. Helena Raimundo Gomes de Matos
Luciano Castro João Ribeiro (Licenciado) Eduardo Seabra Rommel Feijó
Luis Barbosa Pauderney Avelino Fátima Pelaes 5 vagas
Moroni Torgan Sérgio Barcellos José Teles
Ricardo Rique
PMDB 2 vagas

Alceste Almeida Alberto Fraga


Bloco (PMOB, PST. PTN)
Asdrubal Bentes 5 vagas
lédio Rosa 6 vagas
Confúcio Moura
Laire Rosado
Elcione Barbalho
Luiz Dantas
Jurandil Juarez
Pedro Irujo (PFL)
Marinha Raupp
Remi Trinta
1 vaga
PT
PFL
Babá 3 vagas Átila Lins Almerinda de Carvalho
Marcos Afonso Claudio Cajado Moroni Torgan
Nilson Mourão Jairo Carneiro Ney Lopes
José Múcio Monteiro Robson Tuma
Luciano Castro Wilson Braga
PPB
Mário Assad Júnior 1 vaga
Edmar Moreira Roberto Bale~tra
Jair Bolsonaro 2 vagas PT
Salomão Cruz
Avenzoar Arruda Agnelo Queiroz (PC do B)
Bloco (PSB, PCdoB) Dr. Rosinha 3 vagas
Manoel Vitório
Evandro Milhomen 2 vagas Vanessa Grazziolin ( PC do B)
Gonzaga Patriota
PPB
Bloco (POT. PPS)
Almir Sá Herculano Anghinetti
Agnaldo Muniz Airton Cascavel Antonio Joaquim Araújo Hugo Biehl
1 vaga 1 vaga José Carlos Coutinho Paulo Braga
Paulo Marinho Paulo Gouvêa
Vilmar Rocha Pedro Fernandes
POT
João Sampaio Olimpio Pires PT
Bloco (PSB, PCdoB) Carlito Merss João Paulo
Jandira Feghali 1 vaga Geraldo Magela 3 vagas
Waldir Pires
Bloco (PL, PSL) 1 vaga

Philemon Rodrigues José Aleksandro


PPB

PPS Eni Voltolini Dr. Benedito Dias


Luiz Fernando Edmar Moreira
Agnaldo Muniz 1 vaga Nelson Meurer 1 vaga

PHS POT
Djalma Paes 1 vaga José Roberto Batochio Fernando Coruja
Secretário (a): José Maria Aguiar de Castro
Local: Anexo 11 - Pavimento Superior - Sala 165-B Bloco (PSB, PCdoB)
Telefone: 318-8428/318-7052 Fax: 318-2140
José Antonio Almeida 1 vaga
COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A
PROFERIR PARECER À PROPOSTA DE Bloco (PL, PSL)
EMENDA À CONSTITUiÇÃO W 281-A, DE 2000, Marcos Cintra (PFL) Eujácio Simões
QUE "DÁ NOVA REDAÇÃO AO INCISO I
DO § 1° DO ART. 73 DA CONSTITUiÇÃO PPS
FEDERAL" (ALTERA CRITÉRIO DE Agnaldo Muniz Regis Cavalcante
NOMEAÇÃO DE MINISTRO DO TCU)
PHS
Proposição: PEC 281/00 Autor: Senado Federal
Ibrahim Abi-Ackel (PPB) 1 vaga
Presidente: Aédio Rosa (PMOB)
1° Vice-Presidente: Augusto Franco (PSDB) Secretário: Valdivino Tolentino Filho
2° Vice-Presidente: Waldir Pires (PT) Local: Anexo 11, Pavimento Superior, Sala 165-B
3° Vice-Presidente: Átila Uns (PFL) Telefone: 318-7063 Fax: 318-2140
Relator: Nelson Meurer (PPB)
Titulares Suplentes
COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A
PROFERIR PARECER À PROPOSTA DE
Bloco (PSOB, PTB) EMENDA CONSTITUCIONAL N° 618, DE 1998
Augusto Franco Adolfo Marinho QUE "ACRESCE INCISO AO ART. 20 DA
Bonifácio de Andrada Fernando Gonçalves CONSTITUiÇÃO FEDERAL" (INCLUI ENTRE OS
Inaldo Leitão Feu Rosa
João Castelo Jovair Arantes
BENS DA UNIÃO O PATRIMÔNIO GENÉTICO)
José Carlos Martinez Luiz Antonio Fleury Proposição: PEC 618/98 Autor: Poder Executivo
Lúcia Vânia Sampoio Oória Presidente: Gerson Gabrielli (PFL)
Maria Abadia (Licenciada) Sérgio Guerra
Roberto Jefferson 1 vaga 1° Vice-Presidente: Francistônio Pinto (PFl)
2° Vice-Presidente:
3° Vice-Presidente: Dilceu Sperafico (PPB)
Bloco (PMOB, PST, PTN)
Relator: Ricarte de Freitas (PSDB)
lédio Rosa Cezar Schirmer Titulares Suplentes
Mauro Benevides Laire Rosado
Osmar Serraglio 4 vagas
Pinheiro Landim Bloco (PSOB, PTB)
Renato Vianna
B.Sá Félix Mendonça
Ricardo Izar Fernando Gonçalves Feu Rosa
Odflio Balbinolti Léo Alcântara
PFL Max Mauro Rafael Guerra
Ricarte de Freitas Renildo Leal
Átila Lins Cleuber Carneiro Saulo Pedrosa 3 vagas
Chico Sardelli Kátia Abreu Sebastião Madeira
Jairo Carneiro Lael Varella Xico Graziano
Bloco (PMOB, PST, PTN) Titulares Suplentes

Carlos Dunga Elcione Barbalho


Francistônio Pinto (PFL) Moacir Micheletto PFL
Glycon Terra Pinto 5 vagas
Luiz Bittencourt Eliseu Resende Carlos Alberto Rosado
Remi Trinta Jorge Khoury Cleuber Carneiro
Saraiva Felipe Moreira Ferreira Deusdeth Pantoja
1 vaga Mussa Demes João Carlos Bacelar
PFL Paulo Magalhães José Carlos Aleluia
Claudio Cajado Gervásio Silva Pedro Fernandes Pauderney Avelino
Euler Ribeiro José Carlos Coutinho Roberto Brant (Licenciado) Pedro Pedrossían
Francisco Rodrigues José Mendonça Bezerra Ronaldo Caiado Wilson Braga
Gerson Gabrielli Luis Barbosa
Moreira Ferreira Milton Barbosa
Sérgio Barcellos Paulo Marinho PMDB
1 vaga Zezé Perrella
pr Antônio do Valle Barbosa Neto
Armando Monteiro Edinho Bez
Adão Pretto João Grandão
Germano Rigotto Gastão Vieira
Fernando Ferro Marcos Afonso
José Priante José Chaves
Luiz Sérgio 2 vagas
Lu iz BiUencourt Waldemir Moka
Padre Roque
Paulo Lima 2 vagas
1 vaga
PPB
Cleonâncio Fonseca Augusto Nardes PSOB
Dilceu Sperafico Jonival Lucas Júnior (PMDB)
Antonio Kandir Alberto Goldman
Hugo Biehl 1 vaga
José Militão Anivaldo Vale
Lúcia Vânia Antonio Cambraia
POT Luiz Carlos Hauly Basflio Villani
Mareio Fortes Inaldo Leitão
Pompeo de Mattos Fernando Coruja Nilo Coelho Manoel Salviano
Ricardo Ferraço Silvio Torres
Bloco (PSB, PCdoB)
Vanessa Grazziotin 1 vaga PT
Mílton Temer Avenzoar Arruda
Bloco (PL, PSL) Ricardo Berzoiní Henrique Fontana
2 vagas Virgflio Guimarães
Paulo José Gouvêa Pastor Valdeci Paiva 1 vaga
PPB
PPS Fetler Júnior Eliseu Moura
Ayrton Xerêz (Licenciado) Fernando Gabeira (PV) João Pizzolatli Enivaldo Ribeiro
Romel Anizio Gerson Peres
Sampaio Dória (PSDB) 1 vaga
PHS
prB
Walfrido Mares Guia (PTB) 1 vaga
Félix Mendonça Eduardo Paes (Licenciado)
Secretária: Edla Calheiros Bispo Walfrido Mares Guia 1 vaga
Local: Anexo 11 - Sala 165-8
Telefone: 318-7062 / 318-7061 Fax: 318-2140 por
COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A Eurlpedes Miranda Enio Bacci
lvaga Fernando Zuppo
APRECIAR E PROFERIR PARECER À
PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUiÇÃO Bloco (PSB, PCdoB)
N° 175, DE 1995, QUE "ALTERA O CAPíTULO
Eduardo Campos Sérgio Miranda
DO SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL"
Proposição: PEC 175195 Autor: Poder Executivo Bloco (PL, PST, PMN, PSO, PSL)
Presidente: Germano Rigotto (PMDB)
1° Vice-Presidente: Antonio Kandir (PSDB) Eujácio Simões Ronaldo Vasconcellos (S. Part.)
2° Vice-Presidente: Secretária: Angélica Maria Landim Fialho de Aguiar
3° Vice-Presidente: Romel Anizio (PPB) Local: Serviço de Comissões EspeciaiS, Anexo 11, Sala 165-B
Relator: Mussa Demes (PFL) Telefone: 318-8437 / 8418 Fax: 318-8418
COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO Titulares Suplentes

DESTINADA A INVESTIGAR A OCUPAÇÃO DE


Bloco (PSDB, PTB)
TERRAS PÚBLICAS NA REGIÃO AMAZÔNICA
AJex Canziani Basilio Villani
Proposição: RCP 2/99 Autor: Sérgio Carvalho e Outros Alexandre Santos Fernando Gonçalves
Iris Simões Juquinha
Presidente: Luciano Castro (PFL)
Léo Alcântara Pedro Canedo
1° Vice-Presidente: Alceste Almeida (PMDB)
Max Rosenmann Raimundo Gomes de Matos
2° Vice-Presidente: Nilson Mourão (PT) Silvio Torres Veda Crusius
3° Vice-Presidente: Almir Sá (PPB)
Relator: Sérgio Carvalho (PSDB) Bloco (PMDB, PST. PTN)
Darcfsio Perondi Antônio do Valle
Titulares Suplentes Geovan Freitas João Magalhães
Bloco (PSOB. PTB) Jurandil Juarez Jorge Pinheiro
Josué Bengtson Badu Picanço Nelo Rodolfo José Borba
Nilson Pinto (Licenciado) Bonifácio de Andrada Ricardo Izar Pedro Chaves
Sérgio Barros Max Rosenmann Ricardo Izar
Sérgio Carvalho Nicias Ribeiro
PFL
Bloco (PMOB, PST, PTN) Corauci Sobrinho IIdefonço Cordeiro
Alceste Almeida Jorge Costa (PT) Jaime Martins Luis Barbosa
Confúcio Moura Osvaldo Reis José Mendonça Bezerra Roberto Pessoa
Asdrubal Bentes 1 vaga José Rocha Ronaldo Vasconcellos (PL)
José Múcio Monteiro Chico Sardelli

PFL
PT
Airton Cascavel (PPS) Expedito Júnior
Átila Lins Oscar Andrade Arlindo Chinaglia (Licenciado) Geraldo Magela
Luciano Castro Sérgio Barcellos Dr. Rosinha José Genolno
Pedro Celso Tânia Soares (PCdoB)

PT
PPB
Babá 2 vagas
Nilson Mourão Eurico Miranda Herculano Anghinetli
José Janene José Janene
PPB
Almir Sá João Tota
Luiz Fernando Salomão Cruz POT
Olimpio Pires João Sampaio
POT
Giovanni Queiroz Eurfpedes Miranda Bloco (PSB, pedoB)

Bloco (PSB, PCdoB) Aldo Rebelo Eduardo Campos


Evandro Milhomen Vanessa Grazziotin
Bloco (PL. PSL) Bloco (PL, PSL)
Robério Araújo José Aleksandro Luciano Bivar Pastor Valdeci Paiva
PHS
Renildo Leal (PTB) Francisco Rodrigues (PFL)
PPS
Secretário: Erles Janner Costa Gorini
Local: Serviço de CPI, Anexo 11, sala 151-B Rubens Furlan Regis Cavalcante
Telefone: 318-7067/318-7055
Secretário: Marcos Figueira
COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO Local: Anexo 11- Sala 151-B
Telefones: 318-8430/7064/7055
DESTINADA A APURAR A REGULARIDADE
DO CONTRATO CELEBRADO ENTRE COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO
A CBF E A NIKE DESTINADA A "INVESTIGAR VÁRIAS
Proposição: RCP 3/99 Autor: Aldo Rebelo e Outros IRREGULARIDADES PRATICADAS DURANTE A
VIGÊNCIA DO REGIME DE ADMINISTRAÇÃO
Presidente: Aldo Rebelo (PcdoS)
1° Vice-Presidente: Nelo Rodollo (PMDB) ESPECIAL TEMPORÁRIA (RAET) NO BANESPA
2° Vice-Presidente: Pedro Celso (PT) - BANCO DO ESTADO DE SÃO PAULO S.A."
3° Vice-Presidente: Eurico Miranda (PPB) Proposição: RCP 5/99 Autor: Deputado Luiz Antonio
Relator: Silvio Torres (PSDB) Fleury e Outros
Titulares Suplentes 1° Vice-Presidente: Francisco Garcia (PFL)
2° Vice-Presidente: João Coser (PT)
3° Vice-Presidente: Augusto Nardes (PPB)
Bloco (PSDB, PTB)
Relator: Anivaldo Vale (PSDB)
Anivaldo Vale Clovis Volpi
Danilo de Castro Léo Alcântara Bloco (PSDB, PTB)
Luiz Antonio Fleury Veda Crusius
Salvador Zimbaldi 1 vaga Augusto Franco Augusto Franco
Anivaldo Vale Clovis Volpi
Nelson Otoch Eduardo Seabra
Bloco (PFL, PST)
Sérgio Reis Ronaldo Cezar Coelho
Chico Sardelli Marcos Cintra Bloco (PFL, PST)
Corauci Sobrinho Neuton Lima Carlos Alberto Rosado Cleuber Carneiro
Robson Tuma 1 vaga Francisco Garcia Luciano Pizzatto
Roberto Pessoa Luiz Moreira
PMDB
PMDB
José Lourenço João Eduardo Dado Damião Feliciano João Henrique
Lamartine Posella 2 vagas João Matos 2 vagas
Marcelo Barbieri Norberto Teixeira

PT PT

Iara Bernardi José Pimentel João Coser Avenzoar Arruda


Ricardo Berzoini Teima de Souza José Pimentel Waldomiro Barancelli Fioravante

PPB PPB

Celso Russomanno 2 vagas Augusto Nardes José Janene


Cunha Bueno Luiz Fernando Simão Sessim

Bloco (PSB, PCdoB)


Bloco (PSB, PCdoB)
Kincas Mattos 1 vaga
Paulo Baltazar Djalma Paes

Bloco (PDT, PPS)

DI. Hélio João Herrmann Neto Bloco (PDT, PPS)

Regis Cavalcante Pompeo de Mattos


Bloco (PL, PSL)
Bispo Wanderval De Velasco
Bloco (PL, PSL)
PTN Magno Malta Lincoln Portela
José de Abreu 1 vaga

Secretário: Francisco de Assis Diniz PV


Local: Anexo 11, sala 151-B
Telefone: 318-8436 Fax: 318-2182 Geraldo Magela (PT) Tânia Soares (PCdoB))

COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO Secretário: Regina Maria Veiga Brandão


Local: Anexo 11, Sala 151-B
DESTINADA A "INVESTIGAR AS POSSíVEIS Telefone: 318-8786 Fax: 318-2182
IRREGULARIDADES ATENTATÓRIAS AOS
PRINCípIOS CONSTITUCIONAIS DA COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO DESTINADA A
LEGALIDADE, DA MORALIDADE "APURAR AS ATIVIDADES, RELAÇÕES E ENVOLVIMENTO
DO SR. JOSÉ AFONSO ASSUMPÇÃO E DO EMBAIXADOR
ADMINISTRATIVA E DA ECONOMICIDADE,
JÚLIO CÉSAR GOMES DOS SANTOS NO EXERCíCIO DE
NAS OBRAS INICIADAS E NÃO CONCLUíDAS ADVOCACIA ADMINISTRATIVA, TRÁFICO DE
E NOS BENS IMÓVEIS QUE NÃO INFLUÊNCIAS, OFERECIMENTO DE PROPINAS
ESTÃO SENDO UTILIZADOS, (CORRUPÇÃO ATIVA) E ESPECIALMENTE TODAS AS
DENÚNCIAS REFERENTES AO PROJETO SIVAM -
OU UTILIZADOS INADEQUADAMENTE,
SISTEMA DE VIGILÃNCIA DA AMAZÔNIA
PELA ADMINISTRAÇÃO FEDERAL"
Proposição: RCP 23/96 Autor: Deputado Arlindo Chinaglia
Proposição: RCP 15/95 Autor: Augusto Nardes e outros e Outros
Presidente: Damião Feliciano (PMDB)
Presidente: Gilberto Kassab (PFL) Titulares Suplentes
1° Vice-Presidente: Luiz Piauhylino (PSDB)
2° Vice-Presidente: Marcos Afonso (PT)
3° Vice-Presidente: João Tota (PPB) Bloco (PSOB, PTB)
Relator: Confúcio Moura (PMDB)
Bonifácio de Andrada André Benassi
Titulares Suplentes
Custódio Matlos Anivaldo Vale
Eduardo Seabra Dino Fernandes
Bloco (PSOB, PlB) João Almeida Fernandes Gonçalves
Josué Bengston Júlio Semeghini
Antonio Feijão Armando Abllio Marisa Serrano Maria Abadia (Licenciada)
Luiz Piauhylino Badu Picanço Pedro Canedo Roberto Jefferson
Márcio Fortes Sérgio Barros Rommel Feijó Sebastião Madeira
Silas Câmara Sérgio Carvalho Salvador Zimbaldi Vicente Caropreso
Zenaldo Coutinho Zila Bezerra Xico Graziano Zulaiê Cobra

Bloco (PFL, PST)


Bloco (PFL, PST)
Aldir Cabral Ivânio Guerra
Darci Coelho Luiz Moreira Affonso Camargo Aldir Cabral
Francisco Rodrigues Mauro Fecury Aracely de Paula José Rocha
Gilberto Kassab Sérgio Barcellos Cláudio Cajado Mário Assad Júnior
Jairo Carneiro Yvonilton Gonçalves Corauci Sobrinho Neuton Lima
Gilberto Kassab Reginaldo Germano
PMOB Paulo Octávio Vic Pires Franco
Rubem Medina 2 vagas
Confúcio Moura Alceste Almeida Vilmar Rocha
Eunfcio Oliveira 3 vagas
Jurandil Juarez
Marinha Raupp PMOB

Pl Coriolano Sales Gastão Vieira


João Colaço Jorge Pinheiro
Luiz Eduardo Greenhalgh João Paulo Jorge Alberto Laire Rosado
Marcos Afonso Nilson Mourão Jorge Wilson Mário de Oliveira
Mendes Ribeiro Filho Osmar Serraglio
PPB Nair Xavier Lobo Paulo Lima
Olavo Calheiros 2 vagas
João Tota Jair Bolsonaro 1 vaga
Luiz Fernando Salomão Cruz

Bloco (PSB, PCdoB) Pl

Evandro Milhomen 1 vaga João Paulo Dr. Rosinha


José Dirceu Geraldo Magela
Bloco (POl, PPS) Milton Temer José Genolno
Nilmário Miranda Virgflio Guimarães
Márcio Bitlar Neiva Moreira

Bloco (PL, PSl) PPB

Ronaldo Vasconcellos José Aleksandro Antonio Joaquim Araújo Nelson Meurer


Gerson Peres Simão Sessim
Romel Anizio 2 vagas
PHS
Wagner Salustiano
Pompeo de Matlos (PDT) 1 vaga
Secretário: Silvio Sousa da Silva
Local: Anexo 11, sala 151-B Bloco (PSB, PCdoB)
Telefone: 318-7061 Fax: 318-2182
Haroldo Lima Aldo Rebelo
COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA AO José Antonio Almeida Alexandre Cardoso
ESTUDO DAS REFORMA POLíTICAS
Presidente: Olavo Calheiros (PMDB) Bloco (POl, PPS)
1° Vice-Presidente: Gilberto Kassab (PFL)
2° Vice-Presidente: João Paulo (PT) João Sampaio Dr. Hélio
3° Vice-Presidente: Romel Anfzio (PPB) Márcio Bitlar Rubens Bueno
Relator: João Almeida (PSDB)
Bloco (PL. PSL) PT

Bispo Rodrigues Bispo Wanderval Or. Rosinha Regis Cavalcante (PPS)


Ronaldo Vasconcellos Lincoln Portela Gilmar Machado 3 vagas
Pedro Celso
Walter Pinheiro
PHS

Roberto Argenta Régis Cavalcante (PPS) PPB


Secretário: Valdivino Tolentino Filho
Local: Anexo 11, Pavimento Superior, Sala 165-B Antonio Joaquim Araújo José Janene
Telefone: 318-7063 Fax: 318-2140 Oliveira Filho (PSOB) Robério Araújo (PL)
Wagner Salustiano 1 vaga
COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A
PROFERIR PARECER À PROPOSTA DE
PTB
EMENDA ÀCONSTITUIÇÃO N° 203, DE 1995,
QUE "DÁ NOVA REDAÇÃO AO § 1° DO ART. José Carlos Martinez Iris Simões
1 vaga Murilo Domingos
222 DA CONSTITUiÇÃO FEDERAL,
SUPRIMINDO-SE O § 2° DO REFERIDO POI
ARTIGO, QUE TRATA DA PROPRIEDADE DE
Neiva Moreira Agnaldo Muniz (PPS)
EMPRESAS JORNALíSTICAS E DE
RADIODIFUSÃO SONORA E DE SONS E Bloco (PSB, PCdoB)
IMAGENS", E À PROPOSTA DE EMENDA À
Clementino Coelho (PPS) Jandira Feghali
CONSTITUiÇÃO N° 455, DE 1997, "QUE DÁ
NOVA REDAÇÃO AO ART. 222 DA Bloco (PL, PST, PMN, PSD, PSL)
CONSTITUiÇÃO FEDERAL", Bispo Rodrigues Bispo Wanderval
APENSADA ÀQUELA
Secretário: Valdivino Tolentino Filho
Proposição: PEC 203/95 Autor: laprovitaVieira e Outros
Local: Serviço de Comissões Especiais, Anexo 11, Sala 165-B
Presidente: Ayrton Xerêz (PPS) (Licenciado)
Telefone: 318-7063
1 ° Vice-Presidente: Arolde de Oliveira (PFL)
2° Vice-Presidente: Walter Pinheiro (PT) COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A
3° Vice-Presidente: Wagner Salustiano (PPB)
ELABORAR ANTEPROJETO COM VISTAS À
Relator: Henrique Eduardo Alves (PMOB)
Titulares Suplentes
REFORMA DO REGIMENTO INTERNO DA
CÂMARA DOS DEPUTADOS
PFL Proposição: Autor: Presidente
Presidente: De Velasco (PSL)
Arolde de Oliveira José Mendonça Bezerra
1° Vice-Presidente:
Euler Ribeiro Lavoisier Maia
Francisco Garcia Luciano Pizzatto 2° Vice-Presidente: Professor Luizinho (PT)
Joel de Hollanda Pedro Pedrossian 3° Vice-Presidente: Arnaldo Faria de Sá (PPB)
Santos Filho Ronaldo Caiado Relator:
Vic Pires Franco Sérgio Barcellos Titulares Suplentes
José Carlos Fonseca Jr. 1 vaga
PFL
Cesar Bandeira Aracely de Paula
PMOB Claudio Cajado Celcita Pinheiro
Heráclito Fortes Luis Barbosa
Henrique Eduardo Alves (Licenciado) Maria Elvira Jaime Martins Pedro Fernandes
Jorge Pinheiro 5 vagas Joel de Hollanda Sérgio Barcellos
Luiz Bittencourt Kátia Abreu 2 vagas
Olavo Caltleiros Paes Landim
Pinheiro Landim PMOB
1 vaga Albérico Filho Glycon Terra Pinto
Freire Júnior 5 vagas
PSOB Nelson Proença
Osmar Serraglio
Anivaldo Vale Alberto Goldman Renato Vianna
Ayrton Xerêz (PPS) (Licenciado) Fernando Gabeira (PV) 1 vaga
José Thomaz NonO (PFL) Marisa Serrano
Luisinho (PST) Zenaldo Coutinho
Roberto Brant (PFL) (Licenciado) 2 vagas PSOB
Vittorio Medioli Arthur Virgflio Adolfo Marinho
Bonifácio de Andrada Alberto Goldman Osvaldo Biolchi
João Almeida Antonio Carlos Pannunzio Pedro Chaves
Mareio Fortes Arnaldo Madeira Wilson Santos
Nelson Marchezan Jutahy Junior PSOB
Zulaiê Cobra Luiz Carlos Hauly Anivaldo Vale José de Abreu (PTN)
Helenildo Ribeiro Maria Abadia (Licenciada)
PT João Castelo Paulo Mourão
Max Rosenmann 3 vagas
Geraldo Magela Gilmar Machado Pedro Canedo
João Paulo José Genorno Saulo Pedrosa
Professor Luizinho Paulo Delgado
1 vaga Virgllio Guimarães
PT

PPB Dr. Rosinha Ângela Guadagnin


Fernando Ferro Jair Meneguelli
Arnaldo Faria de Sá 3 vagas Gilmar Machado Márcio Matos (S. Part.)
Herculano Anghinetti 1 vaga 1 vaga
José Unhares PPB
PTB Antonio Joaquim Araújo Pastor Amarildo
Eduardo Seabra Walfrido Mares Guia Enivaldo Ribeiro Robério Araújo (PL)
Fernando Gonçalves Nilton Baiano (Licenciado) Yvonilton Gonçalves (PFL)

POT PTB
José Roberto Batochio Fernando Coruja Max Mauro Chico da Princesa (PSDB)
1 vaga Walfrido Mares Guia
Bloco (PSB, PCdoB)
Pedro Valadares Djalma Paes
Bloco (PL, PST, PMN, PSO, PSL) POT
De Velasco Lincoln Portela
Alceu Collares Dr. Hélio
Secretária: Leila Machado
Local: Serviço de Comissões Especiais, Anexo li, Sala 129-B Bloco (PSB, PC do B)
Telefone: 318-8434
Djalma Paes Pedro Eugênio (PPS)
COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A
Bloco (PL, PST, PMN, PSO, PSL)
ANALISAR O PROJETO DE LEI
Marcos de Jesus Remi Trinta
COMPLEMENTAR N° 9, DE 1999, QUE "DISPÕE
SOBRE AS NORMAS GERAIS PARA A Secretária: Fátima Moreira
INSTITUiÇÃO DE REGIME DE PREVIDÊNCIA Local: Serviço de Comissões Especiais, Anexo 11, S/169-B
Telefone: 318-7060
COMPLEMENTAR PELA UNIÃO, PELOS
ESTADOS, PELO DISTRITO FEDERAL COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A
E PELOS MUNiCíPIOS" APRECIAR E DAR PARECER SOBRE TODOS
Proposição: PLP 9/99 Autor: Poder Executivo OS PROJETOS DE LEI EM TRÂMITE NESTA
CASA, ESPECIALMENTE OS CONTANTES NO
Presidente: Enivaldo Ribeiro (PPB)
1° Vice-Presidente: Pedro Canedo (PSDB) ANEXO ÚNICO DO ATO DE CRIAÇÃO,
2° Vice-Presidente: Osvaldo Biolchi (PMDB) RELATIVOS À REGULAMENTAÇÃO DO
3° Vice-Presidente: Dr. Rosinha (PT) SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL,
Relator: Robson Tuma (PFL)
Titulares
CONFORME PREVISTO NO
Suplentes
ARTIGO 192 DA CONSTITUiÇÃO FEDERAL
PFL
Presidente: Danilo de Castro (PSDB)
Gilberto Kassab Antônio Jorge (PTB) 1° Vice-Presidente: Rubem Medina (PFL)
Paulo Braga Jaime Martins 2° Vice-Presidente: Ricardo Berzoini (PT)
Paulo Marinho João Ribeiro 3° Vice-Presidente: Edmar Moreira (PPB)
Paulo Octávio Mauro Fecury Relator: Edinho Bez (PMDB)
Robson Tuma Raimundo Santos Titulares Suplentes
Ursicino Queiroz Vilmar Rocha
Wilson Braga 1 vaga
PFL
PMDB
Gustavo Fruet Albérico Filho Jorge Khoury Corauci Sobrinho
Milton Monti João Colaço Marcondes Gadelha Darci Coelho
Norberto Teixeira 4 vagas Mário Assad Júnior João Carlos Bacelar
Mussa Demes José Carlos Coutinho 3° Vice-Presidente: Vadão Gomes (PPB)
Pauderney Avelino Luciano Pizzatto Relator: Basilio Villani (PSDB)
Rubem Medina Paes Landim
Titulares Suplentes
1 vaga Robson Tuma

Bloco (PSOB, PTB)


PMOB
Airton Roveda Expedito Júnior
Coriolano Sales Antônio do Valle
Badu Picanço Fernando Gonçalves
Edinho Bez Armando Monteiro
Basilio Villani Itamar Serpa
Nelson Proença Euler Morais
Candinho Mattos Jovair Arantes
Paulo Lima Flávio Derzi
Clovis Volpi Juquinha
Pedro Chaves Freire Júnior
Luiz Antonio Fleury Nicias Ribeiro
Salatiel Carvalho Milton Monti
Roberto Jefferson Paulo Feij6
Vittório Medioli Rodrigo Maia (PFl)
PSOB
Antonio Cambraia Adolfo Marinho
Bloco (PFL, PST)
Antonio Kandir Jovair Arantes
Danilo de Castro Luiz Carlos Hauly
Chico Sardelli IIdefonço Cordeiro
Manoel Salviano Nilo Coelho
Eliseu Resende Luis Barbosa
Narcio Rodrigues Sampaio Dória
Gervásio Silva Mussa Demes
Veda Crusius Xico Graziano
Joel de Hollanda Paulo Marinho
José Carlos Coutinho Paulo Octávio
PT Ricardo Fiúza Werner Wanderer
Geraldo Magela Carlos Santana
João Coser João Grandão
PMOB
Ricardo Berzoini José Pimentel
Wellington Dias Milton Temer
Antônio do Valle Edinho Bez
PPB Fernando Diniz Gastão Vieira
Edmar Moreira Delfim Netto José Borba Salatiel Carvalho
José Janene Herculano Anghinetti José Priante 3 vagas
Luiz Fernando Márcio Reinaldo Moreira Paulo Lima
Waldemir Moka
PTB
PT
Eduardo Paes (Licenciado) Fernando Gonçalves
Rodrigo Maia José Carlos Elias Carlos Santana Fernando Ferro
Jaques Wagner 2 vagas
Luciano Zica
POT
Enio Bacci Pompeo de Mattos
PPB
Bloco (Pl, PST. PMN. PSO. PSl) Almir Sá
José Janene
Eujácio Simões Ronaldo Vasconcellos (S. Part.) Pedro Pedrossian Roberto Balestra
Vadão Gomes Romel Anfzio

Bloco (PSB. PCdoB)


Djalma Paes Sérgio Miranda Bloco (PSB. PCdoB)

Secretário: Silvio Sousa da Silva Haroldo Lima Sérgio Miranda


Local: Serviço de Comissões Especiais, Anexo 11, S/165-B Miriam Reid 1 vaga
Telefone: 318-7061
Bloco (POT. PPS)
COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A
Airton Dipp João Hermann Neto
PROFERIR PARECER À PROPOSTA DE Pedro Eugênio Olimpio Pires
EMENDA À CONSTITUiÇÃO N° 277-A, DE 2000,
DO PODER EXECUTIVO, QUE "ALTERA OS Bloco (Pl, PSl)
ARTS. 149 E 177 DA CONSTITUiÇÃO João Caldas Eujácio Simões
FEDERAL" (COMBUSTíVEIS)
PV
Proposição: PEC 277/00 Autor: Poder Executivo Fernando Gabeira 1 vaga
Presidente: Eliseu Resende (PFL)
1° Vice-Presidente: Flávio Derzi (PMDB) Secretária: Edla Calheiros Bispo
2° Vice-Presidente: Carlos Santana (PT) Local: Anexo 11, Pavimento Superior, Sala 165-B
Telefone: 318-7062/7052 Fax: 318-2140
COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A Bloco (PL, PST, PMN, PSO, PSL)
PROFERIR PARECER À PROPOSTA DE Bispo Wanderval Ronaldo Vasconcellos (S. ParI.)
EMENDA À CONSTITUiÇÃO N° 374, Secretário: José Maria Aguiar de Castro
DE 1996, QUE "DÁ NOVA REDAÇÃO À ALíNEA Local: Serviço de Comissões Especiais, Anexo 11
"E" DO INCISO 11 DO § 50 DO ART. 128 Telefone: 318-8428
DA CONSTITUiÇÃO FEDERAL" COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO
Proposição: PEC 374/96 Autor: Senado Federal DESTINADA A INVESTIGAR A INCIDÊNCIA DE
Presidente: Domiciano Cabral (PMDB)
MORTALIDADE MATERNA NO BRASIL
1° Vice-Presidente: João Castelo (PSDB)
2° Vice-Presidente: Proposição: RCP 22/96 Autor: Fátima Pelaes e Outros
3° Vice-Presidente: Ary Kara (PPB) Presidente: Fátima Pelaes (PSDB)
Relator: Neuton Lima (PFL) 1° Vice-Presidente: Almerinda de Carvalho (PFL)
Titulares Suplentes 2° Vice-Presidente: Iara Benardi (PT)
3° Vice-Presidente: Dr. Benedito Dias (PPB)
PFL Relator: Elcione Barbalho (PMDB)
Titulares Suplentes
Almerinda de Carvalho Celcita Pinheiro
Átila Lins Cesar Bandeira
Courauci Sobrinho Kátia Abreu Bloco (PSOB, PTB)
Gervásio Silva Marcondes Gadelha Fátima Pelaes Eduardo Barbosa
Ildefonço Cordeiro Nice Lobão Lidia Quinan Flávio Arns
Luis Barbosa Robson Tuma Maria Abadia (Licenciada) Marisa Serrano
Neuton Lima 1 vaga Marinha Raupp Veda Crusius

PMOB Bloco (PMOB, PST, PTN)


Albérico Filho Jorge Wilson Ana Catarina Marcelo Barbieri
Barbosa Neto Olavo Calheiros Elcione Barbalho Nair Xavier Lobo
Domiciano Cabral Pinheiro Landim Geovan Freitas 1 vaga
Gustavo Fruet 3 vagas
2 vagas
PFL
PSOB Almerinda de Carvalho Celcita Pinheiro
Kátia Abreu Laura Carneiro
André Benassi Alexandre Santos Nice Lobão 1 vaga
Helenildo Ribeiro Léo Alcântara
João Castelo Zenaldo Coutinho
Nelson Otoch 3 vagas PT
Vicente Arruda
Zulaiê Cobra Angela Guadagnin Arlindo Chinaglia (Licenciado)
Iara Bernardi Dr. Rosinha

PT
PPB
4 vagas 4 vagas
1 vaga Antonio Joaquim Araújo
Dr. Benedito Dias 1 vaga

POT
PPB Miriam Reid Dr. Hélio
Ary Kara Arnaldo Faria de Sá
Augusto Farias Eurico Miranda Bloco (PSB, PCdoB)
Gerson Peres 1 vaga
Jandira Feghali Teima de Souza (PT)
PTB Bloco (PL, PSL)
Robério Araújo Philemon Rodrigues
Nelson Marquezelli Max Mauro
1 vaga Nilton Capixaba
PPS
POT
Enio Bacci Coriolano Sales (PMOB) Ivan Paixão Regis Cavalcante

Secretário (a): Francisco da Silva Lopes Filho


Bloco (PSB, PCdoB) Local: Anexo 11, Sala 151-B
José Antonio Almeida Djalma Paes Telefone: 318-7066/318-7055
COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A Bloco (PSB, pedoB)
PROFERIR PARECER À PROPOSTA DE Pedro Eugênio (PPS) 1 vaga
EMENDA À CONSTITUiÇÃO N° 89, DE 1995,
QUE "DÁ NOVA REDAÇÃO AO INCISO IV DO Bloco (PL, PST, PMN, PSD, PSL)

ARTIGO 29 DA CONSTITUiÇÃO FEDERAL" Almeida de Jesus (Licenciado) Remi Trinta


(TRE FIXARÁ O NÚMERO DE VEREADORES
PROPORCIONAL À POPULAÇÃO) PV

Proposição: PEC 89/95 Autor: Nicias Ribeiro e Outros Regis Cavalcante (PPS) Airton Cascavel (PPS)
Presidente: Rafael Guerra (PSDB) Secretário: José Maria Aguiar de Castro
1° Vice-Presidente: Norberto Teixeira (PMDB) Local: Serviço de Comissões Especiais, Anexo 11, Sala 168-A
2° Vice-Presidente'. Telefone: 318-8428 Fax: 318-2140
3° Vice-Presidente: João Pizzolatti (PPB)
Relator: Zezé Perrella (PFL) COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A
Titulares Suplentes PROFERIR À PROPOSTA DE EMENDA À
CONSTITUiÇÃO N° 98, DE 1999, QUE "ALTERA
PFL O ART. 30 PARA ACRESCENTAR INCISO
Aldir Cabral Francisco Rodrigues CONFERINDO COMPETÊNCIA AO MUNiCípIO
José Mendonça Bezerra Jaime Martins
Paulo Braga Kátia Abreu
PARA DETERMINAR ATRIBUiÇÕES
Roberto Pessoa Moreira Ferreira DE VICE-PREFEITO"
Sérgio Barcellos Paulo Marinho
Proposição: PEC 98/99 Autor: Fernando Zuppo
Vil mar Rocha Roland Lavigne (PMDB)
e Outros
Zezé Perrella 1 vaga
Presidente: Coriolano Sales (PMDB)
PMDB 1° Vice-Presidente: Alex Canziani (PSDB)
Ana Catarina Hermes Parcianello 2° Vice-Presidente:
Anfbal Gomes João Mendes 3° Vice-Presidente: Simão Sessim (PPB)
Igor Avelino 4 vagas Relator: Joaquim Francisco (PFL)
João Magalhães
José índio Titulares Suplentes
Norberto Teixeira Bloco (PSDB, PTB)
Alex Canziani Antonio Carlos Pannunzio
PSDB Augusto Franco Danilo de Castro
José Teles Iris Simões
Antonio Feijão Fátima Pelaes Raimundo Gomes de Matos José Carlos Elias
Nicias Ribeiro Maria Abadia Roberto Rocha Jutahy Junior
Nilo Coelho Max Rosenmann Sérgio Reis Narcio Rodrigues
Rafael Guerra Nilson Pinto (Licenciado) 2 vagas Saulo Pedrosa
Romeu Queiroz 2 vagas Silvio Torres
Zulaiê Cobra
Bloco (PMDB, PST, PTN)
Coriolano Sales Cezar Schirmer
PT Gustavo Fruet 5 vagas
Wellington Dias 4 vagas João Matos
3 vagas Nair Xavier Lobo
2 vagas

PFL
PPB Aracely de Paula Adauto Pereira
Euler Ribeiro Gilberto Kassab
Cunha Bueno Antonio Joaquim Araújo Francistônio Pinto Kátia Abreu
João Pizzolatti Hugo Biehl Joaquim Francisco Pedro Pedrossian
1 vaga Romel Anizio Paulo Braga Zila Bezerra
Vic Pires Franco 1 vaga
PTB PT
Avenzoar Arruda 4 vagas
Max Mauro Renildo Leal Márcio Matos (S. Par!.)
1 vaga 1 vaga 2 vagas

PPB
PDT Antonio Joaquim Araújo 3 vagas
Simão Sessim
Eber Silva Pompeo de Maltos
Telmo Kirst
POT 1 vaga
Fernando Zuppo Eber Silva
PT
Bloco (P5B, pedoB)
Ivan Valente Dr. Rosinha
Haroldo Lima 1 vaga Luciana Zica Henrique Fontana
Marcos Afonso Jaques Wagner
Bloco (PL, P5L)
PPB
Almeida de Jesus (Licenciado) Marcos Cintra (PFL)
Arnaldo Faria de Sá Celso Russomanno
Dr. Benedito Dias 2 vagas
PP5 Eni Voltolini
Rubens Furlan Agnaldo Muniz
Bloco (PSB, PCdoB)
PV Alexandre Cardoso Paulo Baltazar
Sérgio Novais 1 vaga Sérgio Novais 1 vaga

Secretário: Marcos Figueira de Almeida


Local: Anexo li, Pavimento Superior, Sala 165-B Bloco (PDT, PPS)
Telefone: 318-8430 Fax: 318-2140
Dr. Hélio Fernando Coruja
COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A Emerson Kapaz Pedro Eugênio
APRECIAR E PROFERIR PARECER AO
PROJETO DE LEI N° 203, DE 1991, QUE Bloco (PL, PSL)
"DISPÕE SOBRE O ACONDICONAMENTO, A Ronaldo Vasconcellos José Egydio
COLETA, O TRATAMENTO, O TRANSPORTE E
A DESTINAÇÃO DOS RESíDUOS DE PHS
SERViÇOS DE SAÚDE", E APENSADOS. Rubens Furlan (PPS) Regis Cavalcante (PPS)
Proposição: PL 203/91 Autor: Senado Federal Secretária: Leila Machado
Presidente: José índio (PMDB) Local: Anexo 11, pavimento superior, Sala 165-B
0
1 Vice-Presidente: Joaquim Francisco (PFL) Telefone: 318-8431 Fax: 31802140
20 Vice-Presidente: Marcos Afonso (PT)
3 0 Vice-Presidente: Dr. Benedito Dias (PPB) COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A
Relator: Emerson Kapaz (PPS)
APRECIAR E PROFERIR PARECER SOBRE AS
Titulares Suplentes
EMENDAS DO SENADO FEDERAL AO
Bloco (P5DB, PTB)
PROJETO DE LEI N° 634, DE 1975, QUE
"INSTITUI O CÓDIGO CIVIL"
Carlos Mosconi Armando Abflio
Clovis Volpi Arnon Bezerra Proposição: PL 634n5 Autor: Poder Executivo
Iris Simões Eduardo Barbosa Presidente: João Castelo (PSDB)
Luiz Antonio Fleury José Coimbra 10 Vice-Presidente: Ricardo Izar (PMDB)
Max Rosenmann Julio Semeghini 2 0 Vice-Presidente: Iara Bernardi (PT)
Rafael Guerra Lidia Quinan 3 0 Vice-Presidente: Augusto Nardes (PPB)
Ricarte de Freitas Renildo Leal Relator: Ricardo Fiuza (PFL)
Vicente Caropreso Rose de Freitas
Titulares Suplentes
Bloco (PFL, P5T)
PFL
Claudio Cajado Cleuber Carneiro
Euler Ribeiro Gilberto Kassab Antônio Carlos Konder Reis Cesar Bandeira
Joaquim Francisco Jaime Fernandes Jaime Martins Francisco Garcia
Luciano Pizzallo José Carlos Aleluia Marcondes Gadelha Paes landim
Neuton Lima Laura Carneiro Paulo Magalhães Raimundo Santos
Santos Filho Mário Assad Júnior Ricardo Fiuza Werner Wanderer
2 vagas 2 vagas
PMOB
Darcfsio Perondi José Borba PMDB
José Borba 5 vagas
José índio Gustavo Fruet Mauro Benevides
Ricardo Izar Osmar Serraglio Nair Xavier Lobo
Saraiva Felipe Renato Vianna 4 vagas
Ricardo Izar
Rita Camata Julio Semeghini Iris Simões
1 vaga Luiz Piauhylino Mareio Fortes
Narcio Rodrigues Maria Abadia (Licenciada)
Ricardo Ferraço Nelson Marquezelli
PSDB
Rodrigo Maia Paulo Kobayashi
Alexandre Santos André Benassi Salvador Zimbaldi Romeu Queiroz
Bonifácio de Andrada Feu Rosa Walfrido Mares Guia Zenaldo Coutinho
Helenildo Ribeiro José Militão
Inaldo Leitão Nelson Otoch Bloco (PMDB, PST, PTN)
João Castelo 2 vagas
Vicente Arruda Hermes Parcianello 7 vagas
Jorge Pinheiro
PT
Marçal Filho
Iara Bernardi Fernando Ferro
Marcelo Barbieri
Marcos Rolim Geraldo Magela
Maria Elvira
2 vagas José Pimental
Nelson Proença
Waldir Pires
Pinheiro Landim
PPB
Augusto Nardes Celso Russomanno PFL
Edmar Moreira 2 vagas
Wagner Salustiano Arolde de Oliveira Francisco Rodrigues
Corauci Sobrinho Kátia Abreu
Gerson Gabrielli Moroni Torgan
PTB
Luciano Pizzatto Paulo Marinho
Luiz Antonio Fleury Fernando Gonçalves Paulo Octávio Zezé Perrella
Roberto Jefferson 1 vaga Rubem Medina José Carlos Fonseca Jr.
Vic Pires Franco 1 vaga
PDT
José Roberto Batochio Coriolano Sales (PMDB) PT
Jorge Bittar 4 vagas
Professor Luizinho
Bloco (PSB, pedoB) 2 vagas
José Antonio Almeida Aldo Rebelo

Bloco (PL, PST, PMN, PSD, PSL) PPB

Lincoln Portela João Caldas Cunha Bueno Celso Russomanno


Eliseu Moura Yvonilton Gonçalves
Wigberto Tartuce 1 vaga
PPS
PDT
Ayrton Xerêz (Licenciado) Airton Cascavel
DI'. Hélio Luisinho
Secretário: Sflvio Sousa da Silva
Local: Serviço de Comissões Especiais, Anexo 11, Sala 165-B Bloco (PSB, pedoB)
Telefone: 318-7061
Sérgio Novais 1 vaga
COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A
APRECIAR E PROFERIR PARECER AO Bloco (PL, PSL)
PROJETO DE LEI N° 1.483, DE 1999, QUE Marcos Cintra (PFL) Pastor Valdeci Paiva
"INSTITUI A FATURA ELETRÔNICA E
A ASSINATURA DIGITAL NAS PPS
TRANSAÇÕES DE COMÉRCIO ELETRÔNICO" Emerson Kapaz Pedro Eugênio
Proposição: PL 1.483/99 Autor: DI'. Hélio
Presidente: Arolde de Oliveira (PFL) PV
1° Vice-Presidente: Marçal Filho (PMDB) Fernando Gabeira Marcos Rolim (PT)
2° Vice-Presidente:
3° Vice-Presidente Wigberto Tartuce (PPB) Secretária: Heloisa Pedrosa Diniz
Relator: Julio Semeghini (PSDB) Local: Anexo 11, Pavimento Superior, Sala 165·B
Telefone: 318-6874
Titulares Suplentes
COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A
PROFERIR PARECER À PROPOSTA DE
Bloco (PSDB, PTB)
EMENDA A CONSTITUiÇÃO N° 20, DE 1995,
Alex Canziani Augusto Franco QUE "ESTABELECE O PARLAMENTARISMO"
Proposição: PEC 20/95 Autor: Eduardo Jorge e Outros PV
Presidente: Rita Camata (PMDB) Fernando Gabeira 1 vaga
1° Vice-Presidente: Leur Lomanto (PMDB)
2° Vice-Presidente: Secretário: José Maria Aguiar de Castro
3° Vice-Presidente: Cunha Bueno (PPB) Local: Serviço de Comissões Especiais, Anexo 11
Relator: Bonifácio de Andrada (PSDB) Telefone: 318-8428
Titulares Suplentes
COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A
PFL PROFERIR PARECER À PROPOSTA DE
Antônio Carlos Konder Reis Benito Gama
Jaime Martins Cesar Bandeira EMENDA À CONSTITUiÇÃO N° 57-A, DE 1999,
Laura Carneiro Expedito Júnior QUE "ALTERA O ART. 159 PARA INSTITUIR
Leur Lomanto (PMDB) Francisco Coelho
Paes Landim IIdefonço Cordeiro
O FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO
Paulo Magalhães Sérgio Barcellos DO SEMI-ÁRIDO E PREVÊ SUAS
Vil mar Rocha José Carlos Fonseca Jr. FONTES DE RECURSOS"
Proposição: PEC 57/99 Autor: João Leão e Outros
PMOB
Darclsio Perondi Cezar Schirmer Presidente: João Leão (PPB)
Edison Andrino Germano Rigolto 1° Vice-Presidente: Paulo Braga (PFL)
Elcione Barbalho Maria Elvira 2° Vice-Presidente: Waldir Pires (PT)
Luiz Biltencourt 3 vagas 3° Vice-Presidente: Helenildo Ribeiro (PSDB)
Rita Camata Titulares Suplentes
1 vaga
PSDB Bloco (PSDB, PTB)
Adolfo Marinho Custódio Mattos
Bonifácio de Andrada Feu Rosa Armando Abllio B.Sá
Carlos Mosconi João Almeida Carlos Batata José Teles
Luiz Carlos Hauly Mareio Fortes Carlos Dunga Raimundo Gomes de Matos
Maria Abadia (Licenciada) Ricardo Ferraço Félix Mendonça Rommel Feijó
Paulo Kobayashi Saulo Pedrosa Helenildo Ribeiro 4 vagas
Manoel Salviano
Nelson Otoch
PT
1 vaga
Gilmar Machado Eduardo Jorge (Licenciado)
João Paulo Virgflio Guimarães Bloco (PFL, PST)
José Genofno 2 vagas
Milton Temer Cleuber Carneiro Carlos Alberto Rosado
Jorge Khoury Francisco Coelho
José Rocha José Thomaz Nonô
PPB Lavoisier Maia Osvaldo Coei ho
Paulo Braga Paes Landim
Cunha Bueno Augusto Nardes Roberto Pessoa Wilson Braga
Felter Júnior Júlio Redecker (Licenciado)
Nelson Meurer Nelo Rodolfo (PMDB) PMDB
Armando Monteiro Albérico Filho
PTB
Fernando Diniz Antônio do Valle
Duilio Pisaneschi Fernando Gonçalves João Magalhães 4 vagas
Eduardo Seabra Magno Malta Jonival Lucas Junior
Jorge Alberto
Marcelo Castro
POT
PT
Neiva Moreira 1 vaga
Avenzoar Arruda Fernando Ferro
Waldir Pires Luiz Alberto
Bloco (PSB, PCdoB) Wellington Dias Virgflio Guimarães

Haroldo Lima Pedro Valadares


PPB

Bloco (PL, PST, PMN, PSD, PSL) Augusto Faras José Linhares
João Leão Márcio Reinaldo Moreira
Bispo Wanderval Paulo José Gouvêa Pedro Corrêa Mário Negromonte (PSDB)
Bloco (PSB, PCdoB) PDT

Haroldo Lima Eduardo Campos Dr. Hélio Fernando Zuppo


Pedro Valadares Tânia Soares

Bloco (PDT, PPS) Bloco (PSB, PCdoB)

Pimentel Gomes Clementino Coelho Gonzaga Patriota 1 vaga


Wolney Queiroz Salomão Gurgel

Bloco (PL, P5T, PMN, PSD, PSL)


Bloco (PL, PSL)
Lincoln Portela João Caldas
João Caldas Eujácio Simões
Secretária: Edla Calheiro Bispo
PHS Local: Serviço de Comissões Especiais, Anexo 11, Sala 165-B
Telefone: 318-706217061 Fax: 318-2140
Ariston Andrade (PFL) 1 vaga
COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A
Secretário: Francisco da Silva Lopes Filho
Local: Anexo I - Pavimento Superior s/165-B ANALISAR O PROJETO DE LEI N° 2.905, DE
Telefone: 318-7064 Fax: 318-2140 1997, QUE "IMPÕE CONDiÇÕES PARA A
COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A COMERCIALIZAÇÃO DE ALIMENTOS
ACOMPANHAR A APLICAÇÃO DA LEI W 9.503, GENETICAMENTE MODIFICADOS"
DE 1997, QUE "INSTITUI O CÓDIGO DE Proposição: PL 2.905/97 Autor: Fernando Gabeira

TRÂNSITO BRASILEIRO" Presidente: Carlos Alberto Rosado (PFL)


1° Vice-Presidente: Saulo Pedrosa (PSDB)
Proposição: Autor: José Carlos Aleluia
2° Vice-Presidente: João Grandão (PT)
Presidente: Ary Kara (PPB) 3° Vice-Presidente: Hugo Biehl (PPB)
1° Vice-Presidente: Jorge Tadeu Mudalen (PMDB) Relator: Confúcio Moura (PMDB)
2° Vice-Presidente:
3° Vice-Presidente: Titulares Suplentes
Relator: José Carlos Aleluia (PFL) Bloco (P5DB, PTB)
Titulares Suplentes Carlos Batata Elias Murad
Carlos Dunga José Carlos Elias
Clovis Volpi José Carlos Martinez
PFL Odllio Balbinolli
Luiz Ribeiro
Couraci Sobrinho Luiz Durão Nelson Marquezelli Paulo Mourão
Joaquim Francisco Wilson Braga Rose de Freitas Pedro Canedo
José Carlos Aleluia 1 vaga Saulo Pedrosa Welinton Fagundes
Xico Graziano 1 vaga
PMDB
Euler Morais Glycon Terra Pinto
Jorge Tadeu Mudalen Marçal Filho Bloco (PFL, P5T)
Salatiel Carvalho Mauro Lopes Carlos Alberto Rosado Adauto Pereira
Celcita Pinheiro Deusdeth Pantoja
Francisco Coelho Jaime Martins
PSDB Jaime Fernandes Joaquim Francisco
José Rocha Paulo Octávio
Chico da Princesa Vicente Luciano Pizzallo Pedro Pedrossian (PPB)
Chiquinho Feitosa Zulaiê cobra Mário Assad Júnior 1 vaga
Aroldo Bezerra 1 vaga
PMDB
PT
Alberto Fraga Freire Júnior
Marcos Afonso João Coser Confúcio Moura José Borba
Wellington Dias 1 vaga Darcrsio Perondi Marcelo Castro
Igor Avelino Osvaldo Reis
PPB Moacir Michelello Wilson Santos
Silas Brasileiro 1 vaga
Ary KaJa Almir Sá
Simão Sessim João Tota
PT
Iara Bernardi Fernando Ferro
PTB João Grandão Luci Choinacki
Luiz Eduardo Freenhalgh 2 vagas
Duilio Pisaneschi 1 vaga Marcos Afonso
PPB Ursicino Queiroz Roland Lavigne (PMDB)

Felter Júnior Cleonâncio Fonseca


Hugo Biehl Dilceu Sperafico PT
Salomão Cruz Roberto Balestra Arlindo Chinaglia (Licenciado) Angela Guadagni
Bloco (PSB, PCdoB) Eduardo Jorge (Licenciado) Carlito Merss
Aldo Arantes Vanessa Grazziotin Maria do Carmo Lara Geraldo Magela
Sérgio Novai s 1 vaga Paulo Paim Padre Roque
PPB
Bloco (POT, PPS) Arnaldo Faria de Sá Antonio Joaquim Araújo
Celso Russomanno 1 vaga
Emerson Kapaz Alceu Collares José Linhares
Pompeo de Mattos Márcio Biltar
POT
Bloco (Pl, PSl)
Fernando Coruja Dr. Hélio
Ronaldo Vasconcellos Paulo José Gouvêa
PV Bloco (PSB, PCdoB)
Fernando Gabeira Marcos Rolim (PT)
Djalma Paes Alcione Athayde
Secretária: Ana Clara Fonseca Serejo
Local: Anexo li, pavimento Superior, sala 165-B Bloco (PL, PSL)
Telefone:318-7555 Fax: 318-2140 Lincoln Portela Robério Araújo
PPS
COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A 1 vaga 1 vaga
PROFERIR PARECER AO PROJETO PHS
DE LEI N° 3.561, DE 1997, Roberto Argenta 1 vaga
QUE "DISPÕE SOBRE O ESTATUTO Secretário (a): Helofsa Pedrosa Diniz
DO IDOSO E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS" Local: Anexo li, Pavimento Superior, Sala 165-B
Telefone: 318-7056
Proposição: PL 3.561/97 Autor: Paulo Paim
Presidente: Eduardo Barbosa (PSDB) COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A
1° Vice-Presidente: Almerinda de Carvalho (PFL)
2° Vice-Presidente: Arlindo Chinaglia (PT) (Licenciado) APRECIAR E PROFERIR PARECER AO
3° Vice-Presidente: Celso Russomano (PPB) PROJETO DE LEI N° 2.186, DE 1996,
Relator: Silas Brasileiro (PMDB) DOS SENHORES DEPUTADOS EDUARDO
Titulares Suplentes
JORGE, FERNANDO GABEIRA E OUTROS,
Bloco (PSOB, PTB)
QUE "DISPÕE SOBRE A SUBSTITUiÇÃO
PROGRESSIVA DA PRODUÇÃO E DA
Eduardo Barbosa Carlos Mosconi
Fátima Pelaes Eduardo Seabra COMERCIALIZAÇÃO DE PRODUTOS QUE
Lidia Quinan Feu Rosa CONTENHAM ASBESTO!AMIANTO E DÁ
Lúcia Vânia Flávio Arns
Maria Abadia (Licenciado) Nelson Marchezan
OUTRAS PROVIDÊNCIAS"
Max Mauro Saulo Pedrosa Proposição: PL 2.186/96 Autor: Eduardo Jorge e
Rafael Guerra 2 vagas Fernando Gabeira
Raimundo Gomes de Matos Presidente: Flávio Derzi (PMDB)
1° Vice-Presidente: Lidia Quinan (PSDB)
Bloco (PMOB, PST, PTN) 2° Vice-Presidente: João Paulo (PT)
3° Vice-Presidente: Salomão Cruz (PPB)
Darcrsio Perondi Freire Júnior Relator: Ronaldo Caiado (PFL)
Euler Morais Osvaldo Biolchi Titulares Suplentes
João Matos 5 vagas
Maria Elvira Bloco (PSDB, PTB)
Silas Brasileiro Airton Roveda Alexandre Santos
Teté Bezerra Jovair Arantes Dr. Heleno
Themfstoctes Sampaio Juquinha Lúcia Vânia
Lidia Quinan Paulo Mourão
Marcus Vicente Walfrido Mares Guia
PFL
Nelson Marquezelli 3 vagas
Almerinda de Carvalho Celcita Pinheiro Pedro Canedo
Euler Ribeiro Expedito Júnior 1 vaga
Laura Carneiro Kátia Abreu
Marcondes Gadelha Lavoisier Maia Bloco (PMOB, PST, PTN)
Moroni Torgan Luis Barbosa
Flávio Derzi Freire Júnior
Nice Lobão Medeiros (S. Par!.)
Marçal Filho Luiz Bittencourt 2° Vice-Presidente: Waldomiro Fioravante (PT)
Nair Xavier Lobo 5 vagas 3° Vice-Presidente: Márcio Reinaldo Moreira (PPB)
Pedro Chaves Relator: Osvaldo Biolchi (PMDB)
Salatiel Carvalho
Themfstocles Sampaio Titulares Suplentes
Zé Gomes da Rocha PFL
Gerson Gabrielli Adauto Pereira
Lavoisier Maia Costa Ferreira
PFL Mussa Demes Expedito Júnior
Benito Gama José Carlos Coutinho Paulo Magalhães IIdefonço Cordeiro
Darci Coelho José Mendonça Bezerra Paulo Octávio Luis Barbosa
Kátia Abreu Pedro Pedrossian Ricardo Fiuza Paulo Marinho
Lael Varella Ursicino Queiroz Rubem Medina Zezé Perrella
Moroni Torgan 3 vagas PMOB
Ronaldo Caiado João Henrique Gastão Vieira
Sérgio Barcellos João Magalhães Mendes Ribeiro Filho
Jorge Alberto Osmânio Pereira (PSDB) .
Marcelo Barbieri 3 vagas
PT Osvaldo Biolchi
Dr. Rosinha Ivan Valente 1 vaga
Jair Meneguelli João Grandão PSOB
Jaques Wagner Luciano Zica Chico da Princesa Anivaldo Vale
João Paulo 1 vaga Custódio Mattos Basflio Villani
Jovair Arantes Nelson Otoch
PPB Max Rosenmann Vicente Caropreso
2 vagas Veda Crusius
Roberto Balestra Arnaldo Faria de Sá 1 vaga
Salomão Cruz Cleonâncio Fonseca
Yvonilton Gonçalves (PFL) 1 vaga
PT
POT
Arlindo Chinaglia (Licenciado) 4 vagas
Fernando Coruja Miriam Reid Jair Meneguelli
Waldomiro Fioravante
Bloco (PSB, PCdoB) 1 vaga

Pedro Valadares 1 vaga


PPB
Bloco (PL, PSL)
Ary Kara Almir Sá
Pastor Valdeci Paiva Marcos de Jesus Ibrahim Abi-Ackel José Janene
Márcio Reinaldo Moreira Simão Sessim
PPS

Emerson Kapaz Rubens Furlan PTB

Duilio Pisaneschi 2 vagas


PHS
1 vaga
Ronaldo Vasconcellos (S. Part.) 1 vaga

Secretária: Angélica Maria Landim Fialho Aguiar por


Local: Anexo 11 - Sala 165-B
Telefone: 318-8790 Fax: 318-2140 Fernando Coruja 1 vaga

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A


APRECIAR O PROJETO DE LEI N° 4.376, DE Bloco (PSB, PCdoB)
1993, DO PODER EXECUTIVO, QUE "REGULA Clementino Coelho (PPS) 1 vaga
A FALÊNCIA, A CONCORDATA PREVENTIVA E
A RECUPERAÇÃO DAS EMPRESAS QUE Bloco (PL, PST, PMN. PSO, PSL)
EXERCEM ATIVIDADE ECONÔMICA REGIDA Paulo José Gouvêa De Velasco
PELAS LEIS COMERCIAIS,
PPS
E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS" Rubens Bueno Pedro Eugênio
Proposição: PL 4.376/93 Autor: Poder Executivo Secretária: Fátima Moreira
Presidente: Chico da Princesa (PSDB) Local: Serviço de Comissões Especiais, Anexo 11, Sala 165-B
1° Vice-Presidente: Telefone: 318-7060
COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A Bloco (PSB, PCdoB)
PROFERIR PARECER À PROPOSTA DE Gonzaga Patriota Agnelo Queiroz
EMENDA À CONSTITUiÇÃO N° 151, DE 1995,
QUE "ALTERA A REDAÇÃO DO INCISO 11 DO
Bloco (PL, PST, PMN, PSO, PSL)
ART. 37 DO PARÁGRAFO]o DO ART. 144 DA
CONSTITUiÇÃO FEDERAL", E APENSADA Cabo Júlio Paulo José Gouvêa
(SEGURANÇA PÚBLICA)
Proposição: PEC 151/95 Autor: Gonzaga Patriota e Outros PPS
Presidente: Aldir Cabral (PFL)
1° Vice-Presidente: Lino Rossi (PSDB) Ayrton Xerêz (Licenciado) Regis Cavalcante
2° Vice-Presidente: Marcos Rolim (PT)
Secretária: Heloisa Pedrosa Diniz
3° Vice-Presidente: Edmar Moreira (PPB)
Local: Serviço de Comissões Especiais, Anexo li, Sala 165-B
Relator: Alberto Fraga (PMDB) Telefone.: 318-6874
Titulares Suplentes
PFL COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A
Abelardo Lupion Adauto Pereira PROFERIR PARECER À PROPOSTA DE
Aldir Cabral (PSDB) Francisco Coelho
Gervásio Silva Francisco Rodrigues EMENDA À CONSTITUiÇÃO N° 639, DE 1999,
José Thomaz Nonõ Ildefonço Cordeiro QUE "DÁ NOVA REDAÇÃO AO § 5° DO ART. 14
Laura Carneiro Reginaldo Germano DA CONSTITUiÇÃO FEDERAL" E À PROPOSTA
Lavoisier Maia Sérgio Barcellos
Wilson Braga Vic Pires Franco DE EMENDA À CONSTITUiÇÃO N° 4, DE 1999,
QUE "DÁ NOVA REDAÇÃO AO § 5° DO ART. 14
PMOB DA CONSTITUiÇÃO FEDERAL,
Alberto Fraga Mendes Ribeiro Filho RESTABELECENDO A INELEGIBILIDADE PARA
Hélio Costa Synval Guazelli OS MESMOS CARGOS, NO PERíODO
Jorge Pinheiro 4 vagas
Marcelo Barbieri SUBSEQÜENTE, DO PRESIDENTE DA
Nair Xavier Lobo REPÚBLICA, DOS GOVERNADORES DE
1 vaga
ESTADO E DO DISTRITO FEDERAL, DOS
PREFEITOS E DE QUEM HOUVER SUCEDIDO
PSOB OU SUBSTITUíDO NOS SEIS MESES
Uno Rossi Antonio Feijão ANTERIORES AO PLEITO", APENSADA
Marcus Vicente Arnon Bezerra ÀQUELA (INELEGIBILIDADE)
Moroni Torgan (PFL) Badu Picanço
Paulo Feijó Proposição: PEC 639/99 Autor: José Carlos Aleluia e Outros
Feu Rosa
Wanderley Martins (PSB) Max Rosenmann Presidente: Deusdeth Pantoja (PFL)
Zulaiê Cobra Zenaldo Coutinho
1° Vice-Presidente: Mattos Nascimento (PST)
2° Vice-Presidente: João Paulo (PT)
PT 3° Vice-Presidente: Augusto Franco (PSDB)
Relator: Ibrahim Abi-Ackel (PPB)
Geraldo Magela Carlos Santana Titulares Suplentes
José Dirceu Luiz Eduardo Greenhalgh
Marcos Rolim Nelson Pellegrino
José Genofno Wellington Dias PFL

PPB Affonso Camargo Átila Lins


Aracely de Paula Gervásio Silva
Arnaldo Faria de Sá Jair Bolsonaro Deusdeth Pantoja IIdefonço Cordeiro
Edmar Moreira 2 vagas José Rocha José Mendonça Bezerra
Pedro Corrêa Kátia Abreu Pauderney Avelino
Moreira Ferreira Pedro Irujo
Paulo Octávio Pedro Pedrossian
prB

Luiz Antonio Fleury Roberto Jefferson PMOB

por Jorge Alberto Hermes Parcianello


Maltos Nascimento (PST) José índio
Eur/pedes Miranda Wanderley Martins Norberto Teixeira Osvaldo Reis
Paulo Lima 3 vagas FEDERAL DE TRANSPORTES,
2 vagas
E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS"
Proposição: PL 1.615199 Autor: Poder Executivo
Presidente: João Henrique (PMDB)
PSOB 1° Vice-Presidente: Basflio Villani (PSDB)
2° Vice-Presidente: Teima de Souza (PT)
Augusto Franco Alberto Goldman
3° Vice-Presidente:
Dr. Heleno Carlos Batata
João Almeida Léo Alcântra Relator: Eliseu Resende (PFL)
Jovair Arantes Nelson Otoch Titulares Suplentes
Silvio Torres Sérgio Carvalho
Vicente Arruda 1 vaga
PFL
Affonso Camargo Átila Lins
PT Aracely de Paula Francisco Rodrigues
Eliseu Resende João Ribeiro
Fernando Ferro 4 vagas IIdefonço Cordeiro Joaquim Francisco
João Paulo José Rocha Luis Barbosa
Milton Temer Neuton Lima 2 vagas
Wellington Dias Oscar Andrade

PMOB
PPB
Antônio do Valle Barbosa Neto
Gerson Peres Dr. Benedito Dias Domiciano Cabral Cezar Schirmer
Ibrahim Abi-Ackel Roberto Balestra João Henrique Darcfsio Perondi
Luiz Fernando Vadão Gomes José Borba Lamartine Poselia
Osmar Serraglio Múcio Sá
Pedro Chaves Ricardo Izar
PTB
PSOB
1 vaga Josué Bengtson
Alberto Goldman Alex Canziani
Chico da Princesa Feu Rosa
POT Mário Negromonte Mareio Fortes
José Roberto Batochio Fernando Coruja Paulo Feijó Marcus Vicente
Romeu Queiroz Nelson Marchezan
Sflvio Torres 1 vaga
Bloco (PSB, PCdoB)
PT
Sérgio Novais José Antonio Almeida Carlos Santana João Coser
Pedro Celso Luiz Sérgio
Teima de Souza 2 vagas
Bloco (PL, PST, PMN, PSO, PSL) WeJlington Dias

Cabo Júlio PPB


Almeida de Jesus (Licenciado)
Almir Sá Francisco Silva (PST)
Ary Kara Júlio Redecker
1 vaga Telmo Kirst
PPS

1 vaga Regis Cavalcante PTB

Secretário: Edla Calheiros Bispo Du/lio Pisaneschi 1 vaga


Local: Anexo 11, pavimento superior sala 168-A POT
Telefone: 318-7062 Fax: 318-2140 Ollmpio Pires 1 vaga

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A


Bloco (PL, PST, PMN, PSO, PSL)
APRECIAR E PROFERIR PARECER AO
Eujácio Simões Almeida de Jesus (Licenciado)
PROJETO DE LEI N° 1.615, DE 1999, DO PODER
EXECUTIVO, QUE "DISPÕE SOBRE A Bloco (PSB, PCdoB)
Jandira Feghali 1 vaga
CRIAÇÃO DA AGÊNCIA NACIONAL DE
PV
TRANSPORTES, DO DEPARTAMENTO 1 vaga
Airton Cascavel
NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DE
Secretária: Leila Machado
TRANSPORTES, REESTRUTURA O SETOR
Local: Serviço de Comissões Especiais, Anexo li, Sala 129-B
Telefone: 318-8431
COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A Bloco (Pl, PST, PMN, PSO, PSl)
PROFERIR PARECER À PROPOSTA DE João Caldas Almeida de Jesus (Licenciado)
EMENDA À CONSTITUiÇÃO N° 136, DE 1999,
QUE "DISPÕE SOBRE A CONTRIBUiÇÃO PARA Bloco (PSB, PCdoB)

MANUTENÇÃO DO REGIME DE PREVIDÊNCIA Jandira Feghali José Antonio Almeida


DOS SERVIDORES PÚBLICOS, DOS
PPS
MILITARES DA UNIÃO E DOS MILITARES DOS
ESTADOS, DO DISTRITO FEDERAL Pedro Eugênio 1 vaga
E DOS TERRITÓRIOS" Secretário: Silvio Sousa da Silva
Proposição: PEC 136/99 Autor: Poder Executivo Local: Serviço de Comissões Especiais, Anexo 11, Sala 165-B
Telefone: 318-7061 Fax: 318-2140
Presidente: Carlos Mosconi (PSDB)
COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A
1° Vice-Presidente: Jorge Alberto (PMDB)
2° Vice-Presidente: PROFERIR PARECER À PROPOSTA DE
3° Vice-Presidente: Herculano Anghinetti (PPB) EMENDA À CONSTITUiÇÃO N° 137, DE 1999,
Relator: José Carlos Aleluia (PFL) QUE "ESTABELECE LIMITE PARA
Titulares Suplentes REMUNERAÇÃO, SUBsíDIO, PROVENTO OU
PENSÃO,APL~ÁVELAOSTRÊSPODERES
PFl PÚBLICOS E AO MINISTÉRIO PÚBLICO"
Ari ston Andrade Cláudio Cajado Proposição: PEC 137/99 Autor: Poder Executivo
Corauci Sobrinho Expedito Júnior Presidente: Gastão Vieira (PMDB)
José Carlos Aleluia Francisco Coelho 1° Vice-Presidente: Jaime Martins (PFL)
Luis Barbosa Lael Varella 2° Vice-Presidente:
Mussa Demes Luiz Durão 3° Vice-Presidente: Jonival Lucas Júnior (PMDB)
Neuton Lima Pedro Fernandes Relator: Vicente Arruda (PSDB)
Pedro Irujo Werner Wanderer
Titulares Suplentes

PMOB PFl
Darci Coelho José Carlos Coutinho
Armando Monteiro Armando Abflio Jaime Martins Luiz Durão
Darcfsio Perondi Confúcio Moura José Carlos Aleluia Nice Lobão
Jorge Alberto Salatiel Carvalho José Thomaz Nonê Paulo Braga
Nelson Proença 3 vagas Kátia Abreu Robson Tuma
Osmânio Pereira (PSDB) Luciano Castro Wilson Braga
Osmar Serraglio Paes Landim 1 vaga

PSOB
PMOB
Alexandre Santos André Benassi
Carlos Mosconi B. Sá Cezar Schirmer Freire Júnior
Inaldo Leitão Fátima Pelaes Gastão Vieira Marçal Filho
Luiz Carlos Hauly Mário Negromonte Hélio Costa Osvaldo Biolchi
Nelson Otoch Ronaldo Cezar Coelho Jorge Alberto Osvaldo Reis
Veda Crusius 1 vaga Jorge Wilson Philemon Rodrigues (PL)
PT Ricardo Izar 1 vaga
Arlindo Chinaglia (Licenciado) Dr. Rosinha
José Pimentel Henrique Fontana
2 vagas Professor Luizinho PSOB
1 vaga
PPB Antonio Carlos Pannunzio Alexandre Santos
Herculano Anghinetti Edmar Moreira Helenildo Ribeiro Dr. Heleno
Nelson Meurer Jair Bolsonaro Léo Alcântara Jutahy Júnior
Pedro Corrêa Ricardo Barros Raimundo Gomes de Matos Lino Rossi
Saulo Pedrosa Marcus Vicente
Vicente Arruda Nicias Ribeiro
PTB
Fernando Gonçalves Antônio Jorge
José Carlos Elias Nelson Marquezelli PT

Geraldo Magela Henrique Fontana


PDT 3 vagas José Genolno
2 vagas
Fernando Coruja 1 vaga
PPB João Magalhães Jorge Pinheiro
Jorge Tadeu Mudalen Nair Xavier Lobo
Hugo Biel Gerson Peres Luisinho Philemon Rodrigues
Ibrahim Abi-Ackel Romel Anfzio Pinheiro Landim 2 vagas
Jonival Lucas Júnior (PMDB) Yvonilton Gonçalves (PFL) 1 vaga

PSOB
PlB
Elias Murad Feu Rosa
Walfrido Mares Guia Luiz Antonio Fleury Lino Rossi Mário Negromonte
1 vaga Silas Câmara Rafael Guerra Osmânio Pereira
Roberto Rocha Paulo Kobayashi
Silvio Torres Sérgio Barros
POl Zulaiê Cobra 1 vaga

Eurlpedes Miranda Fernando Coruja


PT

Bloco (PL, PST, PMN, PSO, PSL) Luiz Eduardo Greenhalgh José Pimentel
Marcos Afonso Nelson Pellegrino
Almeida de Jesus (Licenciado) Paulo José Gouvêa Marcos Rolim Wellington Dias
Orlando Fantazzini 1 vaga

Bloco (PSB, PCdoB)


PPB
Alexandra Cardoso Dr. Evilásio (Licenciado)
Ary Kara Edmar Moreira
Gerson Peres Jair Bolsonaro
Luiza Erundina (PSDB) Oliveira Filho (PSDB)
PPS

1 vaga 1 vaga PTB


Secretário: Erles Janner Costa Gorini Luiz Antonio Fleury Fernando Gonçalves
Local: Serviço de Comissões Especiais, Anexo 11, sala 168-A Roberto Jefferson José Carlos Martinez
Telefone: 318-7067 Fax: 318-2140
COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A POT
EXAMINAR TODAS AS QUESTÕES
Neiva Moreira Wanderley Martins (PFL)
RELACIONADAS À VIOLÊNCIA E À
SEGURANÇA PÚBLICA NO PAís, QUE
PODERÁ, MESMO EM MEIO AO ANDAMENTO Bloco (PSB, PCdoB)
DE SEUS TRABALHOS, OFERECER Dr. Evilásio (Licenciado) Jandira Feghali
SUGESTÕES, INDICAÇÕES E ELABORAR
PROPOSiÇÕES DESTINADAS A MINIMIZAR
Bloco (PL, PST, PMN, PSO, PSL)
ESTE GRAVE PROBLEMA QUE AFLIGE A
SOCIEDADE BRASILEIRA Cabo Júlio Paulo José Gouvêa
Presidente: Marcondes Gadelha (PFL)
1° Vice-Presidente: Roberto Rocha (PSDB)
2° Vice-Presidente: Orlando Fantazzini (PT) PPS
3° Vice-Presidente:
Emerson Kapaz Ayrton Xerêz (Licenciado)
Relator: Jorge Tadeu Mudalen (PMDB)
Titulares Suplentes Secretário: José Maria Aguiar de Castro
Local: Serviço de Comissões Especiais, Anexo 11, Sala 165-B
PFL Telefone: 318·8428 Fax: 318-2140
João Carlos Bacellar Abelardo Lupion
José Carlos Fonseca Jr. Corauci Sobrinho COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A
José Thomaz Nonô Gervásio Silva PROFERIR PARECER À PROPOSTA DE
Laura Carneiro Mário Assad Júnior
Marcondes Gadelha Reginaldo Germano EMENDA À CONSTITUiÇÃO N° 294, DE 1995,
Moroni Torgan Werner Wanderer QUE "DÁ NOVA REDAÇÃO AO § 1° DO ART. 54
Robson Tuma 1 vaga
DO ATO DAS DISPOSiÇÕES
PMOB
CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS" -
BATALHÃO SUEZ
João Colaço Alberto Fraga
Proposição: PEC 294/95 Autor: Sérgio Barcellos e Outros COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A
Presidente: Iberê Ferreira (PPB)
1° Vice-Presidente: Sérgio Barcellos (PFL)
PROFERIR PARECER AO PROJETO DE LEI N°
2° Vice-Presidente: Carlos Santana (PT) 2.763, DE 2000, QUE "DISPÕE SOBRE A
3° Vice-Presidente: Dino Fernandes (PSDB) POLíTICA NACIONAL DE SANEAMENTO, SEUS
Relator: Jorge Wilson (PMDB) INSTRUMENTOS E DÁ OUTRAS
Titulares Suplentes
PROVIDÊNCIAS"
PFL
Francisco Rodrigues Deusdeth Pantoja Proposição: PL 2.763/00 Autor: Sérgio Novais
IIdefonço Cordeiro Francisco Garcia e Maria do Carmo Lara
Laura Carneiro Gilberto Kassab Presidente: Rodrigo Maia (PTB)
Rubem Medina Neuton Lima 1° Vice-Presidente: Jorge Alberto (PMDB)
Sérgio Barcellos Paulo Marinho 2° Vice-Presidente: Maria do Carmo Lara (PT)
Werner Wanderer Ronaldo Caiado 3° Vice-Presidente: Simão Sessim (PPB)
1 vaga 1 vaga Relator: Adolfo Marinho (PSDB)
Titulares Suplentes
PMOB
Alceste Almeida 6 vagas Bloco (PSOB, PTB)
Carlos Dunga (PTB)
Adolfo Marinho Alex Canziani
Edison Andrino
Antonio Carlos Pannunzio Antonio Cambraia
Jorge Wilson Candinho Mattos
CustÓdio Mattos
Marcelo Barbieri
José Coimbra Dino Fernandes
Freire Júnior
Márcio Fortes Dr. Heleno
PSOB Paulo Kobayshi João Castelo
Dino Fernandes Antonio Carlos Pannunzio Ricardo Ferraço Julio Semeghini
Dr. Heleno Bonifácio de Andrada Rodrigo Maia Ronaldo Cezar Coelho
Helenildo Ribeiro Saulo Pedrosa
Rommel Feijó 3 vagas Bloco (PFL, PST)
Sérgio Reis
1 vaga Carlos Alberto Rosado Affonso Camargo
Gilberto Kassab Cleuber Carneiro
PT
José Carlos Aleluia Eliseu Resende
Adão Pretto 4 vagas
Luciano Pizzatto Francisco Garcia
Carlos Santana
Marcos Cintra Mário Assad Júnior
Marcos Afonso
Pedro Fernandes Neuton Lima
1 vaga

PMOB
PPB
Benito Gama Hermes Parcianello
Almir Sá João Tota
Jorge Alberto Jorge Tadeu Mudalen
Iberê Ferreira 2 vagas
José Chaves Marinha Raupp
Yvonilton Gonçalves (PFL)
Leur Lomanto Mendes Ribeiro Filho
Milton Monti Salatiel Carvalho
PTB Pinheiro Landim 1 vaga
Murilo Domingos Nelson Marquezelli
PT
POT Maria do Carmo Lara Henrique Fontana
Nilmário Miranda Iara Benardi
Neiva Moreira Serafim Venzon Professor Luizinho João Magno

Bloco (PSB, PCdoB) PPB


Paulo Baltazar 1 vaga Eliseu Moura Dr. Benedito Dias
Eni Voltolini Felter Júnio
Bloco (PL, PST, PMN, PSO, PSL) Simão Sessim João Pizzolatti
Eujácio Simões Cabo Júlio Bloco (PSB, PCdoB)
Alexandre Cardoso Inácio Arruda
Sérgio Novais José Antonio Almeida
PPS
Bloco (POT, PPS)
1 vaga Airton Cascavel Ivan Paixão Olimpio Pires
João Sampaio Pedro Eugênio
Secretário: Francisco da Silva Lopes Filho
Local: Serviço de Comissões Especiais, Anexo 11, S/ 165·B Bloco (PL, PSL)
Telefone: 318-7066 Ronaldo Vasconcellos Philemon Rodrigues
PHS Bloco (PL, PSL)
Oajalma Paes (PSB) 1 vaga
Luciano Bivar Ronaldo Vasconcellos
COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A
APRECIAR E PROFERIR PARECER AO PTN
PROJETO DE LEI N° 3.846, DE 2000, José de Abreu 1 vaga
DO PODER EXECUTIVO, QUE Secretário: Marcos Figueira
"DISPÕE SOBRE A ORDENAÇÃO DA Local: Anexo 11, Pavimento Superior, Sala 165-B
AVIAÇÃO CIVil, CRIA A AGÊNCIA Telefone: 318-7056 Fax: 318-2140

NACIONAL DE AVIAÇÃO CIVIL - ANAC, COMISSÃO EXTERNA DESTINADA


E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS" A "ESCLARECER EM QUE CIRCUNSTÂNCIA
Proposição: PL 3.846/00 Autor: Poder Executivo OCORREU A MORTE DO EX-PRESIDENTE
Presidente: Nelson Marchezan (PSOB)
1° Vice-Presidente: Paulo Magalhães (PFL)
JOÃO GOULART, EM 6 DE DEZEMBRO
2° Vice-Presidente: Jair Meneguelli (PT) DE 1976, NA ESTÂNCIA DE SUA
3° Vice-Presidente: Cunha Bueno (PPB) PROPRIEDADE, NA PRovíNCIA DE
Relator: Leur Lomanto (PMDB)
CORRI ENTES, NA ARGENTINA"
Bloco (PSOB, PTB) Proposição: Autor: Miro Teixeira

Alberto Goldman Alexandre Santos Presidente: Reginaldo Germano (PFL)


Anivaldo Vale Antonio Feijão 1° Vice-Presidente: Coriolano Sales (PMOB)
Chico da Princesa Fernando Gonçalves 2° Vice-Presidente: Marcos Rolim (PT)
Chiquinho Feitosa Iris Simões 3° Vice-Presidente: Luis Carlos Heinze (PPB)
Eduardo Seabra Léo Alcântara Relator: Miro Teixeira (PDT)
Feu Rosa Luiz Carlos Hauly
Nelson Marchezan Luiz Piauhylino Titulares Suplentes
Nelson Trad Márcio Fortes
Bloco (PSOB, PTB)
Bloco (PFL, PST)
Nelson Marchezan Luiz Piauhylino
Eliseu Resende Luis Barbosa Vicente Caropreso Marisa Serrano
Francisco Rodrigues Paes Landim Veda Crusius 1 vaga
Heráclito Fortes Paulo Gouvêa
José Mendonça Bezerra Paulo Octávio Bloco (PMOB, PST, PTN)
PaLllo Magalhães Ricardo Fi uza
Robson Tuma Vic Pires Franco Coriolano Sales Jorge Pinheiro
Osvaldo Biochi Luiz Bittencourt
PMOB
Albérico Filho José Chaves
Eunicio Oliveira José Priante PFL
João Henrique Marçal Filho
Reginaldo Germano Laura Camero
Leur Lomanto Roland Lavigne
Robson Tuma Sérgio Barcellos
Olavo Calheiros 2 vagas
Wagner Rossi
PT
PT
Jair Meneguelli José Genofno Marcos Rolim Nilmário Miranda
Ricardo Berzoini Orlando Fantazzini
Teima de Souza Paulo Delgado PPB
Luis Carlos Heinze 1 vaga

PPB
POT
CLmha Bueno Augusto Nardes
Herculano Anghineltí Pedro Corrêa Miro Teixeira Neiva Moreira
Iberê Ferreira Simão Sessim
Bloco (PSB, PCdoB)
Bloco (PSB, PCdoB) Pedro Valadares Agnelo Queiroz
Jandira Feghali Eduardo Campos
Pedro Valadares Gonzaga Patriota Bloco (PL, PSL)
De Velasco Cabo Júlio
Bloco (POT, PPS)
Secretário: Mário Dráusio Coutinho
Airton Dipp Airton Cascavel Local: Anexo 11, Pavimento Superior, Sala 165-B
João Herrmann Neto Dr. Hélio
Telefone: 318-7058 Fax: 318-2140
COMISSÃO EXTERNA DESTINADA A Proposição: Autor: Gilmar Machado
"ESCLARECER EM QUE CIRCUNSTÂNCIA Presidente: Pinheiro Landim (PMDB)
OCORREU A MORTE DO EX-PRESIDENTE 1° Vice-Presidente: Lino Rossi (PSDB)
2° Vice-Presidente: Gilmar Machado (PT)
JUSCELINO KUBITSCHEK, EM 22 DE AGOSTO
Relator: Reginaldo Germano (PFL)
DE 1976, EM ACIDENTE RODOVIÁRIO Titulares Suplentes
OCORRIDO NA RODOVIA PRESIDENTE
DUTRA, KM 165, NO MUNiCípIO DE RESENDE" Bloco (PSDB, PTB)

Proposição Autor: Paulo Octávio João Almeida Alberto Goldman


Uno Rossi Narcio Rodrigues
Presidente: Paulo Octávio (PFL) Saulo Pedrosa
1° Vice-Presidente: Carlos Mosconi (PSDB)
2° Vice-Presidente: Pedro Celso (PT)
3° Vice-Presidente: Edmar Moreira (PPB) Bloco (PMDB, PST, PTN)
Relator: Osmânio Pereira (PMDB)
Damião Feliciano Albérico Filho
Titulares Suplentes Pinheiro Landim João Colaço

Bloco (PSDB, PTB) PFL


Raimundo Santos Benito Gama
Carlos Mosconi Inaldo Leitão Reginaldo Germano Costa Ferreira
Danilo de Castro João Castelo
Maria Abadia Zulaiê Cobra
PT
Gilmar Machado João Grandão
Bloco (PMDB,PST.PTN)

Hélio Costa Jorge Pinheiro PPB


Osmânio Pereira (PSDB) Luiz Bittencourt 1 vaga Pastor Amarildo

PFL
PDT
Cleuber Carneiro Aracely de Paula
Dr. Hélio José Roberto Batochio
Paulo Octávio Jaime Martins

PT Bloco (PSB, PCdoB)


Pedro Celso 1 vaga
Agnelo Queiroz Tânia Soares

PPB
PV
Edmar Moreira Herculano Anghinetti
Fernando Gabeira Luiz Alberto (PT)
PDT
Olimpio Pires Wanderley Martins Secretária: Ana Lllcia Ribeiro Marques
Local: Anexo 11, Pavimento Superior, Sala 165-6
Bloco (PSB, PCdoB) Telefone: 318-8782 Fax: 318-2140
Agnelo Queiroz 1 vaga
PPS
COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A
Regis Cavalcante Ayrton Xerêz (Licenciado) APRECIAR O PROJETO DE LEI N° 4.842, DE
Secretário(a): Marcos Figueira de Almeida 1998, QUE "DISPÕE SOBRE O ACESSO A
Local: Anexo 11, Pavimento Superior, Sala 165-B RECURSOS GENÉTICOS E SEUS PRODUTOS
Telefone: 318-8430 Fax: 318·2140 DERIVADOS E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS" E
COMISSÃO EXTERNA DESTINADA A AOS PROJETOS DE LEI N°S 4579, DE 1998,
"ACOMPANHAR A REALIZAÇÃO DAS OITO 4751, DE 1998 E 1953, DE 1999, APESANDOS.
AUDIÊNCIAS PREPARATÓRIAS DA Proposição: PL n° 4.842/98 Autor: SENADO FEDERAL
I CONFERÊNCIA MUNDIAL DE COMBATE AO Presidente: Zezé Perrella (PFL)
RACISMO, XENOFOBIA E INTOLERÂNCIAS 1° Vice-Presidente: Pedro Novais (PMDB)
CORRELATAS, A REALIZAR-SE EM 2° Vice-Presidente:
3° Vice-Presidente: Romel Anizio (PPB)
AGOSTO DE 2001, NA ÁFRICA DO SUL" Relator: Ricarte de Freitas (PSDB)
Titulares Suplentes PV
Fernando Gabeira Marcos Rolim
Bloco (PSOB, PTB) Secretário(a): Cily Montenegro
Local: Anexo 11, Pavimento Superior, Sala 165-B
B. Sá Fátima Pelaes
Telefone: 318-7056
Carlos Batata Fernando Gonçalves
Iris Simões Lidia Quinan
Renildo Leal Max Mauro
COMISSÃO GRUPO DE TRABALHO
Ricarte de Freitas Sérgio Carvalho
Saulo Pedrosa 3 vaga(s)
GRUPO DE TRABALHO DESTINADO A
Sebastião Madeira EFETUAR A CONSOLIDAÇÃO DA LEGISLAÇÃO
Xico Graziano COM VISTAS A IDENTIFICAR E REDUZIR,
SE FOR O CASO, O NÚMERO DE LEIS
Bloco (PMOB,PST,PTN) EM VIGOR, EM FACE DE SUA
MULTIPLICIDADE E REPETiÇÃO
Freire Júnior 7 vaga(s)
Moacir Micheletto Proposição: Autor: Presidente
Pedro Novais Coordenador: Bonifácio de Andrada (PSDB)
Silas Brasileiro
Willon Santos PFL
2 vagas
Jairo Carneiro
Ney Lopes
Paes Landim
PFL Ricardo Fiuza
Vilmar Rocha
Euler Ribeiro Eliseu Resende
José Thomaz Nonõ João Carlos Bacelar PMOB
Luciano Pizzatto José Carlos Fonseca Jr.
Neuton Lima José Múcio Monteiro Henrique Eduardo Alves (Licenciado)
Ney Lopes Roberto Argenta (PHS)
Zéze Perrella Sérgio Barcellos
1 vaga Wilson Braga PSOB

PT Bonifácio de Andrada
Zenaldo Coutinho
João Grandão Marcos Afonso
3 vagas Padre Roque
Teima de Souza PT
1 vaga
1 vaga

PPB
PPB
Dilceu Sperafico Nelson Meurer
Roberto Balestra Salomão Cruz Ibrahim Abi-Ackel
Romel Anizio 1 vaga

Bloco (PL, PST, PMN, PSO, PSL)


POT
De Velasco
Pompeo de Mattos Dr. Hélio
Secretário: Marcos Figueira de Almeida
Local: Servo Comissões Especiais, Anexo 11
Bloeo (P5B, PedoB)
Telefone: 31B-B430
Vanessa Grazziottin 1 vaga
GRUPO DE TRABALHO PARA ANALISAR
AS PROPOSiÇÕES EM TRAMITAÇÃO
Bloco (PL, PSL) NA CÂMARA DOS DEPUTADOS
Paulo José Gouvea Pastor Valdeci Paiva QUE DISPÕEM SOBRE IMUNIDADE
PARLAMENTAR E, SE FOR O CASO,
PPS
OFERECER SUGESTÕES ALTERNATIVAS
Proposição: Autor: Presidnete
Emerson Kapaz 1 vaga Coordenador: Ibrahim Abi-Ackel (PPB)
Titulares Suplentes Darci Coelho (Licenciado) (PFL)
Djalma Paes (PSB)
PPB Edmar Moreira (PPB)
Ibrahim Abi-Ackel Eduardo Jorge (Licenciado) (PT)
PFL Félix Mendonça (PTB)
Jaime Martins Fernando Ferro (PT)
Fernando Gabeira (PV)
PSDB Gonzaga Patriota (PSB)
Antonio Carlos Pannunzio Haroldo Lima (PCdoB)
Bonifácio de Andrada Henrique Eduardo Alves (PMDB) (Licenciado)
PMDB Herculano Anghinelti (PPB)
Cezar Schirmer Iberê Ferreira (PPB)
Inácio Arruda (PCdoB)
PT João Caldas (PL)
Jaques Wagner João Leão (PSDB)
João Mendes (PMDB)
PTB Joel de Hollanda (PFL)
Luiz Antonio Fleury
Jorge Alberto (PMDB)
Bloco (PSB, pedoB) Jorge Khoury (PFL)
José Antonio Almeida José Linhares (PPB)
José Pimentel (PT)
Bloco (PL, PST, PMN, PSD, PSL) José Rocha (PFL)
Bispo Rodrigues José Thomaz Nonô (PFL)
PPS Laire Rosado (PMDB)
Regis Cavalcante Lavoisier Maia (PFL)
Luiz Dantas (PST)
PV Manoel Salviano (PSDB)
Fernando Gabeira Marcondes Gadelha (PFL)
PDT Marcos de Jesus
Pompeo de Mattos Maria Abadia (PSDB) (Licenciada)
Maria do Carmo Lara (PT)
Secretário (a): Erles Janner Costa Gorini Mário Negromonte (PSDB)
Local: Servo Comissões Especiais, Anexo 11, Sala 165-B Milton Andrade (PFL)
Telefone: 318-7063 Múcio Sá (PMDB)
Neiva Moreira (PDT)
GRUPO DE TRABALHO DESTINADO A TRATAR Nelson Marquezelli (PTB)
Nilo Coelho (PSDB)
DA TRANSPOSiÇÃO DE ÁGUAS DO RIO SÃO Osvaldo Coelho (PFL)
FRANCISCO E REVITALlZAÇÃO DO SEU Osvaldo Reis (PMDB)
CURSO, BEM COMO APRESENTAR Paes Landim (PFL)
Paulo Braga (PFL)
PROPOSTAS AO ORÇAMENTO QUE Paulo Magalhães (PFL)
VIABllIZEM ESTAS AÇÕES Pedro Corrêa (PPB)
Pedro Eugênio (PPS)
Presidente: Henrique Eduardo Alves (PMDB) Philemon Rodrigues (PL)
1° Vice-Presidente: João Caldas (PL) Pinheiro Landim (PMDB)
2° Vice-Presidente: Rafael Guerra (PSDB)
3° Vice-Presidente: Mário Negromonte (PSDB) Raimundo Gomes de Matos (PSDB)
Relator: Marcondes Gadelha (PFL) Regis Cavalcante (PPS)
Titulares Suplentes Ricardo Rique (PSDB)
Albérico Filho (PMDB) Robério Araújo (PL)
Almeida De Jesus (Licenciado) (PL) Roberto Pessoa (PFL)
Antônio Jorge (PTB) Roberto Rocha (PSDB)
Ariston Andrade (PFL) Ronaldo Vasconcellos (S. Par!.)
Armando Abflio (PMDB) Saulo Pedrosa (PSDB)
Aroldo Cedraz (PFL) (Licenciado) Sérgio Guerra (PSDB)
Augusto Franco (PSDB) Sérgio Novais (PSB)
Avenzoar Arruda (PT) Silas Câmara (PTB)
B. Sá (PSDB) Teima de Souza (PT)
Carlos Alberto Rosado (PFL) Ursicino Queiroz (PFL)
Carlos Dunga (PMDB) Waldir Pires (PT)
Cesar Bandeira (PFL) Wellington Dias (PT)
Ciro Nogueira (PFL) Wilson Braga (PFL)
Clementino Coelho (PPS) 4 vagas
Cleonâncio Fonseca (PPB)
Cleuber Carneiro (PFL) Secretária: Maria de Fátima Moreira
Coriolano Sales (PMDB) Local: Servo Comissões Especiais, Anexo li, Sala 165-B
Telefone: 318-7060
Damião Feliciano (PMDB)
PREÇO DE ASSINATURA
SEMESTRAL
Assinatura OCD ou DSF s/o porte
Porte de Correio as 31.00
Assinatura OCD ou DSF c/o porte (cada) R.S96,O
Valor do número avulso
RS 127,60
RSO,30
Pone avulso
RSO.80

PREÇO DE ASSINATURA
ANUAL
Assinatura OCD ou DSF s/o porte Ri 62~OO
Porte de Correio RI 193,20
Assinatura OCO ou OSF c/o porte (cada) RS 255.20
V bior do número avulso RS 0.30
Porte avulso RS 0.80

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02000202901OO]-X .- Vcn~ de Edi'a4
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