Você está na página 1de 70

Rute Sofia Santos Vieira

Projecto de Investigação

Quadro Interactivo Multimédia


na Educação Básica

Curso: Pós - Graduação em TIC EM CONTEXTOS DEAPRENDIZAGEM

Escola Superior de Educação de Paula Frassinetti, 28 de Julho de 2008


Rute Sofia Santos Vieira

Projecto de Investigação

Quadro Interactivo Multimédia


na Educação Básica

Curso: Pós - Graduação em TIC EM CONTEXTOS DEAPRENDIZAGEM

Sob a Orientação de:

Mestre Rui Ramalho

Assinatura do Orientador:

______________________________

Classificação Final (Nota de Júri)

____________________________

Escola Superior de Educação de Paula Frassinetti, 28 de Julho de 2008


Declaração do Autor

Declaro que o Trabalho de Investigação apresentado foi levado a cabo de acordo com o Regulamento da
Escola Superior de Educação de Paula Frassinetti. O Trabalho é original, excepto onde indicado por
referência especial no texto. Quaisquer visões expressas são as do autor e não representam de modo
nenhum as visões da Escola Superior de Educação de Paula Frassinetti. Este Trabalho, no tido ou em parte,
não foi apresentado para avaliação noutras instituições de ensino superior portuguesas ou estrangeiras.

Assinatura do Aluno: _______________________________________________________

Data: ____ / ____ / ____


Palavras Chave

Quadro, Interactivo, Multimédia, Tecnologias, Informação, Comunicação, Interactividade,


Actividade, Ensino, Educação, Professor.
Sumário

Na escola, as TIC são um elemento constituinte do ambiente de aprendizagem.


Elas podem apoiar a aprendizagem de conteúdos e o desenvolvimento de capacidades
específicas, tanto através de software educacional como de ferramentas de uso corrente
(Pacheco 2001 etal).
Assistimos, actualmente, a profundas alterações em relação às TIC, principalmente
ao nível da Educação. É urgente uma nova postura do educador no sentido de uma
organização que se quer mais inovadora do seu trabalho e das actividades escolares.
A melhoria da qualidade de ensino passa, inevitavelmente, pelo aproveitamento
das potencialidades que nos oferecem as TIC, contribuindo para a satisfação dos
objectivos do sistema de ensino.
Cada vez mais, parte integrante da vida social de indivíduos cada vez mais jovens,
as novas tecnologias de informação têm vindo a conquistar novas dimensões e a assumir
novos papéis, pelo que urge repensar a educação de forma que as metodologias de
ensino estejam de acordo com os novos recursos disponíveis. É, pois, necessário, não só
ter estes em conta, mas também atender às exigências educativas actuais, deixando de
utilizar as novas tecnologias em função dos paradigmas do passado. Importa, acima de
tudo, considerar a importância de criar contextos de aprendizagem plenos de actividades,
de interacções e de ambientes sociais culturalmente ricos (Figueiredo, 2000).
Nos dias que correm urge, a cada minuto, uma adaptação a novas realidades e a
novas situações. Neste sentido, estamos a viver um novo processo, uma passagem do
“quadro negro ao Quadro Interactivo Multimédia”. As diferenças e potencialidades deste
recurso são diversas e estão na ordem do dia.
O Quadro Interactivo Multimédia assume-se como uma nova ferramenta de
trabalho que permite implementar estratégias de ensino inovadoras, despertando a
atenção e motivação dos alunos.
SMITH (1999) refere que os quadros interactivos inspiram os professores a mudar
a sua pedagogia usando mais as TIC, encorajando o seu desenvolvimento profissional.
Dessa forma, pretende-se, com este projecto, contribuir para uma melhoria
significativa do exercício profissional de professores, tendo em conta a utilização eficiente
do Quadro Interactivo Multimédia. Para que os professores encarem esta nova cultura
digital como uma oportunidade de alcançar o sucesso educativo, serão propostas e
elaboradas um conjunto de actividades possíveis de serem implementadas no acto
educativo, utilizando os Quadros Interactivos Multimédia. Deste modo é ainda minha
pretensão desenvolver competências em diferentes dimensões, tais como: instrumental,
cognitiva, comportamental e axiológica.
Abstract

In school, the information and communication technologies are part of the


learning environment. They can support the learning of contents and the development of
specific capacities not only through educational software but also through tools of
everyday use (Pacheco 2001 etal ).
Nowadays, we can witness profound changes in what concerns the information
and communication technologies, mainly at education level. There is a desperate need for
a new attitude of the educator towards a more innovative organization of his/ her work
and of the school activities.
The improvement of the teaching quality is inevitably connected to the use of the
potentialities that the communication and information technologies offer us, contributing
to the achievement of the goals of the education system.
Becoming more and more part of the social life of more and more young people,
the information technologies have conquered new areas and taken on new roles,
therefore it is really necessary to rethink the education, so that the new teaching
methodologies are according to the new available resources.
It is necessary not only to take these into account, but also pay attention to
today’s education demands, and stop using the new technologies according to the
paradigms of the past. Above all, it is necessary to create learning contexts full of
activities, interactions and social environments culturally rich ( Figueiredo, 2000).
Nowadays it is urgent to adapt oneself to the new realities and the new situations.
In this sense, we are living a new process, a change from the “blackboard to the
multimedia interactive board”. The differences and the potentialities of this resource are
varied and are in the order of the day.
The multimedia interactive board is seen as a new tool of work that allows
implement innovating teaching strategies, awakening pupils attention and motivation.
Smith (1999) refers that interactive boards inspire teachers to change their
pedagogy using more the communication and information technologies, encouraging
their professional development.
In this way, with this project we intend to contribute to a great improvement of
the teachers‘activity, taking into account the efficient using of the multimedia interactive
board. So that teachers face this new digital culture as an opportunity to achieve the
educative success, it will be proposed and created an amount of activities that might be
used in the educative activity, making use of the multimedia interactive boards. In this
way, it is still my intention to develop qualifications in different areas: instrumental,
cognitive, behavioural and axiological.
ÍNDICE

ÍNDICE DE FIGURAS ................................................................................................................... 3


ÍNDICE DE GRÁFICOS .................................................................................................................. 4
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................... 5

CAPÍTULO 1 - TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO ........................................... 8

TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (TIC)..................................................................... 9


As TIC em Contexto Educativo .......................................................................................... 9
A Internet ...................................................................................................................... 10
Segurança na Internet............................................................................................................. 11
Conselhos para os Professores ........................................................................................... 12
Conselhos para os Pais ....................................................................................................... 12
As Crianças - alguns sítios de interesse ............................................................................... 13
Segurança do Computador................................................................................................. 13
Blogues ......................................................................................................................... 14
WebQuest - Metodologia de pesquisa orientada ............................................................ 15
Estutura da WebQuest ............................................................................................................ 15
PROCESSO ENSINO / APRENDIZAGEM .......................................................................................... 17
As TIC como Recurso e / ou Estratégia de Promoção ...................................................... 17

CAPÍTULO 2 - QUADRO INTERACTIVO MULTIMÉDIA .............................................................. 19

QUADRO INTERACTIVO MULTIMÉDIA (Q. I. M.) ............................................................................. 20


O que é? ........................................................................................................................ 20
O Q. I. M. na Educação Básica........................................................................................ 21
Tipos de Q. I. M ............................................................................................................. 23
Alguns Exemplos de Q. I. M - Marcas Representativas .................................................... 24
eBeam.................................................................................................................................... 24
Interwrite ............................................................................................................................... 25
Smart Board ........................................................................................................................... 26
Promethean ........................................................................................................................... 27
MagicBoard ............................................................................................................................ 28
Alguns Conselhos práticos.............................................................................................. 30
Vantagens / Desvantagens da utilização do Q. I. M ........................................................ 31
Vantagens .............................................................................................................................. 31
Desvantagens ......................................................................................................................... 33

CAPÍTULO 3 - METODOLOGIA DE TRABALHO/INVESTIGAÇÃO- ACÇÃO ................................... 34


Quadro Interactivo Multimédia na Educação Básica

PROPOSTA DE ACTIVIDADES....................................................................................................... 45
Software........................................................................................................................ 47
EdiLIM .................................................................................................................................... 47
Hot Potatoes .......................................................................................................................... 48
Ardora .................................................................................................................................... 49
La Voiuvre .............................................................................................................................. 50
Sítio Público – Internet ................................................................................................... 51
Quadros Interactivos Multimédia na Educação Básica.............................................................. 51
CONCLUSÃO .......................................................................................................................... 53
BIBLIOGRAFIA ........................................................................................................................ 55
ANEXOS ............................................................................................................................... 59

2
Quadro Interactivo Multimédia na Educação Básica

ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1 - Ligação eBeam por Bluetooth ...........................................................25


Figura 2 - Ligação do Q. I. M. Interwrite ...........................................................26
Figura 3 - Q. I. M. Interwrite .............................................................................26
Figura 4 - Q. I. M. Smart Board 600i .................................................................27
Figura 5 - Q. I. M. Activboard – Promethean ....................................................28
Figura 6 - Q. I. M. Magicboard ..........................................................................29
Figura 7 - Interface do programa EdiLIM – tipo de actividades possíveis ..........48
Figura 8 - Interface do programa Hot Potatoes – tipo de actividades possíveis 49
Figura 9 - Interface do programa Ardora – tipo de actividades possíveis ..........50
Figura 10 - Interface do programa La Vouivre ..................................................51
Figura 11 - Página Principal do sítio público......................................................52

3
Quadro Interactivo Multimédia na Educação Básica

ÍNDICE DE GRÁFICOS

Gráfico 1 - Tipo de Tecnologias da Informação e Comunicação usadas na sala de aula 36


Gráfico 2 - O Q. I. M. é um recurso inovador? ..............................................................36
Gráfico 3 - Acha importante a sala de aula estar equipada com um Q. I. M.?...............37
Gráfico 4 - Tem alguma formação no funcionamento / utilização do Q. I. M.? .............37
Gráfico 5 - Poderá o Q.I.M. favorecer uma maior interacção e colaboração entre
professores e alunos? ..................................................................................................38
Gráfico 6 - Conhece o tipo de actividades que podem ser realizadas com o Q. I. M.? ..38
Gráfico 7 - A escola onde trabalha está equipada com Q. I. M.? ..................................39
Gráfico 8 - Já experimentou trabalhar com Q. I. M.?....................................................39
Gráfico 9 - Sente-se preparado para utilizar o Q. I. M. na sala de aula? .......................40
Gráfico 10 - Considera importante a integração das TIC na sala de aula? .....................40
Gráfico 11 - Género .....................................................................................................41
Gráfico 12 - Professor Titular / AEC .............................................................................41
Gráfico 13 - Professores das AEC .................................................................................42
Gráfico 14 - Tempo de Serviço Docente .......................................................................42

4
Quadro Interactivo Multimédia na Educação Básica

INTRODUÇÃO

“As TIC são um dos factores potenciadores das profundas mudanças operadas
no mundo. Com a aceleração na inovação e na dinamização da mudança, as TIC são
hoje essenciais diante da globalização da economia mundial e dos fenómenos físicos e
humanos em geral […].
Urge pois, que se faça da escola um local moderno onde os alunos tenham ao
seu dispor, para complemento da aprendizagem, não apenas dentro da sala de aula
como fora dela, um ambiente idêntico ao que os rodeia no seu quotidiano extra-
escolar. Por isso, a escola tem de enfrentar o desafio de se adaptar às novas
necessidades da sociedade e, obrigatoriamente, acompanhar o desenvolvimento das
tecnologias informáticas, pois cabe-lhe proporcionar a todos os alunos a oportunidade
de viver tipos de experiências de aprendizagem que se consideram, hoje,
fundamentais nas diversas áreas do currículo.”1
As novas tecnologias ganham cada vez mais espaço e importância no nosso
mundo actual. Se até então tudo mudou, porque não mudar o elemento fundamental
da sala de aula – o quadro preto! O quadro foi e será sempre um elemento essencial
para que o professor possa leccionar as suas aulas, uma vez que são usados
diariamente em muitas escolas.
Mas os tempos, os recursos, as condições mudam, as exigências pedagógicas
são outras e as novas tecnologias invadem aos poucos a sala de aula. Neste sentido o
Quadro Interactivo Multimédia é uma ferramenta que pode ajudar os professores a
criarem espaços de aprendizagens diferentes, lúdicos, motivadores e atractivos.
Neste contexto, com este estudo torna-se pertinente fazer um levantamento
estatístico do grau de interesse e de preparação dos professores do 1º ciclo no que diz
respeito à utilização dos Quadros Interactivos Multimédia e, sobretudo, incentivar a
utilização consistente do quadro por parte dos docentes nas suas práticas lectivas.

1
CABANAS, Elisabete, “A Importância das TIC”,
[http://proj.ese.ipvc.pt/papicrie/formadores/betypc/importanciatic.htm], disponível em 01/04/2008.

5
Quadro Interactivo Multimédia na Educação Básica

Trata-se, essencialmente, de dar resposta à questão seguinte “Os professores


estão preparados para utilizar, consistentemente, o Quadro Interactivo Multimédia
nas suas aulas?”
Posto isto, foram enumerados os seguintes objectivos específicos para este
projecto:
− Rentabilizar e potenciar recursos materiais e humanos alertando para as
vantagens, perigos e urgência da utilização das Tecnologias da
Informação e Comunicação no processo ensino / aprendizagem;
− Acompanhar os desafios do nosso tempo e tomar consciência da
possibilidade do acto educativo ser um lugar privilegiado na construção
de futuros alternativos para a humanidade e do protagonismo cada vez
maior das Tecnologias da Informação e Comunicação na configuração
da nossa sociedade;
− Utilizar as Tecnologias da Informação e Comunicação no
desenvolvimento de novas estratégias de aprendizagem, contribuindo
para a melhoria da qualidade de ensino e um maior e melhor sucesso
educativo;
− Compreender a necessidade de usar metodologias lúdicas e
motivadoras (metodologias activas);
− Fomentar a criatividade pedagógica;
− Criar materiais pedagógicos;
− Desenvolver competências instrumentais, cognitivas, comportamentais
e axiológicas;
− Fomentar a reflexão e o discernimento críticos face às implicações
didáctico-pedagógicas da utilização (ou da não utilização) do Quadro
Interactivo Multimédia em contextos educativos;
− Sensibilizar Professores para a utilização, eficiente, do Quadro
Interactivo Multimédia procurando criar atitudes conducentes ao
domínio da informação e ao gosto pela sua utilização correcta e
consistente;

6
Quadro Interactivo Multimédia na Educação Básica

− Preparar os professores para trabalhos cooperativos apoiados no uso do


Quadro Interactivo Multimédia;
− Possibilitar, aos professores, a descoberta da utilização correcta do
Quadro Interactivo Multimédia e o que o mesmo pode provocar na
mudança de atitudes e comportamentos face às aprendizagens;
− Utilizar de uma forma inovadora e crítica ferramentas informáticas,
nomeadamente o Quadro Interactivo Multimédia, para produção e
divulgação de conteúdos pedagógicos;
− Promover a interdisciplinaridade na utilização do Quadro Interactivo
Multimédia;
− Melhorar a prática docente recorrendo ao quadro interactivo.

Face a estes objectivos do estudo, procurei delinear uma estratégia


metodológica que, assentasse, essencialmente, numa técnica de recolha de dados
apoiada no inquérito por questionário. Para isso foi escolhida a potencial amostra
deste estudo que, por razões de acessibilidade, ficou definido um conjunto de 22
professores distribuídos pelas escolas do Agrupamento de Escolas Centro do Concelho
de Lousada a quem lhes foram colocadas algumas questões.

7
Quadro Interactivo Multimédia na Educação Básica

CAPÍTULO 1 - TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO


E COMUNICAÇÃO

8
Quadro Interactivo Multimédia na Educação Básica

TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (TIC)

Segundo Wagner Braga Batista, o acelerado desenvolvimento científico e


tecnológico, a sofisticação dos processos, as mudanças estruturais da economia, a
vertiginosa velocidade com que os meios de comunicação evoluem e o acesso à
informação caracterizam um ambiente de mudança que exige que a sociedade
repense os meios e as estratégias de solução para os problemas educacionais que
respondam, integralmente, às suas necessidades.
Assim, nós estamos diante um mundo em constante mudança, em constante
evolução e as TIC são um dos grandes factores responsáveis pelas grandes mudanças
vividas no mundo. Com a aceleração na inovação e na dinamização da mudança, as TIC
são hoje fundamentais diante da globalização da economia mundial e dos fenómenos
físicos e humanos em geral.

AS TIC EM CONTEXTO EDUCATIVO

As TIC auxiliam o desenvolvimento de competências, melhoram a


aprendizagem e a integração social dos alunos, desenvolvem sentimentos (Papert),
desenvolvem habilidades sobre a aprendizagem, criam condições para a discussão
sobre como aprendemos e como construímos o conhecimento, proporcionam
ambientes mais ricos e estimulantes e enriquecem e integram saberes.
Como refere PONTE (1997) “as novas tecnologias permitem que os objectivos
educacionais como a capacidade de resolver novos problemas, o desenvolvimento do
espírito crítico e da criatividade, a tomada de decisões em situações complexas sejam
desenvolvidos”.
LAFERRIÉ (1996) apresenta dados de pesquisas que comprovam os efeitos
positivos das novas tecnologias da informação e comunicação na educação onde é
salientado que “a tecnologia por si só não muda directamente o ensino ou a
aprendizagem. Pelo contrário, o elemento mais importante é como a tecnologia é
incorporada na instrução.” Torna-se assim perceptível que apesar do uso das TIC na

9
Quadro Interactivo Multimédia na Educação Básica

sala de aula “moderna” ser imprescindível é o modo de como esta se usa que é
importante para que os resultados sejam satisfatórios. Assim, o uso das TIC em
contexto educativo apresenta inúmeras vantagens na aprendizagem dos alunos, desde
que as metodologias aplicadas sejam as mais adequadas.
Assim, para que a integração das TIC na sala de aula seja eficaz, para além de
uma adequada formação de professores, terá de haver também uma transformação
da atitude dos professores. Ou seja de que adianta usar as novas tecnologias se o
método de ensino não se altera? De que adianta recorrer, por exemplo a um vídeo
projector, para ensinar a tabuada (onde aparece 2x1=2, 2x2=4…) se o método
tradicional se mantém… Por tudo isto, e como nos diz Fowell (1998), “é da
responsabilidade dos educadores avaliar o potencial das novas tecnologias em termos
da sua influência e qualidade de aprendizagem”.
Desta forma, para integrar verdadeiramente as TIC na escola, é preciso
diversificar, ousar, vencer desafios, articular saberes e construir a mudança, na escola
e na sociedade. Urge que as nossas escolas se adaptem à sociedade de informação,
proporcionando aos seus alunos ambientes de aprendizagem mais produtivos e
interessantes, de modo a não pararem no tempo, ficando desactualizadas.
Um grande desafio com que os professores se deparam constantemente é o de
fazer da escola um lugar mais atraente para os alunos e fornecer-lhes as chaves para
uma compreensão verdadeira da sociedade da informação.

A INTERNET

A Internet pode ter muitas definições, tudo depende do contexto. De uma


forma simples, pode-se distinguir a Internet como uma rede que liga milhões de
computadores de todos os países para trocar dados, informação e opiniões.

10
Quadro Interactivo Multimédia na Educação Básica

Segurança na Internet

O tema da segurança na Internet, pela sua vastidão, pela sua pertinência e,


acima de tudo, pela sua importância, assume cada vez mais um papel fundamental no
contexto educativo. A escola transformou-se, ao longo dos anos, num instrumento de
ensino de massas e de preparação de cidadãos autónomos e capazes de desenvolver
as suas próprias aprendizagens.
A Internet é, sem dúvida, um excelente recurso para novas aprendizagens,
contudo e se mal utilizada poderá ser uma ferramenta que em nada serve a educação.
Assim, e para que o uso desta sirva apenas para questões saudáveis, este tema, da
segurança na Internet, deve ser abordado e valorizado no contexto educativo.
Vivemos na era da informação, melhor dizendo, da informação instantânea,
vivemos na era da informática, em que com apenas um “clique” temos todas as
informações desejadas, ao nosso alcance.
Mas será assim tão seguro fazer um simples “clique”?
Não nos podemos esquecer que, actualmente, os maiores utilizadores da
Internet são sobretudo crianças e adolescentes. Confiantes, curiosos e ansiosos por
explorar este mundo novo e as possibilidades de relacionamento por ele
proporcionados, são por vezes arrastados para utilizações menos apropriadas com a
sua idade e o seu perfil psicológico e social.
É assim necessária a rápida intervenção dos pais e professores para alertarem
dos perigos que existem em usufruir da Internet.
Neste sentido torna-se imprescindível a implementação de estratégias para
incutir nas crianças a consciencialização dos riscos ao aceder à Internet. Não se
justifica que se proíba as crianças de utilizarem a Internet, pois dizer a uma criança que
deixe de usar a Internet seria igual a dizer-lhes que não poderão ir mais à rua ou à
escola porque aí também podem ser vítimas de vários atentados.
Desta forma, a melhor estratégia é dar a conhecer através de actividades
lúdicas e sítios de entretenimento de jogos pedagógicos em diversas áreas educativas
para que saibam actuar caso sejam colocadas perante situações perigosas. Todas estas
actividades devem estimular nas crianças momentos de aprendizagem e de prazer.

11
Quadro Interactivo Multimédia na Educação Básica

Conselhos para os Professores


Estando cientes de todas as vantagens que a Internet acarreta, no entanto, será
pertinente pensar se os professores têm noção do perigo que correm os alunos, se não
tiverem desde logo uma “educação orientada para explorar a teia”…
Cabe ao educador criar estratégias para uma navegação segura: falar
abertamente sobre as vantagens e desvantagens com os alunos, adicionar aos
favoritos sítios de interesse, levá-los a reflectir que não devem revelar informações
pessoais, orientá-los nas pesquisas…
Actualmente os pais delegam quase que exclusivamente na escola a educação
dos filhos, renegando tarefas demasiadamente preciosas para o desenvolvimento
educacional dos seus educandos. É neste seguimento, que mais uma vez, os
professores têm um papel interventivo, sobretudo neste tema, em que muitos
encarregados de educação desconhecem tudo o que envolve o termo Internet. Os
professores podem e devem, não educar apenas os filhos, mas também tentar educar
os pais. Para isso, podem organizar acções de formação, onde poderão esclarecer e
predispor os pais a estarem mais atentos e activos em todo este processo.
Em suma, os professores devem estar devidamente informados e conscientes
das potencialidades da Internet, não obstante, devem tomar, acima de tudo, uma
atitude presente e integradora de modo a construir ou reconstruir uma sociedade mais
informada e ciente.

Conselhos para os Pais


Os pais, actualmente, revelam muitas dúvidas e reservas quanto à utilização da
internet, pelo que, é necessário organizar informações e espaços de debate quanto a
estas questões de forma a elucidá-los e alertá-los não só das vantagens mas também
dos perigos da Internet.
A internet tem a capacidade de alterar a difusão das ideias e das formas de
viver em sociedade, da forma de estudar, do relacionamento entre pares e a forma de
ocupar os tempos livres. No entanto, o medo do desconhecido é o primeiro
sentimento que surge quando se dá às crianças meios que os próprios adultos não

12
Quadro Interactivo Multimédia na Educação Básica

dominam bem. E a verdade é que, de facto, há sites muito pouco recomendáveis para
crianças…
Assim, e antes de disponibilizarmos uma ferramenta com tanto poder às
crianças devemos apostar não só na formação dos menores, mas também na nossa
própria formação de pais e educadores.

As Crianças - alguns sítios de interesse


A Internet é um meio de comunicação social cada vez mais abrangente e
aliciante para quem por ela navega. Um dos públicos alvos é as crianças que por vezes
por falta de tempo dos pais, encontram na Internet um bom aliado e
consequentemente um bom entretenimento. É deste modo que cabe ao professor
enquanto agente educativo dar a conhecer os riscos que podem correr na Internet e
orientar as actividades das crianças na Internet de forma segura.
Desta forma, apresentam-se seguidamente alguns dos muitos sites em que as
crianças podem ter acesso às vantagens da Internet e onde se podem divertir a jogar.
− http://www.minerva.uevora.pt/internet-segura/
− http://criancas.jogospara.com/
− http://www.leme.pt/criancas/
− http://bestgames.com.sapo.pt/jogos_para_criancas.htm
− http://www.sitiodosmiudos.pt/57/miniclick.asp?modulo=0107
− http://www.seguranet.pt/index.php?section=1
− http://www.alzirazulmira.com/links.html
− http://sotaodaines.chrome.pt/
− http://web.educom.pt/pr1305/hotpot_est.meio.htm
− http://web.educom.pt/pr1305/lp_exercicio.htm

Segurança do Computador
A Internet é sobretudo um mundo a ser descoberto – cheio de factos, imagens
e pessoas interessantes. Como o mundo real, o mundo virtual da Internet também
possui os seus perigos e por isso é importante pôr em prática alguns procedimentos de

13
Quadro Interactivo Multimédia na Educação Básica

segurança, já que golpes, espionagem e roubo de arquivos e senhas são apenas alguns
dos problemas que as pessoas podem ter na “teia”.
Para evitar alguns destes problemas devemos:
− Sair usando Logout, Sair ou equivalente;
− Criar senhas difíceis de serem descobertas;
− Mudar a senha periodicamente;
− Usar navegadores diferentes;
− Ter cuidado com os downloads;
− Evitar sites de conteúdo duvidoso;
− Actualizar o antivírus e o antispyware;
− Não revelar informações pessoais…

BLOGUES

Os blogues são páginas simples de fácil criação e publicação uma vez que não é
necessário ter conhecimento em programação para estes serem criados e
actualizados. São caracterizados pelos seus textos curtos que podem ser lidos e
comentados por qualquer um que esteja ligado à Internet.
No contexto educativo, os blogues são uma excelente ferramenta para a
publicação de ideias uma vez que são um espaço privilegiado para a organização de
aulas, oficinas, pesquisas, onde se poderá sistematizar um assunto organizando-o de
acordo com as necessidades específicas de um grupo (de alunos ou professores),
constituindo uma estratégia significativa do processo de aprendizagem.
Para o Professor Jorge Remondes os blogues educativos permitem facilidade de
criação e edição, possibilitam interacção, aumentam as possibilidades de diálogo com
as outras disciplinas e possibilitam a construção de redes sociais e redes do saber.
Na perspectiva deste mesmo professor os blogues educativos acarretam ainda
vários benefícios quer para os professores quer para os alunos. Assim, é permitido aos
professores a elaboração de trabalhos inter-disciplinares, produção de material
instrucional, desenvolvimento de projectos, partilha de conhecimentos e experiências

14
Quadro Interactivo Multimédia na Educação Básica

e a construção de redes. Já aos alunos é-lhes dada a possibilidade de criação e edição


de resumos e matérias, descrição de projectos escolares, ligação a fontes online,
aprendizagem colaborativa e integração em redes do saber.

WEBQUEST - METODOLOGIA DE PESQUISA ORIENTADA

WebQuest é uma metodologia de pesquisa orientada da Web, em que quase


todos os recursos utilizados são provenientes da mesma. São sobretudo actividades
contextualizadas e motivadoras, disponibilizadas na Web, propostas por professores
para serem resolvidas colaborativamente por um grupo de alunos.

Para desenvolver uma WebQuest é necessário criar um site que pode ser
construído com um editor de HTML ou até mesmo com um editor de texto que possa
ser salvo como página da Web.

Estutura da WebQuest

Uma WebQuest, de qualidade, tem uma estrutura característica:


− Introdução (deve fornecer informação de modo a contextualizar o
desafio e deve ser motivadora e desafiante para os alunos);
− Tarefa (s) (deve ser interessante e exequível e pode incluir actividades
de diversos tipos);
− Processo (é uma espécie de roteiro que indica passo a passo a direcção
que os alunos deverão tomar e os recursos a consultar, deve conter a
definição dos papéis a realizar pelos alunos do grupo levando o aluno a
compreender diferentes perspectivas e partilhando responsabilidades
na execução das tarefas);
o Recursos (conjuntos de fontes de informação necessárias à
consecução da tarefa e disponíveis, preferencialmente, na

15
Quadro Interactivo Multimédia na Educação Básica

“teia”, deve atender-se à qualidade e quantidade dos recursos a


utilizar);
− Avaliação (pode incidir sobre desempenho e/ou sobre o produto a
apresentar pelos alunos, indicadores quantitativos e qualitativos
levados em consideração pelo professor na avaliação do trabalho do
grupo devem ser explicitados com clareza);
− Conclusão (deve disponibilizar-se um resumo acerca da experiência
proporcionada pela WebQuest, deve salientar as vantagens de realizar o
trabalho e despertar a curiosidade dos alunos para outras facetas do
conhecimento abordado e pode colocar-se uma questão desafiadora
numa perspectiva diferente para os alunos reflectirem);
− Ajuda (a página com informação para o Professor deve estar acessível
através da página inicial, não interferindo no menu que os alunos vão
utilizar para resolver a WebQuest, a ajuda ao aluno pode conter a
explicação e objectivos para a realização da WebQuest);
− Duração (pode ser de curta ou longa duração).

Dado tratar-se de um trabalho essencialmente educativo é frequente


acrescentar ainda sugestões e orientações para o professor.

16
Quadro Interactivo Multimédia na Educação Básica

PROCESSO ENSINO / APRENDIZAGEM

AS TIC COMO RECURSO E / OU ESTRATÉGIA DE PROMOÇÃO

Actualmente, é de absoluta importância que os alunos estejam preparados


para uma sociedade em permanente mudança, em que as TIC estão presentes. Para
isso é preciso ajudar os alunos a adquirem métodos de estudo (transmitindo-lhes o
gosto e o prazer pela procura e troca de informações) recorrendo a estratégias
pedagógicas que privilegiem o trabalho de grupo, sem, claro está, desprezar o trabalho
individual.
É extremamente necessário que o processo educativo seja orientado de forma
a maximizar a aprendizagem do aluno, promovendo a autoformação e flexibilidade
exigidas pela evolução da sociedade. A capacidade de recolha, manipulação e
contextualização deverá ser desenvolvida o quanto antes no percurso escolar, de
forma a facilitar o desenvolvimento cognitivo dos alunos (Paiva, 2000).
Penso que as escolas devem orientar os alunos no caminho da promoção
fornecendo conhecimento e paralelamente desenvolver actividades de modo a que os
alunos se tornem competentes, criativos, competitivos e sobretudo inovadores. As
aulas meramente expositivas (onde o professor assume o papel de “sábio”) devem ser
alteradas e substituídas por aulas em que os alunos possam participar activamente
com actividades práticas e enriquecedoras tornando os alunos mais autónomos e
construtores do seu próprio conhecimento.
Tudo isto ganha ainda mais importância e pertinência quando diversas
experiências demonstraram, por exemplo, que o ensino assistido por computador
possui várias vantagens uma vez que o computador obriga o aluno a estar mais
concentrado e envolvido nas diferentes tarefas e aprendizagens que realiza, o que não
acontece na aula tradicional.
Como refere SOMMANT (1996), “o aluno trabalha ao seu ritmo e pode voltar
ao passo anterior, procurando outras informações. Pode, assim, assimilar

17
Quadro Interactivo Multimédia na Educação Básica

progressivamente, mais depressa ou mais devagar, conforme as suas capacidades;


pode também escolher o seu percurso de aprendizagem, caso o documento
multimédia ofereça essa vantagem”.
A escola deve enfrentar o desafio de se adaptar às novas necessidades da
sociedade e obrigatoriamente acompanhar o desenvolvimento das TIC, caso contrário,
tornar-se-á “antiquada”, pouco atractiva e mais grave, incapaz de formar cidadãos
aptos para entrar na vida activa.
Assim, o professor tende a deixar de ser o único recurso de que os alunos
dispõem para realizar a sua aprendizagem, passando a ser um orientador capaz de
gerir discursos e práticas diversificadas e estimular as habilidades intelectuais dos
alunos, no tratamento da informação disponível e, consequentemente, o aluno deixa
de ser um mero receptor de informação, passando a ser um actor activo no processo
de ensino / aprendizagem, tomando iniciativa, propondo ideias e novos desafios.

18
Quadro Interactivo Multimédia na Educação Básica

CAPÍTULO 2 - QUADRO INTERACTIVO


MULTIMÉDIA

19
Quadro Interactivo Multimédia na Educação Básica

QUADRO INTERACTIVO MULTIMÉDIA (Q. I. M.)

“Qualquer um, naturalmente, diria isto ao entrar na minha sala de aula e ao


ficar deslumbrado com o equipamento tecnológico lá existente – computador ligado à
Internet, impressora multifunções, vídeo projector, quadro interactivo ACTIVboard,
leitor de CD e máquina fotográfica digital. Nada mal! ... Para uma sala do 1º Ciclo, em
Castelo de Paiva!
Também eu me deslumbro dentro daquelas quatro paredes, já não tanto com o
equipamento, mas com o ambiente participativo e dinâmico que envolve as
actividades, muito decorrente do uso dessas mesmas tecnologias.”
(Testemunho de uma Professora do 1º ciclo de uma EB1 de Castelo de Paiva)

Nos dias que correm urge, a cada minuto, adaptarmo-nos a novas realidades e
a novas situações. Neste sentido estamos a viver um novo processo, uma “passagem
do quadro negro ao Quadro Interactivo Multimédia”. As diferenças e potencialidades
são diversas e estão na ordem do dia.

O QUE É?

É um dispositivo de apresentação que é ligado a um computador. A informação


do computador é projectada para o Q. I. M. através de um projector digital.
Os utilizadores podem manipular o software do Q. I. M. no computador ou no
próprio quadro adicionando notas, clarificando alguns pontos, acrescentando ou
apagando ideias… Utilizando uma “caneta” ou o próprio dedo2 como um rato, o
professor ou o aluno podem executar aplicações directamente no quadro. O mais
interessante de tudo isto é que todas as notas e informações trabalhadas podem ser
guardadas ou imprimidas e distribuídas aos alunos. É ainda possível gravar o conteúdo

2
Dependendo do tipo de Q. I. M de que dispõe

20
Quadro Interactivo Multimédia na Educação Básica

exposto no quadro em diferentes formatos de apresentação, texto ou imagem, enviá-


lo por e-mail ou partilhá-lo na Internet.
O Q. I. M. assume-se, essencialmente, como uma nova ferramenta de trabalho
que permite implementar estratégias de ensino inovadoras, despertando a atenção e
motivação dos alunos.
A nível internacional, os Quadros Interactivos Multimédia são produtos que já
têm um percurso longo no tempo, mas em Portugal a sua implementação surgiu à
relativamente pouco tempo (Silveira, 1999).
Existem alguns estudos que referem que o uso desta tecnologia tem efeitos
muito positivos nas aprendizagens dos alunos, aumentando os níveis motivacionais.
GERARD (1999) refere que o uso do Q. I. M. aumenta a alegria e motivação nas
aulas para professores e alunos, ao permitir um uso mais variado e dinâmico dos
recursos. LEVY (2002) refere que aumenta a motivação dos alunos e professores e
YAGER (1991) acredita que apresentações multissensoriais aceleram e aumentam a
compreensão e que, além disso, prendem por mais tempo a atenção dos alunos.
SMITH refere que os Q. I. M. inspiram os professores a mudar a sua pedagogia
usando mais as TIC, encorajando o seu desenvolvimento profissional.

O Q. I. M. NA EDUCAÇÃO BÁSICA

O Q. I. M. permite que o professor repense nas suas estratégias de ensino


melhorando a qualidade das aprendizagens uma vez que cativa a atenção e melhora as
aprendizagens dos alunos 3 tornando assim mais aliciante, produtivo e apelativo o
processo de ensino / aprendizagem.
Com o Q. I. M. (e toda a outra tecnologia que se foi conquistando ao longo dos
tempos) o professor torna-se cada vez mais um guia e um facilitador da aprendizagem
e o aluno passa a gozar de maior autonomia na construção dos seus saberes. Cria-se

3
Segundo alguns estudos já realizados por Gerard, Levy, Yager, etal.

21
Quadro Interactivo Multimédia na Educação Básica

assim a disponibilidade dos alunos participarem activamente na aula fomentando a


aprendizagem colaborativa e novas dinâmicas na sala de aula.
Com este equipamento, juntamente com a Internet, é possível trazer para
dentro da sala de aula a interactividade, a interdisciplinaridade, a interacção social, um
certo tipo de experiências de outro modo inacessíveis mas necessárias à construção
activa e harmoniosa do saber.
Todos sabemos o apetite aguçado que os alunos, hoje em dia, têm pela
novidade, ainda mais quando falamos em novidades tecnológicas, neste campo eles
andam sempre actualizados em tudo. Assim, penso que o professor tem de ser capaz
de rentabilizar este enorme material de que dispõe. Para que esta ferramenta seja
eficaz na mão do professor, este tem de dominar a sua funcionalidade na sua
totalidade, mostrando interesse pela mesma, permitindo-lhe assim, mais sucesso
dentro da sua sala de aula.
Importa ainda referir que “com a instalação dos quadros interactivos, o poder
da imagem aumenta drasticamente na sala de aula, devendo ser usada como meio de
comunicação, de construção do conhecimento e de formação moral, etc. É, pois,
fundamental uma boa selecção das imagens que pretendemos mostrar, tendo em
conta a mensagem, os objectivos, a cor, os contrastes e o tamanho!”4
“Se o professor, após ou durante uma explicação, apresentar uma imagem, esta
permite um reforço perceptivo, facilitando a compreensão e a memorização de vários
aspectos que passariam despercebidos com uma explicação essencialmente oral…
Quando se tem, dentro da sala de aula, um quadro interactivo onde se pode
desfrutar desse colorido de imagem, onde se tem a facilidade de ampliar, facilitando a
visualização de detalhes, onde o próprio escurecimento da sala permite concentrar a
atenção, do aluno, no quadro, onde se tem a facilidade de manipulação no sentido de
voltar atrás ou parar na imagem pretendida, onde os flipcharts servem como ponto de
referência a uma aprendizagem, então reúnem-se excelentes condições para uma

4
SANTOS, José Paulo, “O Poder da imagem”,
[http://interactic.ning.com/group/QISA/forum/topic/show?id=1434880%3ATopic%3A16054], disponível
em 03/07/2008..

22
Quadro Interactivo Multimédia na Educação Básica

melhor integração da aprendizagem, aumento da compreensão e retenção da


informação essenciais para a sua progressão na escolaridade.”5

TIPOS DE Q. I. M

Existem essencialmente 4 tipos de Q. I. M., que desde já passo a descrever.


1 – Sistemas que convertem qualquer superfície lisa em quadro interactivo:
− Este tipo de sistema usa um receptor de ultra sons que detecta os sinais
enviados pelas “canetas especiais”, permitindo registar tudo que se
escreve nos quadros.
− A nível monetário é o mais barato do mercado mas tem menos
funcionalidades que os sistemas normais.
− É facilmente movível e adapta-se aos quadros existentes na sala de aula.
− Marcas representativas deste modelo de Q. I. M.: eBeam e Mimio.

2 – Q. I. M. com tecnologia baseada na resistividade:


− Este tipo de Q. I. M. é sensível ao tacto e, por isso, não é necessário o
uso de “canetas especiais” uma vez que o próprio dedo pode funcionar
como rato.
− A sua superfície é de PVC.
− Marcas representativas deste modelo de Q. I. M.: Smart e Polyvision.

3 – Q. I. M. que usa tecnologia em superfície rígida:


− Para este tipo de quadro torna-se necessário o uso de uma “caneta
especial”.
− São muito resistentes ao impacto.
− Marcas representativas deste modelo de Q. I. M.: Hitachi e Promethean.

5
SANTOS, João Paulo, “O contexto das salas de aula mudou”,
[http://jprsantos.multiply.com/journal/item/275], disponível em 03/06/2008..

23
Quadro Interactivo Multimédia na Educação Básica

4 – Q. I. M. de projecção interior:
− Este tipo de quadro não precisa de projector uma vez que, como o
próprio nome indica, a projecção é feita pelo próprio quadro.
− A nível monetário o seu custo é mais elevado mas tem a grande
vantagem de não existir sombra (uma vez que como não é necessário
um projector adicional o utilizador do quadro não precisa de se
“preocupar” com a sombra que possa fazer).
− Marcas representativas deste modelo de Q. I. M.: Hitachi e SmartBoard.

ALGUNS EXEMPLOS DE Q. I. M - MARCAS REPRESENTATIVAS

eBeam

O eBeam é um sistema compacto, portátil e de fácil utilização uma vez que


transforma qualquer parede ou quadro branco num Quadro Interactivo com
propriedades oferecidas pela generalidade dos quadros interactivos multimédia
(gravação do conteúdo do quadro, manipulação do computador, introdução de
conteúdos multimédia, captura e anotação de informação em diversos suportes, etc).
Pesa menos de 300g e é instalado em poucos minutos.
O dispositivo de interacção móvel pode-se ligar ao computador por um cabo
USB ou Bluetooth mas é também necessária a ligação de um projector para que se
possa visualizar todas as informações a serem apresentadas.
O outro elemento fundamental do sistema é uma caneta electrónica que,
basicamente, funciona como rato do computador podendo desempenhar diferentes
tarefas, como por exemplo: manipular menus e objectos virtuais, escrever, desenhar
com diferentes cores e formas, anotar, apagar…6

6
Podem ser encontradas mais informações em http://www.e-beam.com/

24
Quadro Interactivo Multimédia na Educação Básica

Figura 1 - Ligação eBeam por Bluetooth

Interwrite

A interacção com este quadro é feita através de precisão por


electromagnetismo e, por isso, é necessária uma caneta específica da Interwrite para
esta interacção acontecer.
Tal como acontece com outros Q. I. M. também neste é necessário algum
equipamento para a projecção e consequente “apresentação de conteúdos” tenha
efeito. É necessário, por sala (uma vez que este equipamento não é portátil), um
Interwrite Board, caneta de interacção, um PC com ligação USB e um projector de
vídeo.7

7
Podem ser encontradas mais informações em
http://www.interwritelearning.com/products/board/detail.html

25
Quadro Interactivo Multimédia na Educação Básica

Figura 2 - Ligação do Q. I. M. Interwrite

Figura 3 - Q. I. M. Interwrite

Smart Board

O Quadro Interactivo Smart Board, sensível ao toque, é conectado a um


computador e a um projector digital para exibir a área de trabalho do computador.

26
Quadro Interactivo Multimédia na Educação Básica

Como já foi referido anteriormente, este quadro é baseado na tecnologia da


resistividade, ou seja, é possível controlar aplicativos e abrir arquivos com o próprio
dedo.
É possível, entre outras coisas, escrever sobre qualquer coisa que apareça na
tela utilizando tinta electrónica, salvar o trabalho como um arquivo para imprimi-lo ou
enviá-lo, por exemplo, por e-mail. 8

Figura 4 - Q. I. M. Smart Board 600i

Promethean

Fabricado com um ecrã sólido, o Activboard (produzido pela Promethean) é


resistente e durável.
Integrado no Activboard, encontra-se uma grelha electromagnética que não
ficará afectada por quaisquer danos na superfície do ecrã uma vez que este Q. I. M. é
muito resistente ao impacto. A grelha garante uma exactidão incrível, com
ferramentas no ecrã, como transferidores, que possam medir até um único grau. O

8
Podem ser encontradas mais informações em http://smarttech.com/

27
Quadro Interactivo Multimédia na Educação Básica

Activboard inclui duas Activpens (canetas electrónicas), que escrevem exactamente


como canetas com a funcionalidade adicional de rato.9

Figura 5 - Q. I. M. Activboard – Promethean

MagicBoard

As imagens do computador são projectadas para o quadro através de um


projector digital, onde podem ser vistas e manipuladas. O software pode ser
controlado no próprio quadro ou no computador. Os utilizadores podem escrever
livremente no quadro usando a caneta, adicionar notas sobre imagens, utilizar a
caneta como rato e controlar aplicações directamente no quadro. Todas as notas,
imagens ou desenhos podem ser guardados e/ou impressos.10

9
Podem ser encontradas mais informações em http://www.prometheanworld.com/
10
Podem ser encontradas mais informações em http://www.magicboards.pt/aemb/home.aspx

28
Quadro Interactivo Multimédia na Educação Básica

Figura 6 - Q. I. M. Magicboard

Toda esta variedade de Q. I. M. possui um CD de instalação, para o


computador, com o software do quadro. Regra geral o interface deste software é
intuitivo e as ferramentas são de fácil acesso.
É ainda perfeitamente viável explorar o software directamente no quadro mas
também é possível fazê-lo directamente no computador mesmo não estando o Q. I. M.
ligado ao computador.
Uma das características da maior parte dos softwares dos Q. I. M é o absoluto
controlo dos objectos uma vez que, estes, depois de seleccionados facilmente podem
ser movidos, rodados, redimensionados, fixados, entre outras coisas mais…
Com a maioria dos softwares dos Q. I. M é possível:
− Utilizar diferentes cores, “canetas”, tipos de “papel”, “modelos de
fundo” e cliparts;
− Passar, sem esforço, das anotações no quadro interactivo para o
controlo do PC e todo o seu conteúdo;

29
Quadro Interactivo Multimédia na Educação Básica

− Configurar a barra de ferramentas de acordo com as suas necessidades


e o plano de aula de cada um;
− Acrescentar notas, sublinhar e destacar as imagens utilizadas;
− Mover e redimensionar notas e objectos;
− Converter objectos desenhados à mão em objectos geométricos;
− Poupar tempo com as aplicações que permitem “arrastar” e “largar”;
− Converter a escrita manual em letra de imprensa, com a função de
reconhecimento de escrita manual;
− Esconder e revelar questões;
− Colocar um teclado virtual no ecrã;
− Gravar as aulas (vídeo e som) para repetir mais tarde;
− Destacar ou ampliar uma área específica.

ALGUNS CONSELHOS PRÁTICOS

Para que o uso do Q. I. M. tenha o resultado esperado são necessários também


alguns cuidados que o professor deve ter sempre em conta aquando da sua utilização,
são eles:
− Colocar o quadro numa zona onde haja espaço suficiente em frente e
dos lados de modo a que se possa mover à volta do ecrã facilmente;
− Instalar colunas de som à volta da sala;
− Usar fontes de escrita nas actividades a apresentar que possam ser
facilmente visíveis do fundo da sala, como por exemplo Arial ou Comic
Sans Ms;
− Quando estiver a usar um website, é preferível pressionar a tecla F11 do
teclado do computador pois, deste modo, a barra de ferramentas fica
invisível, mostrando o site mais visível;
− Criar documentos que não precisem de fazer “scroll, up and down”, ou
seja, que não sejam extensos;

30
Quadro Interactivo Multimédia na Educação Básica

− Deixar espaços suficientes na página para realizar anotações e


comentários que sejam necessários.

VANTAGENS / DESVANTAGENS DA UTILIZAÇÃO DO Q. I. M

Tal como em outras tecnologias da informação também o uso dos quadros


interactivos tem impactos positivos ou negativos dependendo da maneira como estes
são usados (Gloven e Miller, 2001).

Vantagens

Nas vantagens da utilização dos quadros interactivos na sala de aula, podem ser
apontadas pelos menos as seguintes:
− É possível enriquecer a aula com vídeos, imagens e gráficos e interagir
com conteúdos que se encontrem quer na Internet quer num CD-ROM
fazendo várias anotações;
− Gravar tudo o que se escreveu ou alterou no quadro, publicar na
Internet e reproduzir em seguida, obtendo desta forma um feedback do
que foi elaborado durante a aula;
− No caso da matemática, por exemplo, é possível recorrer a conteúdos
específicos do software, por exemplo, o uso do transferidor virtual, o
reconhecimento automático de figuras ou ainda usar fundos de trabalho
próprios (papel milimétrico para construir gráficos);
− Permite a integração das TIC nas aulas de um modo que envolvam todos
os alunos (SMITH, 2001);
− Permite aos professores salvar e imprimir o que esta no quadro,
incluindo as notas feitas durante a aula facilitando as revisões e o
esforço de repetição (WALKER, 2002);
− Permite aos professores partilhar e reutilizar os materiais diminuindo o
trabalho de preparação das aulas (GLOVER e MILER, 2001);

31
Quadro Interactivo Multimédia na Educação Básica

− Permite a existência de mais oportunidades para interagir e discutir na


sala de aula (GERARD e tal, 1999);
− Maiores oportunidades para a participação e colaboração
desenvolvendo as competências pessoais e sociais dos alunos (LEVY,
2002);
− Permite aos estudantes serem mais criativos nas apresentações aos
seus colegas de turma (LEVY, 2002);
− A educação à distância é outra potencialidade, através de ferramentas,
como o NetMeeting, ou, por exemplo, o software específico da Smart
Technologies;
− As salas equipadas só com um computador poderão tornar-se mais
funcionais uma vez que o quadro optimiza a rentabilização do
computador, pois é possível a sua utilização por diversos alunos em
simultâneo;
− Desenvolve o pensamento crítico dos alunos, possibilita a interacção do
grupo, a sua utilização é intuitiva e não requer necessariamente a
utilização de software específico para a criação de actividades;
− Os Q. I. M. são ferramentas muito atractivas e limpas, devido ao uso de
canetas e apagadores electrónicos, ou do próprio dedo do utilizador;
− Como não é necessário o uso do teclado é possível que o Q. I. M. seja
utilizado por alunos mais novos ou com deficiência (Goodison, 2002);
− A taxa de retenção de conhecimentos é muito mais alta com o Q. I. M.
do que em aulas em que este recurso não está presente (de acordo com
um estudo realizado por Tate em 2002);
− Maior envolvimento e motivação por parte dos alunos;
− Estimulação visual, cinestésica e auditiva;
− Interactividade, colaboração, espírito crítico.

32
Quadro Interactivo Multimédia na Educação Básica

Desvantagens

Quanto às desvantagens também podem ser mencionadas algumas


nomeadamente:
− Custo elevado do equipamento e da instalação e falta de mobilidade;
− Por parte de alguns professores existe alguma resistência em aceitar os
desafios da mudança;
− A concepção de materiais e as estratégias de utilização de
equipamentos requer um grande investimento em termos de tempo;
− Está dependente da energia eléctrica e, por isso, poderá existir alturas
em que este pode não ser usado pondo em causa toda a aula, planeada
em torno deste recurso.

Assim, cabe a nós professores tirar o melhor partido desta nova tecnologia
sabendo contornar da melhor forma as suas desvantagens tendo sempre em conta
que o uso dos quadros interactivos não deve ser visto só como apresentação mas,
também como um aparelho comunicador e interactivo (Greffnhagen, 2002) capaz de
enriquecer bastante o processo de ensino / aprendizagem.

33
Quadro Interactivo Multimédia na Educação Básica

CAPÍTULO 3 - METODOLOGIA DE
TRABALHO/INVESTIGAÇÃO- ACÇÃO

34
Quadro Interactivo Multimédia na Educação Básica

METODOLOGIA

O objectivo principal deste estudo foi fazer um levantamento estatístico do


grau de interesse e de preparação dos professores do 1º ciclo no que diz respeito à
utilização dos Quadros Interactivos Multimédia e, sobretudo, incentivar a utilização
consistente do quadro por parte dos docentes nas suas práticas lectivas.
Para isso, procedeu-se a uma investigação de cariz quantitativo, onde se
começou por determinar qual o público-alvo para este estudo – professores do 1º ciclo
do Agrupamento de Escolas Centro do Concelho de Lousada uma vez que eu leccionei
em 2 escolas deste agrupamento e, por esse motivo, estava próxima desta realidade,
das necessidades dos professores e, sobretudo, por questões de acessibilidade foi
possível manter um contacto mais próximo.
Foi definida, para o efeito, uma amostra de 22 professores no total, distribuídos
aleatoriamente pelas 11 escolas do Agrupamento de Escolas Centro do Concelho de
Lousada.
Assim, foram realizados 22 inquéritos por questionário a professores Titulares
de turma bem como a professores das diferentes Actividades de Enriquecimento
Curricular.
Desta forma, passo seguidamente ao tratamento dos dados recolhidos e à
discussão dos resultados obtidos.

35
Quadro Interactivo Multimédia na Educação Básica

Gráfico 1 - Tipo de Tecnologias da Informação e Comunicação usadas na sala de aula

111
15 21
5
9 6 17

Quadro Interactivo Internet


Processamento de texto Folha de Cálculo
Programa de Tratamento de Imagem Programa de Tratamento de Som
Vídeo Software Educativo
Projector multimédia Nenhum dos anteriores

Depois de visualizarmos atentamente este gráfico pode-se concluir que, regra


geral, as TIC são bastante utilizadas na sala de aula nomeadamente a Internet, o
programa de processamento de texto e o software educativo. No entanto, apenas um
dos professores inquiridos costuma usar regularmente o Q. I. M.

Gráfico 2 - O Q. I. M. é um recurso inovador?

0%

100%

Sim Não

Todos os professores consideram o Q. I. M. como um recurso inovador o que,


mais uma vez, destaca a importância e a utilidade da realização deste estudo.

36
Quadro Interactivo Multimédia na Educação Básica

Gráfico 3 - Acha importante a sala de aula estar equipada com um Q. I. M.?

15

Pouco Importante Medianamente Importante Muito Importante

Apesar de todos os professores acharem o Q. I. M. um recurso inovador


existem ainda 7 professores que consideram medianamente importante uma sala de
aula estar equipada com esta tecnologia.

Gráfico 4 - Tem alguma formação no funcionamento / utilização do Q. I. M.?

19

Sim Não

Dos 22 professores inquiridos apenas 3 têm formação no funcionamento e / ou


utilização do Q. I. M. o que parece um pouco contraditório pois se é um recurso
inovador e com alguma importância para o processo de ensino / aprendizagem os
professores ainda não “procuraram” ou ainda não houve oportunidade de fazerem
formação nesta área.

37
Quadro Interactivo Multimédia na Educação Básica

Gráfico 5 - Poderá o Q.I.M. favorecer uma maior interacção e colaboração entre professores e alunos?

17

Sim Não Não sabe / Não responde

Mais de metade dos professores, 17, referem que o Q. I. M. poderá, de facto,


favorecer uma maior interacção e colaboração entre professores e alunos ressalvando,
mais uma vez, a vantagem do uso de Q. I. M. na sala de aula.

Gráfico 6 - Conhece o tipo de actividades que podem ser realizadas com o Q. I. M.?

17

Sim Não

Apesar do Q. I. M. ser um dos assuntos da “moda” existem, no entanto, 5


professores que ainda não tiveram necessidade / interesse em conhecer o tipo de
actividades que podem ser realizadas com o Q. I. M.

38
Quadro Interactivo Multimédia na Educação Básica

Gráfico 7 - A escola onde trabalha está equipada com Q. I. M.?

21

Sim Não

De todos os professores inquiridos pode-se referir que apenas 1 professor


trabalha numa escola equipada com Q. I. M. No entanto, foi transmitido pela
autarquia, deste concelho, o interesse de equipar, no próximo ano lectivo 2008/2009,
mais algumas escolas com o Q. I. M.

Gráfico 8 - Já experimentou trabalhar com Q. I. M.?

17

Sim Não

Apenas 5 dos inquiridos referiram que já tiveram oportunidade de trabalhar


com o Q. I. M. Destes 5 professores, 3 deles são os que já possuem formação no

39
Quadro Interactivo Multimédia na Educação Básica

funcionamento / utilização do Q. I. M pelo que apenas 2, por iniciativa própria, tiveram


a possibilidade de trabalhar com o Q. I. M.

Gráfico 9 - Sente-se preparado para utilizar o Q. I. M. na sala de aula?

9
13

Sim Não

Através da observação atenta deste gráfico pode-se referir que mais de metade
dos professores, ou seja, 13 professores confessam sentir alguma insegurança na
utilização do Q. I. M pois ainda não se acham preparados para usar este recurso.

Gráfico 10 - Considera importante a integração das TIC na sala de aula?

22

Sim Não

40
Quadro Interactivo Multimédia na Educação Básica

É evidente e consensual por todos os professores que a integração das TIC na


sala de aula é bastante importante.

Gráfico 11 - Género

19

Feminino Masculino

Já no que diz respeito aos dados gerais desta amostra, quanto ao género, pode-
se referir que dos 22 professores inquiridos, 3 são do sexo masculino e 19 são do sexo
feminino.
Gráfico 12 - Professor Titular / AEC

10
12

Professor Titular da Turma Professor AEC

41
Quadro Interactivo Multimédia na Educação Básica

Pode-se constatar, através do gráfico anterior, que dos 22 inquiridos, 12 são


professores titulares de turma e 10 são professores das Actividades de Enriquecimento
Curricular das mais diversas áreas como se pode ver seguidamente.

Gráfico 13 - Professores das AEC

1
3

5 1

Inglês Expressão Musical


Expressões e Tecnologia Actividade Física Desportiva

Dos 10 professores das AEC, 5 são professores de Expressão e Tecnologia, 1 é


professor de Actividade Física Desportiva, 1 é professor de Expressão e, finalmente 3
são professores de inglês.
Gráfico 14 - Tempo de Serviço Docente

3
9
5

Menos de 5 anos Entre 5 e 10 anos


Entre 11 e 15 anos Mais de 15 anos

42
Quadro Interactivo Multimédia na Educação Básica

Para finalizar importa referir que no que diz respeito ao tempo de serviço
docente prestado até ao momento a amostra é bastante heterogénea uma vez que 9
professores têm menos de 5 anos de serviço, outros 5 professores têm entre 5 e 10
anos, 5 têm entre 11 e 15 anos restando apenas 3 docentes com mais de 15 anos de
tempo de serviço docente.

Ao iniciar este trabalho e levando em linha de consideração que pessoalmente


trabalhava directamente com a população alvo da amostra antevi que o uso dos Q. I.
M. é ainda uma realidade distante no Agrupamento de Escolas Centro do concelho de
Lousada. Estas previsões confirmaram-se durante a análise dos inquéritos,
particularmente, no que se refere à formação no funcionamento / utilização deste
recurso na sala de aula, apesar da maioria dos inquiridos considerarem que o Q. I. M.
favorece uma maior interacção e colaboração entre professores e alunos, a mesma
maioria considera que ainda não se encontra preparada para a aplicação do mesmo no
contexto de sala de aula.
No entanto, os resultados deste estudo revelaram existir interesse por parte
dos docentes para a implementação dos quadros interactivos no contexto educativo,
apesar dos mesmos inquiridos referirem que nunca usaram este recurso e nem têm
sequer formação para a utilização dos mesmos.
Por tudo isto, e uma vez que todos os professores se mostraram bastante
interessados e receptivos ao tema abordado, os Q. I. M. na Educação Básica, pensei
que seria de extrema importância e necessidade a construção de um “sítio publico”
(site disponível na Internet), intitulado com o mesmo tema, onde poderão ser
encontradas várias actividades que poderão ser usadas em qualquer Q. I. M.

Ainda no que diz respeito a este capítulo e para finalizar importa referir que
todo o trabalho desenvolvido no presente estudo foi obtido tendo por base a recolha
de dados através da aplicação de um inquérito por questionário, pois este permite a
obtenção directa de informação, Estrela (1994) afirma que com este instrumento tem-
se por objectivo a recolha de dados de opinião que forneçam pistas para a

43
Quadro Interactivo Multimédia na Educação Básica

caracterização do processo em estudo bem como o conhecimento dos seus


intervenientes.
Optou-se por esta metodologia uma vez que esta permite uma maior
flexibilidade, de acordo com Tem Brink, T.D. (1982, citado por Valter Lemos, 1998), os
inquéritos têm particularidades relativamente ao tipo de informação obtida, à
objectividade e à relação tempo/resultado.

44
Quadro Interactivo Multimédia na Educação Básica

PROPOSTA DE ACTIVIDADES

“Por mais nobres, sofisticadas e iluminadas que possam ser as propostas de


mudança e de aperfeiçoamento, elas não terão quaisquer efeitos se os professores não
as adoptarem na sua própria sala de aula e não as traduzirem em práticas de ensino
eficazes”.
(FULLAN, Michael, HARGREAVES, Andy, Porque é que vale a pena lutar? O
trabalho de equipa na escola, Porto Editora, 2001.)

Utilizar um Q. I. M. requer alguma experiência prévia, quer a nível técnico quer


a nível pedagógico. No entanto, mais importante que essa preparação é a vontade e o
interesse que professores devem ter para tornar o sistema de ensino e a aprendizagem
na sala de aula verdadeiramente interactivos. De outra forma, o Q. I. M. não passará
de uma nova forma de ilustração da aula, mais uma nova tecnologia a contemplar as
práticas tradicionais de ensino.
Para que os Q. I. M. sejam uma ferramenta valiosa no ensino, existe a
necessidade dos professores e os alunos dominarem, interessarem-se e adaptarem-se
a esta nova tecnologia uma vez que as aulas, utilizando este recurso, poderão tornar-
se mais dinâmicas, criativas e a adesão dos alunos aos conteúdos programáticos será,
certamente, maior.
Assim, enquanto professores, quando escolhemos ou realizamos actividades a
serem usadas no Q. I. M devemos ter em linha de consideração o seguinte:
− A sua funcionalidade;
− A faixa etária a que se destina é a adequada;
− O objectivo do seu uso;
− O grau de interactividade;
− Características técnicas.
Por tudo isto, Gomes & Silva (1997) diz que “as aplicações educativas devem
ser avaliadas em múltiplas perspectivas de forma a garantir a sua qualidade e eficácia”.

45
Quadro Interactivo Multimédia na Educação Básica

Os jogos multimédia trazem consigo todas as potencialidades dos


computadores, nomeadamente a interactividade. Para Valentim (2002) é neste
contexto que o jogo ganha um espaço como ferramenta ideal da aprendizagem, na
medida em que propõe estímulo ao interesse do aluno. O jogo ajuda-o a construir
novas descobertas, desenvolve e enriquece a sua personalidade, e simboliza um
instrumento pedagógico (...).
Ao professor compete, a cada dia que passa, ensinar os alunos a “aprender a
aprender” tendo um papel orientador na construção de todo o processo cognitivo, e,
por isso, as várias actividades interactivas construídas e pensadas por ele deverão ser
encaradas como uma ferramenta ao serviço do processo de ensino / aprendizagem e
nunca como um substituto do professor.
Com este projecto, pretende-se, sobretudo, contribuir para uma melhoria
significativa do exercício profissional de professores, tendo em conta a utilização
eficiente do Q. I. M.
Para que os professores encarem esta nova cultura digital como uma
oportunidade de alcançar o sucesso educativo, resolvi propor e elaborar um conjunto
de actividades possíveis11 de serem implementadas no acto educativo, utilizando,
claro, o Q. I. M.
Para a elaboração das mais variadas actividades, destinadas ao 1º ciclo do
ensino básico, comecei por definir:
− Ano (s) de escolaridade: 1º, 2º, 3 e 4º anos;
− Área (s): Língua Portuguesa, Matemática, Estudo do Meio, Formação
Cívica, Tecnologias da Informação e Comunicação e Inglês; No âmbito
do projecto curricular de actividades foram ainda pensadas algumas
actividades no âmbito de alguns eventos (por exemplo, Carnaval,
Páscoa, S. Valentim…);
− Conteúdo (s): Estações do ano, a casa, tangran, o euro, 25 de Abril,
software e hardware… entre outros.

11
Presentes no Sítio Público - http://www.esepf.pt/~b2002292/

46
Quadro Interactivo Multimédia na Educação Básica

− Objectivo (s): Identificar vários tipos de hardware, Identificar elementos


característicos das estações do ano, identificar o som “i” presente nas
palavras…
Posto isto, as actividades foram pensadas e desenvolvidas em vários softwares
de apoio à realização de actividades escolares que desde já passo a analisar.

SOFTWARE

EdiLIM

EdiLIM é um utilitário gratuito para a criação de livros educativos interactivos,


com vários tipos de perguntas e jogos.
É possível criar vários tipos de páginas diferentes, cada uma com interessantes
características. Alguns dos jogos mais destacáveis são: As perguntas, raio X, frases,
quebra-cabeças, sopa de letras, identificação de imagens e classificação de textos.
Website: http://www.educalim.com/descargas.htm

47
Quadro Interactivo Multimédia na Educação Básica

Figura 7 - Interface do programa EdiLIM – tipo de actividades possíveis

Hot Potatoes

É um programa que contém um pacote de seis ferramentas que possibilitam a


criação de seis tipos de exercícios interactivos para a Web:
− Exercícios de preenchimento de espaços
− Teste de escolha múltipla
− Teste de resposta curta
− Sopa de palavras
− Palavras cruzadas
− Exercícios de correspondência

48
Quadro Interactivo Multimédia na Educação Básica

Para se trabalhar com este programa, tudo o que precisamos saber é onde
temos de colocar os dados (textos, questões, respostas, imagens, etc.), pois os
programas criarão, automaticamente, a página Web respectiva.
Website: http://hotpot.uvic.ca/

Figura 8 - Interface do programa Hot Potatoes – tipo de actividades possíveis

Ardora

Ardora é um programa que permite a criação de actividades em formato HTML

de forma rápida e fácil.

Com ele podemos criar mais de 30 actividades: palavras-cruzadas, caça-

palavras, painel gráfico, relógios… e para isso, o professor necessita apenas de

escolher e preparar os elementos da actividade.


Uma vez introduzidos os elementos da actividade, mediante formulários

muito fáceis e auto-explicativos, o programa cria a página Web (HTML) e o arquivo

49
Quadro Interactivo Multimédia na Educação Básica

jar (normalmente um applet Java) que contém a actividade, será necessário apenas

um navegador para visualizar e realizar a actividade.


Website: http://www.webardora.net/descarga_gal.htm

Figura 9 - Interface do programa Ardora – tipo de actividades possíveis

La Voiuvre

Permite criar o "jogo da glória" sobre as mais diversas áreas disciplinares


curriculares e não curriculares através de um interface simples lúdico e didáctico.
Website: http://www.anossaescola.com/cr/software_id.asp?soft_id=35

50
Quadro Interactivo Multimédia na Educação Básica

Figura 10 - Interface do programa La Vouivre

SÍTIO PÚBLICO – INTERNET

Quadros Interactivos Multimédia na Educação Básica

O interesse e a motivação demonstrada pelos professores inquiridos ao longo


do estudo foram de tal forma elevados que a construção de um sítio público publicado
na Internet tornou-se imprescindível.
Este sítio, denominado por “Quadros Interactivos Multimédia na Educação
Básica”, pretende, sobretudo, dar a conhecer alguma informação relativa ao tema e,
ainda, o tipo de actividades que podem ser realizadas com o quadro interactivo
multimédia. Pretende, também, motivar e incentivar os professores para a construção
de actividades para este novo tipo de recurso, para que, a utilização do quadro seja
consistente e eficiente.

51
Quadro Interactivo Multimédia na Educação Básica

Figura 11 - Página Principal do sítio público

Endereço para consulta: http://www.esepf.pt/~b2002292/

52
Quadro Interactivo Multimédia na Educação Básica

CONCLUSÃO

As novas Tecnologias da Informação e Comunicação estão cada vez mais


presentes no meio escolar, e, destes “novos” instrumentos tecnológicos, espera-se
uma acção pedagógica cheia de expectativas, porventura demasiado optimistas... São
esperados melhores resultados na aprendizagem, grande contributo para a
homogeneização na aprendizagem, a possibilidade de “trazer a vida” para a sala de
aula e a possibilidade de tornar mais variado e atractivo o trabalho do professor. No
entanto, é necessário ter consciência, de que é preciso mudar os contextos em que os
docentes intervêm, não bastando, por isso, criar e incutir nos professores uma
apropriação de técnicas, saberes e instrumentos desarticulados das suas próprias
práticas educativas e do funcionamento da escola, é necessário, por isso, incentivar e
motivar os professores para o uso consciente e efectivo das novas tecnologias, neste
caso, o uso do Quadro Interactivo Multimédia.
O Quadro Interactivo é e será usado em muitas escolas como substituto do
tradicional quadro para proporcionar aos alunos actividades mais lúdicas, motivadoras
e atractivas uma vez que este proporciona aulas mais interactivas. Para tal podem ser
utilizados materiais de qualidade que motivem os alunos e os envolvam em
actividades interactivas, nas quais os alunos obtêm um feedback imediato tendo o
professor o papel de orientador do conhecimento.
O Quadro Interactivo será cada vez mais uma realidade das nossas salas de
aula, assim cabe-nos a nós, profissionais da educação, conhecer os aspectos positivos e
menos positivos desta tecnologia para que possamos aproveitar esta ferramenta da
forma mais vantajosa possível pois trata-se de um excelente meio para a renovação
das metodologias de ensino, dos processos de aprendizagem e das dinâmicas de
interacção na sala de aula.
Contudo, é importante existirem salas equipadas com Quadro Interactivo
sendo esta apenas uma condição essencial, mas não suficiente, uma vez que os
professores é que são os elementos centrais de todo este processo educativo pois são

53
Quadro Interactivo Multimédia na Educação Básica

eles que, ao recorrerem aos Q. I. M., criam as condições necessárias para uma
melhoria das pedagogias e dos contextos de aprendizagem.
Chegada a esta fase, importa referir que este estudo decorreu, na sua
globalidade, de acordo com o que se havia pensado inicialmente. Isto é, a recolha de
dados decorreu dentro da normalidade e os professores inquiridos demonstraram
bastante interesse pela temática dos Q. I. M. mostrando-se receptivos ao
preenchimento dos inquéritos por questionário.
A maioria dos professores, apesar de não terem formação na utilização /
funcionamento dos Q. I. M., consideraram estes como um recurso inovador capaz de
favorecer uma maior colaboração entre professor e aluno. Foi possível perceber
também que um grande número de professores não se sentem ainda preparados para
usar os Q. I. M. na sala de aula pois nunca experimentaram trabalhar com este novo
recurso.
A construção de um sítio público tornou-se indispensável pois pretende-se que
este possa, de uma maneira geral, dar a conhecer o tipo de actividades que podem ser
realizadas nos Q. I. M. e de certa forma incentivar o uso e a preparação de outras
actividades para que posteriormente os professores se sintam capazes de usar,
efectivamente, o Q. I. M. pois este é uma óptima ferramenta de trabalho muito
estimulante para nós professores, sendo uma alternativa ao quadro convencional, de
modo a que podemos dinamizar e diversificar todas as actividades realizadas na sala
de aula, incentivando a participação de todos os alunos.
É ainda importante referir que com estes podemos criar grandes oportunidades
de exploração aos alunos desenvolvendo o gosto pela descoberta e exploração que irá
permitir aos alunos uma maior autonomia na concretização dos seus trabalhos.
Posto isto, só me resta sublinhar que o mais importante será que o docente tire
o maior proveito do potencial dos Quadros Interactivos Multimédia, no sentido de
estimular a aprendizagem e a interactividade, integrando metodologias dinâmicas no
processo de ensino / aprendizagem no contexto sala de aula.

54
Quadro Interactivo Multimédia na Educação Básica

BIBLIOGRAFIA

ABRANTES, J. Carlos, Debate do Segundo Dia: O Ensino, o Cinema e o Audiovisual, dir.


por Lauro António. Porto, Porto Editora, 1998.

ADAMS, M, “Whiteboard guide”, [http://www.interactive-whiteboards.co.uk],


disponível em 02/03/2008.

AFONSO, Carlos, Professores e computadores, Edições Asa, 1993.

ALVES, João Carlos Guerreiro, As TIC e a gestão pedagógica: As Tecnologias da


Informação e Comunicação ao serviço dos professores nas suas tarefas
pedagógicas, Dissertação de mestrado em Ciências da Educação,
Universidade Católica Portuguesa, 2006.

BEELAND, W. D, “Student Engagement, Visual Learning and Tecnology: Can Interactive


Boards help?”,
[http://chiron.valdosta.edu/are/Artmanscrpt/vol1no1/beeland_am.pdf],
disponível em 03/02/2008.

BELCHIOR, Margarida, TAFOI, Belisanda, PAULINO, Cristina, As novas tecnologias de


informação no 1º ciclo do ensino básico, Lisboa: Gabinete de Estudos e
Planeamento, Ministério da Educação, 1993.

BELL, Mary Ann, “12 Razões para utilizar o SMART BOARD”,


[http://smart.ccems.pt/12razoes.htm], disponível em 12/05/2008.

BRANDÃO, C, “Evolução do papel do professor – Consequências para a educação”,


Revista Aprender, 1993.

CABANAS, Elisabete, “A Importância das TIC”,


[http://proj.ese.ipvc.pt/papicrie/formadores/betypc/importanciatic.htm],
disponível em 01/04/2008.

55
Quadro Interactivo Multimédia na Educação Básica

CARTER, A, “Using interactive whiteboards with deaf children”,


[http://www.bgfl.org/bgfl/custom/resources_ftp/client_ftp/teacher/ict/wh
iteboards/index.htm], disponível em 01/06/2008.

CARTER, A, “Using interactive whiteboards with deaf children”,


[http://www.bgfl.org/bgfl/custom/resources_ftp/client_ftp/teacher/ict/wh
iteboards/index.htm], disponível em 01/02/2008.

CARVALHO, Ana Amélia Amorim, “WebQuest: um desafio aos professores para


alunos”, [http://www.iep.uminho.pt/aac/diversos/webquest/], disponível
em 25/05/2008.

CEC, “Salas do futuro”,


[http://www.cec.g12.br/cec_amb_ped%20saladofuturo_01.htm],
disponível em 27/03/2008.

CHAVES, Manuel, “Potencialidades das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC)


e sua Utilização por Crianças”,
[http://www.profala.com/arteducesp80.htm], disponível em 03/05/2008.

CORREIA, Secundino, ANDRADE, Manuela, ALVES, Elisa, Tecnologias da Informação e


da Comunicação na Educação – Propostas de trabalho e Materiais de
Apoio, Instituto de inovação educacional, 1ª Edição, 2001.

CORREIA, Secundino, O ensino/aprendizagem e as tecnologias da informação


[Texto policopiado]: ano lectivo 91/92 - comp. Secundino Correia, Porto,
Escola Superior de Educação de Paula Frassinetti.

EDUCATIC, “O lugar dos blogues nas práticas educativas – o exemplo prático do


Projecto”,
[http://www.educatic.info/index.php?option=com_content&task=view&id
=433&Itemid=5], disponível em 01/04/2008.

56
Quadro Interactivo Multimédia na Educação Básica

FIGUEIREDO, D., “A Escola do futuro”, [http://eden.dei.uc.pt/~adf//express1.htm],


disponível em 03/06/2008.

FIGUEIREDO, D., “O Futuro da Educação perante as Novas Tecnologias”,


[http://eden.dei.uc.pt/~adf//Forest95.htm], disponível em 03/06/2008.

FREIRE, Fernanda Maria Pereira, Etal, O computador em sala de aula: articulando


saberes, Campinas, Unicamp/Nied, 2000.

FREITAS, Cândido Varela, etal, Tecnologias de informação e comunicação na


aprendizagem, Lisboa, Instituto de Inovação Educacional, 1997.

FULLAN, Michael, HARGREAVES, Andy, Porque é que vale a pena lutar? O trabalho de
equipa na escola, Porto Editora, 2001.

GHIGLIONE, R., MATALON, B., O inquérito: teoria e prática, Portugal: Celta, 1993.

LIVRO VERDE, “Livro Verde para a Sociedade de Informação em Portugal – Missão para
a Sociedade da Informação”, [http://www.si.mct.pt], disponível em
27/07/2008.

MEIRELES, Alcides José da Costa, Uso de Quadros Interactivos em Educação: uma


experiência em Físico-Químicas com vantagens e “resistências”, Dissertação
de mestrado em Educação Multimédia, Porto, Faculdade de Ciências da
Universidade do Porto, 2006.

MODERNO, António, Os meios Audioscriptovisuais têm um lugar na escola: O Ensino, o


cinema e o Audiovisual, Porto, Porto Editora.

PAIVA, J., “As Tecnologias de Informação e Comunicação: utilização pelos professores”,


[http://nautilus.fis.uc.pt/cec/estudo/dados/estudo.pdf], disponível em
04/02/2008.

PAPERT, Seymour, A Máquina das Crianças, Artes Médicas, Porto Alegre, 1994.

57
Quadro Interactivo Multimédia na Educação Básica

PONTE, João Pedro da, As Novas Tecnologias e a Educação, Porto, Porto Editora, 1997.

PONTE, João, Educação hoje – O computador um instrumento da educação, Texto


Editora, 1992.

R21 – Conteúdos educativos para o século XXI, “Projecto TIME”,


[http://r21.ccems.pt/PROJECTO/TIME/tabid/311/Default.aspx], disponível
em 22/05/2008.

RODRIGUES, A. Carvalho, Quadros Interactivos Multimédia e Contextos de


Aprendizagem, DGIDC – Direcção-Geral de Inovação e de desenvolvimento
curricular.

SANTOS, João Paulo, “O contexto das salas de aula mudou”,


[http://jprsantos.multiply.com/journal/item/275], disponível em
03/06/2008.

SANTOS, José Paulo, “O Poder da imagem”,


[http://interactic.ning.com/group/QISA/forum/topic/show?id=1434880%3
ATopic%3A16054], disponível em 03/07/2008.

STIFTER, Rosemary, “Impact of smart boards on learning and instruction”,


[http://clerccenter.gallaudet.edu/ISCS/presentations/Rosemary/NTID/smt
_brd.pdf], disponível em 09/06/2008 .

VALENTE, José Armando, Computadores e conhecimento – repensando a educação,


Unicampo, 1993.

58
Quadro Interactivo Multimédia na Educação Básica

ANEXOS

Anexo I - Questionário

Quadros Interactivos Multimédia na sala de aula

Este questionário pretende fazer um levantamento das necessidades dos


professores do 1º ciclo, do Agrupamento de Escolas Centro – Lousada, no que
diz respeito a Quadros Interactivos Multimédia no âmbito do Projecto de
Investigação “TIC em Contextos de Aprendizagem” da Escola Superior de
Educação de Paula Frassinetti.

Assinale a sua resposta usando um X.

1. Que tipo de Tecnologias de Informação e Comunicação utiliza nas suas


aulas?

Quadro interactivo
Internet
Processamento de texto
Folha de Cálculo
Programa de tratamento de imagem
Programa de tratamento de som
Vídeo
Software educativo
Projector multimédia
Nenhum dos anteriores

59
Quadro Interactivo Multimédia na Educação Básica

2. Considera os quadros interactivos multimédia um recurso inovador?

Sim
Não

3. Acha importante a sala de aula estar equipada com um quadro


interactivo multimédia?

Pouco Importante
Medianamente Importante
Muito Importante

4. Tem alguma formação no funcionamento / utilização do quadro


interactivo multimédia?

Sim
Não

5. Poderão os quadros interactivos multimédia favorecer uma maior


interacção e colaboração entre professores e alunos?

Sim
Não
Não sabe / Não responde

6. Conhece o tipo de actividades que podem ser realizadas com o quadro


interactivo multimédia?

Sim
Não

60
Quadro Interactivo Multimédia na Educação Básica

7. A escola onde trabalha está equipada com quadro interactivo


multimédia?

Sim
Não

8. Já experimentou trabalhar com quadros interactivos multimédia?

Sim
Não

9. Sente-se preparado para utilizar o quadro interactivo multimédia na sala


de aula?

Sim
Não

10. Considera importante a integração das TIC na sala de aula?

Sim
Não

Dados Gerais:

Género:
Feminino

61
Quadro Interactivo Multimédia na Educação Básica

Masculino

Professor titular da turma Professor das AEC Qual:

Tempo serviço:
Menos de 5 anos
Entre 5 e 10 anos
Entre 11 e 15 anos
Mais de 15 anos

Obrigado pelo seu contributo!


Rute Vieira

62

Você também pode gostar