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Texto para Reflexo OS PRIMEIROS CONTATOS COM A ARTE A criana abandona o desenho. Esta perda, circunstancial ou duradoura, da capacidade expressiva plstica aceita pela maioria como fatalidade biolgica. Se a arte tivesse outro papel em nossa cultura, seriam diversas as atuaes da famlia, da escola e dos meios de comunicao no que toca ao conhecimento sensvel. Garantiriam a permanncia da ao de figurar na infncia e na adolescncia. Os pais desconsideram a importncia dada arte no currculo e no mtodo de ensino como critrio de seleo da escola para seus filhos. da maior importncia lembrar que a arte faz parte de nosso currculo escolar oficial e, agora, com carter de obrigatoriedade. H portanto que se equipar o professor com critrios, pois este fazer est includo na rea de conhecimentos do homem, e no no mbito dos enfeites e distraes. Se arte no se ensina, se coisa que se aprende, maior e mais difcil a ao de quem a transmite. No entanto, a palavra ensino ainda usada para a transmisso deste fazer-da comparecer neste texto, mesmo tendose em conta que este ensino atividade que se d por um modo muito especial de convvio entre aluno e professor; uma situao na qual o professor tem o papel de ampliar as possibilidades do ver e do fazer. prprio da criana o desenhar, e tantas outras atividades como a dana, o teatro, a msica... Desenhar na fase adolescente ou adulta, para quem o abandonou, permitir-se a recuperao. O adulto e o adolescente precisam munir- se de intenes para fazer arte. Escola, famlia e meios de comunicao, solidrios, como numa estratgia sem estrategistas, favorecem o abandono das atividades plsticas, fato concomitante alfabetizao. O mesmo ocorre com as outras linguagens artsticas. Encontram-se escolas, entretanto, que enfatizam a presena da arte em seus currculos e cuidam para que a capacidade de figurar no se v com a alfabetizao. Este livro vai ao encontro delas, mas refere-se quelas que ainda no centraram seus procedimentos didticos na aliana dos saberes objetivo e sensvel. Estas, infeliz e internacionalmente, so ainda a maioria. (...)
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