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Curso de Siderurgia para Fornecedores de Minérios

Curso de Siderurgia para


Fornecedores de Minério de Ferro

Carajás - Agosto/2005

GAFEP/DIPE
Curso de Siderurgia para Fornecedores de Minérios

Módulo 1
A Indústria Siderúrgica
Conceitos Básicos

Curso de Siderurgia para Fornecedores de Minério de Ferro

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Indústria Siderúrgica
MINÉRIO DE FERRO
Finos SUCATA
Granulados Aço Reciclado
Pelotas

INDÚSTRIA SIDERÚRGICA

PRODUTOS PRIMÁRIOS DE AÇO


Chapas
Barras
Vergalhões
Perfis

Produtos Manufaturados - Indústria Metal-Mecânica


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Importância da Indústria Siderúrgica - Consumo de Aço vs


Renda per Capita
F Há aumento da demanda por aço a medida que o país se desenvolve,
F O aço tem utilização em obras de infra-estrutura, transporte,
edificações e bens de consumo duráveis
600
Japão
500
Consumo de Aço per

Alemanha
400
Capita (kg)

300 EUA

200
Reino Unido
100 China
Brasil
India
0
0 5000 10000 15000 20000 25000 30000
Renda per Capita (US$)

Fonte: Direct Reduced Iron - Technology and Economics of Production and Use - ISS - Chapter 1
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Estrutura da Indústria Siderúrgica


F Siderúrgica Integrada
o Parte das matérias primas não elaboradas e vai até o produto final
o Responsável pela maior parte do aço fabricado no mundo
USINA INTEGRADA A COQUE USINA INTEGRADA A REDUÇÃO
(USIMINAS, CSN) DIRETA (USIBA)

Fonte Energética: Carvão Fonte Energética: Gás Natural

Muito Intensiva em Capital Menos Intensiva em Capital

Alta Dependência de Escala Média Dependência de Escala


Utiliza a Rota: Utiliza a Rota:
Coqueria + Alto Forno + Aciaria a Oxigênio Redução Direta + Aciaria Elétrica

F Usina Integrada a Carvão Vegetal F Usina Semi-Integrada - Mini Mill


(V&M) (BELGO – Juiz de Fora/MG)
F Usina Não-Integrada a Carvão Vegetal
(Produtores Independentes de Ferro Gusa)
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Usina Integrada a Coque (Usiminas, CSN, CST, etc.)


Fluxograma Simplificado
Granulado AF
ALTO
Minério de Ferro

FORNO CONVERSOR
E / OU

Ferro
Sinter Gusa
Feed Sinter

SINTERIZAÇÃO
Aço Líquido
E / OU

LAMINAÇÃO
Pelota AF

Carvão Coque LINGOTAMENTO

COQUERIA
PLACAS
n Bobinas
Chapas
Fundente n

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Usina Integrada Redução Direta (USIBA) - Fluxograma


Simplificado
Minério de Ferro

Granulado RD REDUÇÃO FORNO


DIRETA ELÉTRICO
Sucata
E / OU

Ferro
Pelota RD Esponja

Aço Líquido
Gás Natural Gás Redutor
LAMINAÇÃO
REFORMADOR

TARUGOS LINGOTAMENTO
n Barras
n Fio Máquina
n Vergalhões

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Usina Integrada a Carvão Vegetal (V&M do Brasil)


Fluxograma Simplificado
Granulado AF
ALTO
Minério de Ferro

E / OU
FORNO CONVERSOR

Sinter Ferro
Sinter
Feed Gusa
SINTERIZAÇÃO

E / OU
Aço Líquido
Pelota AF
LAMINAÇÃO

C. Vegetal
Terceiros

Madeira Carvão LINGOTAMENTO


Vegetal
FORNO PLACAS/BLOCOS
CARVOEJAMENTO n Perfis Estruturais
n Tubos
Fundente

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Usina Não Integrada a Carvão Vegetal (Setor Produtor de Gusa)


Fluxograma Simplificado
Minério de Ferro

Granulado AF

Gusa Líquido

C. Vegetal
Terceiros
ALTO
FORNO
FORNO
CARVOEJAMENTO
Madeira Carvão
Vegetal
MÁQUINA DE
LINGOTAR

Ferro
Fundente Gusa
Sólido

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Usina Semi-integrada (BELGO Juiz de Fora/MG) - Mini Mill


Fluxograma Simplificado
Mercado Externo

FORNO
Sucata ELÉTRICO

Ferro Primário (Gusa, DRI, etc.)

Fundente Aço Líquido

LAMINAÇÃO

TARUGOS
n BARRAS LINGOTAMENTO
n FIO MÁQUINA
n VERGALHÕES

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Posição do Fornecedor de Minério em Relação à Siderurgia

Fornecedor de Minério

ALTO FORNO
CONVERSOR
Granulado AF
Ferro
Sinter
Gusa

SINTERIZAÇÃO
Sinter Feed
Aço
Líquido
Ferro
Pelota AF
Esponja
Pellet Feed Pelota RD

PELOTIZAÇÃO
FORNO
ELÉTRICO
Granulado RD REATOR RD

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Carga Metálica Típica nos Principais Mercados

China (Top 30) 100% sínter


S: 77%
P: 15%
L: 8% S: 75%
P: 3%
Japã
Japão L: 22%

S: 65%
S: 65%
P: 20%
P: 14%
Europa L: 15%
L: 21%

50% sínter
S: 25%
Amé
América Norte P: 75%
L: 0%

Amé
América Sul

100% pelota 100% granulado

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Evolução da Participação dos Constituíntes da Carga


Metálica
1996
100

80 Granulado

Composição da Carga (%)


Pelota
60

40

20 Sinter

0
1948 1953 1958 1963 1968 1973 1978 1983 1988 1993 1998

Fonte : F. Cappel - The Future of Iron Ore Sintering & IISI


anuário & Eisen und Stahl

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Módulo 2

Processo de Sinterização

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Analogia entre o Cigarro e o Processo de Sinterização

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Processo de Sinterização de Minérios

AR
FORNO DE
IGNIÇÃO

Sinter

Zona de Combustão

Mistura Seca e Calcinada


Mistura Úmida

SUCÇÃO Camada de Forramento SUCÇÃO

GÁS GÁS

ANTES DA QUEIMA DURANTE A QUEIMA

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Sinterização de Minério de Ferro

F Esta tecnologia foi criada com o objetivo de aproveitar minérios


finos (quantidade crescente no mundo) e resíduos industriais.

F Processo de aglomeração de materiais finos baseado em:

o Mistura e homogeneização de minério de ferro fino, fundentes,


combustível e aditivos, e

o Semi-fusão dessa mistura à temperaturas de 1250~1350 °C gerando


um produto denominado sínter.

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Sinterização
Industrial

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Vista geral da Máquina de Sinterização nº 3 da Usiminas

* área total: 180 m2 (comprimento = 60 m e largura = 3 m)

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Operações unitárias de uma unidade de sinterização

SILOS DE A FINOS DE RETORNO


B FINOS DE MINÉRIO
A B C D E F ARMAZENAMENTO C FINOS DE MINÉRIO
D COQUE
E CALCÁRIO
TAMBOR DE F RESÌDUOS
MISTURAMENTO Condicionamento
CHAMINÉ

SILO E ROLO
ALIMENTADOR FORNO DE
IGNIÇÃO
FRAGMENTAÇÃO
DO BOLO DE SINTER
Tratamentos
térmico e
mecânico

SINTER

EXAUSTOR PENEIRAMENTO A RESFRIADOR


CAIXA DE
DESPOEIRAMENTO QUENTE ROTATIVO
Peneiramento

FINOS DE RETORNO PENEIRAMENTO A


FRIO

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Mistura de Sinterização: Função dos Componentes


F MINÉRIO DE FERRO: portador de ferro
o Minério Base: usado em maior proporção
o Minério de Adição: usado em menor proporção para corrigir
características da mistura ou para redução de custo

F COMBUSTÍVEL: fornecer energia ao processo


o gasoso: gás de coqueria ou de alto forno, GLP
o líquido: óleo
o sólido: coque (c. mineral ou petróleo), carvão vegetal, antracito

F FUNDENTE: reduzir a temperatura de fusão da mistura


o básico: calcário, cal, dolomita, dunito/serpentinito
o ácido: quartzo (areia)

F ADIÇÕES: corretivos de características, aproveitamento de resíduos,


recirculação
o portadores de ferro: carepa, pó de AF, lixo industrial
o outros: escória de AF, minério de Mn

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Qualidade Química e Física Típica do Sinter Atual


ITEM (%)
TFe 53 - 59
SiO2 3,5 – 6,0
CaO 8,0 – 12,0
MgO 1,0 – 2,0
Al2O3 1,0 – 2,5
FeO 3,5 – 12,0
P 0,035 – 0,060
Faixa Granulométrica 5 a 50 mm
Tamanho Médio 18 a 25 mm
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Detalhamento da etapa de tratamento térmico

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(i) Etapa de aglomeração a frio

MICROPELOTAS

* Teoria da participação das partículas na formação de micropelotas

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Efeito da Umidade da Mistura Sobre a Permeabilidade do Leito

80

PERMEABILITY (M3/MIN.M2)
P max
60

40

H opt.
20

0
0 5 MOISTURE (%) 10

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(ii) Etapa de aglomeração a quente

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Entendendo o processo de aglomeração

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Processos de assimilação e formação de fases minerais

(1) (2) (3)

(4)

< 1300°C

(4)
(5)

> 1300°C

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Processos de assimilação e formação de fases minerais

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Parâmetros importantes no processo de aglomeração

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Evolução Histórica da Tecnologia de Sinterização

PERÍODO ETAPA SUCÇÃO ALTURA FINALIDADE


(mmCA) (mm)
§ Introdução da tecnologia para
1910-1955 Primórdios 800 300 aproveitamento de rejeitos industriais
e de minérios finos.
§ Calcinação do calcário, para removê-
lo dos altos-fornos.
§ Homogeneização da distribuição
Sinter granulométrica.
1955-1968 auto fundente 1200 400 § Aumento da redutibilidade do sinter,
pelo aumento da quantidade de
hematita e substituição de silicatos
de baixa pelos ferritos de elevada
redutibilidade.
Instalações § Producão de sinter com RDI
1968-1978 de alta 1600 500 controlado, compatíveis com o
produção abastecimento dos grandes AF's.

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Evolução Histórica da Tecnologia de Sinterização

PERÍODO ETAPA SUCÇÃO ALTURA FINALIDADE


(mmCA) (mm)
Sinter com § Aumento da redutibilidade do
1978-1982 baixo teor de 1600 500 sinter,pela diminuição da quantidade
FeO e SiO2 de silicatos.
§ Redução no consumo de
Sinter energia(combustível sólido) pela
heterogêneo diminuição da proporção fundida do
1981 1600 550 sinter.
(Sinter com
baixo teor de § Aumento da redutibilidade, pela
FeO) diminuição do teor de FeO sem perda
de resistência e aumento de RDI.
§ Intensificação da redução no
Sinterização consumo de energia, particularmente
1978-1980 1600 650 de combustível sólido.
com elevada
§ Aumento da redutibilidade pela
altura de leito
diminuição do teor de FeO.

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Evolução Histórica da Tecnologia de Sinterização

PERÍODO ETAPA SUCÇÃO ALTURA FINALIDADE


(mmCA) (mm)
Sinter de alta § Aumento da redutibilidade do sinter,
1982 redutibilidade 1600 750 pelo controle da parte não fundida
(minério e perfil térmico).
Moderna § Aprimoramento da economia de
1985-1990 tecnologia de 1600 750 energia, do controle do processo e da
sinterização qualidade do sinter.
§ Adição de PF e desenvolvimento do
HPS.
§ Controle da segregação do leito (ISF).
Redução de § Alargamento da esteira de sinterização.
1990- custo de § Levitação do leito para ganho de
produção e produtividade (patente).
controle § Redução de emissão de dioxina.
ambiental § Recirculação do gás de exaustào para
redução da emissão de poluentes e
economia de coque.

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Módulo 2 (continuação)

Processo ISF
- Intensified Sifting Feeder -

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Métodos de Segregação de Mistura

Fonte: Watanabe, 1998.

Fonte: Kowalewski, 1970.

Fonte: Gushima, 1996.


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Carregamento Convencional X ISF


Convencional ISF

40°~
65° 60°

ISF

CHAPA DEFLECTORA
EFEITO
AVALANCHE

MISTURA

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Sistema ISF com a esteira da máquina vazia

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Sistema ISF em operação

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Carregamento Convencional X ISF

ü Aumento da permeabilidade do leito


ü Redução da heterogeneidade térmica
ü Redução da heterogeneidade na intensidade de reações
ü Redução da heterogeneidade nas propriedades do sinter

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Efeito do ISF na densidade de carregamento de mistura

Superior 6

5 ISF
Chute
Altura do leito

Inferior 0
1,5 1,6 1,7 1,8 1,9 2 2,1 2,2 2,3
Densidade a granel - seco (kg/t)
Fonte: Nippon Steel Coorporation, 1990.

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Efeito do ISF sobre o Perfil Térmico do Leito

CONVENCIONAL ISF
TEMPERATURA (°C)

TEMPERATURA (°C)
5 10 15 5 10 15
TEMPO (min.) TEMPO (min.)

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Aspecto do Leito de Mistura com ISF


Sistema Convencional ISF
Topo

Fundo

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Módulo 2 (continuação)

Processo HPS
- Hybrid Pelletized Sinter -

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HPS - Hybrid Pelletized Sinter

ORIGEM DA TECNOLOGIA: NKK - Japão

APLICAÇÃO: Implantado em 1988 na Usina de Fukuyama, NKK, Máquina de


Sinterização com área de esteira de 530m2.

CONCEITO: Utiliza alta participação de pellet feed na mistura à sinterizar a partir


da inclusão de discos pelotizadores no sistema de preparação de
mistura. É uma tecnologia híbrida entre a sinterização e a
pelotização.

VANTAGEM BÁSICA DO PROCESSO:

- Uso de “pellet feed barato” na sinterização;


- a NKK já utilizou até 60%

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Comparativo entre o Processo Convencional e o HPS

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Fluxogramas dos Processos Convencional (a) e o HPS (b)


(a) (b)
Recepção de matérias-primas Recepção de matérias-primas

Ensilamento Ensilamento

Dosagem
Dosagem
Misturamento (sem o coque)
Misturamento Coque
Pelotamento
Carregamento da máquina de sinter Recobrimento com coque

Beneficiamento a quente Carregamento da máquina de sinter

Beneficiamento a quente
Resfriamento
Resfriamento
Beneficiamento a frio
Beneficiamento a frio
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Classificação CVRD de Minérios de Ferro (sinter feed)


- Base: tamanho de cristal e grau de hidratação -

Tipo A Tipo B Tipo C


TM < 35 µm 35 < TM < 100 µm TM > 100 µm
TM: Tamanho Médio de Cristal

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Classificação CVRD de Minérios de Ferro (sinter feed)

Tamanho Médio PF
Grupo Subgrupo Minérios Típicos
Cristal (µm) (%)

A1* < 25 1.5 Brasil/Carajas


A Austrália
A2 < 35 3.0

Cristal Fino A3 30 - 50 6.0 Austrália (M. Mamba)


A4 < 15 9.0 Austrália

B1 35 to 50
B Brasil (Quadrilátero)
B2 50 to 60 1.0
Cristal Médio MG
B3** 60 to 100

C
C > 100 1.0 Canadá
Cristal Grosso
* Minério de Carajás
** Minérios do Sistema Sul
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Estrutura do Minério de Ferro X Performance na Sinterização


Grau de Hidratação (PF), %
0 Hematita 2 4 6 8 Goethita 10
0
Tamanho médio de cristal, µm

A1* A2 A4
30

60 B1 PRODUTIVIDADE
CONSUMO DE COMBUSTÍVEL
90 B2 RESISTÊNCIA
RDI
120
B3** REDUTIBILIDADE
150

C
180

Parâmetro cresce no sentido da seta


* Minério de Carajás
** Minérios do Sistema Sul
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Comparação de Minérios CVRD vs. Australianos (sinter feed) -


Aspecto visual -

AUSTRALIANOS BRASILEIROS

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Comparação de Minérios CVRD vs. Australianos (sinter feed)


- Parâmetros característicos -

Química (%) Granulometria (%) Mineralogia (%)


Minério
Fet SiO2 Al2O3 P PF > 6mm > 1mm < 0,15mm Hematita Goetita Cristal (µm)

Carajás 67,35 0,57 0,88 0,037 1,45 10,54 56,28 12,57 85 10 31


Itabira 65,50 4,40 0,90 0,035 1,50 9,45 61,78 16,76 89 03 91
Mt. Newman 62,10 5,83 2,40 0,062 2,18 3,48 47,80 13,63 78 17 36
Robe River 56,53 5,57 2,80 0,044 9,97 15,22 68,84 1,11 32 65 20
Yandi 59,20 4,96 1,03 0,040 9,07 16,63 69,81 1,37 26 72 19
W. Angelas 61,93 3,32 2,01 0,060 5,40 4,12 53,23 17,21 64 31 46

• Os minérios da CVRD apresentam menor ganga (SiO2 e Al2O3) e menor P que os minérios
australianos, verificada pelas maiores relações Fe/P e Fe/Al2O3
• Os minérios australianos têm perda ao fogo (PF) acentuada, sendo, portanto, de média a elevada
hidratação (Minérios limoníticos e pisolíticos)
• Do ponto de vista mineralógico, os minérios brasileiros apresentam em sua constituição elevadas
participações da fase mineral Hematita

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Minérios de Média a Elevada Hidratação

• Minérios que têm elevada perda ao fogo provocam efeito negativo na


sinterização:
– Diminuição na produtividade
– Aumento no consumo de combustível
– Diminuição na resistência mecânica do sinter
• A literatura menciona que para cada 1% de aumento na perda ao fogo
na mistura a ser sinterizada ocorrem perdas de 6,7% na produtividade
e 1,0% na rendimento
• Os japoneses desenvolveram técnicas de preparação da mistura e
carregamento na máquina que minimizaram os efeitos negativos da
utilização desses minérios. Isto permitiu um crescimento na utilização
de minério de Yandi no Japão.
• Entretanto, há um limite máximo para a proporção de minérios
hidratados na mistura a ser sinterizada.

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Efeito do Fósforo

• Exigência de teores mais baixos de fósforo nos minérios é cada vez maior
• O fósforo introduzido no AF é praticamente todo transferido para o gusa
• Fósforo mais alto eleva o custo de desfosforação na aciaria (elevação no
consumo de fundente, no volume de escória, com conseqüente perda de
produtividade e elevação no consumo de refratários). Estima-se que para
cada 10 ppm de fósforo introduzido, eleva-se o custo de desfosforação em
US$ 0,08/t aço.
• Novos tipos de aços, como os Intersticial Free, utilizados para ultra-deep
drawing (indústria automobilística, aplicações residenciais e formas
complicadas) exigem teor de P cada vez mais baixo.
• Existem classes desse aço em que a soma de C, H, P, S, O e N não ultrapassa
100 ppm

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Efeito da Alumina

• No sinter, alumina acima de um determinado teor eleva sua


degradação (RDI) no interior do alto forno.
• O teor de alumina na escória de alto forno geralmente é limitado
em 15%. Isso acarreta uma limitação na quantidade de alumina
carregada no alto forno.
• Elevação na alumina provoca aumento no volume de escória
com conseqüente aumento no consumo de coque e perda de
produtividade

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Sinterização
F Processo de aglomeração que consiste em:
o Mistura e homogeneização de minério de ferro fino, fundentes,
combustível e aditivos, com umidade controlada
o semi-fusão dessa mistura à temperaturas de 1250~1350 °C.
F Tecnologia criada com o objetivo de aproveitar minérios finos
(quantidade crescente no mundo) e resíduos industriais.
F Com o passar do tempo, o enfoque se alterou. A sinterização atual
visa basicamente elaborar uma carga de altíssima qualidade para
o AF.
F O sinter é a carga metálica majoritária dos grandes altos fornos
(70 a 90% do total).
F A questão ambiental é atualmente uma séria questão para as
sinterizações.

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Módulo 3

Processo de Pelotização

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Módulo 4
Redução de Minério de Ferro
Alto-Forno

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Um Alto Forno

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A Estrutura Interna do Alto-Forno

Zona de Preparação
(Redução Indireta)
Zona Granular
Zona de Transição
(Redução Direta)

• permeabilidade da carga
• grau de redução da carga

Zona de Amolecimento e Fusão


(Redução Direta)
(2/3 da perda de carga)
• espessura da camada
• nível no interior do forno

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Esquema Geral de um Alto Forno

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0
Diagrama de -20
O3
Estabilidade para -40 6 Fe2
= 2 CO
2

2 = 3O4 O + O2
H2O
e
Óxidos -60
O4
+O
2 = F 2 C
2H 2 + O2 =
O
2

e3 +O
= 2 Fe 3
4F FeO +O2 r2O
2 Fe
-80 C
6 2/3
O2=

∆G°= RTln pO2 , Kcal/ mol


+
-100 Cr
4/3

-120 O2 2 Mn+SiO2+O2 = 2
O.Si MnO.SiO2
Fe
2 =2 nO
2+O 2 M
-140 e+S
iO
2=
2F + O 2a
tm
n 1a
2M 2 tm
-160
SiO 2
0,5
atm
=
+ O2 = TiO
-180 Si i + O2
T
O3 2 C + O2 = 2 CO
Al2
-200 /3
2 =2
+ O
-220
3 Al
4/ O
g
-240 = 2 M aO
2 2 C
+ O =
g 2
-260 M
a +O
2C
-280

-300
0 500 1000 1500 2000 2500
TEMPERATURA, °C

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Principais Reações Químicas no Alto Forno

ETAPAS DA REDUÇÃO
DO MINÉRIO DE FERRO
HEMATITA MAGNETITA WUSTITA Fe METÁLICO
Fe2O3 Fe3O4 FeO Fe

REAÇÕES DE REDUÇÃO
Fe2O3 + 3CO = 2Fe + 3 CO2
Fe2O3 + 3H2 = 2Fe + 3 H2O

GASEIFICAÇÃO DO CARBONO
REAÇÃO DE COMBUSTÃO (CONTROLE DA TEMPERATURA)

C (coque) + O2 (ar) = CO2 CO2 + C (coque) = 2 CO

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Gaseificação do Carbono (Reação de Boudouard)

CO2 + C ⇔ 2CO
F Fortemente Endotérmica:
172.5 MJ/mol

F Regenera o potencial
redutor do gás

F Cinética depende da
estrutura do carvão/coque

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Reações de Redução

F Carbono
3Fe2 O3 + CO ⇔ 2 Fe3O4 + CO2
F Redução Gasosa:
Fe3O4 + CO ⇔ 3FeO + CO2
FeO + CO ⇔ Fe + CO2
+
CO 2 + C ⇔ 2 CO

èRedução Indireta: FeO + C ⇔ Fe + CO


F Redução Direta: FeO + C ⇔ Fe + CO

F Hidrogênio 3 Fe2O3 + H 2 ⇔ 2 Fe3O4 + H 2O


Fe3O4 + H 2 ⇔ 3 FeO + H 2O

FeO + H 2 ⇔ Fe + H2O
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Diagrama Fe-C-O

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20
TOP GAS; 100 - 250° C
Representação 10 - 20 % CO2 + 20 - 30 % CO + REST N2

PREHEATING
18
Esquemática das GA

ZONE
SO S
Zonas de Reação do 16
LID
S
3 Fe2O3 + CO = 2Fe3O4 + CO2

DISTANCE FROM TUYERE LEVEL, m


Alto-Forno Fe3O4 + CO = 3FeO + CO2
14
CHEMICAL INACTIVE ZONE

INDIRECTED REDUCTION
12

INDIRECT REDUCTION
THERMAL RESERVE

ZONE OF WUSTITE
FeO + CO = Fe + CO2
10
+

ZONE
UNREDUCED FeO
8

4 FeO + CO = Fe + CO2
CaCO3 = CaO + CO2
DIRECT REDUCTION CO2 + C = 2CO
2 AND MELTING ZONE, MnO + C = Mn + CO
SLAG AND IRON P2O5 + 5C = 2P + 5CO
SiO2 + 2C = Si + 2CO
0 S + CaO + C = CaS + CO
0 500 1000 1500 2000
TEMPERATURE, °C
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Geração de Finos vs Escoamento Gasoso

B
A

SITUAÇÃO IDEAL SITUAÇÃO NÃO IDEAL


(FORMAÇÃO CANAIS PREFERENCIAIS)
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Efeito do Tamanho dos Constituintes na Porosidade da Carga

50
0,5
PERCENTAGEM DE VAZIOS

0,4
0,3
40
0,2

0,1

30 ρ = RELAÇÃO DE TAMANHO 0,02

TAMANHO DAS PARTÍCULAS MENORES


____________________________________
ρ=
TAMANHO DAS PARTÍCULAS MAIORES

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
PERCENTAGEM DE PARTÍCULAS MAIORES

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Propriedades Relacionadas à Geração de Finos

F RESISTÊNCIA MECÂNICA
o Relacionada com a quantidade de finos gerados por esforço
mecânico
F CREPITAÇÃO
o Relacionada com quantidade de finos gerados por choque
térmico
F DEGRADAÇÃO SOB REDUÇÃO
o Relacionada com a quantidade de finos gerados por ação
química do gás

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Degradação sob Redução

F CAUSA: Mudança de estrutura cristalina de hematita para


magnetita (Expansão de 15 a 20%)
F MECANISMO: A velocidade de redução Fe2O3 - Fe3O4
ocorre mais intensamente segundo uma direção cristalina
preferencial. Assim, dois cristais colocados lado a lado sofrem
expansões durante a redução segundo direções diferentes,
ocasionando trincas.

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Comportamento dos Diversos Elementos no Proceso


MINÉRIO COQUE
Fe2O3 MnO2 P2O5 K2O SiO2 CaO Al2O3 C S

GÁS

GÁS
GÁS

GÁS
Fe3O4 Mn3O4

FeO MnO

FeO MnO P2O5 K2O SiO2 CaO Al2O3 ESCÓRIA S2-

Mn (70%) Si (10%) GUSA C (12%) S (1%)


Fe (99%) P (95%)
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Composição Química Típica do Gusa e Escória - Brasil

Si S Mn P C Fe
HOT METAL
0,40 0,028 0,60 0,095 4,70 94,00

CaO SiO2 Al2O3 MgO


SLAG
42,00 36,00 12,00 6,50

CO CO2 H2 N2
GAS ( BFG )
24,00 23,00 3,00 50,00

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Alto Forno

F Reator metalúrgico no qual ocorre a redução dos óxidos de ferro para


Fe metálico e sua posterior fusão.
F As condições termodinâmicas (atmosfera e temperatura) existentes no
interior do reator promovem a incorporação de impurezas como
silício, carbono, fósforo e enxofre ao produto (gusa líquido) e separa
outras na fase escória.
F O AF opera em regime de contra-corrente. A carga sólida, alimentada
pelo topo, desce a medida que reage com o gás que sobe; gás esse
gerado a partir da combustão do coque com ar injetado na parte
inferior do forno.
F A carga metálica de um AF é constituída de granulado, sinter e
pelota. O coque é o agente redutor bem como o fornecedor de energia
para o processo.
F A escória do AF é utilizada como matéria-prima para a indústria de
cimento.
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O Papel do Coque no Alto Forno

F Fornecer o calor necessário às necessidades térmicas do


processo;
F Produzir e "regenerar" os gases redutores;
F Carburar o ferro gusa;
F Fornecer o meio permeável nas regiões inferiores do forno onde
o restante da carga está fundida ou em fusão.

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Redutor/Combustível para o Alto Forno

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Coqueria

F O coque é o resíduo sólido da destilação (aquecimento


progressivo em ausência de ar) de uma mistura de carvões
realizada a 1000 ~ 1100oC em fornos chamados coquerias.
F A destilação dá origem aos produtos carboquímicos (gases,
vapores condensáveis, benzol, alcatrão, etc) que são
comercializados pelas siderúrgicas. o gás de coqueria e´um
importante insumo na usina.
F O processo pode durar até 20 horas. O produto,
incandescente, é descarregado por empurramento e
resfriado bruscamente (extinção) a úmido ou a seco.
F A questão ambiental é hoje o maior problema ligado às
coquerias. Várias unidades têm sido desativadas no mundo.

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Operações de uma Coqueria


Forno Vazio Forno
Carregado

Coqueificação Nivelamento Carga

Descarga

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Distribuição do Consumo de Carbono no Alto Forno


Thyssen Stahl AG, Alemanha
BASE : 400 Kg C / t gusa, sem PCI

FUNÇÃO CONSUMO DE C (%)


(kg/t gusa)

Carburação do Gusa 47 11,75

Regeneração Gás Redutor 100 25,00


(C + CO2 = 2CO)

Calor Sensível da Carga 253 63,25


+ Perdas Térmicas

Total 400 100

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Carvão Vegetal
F Reação de Produção
o Madeira + Calor (ausência de oxigênio) = Carvão Vegetal + Gases
+ Líquidos

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Propriedades do Carvão Vegetal

F Composição química (base seca)


o carbono fixo 68 a 72%
o materiais voláteis 22 a 28%
o cinzas ~ 10%
o umidade 5 a 30% (depende da época)
F Propriedades físicas
o densidade 210 a 300 (kg/m3)
o tamanho médio 30 mm
F Madeiras densas = carvão denso
F Madeiras em pedaços pequenos = carvão mais duro e
mais denso
F Altas temperaturas de carbonização = maior carbono
fixo (maior reatividade do carvão)

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Injeção de Carvão Pulverizado em Alto Forno (PCI - Powder


Coal Injection)

F PCI é uma técnica que vem sendo utilizada intensivamente por


toda indústria siderúrgica mundial
F O carvão é injetado pelas ventaneiras permitindo substituir
coque carregado pelo topo do alto forno

90 81
80
71
Sistema de Injeção

70 62
No de AF com

60 51
50 46

40 33
30 25
20 14
11
10 7
3 4
0
80 81 82 83 94 85 86 87 88 89 90 91

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Fatores que Contribuíram para o Rápido Crescimento da


Técnica de PCI

F Diminuição do custo de fabricação do gusa


F Aumento da vida útil das coquerias
F Desativação de coquerias cuja reforma ou
reconstrução não compensam
F Melhoria na operação do alto forno

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Consequências do PCI no Alto Forno

F Queda da permeabilidade na cuba e


Aumento da relação zona de fusão
minério/coque F Aumento do tempo de residência da
carga
F Menor aporte de coque no cadinho

F Volume e composição dos gases


Modificação na zona gerados
de combustão
F Temperatura de chama
F Velocidade e distribuição dos gases
no “raceway”

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Injeção de Finos de Carvão pelas


Ventaneiras do Alto-Forno

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OPERAÇÃO COM ALTO PCI Curso de Siderurgia para Fornecedores de Minérios

(powder coal injection)


Residência na Eficiência de
Zona Preparação Redução da Carga

Minério/Coque

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OPERAÇÃO COM ALTO PCI Curso de Siderurgia para Fornecedores de Minérios

(powder coal injection)


Residência na Eficiência de
Zona Preparação Redução da Carga

Permeabilidade ∆ Pressão Total


Zona Granular
Minério/Coque Eficiência de
Redução da Carga

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OPERAÇÃO COM ALTO PCI Curso de Siderurgia para Fornecedores de Minérios

(powder coal injection)


Residência na Eficiência de
Zona Preparação Redução da Carga

Permeabilidade ∆ Pressão Total


Zona Granular
Minério/Coque Eficiência de
Redução da Carga
Espessura da
Zona Coesiva

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OPERAÇÃO COM ALTO PCI Curso de Siderurgia para Fornecedores de Minérios

(powder coal injection)


Residência na Eficiência de
Zona Preparação Redução da Carga

Permeabilidade ∆ Pressão Total


Zona Granular
Minério/Coque Eficiência de
Redução da Carga
Espessura da
Zona Coesiva

Volume
Gás na Rampa ∆ Pressão
Parte Inferior
Volume Gás
Queima Carvão nas Ventaneiras ∆ Pressão
Parte Superior
Volume
Gás na Cuba

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OPERAÇÃO COM ALTO PCI Curso de Siderurgia para Fornecedores de Minérios

(powder coal injection)

Residência na Eficiência de
Zona Preparação Redução da Carga

Permeabilidade ∆ Pressão Total


Zona Granular
Minério/Coque Eficiência de
Redução da Carga
Espessura da
Zona Coesiva

Volume
Gás na Rampa ∆ Pressão
Parte Inferior
Volume Gás
Queima Carvão nas Ventaneiras ∆ Pressão
Parte Superior
Volume
Gás na Cuba
Perdas Térmicas

Nível Zona % Si Gusa


Fator Alfa Coesiva
Residência do Coque
Parte Inferior

Solution
Degradação Loss
Coque

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OPERAÇÃO COM ALTO PCI Curso de Siderurgia para Fornecedores de Minérios

(powder coal injection)


Residência na Eficiência de
Zona Preparação Redução da Carga

Permeabilidade ∆ Pressão Total


Zona Granular
Minério/Coque Eficiência de
Redução da Carga
Espessura da
Zona Coesiva

Volume
Gás na Rampa ∆ Pressão
Parte Inferior
Queima Carvão Volume Gás
nas Ventaneiras ∆ Pressão
Parte Superior
Volume
Gás na Cuba
Perdas Térmicas

Nível Zona % Si Gusa


Fator Alfa Coesiva
Residência do Coque
Redução Parte Inferior
Carga Metálica
Input H2 Permeabilidade Degradação Coque
Carga Metálica

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Módulo 5

Avaliação de Qualidade da Carga


Metálica

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Propriedades da Carga Metálica e Coque do Alto-forno


Esquema da região interna Propriedades requeridas

Zonas Fenômenos Sínter Pelota Minério Coque

Distribuição Granulométrica

Resistência
Resistência Resistência e Finos de Resistência
Zona Pré-aquecimento
Aderência
Granular Redução
RDI Inchamento Crepitação RDI CSR/CSI

Redutibilidade Reatividade

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Ensaio de Tamboramento ISO - 3271 (Tumbler Index - TI)

AMOSTRA: 15 kg, 10 a 40 mm
1000 x 500 mm RESULTADOS: Peneira-se a amostra
25 rpm
200 voltas tamborada e mede-se:
3 Índice de tamboramento: % +6,30
mm
3 Índice de abrasão: % - 0,50 mm

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Ensaio de Crepitação

Temperatura (°C)
700 °C

Ar
Ar

0 30
Tempo (min)
AMOSTRA: 500 g, 19 a 25,4 mm
RESULTADOS: Peneira-se a amostra crepitada
e mede-se:
3 Índice de crepitação
q COISRMJ: % - 4,76 mm
q ISO: % - 6,30 mm

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Ensaio de Redução ISO 7215/JIS M8713


(Reducibility Index - RI)

Temperatura (°C)
900 °C

30% CO
70% N2
N2 N2

0 30 210 Tempo (min)

AMOSTRA: 500 g, 19 a 21 mm
RESULTADOS:
3 Curva do grau de redução x tempo
3 Grau de redução final

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Ensaio de RDI (Reduction Degradation Index) ISO 4696-2

Temperatura (°C)
550 °C

70% N2
30% CO
N2 N2 900 voltas

0 30 40 70 Tempo (min)

AMOSTRA: 500 g, 19 a 25,4 mm


RESULTADOS: Peneira-se a amostra
reduzida e tamborada e mede-se:
3 RDI: % - 2,8 mm

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Propriedades da Carga Metálica e Coque do Alto-forno


Esquema da região interna Propriedades requeridas

Zonas Fenômenos Sínter Pelota Minério Coque

Distribuição Granulométrica

Resistência
Resistência Resistência e Finos de Resistência
Zona Pré-aquecimento
Aderência
Granular Redução
RDI Inchamento Crepitação RDI CSR/CSI

Redutibilidade Reatividade

Amolecimento
Zona de
Fusão
amolecimento Propriedades em Altas Temperaturas
Redistribuição
e fusão
do fluxo gasoso

Zona de Gotejamento
gotejamento Carbonização

Raceway Combustão Características de fusão


Comportamento do metal primário
Dessulfuração
Cadinho
Separação M/E

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O CONCEITO DO ENSAIO DE
AMOLECIMENTO E FUSÃO

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ENSAIO DE AMOLECIMENTO E FUSÃO - CONCEITO

CAMADA DE MINÉRIO

ZONA GRANULAR CAMADA DE COQUE

ZONA
DE
ZONA DE AMOLECIMENTO
GOTEJAMENTO
E FUSÃO

COMBUSTÃO
ESCÓRIA

METAL

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ENSAIO DE AMOLECIMENTO E FUSÃO - CONCEITO

CAMADA DE MINÉRIO

ZONA GRANULAR CAMADA DE COQUE

ZONA
DE ZONA DE AMOLECIMENTO
GOTEJAMENTO E FUSÃO

COMBUSTÃO
ESCÓRIA

METAL

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ENSAIO DE AMOLECIMENTO E FUSÃO - CONCEITO

CAMADA DE MINÉRIO

ZONA GRANULAR CAMADA DE COQUE

ZONA
DE ZONA DE AMOLECIMENTO
GOTEJAMENTO E FUSÃO

COMBUSTÃO
ESCÓRIA

METAL

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CAMADA DE MINÉRIO

ZONA GRANULAR CAMADA DE COQUE

ZONA
DE ZONA DE AMOLECIMENTO
GOTEJAMENTO E FUSÃO

COMBUSTÃO
ESCÓRIA

METAL

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ENSAIO DE AMOLECIMENTO E FUSÃO - CONCEITO

AQUISIÇÃO DE
DADOS COQUE

CARGA METÁLICA

COQUE

PARÂMETROS
MONITORADOS
• temperatura
• deslocamento
• perda de pressão
• gás de saída

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ENSAIO DE AMOLECIMENTO E FUSÃO - CONCEITO

COQUE

CARGA METÁLICA

COQUE

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ENSAIO DE AMOLECIMENTO E FUSÃO - CONCEITO

COQUE

CARGA METÁLICA

COQUE

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ENSAIO DE AMOLECIMENTO E FUSÃO - CONCEITO

COQUE

CARGA METÁLICA

COQUE

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ENSAIO DE AMOLECIMENTO E FUSÃO - CONCEITO

COQUE

CARGA METÁLICA

COQUE

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ENSAIO DE AMOLECIMENTO E FUSÃO - CONCEITO

COQUE

CARGA METÁLICA

COQUE

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ENSAIO DE AMOLECIMENTO E FUSÃO - CONCEITO

COQUE

CARGA METÁLICA

COQUE

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ENSAIO DE AMOLECIMENTO E FUSÃO - CONCEITO

COQUE

CARGA METÁLICA

COQUE

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ENSAIO DE AMOLECIMENTO E FUSÃO - CONCEITO

COQUE

CARGA METÁLICA

COQUE

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ENSAIO DE AMOLECIMENTO E FUSÃO - CONCEITO

COQUE

CARGA METÁLICA

COQUE

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ENSAIO DE AMOLECIMENTO E FUSÃO - CONCEITO

COQUE

CARGA METÁLICA

COQUE

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ENSAIO DE AMOLECIMENTO E FUSÃO - CONCEITO

COQUE

CARGA METÁLICA

COQUE

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ENSAIO DE AMOLECIMENTO E FUSÃO - CONCEITO

COQUE

CARGA METÁLICA

COQUE

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ENSAIO DE AMOLECIMENTO E FUSÃO - CONCEITO

COQUE

CARGA METÁLICA

COQUE

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ENSAIO DE AMOLECIMENTO E FUSÃO - CONCEITO

COQUE

CARGA METÁLICA

COQUE

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ENSAIO DE AMOLECIMENTO E FUSÃO - CONCEITO

COQUE

CARGA METÁLICA

COQUE

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ENSAIO DE AMOLECIMENTO E FUSÃO - CONCEITO

COQUE

CARGA METÁLICA

COQUE

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ENSAIO DE AMOLECIMENTO E FUSÃO - CONCEITO

COQUE

CARGA METÁLICA

COQUE

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ENSAIO DE AMOLECIMENTO E FUSÃO - CONCEITO

COQUE

CARGA METÁLICA

COQUE

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ENSAIO DE AMOLECIMENTO E FUSÃO - CONCEITO

COQUE

CARGA METÁLICA

COQUE

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ENSAIO DE AMOLECIMENTO E FUSÃO - CONCEITO

COQUE

CARGA METÁLICA

COQUE

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ENSAIO DE AMOLECIMENTO E FUSÃO - CONCEITO

COQUE

CARGA METÁLICA

COQUE

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ENSAIO DE AMOLECIMENTO E FUSÃO - CONCEITO

COQUE

CARGA METÁLICA

COQUE

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ENSAIO DE AMOLECIMENTO E FUSÃO - CONCEITO

COQUE

CARGA METÁLICA

COQUE

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ENSAIO DE AMOLECIMENTO E FUSÃO - CONCEITO

COQUE

CARGA METÁLICA

COQUE

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ENSAIO DE AMOLECIMENTO E FUSÃO - CONCEITO

COQUE

CARGA METÁLICA

COQUE

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ENSAIO DE AMOLECIMENTO E FUSÃO - CONCEITO

COQUE

CARGA METÁLICA

COQUE

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ENSAIO DE AMOLECIMENTO E FUSÃO - CONCEITO

COQUE

CARGA METÁLICA

COQUE

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ENSAIO DE AMOLECIMENTO E FUSÃO - CONCEITO

COQUE

CARGA METÁLICA

COQUE

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ENSAIO DE AMOLECIMENTO E FUSÃO - CONCEITO

COQUE

CARGA METÁLICA

COQUE

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ENSAIO DE AMOLECIMENTO E FUSÃO - CONCEITO

COQUE

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Propriedades em Altas Temperaturas: Indicadores

RI TShs Início da contração


Índice do comportamento quanto à
redução a 900ºC
TSh50 50% contração

TPmax Máxima perda de garga

∆Pmax Máxima perda de carga

R1000
Grau de Redução a 1000oC
Ts200
Início da perda de carga superior
a 200mmH2O
R1100
Grau de Redução a 1100oC
∆T
Te200-Ts200

R1200
Grau de Redução a 1200oC Te200
Término da perda de carga
superior a 200mmH2O

Td
S(S’) value Início do gotejamento de metal ou
Integral da perda de carga pela escória
temperatura (tempo)

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O Equipamento da CVRD

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C
Propriedades em Altas Temperaturas: Ensaio A
R
G
A

COKE (20 mm)

SAMPLE
(70 mm)

COKE (20 mm)

Fluxo de
Gás
(CO+H2+N2)
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Propriedades em Altas Temperaturas: Ensaio

Aquecimento ;
10ºC/min até 1000ºC
5ºC/min até 1600ºC

Carga de 98kPa durante a redução

Gás Redutor:

Redução inicia a 800ºC com gás CO-H2-N2

Fluxo de gás; 34 Nl/min (=10cm/s)

Composição; CO 29.4%, H2 3.6%, N2

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Parâmetros
[Redução]
Grau de Redução a 1000ºC
1100ºC 1260ºC 1430ºC
Grau de Redução a 1200ºC
Reduction degree Bed height Boudouard total C (g)
Pressure drop Solution loss C
100 50 [Permeabilidade]
Parâmetro S (kPa min)

Solution loss C (x1/10 g/min)


Máxima perda de carga ?Pmax
Reduction degree (%),

80 40 (kPa)

Pressure drop (KPa),


Bed height (%)

[Specific Temperature]
60 S value 30
Temperatura de amolecimento TS
TD
?T
40 TS 20
[Melt-down (Dripping) behavior]
ƒ¢ T Temperatura de gotejamento TD (ºC)
20 10 Perda de carga a 1600 (KPa)
Taxa de gotejamento (%)
2.0Kpa Análise química do mat. gotejado
0 0

800 900 1000 1100 1200 1300 1400 1500 1600


Temperature (•
Ž )

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• A Operação na CVRD

• Início da instalação em Julho de 2005

• Forno oficialmente entregue pelo fabricante em


Dezembro de 2005

• Até o momento, foram realizados mais de 100 testes

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Módulo 6
Redução de Minério de Ferro
Redução Direta

Curso de Siderurgia para Fornecedores de Minério de Ferro

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Redução Direta
F Os equipamentos de redução direta são reatores metalúrgicos nos
quais ocorre a redução dos óxidos de ferro para Fe metálico. Nesse
caso, o produto, chamado ferro esponja, se mantém no estado sólido.
Como não há fusão, as impurezas presentes na matéria-prima
permanecem no produto.
F O ferro esponja tem a sua principal utilização nas aciarias elétricas.
F Existem diversos processos de redução direta. Os dois mais
importantes, responsáveis pela quase totalidade do ferro esponja
produzido no mundo são MIDREX e HyL.
F O redutor tradicional dos processos de redução direta é o gás natural
(CH4), que necessita ser reformado para gerar um gás redutor.
Existem processos que utilizam carvão como redutor, mas a sua
importância é bastante reduzida.
F A pelota é o principal insumo metálico para a RD; o granulado
também é usado em proporções que geralmente não ultrapassam
30%.
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Curso de Siderurgia para Fornecedores de Minérios

Funcionamento do Processo Midrex

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Distribuição da Produção Mundial de Ferro Esponja por


Processo
Market Share Processos RD (%) - 2003

10,2 0,4
5,2
1,3

18,4
64,6

Midrex HYL III HYL I Finmet Outros Carvão Outros Gás


Market Share Processos RD (%) - 2004

12,1 0,1
2,9
1,9

18,9
64,1

Midrex HYL III HYL I Finmet Outros Carvão Outros Gás

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Dados DRI/HBI: 1992 a 2004

Produção DRI/HBI - Mt/ano

9,00

8,00

7,00

6,00

5,00

4,00

3,00

2,00

1,00

0,00
92 93 94 95 96 97 98 99 00 01 02 03 04
Egito Líbia África do Sul Alemanha
Qatar Arábia Saudita Argentina Venezuela

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Dados DRI/HBI: 1992 a 2004

Produção DRI/HBI - Mt(ano)


16,00

14,00

12,00

10,00

8,00

6,00

4,00

2,00

0,00
92 93 94 95 96 97 98 99 00 01 02 03 04
América Norte América do Sul Oriente Médio Ásia/Oceania
Rússia África Europa

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Dados DRI/HBI: 1992 a 2004

Mercado Transoceânico - DRI/HBI Mt (ano)

14,0

12,0

10,0

8,0

6,0

4,0

2,0

0,0
92 93 94 95 96 97 98 99 00 01 02 03 04

DRI 1,5 1,5 2,4 3,7 3,6 4,0 4,2 4,0 4,5 2,8 4,9 4,6 4,3
HBI 2,7 3,6 3,9 4,0 3,2 3,5 3,0 4,4 5,0 6,6 6,5 7,6 6,8
Total 4,2 5,0 6,4 7,7 6,8 7,5 7,2 8,4 9,6 9,4 11,3 12,3 11,1

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Principais Características dos Processos de Redução Direta

F Processos MIDREX e HYL são os mais importantes


F Insumo Metálico
o O principal é a pelota
o Granulado também é usado (média 30% da carga)
o Tendência: 100% pelota na carga
F Insumo Energético
o Gás Natural: necessita de reforma para geração de gás redutor
F Produto
o Ferro Esponja: produzido no estado sólido (não há
escorificação)

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Matérias Primas para os Processos de Redução Direta

CARGA METÁLICA
Pelotas COMBUSTÍVEL
Granulados Gás Natural
Alto teor de ferro Baixo nível de hidrocarbonetos
pesados
Baixo nível de impurezas
Baixo teor de enxofre
Isenta de finos

Baixa degradação sob Redução

Alta redutibilidade

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Principais Reações Químicas nos Processos de Redução


Direta

REFORMA REDUÇÃO
Geração de Gás Redutor Remoção de Oxigênio do
Minério de Ferro
Reações Típicas
Reações Típicas
F CH4 + CO2 = 2CO + 2H2
F Fe2O3 + 3CO = 2Fe + 3CO2
F CH4 + H2O = CO + 3H2
F Fe2O3 + 3H2 = 2Fe + 3H2O

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Características do Ferro Esponja

DRI HBI
FeT (%) 90-94 90-94
FeM (%) 83-89 83-89
Uso na Própria
Usina Integrada Metalização (%) 92-95 92-95
C (%) 1.0-2.5 0.8-1.2
Directed Reduced Iron (DRI)
P (%) 0.005-0.09 0.005-0.09
S (%) 0.001-0.03 0.001-0.03
Ganga (%) 2.8-6.0 2.8-6.0
Cu, Ni, Sn, Pb, etc (%) Traços Traços
Para Transporte a Dens. granel (t/m3) 1.6-1.9 2.4-2.8
Longas Distâncias
Dens. Aparente (t/m3) 3.4-3.6 5.0-5.5
Hot Briquetted Iron (HBI) Grau Metalização = % Fe Metálico presente no Fe Total

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A importância da Redutibilidade
F A metalização é uma das mais importantes propriedades do ferro esponja
F Ela é função, dentre outras coisas, da redutibilidade do minério
94
Rend. aço líquido

92
(%)

90
2,6

Tempo de corrida
88
2,4
87 88 89 90 91 92 93 94 95 96

(h)
Grau de metalização (% ) 2,2

2,0
680
Consumo energia

660 1,8
640
87 88 89 90 91 92 93 94 95 96
(kWh/t)

620
600 Grau de metalização (% )
580
560
540
520
87 88 89 90 91 92 93 94 95 96
Grau de metalização (% )

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Avaliação de Minérios para Redução Direta


ANÁLISE QUÍMICA
ANÁLISE GRANULOMÉTRICA
TAMBORAMENTO

GÁS DE TOPO
CREPITAÇÃO
DESINTEGRAÇÃO
METALIZAÇÃO
GÁS DE REDUÇÃO
LIB. de ENXOFRE
COLAGEM

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Características Físicas/Metalúrgicas Típicas Desejadas para


Pelotas/Granulados para Redução Direta
Garantido Meta

Pelota Lump Pelota Lump


Granulometria
Normal (mm) 5 x 18 5 x 50 6 x 16 10 x 35
% 10x35mm - 70,0 min - 85,0 min
% 9x16mm 85,0 min - 95,0 min -
% -5mm 5,0 máx 8,0 máx 3,0 máx 5,0 máx

Tamboramento
% +6,75mm 92,0 min 85,0 min 95,0 min 90,0 min
% -0,595mm 6,0 máx 10,0 máx 4,0 máx 7,0 máx

Resistência a Compressão
Média (Kg/pel) 150 min - 250 min -
% < 50 (Kg/pel) 5,0 máx - 2,0 máx -

Desintegração (ISO 11257)


Metalização (%) 91,0 min 91,0 min 93,0 min 93,0 min
% <3,36mm 5,0 máx 10,0 máx 2,0 máx 5,0 máx

Redução sob Carga (815 o C)


Tamboramento (% +6,73mm) - - 90,0 min 85,0 min
R. Compressão (Kg/pel) 50 min - 100 min -
Clustering (+2,25mm/10 Rev.) 0 0 0 0

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Características de Pelotas para Redução Direta


Média Basicidade Alta Basicidade Baixa Sílica
• Fe 67.86 66.81 68.07
• SiO2 1.22 1.47 1.02
Química (%)

• Al2O3 0.52 0.51 0.41


• CaO 0.69 1.59 0.65
• MgO 0.30 0.65 0.28
•P 0.022 0.022 0.019
•S 0.001 0.002 0.003
• Mn 0.107 0.109 0.100
• CaO/SiO2 0.57 1.08 0.64
• Tumbler (% +6.3mm) 94.4 94.2 95.0
• Abrasion (%-0.5mm) 4.9 4.9 4.4
Física

• Compression (daN/p) 299 282 316


• Porosity (%) 31.1 32.2 29.9
• Size +8 - 18 mm (%) 96.70 96.5 98.4
- 5 mm (%) 0.9 1.1 1.0

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Equipamentos para ensaios:

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