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9000-420 – Funchal
Telef (+351291)214970
alberto.vieira@madeira-edu.pt
Fax (+351291)223002 http://www.madeira-edu.pt/ceha/
VIEIRA, Alberto (1996), A Madeira no contexto do mundo atlântico. O Mercado do açúcar, Funchal,
CEHA-Biblioteca Digital, disponível em: http://www.madeira-
edu.pt/Portals/31/CEHA/bdigital/avieira/hsugar-mercado.pdf, data da visita: / /
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A MADEIRA NO CONTEXTO DO MUNDO
ATLÂNTICO
O MERCADO DO AÇÚCAR
ALBERTO VIEIRA
1996
FUNCHAL-MADEIRA http://www.madeira-edu.pt/ceha/
EMAIL:CEHA@MADEIRA-EDU.PT
O CONTROLE DOS CIRCUITOS COMERCIAIS. A partir de uma dessas medidas tomadas pela
coroa (o contingentamento de 1498), no sentido da defesa do mercado do açúcar madeirense, poder-
se-á fazer uma ideia dos principais mercados consumidores. As praças do mar do norte dominavam
esse comércio, recebendo mais de metade das escápulas estabelecidas: aqui a Flandres adquire uma
posição dominante, o mesmo sucedendo com os portos italianos para o espaço mediterrânico.
Se compararmos estas escápulas com o açúcar consignado às diversas praças europeias no período
de 1490 e 1550, verifica-se que o roteiro não estava muito aquém da realidade. As únicas diferenças
relevantes surgem nas Praças da Turquia, França e Itália, sendo de salientar na última um reforço
acentuado de posição, que poderá resultar da actuação das cidades italianas como centros de
redistribuição no mercado levantino e francês.
Os dados disponíveis para o comércio do açúcar na Madeira evidenciam a constância dos mercados
flamengo e italiano. O reino, circunscrito aos portos de Lisboa e Viana do Castelo surge em terceiro
lugar apenas com 10%. Observe-se que o porto de Viana do Castelo adquiriu, desde 1511, grande
importância neste circuito com o reino e daí com Espanha e Europa nórdica. Esta função
redistribuidora dos portos a norte do Douro ficara já evidenciada entre 1535 e 1550, pois das
cinquenta e seis embarcações entradas no porto de Antuérpia com açúcar da Madeira, dezasseis são
do norte e apenas uma de Lisboa. Na primeira 50% são provenientes de Vila do Conde, 31% do
Porto e 19% de Viana do Castelo. Aliás, em 1505 o monarca considerava que os naturais dessa
região tinham muito proveito no comércio do açúcar da ilha.
O mesmo sucede nas transacções com o mundo mediterrânico onde se contava com os entrepostos
de Cádis e Barcelona. Estas cidades surgem no período de 1493 a 1537 com os portos de apoio ao
comércio com Génova, Constantinopla, Chios e Águas Mortas.