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From: Ouvidoria da Agência Nacional de Transportes Terrestres

To: 'jaribeirobh@gmail.com'
Sent: Wednesday, May 27, 2009 9:00 AM
Subject: ANTT/Ouvidoria/2009-73853

Prezado Senhor José Aparecido,

Sobre a contribuição que apresenta a deficiência da BR-381/MG, podemos afirmar que


a BR-381/MG trecho entre Belo Horizonte e Governador Valadares teve, seu Edital de Licitação
e seu Contrato, em Audiência Pública no mês de Novembro de 2008, inclusive no dia
04.11.2008 em Belo Horizonte.

Na proposta da concessão, está previsto a duplicação de todo o trecho, conforme


pode ser observado na página 11 de Programa de Exploração - PER da BR-381, disponível no
site da ANTT: http://www.antt.gov.br/avisolicitacao/MinasGerais/ConcessaoRodoviaria.asp, a
Concessionária deverá realizar a duplicação do trecho norte da rodovia a partir do 2º ano de
concessão e finalizando até o 6º ano de concessão.

Para melhor entendimento explicita-se parte do PER da rodovia que trata da


duplicação, o PER está disponível no site da Agência.

1.1.1 Melhoramentos

1.1.1.1 Duplicação

A Concessionária deverá executar as obras de Duplicação de todo o Trecho Norte da Rodovia


BR 381, compreendido entre Governador Valadares e Belo Horizonte, conforme discriminado no
Apêndice B – Subtrechos do Sistema Rodoviário e resumidamente descrito na Tabela 3.1.

Para estas intervenções a Concessionária deverá elaborar seu projeto executivo de


duplicação de todos os subtrechos a serem duplicados, que deverá ser submetido a ANTT. A
duplicação dos subtrechos deverá estar compreendida do 2º ano da concessão até o final do 6º ano
de concessão, onde deverão estar concluídos todos os serviços de duplicação.

Tabela 3.1 Segmentos de duplicação

Subtrecho km inicial km final


1 Entr. BR 116/259 (Gov. Valadares) - Belo Oriente 143,60 216,40
2 Belo Oriente - Entr. MG 320 (p/ Jaguaraçu) 216,40 276,70
3 Entr. MG 320 (p/ Jaguaraçu) - Ribeirão Prainha 276,70 305,30
4 Ribeirão Prainha - Acesso Nova Era Sul 305,30 324,05
5 Acesso Nova Era Sul - João Monlevade 324,05 344,80
6 João Monlevade - Rio Uma 344,80 374,80
7 Rio Una - Entr. MG 435 (Caeté) 374,80 413,85
8 Entr. MG 435 (Caeté) - Anel Rodoviário de BH 413,85 444,95

Até o final dos Trabalhos Iniciais, a Concessionária deverá apresentar à ANTT um


plano de ação prevendo a duplicação dos segmentos até o final do 6º mês (sexto mês) do
Prazo da Concessão

Sobre a contribuição do modelo de concessão, informamos que a cobrança de pedágio


está de acordo com os princípios e as garantias asseguradas na Constituição, razão pela qual,
de acordo com o ordenamento jurídico brasileiro, inexiste qualquer conflito entre o livre
deslocamento geográfico e a cobrança pela fruição de uma benfeitoria edificada pelo Poder
Público ou pela iniciativa privada.

Observe-se, como exemplo, o caso do transporte coletivo. Se adotado o entendimento


de que o direito de ir e vir deve sobrepor-se à prestação dos serviços públicos, então o
deslocamento por ônibus, ou mesmo por trens, navios ou aeronaves, deveriam ser
completamente gratuitos? Estaria a inexistência de ônibus gratuitos embaraçando o pleno
exercício do direito de ir e vir dos usuários?

Evidentemente que não, porque a fruição do serviço deve ser remunerada em razão de
que, se somente são dispostos ao uso do povo, alguém, o Estado ou particular, incorreu em
custos e despesas.

Essa sistemática não é diferente para estradas. Alguém, ente público ou o privado,
custeou as obras de construção de uma rodovia, a manutenção, operação, conservação,
assistência médica, mecânica e de emergência. Cabe-lhe, assim, obter os recursos financeiros
para a cobertura desse custeio e despesa.

Ora, dessa forma, a cobrança do pedágio nada mais é do que uma forma de garantia
ao pleno exercício da liberdade de ir e vir, posto que é uma alternativa constitucionalmente
válida para que o custeio da fruição das benesses dispostas pelo Estado, direta ou
indiretamente, seja feita por quem delas se beneficie.

A outra forma que, em nível federal vinha sendo executada anteriormente ao programa
de concessões, é o custeio e a cobertura das despesas da rodovia por toda sociedade
brasileira, via impostos.

Qual das duas formas pode parecer a mais justa e a que melhor atende à liberdade de
locomoção? O pagamento do pedágio por quem efetivamente utiliza a rodovia, ou por quem
cuja possibilidade de utilizá-la é remota ou eventual.

O que se observa é que a instituição do pedágio pelo uso da rodovia é questão de


justiça social, porque quem não utiliza a rodovia não é de modo algum onerado; só paga quem
a usa.

Assim, os governantes podem destinar a arrecadação tributária para custear as mais


prementes necessidades, como educação, saúde, habitação, segurança e geração de emprego
e renda.

Atenciosamente,

Ouvidoria da ANTT

SUINF/ANTT

Ouvidoria da Agência Nacional de Transportes Terrestres

Setor Bancário Norte (SBN) - Quadra 2 - Bloco C

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