Você está na página 1de 5

FilipeDiez

POEMASEXPRESS(vol.1)
PoemaspublicadosnomeumuropersoalnoFacebook entreo30dejulhoeo10deagostode2013

DOGMA sbios que balbuciam fervorosos a sua f nica verdadeira palavras estupradas prenhes de certezas no alcanam a iluminar o que a pele escura da minha amada

SILNCIO as palavras mais belas so as que nunca te disse guardo-as em algum canto de mim que desconheo para deit-las em ti v-las florir em tua pele noturna

A VIDA SEGUE no cho do ptio o jornal de ontem a boina do velho molhada de orvalho a velha chora e chora na cozinha insone

ALVA a luz que te mostra a luz que te esconde ai a luz que te despe a luz que te veste e fico nu de ti despido de mim mesmo inerte

MUST o dever de toda luz transbordar at dissipar os contornos dos moinhos o dever de todo verso a transgresso at deitar os gigantes de bruos no cho do poema o dever de todo homem enxergar at renegar de tudo que aprendeu

O GRITO h horas em que na garganta aninham palavras ferozes o peito enguedelhado em um redemoinho de lume no fim um grito spero contra a indiferena que no chega a fender o muro de silncio que no chega a fender o muro de silncio

NOTURNO antes que sequem as folhas recm cadas antes que o orvalho roce a pele da terra esta noite de horas murchas fruto azedo

FONTE da lama escura e ftida que nascem as flores mais formosas os sonhos mais ousados os venenos mais puros

PETIT PAYS (SILENCIEUX) gente calada contudo terra formosa porm ptria que eu amo apesar

NON CREDO doutrinas credos liturgias cleros vorazes alimrias peonha na alma s o desejo sara s o pecado salva

LATITUDE NORTE 43 DE TDIO respiro o ar desta terra me asfixio de manh tarde e noite sem remdio o po pouco e no mata a fome e o circo mata sim mata de tdio

AINDA j li todos os livros e no me encontrei escutei tantos discursos em que me no reconheci e estudei tantos enigmas mas no te decifrei j ouvi todos os contos e no adormeci

Comotodooquepublico,salvoavisoexpressonoutrosentido, estespoemasvosoblicenaCCBYNC.

Você também pode gostar