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br
Veículo ideal para amostragem
D
esta edição até o produto final com excelên- Ao abrigar iniciativas deste
final do ano, a cada cia de desempenho e perfei- gênero, EMBALAGEMMARCA
mês os leitores rece- ta adequação para variadas procura sempre ir além dos
berão EMBALAGEMMARCA alternativas de acondicio- meros objetivos comerciais.
acondicionada em enve- namento. Ao falarmos de A rigor, ao mesmo tempo
lopes que, mais uma vez, integração queremos dizer que ajuda a integrar par-
materializam duas carac- ter sido fundamental para o ceiros, com tais ações se
Wilson Palhares terísticas que contribuíram êxito do trabalho a parceria transforma num veículo de
para sua consagração como de empresas que participa- amostragem de materiais,
Esta ação integrada melhor revista do setor no ram com o melhor de seus insumos e serviços. Na
visa evidenciar Brasil: inovação e criativi- portfólios. São elas: Polo verdade, o meio revista é
dade. Nesta oportunidade, Films (filme de BOPP), o único que permite fazer
qualidades de
serão apresentados quatro Aquiléia (pré-impressão), com eficácia esse tipo de
materiais e serviços
diferentes modelos de enve- Dann Group (tintas), Henkel ação. O que surpreende é
que resultaram
lopes, cada um dos quais (adesivos) e Arco Convert que, antes do lançamento
num produto final será veiculado duas vezes, (impressão em rotogravura, de EMBALAGEMMARCA, no
com perfeita de forma alternada. com seis cores – quadri- Brasil essa era uma práti-
adequação Esta ação integrada visa cromia, branco e prata). A ca inexistente no segmento
para variadas evidenciar qualidades de criação dos envelopes ficou editorial dirigido à cadeia de
alternativas de materiais e serviços cuja a cargo da agência de design embalagem.
acondicionamento convergência resultou num Recriar. Até abril.
nº 79 • março 2006
Diretor de Redação
Wilson Palhares
palhares@embalagemmarca.com.br
29
ESPM com o objetivo de criar Fechamentos guma@embalagemmarca.com.br
gestores de embalagem Tampa de borracha revestida Leandro Haberli Silva
com flúor propicia segurança leandro@embalagemmarca.com.br
Administração
Marcos Palhares (Diretor de Marketing)
Eunice Fruet (Diretora Financeira)
Departamento Comercial
comercial@embalagemmarca.com.br
Karin Trojan
Wagner Ferreira
25 Rotulagem
Indústrias nacionais serão obriga-
das a informar nível de gordura
42 Plásticas
Em vias de completar um ano
no mercado, garrafa de PP de
Circulação e Assinaturas
Marcella de Freitas Monteiro
Raquel V. Pereira
trans nos rótulos de alimentos alta transparência faz sucesso assinaturas@embalagemmarca.com.br
Assinatura anual: R$ 99,00
26 Ponto-de-venda
Tecnologia européia desenvolve
displays dobráveis, capazes de
46
Etiquetas inteligentes:
Marcelo Pedroso
Gerente da IBM Business
Público-Alvo
EMBALAGEMMARCA é dirigida a profissionais
que ocupam cargos de direção, gerência
reduzir custos com montagem Consulting detalha pesquisa e supervisão em empresas integrantes da
sobre RFID no Brasil cadeia de embalagem. São profissionais
27 Tecnologia
Kit de amostragem destaca
frasco de cosmético com tampa
50 Conversão
Investimento em letterform
envolvidos com o desenvolvimento de
embalagens e com poder de decisão colo-
cados principalmente nas indústrias de bens
que exala odor do produto design pode aliviar custos de
de consumo, tais como alimentos, bebidas,
cosméticos e medicamentos.
impressão de embalagens
Filiada ao
56 Índice de Anunciantes
Relação das empresas
que veiculam peças
publicitárias nesta edição
6 Display Filiada à
Lançamentos e novidades – e seus sistemas de embalagens
32 Panorama www.embalagemmarca.com.br
Movimentação no mundo das embalagens e das marcas
O conteúdo editorial de EMBALAGEMMARCA é
54 Conversão e Impressão resguardado por direitos autorais. Não é per-
mitida a reprodução de matérias editoriais
Produtos e processos da área gráfica para a produção de rótulos e embalagens
publicadas nesta revista sem autorização
da Bloco de Comunicação Ltda. Opiniões
58 Almanaque expressas em matérias assinadas não refle-
Fatos e curiosidades do mundo das marcas e das embalagens tem necessariamente a opinião da revista.
MARGARINAS E SABONETES industrial uma extrusora para aplicação utilizados no inte-
N
de PEBD em elevadas temperaturas, a rior das embala-
ossos cumprimentos pela repor- qual constitui a mais eficiente barreira gens de margari-
tagem sobre embalagens para sabo- a umidade e vapor para este tipo de nas. Trata-se de
netes, destacando a preferência pelo embalagem, impedindo a proliferação um papel especial
cartucho de papel cartão. Causou-nos de fungos e alterações na qualidade do com determina-
surpresa, entretanto, o fato de não produto e da embalagem final. das barreiras,
terem sido explorados outros aspec- Sergio Canela que é convertido
tos e diferenciais competitivos do Gerente de Marketing e Vendas por outra empresa. Uma das marcas
material, como a otimização da área Fernanda Hassad que o utiliza é a Qualy, da Sadia.
impressa, o empilhamento melhor no Analista de Produto e Mercado Fabiana C. Della Piazza
ponto-de-venda e a eficácia supe- Ripasa S.A. Celulose e Papel Marketing
rior na proteção do produto, tanto na São Paulo, SP Santher Specialty Papers
armazenagem quanto no transporte. São Paulo, SP
Ademais, as embalagens de papel car-
tão são produzidas, em sua maioria,
N. da R.: Por razões de espaço, a
carta acima foi editada. Pode ser lida
na íntegra em nosso site, na seção
G ostaria de parabenizá-los pela
matéria sobre o mercado de mar-
com elevado grau de matéria-prima
reciclada (aparas), que reforçam a res- Espaço Aberto. garina divulgada na edição de
ponsabilidade social e ambiental das EMBALAGEMMARCA nº 78 (fevereiro
empresas produtoras e usuárias.
Finalmente, a matéria omite que a P arabéns pela qualidade das maté-
rias e pelo layout da edição de feverei-
de 2006). Faço um reparo quanto
ao meu nome, nela mencionado, que
aparece grafado errado. No mais, a
marca líder desenvolveu sua produ-
ção de cartuchos no Brasil com papel ro de EMBALAGEMMARCA. (nº 78). As matéria ficou muito boa.
cartão Ripasa, e com ele continua até reportagens sobre margarinas e sabo- Antonio Carlos S. Junior
os dias de hoje. A Ripasa foi pioneira netes ficaram muito boas. Aproveito Gerente Comercial
no desenvolvimento de embalagens para lembrar que a Santher é grande Poly-Vac S/A
para sabonetes. Instalou em sua planta fornecedora do papel para os “selos” São Paulo, SP
Cresce linha de limpeza do Grupo Bertin
O Grupo Bertin, um dos maio-
res produtores de carnes do
Brasil, investe, desta vez, na
engorda de outra catego-
ria. Sua divisão de higiene
e limpeza lança a linha de
detergentes líquidos Lavarte
em três versões – maçã,
limão e neutro. O produto é
acondicionado em frascos
de 500 mililitros, produzidos
internamente pela própria
empresa em polietileno de
alta densidade. A elabo-
ração do design ficou a
cargo da agência Labcom,
de Ribeirão Preto (SP), que
optou por rótulos do tipo
magazine, impressos em qua-
tro cores pela Teciclo e pela
Ibagraf em papel couchê.
Mais tempero à
Consolidado no país após oito anos, mercado de molhos prontos para
saladas vive prenúncio de maiores investimentos em apresentação
Por Guilherme Kamio
frente? efrigerante, margarina, sabão em
pó. Produtos como esses, hoje tri-
viais na cesta de compras do brasi-
leiro, foram trazidos ao país pelas
multinacionais e rapidamente se tornaram hits
de consumo. Os molhos para saladas pare-
cem seguir essa carreira. Ano após ano, desde
sua estréia nas gôndolas nacionais, cerca de
oito anos atrás, essas misturas condimentadas
ganham popularidade. Entre 2002 e 2004, por
exemplo, o faturamento desse mercado saltou
de 334 milhões de reais para 460 milhões
de reais, aponta a mais recente leitura
divulgada pela AC Nielsen. A verda-
de é que os salad dressings, como os
molhos para saladas são conhecidos
nos Estados Unidos, onde fazem tre-
mendo sucesso, atraem progressiva-
mente a atenção do ramo alimentício
– e também do setor de embalagens.
GODOY
– ANDRÉ
UDIO AG
FOTO: ST
Inovação em gotas
Um deles é a Castelo Alimentos, que ban-
cou o projeto de frascos para molhos com
formato gotejado, sem ombros. Projeto que
também denota uma preocupação em fugir da
FOTOS: STUDIO AG – ANDRÉ GODOY
C
lássicos dos balcões de pada- evitar que sobras do molho escorram quan-
ria e das mesas de bares, do a embalagem volta à posição vertical,
restaurantes e lares brasileiros, explica Ricardo Rodrigues, representante
os molhos de mesa – pimenta, comercial do grupo. As tampas injetadas
molho inglês, molho de alho – começam da Jaguar foram elaboradas para a aplica-
a atender a um clamor de boa parte de ção em frascos de PET, mas podem ser
seus entusiastas: a substituição das tampas usadas em recipientes de vidro, desde que
de rosca por mecanismos flip-top. Para o a terminação do gargalo tenha as mesmas
consumidor, a tampa basculante significa dimensões.
conveniência. É prática, não se perde e A segurança também é um quesito
dispensa o uso da faca ou de outro ins- avaliado pelos usuários na hora de
trumento pontiagudo para o corte do levar adiante a substituição das tam-
batoque plástico que tradicionalmente pas de rosca pelas flip-top. Ocorre
conjuga-se à tampa de rosca. Em vez que alguns modelos destas últimas já
do batoque, as tampas flip-top que incorporam um lacre protetor. Tome-se
vêm sendo utilizadas pelos molhos de como exemplo a Sakura, cujas tampas
mesa utilizam um bico dosador, que flip-top recém-adotadas para a linha
controla o fluxo do produto. Kenko de molhos de mesa envasados
Uma das mais recentes adeptas em frascos de PET apresentam
das tampas flip-top nessa área é a um anel rígido de segurança ao
Fuchs do Brasil, produtora dos molhos redor do fechamento. Os den-
Jimmi. As peças são importadas de tes que unem o lacre ao corpo
fornecedores alemães cujos nomes a da tampa são destacados no
empresa não revela. Segundo a Fuchs, a troca momento da abertura.
das tampas elevou as vendas, embora a empre- EM VOGA – Mais práticas A substituição das tampas dos
que as de rosca, tampas
sa também se esquive de detalhar números. “A flip-top começam a molhos Kenko foi realizada há cerca
flip-top permite a abertura dos frascos apenas ser estrategicamente de um ano e baseou-se em extenso
com o polegar, enquanto a tampa de rosca adotadas por marcas programa de pesquisas mercado-
como Jimmi (à dir.)
requer o uso das duas mãos para abertura e e Kenko (acima)
lógicas e de desenvolvimento
fechamento”, lembra a gerente de marketing técnico, segundo afirma Henry
da companhia, Ana Lúcia Schledorn. “A pra- Nakaya, gerente de marketing
ticidade é incomparável”. Clássico da Jimmi, da companhia. “O resultado”,
o molho inglês foi o escolhido para estrear afirma o executivo, “foi a apro-
VULGAÇÃO
pimenta, todos cativos dos frascos de vidro da mais seguro. Isso se refletiu
Owens-Illinois do Brasil. no aumento das vendas acima
Conforme situa Luiz Adolfo Basqueira, das expectativas da empresa”.
diretor comercial da Jaguar Plásticos, umas Nakaya, no entanto, também
das poucas empresas a fornecer tampas flip- mostra-se refratário a revelar
top para frascos de 150 mililitros no país, dados de desempenho merca-
Jaguar Plásticos
os dosadores possuem diâmetro calculado de (19) 3867-2831 dológico e a identidade do forne-
acordo com a espessura do líquido, para que www.jaguar.ind.br cedor das flip-tops da Sakura. É um indício de
ele seja servido na medida exata. As medidas como as tampas acionadas pelo polegar vêm
Owens-Illinois do Brasil
do orifício também levam em consideração o (11) 6542-8000 sendo encaradas como ferramenta estratégica
equilíbrio dimensional do frasco, de modo a www.oidobrasil.com.br para aumentar vendas na categoria.
Para transmitir
Nível de gordura trans de alimentos deverá ser
informado nas embalagens a partir de agosto
uem avisa é a Anvisa, a autoridade máxima em
Do envelope à exposição
Agilidade e redução de custos são trunfos de novos displays dobráveis
B
oas novas para o merchandising
em ponto-de-venda chegam do
exterior, através de cartas. São
os displays dobráveis e de fácil
montagem Lamà, patenteados pela empresa
francesa Marin’s. A grande cartada des-
ses expositores: desmontados, eles adqui- GIGANTE – Colgate opta
por modelo de display
rem tamanho reduzido, sendo guardados com 2 metros para
em envelopes. Assim, toda a sua logística, apresentar sua linha
incluída aí a realocação em grandes espaços, de escovas infantis. A
estrutura vem com uma
como supermercados e megastores, é prática régua para medir o
e simples. Segundo a fabricante, os displays tamanho dos pequenos
Lamà reduzem de 20% a 30% os custos com consumidores
transporte, além de garantirem economia
em manuseio, armazenagem e montagem
no PDV.
Quem recentemente aderiu aos displays
Lamà foi a Colgate brasileira, para apre-
sentar sua linha infantil de escovas dentais.
Literalmente de olho no crescimento do seu
público-alvo, a Colgate optou por um mode-
lo de papelão com mais de 2 metros que traz,
em uma das laterais, uma régua de 1,5 metro.
Com ela, as crianças podem medir sua altura
a cada ida ao supermercado. A estrutura é
composta por 24 gancheiras, com capacida-
de para cinco escovas cada uma.
Os displays Lamà também estão atu-
almente espalhados por 1 350 agências do
Unibanco, em projetos com janelas transpa-
rentes de PVC e dimensões de 1,90 metro
de altura e 65 centímetros de largura. É
Marin´s
esse formato, de acordo com José Cosme (11) 4148-3008
Fernandes, diretor da filial brasileira da www.marins.net
Marin’s, o de maior saída no país.
O executivo situa que os displays
Lamà são impressos em até seis
FOTOS: STUDIO AG – ANDRÉ GODOY
Ao faro fino
Projeto mostra potencial das embalagens que
exalam fragrância do cosmético acondicionado
M
aior sinestesia, ou seja, acondicionado. Além de atrair o olfato,
combinação de experi- o odor exalado, o mesmo do produto,
ências sensoriais, é algo desestimula violações da embalagem no
que as indústrias de bens ponto-de-venda.
de largo consumo, principalmente Segundo a Eastman, o Chocolatine
de cosméticos, cada vez mais procu- demonstra como a sinergia de diferentes
ram trabalhar em suas embalagens. A competências pode criar produtos ino-
essas empresas, a química americana vadores. O projeto só conseguiu tomar
Eastman propõe uma interessante solu- forma graças a uma parceria entre a quí-
ção: recipientes produzidos com plás- mica e a casa espanhola de fragrâncias
ticos de alto valor agregado contendo Eurofragrance, a fabricante sul-coreana
aromas encapsulados, que se dispersam de embalagens para cosméticos EJ Pack
no ambiente. e a americana Rotuba, produtora da
Um exemplo prático dessa possibili- linha Auracell de cápsulas de aroma.
dade está sendo exibido num programa Conforme a Eastman sublinha, a amos-
de amostragem da empresa, nomeado tra “ilustra o potencial da encapsulação
Material Difference. Nele, um pote de e a qualidade do Glass Polymer na pro-
espessas paredes transparentes, mol- dução de recipientes com paredes gros-
dado por injeção e sopro com Glass sas e geometria complexa. Informações
Polymer, um grupo de termoplásticos sobre o programa de amostragem
que emulam propriedades visuais e Material Difference podem ser aces-
táteis do vidro, acondiciona um creme sadas no Eastman Innovation Lab, um
com fragrâncias de chocolate, baunilha site criado pela química americana para
e laranja batizado com a marca fictícia estimular inovações em design (www.
Chocolatine. A tampa do pote emprega innovationlab.eastman.com).
uma resina natural aromatizada (acetato
de celulose), produzida com uma tec- Eastman EJ Pack
www.ejpack.com
nologia de encapsulação que lhe con- (11) 4506-1000
www.eastman.com.br. Rotuba
fere a mesma fragrância do produto www.rotuba.com
N
a tentativa de jogar água fria sobre
os concorrentes de um mercado
aquecido, cujo faturamento foi de
2,8 bilhões de reais em 2005,
a Unilever decidiu apostar em um produto
inovador unindo duas marcas líderes – Omo
e Confort – em um mesmo detergente em
pó. O crossover faz todo sentido. Segundo
uma pesquisa realizada pela empresa, 56%
das consumidoras de Omo também usam o
amaciante Comfort. Outro fator embasa boas
perspectivas para o produto: a combinação
do sabão em pó Surf, de apelo popular, com
FOTOS: DIVULGAÇÃO
o amaciante Fofo, lançada cerca de um ano
atrás, é um sucesso. Já responde por 25% das
vendas da marca Surf e alcançou cinco pontos
de market share.
Para a apresentação do novo Omo, foi DUPLA LIDERANÇA – Novo Omo com toque de Confort
necessária uma solução em embalagem que se vale de 56% das consumidoras que compartilham a
preferência entre o sabão em pó e o amaciante
destacasse os dois componentes, porém
dando mais ênfase ao sabão em pó, estrela na tarja na embalagem com a frase “recomen-
principal da parceria. Os cartuchos de papel dado por Omo”. As garrafas de polietileno
cartão “horizontalizados” da Dixie Toga, de alta densidade (PEAD), fornecidas pela
já utilizados em outros itens da linha Omo Sinimplast, ganharam rótulos auto-adesivos
desde meados de 2005, foram os escolhidos. impressos pela Prodesmaq em off-set cinco
A caixinha bojuda, mais baixa e de maior cores mais a aplicação de verniz UV. Assim
comprimento lateral e maior profundida- como a combinação de Omo e Comfort, a nova
de, recebe impressão em rotogravura cinco embalagem do amaciante também foi desenha-
cores com a marca Omo sublinhada pela da pela Rex Design, que optou por repetir as
palavra Confort em curvas “costuradas”, que linhas costuradas e os grafismos em forma de
buscam aludir à maciez. Um verniz especial coração onde aparece o termo Aloe Vera.
na embalagem barra a umidade, evitando o Foram investidos 15 milhões de reais no
endurecimento do pó. projeto do novo Omo, cuja divulgação segui-
A novidade contraria a onda de estratégias rá a campanha “Porque se sujar faz bem”.
de promoção do tipo “dois em um”. Andréa Em busca de manter a liderança de mercado
Salgueiro, diretora de marketing de higiene de 40,4%, segundo o instituto AC Nielsen,
e limpeza da Unilever, explica que o intuito o novo item da marca irá disputar faixas de
é incentivar a combinação das poderosas preço de cinco a seis reais, próximas ao emer-
marcas na lavagem de roupas, tornando o gente concorrente Assim, da Assolan.
casamento um sinônimo de máxima eficácia.
Prova disso – e de que a multinacional não Dixie Toga Rex Design
(11) 6982-9497 (11) 3862-5121
quer ver arrefecidas as vendas do amaciante –,
www.dixietoga.com.br www.rexnet.com.br
paralelamente, a Unilever lança nova edição de
Prodesmaq Sinimplast
Comfort, justamente com a mesma fragrância (19) 3876-9300 (11) 3683-0137
do detergente em pó (Aloe Vera) e uma peque- www.prodesmaq.com.br www.sinimplast.com.br
Risco zero
Tampa de borracha com flúor garante
ÃO
N
em sempre as embalagens primárias seus clientes uma linha de tampas especiais.
são consideradas parte integrante FLÚOR – Tampas da West Com a marca FluroTec, essas tampas de
possuem revestimento
dos medicamentos, e isso pode oca- fluoretado: segurança borracha possuem um filme de revestimento
sionar sérios problemas. Veja-se o para fármacos injetáveis fluoretizado. “Esse revestimento proporciona
caso das tampas de borracha, largamente utili- uma barreira, evitando reações entre tampa e
zadas nas embalagens de fármacos injetáveis. conteúdo que produzem os chamados extraíveis
Reações químicas indesejáveis entre esses pro- orgânicos e inorgânicos, substâncias indesejá-
dutos e a fórmula do medicamento, vedação veis para a droga, e minimiza a interação entre
imprecisa e a fragmentação da borracha, liberan- a droga e a tampa, mantendo a integridade do
do partículas no produto, são exemplos de riscos medicamento”, explica Vanessa Marks, analista
aos quais as drogas ficam expostas quando de marketing da subsidiária brasileira da West. A
estudos de sua compatibilidade com as tampas West, através do seu Departamento de Suporte
pecam em rigor. Só que nem sempre é possível Técnico, avalia a necessidade ou não do uso dos
estabelecer níveis de segurança nessa interação. revestimentos, bem como a melhor formulação
Atenta a isso, a americana West Pharmaceutical West Pharmaceutical Services
de borracha para cada fármaco, levando em
Services, importante fornecedora de embalagens (11) 4055-6060 conta a fórmula do produto, seu processo de
para a indústria farmacêutica, disponibiliza aos www.westpharma.com embalagem e sua forma de aplicação.
Olhos atentos a um
mercado em expansão
A julgar pelos números divulgados pela
Associação Brasileira da Indústria de Higiene
Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec),
não é difícil descobrir para que ramo a indús-
tria de embalagens deve mirar seus esforços
em 2006 se não quiser perder um bonde
certeiro. Segundo a associação, 109 novas
empresas foram criadas em 2005, todas
Papel cartão conquista Moscou devidamente autorizadas e regulamentadas
Maior cervejaria russa, a Baltika pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária
tornou-se cliente da Klabin. A – Anvisa. Esse número significou um aumento
indústria brasileira fornece as de 8,7% em relação ao ano anterior. Um dos
novas multipacks de papel cartão destaques do crescimento é o Estado da
que a engarrafadora utiliza para Bahia, que viu sua indústria cosmética aumen-
comercializar quatro unidades de tar em dezesseis empresas de 2003 até final
garrafas long neck. O leste europeu de 2005. Para este ano, o cenário continua
é uma região promissora para os promissor. Segundo o presidente da Abihpec,
negócios da Klabin. Lá, o conceito João Carlos Basílio da Silva, os próximos obje-
de multipack cartonada ainda é tivos são combater a informalidade sanitária e
novo, assim como o formato long garantir o tratamento adequado às pequenas
neck de garrafas de vidro (na foto e médias empresas do setor. “Por serem ágeis
ao lado). A mesma multipack da e dinâmicas, elas conseguem identificar nichos
Baltika também é exportada para especiais, lançar produtos diferenciados e abrir
outros países europeus e para os novos mercados”, afirma ele.
Estados Unidos. www.abihpec.org.br
FOTOS: DIVULGAÇÃO
entre os primeiros clientes da garrafa sem
painéis PowerFlex, da Amcor PET Packaging
P
esquise-se, nas divisões de marke- Uma dessas garrafas libertas dos painéis, ou
ting das indústrias de bebidas, a panel-less, na definição em inglês, é a PowerFlex,
reputação das garrafas de PET da Amcor PET Packaging, lançada em meados
para o envase a quente de chás, do ano passado. Em vez dos arcabouços laterais,
sucos e isotônicos. Seguramente pedras voarão é a sua base que absorve a distorção ocasionada
sobre os chamados painéis de dilatação dessas pelo vácuo. Como um diafragma, a base con-
embalagens. É compreensível. Tais painéis, verge para o interior da garrafa à medida que o
esqueletos frisados ou estriados projetados nas líquido resfria, ganhando o formato de um cone
paredes das garrafas, são vistos por muitos que invertido. As primeiras utilizações da nova garra-
cuidam da imagem dos produtos como um mal fa aconteceram nos Estados Unidos, no segundo
necessário. Ocorre que, se por um lado eles semestre de 2005, com uma família de chás
acomodam o vácuo formado quando o líquido prontos da Tradewinds Tea e com águas com
acondicionado resfria e se contrai, evitando sabores da marca Trinity Springs.
deformações da garrafa, por outro eles com- Rodolfo Salles, gerente de desenvolvimento
plicam a rotulagem, embargam a ergonomia e e engenharia da subsidiária brasileira da Amcor
cerceiam a liberdade de design da embalagem. PET Packaging, situa que um trabalho de apre-
Boas novas para os apedrejadores: garrafas de sentação da PowerFlex ao setor nacional de
PET desprovidas dos painéis laterais começam bebidas já se encontra em curso. “A atenção
a se difundir no exterior, e algumas delas já despertada por essa embalagem é enorme”, relata
podem ser adquiridas aqui. o executivo. De acordo com ele, a PowerFlex
pode rodar nas mesmas linhas de envase a quen- ativo na absorção do vácuo. Por ora, a principal
te das garrafas contendo painéis, e também nas usuária da ATP é a produtora americana de chás
linhas de enchimento para vidro, com mínima ou prontos Honest Tea.
nenhuma alteração de configurações. Com uma operação brasileira hoje mais
focada na produção de embalagens para óleos
Atividade é da base Amcor PET Packaging
automotivos, alimentos, defensivos agrícolas e
Sob o nome comercial ATP (sigla para Active (11) 4589-3000 cosméticos, a Graham se aquece para investir
Transverse Panel, ou “Painel Transverso Ativo”, www.amcor.com sobre as bebidas nacionais cativas do enchi-
numa tradução livre do inglês), outra garrafa de Graham Packaging mento a quente. “Queremos expandir negó-
PET para hot-fill sem painéis laterais é destacada (11) 3901-7900 cios entre os engarrafadores brasileiros e nossa
pela americana Graham Packaging. A empresa www.grahampackaging.com garrafa ATP está à disposição deles”, contou a
brande o pioneirismo na área, tendo lançado ofi- EMBALAGEMMARCA o americano Paul Young,
cialmente sua embalagem em agosto de 2004, e vice-presidente de negócios em PET da Graham
também vantagens de custo em relação à concor- Packaging. “De início, as embalagens poderão
rência. “Nossas garrafas ATP são as mais leves ser fornecidas via importações. Com massa críti-
do mercado”, afirma John Denner, diretor de ca, nossa planta brasileira passaria a fabricá-las.”
serviços globais de desenvolvimento da matriz Inicialmente, as proponentes das garrafas
FONTE – PowerFlex
da Graham Packaging. Conforme ele explica, a sem painéis miram as linhas de chás, sucos e
também foi adotada
ATP funciona a partir de mecânica similar à da para águas com sabor outras bebidas apelativas à saúde posicionadas
PowerFlex, cabendo à base da garrafa o papel da Trinity Springs em faixas premium. No raciocínio do americano
David Andison, vice-presidente de estratégias
de mercado da Amcor PET Packaging, “mui-
tas marcas adotaram só vidro por não terem
encontrado uma solução em PET que conjugasse
envase a quente com nobreza estética”. Para ele,
as garrafas panel-less irão virar esse jogo. Nesse
ponto, John Denner, da Graham Packaging,
lembra que as paredes lisas das novas garrafas
de PET permitem decorações com rótulos auto-
adesivos ou termoencolhíveis sem riscos dos
enrugamentos associados aos painéis. “Ademais,
o PET abate custos de frete e é inquebrável,
podendo sofrer grandes empilhamentos e explo-
rar canais em que o vidro encontra restrições,
como casas noturnas.”
Rápida popularidade
Em um ano, garrafa de PP de alta transparência conquista produtores
pequenos e médios de refrescos ao aliar vantagens de custo e de imagem
E
m vias de completar seu primeiro aniversá-
FORÇA -
rio, a garrafa de polipropileno (PP) de alta GuaraPower é
transparência produzida pela Packpet, pioneira uma das mais
mundial na sua fabricação em escala pelo de quinze
bebidas que
processo de injeção, estiramento e sopro – conhecido pela adotaram a
sigla em inglês ISBM – engatou marcha rápida no mer- garrafa de PP
cado de bebidas. Conforme situa Vitor Garcia, diretor da da Packpet
transformadora, a nova embalagem de PP já atende a mais
de quinze clientes nos ramos de refrescos, bebidas mistas
e repositores energéticos. “Assim como outros segmentos,
esse mercado também tem necessidade de embalagens
transparentes em resposta à demanda do consumidor”,
pondera o dirigente.
Desenvolvida com investimentos de um tripé com-
pletado pela petroquímica Braskem e pela fabricante
de aditivos químicos Milliken, e com a participação da
produtora de máquinas Sidel, a garrafa veio bem a calhar
para o quadro brasileiro, em que a maior parte das peque-
nas e médias engarrafadoras de refrescos, alicerçada em
produção de menor escala, tinha dificuldade de diferen-
ciação com custo competitivo. “A garrafa transparente de
PP permite que essas marcas aumentem sua percepção de
valor, e isso é notado pelo consumidor”, defende Garcia.
“Ademais”, ele frisa, “no processo de produção ISBM o
gargalo é injetado, permitindo um tamponamento perfeito,
sem vazamentos e sem necessidade de uso de selos de
vedação, refletindo de um lado redução de custos e de
outro maior confiabilidade perante o consumidor”.
Para aplicações mais sofisticadas, a embalagem de PP
suporta envase a quente, a temperaturas de até 95º C, desde
que o design seja adequado, com a utilização de painéis de
dilatação (veja reportagem na pág. 36). Adorado por ameri-
canos e europeus, o envase a quente de bebidas em embala-
gens plásticas, principalmente garrafas de PET, ainda possui
uma base usuária seleta no Brasil. “Em relação ao PET a
nossa garrafa só perde em propriedades de barreira a gases,
porém permite uma redução significativa de peso graças
à superior resistência do PP à alta temperatura”, explica
Garcia, sem perder de vista o potencial do envase a quente
STUDIO AG – ANDRÉ GODOY
G
lobalizar, mas com um olhar regio- Ana Couto Branding & Design de 355 mililitros da Rexam e garrafa de vidro
nal. Esse desafio permanente para (21) 3205-9970 one way de 250 mililitros da Owens-Illinois do
www.anacouto.com
as multinacionais acaba de inspi- Brasil. “As embalagens, porém, agora apresen-
rar uma solução apaziguadora da Owens-Illinois do Brasil tam um visual mais moderno, graças ao novo
(11) 6542-8000 grafismo”, defende Hagen, aludindo ao trabalho
Coca-Cola. Para promover a nacionalização da
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sua grife mundial Minute Maid, um bastião da de design coordenado pelo escritório Ana Couto
categoria de sucos prontos para beber, com 59 Rexam Branding & Design.
(21) 3231-3300
anos, a gigante americana decidiu mesclá-la à A chegada da Minute Maid passa recibo do
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brasileiríssima Sucos Mais, que ela adquirira desejo da Coca-Cola de faturar mais no mer-
em agosto do ano passado, criando assim a Tetra Pak cado de bebidas não-carbonatadas com apelo
(11) 5501-3200
linha Minute Maid Mais. A nova marca come- www.tetrapak.com.br
saudável. O presidente da operação brasileira
çou a aportar no varejo em fevereiro. da companhia, o americano Brian Smith, não
De acordo com Sandor Hagen, diretor de cansa de exaltar o potencial do segmento de
novos produtos da Coca-Cola Brasil, a inclusão sucos prontos no Brasil, onde o consumo
dos sucos Mais sob o chapéu da Minute Maid anual per capita é ainda baixo. “No México
irá alinhar ainda mais o portfólio brasileiro esse consumo é o triplo do brasileiro, e nos
da companhia ao seu padrão internacional, Estados Unidos ele chega a ser quinze vezes
permitindo maior sinergia com outros países e maior”, diz Smith. Na ocasião de sua compra
economia de escala em promoções e marketing. CARTÃO DE VISITA
pela Coca-Cola, a Sucos Mais era uma típica
“Ao mesmo tempo, a marca Mais, um caso de Caixinha Tetra Brik marca regional. Sua distribuição se restringia
sucesso no Brasil, continuará na memória dos Aseptic é um dos a 3 000 pontos-de-venda concentrados no Rio,
suportes da Minute Maid
consumidores”, afirma o executivo. A princí- em Minas, no Espírito Santo e em parte de São
Mais. Latinha e garrafa
pio, a Minute Maid Mais preservará o mix de de vidro são os outros Paulo. Sandor Hagen antecipa que a meta é
embalagens dos Sucos Mais, composto por passar das atuais 20 000 lojas para 130 000
caixinhas Tetra Brik Aseptic de 200 mililitros num curto prazo. “A Minute Maid Mais terá
e de 1 litro da Tetra Pak, latinhas de alumínio presença nacional”, ele antecipa.
DIVULGAÇÃO
O tempo está conosco
Sem pressões do varejo, como ocorre lá fora, indústrias nacionais poderão
adotar etiquetas RFID da forma mais eficaz aos seus modelos de negócios
A
proxima-se a data em que as etiquetas
inteligentes, baseadas na identificação por
radiofreqüência (RFID, sigla em inglês
para Radio Frequency Identification)
farão parte do cotidiano das empresas
brasileiras de varejo. A previsão é feita pela IBM Business
Consulting Services, que coloca 2008 como o ano-chave
para a difusão da tecnologia. O diagnóstico se baseia em
uma ampla – e pioneira – pesquisa realizada pela área de
consultoria da IBM com 114 companhias instaladas no
Brasil. Dentre as 104 cujo faturamento anual supera os
100 milhões de dólares, 53,4% pretendem adotar as eti-
quetas em até três anos. Atualmente, 6,2% delas já coloca-
ram em testes os benefícios trazidos pela inovação, entre
os quais se destacam a melhoria na gestão dos estoques e
a maior eficiência nas operações.
No entanto, os dados colhidos em seis meses de estudo
revelam que, aqui, a efetiva adoção de identificação por
radiofreqüência como procedimento padrão tem nos altos
DIVULGAÇÃO
custos de implementação sua principal barreira. A ava-
liação se confirmou em entrevistas com outras quarenta
companhias, todas com faturamento superior a 1 bilhão de
Marcelo Pedroso, da IBM: “ Brasil é privilegiado”
dólares. Dentre essas, o número de iniciativas de uso de
RFID sobe para 32%. Segundo Marcelo Pedroso, gerente mais maduras são as de manufatura. Estas vislumbram três
de consultoria da IBM, em meio a esse cenário recém-des- principais aplicações das etiquetas inteligentes: monitora-
cortinado, o Brasil se encontra em situação privilegiada: mento de estoque – incluídas aplicações internas ou exter-
sem sofrer pressões por parte dos varejistas, as empresas nas em embalagens; monitoramento através da cadeia de
avaliam e calculam com calma todos os passos neces- suprimentos; e, em terceiro lugar, a gestão de ativos de
sários para que as etiquetas inteligentes se tornem uma alto valor agregado. Percebe-se então que, quando se fala
ampla realidade. Em entrevista a EMBALAGEMMARCA, ele em manufatura, a questão da aplicação na embalagem não
comenta as alternativas de sistemas e as possibilidades de tem um foco tão específico. Como não há tanta imposição
redução de custos da tecnologia. para que os clientes sejam atendidos dessa forma, temos
tempo de analisar com cuidado se vale a pena investir na
Da pesquisa realizada pela IBM Business Consulting tecnologia. Isso porque toda vez que uma etiqueta é colo-
Services, participaram empresas das áreas de manufa- cada em uma embalagem, em geral isso é feito a partir do
tura, bens de consumo, distribuição, varejo e serviços. sistema chamado open loop, modelo em que a embalagem
Quais desses setores se mostraram mais aptos a adotar já etiquetada é enviada ao cliente e não retorna. Dessa
as etiquetas inteligentes? forma, a etiqueta passa a ter um custo variável. É justa-
Avaliamos, entre outras coisas, o grau de maturidade e mente esse modelo que nós vislumbramos como segunda
de conhecimento que cada área tem sobre RFID. Nos alternativa de investimentos para as empresas brasileiras.
Estados Unidos, o maior avanço foi percebido nas empre- A primeira é o monitoramento de estoque.
sas de bens de consumo exatamente porque lá é preciso
atender aos grandes mandatos dos varejistas. Isso nos leva O que há de comum entre as expectativas em torno do
a deduzir que o principal suporte desse sistema são as RFID e as expectativas que anos atrás foram depositadas
embalagens. Já no Brasil, percebemos que as companhias no e-business?
E
m seu célebre livro Elementos do Estilo
Tipográfico, de 1992, o especialista
americano Robert Bringhurst dizia que
a tipografia “está para a literatura assim
como a performance musical está para a composi-
ção: é um ato essencial de interpretação, cheio de
infinitas oportunidades para a iluminação ou para a
estupidez”. Bringhurst sabia que o uso de famílias
tipográficas adequadas assume outras prioridades
além da geração de clareza e da facilitação da leitura.
O estudo de fontes, ou letterform design, tornou-se
uma importante ferramenta de redução das despe-
sas de impressão, um aliado diante das pressões de
custo que cada vez mais incidem nesse processo.
Especialistas defendem que praticamente qualquer
produto gráfico – livros, embalagens, panfletos
– pode ficar mais barato a partir de análises técnicas
das características das letras nele estampadas.
Tal possibilidade é especialmente evidente nas
reformulações gráficas a que foram submetidos
grandes jornais americanos nos anos 90. Diários e
FOTOS: DIVULGAÇÃO
outros produtos editoriais com grande número de
páginas conseguiram reduzir de forma considerável
suas despesas gráficas apostando em redesign das
letras. Com isso, combateram pontos de acúmulo de
tinta, dentre outras melhorias guiadas pelos diversos
conceitos do letterform design.
A pergunta que surge é se tais análises também
podem reduzir custos na produção de embalagens.
Sim, dizem os profissionais do ramo, lembrando, por
exemplo, que a eliminação do uso de calço de preto
em impressões em que tal recurso é desnecessário
por si só já rende uma boa economia. “A indústria de
embalagem precisa entender que o estudo de letras
pode ser caro e demorado, mas, quando bem feito,
ele traz ganhos, e invariavelmente se paga”, defende
Sara de Paula Souza, da agência Hi Design, especia-
lizada no tema.
Corroborando as prerrogativas econômicas, a
designer lembra que a partir do letterform design é
HARMONIA – Fonte Century Old Style permitiu casamento com o design gráfico
possível inserir mais informações em menos espaço, das colônias da Anantha. Abaixo, um exemplo de como diferentes letras com
diminuindo a quantidade de substrato consumido. No mesmo corpo podem apresentar, na prática, tamanhos distintos
E
ngana-se quem atribui custos e retrabalho das embalagens
destaque único aos plás- com maior eficiência do processo
ticos nas mais recentes em linha”, diz Manzini. Na prática,
evoluções tecnológicas o upgrade na linha de produção de
das embalagens flexíveis nacionais. papéis glassines, ele conta, propor-
Veja-se o caso do Cromopel, da MD cionaram um aumento significativo
Papéis. Papel branco de alta rigidez de velocidade no processo.
e de alto brilho especialmente indi- Manzini aponta como emba-
Compartimentos cado para a produção de embala- lagens que ganharam qualidade
livres do ozônio gens de alimentos, com aptidão para de processo com o upgrade do
laminação. O segmento de papéis Cromopel as de chicles, de sachês
Para evitar a formação de ozônio nos
glassines, do qual o Cromopel faz de açúcar, envelopes de figurinhas e
compartimentos que abrigam as lâmpa-
parte, foi alvo de investimentos da sachês de lenços umedecidos. “São
das UV usadas pelos equipamentos de
ordem de 21 milhões de reais nos aplicações e embalagens com rigo-
impressão com aplicação de verniz, a
últimos dois anos. “O resultado”, roso apelo técnico e de qualidade,
Heidelberg anunciou o desenvolvimen-
conta Carlos Manzini Bonfim, chefe em que o papel pode ser utilizado
to de uma tecnologia ambientalmente
de vendas de flexíveis e crepados da na laminação com alumínio, com
correta. Com a marca Inerte, o sistema
MD Papéis, “é que o produto man- polietileno e em alguns casos com
elimina a formação do ozônio, que
tém o nível de benchmark mundial e aplicação de parafina alimentícia.
normalmente acontece com a elevação
responde às mais rigorosas exigên- O desempenho em máquina, prin-
da temperatura e da pressão interna
cias do mercado de embalagens”. tabilidade e produtividade são pon-
do compartimento. Não foi por acaso
A injeção de capital e melhoria tos fundamentais para a excelência
que a empresa investiu no sistema.
no processo de produção da linha de do processo”, descreve o executi-
Com a família Speedmaster SM 52,
papéis glassines contemplou maior vo. O carro-chefe da MD Papéis
Speedmaster CD 74 e Speedmaster
aproveitamento de largura, veloci- para a área de embalagens flexíveis
CD 102 (foto), a Heidelberg é líder em
dade de secagem e maior produti- é o Cromopel. Recentemente, a
máquinas instaladas com aplicação
vidade. Os convertedores de emba- empresa lançou o Cromopack, uma
de UV. Segundo a empresa, a tecno-
lagens aumentaram as garantias de versão mais competitiva usada nas
logia Inerte é na verdade um sistema
melhor desempenho em impressão, linhas de derivados de milho, “pro-
opcional de refrigeração das máquinas,
estabilidade do processo, confiabi- dutos fortíssimos no Nordeste”,
que injeta nitrogênio no compartimento
lidade de gramatura e do perfil do assinala Manzini. Os papéis da
da lâmpada UV. Com esse módulo de
papel e maior velocidade em máqui- MD têm certificações nacionais e
arrefecimento, evita-se que o oxigênio
na. “Com isso, atendemos à deman- internacionais para o contato direto
se transforme em ozônio. A empresa
da por menores níveis de devolução, com produtos alimentícios.
acredita numa boa receptividade do
sistema, em função principalmente da MD Papéis
(11) 4605-2364
crescente preocupação com respon- www.mdpapeis.com.br
sabilidade social no ambiente gráfico.
Além da questão ambiental, a tecnolo-
gia tem a missão de preservar a saúde
dos operadores de impressoras. A
empresa lembra que a lâmpada UV fica
em um compartimento hermético, que
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Sua empresa não pode ficar de fora. Para saber mais detalhes sobre como fazer
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