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Automobilismo Virtual

O automobilismo é um esporte de velocidade com mais de 100


anos de história. Desde a invenção do automóvel, sempre houve
alguém que quis ser mais rápido que o veículo ao lado,
provando ser o melhor do volante. Muitos campeonatos foram
sendo criados ao longo de todo um século de avanços
tecnológicos, onde a Fórmula 1 se destaca como competição
desde o ano de 1950. Entretanto, correr com um carro, além de
perigoso, é muito caro, e nem todo mundo que deseja ser um
grande piloto pode realmente tentar se tornar um. Com a
difusão dos jogos de corridas de carros, principalmente para
computador, esse "sonho" ficou mais fácil de ser alcançado, e
a partir desse momento começou a surgir o que conhecemos hoje
por "automobilismo virtual".
Com a criação do computador e suas inovações durante os
anos 90, muitos jogos foram surgindo, não só para divertir
crianças, como também para o entretenimento de adolescentes e
adultos. Uma dessas categorias de jogos dedica-se aos esportes
onde a competição é para ver quem é mais rápido pilotando um
carro, seja um veículo de rua normal, seja um protótipo de
alta velocidade, como os carros de Fórmula Indy e Fórmula 1. A
tecnologia gráfica e velocidade dos computadores foi
melhorando a cada ano, ao ponto de hoje termos jogos que
simulam quase à perfeição o que é estar em um Ferrari, um
McLaren ou o carro que seja, e com a difusão da Internet,
ficou mais fácil a comunicação entre cada fã do esporte, que
podia então compartilhar também o gosto pela competição em
videogames e computadores.
Em pouco tempo, as "corridas virtuais" começaram a ser
marcadas entre jogadores do mundo todo que tivessem conexão à
Internet. Inicialmente, cada "piloto" marcava uma data, fazia
uma corrida no seu jogo preferido, e o seu adversário tinha
que tentar ser mais rápido, registrando tempos e ajustes do
carro que estivesse usando, sempre no mesmo jogo, para que se
tivesse uma idéia de quem era realmente mais rápido. Um dos
primeiros jogos a trazer essa brincadeira à tona foi o Formula
1 Grand Prix, da Microprose, uma casa de software inglesa
criada por Geoff Crammond que fechou suas portas há alguns
anos.
Outros jogos também foram utilizados, como os Indy Car
Racing, da Papyrus, mas a versão 2 do F-1 GP (como ficou
conhecido o jogo já citado) trouxe de vez a febre para os
amantes das corridas, com seu alto grau de simulação para a
época - final de 1997 até o ano 2000. A Internet permitiu aos
jogadores criarem campeonatos e disputarem quem era o mais
rápido nas pistas mais famosas do mundo, e hoje, com todo o
avanço da informática atual, os jogadores podem disputar em
tempo real, "online", na mesma pista ao mesmo momento.
Cada vez mais os simuladores se assemelham ao que é
pilotar um carro de verdade, sem os riscos mortais que traz o
esporte, e sem os gastos - talvez "mortais" também, dependendo
do ponto de vista - que impõe o automobilismo profissional.
Lembrando que apenas um carro de Fórmula 1 custa em torno de
20 milhões de dólares, enquanto um computador bom com algum
dos mais famosos simuladores e um bom volante - sim, ter um
conjunto volante/pedais é o ideal para a simulação ao extremo
- não sai por mais de 1500 dólares. Em países como o Brasil,
onde nomes como Senna, Piquet, Barrichello, Massa e Fittipaldi
são tão conhecidos como Pelé, Garrincha e Romário, mas que as
pessoas mal têm condições de comprar um carro, a oportunidade
de pilotar virtualmente tem grande recepção entre os jogadores
de computador. Atualmente, há bastante variedade de sites onde
os participantes organizam e competem entre si, às vezes
disputando com "pilotos" de outros países, unificando o gosto
universal por esse esporte tão arriscado.

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