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Guinea Bissau
Legislative Elections – 16 November 2008
Region Overview
A presença portuguesa
A região de Quinara foi desde essa altura conhecida desses marinheiros que
penetravam terra dentro pelos rios abertos ao mar.
Os interesses europeus por esta região de África, cedo se fizeram sentir. A presença
portuguesa e francesa limitava o acesso e escala aos navios ingleses pelo que estes
tentaram estabelecer uma colónia na vizinha ilha de Bolama situada na foz do rio
grande de Buba ocupando a península que lhe fica fronteira e que integra
actualmente os sectores de Tite e Fulacunda anexando-as como dependências à
colónia Britânica da Serra Leoa em Dezembro de 1860. Este projecto de colónia
anglófona à imagem da próxima Gâmbia, encravada na Guiné-Portuguesa não
vingou por muito tempo. Depois de várias disputas e confrontos, a questão de
Bolama é submetida á arbitragem dos Estados Unidos retomando Portugal a posse
destes territórios em Outubro de 1870. Contudo, durante este período, frequentes
vezes as etnias e reinos da região foram utilizados pelas duias potências coloniais
para contestar a presença ora de uns ora d eoutros.
Guerra colonial
Os Balantas que durante o séc XIX tinham migrado para as zonas húmidas do sul
em busca de terrenos férteis, pelo seu carácter combativo, constituem a base do
movimento de guerrilha. Muitos dos seus primos do norte rumam às zonas sob
controle do PAIGC para se juntarem à luta de libertação.
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No limite norte da região, os sectores de Tite e Fulacunda, separados apenas pelo
rio Geba, distam apenas alguns quilómetros de Bissau. A sua importância
estratégica esteve na origem de violentos combates entre as forças portuguesas e o
exército de libertação com frequentes bombardeamentos para a tomada destas
posições. Passados 35 anos ainda se podem observar inúmeros efeitos indesejados
desses combates. A presença de inúmeros projecteis não deflagrados (uxos)
constituem uma ameaça às populações.
O pós independência
Amilcar Cabral, o fundador do PAIGC não viu o sonho de uma Guiné independente
tornar-se realidade, tendo sido assassinado em circunstâncias ainda não
esclarecidas na Guiné-Conacri. É o seu irmão Luis Cabral quem ascende à
presidência do país.
Uma onda de perseguições alastra pela Guiné. Comandos Africanos que
serviram o exército Português e alguns régulos e chefias tradicionais que durante
a luta de guerrilha não tinham apoiado o PAIGC são perseguidos e executados. Em
Tite num só dia 40 antigos comandos e régulos são fuzilados e enterrados em vala
comum. Um número avultado de pessoas procura o exílio nos países vizinhos, o
Senegal e a Guiné-Conacri.
Nos quatro anos que se seguiram não se registou grande evolução na resolução dos
maiores problemas do país. O descontentamento dos veteranos de guerra e a crise
económica agravavam-se dia para dia.
Nino Vieira experimenta uma aproximação à Francofonia aderindo à zona do franco
CFA em Maio de 1997 e assinando um acordo de defesa e segurança com o Senegal
que obrigava a Guiné a apoiar Dakar na luta contra a guerrilha do MFDC de
Casamansa.
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Assumane Mané a 07 de Junho de 1998 tenta evitar o seu julgamento
encabeçando uma revolta e tentando neutralizar Nino no aeroporto de Bissalanca
quando estava de partida para uma reunião da OUA. Grande parte da população
adere à junta militar, ao que Nino dizendo tratar-se de um golpe de estado pede a
intervenção do Senegal ao abrigo do acordo de defesa e segurança. Nino serve-se
também das boas relações com Lasana Conté, presidente da Guiné-Conacri para
que o seu vizinho do sul intervenha no conflito.
Nas eleições Presidenciais de 2005 à 2ª volta (vide gráfico pág. ), Malam Bacai
Sanhá (PAIGC), natural de Cam uma tabanca do sector de Empada, consegue
61,2% dos votos contra 38,8% para Nino Vieira (candidato independente). A nível
nacional o resultado teve o sentido inverso tendo saído eleito Nino Vieira com
52,35% contra 47,65% para Malam. Nestas eleições registaram-se alguns casos de
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pressão e intimidação especialmente junto da Rádio Comunitária Papagaio para que
a campanha de Nino não tivesse acesso aos Media da Região.
A 05 de Agosto de 2008, após ter sido demitido o governo de Martinho N’Dafa Cabi,
sendo nomeado primeiro ministro Carlos Correia, são também nomeados novos
administradores de sector e governador da região de Quinara, passando todas as
funções a ser tituladas por membros do PAIGC.
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Population (estimation)
Registered Voters (2008)
Buba 6,287
Empada 6,462
Fulacunda 4,225
Tite 5,311
Quinara Region 22,285
Number of Circulos Eleitorais 2
Círculo Eleitoral 3 : Buba – Empada
Círculo Eleitoral 4 : Fulacunda - Tite
Number of Distrito Eleitoral 131
Ethnic Breakdown
Religiosidade
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A região de Quinara é conforme a ocupação do seu território dominada por duas
zonas distintas : A norte (sector de Tite e Fulacunda) Animista e a sul (sector de
Buba e Empada) Islamizada onde tem forte influência a confraria Tidjânia com
centro em Quebo (Tombali). As organizações islâmicas de solidariedade do Kuwait e
da Libia têm também uma forte intervenção junto das comunidades da região,
apoiando a construção de mesquitas, poços de água, e escolas.