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DICIONARIO DE TERMOS MASSAUD MOISES Copyright © 2004 Massaud Moisés. 1 edicao, 1974 Dados Internacionais de Catalogacdo na Publicacao (CIP) (Camara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Moisés, Massaud, 1928- Dicionario de termos literarios / Massaud Motsés. — 12. ed. rev. ¢ ampl. — Sio Paulo : Cultrix, 2004. Bibliografia ISBN 85-316-0130-4 1, Literatura — Terminologia — Dicionsrios 1. Titulo. 04-5394 cop-803 Indices para catalogo sistematico: 1, Termos literirios ; Literatura : Dicionarios 803 primeiro numero a esquerda indica a edicdo, ou reedigio, desta obra. A primeira dezena a direita indica 0 ano em que esta edigdo, ou reedicio foi publicada. Edigao Ano 13-14-15-16-17-18-19-20 06-07-08-09-10-11-12 Direitos reservados EDITORA PENSAMENTO-CULTRIX LTDA. Rua Dr. Mario Vicente, 368 ~ 04270-000 — Sao Paulo, SP Fone: 6166-9000 ~ Fax: 6166-9008 E-mail: pensamento@cultrix.com br hutpy/www.pensamento-cultrix.com.br Nota prévia A primeira edicao deste dicionario veio a publico em meio a um processo de amplas ¢ pro- fundas mudancas na esfera dos estudos literarios. O estruturalismo, nas suas varias facetas, 0 formalismo russo, emergente apés décadas de forcado isolamento, a retorica, ressurgindo depois de longo ostracismo, com nova roupagem, adaptada a modernidade, a disseminacao das pesquisas linguisticas, o desconstrucionismo, a semistica, etc., desencadearam polémi- cas acesas em razao das suas propostas fecundas, embora passageiras, trazendo solida con- tribuicéo para o equacionamento mais rigoroso ou mais pormenorizado, num compasso ajustado aos novos tempos, de antigos problemas ou conceitos. A revisdo e atualizacao do livro impunha-se, por conseguinte, com o aproveitamento, na medida do possivel e respeitadas as coordenadas que presidiram a sua elaboracao no inicio dos anos 70, das novidades sugeridas por essas tendéncias. Além disso, continuava viva a questao assinalada no prefacio a edicao de 1974, relativa ao que se deve entender por “ter- mos literdrios”. E tal como entao, parece-me que a solucio mais razoavel aponta para o mes- mo caminho trilhado na primeira edicao: acolher os vocabulos que a linguagem literaria emprega, incluindo os empréstimos, e recusar os que pertencem a territorios ndo-literdrios, nao obstante sejam usados por algumas das correntes mencionadas ou outras de especifica orientacao tedrica, como € 0 caso, por exemplo, da critica psicanalitica. Por outro lado, nao se consignam verbetes a termos facilmente encontraveis em dicionarios de lingua, ainda que presentes na linguagem literaria, ressalvada a hipotese de, em razio do seu especial interes- se, reclamarem tratamento critico e néo meramente sinonimico. Abrangente, o espectro lexical envolve termos de critica e historiografia literarias, reto- ticos, versificatorios, etc., sem prejuizo de outros que, vindos de areas vizinhas, se tem mostrado relevantes para os estudas literarios. Casos ha em que o vocabulo podera sur- preender pelo fato de nao ser muito corriqueiro o seu emprego na area dos estudos litera- ios, como, por exemplo, “kitsch” ou “joruri’. Ainda ha que observar que a terminologia apresentada e defendida pelas linhas criticas posteriores a Il Guerra Mundial somente foi incorporada quando se revelou encerrar uma contribui¢ao nova ou voltada para aspectos carentes de atengao especifica. Muitos dos termos entdo introduzidos nao conquistaram adesao suficiente para substituir, com vantagem, os antigos, ou nao se revelaram mais ade- quados do que eles. Nao raro, tombaram na armadilha do modismo, sem oferecer novida- de de monta, quando nao deixavam transparecer superfetacao, sem oferecer argumentos convincentes, a nao ser para aqueles que se haviam decidido a parecer atualizados por te- correrem a palavras abstrusas para designar velhos conceitos, ja identificados pela tradi- ao classica.

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