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Vendam seus carros e comprem

barcos
O trânsito de Teresina tem se tornado um desafio para os
motoristas, pedestres, ciclistas, motociclistas, e, também, para os
gestores do município. A cada dia que passa o trânsito fica mais
caótico, principalmente nas principais avenidas da cidade e próximo
às pontes. Nos horários de pico, o teresinense chega a ficar cerca de
quarenta minutos para conseguir avançar dois ou três quarteirões.
Por ser uma mesopotâmia, a cidade de Teresina tornou-se um
verdadeiro dominó em relação ao trânsito, o que não era para
acontecer, até mesmo por ter sido uma cidade projetada. Sabia-se
que à medida que a cidade fosse crescendo aumentaria o número de
veículos circulando, e, consequentemente, seria necessário a
construção de novas pontespara que o trânsito fluísse de forma
normal, o grande problema é que isso não ocorreu, e agora, o
teresinense sente-se ilhado todas as vezes que tem que atravessar
alguma das pontes já existentes em horário de grande movimentação
de veículos, levando em média de vinte a trinta minutos para fazer a
travessia.
Segundo especialistas em trânsito, a cidade de Teresina
necessitaria da construção imediata de cinco novas pontes para que
se resolvesse o problema, mas, o que se tem percebido é totalmente
o contrário, a ponte do sesquicentenário, que era pra ter sido
inaugurada no aniversário de cento e cinqüenta anos da cidade, ainda
encontra-se em fase de construção, e dificilmente será inaugurada no
novo prazo estabelecido pela Prefeitura (outubro de 2009), a cidade
já vai fazer 157 anos e nada da conclusão da ponte. E, não é só isso,
há muito tempo se reivindica a construção de outra ponte sobre o rio
poty, que ligaria o bairro Mocambinho ao bairro Socopo, obra que
encurtaria a distância entre a grande Socopo e o centro da cidade.
Muitas pessoas que moram na zona leste e sudeste de
Teresina também precisam diariamente utilizar as pontes para
trabalhar, estudar, ou resolver quaisquer problemas no centro da
cidade, e não é raro essas pessoas chegarem atrasadas aos seus
compromissos devido aos engarrafamentos. Entre 18h a 19h o
congestionamento é maior, e, para se conseguir fazer a travessia do
rio se torna mais difícil, muitas pessoas estão trocando o carro pela
moto, apesar de mais arriscado, tem maior facilidade para driblar o
trânsito e chegar ao destino na hora certa.
O que se tem percebido, é uma política punitiva das
autoridades em relação aos condutores de veículos, pois os radares
estão espalhados em toda a cidade, e às vezes multando gente
inocente, um exemplo é esse que vos escreve, recebeu uma multa
por excesso de velocidade, tendo certeza absoluta de não ter
cometido a infração, nem ao menos os mostradores de velocidade
são instalados junto aos fotos-censores, impossibilitando o condutor
de recorrer da multa. Fica a dúvida, o objetivo é punir os infratores ou
arrecadar dinheiro com as multas?
Está na hora dos gestores se preocuparem mais com o bem-
estar de seus concidadãos do que com as políticas das quais só a eles
beneficiam, o hora de construir pontes, fazer viadutos, ciclovias,
sinalização adequada par deficientes visuais e cadeirantes, paradas
de ônibus confortáveis, capacitação dos agentes de trânsito para
agirem como precursores da paz e do bem-estar social e não como
brutamontes que só abrem a boca para pedir propina e falar
palavrões.

CENTRO DE ENSINO UNIFICADO DE TERESINA – CEUT


CENTRO DE CIENCIAS HUAMNAS E JURÍDICAS – CCHJ
CURSO: BACH. COMUNICAÇÃO SOCIAL – JORNALISMO
DISCIPLINA: PORTUGUES II
PROFESSORA: JOSENILDES
ALUNO: FRANCISCO ALVES MIGUEL LIMA
DATA: 19/ 06/ 2009

TEXTO DISSERTATIVO

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