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PREVENÇÃO EM ODONTOGERIATRIA
CAMPINAS
2009
MARCO TULIO PETTINATO PEREIRA
PREVENÇÃO EM ODONTOGERIATRIA
Basting
CAMPINAS
2009
Apresentação da Monografia em 02/ 02/ 2009 ao curso de Saúde Coletiva.
Maria de Lana
26/10/1924 ٭27/06/2008†
AGRADECIMENTOS
a luz."
Victor Hugo
RESUMO
Com o avanço tecnológico e científico ocorrido nas últimas décadas, houve um declínio
nas taxas de natalidade, e um aumento na expectativa de vida, com consequente
crescimento da população idosa. Por este motivo, é importante a inclusão da
Odontogeriatria nos currículos das faculdades, uma vez que com o aumento do número
de indivíduos nesta faixa etária, uma maior demanda de serviços odontológicos serão
requisitados nos próximos anos. O cirurgião-dentista deve ser um profissional sensível,
que domine várias disciplinas da ciência, e deve garantir um atendimento diferenciado e
individualizado. O objetivo deste estudo foi discutir a importância da prevenção na área da
Odontogeriatria. Foi realizada uma revisão de literatura, concluindo-se que é importante a
prevenção das doenças orais, e especialmente os cuidados com a dentição, que devem
ser cultivados até na terceira idade, pois contribuem para uma maior longevidade, e
principalmente na qualidade de vida do idoso. Neste aspecto, as atividades preventivas
educacionais odontogeriátricas são imprescindíveis, e devem ser uma constante.
Due to technological and scientific progress occurred in recent decades there has been a
decline in birth rates and an increase in life expectancy, and consequent growth of the
elderly population. It is therefore important to include the Geriatric dentistry in the
curriculum of dental schools, since the increase in the number of individuals in this age
group, a greater demand for dental services will be required in the coming years. The
dental surgeon must be a sensitive professional, know several disciplines of science and
should ensure a differentiated and individualized care. The purpose of this study was to
discuss the importance of prevention in the area of Geriatric dentistry. A literature review
was performed, which concluded that it is important for the prevention of oral diseases and
especially the care of teeth, that should be preserved even in old age, therefore contribute
to a much greater longevity and mainly the quality of life of the elderly. And concerning
this, the odontogeriatrics preventive educational activities are essential and should be
constant.
Keywords: Geriatric dentistry. Prevention. Elderly. Odontogeriatrics activities. Quality of
life.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 10
2 PROPOSIÇÃO 12
3 REVISÃO DE LITERATURA 13
4 DISCUSSÃO 39
5 CONCLUSÃO 45
REFERÊNCIAS 46
10
1 INTRODUÇÃO
O termo Gerontologia foi usado pela primeira vez em 1903 por Metchicoff, sendo
esta de origem grega, em que “gero” significa velho e “logia” significa estudo. Na ocasião,
previu que esse campo teria crescente importância no decorrer do século XX, em virtude
denotar o estudo clínico da velhice, por analogia com Pediatria, que é o estudo clínico da
“Geriatric” em 1914. Em 1917, o “The Medical Review of Reviews” criou uma sessão de
medida que aumenta a população de adultos mais velhos e idosos portadores de doenças
que norteiam a gerontologia e têm buscado soluções para as necessidades das pessoas
número que deverá estar triplicado em 2050, representando a sexta maior população
2. PROPOSIÇÃO
área da Odontogeriatria.
13
3 REVISÃO DE LITERATURA
velhice e envelhecimento não são termos sinônimos, pois ambos possuem características
esse, que deve ter como objetivo, determinar se a personalidade respeitada sob o ponto
envelhecimento começa pelas células, passa aos tecidos e aos órgãos e termina nos
populacional, traduz-se por um aumento do número de pessoas idosas, mais rápido que o
aumento da população total. Relatou que diante da velhice como um fenômeno humano,
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biológicas no idoso, bem como, as alterações bucais e a influência negativa que causam
e assim estará apto a manejar pacientes idosos de forma correta, saber das patologias
lábios ficam encovados. O ser humano vai perdendo a beleza física. Perdendo esta
beleza, não quer mais sair de casa ou ter atividades sociais, adquirindo um
que com os distúrbios digestivos provocados pela perda dos dentes pode ocorrer o
concluiu que a perda da beleza por falta de dentes, e a diminuição da atividade social,
aumentam o fator de risco de aterosclerose cerebral. Desta forma, a perda dos dentes
Pucca Júnior (1996) considerou o grupo etário dos idosos como o possuidor das
relatou que dependendo da inserção social que um grupo de idosos estiver inserido, este
vise a saúde bucal na terceira idade. Relatou as seguintes medidas profiláticas: medidas
quanto à limpeza regular diária dos dentes, orientações quanto ao controle da dieta e
motricidade e o número e posição dos dentes no arco dental. Para os idosos que
pessoa, onde esta deverá realizar movimentos circulares em todas as faces dos dentes.
textura macia, com "cerdas planas" (parte ativa sem curvatura). Em relação ao tipo de
cabo, recomendou-se o do tipo reto. A frequência diária da escovação deve ser adaptada
ao paciente pelo menos uma vez ao dia, de preferência imediatamente antes de dormir.
recomendada a fita dental. Como medidas de controle químico, a fluorterapia pode ser
realizada, onde produtos de baixa concentração (em alta freqüência, como o uso diário de
aplicações tópicas profissionais) podem ser utilizados. Como meio de controle sistêmico,
16
em saúde pública.
Madeira et al. (2000) afirmaram que as barreiras para atingir e satisfazer o paciente
geriátrico, são bastante complexas, e iniciam pela qualificação do próprio profissional, que
disso, sinalizaram que se torna necessário que o profissional esteja muito bem preparado
serviços odontológicos ficam de mãos atadas para atender esta clientela, devido ao
irrelevantes valores endereçados aos convênios. Alertaram que é preciso que se tenha
em mente, que o idoso de hoje está vindo de uma outra época, viveram num pretérito
advertiram os cuidados que devem ser levados em conta pelo odontogeriatra: a) mudar a
imagem negativa junto aos idosos e seus responsáveis; b) diferenciar idade cronológica
de idade biológica e que o envelhecimento, por si só, não significa contrair e aceitar
próteses mal adaptadas e outras lesões são passíveis de tratamento e prevenção; d) que
embora a literatura científica disponível não seja muito pródiga no tocante aos problemas
nacional), os cuidados a eles destinados não podem ser relegados, nem subestimados.
para que resultados mais promissores sejam alcançados, uma vez que é notoriamente
sabido que "a saúde bucal é altamente responsável pela saúde geral do indivíduo"; d)
deve-se mudar urgentemente a concepção das pessoas de que o idoso está no fim da
a manutenção dos dentes na cavidade bucal, sendo que atitudes negativas podem
bucal dos idosos. Sinalizaram que a promoção, prevenção e recuperação da saúde bucal,
devem estar inseridas na rotina das instituições geriátricas, uma vez que a condição bucal
em última instância influencia diretamente a qualidade de vida do idoso por definir sua
assistência odontológica no seu rol de serviços, e que cuidadores, muitos leigos e até
a necessidade de cuidado odontológico para idosos, já que eles não têm dentes ou vão
perdê-los brevemente ou mesmo não têm uma expectativa de vida suficiente que
dos cuidadores, em relação à própria saúde bucal, influenciam no cuidado que estes
oferecem para o idoso. A tomada de decisões e atitudes passa pelo conceito fundamental
enfermeiros e idosos. Logo, a negligência apresenta-se na sua forma mais clara, a de não
fazer, por não ser necessário. Segundo os autores, outro fator presente é a falta de
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oneroso num primeiro momento, mas esse custo é amortizado e reduzido quando
caso a negligência persista. Por outro lado, afirmaram que existe uma série de métodos
característica individual do idoso, com uma percepção da sua própria saúde bucal
transpor e modificar. Mas, a maioria dos idosos não consegue manter bons níveis de
responsabilidade com as questões de saúde bucal dos idosos. A falta de ligação entre os
resulta em negligência por ambas as partes nas ações em saúde bucal. Os autores
que o cuidado odontológico deve estar agregado à atenção integral à saúde do idoso e a
instituições.
é capaz de modificar hábitos, pois foi verificado nos resultados obtidos que 55,3% dos
idosos tinham tido informações sobre a técnica de escovação e 43,7% sobre o uso de fio
dental e mesmo assim 38,2% tiveram perdas dentárias por cárie e/ou doença periodontal.
Outros fatores, no caso dos idosos, podem estar contribuindo para a não utilização das
medidas de higiene oral, em que a limitação física parcial ou total, esteve presente em
Concluíram que: a) 98,7% dos idosos entrevistados apresentavam perdas dentárias por
cárie e/ou doença periodontal e destes, 60,5% tinham perdas dentárias parciais e 38,2%
eram desdentados totais; b) 14,9% dos idosos não escovavam os dentes diariamente e
escovação e 43,7% sobre o uso de fio dental, sendo que 33,3% modificaram sua técnica
de escovação por influência da televisão. A técnica de Stillmann foi empregada por 55,3%
e 100% dos idosos utilizavam dentifrício na escovação; d) dos 11,5% dos entrevistados
limitações parciais, 33,3% a limitações totais e 33,4% por não ter aprendido uma técnica
de escovação correta; e) dos idosos que não faziam uso de fio dental no momento
presente do estudo ou no passado, 13,3% justificaram não gostar de usar, 33,3% não ter
recebido orientação para o uso, 6,7% por dificuldade (limitação) e 46,7% por não achar
necessário; f) 51,1% dos idosos faziam uso de enxaguatório bucal, sendo que 31,8% dos
questão do idoso. Afirmaram que a Odontogeriatria ainda não é abordada com freqüência
escassez dos recursos para atender o público geral, a preços acessíveis, e a disputa
acirrada por pacientes, parece que há dúvidas sobre a validade de mobilizar esforços
para atender uma faixa etária que, em tese, além de não ser economicamente
promissora, teria pouco tempo de vida para usufruir os benefícios advindos da atenção.
Mas alegaram que esta afirmação não deveria ser levada em conta, uma vez que a
idoso, automaticamente está ensinando a família, visto que eles fazem questão de
pública, o investimento na prevenção do idoso irá fazer uma grande diferença, porque um
idoso que pode viver seus últimos 25 anos ou mais com dentes ou com uma higienização
bucal adequada para suas próteses, terá menos chances de adoecer e irá se alimentar
melhor.
Oral Health Assesment Index (GOHAI). Realizou-se exame clínico para determinar a
prevalência das principais doenças. Foram usados testes estatísticos para determinar a
Neste trabalho houve maior participação das mulheres (63,2%), de pessoas que fizeram
Segundo os autores, 60,8% e 81,3% dos examinados declararam não ter nenhum
autoavaliação foram: classe social, índice de GOHAI, dentes cariados e indicados para
extração. A condição bucal foi avaliada como "regular" por 42,7% das pessoas (embora o
exame clínico ter revelado grande prevalência das principais doenças bucais), e o índice
GOHAI apresentou um valor médio de 33,8. As doenças que ocorreram na gengiva foram
percebidas por apenas 18,7% das pessoas, mesmo com a grande quantidade de bolsas
sobre sua condição bucal, deveria ser o primeiro passo na elaboração de uma
neste estudo a percepção da saúde bucal teve pouca influência nas condições clínicas,
22
utilização de figuras e modelos com informações sobre placa bacteriana, cárie dentária,
Para o controle mecânico, todos os pacientes foram orientados para realizar a técnica de
paciente. Para o controle químico, foram orientados sobre o uso do creme dental (em
contendo uma escova macia adulto, um fio dental encerado, um creme dental MFP com
evidenciação de placa bacteriana, sempre após higienização, para que pudessem ser
de placa, considerando cada face dental em três terços, e após a evidenciação de placa
superfícies dentais quase sem placa, com melhor condição gengival, melhorando, assim a
conhecimentos nesta área. Segundo os mesmos, quanto mais longa a vida média da
população, mais importante se torna o conceito de qualidade de vida, e a saúde bucal tem
afetar o nível nutricional e o bem-estar físico e mental, e diminuir o prazer de uma vida
social ativa. Além disso, o tratamento do paciente idoso difere do tratamento da população
osso alveolar e mais facilmente à fratura mandibular. A higienização bucal pode se tornar
difícil para os pacientes com artrite e outras doenças reumáticas deformantes. Os autores
como também em outras áreas, a ausência de efetivas políticas sociais voltadas para os
idosos.
odontológico fora da cidade, ou se não tiverem condição financeira, esses fatores poderão
próteses devem ser uma constante para todo e qualquer cirurgião-dentista durante a sua
saúde bucal, assim como em qualquer outro contexto, envolvem a interação entre ensino
e aprendizagem. Esta interação, segundo o autor, caracteriza-se como uma via de mão
dupla, tanto para quem ensina quanto para quem aprende, em um processo contínuo e
de atividades).
tem crescido proporcionalmente a essa elevação. Segundo a autora, grande parte dos
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possam, além de cuidar da parte física, proporcionar uma melhora no aspecto emocional.
A autora afirmou que cuidar da saúde sem sair de casa é um serviço que está se tornando
mais frequente para os pacientes com necessidades especiais. Pacientes com o mal de
Alzheimer, oncológicos, que estão em tratamento na UTI, idosos que tiveram algum tipo
precisa transportar muito equipamento para tornar o ambiente domiciliar próprio para a
família e o seu responsável e/ou cuidador. A autora afirmou também que um dos
lidam com a saúde e qualidade de vida do ser humano, a explorarem a complexidade que
Antropologia, Psicologia, etc), para efetiva atuação em sua ação e assistência e fatores
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qualidade de vida.
alertou ainda que as ações curativas e preventivas no paciente geriátrico, devem levar em
bucais; e) acesso ao serviço. Segundo o mesmo, as ações devem ser integradas com os
médicos, enfermeiras, fisioterapeutas, nutricionistas, entre outros, bem como com seus
em pacientes não adultos. As cirurgias não devem ser muito extensas, envolvendo
apresentar curta duração, como o paciente posicionado com a cadeira não totalmente na
(manutenção) devem ser agendadas após a terapia ativa, com intervalos de três a seis
meses, conforme os riscos apresentados para cada paciente, visando manter e prevenir a
saúde bucal. Concluiu afirmando que envelhecer e manter a qualidade de vida, com
saúde geral e bucal, serão os grandes desafios a serem alcançados neste século e que
Souza et al. (2003) realizaram um estudo sobre a terceira idade na região sul
fluminense do Estado do Rio de Janeiro, que teve como objetivo discutir a importância da
epitélio oral e a produção de saburra lingual (placa bacteriana que recobre a língua).
Relataram que além de provocar a halitose oral, a saburra é habitat para bactérias
devem ser dados aos indivíduos que estão envelhecendo, pois cuidar é mais que um ato;
coleta de dados foi confeccionado um questionário com perguntas abertas, com o objetivo
maioria dos entrevistados revelou que a velhice está relacionada ao desgaste biológico do
demonstraram ter da velhice, recebeu influência direta das representações que a cultura
odontológica. Concluíram que uma maior atenção à saúde, deve ser encorajada tanto
pelos serviços de saúde locais, como nas propostas de ensino pesquisa e extensão das
dos idosos.
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indivíduos, fora determinado o índice de placa para a prótese total superior em dois
90% da população estudada; 47 (65,27%) utilizavam prótese total há mais de vinte anos;
houve uma redução da placa bacteriana nas próteses totais, e consequentemente maior
eficácia na higienização das mesmas. Além disso, os mesmos afirmaram que mesmo com
Munhoz (2005) realizou uma revisão de literatura, onde teve como objetivo
no estudo foram que a prevalência de edêntulos total (superior e inferior) variou entre 43,1
e 85,6%; o uso de prótese total variou entre 49,4 e 77,9% para o arco superior e 23,5 a
25% para o arco inferior; a necessidade de uso de prótese variou entre 64,2 a 79,2% para
o arco inferior e entre 45,8 e 68,6% para o arco superior, e as alterações mais frequentes
pesquisas, para que se possa conhecer melhor as carências dos indivíduos idosos, com o
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intuito de um melhor entendimento das suas necessidades. Além disso, advertiu que
que haja uma maior preocupação por parte dos pesquisadores neste sentido em novas
mutações. Esgotado esse limite, o organismo perece. Segundo a autora, existem dados
caracterizadas como perdas aumentem com o passar da idade, na velhice, podem ocorrer
se, manifestando-se nos domínios profissional, do lazer, das artes ou do manejo das
alterações ambientais.
Segundo Neri (2005), o termo Gerontologia foi usado pela primeira vez em 1903
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por Metchicoff, sendo esta de origem grega em que “gero” significa velho e “logia”
significa estudo. A mesma relatou que Metchicoff na ocasião previu que esse campo teria
medicina. Já o termo Gerontologia social, afirmou a autora, foi usado pela primeira vez
por Clark Tibbits em 1954 para descrever a área da Gerontologia que se ocupa do
velhice, por analogia com Pediatria, que é o estudo clínico da infância. O médico fundou a
Em 1917, o “The Medical Review of Reviews” criou uma sessão de Geriatria e convidou
1561-1626 e finalizando nos anos de 1980 e 1990. Concluiu citando os principais desafios
instituição são levados, ao final do período, a ter uma visão geral do paciente, de acordo
com o seguinte protocolo: consulta inicial, avaliação de saúde clínica, exame geral,
fluxo salivar. Logo, as ajudas seguiram de acordo com o plano de tratamento determinado
tratamento, que foi feito de acordo com as condições físicas e psíquicas do paciente, os
alunos procediam a uma terapia básica que consistia em instruções de higiene oral,
constatou-se que no período de 2003 a agôsto de 2005, a maior parte dos procedimentos
profissional, e uma boa satisfação dos pacientes por ter um tratamento diferenciado.
referentes ao ano de atendimento, idade, gênero, história médica das doenças atuais e
o software epiinfo que permitiu realizar uma análise estatística descritiva. Nos resultados
(43,0%) do masculino. Além disso, 74,3% dos pacientes tinham de 60 a 69 anos, 22,8%
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de pacientes com pelo menos uma doença crônica, sendo a hipertensão (38,0%) a
dos pacientes analisados. Afirmaram que as articulações das mãos podem ser
bucal. Outra patologia prevalente encontrada no estudo foi a diabetes melito (12,0%) e
(48,0%) foram os mais usados. Concluíram que o conhecimento das principais patologias
que acometem o indivíduo idoso, bem como interações medicamentosas e seus efeitos,
alterações cardíacas.
periodontal de 183 indivíduos com idade entre 60 e 94 anos (média de 75,6), provenientes
Medicina, pelo índice Community Periodontal Index and Treatment Needs (CPITN). A
com profundidade de 4-5 mm, e 9,88%, bolsas maiores de 6 mm. O número médio de
afirmando que a educação em saúde bucal deve ser vista como fator prioritário, em
Kaiser et al. (2006) realizaram um artigo de revisão de literatura onde tiveram como
objetivo abordar os princípios básicos que podem reger o atendimento dos idosos,
de idosos, a maioria das faculdades de odontologia não incluiu esta ciência em seus
currículos. Além disso, a maioria dos profissionais encontra-se ainda despreparada para
claro diferencial que vai desde o preparo do ambiente físico da clínica que facilite a
Assim, o plano de tratamento odontológico deverá estar baseado nas condições físicas e
bucal. Nestes casos, engrossar o cabo das escovas dentais e apertar o tubo do creme
dental com as palmas das mãos, conferem importante ação multidisciplinar ao processo
que se encontra a doença, com o estabelecimento de uma rotina eficaz de cuidados que
solução de digluconato de clorexidina a 0,12%, sem álcool e gaze, que deverá ser feita
pelo cuidador.
falhas no diagnóstico oral. Além disso, o estudo mostrou a dificuldade da própria clínica
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Silva et al. (2007) realizaram uma revisão de literatura, com intuito de abordar as
crônicas até mesmo as doenças crônicas degenerativas). Foi realizada uma descrição
quanto ao conceito e aos sinais e sintomas das enfermidades, observadas com maior
frequência nos pacientes idosos, que foram as seguintes: depressão, perda da memória,
os profissionais da saúde, bem como todos aqueles que lidam com os idosos de uma
forma geral, devem ter a preocupação de tratá-los com maior atenção, paciência e
estudo afirmando que os fatores que têm demonstrado de fundamental importância para a
significativo.
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4 DISCUSSÃO
Nas últimas décadas, tem sido constatado um declínio nas taxas de natalidade e
melhora na qualidade de vida (Souza et al., 2001). E quanto mais longa a vida média da
população, mais importante se torna o conceito de qualidade de vida, e a saúde bucal tem
um papel relevante nisso. Saúde bucal comprometida pode afetar o nível nutricional e o
bem-estar físico e mental e diminuir o prazer de uma vida social ativa (Barbosa et al.,
2002).
pelas células, passa aos tecidos e órgãos e termina nos processos extremamente
que o idoso não é simplesmente "mais um paciente" no consultório (Madeira et al., 2000)
com o intuito de se promover a satisfação dos pacientes (Scelza et al., 2005), já que o
al., 2001). A osteoporose pode levar à perda acentuada de osso alveolar e mais
et al., 2002), são casos típicos de pacientes que precisam de tratamentos em casa
2007), alergias e doenças reumáticas (Pinelli et al., 2005). A higienização bucal pode se
tornar difícil para os pacientes com artrite e outras doenças reumáticas deformantes
(Barbosa et al., 2002), como a artrose e a gota (Montandon et al., 2006). Nestes casos, o
engrossar o cabo das escovas dentais e o apertar o tubo do creme dental com as palmas
paciente, funcionalmente comprometido. A escova elétrica pode ser utilizada pelo paciente
suaves permita maior estímulo articular (Montandon et al., 2006). Vale mencionar também
deve ser conhecido assim como a rotina eficaz de cuidados (Montandon et al., 2006).
Além disso, muitos idosos têm medo do cirurgião-dentista, muitos têm a mobilidade
cadeira odontológica ou levantar dela (Sequeira et al., 2001). Isso tudo deve ser levado
em consideração, uma vez que grande parte dos idosos encontra-se totalmente
dependente (Carvalho, 2002), e foi constatado que o paciente geriátrico que possui algum
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grau de dependência, tem uma deficiência na higiene oral, sendo isso representado como
de tecidos moles (Montandon et al., 2006). E isto também deve ser levado em
predispõe a doenças geriátricas (Moriguchi, 1990). Um fato importante que deve ser
Síndrome de Sjögren, é importante que a escova dental tenha cerdas extramacias para
menor risco de lesão do tecido gengival (Montandon et al., 2006). No que se refere a
presença de extensas hiperplasias de palato (causadas pelo uso de prótese total superior
(Munhoz, 2005).
preventiva e curativa em indivíduos com 60 anos ou mais (Tiberio et al., 2005). As ações
bem como com seus cuidadores (Hebling, 2003). Então, a Odontologia como ciência da
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seguros e precisos que possibilitem manutenção e sempre que possível melhora das
maioria das faculdades de Odontologia não incluiu esta ciência em seus currículos (Kaiser
et al., 2006) e isto não deveria estar ocorrendo, porque a inclusão desta ciência enfatiza o
2003).
mal adaptadas e outras lesões são passíveis de tratamento e prevenção (Madeira et al.,
2002).
higienização (Souza et al., 2001) e também a realização da motivação, pois embora com
podem ser realizadas aquelas relacionadas quanto à limpeza regular diária dos dentes, as
superfície dentária (através do uso do flúor) (Pucca Júnior, 1996). Mas o primeiro passo
5 CONCLUSÃO
que com o aumento do número de indivíduos nesta faixa etária, uma maior demanda de
ser um profissional sensível, que domine várias disciplinas da ciência e deve garantir um
orais, e especialmente os cuidados com a dentição, devem ser cultivados até na terceira
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