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Bases para um contrato com os

cidadãos
As conclusões do Espaço Almada
2009, o novo ponto de partida para
fazer o futuro, 35 anos depois
Um município-estratega
• O nosso programa assenta numa visão do
papel do município em que este assume o
papel de estratega, orientando a sua acção
para a antecipação do melhor futuro possível
para o concelho, a regulação dos seus
desfuncionamentos e o apoio ao dinamismo
dos cidadãos, em contraponto com o
município burocrático e dirigista da actual
concepção
A cidade das duas águas,
que liga o rio ao mar

• A nossa situação geográfica no estuário do


Teja e a extensão de costa dão-nos condições
privilegiadas para tirar mais valias desta
inserção. Queremos ser um território de
referência na ligação à frente marítima e
fluvial, criando novas centralidades e
referências no espaço urbano e atraindo
investimentos ligadas ao lazer.
Uma cidade cosmopolita, aberta à diversidade
e socialmente coesa
• Dar nova vida ao centro da cidade, corrigindo os erros de
gestão urbanística que o fragilizaram e desertificaram
• Apoiar o investimento na modernização e sustentabilidade do
comércio tradicional, que tem sido mal apoiado
• Evitar a “cidade partida “ e qualificar os eixos de expansão da
cidade;
• Renovar espaços degradados, com soluções que criem novas
centralidades e referências no espaço urbano;
• Valorizar a frente de praias e em particular a Costa da
Caparica, fazendo desta a grande praia da capital atractiva
todo o ano;
• Apoiar com empenho a reconversão das Áreas Urbanas de
Génese Ilegal em particular as da 1ª geração, abandonadas
pelo município
A cidade do sul do Tejo: pólo competitivo da
capital, vivo 24h por dia, 7 dias por semana

• A localização geográfica dá-nos a ambição de ser ,com


Seixal, Sesimbra e o Barreiro, um núcleo altamente
competitivo da metrópole-capital do país. As grande
sobras públicas que se avizinham e em particular a
terceira travessia do Tejo e o novo aeroporto dão-nos
uma janela de oportunidade que temos que aproveitar.
As nossas forças incluem a presença de uma rede de
ensino superior qualificado, a proximidade a Lisboa, o
ambiente natural, pela concentração de áreas
protegidas, o rio e o mar, o passado industrial, o nível
de qualificação da população.
A cidade do sul do Tejo:
pólo competitivo da capital,
24h por dia, 7 dias por semana
• Temos que ultrapassar as nossas fraquezas, que incluem a
existência de vastas zonas urbanas por reconverter e
requalificar, a falta de um ambiente institucional pró-activo
para a tracção de investimento e uma imagem exterior do
concelho carregada de estereótipos e desactualizada. Em
conjunto com os outros municípios vamos:

– Adoptar uma estratégia de marketing territorial e de atracção


de investimento
– Melhorar a marca Almada e a marca Sul do Tejo como
ambientes favoráveis ao investimento, nomeadamente no
âmbito da sociedade do conhecimento
– Fazer da cidade do teatro uma cidade das indústrias da cultura
Voltar a olhar o mar como
oportunidade
• Almada deveria ser naturalmente reconhecida por uma economia
fortemente ligada às actividades marítimas, mas efectivamente, não tem
sabido explorar em extensão e profundidade as potencialidades que a
natureza colocou aos seus pés. Não tem sequer um Porto de Pesca, apesar
da Lota da Costa da Caparica ter maior movimento do que a de Cascais.
– É, pois, indispensável, dispor de uma infraestrutura que integre um Porto de
Abrigo e uma Lota, localizados adequadamente para garantir a eficiência e o
nível de operacionalidade desejada pelos profissionais do sector e permitir o
desenvolvimento desta importante actividade económica e social.

• Almada tem no seu território um enorme potencial de investigação ligado


ao mar, em que se incluem as instalações militares da Armada Portuguesa:
– O município deve estabelecer parcerias institucionais com a Armada que
diversifiquem a sua ligação ao concelho e façam de Almada um concelho de
vanguarda na indústria da defesa na àrea naval e na investigação naval, civil e
militar
Um concelho com uma rede de
transportes equilibrada
• A rede de transportes colectivos rodoviários no concelho de Almada está
desequilibrada ,verificando-se uma boa oferta de serviços na cidade de Almada e
ao longo do eixo da antiga N10 e uma oferta manifestamente insuficiente nas
zonas interiores do concelho. Vamos corrigir esse desequilíbrio, adoptando as
medidas necessárias:
– Exigir novas carreiras para as zonas interiores do concelho
– Coordenar a rede de transportes colectivos rodoviários com os restantes modos de transporte,
em particular nas interfaces com o eixo ferroviário Norte-Sul, com o MST e com o transporte
fluvial;
– Dar prioridade ao transporte colectivo rodoviário, designadamente através da criação de
corredores BUS e de um sistema de sinalização que dê prioridade ao transporte colectivo,
aumentando a sua velocidade comercial, regularidade e fiabilidade;
– Corrigir imediatamente as situações de conflito do MST com os peões e o tráfego rodoviário,
aumentando a segurança dos utilizadores da via pública
– Estender até 2012 o MST à Costa da Caparica e criar novas interfaces com o transporte
rodoviário colectivo e individual na Costa da Caparica, na zona da Universidade do Monte da
Caparica e no Laranjeiro; c
– criarr um anel do MST na cidade de Almada, permitindo servir a zona da Cova da Piedade,
descongestionar a zona do Centro Sul e uma ligação mais rápida a Cacilhas
Descongestionar a cidade, dar mais
mobilidade aos cidadãos
• O actual Plano de Mobilidade não satisfaz as necessidades de mobilidade dos cidadãos,
tem agravado as condições de circulação na cidade de Almada. Vamos adoptar um
novo paradigma para a mobilidade no concelho, que inclua:

– A colocação de todas as freguesias do concelho a uma “distancia” de 20 a 30 minutos


em transporte colectivo de uma interface de transportes e do centro da cidade de
Almada.
– Criação de uma rede de interfaces que permita a coordenação de todos os modos de
transporte, permitindo transbordos rápidos e confortáveis para os utilizadores do
sistema de transportes.
– Reestruturação do sistema de transportes colectivos assumindo o Eixo Ferroviário
Norte-Sul e o MST como elementos estruturantes da rede, complementado com uma
rede de transporte colectivo rodoviário que assegure o serviço no restante espaço do
concelho.
– Hierarquização coerente da rede viária, complementando os eixos longitudinais de
maior capacidade com elementos transversais de ligação e salvaguarda das condições de
segurança nas zonas residenciais, de lazer e estabelecimentos escolares.
– Completar a rede viária do concelho com elementos essenciais para o
descongestionamento do Centro Sul e da cidade de Almada.
– Definir uma politica de estacionamento que favoreça os residentes, o estacionamento
de curta duração e combata o estacionamento ilegal.
– Favorecer a circulação pedonal e potenciar a criação da utilização da bicicleta.
Melhorar a rede de transportes
colectivos
• A Rede de Transportes Colectivos precisa de melhoria contínua,
sendo prioritário:
– Reestruturar do sistema de transportes colectivos rodoviários, visando
aumentar a cobertura espacial e as frequências em particular nas
freguesias interiores do concelho.
– Criar um serviço de TC urbano servindo a cidade de Almada e os
principais pólos geradores de tráfego na sua envolvente: Cacilhas,
Hospital, Pragal, Almada Fórum
– Estender a rede do MST à Costa da Caparica até 2012 e criar uma
interface rodo-ferroviária.
– Fechar o “anel” do MST na zona da Cova da Piedade/Centro Sul.
– Promover a criação de interfaces na Universidade e na Trafaria.
– Potenciar a ligação fluvial da Trafaria a Lisboa, inluindo a criação da
carreira Trafaria-Cais do Sodré
– Exigir o aumento da oferta de serviços ferroviários nos períodos de
ponta na ligação a Lisboa.
Adaptar a rede rodoviária às
necessidades de um município dinâmico
• As redes viárias são as veias da circulação urbana. No concelho estão
excessivamente obstruídas e necessitam-se novos investimentos
estratégicos:

– Construir o túnel do Brejo estendendo o actual túnel do Centro Sul a Av. Aliança Povo
MFA
– Promover uma ligação desnivelada entre a Av. Rainha Dona Leonor e a Av. Aliança Povo
MFA.
– Criar um novo Nó na A2, junto ao interface de Corroios.
– Criar um novo eixo transversal, na Rede Primária, que permita fechar o anel no interior
do concelho ligando a EM 377-2 na zona do Giramar a Corroios.
– .Melhorar a rede secundaria do concelho, hierarquizando-a melhorando pavimentos e
passeios, colocando sinalização horizontal e vertical e introduzindo medidas de
“acalmia” do tráfego junto de escolas, espaços de lazer e zonas residenciais.
– Melhorar a gestão e comando da circulação, designadamente através de um sistema de
sinalização semafórico inteligente.
– Garantir a salvaguarda de corredores non aedificandi para a Rede Primária e
fundamentalmente para a Rede Secundária .
Garantir a mobilidade suave
• Na cidade, todos têm que poder andar, a pé ou
de bicicleta, incluindo as pessoas com
dificuldades de mobilidade, por isso é prioritário
introduzir a circulação em modos suaves, pelo
que é prioritário:
– Arranjar e dar continuidade as zonas de passeios
promovendo a circulação pedonal em particular para
pessoas com mobilidade condicionada.
– Criar um sistema de vias ciciáveis e um sistema de
aluguer de bicicletas, promovendo a sua utilização
não só para fins de lazer mas também para as
deslocações no centro da cidade de Almada.
Vamos ser um pólo de nível
nacional das artes performativas
• Almada é já a cidade de referência do teatro. Queremos
preservar e melhorar ainda essa marca, apoiando a
expansão do cluster das artes do espectáculo e de todas as
artes performativas em geral:

– Daremos prioridade ao acolhimento de uma estrutura de nível


nacional do teatro, da dança ou da música no concelho
– Apoiaremos a criação de uma rede de formação para as
actividades culturais
– Apoiaremos a diversificação de iniciativas de animação cultural,
estendendo-as a todas as zonas do município, em especial à
Costa da Caparica, diversificando-as e criando um programa
anual de animação cultural do município

Um município mais seguro
• Todas as cidades vivem sob o espectro da insegurança urbana. A
nossa prioridade à melhoria da segurança, numa óptica
progressista, implica:
– A exigência de um modelo de policiamento adequado e,
nomeadamente, de proximidade e eficaz na prevenção da
criminalidade
– A melhoria da iluminação pública e a introdução de videovigilância em
zonas que o justifiquem
– O estímulo à actividade dos guardas-nocturnos
– A parceria com as forças de segurança, para que possam ser libertadas
de outras funções (nomeadamente a assumir pela Polícia Municipal)
para melhor desempenharem as funções de segurança
– A prevenção da criminalidade através de projectos sociais dirigidos a
grupos em risco
– O trabalho com os cidadãos e os seus residentes para, em conjunto, se
definirem as prioridades da prevenção de segurança
O município ao serviço das famílias com crianças
em idade escolar: dos 6 aos 12, das 7 às 19
• Queremos ser o concelho do país com melhores estruturas públicas
de apoio às famílias trabalhadoras, dado que a qualidade de vida
das classes médias é um dos nossos grandes factores de atracção e
o serviço à população um objectivo estratégico:
– Vamos adoptar um projecto educativo absolutamente inovador: o
município, em conjunto com as escolas e as instituições que gerem
equipamentos sociais, garantirá uma oferta de apoio às famílias para
apoio educativo às famílias procurando dar resposta à diversidade de
horários que a sociedade hoje exige.
– Vamos dar prioridade à construção das 60 salas de aula que ainda
faltam para garantir a escola em regime normal a todos os alunos do
1º ciclo do ensino básico do concelho

Entre as 7 e as 19 horas, o município vai garantir que todas as crianças


dos 6 aos 12 anos terão uma estrutura de apoio ao seu serviço.
Uma nova política social de
habitação
• Não haverá mais bairros sociais em Almada. Serão
substituídos por um programa de diversidade social
envolvendo todas as zonas do concelho
• Os bairros municipais merecem uma atenção que não
têm tido e devem ser tratados com dignidade.
Queremos trabalhar em conjunto com os residentes
para um programa de requalificação com a sua
participação.
• Vamos, com os moradores, aprendendo com
experiências de participação social, acelerar a
reconversão dos bairros ilegais e interromper
imediatamente o seu crescimento
Um novo
desenvolvimento social
• A autarquia deve liderar a mobilização dos actores sociais e
desenvolvimento de politicas sociais locais complementares às políticas
publicas centrando como estratégias prioritárias as da àrea da educação,
acção social e habitação de forma integrada no âmbito da rede social:
– Adopção de um plano de desenvolvimento social que integre as dimensões
dos projectos existentes (Almada Poente e outros) e novos projectos de
desenvolvimento turistico e outros no dominio económico e iniciativas
“anticrise”
– Adopção de um serviço de atendimento e acompanhamento de familias
integrados com adopção da figura de “gestor de caso” (funções de
coordenação e articulação da intervenção Técnica no dominio social, junto de
cada familia e individuo).
– Trabalhar em parceria com as associações na melhor inserção social dos
imigrantes e na garantia dos seus direitos
– Adopção de um plano gerontologico para o concelho
– Instituição do provedor do MunÍcipe

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