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Paulínia pergunta
ANO 3 - Nº 8 - FEVEREIRO/2009 - 5.000 EXEMPLARES DISTRIBUIÇÃO GRATUITA
Revista SPASSO 1
2 Revista SPASSO
Editorial
Edição especial em comemoração aos 45 anos da cidade de Paulínia. Entrevis-
ta com o prefeito José Pavan Junior, com perguntas formuladas pelo Sindicato
dos Trabalhadores, Guarda Municipal, Presidente da AUPACC, Conselheiro
Expediente
Municipal da Saúde, Professores de Esporte e também pela Professora Meire
Terezinha Muller. É bom lembrar que se hoje podemos encontrar algo sobre a
história de Paulínia, isso se deve ao imenso esforço e dedicação de Meire Tere-
zinha Muller e Maria das Dores Soares Maziero, autoras de duas obras indes-
Diretor critíveis dessa cidade. Além da coluna “Terra Querida” da nossa revista, onde
Bruno Wellington retratam episódios importantes e interessantes de Paulínia. Por isso e muito
brunowellington@revistaspasso.com.br mais, agradecemos pela generosidade, pela dedicação e por todos os fatores que
integram uma responsabilidade social e histórica que puderam proporcionar aos cidadãos paulinenses.
Se existe um título que possa expressar todo merecimento a cada uma delas, que a elas possa ser dado.
Jornalista Responsável Parabéns à cidade de Paulínia e que a cada ano que passa renove a esperança de um
Luciene Maiochi MTB 23.515
lucienemaiochi@revistaspasso.com.br
Reportagem
Luciene Maiochi
futuro promissor.
Bruno Wellington.
“
“
Meire Terezinha Muller
Direção de Arte e diagramação Maria das Dores Soares Maziero
N
Mateus Vinicius inguém está autorizado a solicitar objetos em lojas, pedir qualquer tipo
mateusvinicius@revistaspasso.com.br de serviço ou refeições em nome da revista a pretexto de produzir re-
portagens para qualquer seção da Revista SPASSO ou para qualquer
tipo de parceria ou permuta, em nome de BRUNO WELLINGTON para outros
Publicidade veículos de comunicações pois o mesmo é exclusiva da REVISTA SPASSO.
Bruno Wellington
Colaboradores
Índice
Agenor dos Santos Oliveira Paulínia Cresceu Pág 6
Meire Therezinha Muller
Maria das Dores Soares Maziero
Coluna Terra Querida Pág 10
Agittus Pág 18
Endereço
Av. José Paulino, 1609 - Sala 1, Centro
Paulínia/SP - CEP 13140-000
fone | fax: (19) 3933.2416
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Paulínia
Paulínia cresceu,
mas esqueceu de preservar fatos importantes de sua própria origem.
O
que podemos saber sobre como tudo come- citando os monumentos históricos, não apenas os arqui- por muitos. Um dos últimos foi a construção do Theatro
çou, os primeiros habitantes, as primeiras fa- tetônicos, mas também os sítios urbanos e rurais com re- Municipal de Paulínia e a criação da Paulínia Magia do
mílias que aqui se instalaram e continuaram a latos e testemunho de pessoas, numa fase significativa da Cinema, criando o Primeiro Festival de Cinema, trazen-
morar na cidade, não é tão fácil obter essas informações evolução e progresso da cidade. Através desse incentivo, do grandes celebridades ilustres, como Fernanda Monte-
com exatidão. As fontes de preservações históricas são pode-se buscar informações sobre a origem de Paulínia negro e Lima Duarte, considerados “monstros” da nossa
raras. Paulínia era apenas um bairro de Campinas. Com e tentar conscientizar os jovens de hoje da importân- dramaturgia. A repercussão foi muito importante, pois
a instalação da Petrobrás, desencadeou um enorme inte- cia dos homens do passado, preservando a história e Paulínia foi o foco em rede nacional pelo destaque cultural
resse em imigrantes que vieram para construir a refinaria, passando adiante para as novas gerações, construindo na inauguração do teatro, motivo de orgulho e de incenti-
mas a maioria retornou a sua cidade natal após o término assim um acervo histórico, pois tudo que vivemos no vo para que futuramente, através dos novos governantes,
da construção. Era gente de vários lugares, não apenas de presente, será de grande importância no futuro. Será a isso traga benefícios principalmente à população de Pau-
cidades da região. Enquanto uns partiam, outros chega- memória de um povo. línia, com novos empregos, criando oportunidades de
vam com pensamentos semelhantes ou adversos em novas profissões e que os paulinenses estejam presentes
busca de novas expectativas, na intenção de se instalar Da estrada de ferro ao teatro municipal no desenvolvimento e crescimento cultural que a cidade
definitivamente aqui ou apenas fazer um pé de meia e ir A construção da estrada de ferro Cia Carril possa oferecer.
embora. Assim muito se perdeu da história, não tendo Agrícola Funilense, deu início ao progresso de toda região. Paulínia tem muitos valores desconhecidos até
preservado valores importantes. As primeiras famílias É importante lembrar da fazenda São Bento, primeira re- mesmo por muitos moradores. O Mini Pantanal, que é
não tiveram a preocupação de preservar documentos, ferência da história da cidade, que mais tarde foi a Estação uma reserva ecológica, é muito explorada por biólogos,
fotos e outras fontes que pudessem enriquecer a história José Paulino. Com a instalação da Rhodia Indústria Quí- ecologistas e meio ambientalista tanto do Brasil como
da cidade. Nem tão pouco, contaram as novas gerações mica e Têxtil na vila José Paulino (1942), após dois anos de outras partes do mundo. Com consciência voltada à
suas experiências de vida, desde os primeiros habitantes passa a ser distrito. globalização e a preservação do meio ambiente, a cidade
que ajudaram a construir Paulínia. Com a diminuição Para quem não se recorda, Paulínia foi eman- também exibe um pedacinho de algo importante para
dos entes dessas famílias, o interesse também diminuiu, cipada de Campinas em 1964 e logo transformada no pesquisadores. Também podemos citar o Parque Eco-
ficando cada vez mais distante solidificar informações va- maior pólo petroquímico da América do Sul, com a cons- lógico como um grande centro de educação e por sua
liosas sobre a nossa história. Hoje podemos constatar que trução da Refinaria do Planalto Paulista, mais conhecida beleza, que supera os que existem em várias cidades
existem famílias de vários estados brasileiros habitando como PEPLAN, fundada em fevereiro de 1972. É a prin- da região, além de muitos outros pontos que enrique-
essa cidade. cipal fonte de renda de Paulínia, fazendo com que a cida- cem essa cidade.
Se hoje temos informações importantes sobre de seja uma das mais ricas do Estado de São Paulo e do Tudo isso faz parte da história de Paulínia. O
a evolução de Paulínia, não podemos esquecer do esforço Brasil. A partir daí o progresso e desenvolvimento foram desenvolvimento se torna preciso. Tudo que se cria é uma
e das dificuldades encontradas por Meire Muller e Maria imediatos e não parou mais. Vieram novas indústrias, o nova etapa. Seja no esporte, no lazer, na saúde, educação,
das Dores Soares Mazieiro, autoras dos livros: Paulínia - comércio cresceu, a população aumentou e a cidade foi transporte, segurança e outros, tem que ter uma regência
dos trilhos da Carril às Chamas do Progresso (1999) e adquirindo tudo que necessitava para obter uma quali- perfeita, como uma verdadeira orquestra, cada um fazen-
Paulínia : História e Memória (2006). Com muita dedica- dade de vida melhor. Grandes empreendimentos leva- do a sua parte, para que exista uma harmonia perfeita, na
ção escreveram esses dois livros através de depoimentos, ram Paulínia a ser uma cidade reconhecida e admirada intenção de um o futuro melhor.
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Coluna Terra Querida
por Maria das Dores Soares Maziero
Meire Terezinha Muller
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Oficina da impressora
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Capa
Paulínia pergunta
E
mbora no passado sua relação com o ex-
prefeito Edson Moura não tenha sido um
mar de rosas, hoje as coisas mudaram.O
sobrenome Pavan já pertence à política da cida-
de a anos. Como é de conhecimento da popu-
lação, José Pavan Junior foi prefeito de Paulínia
entre 1989 e 1992. Na época foi considerado um
bom prefeito. Por isso acabou sendo escolhido
para substituir Edson. Hoje como prefeito da
cidade, está comprometido com muitas pro-
messas feitas à população, como: implantar o
funcionamento das UBSs (Unidade Básica de
Saúde) durante 24 horas; construir novas cre-
ches; implantar a Delegacia da Mulher; promo-
ver de imediato a construção de casas populares;
revitalizar as obras do centro; construir o Centro
de Zoonose; dar continuidade ao projeto Magia
do Cinema; ampliar o atendimento no Centro
de Oncologia; instalar Centros Esportivos nos
bairros; criar o Centro de Tradições Nordesti-
nas; atuar na prevenção das drogas; instituir o
Plano de Cargos e Carreira; incentivar as ins-
talações de novas empresas; revitalizar o Mini
Pantanal; criar o Centro de Convivência para a
Melhor Idade; reduzir a tarifa de ônibus Urba-
no para R$1,00, esta última já cumprida. Diante
de tantas promessas existirão as constantes co-
branças. Nossa reportagem selecionou algumas
perguntas que foram feitas ao prefeito Pavan.
PERGUNTA: Aldo Lima Guimarães ( Con- PERGUNTA: Maria Elizabete Schiave ( Presi-
selheiro Municipal da Saúde ) dente da AUPACC)
Como prefeito, qual é sua visão sobre Temos uma preocupação em relação ao
a saúde. Acredita na saúde pública operada enorme fluxo de veículos no final da Avenida José
na sua condição hospitalar e unidade básica de Paulino, onde atualmente está a AUPACC. Os car-
saúde terceirizada ou explorada diretamente ros estacionados nos dois lados da via acabam com-
pelo poder público através da sua administração plicando o acesso, tumultuando o trânsito. Qual a
direta? possibilidade de solucionar esse problema. Existe
um projeto que possa melhorar isso?
PAVAN: Administrada pelo poder público e
administração direta. Evidente que essa questão PAVAN: Isso é uma questão que nós vamos ter que
da administração pública, está ligada a questões trabalhar pra estar amenizando esse problema. Á
legais. Se o município tiver condições de operar medida que o tempo vai passando e a oportunidade
com o funcionário público, fazendo com que o que as pessoas têm de estar comprando um carro,
serviço prestado à população tanto no hospital, acaba aumentando o problema. Tanto é que lá no
no pronto socorro, como nas unidades básicas final da Avenida José Paulino, tem a questão do
de saúde, o ideal pra mim é através do funcioná- estacionamento, nós precisamos acabar de regula-
rio público. Agora tem uma questão que é fun- rizar para que a AUPACC opere o estacionamen-
damental e pode interferir que é a porcentagem to, lhe proporcionando uma renda. Eu tenho um
da folha de pagamento. Temos um limite e não compromisso de estar melhorando as condições re-
podemos ultrapassar esse limite determinado almente que eu passei durante a minha campanha,
por lei, e se nós ultrapassarmos teremos proble- que outros candidatos também passaram, de estar
mas com o Tribunal de Contas. Eu não penso ajudando aquelas pessoas, estar ajudando a entida-
em terceirizar a saúde, mas sim trabalhar com de, porque é uma causa nobre, justa e um trabalho
algumas alternativas, se for necessário. Se puder muito bacana, no qual eu tive a oportunidade de
ser feito com o funcionário público vamos traba- conhecer a Elizabete e também o Dr. Gilson Barreto
lhar da maneira que está. que é uma referência. Com certeza vamos trabalhar
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PAVAN: Primeiramente nós temos que atender a to-
das as faixas, desde as creches até o ensino médio, dan-
do condições para que os alunos aprendam bem e em
especial dar uma qualidade e condições para os profes-
sores e funcionários ligados à educação. Assim pode-
mos contribuir para um ensino de melhor qualidade. É
o que eu pretendo fazer durante o meu mandato, pra
que a educação volte a ter uma qualidade de excelên-
cia. Essa é a maneira que nós podemos estar ajudando,
oferecendo condições e facilidades pra que possam estar
prestando um vestibular, entrando numa faculdade,
enfim, alcançando seus objetivos, vindo a ser um bom
profissional no futuro e ter um bom emprego.
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Homenagem da Revista Spasso a
comunidade nodestina de Paulinia
Uma das comunidades que contribui para o crescimento de Paulínia.
A
O que é Cordel?
literatura de cordel é um tipo de poe-
sia popular, originalmente oral, e de-
pois impressa em folhetos rústicos ou
outra qualidade de papel, expostos para ven-
da pendurados em cordas ou cordéis, o que
deu origem ao nome que vem lá de Portugal,
que tinha a tradição de pendurar folhetos em
barbantes. No Nordeste do Brasil, herdamos
o nome (embora o povo chame esta manifes-
tação de folheto), mas a tradição do barbante
não perpetuou. Ou seja, o folheto brasileiro
poderia ou não estar exposto em barbantes.
São escritos em forma rimada e alguns poemas
são ilustrados com xilogravuras, o mesmo esti-
lo de gravura usado nas capas. As estrofes mais
comuns são as de dez, oito ou seis versos. Os
autores, ou cordelistas, recitam esses versos de
forma melodiosa e cadenciada, acompanhados
de viola, como também fazem leituras ou de-
clamações muito empolgadas e animadas para
conquistar os possíveis compradores.
Texto: Galdêncio
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Uma história
de vida
H
oje em Paulínia existem muitos imigran- Lá ficou até o ano de 1973. Ali também não foi
tes que vieram em busca de uma vida diferente. O trabalho sempre esteve em primeiro
melhor. Um povo com diferentes origens, lugar. A escola não era um privilégio, pois diante
culturas e costumes. Cada um com sua história de das dificuldades, muitas vezes tinham que enfren-
vida e motivos diversos que os trouxeram para esta tar longas caminhadas, pois eram 32 quilômetros
cidade. Uma dessas histórias é a de Agenor Santos entre ir e vir para a escola mais próxima. Mas o es-
de Oliveira. Um homem com seus valores, que ja- tudo nunca deixou de ser importante em sua vida
mais deixou de acreditar na possibilidade de se tor- e mesmo diante de todo sacrifício, não deixou de
nar um vencedor. Nascido na cidade de Ubatã na freqüentar as aulas.
Bahia, em 1954, passou a infância ajudando a seus Ao completar 18 anos, como já era um
pais que sempre trabalharam na roça, mas durante costume dos membros da família, veio tentar a
certo tempo, na década sorte em São Paulo,
de 50, seu pai foi masca- “Ao completar 18 anos, como já em busca de con-
te no recôncavo bahia- quistar uma vida
no, e vendia produtos era um costume dos membros melhor. Logo que
de beleza e vaselina que
ele próprio fabricava.
da família, veio tentar a sorte chegou a São Paulo,
Agenor começou a tra-
Assim conseguiam o em São Paulo, em busca de con- balhar numa constru-
sustento de todos, pois tora como pedreiro, e nho de cursar uma faculdade. Pai de três filhos
além de Agenor, havia quistar uma vida melhor” a noite estudava. Ao homens, (Heber, Gileade e Mateus) decidiu
mais onze irmãos. No completar um ano nes- que quando o caçula completasse 18 anos, vol-
ano de 1959 foram para Canavieiras-BA antiga- se emprego, pediu demissão e foi trabalhar num taria a estudar e assim o fez. Entrou para a FAC
mente considerada a capital do caranguejo, capital escritório na área de Departamento de Pessoal. em Campinas e fez o curso de Tecnólogo em
do cacau e hoje capital do Merlin azul. Quando Casou-se jovem, com 23 anos e em De- Gestão de Recursos Humanos e especialização
menino, Agenor costumava ir ao manguezal pegar zembro de 1977. Em 1982 veio para Paulínia, trans- em RH (MBA). Tudo aquilo que parecia um
caranguejos e outros crustáceos para seu próprio ferido da empresa Bann Quimica, que abriu uma sonho, tornou-se realidade. Mas não seria assim
sustento. Nas décadas de 60 e 70 trabalhou de sol a filial nesta cidade. A adaptação à cidade foi rápida, se Agenor deixasse de acreditar e lutar por seus ob-
sol com seus irmãos auxiliando aos pais no serviço e foi um privilegio em se tornar um Paulinense por jetivos. Hoje se sente um homem realizado e com
da agricultura nas duas propriedades dos pais, uma adoção. Paulinia, nessa época tinha um pouco mais uma experiência de vida muito grande. Com sua
situada no município de Belmonte-BA anos 60 e de 35 mil habitantes que, em comparação com a simplicidade e simpatia foi muito gentil em con-
outra no município de Una nos anos 70, tornou-se Capital de São Paulo, houve uma melhora conside- tar um pouco da sua trajetória de vida a Revista
um fino agricultor no cultivo e colheita da piaçava, rável no que diz respeito à tranqüilidade de ir para o SPASSO e que sem dúvida pode se considerar um
cultivo da mandioca e fabricação de farinha e seus trabalho e voltar para casa, bem como a segurança vencedor.
derivados (polvilho doce, azedo, tapioca, farinha de para Agenor e sua família. Apesar de hoje a Cidade Assim como ele, existem muitos nor-
tapioca, cultivo da seringueira do cacau e outros. A contar com o dobro de habitantes dos anos 80, ain- destinos que deixaram sua cidade de origem e
luta era árdua e diária, mas nada que não pudesse da continua ótima para morar, tranqüila e gostosa adotaram Paulínia como a cidade do coração
trazer felicidade por tudo que conquistava. . Desde para se viver, com excelente qualidade de vida. A e sem dúvida, através do trabalho, dedicação e
criança sabia fazer tapioca, biju e outras comidas tí- esposa Acione, também ama a cidade e é funciona- perseverança, contribuíram e contribuem mui-
picas da região. Em 1969, Agenor e a família foram ria publica municipal há 14 anos, hoje trabalha no to no desenvolvimento e progresso da cidade.
para uma cidade a 70 km de Ilhéus, chamada Una. Cartório Eleitoral da cidade. Agenor tinha um so-
C
om o fim da escravidão, a imigração de trabalhadores europeus tornou-se imprescindível e acabaram se instalando por todo canto
do Brasil. Em nossa região o cultivo do café foi inicialmente uma das causas. Os imigrantes vinham de vários países, mas a predo-
minância era da Itália. O transporte antigamente era feito por carroças e burros e os caminhos eram abertos em plena mata ou pelos
rios, mas eram muito precários. Mais tarde com o surgimento das ferrovias foi dado o esperado impulso, tanto no setor econômico quanto
no da ocupação territorial. O progresso foi chegando e a cada década novas conquistas.
As primeiras referências históricas de Paulínia começam a partir do núcleo São Bento, estação e bairro São Paulino, em 1944 e
finalmente em 1964 houve a emancipação definitiva de Paulínia.
Com a instalação da Refinaria Planalto (Replan) em 1972, Paulínia passa a viver uma nova fase. Muitos imigrantes vieram para a
construção da refinaria. Uns ficaram e constituíram família, outros voltaram para sua terra natal. Sem dúvida alguma, foi um marco para
a transformação da cidade. A primeira delas ocorreu no aumento do número de habitantes vindos de todas as partes do país. Numa cidade
onde todos se conheciam há várias gerações, essa invasão foi uma revolução, pois representavam uma ameaça ao estilo de vida. Os recém
chegados, se por um lado despertavam o fascínio de ter viajado de longe para estar ali, por outro encontraram uma resistência dos pauli-
nenses tradicionais, que tinham dificuldade de aceitar alguém vindo não se sabe de onde. Mas todo progresso amedronta e isso é normal
em qualquer sociedade. O tempo foi passando e as adiversidades foram sumindo e a melhor maneira foi buscar uma adaptação entre as
diferenças. Hoje em Paulínia existem cearenses, mineiros, paraibanos, enfim, de vários estados da região, mas os nordestinos formam o
maior número de imigrantes. Uma das promessas de campanha de Pavan é de criar o Centro de Tradições Nordestinas, pois é um povo que
faz parte da cultura local. Isso prova a importância de todos que aqui vieram, ficaram e contribuem para o progresso da cidade.
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M uito fervo e gente bo-
nita marcaram a 1ª
Paulínia Fest Folia, que
aconteceu dia 14/02 nas
dependências do Paulínia
Shopping! Confira os Flashs
da noite!
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Desejamos fazer parte de todos os próximos anos de feliz cidade.
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