Você está na página 1de 8

Publicado no D, O.

E,
Em, c ( I c i I c '~)

PROCESSOTC N.o 02516/07

Objeto: Prestação de Contas Anuais


Relator: Auditor Renato Sérgio Santiago Melo
Responsável: Altemar Bezerra da Nóbrega

EMENTA: PODER LEGISLATIVO MUNICIPAL - PRESTAÇÃO DE


CONTAS ANUAIS - PRESIDENTE DE CÂMARA DE VEREADORES -
ORDENADOR DE DESPESAS- CONTAS DE GESTÃO - APRECIAÇÃO
DA MATÉRIA PARA FINS DE JULGAMENTO - ATRIBUIÇÃO DEFINIDA
NO ART. 71, INCISO lI, DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DA
PARAÍBA, E NO ART. 1°, INCISO I, DA LEI COMPLEMENTAR
ESTADUAL N.o 18/93 - Ausência de retenção e recolhimento de
contribuições previdenciárias incidentes sobre os subsídios dos
agentes políticos - Carência de empenhamento, pagamento e
contabilização de grande parte das obrigações patronais devidas à
Previdência Social - Transgressão a dispositivos de natureza
constitucional, infraconstitucional e regulamentar - Necessidade
imperiosa de imposição de penalidade - Eivas que comprometem o
equilíbrio das contas, ex vi do disposto no Parecer Normativo
n.O 52/2004. Irregularidade. Aplicação de multa. Fixação de prazo
para recolhimento. Recomendações. Representações.

e discutidos os autos da PRESTAÇÃO DE CONTAS DE GESTÃO DO


Vistos, relatados
ORDENADOR DE DESPESAS DO PODER LEGISLATIVO MUNICIPAL DE SALGADINHO/PB,
SR. AL TEMAR BEZERRA DA NÓBREGA, relativa ao exercício financeiro de 2006, acordam, por
unanimidade, os Conselheiros integrantes do TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DA
PARAÍBA, em sessão plenária realizada nesta data, com a declaração de impedimento do
Conselheiro Flávio Sátiro Fernandes, na conformidade da proposta de decisão do relator a
seguir, em:

1) JULGAR IRREGULARES as referidas contas.

2) APLICAR MULTA ao Chefe do Poder Legislativo, Sr. Altemar Bezerra da Nóbrega, no valor
de R$ 1.000,00 (um mil reais), com base no que dispõe o art. 56, inciso lI, da Lei
°
Complementar Estadual n. 18/93 - LOTCE/PB.

3) FIXAR o prazo de 60 (sessenta) dias para recolhimento voluntário da penalidade ao Fundo


de Fiscalização Orçamentária e Financeira Municipal, conforme previsto no art. 30, alínea "a",
da Lei Estadual n.O 7.201, de 20 de dezembro de 2002, cabendo à Procuradoria Geral do
Estado da Paraíba, no interstício máximo de 30 (trinta) dias após o término daquele período,
velar pelo seu integral cumprimento, sob pena de intervenção do Ministério Público Estadual,
na hipótese de omissão, tal como previsto no art. 71, § 4°, da Constituição do Estado a
Paraíba, e na Súmula n.? 40 do ego Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba - TJ/PB.
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO

PROCESSOTC N.o 02516/07

4) ENVIAR recomendações no sentido de que o Presidente do Poder Legislativo Municipal de


Salgadinho/PB não repita as irregularidades apontadas no relatório dos peritos da unidade
técnica deste Tribunal e observe, sempre, os preceitos constitucionais, legais e
regulamentares pertinentes.

5) Com fulcro no art. 71, inciso XI, c/c o art. 75, caput, da Constituição Federal, COMUNICAR
à Delegacia da Receita Federal do Brasil, em Campina Grande/PB, acerca da ausência de
retenção e recolhimento das contribuições previdenciárias devidas pelos agentes políticos do
Poder Legislativo de Salgadinho/PB ao Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, bem como
a respeito da carência de pagamento de grande parte das obrigações patronais, incidentes
sobre a folha de pagamento da Câmara Municipal, nela incluídos os subsídios dos
Vereadores, durante o exercício financeiro de 2006.

6) Também com base no art. 71, inciso XI, c/c o art. 75, cabeça, da Lei Maior, REMETER
cópias das peças técnicas, fls. 97/102 e 1191120, do parecer do Ministério Público Especial,
fls. 122/124, e desta decisão à augusta Procuradoria Geral de Justiça do Estado da Paraíba e
à respeitável Procuradoria da República na Paraíba, para as providências cabíveis.

Presente ao julgamento o Ministério Público junto ao Tribunal de Contas


Publique-se, registre-se e intime-se.
TCE - Plenário Ministro João Agripino

João Pessoa, 04 de fevereiro de 2009

Auditor Re to ergiO'~~~~~~elo
Relator

Presente: ~-.
Represen~a~
SL
Minist~o
-, J-"
Especial .~
r--

\J
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO

PROCESSOTC N.o 02516/07

Cuidam os presentes autos do exame das contas de gestão do Presidente da Câmara


Municipal de Salgadinho/PB, relativas ao exercício financeiro de 2006, Sr. Altemar Bezerra da
Nóbrega, apresentadas a este ego Tribunal em 02 de abril de 2007, mediante o Ofício S/N,
datado de 23 de março do mesmo ano, fI. 02.

Os peritos da Divisão de Auditoria da Gestão Municipal VI - DIAGM VI, com base nos
documentos insertos nos autos, emitiram o relatório inicial de fls. 97/102, constatando,
sumariamente, que: a) as contas foram apresentadas ao TCE/PB no prazo legal; b) a Lei
Orçamentária Anual - Lei Municipal n.o 056/2005 - estimou as transferências em
R$ 317.800,00 e fixou as despesas em igual valor; c) a receita orçamentária efetivamente
transferida, durante o exercício, foi da ordem de R$ 252.000,00, correspondendo a 79,29%
da previsão originária; d) a despesa orçamentária, realizada no período, atingiu o montante
de R$ 252.002,63, também representando 79,29% dos gastos fixados; e) o total da despesa
do Poder Legislativo alcançou o percentual de 7,77% do somatório da receita tributária e das
transferências efetivamente arrecadadas no exercício anterior pela Urbe - R$ 3.244.625,64;
f) os gastos com a folha de pagamento da Câmara Municipal abrangeram a importância de
R$ 130.112,50 ou 51,63% dos recursos transferidos; g) a receita extra-orçamentária,
acumulada no período, compreendeu o montante de R$ 5.652,96; e h) a despesa
extra-orçamentária, executada durante o exercício financeiro, da mesma forma, atingiu a
soma de R$ 5.652,96.

Quanto à remuneração dos Vereadores, verificaram os técnicos da DIAGM VI que:


a) os Membros do Poder Legislativo da Comuna receberam subsídios de acordo com o
disciplinado no art. 29, inciso VI, alínea "a", da Lei Maior; b) os estipêndios dos Edis
estiveram dentro dos limites instituídos na Lei Municipal n.o 045/2004, quais sejam,
R$ 1.500,00 para o Presidente da Câmara e R$ 900,00 para os demais agentes políticos; e
c) os vencimentos totais recebidos no exercício pelos Vereadores, inclusive o do Chefe do
Legislativo, alcançaram o montante de R$ 104.400,00, correspondendo a 2,85% da receita
orçamentária efetivamente arrecadada no exercício pelo Município - R$ 3.653.655,18.

No tocante aos aspectos relacionados à gestão fiscal, destacaram os analistas da unidade de


instrução que: a) a despesa total com pessoal do Poder Legislativo alcançou a soma de
R$ 157.436,12 ou 4,42% da Receita Corrente Líquida - RCL da Comuna informada no
Relatório de Gestão Fiscal - RGF do segundo semestre - R$ 3.561.777,74; e b) os RGFs dos
dois semestres de 2006 foram devidamente publicados e enviados ao Tribunal dentro do
prazo, e contêm todos os demonstrativos exigidos pela legislação de regência
(Portaria n.o 586/05 da Secretaria do Tesouro Nacional - STN).

Ao final, os inspetores da Corte apontaram as seguintes irregularidades: a) incompatibilidade


entre as informações consignadas no RGF do segundo semestre do exercício e os dados
apurados na prestação de contas, notadamente no tocante ao valor da RCL; b) carência de
retenção e recolhimento das contribuições previdenciárias incidentes sobre os subsídios d
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO

PROCESSOTC N.o 02516/07

agentes políticos; e c) ausência de recolhimento de encargos patronais ao Instituto Nacional


do Seguro Social - INSS, na importância de R$ 22.009,88.

Processadas as devidas citações, fls. 104 e 115, a responsável técnica pela contabilidade da
Câmara Municipal à época, Ora. Maria da Penha de Sousa, deixou o prazo transcorrer sem
qualquer manifestação acerca das falhas contábeis apontadas. Já o Presidente do Poder
Legislativo, Sr. Altemar Bezerra da Nóbrega, apresentou contestação, fls. 109/114, na qual
juntou documentos e argumentou, em síntese, que: a) o valor da RCL apresentada no RGF
foi aquela informada pelo Poder Executivo, no entanto, existiu a devida correção, conforme
peças acostadas aos autos; e c) as dívidas previdenciárias foram negociadas junto ao INSS;
e c) o ajuste realizado com à autarquia federal será enviado para comprovar o mencionado
parcelamento.

Encaminhados os autos aos especialistas da unidade técnica, estes, examinando a referida


peça processual de defesa, emitiram o relatório de fls. 119/120, onde mantiveram in totum o
seu posicionamento exordial relativamente às máculas detectadas.

O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas, ao se pronunciar sobre a matéria, emitiu o


parecer de fls. 122/124, pugnando pela (o): a) regularidade das contas da Mesa da Câmara
Municipal de Salgadinho/PB, exercício de 2006; b) declaração do atendimento aos preceitos
estabelecidos na Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF; c) comunicação ao INSS sobre os
fatos apurados pela unidade de instrução; e d) envio de recomendação ao interessado no
sentido de evitar comportamentos administrativos que maculem as contas de gestão.

Solicitação de pauta, conforme fls. 125/126 dos autos.

É o relatório.

Examinando o conjunto probatório encartado aos autos, constata-se que as contas


apresentadas pelo Presidente da Câmara Municipal de Salgadinho/PB, Sr. Altemar Bezerra da
Nóbrega, relativas ao exercício financeiro de 2006, revelam irregularidades remanescentes.
Contudo, a mácula relativa à divergência entre o valor da Receita Corrente Líquida - RCL
informada no Relatório de Gestão Fiscal - RGF do segundo semestre do período e o
calculado na prestação de contas pelos peritos do Tribunal, fi. 101, não deve subsistir, tendo
em vista que a autoridade responsável enviou novos demonstrativos, fls. 112/113,
retificando o montante da RCL de R$ 3.561.777,74 para R$ 4.377.528,96.

Por outro lado, evidenciaram os inspetores deste Pretório de Contas, fI. 101, a falta de
retenção e recolhimento das contribuições previdenciárias incidentes sobre os subsídios
pagos aos agentes políticos do Poder Legislativo da Urbe, durante todo o exercício financeiro
de 2006, conforme relação de empenhos extraída do Sistema de Acompanhamento da-
Gestão dos Recursos da Sociedade - SAGRES MUNICIPAL, fls. 80/81. Com efeito, impe e)'.

..
comentar, portanto, que tal procedimento vai de encontro ao preconizado no art. 5, .>: __

/l
\\.,{)",
~\;
'D0'\.~
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO

PROCESSOTC N.o 02516/07

inciso II, da Carta Magna, c/c o estabelecido no art. 12, inciso I, alínea "j", da Lei Nacional
n.o 8.212/91 - Lei de Custeio da Previdência Social -, na sua atual redação dada pela Lei
Nacional n.o 10.887, de 18 de junho de 2004, in verbis.

Art. 12. São segurados obrigatórios da Previdência Social as seguintes


pessoas físicas:

I - como empregado:

a) (...)

j) o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que


não vinculado a regime próprio de previdência social; (grifas nossos)

No tocante aos encargos patronais devidos pelo Poder Legislativo ao Instituto Nacional do
Seguro Social - INSS, observa-se que o total de sua folha de pagamento ascendeu ao
patamar de R$ 130.112,50, fI. 98, no entanto, o valor das obrigações patronais empenhadas
em 2006, R$ 5.313,74, ficou aquém, prima facie, do montante efetivamente devido à
Autarquia Federal, R$ 27.323,62, que corresponde a 21% dos salários pagos, existindo a
ausência de empenhamento, pagamento e contabilização de grande parte das contribuições
previdenciárias patronais, na importância de R$ 22.009,88. Assim, está caracterizado o
descumprimento ao disposto no art. 195, inciso I, alínea "a", da Lei Maior, c/c o art. 22,
incisos I e II, alínea "a", da citada Lei de Custeio da Previdência Social, respectivamente,
verbo ad verbum:

Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma
direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos
orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e
das seguintes contribuições sociais:

I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da


lei, incidentes sobre:

a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou


creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviços, mesmo
sem vínculo empregatício;

Art. 22. A contribuição a cargo da empresa, destinada à Seguridade Social,


além do disposto no art. 23, é de:

I - vinte por cento sobre o total das remunerações pagas, devidas ou


creditas a qualquer título, durante o mês, aos segurados empregados e
trabalhadores avulsos que lhe prestem serviços, destinadas a retribuir o/~

.. .-;
trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganho )
habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrent /~,'

A\ \
./
. ~'
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO

PROCESSOTC N.o 02516/07

reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo


tempo à disposição do empregador ou tomador de serviços, nos termos da
lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou
sentença normativa.

II - para o financiamento do benefício previsto nos arts. 57 e 58 da Lei n.o


8.213, de 24 de julho de 1991, e daqueles concedidos em razão do grau de
incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do
trabalho, sobre o total das remunerações pagas ou creditadas, no decorrer
do mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos:

a) 1% (um por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante o


risco de acidente do trabalho seja considerado leve;

Com efeito, as referidas eivas podem, inclusive, ser enquadradas como atos de improbidade
administrativa que atentam contra os princípios da administração pública, segundo dispõe o
art. 11/ inciso I, da lei que trata das sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de
enriquecimento ilícito no exercício de mandato, cargo, emprego ou função na administração
pública direta, indireta ou fundacional - Lei Nacional n.o 8.429/ de 02 de junho de 1992 -/
verbatim:

Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os


princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os
deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade e lealdade às
instituições, e notadamente:

I - praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento ou diverso


daquele previsto, na regra de competência; (grifos ausentes no original)

Feitas essas colocações, merece destaque o fato de que as irregularidades remanescentes


são suficientes para o julgamento irregular da prestação de contas sub judice, conforme
determinam os itens "2" e "2.5" c/c o item "6" do parecer que uniformiza a interpretação e
análise, pelo Tribunal, de alguns aspectos inerentes às Prestações de Contas dos Poderes
Municipais (Parecer Normativo PN - TC - 52/2004)/ senão vejamos:

2. Constituirá motivo de emissão, pelo Tribunal, de PARECER CONTRÁRIO à


aprovação de contas de Prefeitos Municipais, independente de imputação de
débito ou multa, se couber, a ocorrência de uma ou mais das irregularidades
a seguir enumeradas:

2.1. (omissis)

( ...)
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO

PROCESSOTC N.o 02516/07

2.5. não retenção e/ou não recolhimento das contribuições previdenciárias


aos órgãos competentes (INSS ou órgão do regime próprio de previdência,
conforme o caso), devidas por empregado e empregador. incidentes sobre
remunerações pagas pelo Município;

( ...)

6. O Tribunal julgará irregulares as Prestações de Contas de Mesas de


Câmaras de Vereadores que incidam nas situações previstas no item 2, no
que couber, realizem pagamentos de despesas não previstas em lei,
inclusive remuneração em excesso e ajudas de custos indevidas aos edis ou
descumprimento dos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal e de decisões
deste Tribunal. (grifos inexistentes no texto original)

Por fim, ante as transgressões a disposições normativas do direito objetivo pátrio,


decorrentes da conduta implementada pelo Chefe do Poder Legislativo da Comuna de
Salgadinho à época, Sr. Altemar Bezerra da Nóbrega, resta configurada a necessidade
imperiosa de aplicação da multa de até R$ 2.805,10 - valor atualizado pela Portaria
°
n. 039/06 do TCE/PB -, prevista no art. 56, inciso II, da Lei Orgânica do TCE/PB - Lei
Complementar Estadual n.o 18/93, verbum pro verbo:

Art. 56 - O Tribunal poderá também aplicar multa de até Cr$ 50.000.000,00


(cinqüenta milhões de cruzeiros) aos responsáveis por:

I- (omissis)

II - infração grave a norma legal ou regulamentar de natureza contábil,


financeira, orçamentária, operacional e patrimonial;

Ex positis, proponho que o Tribunal de Contas do Estado da Paraíba:

1) Com fundamento no art. 71, inciso II, da Constituição Estadual, e no art. 10, inciso I, da
°
Lei Complementar Estadual n. 18/93, JULGUE IRREGULARES as contas de gestão do
ordenador de despesas da Câmara Municipal de Salgadinho/PB, durante o exercício
financeiro de 2006, Vereador Altemar Bezerra da Nóbrega.

2) APLIQUE MUL TA ao Chefe do Poder Legislativo, Sr. Altemar Bezerra da Nóbrega, no valor
de R$ 1.000,00 (um mil reais), com base no que dispõe o art. 56, inciso lI, da Lei
°
Complementar Estadual n. 18/93 - LOTCE/PB.

3) FIXE o prazo de 60 (sessenta) dias para recolhimento voluntário da penalidade ao Fundo


de Fiscalização Orçamentária e Financeira Municipal, conforme previsto no art. 30, alínea "a"
da Lei Estadual n.O 7.201, de 20 de dezembro de 2002, cabendo à Procuradoria Geral o
Estado da Paraíba, no interstício máximo de 30 (trinta) dias após o término daquele perío
~
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO

PROCESSO TC N.O 02516/07

velar pelo seu integral cumprimento, sob pena de intervenção do Ministério Público Estadual,
na hipótese de omissão, tal como previsto no art. 71, § 4°, da Constituição do Estado da
Paraíba, e na Súmula n.o 40 do ego Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba - TJ/PB.

4) ENVIE recomendações no sentido de que o Presidente do Poder Legislativo Municipal de


Salgadinho/PB não repita as irregularidades apontadas no relatório dos peritos da unidade
técnica deste Tribunal e observe, sempre, os preceitos constitucionais, legais e
regulamentares pertinentes.

5) Com fulcro no art. 71, inCISO XI, c/c o art. 75, caput, da Constituição Federal,
COMUNIQUE à Delegacia da Receita Federal do Brasil, em Campina Grande/PB, acerca da
ausência de retenção e recolhimento das contribuições previdenciárias devidas pelos agentes
políticos do Poder Legislativo de Salgadinho/PB ao Instituto Nacional do Seguro
Social - INSS, bem como a respeito da carência de pagamento de grande parte das
obrigações patronais, incidentes sobre a folha de pagamento da Câmara Municipal, nela
incluídos os subsídios dos Vereadores, durante o exercício financeiro de 2006.

6) Também com base no art. 71, inciso XI, ele o art. 75, cabeça, da Lei Maior, REMETA
cópias das peças técnicas, fls. 97/102 e 1191120, do parecer do Ministério Público Especial,
fls. 122/124, e ~decisão à augusta Procuradoria Geral de Justiça do Estado da Paraíba e
à respeitável R ocurad ia da República na Paraíba, para as providências cabíveis .
..••....•...

É a pro os . \ I,,~ji)'
, ,'(i""
\ ,~)\:)},j
\:
,,\..' '
~\/"

Você também pode gostar