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1. RELATÓRIO
Examina-se a prestação de contas anual do Instituto de Previdência de Alagoa Nova, relativa ao
exercício financeiro de 2006, de responsabilidade da Sr. Jossandro Araújo Monteiro.
A Auditoria, após a análise da documentação encaminhada, emitiu o relatório inicial às fls. 146/156,
evidenciando os seguintes aspectos da gestão:
1. a prestação de contas foi encaminhada ao TCE em conformidade com as Resoluções RN TC
07/97 e RN TC 07/04;
2. o instituto, que tem natureza jurídica de autarquia, foi criado pela Lei Municipal nO20/1993, que
foi alterada pela Lei Municipal nO 21/1993, tendo sido regulamentada pela Lei nO 104/2002,
que, por sua vez, foi alterada pela Lei nO149/2005;
3. os recursos financeiros são provenientes das contribuições dos servidores, cujo percentual é
de 11 % sobre os salários, e do empregador, também com o percentual de 11 % sobre a folha
de pagamento;
4. o orçamento para o exercício em análise estimou a receita e fixou a despesa em R$
526.606,00;
5. a receita arrecadada, toda de natureza corrente, atingiu R$ 541.707,33, referente a "Receita
de Contribuição" (Patronal, no valor de R$ 41.989,85, e dos empregados, na importância de
R$ 288.134,90), "Receita Patrimonial" (R$ 187.626,74, referentes a rendimentos de aplicação
financeira), e "Outras Receitas Correntes" (R$ 23.955,84, referentes à dívida ativa);
6. a despesa realizada totalizou R$ 617.646,83, sendo R$ 617.096,83 registrados em "Despesas
Correntes" e R$ 550,00 em "Despesas de Capital". Os dispêndios com "Aposentadorias e
Reformas", "Pensões" e "Outros Benefícios Previdenciários" somaram R$ 539.584,32 e a
diferença foi aplicada em "Vencimentos e Vantagens Fixas", Obrigações Patronais", "Diárias",
"Material de Consumo", Outros Serviços de Terceiros - PF e PJ" e "Equipamentos e Material
Permanente";
7. como resultado da execução orçamentária, observou-se a ocorrência de deficit, no valor de R$
75.939,50, no entanto, considerando que as transferências da Prefeitura foram contabilizadas,
por força do disposto na Portaria STN nO339, de 29.08.01, como transferências financeiras, de
natureza extraorçamentária, no valor de R$ 246.143,95, a receita do instituto se elevou para
R$ 787.851,28, revertendo a situação para superavit, no valor de R$ 170.204,45;
JGC
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO
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11. APLICAR MULTA ao responsável, Sr. Jossandro Araújo Monteiro, no valor de R$ 1.000,00
(hum mil reais), em decorrência das falhas e irregularidades apontadas, com fulcro no art. 56,
inciso 11,da Lei Orgânica do TCE/PB, assinando-lhe o prazo de 60 (sessenta) dias, a contar da
data de publicação deste ato no DOE, para recolhimento voluntário aos cofres estaduais, à
conta do Fundo de Fiscalização Orçamentária e Financeira Municipal, sob pena de cobrança
executiva, desde logo recomendada, nos termos do art. 71, § 4°, da Constituição do Estado da
Paraíba;
111.DETERMINAR o encaminhamento de cópia do presente ato à divisão competente desta Corte
para subsidiar o exame das contas de 2008 do Prefeito de Alagoa Nova, Sr. Luciano Francisco
de Oliveira, objetivando verificar se subsistem as irregularidades de sua responsabilidade,
descritas no item "13.01." do relatório retro (não repasse integral das contribuições
previdenciárias devidas em 2006 e não encaminhamento de projeto de lei ao Legislativo
Municipal para alteração do índice de atualização da dívida previdenciária), acrescentado as
falhas relacionadas ao não parcelamento da dívida da Prefeitura junto ao instituto, referente
aos exercícios de 2000 a 2004 e não contabilização da dívida de 2005 e 2006;
IV. FIXAR o prazo de 60 (sessenta) dias ao atual titular do instituto para que encaminhe ao
Tribunal os processos de aposentadoria e de pensão para análise, sob pena de aplicação de
multa;
V. REPRESENTAR junto à Receita Federal do Brasil quanto à falta de recolhimento
previdenciário incidente sobre serviços contratados pelo instituto; e
VI. RECOMENDAR à administração do instituto no sentido de estrita observância das normas
constitucionais, dos princípios administrativos e da necessídade de manter sua contabilidade
em consonância com as normas legais pertinentes, sob pena de repercussão negativa em
prestações de contas futuras e aplicação de penalidades pecuniárias às autoridades
responsáveis.
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Ana Terêsa Nóbrega
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Procuradora Geral do
Ministério Público junto ao TCE-PB
JGC