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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESt
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Processo Te n° 02312/07
ISABELL;(~LLCÃO
PROCURADORA GERAL EM EXERCÍCIO
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO
Processo Te n° 02312/07
Além destes aspectos, a Auditoria apontou diversas irregularidades para as quais houve
apresentação de defesa, fls. 356/368. Registra-se, entretanto, que a defesa foi encaminhada pelo então
Secretário Executivo da Câmara, SI. Denílson dos Santos Pessoa e que não consta assinatura do
interessado no instrumento procuratório, fls. 369.
A Auditoria analisou a defesa apresentada e concluiu pela permanência das seguintes
irregularidades:
A defesa enviou o demonstrativo reclamado o qual não foi aceito pelo Órgão Técnico por
conter dados incorretos e não constar assinatura do então presidente da Câmara.
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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO
Processo Te n° 02312/07
1) Realização da Tomada de Preços n? 0112006em desacordo com o art. 21, inciso 2° da Lei n?
8.666/93
Embora a licitação pudesse ser na modalidade Convite, a Câmara Municipal optou pela
Tomada de Preço. Entretanto, o defendente não comprovou a publicação do resumo do edital no Diário
Oficial do Estado e a afixação de cópia do instrumento convocatório ocorreu apenas nos quadros de
aviso da Câmara. Além disso, o instrumento contratual não contém assinatura do representante da
empresa contratada.
O defendente alegou que não houve contratação em desacordo com a lei tendo em vista que a
Lei Municipal n" 243/2002 criou os cargos comissionados e fixou as respectivas remunerações. O
Órgão de Instrução argumenta que a citada lei apenas ratifica o disposto no Decreto Legislativo n"
O 112000 que criou e fixou remuneração para cargos de confiança destinados essencialmente para
direção e assessoramento das atividades, não existindo justificativa para ausência de servidores
efetivos nos quadros do Poder Legislativo.
A Auditoria entende que não houve eficácia na contratação de novo servidor para solucionar
problemas decorridos da contratação de empresa de assessoria administrativa pois somente em agosto de
2008 as informações foram prestadas ao INSS em sua totalidade.
O Órgão de Instrução manteve a irregularidade tendo em vista que o defendente não acostou
documentação que comprovasse a formalização de processos de concessão de diárias instruídos com
base na RN Te n" 09/200 1. ~~
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO
Processo Te n° 02312/07
o processo seguiu ao Ministério Público que opinou pela regularidade com ressalva das
contas em apreço; atendimento parcial às disposições da LRF e comunicação à Receita Federal a
respeito do fato relacionado às contribuições previdenciárias.
o ex-Presidente da Câmara Municipal de São José de Piranhas não comprovou a real situação
dos prestadores de serviços e conseqüentemente a não necessidade de efetuar a retenção e o
recolhimento das obrigações previdenciárias. A permanência da irregularidade implica em
insuficiência financeira para saldar os compromissos de curto prazo, comprometendo o equilíbrio
fiscal da entidade. Além disso, também deixou de priorizar a contratação de servidores através de
concurso público, mantendo no quadro de pessoal da Câmara apenas servidores de cargo em comissão.
Concordo, portanto, com o Órgão de Instrução quanto a estes aspectos.
Quanto às demais irregularidades, observa-se que constituem, em sua maioria, falhas de
organização e desobediência à legislação pertinente sem, contudo, caracterizarem-se em danos ao
erário. Entendo que ensejam recomendações ao atual gestor no sentido de evitar a repetição dos erros
cometidos.
Ante o exposto, proponho que este Tribunal:
a) julgue regular com ressalva a Prestação de Contas da Mesa Diretora da Câmara
Municipal de São José de Piranhas, presidida pelo Vereador José Franciraldo Evangelista Dias,
relativa ao exercício de 2006, ressalvando de que essa decisão decorreu do exame dos fatos e provas
constantes dos autos, sendo suscetível de revisão se novos fatos ou provas, inclusive mediante
diligências especiais deste Tribunal, vierem a interferir de modo fundamental nas conclusões
alcançadas;
b) aplique, ao Sr. José Franciraldo Evangelista Dias, multa no valor de R$ 1.000,00 (hum
mil reais), em vista das irregularidades constatadas;
c) conceda-lhe o prazo de 60 dias para recolhimento da multa aos cofres do Estado, sob pena
de cobrança executiva, nos termos da Constituição Estadual;
d) recomende ao atual gestor a adoção de medidas administrativas e contábeis que visem a não
repetição das falhas constatadas e a estrita observância às normas constitucionais e à legislação
previdenciária.
AUDITOR OSCAR M
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