Publicado no D. O. E.

Processo Te n002459/0S
I
TRIBUNAL DE eONT AS DO EST 1Pc O t .
<H ~Secre ar!
Em , - v'Lt .I () b I-----
c5
-:::~;;"".'

Município de JERICÓ. Poder Legislativo. Prestação de

Contas Anuais. Exercício de 2007. Falhas que não
comprometem a idoneidade das contas. Julgamento regular
da prestação de contas. Recomendação de providências.
Declaração do atendimento integral às disposições da Lei
de Responsabilidade Fiscal.

ACÓRDÃO APL TC li ,.):U /2009

RELATÓRIO

Cuida este processo de Prestação de Contas Anuais da Mesa da Câmara Municipal de Jericó,
relativa ao exercício financeiro de 2007, de responsabilidade do Vereador-Presidente, à época, SI. José
Welligton de Oliveira.

A Auditoria, à vista dos elementos de informação de que se compõe o processo, emitiu

relatório destacando os seguintes aspectos:

1) Da Gestão Fiscal:

1.1) pelo atendimento integral às disposições da Lei de Responsabilidade Fiscal quanto a:

• Gastos com folha de pagamento' ~

• Gastos com pessoal, correspondendo a 2,54% da RCL, em relação ao limite (6%)
estabelecido no art. 20, da LRF.
• Envio, correta elaboração e publicação dos RGF encaminhados a este Tribunal;

1.2) pelo não atendimento quanto a:

• Gastos do Poder Legislativo".

2) Da Gestão Geral:

2.1) Apresentação da prestação de contas dentro do prazo legal e em conformidade com a

Resolução RN TC 99/97;
2.2) Receita prevista e despesa fixada em R$ 315.000,00, sendo que, para uma receita
transferida de R$ 285.495,00 a despesa realizada totalizou R$ 285.986,89,
apresentando, pois, déficit na execução orçamentária de R$ 491,89.
2.3) Os subsídios anuais dos vereadores, inclusive representação do presidente,
corresponderam a 2,47% da Receita Efetivamente Arrecadada. Nenhum vereador,
inclusive o Presidente da Câmara recebeu acima do limite fixado no instrumento legal e,
ainda, foi observado o limite referente ao subsídio dos Deputados Estaduais;
2.4) Apropriação indébita" no valor de R$ 2.306,33 para o INSS e de R$ 56,61 para o IRRF.

i Limite- CF/88 Art. 29-A, § 1°: 70% das transferências recebidas. A despesa realizada representou 57,75%.
:" mite - CF188 Art, 79-Ao 8% da Rec, Tribut, inclusive as transferidas efetivamente realizadas no exerc . anterior. A Y 8,02%

C:\Meus docurnentos\Assessoría\PLENO\ACORDAO\CAMARAIJER-PeA-2006-02459-08.doc
Processo TC n002459/08
I
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO

o gestor sustenta nas razões de sua defesa que não houve apropriação indébita e sim
equívoco no lançamento de despesas, de vez que o pagamento da parte patronal foi através do empenho
215 com recursos orçamentários.

o Ministério Público junto a este Tribunal se pronunciou sugerindo relevação da falha

concernente ao gasto do Poder Legislativo acima do limite legal (0,02%), em razão de seu ínfimo valor e,
bem assim, quanto a apropriação indébita de contribuição previdenciária, porquanto a documentação
apresentada é satisfatória.

Por fim, opinou:

a) Julgamento regular das contas da Mesa da Câmara Municipal de Jericó, relativas ao

exercício de 2007.

b) Pelo atendimento integral às disposições da Lei de Responsabilidade Fiscal.

c) Recomendação ao interessado no sentido de evitar comportamentos administrativos que

maculem as contas da Gestão.

É o relatório.

VOTO DO CONSELHEIRO RELATOR

Qaunto ao gasto do Legislativo acima do limite legal (0,02%), em razão de seu ínfimo valor,
sou pela relevação da falha com recomendação ao atual gestor no sentido de evitar a repetição desta nos
exercícios futuros.

Concernente a despesa previdenciária que, a JUiZO da Auditoria, se caracterizou como

apropriação indébita, entendo não passar de equívoco contábil, já que a despesa, tal como demonstrado
através de empenho, foi registrada como despesas orçamentária e não como extra-orçamentária, o que
reclama correção junto ao SAGRES. A própria Auditoria na análise da defesa não acolhe o argumento
apresentado por não constar documento junto a ASTEC para mudança do caráter do empenho.

Dito isto, sou porque esta Corte de Contas:

1) Julgue regulares as contas advindas da Câmara Municipal de Jericó de responsabilidade do

Verador-Presidente, à época, Sr. José Wellington de Oliveira, relativas ao exercício financeiro de 2007.

2) Declare o atendimento integral às disposições da Lei de Responsabilidade Fiscal, com

recomendação no sentido de evitar a repetição da falha apontada pela instrução .

...... -....... .. ·················r····_··········· _.•.

Lº!~~t:!!!!!~!Ç~º ........jª~~:~!~!~~!5.!!!!~~~~t:!!
..l~s.p~_l?!~r.l!.=º!J.~tt.!~º.~~!!l!
.·.·1
[Restos a Pagar 0,0 i. . 0:
Lçº~~!g~~ç~~~
..~.~ . 14.845,57 ! 12.539,24 i
······
..·•••
···
·•·•··
••.••.
·.·::~?~;~~I .
: Desconto de IRRF , _
Lç~~iri.~~~ªiê~~i.~~.~.~~Y.2!~5_~~~~!~~~~.~.
. ?;?-ºº.l
; .
. ··········::i:t~~:~IJ
Fonte: Anexo 13 e 17 da PCA 2007, fls. 26

C:\Meus documentos\Assessoria\PLENO\ACORDAO\CAMARA \JER-PCA-2006-02459-08.doc

••
Processo TC n002459/08
I
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO

3) Assine o prazo de trinta dias ao atual gestor com vistas a providenciar a correção do
registro contábil no SAGRES lançando devidamente como despesa extra-orçamentária a despesa
erronenamente classificada, sob pena de multa.

4) Recomende à atual gestão diligências no sentido de prevenir a repetição das falhas

acusadas na gestão do exercício em apreço.

DECISÃO DO TRIBUNAL PLENO

VISTOS, RELATADOS E DISCUTIDOS os presentes autos do Processo TC n" 02459/08

referente à Prestação de Contas anuais advindas da Mesa da Câmara Municipal de Jericó, de
responsabilidade do Vereador-Presidente, à época, Sr. José Wellington de Oliveira, relativa ao exercício de
2007,

ACORDAM OS MEMBROS DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DA PARAÍBA, à

unamidade, em sessão plenária realizada nesta data, em:

1) Julgar regulares com ressalvas as contas advindas da Câmara Municipal de Jericó, de

responsabilidade do Vereador-Presidente, à época, Sr. José Wellington de Oliveira, relativa ao exercício de
2007.

2) Declarar o atendimento integral às disposições da Lei de Responsabilidade Fiscal.

3) Assinar o prazo de trinta dias ao atual gestor com vistas a providenciar a correção do
registro contábil no SAGRES lançando devidamente como despesa extra-orçamentária a despesa
erroneamente classificada, sob pena de multa.

4) Recomendar à atual gestão diligências no sentido de prevenir a repetição das falhas

acusadas na gestão do exercício em apreço.

Presente ao julgamento a Exma. Sra. Procuradora-Geral.

Publique-se, registre-se e cumpra-se.

TC- PLENÁRIO MINISTRO JOÃn~",r:-n(rMll.T,O, () de maio de 2009.

C:\Meus documentos\Assessoria\PLENO\ACORDAO\CAMARAIJER-PCA·2006-02459-08.doc